Direitos Humanos Dornelles

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FICHAMENTO DO TEXTO “PRIMEIRA GERAÇÃO DE DIREITOS – DIREITOS

INDIVIDUAIS”

1 REFERÊNCIA BILBLIOGRÁFICA

DORNELLES, João Ricardo Wanderley. O que são direitos humanos. Brasiliense, 2013.
(Coleção Primeiros Passos)

2 RESUMO DAS IDEIAS CENTRAIS

2.1 Dornelles (2013) nos mostra que apesar de os termos Direitos Humanos e Direitos
Fundamentais terem aparecido na França durante o século XVIII, e a sua formulação jurídico-
positiva no plano do reconhecimento constitucional datar do século XIX, as origens de sua
fundamentação filosófica remontam aos primórdios da civilização humana. (p. 18)

2.2 Dornelles (2013) nos mostra que foi, principalmente a partir do século XVII, com o
pensador inglês Thomas Hobbes, que se desenvolveu o chamado modelo jusnaturalista
moderno, onde a fundação do Estado Político seria resultado de uma ação racional através da
manifestação da livre vontade dos indivíduos. Inicia-se um tipo de formulação que passou a
influenciar o pensamento filosófico-político, levando à constituição do modelo liberal da
sociedade e do Estado (p. 18)

2.3 Dornelles (2013) cita que foi com outro pensador inglês, John Locke, já no final do século
XVII, desenvolveu-se a teoria da liberdade para proteger a propriedade como valor
fundamental. (p. 19)

2.4 Dornelles (2013) nos mostra também que no contexto do século XVIII, caracterizado pela
filosofia iluminista, e por uma radicalização do confronto antiabsolutista, foram apresentadas
as idéias de pensadores como Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) que inspiraram os
movimentos revolucionários na França e na América. É o período que preparava as grandes
transformações sociais e políticas que levaram à elaboração da Declaração de Direitos de
Virgínia, em 1776, e da Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão, aprovada pela
Assembléia Nacional francesa, em agosto de 1789. (p. 20)
2.5 Dornelles (2013) após fazer toda uma abordagem histórica afirma que das lutas travadas
pela burguesia europeia contra o Estado absolutista que se criaram condições para a
instituição formal de um elenco de direitos que passariam a ser considerados fundamentais
para os seres humanos (p. 21)
2.6 Por fim, Dornelles (2013) traz o argumento de que os Direitos individuais tem como
elemento principal a ideia clássica de liberdade individual, concentrada nos direitos civis e
políticos. Esses direitos só poderiam ser conquistados mediante a abstenção do controle do
Estado, já que sua atuação interfere na liberdade do indivíduo.

03 ANÁLISE CRÍTICA

Portanto, partimos dos ensinamentos de Dornelles (2013) ao afirmar que a primeira


geração (liberdade) é marcada, pois, pelo desejo de ausência do Estado: exige-se a sua
ausência, a sua abstenção, já que a sua atuação anteriormente invadia de modo exacerbado a
intimidade dos indivíduos.
Quanto um exemplo do impacto positivo dos direitos de primeira geração trouxe à
sociedade contemporânea, onde, os chamados direitos civis e políticos, que englobam os
direitos à vida, à liberdade, à propriedade, à igualdade formal, às liberdades de expressão
coletiva, os direitos de participação política e, ainda, algumas garantias processuais.
Citemos a liberdade de expressão que o cidadão tem hoje ancorado pela Constituição
de 1988, ora, O direito à liberdade de expressão está previsto na Constituição Federal de
1988, é um direito ligado à natureza humana na forma de se relacionar com a sociedade. Com
o fim da ditadura militar, os brasileiros passaram a ter vários direitos, que no período do
regime militar não era permitidos, entre eles, está o direito da liberdade de expressão.
Vale ressaltar que em uma primeira ocasião é importante citar que o Brasil antes da
criação da Constituição de 1988 encontrava-se no período de ditadura militar. Esse período
foi muito difícil para toda a população brasileira pois as pessoas perderam o direito de
expressar as suas opiniões e pensamentos, ou seja, a censura tomou conta do país.
De acordo com José Afonso da Silva (2016 p.38), “a Constituição brasileira 1988
abraçou os direitos humanos, consagrando-os, principalmente, na parte de direitos e garantias
fundamentais, mas, também se faz presente em outros títulos da carta maior”.
Dentro do tema liberdade de expressão pode-se citar a liberdade de expressão dos
assuntos políticos, por exemplo, que tomaram contam do país na atualidade. Em 1965 seria
impensável chamar um ex-presidente da republica de ladrão, cenário esse que é normal, em
todas as mídias quer que esteja no poder o quem esteja brigando para voltar.
Segundo Gianotti (2012 p.145), “o Brasil sai da ditadura da Vargas em 1945. Depois
de quase duas décadas de profundas discussões sobre qual modelo político econômico era
mais adequado pra o Brasil, novamente uma ditadura militar assume o poder em 1964”.
Por outro lado vale informar que esse período ficou marcado na história brasileira
devido a pratica de vários atos inconstitucionais, perseguição política, falta de democracia e
repressão á aqueles que eram contra o regime militar.
Portanto, mostra-se como um impacto positivo o estabelecimento dos direitos de
primeira geração ou direitos individuais no Brasil, pois, ficou claro como como surgiu a
liberdade de expressão como direito na Constituição Federal, uma vez que após a criação
desta carta magma e com a opressão da ditadura, os cidadãos passaram a ter os seus direitos
protegidos pela lei maior que e o estado.
Portanto, pode-se afirmar que a liberdade de expressão é um dos direitos mais
estimados pela Constituição Federal sendo resultante do direito a manifestação do
pensamento. A liberdade de expressão é assunto abrangente, ou seja um instrumento pra a
democracia, na medida que permite a vontade da população ser formada através de opiniões.

REFERÊNCIAS

DALLARI, Dalmo de Abreu. Direitos e cidadania. São Paulo: Moderna, 2018.

DORNELLES, João Ricardo Wanderley. O que são direitos humanos. Brasiliense, 2013.
(Coleção Primeiros Passos)

GIANNOTTI, Vito. História das Lutas dos Trabalhadores no Brasil. 1ª Ed. Rio de Janeiro:
Mauad X, 2007.

SILVA, José Afonso da. Curso de direito constitucional positivo, 6. ed., São Paulo: Revista
dos Tribunais, 2016.

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