Base para Estudos
Base para Estudos
Base para Estudos
O corpo da maioria das plantas angiospermas é dividido em duas partes principais, uma localizada sob o solo,
constituída pelas raízes, e outra área constituída pelo caule, folhas, flores e frutos. As células das raízes, assim
com as células de muito caules, não fazem fotossíntese e por isso dependem do alimento produzido nas células
das folhas. O caule, folhas, flores e frutos, por sua vez, dependem da água e dos sais minerais absorvidos pelas
raízes.
A raiz
As raízes distribuem-se amplamente pelo solo, mas há algumas plantas que possuem raízes aéreas, comuns nas
trepadeiras, bromélias, orquídeas, enquanto outras possuem raízes submersas, como os aguapés, comuns em
represas.
Temos dois tipos básicos de sistema radicular: o pivotante, em que há uma raiz principal, e o fasciculado, em
que os ramos radiculares são equivalentes em tamanho e aparência, não apresentando uma raiz principal.
Partes da raiz
Já a região de ramos secundários é aquela que se nota o brotamento de novas raízes que surgem de regiões
internas da raiz principal.
Tipos de Raizes
A principal função da raiz é a absorção dos nutrientes minerais, sendo que, no solo, também é responsável
pela fixação do vegetal ao substrato. Alguns tipos de raízes, no entanto, também desempenham outras funções:
Raízes aéreas são características de plantas epífetas, isto é, que vivem sobre
outras plantas sem parasitá-las. Essas raízes podem atingir vários metros de
comprimento antes de alcançar o solo, constituindo os cipós.
As funções do caule
As funções do caule
Caules jovens têm células clorofiladas e são revestidos por uma epiderme
uniestratificada, isto é, formada por uma única camada (estrato) de células.
Plantas que apresentam pequeno crescimento em espessura, como as
gramíneas, por exemplo, também apresentam caules revestidos pela
epiderme e esta pode ainda apresentar sobre si, externamente, uma cutícula
protetora.
Os caules são, em geral, estruturas aéreas, que crescem verticalmente em relação ao solo. Existem, no entanto,
caules que crescem horizontalmente, muitas vezes, subterraneamente.
Caules subterrâneos podem ser distinguidos de raízes porque apresentam gemas ou botões vegetativos, a
partir dos quais podem se desenvolver ramos e folhas.
Gemas
As gemas axilares são meristemas localizados no caule, junto ao ângulo formado entre a folha e o ramo, que os
botânicos denominaram “axila” foliar. As gemas axilares permanecem inativas durante certo período,
denominado dormência após o qual podem entrar em atividade, originando ramos laterais.
Tipos de caules
Troncos são caules robustos, desenvolvidos na parte inferior e ramificados no ápice. São
encontrados na maioria das árvores e arbustos do grupo das dicotiledôneas.
Estipes são caules geralmente não ramificados, que apresentam em seu ápice um tufo
de folhas. São típicos das palmeiras.
Colmos são caules não-ramificados que se distinguem dos estipes por apresentarem,
em toda a sua extensão, divisão nítida em gomos. Os gomos dos colmos podem ser
ocos como no bambu, ou cheios como no milho ou na cana-de-açúcar.
A batata-inglesa possui um caule subterrâneo que forma tubérculos, as batatas, um dos alimentos mais
consumidos no mundo.
Bulbos são estruturas complexas formadas pelo caule e por folhas modificadas. Os
bulbos costumam ser classificados em três tipos: tunicado, escamoso e cheio.
O exemplo clássico de bulbo tunicado é a cebola, cuja porção central, chamada
prato, é pouco desenvolvida. Da parte superior do prato partem folhas modificadas,
muito ricas em substâncias nutritivas: são os catafilos, que formam a cabeça da
cebola. Da porção inferior do prato partem as raízes.
O bulbo escamoso difere do tunicado pelo fato dos catafilos se disporem como escamas parcialmente
sobrepostas. Esse tipo de bulbo é encontrado no lírio.
No caso do bulbo cheio, as escamas são menos numerosas e revestem o bulbo como se fosse uma casca. Bulbos
cheios estão presentes na palma.
Gavinhas são ramos modificados que servem para a fixação de plantas trepadeiras. Ao
encontrar um substrato adequado as gavinhas crescem enrolando-se sobre ele.
Espinhos são ramos curtos, resistentes e com ponta afiada, cuja função é proteger a
planta, afastando dela animais que poderiam danificá-la.Os espinhos tanto podem surgir
por modificações de folhas, como nas cactáceas, como se originar do caule. Nesse caso forma-se nas axilas das
folas, a partir de uma gema axilar, como ocorre nos limoeiros e laranjeiras.
Nas roseiras não há espinhos verdadeiros e sim acúleos, estruturas afiadas originadas da epiderme, o que explica
serem facilmente destacáveis da planta, ao contrário dos espinhos.
De formato extremamente variável, uma folha completa é formada por um “cabinho”, o pecíolo, e uma
superfície achatada dotada de duas faces, o limbo percorrido pelas nervuras. A principal função da folha é
servir como local em que é realizada a fotossíntese. Em algumas plantas, existem folhas modificadas e que
exercem funções especializadas, como as folhas aprisionadoras de insetos das plantas insetívoras, e os espinhos
dos cactos.
Uma folha é sempre originada a partir de um gema lateral do caule. Existem dois tipos básicos de folhas
quanto ao tipo de nervura que apresentam: as paralelinérveas, típicas das monocotiledôneas, e as
reticulinérveas, comuns em eudicotiledôneas.
Eudicotiledôneas são uma das duas principais classes de angiospermas; inicialmente contidas dentro do grupo
das dicotiledôneas, que foi desmembrado por não ser monofilético. O prefixo eu significa verdadeiro, portanto
este termo designaria as plantas que realmente apresentam dois cotilédones. Esse grupo difere-se do antigo
dicotiledônea por apresentar somente plantas que apresentem grão de pólen triaperturado, característica
derivada de um ancestral comum, que torna o grupo monofilético
Em algumas plantas, principalmente monocotiledôneas, não há um tecido propriamente dito, mas um estrutura
conhecida pelo nome de bainha, que serve de elemento de ligação da folha à planta. É o caso, por exemplo, da
folha de milho. Já em eudicotiledôneas, próximas aos pecíolos existem estruturas de formatos diversos – podem
ser pontiagudas, laminares ou com a forma de espinhos – conhecidas por estípulas.
O formato e a cor das folhas são muito variáveis e algumas delas chamam a atenção por sua estrutura peculiar.
É o caso por exemplo, das folhas modificadas presentes em plantas carnívoras, cuja adaptação auxilia na
captura de insetos. Também é especialmente interessante a coloração de certas brácteas, pequenas folhas
modificadas na base das flores, apresentam: de tão coloridas, elas atuam como importante elemento para
atração dos insetos.
A queda das folhas ocorre por meio de um processo chamado abscisão foliar. Inicialmente forma-se um tecido
cicatricial na região do pecíolo que une a folha ao caule, o tecido de abscisão, que interrompe gradativamente a
passagem de água e nutrientes minerais do caule para a folha. A planta, assim, perde as folhas com o mínimo de
prejuízo e reduz a atividade metabólica durante todo o inverno. Na primavera, surgem novos primórdios foliares
junto às gemas dormentes, que logo se desenvolvem em folhas.
Classificação das folhas
As folhas podem ser classificadas de diversas maneiras: de acordo com a sua disposição no caule, a forma do
limbo, a forma da borda etc.
Filotaxia
Filotaxia é o modo como as folhas estão arranjadas no caule. Existem três tipos básicos de filotaxia: oposta,
verticilada e alternada.
A filotaxia é oposta quando existem duas folhas por nó, inseridas em regiões opostas. Quando três ou mais
folhas inserem-se no mesmo nó, a filotaxia é chamada verticilada. Quando as folhas se inserem em regiões
ligeiramente deslocadas entre si, em nós sucessivos, descrevendo uma hélice, a filotaxia é chamada alternada.
Tipos de limbo
O limbo pode ser simples (não-dividido) ou composto, dividido em dois, três ou mais folíolos. Caso os folíolos
de um limbo composto partam todos de um mesmo ponto do pecíolo, dispondo-se como os dedos de uma mão,
a folha é chamada de palmada.
Quando os folíolos de dispõem ao longo do pecíolo, a folha é chamada de penada. As folhas penadas podem
terminar em um único folíolo, sendo chamadas imparipenadas, ou em dois folíolos, sendo chamadas
paripenadas.
A forma e o tipo de borda do limbo são outras características utilizadas na classificação de folhas.
Flor
A flor é o órgão reprodutivo das plantas angiospermas. Flores que apresentam órgãos reprodutores de ambos os
sexos, masculino e feminino, são chamadas de hermafroditas (ou monóica). Já as flores que apresentam
órgãos reprodutores de apenas um dos sexos (masculino ou feminino) são chamadas de dióica.
Uma flor hermafrodita é geralmente constituída por quatro conjuntos de folhas modificadas, os verticilos
florais. Os verticilos se inserem em um ramos especializado, denominado receptáculo floral. Os quatro
verticilos florais são o cálice, constituído pelas sépalas, a corola, constituída pelas pétalas, o androceu,
constituído pelos estames, e o gineceu, constituído pelos carpelos.
Uma flor que apresenta os quatro verticilos florais, ou seja, cálice, corola, androceu e gineceu, é uma flor
completa. Quando falta um ou mias desses componentes a flor é chamada incompleta.
Estames
Carpelos
Carpelos são folhas modificadas, em que se formam os gametas feminios da flor. Um ou mais carpelos formam
uma estrutura em forma de vaso, o pistilo. Este apresenta uma região basal dilatada, o ovário, do qual parte um
tubo, o estilete, que termina em uma região dilatada, o estigma. O conjunto de pistilos de uma flor constitui o
gineceu (do grego gyncos, mulher, feminino).
O pistilo pode ser constituído por um, dois ou mais carpelos, dependendo do tipo de flor. Em geral, o número de
câmaras internas que o ovário apresenta corresponde ao número de carpelos que se fundiram para formá-lo. No
interior do ovário formam-se um ou mais óvulos.
Os óvulos vegetais são estruturas complexas, constituídas por muitas células. Nisso os óvulos vegetais diferem
dos óvulos animais, que são estruturas unicelulares.
No interior de cada óvulo vegetal se encontra uma célula especializada, a oosfera, que é o gameta feminino
propriamente dito.
Diagramas florais
O número dos tipos de peças florais estudadas é variável de flor para flor e pode ser representado
esquematicamente por um diagrama. Cada tipo pode ser representado por 3, 4 ou 5 peças ou múltiplos desses
números. Na flor do hibisco, por exemplo, uma planta comum em jardins, há 5 sépalas, 5 pétalas, um número
múltiplo de 5 estames e um pistilo cujo ovário é dividido em 5 lojas.
Inflorescências
Em algumas plantas muitas flores se agrupam em um mesmo ramo, formando conjuntos denominados
inflorescências.
Flor do brócolis
Após a polinização e a fecundação, a flor sofre uma modificação extraordinária. De todos os componentes que
foram vistos anteriormente, acabam sobrando apenas o pedúnculo e o ovário. Todo o restante degenera. O
ovário sofre uma grande modificação, se desenvolve e agora dizemos que virou fruto. Em seu interior os óvulos
viram sementes.
Assim, a grande novidade das angiospermas, em termos de reprodução, é a presença dos frutos. Todos os
componentes da flor que estudamos participa do processo reprodutivo que culminará na produção de sementes
dentro do fruto. Em toda a angiosperma é assim, mas deve-se se lembrar que existe variações: há diferentes
formatos de frutos e diferentes quantidades ou até mesmo nenhuma semente.
Quando a planta tem inflorescências para a reprodução, os frutos formados também ficarão reunidos e
constituirão as infrutescências. É o caso do cacho de uvas, da amora, da jaca e da espiga de milho.
Polinização e fecundação
Polinização é o transporte dos grãos de pólen das anteras, onde eles se formam, até o estigma, geralmente de
uma outra flor. A polinização é o primeiro passo para a aproximação dos gametas femininos e masculinos,
essencial para que a fecundação ocorra.
O transporte do pólen, até o estigma é feito por agentes polinizadores, que podem ser o vento, os insetos ou os
pássaros.
Anemofilia - A polinização pelo vento é chamada de anemofilia (do grego anemos, vento). Há diversas
adaptações que favorecem esse tipo de polinização. As flores de plantas anemófilas geralmente tem estigmas
plumosos, que oferecem maior superfície para receber os grãos de pólen. Suas anteras geralmente possuem
filetes longos e flexíveis que oscilam ao vento, o que facilita a dispersão do pólen. Além disso, as plantas
anemófilas costumam produzir grande quantidade de grãos de pólen, o que aumenta as chances de polinização.
Entomofilia e ornitofilia - A polinização por insetos é chamada entomofilia (do grego entomos, inseto) e a
polinização por aves, ornitofilia (do grego ornithos, aves). As flores polinizadas por animais geralmente
possuem características que atraem os polinizadores, tais como corola vistosa, glândulas odoríferas e produtoras
de substâncias açucaradas (néctar). Existem até mesmo flores que produzem dois tipos de estames, um com
grãos de pólen férteis mas pouco atraentes e outro com pólen atraente e comestível. O animal à procura do
pólen comestível, se impregna com o pólen fértil, transportando-o de uma flor para a outra.
Fecundação
Um grão de pólen, ao atingir o estigma de uma flor de mesma espécie, é estimulado a se desenvolver por
substâncias indutoras presentes no estigma. O pólen forma um longo tubo, o tubo polínico, que cresce pistilo
adentro até atingir o óvulo. Este possui um pequeno orifício nos tegumentos, denominado micrópila, por onde o
tubo polínico penetra. Pelo interior do tubo polínico deslocam-se duas células haplóides, os núcleos
espermáticos, que são os gametas masculinos.
No interior do óvulo há uma célula haplóide especial, a oosfera, que corresponde ao gameta feminino. A oosfera
situa-se em posição estratégica dentro do óvulo, bem junto a pequena abertura denominada mocrópila. O tubo
polínico atinge exatamente a micrópila ovular e um dos dois núcleos espermáticos do pólen fecunda a oosfera,
originado o zigoto. Este dará origem ao embrião.
O outro núcleo espermático se une a dois núcleos polares presentes no interior do óvulo, originando um tecido
triplóide, o endosperma, que nutrirá o embrião.
O óvulo fecundado se transforma na semente, que contém um pequeno embrião em repouse em seu interior.
Os frutos surgem do desenvolvimento dos ovários, geralmente após a fecundação dos óvulos. Em geral, a
transformação do ovário em fruta é induzida por hormônios liberados pelos embriões em desenvolvimento.
Existem casos, porém, em que ocorre a formação de frutos sem que tenha havido polinização.
Partes do fruto
Um fruto é constituído por duas partes principais: o pericarpo, resultante do desenvolvimento das paredes do
ovário, e as sementes, resultantes do desenvolvimento dos óvulos fecundados.
O pericarpo compõe-se de três camadas: epicarpo (camada mais externa), mesocarpo (camada intermediária) e
endocarpo (camada mais interna). Em geral o mesocarpo é a parte do fruto que mais se desenvolve, sintetizando
e acumulando substâncias nutritivas, principalmente açucares.
Diversas características são utilizadas para se classificar os frutos, entre elas o tipo de pericarpo, se o fruto abre-
se ou não espontaneamente para liberar as sementes, etc.
Frutos que apresentam pericarpo suculento são denominados carnosos e podem ser do tipo baga, quando se
originam de ovários uni ou multicarpelares com sementes livres (ex.: tomate, abóbora, uma e laranja), ou do
tipo drupa, quando se originam de ovários unicarpelares, com sementes aderidas ao endocarpo duro (ex.:
azeitona, pêssego, ameixa e amêndoa).
Frutos que apresentam endocarpo não suculento são chamados de secos e podem ser deiscentes, quando se
abrem ao amadurecer, liberando suas sementes, ou indeiscentes, quando não se abrem ao se tornar maduros.
A diferença de fruta e fruto - O que se conhece popularmente por “frutas” não tem significado botânico.
Fruta é aquilo que tem sabor agradável, às vezes azedo, às vezes doce. É o caso da laranja, pêssego, caju,
banana, pêra, maça, morango, amora. Note que nem toda fruta é fruto verdadeiro.
Já o tomate, a berinjela, o jiló e a abobrinha, entre outros, são frutos verdadeiros, mas não são frutas...
Nos pseudofrutos a porção comestível não corresponde ao ovário desenvolvido. No caju, ocorre hipertrofia
do pedúnculo floral. Na maça, na pêra e no morango, é o receptáculo floral que se desenvolve.
Assim, ao comer a polpa de um abacate ou de uma manga você está se alimentando do fruto verdadeiro. No
entanto, ao saborear um caju ou uma maça, você está mastigando o pseudofruto.
No caso da banana e da laranja de umbigo (baiana), o fruto é partenocárpico, corresponde ao ovário
desenvolvido sem fecundação, logo, sem sementes.
Origem e estrutura da semente - A semente é o óvulo modificado e desenvolvido. Toda a semente possui um
envoltório, mais ou menos rígido, um embrião inativo da futura planta e um material de reserva alimentar
chamado endosperma ou albúmen.
Em condições ambientais favoráveis, principalmente de umidade, ocorre a hidratação da semente e pode ser
iniciada a germinação.
Os cotilédones
Todo o embrião contido em uma semente de angiosperma é um eixo formado por duas extremidades:
Uma “folha” embrionária merece especial atenção. É o cotilédone. Algumas angiospermas possuem dois
cotilédones, outras possuem apenas um. Plantas que possuem dois cotilédones, são chamadas de
eudicotiledôneas e plantas que possuem um cotilédone sã chamadas de monocotiledôneas. Os cotilédones
inserem-se no caulículo, que dará origem ao caule.
A célula vegetal
A parede celular começa a se formar ainda na telófase da mitose que dá origem à célula vegetal. Bolsas
membranosas oriundas do aparelho de Golgi, repletas de substâncias gelatinosas denominadas pectinas,
acumulam-se na região central da célula em divisão e se fundem, originando uma placa chamada fragmoplasto.
Enquanto a telófase avança, o fragmoplasto vai crescendo pela fusão de bolsas de pectina em suas bordas.
Durante esse crescimento centrífugo (isto é, do centro para fora), forma-se poros no fragmoplasto, por onde
passa fios de hialoplasma, que põe em comunicação os conteúdos das futuras células vizinhas. Essas pontes
hiloplasmáticas são os plasmosdesmos (do grego plasmos, líquido, relativo ao citoplasma, e desmos, ponte,
união).
O fragmoplasto atua como uma espécie de “forma” para a construção das paredes celulósicas. Cada célula irmã-
secreta celulose sobre o fragmoplasto e vai construindo, de seu lado, uma parede celulósica própria. A camada
de pectinas, que foi a primeira separação entre as células-irmãs, atua agora como um cimento intercelular,
passando a se chamar lamela média.
Estrutura da parede celular vegetal
A parede da célula vegetal é constituída por longas e resistentes microfibrilas de celulose. Uma microfibrila
reúne entre sessenta e setenta moléculas de celulose, cada qual, constituída, por sua vez, por quinhentas
moléculas de glicose encadeadas linearmente. As microfibrilas de celulose mantêm-se unidas por uma matriz
formada por glicoproteínas (proteínas ligadas á açucares) e por dois polissacarídeos, hemicelulose e pectina.
Esta estruturação molecular lembra o concreto armado, onde longas e resistentes varetas de ferro,
correspondentes as microfibrilas celulósicas, ficam mergulhadas em uma argamassa de cimento e pedras,
correspondente à matriz de glicoproteínas, hemicelulose e pectina.
A parede celulósica secretada logo após a divisão celular é a parede primária. Essa parede é elástica e
acompanha o crescimento celular. Depois que a célula atingiu o seu tamanho e forma definitivos, ela secreta
uma nova parede internamente à parede primária. Essa é a parede secundária.
As especializações das células das plantas estão sempre associadas à estrutura das paredes celulares. Nos
diferentes tecidos vegetais as células têm paredes diferentes de diferentes espessuras, organização e composição
química, que determinam não só a forma como também as funções das células.
Vacúolo - Delimitado por uma membrana denominada tonoplasto. Contém água, açúcares, proteínas; pode-se
encontrar ainda compostos fenólicos, pigmentos como betalaínas, antocianinas cristais de oxalato de cálcio
(drusas, estilóides, cristais prismáticos, rafídios, etc.). Muitas das substâncias estão dissolvidas, constituindo o
suco celular, cujo pH é geralmente ácido, pela atividade de uma bomba de próton no tonoplasto. Em células
especializadas pode ocorrer um único vacúolo, originado a partir da união de pequenos vacúolos de uma antiga
célula meristemática (célula-tronco); em células parenquimáticas o vacúolo chega a ocupar 90% do espaço
celular.
Plastos
Organelas formadas por um envelope de duas membranas unitárias contendo internamente uma matriz ou
estroma, onde se situa um sistema de membranas saculiformes achatadas, os tilacóides. Originam-se dos
plastídios e contêm DNA e ribossomos.
cloroplasto;
cromoplasto e
leucoplasto; estes, por sua vez, originam-se de estruturas muito pequenas, os proplastídios (que
normalmente já ocorrem na oosfera, no saco embrionário e nos sistemas meristemáticos). Quando os
proplastídios se desenvolvem na ausência de luz, apresentam um sistema especial, derivado da
membrana interna, originando tubos que se fundem e formam o corpo prolamelar. Esses plastos são
chamados estioplastos.
Cloroplastos: Seu genoma codifica algumas proteínas específicas dessas organelas; contêm clorofila e estão
associados à fase luminosa da fotossíntese, sendo mais diferenciados nas folhas. Seu sistema de tilacóides é
formado por pilhas de membranas em forma de discos, chamado de granus; é nesse sistema que se encontra a
clorofila. Na matriz ocorrem as reações de fixação de gás carbônico para a produção de carboidratos, além de
aminoácidos, ácidos graxos e orgânicos. Pode haver formação de amido e lipídios, estes últimos em forma de
glóbulos (plastoglóbulos).
Núcleo
Ribossomos
Estruturas constituídas de RNA e proteínas; podem estar livres no hialoplasma ou presos entre si por uma fita
de RNA (polissomos) e, nesse caso, juntam os aminoácidos do citoplasma para formar cadeias de proteínas.
Retículo endoplasmático
Peroxisomos - Estruturas com membrana bi-lipídica - contêm enzimas que auxiliam no metabolismo
lipídico; participa do processo de fotorespiração, efetuando a oxidação do glicerato em glicolato, que é
transaminado em glicina.
Substâncias ergásticas - Produtos do metabolismo celular. Podem ser material de reserva ou produtos
descartados pelo metabolismo da célula. Encontradas na parede celular e nos vacúolos, além de outros
componentes protoplasmáticos. As mais conhecidas são: amido, celulose, corpos de proteína, lipídios, cristais
de oxalato de cálcio (drusas, ráfides, etc.), cristais de carbonato de cálcio (cistólitos) e de sílica (estruturas
retangulares, cônicas, etc.).
Também são esgásticas as substâncias fenólicas, resinas, gomas, borracha e alcalóides. Muitas vezes as
células que contêm essas substâncias são diferentes morfo e fisiologicamente das demais, sendo
denominadas idioblastos.
Tecidos vegetais - Um violento temporal, uma seca prolongada, um animal herbívoro ou qualquer outro agente
agressivo do meio, têm que ser enfrentados pela planta imóvel, ao contrário de um animal, que pode se refugiar
em lugar seguro até que as condições ambientais se normalizem.
Os tecidos protetores, ou de revestimento, de uma traqueófita são a epiderme e o súber. A eficiência deles pode
garantir a proteção da planta contra diversos agentes agressivos do meio.
Caules jovens também são revestidos por uma fina epiderme não-dotada, porém, de pelos.
É na folha que a epiderme possui notáveis especializações: sendo um órgão de face dupla, possui duas
epidermes, a superior e a inferior.
As células epidérmicas secretam para o exterior substâncias impermeabilizantes, que formam uma película de
revestimento denominada cutícula. O principal componente da cutícula é a cutina, um polímero feito de
moléculas de ácidos graxos. Além de evitar a perda de água, a cutícula protege a planta contra infecções e
traumas mecânicos.
Os anexos da epiderme
Estômatos - Sem dúvida, os estômatos são os anexos mais importantes relacionados com a troca de gases e
água entre as folhas e o meio. As células estomáticas são as únicas na epiderme que possuem clorofila. Um
estômato visto de cima, assemelha-se a dois feijões dispostos com as concavidades frente a frente: são as duas
células estomáticas ou células-guarda, que possuem parede celular mais espessa na face côncava e cuja
disposição deixa entre elas um espaço denominado fenda estomática ou ostíolo.
Ao lado de cada célula-guarda há uma anexa, que não tem cloroplastos – é uma célula epidérmica comum. Em
corte transversal, verifica-se que a fenda estomática dá acesso a um espaço, a câmara estomática,
intercomunicante com os espaços aéreos do parênquima foliar de preenchimento.
Atenção! A troca de gases entre a planta e o meio ocorre através dos estômatos da epiderme e
de uma estrutura chamada lenticelas presentes no súber.
As lenticelas são pequenas aberturas que facilitam o ingresso e a saída de gases nas raízes e
caules suberificados.
Tricomas
Os tricomas são geralmente estruturas especializadas contra a perda de água por excesso de transpiração,
ocorrendo em planta de clima quente. Podem ser, no entanto, secretores, produzindo secreções oleosas,
digestivas ou urticantes. As plantas carnívoras possuem tricomas “digestivos” e a urtiga, planta que provoca
irritação da pele, possui tricomas urticantes.
Acúleos
Os acúleos, estruturas pontiagudas com função de proteção da planta contra predadores, são frequentemente
confundido com espinhos, que são folhas ou ramos modificados. Os acúleos são fáceis de destacar e são
provenientes da epiderme. Podem ser encontrados nas roseiras.
Hidatódios
Hidatódios são estômatos modificados, especializados em eliminar excessos líquidos da planta. Os hidatódios
geralmente presentes nas bordas das folhas, onde, pela manhã, é possível observar as gotas de líquido que eles
eliminam, fenômeno conhecido como gutação.
O porte das traqueófitas só foi possível por adaptações que tornaram possível a sustentação do organismo vivo e
a disponibilidade e transporte de água para todas as células.
A sustentação de uma traqueófita é devida à existência de tecidos especializados para essa função: o
colênquima e o esclerênquima.
O Colênquima
As células do colênquima são alongadas, irregulares e encontram-se dispostas em forma de feixes. Quando
cortadas transversalmente, têm aspecto variado. São vivas, nucleadas, e a parede apresenta reforços de celulose,
mais intensos nos cantos internos da célula, conferindo certa resistência ao esmagamento lateral. O colênquima
é um tecido flexível, localizado mais externamente no corpo do vegetal e encontrado em estruturas jovens como
pecíolo de folhas, extremidade do caule, raízes, frutos e flores.
O Esclerênquima
O esclerênquima é um tecido mais rígido que o colênquima, encontrado em diferentes locais do corpo de uma
planta. As células do esclerênquima possuem um espessamento secundário nas paredes devido à impregnação
de lignina. As células mais comuns do esclerênquima são as fibras e os esclerídeos, também chamados
escleritos.
A folha é totalmente revestida pela epiderme, e seu interior, denominado mesófilo (do grego, mesos, meio e
phylon, folha), é constituído por parênquima clorofiliano, tecidos condutores e tecidos de sustentação.
O parênquima clorofiliano foliar pode ser, em geral de dois tipos:
Pode haver parênquima paliçádico junto à epiderme de ambas as faces da folha, ou, como é mais comum,
parênquima paliçádico junto a epiderme da face superior e lacunoso junto à inferior.
Nervuras foliares
Os tecidos condutores presentes na folha encontram-se agrupados em feixes libero-lenhosos, nos quais o
xilema está voltado para a epiderme superior e o floema, para a epiderme inferior. Os feixes condutores mais
grossos formam as nervuras foliares, visíveis a olho nu.
Além das trocas gasosas, um dos maiores problemas de um vegetal terrestre relaciona-se à disponibilidade de
água e sua perda, pois para à realização da fotossíntese é fundamental que se consiga, além do gás carbônico, a
água. O problema de perda de água através das folhas é, em parte, minimizado pela presença de cutículas
lipídicas, nas faces expostas das epidermes, que as impermeabilizam. Porém, isso dificulta as trocas gasosas.
A existência nas traqueófitas de aberturas epidérmicas reguláveis (os estômatos) que permitem as trocas
gasosas e ao mesmo tempo ajudam a evitar perdas excessivas de vapor de água é um mecanismo adaptativo
importante.
O transporte de água e nutrientes em uma traqueófita ocorre em parte por difusão de célula à célula e, na maior
parte do trajeto, ocorre no interior de vasos condutores.
Inicialmente, ocorre a absorção de água e nutrientes minerais pela zona pilífera da raiz. Os diferentes tipos de
íons são obtidos ativa ou passivamente e a água é absorvida por osmose.
Forma-se uma solução aquosa mineral, a seiva bruta ou seiva inorgânica. Essa solução caminha de célula a
célula radicular até atingir os vasos do xilema (ou lenho) existentes no centro da raiz. A partir daí, o transporte
dessa seiva ocorre integralmente dentro dos vasos lenhosos até as folhas. Lá chegando, os nutrientes e a água
difundem-se até as células e são utilizados no processo da fotossíntese.
Os compostos orgânicos elaborados nas células do parênquima clorofiliano das folhas difundem-se para outro
conjunto de vasos do tecido condutor chamado floema ou líber. No interior dos vasos liberianos, essa seiva
orgânica ou seiva elaborada é conduzida até atingir as células do caule, de um fruto, de um broto em formação,
de uma raiz etc., onde é utilizada ou armazenada.
O xilema
Os vasos condutores de seiva inorgânica são formados por células mortas. A morte celular é devida à
impregnação da célula por lignina, um composto aromático altamente impermeabilizante. A célula deixa de
receber nutrientes e morre. Desfaz-se o conteúdo interno da célula, que acaba ficando oca e com as paredes
duras já que a lignina possui, também, a propriedade de endurecer a parede celular. A deposição de lignina na
parede não é uniforme. A célula, então, endurecida e oca, serve como elemento condutor. Existe, ainda, um
parênquima (tecido vivo) interposto que separa grupos de células condutoras. Acredita-se que essas células
parenquimáticas secretem diferentes tipos de substâncias que provavelmente auxiliam a preservação dos vasos
mortos do xilema.
Existem dois tipos de células condutoras no xilema: traqueíde e elemento de vaso traqueário (ou xilemático
ou, ainda, lenhoso).
Vimos que as raízes absorvem água do solo através da região dos pelos absorventes ou zona pilífera. Desta, a
água atravessa as células do córtex, endoderme e periciclo da raiz. Na endoderme o fluxo da água pode ser
facilitado ela existência das chamadas células de passagem. A água atinge os vasos do xilema e, a partir desses
vasos, atinge a folha. Na folha, ou ela é usada na fotossíntese ou é liberada na transpiração.
Atribui-se a condução da seiva inorgânica (ou bruta) a alguns mecanismos: pressão da raiz, sucção exercida
pelas folhas e capilaridade.
A pressão da raiz – O movimento da água através da raiz é considerado como resultante de um
mecanismo osmótico. A água que está no solo entra na célula do pêlo radicular, cuja concentração é
maior que a da solução do solo. A célula radicular é menos concentrada que a célula cortical. Esta, por
sua vez, é menos concentrada que a célula endodérmica e, assim por diante, até chegar ao vaso do
xilema, cuja solução aquosa é mais concentrada de todas nesse nível. Assim, é como se a água fosse
osmoticamente bombeada, até atingir os vasos do xilema.
A sucção exercida pelas folhas – A hipótese mais aceita, atualmente, para o deslocamento da seiva do
xilema é baseada na “sucção” de água que a copa exerce. Esta “sucção” está relacionada com os
processos de transpiração e fotossíntese que ocorrem nas folhas. Para que essa “aspiração” seja eficiente,
dois pré-requisitos são fundamentais: inexistência de ar nos vasos de xilema e uma força de coesão entre
as moléculas de água. A coesão entre as moléculas de água faz com que elas permaneçam unidas umas
às outras e suportem forças extraordinárias, como o próprio peso da coluna líquida no interior dos vasos,
que poderiam levá-las a separar-se. A existência de ar nos vasos do xilema romperia essa união e levaria
à formação de bolhas que impediriam a ascensão da seiva lenhosa. As paredes dos vasos lenhosos
igualmente atraem as moléculas de água e essa adesão, juntamente com a coesão, são fatores
fundamentais na manutenção de uma nova coluna contínua de água no interior do vaso.
A transpiração e a fotossíntese removem constantemente água da planta. Essa extração gera uma
tensão entre as moléculas de água já que a coesão entre elas impede que se separem. A parede do vaso
também é tracionada devido à adesão existente entre ela e as moléculas de água. Para que se mantenha a
continuidade da coluna líquida, a reposição das moléculas de água retiradas da copa deve ser feita pela
raiz, que, assim, abastece constantemente o xilema.
O efeito da capilaridade na condução da seiva – Os vasos lenhosos são muito delgados, possuem
diâmetro capilar. Assim, a ascensão do xilema ocorre, em parte, por capilaridade. No entanto, por esse
mecanismo, a água atinge alturas bem inferiores a 1 metro e, isoladamente, esse fato é insuficiente para
explicar a subida da seiva inorgânica.
O floema
Os vasos do floema (também chamado de líber) são formados
por células vivas, cuja parede possui apenas a membrana
esquelética celulósica típica das células vegetais e uma fina
membrana plasmática. São células altamente especializadas e que
perdem o núcleo no decorrer do processo de diferenciação. O seu
interior é ocupado pela seiva elaborada (ou seiva orgânica) e por
muitas fibras de proteínas, típicas do floema. A passagem da
seiva orgânica de célula a célula é facilitada pela existência de
placas crivadas nas paredes terminais das células que se tocam.
Através dos crivos, flui a seiva elaborada de uma célula para
outra, juntamente com finos filamentos citoplasmáticos, os
plasmodesmos.
A seiva orgânica, elaborada no parênquima das folhas, é lançada nos tubos crivados do floema e conduzida a
todas as partes da planta que não são auto-suficientes. O transporte é orientado principalmente para a raiz,
podendo haver algum movimento em direção ao ápice do caule e folhas em desenvolvimento. De modo geral,
os materiais orgânicos são translocados para órgãos consumidores e de reserva, podendo haver inversão do
movimento (isto é, dos órgãos de reserva para regiões em crescimento), quando necessário.
A hipótese de Münch
A hipótese mais aceita atualmente para a condução da seiva elaborada é a que foi formulada por Münch e se
baseia na movimentação de toda a solução do floema, incluindo água e solutos. É a hipótese do arrastamento
mecânico da solução, também chamada de hipótese do fluxo em massa da solução. Por essa hipótese, o
transporte de compostos orgânicos seria devido a um deslocamento rápido de moléculas de água que
arrastariam, no seu movimento, as moléculas em solução.
A compreensão dessa hipótese fica mais fácil acompanhando-se o modelo sugerido por Münch para a sua
explicação.
Observando a figura, conclui-se que haverá ingresso de água por osmose, do frasco A para o osmômetro 1, e do
frasco B para o osmômetro 2. No entanto, como a solução do osmômetro 1 é mais concentrada, a velocidade de
passagem de água do frasco A para o osmômetro 1 é maior. Assim, a água tenderá a se dirigir para o tubo de
vidro 1 com velocidade, arrastando moléculas de açúcar. Como o osmômetro 2 passa a receber mais água, esta
passa para o frasco B. Do frasco B, a água passa para o tubo de vidro 2, em direção ao frasco A. Podemos fazer
a correspondência entre o modelo anterior e uma planta:
Raízes e caules jovens, cortados transversalmente, mostram que são formados por uma reunião de tecidos. A
disposição desses tecidos é específica em cada órgão e constitui uma estrutura interna primária típica de cada
um deles. Uma estrutura secundária, mais complexa, pode ser vista quando ocorre um aumento no diâmetro do
caule e da raiz.
Córtex
A região mais periférica da raiz jovem diferenciam-se em epiderme, tecido formado por uma única camada de
células achatadas e justapostas. Na região abaixo da epiderme, chamada córtex, diferencia-se o parênquima
cortical, constituído por várias camadas de células relativamente pouco especializadas.
Cilindro central
A parte interna da raiz é o cilindro central, composto principalmente por elementos condutores (protoxilema e
protofloema), fibras e parênquima. O cilindro central é delimitado pela endoderme, uma camada de células
bem ajustadas e dotadas de reforços especiais nas paredes, as estrias de Caspary. Essas estrias são como cintas
de celulose que unem firmemente as células vizinhas, vedando completamente os espaços entre elas. Assim,
para penetrar no cilindro central, toda e qualquer substância tem que atravessar diretamente as células
endodérmicas, uma vez que as estrias de caspary fecham os interstícios intercelulares.
Logo abaixo da endoderme situa-se uma camada de células de paredes finas chamada periciclo, que delimita o
cilindro central, onde se localizam o xilema e o floema. A maneira como os tecidos condutores se dispõem no
cilindro central é um dos critérios para distinguir dicotiledôneas de monocotiledôneas.
Na maioria das plantas dicotiledôneas o xilema se concentra na região mias interna do cilindro central. Quando
se observa um corte transversal à raiz, vê-se que o protoxilema ocupa uma área em forma de cruz ou estrela,
cujas pontas encostam no periciclo. O protofloema encontra-se nos vértices formados pelos “braços” da cruz.
Entre o protoxilema e o protofloema há um meristema primário chamado procâmbio. Os demais espaços dentro
do cilindro central são preenchidos por parênquima.
Nas plantas monocotiledôneas, o centro da raiz é ocupado por uma medula constituída por parênquima medular
e os vasos lenhosos e liberianos dispõem-se ao redor.
Estrutura secundária
O crescimento em espessura da raiz pode ser chamado de crescimento secundário, para distingui-lo do
crescimento em extensão. Em linhas gerais, durante o crescimento secundário desenvolvem-se cilindros de
células meristemáticas que permitem o surgimento de novos tecidos radiculares.
Os dois tecidos meristemáticos envolvidos no crescimento secundário da raiz são o câmbio vascular, que
permite o crescimento do cilindro central, e o câmbio suberógeno ou felogênio, que permite o crescimento da
periderme (casca).
Câmbio vascular
O câmbio vascular (do latim vasculum, vaso) é assim chamado porque origina novos vasos condutores durante
o crescimento secundário da raiz. O câmbio vascular forma-se a partir do procâmbio e do periciclo, que se
conjugam e delimitam uma área interna do cilindro central, onde só há xilema. Ao se multiplicar ativamente, as
células do câmbio vascular originam vasos xilemáticos para a região mais interna e vasos floemáticos para a
região mais externa. Aos poucos a área delimitada pelo câmbio vai tornando-se cada vez mais cilíndrica.
O cambio vascular da raiz é um meristema de origem mista, primária e secundária. Isso porque tem
origem tanto no procâmbio, um meristema primário, quanto do periciclo, um tecido já diferenciado que
sobre desdiferenciação.
O câmbio suberógeno, também chamado de felogênio (do grego phellos, cortiça, e genos, que gera), é um
cilindro de células meristemáticas localizado na região cortical da raiz, sob a epiderme. O felogênio é um
meristema secundário, uma vez que tem origem por desdiferenciação de células do parênquima cortical.
Como vimos, a atividade do felogênio produz feloderme e súber, este último um tecido morto que protege
externamente raízes e caules com crescimento secundário.
Estrutura interna do caule
Como na raiz, a parte mais jovem de um caule é a que se localiza junto à extremidade, onde ocorre a
multiplicação das células do meristema apical, que permite o crescimento em extensão.
Logo abaixo da zona meristemática apical as células iniciam o processo de diferenciação celular, que leva ao
aparecimento dos diversos tecidos que compõem o caule.
Nem todas as células produzidas pelo meristema apical sofrem diferenciação. À medida que o caule cresce,
permanecem grupos de células meristemáticas sob a epiderme, pouco acima do ponto de inserção das folhas.
Esses grupos de células formam, nas axilas das folhas, protuberâncias chamadas gemas axilares ou laterais.
Estrutura primária
Feixes líbero-lenhosos
Caules que não cresceram, em espessura apresentam estrutura primária, caracterizada pela presença de feixes
líbero-lenhosos localizados entre as células do parênquima que preenchem seu interior.
Cada feixe libero-lenhoso possui elementos do líber (floema) voltados para fora e elementos do lenho
(xilema) voltados para dentro.
Nas plantas monocotiledôneas, que geralmente na apresentam crescimento secundário, os feixes condutores são
distribuídos de maneira difusa no interior do caule. Já nas dicotiledôneas os feixes líbero-lenhosos distribuem-se
regularmente, formando um cilindro.
Câmbio fascicular
Nos feixes libero-lenhosos das dicotiledôneas, o floema está voltado para o exterior do caule e o xilema para o
interior. Entre o floema e o xilema de um feixe há um tecido meristemático: o câmbio vascular e o câmbio
suberógeno ou felogênio.
Câmbio vascular
O Câmbio vascular do caule forma-se a partir do câmbio fascicular e do câmbio interfascicular, este último um
tecido meristemátco secundário, resultante da dedisferenciação de células parenquimáticas localizadas entre os
feixes libero-lenhosos. O câmbio fascicular passa a delimitar, assim, uma área interna do caule onde só há
xilema e parênquima. Como na raiz, as células do câmbio vascular originam vasos xilemáticos para a região
mais interna e vasos floemáticos para a região mais externa. Aos poucos, a área delimitada pelo câmbio vai se
tornando cada vez mais cilíndrica.
O câmbio vascular o caule, como o da raiz, também é um meristema de origem mista, primária e secundária.
Isso porque tem origem tanto do cambio fascicular, um meristema primário, quanto do câmbio interfascicular,
um meristema que surgiu da desdiferenciação de células parenquimáticas.
A atividade do câmbio vascular faz com que o caule vá progressivamente aumentando de espessura. Para
acompanhar esse crescimento em diâmetro, célula do parênquima cortical sofrem desdiferenciação e originam
um cilindro de meristema secundário, o felogênio. Como vimos, a atividade do felogênio produz feloderme
para o interior e súber para o exterior, formando a periderme, que passa a revestir o caule.
Anéis anuais
Nas regiões de clima temperado, a atividade do câmbio varia no decorrer do ano. A atividade cambial é
muito intensa durante a primavera e o verão, diminuindo progressivamente no outono até cessar por completo
no inverno. No fim do verão, quando está encerrando mais um ciclo de atividade, o câmbio produz vasos
lenhosos de paredes grossas e lúmen estreito, que constituem o lenho estival. Na primavera, ao retomar o seu
funcionamento depois do repouso invernal, o câmbio produz vasos lenhosos de paredes delgadas e lúmen
grande, que constituem o lenho primaveril.
Troncos de árvores que vivem em regiões temperadas apresentam, portanto, anéis de lenho primaveril. Quando
esses troncos são observados em corte transversal, esses anéis são facilmente identificáveis e o número de
pares de anéis corresponde à idade da árvore.
Crescimento e desenvolvimento
O crescimento de uma planta começa a partir da germinação da semente. A hidratação da semente, por
exemplo, ativa o embrião. As reservas contidas no endosperma ou nos cotilédones são hidrolisadas por ação
enzimática. As células embrionárias recebem os nutrientes necessários, o metabolismo aumenta e são iniciadas
as divisões celulares que conduzirão ao crescimento.
A radícula é a primeira estrutura a imergir; a seguir, exterioriza-se o caulículo e a plântula inicia um longo
processo que culminará no vegetal adulto.
Esses dois termos são frequentemente utilizados como sinônimos. No entanto, há uma diferença entre eles:
O crescimento corresponde a um crescimento irreversível no tamanho de um vegetal, e se dá a partir do
acréscimo de células resultantes das divisões mitóticas, além do tamanho individual de cada célula. De
modo geral, o crescimento também envolve aumento do volume e da massa do vegetal. O crescimento
envolve parâmetros quantitativos mensuráveis (tamanho, massa e volume).
O desenvolvimento consiste no surgimento dos diferentes tipos celulares e dos diversos tecidos
componentes dos órgão vegetais. É certamente um fenômeno relacionado ao processo de diferenciação
celular. O desenvolvimento envolve aspectos quantitativos, relacionados ao aumento da complexidade
do vegetal.
A ocorrência desses dois processos é simultânea. Um vegetal cresce e se desenvolve ao mesmo tempo.
O meristema
Todos os tipos de células que compõe uma planta tiveram origem a partir de tecidos meristemáticos,
formados por células que têm uma parede primária fina, pequenos vacúolos e grande capacidade de
realiza mitose.
Meristema primários
Meristemas secundários
Meristemas secundários são os que surgem a partir de células diferenciadas, geralmente parenquimáticas, que
readquirem a capacidade mitótica, fenômeno que os botânicos denominam desdiferenciação. O felogênio que
constitui a periderme, por exemplo, é um exemplo de meristema secundário, que surge pela desdiferenciação de
células do parênquima localizadas sob a epiderme. A multiplicação das células do felogênio origina a feloderme
e o súber que compõem a periderme.
Os Hormônios Vegetais
Uma planta precisa de diversos fatores, internos e externos, para crescer e se desenvolver, e isto inclui
diferenciar-se e adquirir formas, originando uma variedade de células, tecidos e órgãos.
Como exemplos de fatores externos que afetam o crescimento e desenvolvimento de vegetais, podemos citar luz
(energia solar), dióxido de carbono, água e minerais, incluindo o nitrogênio atmosférico (fixado por bactérias
fixadoras e cianofíceas), temperatura, comprimento do dia e gravidade.
Os fatores internos são basicamente químicos e serão discutidos neste texto. Os principais fatores internos são
os chamados hormônios vegetais ou fitormônios, substâncias químicas que atuam sobre a divisão, elongação e
diferenciação celular.
Hormônios vegetais são substâncias orgânicas que desempenham uma importante função na regulação do
crescimento. No geral, são substâncias que atuam ou não diretamente sobre os tecidos e órgãos que os
produzem (existem hormônios que são transportados para outros locais, não atuando em seus locais de síntese),
ativos em quantidades muito pequenas, produzindo respostas fisiológicas especificas (floração, crescimento,
amadurecimento de frutos etc).
A palavra hormônio vem a partir do termo grego horman, que significa "excitar". Entretanto, existem
hormônios inibitórios. Sendo assim, é mais conveniente considerá-los como sendo reguladores químicos.
A atuação dos reguladores químicos depende não apenas de suas composições químicas, mas também de como
eles são "percebidos" pelos respectivos tecidos-alvo, de forma que um mesmo hormônio vegetal pode causar
diferentes efeitos dependendo do local no qual estiver atuando (diferentes tecidos e órgãos), da concentração
destes hormônios e da época de desenvolvimento de um mesmo tecido.
1. Auxinas
2. Citocininas
3. Giberelinas
4. Acido abscísico
5. Etileno
As Auxinas
Os hormônio vegetais mais conhecidos são as auxinas, substâncias relacionadas à regulação do crescimento.
Das auxinas, a mais conhecida é o AIA – ácido indolilacético.
O AIA nos vegetais não é produzido apenas em coleóptilos (Dá-se o nome de coleóptilo a primeira porção de
planta que aparece à superfície do solo. Este desenvolve-se segundo a luz. Se a sua intensidade for constante, a
planta irá-se desenvolver na vertical, se for iluminada lateralmente os coleóptilos irão crescer na direcção da
luz, curvando-se). Sua produção também ocorre em embriões nas sementes, em tubos polínicos, e até pelas
células da parede de ovários em desenvolvimento. Na planta adulta, é produzindo nas gemas apicais,
principalmente as caulinares.
O transporte do AIA é polar, isto é, ocorre apenas nos locais de produção para os locais de ação por meio de
células parenquimáticas especiais. O AIA age em pequeníssima quantidade, na ordem de milionésimos de mg,
estimulando o crescimento.
Uma dose ótima para estimular o crescimento do caule pode inibir o crescimento da raiz.
Na dominância apical
As auxinas atuam nos genes das células vegetais, estimulando a síntese de enzimas que promovem o
amolecimento da parede celular, possibilitando a distensão das células. A forma do corpo de muitas plantas,
principalmente as do grupo perene é definida pela ação hormonal. A gema apical, que atua no crescimento
longitudinal do caule, produz auxina na superfície para inibie as gemas laterais, deixando-as dormentes.
Eliminando-se a gema apical, o crescimento passará a ser promovido pelas gemas laterais ativadas pela ausência
de auxina. O vegetal apresentará, então, forma copada: pouca altura e mais galhos.
O geotropismo é um resposta dos órgãos vegetais à força da gravidade. Esta resposta resulta no crescimento da
parte aérea da planta na direção oposta à força da gravidade (geotropismo negativo) e no crescimento das raízes
na direção da força gravitacional (geotropismo positivo). O geotropismo no caule parece estar de acordo com a
teoria de Cholodny-Went.
Quando a planta é colocada em posição horizontal, o acúmulo de auxinas na parte inferior do caule provoca um
maior crescimento dessa parte, ocorrendo curvatura em uma direção oposta à força da gravidade, fazendo com
que o caule se dirija para cima. Na raiz em posição horizontal ocorre um maior alongamento na parte superior
comparada à inferior, provocando curvatura da raiz na direção da força gravitacional. Há pouca evidência de
que ocorra uma distribuição assimétrica de AIA natural em raízes colocadas em posição horizontal.
A aplicação de auxinas sobre a superfície do caule promove a formação de raízes adventícias, o que é
útil na propagação vegetativa por meio de estacas.
O nível de auxinas nos tecidos do ovário sobe sensivelmente por ocasião da fecundação, promovendo o
desenvolvimento do fruto.
A auxina sintética 2,4-D (ácido 2,4-diclofenoxiacético) é utilizada como herbicida e atua somente em
plantas eudicotiledôneas.
Partenocarpia
Na natureza, é comum o desenvolvimento de ovários sem que tenha havido a formação das sementes. É o caso
da banana. A auxina existe na parede do ovário e também nos tubos polínicos é que garante o crescimento do
fruto.
Artificialmente, é possível produzir frutos partenocárpicos por meio da aplicação de auxinas diretamente nos
ovários, retirando-se previamente os estames para evitar polinização. Isso é feito para se obter uvas, melancias,
e tomates sem sementes.
Ácido Abscísico - Abscisão Foliar
A queda das folhas de uma planta decídua pode ocorrer em resposta a sinais do meio ambiente, tais como curtos
ou baixas temperaturas no outono, ou devido a condições adversas ao desenvolvimento vegetal. A folha jovem
tem a capacidade de sintetizar níveis de auxinas relativamente altos; durante a senescência, a síntese de
auxinas no limbo foliar diminui consideravelmente, o que promove o rompimento do pecíolo na camada
de abscisão.
Durante a senescência, ao mesmo tempo que diminui o fluxo de auxinas no pecíolo, ocorre um aumento na
produção de etileno na região de abscisão. A queda no nível de auxinas aparentemente torna as células da
região de abscisão mais sensíveis à ação do etileno. O etileno também inibe o transporte de auxinas no pecíolo e
provoca a síntese e o transporte de enzimas que atuam na parede celular (celulases) e na lamela média
(pectinases). A dissolução parcial ou total da parede celular e da lamela média torna a região de abscisão
enfraquecida, do ponto de vista mecânico. Basta neste momento um vento moderado para causar a quebra do
feixe vascular e completar a separação da folha do restante da planta.
A abscisão de frutos é muito semelhante à abscisão foliar, somente que nos frutos e em algumas folhas ocorre,
antes da abscisão, um aumento no nível de ácido abscísico. Este hormônio vegetal poderia promover a síntese
de etileno e, possivelmente, a síntese das enzimas que atuam na parede celular e lamela média.
Etileno
O etileno é um hidrocarboneto insaturado, de natureza gasosa, regulador do crescimento e que atua como
hormônio. Sua produção em uma planta normal ocorre praticamente em todas as células e se torna mais
abundante nas flores após a polinização e nos frutos em amadurecimento. Sua síntese também se verifica em
células danificadas.
Uma banana madura, colocada junto a outras verdes, acelera o amadurecimento das outras por causa do etileno
que ela desprende. Por isso, os floricultores costumam armazenar frutos em câmaras onde é evitado o acúmulo
de etileno no ar, retardando, assim, o amadurecimento.
Outro modo de se evitar o amadurecimento dos frutos é enriquecer o ar do armazém com gás carbônico (já que
esse gás antagoniza os efeitos do etileno) ou impedir a oxigenação dos frutos (o nível baixo de oxigênio reduz a
taxa de síntese de etileno).
O etileno também está envolvido com a queda – abscisão – de folhas e frutos. Esse processo começa com a
redução do teor de AIA da folha, seguido pela produção do etileno. Ele estimula a síntese de celulase, enzima
que digere as paredes celulósicas, na região de abscisão do pecíolo. Nessa região surge um meristema de
abscisão, em que as células derivadas organizam uma cicatriz que fechará a lacuna produzida com a queda da
folha ou do fruto.
As Giberelinas
A história inicial das giberelinas foi um produto exclusivo dos cientistas japoneses. Em 1926, E.Kurosawa
estudava uma doença de arroz (Oryza sativa) denominada de doença das "plantinhas loucas", na qual a planta
crescia rapidamente, era alta, com coloração pálida e adoentada, com tendência a cair. Kurosawa descobriu que
a causa de tal doença era uma substância produzida por uma espécie de fungo, Gibberella fujikuroi, o qual
parasitava as plântulas.
A giberelina foi assim denominada e isolada em 1934. As giberelinas estão presentes possivelmente em todas as
plantas, por todas as suas partes e em diferentes concentrações, sendo que as mais altas concentrações estão em
sementes ainda imaturas. Mais de 78 giberelinas já foram isoladas e identificadas quimicamente. O grupo mais
bem estudado e o GA3 (conhecido por acido giberélico), que é também produzido pelo fungo Gibberella
fujikuroi.
As giberelinas têm efeitos drásticos no alongamento dos caules e folhas de plantas intactas, através da
estimulação tanto da divisão celular como do alongamento celular.
As giberelinas são produzidas em tecidos jovens do sistema caulinar e sementes em desenvolvimento. É incerto
se sua síntese ocorre também nas raízes. Após a síntese, as giberelinas são provavelmente transportadas pelo
xilema e floema.
Giberelinas e os mutantes anões
1. Giberelinas podem ser usadas na quebra de dormência de sementes de várias espécies de vegetais,
acelerando a germinação uniforme de plantações. Em sementes de cevada e outras gramíneas, a
giberelina produzida pelo embrião acelera a digestão em reservas nutritivas contidas no endosperma
(região rica em reservas), pois estimula a produção de enzimas hidrolíticas.
2. Giberelinas podem ser usadas para antecipar a produção de sementes em plantas bienais. Juntamente
com as citocininas, desempenham importante papel no processo de germinação de sementes.
3. Giberelinas, assim como auxinas, podem causar o desenvolvimento de frutos partenocárpicos (sem
sementes), incluindo maçã, abóbora, berinjela e groselha. A maior aplicação comercial das giberelinas é
na produção de uvas para a mesa. O ácido giberélico promove a produção de frutos grandes, sem
sementes, soltos entre si.
4. Giberelinas estimulam o florescimento de plantas de dia longo (PDL) e bienais.
Na agricultura
1. Auxinas e giberelinas sintéticas: pulverizadas nas culturas, estas substâncias provocam a floração
simultânea de plantações de abacaxi, evitam a queda prematura de laranjas e permitem a formação de
uvas sem sementes. Aumentam ainda o tempo de armazenamento de batatas, impedindo o brotamento de
suas gemas.
2. Experimentos para a produção de cultura de tecidos vegetais com auxinas e citocininas em soluções
nutritivivas contendo sais minerais, açúcar, vitaminas e aminoácidos. A partir disso, são produzidas
grandes massas de tecidos (calos) de maçã, pêra, cenoura, batata e outros. Com estes calos, podem ser
obtidas novas plantas, selecionadas e isentas de parasitas. Experimentos clássicos realizados em 1950
foram feitos para obter clones (plantas geneticamente iquais, obtidas a partir de células somáticas de um
único vegetal) de cenouras por cultura de tecidos.
3. Utilização de hormônios vegetais como herbicidas seletivos: alguns deles, como a 2,4 –D (ácido dicloro-
fenoxiacético, uma auxina sintética) são inócuos para gramíneas como arroz, trigo, centeio, porem
matam ervas daninhas de folhas largas como carrapichos, picões, dentes-de-leão.
4. Alguns hormônios sintéticos podem ser tóxicos para os animais e o homem; seu uso indiscriminado
pode desencadear efeitos colaterais nocivos as comunidades e aos ecossistemas. E outra auxina sintética,
a 2,4,5-T ( ácido tricloro-fenoxiacético), usado como agente desfolhante na guerra do Vietnã. Foi
demonstrado que esta substância é responsável por deformações nos embriões dos mamíferos. Os efeitos
perigosos da substância decorrem de sua contaminação por traços de benzodioxina, substância que se
forma durante a fabricação do hormônio. Pesquisas recentes mostram que apenas cinco partes por trilhão
de dioxina podem aumentar significativamente a probabilidade de ocorrência de cânceres de vários
tipos.
Citocininas
Uma quarta classe de hormônios vegetais é a das citocininas, assim chamadas porque estimula a divisão
celular (citocinese).
As citocininas são produzidas nas raízes e transportadas através do xilema para todas as partes da planta.
Embriões e frutos também produzem as citocininas.
O papel das citocininas no desenvolvimento das plantas tem sido estudado em culturas de tecidos. Quando um
fragmento de uma planta, um pedaço de parênquima, por exemplo, é colocado em um meio de cultura contendo
todos os nutrientes essenciais à sua sobrevivência as células podem crescer mas não se dividem. Se
adicionarmos apenas citocinina a esse meio, nada acontece, mas se adicionarmos também auxina, as células
passam a se dividir e podem se diferenciar em diversos órgãos.
O tipo de órgão que surge em uma cultura de tecidos vegetais depende da relação entre as
quantidades de citocina e auxina adicionadas ao meio. Quando as concentrações dos dois
hormônios são iguais, as células se multiplicam mas não se diferenciam, formando uma
massa de células denominada calo. Se a concentração de auxina for maior que a de citocina, o
calo forma raízes. Se, por outro lado, a concentração de citocina for maior do que a de auxina,
o calo forma brotos.
As citocinas também atuam em associação com as auxinas no controle da dominância apical. Nesse caso, os
dois hormônios tem efeitos antagônicos. As auxinas que descem pelo caule inibem o desenvolvimento das
gemas laterais, enquanto as citocinas que vêm das raízes estimulam as gemas a se desenvolverem. Quando a
gema apical é removida, cessa a ação das auxinas e as citocinas induzem o desenvolvimento das gemas laterais.
Uma vez iniciado o desenvolvimento das gemas laterais não mais pode ser inibido. O fato de as gemas mais
baixas do caule saírem da dormência antes das mais altas tem a ver com o fato de elas estarem mais próximas
das raízes, onde são produzidas as citocinas.
As citocinas também retardam o envelhecimento das plantas. Ramos e flores cortados e colocados em água
envelhecem rapidamente pela falta desse hormônio. A adição de citocina na água dos vasos faz com que as
flores cortadas durem bem mais tempo. É uma prática comum no comércio de plantas pulverizar citocina sobre
as flores colhidas com a finalidade de retardar o seu envelhecimento.
Senescência
A senescência consiste no conjunto de mudanças que provocam
a deterioração e a morte da célula vegetal. Em plantas
multicelulares, a senescência ocorre após a juvenilidade
(crescimento vegetativo) e a maturidade (reprodução) e é rápida
em plantas perenes, de acordo com o programa genético
característico de cada tipo de planta. A senescência é também
sensível à influência de fatores do meio ambiente tais como dias
curtos, baixa luminosidade, baixas e altas temperaturas, baixos
níveis de nutrientes essenciais e sais tóxicos no solo.
A senescência consiste no conjunto de mudanças que provocam
a deterioração e a morte da célula vegetal. Em plantas
multicelulares, a senescência ocorre após a juvenilidade
(crescimento vegetativo) e a maturidade (reprodução) e é rápida
em plantas perenes, de acordo com o programa genético
característico de cada tipo de planta. A senescência é também
sensível à influência de fatores do meio ambiente tais como dias
curtos, baixa luminosidade, baixas e altas temperaturas, baixos
níveis de nutrientes essenciais e sais tóxicos no solo.
A senescência consiste no conjunto de mudanças que provocam a deterioração e a morte da célula vegetal. Em
plantas multicelulares, a senescência ocorre após a juvenilidade (crescimento vegetativo) e a maturidade
(reprodução) e é rápida em plantas perenes, de acordo com o programa genético característico de cada tipo de
planta. A senescência é também sensível à influência de fatores do meio ambiente tais como dias curtos, baixa
luminosidade, baixas e altas temperaturas, baixos níveis de nutrientes essenciais e sais tóxicos no solo.
A senescência e a morte podem ocorrer aproximadamente ao mesmo tempo em toda a planta, no caso de plantas
anuais (milho, soja) e algumas plantas perenes (agave, bambu), que florescem uma vez e morrem logo depois,
ou podem ocorrer somente na parte aérea das plantas bianuais e herbáceas perenes, nas quais as partes
subterrâneas se mantêm vivas e servem como reservas para o crescimento do ano seguinte e podem ocorrer
somente nas folhas e frutos de plantas lenhosas perenes. Estas plantas florescem todo ano e sua senescência
total e a morte levam muitos anos.
Em plantas com senescência total, ela se dá logo depois da floração e da frutificação. A retirada de flores e de
frutos adia a senescência e provoca um retorno ao rápido crescimento vegetativo característico da fase anterior à
floração. Nos cereais (milho, trigo) a senescência é facilmente observada, já que acontece quase
simultaneamente em milhões de plantas.
A senescência não ocorre ao acaso e quando ela é total está mais relacionada a fatores internos da planta que a
fatores do meio ambiente. As mudanças que se observam nessa fase são parte de um mecanismo de
transferência de nutrientes de partes da planta como a folha, para outras partes como os frutos, as sementes e o
caule. Freqüentemente, a senescência das folhas e dos frutos é acompanhada de sua abscisão.
Uma causa possível da senescência da planta poderia ser a grande mobilização de nutrientes e citocininas na
direção dos frutos e das sementes. A morte da parte vegetativa da planta seria a conseqüência dessa mobilização
dirigida pela atividade as auxinas produzidas pelos frutos. A retirada de flores e de frutos atrasa e pode até
evitar a senescência. Essa mobilização poderia também ser considerada como um efeito e não como uma causa
da senescência. A teoria da mobilização não explica por que a presença de flores masculinas em plantas
masculinas provoca o início da senescência enquanto a retirada dessas flores a retarda.
A aplicação de retardadores do crescimento tem como efeito a aceleração da iniciação floral e da floração de
certas plantas. No abacaxizeiro, as aplicações de etileno, de compostos que liberam etileno em contato com a
planta (ethephon) ou de auxinas que induzem a produção de etileno pela planta, provocam a iniciação floral e a
floração. No repolho, entretanto, a floração está associada a um rápido crescimento vegetativo. Isto mostra que
nem sempre a diminuição da taxa de crescimento está intimamente associada à iniciação floral, à floração e à
frutificação. Na realidade, além do fato de que ela faz parte do programa genético da planta e que está sujeita,
em certos casos, a fatores do meio ambiente, pouco se conhece sobre as causas profundas da senescência.
Fotoperiodismo
Diversas etapas do desenvolvimento das plantas ocorrem em épocas determinadas do ano. A época da floração,
por exemplo, é caraterística para cada espécie: é comum ouvirmos dizer que tal planta floresce em agosto, outra
em setembro e assim por diante.
O estímulo ambiental que as plantas utilizam com mais freqüência é o foto período, isto é, a relação entre a
duração dos dias (período iluminado) e das noites (período escuro). A resposta fisiológica a essa relação é
chamada fotoperiodismo.
De acordo com a maneira como o fotoperiodismo afeta a floração, as plantas podem ser classificadas em três
tipos principais: plantas de dia curto, plantas de dia longo e plantas indiferentes.
Plantas de dia curto são aquelas que florescem quando a duração da noite (período escuro) é igual ou maior do
que determinado valor, denominado fotoperíodo crítico. Plantas de dia curto florescem no fim do verão, no
outono ou no inverno.
Plantas de dia longo são as que florescem quando submetidas a períodos de escuridão inferiores ao fotoperíodo
crítico. Plantas desse tipo das quais a alface é um exemplo, florescem no fim da primavera ou no verão. Para
algumas plantas basta uma única exposição ao fotoperíodo indutor para florescer, enquanto outras precisam de
vários dias sucessivos de fotoperíodos adequados.
Algumas plantas só respondem ao fotoperíodo depois de receber algum outro tipo de estimulação. O trigo de
inverno, por exemplo, não florescerá ao menos que fique exposto por várias semanas à temperaturas inferiores a
10ºC. Essa necessidade de frio para florescer ou uma semente germinar, é comum a muitas plantas de clima
temperado, sendo chamada de vernalização. Se, após a vernalização, o trigo de inverno for submetidos a
períodos indutores menores que o fotoperíodo crítico, ele florescerá.
Plantas indiferentes
Existem plantas que florescem independente do fotoperíodo. Nesse caso, a floração ocorre em resposta a outros
estímulos. O tomate e o feijão de corda são exemplos de plantas indiferentes.
O fato de as plantas responderem a estímulos luminosos significa que elas são capazes de perceber a luz. O
fotorreceptor envolvido no fotoperiodismo, bem como em muitos outros tipos de resposta à luz, é o
fitocromo, uma proteína de cor azul-esverdeada.
Tipos de fitocromos
O fitocromo existe em duas formas interconversíveis, uma inativa, chamada fitocromo R, e outra ativa,
chamada fitocromo F. O fitocromo R (do inglês, Red, vermelho) se transforma em fitocromo F (do inglês, far-
red, vermelho-longo) ao absorver luz vermelha de comprimento de onda na faixa dos 660 nanômetros. O
fitocromo F, por sua vez, transforma-se em fitocromo R ao absorver luz vermelha de comprimento de onda na
faixa dos 730 nanômetros (vermelho de onda mais longa).
A luz solar contém ambos os comprimentos de onda (vermelho e vermelho-longo). Por isso durante o dia as
plantas apresentam as duas formas de fitocromos (R e F), com predominância do fitocromo F. À noite, o
fitocromo F, mais instável, converte-se espontaneamente em fitocromo R. Dependendo da duração do período
de escuridão, essa conversão pode ser total, de modo que a planta ao fim de um longo período de escuridão,
pode apresentar apenas fitocromo R.
Nas plantas de dia curto o fitocromo F é um inibidor da floração. Plantas de dia curto florescem em
estações do ano que as noites são longas, porque, durante o período prolongado de escuridão, o fitocromo F
converte-se espontaneamente em fitocromo R, deixando de inibir a floração. Uma breve exposição de luz (cerca
de 10 minutos) durante o período de escuridão é o suficiente para impedir a floração de plantas de dia curto,
pois, nesse período o fitocromo R é convertido em fitocromo F.
Nas plantas de dia longo o fitocromo F é um indutor de floração. Assim, plantas de dia longo só florescem
se o período de escuridão não forem muito prolongados, de modo que não haja conversão total de fitocromo F
em R. Já em estações do ano que as noites são longas, as plantas de dia longo não florescem, porque todo o
fitocromo F é convertido em fitocromo R, que não induz a floração.
Fitocromos e germinação
Os fitocromos também estão envolvidos em outros processos fisiológicos das plantas, entre elas a germinação
das sementes.
As sementes de diversas espécies de plantas precisam ser expostas à luz para germinar. Isso porque a
germinação é induzida pelo fitocromo F, formado durante o período de exposição à luz.
Movimentos Vegetais
Os movimentos dos vegetais respondem à ação de hormônios ou de fatores ambientais como substâncias
químicas, luz solar ou choques mecânicos. Estes movimentos podem ser do tipo crescimento e curvatura e do
tipo locomoção.
Tropismos
Os tropismos são movimentos orientados em relação à fonte de estímulo. Estão relacionados com a ação
das auxinas.
Fototropismo
Movimento orientado pela direção da luz. Existe uma curvatura do vegetal em relação à luz, podendo ser em
direção ou contrária a ela, dependendo do órgão vegetal e da concentração do hormônio auxina. O caule
apresenta um fototropismo positivo, enquanto que a raiz apresenta fototropismo negativo.
Geotropismo
Movimento orientado pela força da gravidade. O caule responde com geotropismo negativo e a raiz com
geotropismo positivo, dependendo da concentração de auxina nestes órgãos.
Quimiotropismo
Tigmotropismo
Movimento orientado por um choqe mecânico ou suporte mecânico, como acontece com as gavinhas de chuchu
e maracujá que se enrolam quando entram em contato com algum suporte mecânico.
Nastismos
Os nastismos são movimentos que não são orientados em relação à fonte de estímulo. Dependem da
simetria interna do órgão, que devem ter disposição dorso - ventral como as folhas dos vegetais.
Fotonastismo
Movimento das pétalas das flores que fazem movimento de curvatura para a base da corola. Este movimento
não é orientado pela direção da luz, sendo sempre para a base da flor. Existem as flores que abrem durante o
dia, fechando-se à noite como a "onze horas" e aquelas que fazem o contrário como a "dama da noite".
Tigmonastismo e Quimionastismo
Movimentos que ocorrem em plantas insetívoras ou mais comumente plantas carnívoras, que, em contato com
um inseto, fecham suas folhas com tentáculos ou com pêlos urticantes, e logo em seguida liberam secreções
digestivas que atacam o inseto. Às vezes substâncias químicas liberadas pelo inseto é que provocam esta reação.
Seismonastia
Movimento verificado nos folíolos das folhas de plantas do tipo sensitiva ou mimosa, que, ao sofrerem um
abalo com a mão de uma pessoa ou com o vento, fecham seus folíolos. Este movimento é explicado pela
diferença de turgescência entre as células de parênquima aquoso que estas folhas apresentam.
Movimentos de deslocamento de células ou organismos que são orientados em relação à fonte de estímulo,
podendo ser positivos ou negativos, sendo definidos como tactismos.
Quimiotactismo
Movimento orientado em relação a substâncias químicas como ocorre com o anterozóide em direção ao
arquegônio.
Aerotactismo
Movimento orientado em relação à fonte de oxigênio, como ocorre de modo positivo com bactérias aeróbicas.
Fototactismo
Movimento orientado em relação à luz, como ocorre com os cloroplastos na célula vegetal.
Nutrição Vegetal
A nutrição da plantas é autotrófica, nisso diferindo da nutrição animal, que é heterotrófica. Enquanto os
animais obtêm alimento comendo outros seres vivos, as plantas fabricam elas mesmas a matéria orgânica que
lhes servem de alimento. Para isso utilizam gás carbônico proveniente do ar e água e sais minerais (nutrição
inorgânica) retirados do solo.
Nutrição inorgânica
Quando falamos de nutrição inorgânica, na verdade estamos nos referindo à absorção dos nutrientes minerais
essenciais para um bom desenvolvimento vegetal. Esses nutrientes existem no substrato em que planta vive
(solo, água e, eventualmente, meio aéreo) e a sua absorção é realizada principalmente pelas raízes. Muitas
vezes, as folhas também executam esse papel. A absorção radicular é efetuada a partir da zona pilífera, região
na qual a superfície de absorção é aumentada pela existência dos pelos absorventes.
Quando um nutriente é utilizado em grande quantidade por um vegetal, ele é considerado um macronutriente.
Se for utilizado em pequena quantidade, é considerado um micronutriente. Esses termos não se relacionam
com o tamanho do nutriente, e sim com a quantidade em que são utilizados.
Entre os micronutrientes, podem ser citados o manganês, o cobre, o zinco e o ferro.
O húmus
A decomposição de restos vegetais no solo, realizada por fungos, bactérias, minhocas, insetos etc., resulta na
mineralização dos nutrientes (carbono, nitrogênio, fósforo, enxofre, etc.), que são diretamente assimilados pelas
plantas ou formam outros compostos.
O húmus estabiliza a estrutura dos solo, aumentando a sua aptidão para absorver os íons minerais (potássio,
amônio, magnésio e cálcio)e regulariza a umidade, constituindo assim agente insubstituível de fertilidade e
conservação do solo.
A fotossíntese ocorre principalmente nas folhas de uma traqueófita. É conveniente, agora, dar uma noção da
morfologia interna desse órgão relacionado com a nutrição orgânica.
Duas epidermes, formadas por células achatadas, revestem uma camada interna constituída basicamente por
dois tecidos: o tecido de preenchimento e o tecido condutor. O tecido de preenchimento é conhecido como
parênquima e é, em geral, constituído por duas camadas de células clorofiladas, vivas.
A camada próxima à epiderme superior possui células organizadas em uma paliçada e, por isso, recebe o nome
de parênquima paliçádico. A outra camada, próxima à epiderme inferior, possuem células irregulares que se
dispõem deixando lacunas entre si, o que dá a essa camada um aspecto de esponja – é o parênquima lacunoso.
As células dessas camadas são ricas em cloroplastos. O tecido condutor compõe as nervuras. Aqui, os vasos
dispõem-se em feixes de tecidos condutores, embainhados por células parenquimáticas especiais.
Há dois tipos de vasos: os que trazem para a folha a água necessária para a fotossíntese, além de outras
substâncias inorgânicas – vasos do xilema – e os que conduzem o alimento produzido pelas folhas para o caule
e para a raiz – vasos do floema.
Cabe ao parênquima clorofiliano (outro nome dado ao conjunto formado pelo parênquima paliçádico e
parênquima lacunoso) o papel de nutrir o vegetal como os alimentos orgânicos necessários a sua sobrevivência,
a partir da realização da fotossíntese.
As etapas clara e escura da fotossíntese ocorrem nos cloroplastos. Na fase de claro (ou fotoquímica) há a
participação da água e da luz, com liberação de oxigênio e produção de ATP e NADPH2. Na fase escura (ou
puramente química), ocorre o ciclo de Calvin ou ciclo das pentoses, durante a qual há uma sequência de reações
com a participação do gás carbônico e com a utilização do ATP e do NADPH2, produzidas na fase clara,
resultando em moléculas de glicose.
1. Introdução
Após a fecundação a célula ovo ou zigoto divide-se várias vezes para formar o embrião. No início, todas as
células do corpo embrionário se dividem, mas com o crescimento e desenvolvimento do vegetal, as divisões
celulares vão ficando restritas à determinadas regiões do corpo do vegetal (Fig. 1). Assim, no vegetal adulto,
algumas células permanecem embrionárias, isto é, conservam sua capacidade de divisão e multiplicação e a
estes tecidos que permanecem embrionários, damos o nome de meristemas (do grego meristos = dividir).
Devido à esta capacidade “infinita” de divisão e ao fato de estar, continuamente, adicionando novas células ao
corpo vegetal, os meristemas são os tecidos responsáveis pelo crescimento da planta. No entanto, mesmo os
meristemas podem apresentar fases de repouso como, por exemplo, as gemas axilares das plantas perenes, que
no inverno podem permanecer dormentes durante longos períodos.
Outros tecidos também podem apresentar divisões celulares, como por exemplo, o parênquima e o colênquima,
que são tecidos formados de células vivas, possibilitando ao vegetal a regeneração de áreas danificadas.
Todavia, nesses tecidos, o número de divisões é limitado e restrito à determinadas ocasiões especiais.
Os meristemas caracterizam-se pela intensa divisão celular que apresentam (Fig. 3), pelo tamanho reduzido de
suas células, parede celular primária, geralmente, delgada e proplastídeos (plastídeos não diferenciados). O
núcleo pode ser grande em relação ao tamanho da célula, como nos meristemas apicais, ou não, como nos
meristemas laterais; o citoplasma pode ser denso, apresentando apenas vacúolos minúsculos (meristemas
apicais) ou pode apresentar vacúolos maiores ( meristemas laterais).
Figura 2 - Ápice da
raiz de Allium cepa.
Á rea marcada -
Figura 3- Allium sp. Detalhe do
promeristema-
meristema apical de raiz. Foto de
células iniciais e suas
Mauseth, J.D.
derivadas mais
recentes. Foto Depto.
de Botânica da USP.
A formação de novas células, tecidos e órgãos através da atividade meristemática, envolve DIVISÕES
celulares. Nos meristemas algumas células dividem-se de tal modo que, uma das células filhas resultante da
divisão, cresce e diferencia-se, tornando-se uma nova célula acrescentada no corpo da planta e, a outra,
permanece indiferenciada indefinidamente como célula meristemática. As células que permanecem no
meristema são denominadas de células iniciais e as que são acrescentadas ao corpo da planta são denominadas
de células derivadas.
As iniciais e as derivadas mais recentes compõem os meristemas apicais ou promeristemas (Fig. 2). Geralmente,
as células derivadas ainda se dividem várias vezes, antes de sofrerem as alterações citológicas que denunciem
alguma diferenciação.
Na atividade meristemática a divisão celular combina-se com o CRESCIMENTO das células resultantes da
divisão. Este aumento de volume é, na realidade, o maior responsável pelo crescimento em comprimento e
largura do vegetal.
As células que não estão mais se dividindo e que podem ainda estar em crescimento iniciam o processo de
DIFERENCIAÇÃO. A diferenciação envolve alterações químicas, morfológicas e fisiológicas que transforma
células meristemáticas semelhantes entre si, em estruturas diversas.
Os tecidos maduros exibem diferentes graus de diferenciação. Elevado grau de diferenciação e especialização é
conseguido pelas células de condução do xilema e do floema e também pelas fibras (Fig. 4). Mudanças menos
profundas são observadas nas células do parênquima e, isto é, particularmente, importante para o vegetal, pois
as células pouco diferenciadas podem voltar a apresentar divisões quando estimuladas. A recuperação de áreas
lesadas (cicatrização) e a formação de “callus” na cultura de tecidos, por exemplo, é possível devido à
capacidade de divisão das células parenquimáticas.
Figura 4- Diferentes tipos celulares
originados a partir de uma célula
meristemática do procâmbio ou do
câmbio vascular (Raven et al 2001).
Assim, num sentido mais amplo, o meristema abrange, as iniciais meristemáticas, suas derivadas recentes, que
ainda não apresentam nenhum sinal de diferenciação e aquelas células, cujo curso de diferenciação já está
parcialmente determinado, mas que ainda apresentam algumas divisões celulares e o seu crescimento ainda está
acontecendo (Fig. 2).
3.1. Vários critérios podem ser usados para classificação dos meristemas , um dos mais usados é a posição que
eles ocupam no corpo da planta:
a. meristemas apicais ou pontos vegetativos: aqueles que ocupam o ápice da raiz e do caule, bem como de
todas as suas ramificações (Fig. 1 e 2);
b. meristemas laterais: aqueles que localizam-se em posição paralela ao maior eixo do órgão da planta onde
ocorrem e suas células se dividem periclinalmente, ou seja paralelamente à superfície do órgão, como o câmbio
vascular e o felogênio (Fig. 5 e 11);
c. meristemas intercalares: recebem este nome porque se localizam entre tecidos maduros ,como por exemplo,
na base dos entrenós dos caules das gramíneas, bainha das folhas de monocotiledôneas (Fig. 6), etc.
Figura 5- Esquema tridimensional
Figura 6- Esquema mostrando
do caule em estrutura secundária,
meristemas intercalares.
mostrando a posição dos
Capturado da internet.
meristemas laterais. Foto Amabis &
Martho (2002).
3.2. De acordo com a sua origem, os meristemas podem ser ainda classificados em: meristemas primários e
meristemas secundários.
a. Os meristemas apicais da raiz e do caule, são primários em origem, porque estão presentes na planta desde o
embrião (Fig. 1). A atividade desses meristemas forma os tecidos primários e leva ao crescimento em
comprimento dos órgãos, formando o corpo primário ou estrutura primária do vegetal;
Dicotiledôneas anuais de pequeno porte, bem como, a maioria das monocotiledôneas, completam seu ciclo de
vida somente com o crescimento primário. Entretanto, a maioria das dicotiledôneas e das gimnospermas
apresenta um crescimento adicional em espessura, principalmente no caule e na raiz, resultante da atividade dos
meristemas laterais: o câmbio vascular e o felogênio (Fig. 5 e 11).
4. Meristemas Apicais
Os meristemas apicais ou pontos vegetativos de crescimento são encontrados no ápice do caule e da raiz (e de
todas as suas ramificações) (Fig. 1). A atividade destes meristemas resulta na formação do corpo primário ou
estrutura primária do vegetal . Os meristemas apicais podem ser vegetativos – quando dão origem a tecidos e
órgãos vegetativos e reprodutivos – quando dão origem à tecidos e órgãos reprodutivos.
O termo meristema não é restrito apenas ao topo do ápice radicular e/ou caulinar, porque as modificações que
ocorrem em suas células (divisão, crescimento e diferenciação celular) são graduais e vão acontecendo desde a
região apical até aquelas regiões onde estão os tecidos já diferenciados, como na raiz. Usamos os termos
meristema apical (promeristema) e tecidos meristemáticos primários, para fazer uma distinção entre o
meristema apical propriamente dito e os tecidos meristemáticos logo abaixo.
Assim, quanto ao grau de diferenciação das células, podemos reconhecer nos meristemas apicais:
1. Promeristema: conjunto formado pelas células iniciais e suas derivadas mais recentes, ainda indiferenciadas.
O promeristema ocupa uma posição distal no ápice do caule ou da raiz (Fig. 2, 7 e 9).
Nos vegetais inferiores (talófitas, briófitas e pteridófitas) existe apenas uma célula inicial no promeristema (Fig.
7), enquanto nas gimnospermas e angiospermas, existem várias células iniciais formando o promeristema, tanto
no caule como na raiz (Fig. 2);
Figura 7- Detalhe do ápice caulinar
de uma pteridófita evidenciando a
célula apical piramidal. Foto
capturada da internet.
2. Meristemas primários parcialmente diferenciados: células dos tecidos abaixo, ainda meristemáticos, mas
parcialmente diferenciados, que já não fazem mais parte do promeristema:
2.2 Procâmbio: meristema que origina os tecidos vasculares do sistema vascular primário: xilema e floema;
2.3 Meristema Fundamental: meristema que forma os tecidos primários do sistema fundamental: parênquima,
colênquima e esclerênquima.
Ápice radicular
Considerando o ápice da raiz como um todo, podemos visualizar o promeristema e os meristemas primários,
que estão em processo de diferenciação (Fig. 2).
O promeristema é constituído por uma região central de células com atividade mitóticas baixa, denominada
centro quiescente (Fig. 8), o qual é parcialmente envolvido por algumas camadas de células, com atividade
mitótica maior.
Figura 8- Detalhe do centro quiescente
do meristema apical da raiz de Allium sp.
Foto de Peterson, L.
(www.uoguelp.ca/botany/courses/BOT34
10).
Logo a seguir, um pouco mais acima, estão os tecidos meristemáticos parcialmente diferenciados, ou seja, os
meristemas primários: a protoderme que origina a epiderme, o procâmbio que formará o cilindro vascular e o
meristema fundamental que dará origem ao sistema fundamental de tecidos.
Na maioria das raízes, o meristema apical aparece envolvido pela coifa (Fig. 1, 3 e 8), um tecido primário,
parenquimático, originado a partir de uma região especial do meristema apical denominada de caliptrogênio.
Ápice caulinar
O caule com seus nós e entrenós, folhas, gemas axilares, ramos e também as estruturas reprodutivas resultam,
basicamente, da atividade do meristema apical.
Várias teorias tentam descrever a organização do meristema apical caulinar. Nas criptógamas vasculares o
promeristema do caule, bem como o da raiz é estruturalmente muito simples, formado por uma grande célula
apical, no centro da região apical (Fig. 7) e suas derivadas imediatas e todo o crescimento desses órgãos
depende da divisão destas células.
A teoria mais aceita para explicar a organização do meristema apical do caule, nas angiospermas, é a
denominada organização do tipo túnica–corpo (Fig. 9). Essas duas regiões são reconhecidas pelos planos de
divisão celular que nelas ocorrem.
1. túnica - com uma ou mais camadas, cujas células se dividem perpendicularmente à superfície do meristema
(divisões anticlinais), o que permite o crescimento em superfície do meristema.
2. corpo - logo abaixo da(s) camada(s) da túnica está o corpo e é formado por um grupo de células que se
dividem em vários planos, promovendo crescimento em volume do meristema. Assim esse grupo de células
centrais acrescenta massa à porção apical do caule pelo aumento do volume e as derivadas da túnica dão uma
cobertura contínua sobre o conjunto central (corpo).
À medida que se formam novas células, as mais velhas vão se diferenciando e sendo incorporadas às regiões
situadas abaixo do promeristema. Essas novas células vão sendo incorporadas aos tecidos meristemáticos em
processo inicial de diferenciação: protoderme que se diferenciará em epiderme, o procâmbio que dará origem
ao sistema vascular e o meristema fundamental que formará o córtex e a medula (Fig. 10).
Figura 9- Meristema
Figura 10- Meristema
apical de Coleus -
caulinar de Coleus sp -
organização túnica -corpo.
www.ualr.edu/~botany/mer
www.ualr.edu/~botany/me
istems
ristems
Com a formação de uma flor ou inflorescência o meristema apical caulinar passa para o estágio reprodutivo,
cessando o crescimento indeterminado, observado no estágio vegetativo do caule, para dar início às
modificações que levarão à diferenciação de um meristema floral e ao desenvolvimento de uma flor ou de uma
inflorescência.
5. Meristemas laterais
Em muitas espécies, o caule e a raiz crescem em espessura, devido a adição de novos tecidos vasculares ao
corpo primário, pela atividade do câmbio vascular (Fig. 5, 11, 12 e 13).
Com o aumento do volume interno nestes órgãos, a epiderme, tecido de revestimento do corpo primário, é
substituída pela periderme que tem origem a partir do felogênio (Fig. 5 e 13). Esse crescimento em espessura é
denominado de crescimento secundário.
O câmbio vascular e o felogênio são também conhecidos como meristemas laterais devido à posição que
ocupam no corpo vegetal, isto é, uma posição paralela à superfície do órgão onde ocorrem (Fig. 5 e 11).
Figura 12- Corte transversal do
Figura 13- Primeira periderme do caule de
caule de Pinus. sp. Foto de
Stercullia sp. Foto de Castro, N.M.
Mauseth, J.D.
O câmbio vascular ou, simplesmente, câmbio se instala entre o xilema e floema primário (Fig. 5 e 14) e produz
os tecidos vasculares secundários. As células cambiais, ao contrário células dos meristemas apicais são
intensamente vacuoladas, possuem paredes levemente espessadas e o núcleo da célula não é tão grande, como o
visto nas células dos meristemas apicais. Além dessas diferenças, existem ainda, dois tipos de iniciais cambiais
quanto ao seu formato: as iniciais fusiformes (Fig. 14), geralmente alongadas, cujas derivadas darão origem o
sistema axial de células dos tecidos vasculares secundários, e as iniciais radiais (Fig. 14), aproximadamente,
isodiamétricas, cujas derivadas originarão as células do sistema radial (raios parenquimáticos) dos tecidos
vasculares secundários.
Figura 14- Esquema mostrando a posiçaõ do câmbio
vascular em relação aos tecidos dele derivados: célula inicial
fusiforme, célula inicial radial. ESAU, K. (1987).
Para produzir o xilema e floema secundário as células do câmbio se dividem periclinalmente. Uma mesma
inicial produz células derivadas tanto em direção ao xilema como em direção ao floema. Dessa maneira, cada
inicial produz uma fileira radial de células para dentro e outra para fora. Em fase de intensa atividade, em que
muitas derivadas estão sendo produzidas, forma-se uma zona cambial com várias camadas de células
indiferenciadas (Fig. 12). Nesta fase é difícil distinguir as iniciais de suas derivadas mais recentes, uma vez que
essas derivadas dividem-se periclinalmente, uma ou mais vezes, antes que se inicie a sua diferenciação em
células do xilema ou do floema.
As células iniciais também sofrem divisões anticlinais e a circunferência do câmbio vai aumentando, à medida
que ocorre o aumento dos tecidos vasculares.
5.2. Felogênio
Como mencionado anteriormente, no caule e na raiz das plantas que apresentam crescimento secundário, a
epiderme é substituída pela periderme, um tecido de revestimento de origem secundária (Fig. 12). Bons
exemplos de formação de periderme são vistos nas plantas lenhosas entre as dicotiledôneas e gimnospermas. A
periderme também se forma nas dicotiledôneas herbáceas, principalmente nas regiões mais velhas do caule e da
raiz. Entre as monocotiledôneas, algumas espécies formam periderme, enquanto outras formam diferentes tipos
de tecidos de revestimento secundário.
O felogênio é o meristema que forma a periderme. Divisões periclinais de suas células iniciais produzem: o
felema, súber ou cortiça em direção à periferia do órgão e o feloderma ou córtex secundário em direção ao
centro do órgão (Fig. 12).
O felogênio é formado por apenas um tipo de células iniciais. Em corte transversal, este meristema aparece,
como o câmbio vascular, formando uma faixa estratificada, mais ou menos contínua, na circunferência do
órgão. Esta faixa é formada por fileiras radiais de células, sendo que em cada fileira radial, apenas uma célula é
a inicial do felogênio (a célula mais estreita) e as demais já são as suas derivadas imediatas.
Glossário - Letra A
A - Vitamina A ou retinol. Vitamina lipossolúvel que evita a xerofitalmia e a hemeralopia (cegueira noturna).
Principais fontes: leite, manteiga, cenoura, pimenta, óleo de fígado de bacalhau e em muitos vegetais.
Abiótico – É o componente não vivo do meio ambiente. Inclui as condições físicas e químicas do meio.
Ácido Nucleico - Macromolécula presente nas células de todos os seres vivos; está relacionada com a
hereditariedade (ver DNA e RNA).sômos cujo centrômero se desloca visivelmente do centro. (ver centrômero).
Actina - Proteína relacionada com o movimento celular. Presente em grande quantidade na musculatura. Ver
miosina.
Açúcar - Classe de substâncias orgânicas formadas por átomos de carbono, hidrogênio e oxigênio (ver
também Hidrato de Carbono, Monossacarídios e Polissacarídeos).
Aeróbico – Ser ou organismo que vive, cresce ou metaboliza apenas em presença do oxigênio.
Aferentes - Aquilo que chega. Nervos que fazem o impulso nervoso chegar ao SNC são chamados de nervos
aferentes, por exemplo. Ver também eferente.
Alelo - Que estão lado a lado. Diz-se gens alelos daqueles que estão na mesma posição, em cromossomos
diferentes do par homólogo. Que ocupam o mesmo locus nos cromossomos homólogos.
Alevino - Estágio embrionário dos peixes. Nota-se neste estágio um volumoso saco vitelínico na região
ventral.
Amido - Polissacarídio sintetizado a partir de reunião de moléculas de glicose, utilizado por certas algas e
pelas plantas como substância de reserva.
Anáfase - Fase da divisão celular onde os cromossomos se separam dirigindo-se para os polos da célula.
Androceu - Conjunto de estames que forma o aparelho reprodutor masculino em flores de angiospermas.
Angiosperma - Classe da divisão Tracheophyta. (Do grego: angion, vaso + sperma, semente). Literalmente,
semente produzida em um vaso; assim grupo de plantas cujas sementes são portadas dentro de um ovário
maduro (fruto). Espermáfita que forma fruto. Sementes protegidas pelos frutos. São as monocotiledôneas e as
dicotiledôneas.
Antibióticos - Substância orgânica capaz de inibir a proliferação de bactérias, a penicilina, por exemplo, é
um antibiótico.
Anticorpos - Substância proteica produzida pelos linfócitos que atacam e destroem substâncias ou micro-
organismos estranhos ao corpo (antígenos).
Antígeno - Diz-se de Qualquer substância ou partícula que, introduzida no corpo, provoca uma reação de
defesa (imunitária), com produção de anticorpos.
Autofagia - Auto = por si / fagia = comer Usamos este termo para designar o ato de autodigestão. Ocorre em
células ou tecidos que por liberarem enzimas digestivas dentro de suas estruturas acabam por fazer
autodigestão.
Autótrofos – seres vivos, como as plantas, que produzem seus próprios alimentos à custa de energia solar, do
CO2 do ar e da água do solo. Palavra originada do grego autos = próprio + trophos = nutrir.
Avascular - Relativo ao que não possui tecido de vascularização (vasos condutores, nos vegetais; vasos
sanguíneos nos animais).
Avifauna – Conjunto das espécies de aves que vivem numa determinada região.
Glossário - Letra B
B1 - Vitamina B1 ou tiamina. Vitamina hidrossolúvel que combate o beribéri. Principais fontes: cutícula do
arroz, levedura de cerveja e vegetais verdes folhosos.
B12 - Vitamina B12. Vitamina hidrossolúvel que compreende as cobalaminas hidroxicobalamina que é
antineurítica e a cianocobalamina que é antianêmica. Principais fontes: Carne fresca, fígado, e rins.
Banco de germoplasma – o mesmo que banco genético. Expressão genética para designar uma área de
preservação biológica com grande variabilidade genética. Por extensão, qualquer área reservada para a
multiplicação de plantas a partir de um banco de sementes ou de mudas, ou laboratório onde se conserva, por
vários anos, sementes ou genes diferentes.
Basidiomicetos - Classe de fungos que forma um corpo de frutificação (basidiocorpo ou cogumelo), no qual
se encontram hífas especiais para reprodução, os basídios.
Bentos – conjunto de seres vivos que vivem restritos ao fundo de rios, lagos, lagos ou oceanos
Bioma – amplo conjunto de ecossistemas terrestres caracterizados por tipos fisionômicos semelhantes de
vegetação, com diferentes tipos climáticos. É o conjunto de condições ecológicas de ordem climática e
características de vegetação: o grande ecossistema com fauna, flora e clima próprios. Os principais biomas
mundiais são: tundra, taiga, floresta temperada caducifólia, floresta tropical chuvosa, savana, oceano e água
doce.
Biomassa – quantidade de matéria orgânica presente num dado momento numa determinada área, e que pode
ser expressa em peso, volume, área ou número.
Biosfera – sistema único formado pela atmosfera (troposfera), crosta terrestre (litosfera), água (hidrosfera) e
mais todas as formas de vida. É o conjunto de todos os ecossistemas do planeta.
Biota – conjunto de seres vivos que habitam um determinado ambiente ecológico, em estreita
correspondência com as características físicas, químicas e biológicas deste ambiente.
Biótico – é o componente vivo do meio ambiente. Inclui a fauna, flora, vírus, bactérias, etc.
Bioquímica - Estudo das reações químicas que ocorrem nos seres vivos.
Briófita - Divisão Bryophyta. Planta sem sistema condutor de seiva (avascular); ex.: musgos, hepáticas e
antoceros.
Glossário - Letra C
Cadeia alimentar – é a transferência de a energia alimentar que existe no ambiente natural, numa seqüência
na qual alguns organismos consomem e outros são consumidores. Essas cadeias são responsáveis pelo
equilíbrio natural das comunidades e o seu rompimento pode trazíbrio natural das comunidades e o seu
rompimento pode trazer conseqüências drásticas, como é o caso quando da eliminação de predadores de insetos.
Estes podem proliferar rapidamente e transformar-se em pragas nocivas à economia humana. A cadeia
alimentar é formada por diferentes níveis tróficos (trophe = nutrição). A energia necessária ao funcionamento
dos ecossistemas é proveniente do sol e é captada pelos organismos clorofilados (autótrofos), que por
produzirem alimento são chamados produtores (1º nível trófico). Estes servem de alimento aos consumidores
primários (2º nível trófico ou herbívoros), que servem de alimento aos consumidores secundários (3º nível
trófico) que servem de alimento aos consumidores terciários (4º nível trófico) e assim sucessivamente Todos os
organismos ao morrerem, sofrem a ação dos saprófagos (sapros = morto, em decomposição; phagos =
devorador), que constituem o nível trófico dos decompositores.
Cálice - Conjunto de sépalas da flor das angiospermas. Normalmente é de cor verde e está associado a
proteção das estruturas florais.
Carcinogênicos – substâncias químicas que causam câncer ou que promovem o crescimento de tumores
iniciados anteriormente por outras substâncias. Há casos em que o câncer aparece nos filhos de mães expostas a
estas substâncias. Algumas substâncias são carcinogênicas a baixos níveis, como a dioxina, e outras reagem
com mais vigor. A maioria das substâncias carcinogênicas é também mutagênica e teratogênica.
Cariogamia - Fusão dos núcleos de células haplóides (n) formando uma célula ovo ou zigoto (2n)
Caroteno - Pigmento amarelo ou alaranjado existente em plantas e em algumas algas; convertido a vitamina
A no fígado dos vertebrados.
Carpelo - Ou pistilo; megaesporófilo das plantas angiospermas; é formado pelas folhas carpelares enroladas
e soldadas; a parte dilatada e oca do carpelo é o ovário, no interior do qual se encontram os óvulos. Pode-se
dizer que é a unidade do aparelho reprodutor feminino dos vegetais. (ver gineceu).
Celulose - Polissacarídio formado pela união de milhares de moléculas de celobiose; cada celobiose é
formada por duas glicoses unidas; a celulose é o principal componente da parede da célula vegetal.
Centríolos - Organela citoplasmática presente nas células eucariontes, com exceção das plantas frutíferas;
suas funções são originar cílios e flagelos e organizar o fuso acromático.
Centrômeros - Ou constrição primária. É a parte previamente espiralada que forma o cromossomo. É a parte
mais condensada que forma e divide o cromossomo.
Chorume – Resíduo líquido proveniente de resíduos sólidos (lixo), particularmente quando dispostos no
solo, como por exemplo, nos aterros sanitários. Resulta principalmente de água de chuva que se infiltra e da
decomposição biológica da parte orgânica dos resíduos sólidos. É altamente poluidor.
Cianossomas - Estrutura celular característica das algas cianofícias que contém pigmentos como a
ficocianina e a ficoeritrin
Ciclo vital – Compreende o nascimento, o crescimento, a maturidade, a velhice e a morte dos organismos.
Cílios - Estrutura filiforme presente na superfície de certas células, em geral mais curtas que o flagelo; sua
função é promover movimentos (para a natação, limpeza ou captura de alimentos).
Cilliophora - Ciliados; classe de protozoários cujos representantes se locomovem por meio de cílios.
Citocinese - Divisão do citoplasma que ocorre posteriormente à cariocinese e que completa o processo de
divisão celular.
Citocromos - Proteína que contém heme (pigmento); funciona como portador de elétrons em uma cadeia de
transporte de elétrons; está implicada na respiração celular e na fotossíntese.
Citopígeo - Ou citoprocto; local da célula de certos tipos de protozoários por onde os resíduos do processo
digestivo são eliminados.
Citóstoma - Abertura presente na célula de certos tipos de protozoários por onde o alimento é ingerido.
Clamídeas - Bactérias muito pequenas que se apresentam como parasitas intracelulares obrigatórias.
Clasmatose - O mesmo que clasmocitose. Eliminação de restos digestivos pela célula, através da fusão do
vacúolo residual com a membrana plasmática.
Clímax - – complexo de formações vegetais mais ou menos estáveis durante longo tempo, em condições de
evolução natural. Diz-se que está em equilíbrio quando as alterações que apresenta não implicam em rupturas
importantes no esquema de distribuição de energia e materiais entre seus componentes vivos. Pode ser também
a última comunidade biológica em que termina a sucessão ecológica, isto é, a comunidade estável, que não sofre
mais mudanças direcionais.
Clivagem - Ou segmentação; cada uma das primeiras divisões que ocorrem no ovo; primeiras fases do
desenvolvimento embrionário.
Clorofila - pigmento existente nos vegetais, de estrutura química semelhante à hemoglobina do sangue dos
mamíferos, solúvel em solventes orgânicos. Capta a energia solar para realização da fotossíntese.
Cobertura morta - camada natural de resíduos de plantas espalhadas sobre a superfície do solo, para reter a
umidade, protegê-lo da insolação e do impacto das chuvas.
Co-dominante - Ou sem dominância. Termo que define o comportamento de um genes que em homozigose
se manifesta livremente, mas em heterozigose divide ou combina suas características com seu par diferente.
Coenzima - Molécula orgânica que desempenha papel acessório em processos catalisados por enzimas;
freqüentemente funciona como doador ou aceptor de uma substância envolvida na reação; NAD, NADP e FAD
são coenzimas comuns.
Colágeno - Material protéico fibroso existente nos ossos, tendões e outros tecidos conjuntivos.
Colênquima - Tecido vegetal de sustentação, formado por células alongadas e vivas (fibras colenquimáticas);
as paredes dessas células têm reforços adicionais de celulose (ver esclerênquima).
Complexo de Golgi - Organóide celular originado do retículo endoplasmático liso. Apresenta-se como um
conjunto de vesículas achatadas e sobrepostas, distribuídas de forma irregular no citoplasma celular.
Conectivo - Parte do estame que liga a antera ao filete no androceu de flores angiospermas.
Conjugação - Processo sexual em que há união temporária de dois indivíduos, com troca de material
genético.
Corola (Do latim: corolla, dim. de corona, coroa) - Conjunto de pétalas; geralmente a parte manifestamente
colorida da flor. Está associada a proteção da parte reprodutora da flor e também é um dos principais atrativos
para agentes polinizadores.
Cotilédone (Do grego: kotyedon, cavidade em forma de taça) Estrutura, semelhante afolha, no embrião de
uma planta seminífera; relaciona-se com a digestão e armazenamento de alimento que irão nutrir o embrião
vegetal nas primeiras fases de vida.
Crisáfitas - O mesmo que crisótifas. Algas protistas simples com pigmentos como o caroteno e a xantofila.
São predominantemente marinhas, fazendo parte do plâncton.
Cromátide - Cada um dos dois filamentos cromossômicos que se mantêm unidos pelo centrômero após a
duplicação cromossômica; assim que separadas na anáfase, cada cromátide passa a ser chamada de
cromossomo.
Cromatina - Material filamentoso, muito corável, presente no núcleo das células; corresponde ao conjunto de
cromossomos descondensados presentes na célula interfásica.
Cromoplastos - Plastos que apresentam pigmentos coloridos. Ex. cloroplastos, xantoplastos, eritroplastos,
etc.
Cromossomos - Cada um dos filamentos presentes no núcleo das células eucariontes, constituído
basicamente por DNA e proteínas; nele situam-se os genes.
Glossário - Letra D
D - Vitamina D ou calciferol. Vitamina lipossolúvel que combate o raquitismo. Principais fontes: De origem
animal, esta vitamina se forma através de reações que ocorrem com próvitaminas na pele, quando o indivíduo
toma sol.
Decompositores – organismos que transformam a matéria orgânica morta em matéria inorgânica simples,
passível de ser reutilizada pelo mundo vivo. Compreendem a maioria dos fungos e das bactérias. O mesmo que
saprófitas.
Desmossomos - Especialização de membrana plasmática que permite uma melhor adesão entre as células
vizinhas. Também conhecidos como macula adherens.
Desoxirribose - Açúcar com 5 átomos de carbono na molécula (pentose), componente da molécula de DNA.
Diatomácea - Espécie de alga protista que reserva grande quantidade de diatomito em seu organismo.
Dicotiledônea (Do grego: kotyedon, cavidade em forma de taça) subclasse de angiospermas, nas quais há
duas folhas de semente, ou cotilédones, além de outras características distintas.
Dinoflagelados - Algas protistas conhecidas como pirrofícias. São conhecidas por provocarem um fenômeno
denominado de maré vermelha.
Divisão Celular- Processo pelo qual uma célula se divide em duas outras; é através desse processo que
células procariontes e eucariontes se reproduzem; a mitose das células eucariontes é um tipo de divisão celular.
DNA - Tipo de ácido nucléico constituído por desoxirribose, fosfato e pelas bases nitrogenadas adenina,
guanina, citosina e timina; a molécula de DNA é filamentosa, de cadeia dupla, em arranjo helicoidal (dupla-
hélice); no DNA estão escritas em código as informações hereditárias.
Dominante - Genes dominante. Àquele que se expressa tanto em homozigose quanto em heterozigose.
Dormência - É o período que a semente leva para germinar após estar em ambiente propício.
Glossário - Letra E
Ecologia – ciência que estuda a relação dos seres vivos entre si e com o ambiente físico. Palavra originado do
grego: oikos = casa, moradia + logos = estudo.
Ecossistema – conjunto integrado de fatores físicos, químicos e bióticos, que caracterizam um determinado
lugar, estendendo-se por um determinado espaço de dimensões variáveis. Também pode ser uma unidade
ecológica constituída pela reunião do meio abiótico (componentes não-vivos) com a comunidade, no qual
ocorre intercâmbio de matéria e energia. O ecossistemas são as pequenas unidades funcionais da vida.
Ecótipo – raças de uma mesma espécie que diferem unicamente em alguns caracteres morfológicos e que se
encontram adaptadas às condições locais.
Ectoplasma - Parte mais externa do citoplasma. Também conhecido como citoplasma gel por apresentar-se
mais denso (gelatinoso).
Efeito cumulativo – fenômeno que ocorre com inseticidas e compostos radioativos que se concentram nos
organismos terminais da cadeia alimentar, como o homem.
Eferente - Aquele que sai. Nervos que levam impulsos nervosos do SNC são chamados de nervos eferentes,
por exemplo. Ver também aferente.
Energia de Ativação - Quantidade mínima de energia para que uma reação química ocorra.
Envoltório Nuclear - Membrana nuclear ou carioteca. Envolve e protege o material nuclear da célula. É
também responsável pelas trocas que o núcleo realiza com o citoplasma.
Epífitas – plantas que crescem agarradas a outras plantas, tais como as orquídeas, musgos, líquens,
bromélias, etc.
Esclerênquima - Tecido vegetal de sustentação, formado por células alongadas e mortas (fibras
esclerenquimáticas); as paredes dessas células são formadas por celulose impregnada de lignina (ver
colênquima)
Escorbuto - Doença provocada pela carência de vitamina C, com aparecimento de lesões da mucosa
intestinal, com hemorragias digestivas, vermelhidão das gengivas, que sangram facilmente e enfraquecimento
dos dentes.
Espécie pioneira – espécie vegetal que inicia a ocupação de áreas desabitadas de plantas em razão da ação do
homem ou de forças naturais.
Esporos -Denominação genética de uma célula reprodutiva capaz de permanecer em estado dormente por um
tempo prolongado, até encontrar condições para se desenvolver, presente em certas bactérias, algas, fungos e
plantas.
Estame - (Do latim: um filamento) O órgão masculino de uma flor; produz microsporos ou grãos de pólen;
geralmente consiste de um filamento que tem no ápice uma antera. (ver androceu).
Estigma -Porção superior do estilete, geralmente dilatada e pegajosa, onde aderem os grãos de pólen que irão
fecundar a flor.
Estilete - Porção tubular do carpelo (ou pistilo). Parte alongada do carpelo que conduz o tubo polínico no
processo de fertilização do vegetal.
Estômato -Estrutura presente na epiderme das folhas, formada por células arqueadas (células estomáticas),
tendo um orifício entre elas (ostíolo) por onde ocorrem as trocas gasosas.
Eucarionte - Ou eucarioto; tipo celular que apresenta sistemas membranosos e organelas no citoplasma; a
carioteca está presente, delimitando o núcleo, onde se encontram os cromossomos (ver também Procarionte)
Euglena - Espécie de alga do grupo das euglenófitas. A mais conhecida é a Eugleunia viridis que possui dois
flagelos e é dotada de vacúolo contrátil.
Exoesqueleto - Esqueleto que cobre o corpo pelo lado de fora; comum nos artrópodes.
Glossário - Letra F
Fagocitose - Processo pelo qual certas células englobam partículas relativamente grandes, com o auxílio de
pseudópodes.
Fagossomos - Bolsa membranosa que contém a partícula capturada pelo processo de fagocitose.
Fase vegetativa - Fase de vida onde o ser não apresenta-se com propriedades de desenvolvimento ou de
multiplicação. Seu metabolismo é muito baixo e sua interação com o ambiente é praticamente nula.
Fator ecológico – refere-se aos fatores que determinam as condições ecológicas no ecossistema.
Filete - Parte alongada do estame que sustenta a antera, no androceu, aparelho reprodutor masculino do
vegetal.
Fotossíntese – processo bioquímico que permite aos vegetais sintetizar substâncias orgânicas complexas e de
alto conteúdo energético, a partir de substâncias minerais simples e de baixo conteúdo energético. Para isso, se
utilizam de energia solar que captam nas moléculas de clorofila. Neste processo, a planta consome gás
carbônico (CO2) e água, liberando oxigênio (O2) para a atmosfera. É o processo pelo qual as plantas utilizam à
luz solar como fonte de energia para formar substâncias nutritivas.
Flagelado - Ver Mastigophora.
Flagelo - Estrutura filiforme presente na superfície celular, em geral mais longa que o cílio, cuja função é
promover movimentos (para natação ou captura de alimento).
Floema - (Do grego: phloos, casca) Tecido vascular que conduz carboidrato e outras moléculas orgânicas das
folhas para as outras partes da planta; constituído de células crivadas (nas ginospermas) ou de tubos crivados e
células-companheiras (nas angiospermas), de parênquima e de fibras. Também denominado de vaso liberiano
ou liber.
Fotofosforilação acíclica - Conjunto de reações químicas mediada pela luz que ativa certas substâncias para
absorverem átomos de fósforo, retendo nestas ligações energia química.
Fotólise - Reação mediada pela luz que decompõe uma determinada molécula.
Fraterno - Gêmeos fraternos. Irmãos que embora tenham compartilhado do mesmo período de gestação,
derivam de óvulos diferentes, fecundados por espermatozóides diferentes. também chamados de bivitelinos.
Estes irmão não apresentam a mesma herança gênica. Portanto podem ou não pertencerem ao mesmo sexo.
Fuso acromático - Filamentos de proteínas formadas durante a divisão celular e que se ligam ao cinetócoro
dos cromossômos duplicados a fim de promover sua separação.
Glossário - Letra G
Genealogia - Ou árvore genealógica ou pedigree. É o estudo das características gênicas de uma determinada
família.
Genoma - (1) É o conjunto simples de cromossomos de uma célula. É o conjunto formado por apenas um
cromossomo de cada tipo, na espécie estudada. No ser humano o genoma é constituído de 23 cromossomos
diferentes. (2) Projeto genoma, denominação dada a tarefa de decodificação do DNA humano aceita por
diversas nações associadas.
Genes - Segmento de DNA que contém instruções capazes de codificar uma proteína.
Giminospermas - Classe da divisão Tracheophyta, caracterizada por formar estruturas reprodutivas florais
(estróbilos) e sementes nuas (não há fruto); ex.: pinheiros, ciprestes e cicas.
Gineceu - Conjunto de carpelos (pistilos) que formam o aparelho reprodutor feminino em flores de
gminospermas.
Glicogênio - Polissacarídio sintetizado a partir da reunião de glicose, e utilizado por animais vertebrados
como reserva.
Glicólise - Etapa inicial do processo de quebra da glicose, com produção de energia na forma de moléculas de
ATP.
Golgi - Organela presente em células eucarióticas; consiste de vesículas, túbulos e sacos achatados. Funciona
na coleção e na aglomeração de substâncias fabricadas pela célula.
Glossário - Letra H
H - Vitamina H ou biotina. Vitamina hidrossolúvel que combate a dermatite. Principais fontes: vegetais
folhosos e verdes.
Hemácias - Glóbulo vermelho ou eritrócito; célula vermelha do sangue; possui hemoglobina e é responsável
pelo transporte de gás O 2 e CO 2
Heterólogo - Que é diferente. Em genética são cromossômos que não se assemelham em forma, tamanho ou
disposição de gens. Em mamíferos formam o par XY (ver X e ver Y).
Heterótrofos - Organismo que, não sendo capaz de produzir seu próprio alimento, necessita obte-lo a partir
de outro ser vivo.
Heterozigoto - Que vêm de zigotos diferentes. Gêmeos heterozigotos ou bivetelinos (de diferentes vitelos).
(ver fraterno - ver híbrido).
Híbrido - Em genética indivíduo que para certa característica apresenta gens alelos diferentes. O mesmo que
heterozigoto.
Hidrato de Carbono - Ou carboidrato. Nome dado aos açucares cujas moléculas têm fórmula geral C n(H
2O) n; o nome foi dado pela proporção dos átomos da fórmula (ver também Monossacarídeos).
Hidrólise - Tipo de reação química em que ocorre quebra de ligações com a participação de moléculas de
água.
Hipertônica - Diz-se da solução cuja concentração em solutos é relativamente maior que a de outra
(hipotônica).
Hipotônica - Tendo concentração de soluto suficientemente baixa para perder água para outra solução
através de uma membrana seletivamente permeável.
Holoenzima - Complexo formado por uma enzima e seu co-fator (substância que ativa a enzima).
Homólogo - Que é igual. Cromossômos homólogos. São pares formados por cromossômos que apresentam o
mesmo tamanho, a mesma forma e a mesma seqüência gênica.
Homeostase – capacidade de adaptação que um ser vivo apresenta no intuito de manter o seu organismo
equilibrado em relação às variações ambientais.
Homeotermos – ou endotermos, são animais que mantém constantemente sua temperatura corporal,
independentemente da temperatura externa, despendendo uma grande quantidade de energia na realização do
seu controle.
Homozigoto - Do mesmo zigoto (ver zigoto). Gêmeos homozigotos, são aqueles que vieram da mesma célula
ovo (ou zigoto). Por isto apresentam a mesma carga gênica e apresentam o mesmo sexo. São também chamados
univitelinos.
Hormônio - Substância secretada diretamente por células de glândulas ou de órgãos endócrinos (em
animais); hormônio de plantas são chamados fitormônios; os hormônios agem em pequenas quantidades dobre
tecidos ou órgãos específicos (alvos do hormônio).
Inclusão - Técnica citológica cujo objetivo é endurecer o material biológico para permitir cortes finos (ver
também Micrótomo - aparelho especial para este tipo de corte).
Interdigitações - Especialização de membrana que aumenta a superfície de contato e adesão entre células
vizinhas.
Interferon - Substância de origem celular capaz de inibir a multiplicação de células cancerígenas e de certos
vírus. Usado para o tratamento de câncer.
Isogamia - Tipo de reprodução sexual, em algas e fungos, no qual os gametas são de tamanho semelhante.
K - Vitamina K ou filoquinona. Vitamina lipossolúvel que combate a hemorragia. Principais fontes: vegetais
folhosos e alho.
Glossário - Letra L
Lenticela - São aberturas (rachaduras) no ritidoma (casca) dos vegetais. Estas aberturas possibilitam a troca
gasosa na região.
Leucócitos - Glóbulo branco; a célula branca do sangue; há diversos tipos de leucócitos, entre os quais
podem ser citados os neutrófilos e os linfócitos; sua função é a defesa do organismo (fagocitose e produção de
anticorpos).
Liquens - Associação de algas e fungos em relação mutualística; sobrevivem onde nem o fungo nem a alga
sobrevivem sozinhos.
Lisossomo - Organela presente no citoplasma de célula eucariontes, responsável pela digestão intracelular.
Lixiviação - Processo pelo qual os elementos químicos do solo migram de forma passiva para as camadas
mais profundas do solo, pela ação da água da chuva ou de irrigação, tornando-se indisponíveis para as plantas
Glossário - Letra M
Manancial – todo corpo d'água utilizado para o abastecimento público de água para consumo.
Metáfase - Fase da divisão celular que se caracteriza pelo pareamento dos cromossômos na linha equatorial
da célula.
Meiose - Processo de divisão celular pelo qual uma célula diplóide origina célula haplóides; é um processo
que reduz o número cromossômico (divisão reducional)
Membrana Nuclear - Ver Carioteca
Membrana Plasmática - Ou plasmalema; fina película lipoprotéica que delimita todos os tipos de células
vivas.
Meristema - Tecido vegetal indiferenciado, do qual se originam novas células para a formação de outros
tecidos.
Mesossomas - Dobra ou invaginação da membrana citoplasmática em certas bactérias originando uma região
onde se concentram as enzimas respiratórias.
Metacêntrico - Cromossômo metacêntrico. Aquele que está dividido ao meio pelo seu centrômero.
Micélio - Conjunto de hífas que constituem os fungos com raízes de certas plantas
Micrótomo - Aparelho usado para se obter cortes finos de material biológico, com o objetivo de permitir a
observação microscópica.
Microvilosidades - Cada uma das dezenas de dobramentos microscópicos da membrana de certas células, o
que aumenta sua capacidade de absorver substâncias.
Miosina - Uma das proteínas que desliza sobre a actina para produzir a contração muscular. Ver actina.
Mitocôndria - Organela citoplasmática das células eucariontes, responsável pela respiração celular. Também
conhecida como condrioma.
Mitose - Processo pelo qual uma célula eucarionte origina, em uma seqüência ordenada de etapas, duas
células cromossômica e geneticamente idênticas (ver também divisão celular)
Monossacarídeos - Carboidrato de fórmula geral C n(H 2O) n, onde n varia de 3 a 7; a glicose, por exemplo,
é um monossacarídeos
Glossário - Letra N
Nematóide - Animal em forma de verme, habitantes da água ou do solo, que parasita plantas e animais,
inclusive o homem.
Nicho ecológico – espaço ocupado por um organismo no ecossistema, incluindo também o seu papel na
comunidade e a sua posição em gradientes ambientais de temperatura, umidade, pH, solo e outras condições de
existência.
Nível trófico – ou nível alimentar, é a posição ocupada por um organismo na cadeia alimentar. Os produtores
ocupam o primeiro nível, os consumidores primários o segundo nível, os secundários o terceiro nível e assim
por diante. Os decompositores podem atuar em qualquer nível trófico.
Nucléolo - Corpo denso formado por ribosomos em maturação, presente no núcleo das células eucariontes.
Nucleotídeo - Unidade (monômero) das moléculas de ácidos nucléicos; formado por um açúcar, uma base
nitrogenada e um ácido fosfórico (fosfato); no nucleotídio de DNA o açúcar é a desoxirribose
(desoxirribonucleotídio) e no de RNA é a ribose (ribonucleotídio).
Glossário - Letra O
Organela - Ou orgânulo; diz-se das estruturas citoplasmáticas presentes nas células vivas.
Osmose - Tipo de difusão que ocorre através de membranas semipermeáveis; apenas o solvente se difunde,
da região hipotônica para a hipertônica, com tendência ao equilíbrio de concentração.
Ovário - (1) o órgão que produz as células-ovo (óvulo) nos animais. (2) Nas plantas floríferas, a porção basal
alargada de um carpelo
Glossário - Letra P
P - Vitamina P ou rutina. Vitamina hidrossolúvel que combate a fragilidade capilar. Principais fontes:
vegetais folhosos e legumes.
Parasita - Organismo que vive em cima ou dentro de um organismo de espécie diferente e dele deriva
prejudicialmente, sua nutrição.
Parede Celular - Envoltório relativamente rígido, externo à membrana plasmática, presente em alguns tipos
de célula (ver também Parede Celulósica)
Parede Celulósica - Envoltório das células de algas e plantas, formado por fibras de celulose; nas plantas
existente uma parede mais fina na célula jovem (parede primária), desenvolvendo-se posteriormente um
segundo depósito de celulose (parede secundária)
Pelagra - Distúrbio pela falta de vitamina PP que leva a diarréia, dermatite (inflamação da pele e lesões
nervosas que afetam o sistema nervoso central, levando à demência.
Pericarpo - Parte do fruto que envolve a semente. Divide-se em epicarpo (parte mais externa ou casca),
mesocarpo (marte intermediária) e endocarpo (parte mais interna que normalmente reveste a semente).
Permease - Enzima associada à membrana plasmática, que facilita a entrada de substâncias na célula.
Peroxissomas - Organela parecida com o lisossomo, a qual contém catalase em seu interior; sua função é
livrar a célula de certos resíduos tóxicos e participar da conversão de gordura em glicose.
Pétala - Cada uma das peças florais (folhas transformadas) que compõem a corola da flor das angiospermas.
Pinocitose - Processo pelo qual a célula engloba gotículas líquidas ou pequenas partículas, através dos
canalículos que se aprofundam na célula.
Piracema – movimento migratório de peixes no sentido das nascentes dos rios, com o fim de reprodução.
Ocorre em épocas de as grandes chuvas, no período da desova.
Pirâmide alimentar – representações gráficas dos dados fornecidos pelas cadeias alimentares e que podem
ser divididas em três tipos: de números, de biomassa e de energia.
Pirrófitas - Espécies de algas que são conhecidas por formarem o fitoplâncton.
Plâncton - Conjunto de seres do bioma aquático que flutua na superfície ao sabor das correntezas (ver
também Fitoplâncton e Zooplâncton)
Plasma - Fluido transparente, incolor, componente do sangue; contém proteínas e sais dissolvidos; é o
sangue, removidos os corpúsculos.
Plasmídeos - Comunicação que se estabelece entre citoplasmas de células bacterianas para troca de material
genético, possibilitando uma reprodução "sexuada" com recombinação gênica, mesmo sem troca de gametas.
Plasmócitos - Célula do tecido conjuntivo responsável pela produção dos anticorpos teciduais.
Plastos - Organela citoplasmática presente exclusivamente em células de plantas e de algas; no interior dos
plastos de cor verde (cloroplastos) ocorre a fotossíntese; existem plastos sem cor (leucoplastos) cuja função é a
reserva de amido.
Pólen - (Do latim: pó fino) Os gametófitos masculinos das plantas seminíferas, no estádio em que são
liberados no ambiente. Estrutura que conterá e transportará o gameta masculino e seus anexos no vegetal.
Polinização - Transferência do pólen de onde foi formado (a antera) à superfície receptora (o estigma), nas
flores.
Predatismo – relação ecológica que se estabelece entre uma espécie denominada predadora e outra
denominada presa. Os predadores caracterizam-se pela capacidade de capturar e destruir fisicamente as presas
para alimentar-se.
Procariontes - Ou procarioto; tipo celular que não apresenta sistemas membranosos internos nem organelas;
não há carioteca envolvendo o material hereditário ( ver também Eucariontes)
Prófase - Primeira fase da divisão celular. Caracteriza-se pelo início da espiralação cromossômica,
desaparecimento dos nucléolos e início da formação dos fusos acromáticos.
Progesterona - Hormônio produzido pelo corpo amarelo do ovário e também pela placenta; seu efeito é
preparar o organismo feminino para o desenvolvimento embrionário; entre outros efeitos, causa o grande
desenvolvimento do endométrio.
Protease - Termo genético que designa as enzimas proteolíticas, isto é, que digerem proteínas.
Pseudofruto - Quando a estrutura vegetal, popularmente denominada de fruta ou fruto, não corresponde a um
fruto verdadeiro (ver fruto), dizemos que trata-se de um pseudofruto (pseudo = falso). Maçã, banana, abacaxi e
morango são os mais populares entre os pseudofrutos.
Pseudópodes - Projeção citoplasmática com a qual certos tipos de células locomovem-se e capturam
partículas por fagocitose.
Pteridófita - Denominação dada às plantas criptógamas da classe Filicinae (filicíneas); o nome alude ao fato
de suas folhas serem formadas por folíolos semelhantes à asas (do grego pteris, asa). Ex.: samambaias e
avencas. ou de carpelos fundidos, contendo o óvulo ou óvulos; o ovário amadurece em fruto. (ver fruto).
Glossário - Letra Q
Queratina - Proteína fibrosa presente nos animais vertebrados; é o material que constitui as unhas, garras e
pêlos e que impregna a superfície da epiderme.
Quimiossíntese - Processo em que substâncias orgânicas são sintetizadas a partir de energia liberada em
certas reações químicas inorgânicas.
Glossário - Letra R
Radícula - Parte do embrião vegetal que forma a raiz. Normalmente é a primeira parte a germinar na
semente.
Raiz - Órgão vegetal derivado da radídula do embrião. Tem como principais funções absorção, fixação,
estabilização e reserva de nutrientes.
Raiz Axial - Raiz típica de dicotiledôneas que apresentará um eixo principal do qual partem as raízes
secundárias. Também conhecida como raiz pivotante.
Raiz fasciculada - Raiz típica de monocotiledônea, onde não há um eixo principal. As ramificações laterais
partem do mesmo local. Também conhecida como raiz em cabeleira.
Raquitismo - Doença que se caracteriza pela má formação dos ossos e dos dentes, normalmente decorrente
da falta de vitamina D que auxilia na absorção e fixação dos sais de cálcio.
Recessivo - Gene recessivo. Aquele que só se manifesta em homozigose.
Resíduos – materiais ou restos de materiais cujo proprietário ou produtor não mais considera com valor
suficiente para conservá-los. Alguns tipos de resíduos são considerados altamente perigosos e requerem
cuidados especiais quanto à coleta, transporte e destinação final, pois apresentam substancial periculosidade, ou
potencial, à saúde humana e aos organismos vivos.
Retidoma - Ou casca. É formado pela sobre posição da epiderme e do súber, dois tecidos vegetais de
revestimento que juntos são conhecidos como casca.
Rhizobium - Gênero de bactérias que vive em associação mutualística com raízes de leguminosas. Ribose
Açúcar com cinco átomos de carbono na molécula (pentose) componente do RNA.
Ribossomos - Grânulo citoplasmático constituído por RNA e proteínas, presentes em células procariontes e
eucariontes; é o responsável pela síntese de proteínas (ver também Nucléolo)
RNA - Ácido ribonucléico; tipo de ácido nucléico; possui molécula filamentosa de cadeia simples, tem
ribose, fosfato e a bases nitrogenadas adenina, guanina, citosina e uracila.
Glossário - Letra S
Saneamento básico - conjunto de ações, serviços e obras responsáveis por captação, tratamento e
distribuição de água para abastecimento público; coleta e tratamento de esgoto; coleta, transporte, tratamento e
disposição final do lixo.
Seleção natural – processo de eliminação natural dos indivíduos menos adaptados ao ambiente, os quais, por
terem menos probabilidade de êxito dos que os melhor adaptados, deixam uma descendência mais reduzida.
Sépala - cada uma das peças florais (folhas transformadas) que compõem o cálice da flor das angiospermas.
Seres consumidores – seres como os animais, que precisam do alimento armazenado nos seres produtores.
Seres decompositores – seres consumidores que se alimentam de detritos dos organismos mortos.
Seres produtores – seres que, como as plantas, possuem a capacidade de fabricar alimento usando a energia
da luz solar.
Silicose – doença pulmonar que resulta da inalação de sílica ou de silicatos existentes no ar poluído.
Síndrome de Down - Aberração cromossômica causada por trissomia no par cromossômico 21 (47, XX,
+21). Principais características: hipotonia muscular e hiperflexibilidade das articulações. Língua protusa e
dificuldades psicomotoras. Fendas palpebrais oblíquas, orelhas pequenas e displásticas, pescoço curto, anomalia
cardíaca, mãos curtas com o 5º dedo curvo e prega palmar horizontal única (prega simiesca). Esta síndrome
atinge os dois sexos e está presente na proporção de 1/650.
Síndrome de Edwards - Aberração cromossômica causada por trissomia no par cromossômico 18 (44,XX,
+18). Principais características: hipertrofia muscular, deficiência psicomotora grave. Orelhas displásticas com
baixa implantação. Micrognatia, osso externo curto, mãos fechadas com tendência a sobreposição do 2º dedo
sobre o 3º e do 5º sobre o 4º dedo. Pilosidade exacerbada. Esta síndrome atinge os dois sexos e está presente na
proporção de 1/4000. Difícil sobrevivência.
Síndrome de Klinefelter - Aberração cromossômica causada por trissomia no par cromossômico sexual
(47,XXY). Principais características: Estatura alta com membros alongados. Infertilidade e pouco
desenvolvimento dos testículos e do pênis. Ginecomastia e caracteres sexuais secundários pouco desenvolvidos.
Esta síndrome gera apenas indivíduos do sexo masculino e está presente na proporção de 1/600.
Síndrome de Patau - Aberração cromossômica causada por trissomia no par cromossômico 13. (47, XX,
+13). Principais características: anomalia cerebral grave e severa deficiência mental. Fissura labial ou palatina.
Anomalia genital e cardíaca. Polidactilia. Esta síndrome atinge os dois sexos e está presente na proporção de
1/6000. Difícil sobrevida adulta.
Síndrome de Turner - Aberração cromossômica causada por monossomia no par cromossômico sexual. (XO
- 45, XO). Principais características são: má formação do aparelho reprodutor. Baixa estatura, pescoço curto,
alado, com mamilos muito afastados e pouco desenvolvidos. Anomalia cardíaca, rim em ferradura e anomalia
do cotovelo. Esta síndrome gera apenas indivíduos do sexo feminino e está presente na proporção de 1/3500.
Síndrome do cri du chat- Aberração cromossômica causada por deleção de um segmento do braço curto de
um dos cromossomos do par 5. Principais características: Microcefalia, retardo mental e um choro característico
que se assemelha ao miado de um gato (daí o nome da síndrome). Esta síndrome atinge ambos os sexos e está
presente 1/75000.
Somático - O que forma o corpo. Em genética cromossômos somáticos são os que determinam a formação do
organismo, independente da característica sexual.
Sucessão ecológica – seqüência de comunidades que se substituem, de forma gradativa, num determinado
ambiente, até o surgimento de uma comunidade final, estável denominada comunidade-clímax.
Súber - Ou cortiça; tecido vegetal de proteção, presente ao redor de caules e raízes de plantas que cresceram
em espessura; as células dos súber são mortas, em decorrência da impregnação de suberina em suas paredes.
Submetacêntrico - Cromossomo em que o centrômero está levemente deslocado do centro. (ver centrômero).
Substrato - A base de fixação de um organismo. Substância que sofre a ação de uma enzima.
Glossário - Letra T
Talófita - Termo que define vegetais sem tecido condutor e que não distingem o corpo principal (talo) das
folhas e ramos.
Telocêntrico - Cromossômo em que o centrômero está deslocado para a parte terminal. (ver centrômero).
Telófase - Última fase da divisão celular. Caracteriza-se pela desespiralação cromossômica, reorganização da
carioteca, reaparecimento do nucléolo e citocinese.
Teratogênico – produto químico que, ingerido por um indivíduo do sexo feminino, pode causar deformações
no filho que ele gerar. Como exemplos temos a talidomida, mercúrio, etc.
Testosterona - Hormônio masculino, produzido por certas células do testículo (célula intersticiais ou de
Leydig) induz o impulso sexual e o aparecimento das características sexuais secundárias masculinas. Tireóide -
Glândula endócrina situada na região do pescoço, cujos hormônios (tiroxina e triodotironina) controlam o
metabolismo geral do corpo
Tolerância – capacidade de suportar variações ambientais em maior ou menor grau. Para identificar os níveis
de tolerância de um organismo são utilizados os prefixos euri, que significa amplo, ou esteno, que significa
limitado. Assim, um animal que suporta uma ampla variação de temperatura ambiental é denominado
euritermo, enquanto um organismo que possui pequena capacidade de tolerância a este mesmo fator é chamado
estenotermo.
Transdução - A transferência de material genético (DNA) de uma bactéria para outra por um bacteriófago
lisogênico.
Traqueófita - Divisão Tracheophyta; planta dotada de sistemas de vasos condutores de seiva (vasculares);
são as filicíneas (ver pteridófita), gimnospermas e angiospermas.
Úlcera - Genericamente, lesão superficial de um órgão. Úlceras pépticas são ulcerações da mucosa do
estômago e do duodeno.
Uréia - Substância produzida pelo fígado dos vertebrados a partir da amônia e do gás carbônico. Sua síntese é
uma maneira de reduzir a toxidade provocada pela amônia produzida no metabolismo celular.
Vacúolo - Nome genérico de uma pequena bolsa presente no citoplasma das células, cujo conteúdo é variável
(soluções aquosas, alimentos, enzimas etc.)
Vacúolo Citoplasmático - Designação de espaço no citoplasma limitado por membrana. Os vacúolos
recebem denominação conforme sua origem ou função. Ex.: fagossomo (origina-se da fagocitose); vacúolo
digestivo (função de digestão intracelular).
Vacúolo Contrátil - Vacúolo presente em protozoários de água doce (ameba, paramécio etc.) responsável
pela eliminação, a pulsos regulares, do excesso de água que entra no citoplasma devido à osmose.
Vacúolo Digestivo - Bolsa membranosa formada pela união de lisossomos com fagossomos ou pinossomo,
onde ocorre a digestão intracelular.
Vascular - Relativo a vasos. Que possui vasos sangüíneos (animal) ou vasos condutores (vegetais).
Watson - James Watson, geneticista e biofísico norte-americano que elaborou junto com Francis Crick o
modelo da estrutura molecular do DNA.
Weismann - August Weismann, biólogo alemão que viveu entre 1834-1914. Foi Weismann que estabeleceu
pela primeira vez a diferença entre células somáticas e germinativas. Este biólogo ficou famoso pelas
experiências que fez (como cortar por várias gerações o rabo de camundongos) para provar que as teorias de
Lamarck estavam erradas e que as características adquiridas não poderiam ser transmitidas aos descendentes.
Xantofila - Pigmento amarelo que ocorre nas plantas, membro do grupo dos carotenóides.
Xilema - Ou lenho. Tecido responsável pela condução da seiva bruta das plantas traqueófitas.
Zigoto - Ovo ou zigoto é a denominação da célula formada após a fusão dos gametas masculinos. Ver
cariogamia.
Zooplâncton – conjunto de animais, geralmente microscópicos, que flutuam nos ecossistemas aquáticos e
que, embora tenham movimentos próprios, não são capazes de vencer as correntezas.
Zonula adherens - Ver junção intermediária.