O documento descreve o realismo fantástico ou realismo mágico como uma estética literária que atenua a realidade negativa por meio da incorporação de elementos fantásticos. Sua origem está na oralidade de fábulas, contos de fadas e lendas populares. Autores como Machado de Assis, Guimarães Rosa e Mia Couto são exemplos do gênero na literatura brasileira.
O documento descreve o realismo fantástico ou realismo mágico como uma estética literária que atenua a realidade negativa por meio da incorporação de elementos fantásticos. Sua origem está na oralidade de fábulas, contos de fadas e lendas populares. Autores como Machado de Assis, Guimarães Rosa e Mia Couto são exemplos do gênero na literatura brasileira.
O documento descreve o realismo fantástico ou realismo mágico como uma estética literária que atenua a realidade negativa por meio da incorporação de elementos fantásticos. Sua origem está na oralidade de fábulas, contos de fadas e lendas populares. Autores como Machado de Assis, Guimarães Rosa e Mia Couto são exemplos do gênero na literatura brasileira.
O documento descreve o realismo fantástico ou realismo mágico como uma estética literária que atenua a realidade negativa por meio da incorporação de elementos fantásticos. Sua origem está na oralidade de fábulas, contos de fadas e lendas populares. Autores como Machado de Assis, Guimarães Rosa e Mia Couto são exemplos do gênero na literatura brasileira.
Segundo alguns especialistas, realismo fantástico ou realismo mágico é uma estética literária em que uma realidade, geralmente sombria e negativa, é recriada de modo a ser atenuada por meio da incorporação e/ou da recorrência de episódios maravilhosos e fantásticos, por vezes surrealistas. Segundo alguns estudiosos, o chamado realismo fantástico teria suas origens na oralidade: nas fábulas de Esopo (século VI a. C), recontadas por La Fontaine (1621 – 16950); nos contos de fadas de Perrault (1628 – 1703); nas histórias populares ou lendas reunidas pelos irmãos Jacob Grimm (1785 – 1863) e Wilhelm Grimm (1786 – 1859) etc. – histórias em que os bichos falam e alguns objetos também apresentam comportamentos humanos -, assim como nas histórias contadas por Sherazade, em As mil e uma noites, que surgiram da tradição oral de países de língua árabe a partir do século IX e foram lançadas no Ocidente em 1704. Na novela de Dom Quixote de la Mancha (1605), escrita por Miguel de Cervantes (1547 – 1616), o famoso e inusitado “cavaleiro andante” já lutava contra moinhos de vento que ele imagina serem gigantes ameaçadores. Podemos citar também o escritor Lewis Carroll, com Alice no País das Maravilhas (1865), e Franz Kafka, escritor tcheco que, em A metamorfose (1915), transforma sua personagem principal, o caixeiro-viajante Gregor Samsa, em um “inseto horrível”. No século XIX, o escritor brasileiro Machado de Assis antecipou o gênero que mais tarde viria a ser chamado de realismo mágico quando criou o narrador de Memórias póstumas de Brás Cubas (1880), um “defunto-autor” que volta para contar ou escrever sua autobiografia. No século XX, alguns autores hispanos-americanos da América Latina, como Jorge Luís Borges, Julio Cortázar, Gabriel Gárcía Marquez, Manuel Scorza, Manuel Puig, Cabrera Infante, Antônio Skármeta, entre outros, também se destacaram usando elementos mágicos ou fantásticos em suas narrativas. A partir segunda metade de século XX, o realismo mágico voltou a ser cultivado no Brasil, assim como em outros países de língua portuguesa. Em várias de suas peças e telenovelas, como O bem-amado e Saramandaia, por exemplo, o dramaturgo brasileiro Dias Gomes faz uso de elementos absurdos ou extrarreais, como: uma cidade em que ninguém morre (na qual, por causa disso, Odorico Paraguassu não consegue inaugurar o seu cemitério); uma personagem que explode (Dona Redonda) em consequência da sua obesidade; homens que alçam voo ou se transformam em lobisomens nas noites de lua cheia etc. Também Guimarães Rosa inclui elementos extraordinários ou fora do comum em seus enredos, como em inclui elementos extraordinários ou fora do comum em seus enredos, como em Grande sertão: veredas (1956) e alguns de seus contos. Nesse período, destacam-se, como autores do realismo fantástico brasileiro, Murilo Rubião, José J. Veiga e Victor Giudice. Em outros países lusófonos, podemos citar Mia Couto (em Moçambique) e José Saramago (em Portugal). Todos eles narram histórias marcadas por elementos fantásticos (misteriosos, absurdos, incomuns, extraordinários) e muitas vezes simbólicos, metafóricos, com o objetivo de, extrapolando realidade, retratar os conflitos humanos. Murilo Rubião, por exemplo, costumava dizer que, “assim como a realidade e a fantasia, que não têm fim, também um conto nunca se acaba”.
Fonte: SETTE, Graça. Português: trilhas e tramas, vol. 1. 2 ed. São Paulo: Leya, 2016. p. 139 -140.
Vamos recapitular que aprendemos com a leitura do texto?
2. A partir da leitura do texto, explique o que é realismo fantástico ou realismo mágico ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ 3. De acordo com o texto, qual é a provável origem do realismo fantástico ou realismo mágico. ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ 4. Que elementos fantásticos as narrativas que deram origem ao realismo mágico apresentam? _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ 5. Cite o elemento mágico presente nestas obras literárias a) Dom Quixote de La Mancha ______________________________________________________________________________________________ b) Alice no País das Maravilhas. ______________________________________________________________________________________________
c) Memórias póstumas de Brás Cubas.
______________________________________________________________________________________________ 6. Cite representantes do realismo mágico no Brasil. ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________