Períodos Literários
Períodos Literários
Períodos Literários
ARCADISMO (SÉC.XVIII)
Em oposição aos exageros do Barroco, surge o Arcadismo que propunha
uma literatura mais simples. Arcadismo deriva de Arcadia. Arcadia: região grega onde,
segundo a mitologia, viviam os poetas e pastores.
O marco inicial do Arcadismo no Brasil foi a publicação de “Obras” de Cláudio
Manuel da Costa em 1768.
“Na obra desses poetas podemos reconhecer a presença não só de alguns elementos
típicos da natureza brasileira como também certa tendência para a confissão de tramas
sentimentais e amorosas, antecipando assim o estilo romântico que surgiria plenamente no
século seguinte” (Douglas Tufano).
CARACTERÍSTICAS GERAIS
-Exaltação dos sentimentos pessoais; reformas sociais;
-Expressa os estados da alma; -Valorização da natureza;
-Exaltação da liberdade, igualdade e -Sentimento nacionalista
TENDÊNCIAS DA POESIA ROMÂNTICA
CARACTERÍSTICAS DO REALISMO
- Oposição ao idealismo romântico. Não há envolvimento sentimental
- Representação mais fiel da realidade
- Romance como meio de combate e crítica às instituições sociais decadentes, como o
casamento, por exemplo
- Análise dos valores burgueses com visão crítica denunciando a hipocrisia e corrupção da
classe
- Influência dos métodos experimentais
- Narrativa minuciosa (com muitos detalhes)
- Personagens analisadas psicologicamente
AUTORES PRINCIPAIS
Machado de Assis
É considerado o maior escritor do século XIX, escreveu romances e contos, mas
também aventurou-se pelo mundo da poesia, teatro, crônica e critica literária.
Nasceu no Rio de Janeiro em 1839 e morreu em 1908. Foi tipógrafo e revisor tornando-se
colaborador da imprensa da época.
Sua infância foi muito pobre e a sua ascensão artística se deve a muito trabalho e
dedicação. Sua esposa, Carolina Xavier, o incentivou muito na carreira literária, tanto que
foi o primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras.
Como romancista escreveu: ”A mão e a luva”, “Ressurreição”, ”Helena” e “Iaiá
Garcia”.
Embora sejam romances, essas obras também revelam algumas características que
futuramente marcarão a fase realista e madura do autor, como a análise psicológica dos
personagens, o humor, monólogos interiores e cortes na narrativa (uma das suas principais
características).
“Memórias Póstumas da Brás Cubas” (considerado o divisor de águas na obra
machadiana) “Quincas Borba”, “Dom Casmurro”, “Esaú e Jacó” e “Memorial de Aires”,
revelam o interesse cada vez maior do autor de aprofundar a análise do comportamento do
homem, revelando algumas características próprias do ser-humano como a inveja, a luxúria,
o egoísmo e a vaidade, todas encobertas por uma aparência boa e honesta.
Como contista Machado escreveu: ”A Cartomante”,”O Alienista”,”O Enfermeiro”,”O
Espelho” dentre outros. Como cronista escreveu, entre 1892 e 1897, para a Gazeta de
Notícias, sob o título “A Semana”.
Embora suas peças teatrais não tenham o mesmo nível que seus contos e romances,
ele nos deixou “Quase ministro” e “Os deuses da casaca”.
Como crítico literário, além de vários prefácios e ensaios destacam-se 3 estudos:
”Instinto de nacionalidade”,”A nova geração” e “O primo Basílio” (a respeito do romance
de mesmo nome de Eça de Queirós).
Outros Autores
Raul Pompéia: “O Ateneu”
Aluísio Azevedo: “O cortiço”,”O Mulato”, “Casa de pensão”
Inglês de Souza: “O missionário”
Adolfo Caminha: “A normalista”, “Bom-Crioulo”
Domingos Olímpio: ”Luzia-Homem”
Nas últimas décadas do século XIX, a literatura brasileira abandonou o
sentimentalismo dos românticos e percorreu novos caminhos. Na prosa, surgiu
o Realismo/Naturalismo e na poesia, o Parnasianismo e Simbolismo.
Os poetas parnasianos achavam que alguns princípios adotados pelos românticos
(linguagem simples, emprego da sintaxe e vocabulário brasileiros, sentimentalismo, etc)
esconderam as verdadeiras qualidades da poesia. Então, propuseram uma literatura mais
objetiva, com um vocabulário elaborado (às vezes, incompreensível por ser tão culto),
racionalista e voltada para temas universais.
A inspiração nos modelos clássicos, ajudaria a combater as emoções e fantasias
exageradas dos românticos, garantindo o equilíbrio que desejavam.
Desde a década de 1870, as idéias parnasianas já estavam sendo divulgadas. No
final dessa década, o jornal carioca “Diário do Rio de Janeiro” publicou uma polêmica em
versos que ficou conhecida como “Batalha do Parnaso”. De um lado, os adeptos
do Realismo e Parnasianismo, e, de outro os seguidores do Romantismo.
Como consequência, as ideias parnasianas e realistas foram amplamente divulgadas
nos meios artísticos e intelectuais do país.
O marco inicial do Parnasianismo brasileiro foi em 1882 com a publicação de
“Fanfarras” de Teófilo Dias.