Dissertacao (103) SISTEMA AUTOMATIZADO PARA TESTES PDF
Dissertacao (103) SISTEMA AUTOMATIZADO PARA TESTES PDF
Dissertacao (103) SISTEMA AUTOMATIZADO PARA TESTES PDF
Fortaleza
2013
MICHELLE QUEIROZ DA SILVA
Fortaleza
2013
ii
Universidade Estadual do Ceará
Biblioteca Central Prof. Antônio Martins Filho
Bibliotecário (a) Leila Cavalcante Sátiro – CRB-3 / 544
CDD: 001.6
iii
iv
À minha mãe,
Rozimá, mulher guerreira, inspiração da minha
vida e que tanto me apoiou nos momentos
difíceis.
v
AGRADECIMENTOS
Ao Senhor, por ter sido meu refúgio e fortaleza nos momentos mais difíceis e em
todos os outros.
Aos meus orientadores, Prof Dr. Anilton Salles e Profª Dr. Verônica Pimentel,
pelo apoio, paciência, compreensão e companheirismo.
Aos meus grandes amigos Prof. Moisés Oliveira, Prof. Ronaldo Ramos, Profª
Cinthya Machado e Prof. Wellington Belo por todo apoio e motivação para realização deste
mestrado.
Ao Prof. Pedro Nascimento, diretor do IFCE Campus Tauá por estar sempre ao
meu lado nos momentos difíceis.
vi
RESUMO
vii
ABSTRACT
viii
LISTA DE FIGURAS
x
LISTA DE TABELAS
xi
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
xiii
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 1
xiv
2.5.1.4 Teste de Camada 2 ..........................................................................................................................................35
2.5.1.5 Teste de Tráfego .............................................................................................................................................36
2.5.1.6 Teste da RFC 2544 .........................................................................................................................................36
2.5.1.7 Teste de Camada 3 (Rede) ..............................................................................................................................37
2.6 CONSIDERAÇÕES FINAIS DO CAPÍTULO ........................................................................................................ 38
xv
5 CONCLUSÕES, TRABALHOS FUTUROS .................................................................... 84
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 89
xvi
1 INTRODUÇÃO
1.1 Contextualização
O avanço tecnológico que o mundo vem sofrendo é notório. Cada vez mais novas
tecnologias são implementadas, trazendo melhorias sobre sistemas já existentes ou inovando
com novas soluções. Essa evolução é comprovada no que se refere às telecomunicações,
interligando as redes digitais, proporcionando a convergência de informações, a transmissão
de dados em alta velocidade e baixo custo.
Na era da convergência, grande parte das informações é transmitida através da
Web1. Empresas de todos os portes são interligadas e se comunicam através de backbones2
(redes de transporte) de alta velocidade. Usuários residenciais se conectam à Internet através
de redes de acesso em banda larga, possibilitando a utilização de todos os tipos de
informações e serviços disponíveis.
Metro Ethernet são redes que utilizam o padrão Ethernet para áreas
metropolitanas e geograficamente distribuídas. São consideradas plataformas multisserviços
por darem suporte a diversas aplicações e serviços multimídia e em rede (MEF, 2011). O
conceito de redes Metro Ethernet surgiu devido a convergência de redes que suportem
aplicações multimídia, agregando baixo custo e altas velocidades. Novas tecnologias foram
agregadas e se fez necessário a criação de novos equipamentos e protocolos para transporte de
informação a longa distância. A tecnologia Ethernet, que já se mostrava eficiente para
aplicações em redes locais (LANs), foi escolhida para transporte de dados a longa distância
devido a seu baixo custo, flexibilidade e facilidade de manutenção. Essa tecnologia está sendo
uma das mais implementadas para aplicações de transporte de dados em alta velocidade,
principalmente pelas operadoras de telecomunicações (MEF, 2011). Do ponto de vista das
operadoras de telecomunicações para redes de longa distância, as soluções mais eficientes e
viáveis utilizam a Rede Metro Ethernet encapsulada em OTN (Optical Transport Networks).
Segundo levantamento realizado pela operadora OI, em Outubro de 2012 os trechos atendidos
por essas tecnologias apresentavam congestionamento e consequentemente necessidade de
1
Web - Word Wide Web.
2
Backbone - No contexto de redes de computadores, o backbone (backbone traduzindo para português, espinha
dorsal, embora no contexto de redes, backbone signifique rede de transporte) designa o esquema de ligações
centrais de um sistema mais amplo, tipicamente de elevado desempenho.
1
expansão, devido ao crescimento da demanda (TNL PCS, 2012). As redes OTN utilizam
fibras ópticas para o transporte de informação. Além disso, fazem uso da multiplexação
DWDM3 (Dense Wavelength Division Multiplexing), ou seja, a multiplexação por divisão de
comprimento de onda, para otimizar recursos e largura de banda.
Destacam-se, nesta dissertação, os esforços que vêm sendo realizados pelas
empresas da área de Telecomunicações em proporcionar tecnologias de comunicação que
atendam a essa demanda agregando alta qualidade e baixo custo. A tecnologia em foco nesta
pesquisa são os anéis Metro Ethernet disponibilizados pelas operadoras de Telecomunicações
e regulamentados através do padrão IEEE 802.3 (IEEE 802.3, 2011) e da RFC 2544 (IETF
RFC 2544, 1999), que definem o protocolo Ethernet e os padrões de teste para o protocolo
Ethernet.
As Redes Metro Ethernet utilizam fibras ópticas como meio físico de transmissão,
disponibilizando velocidades que podem variar de 10Mbps (Padrão Ethernet), 20Mbps,
34Mbps, 100Mbps (Padrão Fast Ethernet), 1Gbps (Padrão Gigabit Ethernet), 10Gbps (Padrão
10 Gigabit Ethernet), chegando a 100 Gigabit Ethernet. Além disso, podem ser
implementadas nas topologias em estrela, em anel, malha total ou parcial. Essa tecnologia
vem expandindo-se como solução para as interligações de redes em alta velocidade, bem
como para o provimento de acesso a Internet através do uso de tecnologias de banda larga,
devido a sua capilaridade de alcance metropolitano, alta confiabilidade, facilidade na sua
instalação, flexibilidade e economia. Todas essas vantagens são possibilitadas pela utilização
do padrão Ethernet em redes de alcance metropolitano, agregando baixo custo, segurança e
taxas de transmissão em alta velocidade (IEEE 802.3, 2011).
Os usuários desses tipos de acesso buscam uma alta disponibilidade de operação
de seus links, fazendo com que as operadoras forneçam SLAs4 (Service Level Agreement)
variando entre 95% a 99% de disponibilidade de acesso (ANATEL, 2010). Para garantir esse
rígido acordo de nível de serviço é necessário que as operadoras de Telecomunicações
otimizem e automatizem o processo de manutenção dos acessos de seus usuários,
possibilitando a redução de tempo na correção dos defeitos e restauração do funcionamento
dos acessos.
3
DWDM – Multiplexação por Divisão de Comprimento de Onda.
4 SLA – Acordo de nível de serviço. Um Acordo de Nível de Serviço (ANS ou SLA, do inglês Service Level
Agreement) é um acordo firmado entre a área de TI e seu cliente interno, que descreve o serviço de TI, suas
metas de nível de serviço, além dos papéis e responsabilidades das partes envolvidas no acordo.
2
Grande parte das redes de comunicações das operadoras de telecomunicações
possui gerenciamento remoto, o que possibilita a verificação de falhas e alguns testes de
diagnósticos remotos. Porém, para correção de defeitos, mesmo possuindo o gerenciamento
de suas redes, faz-se necessário o acionamento de um técnico para verificação e testes locais.
Dependendo da capilaridade do circuito, o técnico necessita realizar diversos deslocamentos
para testes em todos os pontos dos circuitos. Isso demanda bastante tempo, o que prejudica o
SLA contratado pelo cliente, gerando multas, algumas vezes gigantescas, para as empresas
operadoras.
Tendo em vista a necessidade de otimização do tempo de reparo dos circuitos de
comunicação de dados das operadoras de telecomunicações, surgiu a motivação para o
desenvolvimento de um sistema automatizado de testes remotos, foco desta dissertação. Este
sistema proporciona o acesso remoto a todos os pontos da rede, possibilitando a realização de
testes e diagnóstico de falhas a distância, otimizando recursos e principalmente o tempo de
deslocamento dos técnicos nas manutenções.
5
Teste Set: Equipamento utilizando para testes em circuitos e links
3
Na realização de testes utilizando os test set, observam-se algumas limitações e
inconveniências. Muitas vezes os testes locais não são suficientes, pois há a necessidade de
deslocamento para outra ponta do circuito em rede, usando outro tipo de teste, o ponto a
ponto, o que demanda dois instrumentos, dois técnicos, tempo de deslocamento e outras
inconveniências associadas (chuvas, congestionamento, greves no sistema de transporte,
dentre outros). Surge assim, a necessidade de implementação de melhorias nesse processo de
teste em redes. Esta dissertação tem por interesse maior a busca de uma solução para o
processo de testes em redes Metro Ethernet.
A autora desta dissertação vivenciou a função de Técnica de Manutenção de
Circuitos de Dados da Empresa OI (OI Telecom) do grupo TNL PCS (2001 a 2008). No
exercício da função de manutenção, um técnico enfrenta adversidades que, muitas vezes,
atrapalham o bom andamento e agilidade da manutenção a ser executada. Há uma real
necessidade de otimizar os recursos humanos, bem como os recursos materiais, nos
procedimentos de testes em redes de comunicação. Como mencionado anteriormente, uma
empresa que presta serviços de telecomunicações a clientes exigentes, pode ter sérios
prejuízos quando os contratos (SLAs) não são rigorosamente cumpridos. Equipamentos que
não atendem às necessidades ou com funcionalidades limitadas são fatores de baixa
produtividade na atividade de testes. A Indústria deve ter interesse em desenvolver
inteligência e automação para processos dessa natureza.
Objetivando o cumprimento de sua missão de inovação, motivado pelo potencial
de demanda por automatização do processo de testes em circuitos de comunicação, o SENAI
observou, neste segmento de mercado, uma excelente oportunidade de negócios. Com isso,
para promover a inovação e contribuir para a elevação da competitividade da Indústria, o
SENAI está fornecendo condições para que um grupo de pesquisa atue no seu
desenvolvimento.
Vislumbrando um produto inovador para automatização de testes, surgiu a ideia
de se buscar parceria com a indústria Datacom6 e desenvolver um projeto concreto de um
equipamento mais inteligente e produtivo para teste em redes de comunicação.
6
Datacom – Empresa fabricante de equipamentos de telecomunicações e instrumentos de testes
4
1.3 Justificativa do Trabalho
1.4 Objetivos
5
1.4.2 Objetivos Específicos
Para alcançar o objetivo geral, foram definidos alguns objetivos específicos:
• Desenvolver um software que possibilite a automatização de testes.
• Definir o tipo de interface e o protocolo de comunicação que possibilitarão a
comunicação do equipamento com a rede e o PC.
• Instalar o software de comunicação no equipamento de teste.
• Realizar os testes do equipamento em laboratório e em ambiente real.
• Documentar, analisar e criticar os resultados obtidos com os testes.
7
TSW900ETH: Equipamento de teste fabricado pela empresa Datacom escolhido para implementação do
sistema.
6
• Instalação do software desenvolvido no equipamento alvo, como firmware que
possibilitará os testes de forma remota.
• Validação das novas funcionalidades do equipamento em ambiente real, utilizando
um determinado circuito Metro Ethernet disponibilizado pela operadora OI
Telecom.
• Documentação e análise de todos os resultados dos testes.
7
emprego e renda de forma direta e indireta, aumentando a capacidade produtiva da empresa
Datacom e ampliando o acervo tecnológico do SENAI em seus treinamentos.
Esta dissertação está organizada em cinco capítulos. Além deste capítulo, que
apresenta a Introdução, há mais quatro capítulos com o seguinte conteúdo:
8
2 REDES METRO ETHERNET E PADRÕES DE TESTES
2.2 Introdução
9
De acordo com a Fecomércio8, o percentual de brasileiros conectados à Internet aumentou de
27% para 48%, entre 2007 e 2011 (FECOMÉRCIO, 2011). Ainda falando do cenário
brasileiro, existe o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) que favorece ainda mais esse
crescimento. No cenário mundial esse cenário não poderia ser diferente. De acordo com
estimativas da União Internacional de Telecomunicações (UIT), a banda larga móvel no
mundo cresceu 26,2% em 2011. No Japão, por exemplo, mais de 50% da receita líquida das
operadoras é representada por uso de dados; nos Estados Unidos, 40%; na Europa esse
número já supera os 30% (UIT, 2011). No Brasil, a receita bruta de dados representou 20,9%
da receita de serviços das operadoras em 2011 e tende a aumentar devido à convergência de
informação (UIT, 2011). Esse aumento na quantidade de serviços de acesso à Internet foi
propiciado principalmente com a redução da infraestrutura necessária para prover acessos à
Internet, pela evolução das tecnologias de transmissão, pela evolução dos protocolos de
comunicação e pela evolução das tecnologias de redes de alta velocidade.
A rápida evolução de serviços Ethernet possibilitou o surgimento de soluções
integradas, padronizadas e simplificadas, ferramentas de gerência, aplicações em classes de
serviços, disponibilizando maior acessibilidade e gerando oportunidades estratégicas,
reduzindo custos e com isso ampliando receitas e trazendo vantagem competitiva para
empresas, provedores de serviços e operadoras através de uma rede globalizada (MEF, 2011).
Como se pode ver, são grandes as contribuições para esse avanço tecnológico que se
está vivenciando no setor de TICs. Tomando-se por base esse avanço, esta dissertação
contempla o desenvolvimento de uma plataforma de testes automatizado que possibilita a
implementação de inúmeras melhorias nos serviços de comunicação de dados das operadoras
de Telecomunicações e das diversas empresas que possuam a tecnologia Metro Ethernet em
seu parque tecnológico.
8
FECOMÉRCIO: Federação do Comércio
10
tecnologia está sendo utilizada e vem expandindo-se para aplicações em redes metropolitanas
(KUROSE e ROSS, 2010).
A tecnologia Ethernet aparece em diferentes versões e foi padronizada através dos
anos pelo grupo de trabalho IEEE 802.3. Essas diversas versões da tecnologia são expressas
através dos acrônimos 10BASE-T, 10BASE-2, 100BASE-T, 1000BASE-LX e 10GBASE-T.
A primeira parte do acrônimo refere-se à velocidade padrão: 10, 100, 1000 ou 10G, por 10
Megabits (por segundo), 100 Megabits e 10 Gigabits Ethernet, respectivamente. “BASE” se
refere à transmissão em banda base da Ethernet, significando que a mídia só suporta um sinal
por vez. A parte final do acrônimo faz referência à mídia em si; a Ethernet é tanto uma
camada de enlace como uma camada física que inclui um cabo coaxial, fio de cobre e fibra
óptica. Essas características definem essa tecnologia e suas variações (IEEE 802.3, 2011).
Inúmeras são as vantagens do padrão Ethernet e suas variações. Dentre elas,
podem-se destacar: a popularidade da tecnologia, o baixo custo para a implantação,
transmissão de dados em alta velocidade, protocolo bem consolidado, facilidade e
flexibilidade em sua instalação/manutenção. Tendo em vista as inúmeras qualidades e
facilidades existentes na tecnologia Ethernet, esse padrão estendeu-se e passou a ser utilizado
em redes Metropolitanas (MANs), dando origem as Redes Metro Ethernet.
Segundo Kurose (KUROSE e ROSS, 2010) a Lan Ethernet original foi inventada
em meados da década de 1970 por Bob Metcalf e David Boggs. A Figura 1, a seguir,
representa o desenho esquemático da proposta original.
11
O projeto original utilizava um barramento coaxial. Esse tipo de topologia em
barramento foi bastante utilizado durante toda a década de 1980 até meados da década de 90.
Com essa topologia a transmissão ocorria no modo broadcast. No final da década de 90 a
topologia estrela para esse tipo de rede se popularizou (KUROSE e ROSS, 2010).
Uma rede Ethernet a princípio era composta por um segmento de um cabo
coaxial. Os primeiros padrões 10BASE-2 e 10 BASE5 possibilitavam transmissão a 10Mbps
Ethernet sobre dois tipos de cabos coaxiais, limitados a um comprimento de 200 metros e 500
metros, respectivamente. Esse modelo passou por uma grande evolução e a Ethernet atual é
bastante diferente do modelo inicial proposto. No final da década de 90 foi criado o padrão
100 Mbps, 10 vezes mais rápido. Esse padrão preservou o protocolo Ethernet original, porém
foram definidas camadas físicas de alta velocidade para fios de cobre e fibra óptica. Com isso
surge a rede Gigabit Ethernet, uma extensão muito bem sucedida dos padrões 10 Mbps e 100
Mbps. Oferecendo velocidade de 1000 Mbps, a Gigabit Ethernet mantém total
compatibilidade com a imensa base instalada de equipamentos Ethernet. A Ethernet 10 Gbps
foi padronizada em 2007 possibilitando velocidade ainda mais alta de transmissão (KUROSE
e ROSS, 2010).
12
2.3.1.1 Estrutura do quadro Ethernet
14
Figura 5: Esquema de Funcionamento do CSMA/CD
Fonte: (PUC, 2011)
9
MAC: Media Access Control é um endereço físico associado à interface de comunicação, que conecta um
dispositivo à rede.
15
Figura 6: IEEE 802.3
Fonte: (PUC, 2011)
16
1000BASE-T Gbit/s Ethernet sobre cabo par trançado a 1 Gbit/s (125
802.3ab 1999
MB/s)
Tamanho máximo do quadro 1522 bytes (para permitir "Q-tag"). O Q-
802.3ac 1998 tag é visto na norma 802.1Q VLAN e 802.1p priorização de
informações.
802.3ad 2000 Agregação de links (bundling)
802.3-2002 2002 Uma revisão de padrões básicos com incorporações e erratas.
10 Gbit/s (1,250 MB/s) Ethernet usando Fibra ótica; 10GBASE-SR,
802.3ae 2003 10GBASE-LR, 10GBASE-ER, 10GBASE-SW, 10GBASE-LW,
10GBASE-EW
Power Over Ethernet um formato para enviar dados junto com energia
802.3af 2003
elétrica AC.
802.3ah 2004 Para acesso a redes em uma rede MAN
10GBASE-CX4 10 Gbit/s (1,250 MB/s) Ethernet sobre cabo de cobre a
802.3ak 2004
baixo custo
802.3-2005 2005 Revisão da estrutura básica incorporando 4 padrões e errata.
10GBASE-T 10 Gbit/s (1,250 MB/s) Ethernet usando unshielded
802.3an 2006
twisted pair(UTP)
Backplane Ethernet (1 and 10 Gbit/s (125 and 1,250 MB/s) usando
802.3ap 2007
placa de circuito impresso)
10GBASE-LRM 10 Gbit/s (1,250 MB/s) Ethernet usando Fibra
802.3aq 2006
multimodo
802.3ar 2008 Gerencia de congestionamento
802.3as 2006 Expansão de quadro
802.3at 2008 Melhoras usando Ethernet na rede elétrica
Isolamento necessário para Ethernet na rede elétrica (802.3-2005/Cor
802.3au 2006
1)
802.3av 2009 10 Gbit/s EPON usando fibra ótica
Correção de equação na publicação 10GBASE-T (lançada como 802.3-
802.3aw 2007
2005/Cor 2)
802.3ax 2008 Retirada do Link aggregation do 802.3 para IEEE 802.1
802.3ay 2008 Manutenção do padrão básico
Grupo de Estudo para redes de alta velocidade. 40 Gbit/s sobre 1m
backplane, 10m cabo Cu (4x25 Gbit ou 10x10 Gbit) e 100 m de fibra
802.3ba 2009 ótica multimodo e até 100 Gbit/s para 10 m ou cabo Cu, 100 m de fibra
ótica multimodo ou para 40 km de fibra ótica monomodo
respectivamente.
802.3bd 2011 MAC Control Frame for Priority-based Flow Control.
802.3be 2011 Ethernet MIBs
17
2.3.3 Redes Metro Ethernet
Metro Ethernet são redes que utilizam a Ethernet para áreas metropolitanas e
geograficamente distribuídas e fornecem uma arquitetura de rede que possibilita o
fornecimento de serviços de conexão de redes MAN/WAN de nível 2 através de UNIs (User
Network Interface) Ethernet. São consideradas plataformas multiserviços por darem suporte a
diversas aplicações e serviços (MEF, 2004).
O conceito de redes Metro Ethernet surgiu devido a convergência de redes que
suportem aplicações multimídia agregando baixo custo e altas velocidades. Isso tornou
obsoleta a utilização da tecnologia TDM (Multiplexação por Divisão de Tempo) e fez-se
necessária a criação de novas tecnologias para transporte de informação a longa distância. A
tecnologia Ethernet foi escolhida para transporte de dados a longa distância devido a seu
baixo custo, eficiência em redes locais, flexibilidade e facilidade de manutenção. Essa
tecnologia é uma das mais implementadas e conhecidas no transporte de dados,
principalmente pelas operadoras de telecomunicações (MEF, 2004).
As redes Metro Ethernet também utilizam fibras ópticas como meio físico de
transmissão, disponibilizando velocidades que podem variar de 10Mbps, 20Mbps, 34Mbps,
100Mbps, 1Gbps, 10Gbps, chegando a 100Gbps. Além disso, podem ser implementadas nas
topologias em estrela, anel, malha total ou parcial (MEF, 2004). A Figura 7, a seguir, ilustra
um exemplo de aplicação da tecnologia Metro Ethernet.
18
Figura 7: Modelo básico de uma Rede Metro Ethernet
Fonte: (MEF, 2006a)
20
2.3.3.1 Arquitetura
Para a definição da arquitetura de uma rede Metro Ethernet são utilizados dois
modelos genéricos, ou seja, um modelo que trata da rede mais especificamente e outro que
trata das camadas de rede. A seguir é apresentado o detalhamento dos dois modelos (MEF,
2004):
• Modelo de referência de rede: A Figura 11, a seguir, apresenta o detalhamento sobre
os equipamentos que irão compor a rede e suas interações.
21
Figura 12: Modelo de Camadas
Fonte: (MEF, 2004)
A RFC 2544 discute e define uma série de testes que podem ser utilizados para
descrever as características e padrões de desempenho de uma rede de comunicação. Além de
definir esses parâmetros, descreve também formatos específicos para comunicação dos
resultados obtidos com esses testes (IETF RFC 2544, 1999)10. Com esses parâmetros torna
10
IETF: (sigla em inglês de Internet Engineering Task Force) é uma comunidade internacional ampla e aberta
(técnicos, agências, fabricantes, fornecedores, pesquisadores) preocupada com a evolução da arquitetura da
Internet e seu perfeito funcionamento. A IETF tem como missão identificar e propor soluções a
questões/problemas relacionados à utilização da Internet, além de propor padronização das tecnologias e
protocolos envolvidos. As recomendações da IETF são usualmente publicadas em documentos denominados
RFCs (Request for Comments).
22
possível ao usuário verificar o desempenho de sua rede conforme o SLA contratado. Para
elaboração desse documento foi utilizado como referência a RFC 1242 (IETF RFC 1242,
1991) que especifica a forma de como interligar dispositivos de redes, onde muitos termos e
terminologias foram aproveitados desse documento.
A RFC 2544 apresenta diversos testes e ensaios possíveis, porém dependendo do
cenário e dos equipamentos utilizados nem todos os testes se aplicam. O recomendado é que
os equipamentos de teste de redes, ou seja, os test set, sigam as recomendações dessa RFC.
A RFC 2544 define que sejam utilizados para teste quadros com vários tamanhos
(64, 128, 256, 512, 1024, 1280 e 1518 bytes) e que sejam enviados por um determinado
intervalo de tempo e por um número definido de vezes. Isso porque todos esses tamanhos de
quadro poderão ser usados na rede e, dessa forma, é necessário verificar os resultados de cada
um deles (BURGESS, 2004).
Os testes mencionados na RFC 2544 são definidos por vazão, latência,
perda de quadros e análise fim-a-fim (end-to-end). O teste tráfego de quadros
entre equipamentos trata de enviar ao DUT11 um Burst12(Rajada) com espaços mínimos
entre quadros e contar o número de quadros que forem encaminhados pelo
DUT. Se o número de quadros encaminhados for igual ao número de quadros
transmitidos, o comprimento do Burst será aumentado e o teste será executado
novamente. Se o número de quadros encaminhados for menor do que o
número transmitido, o comprimento do Burst será reduzido e o teste será
executado novamente. O valor fim-a-fim será o número de quadros do Burst mais longo que o
DUT consegue tratar sem perder nenhum quadro (BRADNER e MCQUAID, 1999).
A Figura 13 a seguir, define o modelo de testes projetado para atender os
critérios de análise da RFC 2544.
2.4.1 Vazão
A largura de banda expressa a maior capacidade que pode ser obtida através
da transferência. A vazão representa a taxa na qual a informação trafega nivelado pelo
menor valor de transferência (MONTEIRO, SAMPAIO e FIGUEREDO, 2003). A Tabela 3,
a seguir, apresenta os valores indicados para cada tipo de aplicação no serviço Ethernet:
25
Tabela 3: Vazão Típica de Algumas Aplicações
2.4.2 Latência
Latência é o tempo total gasto por um quadro desde a origem até o destino. Esse
tempo absoluto é a soma dos atrasos do processamento nos elementos da rede e o atraso de
propagação ao longo do meio de transmissão (BURGESS, 2004). Para medir a latência, um
quadro de teste contendo uma marca de tempo (timestamp) é transmitido pela rede. A
marca de tempo é então analisada quando o quadro é recebido. Para que isso ocorra, o
quadro de teste precisa voltar ao testador original por um laço de retorno (atraso de ida e
volta). Uma grande latência não indica que ocorrerá degradação da voz, o que pode ocorrer é
uma perda de sincronização. Por exemplo, para que se obtenha uma boa qualidade em
conexões telefônicas, a latência deve possuir um valor abaixo do patamar de 150 ms. Para
que isso aconteça, devem ser tomadas algumas medidas de forma a estabelecer as
alterações que deverão ser tomadas para que incida a diminuição do tempo de
empacotamento, transmissão e transporte dos dados (BURGESS, 2004).
2.4.3 Jitter
13
Gaussiana: Descreve uma série de fenômenos físicos e financeiros. Possui grande uso na estatística de
inferência. É inteiramente descrita por seus parâmetros de média e desvio padrão, ou seja, conhecendo-se esses é
possível determinar qualquer probabilidade em uma Normal.
14
Buffers: Região de memória temporária utilizada para escrita e leitura de dados
27
2.4.4 Perda de Quadro
2.4.5 Erro
15
Pipe: Tubo/Pacote
28
2.4.7 Atraso Excessivo
16
Payload: Informação útil do pacote IP
29
• Atraso nos Nós da Rede: O atraso de enfileiramento é o principal atraso que os pacotes
sofrem dentro da rede. Esse atraso é composto de duas parcelas: uma fixa, referente ao
tempo de transmissão do pacote, e outra variável, correspondente ao tempo de espera
na fila até que o pacote seja atendido. Esse atraso é responsável pela aleatoriedade do
atraso total ao qual o pacote é exposto, assumindo valores inaceitáveis quando a rede
estiver congestionada.
• Atraso devido ao “Dejitter Buffer”: O Jitter é introduzido no sistema através do
comportamento aleatório do tempo de enfileiramento dos pacotes nos roteadores.
Uma das soluções que pode ser usada para compensar essa variação é a introdução de
Buffers (“Dejitter Buffers”), com a função de armazenar os pacotes que chegam
com atraso variável e entregá-los ao receptor. Se a variação do atraso for muito
alta, o atraso adicional necessário para compensar a variação pode resultar em um
atraso fim-a-fim inaceitável. É definido, então, um valor máximo de atraso
aceitável para o “Dejitter Buffer”. Qualquer pacote que chegar após esse tempo será
descartado.
O alcance máximo de atraso fim-a-fim é firmado em 300ms pela recomendação
17
ITU-T G.11418 (ITU-T G114, 2003). Sendo esse valor um limite máximo, isso quer dizer
que acima desse valor a qualidade da transmissão torna-se inaceitável. O limite confortável
é estabelecido em 150ms. Atrasos entre esses dois valores delimitam uma região de
qualidade marginal, que pode ser aceitável para algumas aplicações de voz (SOUZA,
2006).
17
ITU-T: ITU Telecommunication Standardization Sector (ITU-T) é um dos três setores (divisões ou unidades)
da International Telecommunication Union (ITU), que coordena os padrões de telecomunicações.
18
G.114: Recomendação que define características de codificação e decodificação de canais PCM a 4 fios.
O conteúdo da presente recomendação está agora coberto pela ITU-T G.712
30
dados com menor importância. Obviamente, a decisão de se usar uma largura de banda maior
ou menor deve ser tomada conforme as necessidades e prioridades da rede. Vale
ressaltar que uma banda muito estreita para a transmissão de voz influencia negativamente
na qualidade do serviço (SOUZA, 2006).
31
- Efetua os testes da RFC2544 para verificar a capacidade máxima da rede, seu retardo, o
ponto de sobrecarga, dentre outros.
- Faz loopback retornando todos os quadros que se destinam a ele para possibilitar que o
gerador de tráfego receba de volta os quadros e efetuar as medidas necessárias.
Camada IP (layer 3):
- Envia e responde ao Ping para verificar a conectividade e tempo de resposta.
- Faz o teste de Trace Route para levantar a rota até o destino.
- Faz os mesmos testes da camada Ethernet para a camada IP.
32
Figura 14: Esquema de Teste com o TSW900ETH
Fonte: (DATACOM, 2012)
O teste de cabo pode ser aplicado com o TSW900ETH antes de ser usado para
transmissão de dados. Normalmente, ele é aplicado em situações fora de serviço para
determinar o estado de cada par MDI19 ou MDIX20, os pares atribuídos para links de 1000
Mbps ou alguma disfunção nos pares. Se o link estiver inativo o equipamento poderá ser
utilizado para determinar a natureza da falha e a distância do problema (DATACOM, 2012),
conforme ilustrado na Figura 15 a seguir.
19
MDI: Medium Dependent Interface. Fornece a ligação física e elétrica ao meio cabeado.
20
MDIX: Medium Dependent Interface Crossover. Permite a ligação entre dispositivos semelhantes.
33
Figura 15: Teste de cabo no TSW900ETH
Fonte: (DATACOM, 2012)
Observação:
- Ligação entre portas MDI: cabo cruzado
- Ligação entre portas MDIX: cabo cruzado
- Ligação entre uma porta MDI e uma porta MDIX: cabo direto
.
Figura 17: Teste de Loopback
Fonte: (DATACOM, 2012)
21
MAC: Media Access Control
35
e reenviá-los ao TSW900ETH, que a partir disso irá testar o tráfego ou realizar os testes da
RFC 2544, como pode ser visualizado na Figura 18 a seguir. Pode-se escolher uma das
interfaces ETH1/SFP1/ETH2/SFP2 para iniciar um dos testes, e outra correspondente do
TSW900ETH para fazer o Loopback (supondo o uso da outra porta do mesmo TSW900ETH
como Loopback), por exemplo: utilizar a porta ETH1 para iniciar o teste e a porta ETH2 como
Loopback.
Figura 18: Ilustração do modo como os testes de Tráfego e da RFC 2544 devem ser realizados
Fonte: (DATACOM, 2012)
O teste de tráfego tem como objetivo verificar erros de bit, CRC e a capacidade
do DUT. Nesse teste, o TSW900ETH envia tráfego fixo ou variável e verifica o
comportamento do DUT. O percentual de banda pode ser fixo (Constant), em rampa (Ramp),
em rajadas (Burst) ou fixo a 100% real da banda (Flood), que gera uma sobrecarga, pois o
canal por especificação não deve ser utilizado à taxa de 100% real. O payload pode ser
usado para carregar uma marcação de tempo (Timestamp) ou uma sequência a ser usada no
teste de BERT, que pode ser fixa ou pseudoaleatória. Para efetuar medidas de delay e jitter,
deve-se utilizar “Timestamp” como payload, e para efetuar testes de BERT, que tem como
objetivo verificar a taxa de erro dos bits deve-se escolher “BERT” como payload
(DATACOM, 2012).
36
seguir, são descritos o funcionamento e o objetivo dos testes da RFC 2544 (IETF RFC
2544, 1999) disponíveis na versão atual do TSW900ETH (DATACOM, 2012).
• Throughput: O objetivo desse teste é encontrar a taxa limite de uso do DUT sem que
haja perda.
• Latency: Esse teste tem como objetivo verificar o atraso de ida e volta de um quadro
no DUT no throughput máximo. Seu funcionamento é baseado no cálculo da média da
latência encontrada para cada tentativa.
• Frame Loss: O objetivo principal desse teste é levantar o ponto de sobrecarga do
DUT, ou seja, onde a perda de quadro se torna mais severa.
• Testes de Ping: A função de Ping pode ser utilizada para verificar a conectividade e
o RTT (Round-Trip Time) com outro aparelho que opere na camada 3 (Rede) e
responda a requisições ICMP. Ao realizar o teste de Ping, o TSW900ETH irá
enviar requisições de pacotes ICMP e esperará as respostas a essas requisições.
• Teste de Trace Route: O teste de Trace Route (rastreio de rota) consiste em obter o
caminho que um pacote IP percorre na rede até chegar ao destinatário. O Trace Route
também ajuda a detectar onde ocorrem possíveis congestionamentos na rede, já que
descreve o RTT (Round-Trip Time) até cada ponto da rede.
37
Figura 19: Teste de PING e TRACE ROUTE
Fonte: (DATACOM, 2012)
Este capítulo apresentou as informações sobre o padrão IEEE 802.3 e toda sua
evolução até chegar ao contexto de redes atuais, focando nas Redes Metro Ethernet. Além
disso, foi apresentada a RFC 2544, que padroniza os testes de desempenho de redes e o
conceito sobre instrumentos de testes para redes de alta velocidade, destacando o equipamento
TSW900ETH foco desta pesquisa. Nesse sentido, foram discutidos os principais conceitos,
procurando delinear os aspectos intrínsecos ao padrão IEEE 802.3 e da RFC 2544. Foi dada
ênfase maior as redes Metro Ethernet e seus padrões de testes, por tratar-se do objeto de
estudo desta dissertação. As discussões realizadas neste capítulo, em adicional ao apresentado
na introdução desta dissertação, demonstram que o desenvolvimento de uma plataforma
automatizada para realização de testes em redes Metro Ethernet de forma remota e mais
interativa e de fácil interface com o usuário, contribuirá para a melhoria do desenvolvimento
do setor de TICs das operadoras de telecomunicações, onde essas terão um processo mais
otimizado de manutenção, garantindo o SLA dos clientes. Desse modo, fabricantes de
equipamentos de testes, provedores de serviços e usuários em geral poderão facilmente testar
e verificar os padrões de desempenho de suas redes de comunicação.
38
3 TESTES EM REDES DE COMUNICAÇÃO
39
A Internet, essa enorme WAN (Wide Area Network), suporta diversas aplicações
multimídia, onde se destacam áudio e vídeo de fluxo contínuo e armazenado, áudio e vídeo de
fluxo contínuo ao vivo e áudio e vídeo interativos em tempo real. Destacam-se também as
aplicações elásticas cujos dados são transportados antes e reproduzidos depois, como é o caso
da transferência de arquivos (HTTP22 e FTP23) e sistemas de compartilhamento P2P24
(KUROSE e ROSS, 2010).
Nas aplicações de áudio e vídeo de fluxo contínuo e armazenado, os clientes
solicitam arquivos de áudio e vídeo que estão armazenados em servidores remotos. Essas
aplicações possuem três características principais: mídia armazenada, fluxo contínuo e
reprodução contínua (KUROSE e ROSS, 2010). Já as aplicações de áudio e vídeo de fluxo
contínuo ao vivo são semelhantes à transmissão tradicional de rádio e TV, tendo o diferencial
de utilizar a Internet para transporte das informações. (KUROSE e ROSS, 2010).
Essas aplicações necessitam de redes cada vez mais potentes e com grande largura
de banda. Com isso, os equipamentos que compõem a infraestrutura dessas redes devem
possuir tecnologias robustas e de baixo custo que atendam a essas necessidades, como é o
caso das Redes Metro Ethernet, por utilizar o padrão Ethernet para alcance metropolitano. Por
outro lado, os usuários desse tipo de aplicação estão cada vez mais exigentes no que se refere
à velocidade de transmissão e à disponibilidade nos seus links de interconexão. Esse fato leva
as operadoras de telecomunicações e provedores de serviços a buscarem soluções de
manutenção otimizadas e de baixo custo. Devido a essa necessidade de otimização e redução
no tempo de manutenção dos links de acesso, surgiu a motivação para o desenvolvimento da
plataforma de teste automatizada, objeto desta dissertação.
22
HTTP: Hypertext Transfer Protocol - Protocolo de Transferência de Hipertexto.
23
FTP: File Transfer Protocol (Protocolo de Transferência de Arquivos).
24
P2P: Arquitetura de sistemas distribuídos caracterizada pela descentralização das funções na rede, onde cada
nó realiza tanto funções de servidor quanto de cliente (TANENBAUM, 2003).
40
3.2 Testes em Redes Multimídia
41
Figura 20: Redes Metro Ethernet interligadas através de backbones.
Fonte: (OI TNL PCS, 2009a)
25
Switches: Um comutador ou switch é um dispositivo utilizado em redes de computadores para reencaminhar
módulos (frames) entre os diversos nós (TANENBAUM, 2003).
26
RJ 45: O padrão Registered jack (RJ) especifica o RJ45 como um conector físico e seus cabos.
42
Figura 21: Interligação de redes utilizando Metro Ethernet
Fonte: (OI TNL PCS, 2009a)
Por se tratar de uma tecnologia que suporta aplicações multimídia e que está em
plena expansão este capítulo se concentra nos testes em redes Metro Ethernet.
Para definição dos tipos de testes, além das recomendações e normas existentes,
foi utilizado o documento que descreve o procedimento operacional padrão de testes da
operadora OI. Todos os padrões explicitados são baseados na RFC 2544.
Teste executado para detecção de taxa de erro de bits, através do equipamento test
set. O resultado indicará se o circuito de dados está apto ou não para ser entregue ao usuário.
Consiste na utilização de test set calibrado e aferido, realizando teste durante pelo menos 30
minutos, ou casos em que o usuário solicite um tempo diferenciado devido a norma interna da
empresa ou recomendações internacionais (OI TNL PCS, 2009b).
27
BERT: Taxa de erro de BIT
44
• Quando os testes realizados ponto-a-ponto ou em loop na ponta remota, não
apresentem resultados satisfatórios e deseja-se identificar o trecho do circuito que
apresenta problemas.
• Quando não seja possível a realização de testes ponto-a-ponto ou em loop na ponta
remota.
Para esse tipo de teste devem ser realizados os loops do ponto mais distante até o
mais próximo. Esses loop´s podem ser realizados nas estações (site da operadora), nas pontas
do circuito ou nas estações intermediárias. Com a utilização de um test set, deve ser conectado
o cabo lógico na interface digital do equipamento de Interface local e executar o teste de
BERT. É considerado apto o trecho que apresentar:
• Taxa de Erro (BERT) = 0.
• Escorregamento de relógio (Clock Slip) = 0.
• Falha de sincronismo (Sinc Loss) = 0.
Em caso de incremento em qualquer um dos parâmetros anteriores, os
equipamentos (Modens, conversores, dentre outros) devem ser verificados (OI TNL PCS,
2009b).
45
Em cada um dos notebooks devem ser programados IPs fixos e colocados um
notebook em cada ponta. Os dois técnicos devem fazer testes de “pings28” continuamente,
inclusive aumentando o tamanho dos pacotes. O resultado desse teste não pode ter perda de
pacotes (OI TNL PCS, 2009b).
Nesse tipo de teste, o profissional também pode, em alguns casos, testar com
pings até o ponto de entrada na nuvem IP. O resultado desse teste não pode ter perda de
pacotes (OI TNL PCS, 2009b).
Para circuitos que utilizam interfaces ópticas (circuitos entregues em fibra óptica),
deverão ser testados com equipamento TSW900ETH ou similar com interface óptica e seguir
os mesmos procedimentos e ações de quando for utilizada interface elétrica (OI TNL PCS,
2009b).
28
Ping: Utilitário que usa o protocolo ICMP para testar a conectividade entre equipamentos.
29
FINEP: Financiadora de Estudos e Projetos é uma empresa pública vinculada ao Ministério da Ciência e
Tecnologia (MCT). Foi criada em 24 de julho de 1967, para institucionalizar o Fundo de Financiamento de
Estudos de Projetos e Programas, criado em 1965 (FINEP, 2011).
46
tecnológica envolvem um grande grau de riscos devido ao seu teor (SILVA e FERREIRA,
2012).
30
As agências de fomento têm como objeto social a concessão de financiamento de capital fixo e de giro
associado a projetos na Unidade da Federação onde tenham sede (BCB, 2011).
47
incertezas envolvidas em produtos ou processos inovadores. Essas incertezas vão desde a
concepção do produto ou processo até sua inserção no mercado (SILVA e FERREIRA, 2012).
31
O Serviço Social da Indústria (SESI) e Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) são instituições
privadas brasileiras, vinculadas a Confederação Nacional das Indústrias, sem fins lucrativos e de atuação em
âmbito nacional, criadas com a finalidade de promover a formação profisional (SENAI), o bem-estar social, o
desenvolvimento cultural e a melhoria da qualidade de vida do trabalhador (SESI) que atua nas indústrias, de sua
família e da comunidade na qual as indústrias estão inseridas.
32
INPI: Instituto Nacional de Propriedade Industrial.
33
CAPES: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
34
EPO: European patente office
35
USPTO: Escritório Norte-Americano de Patentes
49
tecnologia Metro Ethernet. Este é um importante diferencial de outros organismos de
normalização, como a Internet Engineering Task Force (IETF) e do The Institute of Electrical
and Electronics Engineers (IEEE). O fórum faz recomendações aos organismos de
normalização e cria especificações que não estão sendo desenvolvidos por outros organismos
de normalização (MEF, 2011).
36
PCM: Modulação por Codificação de Pulso
50
otimização desse processo. Trata-se de uma patente da Nokia Telecommunications
(VIMPARI, 2002). A patente PI 9814489-8, sistema e método de teste de acesso para redes de
comunicação digital, prevê testes em redes multimídia, porém testes ponto a ponto ou em
loopback (KRAMARCZYK, FONI, et al., 2011). A Patente PI 7907633-5 da Brasilian
Telecom, equipamento de teste automático remoto de transmissão, embora se proponha a
realizar testes remotos em sistema de transmissão, assim como a patente anteriormente citada,
essa funcionalidade só funciona através de loopback ou testes ponto a ponto (DINARDO,
1995).
Finalizando a descrição das patentes encontradas no INPI (INPI, 2012), há a
patente PI 8101338-2, da antiga TELESP que propõe um equipamento de teste de circuitos de
telecomunicações, porém voltado para sistemas analógicos tradicionais ainda baseados em
PCM37 (DINARDO, 1984). Por fim a patente PI 9815810-4 da ADC Telecommunications,
apresenta um sistema de monitoração de desempenho e acesso de teste e método para conexão
cruzada de redes de comunicação, sistema este mais voltado para a análise de desempenho de
redes (JACOBSON, FONI e KRAMARCZYK, 2011).
A pesquisa para seleção dos trabalhos relacionados com o tema aqui abordado
revelou diversas inicitaivas de pesquisadores e empresas na construção de equipamentos de
testes para redes de comunicação que venham a facilitar e otimizar o processo de testes em
37
PCM: Modulação por Codificação de Pulso
51
redes multimídia. Independente das bases de patentes pesquisadas não foi encontrado nenhum
trabalho com as funcionalidades da proposta objetivo desta dissertação que no futuro poderá
ser submetida ao processo de patente junto ao INPI.
38
Datacom: Teracom Telemática LTDA, empresa fabricante de equipamentos de telecomunicações.
39
Wise: Wise Telecomunicações, empresa fabricante de equipamentos de telecomunicações.
52
4 DECLARAÇÃO DO PROBLEMA
A rápida evolução de serviços Ethernet nos últimos anos deu origem a soluções
integradas, padronizadas e simplificadas, ferramentas de gerenciamento e manutenção
avançadas, aplicações com classes de serviços garantidas, disponibilizando maior
acessibilidade e alavancando oportunidades estratégicas. Essas Vantagens se refletem em
redução de custos, ampliação das receitas com esse tipo de serviço, trazendo vantagem
competitiva para empresas em todo o mundo, através de uma rede globalizada (OI TNL PCS,
2009a).
Atualmente, a grande oferta de serviços pela Internet fez crescer o tráfego nas
redes e a demanda por maiores velocidades vem crescendo em grande escala. Desde as
grandes corporações, passando pelas PMEs (pequenas e micro empresas) até chegar aos
usuários residenciais, todos buscam soluções de conectividade que agreguem qualidade de
serviço, velocidade de transmissão e redução de custos. Diante desse cenário, tecnologias
que possibilitem esse tripé merecem destaque, como é o caso das Redes Metro Ethernet.
Com a grande demanda de aplicações via web e de transmissão de informação
multimídia, as operadoras de telecomunicações e os provedores devem possuir tecnologias e
53
ferramentas eficientes que garantam o SLA40 contratado pelos seus clientes. O problema base
desta investigação trata da necessidade de otimizar o processo de manutenção dos circuitos de
comunicação de dados dessas operadoras e provedores, reduzindo o tempo de reparo nesses
links e, por sua vez, disponibilizando uma maior garantia quanto ao cumprimento do SLA
contratado. Empresas que consigam garantir o SLA a seus clientes, somando a isso um baixo
custo financeiro, atendem a um grande nicho de mercado e superam a concorrência (WISE
TELEMÁTICA, 2012).
Conforme explicado no capítulo 2, a grande importância dos testes Ethernet recai
sobre a instalação, ativação e manutenção de serviços e equipamentos Ethernet. Como em
qualquer outro serviço, a ativação e a manutenção de redes Ethernet é crítica para se ter uma
confirmação de que o serviço está funcionando conforme especificado ou acordado entre um
provedor e seu cliente (SLA). A única forma de verificar serviços Ethernet é gerando tráfego
de dados e medindo os parâmetros e características desse tráfego. Durante a realização desses
testes são tratados os tipos de tráfego e parâmetros que precisam ser configurados e gerados,
bem como as medidas e análises que precisam ser realizadas, para que se tenham informações
confiáveis a respeito do funcionamento e desempenho do serviço Ethernet. A figura 22 a
seguir apresenta um exemplo desse tipo de teste (WISE TELEMÁTICA, 2012).
40
SLA: Service Level Agreement
54
Une-se ao cenário descrito a problemática relacionada às formas, instrumentos e
ferramentas de testes desses tipos de links. De um modo geral, as diferentes soluções
tecnológicas para teste e diagnóstico de falhas em redes Metro Ethernet demandam tempo, o
que prejudica a questão do SLA. Para realização desses testes existe a necessidade de dois
técnicos e consequentemente dois instrumentos de testes e a disponibilidade de dois técnicos
para execução e análise dos resultados dos testes realizados. Outra solução, também descrita
no capítulo 2, seria a realização de testes através de loopback, onde pode existir a necessidade
de vários deslocamentos do técnico, dependendo da capilaridade do circuito. Ambas as
soluções demandam custos com deslocamento e principalmente tempo de reparo, fator crucial
para garantia da qualidade do serviço prestado.
Embora os instrumentos de testes comercializados, independente dos fabricantes,
sigam as recomendações da RFC 2544 (IETF RFC 2544, 1999), o método para realização,
análise e monitoramento desses testes, seguem sempre os procedimentos citados
anteriormente. Ao se analisar esse cenário, percebem-se as falhas referentes a tempo de
manutenção e custos com essa atividade. Com isso, um processo de teste automatizado para
esses tipos de link mostra-se bastante eficiente e vem atender essa lacuna existente, tornando
possível a redução de tempo de manutenção e custos, facilitando para os clientes a garantia do
serviço (QoS41) contratado pelas operadoras ou provedores.
Neste contexto de necessidade de avanço tecnológico e em acompanhamento das
atividades de testes realizadas pelas operadoras de telecomunicações, foi idealizado o
desenvolvimento e implementação de novas funcionalidades em equipamentos de testes de
redes. Para isso, buscou-se apoio das empresas Wise e Datacom, no sentido de se obter acesso
a arquitetura dos equipamentos tradicionais já fabricados por essas empresas. Além disso,
buscou-se recursos financeiros junto a agências de fomento a inovação para financiamento e
apoio da pesquisa para desenvolvimento da solução proposta. Com isso, foi possível
desenvolver uma nova versão do equipamento de teste TSW900ETH com novas
funcionalidades inovadoras de teste. Dentro desse cenário, foi escolhida a tecnologia Metro
Ethernet devido a seu baixo custo e capilaridade.
Buscou-se parceria com as empresas Wise e Datacom que fabricam e
comercializam o equipamento de teste tradicional TSW900ETH. Por serem empresas
nacionais, isso facilitou as negociações para liberação de documentos e arquitetura do
equipamento. Além disso, com o protótipo funcional testado e validado, tem-se um modelo de
41
Qos: Quality of Service
55
utilidade gerando royalties para essas empresas e para técnicos diretamente envolvidos no
desenho e implementação da solução.
Nessa parceria para desenvolvimento da Plataforma de Testes Automatizada, a
Wise e a Datacom, participaram do desenvolvimento do protótipo cedendo as documentações
necessárias para a realização de pesquisas, a liberação da arquitetura do equipamento
TSW900ETH, liberação de seus laboratórios de PD&I para desenvolvimento e testes. Com a
validação do protótipo funcional, essas empresas poderão inserir esse produto com essa nova
funcionalidade em suas linhas de produção, enfatizando que a equipe de desenvolvimento tem
direito a royalties sobre o que for comercializado.
42
TSW900ETH: Instrumento de teste para padrões Ethernet de fabricação da Datacom em parceria com a Wise.
56
técnico em redes de computadores poderem utilizar o TSW900ETH. Para isso é desenvolvido
um software, uma interface de comunicação e a utilização de alguns protocolos de
comunicação que possibilita a comunicação do TSW900ETH com um computador pessoal,
possibilitando a configuração dos cenários de testes através de scripts, ou telas amigáveis.
Além disso, é possível o acesso remoto a vários test set simultaneamente em diversos pontos
de uma rede Ethernet, aumentando a usabilidade do equipamento de teste desenvolvido pela
empresa DATACOM, tratando-se de uma inovação na área.
A próxima seção especifica os principais tópicos referentes ao software, de modo
detalhado, esclarecendo questões referentes aos requisitos de implementação.
43
VLAN: Rede Local Virtual.
44
Q-in-Q: Nos serviços Ethernet Metro ou WAN, que também são inerentemente serviços de camada 2, a rede
um prestador de serviços com frequência adicionará uma segunda etiqueta aos tags de um cliente interno de rede
Ethernet 802.1Q VLAN. A etiqueta adicional cria a VPN através da WAN, de forma a manter o tráfego do cliente
segregado de outros tráfegos WAN. O prestador do serviço preserva as etiquetas das VLAN originais, mantendo
assim os grupos de usuários e respectivos direitos de acesso definidos pelos clientes através da WAN. Esta
remarcação pode ser pensada como a criação de uma VPN local dentro de outra VPN, ou, mais precisamente,
uma VLAN em uma VPN. Este serviço de rede virtual é muitas vezes referenciado pela tecnologia baseada em
padrões que ele usa, sendo chamado de 802.1Q-in-Q, ou apenas Q-in-Q (TELECO, 2010).
57
• Taxa de geração de tráfego configurável de 0,001 a 100%, com precisão de até
0,001%.
• Testes de camada física: diagnóstico de cabo e teste de sinal óptico.
• Payload45 tipo Timestamp46 ou BERT (com vários padrões e opções de
personalização).
• Geração de padrão NCITS TR-25:1999: CJPAT, CRPAT e CSPAT47.
• Filtros para cabeçalhos Ethernet, IPv4 e IPv6.
• Contadores e estatísticas do tráfego recebido e transmitido.
• Modo Loopback.
• Testes de Ping e Trace Route48.
• Suporte a ARP e DHCP49.
45
Payload: parte útil dos dados transmitidos
46
Timestamp: informação codificada identificando quando um determinado evento ocorrer
47
NCITS TR-25:1999: Padrões de Teste de Erro de Bit.
48
Trace Route: Ferramenta de diagnóstico que rastreia a rota de um pacote através de uma rede de computadores
49
DHCP: Dynamic Host Configuration Protocol (Protocolo de configuração dinâmica de host).
58
ou seja, é aquilo que descreve o que tem que ser feito pelo sistema. Descrevem as
funcionalidades que o sistema deve dispor e dependem do tipo de software que está sendo
desenvolvido, dos usuários e do tipo de sistema que está sendo proposto. Já os requisitos não
funcionais são restrições sobre os serviços ou as funções oferecidas pelo sistema, ou seja, são
aqueles que não dizem respeito diretamente às funções específicas fornecidas pelo sistema.
Sabe-se que a especificação de requisitos é uma das tarefas mais importantes na
fase de elaboração de um software. A seguir tem-se as especificações dos requisitos para o
desenvolvimento do software implementado no equipamento TWS900ETH.
- Requisitos funcionais:
60
Já a linguagem Java é orientada a objetos (comportamento dos objetos
determinados por classes). Diferente de outras linguagens que são compiladas para código
nativo, a linguagem Java é compilada para um bytecode que é executado por uma máquina
virtual (JAVA COMMUNITY PROCESS, 2012).
Essas linguagens foram escolhidas por se tratar de uma linguagem
multiplataforma (Java) e devido à existência dessa linguagem para interpretação de scripts no
test set (Lua). Com isso foi facilmente adaptada para o desenvolvimento das novas
funcionalidades do TSW900ETH, foco deste trabalho.
Para fins de testes, são utilizados dois ambientes, ou seja, a primeira etapa dos
testes aconteceu nos laboratórios do SENAI e da Datacom. Já a etapa final de validação está
em processo de testes em um circuito Metro Ethernet interestadual disponibilizado pela
operadora OI e também será validado por especialistas dessa operadora por se tratar de
clientes em potencial.
As ações de cada um dos atores do processo podem ser visualizadas no Diagrama
de Caso de Uso representado na Figura 23, que tem como finalidade representar as principais
funcionalidades da ferramenta.
61
4.4.1 Interfaces e Protocolos
50
Telnet: Protocolo que permite a interface de terminais e de aplicações através da Internet.
51
TCP/IP: Conjunto de protocolos de comunicação entre computadores em rede (também chamado de pilha de
protocolos TCP/IP). Seu nome vem de dois protocolos: o TCP (Transmission Control Protocol - Protocolo de
Controle de Transmissão) e o IP (Internet Protocol - Protocolo de Interconexão)
62
- Compatível com o sistema operacional Windows:
As entregas foram realizadas visando o funcionamento para sistema Windows, já
que os testes de funcionamento foram realizados no SENAI, na Datacom e em um circuito
simulado da OI e essas empresas utilizam o sistema operacional Windows em sua maioria. A
figura 24, a seguir, mostra a tela inicial da ferramenta.
63
Figura 25: Tela de Telnet
64
Figura 26: Execução de Comando via Terminal
65
Figura 27: Seleção de múltiplas conexões
66
Figura 28: Envio de Configurações via Interface Gráfica
67
Figura 29: Iniciando execução de uma sequência de comandos
68
Figura 30: Leitura de Contadores Via Terminal
69
Figura 31: Exemplo de Relatório Criado pela Aplicação, nesse caso Throughput
70
Figura 32: Gráfico Gerado para Acompanhamento do Teste de Throughput
71
Figura 33: Listagem dos Scripts prontos para Execução
72
- Permitir utilizar sequência de comandos passo-a-passo:
A aplicação permite que sejam executadas sequências de comandos reconhecidas
pelo TSW900ETH e no padrão DATACOM.
73
- Permite configurar, ler contadores, iniciar e controlar testes do TSW900ETH
realizando registros dos dados da rede:
É possível configurar e ler informações do TSW900ETH, através de comandos
enviados do Terminal da aplicação. Além disso, será possível iniciar e parar testes realizados
pelo TSW900ETH.
75
- Possuir sistema de login para diferentes grupos de usuários
A aplicação permite que usuários sejam cadastrados para fim de utilização de
informações, como nome, do mesmo em determinados pontos, como relatórios. Os usuários
terão permissão de executar as ações liberadas pela chave de licença do software. A figura 37,
a seguir, apresenta a tela de login.
76
- Permitir liberar funções para usuários mediante códigos
As funcionalidades da aplicação são liberadas mediante a inserção de uma chave
de liberação fornecida pela DATACOM. Com isso possibilitará que o sistema seja utilizado
78
4.5.1.2. Múltiplas Conexões
79
4.5.2.2 Profile
O profile refere-se à parte de configuração remota via Telnet de uma das portas do
TSW900ETH através de uma interface gráfica que reproduz os menus de configuração da
aplicação presente no equipamento. O profile é acessado através TSW900ETH Settings, em
Settings no menu principal. A janela de configuração deve aparecer mostrando os campos dos
menus de configuração das camadas L1, L2 e L3 (Link, Ethernet e IP Settings
respectivamente). Além disso, há ainda a possibilidade da configuração de outros campos da
aplicação, como a inserção de tags de VLAN e Q-in-Q e ativação de filtros L2/L3.
O menu permite selecionar em qual porta deseja configurar os campos, além de
oferecer as opções para armazenar uma configuração, com os valores atuais dos campos, e
carregar uma configuração existente (a configuração padrão sempre aparece como opção,
como forma de resetar a configuração. Esta opção não pode ser editada ou apagada).
Testes sugeridos
• Conectar-se a mais de 2 equipamentos. Utilizar configurações distintas em cada
conexão e verificar se uma configuração não influiu na outra.
• Testar as restrições de contexto do menu.
Ex.: Não deve ser possível configurar os campos de endereço IP caso a aplicação
esteja com Framing Ethernet ou ativar o modo ARP caso o valor do campo de MAC
Source Type esteja como Random.
• Atualizar o profile do Remote TSW900ETH obtendo as configurações atuais da
aplicação.
• Tentar salvar dois ou mais profiles iguais. Ocasionar situações onde seja possível
configurar dois profiles iguais e verificar se a aplicação realiza o controle ao tentar
salvar o profile.
• Carregar um profile salvo no banco.
• Apagar um profile e verificar se ele realmente é excluído do banco.
• Após salvar uma configuração, selecionar outra conexão e tentar carregar a conexão
salva anteriormente no novo equipamento.
80
4.5.3. Atualização dos Comandos
Para iniciar um script .lua deve-se ir no menu Scripts opção Run Script. Na janela
de seleção de scripts, selecionar o arquivo .lua desejado. Quando o script iniciar aparecerá no
terminal a mensagem no terminal 'You Chose to open this file: "nome do script"'. É possível
acompanhar os comandos enviados para o test set através do terminal.
Testes Sugeridos
• Executar vários scripts em diferentes test set e verificar se as configurações do script
estão executando no test set correto.
• Executar scripts que levam grandes quantidades de tempo para terminar.
Ex.: Script que demore um dia.
• Iniciar scripts e para-los através da opção Stop Script no menu Scripts. Verificar se o
script realmente para de ser executados.
Para converter scripts embarcados para remotos utilize a opção Convert do menus
Scripts. O script convertido será adicionado na mesma pasta que a aplicação se encontra.
Testes Sugeridos
• Utilizar scripts que contenham comandos de concatenação por '..' e concatenação com
a função 'concat'.
• Verificar se script convertido funciona exatamente como o script original.
81
++ Configuração de Testes por Fluxograma ++
Para configuração de testes por fluxograma deve-se selecionar o tipo de teste na
paleta Test Library e em seguida selecionar o subtipo do teste que deseja-se realizar.
Ex.: Selecionar Traffic Test na paleta Test Library e depois a opção Single Stream.
Para configurar os parâmetros do teste selecionado, clique com o botão direito do
mouse sobre o teste dentro do campo de edição e selecione a opção Configure. Para conectar
os diferentes tipos de teste selecione na combo box Mouse Mode a opção Editing e ligue os
testes na ordem em que deseja-se executa-los. Para finalizar, selecione a porta em que as
configurações serão realizadas e clique em Execute.
Testes Sugeridos
• Testar opções da combo box Mouse Mode:
1. Editing: possibilita conectar testes.
2. Picking: seleciona testes e movimenta-os dentro do campo de edição.
3. Transforming: move todos os testes.
• Verificar se configurações ocorrem na porta desejada.
• Desconectar do test set durante a execução do fluxograma.
4.5.6. Relatórios
A aplicação permite criar relatórios, similar ao que é feito pela parte Web do
TSW900ETH. Para visualizar o relatório, vá ao menu Reports e selecione os contadores que
deseja.
Testes Sugeridos
• Verificar se os valores apresentados no relatório gerado conferem com os que são
apresentados pelo test set.
• Importa reports para .pdf.
82
4.6 Considerações Finais do Capítulo
83
5 CONCLUSÕES E TRABALHOS FUTUROS
5.1 Conclusões
Figura 39: Gráfico de Tempo Médio de Tratamento de BA (boletim de atendimento) em Horas. Dados referentes ao
período entre 1 e 07 de Outubro/2012
Fonte: (PCS, 2012)
85
Tabela 4: Ocupação dos Links da OI por geografia
Legenda:
86
13
12
10 10 10
9 9
8 8
7 7 7 7 7 7
6
5 5
4 4 4 4 4
3
87
A partir da comercialização do equipamento pela Datacom, espera-se uma
abertura maior por parte da concorrência para que se possa ter acesso às documentações de
seus equipamentos de testes e com isso ser possível desenvolver diversas funcionalidades
nesses equipamentos, gerando novas tecnologias e recursos financeiros. Tudo isso, sem a
necessidade de importação de tecnologias com a expertise interna para desenvolvimento de
novos produtos e aplicações.
88
REFERÊNCIAS
89
DINARDO, J. EQUIPAMENTO DE TESTE DE CIRCUITOS DE
TELECOMUNICACOES. PI 8101338-8, 17 Julho 1984.
EDDY et al. Method and system for selectively accessing multiplexed data transmission
network for monitoring and testing of the network. US 4996695, 9 Junho 1976.
FILIPPETTI, M. A. CCNA 4.1 - Guia Completo de Estudo. 1a. ed. Florianopólis: Visual
Books, 2008.
IEEE 802.3. Site do IEEE, 2011. Disponivel em: <http://www.ieee802.org/3/>. Acesso em: 5
janeiro 2011.
90
IETF RFC 1242. IETF, 1991. Disponivel em: <http://www.ietf.org/rfc/rfc1242.txt>. Acesso
em: 14 OUTUBRO 2013.
91
MEF. Metro Ethernet Services - A Technical Overview. Metro Ethernet Forum, 2006a. 1.
MEF. Metro Ethernet Services - A Technical Overview. Metro Ethernet Forum, 2006b. 1-4.
MEF. Metro Ethernet Services - A Technical Overview. Metro Ethernet, 2006c. 1-19.
OI TNL PCS. Roteiro para Realização de Testes. Rio de Janeiro: OI, 2009b.
92
SELING, K. R.; ONOFRIO, S. SISTEMA PORTÁTIL DE TESTE REMOTO DE LINHA
DE ASSINANTE. PI 9506015-4, 5 Abril 2011.
TNL PCS. Relatório de desempenho de redes de dados. OI. Rio de Janeiro. 2012.
93
ASSINANTE SEM FIO E REDE DE TRANSMISSÃO DE DADOS. PI 9707937-5, 24
dez. 2002.
94