Direito Administrativo e Direito Constitucional
Direito Administrativo e Direito Constitucional
Direito Administrativo e Direito Constitucional
PC MG
DIREITO ADMINISTRATIVO E DIREITO
CONSTITUCIONAL
PROFESSOR GUSTAVO BRÍGIDO
01. Ano: 2018 Banca: FUMARC Órgão: CEMIG - MG Prova: FUMARC - 2018 - CEMIG - MG - Advogado JR
No que refere às distinções entre taxa e tarifa como modalidades de remuneração do serviço público pelo
usuário, é CORRETO afirmar:
A A taxa pode ser cobrada pela disponibilização, ainda que não tenha ocorrido a fruição efetiva do serviço, por
outro lado, a tarifa somente pode ser exigida pela efetiva fruição, ainda que se admita a possibilidade de
cobrança de tarifas mínimas.
B A taxa, por se submeter ao regime tributário, está sujeita aos princípios da legalidade e da anterioridade
tributárias, já a tarifa, por se tratar de variável contratual sujeita ao direito privado, pode ser definida
unilateralmente pelo concessionário.
C Ambas exigem que o serviço público seja específico e divisível, mas a taxa pode ser cobrada em razão da
competência para prestar o serviço público, ainda que não tenha ocorrido a efetiva disponibilização dos
equipamentos de prestação; por outro lado, a tarifa somente pode ser exigida pela efetiva fruição.
D Constitui matéria pacífica que todo serviço público de adesão obrigatória pelo usuário é remunerado por taxa,
ainda que prestado indiretamente mediante concessão.
OPÇÃO A: Está CORRETA esta opção. A taxa e a tarifa aplicam-se aos serviços
públicos específicos e divisíveis, mas em situações distintas. Cada uma possui um
regime jurídico próprio. A natureza do serviço público prestado – se delegáveis
ou não – é que determinará qual o regime de remuneração a ser adotado.
Ademais, o serviço público precisa ser ao menos disponibilizado ao usuário para
que possa haver a cobrança de TAXA, não sendo necessário que aquele tenha
utilizado o serviço. Ao contrário, o pagamento da TARIFA só se justifica diante da
efetiva prestação e fruição pelo usuário do serviço público disponibilizado;
02. Ano: 2018 Banca: FUMARC Órgão: COPASA Prova: FUMARC - 2018 - COPASA -
Analista de Saneamento - Advogado
Acerca das pessoas da Administração Pública, das atividades de gestão e do regime
aplicável:
A A aplicação de penalidades a terceiros, no exercício de atividade de polícia, é
atividade passível de ser desenvolvida por agente público sujeito a vínculo de emprego.
B As atividades de polícia administrativa podem ser desenvolvidas licitamente por
pessoas de direito privado, desde que previsto em lei.
C O regime de contratação das pessoas jurídicas de direito privado que explorem
atividade econômica em sentido estrito admite prerrogativas próprias de Estado.
D Uma pessoa jurídica de direito público responde por danos conforme o regime de
responsabilidade objetiva, independentemente da atividade que exerça.
Alternativa "d": Correta. A responsabilidade civil do Estado está disciplinada no
art. 37, § 6º, da Constituição Federal: "As pessoas jurídicas de direito público e as
de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que
seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de
regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa". Dessa forma, as
pessoas jurídicas de direito público respondem por danos conforme o regime de
responsabilidade objetiva, independentemente da atividade que exerçam.
03. Ano: 2016 Banca: FUMARC Órgão: Câmara de Conceição do Mato Dentro Prova: FUMARC -
2016 - Câmara de Conceição do Mato Dentro - Advogado
Acerca dos atributos dos atos administrativos, é CORRETO afirmar:
A A autoexecutoriedade é o atributo que permite que o ato administrativo seja executado pela
própria Administração Pública, sem necessidade de intervenção do Poder Judiciário.
B A imperatividade é o atributo do ato administrativo que permite que o ato administrativo
seja executado independentemente de título, de modo que, ao contrário do que ocorre como
regra no direito privado, não se aplica no direito administrativo a nulla executio sine titulo.
C presunção de legitimidade do ato administrativo tem como consequência o fato de que este
produzirá seus efeitos enquanto a sua invalidade não for decretada pelo Poder Judiciário ou
pela própria Administração Pública.
D A presunção de veracidade dos atos administrativos corresponde à conformidade do ato
com a lei, o que significa que estes se presumem lícitos até que se prove o contrário.
(a) AUTOEXECUTORIEDADE é o atributo do ato administrativo pelo qual o Poder Público pode
obrigar o administrado a cumprí-lo, independentemente de ordem judicial.
(b) IMPERATIVIDADE é a qualidade pela qual os atos dispõem de força executória e se impõem
aos particulares, independentemente de sua concordância; Ex.: Secretário de Saúde quando
dita normas de higiene – decorre do exercício do Poder de Polícia – pode impor obrigação para
o administrado. É o denominado poder extroverso da Administração.
(c) PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE é a característica do ato administrativo que advém do
princípio da legalidade que informa toda atividade da Administração Pública. E também, as
exigências de celeridade e segurança das atividades administrativas justificam a presunção da
legitimidade, com vistas a dar à atuação da Administração todas as condições de tornar o ato
operante e exeqüível, livre de contestações por parte das pessoas a eles sujeitas.
(d) PRESUNÇÃO DE VERACIDADE os atos administrativos são dotados de presunção de
veracidade e legitimidade que, segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro consiste na
"conformidade do ato à lei; em decorrência desse atributo, presumem-se, até prova em
contrário, que os atos administrativos foram emitidos com observância da lei" (Direito
Administrativo, pág. 191, 18ª Edição, 2005, Atlas, São Paulo). O erro da letra D está em dizer
que o ato se presume LÍCITO quando na verdade ele se presume VERDADEIRO.
04. Ano: 2016 Banca: FUMARC Órgão: CEMIG-TELECOM Prova: FUMARC - 2016
- CEMIG-TELECOM - Analista de Vendas JR
Sobre o exercício dos poderes da Administração Pública, é CORRETO afirmar:
A As prerrogativas afetas aos poderes podem ser exercidas por todas as pessoas
da Administração Pública independentemente de sua personalidade e regime.
B A aplicação de punição disciplinar ao servidor de uma autarquia exige o
respeito ao direito de defesa.
C O poder de polícia pode ser exercido independentemente de previsão legal.
D O poder disciplinar aplica-se indistintamente, conforme as mesmas regras, aos
servidores e empregados públicos.
a) ERRADO - nem todas as pessoas da Administração Pública podem exercer as
prerrogativas inerentes aos Poderes Administrativo. A guisa de exemplo, certas
funções do ciclo do Poder de Polícia não podem ser exercidas por pessoas
jurídicas de direito privado. Outro exemplo seria o poder regulamentar, que em
regra só pode ser exercido pelo Chefe do Poder Executivo (art. 84, IV, CRFB). O
poder disciplinar, em regra, é exercido pelo superior hierárquico. Caso o agente
público ocupe cargo público do menor nível na hierarquia administrativa de
certo órgão, não poderá exercer o poder disciplinar. Há outros inúmeros
exemplos.
b) CORRETO - vige no direito brasileiro o princípio do devido processo legal, que
tem como principais corolários o contraditório e a ampla defesa, que são
aplicados inclusive no processo administrativo (que é a natureza jurídica do
processo disciplinar), nos termos do art. 5º, LV, CRFB).
c) ERRADO - O poder de polícia somente pode ser exercido mediante previsão
legal expressa. Aliás, toda a atividade administrativa está pautada no princípio da
legalidade, que nos ensina, de acordo com as lições do imortal Hely Lopes
Meirelles, que a Administração Pública somente poderá fazer aquilo que a lei
determina ou autoriza que o faça. Além disso, como o poder de polícia tem
como função precípua a limitação e restrição do exercício de atividades/gozo de
bens/liberdade das pessoas em prol do interesse público, não poderia ser
utilizado sem expressa previsão legal, pois de acordo com o art. 5º, II, da CRFB,
ninguém será obrigado de fazer ou deixar de fazer alguma coisa, senão em
virtude de lei. Além de todos os fundamentos acima expostos, por fim, o art. 78,
parágrafo único do Código Tributário Nacional prevê que o Poder de Polícia será
exercido nos limites da lei aplicável, o que corrobora a tese de que deve haver
previsão legal para o seu regular exercício.
d) ERRADO - O poder disciplinar não aplica-se indistintamente aos servidores e
empregados públicos. Os primeiros seguem seu respectivo estatuto jurídico
(vínculo legal), que prevê todo o procedimento de aplicação de sanções
disciplinares. Os segundos são regulamentados pela Consolidação das Leis do
Trabalho no que tange à aplicação de penalidades, mas, por serem as atividades
a eles incumbidas dotadas de interesse público, deve-se observar os princípios
constitucionais processuais que regulamentam os processos administrativos
públicos, como o do contraditório, o da ampla defesa, o da impessoalidade, o da
legalidade, entre outros. Afinal, os empregados públicos são agentes públicos
que laboram em entidades que integram a administração pública indireta, seja
em estatais econômicas, seja em estatais que prestam serviço público.
05. Ano: 2016 Banca: FUMARC Órgão: CBTU Provas: FUMARC - 2016 - CBTU -
Técnico Industrial - TIN -Edificações
São atos de improbidade administrativa que causam lesão ao erário, EXCETO:
A Permitir ou facilitar a aquisição, a permuta ou a locação de bem ou serviço por
preço superior ao de mercado.
B Perceber vantagem econômica para intermediar a liberação ou aplicação de
verba pública de qualquer natureza.
C Doar à pessoa física ou jurídica, bem como ao ente despersonalizado, ainda
que de fins educativos ou assistenciais, bens, rendas, verbas ou valores do
patrimônio de qualquer das entidades mencionadas no art. 1º dessa lei, sem
observância das formalidades legais e regulamentares aplicáveis à espécie.
D Conceder benefício administrativo ou fiscal sem a observância das
formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie.
Art. 9° Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento
ilícito auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do
exercício de cargo, mandato, função, emprego ou atividade nas entidades
mencionadas no art. 1° desta lei, e notadamente: