Custos Marco
Custos Marco
Custos Marco
Contabilidade de custos I
Contéudo 1: Conceitos
Introdução:
A moeda criou culturas singulares no mundo ocidental durante a Baixa Idade Média e a
Modernidade. Analisando o período medievo, podemos inferir que, embora a vida econômica da
Idade Média se baseasse principalmente na produção agrícola de subsistência, não faltaram,
nesse período, habilidade técnica, economia de mercado e produção de excedentes. Isso quer
dizer que o sistema feudal não se mostrou incompatível com o comércio e a indústria 1. Ao
1
Indústria aqui entendida como um conjunto das atividades que participam da fabricação de produtos
manufaturados a partir de matérias-primas.
contrário, desde os primórdios do período medieval, comerciantes e artesãos asseguraram,
ainda que em bases precárias, a produção e a circulação de bens entre os domínios senhoriais.
Essas pessoas habitavam os burgos, lugares fortificados que impulsionaram a retomada da vida
urbana. O estilo de vida dos burgueses mostrava-se bem diferente daquele que ocorria dentro
dos feudos, e suas atividades estariam entre os fatores responsáveis pela destruição do próprio
sistema feudal.
Por volta do século XI, era a Ordem dos Templários (Ordem Militar dos Cavaleiros do Templo de
Salomão) que administra a maior corporação bancária internacional. Suas propriedades,
verdadeiras fortificações, foram transformadas em locais ideais para depositar dinheiro e bens de
valor. Além disso, os Templários garantiam transporte seguro para objetos de valor por longas
distâncias, efetuavam o câmbio, administravam fundos e concediam empréstimos aos reis.
A ordem ficou rica e se expandiu. Tal fato acabou concorrendo para a sua destruição, uma vez
que a cobiça pelo negócio e capital acumulado, fez com que o rei Felipe IV da França, Felipe O
Belo, iniciasse um período de perseguição aos cavaleiros até que estes fossem queimados em
praça pública.
Todas essas mudanças provocadas pelo incremento comercial, industrial e urbano provocaram
os confrontos entre as visões de mundo dos senhores feudais, por um lado, e dos comerciantes
e artesãos, por outro lado. A questão da riqueza talvez tenha sido um dos maiores pontos de
controvérsia. A riqueza, para um senhor feudal, apesar de não estar unicamente relacionada à
terra, se associava ao número de seus vassalos diretos, isto é, dependentes e agregados que
viviam dentro de suas propriedades. Já para a burguesia, riqueza significava poupança e
investimentos adquiridos com a administração de seus bens.
Por volta dos séculos XIV e XV, a economia da Europa ocidental passou por uma violenta
depressão, após um longo período de prosperidade. Ao mesmo tempo, os europeus começaram
a ver o mundo de um modo diferente, questionando a ordem feudal. Associada à crise de
retração econômica, a mudança de mentalidade contribuiu para profundas modificações
políticas, econômicas, sociais e culturais, que acabaram resultando no colapso de muitas das
estruturas do sistema em vigor. Os presságios de uma nova ordem estavam a caminho e em
breve a “Europa do latim” deixaria de existir, a modernidade esta a caminho.
Vimos anteriormente que o comércio e a indústria não eram atividades incompatíveis com o
feudalismo. Mesmo assim, a expansão econômica na Baixa Idade Média encontrou vários
obstáculos, tais como as divergências entre os mercadores e as corporações de ofício, o
precário sistema de transportes, a falta de moedas e de capital circulante e a distribuição
desigual da renda. Outro entrave à expansão das relações econômicas diz respeito à natureza
da economia de mercado, expressão que o economista Paul Singer define da seguinte maneira:
Não obstante, não podemos confundir a economia de mercado das formações sociais anteriores
ao capitalismo com economia de mercado capitalista. Nas sociedades pré-capitalistas, os
indivíduos dependiam parcialmente do mercado e, no essencial, a riqueza era representada pela
terra. Já na sociedade capitalista, os indivíduos dependem principalmente do mercado e, no
essencial, a riqueza é representada pelo dinheiro.
De uma maneira sucinta podemos caracterizar os metalistas ou bulionistas como indivíduos que
preconizavam que a riqueza estava relacionada com a capacidade de se conseguir acumular o
máximo de ouro e prata. Essa prática foi adotada especialmente pelos espanhóis entre os
séculos XVI e XVII graças à descoberta de metais preciosos em suas colônias na América.
A idéia de uma balança comercial credora teve como resultado duas práticas que ficaram
conhecidas como industrialismo e comercialismo. O objetivo era promover um superávit da
balança comercial, isto é, exportar mais do que importar. Isso permitiria o ingresso de riquezas,
expresso em entrada de moeda metálica, no Estado nacional.
O industrialismo também se tornou conhecido como colbertismo devido ao impulso que essa
política recebeu de Colbert, ministro de Luís XIV. Na França do século XVII foi incentivada a
indústria manufatureira, que tinha produção mais regular e mais previsível do que outros setores
da economia, como a agricultura, por exemplo, e gerava bens exportáveis de maior valor
específico. Tecidos de luxo, malharia, tapeçaria, porcelana, objetos de vidro, armas e papéis
passaram a fazer parte da pauta de exportações dos franceses.
A política mercantilista inglesa dos séculos XVI e XVII coincidiu com a expansão marítima e
colonial. O resultado desta política expansionista se fez sentir no desenvolvimento do comércio
exterior e na marinha mercante britânica. Posteriormente, no século XVIII, a Inglaterra seria o
primeiro país do mundo ocidental a realizar uma Revolução Industrial.
Fragmentados em centenas de unidades com diferentes tamanhos e graus de soberania, os
Estados germânicos adotaram uma política econômica mercantilista que ficou conhecida como
cameralismo. A política econômica adotada pelos cameralistas teve como diretriz o aumento da
riqueza tributável, isto é, o aumento dos impostos, e como conseqüência o crescimento da renda
dos Estados. Por meio de regulamentações, os príncipes das unidades políticas mais
significativas, sobretudo a Áustria, organizaram e controlaram a produção agrícola e
manufatureira. As exportações de matérias-primas e as importações de produtos manufaturados
foram proibidas.
Essas práticas sobreviveram nos Estados germânicos durante aproximadamente três séculos.
Contribuíram para que os mesmos se aproximassem da auto-suficiência econômica no século
XIX, quando foram unificadas em uma só entidade política, a Alemanha imperial.
Na Holanda, uma ativa burguesia mercantil e bancária desenvolveu uma política mercantilista
apoiada em três sólidos pilares: a Companhia das Índias Orientais, encarregada de dirigir o
comércio holandês no Oriente (compras, remessas de ouro, venda das mercadorias recebidas);
o Banco de Amsterdã, responsável pelo fornecimento de crédito e de moedas de todos os países
aos mercadores, para que pudessem comprar mercadorias de qualquer origem; e uma frota
mercante capaz de transportar cargas pesadas e volumosas ao longo das rotas marítimas.
A política colonialista, por sua vez, teve como preocupação a incorporação de extensas regiões
da África, do Oriente e da América à economia européia. Baseou-se no chamado pacto colonial.
Pelo pacto ou exclusivismo colonial, a colônia existiria em função da metrópole, e apenas para
ela. Isso significa que a produção colonial deveria possibilitar lucros elevados aos comerciantes
metropolitanos, que monopolizavam as importações e as exportações. A atividade econômica
das colônias deveria apenas complementar as respectivas metrópoles, sem jamais concorrer
com elas. Essa política restritiva foi adotada por Portugal e outros Estados europeus detentores
de impérios coloniais.
A industrialização na Grã-Bretanha teve início por volta de 1760. As causas desse processo não
devem ser creditadas unicamente à superioridade tecnológica e científica, mas também a
condições favoráveis que já existiam no país antes do século XVIII.
A Contabilidade de Custos teve sua origem na Era Mercantilista, no século XVIII, e utiliza como
principal fonte de dados a Contabilidade Geral ou Financeira. Quando nos deparamos com as
expressões Contabilidade de Custos, Contabilidade Financeira e Contabilidade Gerencial,
surgem dúvidas quanto a diferença entre elas, como surgiu e qual a contribuição que podem
trazer para a empresa. Através de uma análise histórica sobre elas, são esclarecidas essas e
outras dúvidas, nos dando uma visão mais ampla dos conceitos em questão.
No século XVIII, antes da Revolução Industrial, só existia a Contabilidade Financeira (ou Geral),
que atendia bem as empresas comerciais.
Para a apuração do resultado do período, bem como para o levantamento do Balanço em seu
final, bastava o levantamento dos Estoques em termos físicos, já que sua medida em valores
monetários era extremamente simples. (Martins, 2003, p .19). As mercadorias eram valorizadas
pelo montante pago por item estocado. Dessa operação, resultava o custo das mercadorias
vendidas, até hoje representado pela seguinte fórmula:
O valor encontrado era confrontado com as receitas obtidas das vendas dos bens, chegando-se
ao lucro bruto, e deste, deduzia-se “as despesas necessárias à manutenção da entidade durante
o período, à venda dos bens e ao financiamento de suas actividades (Martins, 2003, p. 19).
Surgiu daí a Demonstração do Resultado do Exercício, utilizada até hoje pelas empresas”.
Com a chegada da Era Industrial, ficou mais difícil atribuir valor aos Estoques; “seu valor de
compras na empresa comercial estava agora substituído por uma série de valores pagos pelos
factores de produção utilizados” (Martins, 2003, p. 19).
A escola alemã de contabilidade foi uma das mais importantes em termos doutrinários. Entre os
principais autores que contribuíram para seu desenvolvimento, destacam-se: Schmalenbach,
Schmidt, Gomberg, Schar e Gutenberg.
Os escalões gerenciais (dos grandes complexos) exigiam cada vez mais um controle rigoroso
das operações industriais. O papel da Contabilidade nas grandes empresas cresceu em
tamanho e em complexidade. A Dupont, a General Motors, a Standard Oil e outros grupos norte
– americanos cresceram consideravelmente durante a primeira metade do século XX, causando
uma grande expansão vertical e descentralização. Para Kaplan (1984), um dos principais
elementos de análise e controle operacional utilizados pelos gestores dessas organizações foi o
retorno sobre o investimento (ROI - Return on Investment). Associado ao ROI, foram utilizados
instrumentos como os orçamentos flexíveis e os preços de transferência. Como a demanda por
informações contábeis aumentou, a participação da Contabilidade dentro das organizações
ampliou-se. Os contadores passaram a trabalhar na preparação dos orçamentos, a dar
assistência no trabalho de determinação de preços e nas operações de controle interno das
organizações.
Leone (1995, p. 7) diz que a Contabilidade Administrativa (ou Gerencial) tem a função de
precípua de registrar as operações internas, controlar tais operações e despesas relacionadas, e
informar o administrador, quando este necessita tomar decisões. Também se dedica ao
planejamento das atividades e ao estabelecimento das políticas e dos objetivos.
Ainda, segundo Leone (1985), a Contabilidade geral prende-se aos requisitos legais e fiscais, às
convenções e padrões. A contabilidade Administrativa (ou Gerencial) não está condicionada a
essas necessidades inflexíveis. Por isso mesmo, as técnicas e processos adotados por esta
contabilidade poderão ser moldados para atender melhor aos interesses da Administração.
Por se tratar de uma visão nova, de apenas algumas décadas, ainda está em desenvolvimento e
são necessárias certas adaptações aos Princípios e as Regras geralmente aceitas na
Contabilidade de Custos, pois sua finalidade era apenas avaliar os estoques e não para fornecer
dados a Administração.
Pretende ainda, dar resposta as várias questões que se levantam continuamente nos vários
níveis de decisão, bem como nos diversos departamentos da empresa e das quais passamos a
enumerar algumas:
Um sistema de custos contribui para que se tenha controle mais preciso dos mesmos,
diminuindo ou substituindo itens mais onerosos na composição dos custos, permitindo uma
melhor análise de lucratividade.
Conforme Falk (2001, p.18), a contabilidade de Custos é um elemento da gerência financeira
que gera informações sobre os custos de uma organização e seus componentes. Como tal, a
contabilidade de custos é um subconjunto da Contabilidade geral.
Contabilidade Geral
Contabilidade de Custos
Contabilidade
Financeira
Contabilidade
Gerencial
Falk (2001, p. 18) apresenta através desta figura uma comparação, dentro da Contabilidade
Geral, da Contabilidade Financeira, Contabilidade Gerencial e Contabilidade de Custos.
Segundo ele a Contabilidade Financeira fornece informação primariamente para pessoas e
entidades externas à instituição, tais como: bancos, fornecedores, sócios, governo e
organizações financeiras. Normalmente consiste em informação referente a receita, balanço,
fluxo de caixa e alterações em fundos específicos.
A Contabilidade Gerencial, por outro lado, tem mais uma utilização interna e fornece informação
aos administradores a fim de melhor gerenciar a instituição. Os relatórios não têm formatos
predefinidos e podem ter informação sobre custos em âmbito departamental, negociações sobre
preços e taxas a cobrar, e normalmente são direcionados para o planejamento estratégico e
análise da rentabilidade da organização.
A Contabilidade gerencial, assim como ocorreu com a financeira, foi propulsionada, pelo menos
em parte, por uma associação de contadores preocupados com o desenvolvimento teórico e
doutrinário desse ramo contábil. Essa associação surgiu após um núcleo do AAPA criar o
American Institute of Accounting (AIA). Como o estatuto do AIA buscava o aprimoramento de
seus membros, dois grupos de profissionais foram marginalizados nesse instituto: professores e
contadores industriais. Essa situação deu origem, em 1916, á criação de um novo grupo
representativo, a American Association of Instructors in Accounting (AAUIA), posteriormente
denominada American Accounting Association (AAA). Por outro lado, os contadores de
indústrias, em outubro de 1919, criaram uma organização própria intitulada National Association
of Cost Accounting (NACA). A NACA, como apresenta Jordan (1993), passou a chamar-se
National Association of Accountants (NAA) em 1957, e, finalmente, Institute of Management
Accounting (IMA), em 1991. Em dezembro de 1919, foi emitido o primeiro boletim oficial,
denominada NACA Bulletin, que destacou os objetivos da nova associação nacional de
contadores de custos. Quando da alteração do nome da associação para NAA, a denominação
do boletim passou a ser NAA Bulletin. Hoje, as contribuições dos contadores para o
desenvolvimento do pensamento contábil gerencial são publicadas pela revista Management
Accounting, que é o órgão oficial do instituto.
A Contabilidade gerencial foi conceituada por Simon ( apud Macintosh, 1994, p. 40) como um
processo de “identificação, mensuração, acumulação, análise, preparação, interpretação e
comunicação de informações usadas pelos administradores para o planejamento, avaliação e
controle de uma organização”.
A natureza dos negócios mudou com a revolução industrial. A grande produção de ferro ajudou a
estabelecer as estradas de ferro e facilitou a construção de fábricas. Surgiram grandes
companhias de eletricidade, de água, de gás, de bondes e férreas. A construção de estradas de
ferro facilitou o desenvolvimento dos negócios e dos sistemas de distribuição das fábricas. A
conjugação da produção em massa com o avanço dos sistemas de distribuição foi fundamental
para o surgimento de grandes empreendimentos. As fábricas cresceram com o aumento da
produtividade e com o aumento da demanda de produtos, gerando o processo de uniformização
da produção. As atividades não cresceram somente em tamanho, mas difundiram-se por todos
os lados, causando uma grande descentralização. Todos esses fatores aliados geraram a
necessidade de desenvolvimento de novos métodos de administração e controle. Além disso, no
campo social, com a propagação de organizações sem fins lucrativos, como é o caso das igrejas
Gospel, ocorreu um aumento na demanda por informações para fins de controle e planejamento.
O custo de produção é o custo final do produto e que é composto por 3 (tres) componentes:
Água;
Electricidade;
Comubustível;
Custos financeiros – remuneração do capital que vamos utilizar, ou seja, o capital alheio
a empresa, aquele que se vai obter para o seu financiamento.
Custos de distribuição – são os custos que têm a ver com a entrega do produto ao
cliente.
O lucro bruto é igual a diferênça entre as vendas líquidas e os custos industriais dos produtos
vendidos.
O lucro líquido é igual a diferênça entre o lucro bruto e os custos comerciais, ou entre as vendas
líquidas e o custo complexivo.
LL = LB – Ccom
ou
Exercício (trab.1)
A empresa DAG, Lda, fábrica um único produto designado por G. Os elementos da contabilidade
analitica do mês de Abril de 2017, são os seguintes:
1. Materias – primas
Compras ………………………………………………2.000 unid@ 4.000,00
Consumo ………………………………………………… 2.800 unidades
2. Custos c/pessoal
Pessoal fabril ………………………………………… 4.000.000,00
Pessoal comercial …………………………………… 1.700.000,00
Pessoal administrativo ……………………………… 2.100.000,00
Encargos sociais (taxa de imputação 60%, para suportar o subsido de férias e de natal)
3. Fornecimentos e serviços de terceiros:
Matérias subsidiárias ……………………………………. 800.000,00
Materiais de consumo …………………………………… 640.000,00
Outros:
- Fabris …………………………………………….. 900.000,00
- Comerciais ………………………………………. 450.000,00
- Administrativos ………………………………….. 500.000,00
4. Custos financeiros: …………………………. 1.860.000,00
5. Amortizações do exercício (quota mensal):
Fabris …………………………………………………….. 2.240.000,00
Comerciais ………………………………………………. 1.120.000,00
Administrativos ………………………………………….. 1.250.000,00
6. Vendas de produtos:
Vendas ……………………………………………………. 4.600 unid @ 8.500,00/unid.
Abatimentos concedidos ……………………………….. 500,00 p/unid.
7. Existências iniciais:
Produtos acabados ……………………………………… 640 unid @ 5.000,00/unid.
Produtos em vias de fabrico:
- Matérias-primas ………………………………………… 1.800.000,00
- Custos de transformaçãp ……………………………… 1.140.000,00
Matérias-primas ……………………………………………1.000 unid @ 3.750,00/unid.
8. Existências finais:
Produtos em vias de fabrico:
- Matérias-primas ………………………………………… 1.100.000,00
- Custos de transformaçãp ……………………………… 420.000,00
O critério valorimetrico utilizado pela empresa na valorização das saídas de existências é LIFO e
a produção do mês foi de 4.500 unidades.
Pretende-se:
1. Cálculo do custo dos produtos acabados;
2. Lucro bruto;
3. Lucro líquido;
4. Demonstração de resultados por funções.
Exercício (trab.2)
Da empresa CDA, conhecem-se relativamente a contabilidade do mês de Janeiro 2017, os
seguintes elementos:
1. Existências iniciais:
Materias-primas:
- Matéria A …………………………………………….. 10.000 lts @ 140,00/lt
- Matéria B …………………………………………….. 300 ton @ 7.000,00/ton
Matérias subsidiárias ………………………………………… 1.300.000,00
Produtos acabados X ………………………………………… 15.000 lts @ 280,00/lt
2. Compras:
Matérias-primas e subsidiárias:
- Matéria A …………………………………………….. 40.000 lts @ 160,00/lt
- Matéria B …………………………………………….. 400 ton @ 7.300,00/ton
Matérias subsidiárias ………………………………………… 1.650.000,00
3. Consumo de matérias-primas e subsidiárias:
- Matéria A …………………………………………….. 35.000 lts
- Matéria B …………………………………………….. 380 ton tons
Matérias subsidiárias ………………………………………… 1.380.000,00
4. Custos de transformação do mês:
Salários directos ……………………………………………… 1.100.000,00
Ordenados indirectos ………………………………………. 800.000,00
Encargos sociais (considere a imputação teorica de 60%)
Electricidade e água ………………………………………… 120.000,00
Manutenção e conservação ……………………………….. 225.000,00
Amortização do exercício (quota mensal) ……………….. 1.600.000,00
Seguros do 1.º semetre …………………………………….. 90.000,00
5. Produção:
Produto X ……………………………………………………… 50.000 lts
6. Vendas:
A empresa vendeu 55.000 lts do produto X ao preço unitário de 400,00Mts.
7. Custos não industriais:
Financeiros …………………………………………………………………… 1.500.000,00
NOTA: a empresa valoriza as saidas de existências utilizando o critério FIFO, não havendo
existências de PVF´s quer no ínicio quer no fim do mês.
Pretende-se:
1. Cálculo do custo dos produtos acabados;
2. Lucro bruto;
3. Lucro líquido;
4. Demonstração de resultados por funções.
INTRODUÇÃO
Imaginemos uma situação em que uma empresa não tem qualquer produção. Não tem também
vendas. Nesse caso extremo, a empresa teria, ainda assim, de suportar os custos com o aluguer
das suas instalações, com a energia consumida nas actividades não-produtivas, com a
manutenção dos seus equipamentos, com a segurança e vigilância, a investigação e
desenvolvimento, entre outros. A estes custos, chamamos de FIXOS.
Se a empresa começar a produzir, ela terá de suportar os custos variáveis. Assim, terá de
suportar custos com matérias-primas, com os consumíveis utilizados na produção dos bens, com
a mão-de-obra da produção, etc.
Começando a vender, terá que suportar ainda outros custos variáveis diretamente dependentes
da distribuição dos bens: transportes, reclamações de clientes, descontos comerciais, etc. A
estes custos, chamamos de VARIÁVEIS
A importância
É fundamental compreender a forma como os custos variam em função da quantidade para a
determinação de preços de venda e, em última análise, para a maximização da rentabilidade da
empresa. Devido ao efeito de economias de escala, a empresa deve ser capaz de determinar o
nível ótimo de produção, que representa o ponto que minimiza os custos unitários de produção.
É também importante fazer esta distinção para a análise interna e externa dos custos. Através da
análise de custos fixos e variáveis, a empresa pode compreender em que área é mais ou menos
competitiva em relação aos seus pares.
SISTEMAS DE CUSTEIO
Em todos exemplos que até agora apresentamos, consideramos como custos dos produtos
todos os custos industriais ou de produção.
Introduziremos agora métodos de custeio da produção em que não se consideram como custos
dos produtos a totalidade ou parte dos custos fixos industriais.
1. CUSTEIO TOTAL – técnica de custeio pela qual todos os custos industriais (fixos e
variaveis) são considerados custos de produção. Referimo-nos apenas os custos de
produção, pois, como se sabemos, os custos não industriais são sempre considerados
custos dos periodos.
Os GGF, tem custos fixos e custos variáveis. É nos GGF que reside a diferença nas duas
técnicas de custeio. Na valorização do produto acabado, uma e outra técnica trata de modo
diferente os GGF fixos.
DIFERENÇAS
Qr
Assim teriamos: Cfmês = Cfind Qn
;
E por conseguinte, como custos fixos industriais não incorporados, ou seja como custos do
periodo, o seguinte:
Qr
Cfnãoincorp. Cfind 1
Qn
Exercícios de aplicação
Exercícios (trab.3)
Adimita-se que os custos fixos industriais orçamentados para o ano de uma unidade produtora
de pavimento, são de 17.600 contos e que a produção normal está estimada em 960.000
m2/ano. Tem-se informação que para o mês de Março/2017, a produção da fábrica foi de 50.000
m2 e vendeu um total de 40.000 m2 @ 680,00/m2. O custo variavel industrial por m2, foram de
200,00.
Sabe-se ainda que, a fábrica apresentou ainda como custos no periodo em referência os
seguintes:
Administrativos: (em contos)
Variaveis ……………………………1.050;
Distribuição:
Fixos …………………………………2.800;
A transformação das matérias - primas pode exigir um número maior ou menor de operações e
desenrolar-se num só centro de actividade ou distribuir – se por diversos serviços ou
departamentos fabris:
Método directo ou dos custos por ordem de produção: os custos são agrupados por
ordem de produção. Adopta-se fundamentalmente nos casos em que se fabricam vários
produtos, como é o caso das indústrias de fabricação de móveis.
Método indirecto ou dos custos por processo: procede-se a acumulação mensal, por
produtos dos custos industriais, determinando-se o custo unitário de cada produto
através do quociente daqueles custos mensais pelas quantidades produzidas neste
periodo. Este método adopta-se fundamentalmente, nos casos em que se fábrica um
único produto ou um pequeno número de produtos.
Método mistos: o custeio dos custos é feito até determinada fase por um método,
continuando nas fases seguintes com outro método.
Caracteristicas do método:
(MBA)
Exercícios
Determinada empresa que se dedica à produção de mobiliário, recebeu três encomendas para
abastecer os lares da cidade de Quelimane, sendo:
O gabinete técnico que se ocupa da concepção do produto, havia feito todos os desenhos dos
móveis e respectivas peças necessárias a fabricação.
Materiais consumidos
Lote 1 .............. 25.000,00
Lote 2 .............. 73.000,00
Lote 3 .............. 56.000,00
Os custos indirectos do processo de produção são 71.100,00. Foram gastas as seguintes horas
de produção:
Lote 1 ........... 180 hrs;
Lote 2 ........... 550 hrs;
Lote 3 ……… 450 hrs.
Vendas:
Pedidos:
Exercício (trab.4)
O grupo Madal, SARL, com sede em Quelimane, possui uma carpintaria que se situa na zona de
Coalane, que se dedica a produção de diversos mobliarios, desde cadeiras, camas, carteiras,
caixões, entre outros produtos de madeira. No mês de Setembro de 2015, recebeu duas
encomendas para execução de 10.000 carteiras escolares e 15.000 mobilias para quartos, que
foram identificadas pelas seguintes ordens de produção:
1. Materias consumidos:
Sabe-se no entanto que a carpitaria possui ao todo 3 secções por onde passam a madeira até o
produto final, com um total de 15 funcionários, segundo a folha de ponto abaixo:
4. Produção:
- Carteiras …………………………………………………………….. 9.000;
- Mobilias do quarto diverso ……………………………………... 12.000.
5. Vendas:
Tratando-se de encomendas, estas foram entregues na sua totalidade aos seguintes preços
unitários:
- Carteiras …………………………………………………………. 5.000,00;
- Mobilias do quarto diverso ……………………………………. 10.300,00.
Pedidos:
Caracteristicas do método:
Este método adopta-se nos casos em que se fabrica um único produto ou um pequeno número,
como é o caso da indústria de cerveja.
Assim o custo unitário dos produtos fabricados é caculado relativamente a produção mensal de
cada produto e não por Ordens de produção como acontece no método directo.
Podemos concluir que no metodo indirecto ou custos por processo, o foco é a “acumulação
mensal dos custos por produtos”, sendo estes frequentimente decompostos pelas principais
fases de produção. Pelo contrário no metodo directo, a principal caracteristica distintiva consiste
na acumulação dos custos por ordens de produção, podendo o periodo de cálculo de custo de
produção acabada não coincidir com o final do mês, dado que a duração da execução da ordem
pode ser diferente.
Conceito:
Secções homogéneas, são centros de custos que devem obdecer as seguintes caracteristicas:
Objectivos do método
Apuramento mais correcto dos custos de produção – o critério funcional a que obdece
uma unidade de obra para cada secção, possibilita o apuramento mais correcto dos
custos dos produtos, permitindo deste modo uma distribuição mais equitativa dos gastos
pelos produtos.
(MBA)
Exercício 1
Secção de Montagem,
Secção de Serralharia/chaparia,
Secção de Pintura,
Secção de acabamentos,
Secção de oficinas.
Gastos comuns.
Todas as secções tem por unidade de obra Hora-homem (Hh). Em Janeiro de 2016, verificou-se o
seguinte movimento:
Consumo de materiais:
A leitura dos contadores indica que os consumos em cada secção foram os seguintes e a factura revela
que o kWh custa 5$50:
A mão de obra:
Amortizações/seguros
As quotas anuais das amortizações calculadas são as seguintes:
135.000,00 e 240.000,00
Actividades
A actividade das secções e os respectivos reembolsos foram as seguintes:
Pede-se:
Produção conjunta
A produção é conjunta quando ao proceder-se a transformação de uma ou de diversas matérias-
primas, se obtem simultaneamente diversos produtos acabados.
Co-produtos;
Subprodutos;
E residuos.
Subproduto – é um produto secundário. Não é objectivo principal da produção obtê-lo, mas sim o
produto principal a que está associado.
Designam-se por resíduos – certos produtos de baixo valor: ossos no abate de gado, sobras de
chapas numa industria metalomecânica, etc.
Na produção conjunta, o custeio dos produtos apresenta dificuldades especificas que convém
analisar.
Com efeito, neste tipo de produção podemos distinguir duas fases principais na fabricação dos
produtos:
Fase da produção conjunta, que é a que se verifica até ao ponto de separação dos
produtos, ocasionando gastos que designamos de produtos conjuntos;
Critérios
Exercício de aplicação
Tarefas
1. calcule os custos industriais de cada produto obtido pelo: