Resumo - Anatomia Histologia e Fisiologia Do Periodonto PDF
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PERIODONTIA
Periodontia é a área odontológica que estuda as estruturas periféricas aos dentes naturais ou não,
servindo para inserir os dentes aos ossos maxilares e manter a integridade da mucosa mastigatória.
Em nível clínico, visa promover saúde por meio de procedimentos como: diagnósticos, prognósticos,
tratamentos curativos e principalmente procedimentos preventivos.
Obs: O periodontista não coloca implantes, mas cuida da manutenção deles ou alguma doença que o
acometa. O implante substitui a raiz do dente que foi perdido, o espaço aberto no osso tem que ser
maior que o implante, cobre com gengiva e espera de 4 a 6 meses a osteointegração. Com o implante, o
periodonto de inserção se perde, mas o de proteção se forma como era com o elemento dental (sulco
gengival e o epitélio juncional), as fibras do ligamento periodontal não terá, nem cemento, terá apenas o
osso da mandíbula ou maxila que se formou ao redor do implante. É como se o implante não tivesse um
“amortecedor” pois não tem as fibras periodontais que distribuem a carga; o contato é direto.
MUCOSA ORAL
A mucosa oral é contínua com a pele dos lábios e com a mucosa do palato mole e da faringe.
PERIODONTO
Função inserir o dente no tecido ósseo e manter a integridade da superfície da mucosa mastigatória da
cavidade oral.
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Classificação Periodonto de Proteção (Gengivas) e Periodonto de Sustentação/Inserção (Osso
alveolar, cemento, ligamento periodontal).
Formado pelas gengivas: gengiva marginal (livre), gengiva inserida (aderida) e gengiva interdental.
Gengiva É a parte da mucosa mastigatória que cobre o processo alveolar e circunda a porção cervical
dos dentes. Ela consiste de uma camada epitelial e um tecido conjuntivo subjacente, chamado lâmina
própria. Tem função física de proteção da articulação alvéolo-dentária (ligamento e osso) do trauma da
mastigação e da invasão microbiana (isola o tecido subjacente das bactérias e suas toxinas).
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Crista marginal
É a área delgada e fina de transição entre as faces interna e externa. A silhueta da margem gengival
acompanha a linha de colo oscilando entre curvas parabólicas côncavas e a papila interdental.
As curvas parabólicas sempre serão cônicas em relação a coroa e em sua extremidade mais alta
está o chamado zênite gengival (topo).
As curvas dos incisivos centrais devem estar na mesma altura das curvas parabólicas dos
caninos
As curvas parabólicas dos incisivos laterais devem estar 2mm abaixo das curvas dos centrais.
Nos incisivos laterais o zênite gengival coincide com o centro da curva parabólica, já no caso
dos incisivos centrais e caninos, os zênites são mais distalizados.
Sulco Gengival
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No epitélio gengival há as interdigitações dérmicas (ou papilas dérmicas), que servem para que
haja um maior contato com o conjuntivo e para que todas as células sejam nutridas, dando
também o aspecto de casa de laranja.
GENGIVA INTERDENTAL
Col Gengival
É uma depressão entre as papilas e forma de cela. São superfícies de contato proximais em vez de
pontos de contato, comum nas regiões de pré-molares e molares, de forma que as papilas interdentais
nessas áreas possuem uma porção vestibular e uma porção palatina/lingual separadas pelo “col
gengival” há cerca de 1mm entre o contato proximal e a extremidade de gengiva. Essa área de col é
formada por um epitélio fino e não queratinizado (epitélio juncional). Área de maior propensão de
surgimento de doenças periodontais, devido a dificuldade de higienização dessa área.
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TIPOS DE EPITÉLIOS QUE RECOBREM A GENGIVA
O Epitélio protege as estruturas mais profundas ao mesmo tempo que permite a troca seletiva com o
ambiente bucal. Existem 3 tipos de epitélios que recobrem a gengiva: Epitélio oral (externo), Epitélio so
Sulco (Sulcular) e Epitélio Juncional.
Fig. O epitélio oral consiste em uma camada basal (estrato basal, SB),
uma camada espinhosa (estrato espinhoso, SS), uma camada granular
(estrato granuloso, SG) e uma camada cornificada (estrato córneo, SC).
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Age como membrana semipermeável, com passagem de produtos bacterianos prejudiciais e do
fluido sulcular (fluido gengival).
Obs: O epitélio oral e o epitélio do sulco possuem cristas epiteliais (prolongamentos que se inserem no
tecido conjuntivo) que são renovados por divisão da camada basal. O epitélio de sulco é mais espesso
que o epitélio oral e tem menos células e menos papilas, local de difícil higienização e ausência da
camada de queratina ( é menos protegido que o epitélio externo. Sendo um local de início de doenças
periodontais).
Obs: Fluido Gengival Secreção serosa produzida na mucosa gengival, com papel de limpeza
fisiológica de acúmulo de resíduos de descamação celular, microrganismos e leucócitos, estando
aumentado na ocorrência de infecções gengivais.
Epitélio Juncional
Obs1: O epitélio juncional e o epitélio de sulco protegem as estruturas mais profundas da invasão
microbiana, através da justaposição. Possuem um fluido do sulco que quando contaminado por bactérias
muda na quantidade e composição e passa a ser chamado de exsudato inflamatório.
Obs2: Existe diferença entre o epitélio sulcular, para o juncional. O epitélio juncional é mais delgado, e
suas células são mais afastadas, permitindo a passagem do conteúdo do tecido conjuntivo para o sulco
gengival, da mesma forma, passa o conteúdo do sulco para o conjuntivo, podendo causar a doença
periodontal.
Obs3: O epitélio juncional é aderido ao dente (através de hemidesmossomos) e não “inserido” (tem que
está ligado, penetrando um tecido em outro).
Obs4: Espaço Biológico É o espaço vital ao redor dos dentes, o qual nunca deve ser invadido, se
invadido, teremos problemas inflamatórios e gengivais. Causa as periodontites.
Espaço Biológico (2,04mm) = Ept. Juncional (0.97mm) + Inserção Conjuntiva (1,07 mm)
Periodicidade de 24 horas
Maior taxa mitótica nas áreas não queratinizadas (principalmente epitélio juncional);
Taxa mitótica cresce ainda mais na gengivite;
Renovação da gengiva se dá em 10 ou 12 dias;
Renovação do epitélio juncional se dá em 6 dias.
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Obs: Na doença periodontal, quando ocorre a degradação das fibras principais inseridas no cemento, o
epitélio juncional migra em sentido apical ou até encontrar fibras intactas, tentando proteger do contato
com o conjuntivo.
TECIDO CONJUNTIVO
Fibras gengivais Colágenas (60%) nomeadas de acordo com o sentido das fibras
Fibroblastos (5%)
Vasos e Nervos (35%)
Células de Defesa
Matriz - Substância Fundamental
Fibroblastos – Predominante, 65%. Relacionado com a produção dos vários tipos de fibras.
Participa da síntese da matriz.
Mastócitos – Célula responsável pela produção de determinados componentes da matriz. Produz
substâncias vasoativas que podem afetar a função do sistema microvascular e controlar o fluxo
de sangue através do tecido. Tem vesículas com enzimas proteolíticas, histamina e heparina.
Macrófagos - Desempenha várias funções de fagocitose e síntese no tecido. São
particularmente numerosos no tecido inflamado. São derivados dos monócitos do sangue que
migram para o tecido.
Células Inflamatórias – Granulócitos neutrófilos, linfócitos, plasmócitos.
Função de conectar a gengiva firmemente ao dente; Fornece rigidez para suportar as forças
mastigatórias; união da gengiva marginal livre com o cemento da raiz e a gengiva inserida adjacente;
mantém o dente em posição (gengiva inserida ao dente).
Obs: A inserção das fibras gengivais no cemento radicular cervical, recebe o nome de “Inserção
conjuntiva” e possui aproximadamente 1,07 mm.
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Matriz (substância fundamental)
A matriz do tecido conjuntivo é principalmente produzida pelos fibroblastos, embora alguns dos
seus componentes sejam elaborados pelos mastócitos e outros sejam derivados do sangue.
A matriz é o meio no qual as células do tecido conjuntivo se encontram embutidas e é essencial
para a manutenção da função normal do tecido conjuntivo
Formada por glucosaminoglicano (principalmente), ácido hialurônico, proteoglicano,
glicoproteínas e água.
O transporte de água, eletrólitos, nutrientes, metabólitos em direção ás células do tecido
conjuntivo e o seu retorno ocorrem dentro da matriz.
Os principais componentes da matriz são: macromoléculas de hidratos de carbono e proteínas.
Estes complexos são diferenciados em Proteoglicanos e Glicoproteínas.
Os Proteoglicanos contem Glucosaminoglicanos como unidades de hidratos de carbono.
COR
A maioria é róseo-claro. Consistem as variedades, que são normais, influenciadas por: melanina,
queratina e maior ou menor quantidade de vasos sanguíneos.
A gengiva inserida é demarcada da mucosa alveolar adjacente na porção vestibular por uma linha
mucogengival claramente definida. A mucosa alveolar é vermelha (mais vasos sanguíneos), lisa e
brilhante, em vez de rosa e pontilhada.
Queratina são proteínas que impedem a visualização do que está embaixo dela, deixando a superfície ,
mais opaca. Existem áreas mais escuras (na raça negra) onde o pigmento de melanina, está em toda a
gengiva ou em algumas áreas, nunca em mucosa alveolar (sempre vermelha).
TAMANHO
O tamanho da gengiva corresponde à soma total do volume dos elementos celulares e intercelulares e
de suprimento vascular. A alteração de tamanho é uma característica comum na doença gengival.
CONTORNO
FORMA
Depende da forma do dente e aposição que o dente ocupa (mesmo fora da arcada, terá uma gengiva
como os outros). Da mesma forma teremos formas diferentes de papila interdental. Papilas em forma de
celas, ocorre quando se tem junção perfeita da papila vestibular com a papila lingual ( se unem
perfeitamente sem deixar uma continuidade) isso ocorre quando não se tem relações de contato entre
os dentes vizinhos existe o “Col gengival” entre as papilas. O col é maior nos dentes posteriores devido a
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maior dimensão vestíbulo-lingual dos dentes. O epitélio do “Col” é idêntico ao “epitélio juncional”
significa que não tem proteção (é fácil surgir a doença periodontal). A maior prevalência do
aparecimento das doenças periodontais são nos espaços interdentais devido a isso.
TEXTURA
CONSISTÊNCIA
A gengiva inserida é resiliente (como bucha de prato), quando se comprime, ela volta ao normal.
VARIAÇÕES DE ALTURA
A altura da linha muco-gengival é maior nos dentes superiores anteriores por vestibular, os inferiores
são menores. A gengiva inserida também é pequena na região dos pré-molares e caninos (onde tem
muitas complicações gengivais). Quanto menor a gengiva pior o prognóstico periodontal quando ela for
atingida.
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LIGAMENTO PERIODONTAL
É um tecido conjuntivo frouxo, ricamente vascularizado e celular, que circunda as raízes dos dentes e
une o cemento radicular à lâmina ou ao osso alveolar propriamente dito.
Em direção coronal, este ligamento é contínuo com a lâmina própria da gengiva e está separado dela
pelos feixes de fibras colágenas que ligam a crista alveolar à raiz (as fibras da crista alveolar).
Funções
Proporcionar um invólucro de tecidos moles pra proteger vasos e nervos de injúrias mecânicas;
Transmissão de forças ao osso;
Fixar o dente ao osso;
Amortecer, resistir ao impacto de forças oclusais;
Fonadora e remodeladora de cemento, ligamento e osso alveolar;
Função nutricional (para cemento, osso e gengiva) e sensorial (tato, pressão e dor);
Drenagem Linfática
Fibras
Fibras Oxitalânicas
Fibras Colágenas (maioria, recebem o nome de acordo com a direção):
o Fibras da crista
o Fibras Horizontais
o Fibras oblíquas (maior quantidade, são os amortecedores dos dentes que recebem forças no
sentido longitudinal da cora pra raiz, da raiz pras fibras e das fibras para o osso. Essas fibras
diminuem esse impacto)
o Fibras Apicais
o Fibras Interradiculares
Células
Osteoblastos
Cementoblastos
Células epiteliais e nervosas
Fibroblastos (formação e distribuição de colágeno – pois se renovam frequentemente; rico em
fosfatase alcalina – capacidade contrátil e migratória, importantes no desenvolvimento e
reparação do ligamento).
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CEMENTO RADICULAR
Funções do Cemento
Tipos de Cemento
1- Cemento Acelular de fibras Extrínsecas – Primeiro cemento que se formou; Suas fibras foram
produzidas pelos fibroblastos do ligamento periodontal; Está no terço cervical; Possui matriz
fibrosa; As fibras colágenas estão regularmente dispostas; Possui Fibras de Sharpey e linhas
incrementais; Decresce no sentido antero-posterior; Liga o dente ao osso alveolar propriamente
dito.
2- Cemento Celular de Fibras Mistas – Uma parte das fibras foram produzidas pelos fibroblastos do
ligamento periodontal e outra parte pelos cementoblastos; Está no terço apical das raízes e
áreas de furca; Presença de cementócitos (aprisionados em lacunas); Possui Matriz (com
fibroblastos e cementoblastos); Mineralização incompleta das fibras de Sharpey; Possui
Cementóide e Células Elásticas.
3- Cemento Celular de Fibras Intrínsecas – Suas fibras são formadas pelos cementoblastos;
Encontra-se na região apical nas lacunas de reabsorção; É formado em casos de reparação;
Contém fibras intrínsecas e cementócitos.
LIMITE AMELOCEMENTÁRIO
Constitui a separação anatômica entre a coroa e a raiz do dente, sendo importante em alguns
procedimentos clínicos. Em perio é o ponto de referência para determinar o aumento da gengiva ou a
perda de inserção.
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Tipos de Relacionamento:
FIBRAS DE SHARPEY
Porções das fibras do Ligamento Periodontal que estão embutidas no cemento radicular e osso;
Mineralização total no cemento acelular e parcial no cemento celular e osso.
OBS: Sindesmotomia é a desinserção das fibras gengivais, que rodeiam o dente. Os instrumentos
utilizados são os Sindesmotomos ou Desoladores.
OSSO ALVEOLAR
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