Crônica 14.04.2020
Crônica 14.04.2020
Crônica 14.04.2020
Habilidade: (EF67LP28-A) Ler, de forma autônoma, peças teatrais, crônicas críticas, romances
infanto-juvenis, contos de suspense, contos de esperteza, contos do folclore goiano, entre
outros, levando em conta suportes e características.
ATIVIDADES Texto I
Crônica
Texto II
Características da crônica
Por tratar de assuntos cotidianos e factuais, a crônica tem “vida curta”. O assunto em pauta
hoje não será o mesmo de amanhã, aspecto similar ao jornalismo, visto que ambas buscam
inspiração nos acontecimentos do dia a dia.
Com uma linguagem simples, a crônica relata de forma diferenciada as ocorrências, seja de
forma artística, em tom crítico ou com humor.
A Velha Contrabandista
Diz que era uma velhinha que sabia andar de lambreta. Todo dia ela passava pela
fronteira montada na lambreta, com um bruto saco atrás da lambreta. O pessoal da Alfândega
- tudo malandro velho - começou desconfiar da velhinha.
Um dia, quando ela vinha na lambreta com o saco atrás, o fiscal da Alfândega mandou
ela parar. A velhinha parou e então o fiscal perguntou assim pra ela:
- Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa por aqui todo dia, com esse saco aí atrás. Que
diabo a senhora leva nesse saco?
A velhinha sorriu com os poucos dentes que lhe restavam e mais outros, que ela
adquirira no odontólogo, e respondeu:
- É areia!
Aí quem sorriu foi o fiscal. Achou que não era areia nenhuma e mandou a velhinha saltar
da lambreta para examinar o saco. A velhinha saltou, o fiscal esvaziou o saco e dentro só tinha
areia. Muito encabulado, ordenou à velhinha que fosse em frente. Ela montou na lambreta e
foi embora, com o saco de areia atrás.
Mas o fiscal desconfiado ainda. Talvez a velhinha passasse um dia com areia e no outro
com muamba, dentro daquele maldito saco. No dia seguinte, quando ela passou na lambreta
com o saco atrás, o fiscal mandou parar outra vez. Perguntou o que é que ela levava no saco e
ela respondeu que era areia, uai! O fiscal examinou e era mesmo. Durante um mês seguido o
fiscal interceptou a velhinha e, todas as vezes, o que ela levava no saco era areia.
Diz que foi aí que o fiscal se chateou:
- Olha, vovozinha, eu sou fiscal de alfândega com 40 anos de serviço. Manjo essa coisa
de contrabando pra burro. Ninguém me tira da cabeça que a senhora é contrabandista.
- Mas no saco só tem areia! - insistiu a velhinha. E já ia tocar a lambreta, quando o fiscal
propôs.
- Eu prometo à senhora que deixo a senhora passar. Não dou parte, não apreendo, não
conto nada a ninguém, mas a senhora vai me dizer: qual é o contrabando que a senhora está
passando por aqui todos os dias?
- O senhor promete que não "espáia"? - quis saber a velhinha
- Juro - respondeu o fiscal.
- É lambreta.
Stanislaw Ponte Preta
Disponível em: https://pt.slideshare.net/suzyclay7/a-velha-contrabandista-52222171
Acesso em: 20 de mar.de 2020.
01. “- Mas no saco só tem areia! - insistiu a velhinha. A frase destacada é uma
(A) ( ) narração. (C) ( ) explicação.
(B) ( ) descrição. (D) ( ) diálogo.
03. Na frase” - O senhor promete que não "espáia"? - quis saber a velhinha. verifica-se o
predomínio da linguagem
(A) ( ) informal. (C) ( ) acadêmica.
(B) ( ) formal. (D) ( ) cientifica.
05. Se você fosse o fiscal, teria percebido qual o contrabando? De que forma?
07. O texto fala sobre fronteiras e alfândega. Explique o significado das duas palavras:
Fronteira _____________________________________________________________________
Alfândega ____________________________________________________________________
08. - Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa por aqui todo dia, com esse saco aí atrás.
Que diabo a senhora leva nesse saco? Na sua opinião o policial tratou a senhora com respeito?
De que forma ele poderia tê-la abordado de forma mais respeitosa?