Aula 12 - Tipos de Anestesias

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ANESTESIAS

Profª. Enfermeira Adriana Macêdo


• Durante muitos séculos os dogmas da igreja determinaram que a dor era um justo
castigo de Deus e por isso deveria ser aceita com submissão e enfrentada a sangue
frio.

• Somente em meados do século XIX, com o advento da anestesia as cirurgias


alcançaram um nível de profissionalização e contornos menos brutais, porém mais
invasivos, já que a ausência da dor alargaria a profissionalização das técnicas
cirúrgicas.
O que é a anestesia?

• É o estado de total ausência de dor e outras sensações. durante uma ato cirúrgico,
exame diagnóstico ou curativo.

• Tradicionalmente significa a condição de ter a sensibilidade bloqueada ou


temporariamente removida. Isso permite que os pacientes passem por cirurgias e
outros procedimentos sem a angústia e a dor que experimentariam de outra
maneira. A palavra foi cunhada por Sr. Oliver Wendell Holmes em 1846.
Tipos de anestesias

• Anestesia Geral: Inalatória , intravenosa e Balanceada.

• Anestesia Regional: Peridural, Espinhal, e Bloqueio De Plexos Nervosos.

• Anestesia Combinada: Geral e Regional.

• Anestesia Local.
Informações indispensáveis

Os
Antecedentes Suas patologias
medicamentos
pessoais. associadas.
em uso.

A experiência Tipo de alimento


anestésica Alergia à drogas. ingerido na
prévia. última refeição.

Tempo de jejum.
Analgesia x anestesia
• Analgesia • Anestesia
• Quantidade de anestésico injetado é • Utiliza um volume de anestésicos maior,
menor, sendo mais superficial, apenas inibe a dor
para inibir a dor;
• Impede sensações musculares para
execução do procedimento cirúrgico.
• Duração é proporcional ao tempo
necessário para a intervenção cirúrgica
ou do procedimento.
• O anestesista(ou anestesiologista) é o médico responsável em avaliar o paciente no
pré-operatório, prescrever a medicação pré-anestésica, administrar a anestesia,
controlar as condições do paciente durante a cirurgia e assistir o paciente na sala de
recuperação pós-anestésica.

• Segundo parecer do COFEN (2006), o cuidado com o paciente durante o ato


intraoperatório, é dever da equipe multidisciplinar, e a colaboração com o médico
anestesiologista faz parte desta função, no entanto não é permitido assumir as
funções e atividades que são de competência destes profissionais.
• Não existe anestesia sem monitorização ou sem antes se puncionar uma veia periférica .

• Sendo assim é primordial que antes de qualquer ato anestésico tais procedimentos, já
tenham sido realizados.

• Existem vários tipos de drogas anestésicas, que irão atuar de acordo com sua
especificidade, podem ser de ação local ou geral;

• O médico anestesiologista irá avaliar qual o melhor tipo de anestesia para o paciente de
acordo com o procedimento que será realizado.
Agentes anestésicos
• Opioides • Não opioides
• Controlam a dor • Induzem apenas à analgesia.
• Inibem os reflexos fisiológicos ao
estímulo doloroso
Anestesia Geral

• Na anestesia geral administra-se o anestésico por


via inalatória, endovenosa ou combinado (inalatória
e endovenosa), com o objetivo de promover um
estado reversível de ausência de sensibilidade,
relaxamento muscular, perda de reflexos e
inconsciência devido à ação de uma ou mais drogas
no sistema nervoso. Ex: Cirurgias neurológicas,
cardíacas, torácicas, entre outras.
Anestesia Raquidiana

• Neste tipo de anestesia, perde-se a sensibilidade dos membros inferiores e da zona


inferior do abdome. Os membros inferiores ficam dormentes e pesados, perdendo a
mobilidade.

• Este efeito é temporário e desaparece ao fim de duas a três horas, recuperando


totalmente a sensibilidade e a mobilidade.

• A raquianestesia é muito usada para procedimentos ortopédicos de membros


inferiores e para cesarianas.
• Para realizar a anestesia
raquidiana, uma agulha de
pequeno calibre é inserida nas
costas, de modo a atingir o
espaço subaracnóideo, dentro
da coluna espinhal. Em
seguida, um anestésico local é
injetado dentro do líquido
cefalorraquidiano (líquor).
Anestesia Peridural/Epidural

• A anestesia epidural (peridural) está indicada na analgesia para o parto normal e nas cirurgias que
envolvem tórax e abdome. Na anestesia peridural, os anestésicos são injetados pela agulha e pode
ser inserido um fino cateter, que permanecerá no espaço peridural. É através desse cateter que os
anestésicos serão administrados, tanto no período perioperatório como no período pós-operatório,
para controle da dor pós-operatória nas cirurgias maiores e controle da dor durante o trabalho de
parto.

• A anestesia peridural é muito semelhante à raquidiana, porém há algumas diferenças: o local onde é
administrado o anestésico local (depositado no espaço epidural), o tipo de agulha e o volume de
anestésicos utilizados:
• A anestesia peridural pode continuar
a ser administrada no pós-operatório
para controle da dor nas primeiras
horas após a cirurgia. Basta manter a
infusão de analgésicos pelo cateter.

• A quantidade de anestésicos
administrados é bem menor na
raquidiana.

• Em situações normais, não há


contato direto nem da agulha nem
do cateter com o líquor.
L1
PERIDURAL

RAQUIANESTESIA
L4
Bloqueios periféricos

• O anestésico local é administrado ao redor dos nervos responsáveis pela


sensibilidade e pelo movimento do membro onde vai ser realizada a cirurgia. Por
exemplo: para uma cirurgia da mão, é possível anestesiar apenas o braço,
administrando anestésico local ao nível da axila, associado a sedação para melhor
conforto do paciente.
Bloqueio Bier
• Técnica de bloqueio regional
intravenoso desenvolvida por
August Bier para cirurgias rápidas
dos membros superiores e
membros inferiores (pé e terço
distal de perna, principalmente).
Bloqueio de plexo
• O bloqueio do plexo braquial é a
técnica preferida pelos
anestesiologistas para cirurgias
nos membros superiores.
• Consiste no bloqueio de um
conjunto de nervos, que leva a
parestesia, permitindo desta
forma o ato cirúrgico.
Pentabloqueio
Raquianestesia pode gerar cefaléia?

• Sim, pode acontecer. Embora a complicação mais comum das anestesias raquidianas e peridurais seja
a dor de cabeça, este evento diminuiu muito sua ocorrência com o avanço das técnicas anestésicas.

• A dor de cabeça ocorre quando há saída de líquor pelo furo feito pela agulha no canal espinhal. Essa
perda de líquido provoca uma redução da pressão do líquor ao redor de todo o sistema nervoso
central, sendo esta a causa da dor de cabeça.

• Hoje em dia, as agulhas são mais finas, o que diminuiu consideravelmente a chance de dor de cabeça
após o procedimento.

• O tratamento se dá basicamente com repouso e ingestão de líquidos, e a dor de cabeça tende a se


resolver em três ou quatro dias.
Assistência de Enfermagem

• Prover todos os materiais necessários para o ato anestésico;

• Auxiliar o anestesiologista, posicionando o paciente de acordo com o tipo de


anestesia a ser realizada;

• Transmitir calma e confiança ao paciente;

• Estar atento a possíveis complicações durante o ato anestésico-cirúrgico;

• Realizar as anotações de enfermagem, pertinentes a cada etapa do processo


operatório.
Referências bibliográficas

• Miller’s anesthesia (8th ed.). Philadelphia, PA: Churchill Livingstone/Elsevier.

• PINHEIRO, Pedro. CEFALÉIA PÓS-RAQUIANESTESIA. 2021. Disponível


em: https://www.mdsaude.com/cirurgia/cefaleia-pos-raqui/. Acesso em: 25 de janeiro de 2022.

• TURAZZI, Jurandir Coan. QUAIS SÃO OS TIPOS DE ANESTESIA? . 2021. Disponível


em: https://saj.med.br/quais-sao-os-tipos-de-
anestesias/#:~:text=Existem%20basicamente%20tr%C3%AAs%20tipos%20de%20anestesia%3A%20lo
cal%2C%20regional%20e%20geral.&text=A%20anestesia%20regional%20%C3%A9%20um,pode%20p
ermanecer%20acordado%20ou%20sedado. Acesso em 25 de janeiro de 2022.

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