Anestesia
Anestesia
Anestesia
ANESTESIA
Índice
I. Anestesia 3
V. Intervenções em Pediatria 11
I. Anestesia
A anestesia tem como objetivo a eliminação por completo da dor durante um
procedimento invasivo (ex.: cirurgias, endoscopias, etc.).
Riscos terapêuticos
Complicações inerentes aos tipos de anestesias
Atividade
Capaz de movimentar os 4 membros 2
Capaz de movimentar 2 membros 1
Não movimenta nenhuma extremidade 0
Respiração
Capaz de inspirar profundamente e tossir 2
Dispneia ou respiração limitada 1
Apneia 0
Circulação
TA varia - de 20%do nível pré anestésico 2
TA varia 20% a 50% em relação ao nível pré anestésico 1
TA varia +50% do nível pré anestésico 0
Consciência
Desperto, alerta (responde a questões) 2
Responde apenas quando estimulado 1
Não responde 0
Coloração da Pele
Róseo 2
Pálido, ictérico 1
Cianótico 0
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A anestesia geral pode ser aplicada por via venosa, inalatória ou balanceada (mistura a
anestesia por via endovenosa e a inalatória).
1. Fase de Indução
Ocorre a administração de medicação que causa hipnose (sono produzido
artificialmente) e amnésia (nem todos os fármacos a provocam).
Prepara-se o doente para a intervenção, tendo este já feito a pré-anestesia e é
administrado endovenosamente um medicamento conjuntamente, ou não,
com um anestésico volátil.
Dá-se um relaxante muscular e entuba-se o doente (ventilação mecânica).
2. Fase de Manutenção
A duração da anestesia depende da dose, que varia consoante o tempo do
procedimento.
A cirurgia decorre e o anestesista pode administrar mais relaxantes musculares
à medida que é necessário.
Nesta fase é mais comum ocorrerem complicações cirúrgicas.
O enfermeiro precisa de:
o Verificar equilíbrio hemodinâmico
o Monitorizar os Sinai Vitais
o Verificar o balanço hídrico – Pesam-se todas as compressas utilizadas na
cirurgia
3. Fase de Emergência
Doente acorda, é desentubado e há um retorno dos efeitos anestésicos.
Só quando são grandes cirurgias é que a desentubação do doente não é
imediata.
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1. Fase Inalatória
É administrado uma mistura de gases anestésicos e oxigénio, diretamente para
os pulmões.
2. Fase Endovenosa
As substâncias administradas são por via endovenosa.
3. Fase Balanceada
Combina a anestesia inalatória e a endovenosa, cada uma das doses está numa
dosagem mais baixa.
4. Fase Dissociativa
Utiliza-se a ketamina e a pessoa mantém as funções básicas, contudo não sente
qualquer dor.
5. Fase de Neurolepto-Anestesia
Utilizam-se neuropépticos em quantidades elevadas.
6. Combinada
Combina a anestesia geral e a regional.
Anestesia Regional
Anestesia Epidural
Realizada pela adição de anestésicos locais nas costas próximo dos nervos que
transmitem a sensibilidade dolorosa. Neste caso é possível realizar-se o bloqueio de
apenas algumas raízes nervosas. É administrada entre o bordo superior da crista ilíaca
ou no bordo inferior da última costela.
Anestesia Raquidiana
É colocado um cateter no espaço raquidiano, após se ter realizado uma anestesia local,
e é através deste que se vai dar uma deposição do anestésico no líquor. O paciente fica
com os membros inferiores e parte do abdómen completamente anestesiados e
imóveis, pois bloqueia todos os nervos abaixo do local da punção. A anestesia é entre a
L2 e a L4.
Este bloqueio é realizado por uma administração dolorosa que bloqueia o plexo
através de uma injeção anestésica em redor dos nervos que inervam o local da
cirurgia. Por exemplo, cirurgias sobre um dedo da mão podem ser realizadas com
bloqueios dos nervos que inervam a mão, ou seja, bloqueio do plexo axilar.
Anestesia Local
Este tipo de anestesia pode ser tópica ou por uma infiltração local.
Sedação consciente
É administrada por via intravenosa e nos casos aonde os procedimentos não exigem
uma anestesia completa, mas uma diminuição da sensibilidade.
Anestesia geral
o Aspiração do vómito
o Irregularidades cardíacas
o Diminuição do débito cardíaco
o Hipotensão
o Hipotermia
o Hipoxia
o Laringospasmo
o Hipertermia maligna
o Nefrotoxicidade
o Depressão respiratória
Anestesia regional (Epidural e Raquidiana)
o Hipotensão
o Hipotermia
o Lesão da medula espinhal
o Lesão do membro insensível
o Paralisia respiratória
o Cefaleia espinhal
Anestesia local
o Choque anafilático
o Urticária
o Exantema
Sedação consciente
o Aspiração
o Diminuição do nível de consciência
o Hipoxemia
o Depressão respiratória
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Geral
Epidural
Raquianestesia
7. Realizar penso
8. Vigiar as características do penso
9. Vigiar o local da punção e ver se está integro
10. Vigiar perdas de fluidos
11. Quando se retira o cateter
a. Ver se está integro
b. Se sentir resistência não se puxa
c. Devagar e com movimentos suaves
Pós-operatório
Sedação consciente
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V. Intervenções em Pediatria
1. Apoiar os pais da criança a regressarem para junto da mesma após a cirurgia
2. Informar os pais sobre o estado da criança
3. Ajustar a criança ao ambiente
4. Providenciar o objeto significativo da criança
5. Prevenir a dor
6. Monitorizar a dor
7. Aliviar a dor
a. Crioterapia
b. Analgesia
8. Preparar a criança e a família para
a. Cuidados ao penso
b. Remoção de cateteres/drenos
c. Colheita de sangue
d. Remoção de pontos
e. Punção venosa
f. Exames complementares de diagnóstico
9. Proporcionar distrações para a criança
10. Brincadeira terapêutica
11. Preparar alta
a. Ensinos sobre o controlo da dor
b. Ensinos sobre os cuidados ao penso da ferida cirúrgica
c. Ensinos pós-operatórios específicos para a cirurgia realizada
d. Dar carta de alta com marcação da consulta de follow-up
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Phipps, W.; Long, B.; Woods, N.; Cassmeyer, V. (1995). Enfermagem Médico-Cirúrgica –
Conceitos e Prática Clínica. Lisboa: Lusodidacta – Sociedade Portuguesa de Material
Didáctico, Lda. (2ª Edição)