A Importância Da Marcha Como Técnica de Deslocamento
A Importância Da Marcha Como Técnica de Deslocamento
A Importância Da Marcha Como Técnica de Deslocamento
I
Dedicatória
II
Agradecimentos
O presente trabalho de investigação permitiu que tivesse uma visão mais alargada
acerca da prontidão física das forças operacionais portuguesas.
Assim, devo agradecer ao Regimento de Infantaria 14, Centro de Tropas Comando
e ao 1º Batalhão de Infantaria Mecanizado pela disponibilização de homens para a
realização dos inquéritos e cedência de informação.
Ao meu orientador, Major de Infantaria José Custódio Reis Lopes Marques, pelo
conhecimento transmitido e contributo nas linhas orientadoras para a concretização deste
trabalho.
III
Resumo
Desde sempre a atividade física, a par da moral cívica e militar é vista como um dos
pilares essenciais para a formação dos militares. A sua prática oferece um conjunto de
benefícios: o desenvolvimento da saúde física e mental; redução do risco de aparecimento
de algumas doenças; a conservação do bem-estar e uma boa condição física que estimula o
desenvolvimento de qualidades sociais, psicológicas, técnicas e táticas, todas estas
imprescindíveis para que um soldado desempenhe da melhor forma as funções que lhe são
atribuídas.
O interesse pelo tema em questão surgiu após a leitura e visualização de
documentários onde se observava que em certas missões as forças quando tinham que
executar um deslocamento a pé sentiam algumas dificuldades, alguns homens chegavam ao
objetivo sem se encontrar em condições para combater. Com a sua presença da
comunicação social não poderão surgir qualquer tipo de erros, nem se observar falta de
preparação dos homens, uma vez que essas imagens percorreram todo o mundo, por vezes
em direto. Necessidade de se encontrarem física e psicologicamente preparados para
enfrentar todas as adversidades que lhes apareçam pela frente, e aguentar a pressão
exercida pelos media e pelo mundo civil.
O estudo deste trabalho de investigação tem como objetivo verificar se existe planos
de treino para as Marchas, caso existam, serão estudadas para analisar possíveis
potencialidades e vulnerabilidades, sugerindo os aspetos que devem ser sujeitos a
alteração, de modo a aumentar a qualidade do treino a instruir, promovendo a maximização
das competências dos militares. Por último, pretende-se analisar de que forma a condição
física afeta psicologicamente os indivíduos, e que consequência trará aos militares no
desempenho das suas funções.
Esta investigação encontra-se dividida em duas partes. A parte teórica, composta
pela revisão de literatura, que possui dois capítulos. Apresenta de forma sistematizada e
objetiva vários temas e conceitos que os objetivos em causa englobam. O primeiro capítulo
aborda uma evolução de conceitos, partindo do geral para o particular. Apresenta noções
que vão desde a definição de Atividade Física, aos tipos, características e importância das
marchas, finalizando na descrição de um conjunto de fatores preponderantes para a
execução destas atividades. O segundo capítulo é uma vertente mais voltada para a
IV
psicologia e descreve a importância do comandante para a gestão emocional dos seus
homens. Na parte prática foi formulado um inquérito, por forma a permitir o levantamento
de dados relativos ao treino das marchas, e a subsequente análise dos mesmos, com vista à
posterior apresentação das devidas conclusões.
Após toda a informação recolhida nos inquéritos, e com base nas experiências dos
militares conclui-se que os soldados cumprem de forma satisfatória as missões que lhes são
incumbidas, mas mesmo assim seria necessário mais tempo de treino para se atingir um
nível ideal. Pode-se acrescentar ainda que para os militares a presença do seu comandante
durante os treinos, por diversos fatores, é muito importante.
V
Asbtract
All time physical activity, along with the moral and civic military is seen as one of
the pillars for the training of military personnel. His practice offers a range of benefits: the
development of physical and mental health, reducing the risk of emergence of some
diseases; conservation welfare and good physical condition that encourages the
development of social qualities, psychological, technical and tactical , all these
indispensable for a soldier to perform optimally the functions assigned to it.
Interest in the subject in question arose after reading and viewing documentaries
where they observed that in certain missions forces when they had to perform an offset
foot felt some difficulties, some men came to the goal without being in a position to fight.
With the presence of the media can not arise any errors or failure to observe preparation of
men, since these images traveled around the world sometimes in direct. Need to meet
physically and psychologically prepared to face all adversities they appear ahead, and take
the pressure exerted by the media and the civilian world.
The study of this research aims to determine whether there workout plans for
marches, if any, will be studied to analyze potential vulnerabilities and potentials,
suggesting the aspects that should be subject to change in order to increase the quality of
the training instructing, encouraging the maximization of military skills. Finally, we intend
to examine how the condition affects individuals psychologically, and that the military will
result in the performance of their duties.
This investigation is divided into two parts. The theoretical part consists of the
literature review, which has two chapters. Presents a systematic and objective of various
themes and concepts that encompass the goals in question. The first chapter discusses an
evolution of concepts, from the general to the particular. Presents ideas ranging from the
definition of physical activity, types, characteristics and importance of marches, ending the
description of a set of factors in implementing these activities. The second chapter is a
section over toward psychology and describes the importance of the commander for the
emotional management of their men. In the practical part was formulated an investigation,
to enable the collection of data relating to the training of the marches, and the subsequent
analysis of the same, with a view to subsequent presentation of appropriate conclusions.
After all information collected in surveys, and based on the experiences of the
military concluded that the soldiers satisfactorily fulfill the missions entrusted to them, but
VI
even then it would take more training time to achieve an optimal level. You can add that to
the military presence of their commander during practice by many factors, it is very
important.
VII
Índice Geral
Dedicatória………………………………………………………………………………….II
Agradecimentos …………………………………………………………………………...III
Resumo…………………………………………………………………………………… IV
Abstract…… ……………………………………………………………………………..VI
Índice de Figuras………………………………………………………………….……......X
Índice de Gráficos…………………………………………………………………………XI
Índice de Apêndices e Anexos………………………..……….………………….………XII
Lista de Siglas e Abreviaturas…………………………………….………………....…..XIII
Capítulo 1 – Introdução 1
1.1.Enquadramento e Justificação do Tema 1
1.2. Objetivos 2
1.3.Hipóteses do Trabalho 3
1.4. Metodologia 3
1.5. Enunciado da Estrutura do Trabalho 4
VIII
2.3.2.6. Equilíbrio 12
2.4. Educação Física Militar 12
2.4.1. Marcha 14
2.5. Carga, Resistência e Fadiga 16
2.5.1. Carga 16
2.5.2.Resistência 17
2.5.3. Fadiga 18
2.5.3.1.Divisões da Fadiga Aguda 20
Capítulo 6 – Conclusões 40
6.1. Introdução 40
6.2.Verificação das Hipóteses e resposta às Questões Derivadas 40
6.3. Resposta á Questão Central 43
6.4. Recomendações 44
6.5. Limitações da Investigação 44
Bibliografia 46
IX
Índice de Figuras
X
Índice de Gráficos
Gráfico 4.5: Proporção de Militares que concordam que o tempo despendido no treino
Gráfico 4.6: Proporção de Homens que afirmam que a Condição Física atingida no fim
do treino é o Ideal 33
Gráfico 4.10: Proporção de Militares a concordar que existe relação entre Condição
Física e Bem-Estar 35
durante os Treinos 36
Gráfico 4.13: Proporção de militares que concordam que é possível conciliar o gosto e a
motivação com a realização de atividades físicas exigentes 37
Gráfico 4.15: Proporção de militares que dizem que o método de treino é o adequado para
o tipo de missões realizadas 38
AF Atividade Física
CMDT Comandante
EF Educação Física
H Hipóteses
RI 14 Regimento de Infantaria 14
Capítulo 1
Introdução
Assim sendo, e não descurando outros aspetos relevantes, o treino físico militar
exige muita qualidade e cuidado, para que o combatente se encontre física e
psicologicamente preparado para desempenhar as suas funções.
Desta forma a Educação Física Militar (EFM), entendida como “o conjunto das
actividades físicas e desportivas praticadas no seio do Exército, se constitui num elemento
chave da formação global militar e, em última instância, no valor operacional de qualquer
Unidade” (Regulamento de Educação Física do Exército, 2002, Capítulo1, p.1).
1.2.Objetivos
1.4. Metodologia
um inquérito1, para servir de ferramenta de recolha e pesquisa de dados. Para que o mesmo
se considere um instrumento fidedigno foi validado por Peritos Académicos em
Metodologia Científica. Na terceira fase o questionário foi aplicado em várias Unidades
Militares. De cada Brigada foi selecionada uma Unidade, nomeadamente Centro de Tropas
Comando (CTC), Regimento de Infantaria 14 (RI 14) e 1º Batalhão de Infantaria
Mecanizado (1BIMec), onde responderam 30 militares, 20 Praças e 10 Sargentos. Na
quarta e última fase do trabalho de investigação os dados obtidos com o inquérito foram
recolhidos e analisados. Estes, juntamente com a revisão da literatura e com o plano de
treinos de algumas das forças operacionais, responderão à questão central deste trabalho de
investigação aplicada.
Um fator que de certa forma limitou a realização deste trabalho foi o tempo,
nomeadamente na realização dos inquéritos, uma vez que tiveram de ser conjugados
fatores como transporte, hora, localização e disponibilidade das Unidades.
1
Ver Apêndice A
Asp Al Inf Folhas 4
A importância da Marcha como técnica de deslocação no Desempenho Operacional das 2012
Unidades de Infantaria
Parte Teórica
Capítulo 2
Atividade Física nas Instituições Militares
2.1. Introdução
Ao longo dos tempos tem-se dado uma crescente importância à AF, devido às
constantes investigações em relação à Educação Física (EF) e Anatomia Humana. Ambas
têm chegado a um consenso de que a execução diária desta atividade é a melhor e mais
fácil forma de um indivíduo se manter saudável.
Tendo consciência da crescente sedentarização 2 na sociedade mais desenvolvida,
existe grande necessidade de criar hábitos da prática de desporto em todas as idades. A
oferta de oportunidades para a sua prática, no contexto das cidades, escolas ou locais de
trabalho, deverá ser valorizada como estratégia de prevenção das principais doenças de
evolução prolongada não transmissíveis e de promoção de saúde.
Se o resultado da associação da AF com o nível físico do indivíduo for positivo irá
trazer benefícios para o mesmo, quer a nível mental, quer a nível sócio afetivo, sendo estes
resultados visíveis tanto ao nível da pessoa, como na relação com os outros que o rodeiam
(Romão e Pais, 1999 a).
2
Sedentário é quem está quase sempre sentado., quem sai pouco, fica geralmente em casa ou é inativo
(Dicionário Priberam da língua Portuguesa, dicionário on-line de http://www.priberam.pt/).
Hoje em dia é reconhecida a importância de uma prática regular de AF, pelos seus
efeitos benéficos na saúde em geral, nomeadamente:
- redução do risco de doenças cardiovasculares3;
- redução da diabetes4;
- redução de alguns tipos de cancro5;
- melhoria da postura;
- melhoria da aptidão para atividades físicas diárias;
- capacidade para lidar com situações de stress.
Por outro lado, as pessoas com uma elevada auto-estima e um bom sentido crítico
estão mais bem preparadas para resistir às pressões exteriores e decidir de forma autónoma,
portanto, detêm uma maior capacidade para se responsabilizarem pela sua própria saúde e
para lutarem por melhores condições (Romão e Pais, 1999, p.48).
Atendendo a Romão e Pais (1999), é no seio da família que um jovem inicia e
reforça a aprendizagem dos conhecimentos, crenças, atitudes e comportamentos
relacionados com a promoção, manutenção e recuperação de uma boa saúde.
Para o termo atividade física é possível encontrar vastas obras com diversas
definições. Na apresentada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) (2012), entende-se
como “qualquer movimento corporal produzido pelo sistema músculo-esquelético que
implica dispêndio de energia”.
De acordo com Aires (2009 como citado em CARVALHO.C. (2011). p.5), a AF
abrange três vertentes: a voluntária (engloba a prática planeada e estruturada com uma
determinada duração e realizada para promover um ou mais atributos da aptidão física6); a
quotidiana (inclui o andar, as tarefas domésticas e ocupacionais) e a actividade espontânea
3
Cardiovasculares ou do Sistema Circulatório é o responsável por manter uma corrente constante de sangue
pelo corpo, fornecendo nutrientes e oxigénio a todas as células vivas e remove os produtos residuais (Burnie,
1996, p.90).
4
Diabetes é a incapacidade do corpo produzir quantidade suficiente de insulina (hormona que reduz o nível
de açúcar no sangue) (Burnie, 1996, p.80).
5
Cancro é uma doença que é provocada pela divisão descontrolada de células (Burnie, 1996, p.31).
6
A aptidão física é a capacidade de realizar as atividades quotidianas com serenidade e menor esforço
(Ribeiro, 2009).
Asp Al Inf Folhas 7
A importância da Marcha como técnica de deslocação no Desempenho Operacional das 2012
Unidades de Infantaria
2.3.Aptidão Física
7
Todo o tipo de doenças é causada pela falta de movimento no corpo ou de uma maneira mais simples pela
falta de exercícios físicos. As pessoas que sofrem de doenças hipocinéticas podem correr riscos de vida se
fizerem um esforço além do normal. As doenças conhecidas como Hipocinéticas são, Cardiopatias,
Hipertensão Arterial, Diabetes e Osteoporose. Entende-se por cardiopatias qualquer doença que afete o bom
funcionamento do coração. Hipertensão é quando a pressão do sangue no sistema circulatório é
anormalmente elevada. Diabetes existe quando o corpo é incapaz de produzir quantidade suficiente da
hormona insulina. Osteoporose verifica-se quando existem alterações nos níveis de hormonas, no decorrer da
vida, podem tornar o esqueleto mais leve ou mais fraco, e por isso os ossos podem quebrar-se mais
facilmente (BURNIE, 1996,pp.35,89,146).
8
Fenótipo é a característica física ou o comportamento visível de um organismo ou de um ser humano, como
por exemplo, a cor dos olhos, estatura ou o tom da pele (BURNIE, 1996, p.132).
Asp Al Inf Folhas 8
A importância da Marcha como técnica de deslocação no Desempenho Operacional das 2012
Unidades de Infantaria
Figura nº1 – Modelo esquemático da relação entre atividade física, aptidão física e saúde
2.3.1.2. Resistência
Existem dois tipos de resistência que são necessários para satisfazer as exigências
físicas, a aeróbica e a anaeróbica.
2.3.1.2.1. Aeróbia
2.3.1.2.2. Anaeróbia
2.3.1.3. Mobilidade
9
Consultar Anexo A
10
Consultar Anexo A
Asp Al Inf Folhas 10
A importância da Marcha como técnica de deslocação no Desempenho Operacional das 2012
Unidades de Infantaria
2.3.2.1. Progressão
2.3.2.2. Regularidade
Para obter um efeito desejado, o indivíduo deve realizar sessões de treino físico
pelo menos entre três a cinco vezes por semana.
2.3.2.3. Sobrecarga
2.3.2.4. Variedade
2.3.2.5. Recuperação
Tempo que o organismo necessita para recuperar do esforço realizado e que permite
iniciar o treino seguinte em condições ótimas. Em treinos com intensidade baixa, o tempo
de recuperação deve ser curto. Em treinos de alta intensidade o tempo de recuperação deve
ser longo.
2.3.2.6. Equilíbrio
homem e que, concorrendo para o fortalecimento do seu moral, os tornam mais aptos para
o desempenho das missões que lhes possam vir a ser confiadas.
A finalidade da EFM é preparar os soldados, as equipas e as unidades para a
execução do trabalho. São as próprias finalidades e soldados que devem direcionar o
treinador para a preparação, realização e avaliação do treino, de acordo com a missão que
vai realizar. Esta é uma tarefa bastante exigente para o instrutor devido ao facto dos
elementos do grupo que lhe é confiado apresentarem, para além das naturais e óbvias
diferenças resultantes do seu dimorfismo sexual, comportamentos distintos, fruto da
cultura que assimilaram na Sociedade donde provêm, e que mais não são do que a
exteriorização das suas personalidades. Assim sendo, o Instrutor tem de estar sensibilizado
para o facto de os Instruendos, face a uma mesma situação que lhes é colocada, poderem
reagir de forma diferenciada (REFE, 2002).
A EFM tem quatro grandes objetivos, tal como vem explícito no REFE (2002,
Capítulo 1, pp.2-3), sendo estes:
“• Conferir aos militares a aptidão física necessária para o cumprimento das
diversas missões que lhes podem ser atribuídas;
• Contribuir para o desenvolvimento do espírito de equipa e do valor moral dos
militares;
• Promover a valorização contínua da cultura física dos militares e a formação dos
seus Quadros;
• Promover e incentivar a ocupação dos tempos livres através da prática de
atividades físicas, designadamente do desporto de recreação e de competição, como
forma de aperfeiçoamento da aptidão física.”
A EFM engloba um vasto role de atividades que são utilizadas de forma a atingir os
objetivos referidos anteriormente, como por exemplo, o Treino Físico de Aplicação
Militar, que consiste no “… conjunto de atividades visando a aquisição, o desenvolvimento
e a manutenção de determinados gesto, técnicas e capacidades psicomotoras preparatórias
para o combate; ” (REFE, 2002, Capítulo 1, p. 3), como por exemplo, Ginástica de
Aplicação Militar (GAM), Combate Corpo-a-Corpo, Marcha e Corrida (MARCOR),
Marcha Forçada (MARFOR), Pistas e Percursos de Aplicação Militar (PAM).
2.4.1. Marcha
11
Sistema nervoso consiste numa rede de neurónios que se estende por todo o corpo. Este controla e
coordena as atividades de todo o corpo (Burnie, 1996, p.60). Entende-se por neurónios as células nervosas
individuais, que têm como função transmitir os sinais elétricos (Burnie, 1996, p.58).
12
Ver em Anexo C
Asp Al Inf Folhas 14
A importância da Marcha como técnica de deslocação no Desempenho Operacional das 2012
Unidades de Infantaria
13
Cidade francesa situada no centro do país (Atlas Geográfico, 2004).
14
Cidade francesa situada no centro do país situada a Noroeste de Blois (Atlas Geográfico, 2004).
Asp Al Inf Folhas 15
A importância da Marcha como técnica de deslocação no Desempenho Operacional das 2012
Unidades de Infantaria
Este tipo de marcha é utilizada quando é estritamente necessário deslocar uma força
de um ponto para outro, no mais curto espaço de tempo possível, garantindo que a mesma,
chegada ao objetivo, se encontre em condições físicas e psíquicas que lhe permita cumprir
de maneira satisfatória a missão que lhe tenha sido atribuída.
2.5.1. Carga
15
Estímulo é aquilo que incentiva, que estimula, é algo que quando aplicado desencadeia uma reação, um
comportamento (Abrunhosa e Leitão, 2004).
Asp Al Inf Folhas 16
A importância da Marcha como técnica de deslocação no Desempenho Operacional das 2012
Unidades de Infantaria
2.5.2.Resistência
16
Metabolismo é caraterizado por todos os processos químico que têm lugar no organismo. Mesmo quando
estamos a dormir o corpo está constantemente a realizar inúmeras reações químicas diferentes, algumas
destas têm a finalidade de decompor as substâncias que ingerimos, libertando a energia que nos mantém
vivos (Burnie, 1996, p.102).
17
Consultar Anexo B
Asp Al Inf Folhas 17
A importância da Marcha como técnica de deslocação no Desempenho Operacional das 2012
Unidades de Infantaria
2.5.3. Fadiga
Para este tipo de desportos é essencial que a resistência do indivíduo esteja bem
desenvolvida, de forma a conseguir dosear o seu esforço. Deste modo, a melhoria desta
capacidade deve ser complementada com o treino de força para melhorar a sua impulsão
por ciclo e conseguir suportar o gasto energético; se tal não se verificar, o grau de impulsão
vai diminuindo e a técnica de execução vai piorar ao longo do ciclo, verificando-se um
estado de fadiga presente no indivíduo. Um atleta neste estado tem tendência a cometer
falhas técnicas, a adotar posturas incorretas e a ter dificuldade de relaxamento. Durante
qualquer atividade, na presença de fadiga é frequente o aparecimento de erros na execução
das mais variadas tarefas motoras (Romão e Pais, 1996 a).
Segundo Cação (s.d.) existem dois tipos de fadiga, a Aguda e a Crónica. Fadiga
Aguda surge após o esforço e desaparece com o repouso. Por outro lado, a Fadiga Crónica
instala-se nos indivíduos quando existe um desajuste do volume de trabalho e repouso, por
excesso de treino ou de competição e o seu início é na maioria das vezes traiçoeiro.
LOCAL
GERAL
SENSORIAL
FADIGA
ARTICULAR
FADIGA CRÓNICA
SOCIAL
AMBIENTAL
18
Glicogénio é um polissacárido que o corpo utiliza para armazenar energia (Burnie, 1996, p.22). Entende-se
por polissacárido, uma longa cadeia de dezenas ou centenas de hidratos de carbono (Burnie, 1996, p.22).
19
Hipoglicémia é a diminuição da proporção de açúcar contido no sangue (Dicionário Priberam da língua
Portuguesa, dicionário on-line de http://www.priberam.pt/ ).
Asp Al Inf Folhas 20
A importância da Marcha como técnica de deslocação no Desempenho Operacional das 2012
Unidades de Infantaria
Capítulo 3
Psicologia como fator influenciador
Definir o conceito de psicologia militar não é tarefa fácil e mais complicado ainda é
tentar perceber os resultados e consequências da sua aplicação prática. Porém, é relevante
no presente trabalho referir um dos possíveis entendimentos deste conceito, uma vez que
os seus efeitos estão à vista de todos, sendo os psicólogos cada vez mais requisitados.
Começando pela definição de Psicologia, a mesma é entendida como “o ramo da ciência
que estuda os fenómenos da mente, na sua origem, desenvolvimento e manifestações”
(Abrunhosa e Leitão, 2004, p.11).
3.2. Objetivos
3.3.Motivação
20
Motivação é o conjunto de forças que sustentam, regulam e orientam as ações de um organismo para
determinados fins (Abrunhosa e Leitão, 2004 b, p.128).
21
Palavra muito utilizada no contexto da psicologia e da psiquiatria significando que algo (uma pessoa, um
acontecimento, um contexto, etc.) induz ansiedade (Dicionário Priberam da língua Portuguesa, dicionário
on-line de http://www.priberam.pt/ ).
Asp Al Inf Folhas 22
A importância da Marcha como técnica de deslocação no Desempenho Operacional das 2012
Unidades de Infantaria
Quando um indivíduo tem como objetivo afirmar-se perante o grupo, ser tido em
consideração ou estima pelos companheiros, construindo e ampliando o seu estatuto social,
estamos perante a necessidade de prestígio (Abrunhosa e Leitão, 2004 b).
Sempre que uma pessoa sabe que está a ser avaliada e que a sua prestação pode ter
consequências favoráveis (sucesso ou êxito) ou desfavoráveis (insucesso ou fracasso), cria
uma necessidade que a leva a empenhar-se em tarefas difíceis, com vista a seguir objetivos
que considera um desafio. Quando isto se verifica, estamos perante a motivação para o
sucesso. O desejo de sucesso tem como contraponto outra motivação, que é o medo de
fracassar. Daí que pessoas com alta motivação para o sucesso sejam realistas, sendo
moderadas na escolha das metas que pretendem atingir. Por outro lado, os indivíduos que
têm medo de fracassar escolhem, por norma, tarefas ou muito fáceis ou muito difíceis. As
fáceis dão-lhes garantias de atingir o seu objetivo e as difíceis não promovem estados de
ansiedade, por não haver razão para ficarem com vergonha de fracassar em atividades que
apenas poucos conseguem realizar (Abrunhosa e Leitão, 2004 b).
Ainda para os mesmos autores, uma pessoa que está motivada para o sucesso
apresenta características fundamentais como o gosto em assumir riscos, a confiança na
capacidade de ser bem sucedida, o empenho nas ações voltadas para o êxito pessoal, o
desejo de liberdade, a responsabilidade individual e a vontade de atingir padrões de
excelência.
Capítulo 4
Trabalho de Campo
4.1. Introdução
Neste capítulo é apresentado todo o trabalho de campo que foi realizado no âmbito
desta investigação. Inicialmente é apresentado o método de abordagem ao problema, de
seguida são explicadas as técnicas e procedimentos utilizados na obtenção dos dados e, por
fim, é exposta a amostragem utilizada para a aplicação dos inquéritos.
O presente capítulo tem como objetivo confirmar ou contrariar as hipóteses
anteriormente formuladas e auxiliar na resposta às questões central e derivadas.
Mas, “Para que um conhecimento possa ser considerado científico, torna-se
necessário identificar as operações mentais e técnicas que possibilitam a sua verificação.
Ou, em outras palavras, determinar o método que possibilitou chegar a esse conhecimento”
(Gil, 1999, p.26), daí a necessidade de recorrer à ciência, para chegar à veracidade dos
factos. Mas, na verdade, o que torna o conhecimento científico distinto dos outros é o facto
de ter como caraterística fundamental a sua verificabilidade.
Pode-se definir método como o caminho para se chegar a um determinado fim. E
método científico como o conjunto de procedimentos intelectuais e técnicos adotados para
se atingir o conhecimento.
No passado apenas existia um método universal que era aplicável a todos os ramos
do conhecimento. Hoje em dia são utilizados diversos métodos, sendo estes determinados
pelo tipo de objeto que se pretende investigar, pelos recursos materiais disponíveis e pelo
nível de abrangência do estudo (Gil, 1999).
Todo o trabalho de investigação exige que seja feita inicialmente uma ampla e
profunda pesquisa bibliográfica, nomeadamente em livro, revistas da especialidade,
conversas com especialistas na área e leitura de relatórios. Para tal, foram efetuadas
pesquisas de informação na biblioteca da Academia Militar (Sede e Amadora), na
biblioteca do Exército, na biblioteca de Ciências do Desporto e Educação Física de
Coimbra e na biblioteca de Motricidade Humana de Lisboa.
Após esta primeira fase, toda a informação obtida foi analisada e tratada, de modo a
responder aos objetivos delineados para o trabalho.
O estudo aqui realizado utiliza o método de investigação científico dedutivo, uma
vez que parte do geral e desenvolve-se até ao particular.
Numa fase posterior, tendo por base a revisão da literatura efetuada, as questões
central e derivadas e as hipóteses formuladas, foi elaborado um questionário, como
ferramenta de recolha e pesquisa de dados.
Após recolha de todos os dados e informação, estes foram tratados através de meios
informáticos, para posterior análise e apresentação de conclusões.
4.4. Amostragem
22
Amostra é um subconjunto dos indivíduos pertencentes a uma população. A informação recolhida para a
amostra é depois generalizada a toda a população (Sarmento, 2008, p.24).
Asp Al Inf Folhas 27
A importância da Marcha como técnica de deslocação no Desempenho Operacional das 2012
Unidades de Infantaria
Capítulo 5
Apresentação e discussão de Resultados
Neste capítulo vai ser efetuada uma análise e discussão dos resultados recolhidos
através do inquérito realizado em três Unidades.
Os gráficos apresentados ao longo deste capítulo facilitam a análise geral dos
resultados percecionados pelos militares, que atualmente fazem parte do conjunto de forças
operacionais que constituem o Exército Português.
30 30
CTC
RI 14
1BIMen
30
4
3 3 3 3 Sarg(CTC)
3 Sarg (RI 14)
2 2 2
2 Sarg (1BIMec)
1 1 111 1 1
1
0
19-22 23-26 27-30 31-34 35-38 39-42 43-46
14 13
Amostra das Idades dos Praças
12 11
10 9 9
8 7 Praças (CTC)
100% 93%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
7%
10%
0%
O Método de Treino é o mais Adequado?
Sim Não
23
Ver Anexo D
Asp Al Inf Folhas 31
A importância da Marcha como técnica de deslocação no Desempenho Operacional das 2012
Unidades de Infantaria
80% 70%
70%
60%
50%
40% 30%
30%
20%
10%
0%
Tempo de Treino é suficiente?
Sim Não
Gráfico 4.5: Proporção de Militares que concordam que o tempo despendido no treino é o suficiente para uma boa
condição física.
Para a questão nº3, “Será que o nível de condição física atingido no final de cada
sessão de treino é o ideal para a execução de qualquer tipo de missão atribuída?”, 58
militares (64%) consideram que o nível físico atingido é o suficiente, ao contrário dos 32
homens (36%) dizem que a condição atingida no final de cada sessão de treino não é a
ideal. Quando questionados do porquê, estes justificam a sua resposta afirmando que isso
se deve à inadequação do método e tempo de treino. O treino deveria ser realizado de uma
forma progressiva, começar com curtos períodos e sem carga, e ir aumentando o tempo e o
peso ao longo das sessões, isto alternado com corrida contínua de sapatilhas e corrida de
botas. O treino tem de ser bem planeado, por forma a que este seja equilibrado garantindo
que todos os componentes da aptidão física (força, resistência e mobilidade) estejam
corretamente interligados. Isto para que o indivíduo se possa desenvolver na sua totalidade,
não sendo excelente na execução de uma atividade, mas sim, que seja capaz de realizar
qualquer tipo de ação que lhe seja solicitada.
70% 64%
60%
50%
40% 36%
30%
20%
10%
0%
Nível de Condição Física no fim do treino é Ideal?
Sim Não
Gráfico 4.6: Proporção de Homens que afirmam que a Condição Física atingida no fim do treino é o Ideal
50%
40%
30% 25%
20%
10%
1% 0,80%
0%
1
Na questão nº7, “Acha que uma boa condição física é importante para que um
indivíduo se sinta psicologicamente bem consigo próprio, contribuindo desta forma
de uma maneira positiva para a execução de qualquer tipo de marcha?”, 89 militares
(99%) dizem que estar com uma boa condição física é muito importante para todo o
militar, acrescentando que um indivíduo estando psicologicamente bem consigo próprio
consegue desempenhar melhor as suas funções e auxiliar os camaradas a cumprir também
as suas. Apenas 1 homem (0,1%) diz que a condição física não é importante para que o
indivíduo se sinta psicologicamente bem. Estes resultados podem ser verificados porque ao
se registar a evolução da condição física do indivíduo, pode observar-se o aumento dos
níveis de motivação do mesmo. É esta motivação que faz com que um indivíduo se mova,
determinado, para um objetivo. Estas motivações podem ser intrínsecas ao homem, ou
podem ser desenvolvidas no seio da unidade em que faz parte.
100% 99%
80%
60%
40%
20%
1%
0%
Relação entre Condição Física e Bem-Estar
Sim Não
Gráfico 4.10: Proporção de Militares a concordar que existe relação entre Condição Física e Bem-Estar
45%
40%
35%
Camaradagem
30%
Espírito de Corpo
25%
Espírito de Sacrfício
20%
Solidariedade
15% Disciplina
10% Humildade
5%
0%
Valores
Na questão nº9, “Para si, acha relevante a presença do seu comandante durante
a orientação do treino das atividades anteriormente referidas?”, para 76 dos homens
(84%) a presença do comandante durante o treino é muito importante. Dadas algumas
opções de escolha para a sua importância, 13 (17%) responderam que será para aumentar o
Espírito de Corpo, 39 (51%) dizem ser importante para dar o exemplo e 15 (20%) para
avaliar a evolução/desempenho da sua força. Apenas 14 homens (16%) não consideram a
presença do comandante importante.
60% 51%
40%
17% 20%
20%
0%
Presença do Comandante
100% 96%
80%
60%
40%
20% 4%
0%
Relação entre Gosto, Motivação e Atividades Exigentes
Sim Não
Gráfico 4.13: Proporção de militares que concordam que é possível conciliar o gosto e a motivação com a
realização de atividades físicas exigentes.
70%
61%
60%
50%
39%
40%
30%
20%
10%
0%
Participação em Missões
Sim Não
Para questão nº12, “Tendo em conta o tipo de missões que as nossas forças
desempenham na atualidade, acha que o treino realizado é o mais adequado?”, a
maioria dos homens, 61 (68%), acha que o treino é o adequado, enquanto 29 dos homens
(32%) têm um ideia diferente dizendo que não é adequado. Quando lhes é questionado as
razões para não o ser, afirmam que os treinos não têm em conta certos aspetos de relevante
importância, nomeadamente, o clima, terreno, principalmente a altitude. Deveria ser
executado um treino mais específico conforme a zona ou país onde se realize a missão.
80%
68%
60%
40% 32%
20%
0%
Treino Adequado para tipo de Missões?
Sim Não
Gráfico 4.15: Proporção de militares que dizem que o método de treino é o adequado para o tipo de missões
realizadas
Na questão nº13, “Numa missão do exterior, caso fosse necessário, estaria apto a
executar um deslocamento tático de média ou longa duração?”, 85 homens (94%)
afirmam que, caso seja necessários, estariam aptos para a realização de um marcha de
qualquer tipo, enquanto apenas 5 homens (6%) se consideram não aptos para realizar tal
tarefa.
100% 94%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10% 6%
0%
Aptidão para executar um deslocamento tático de média ou longa duração
Sim Não
Gráfico 4.16: Proporção de militares aptos a executarem um deslocamento tático de média ou longa duração
Capítulo 6
Conclusões
6.1. Introdução
24
QUESTÃO CENTRAL:” Em caso de necessidade estarão as nossas forças capacitadas para a
realização de uma Marcha de média ou longa duração?”
com toda a evolução da ciência e do conhecimento do corpo humano, este método não é o
mais adequado, dado que existem várias formas de treinar uma determinada capacidade,
desenvolvendo o fortalecimento da totalidade dos grupos musculares, uma vez que estes
complementam o grupo específico para a atividade em questão. Devem ser desenvolvidas
tanto a capacidade aeróbia, com a anaeróbia, por exemplo, a execução de corrida contínua
e séries, respetivamente. Complementando com trabalho de ginásio e com a realização de
treino em circuito, para o desenvolvimento da potência e a resistência musculares. Aspetos
que hoje em dia, por norma, não são tomados em conta.
Para a segunda questão: “A carga horária para o treino é a suficiente?” podemos
verificar, pela a análise dos resultados obtidos com o inquérito, que apenas 36% dos
inquiridos realizam, no máximo, uma sessão mensal de treino de qualquer tipo de marcha.
Ora, tal situação é inconcebível nos dias de hoje, sabendo que uma unidade operacional
poderá vir a ser convocada, a qualquer momento, para atuar num determinado teatro de
operações. Com a agravante de que é um tipo de tarefas que não se desenvolvem de um dia
para o outro, exigindo uma evolução progressiva ao longo do tempo.
Para a questão derivada nº3, “O que poderá ser feito para os resultados serem
mais eficazes?” para além dos aspetos que foram referidos anteriormente nas questões
derivadas, poderia ser facultada, aos militares portadores do curso de Educação Física e
Desportos, formação em faculdades de desporto ou em centros de alto rendimento, para
que o nosso Exército possa seguir a evolução dos métodos de treino que se utilizam em alta
competição.
Em relação à questão nº4, “Será importante a presença do comandante da
unidade que está a realizar o treino, para orientar o mesmo?”, como se verificou pela
análise dos dados, para 84% dos homens que preencheram os inquéritos, o facto de o
comandante estar presente é importante. Para tal, várias razões podem ser referidas, por
exemplo, para avaliar a evolução e o desempenho da sua força nas diversas atividades que
executam, por forma a fazer uma correta gestão dos recursos humanos que tem ao seu
comando.
O estar presente nestes treinos é mais um elemento influenciador na formação dos
seus subordinados, visto que para ocupar esse lugar já teve que passar pelas mesmas
adversidades. Este acompanhamento permite-lhe, assim, o conhecimento dos limites dos
indivíduos e a transmissão da sua experiência para que os mais modernos possam
ultrapassar da melhor forma aquele obstáculo. Revela-se, assim, um dos responsáveis pela
motivação dos seus homens para a superação desta etapa, testando as suas capacidades
físicas e psicológicas, conduzindo ao aumento dos seus níveis de confiança e motivação
para o próximo desafio com que se deparem.
Como se verificou na H1, estando presente vai conhecendo melhor os seus homens,
podendo desta forma resolver alguns problemas pessoais que possam estar a afetar a sua
prestação.
Na questão nº5, “Será o treino o mais adequado para o tipo de missões
atualmente a cumprir?”, na maioria dos teatros de operações em que as nossas forças
estão empenhadas alguns fatores, como as condições climatéricas e o relevo, não se
assemelham aos da globalidade do nosso território. Assim, aquando do aprontamento, é
imprescindível que este se realize em zonas idênticas às da missão. Devem ser realizados
treinos em altitude e temperatura, o mais próximo possível do real.
estimuladores da sua otimização. Para isso, é crucial que adote alguns dos procedimentos
que foram anteriormente descritos, designadamente na confirmação das hipóteses e na
resposta às questões derivadas, atitude fundamental para uma evolução nos métodos por
nós empregues.
6.4. Recomendações
Tendo em conta tudo o que foi referido no decorrer deste trabalho, surge agora a
oportunidade de referir alguns aspetos que urge melhorar ou introduzir para que os
resultados possam surgir quando uma determinada situação exige que uma força tenha que
executar uma marcha.
Igualmente importante é a recomendação de uma avaliação qualitativa ou
quantitativa nas provas de aptidão física. Atualmente, a avaliação destas consiste em
atestar quem está APTO ou NÃO APTO, omitindo a avaliação quantitativa, método
utilizado no 1BIMec25. Se este não for cumprido a prova terá de ser repetida, levando os
homens a um maior empenho durante os treinos e fora deles, para atingirem melhores
resultados.
De seguida, deverá haver um maior investimento no desenvolvimento de valores
pois, como se pôde constatar, são de relevante importância. Por norma, há quem associe o
seu progresso a ambientes de stress ou quando surge uma dificuldade, o que leva os
indivíduos envolvidos a unirem-se para ultrapassar os obstáculos. Mas existem outras
formas de complementar o seu desenvolvimento, de um modo menos desgastante para os
militares, por exemplo através da organização de competições de jogos coletivos, para que
seja introduzido o fator stress na normal prática destas atividades.
25
Ver Anexo F
Asp Al Inf Folhas 44
A importância da Marcha como técnica de deslocação no Desempenho Operacional das 2012
Unidades de Infantaria
Bibliografia
DEUSTER, P. (1997). The Navy Seal Physical Fitness Guide, Department of Military and
Emergency Medicine.
HANLON,E. (2002). Marine Corp Physical Fitness Test And Body Composition Program
Manual.
MOTA,J. (1997). A atividade física no lazer – reflexões sobre a sua prática, Lisboa,
Livros Horizonte.
ROMÃO,P. e SILVINA,P. (1999 a). Desporto –Blocos I/II/III, Porto, Porto Editora.
ROMÃO,P. e SILVINA,P. (1999 b). Educação Física – 10.º/11.º/12.º anos, Porto, Porto
Editora.
Apêndice A
Inquérito
Academia Militar
Direção de Ensino
INQUÉRITO
Introdução
Dados Pessoais
Sexo M F
Idade anos
Posto
Unidade
Sim Não
Semanalmente
2 em 2 semanas
Mensalmente
Outro Qual?
Semanalmente
2 em 2 semanas
Mensalmente
Outro Qual?
Semanalmente
2 em 2 semanas
Mensalmente
Outro Qual?
7. Acha que uma boa condição física é importante para que um indivíduo se
sinta psicologicamente bem consigo próprio, contribuindo desta forma de
uma maneira positiva para a execução de qualquer tipo de marcha?
Camaradagem
Espírito de Corpo
Espírito de Sacrifício
Solidariedade
Abnegação
Disciplina
Outro Qual?
Sim Não
Sim Não
13. Numa missão do exterior, caso fosse necessário, estaria apto a executar um
deslocamento tático de média ou longa duração?
Sim Não
Fim
Anexo A
Respiração
Anexo B
Sistema Cardiorrespiratório
Anexo C
Sistema Músculo-esquelético
Anexo D
Anexo E
Quadros de progressão
Anexo F