Diuréticos
Diuréticos
Diuréticos
DIURÉTICOS
Prof Alisson - 03/09/2019
Estudar no Goodman
Conceitos
Alto limiar diuréticos que revertem rapidamente o estado de hipervolemia. “Jogam muita água e
muito sódio na urina”. São utilizados de forma aguda, na urgência e emergência.
Baixo limiar diuréticos que produzem diurese e natriurese em menor intensidade que o de alto
limiar. São utilizados de forma crônica para o tratamento de algumas doenças. Atuam em locais de
baixa absorção do néfron. Se você aumentar a dose de um diurético de baixo limiar, você aumenta
os efeitos colaterais, mas não a sua eficácia.
Diurese eliminação de todas as excretas (nitrogenadas e não nitrogenadas, eletrólitos, etc) em
determinado intervalo de tempo.
Natriurese eliminação de sódio na urina em determinado intervalo de tempo.
Contração volêmica volume diminui. Os diuréticos são usados para fazer contração volêmica.
Aumento da diurese diminui retorno venoso diminui o volume de sangue que chega no coração.
Expansão volêmica volume aumenta. Para a expansão volêmica em pacientes hipotensos, por
exemplo, é utilizado soro fisiológico (solução de sódio). Isso aumenta o retorno venoso, o que faz
com que a diástole seja maior, distendendo mais as câmaras cardíacas, gerando uma contração de
mesma intensidade, o que aumenta o débito cardíaco (mecanismo de Frank-Starling). Aumento do
volume diastólico aumento de volume sistólico aumenta débito cardíaco aumenta pressão
arterial.
- A maior parte dos pacientes hipertensos que usam diuréticos são negros, pois possuem uma maior
tendência em reter água, quando comparado aos brancos.
Prática clínica
- Paciente com anasarca edema agudo de pulmão, edema cerebral (as trocas gasosas são comprometidas
em todo o corpo) é necessário reverter esse quadro rapidamente diurético de alto limiar.
- Exemplos de causas de edema agudo de pulmão: insuficiência cardíaca (é a principal), insuficiência
hepática, cirrose hepática (diminui albumina, altera pressão oncótica, gera edema), trauma físico
(exemplo: acidente automobilístico), sepse.
- Paciente com doença renal mesmo usando um diurético potente, de alto limiar, o paciente não vai
melhorar tanto a performance renal.
- Não existe fármaco nenhum que melhore a performance renal, nenhum fármaco melhora a filtração
glomerular.
- A taxa de filtração glomerular depende do clearence de creatinina.
- A TFG é usada para avaliar a performance renal. TGF normal: 90 a 120 ml/min.
- Os diuréticos atuam pós-filtração glomerular, então não atuam diretamente na filtração (por isso,
não há melhora da performance renal).
- A atuação dos diuréticos é depois do filtrado, onde podem inibir a reabsorção de sódio e água dentro
de algumas regiões específicas do néfron. Isso aumenta a diurese.
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- Para o diurético funcionar, é necessário ter um volume de filtrado em uma quantidade razoável. Se
o paciente tem uma doença renal grave e produz pouco filtrado, não tem como o diurético ajudar
em nada.
- Paciente com insuficiência cardíaca o grande problema da IC é a alta volemia, pois há uma disfunção na
contração cardíaca e, assim, o coração não consegue ejetar sangue em grande quantidade.
- O diurético reduz a volemia, tendo um ótimo efeito na IC.
- O diurético reduz o retorno venoso, o que reduz a pós-carga e aumenta a força de contração isso
melhora a performance do coração.
- Além do diurético, são utilizados outros medicamentos na IC (acho que digoxina, que aumenta a
força de contração e dobutamina, que é um agonista 1 adrenérgico e aumenta o cronotropismo e
o inotropismo).
- Hipertonicidade da medula: a medula do néfron possui mais sódio para faciliar a reabsorção de água no
segmento descendente e ascendente delgado da alça de Henle.
Diuréticos de alça
- Informação aleatória: íons filtrados no glomérulo sódio, potássio, bicarbonato, cloreto, cálcio, magnésio,
próton H+, ureia, aminoácidos, produtos de metabolismo de fármacos, etc.
- Como o diurético diminui o edema agudo de pulmão? Reduz o volume de água no sangue, o que altera a
relação soluto/solvente do sangue, aumentando a pressão oncótica (aumenta relação proteína/plasma),
favorecendo que o líquido do meio intersticial vá para os capilares.
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- Obs:
- Contração volêmica relação proteína plasma alta
- Expansão volêmica relação proteína plasma baixa.
- Cálcio e magnésio tem carga positiva, então eles possuem dificuldade de passar pelo meio da célula. Assim,
eles são transportados da urina para o espaço intersticial por meio das junções intracelulares, graças ao
gradiente de concentração favorável.
- Membrana luminal 70mV, membrana basolateral: 60mV. A basolateral é mais eletronegativa. Como o
cálcio e magnésio são cátions, eles têm afinidade pelo local mais eletronegativo (60Mv). Desse modo,
possuem a tendência de sair da urina e ir para o meio intersticial.
- Os diuréticos não causam hipocalemia e caliúria por alteração no receptor, tem outro motivo. DESAFIO:
Qual a explicação da hipocalemia e da excreção aumentada de H+ nos usuários de diuréticos de alça? Eu
não entendi isso, mas a resposta é a seguinte:
- Furosemida é a mais utilizada, tem para uso hospitalar e para venda em farmácias.
- Comprimidos: caixa de 40mg, 20 comprimidos
- Ampolas: 5 ampolas com 2ml. 10mg/ml.
SEMPRE FAZER INFUSÃO LENTA DE FUROSEMIDA. NÃO FAZER RÁPIDO POIS PODE DAR OTOTOXICIDADE
(se repetir isso várias vezes, pode causar surdez).
- Bumetanida - Burinax
- Produz o mesmo efeito da furosemida, mas é mais cara.
- 1mg, 20 comprimidos.
- No túbulo contorcido distal, tem as células da mácula densa, que tem a função de identificar as
concentrações de eletrólitos no filtrado glomerular.
- Hemodinâmica renal: todos os eventos envolvidos no processo de filtração glomerular.
- Se tiver altas quantidades de sódio e cloreto, o sensor bloqueia esse processo aí e induz a liberação de
adenosina, a adenosina atua em um receptor na célula justaglomerular o que diminui a renina e a produção
de angiotensina I.
- Do mesmo jeito que o simportador é Na-K-2Cl é bloqueado na alça de Henle, a furosemida bloqueia esse
mesmo simportador na mácula densa.
- Com isso, mesmo se tiver muito sódio e cloreto no filtrado, a mácula densa vai entender que tem pouco,
daí ela estimula a via COX-2, que aumenta renina, aumenta filtrado.
- Benefício: persistência de um filtrado glomerular aumentado continuamente.
- A resposta diurética também será aumentada.
PROVA Uso de anti-inflamatórios todo dia: se você bloqueia COX-2, a produção de prostaglandina diminui
no corpo inteiro (inclusive na mácula densa), então você vai filtrar menos (estimula menos a célula JG e
produz menos renina etc). Isso causa uma redução cíclica do processo de filtração. Nesse caso, o paciente
evolui para uma insuficiência renal. Ao longo do tempo, o organismo “acostuma” com a filtração reduzida e
ocorre uma dessensibilização desses mecanismos, daí não adianta mais parar de tomar o anti-inflamatório.
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- O tempo para acontecer isso depende do paciente. No caso do idoso, ele tem redução dos néfrons,
então pode ter um problema renal com uso de anti-inflamatórios por 3 meses por exemplo.
- Pode usar diuréticos de alça em gestantes? NUNCA! Contração volêmica causa hipoperfusão placentária,
causa sofrimento fetal.
Reações adversas
- Ototoxicidade (ac. etacrínico) em altas doses e administração IV rápida devido a alteração da composição
de eletrólitos na endolinfa ou associados ao aminoglicosídeos e vancomicina. Fármacos ototóxicos
infundidos em bolus aumentam a concentração de eletrólitos na endolinfa. Essa endolinfa tem a função de
conduzir ondas sonoras etc. Se for realizada infusão em bolus, com pequeno intervalo de repetição e com
rápida infusão, o paciente pode ter perda de audição. Se não for rápida e o intervalo entre as infusões for
maior, é uma surdez que pode reverter depois. Primeiro perde sons de alta e depois de baixa frequência.
Paciente diz “ouvindo cachoeira”.
- Hiponatremia, depleção abrupta de volume do LEC, hipoptassemia (glicosídeos cardíacos??), arritmias,
hipomagnesemia, hipocalcemia (devem ser evitados para mulheres pós menopausa com osteoporose),
hiperuricemia, hiperglicemia, aumento de LDL, triglicerídeos e diminuição de HDL.
Interações medicamentosas
- Interação entre digoxina (glicosídeo cardíaco e furosemida) Como o quadro de hipopotassemia causa
arritmia? Quando diminuímos o potássio, acontece uma repolarização prolongada por causa da saída
contínua de potássio para compensar a redução do potássio. Pós-despolarização precoce deflegra o
mecanismo arritmogênico. Hipopotassemia: a arritmia clássica é a Torsades de pointes.
- Furosemida + gentamicina (ou vancomicina por exemplo) ototoxicidade sinérgica. Isso acontece
quando são usados ao mesmo tempo. O que fazer se precisar dos dois? Usa um de manhã e outro à tarde
por exemplo.
- Glicosídeos digitálicos aumentam das arritmias induzidas pelos digitálicos. Os digitálicos atuam na
bomba de sódio-potássio-atpase, atuam inibindo essa bomba, que gera como benefício o aumento de cálcio
intracelular e melhora da função cardíaca. Só que em caso de hipopotassemia, esses fármacos tendem a
aumentar a sua potência inotrópica positiva (a curto prazo), gerando um cenário arritmogênico a longo
prazo. usar um de manhã e outro a tarde, no caso de necessidade de usar digoxina e furosemida
- Lítio (drogas antimaníacas, usadas em pacientes bipolares por ex) a furosemida aumenta os níveis
plasmáticos do lítio. Isso é um problema pois o lítio é muito nefrotóxico!
- Propranolol aumentam os níveis plasmáticas do propranolol. Em doses altas, ele tende a deflagrar
mecanismos arritmogênicos. O propranolol produz efeito cronotrópico negativo em doses altas. Tomar
muito cuidado com essa associação. Porém, usamos diuréticos de alça por 2 a 3 dias, isso não dá nenhum
problema não. O uso crônico que dá problema.
- Sulfonilureias hiperglicemia. Paciente com baixos níveis de potássio (devido a furosemida) tendem a ter
casos frequentes de hiperglicemia. Tem em um canal de potássio ATP dependente na célula beta, abrindo o
canal, permitindo a saída de potássio que causa hiperpolarização da célula beta, não existe abertura dos
canais de cálcio e consequentemente não tem insulina. A sulfoniureia inibe o canal de potássio dependente
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de célula beta, esse canal não se abre, daí terá a liberação de mais insulina. Se a furosemida diminui o
potássio fora da célula, terá um gradiente de concentração para o potássio sair, assim, mesmo na presença
da sulfoniureia que deixa o canal de potássio fechado, o gradiente de concentração fica tão intensificado
que se abre o canal, a célula perde o potássio, a célula fica hiperpolarizada, terá um bloqueio da
despolarização se a célula não despolariza, não terá liberação de insulina.
- Hipoglicemia = confusão mental, tremores, taquicardia reflexa, sudorese fria e palidez
mucocutânea.
- Hiperglicemia = alteração no paladar, sede excessiva, tendência a ganhar peso.
- AINEs resposta diurética reduzida. Pacientes que tomaram AINES diariamente tendem a apresentar uma
redução na performance de filtração renal piora da FG. Uma das variáveis identificadoras disso é a TFG.
Paciente que usa AINEs todo dia tem uma grande chance de se tornar nefropata no futuro. Por ele afetar o
rim, ele diminui a eficácia dos diuréticos de alça terá uma pior/menor diurese.
- Probenecida resposta diurética reduzida. É um medicamento usado para hiperuricemia (ácido úrico
elevado). Esse medicamento tende a competir com a furosemida naquele transportador de secreção, daí a
furosemida vai permanecer no plasma e não vai ter ação.
- Diuréticos tiazídicos profunda diurese. Os tiazidicos atuam no TCD. A profunda diurese pode levar a
desidratação, o que pode interferir até mesmo no coração (arritmia cardíaca) e até causar convulsão. Por
isso, não é recomendado associá-los, mas em alguns casos podem ser associados a curto prazo.
Casos específicos
- Paciente diabético usando furosemida o potássio cai, glicose sobe, entra com insulinoterapia.
Insulinoterapia mantém a eficácia da furosemida. Depois que volta ao normal, tira a furosemida e a insulina
e volta aos medicamentos que o paciente já usava (metformina e tal).
- Paciente com osteoporose na emergência, faça furosemida!!! Depois que melhorar o problema que ele
tiver tendo, tira a furosemida e volta a vida normal com os medicamentos que eram utilizados antes.
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- Leve flutuação no hemograma, mas não tem significado clínico, não precisa de tratar isso.
Diuréticos tiazídicos
- Aumenta a excreção de ácido úrico (agudamente) e reduz cronicamente mesmo efeito do diurético de
alça.
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- Aumenta a excreção de H+ urina mais ácida trata paciente intoxicado por fármacos básicos
(analgésico opioide por exemplo), pois ioniza mais o fármaco básico, que ficará na urina e será eliminado.
Além disso, aumenta a diurese, o que também contribui para jogar mais fármaco para fora.
- Clorana hidroclorotiazida – 25 e 50mg. Tem o comprimidinho “sulcado” pode cortar (mas não pode ser
com faca serrilhada, tem que ser corte contínuo, espessura mais fina, tem que dividir ao meio).
Hidroclorotiazida: adultos (50-100mg/dia até 200 mg/dia).
Crianças: 12,5 a 25 mg/dia
- Natrilix (é drágea, não é comprimido) 2,5 mg Indapamida é menos utilizada por conta do preço. A
indapamida tem uma característica que beneficia alguns pacientes (depois o Alisson vai falar a
característica).
- ATUAM NO TCD depois da mácula densa, então não interferem naquelas coisas de hemodinâmica renal.
- Não interferem no mecanismo medular renal de hipertonia. Não bloqueiam a capacidade do rim de
concentrar a urina.
- Não afetam a FSR, atuam após a macula densa e não tem efeito sobre a RTG (feedback/reabsorção
tubuloglomerular).
- São ineficientes quando TFG é menor que 30-40 ml/min (exceto indapamida). A indapamida é o único
diurético que atua em pacientes que tem pouca diurese e TGF baixa, atua com um mecanismo
desconhecido. Produz diurese mesmo em pacientes que filtram pouco.
- Cronicamente reduzem a excreção de cálcio por aumentar a reabsorção tubular de cálcio no TCP e TCD.
- Não são indicados em nenhuma fase da gestação. Atravessa a barreira placentária e tem risco de fazer
hipoperfusão placentária. Além disso, os estudos são poucos conclusivos acerca da teratogenicidade ou se
é fetopático.
- Encontrado no leite, evitar durante a amamentação.
Efeitos adversos
- Disfunção erétil mt comum (tanto com tiazídicos quanto com beta-bloq). Não tem ereção, a libido reduz.
Principalmente após os 50 anos. NÃO FALAR ISSO PARA O PACIENTE, se não ele vai ficar preocupado e terá
muito mais chance de ter disfunção por causa disso.
- Vertigens, diarreia, constipação, fotossensibilidade, hiponatremia, depleção abrupta do LEC,
hipopotassemia (arritmias), alcalose metabólica, hipomagnesemia, hipercalcemia (cronicamente – tcp)
(osteoporose), hiperuricemia (não necessariamente causa artrite gotosa, depende de outros fatores),
hiperglicemia (pode precipitar a DM II), morte cardíaca súbita (redução do limiar para fibrilação ventricular
– toda droga que expolia potássio é arritmogênica), aumento de triglicerídeos e colesterol.
- Diuréticos de alça são mais arritmogênicos do que os tiazídicos porque os de alça expoliam mais potássio.
Interações medicamentosas
- Podem reduzir o efeito de: uricosúricos e sulfonilreias. mesmo mecanismo dos outros.
- Procainamida (produz prolongamento de QT repolarização mais prolongada mais chance de arritmia)
+ tiazidicos (hipopotassemia) (torsade de pointes). Potencialmente fatal.
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- O tiazídico sozinho já causa repolarização prolongada, associada a procainamida então, terá grande
chance de ter arritmia (torsades de pointes).
- Eritromicida também prolonga intervalo QT.
- Baixos níveis de potássio interfere no ECG afeta a repolarização do músculo cardíaco, na fase 3 do ECG
a repolarização é prolongada (tem baixos níveis de potássio fora, vai sair muito potássio) causa arritmia
arritmia torsade de pointes. Essa arritmia resolve com cardioversão e depois com medicamentos.
- Fase 0 a 1: predomina sódio.
- Fase 2: cálcio
- Fase 3: potássio.
- Fase 4: período refratário.
Poupadores de potássio
- Duas classes:
- Se você bloqueia os canais de sódio, não entra sódio e consequentemente não sai potássio. Assim, as
concentrações de potássio aumentam até chegar aos níveis normais de potássio.
- São fraquíssimos diuréticos, eles são usados mesmo é para poupar potássio.
- Esses diuréticos não produzem natriusese, só poupam potássio.
- Se bloqueia os canais de sódio, você também deixa de jogar H+ para a urina e de bicarbonato para o sangue.
Só que esses são apenas alguns mecanismos que controlam a acidez/alcalose. A própria célula tem um
mecanismo para reduzir a produção de H+ e bicarbonato. Ou seja, não chega ao ponto de fazer alterações
na urina e no sangue quanto ao pH.
- Hiperpolarização da membrana.
- Poucos efeitos sobre a hemodinâmica renal.
- O bloqueio dos canais de sódio hiperpolariza a membrana luminal e reduz a voltagem transepitelial
facilitando a excreção de cátions.
-São contra-indicados em pacientes com hiperpotassemia, IR, associados a diuréticos poupadores de K+ e
na suplementação de potássio.
- Reduzem cronicamente a excreção de ácido úrico.
- Reações adversas: náuseas, vômitos, vertigens, diarreia e cefaleia.
- Trimetoprima (está dentro do Bactrim) em altas doses produz hiperpotassemia. A amilorida pode
potencializar a hiperpotassemia que a trimetoprima causa.
PARA TODOS OS PACIENTES QUE USAM DIURÉTICOS TIAZIDICOS DE USO CONTÍNUO, É NECECSSÁRIO
SOLICITAR A DOSAGEM DE ELETRÓLITOS NO RETORNO DA CONSULTA, PARA VER SE O DIURÉTICO ESTÁ
ALTERANDO AS CONCENTRAÇÕES DOS ELETRÓLITOS.
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2) Antagonistas de aldosterona:
- Espironolactona, canrenona e eprelenone.
- Aldos- MR induzem as AIPs.
- Fisiologia: aldosterona interage com o receptor mineralocorticoide da célula epitelial renal. Esse receptor
atua no núcleo que codifica proteínas induzidas pela aldosterona (um exemplo: bombas de sódio e potássio
atpase, proteínas da mitocôndria, canais de sódio, canais de potássio etc). A aldosterona reabsorve sódio e
água (aumenta aquaporinas).
- Antagonista da aldosterona: é melhor quando tem muita aldosterona (pacientes brancos tem mais). Para
a eficácia da espirolactona ser maior, tem que ter mais aldosterona se tem mais aldosterona, significa que
a via está mais ativada, daí tem mais lugar para espirolactona atuar. A espirolactona desvia a aldosterona do
receptor, inibindo sua ação.
- A espirolactona bloqueia o receptor.
- A célula vai reabsorver menos sódio e menos água. Assim, vai expoliar menos potássio.
- Voltagem transepitelial do lúmem aumentada.