Crimes Sexuais Lei 12.015 09
Crimes Sexuais Lei 12.015 09
Crimes Sexuais Lei 12.015 09
015/09)
Professor Felipe Caldeira
1 – Bem jurídico-penal
(i) Atualização
(ii) Restrição
- artigos 1º, inciso III, e 5º, inciso X, da CRFB/88.
2 – Estupro
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2.5. Consumação e tentativa
(i) Antes havia controvérsia: quando se mencionava FATO, poder-se-ia abranger a violência e a grave
ameaça ou apenas a violência?
Problema na redação:
Problema na redação:
Art. 4° O art. 1° da Lei n° 8.072, de 25 de julho de 1990, Lei de Crimes Hediondos, passa a vigorar
com a seguinte redação:
“Art. 1° ............................................................................
V - estupro (art. 213, caput e §§ 1° e 2°);
VI - estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e §§ 1°, 2°, 3° e 4°);
Art. 61. Importunar alguem, em lugar público ou acessivel ao público, de modo ofensivo ao pudor:
Pena – multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis.
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2.9. Considerações finais
(i) Unificação: não há mais distinção entre estupro e atentado violento ao pudor, de forma que, por
exemplo, esposa pode praticar estupro no marido (isonomia);
(ii) Unidade: também encerram os debates sobre a incidência de concurso material (recentemente
decidido pelo Pleno do STF) ou de crime continuado entre as condutas, uma vez que, agora, o artigo
213, do Código Penal se caracteriza como tipo misto alternativo. Trata-se de conduta única com a
possibilidade da pluralidade de atos (unidade natural dos crimes sexuais);
(iii) Dispensa de contato físico (NUCCI)
3 – Estupro de vulnerável
Vulnerável: passível de lesão; sem proteção; coação psicológica de pessoa incapaz de externar o seu
consentimento racional e seguro de forma plena.
Art. 4° O art. 1° da Lei n° 8.072, de 25 de julho de 1990, Lei de Crimes Hediondos, passa a vigorar
com a seguinte redação:
“Art. 1° ............................................................................
V - estupro (art. 213, caput e §§ 1° e 2°);
VI - estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e §§ 1°, 2°, 3° e 4°);
Art. 9º As penas fixadas no art. 6º para os crimes capitulados nos arts. 157, § 3º, 158, § 2º, 159, caput
e seus §§ 1º, 2º e 3º, 213, caput e sua combinação com o art. 223, caput e parágrafo único, 214 e sua
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combinação com o art. 223, caput e parágrafo único, todos do Código Penal, são acrescidas de
metade, respeitado o limite superior de trinta anos de reclusão, estando a vítima em qualquer das
hipóteses referidas no art. 224 também do Código Penal.
§ 3° Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave:
Pena - reclusão, de 10 (dez) a 20 (vinte) anos.
§ 4° Se da conduta resulta morte:
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos
Foi incorporado, integralmente, o artigo 213, do Código Penal. Não houve abolitio criminis, e sim
continuidade normativo-típica.
5.1. Problematização
“MESMA ESPÉCIE”
Concurso material (2 ou+ desígnios
específicos)
Bem jurídico (moderna)
(depende do caso concreto)
Crime continuado (1 desígnio geral; “contexto”,
“UNIDADE NATURAL”)
O Supremo Tribunal Federal, até o julgamento do HC 89.827 (24/04/2.007), tinha a sua jurisprudência
majoritária no sentido do concurso material (mesmo tipo), porém, a partir deste HC, passou a realizar
uma análise casuística (mesmo bem jurídico), ora reconhecendo o concurso material, ora
reconhecendo a continuidade criminosa.
O Superior Tribunal de Justiça, por sua vez, tende a adotar o concurso material, porém, assim como o
Supremo Tribunal Federal, tem demonstrado uma tendência de alteração jurisprudencial para adotar
uma análise casuística.
Entretanto, no dia 18/06/09, por 6 votos a 4, o STF decidiu pelo concurso material, pois não são crimes
da mesma espécie. Os 4 votos vencidos eram no sentido da análise casuística.
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5.3. Lei 12.015/09
Como fica a questão do concurso com o advento da Lei 12.015/09? Crime único ou concurso?
Retroage?
Abolitio criminis?
Fase cognitiva? Fase executiva?
6.5. Distinção entre violência sexual mediante fraude (art. 215, do CP) e estupro de vulnerável (art. 217-A, §
1º, do CP).
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meio que impeça ou dificulte a livre manifestação § 1° Incorre na mesma pena quem pratica as ações
de vontade da vítima descritas no caput com alguém que, por enfermidade ou
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos. deficiência mental, não tem o necessário discernimento para
a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode
oferecer resistência. Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15
(quinze) anos
NUCCI: a resistência do art. 215 é RELATIVA enquanto que a resistência do art. 217-A, § 1º é
ABSOLUTA. A diferença é do grau de resistência, o que justifica a exasperação da pena. Desta forma,
o art. 217-A, § 1º é subsidiário em relação ao art. 215.
??????: a vítima do art. 215 é “ENGANADA” enquanto que a vítima do art. 217-A, § 1º é
“IMPOSSIBILITADA”.
8 – Ação penal
8.1. Natureza
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pública: Parágrafo único. Procede-se, entretanto, mediante ação
I - se a vítima ou seus pais não podem prover às penal pública incondicionada se a vítima é menor de 18
despesas do processo, sem privar-se de recursos (dezoito) anos ou pessoa vulnerável.
indispensáveis à manutenção própria ou da
família;
II - se o crime é cometido com abuso do pátrio
poder, ou da qualidade de padrasto, tutor ou
curador.
§ 2º No caso do nº I do parágrafo anterior, a ação
do Ministério Público depende de representação
NUCCI: constitucional. O magistrado deve intimar a vítima imediatamente para representar; não há
novo prazo de 6 meses.
ARTUR: inconstitucional, pois há ofensa ao princípio da proteção eficiente dos bens jurídico-penais.
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