Estudo Dirigido Direito Administrativo e Tributário

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Estudo Dirigido para Revisão - Direito Administrativo e Tributário

1. Determinado servidor público federal presenciou a subtração de resmas de papel


por parte de funcionários terceirizados. Nessa situação, o servidor não está obrigado a
levar esse fato ao conhecimento da autoridade superior, uma vez que os infratores
não são servidores públicos. Responda com suas palavras se procede ou não a
afirmativa, apresentando seus argumentos para justificar sua resposta.

RESPOSTA: Não procede tal afirmativa, pois o servidor público tem o dever de zelar
pela coisa pública, tem o papel de agente garantidor, ademais caso seja omisso
poderá responder na esfera administrativa, por improbidade, na esfera civil e na
criminal, haja vista que tal conduta é tipificada como crime, tanto a dos funcionários
que subtraíram (apropriação indébita, art 168 Código Penal) bem como do funcionário
que sabia e se omitiu (peculato culposo, art. 312, parágrafo 2º, do Código Penal ou
condescendência criminosa, art. 320 do Código Penal).

2. O Município de Petrópolis, na pessoa do seu Prefeito Municipal, concedeu à


sociedade empresarial ABC Confecções Ltda., no ano de 2000, autorização para
colocação de painel publicitário iluminado na fachada externa de seu estabelecimento
comercial, mediante pagamento de uma taxa à municipalidade.

No entanto, no ano de 2002, foi promulgada pela Câmara de Vereadores nova lei de
posturas municipais, visando a proteger o conjunto arquitetônico da cidade, e com a
qual o referido letreiro não mais se conforma. Em conseqüência, a municipalidade
revogou as autorizações anteriormente concedidas a diversos comerciantes que
mantinham letreiros não condizentes com a novel legislação, e tem realizado
fiscalizações constantes no sentido de autuar aqueles que insistam em desrespeitar a
lei de posturas do município.

Ante a iminência de ser autuada, a sociedade ABC Confecções Ltda. pretende


impetrar mandado de segurança contra o ato do Prefeito que revogou a sua
autorização para exibição do letreiro, pois que concedida anteriormente da entrada em
vigor da nova lei. Sustenta possuir direito adquirido à manutenção do letreiro, tendo
em vista que ele se apresentava condizente com a legislação local quando foi
colocado. Porém, o Prefeito alega que tem poderes para limitar os direitos individuais
em prol da coletividade, a qual poder da administração esta se baseando o Prefeito
Municipal para revogar o seu próprio ato anterior?

RESPOSTA: Neste caso está se referindo ao Poder de Polícia, cujo conceito é: poder
conferido à Administração, para restringir, frenar, condicionar, limitar o exercício de
direitos e atividades econômicas dos particulares para preservar os interesses da
coletividade. Encontra fundamento na supremacia do interesse público sobre o
particular. Assim, o condicionamento de direitos só será possível com base a
supremacia do interesse público.

Também poderíamos dizer que a atitude do Prefeito atual, também está relacionada
com o Poder Vinculado, que é aquele em que o administrador se encontra
inteiramente preso ao enunciado da lei que estabelece previamente um único
comportamento possível a ser adotado em situações concretas, não existindo um
espaço para juízo de conveniência e oportunidade. Ele está seguindo nova
determinação legal, que passou por um processo legislativo legítimo.

3. A designação para o exercício de função de confiança pode recair sobre


servidor não ocupante de cargo efetivo? E a nomeação para os cargos em
comissão? Explique.
RESPOSTA:
A função de confiança só recai sobre servidor efetivo, para executarem
atribuições de chefia, direção e assessoramento e o servidor poderá receber
uma gratificação para isso.
Quanto aos cargos em comissão, estes podem ser preenchidos por servidores
efetivos ou não, desde que obedeçam a condições e percentuais mínimos. A
lógica usada para justificar a ocupação de cargos em comissão é que estes
devem ser preenchidos por pessoas que tenham afinidade com o projeto
político do prefeito eleito, sendo portanto de sua confiança.

4. É possível haver desapropriação sem qualquer indenização ao proprietário


do bem expropriado? Indique a base legal que fundamenta a sua resposta.
RESPOSTA:
Sim, de acordo com o artigo 243 da Constituição Federal, em caso de
plantação ilegal de plantas psicotrópicas (drogas ilícitas), as terras serão
imediatamente expropriadas, sem qualquer indenização.

5. Contrato a ser firmado pela Administração Pública com um particular, para


preenchimento de um emprego público, está sujeito à lei de licitações ou esta
condicionado a concurso público? Quais as situações em que a Administração
Pública pode estabelecer o contrato sem ferir o art. 37 da Constituição
Federal? Fundamente, de modo resumido.
RESPOSTA:
O contrato para preencher cargo público não tem nada haver com licitação. Ele
deve ser preenchido por meio de concurso público, como podemos verificar no
artigo 37, inciso II da Constituição Federal.
A contratação pode ser feita desde que observado o mesmo artigo 37, em seu
inciso XXI, que diz assim: “ressalvados os casos especificados na legislação,
as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo
de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os
concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento,
mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente
permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à
garantia do cumprimento das obrigações”.
Ou ainda nas atribuições de chefia, assessoramento e direção, nas funções de
confiança e nos cargos em comissão.
6. É possível a fixação por lei de limite de idade para a participação em
concurso de admissão a cargo público civil? Comente com suas palavras

RESPOSTA:
Sim, dependendo das características do cargo e mediante uma justificativa que
seja razoável e que justifique essa conduta. Caso este ato não seja
devidamente fundamentado, tal limitação estará ferindo o princípio da
isonomia.

7. A responsabilidade administrativa é a que resulta da violação de normas


internas da Administração pelo servidor. A falta funcional gera o ilícito
administrativo, e dá ensejo à aplicação de pena disciplinar, pelo superior
hierárquico, no devido processo legal. Pergunta-se: a punição administrativa
ou disciplinar depende de processo civil ou criminal a que se sujeite também o
funcionário pela mesma falta?

RESPOSTA:
De forma alguma! A punição na esfera administrativa não depende de outras
áreas, pode ocorrer sozinha, sem nenhum inquérito em outra esfera.
Porém devemos observar o seguinte, caso haja um processo criminal contra
esse funcionário, correndo juntamente como processo administrativo, pelos
mesmos motivos, o resultado do processo criminal irá influenciar no processo
administrativo, inocentando-o ou o condenando-o, conforme aquele.

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