Lideranca e Formacao de Equipes
Lideranca e Formacao de Equipes
Lideranca e Formacao de Equipes
Liderança e
Formação de
Equipes
Luciano Santana Pereira
Administração
Liderança e
Formação de
Equipes
Luciano Santana Pereira
�����DE I
Liderança e
A��e��ntação
Formação de
Equipes
Luciano Santana Pereira
Prezado(a) aluno(a)!
Tal cenário traz grandes desafios, isto é, de contribuir para a mudança cultural
das empresas. Juntamente, surgem as oportunidades, pois muitas empresas
carecem de profissionais com os conhecimentos e habilidades para auxiliá-las
no processo de mudança. Portanto, muitas empresas querem mudar, mas não
sabem como. Isso pode ser visto como uma excelente oportunidade para os
gestores formados, com a visão técnica gerencial e também com a visão hu-
manística tão solicitada atualmente.
Espero que os conteúdos possam ser relevantes para você e que gerem
excelentes aprendizados.
Bons estudos!
S�m��io
Introdução 15
Processo da Liderança 23
Liderança Situacional 29
Introdução 45
Conceito de Motivação 46
Teorias da Motivação 51
Equipes de Trabalho 58
Tipos de Equipes 67
Gestão de Conflitos 69
Prevenindo Conflitos 81
Introdução 97
CONCLUSÃO 140
Unidade 1
Luciano Santana Pereira
ObjetivoS de Aprendizagem
INTRODUÇÃO
das pessoas por suas ideias e também aqueles que defendiam uma causa nobre.
características do líder.
tempos de incerteza.
irão representá-las, ou seja, seus líderes. Pode-se afirmar que o mundo vive uma
leiro, é possível notar que os caminhos percorridos são parecidos, com histórias
atuação gerencial.
gas. É muito comum o líder se deixar levar por alguma característica de comporta-
profissional etc. A conclusão natural é que esse gestor não está preparado para ad-
ministrar uma unidade de trabalho e liderar pessoas, não sabe estabelecer relações
Tal prática define um estilo gerencial político e não profissional, uma vez que
(LUCENA, 2004).
Diante disso, é possível afirmar que se trata de uma responsabilidade muito ele-
vada para ser exercida por um profissional despreparado. Sendo assim, as organi-
tamentais, gerenciais e técnicas para que possam estar aptos a liderar no futuro,
REFLITA
Liderar
“Liderar é a capacidade de colocar ordem em meio ao caos!”.
Fonte: Drucker (2011) .
respeito do assunto, mas ao observar a fundo cada teoria, nota-se que a essência
é sempre a mesma.
Nesse sentido, o grande desafio é tornar-se mais consciente sobre esse processo,
rança é o uso da influência simbólica, e não coercitiva, com fins de coordenar as ati-
2006).
Para ajudar a entender melhor essa questão, Hollenbeck (2006) traz a ideia da
liderança formal, que está diretamente relacionada com o que é definido pela estru-
rança informal surge em função das relações informais e o grau de confiança que o
líder conquista junto aos liderados, mesmo não tendo oficialmente um cargo de chefia.
É muito comum encontrar pessoas que ocupam cargo de chefia, mas não
lhes confere para obter a subordinação das pessoas. Também é muito frequente
encontrar pessoas que, mesmo sem ter um cargo de chefia, acabam exercendo
de um objetivo comum. Pode-se dizer que os líderes investem parte de seu tempo
forma como a sua equipe vai realizar os trabalhos e no tipo de resultado alcançado.
Existe uma discussão muito acirrada sobre quais habilidades um líder deve
apresentar para ser considerado eficaz. De um lado, aqueles que defendem a ideia
tencial, mas isso não significa muita coisa. De acordo com Hollenbeck (2006), para
seguintes habilidades:
• capacidade de influência;
• comunicação e relacionamento;
• criatividade e flexibilidade;
• reconhecimento;
• autoconfiança;
• tomada de decisão;
O líder eficaz deve ainda evitar o abuso de poder, uso excessivo da autori-
dade, assédio moral e apontar culpados. Em vez disso, o líder deve estabelecer
exemplar e estimuladora.
liderança.
sões, pois tudo isso acaba por influenciar o comportamento dos liderados. Isso se
PROCESSO DA LIDERANÇA
mações que devem ser analisadas com muito cuidado pelo líder, uma vez que a deci-
são quanto às estratégias de liderança a serem utilizadas acaba por influenciar todo o
líder pode ser o fator decisivo para o sucesso ou fracasso de uma equipe.
A segunda perspectiva que necessita ser analisada pelo líder é o Perfil dos
fundamente cada membro de sua equipe, tanto nos aspectos profissionais como
de cada liderado, bem como as suas motivações e sonhos. Nessa busca por co-
decidir a quem delegar uma tarefa mais complexa ou menos complexa, pois o líder
a realização da tarefa é algo decisivo para que o líder possa decidir a quem delegar
Portanto, se o líder tem uma tarefa ou situação na qual apresenta alto nível de
complexidade e curto prazo para execução, naturalmente, essa tarefa precisa ser
mento sobre o assunto e ainda nível elevado de maturidade, para trabalhar com a
apresentadas, pois certamente terá condições de ser mais assertivo em suas es-
colhas e decisões.
REFLITA
Gestão de Pessoas de alocar as tarefas conforme as compe-
Conhecer cada membro da equipe é tências, habilidades e maturidade de cada
essencial no momento de decidir a quem liderado, evitando equívocos na gestão com
delegar uma tarefa mais complexa ou me- a equipe.
nos complexa, pois o líder terá condições Fonte: Elaborado pelo autor.
uso do poder de seu cargo para tomar decisões, sem permitir a participação
das pessoas, de forma que todos possam estar engajados com o propósito.
• Líder Liberal (Laissez Faire): neste estilo, o líder “empodera” seus lidera-
dos de forma a não participar das decisões, permitindo total liberdade para
ausente, não acompanha, não gerencia e abre mão de estar junto com a
Dito que existem três estilos básicos de liderança, aqui se faz necessário men-
cionar que não existe um estilo melhor ou pior, todos são válidos e passíveis de
serem adotados. Além dos estilos, Hollenbeck (2006) discute também o entendi-
para pessoas ou orientado para resultados. De antemão, cabe destacar que não
SAIBA MAIS
Assista ao vídeo indicado no link. Nele, Vicente Falconi, um dos grandes nomes
da gestão no Brasil, fala sobre a importância de uma boa gestão para a construção
Para saber mais, acesse o vídeo no qual Vicente Falconi fala sobre o impacto
LIDERANÇA SITUACIONAL
liderança transacional. É possível dizer que essa é uma proposta teórica contem-
rança sempre tiveram como objeto de estudo a figura do líder. Buscavam encontrar
Com o passar dos anos, a centralidade na figura do líder deixou de ser o foco
dos estudos e passou-se a considerar outros elementos, como o perfil dos lide-
rados e também o contexto das tarefas a serem realizadas. Isso significa que não
há como definir uma “receita” de sucesso para a liderança, uma vez que existem
Diante disso, o que pode e deve ser feito, por parte do líder, é ajustar seu estilo
cessário o líder conhecer profundamente cada liderado, de forma que seja possível
dos, para, assim, decidir de forma mais assertiva sobre qual estratégia adotar.
CARACTERÍSTICAS
CARACTERÍSTICAS
ESTRATÉGIA DE
LIDERANÇA
NÍVEL DE
Sendo assim, não existe um único estilo de liderança que o líder vai seguir, mas
Por exemplo, pense que você é um líder e precisa delegar uma tarefa impor-
tante. O colaborador escolhido é uma pessoa que está começando a carreira pro-
sozinho, por isso, será necessário que o líder dê o comando exato de tudo o que
Vale destacar que a liderança autocrática refere-se à forma como o líder toma a
decisão e repassa aos seus liderados, e isso não significa ser grosseiro ou mal-e-
uma pessoa estúpida ou grosseira, mas para efeito de entendimento, esse estilo
do colaborador, uma vez que ele não sabe fazer, por isso a necessidade de dar o
dores que já estão na empresa há pelo menos 10 anos, possuem ampla expe-
atividades. Diante disso, fica a pergunta: qual estilo de liderança pode ser utilizado
de e que ainda são referências em suas atividades, naturalmente não cabe aqui o
seria uma tentativa de ensinar aquilo que o colaborador já sabe fazer muito bem.
Portanto, nesse caso, cabe o uso do estilo de liderança liberal, em que o líder
delega autonomia para o colaborador e permite que ele tome decisões até certo
rente do líder, nem sempre será possível ser democrático, assim como haverá cir-
cunstâncias que exigirão mais autoridade e momentos em que será viável delegar
cada tarefa.
SAIBA MAIS
“Um líder que se serve, em vez de servir, é um líder que não serve”.
Dito isso, fica o convite para assistir à palestra ministrada por Cortella, disponível
<https://www.youtube.com/watch?v=KzwvKBP9qCI>.
INDICAÇÃO DE LEITURA
Ano: 2008
Editora: Saraiva
ISBN: 978-85-02-07414-9
Comentário: Nesta obra, o autor traz uma série de reflexões sobre a liderança,
seus principais conceitos e princípios, também leva a uma reflexão para além dos as-
pectos conceituais e técnicos. O autor propõe a pensar na liderança como algo sim-
Traz exemplos de como grandes líderes conseguem inspirar pessoas pelo fato de
atuarem nos aspectos inconscientes que falam diretamente com a emoção delas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Vimos, também, que liderança é uma competência que pode ser desenvolvida,
o que contraria estudos antigos sobre o tema, que afirmavam que o líder já nasce
líder. O indivíduo pode nascer com potencialidades para ser líder, mas tais poten-
Vimos que as principais características de um líder eficaz são: (a) foco em metas e
(h) visão empreendedora e de futuro. Além disso, é importante que o líder seja bom
será necessário: D
E
a. promover o desenvolvimento e amadurecimento de seus colaboradores.
A
D Considerando as recomendações sobre a liderança situacional, a seguir, assina-
E le a alternativa correta quanto ao estilo de liderança a ser utilizado por Thomas Jorge.
S
a. O estilo indicado é o de persuasão (Vender. Coaching).
D
b. O estilo indicado é o de indicação (Direcionar. Delegar).
E
c. O estilo indicado é o de venda-treinamento (Ensinar. Direcionar).
eficazes. A
U
É correto o que se afirma em:
T
O
a. I e II, apenas.
E
b. II e IV, apenas.
S
c. I, II e III, apenas. T
d. II, III e IV, apenas. U
e. I, II, III e IV.
D
O
N
C
I
A
S
Unidade 2
Equipes
Luciano Santana Pereira
ObjetivoS de Aprendizagem
• Conceito de Motivação
• Teorias da Motivação
• Equipes de Trabalho
• Gestão de Conflitos
�����DE �I
INTRODUÇÃO
Olá! Seja bem-vindo(a) a mais uma etapa de nosso material, na qual daremos
tica diária à frente de grupos e equipes. Você já deve ter percebido que atuar como
líder não é uma tarefa simples, visto que além de se conhecer muito bem enquanto
das necessidades das outras pessoas para que possa influenciar positivamente o
motivação, entre elas destacamos a teoria das necessidades Maslow e a teoria dos
possíveis. Cabe aqui destacar que é imprescindível que o líder consiga distinguir um
grupo de uma equipe e para auxiliar, sempre comentamos que toda equipe é um
grupo evoluído, mas nem todo grupo pode ser considerado uma equipe.
Por fim, fechar-se-á o conteúdo desta unidade falando sobre a gestão de con-
flitos e para isso trouxemos uma série de conteúdos para auxiliá-lo(a) a entender
CONCEITO DE MOTIVAÇÃO
ção das equipes de trabalho. Estudos realizados nas últimas décadas sobre o pro-
Apesar de a motivação ser algo individual e exclusivo a cada pessoa, o líder pode
motivo que leva uma pessoa a agir e, atualmente, esse tem sido um grande desafio
Por isso, existe um dizer de que o dinheiro não motiva ninguém, na verdade,
o dinheiro é um fator extrínseco que deve ser visto como estímulo. Considerando
esse exemplo do dinheiro como fator de motivação, podemos dizer que a verdadei-
essas pequenas diferenças entre os conceitos, pois pode nos auxiliar em nosso dia
necessidade percebida. A frustração, por sua vez, é uma resposta negativa frente
seios e expectativas. Por isso é tão difícil motivar uma outra pessoa, na verdade, o
REFLITA
Motivação
A motivação é algo individual, dessa forma, ninguém consegue motivar outra
pessoa, o máximo que podemos conseguir é influenciar outra pessoa a encontrar
sua própria motivação.
Fonte: Adaptado de Robbins (2000).
TEORIAS DA MOTIVAÇÃO
Todas as pessoas, consciente ou inconscientemente, são movidas por ne-
Note que o tipo e a intensidade das necessidades variam de pessoa para pes-
soa. Por esse motivo, o líder deve buscar conhecer muito bem quem são as pes-
soas que fazem parte de sua equipe, quais sonhos e objetivos almejam e assim,
almejar por meio de sua atuação, influenciar positivamente para que se mante-
ou realização pessoal.
Existem muitas teorias sobre a motivação, que são divididas em duas vertentes.
SAIBA MAIS
o tema de uma forma a refletir sobre a essência da motivação humana com base
<https://www.rhportal.com.br/artigos-rh/o-princpio-da-motivao/>.
Abraham Maslow foi pioneiro nos estudos sobre a motivação e foi um dos pri-
em uma hierarquia que começa com as necessidades mais básicas até necessi-
necessidades surgem. Logo, podemos dizer que, de acordo com a teoria motiva-
des de Maslow, onde analisou, de acordo com Silva (2008, p. 232), “incidentes
e fatores motivacionais.
como isso pode ser um fator de estímulo para as pessoas. Logo, podemos
os têm com relação ao trabalho que realizam. Tem relação direta como a
A teoria dos dois fatores, segundo Silva (2008), nos mostra que em todas as
devem dosar o uso de cada um dos fatores de forma a evitar a criação de expec-
SAIBA MAIS
<http://www.rhportal.com.br/artigos-rh/os-dez-mandamentos-da-motivao>.
pensa obtidos por outra pessoa, o indivíduo tende a equiparar seu comportamento
for negativo, a tendência é a pessoa se nivelar por baixo. Essa teoria permite iden-
EQUIPES DE TRABALHO
Muito tem se falado sobre a importância das equipes de trabalho, mas é bastan-
ganização. Os grupos formais são fáceis de serem identificados, pois são estabe-
coesão, gerando o surgimento de subgrupos que, por sua vez, interferem na dinâ-
REFLITA
Grupo e Equipe
Grupo de Trabalho: interação entre pessoas basicamente com objetivo de
compartilhar informações e tomar decisões, para mutuamente se ajudarem no de-
sempenho em sua área de responsabilidade.
Equipe de Trabalho: é um grupo cujos esforços individuais resultam em um
desempenho que é maior que a soma das contribuições de cada um dos indivíduos.
As equipes são grupos evoluídos, ou seja, toda equipe é um grupo que ama-
dureceu, mas nem todo grupo é uma equipe. De acordo com Hollenbeck (2006),
equipes.
partes, que exige tempo, empenho e flexibilidade para ajustar as estratégias confor-
trazer benefícios para os funcionários, promover redução nos custos, gerando me-
grupos que, por sua vez, apresentam características próprias e específicas. Assim,
esse processo exige grande esforço e empenho das partes para que possa ser
bem desenvolvido.
REFLITA
Equipe
“As equipes possuem capacidade para a rápida formação, deslocamento, mu-
dança de objetivos e dissolução. As equipes superam os indivíduos quando as tare-
fas realizadas exigem aptidões múltiplas, discernimento e experiência”.
Fonte: Robbins (2000, p. 272).
importante é considerar que equipes de alta performance são compostas por pes-
dado de alocar cada talento nas atividades que possa verdadeiramente contribuir
De acordo com Muchinsky (2004, p. 282), a estrutura das equipes inclui “variá-
importante fator que interfere no desempenho das equipes e que exige cuidados
por parte do gestor. No dia a dia das equipes existem diferentes papéis a serem
Para Robbins (2000, pp. 278-279, grifos do autor), há alguns itens que devem
Tipos de Equipes
Existem diferentes tipos de equipes e também uma finalidade para cada uma.
O tipo mais comum é a equipe de trabalho formada por grupos formais definidos
d) Equipes gerenciais: são formadas por gerentes de várias áreas, bem como de
equipes de trabalho coordenadas. Possuem uma permanência relativa, visto que seu
trabalho não termina quando se finaliza um projeto específico ou a solução de um
problema. Essa equipe tem como foco as equipes que têm o maior impacto sobre o
desempenho corporativo total. Deve, primeiramente, treinar e aconselhar outras equipes
para que sejam autônomas e tomem as próprias decisões e, em um segundo momen-
to, coordenar o trabalho entre as equipes que, de alguma forma, são interdependentes.
f) Equipes virtuais: uma das características mais distintas das equipes virtuais é que
os seus membros dificilmente se encontrarão em uma mesma sala, embora trabalhem
juntos, mas à distância; suas atividades são realizadas por computador, teleconferência
e outros sistemas eletrônicos de informação. As decisões são tomadas mais rapida-
mente, visto que não necessita do deslocamento dos membros da equipe para um
mesmo espaço físico. Decorrente dos sistemas eletrônicos de comunicação, os parti-
cipantes podem entrar e sair de uma equipe ou de um debate conforme a exigência de
cada situação.
Com base nos diferentes tipos de equipes apresentadas, o gestor deve analisar
GESTÃO DE CONFLITOS
vidas. O conflito deve ser visto como algo natural na vida humana, visto que cada
questão é a forma como olhamos e lidamos para o conflito, pois nem sempre é
no quadro a seguir.
Isso ocorre e como mencionado sempre ocorrerá, pois somos pessoas diferentes
conflitos, pois nenhuma empresa está isenta do conflito. Atualmente, liderar implica
Visto que o conflito é algo sempre presente na vida das pessoas e organiza-
é o problema, mas sim a atitude que assumimos frente a essa situação, onde
postura de que o conflito é algo natural das relações pessoais e que devemos
todo o desgaste que muitas vezes gera, é algo extremamente natural e necessário
na vida humana.
Portanto, o conflito não é o problema, mas sim, a nossa atitude frente à situação,
e gerenciamento por parte do líder que vai permitir que um pequeno conflito se torne
grande, seja um pequeno mal entendido, uma informação distorcida, uma discussão
Para nos auxiliar a entender melhor a dinâmica dos conflitos na qual as lideran-
ças deverão atuar, apresentamos, a seguir, uma figura que mostra as variáveis do
conflito. Temos três variáveis, sendo: estrutura, processos e pessoas, que dada a
nais têm se tornado cada vez mais uma iniciativa que contribui para o alinhamento
fazer. Quando não há clareza sobre essas questões, as pessoas passam a decidir
indivíduos; conflito entre indivíduos e grupos; conflito entre grupos; conflito entre
• Conflito entre indivíduos: é o tipo de conflito que envolve duas ou mais pes-
soas, geralmente iniciado por diferenças pessoais ou por disputa por recursos.
víduo entra em conflito com uma coletividade, muito comum quando uma
mento entra em conflito com outra área, mas também podem ser observa-
Somado a isso, devemos considerar que os conflitos podem surgir por inúmeros
Como você deve ter percebido, o conflito está mais presente na vida do ser
Diante disso, o líder deve atuar de forma a auxiliar para que os liderados con-
possa atuar como mediador na gestão de conflitos: deve ser um elemento neu-
tro; deve ter cuidado com a distorção da percepção; deve evitar preconceitos e
estereótipos; deve separar diferenças reais e emocionais; deve saber ouvir (para
A figura, a seguir, mostra os cinco tipos de reação ao conflito que são diferen-
ciados de acordo com suas dimensões, isto é, até que ponto são relevantes os
unidade pede informações para a matriz e o pedido é ignorado. Por sua vez,
a filial solicitante define por conta própria não levando adiante a solicitação.
teração é importante para cada parte atingir suas metas. Ocorre competição
tão era importante para cada grupo, e como seus interesses eram incompa-
tíveis, instalou-se a competição. Esta, por sua vez, incentivou cada turno a
tante para a conquista dos objetivos que, por sua vez, também são compa-
atingir seus objetivos, mas não o fazem de forma agressiva, e sim de modo
vezes, cada parte abre mão de alguma coisa, mas como a interação tem
França (2006, p. 47) observa que para prevenir conflitos entre grupos, se faz
necessário:
• Dar ênfase à eficiência da organização.
A solução de conflito ocorre quando o gestor resolve uma situação que tenha
ajudar os grupos a encarar suas metas como parte de um objetivo superior, para o
Prevenindo Conflitos
melhor quais seriam os métodos mais adequados para administrar as relações en-
tre os mais diversos tipos de grupos. Robbins (1998) propôs os métodos a seguir:
vantagem o fato de que funciona bem quando as atividades entre grupos po-
ser adequados para garantir a coordenação eficaz das relações entre grupos.
tos não resolvem, os grupos podem solicitar ajuda a seu superior imediato
e assim, sucessivamente.
suas metas específicas pelas quais são responsáveis, cada um sabe o que
precisa ser feito. O planejamento tende a não dar certo como mecanismo
entre grupos.
dades quando existem vários grupos que estão interagindo. Uma força-ta-
mentos, que tem duração suficiente para resolver um problema que fez com
ou mais grupos. Embora sua manutenção seja cara, torna-se eficaz quando
operações da organização.
toda a organização e tem mais importância para o seu bem-estar e de seus mem-
bros do que os objetivos mais específicos das partes conflitantes. Se os fins não
poderá decidir uma estratégia que o possibilite atuar com equipes (GRIFFIN;
MOORHEAD, 2006).
SAIBA MAIS
Jane Neves.
<https://www.rhportal.com.br/artigos-rh/conflitos-uma-questo-de-liderana/>.
INDICAÇÃO DE LEITURA
Ano: 2008
Editora: Premius
ISBN: 85-7564-166-2
soas, necessitamos ser líderes de nós mesmos. O material aborda uma série de
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Vimos que motivação é um motivo para a ação. Corresponde a uma força que
nos impulsiona em direção a algo. Vimos, também, as principais teorias sobre moti-
vação, quais sejam: a teoria das necessidades de Maslow; a teoria dos dois fatores
pe não são sinônimos. Equipes são grupos que amadureceram, evoluíram e que
agora têm um elemento de identidade que une seus membros. Abordamos, ainda,
Vimos que conflitos podem ter efeitos tanto negativos quanto positivos. Tratamos,
reações dos indivíduos diante dos conflitos, quais sejam: a fuga, acomodação,
A
D Considerando os conteúdos estudados referentes à motivação, analise as afir-
A de energia.
U a. I, apenas.
D b. II, apenas.
O
D correta da I.
E
3) Imagine que você é gestor(a) de uma empresa composta por um número con-
A
siderável de colaboradores. Recentemente foi inserido no grupo em que coor-
U
T dena um colaborador que discorda das normas de comportamento do grupo.
E todos. Você, como gestor(a), deve administrar esse conflito, mas para tanto
S deve conhecer a sua fonte. A maneira com que você as identifica e as trata
T
poderá acentuar o problema ou resolvê-lo sem maiores danos.
U
D
O
D
E
A
U
T
O
E
S
T
U
D
O
R
2. ANDRADE, R. O. B.; ALYRIO, R. V.; MACEDO, M. A. da S. Princípios de
C
6. DAFT, R. L. Teoria e Projeto das Organizações. Rio de Janeiro: LTC -
I Livros Técnicos e Científicos Editora S.A, 1997.
C
25. RIBEIRO, A. de L. Gestão de Pessoas. São Paulo: Saraiva, 2005.
I
26. ROBBINS, S. P. Administração: mudanças e perspectivas. São Paulo:
A Saraiva, 2000.
31. SILVA, L. N. E. Líder Sábio: novo perfil de liderança do terceiro milênio. São E
Paulo: Ed. Record, 2003.
F
32. SILVA, R. O. Teoria da Administração. São Paulo: Ed. Pioneira Thomson
Learning, 2008.
E
Unidade 3
Luciano Santana Pereira
ObjetivoS de Aprendizagem
INTRODUÇÃO
Olá, seja bem-vindo(a)! Nesta etapa, abordaremos diferentes conceitos que nos
leva a entender que todo gestor, independente de sua atividade, ramo de negócio
ou nível hierárquico, deve atuar como um gestor de pessoas. Uma vez que o gestor
possua pessoas a sua volta, as quais sofrem o impacto de suas ações e decisões,
logo entende-se que esse gestor é também um gestor de pessoas. Sempre co-
mentamos que tudo começa e termina nas pessoas, são as pessoas que pensam,
sentaremos todo um contexto histórico que nos permite afirmar com segurança
mesmo tempo, fácil porque todo ser humano nada mais quer do que ser tratado
com justiça. Efetuar uma correta gestão de pessoas é, atualmente, um fator que
fator humano. Dessa forma, os ambientes de trabalho cada vez se tornam mais
dinâmicos, exigindo uma profunda reflexão sobre como a gestão de pessoas tem
são tomadas. Cada vez mais os gestores estão se transformando em líderes impul-
para se tornar cada vez mais grupal e coletivo. O resultado é fantástico quando
soas é, hoje, uma alternativa que pode proporcionar um salto de qualidade e ele-
A gestão de pessoas nem sempre foi conceituada e aceita como temos nos
dias de hoje. Para auxiliar a nossa compreensão, quero apresentar alguns concei-
tos sobre a gestão de pessoas, considerando seu momento atual e seus desafios.
que recaem a todos aqueles que se colocam à frente de grupos e equipes, ou seja,
REFLITA
Evolução Pessoal e de Equipe Uma organização só evolui quando as
“Nenhuma organização é melhor do pessoas evoluem”.
que as pessoas que nela trabalham. Fonte: Zabot (2002, p. 80).
dia corporativo, é importante trazer para a nossa reflexão o conceito do que vem a
ser administrar. Silva (2008) define que administrar é o processo que visa alcançar,
das pessoas. Diante disso, podemos afirmar que uma empresa é o reflexo das
ser alcançado por meio da atuação das pessoas, por mais que a empresa possua
ou seja, são pessoas que pensam, refletem, analisam, decidem e agem em prol da
tos ou descontos. Essa 1º Fase da Gestão de Pessoas (1900 a 1945) ficou conhe-
e Fayol, uma vez que o ser humano, até então, era visto como mais um recurso
Até então, não existia nenhum tipo de valorização do ser humano, pelo contrário, o
ser humano era visto como um mal necessário para que as empresas funcionassem.
2.0 e teve como foco atuar com o desenvolvimento humano na empresa. Por
Na 3º Fase da Gestão de Pessoas (2000 - até hoje), o foco tem sido cada vez
mais desenvolver todo o potencial das pessoas, tendo como prioridade a inovação
fase, a gestão de pessoas ganha status e passa a ser estratégica. Dessa forma,
pessoas tem sido tão requisitada para o processo de liderança e gestão de equipes.
De acordo com Ribeiro (2005), a área de Recursos Humanos é uma das que
mais evoluíram nas últimas décadas e, certamente, continuará a evoluir, pois essa
De fato, a gestão de pessoas nas organizações tem ganhado outra roupagem, dei-
A tendência atual, porém, está voltada para muito mais além: fala-se, ago-
ceiros internos que mais entendem dela e de seu futuro. Trata-se de uma
nova visão das pessoas, não mais como um recurso de uma organização,
mas como um objetivo. Essa é uma nova visão das pessoas, não mais
Mais do que isso, esse sujeito é um agente proativo, dotado de visão pró-
habilidade humana.
sobre a atuação do gestor. A partir desse novo paradigma, seu foco, além de ser
como a relação estabelecida entre o gestor e sua equipe, pois, agora, entende-se
tórico que modelou o aprendizado e a formação desses gestores até os dias atuais.
gestor é colocado à prova, tendo que avaliar e administrar o resultado de sua equi-
são marcados pela falta de critérios e ausência de políticas que possam orientar a
ções contribuem para essa realidade, uma vez que ainda existe uma cultura pa-
(LUCENA, 2004).
pessoas, Ribeiro (2005, p. 6) nos traz alguns encaminhamentos que podem auxiliar
Sem dúvidas, atuar com a gestão de pessoas é um grande desafio, visto que
ocorra, o gestor deve adotar posturas e estratégias que lhe permitam conquistar
REFLITA
Gestor
“Qualquer gestor pode ser um gestor de pessoas, mas para se tornar um exce-
lente gestor é preciso agir estrategicamente. Sempre!”.
Fonte: Dessler (2003, p. 27).
sobre vagas disponíveis e o perfil que o candidato deve ter para ser aprovado.
bem como o desenho das atribuições dos cargos existentes: análise e descrição
ção (inclui ação conjunta com as unidades envolvidas). Suas principais atividades
está inclusa a recompensa por meio de salários, benefícios e serviços. Suas prin-
nância. Observamos que nesta fase também se faz importante o envolvimento das
manos, a médio e longo prazo, preparando o colaborador para assumir novas fun-
lógicas de trabalho que cercam as pessoas nas atividades cotidianas. Aqui são
lidade de vida; bem como o envolvimento com questões trabalhistas. Suas princi-
des das pessoas e verificar resultados. Neles estão inclusos os programas de ava-
de Dados: está relacionado aos critérios utilizados para manter um cadastro dos
Todas as organizações são constituídas por pessoas e são elas que emitem,
cação, seja interpessoal, eletrônica, coletiva ou por meio de algum recurso espe-
cífico. O fato é que a comunicação é algo que está presente em nosso dia a dia,
articular muito bem sua comunicação com os diferentes públicos envolvidos, pois
isso, proponho a ideia de que comunicar significa a ação de tornar algo comum
um receptor ou destinatário;
e o objeto da comunicação;
mensagem gráfica;
Esses elementos servem para nos auxiliar a compreender melhor todos os pro-
cessos de comunicação.
REFLITA
Falhas de Comunicação
Muitos dos problemas de relacionamentos resultam de falhas na comunicação,
e isso tende a se agravar à medida que as organizações se tornam maiores e mais
complexas!
Fonte: Elaborado pelo autor.
fortemente o comportamento das pessoas, por isso podemos afirmar que o gestor
deve cuidar de sua comunicação de forma a gerar uma influência positiva nas pes-
soas. Ao pensar sobre como a comunicação impacta na vida das pessoas, deve-
mos incluir as tecnologias digitais que, sem dúvidas, têm provocado uma revolução
nos. Mesmo que de forma inconsciente ou não intencional, o fato é que as organi-
SAIBA MAIS
Comunicação Empresarial
<https://youtu.be/E4RV4oqoWmo>.
das empresas é interdependente e a dinâmica das interações são cada vez mais
intensas. No entanto, nenhuma pessoa nasce com tais habilidades e é por meio da
REFLITA
Socialização
O processo de Socialização influencia diretamente na formação da Personalidade,
Percepção, Atitude e Aprendizagem das pessoas
Fonte: Robbins (2000).
conforme a situação. Diante disso, chamamos a atenção para três tipos bási-
cos de comportamento:
não agressiva;
se posicionar e emite uma resposta que vai contra sua vontade, ou seja, diz
sim quando queria dizer não, e vice e versa. Nesse caso, a pessoa acaba
Devemos considerar ainda que, ao longo de nossa trajetória, teremos que nos
nosso dia a dia, a iminência de conflitos é certa e, para isso, devemos buscar compre-
que possamos ajustar nossa conduta a cada situação. Devemos, ainda, ter em
REFLITA
As palavras têm poder! palavras que chegam às pessoas afetam di-
A linguagem é a forma com que as pes- retamente suas atitudes e comportamentos
soas interagem, aprendem e transmitem Fonte: Pereira (2018, p. 34 apud
com o meio a sua volta, indicando que as ROBBINS, 2000).
palavras trazem em si inúmeras possibilida-
des de transformação para o ser humano. As
FEEDBACK E DESEMPENHO
bre como seu desempenho ou como o seu comportamento está sendo percebido
pelos demais.
O feedback deve ser percebido e utilizado pelos gestores como uma poderosa
deve ter em mente que existem desafios a serem superados, tanto daqueles que
recebem quanto por parte daqueles que emitem, ou seja, nossas organizações não
de agressividade, exigindo alto nível de preparo do gestor para lidar com tais situ-
como utilizar o momento para intimidar e se impor ao outro, proceder com avaliações
quele que recebe, por fim acabam dando foco demasiado nos aspectos negativos
Diante desse contexto, os gestores devem se preparar muito bem para o mo-
mento do feedback, visto que, quando bem conduzido, pode trazer excelentes
benefícios tanto para o colaborador quanto para a empresa como um todo. Para
uma atitude mental positiva naquele que recebe, de forma que se comprometa em
(1999) nos apresenta algumas ideias para que possamos utilizar o feedback de
conjunta;
com atenção.
grupo, exige um bom preparo por parte do emissor de forma a evitar traumas ou
que o processo de feedback deve ser visto pelo gestor como uma ótima oportuni-
etapas que tem a finalidade instruir os gestores sobre como proceder no momento
mento prévio sobre os assuntos que serão abordados, bem como o levantamento
Sempre que proceder com o feedback, o gestor deve tomar alguns cuidados,
outra parte, ajustar a estratégia conforme as reações percebidas e ter foco na ge-
no dia a dia da equipe lhe permite oferecer um feedback mais assertivo e, ainda, a
GESTÃO PARTICIPATIVA
Atualmente, cada vez mais os gestores e líderes vêm sendo desafiados a de-
tende a ser mais elevado. Logo, entende-se que diferentes fatores têm impulsiona-
lido e duradouro;
d. estimular a participação vem sendo utilizada como estratégia para fazer fren-
de trabalho.
para os colaboradores e para os gestores, contudo, não basta apenas ter a boa
intenção em implantar esse modelo de trabalho, é preciso muito mais do que isso.
que estarão à frente a esse modelo de gestão, sendo imprescindível que esses
a serem realizados.
certo nível de maturidade para que possam utilizar a autonomia concedida pela
de, é muito comum que ocorra a vadiagem social, que representa a não respon-
uma cultura voltada à gestão participativa tenha ciência de que será necessário
que se, por uma perspectiva, a organização abre suas portas para a participação
resultados, pois somente dessa forma será possível aferir se os objetivos estão
sendo alcançados.
INDICAÇÃO DE LEITURA
Ano: 2004
Editora: Atlas
ISBN: 9788522473595
gestão pautado em desempenho. A obra nos traz toda uma construção sobre a
CONSIDERAÇÕES FINAIS
equipes. Vimos os princípios para o feedback eficaz. Por fim, abordamos a gestão
Espero que os temas apresentados aqui possam ser úteis para o seu dia a dia
profissional.
D
A Está correto o que se afirma em:
D a. I, apenas.
E
b. II, apenas.
S
c. III, apenas.
D d. I e II, apenas.
E e. I, II e III.
A
3) O Feedback é uma técnica bastante conhecida e significa a retroalimentação
U
T que fornecemos a outra pessoa sobre como seu desempenho ou como o seu
E
S Considerando esse assunto, leia as afirmativas.
U porâneos, avaliação por objetivos, competências e equipes. 10. ed. São Paulo:
D LTr, 2008.
O
a. I, apenas. D
b. I e II, apenas. E
c. II e III, apenas.
A
d. I e III, apenas.
U
e. I, II e III.
T
O
E
S
T
U
D
O
R
2. ANDRADE, R. O. B.; ALYRIO, R. V.; MACEDO, M. A. da S. Princípios de
C
6. DAFT, R. L. Teoria e Projeto das Organizações. Rio de Janeiro: LTC -
I Livros Técnicos e Científicos Editora S.A, 1997.
C
25. RIBEIRO, A. de L. Gestão de Pessoas. São Paulo: Saraiva, 2005.
I
26. ROBBINS, S. P. Administração: mudanças e perspectivas. São Paulo:
A Saraiva, 2000.
31. SILVA, L. N. e. Líder Sábio: novo perfil de liderança do terceiro milênio. São E
Paulo: Ed. Record, 2003.
F
32. SILVA, R. O. Teoria da Administração. São Paulo: Ed. Pioneira Thomson
Learning, 2008.
E
a sensação de que passou muito rápido, talvez porque o assunto seja interessante
e, com isso, despertamos maior conexão com o conteúdo. Você pode não ter per-
cebido, mas fizemos uma caminhada sobre os principais conceitos que circundam
a temática da liderança.
ranças torna-se indispensável para tal feito. Por fim, fechamos a segunda unidade
xemos toda a contextualização histórica, a qual permitiu afirmar que todo gestor
Espero que os conteúdos tenham sido relevantes. Que você possa verdadeira-