Uel2008 Prova 2afase Geo Hist
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Processos Seletivos
INSTRUÇÕES
GEOGRAFIA
HISTÓRIA
GEOGRAFIA
1) Assinale a alternativa que, respectivamente completa corretamente as lacunas (I) e (II) da frase abaixo.
Há uma distinção conceitual entre os termos modernização e industrialização da agricultura brasileira.
Pode-se dizer que na modernização ocorre uma ——-(I)——-, enquanto que a industrialização envolve a idéia de
que ——-(II)——-.
a) I - desaceleração nos ciclos naturais da produção em detrimento do uso de defensivos agrícolas;
II - as máquinas passam a ser intensamente utilizadas na agricultura, promovendo a expansão do setor.
b) I - disputa entre o campo e a cidade, uma vez que o campo passa a ser expressivamente produtivo;
II - a produção agrícola supera a urbana no que se refere à exportação de produtos.
c) I - transformação da produção artesanal camponesa numa agricultura consumidora de insumos;
II - a agricultura acaba se transformando num ramo da produção semelhante a uma indústria.
d) I - intensificação dos investimentos a fim de gerar novas tecnologias incrementadoras da produção agrícola;
II - o resultado de tal intensificação amplia a potencialidade de fabricação de novas máquinas para o setor.
e) I - expansão do rítimo de produção da agricultura em detrimento de políticas de incentivo ao crédito rural;
II - a importação de maquinarias deve ser comparável aos resultados das exportações de produtos agrícolas.
O poema de Mário Quintana (TEXTO I) expressa a idéia de uma rua tranqüila, enquanto que o mapa (TEXTO II) mostra
a distribuição de crimes contra a pessoa na cidade de Campinas - SP.
É importante notar a diferença entre crimes contra a pessoa, como brigas, assassinatos, tráfico de drogas, etc. e crimes
contra o patrimônio, como assaltos e roubos, por exemplo.
Mário Quintana
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2) Assinale a alternativa que contém a afirmação correta sobre o tema da violência urbana.
a) O poema refere-se a uma rua de um bairro central da cidade, geralmente monitorado por rondas policiais noturnas
que garantem sossego aos seus moradores.
b) Existem ruas nas grandes cidades brasileiras iluminadas por lampiões, com casas contornadas por jardins tranqüilos,
sem ocorrências de assaltos.
c) A criminalidade, em geral, concentra-se nas regiões periféricas das cidades, desassistidas da presença do Estado
devido ao elevado grau de desemprego.
d) O mapa mostra a ocorrência de crimes contra a pessoa, notável nas áreas periféricas das cidades, geralmente onde
há concentração de moradores com baixo nível sócio-educacional.
e) O poema refere-se à falta de ocorrência de crimes contra o patrimônio, geralmente manifestado em locais privilegia-
dos, em que existe uma alta porcentagem de pessoas com bom nível sócio-educacional e com acesso à renda.
3) Assinale a alternativa que contém a categoria da Geografia expressa em ambas as situações, tanto no poema,
quanto no mapa.
a) Área.
b) Território.
c) Região.
d) Paisagem.
e) Lugar.
Nos quadros a seguir, estão uma canção de Gilberto Gil (TEXTO I) e um depoimento de César Paz (TEXTO II),
ambos intitulados “Cérebro Eletrônico”, abordando uma polêmica sobre o desenvolvimento tecnológico dos
anos de 1960. Leia o conteúdo dos quadros e responda às questões 4 e 5.
TEXTO I TEXTO II
O cérebro eletrônico faz tudo, faz quase tudo. O debate pautado nos anos dourados era o impacto
que o computador e sua incrível capacidade de pro-
Faz quase tudo, mas ele é mudo.
cessar dados causariam na vida e no emprego das
O cérebro eletrônico comanda, manda e desmanda. pessoas. Enfim, pairava o medo da substituição do
homem, suas características, sentimentos, medos e
Ele é quem manda, mas ele não anda.
percepções, por hardwares e softwares.
Só eu posso pensar se Deus existe, só eu. Gil compôs essa canção mais de dez anos antes do
PC e pelo menos 25 anos antes da internet comer-
Só eu posso chorar quando estou triste, só eu.
cial, compôs numa época em que os computadores
Eu cá com meus botões de carne e osso, residiam ainda tranqüilos, sem ameaça de vírus, em
salas limpas e brancas, com piso elevado e tempera-
eu falo e ouço, eu penso e posso.
tura controlada nas megacorporações.
Eu posso decidir se vivo ou morro. Por que? Nos anos seguintes, o computador já não era mais
chamado de cérebro eletrônico, desceu do pedestal
Porque sou vivo, vivo pra cachorro
para invadir todos os departamentos das grandes em-
e sei que cérebro eletrônico nenhum presas (microinformática), as empresas pequenas e
médias e até nossas casas. Depois, todos os compu-
me dá socorro no meu caminho
tadores se conectaram em redes locais e em pouco
inevitável para a morte. tempo na grande rede mundial, que passou a aceitar
também outros dispositivos, como handhelds, celula-
Porque sou vivo, sou muito vivo res e até geladeiras!
e sei que a morte é nosso impulso primitivo Na continuidade natural desse mundo tecnológico e
evolucionista, a bola da vez é uma “web viva”, ou me-
e sei que cérebro eletrônico nenhum lhor, a web 2.0. colaborativa, plena de conteúdo de
me dá socorro com seus botões de ferro opinião e serviços gratuitos (ou quase) de alta rele-
vância e interatividade. É nessa “web viva” que final-
e seus olhos de vidro. mente o usuário tem vez e voz. É nela que “eu falo e
ouço, eu penso e posso”.
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4) Considere a realidade expressa nos textos I e II e assinale V (Verdadeiro) ou F (Falso) nas proposições que
contenham argumentos corretos a favor e contra o uso das novas tecnologias.
( ) Através da história e da vida cotidiana nossas atividades vêm sendo afetadas instantaneamente pelas
novas tecnologias, especializadas em adiantar nossas tarefas.
( ) Se existe um crescimento no número de pessoas conhecendo novas tecnologias, em outro extremo,
estão pessoas à mercê de equipamentos, que, por muitas vezes, mais se assustam e se irritam do
que se entusiasmam com eles.
( ) Os computadores estão longe de se tornarem parte importante no desenvolvimento de uma nova
geração de indivíduos.
( ) A possibilidade de acesso a um mundo programado em um computador, permite que as pessoas
trabalhem, experimentem e vivam nele. Isso faz com que esse tipo de tecnologia seja influente nas
questões de transformações culturais.
( ) Estudos têm, com freqüência, denunciado as novas tecnologias como as principais responsáveis
pelo isolamento e pela solidão em que vivem vários sujeitos atualmente.
5) Norman (1998), ao explicitar as estratégias de marketing para lidar com consumidores de tecnologias, demons-
tra que todo tipo de tecnologia tem um ciclo de vida que evolui do nascimento à maturidade, alterando suas
características em função do tipo de consumidor dessa tecnologia. Durante esse ciclo de vida, a categoria de
usuário varia começando com o que ele chamou early adopters até os late adopters. A Figura a seguir ilustra
essas categorias de usuários.
(NORMAN, D. A. The invisible computer. Cambridge: The MIT Press. 1998.)
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Analise as afirmativas seguintes quanto ao perfil de usuário expresso no comentário e no gráfico anterior, bem
como às idéias manifestas por Gilberto Gil, no texto I e por César Paz no texto II.
I. César Paz expressa uma visão inovadora apresentando idéias emancipadas sobre o mundo digital e mos-
trando as incríveis capacidades do computador.
II. Gilberto Gil não pode ser caracterizado como um usuário, mas ele expressa uma visão cética sobre as
capacidades de uso do computador, uma vez que questiona aspectos sobre o poder de discernimento da
máquina.
III. A visão de Gilberto Gil possui correspondência ao perfil do cético, pois paira nela uma crítica irônica que
desacredita da capacidade dos diversos usos atribuídos ao computador.
IV. César Paz expressa uma visão que oscila entre o pragmático e o conservador, pois está vivendo a plenitude
do ciclo de vida tecnológico do computador, observando os pontos de conveniência, confiabilidade e valor,
quanto ao seu uso.
O PIB per capita da Coréia do Sul, em 1970, era de U$ 275, cerca de 75% do PIB per capita brasileiro. Em
1975, a renda per capita da Coréia do Sul era de U$ 250, cerca de metade da brasileira, enquanto que o PIB
brasileiro era quatro vezes maior que o PIB sul coreano. Entre 1980 e 1999, o crescimento médio do PIB
sul coreano foi de 7,6% ao ano, contra o crescimento médio do PIB brasileiro de 2,9% ao ano, no mesmo
período. Em 2001, o PIB per capita sul coreano é de 2,5 vezes maior do que o brasileiro.
(Adaptado de: CAVALCANTI, M. Conhecimento e desigualdade. Rio de Janeiro: COPPE/UFRJ/CRIE. 2003.)
I. Em 1980 a Coréia do Sul registrou oito patentes nos EUA, enquanto o Brasil registrou 24 patentes. Em
1999, a Coréia do Sul tinha registrado 3.314 patentes contra apenas 98 patentes brasileiras. Isso se deu em
conseqüência do investimento sul coreano de 3% do PIB ao ano em Ciência e Tecnologia, com percentuais
crescentes, enquanto o Brasil chegou lentamente no ano 2000, com apenas 1% investido em Ciência e
Tecnologia.
II. O governo sul coreano herdou o programa de reforma agrária, realizada nos anos de 1950 sob inspiração
norte americana. Também foi adotado a partir de 1970, um programa de Educação inspirado no exemplo
japonês. Com isso, o índice de analfabetismo geral (pessoas com mais de 15 anos de idade) caiu de 15%
da população para menos de 2,5% da população em 1999. No Brasil, a taxa de analfabetismo é de 11,1% de
pessoas acima de 15 anos. Este índice equivale a 14 milhões de brasileiros analfabetos.
III. O Brasil tem concentrado sua economia nos “fatores tradicionais de produção”, de acordo com o econo-
mista francês Jean Baptist Say (1767-1832), o primeiro estudioso a definir terra, capital e trabalho como os
três principais fatores de produção. A Coréia do Sul, por sua vez, adotou a “economia do conhecimento”,
que deslocou o eixo da riqueza e do desenvolvimento de setores industriais tradicionais, para setores cujos
produtos, processos e serviços são intensivos em tecnologia e conhecimento.
IV. A Comissão Trilateral, criada em 1973, foi composta naquela época pelos Estados Unidos, Europa Ocidental
e o bloco Coréia do Sul-Japão. Sua carta de princípios,“ a partir de uma análise dos principais interesses
que envolvem os países da Tríade, para o desenvolvimento neoliberal”, passou a difundir um ideal platônico
de ordem e supervisão, sustentada por uma classe privilegiada de tecnocratas que coloca sua perícia e
sua experiência acima das reivindicações profanas de simples cidadãos: “Um local protegido, a Cidade
Trilateral, onde o tecno é a lei”.
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Assinale a alternativa que contém todas as afirmativas corretas.
a) I e III.
b) I e IV.
c) II e IV.
d) I, II e III.
e) II, III e IV.
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8) Sobre os acordos de livre comércio no continente americano é correto afirmar que:
a) A ALCA é uma associação de livre comércio nas Américas que prevê a circulação de mercadorias com tarifas alfan-
degárias competitivas para todos os itens de comércio entre os países associados e alíquota de importação unificada
para países de fora dela.
b) A NAFTA é uma zona livre de comércio em que os países membros têm vantagens na comercialização de produtos
dependendo do grau de participação dos mesmos, como, por exemplo, isenção de tarifas alfandegárias.
c) O MERCOSUL tem como objetivo integrar política, social e economicamente os países membros por meio de medidas
sócio-educativas, incentivando todos os tipos de trocas possíveis.
d) O CAFTA é a idealização de um novo bloco econômico de livre comércio entre os Estados Unidos e os países da
América Central que prevê a eliminação das medidas protecionistas e dos subsídios agrícolas, tendo sido criado
como um passo inicial para a implementação da ALCA.
e) Um movimento anti-ALCA aconteceu quando os líderes do México e da Argentina se reuniram, propondo a criação
da ALBA, um bloco contrário, cuja essência está na defesa da livre competição comercial entre as nações.
(MAACK, R. Geografia Física do Estado do Paraná. Curitiba: Imprensa Oficial, 2002. p. 287-288.)
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Na Figura 1, observa-se a retenção da água pelas folhagens e uma boa distribuição pela copa das árvores,
arbustos e folhas no solo. A água se infiltra lentamente na camada superior do solo, até atingir o lençol freático.
Na figura 2, devido à desnudação, o solo fica sob a ação direta das precipitações, ou seja, ele é lavado e a erosão
retira seus componentes mais nutritivos, o que resulta na condensação do subsolo numa maior profundidade.
Com base nas figuras 1 e 2 , assinale a alternativa que melhor descreve as conseqüências do desmatamento
para o caso paranaense.
a) Redução da vazão das fontes d’água e erosão do solo, devido ao lento escoamento superficial e ao conseqüente
aumento na alimentação das águas subterrâneas, acarretando enchentes de rios e formação de voçorocas.
b) Diminuição em larga escala da água do subsolo e erosão do solo, devido à conseqüente diminuição na alimentação
das águas subterrâneas e ao rápido escoamento hídrico superficial que transporta a camada mais rica do solo,
acarretando o assoriamento dos cursos d’ água e o aparecimento de voçorocas.
c) Aumento da recarga de fontes d’ água centenárias e erosão do solo, devido ao lento escoamento superficial e à
inexistência das raízes de plantas que retinham e acumulavam águas alimentadoras do lençol freático, acarretando
períodos prolongados de cheias.
d) Redução de sedimentos e detritos nas correntezas dos rios e arroios, que determinam o rápido acúmulo de lodo nas
bacias de captação e barragens, acarretando umidade no horizonte C do solo.
e) Redução da vazão das fontes d’água e erosão do solo, devido à sedimentação crescente dos rios e à diminuição da
ocorrência de raízes de plantas, que determinam o acúmulo de lodo nas bacias de captação e barragens, ocasio-
nando períodos de fortes precipitações.
Navio encalhado no chão estéril e salino que um dia constituiu o fundo do mar. Há poucas décadas navegavam
nesse mesmo local, em busca de grandes cardumes. Agora estão condenados a apodrecer progressivamente
sob o clima regional árido.
(TAMDJIAN, J. 0. e MENDES, I. L. Geografia geral e do Brasil: Estudos para a compreensão do espaço. São Paulo: FTD. 2004, p. 571.)
I. O Mar de Aral teve a sua área reduzida de 66.900 km2 em 1960, para 31.938 km2 em 1994 e para 25.287
km2 em 2000, provocada pela redução drástica da vazão de seus principais tributários, os rios Amurdarya
e o Syrdarya, com desvio das suas águas para atender o megaprojeto governamental estabelecido para a
expansão e aumento da produção de algodão irrigado, nos países Casaquistão, Tagiquistão e Uzbequistão.
II. Problemas relacionados com megaprojetos como as transposições para agricultura de irrigação, demons-
tram que as imprudências do controle estatal centralizado no uso dos recursos hídricos e no planejamento
regional, com estudos duvidosos, afetam não só os recursos hídricos de grandes áreas da região, mas um
conjunto complexo de economias regionais e condições sociais.
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III. Na ex-União Soviética, foi implementado um megaprojeto governamental para a construção de canais para
desviar as águas do rio Volga. O canal Volga-Tchograi, para desviar as águas para agricultura irrigada na
região de Calmíquia e Stavropol. O segundo canal, Volga-Don 2, para desviar as águas para atender a
demanda das áreas irrigadas na região entre os rios Don e Kuban.O governo não considerou que o Mar
Cáspio e o rio Volga compõem um mesmo sistema natural, integrado.
IV. O Mar Morto perdeu um terço da sua superfície, em grande parte por causa da exploração excessiva do
seu afluente, o rio Jordão. Além da evaporação natural, ultimamente mais de 90% das águas que antes
fluíam para o Jordão já foram capturadas e desviadas. 60% desviadas por Israel em 1960, e o restante por
barragens construídas pela Síria e pelo canal jordaniano do Rei Abdulá. Agora, com a conclusão da Unity
Dam, o Jordão poderá secar completamente nos próximos verões.
12) Os conflitos entre árabes, judeus e palestinos têm origem milenar, como milenar é a questão da soberania sobre
os escassos recursos hídricos no Oriente Médio.
Com base nos conhecimentos sobre o tema “tensões, conflitos, guerras”, é correto afirmar que, na atualidade,
há
a) conflitos entre os judeus e curdos pelo controle das águas na escassa região do Sahel, dominada por vegetação de
savana, que recebe uma precipitação entre 150 e 500 mm por ano.
b) conflitos entre as nações palestina e israelense, pelo controle do aqüífero localizado no Rift Valley, com altitudes
elevadas e depressões ou fossas tectônicas que deram origem a extensos lagos como o Tanganica, o Vitória e o
Niassa.
c) conflitos entre israelenses e palestinos pelo domínio das águas da bacia do rio Jordão e conflitos entre turcos, sírios
e iraquianos pelo controle das bacias hidrográficas dos rios Tigre e Eufrates.
d) conflitos entre israelenses, sírios e libaneses, pelo domínio dos recursos hídricos das bacias hidrográficas dos rios
Níger e Congo.
e) conflitos entre turcos, árabes e palestinos pelo controle das águas dos sistemas lacustres do Tanganica e do Baikal.
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Com base na figura e nos conhecimentos sobre classificação das Unidades de Relevo brasileiro, classifique a
Unidade 2, conforme Jurandir Ross, corretamente:
a) Depressão Periférica Sul Rio Grandense, com relevos caracterizados por colinas de topos convexos, vales modera-
damente entalhados, planície fluvial.
b) Planaltos e Serras do Atlântico leste-sudeste, com relevos caracterizados por serras e morros alongados, relevo mon-
tanhoso. Escarpas estruturais/falhas. Superfícies de morros de topos convexos. Depressões tectônicas cenozóicas.
c) Planaltos e Chapadas da bacia do Paraná, com relevo caracterizado por colinas amplas com topos convexos. Cha-
padas, superfícies planas. Patamares e escarpas estruturais associadas a morros e colinas de topos convexos.
Escarpas nas bordas.
d) Depressão Periférica da Borda Leste da bacia do Paraná, com relevos caracterizados por colinas amplas de topos
convexos e vales medianamente entalhados.
e) Depressão do Miranda com relevos caracterizados por superfícies aplanadas, vales rasos, morros residuais isolados.
15) Sobre o tema “transformações recentes do espaço agrário brasileiro”, é correto afirmar:
I. A Brachiária ocupa muito bem os terrenos bem drenados, independente da topografia ou do tipo de solo,
em áreas com tipo climático Equatorial, sem seca ou superrúmido, onde ocorre sua expansão com grande
rapidez, nas planícies de inundações do rio Amazonas, e a vantagem de ser uma palmácea bastante apre-
ciada pelo gado bovino.
II. A Brachiária ocupa muito bem os terrenos bem drenados, independente da topografia ou do tipo de solo,
em áreas com tipo climático Tropical, quente e úmido ou semi-úmido, onde ocorre sua expansão com
grande rapidez, e a vantagem de ser uma herbácea bastante apreciada pelo gado bovino.
III. A introdução das espécies do gênero Brachiaria, foi bem aceita para alimentação do gado bovino. Esta
herbácea possibilitou o aumento da taxa de lotação, que na década de 1960-1970 era de 0,25 animal/ha,
passou para 0,9-1,0 animal/ha; ao mesmo tempo o ganho de peso foi em média 2 a 3 vezes maior do que o
obtido em pastagens nativas.
IV. A Brachiária, cujas sementes foram importadas da África, teve sua introdução nas pastagens brasileiras
pela grande facilidade em se adaptar aos solos e climas brasileiros. Transformou grandes extensões de
áreas nativas em pastagens cultivadas nas planícies de inundação dos pantanais das bacias dos rios Pa-
raguai, Guaporé e Araguaia.
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16) Na figura do satélite LANDSAT - 5 TM a seguir, as áreas de cor clara representam o desmatamento efetuado no
período de 1977 a 1984 na Amazônia.
Com base na figura e nos conhecimentos sobre o tema “satélites a serviço da questão ambiental”, é correto
afirmar:
I. Criado em 1970, o Projeto RADAM da Amazônia teve como objetivo realizar o levantamento dos recursos do
solo e do subsolo da Amazônia. Com o auxílio de um avião equipado com radar e instrumentos específicos,
obtiveram-se imagens por teledetecção. Os resultados foram positivos e o programa foi ampliado para todo
o território nacional, passando a ser denominado RADAMBRASIL.
II. Os colonizadores converteram quase totalmente suas terras de florestas em campos de cultivo, e, em
seguida, em pastagens. Este tipo de transformação da paisagem é conhecido popularmente como “arco
do desenvolvimento”, localizado nos planaltos e chapadas da borda sul da bacia do Paraná.
III. Mecanismos indutores governamentais, iniciados por Getúlio Vargas, foram reativados por Juscelino Ku-
bitschek e revigorados pelos Planos Nacionais de Desenvolvimento (PNB) e Programa de Integração Naci-
onal (PIN) ao longo da ditadura militar. Assim, nas décadas de 1960 e 1970 foi iniciada a abertura de uma
rede de estradas, cortando os cerrados e as matas, com finalidade de induzir a ocupação territorial por
meio delas.
IV. No decênio 1970-1980, a região dos Planaltos e Serras do Atlântico Leste e Sudeste ocupou posição sin-
gular no processo de mudança da agricultura brasileira pois, ao mesmo tempo em que ali se expandiu
aceleradamente o espaço ocupado pela atividade agropastoril, verificou-se também acentuada moderniza-
ção do processo produtivo, com o mais alto crescimento relativo do parque de tratores, que foi de 53,1%.
17) Quando a maior parte do volume das águas depende do derretimento de geleiras ou do degelo de picos nevados,
o rio se encontra na categoria
a) arréica.
b) exorréica.
c) jusante.
d) montante.
e) nival.
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18) Assinale a alternativa correta quanto aos perfis natural e sócio-econômico das regiões brasileiras.
b) NORDESTE Existência de mares de morros, mata atlân- Região densamente povoada, com significa-
tica que passou por intenso desmatamento. tiva predominância da atividade mineradora.
Solos férteis como a terra roxa. Predomínio da atividade extrativista.
c) CENTRO-OESTE Apresenta clima sub-tropical com estação Poderoso centro econômico com predomi-
chuvosa e seca bem distribuídas ao longo nância da atividade industrial e com ele-
do ano, predominando a ocorrência de ve- vados índices de poluição. Densamente
getação pantaneira e uma das redes hidro- povoado
gráficas mais densas do território nacional.
O solo é pobre.
d) SUDESTE Vegetação homogênea, com ocorrência de Região litorânea densamente ocupada,
clima equatorial e predominância de rios in- destacando-se em sua rede urbana o se-
termitentes em solos arenosos. tor de serviços como agente polarizador.
A estrutura agrária é predominantemente
rudimentar.
e) SUL Planalto Meridional com ocorrência da Mata Área de colonização européia, caracteri-
de Araucária. Apresenta o clima subtropi- zada pela diversidade das atividades econô-
cal, com chuvas bem distribuídas ao longo micas, como a agropecuária e a indústria.
do ano.
(BRASIL. Ministério de Minas e Energia. Empresa de Pesquisa Energética. Balanço Energético Nacional 2006: Ano base 2005 Relatório final.
Rio de Janeiro : EPE, 2006.)
• Oferta: quantidade de energia que se coloca à disposição para ser transformada e/ou para o consumo final.
• tep: tonelada equivalente de petróleo - é a unidade comum na qual se convertem as unidades de medida das dife-
rentes formas de energia utilizadas no Balanço Energético Nacional/MME. Os fatores de conversão são calculados
com base no poder calorífico superior de cada energético em relação ao do petróleo, de 10800 kcal/kg.
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Com base no gráfico e nos conhecimentos sobre o tema, é correto afirmar:
I. A redução da oferta de Petróleo foi o resultado da sua substituição por outras fontes de energia, provocada
pela Crise do Petróleo iniciada em 1973. A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP)
decidiu aumentar o preço do petróleo em mais de 300%.
II. No período, se destaca com crescimento de 622,2%, a participação da energia nuclear mundial. Como
fontes potencialmente impactantes, a de origem nuclear foi seguida pela participação do gás natural e
depois, pela participação da hidroeletricidade.
III. O aumento significativo da participação de energia gerada por “outras” fontes, como as de uso de fontes
alternativas: lenha, hulha, produtos de cana de açúcar, energia solar, urânio (U3 O8 ), geotérmica entre
outras. Foi o resultado das nações em implementar o uso de fontes alternativas sustentáveis de energia.
IV. Atendendo ao documento principal elaborado durante a II Conferência das Nações Unidas para o Meio
Ambiente, a RIO ECO-92, a AGENDA 21 e depois ao Protocolo de Kioto (reduzir as emissões do CO2 equi-
valente aos níveis de 1990, até 2012), a participação da energia renovável cresceu 5,3% no período.
20) Nestas áreas os rios geralmente congelam no inverno e com a primavera vem o degelo. A vegetação perde
suas folhas no inverno para retornarem na primavera. Quase dois terços da população mundial ocupam estas
regiões e com isso, as alterações feitas no meio natural foram e continuam sendo significativas.
Com base nos conhecimentos sobre o tema As Grandes Paisagens Naturais, é correto afirmar que o texto acima
corresponde às regiões
a) tropicais.
b) intertropicais.
c) temperadas.
d) de tundra.
e) equatoriais.
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HISTÓRIA
[...] Com a boa sorte do Povo de Atenas. Que os legisladores resolvam: se alguém se rebelar contra o Povo
visando implantar a Tirania, ou junta-se a conspiradores, ou se alguém atenta contra o povo de Atenas ou
contra a Democracia, em Atenas, se alguém cometeu algum destes crimes, quem o matar estará livre de
processo. [...] Se alguém, quando o Povo ou a Democracia, em Atenas, tiver sido deposto, dirigir-se-á ao
Areópago, reunindo-se em conselho, deliberando sobre qualquer assunto, perderá sua cidadania, pessoal-
mente e seus descendentes, seus bens confiscados, cabendo à Deusa o dízimo [...].
(Lei Ateniense contra a Tirania, 337-6 a.C. Estela de mármore, com um relevo representando a Democracia ao coroar o Povo de Ate-
nas.(In HARDING 1985, p. 127) Apud FUNARI, P. P. A. Antigüidade Clássica. A história e a cultura a partir dos documentos. Campinas:
Editora da Unicamp, 2003. 2 ed. p. 90.)
A lei Ateniense contra a tirania de 337-6 a.C. insere-se na passagem da cidade independente para o estado
imperial helenístico.
Neste contexto, analise as afirmações a seguir:
I. As póleis gregas encontraram-se, no decorrer do século IV a.C., crescentemente marcadas pelas disputas
internas e externas.
II. Esse documento retrata os conflitos em Atenas, uma vez que sua leitura evidencia a necessidade de
instrumentos legais para a defesa interna da democracia.
III. As póleis gregas encontravam-se em um momento de paz, no decorrer do século IV a.C., sem que houvesse
o risco de atentados contra a democracia.
IV. Em um momento em que as cidades gregas perdiam sua autonomia, procurava-se preservar as relações
de poder no interior da polis.
22) Os animais da Itália possuem cada um sua toca, seu abrigo, seu refúgio. No entanto, os homens que com-
batem e morrem pela Itália estão à mercê do ar e da luz e nada mais: sem lar, sem casa, erram com suas
mulheres e crianças. Os generais mentem aos soldados quando, na hora do combate, os exortam a defender
contra o inimigo suas tumbas e seus lugares de culto, pois nenhum destes romanos possui nem altar de
família, nem sepultura de ancestral. É para o luxo e enriquecimento de outrem que combatem e morrem tais
pretensos senhores do mundo, que não possuem sequer um torrão de terra.
(Plutarco, Tibério Graco, IX, 4. In: PINSKY, J. 100 Textos de História Antiga. São Paulo: Contexto, 1991. p. 20.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, pode-se afirmar que a Lei da Reforma Agrária na Roma
Antiga
a) proposta pelos irmãos Graco, Tibério e Caio, era uma tentativa de ganhar apoio popular para uma nova eleição de
Tribunos da Plebe, pois pretendiam reeleger-se para aqueles cargos.
b) proposta por Tibério Graco, tinha como verdadeiro objetivo beneficiar os patrícios, ocupantes das terras públicas que
haviam sido conquistadas com a expansão do Império.
c) tinha o objetivo de criar uma guerra civil, visto que seria a única forma de colocar os plebeus numa situação de
igualdade com os patrícios, grandes latifundiários.
d) era vista pelos generais do exército romano como uma possibilidade de enriquecer, apropriando-se das terras con-
quistadas e, por isto, tinham um acordo firmado com Tibério.
e) foi proposta pelos irmãos Graco, que viam na distribuição de terras uma forma de superar a crise provocada pelas
conquistas do período republicano, satisfazendo as necessidades de uma plebe numerosa e empobrecida.
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23) Aqui em baixo uns rezam, outros combatem e outros ainda trabalham.
(DE LAON, Adalberão. Carmen ad Rodbertum Regem. In: DUBY, G. As tres ordens:o imaginário do feudalismo. Lisboa: Editora Estampa,
1982. p. 25.)
Esse preceito, apresentado inicialmente pelo bispo Adalberão, no século XI, em parte reflete as funções/atividades
mais características do período medieval, em parte tem função ideológica, pois esse ordenamento pretendia for-
talecer a divisão e a hierarquia.
Ainda sobre a sociedade medieval, é correto afirmar:
a) A divisão acima mencionada reflete uma sociedade na qual a religiosidade se impõe nas várias esferas da vida, em
que o braço armado tende a impor seu poder sobre os desarmados, em que a economia se fundamenta no trabalho
agrícola.
b) Definida a sociedade entre religiosos, guerreiros e camponeses a partir do Tratado de Verdum, as atividades não
permitidas pela Igreja foram perseguidas pelos tribunais inquisitoriais.
c) Diante da limitação das funções às três ordens e perseguição aos comerciantes promovida pelas monarquias nas-
centes, a atividade comercial declinou, situação essa que se reverteu no século XVI no contexto do Renascimento
Comercial.
d) O poder eclesiástico se impunha a partir do momento do batismo, quando era definido o destino de cada criança, de
acordo com as necessidades fundadas na sociedade de ordens.
e) A divisão apresentada, característica do período entre os séculos XI e XIII, revela a estagnação econômica da soci-
edade, o que explica a crise agrícola e o recuo demográfico.
(Detalhe da Tapeçaria de Bayeux (c. 1066-1077). Disponivel em: www.ricardocosta.com/textos/bayeux1.htm. Acesso em: 24 out. 2007.)
I. A cultura medieval caracterizou-se pela ausência de uma expressão artística própria, o que redundou na
retomada dos elementos da cultura clássica no Renascimento.
II. A exemplo da Tapeçaria de Bayeux, manta encomendada para cobrir o corpo de Carlos Magno, a expres-
são cultural dos homens do período medieval era fundada na confecção de objetos menores, fáceis de
transportar.
III. O bordado conservado é um exemplar de expressão cultural não voltado para a liturgia ou culto cristão, o
que não era comum, pois grande parte da arte que se conservou está relacionada à religiosidade.
IV. A tapeçaria apresenta um relato da invasão normanda na Inglaterra e traz características da arte do período
como a simplicidade das formas e economia de elementos.
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A partir da imagem dada e dos conhecimentos sobre o tema, assinale a alternativa que contém todas as afirma-
tivas corretas.
a) I e IV.
b) III e IV.
c) II e III.
d) I, II e III.
e) I, II e IV.
26) [...] Diderot aprendera que não bastava o conhecimento da ciência para mudar o mundo, mas que era neces-
sário aprofundar o estudo da sociedade e, principalmente, da história. Tinha consciência, por outro lado, que
estava trabalhando para o futuro e que as idéias que lançava acabariam frutificando.
(FONTANA, J. Introdução ao estudo da História Geral. Bauru, SP: EDUSC, 2000. p. 331.)
27) A imprensa torna-se o mecanismo de divulgação das idéias e, por meio da publicação de livros, constrói um
clima de liberdade para o debate. As publicações envolvem tanto as obras novas como as antigas e abrem
espaço para o aumento das traduções que vão requerer um conhecimento não só do latim, mas também do
grego e do hebraico. As publicações nas línguas locais se ampliam facilitando o acesso à informação. A
ciência se seculariza.
(RODRIGUES, A.E.; FALCON, F. A formação do mundo moderno. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.)
28) Aliás, o governo, embora seja hereditário numa família, e colocado nas mãos de um só, não é um bem
particular, mas um bem público que, consequentemente, nunca pode ser tirado das mãos do povo, a quem
pertence exclusiva e essencialmente e como plena propriedade. [...] Não é o Estado que pertence ao Príncipe,
é o Príncipe que pertence ao Estado. Mas governar o Estado, porque foi escolhido para isto, e se comprome-
teu com os povos a administrar os seus negócios, e estes por seu lado, comprometeram-se a obedecê-lo de
acordo com as leis.
(DIDEROT, D. (1717-1784). Verbetes políticos da Enciclopédia. São Paulo: Discurso, 2006.)
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29) A Revolução Francesa representou uma ruptura da ordem política (o Antigo Regime) e sua proposta social
desencadeou
a) a concentração do poder nas mãos da burguesia, que passou a zelar pelo bem-estar das novas ordens sociais.
b) a formação de uma sociedade fundada nas concepções de direitos dos homens, segundo as quais todos nascem
iguais e sem distinção perante a lei.
c) a formação de uma sociedade igualitária regida pelas comunas, organizadas a partir do campo e das periferias
urbanas.
d) convulsões sociais, que culminaram com as guerras napoleônicas e com a conquista das Américas.
e) o surgimento da soberania popular, com eleição de representantes de todos segmentos sociais.
(BOXER, C. R. O Império marítimo português. São Paulo: Companhia das Letras. 2002, p. 70-71.)
31) As interpretações predominantes afirmam que a escravidão nos Estados Unidos da América foi abolida devido
ao fato de que:
I. O sistema escravista era incompatível com o funcionamento da República que, pela Constituição de 1776,
previa igualdade plena de direitos à população.
II. Existia uma rivalidade entre o Norte industrializado e o Sul agrícola, que desencadeou uma guerra na qual
o resultado final foi favorável ao Norte.
III. A escravidão limitava o crescimento do mercado interno ao diminuir a renda dos trabalhadores.
IV. Por ser o último país a permiti-la, os EUA estavam submetidos a fortes pressões, inclusive dos líderes
religiosos, que ameaçaram excomungar os proprietários de escravos.
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Assinale a alternativa que contém todas as afirmativas corretas.
a) I e II.
b) II e III.
c) III e IV.
d) I, II e IV.
e) I, III e IV.
[...] Aqueles que deixaram a Espanha para converter os índios viram-se incumbidos de uma missão de espe-
cial importância no esquema divino da história, pois a conversão do Novo Mundo era um prelúdio necessário
para seu término e para a segunda vinda de Cristo. Acreditavam também que, entre esses povos inocentes da
América ainda não contaminados pelos vícios da Europa, poderiam construir uma Igreja que se aproximasse
da de Cristo e os primeiros apóstolos. Os primeiros estágios da missão americana, com o batismo em massa
de centenas de milhares de índios, pareciam garantir o triunfo desse movimento em prol de um retorno ao
cristianismo primitivo que havia tão repetidamente sido frustrado na Europa. [...] No entanto, embora o índice
de conversão fosse espetacular, sua qualidade deixava muito a desejar. Havia sinais alarmantes de que os
índios que haviam adotado a fé com aparente entusiasmo ainda veneravam seus velhos ídolos em segredo.
Os missionários também se chocaram contra muralhas de resistência nos pontos em que suas tentativas de
incutir os ensinamentos morais do cristianismo conflitavam com padrões de comportamento estabelecidos
havia muito tempo. Não era fácil, por exemplo, inculcar as virtudes da monogamia a uma sociedade que via
as mulheres como servas e o acúmulo de mulheres como fonte de riqueza.
(ELLIOT, J. H. A conquista espanhola e a colonização da América. In: BETHELL, L. (org.). História da América Latina: América Latina
Colonial I. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1998, v. 1 p. 185-186.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a colonização das Américas portuguesa e espanhola, é correto
afirmar:
a) As ordens religiosas que no novo mundo se instalaram utilizaram-se do ouro existente em abundância e do trabalho
indígena para conquistá-los para a fé cristã, prometendo-lhes defender suas terras, espaço de sobrevivência terrena,
e o reino dos céus, lugar do descanso após a morte.
b) A primeira geração de missionários percebeu que os índios não conseguiam compreender a diferença entre adoração
a uma imagem e o conteúdo religioso que ela representava. Para solucionar esse problema, algumas imagens de
deuses indígenas foram inseridas nas igrejas católicas construídas nas colônias.
c) Quando os missionários das diversas ordens religiosas perceberam que os indígenas eram desobedientes e neces-
sitavam de cuidado especial, propuseram à Coroa espanhola que estimulasse o casamento misto como forma de
forçar a adoção – por parte dos nativos – da Fé Cristã.
d) As comunidades indígenas existentes nas Américas portuguesa e espanhola, juntamente com os missionários,
investiram no cultivo da terra e exportação de produtos manufaturados para a Europa.
e) A Espanha, baluarte do catolicismo, investiu na conquista religiosa dos nativos acreditando, a princípio, que os
indígenas, por não conhecerem nem terem tido contato com os defeitos morais e maus hábitos existentes no velho
mundo, fossem mais propensos à conversão para a Fé Católica.
33) A emancipação das colônias hispano-americanas, liderada pelos grandes senhores de terras e pela burguesia
criolla, encontrou apoio nos setores médios e populares, os quais, em alguns momentos, chegaram a amea-
çar a estrutura de dominação de classe imposta pelo regime colonial. Entretanto, com exceção dos Estados
Unidos, que implantaram um regime liberal burguês, no restante da América a independência revelou-se um
fato político. Realizada a autonomia, rompidos os vínculos com as metrópoles, as classes dominantes das
antigas colônias tomaram o poder e constituíram Estados Nacionais que mantiveram afastada das decisões
políticas a massa da população trabalhadora (majoritariamente indígena, camponesa ou não). A estrutura
colonial não sofreu qualquer alteração de peso. A Inglaterra abriu mais ainda a sua porta no continente,
assegurando-se de mercados consumidores e de matérias-primas; a propriedade territorial continuou nas
mesmas mãos, a despeito de algumas tentativas de líderes liberais das Guerras de Independência; a popula-
ção camponesa permaneceu sob a exploração e o domínio dos seus antigos senhores.
(AQUINO, R. S. L. de; LEMOS, N. J. F.; LOPES, O. G. P. C. História das sociedades americanas. Rio de Janeiro: Record, 2000. p.
165-166.)
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De acordo com o texto, é correto afirmar:
a) A América hispânica estava vivenciando, já há algum tempo, um maior grau de liberdade comercial em função da
crise econômica metropolitana, bem como a crise política desencadeada pelo domínio francês, entre os anos de
1808 a 1813.
b) O fenômeno da emancipação política na Nova Espanha foi peculiar na América. A Revolução Mexicana foi o mo-
vimento mais representativo do descontentamento da parcela camponesa da população contra o autoritarismo e
dominação da Espanha, culminando na emancipação do território do México.
c) Em toda a América hispânica e também na portuguesa, o processo de lutas pela emancipação dos diversos espaços
geográficos que futuramente se constituiram em espaços nacionais, foi conduzido pela Igreja, que lucraria com as
emancipações, agregando mais terras ao seu já rico patrimônio.
d) A participação dos Estados Unidos nos processos de independência das Américas foi de crucial importância para a
adoção do Regime Republicano pelos espaços recém-independentes.
e) Após sua independência, a América portuguesa rompeu os laços com a metrópole – Portugal – e aliou-se às forças
de Napoleão Bonaparte, adotando para esse espaço recém-independente os princípios da Revolução Francesa.
34) [...] o modernismo induz intelectuais latino-americanos a redescobrir o povo, o que pode levá-los a descobrir
camponeses e operários, ou índios e negros. O vínculo com a cultura universal não impõe necessariamente
um caráter dependente ou ’alienado’ à totalidade de nossa cultura.
(IANNI, O. apud. PINSKY, J. et al. História da América através de textos. São Paulo: Contexto, 1994. textos e documentos, v. 4, p. 88.)
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36) A conquista espanhola, em todas as regiões onde se viu coroada de êxito, conduziu a um processo de crise
geral das culturas submetidas. Em certas situações, como no caso Arawak das Antilhas, levou ao completo
desaparecimento físico da população conquistada. Noutros casos, como no México ou no Peru, ainda que não
tenha eliminado totalmente a população indígena, provocou alterações e deformações profundas na cultura e
no modo de vida dos povos conquistados.
(VAINFAS, R. Economia e sociedade na América espanhola. Rio de Janeiro: Graal, 1984. p. 40.)
37) Leia o texto seguinte sobre a Revolução Industrial e algumas de suas conseqüências:
Essa revolução industrial, que nasceu na Inglaterra do século XVIII e se propaga, no século XIX, pelo con-
tinente, na França, na Bélgica, a Oeste da Alemanha, no Norte da Itália e em alguns pontos da península
ibérica, repousa no uso de uma nova fonte de energia, o carvão, e nos desenvolvimentos das máquinas,
depois das invenções que modificam as técnicas de fabricação. A conjunção desses dois fatores, a aplicação
dessa energia nova à maquinaria, constitui a origem da revolução industrial, cujo símbolo é a máquina a vapor.
(RÉMOND, R. O século XIX: 1815-1914. Introdução à história de nosso tempo - 2. São Paulo: Editora Cultrix, 1976. p. 103.)
I. Com a Revolução Industrial e o crescimento da nova indústria, surgiu uma classe inteiramente nova de
trabalhadores que são os operários assalariados.
II. O crescimento das unidades industriais a partir da Revolução Industrial propiciou também o surgimento
da categoria de empresários possuidores de capitais.
III. A Revolução Industrial atingiu mais a população campesina que a urbana, pois esta se constituía em par-
cela da sociedade excluída das transformações empreendidas nas cidades.
IV. A Revolução Industrial não solucionou os problemas dos trabalhadores. O número de empregos era menor
que o de mão-de-obra disponível e, assim, surgiu o chamado “exército de reserva de mão-de-obra”.
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38) Sobre a Revolução Industrial, é correto afirmar:
a) As Américas anglo-saxônica, hispânica e portuguesa não vivenciaram, como a Europa, o crescimento da mão-de-
obra e a conseqüente baixa nos salários em função de uma melhor distribuição dos trabalhadores entre o campo e a
cidade.
b) Os países que não vivenciaram o fenômeno da grande indústria conservaram-se agrícolas e não foram afetados pela
supervalorização dada ao capital após a citada revolução.
c) O comércio internacional pós revolução provocou uma especialização da produção dividindo o mundo entre áreas
produtoras de matérias-primas e áreas industriais e propiciando o acúmulo de capital nos países industrializados.
d) Os movimentos sociais surgidos nesse período foram responsáveis pela disseminação das idéias de liberdade e
igualdade para todos e o cumprimento da lei do direito ao voto para as mulheres que trabalhavam nas fábricas.
e) Mesmo tendo aumentado o número de produtos manufaturados no mercado, a Revolução Industrial não significou,
no primeiro século, avanços e progresso tecnológico.
I. No século XIX, com a descoberta de novas técnicas e a conseqüente mecanização da produção, os indus-
triais intensificaram a exploração da mão-de-obra para recuperar os investimentos com as maquinarias
e aumentar os lucros com a produção. Para conseguir tal intento, os assalariados tinham que cumprir
em média 15 horas de trabalho por dia, sendo que mulheres e crianças – consideradas inferiores – foram
comumente utilizadas como mão-de-obra por se constituírem em força de trabalho mais barata.
II. A crise econômica que arrasou a Inglaterra na segunda metade do século XIX abriu espaço para que os
Estados Unidos colocassem no mercado seus produtos industrializados. A partir de então, o capitalismo
foi se consolidando numa perspectiva mais financeira e abriu espaço para o surgimento das grandes po-
tências bancárias.
III. A luta de classes tornou-se uma realidade a partir do momento em que a sociedade ficou dividida em duas
classes antagônicas: burguesia e proletariado. As diferenças entre aqueles que eram donos dos meios
de produção – e do capital – e aqueles que possuíam a força de trabalho – mão-de-obra – levou estes
últimos a organizarem-se em sindicatos, partidos, associações para lutar contra a exploração a que eram
submetidos.
IV. O anarquismo como doutrina política foi primordial para a constituição da classe burguesa, no século XIX,
porque defendia a importância do capital na consolidação desta nova ordem social. Defendia, também que
todos os indivíduos tinham o direito de lutar para garantir melhores salários e qualidade de vida.
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40) O movimento de 31 de março de 1964 tinha sido lançado aparentemente para livrar o país da corrupção
e do comunismo e para restaurar a democracia, mas o novo regime começou a mudar as instituições do
país através de decretos, chamados de Atos Institucionais (AI). Eles eram justificados como decorrência “do
exercício do Poder Constituinte, inerente a todas as revoluções”.
(FAUSTO, B. História do Brasil. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1996. p. 465.)
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