DT - 5 - Avaliacao Da Aprendizagem PDF
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Avaliação da
aprendizagem
Rio de Janeiro, 2015
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Avaliação da
aprendizagem
Coleção de Documentos Técnicos do Modelo Pedagógico Senac
Avaliação da aprendizagem
Senac – Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial
Presidente
Antonio Oliveira Santos
Departamento Nacional
Diretor-geral
Sidney Cunha
Diretoria de Educação Profissional
Anna Beatriz Waehneldt
Diretoria de Integração com o Mercado
Jacinto Corrêa
Diretoria de Operações Compartilhadas
José Carlos Cirilo da Silva
Coordenação de conteúdo
Gerência de Desenvolvimento Educacional
Coordenação editorial
Gerência de Marketing e Comunicação/Diretoria de Integração com o
Mercado
Introdução 5
2 O objeto da avaliação 11
Referências 33
P
Introdução
arte integrante do processo de ensino e aprendizagem, a avalia-
ção educacional antecede, acompanha e sucede o trabalho pe-
dagógico. Seu objetivo é produzir informações sobre o progres-
so educacional dos alunos, de forma a sustentar ações que revertam
em melhoria da aprendizagem. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional, em seu Art. 24, inciso V, trata-a como verificação, contínua e
cumulativa, do rendimento escolar, na qual devem prevalecer os aspec-
tos qualitativos sobre os quantitativos (BRASIL, 1996).
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competência, centrada na autonomia do aluno, na crença de sua capa-
cidade transformadora da sociedade e em seu pleno reconhecimento
como pessoa.
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1 A avaliação da aprendizagem na educação profissional é uma prática
pedagógica intencional, sistemática e organizada com o objetivo de aferir
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Com essa modalidade de avaliação, portanto, é possível elencar as reais
necessidades dos alunos, de modo a precisar o ponto adequado de en-
trada das situações de aprendizagem que compõem uma Unidade Curri-
cular, ajustando o planejamento docente e, principalmente, prevenindo a
detecção tardia das dificuldades de aprendizagem.
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no, o que permite atestar se o objetivo traçado inicialmente, no planeja-
mento docente, foi alcançado ou não. Essa característica de finalização
da avaliação somativa também reforça sua função certificadora, voltada
à atribuição de menções de aprovação ou reprovação, para emissão de
certificado ou diploma.
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Portanto, o planejamento detalhado da avaliação, considerando suas
modalidades e funções e a execução e devolução dos resultados para os
alunos, de forma sistemática, analítica e construtiva, centrada no caráter
participativo e democrático da educação profissional no Senac deve tra-
zer significado e sentido real para a avaliação. Isso aumenta as chances
de eficácia do processo de ensino e aprendizagem e contribui, de forma
significativa, para o pleno desenvolvimento da competência.
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2 A educação profissional, integrada às diferentes formas de educação, ao
trabalho, à ciência e à tecnologia, deve promover o desenvolvimento de
Curso: Cabeleireiro.
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tendo como contexto ou condição a “avaliação do cabelo e o procedi-
mento a ser realizado”.
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2.2 Indicadores das Unidades Curriculares de Natureza
Diferenciada
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Integrador, esses indicadores também apresentam uma redação
padrão, de forma a ser possível evidenciar o cumprimento dos ob-
jetivos do Estágio Profissional nos cursos em que ele é desenvol-
vido. Para a avaliação do Estágio Profissional, foram propostos os
seguintes indicadores:
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Profissional da Aprendizagem Comercial, foram propostos os se-
guintes indicadores:
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16
3 A aprendizagem para o desenvolvimento de competências requer uma
abordagem pedagógica fixada no entendimento desse conceito como
Estratégias de práxis, ou seja, dialética entre teoria e prática que impulsiona a autono-
mia e capacidade do homem de transformar si próprio e o mundo. Esse
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Para saber mais sobre o entendimento da
competência como práxis, conferir o documento 3.1 Etapas de elaboração das estratégias de avaliação
técnico Competência.
9
As marcas formativas do Senac, a saber: o do- As estratégias avaliativas são ações planejadas de forma a sistematizar
mínio técnico-científico, a visão crítica e a atitude a avaliação da aprendizagem, permitindo que docentes e alunos acom-
empreendedora, sustentável e colaborativa, com
foco em resultados, são exemplos de aspectos panhem, com clareza, o desenvolvimento da aprendizagem. Vale con-
ligados ao desenvolvimento complexo das compe- siderar que as estratégias de avaliação e as situações de aprendizagem
tências. Para saber mais sobre as marcas formati-
vas, consultar o documento técnico Concepções e
apresentam uma relação de interdependência. Ou seja, uma situação de
Princípios. aprendizagem também pode servir para avaliação do aluno, desde que
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o docente organize, de forma intencional e planejada, como será reali-
zada a avaliação. Nesse sentido, o olhar avaliativo do docente deve estar
presente em todo o curso, de forma que as estratégias avaliativas sejam
dinâmicas e aderentes às situações de aprendizagem.
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C. Aplicar procedimentos e instrumentos de avaliação: os pro-
cedimentos e instrumentos de avaliação são recursos pedagógi-
cos fundamentais para o exercício da prática avaliativa. Eles serão
tratados no próximo tópico.
19
• assegurar a mobilização de diferentes elementos da competência e
evitar a abordagem de apenas um dos elementos da competência;
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para passarem suas folhas ao seguinte e assim por diante, até que
todos os grupos tenham tido a oportunidade de adicionar ideias
em todas as folhas. Ao final do trabalho dos grupos, em painel, o
docente apresenta as folhas de modo que possam ser visualizadas
pela classe inteira e conduz um debate. Os registros dos alunos,
presentes nas folhas, apresentam um panorama da sua compreen-
são sobre a competência e constituem um interessante instrumento
de avaliação da aprendizagem.
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considerações dos alunos até outros elementos, como os próprios
instrumentos de avaliação utilizados, fotos, vídeos ou outros, ele
assume características de um dossiê do aluno.
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quando a competência ou indicadores requerem prioritariamente a
mobilização de habilidades psicomotoras. Aplicar um teste escrito,
por exemplo, não é um procedimento muito adequado para fazer a
avaliação certificadora para um cozinheiro ou um cabeleireiro.
Unidade Curricular
Recepcionar e atender clientes no meio de hospedagem.
Objetivo da avaliação
Captar os conhecimentos prévios do aluno sobre a recepção de clientes
no meio de hospedagem (Avaliação Diagnóstica).
Indicador avaliado
Medeia conflitos, resolvendo intercorrências de clientes, conforme regras
do meio de hospedagem.
Situação
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havia procedido à hospedagem, solicita um novo quarto. Agitados, eles
dizem que brigaram e não irão ficar mais no mesmo quarto durante o fim
de semana. Tanto marido quanto mulher é hóspede frequente do hotel e
possui cartão de fidelidade na categoria máxima.
Desafio
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4 Para que haja controle, organização e transparência na forma de registrar
o desempenho obtido pelos alunos, são necessários objetividade e esta-
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Quadro 2 - Definição pedagógica das menções por indicador
Etapa da
Menção Definição Pedagógica
Aprendizagem
A O aluno evidencia o fazer profissional expresso no indicador avaliado, atendendo de
(Atendido) forma satisfatória às condições descritas em seu contexto.
O aluno:
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4.3 Menção para aprovação no curso
Para aprovação no curso, estão previstas duas menções: AP (Aprovado)
e RP (Reprovado). Para ser aprovado, o aluno precisa atingir D (Desen-
volvida) em todas as Unidades Curriculares. Além disso, o aluno deve ter
frequência mínima de 75% no curso, conforme legislação vigente.
Indicador 1
NA A A
Indicador 2
A AP A
UNIDADE
U D
Indicador 3 AP A A
CURRICULAR
C 1
Ind
dicador 4 A A A
NA A A +
Indicador 5 Frequência AP
= ou > 75%
Indicador 1
A NA A
Indicador 2 A A A
UNIDADE
U D
CURRICULAR
C 2
Indicador 3 NA A A
A A A
Indicador 4
*Durante o processo, são previstos
p diversoss momentos de aavaliação, aqui são representados apenas dois.
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4.4 Registro dos resultados da avaliação
O registro dos resultados da avaliação é uma prática sistemática a ser
realizada durante todo o curso. No registro, independentemente do ins-
trumento utilizado, devem constar informações representativas de todo o
processo de avaliação, de forma a nortear as ações docentes e a informar
ao aluno seu próprio desempenho.
• o registro deve ser realizado para cada aluno, o que indica que,
por mais que se realizem atividades em grupo, é necessária, na
avaliação e, principalmente, na devolutiva, a análise individual do
desempenho;
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5 Os cursos de Aperfeiçoamento e Programas Instrumentais, Socioprofis-
sionais, Socioculturais e de Extensão Universitária têm características di-
para cursos Para o caso de cursos que têm por objetivo o desenvolvimento de com-
petência, a forma de avaliar segue a mesma lógica da avaliação, tratada
que abordam aqui. Para os cursos que não se comprometem com o desenvolvimento
de competências, a aprendizagem almejada é a de determinados ele-
conhecimentos, mentos: uma habilidade (uso de novas técnicas, de equipamentos etc.),
um conhecimento (legislação, normas etc.) ou atitudes e valores que
habilidades e/ aprimoram o desempenho profissional (cooperação, iniciativa etc.). Para
esses cursos, são previstas duas formas de avaliação, de acordo com a
ou atitudes e natureza do curso, são elas: I) tendo por base os objetivos de aprendiza-
gem do curso e II) de acordo com a participação do aluno – entendida
valores como frequência e cumprimento de atividades.
No caso dos cursos que são avaliados por participação (frequência e rea-
lização das atividades previstas), o resultado final também prevê as men-
ções C (Concluiu) e NC (Não Concluiu).
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Quadro 4 - Menção de avaliação para cursos que abordam conhecimentos,
habilidades e/ou atitudes e valores
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6 A avaliação ocupa lugar importante no processo de ensino e aprendiza-
gem e, a depender da forma como é compreendida e executada, pode
para uma boa Para evitar os efeitos negativos da avaliação e consolidar sua perspectiva
emancipatória, é importante ter a competência como norte de todo o
avaliação ato avaliativo, criar situações de avaliação significativas, relacionar os pro-
cedimentos de avaliação aos indicadores, ser coerente na análise e men-
ção dos resultados e, principalmente, considerar o aluno como agente de
sua aprendizagem, com potencial para inovar e transformar a sociedade.
Assumir essa postura, frente ao exercício pedagógico da avaliação da
aprendizagem para o desenvolvimento da competência, faz diferença no
cotidiano das relações entre docentes e alunos, potencializando seus as-
pectos positivos e mitigando os efeitos danosos da pretensa relação de
poder que muitas vezes pode nublar a avaliação.
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e no esforço que o aluno fez para atender aos objetivos. A devolutiva
também é um espaço para a explanação de algo positivo, uma conquis-
ta, uma realização importante, ou seja, é a oportunidade para enfatizar
o diferencial do aluno e deixá-lo ciente desses elementos, motivando-o.
Por esse sentido, a ação de refletir acerca dos resultados junto ao aluno,
analisando em conjunto quais os ganhos e quais os aspectos que ain-
da devem ser melhorados e que existem diversas formas de atingi-los,
contribui sobremaneira para o desenvolvimento pleno da competência.
Devolutivas bem planejadas, baseadas no respeito mútuo e na criação de
um permanente espaço de diálogo ajudam a desenvolver nos alunos a
confiança e independência necessárias para que sejam capazes de fazer
sua autoavaliação, ou seja, torna-os aptos a julgar, por conta própria,
o seu desenvolvimento e a adequação de seu processo de aprender às
suas necessidades. Para tanto, nas diferentes modalidades avaliativas, em
especial a formativa, devem estar previstas oportunidades de devolutiva
baseadas na apreciação crítica dos alunos sobre seu trabalho e sobre os
processos de aprendizagem que utilizam. Para isso, o permanente regis-
tro do histórico do progresso do aluno na Unidade Curricular, em instru-
mentos como os diários de bordo, portfólios, dossiês ou outras formas, é
essencial para a tangibilidade do processo de desenvolvimento da com-
petência.
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Referências
DEPRESBITERIS, L. Avaliação educacional em três atos. São Paulo: Ed. Senac São
Paulo, 1999.
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DEPRESBITERIS, L. Certificação de competências: a necessidade de avançar numa pers-
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1983. Letra e música. Disponível em: <http://letras.mus.br/chico-buarque/85948/>.
Acesso em: 20 jan. 2015.
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MONTEIRO, V.; FRAGOSO, R. Avaliação entre pares. Braga, 2005. p. 905-914. Traba-
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SENAC. DN. Modelo pedagógico nacional: síntese. Rio de Janeiro, set. 2014.
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