Cantares de Salomão

CANTARES DE SALOMÃO
ENCONTRANDO JESUS EM CÂNTICO DOS CÂNTICOS – JENNIFER ROBERTS
Base Missionária Florianópolis House of Prayer 2

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ENCONTRANDO JESUS EM CÂNTICO DOS CÂNTICOS – JENNIFER ROBERTS Base Missionária
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ....................................................................................................................................................... 4
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE CANTARE: COMO E POR QUE ............................................................. 5
VISÃO GERAL DE CÂNTICOS DOS CÂNTICOS ......................................................................................... 12
A VISÃO DE VIDA DA NOIVA .......................................................................................................................... 19
O PARADOXO DA GRAÇA: MORENA, MAS BELA .................................................................................... 26
A IDENTIDADE DO CRISTÃO NA BELEZA DE DEUS ............................................................................... 34
DESAFIANDO A ZONA DE CONFORTO ....................................................................................................... 42
A DISCIPLINA AMOROSA E A LIDERANÇA DE DEUS ............................................................................. 47
O CORACÃO ARREBATADO DE DEUS......................................................................................................... 55
A DUPLA PROVAÇÃO DEFINITIVA DE MATURIDAD - REVISÃO ........................................................ 63
JESUS A ELOGIA APÓS OPERIODO DE PROVAÇÃO ............................................................................... 71
A REIVINDICAÇÃO E PARCERIA DA NOIVA COM JESUS ..................................................................... 77
O SELO NUPCIAL DO AMOR MADURO ....................................................................................................... 85

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Introdução
A minha oração é que venhamos ter um profundo conhecimento do amor

extravagante de Deus por nós e que o resultado final seja derramarmos nosso amor aos
pés de Jesus em devoção extravagante.
Eu acredito que crescer em entendimento nas verdades que está em Cantares de
Salomão é uma ferramenta essencial que nos auxiliará em nosso amor para com Ele.
Ao ver o amor de Deus, prazer, desejo e satisfação por seu povo, recebemos poder para
amar a Deus com todo nosso coração (1 João. 4:19).
Cantares traz ênfase ao lado emocional da personalidade de Deus e Seu
relacionamento com Seu povo. A prioridade de Deus é que seu povo o amem de todo
coração. Um dos propósitos de estudar Cantares de Salomão é o nosso posicionamento
para receber uma maior transferência do amor do Pai por Jesus (João. 17:26).
26
E eu lhes fiz conhecer o teu nome, e lho farei conhecer mais, para que o amor com que
me tens amado esteja neles, e eu neles esteja.
(JOÃO. 17:26).

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Sessão 1 Introdução ao estudo de Cantares: Porque e Como?
I. PORQUE ESTUDAR CÂNTICO DOS CÂNTICOS?
A. Uma das maiores necessidades da Igreja hoje é entender o amor de Jesus. Ao longo da
história da Igreja, líderes encorajaram as pessoas a lerem Cantares.
“Alguma vez Ele já disse para você, sussurrou, ‘Meu amado é meu?’” Leia Cântico dos
Cânticos e veja como o Noivo expressa Seus sentimentos para sua Noiva, Seu amor.
Quão levianamente passamos por estas grandes afirmações, somente para poder
argumentar e defender nossas ideias e teorias ao respeito! De certa forma, o objetivo de
ser um Cristão é que você entenda o amor de Jesus Cristo, Seu amor pessoal por você;
que Ele possa te dizer com uma linguagem que não deixe lugar para dúvidas que Ele te
ama, que Ele se deu a você, que Ele te amou com “amor eterno”. Ele faz isto a través do
Espírito Santo...O que sabemos sobre estes sussurros secretos? Leia sobre a vida dos
santos que viveram ao longo dos séculos e você verá que todos eles conhecem estes
segredos. Eles O conhecem como Aquele que vem até eles e fala com eles, os ama, diz a
eles que os ama. Ele os abraça e os rodeia, e faz com que eles saibam, com mais certeza
do que sabem qualquer outra coisa, que Ele os ama com a intensidade do seu Ser divino.
Ele faz isto porque estamos casados com Ele.” (Comentário de Martyn Lloyd-Jones’
sobre Romanos 7:4)
B. Eu destaco duas distinções que são enfatizadas em Cantares: As emoções de Deus pelo
Seu povo e o primeiro mandamento. Ao ser estudantes das emoções de Deus veremos
mais do amor de Deus.
1 As emoções de Deus: Ao ver o amor de Deus, seu deleite, desejo e prazer pelo
Seu povo, somos capacitados para amar com todo nosso coração (1João 4:19).
Cantares enfatiza o lado emocional da personalidade de Deus e Seu
relacionamento com Seu povo.
2 Primeiro mandamento: A prioridade principal de Deus para Seu povo é que

eles O amem de todo coração. Um dos propósitos em estudar Cantares é nos
posicionar da melhor forma para receber uma maior porção do amor que o Pai
tem por Jesus (João 17:26).
26
“E fiz que conhecessem o teu nome [do Pai] e continuarei a fazê-lo
conhecido; para que o amor com que me amaste esteja neles, e eu também
neles esteja.” (Jo 17:26)
C. Cantares declara, de forma poética, alguns princípios chave necessários para crescer em
amor e parceria com Jesus. Nos da uma percepção maior sobre como o povo de Deus
deve crescer em paixão por Jesus. Entender Cantares, nos capacita para discernir o que

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Deus está fazendo nas diferentes fases das nossas vidas. Muitas vezes, podemos nos
identificar com duas fases diferentes de Cantares ao mesmo tempo.
D. A Igreja do fim dos tempos deve ser fortalecida e capacitada com a revelação do amor e
da beleza de Deus para poder andar em vitória em meio a geração mais ferida
emocionalmente e sexualmente destruída da história.
II. INTERPRETANDO CÂNTICO DOS CÂNTICOS
A. Interpretação Natural: Esta visão retrata a história de amor entre o rei Salomão e sua
noiva, uma jovem Sulamita. Estabelece princípios que honram a beleza do amor no
casamento.
B. Interpretação Espiritual: Esta visão utiliza uma interpretação simbólica de Cantares

para enfatizar o relacionamento do Senhor com Seu povo como o Noivo Rei. A
abordagem tipológica sobre Cantares reconhece os eventos históricos do Antigo
Testamento na vida de Salomão e seu casamento, e ao mesmo tempo celebra o amor de
Jesus por Sua Noiva, a Igreja, no Novo Testamento. Usarei esta abordagem em nosso
estudo, para que possamos crescer em entendimento do relacionamento entre Jesus e o
cristão. Esta tem sido a interpretação mais comum de Cantares nos últimos 3000 anos.
C. Interpretações alegóricas e tipológicas podem ser úteis se usadas para ilustrar as verdades
que estão claramente estabelecidas ao longo do Novo Testamento.
1 Uma alegoria é uma história fictícia com significado simbólico, não baseada em
fatos históricos. É uma forma literária na qual verdades são apresentadas
através de simbologia. Paulo em algumas ocasiões interpretou de forma
alegórica algumas passagens do Antigo Testamento (1Cr. 9:9-10; 10:4; Gl.
4:24-26; Ef. 5:32).
2 A abordagem tipológica das Escrituras honra a situação histórica estabelecida

em uma passagem e depois traz uma aplicação espiritual.
3 A maior parte de comentários bíblicos ao longo da história da igreja interpretou

Cantares como um retrato tipológico ou alegórico do relacionamento entre
Jesus e a Igreja.
D. Encorajo fortemente o uso de interpretação histórico-gramatical das Escrituras, que é o

buscar entender uma passagem bíblica em seu sentido literal. Devemos compreender seu
contexto histórico e ver como o autor pretendia que fosse entendido.
E. Cada livro da Bíblia foi inspirado pelo Espírito (2Tm 3:16). O Espírito exalta Jesus em
tudo que Ele faz. Ele tem uma lealdade fervorosa por encher Seu povo com amor por
Jesus. Parece improvável que o Espírito inspiraria um livro na Bíblia que não nos
levasse a magnificar Jesus.
14
“Ele me glorificará, pois receberá do que é meu e o anunciará a vós.” (Jo. 16:14
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F. Devemos rejeitar toda conotação sensual ao interpretar o Cântico dos Cânticos de forma
alegórica, e em nosso entendimento da mensagem sobre a Noiva de Cristo. Jesus não é
nosso “amante” ou “namorado”.
G. Jesus falou a respeito de si mesmo aos discípulos, no caminho de Emaús, sobre tudo o
que constava nas Escrituras.
27
“ Explicou-lhes o que constava a seu respeito em todas as Escrituras.” (Lc. 24:27)
H. A Palavra de Deus permanece para sempre, e o casamento terreno não continua na

ressurreição (Mat. 22:30) Os remidos para sempre lerão a Palavra de Deus, por tanto, eu
não creio que os temas relacionados ao casamento natural possam exaurir a mensagem
eterna desta parte das Escrituras.
I. Paulo descreve aos cristãos como “prometidos” ou “noivos” de Jesus nesta era (2Co.
11:2). A “consumação” deste matrimônio será na era que há de vir, quando o veremos
face a face.
J. Jesus voltará para buscar uma Igreja estabelecida em sua identidade como noiva diante
Dele (Ap. 22:17).
17
“E o Espírito e a Noiva dizem: Vem!(...)20Aquele que dá testemunho dessas coisas
diz: Certamente venho em breve. Amém. Vem, Senhor Jesus!” (Ap. 22:17 e 20)
K. A essência da mensagem da Noiva de Cristo é a revelação da beleza de Jesus, Suas

emoções por nós, Seu compromisso em compartilhar Seu coração, trono, segredos e
beleza conosco, como nosso Noivo Rei, e nossa resposta de amor incondicional e
obediência a Ele.
L. Alguns vêm a Noiva de Cristo como consistindo somente daqueles que andam em amor
maduro nesta era. Na ressurreição, eu creio que “a Noiva” inclui a Igreja completa de
toda a história. O Espírito completará a obra de Deus em todo cristão (Fp.1:6). Eu vejo a
Noiva de Cristo incluindo todos os cristãos, já que eles serão feitos perfeitos em amor
durante a ressurreição.
III. PERSONAGENS PRINCIPAIS
A. Rei Salomão: Na interpretação espiritual, o Rei Salomão é a imagem do Cristo

triunfante, como o Noivo Rei que possui todo poder e mesmo assim, está cheio de afeto
por Seu povo.
B. Jovem Sulamita: Na interpretação espiritual, a Sulamita é uma imagem da Noiva de

Cristo. Ela é apresentada como uma jovem que cresce até se tornar a Noiva que desfruta
uma parceria madura com Jesus. Ela é mencionada uma vez pelo seu nome (6:13), que é
derivado da cidade de Suném.
C. Filhas de Jerusalém: Na interpretação espiritual, elas representam cristãos sinceros, mas

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espiritualmente imaturos. Elas olham para a Sulamita buscando respostas sobre como se
aproximar ao Rei. Elas não são um grupo que possamos identificar na história. Elas
simbolizam cristãos imaturos.
D. Os guardas: Na interpretação espiritual, eles representam liderança espiritual. Os

guardas eram os protetores dos muros da cidade, para proteger o povo. No princípio, a
Noiva busca a ajuda dos guardas (3:3), mas estes a espanca e fere (5:7).
E. Cântico dos Cânticos é dividido em duas partes: capítulos 1-4 e 5-8.
1 Os primeiros quatro capítulos de Cantares estão centrados na herança da Noiva

em Cristo. Estes capítulos enfatizam como Deus a vê e a deseja, e o que nós
buscamos Nele.
2 Os últimos quatro capítulos estão centrados na herança de Jesus na Noiva.
Estes capítulos enfatizam o que Ele busca em Seu povo. Ele quer que nós O
amemos com todo o nosso coração. O foco do livro é mudado drasticamente no
meio do livro (4:16-5:1)
IV. TORNANDO CANTARES EM UM DIÁLOGO DE ORAÇÃO COM JESUS
A. Para receber a plenitude dos benefícios de Cantares, devemos transforma-lo em um

diálogo contínuo com Jesus. Aprender as verdades contidas no livro é apenas nosso
ponto de partida; as verdades nos transformam à medida que se tornam parte da nossa
vida de oração e conversa com Deus. Ninguém vai a um restaurante famoso somente
para estudar o cardápio; o cardápio está lá para ajudar a pedir um bom jantar. Da mesma
forma, saímos perdendo se somos somente “conhecedores” do Cântico dos Cânticos.
Cantares deve fazer parte da nossa conversa com Deus.
B. Eu observo duas categorias gerais sobre as verdades que encontramos ao meditar da

Palavra. A primeira está relacionada as verdades que nos exortam a crer algo a respeito
de Deus e/ou suas promessas. A segunda categoria está relacionada as verdades que nos
exortam a obedecer a Palavra de Deus.
C. Seguem duas formas para orar/ler as Escrituras que nos exortam a crer na Palavra de
Deus
1 Primeiro, agradecemos a Deus pela verdade que acabou de nos mostrar,

transformando-a em um diálogo que inclua separar um momento para dizer
“Obrigado, Jesus” de forma específica. Por exemplo, quando lemos “Roubaste-
me o coração” nós respondemos a isto agradecendo pela sua verdade orando da
seguinte forma: “Obrigado Jesus, porque eu roubei seu coração, Tu te deleitas
no Teu povo.
9
“Roubaste-me o coração, minha irmã, noiva minha”(Ct. 4:9)
2 Segundo, pedimos por entendimento da verdade à medida que buscamos crer

mais. Peça a Deus para liberar uma revelação que cause com que saibamos e
sintamos o poder de certas verdades (Ef 1:17). Por exemplo, ao ler “Roubaste-

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me o coração, noiva minha”, peça a Jesus mais entendimento orando: “Mostra-

me como eu roubo Teu coração e Te trago prazer.”
D. Seguem duas formas para orar/ler as Escrituras que nos exortam a obedecer a Palavra de
Deus.
1 Primeiro, nos comprometemos em obedecer Jesus da forma descrita um uma

passagem. Transformamos essa verdade específica em um simples diálogo com
Deus, que inclua uma declaração da nossa intenção e compromisso em
obedecê-lo de acordo com a exortação daquela passagem. Por exemplo, quando
Ele exortou a Noiva “levanta-te e vem” para deixar a zona de conforto e segui-
lo, nós nos comprometemos a seguir esta verdade ao orar: “Jesus, eu me
levantarei da minha zona de conforto e Te encontrarei no monte da obediência
de grande custo (de acordo com Cânticos 4:6).”
10
“O meu amado me fala assim: Levanta-te, minha amada, minha bela, e
vem.”(Ct. 2:10)
2 Segundo, pedimos a ajuda de Deus para obedecer as exortações duma

passagem específica. Por exemplo, quando o Senhor exorta a Noiva para
“levantar e vir” e segui-lo em obediência para o monte, nós pedimos ajuda ao
Espírito para obedecer orando: “Jesus, capacite-me para Te obedecer à medida
que eu saio da minha zona de conforto para te encontrar em obediência de
grande custo.
E. Separe tempo para escrever seus pensamentos, orações e meditações à medida que você
ora/lê Cantares. Isto te ajudará a capturar as verdades que o Senhor colocar em seu
coração. Seja paciente, fale suavemente e devagar, e então registre seus pensamentos.
Você se surpreenderá em como o Espírito trará revelação, fortalecerá sua obediência e
“amaciará” seu coração à medida que fizer isto.
V. O MAIOR CÂNTICO
A. Salomão foi um compositor prolífero, escreveu 1005 canções (1Reis 4:32). O Espírito o
inspirou a usar um superlativo, Cântico dos Cânticos (como Rei dos reis, Senhor dos
Senhores, etc.). O Cântico dos Cânticos é uma das maiores canções na história redentora
da humanidade. Eu me refiro a ela como o Cântico.
1
“Cântico dos Cânticos de Salomão.” (Ct. 1:1)
B. O conselho que eu dou àqueles que estão escrevendo músicas a partir de Cantares é
interpretar o significado da passagem e então cantar a verdade encontrada lá, em vez de
usar a exata linguagem simbólica. Por exemplo, em vez de cantar sobre Jesus como
sendo “um ramalhete de flores de Hena das vinhas de En-Gedi.” (1:14), cante sobre a
Sua beleza como sendo “sem igual, perfeita e além de qualquer comparação.”
VI. TEMÁTICA DO CÂNTICO: ENCONTRANDO JESUS EM SUA PALAVRA
A. A jovem fez uma petição àquele com autoridade sobre o rei, em vez de pedir diretamente
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ao rei. Ela disse, “Beije-me ele...” Ela pediu a Aquele que poderia influenciar o rei em
assuntos pessoais. Nós clamamos, “Pai, que Ele me beije como os beijos da Sua
Palavra.” Esta é uma petição de oração por graça para amar a Jesus com todo nosso
coração, para andar no primeiro mandamento (Mt. 22:37-38)
“Beije-me Ele com os beijos da Sua boca” (Palavra).” (Ct 1:2)
B. A Palavra de Deus procede da boca de Deus. Nossos corações vivem pela Palavra que
vem da boca de Deus. Jesus mencionou Deuteronômio 8:3 durante seu período de
tentação no deserto (Mt.4:4). Durante 3.000 anos, rabinos se referiram a estes “beijos da
Sua boca” como o “beijo da Torá.” “
...para que entendesses que o homem não vive só de pão, mas de tudo o que sai da
boca do Senhor.” (Dt. 8:3)
C. Beijo da Palavra: Se refere a ter um encontro com a Palavra de uma forma que revele o
amor de Deus e suas emoções por nós. É uma metáfora sobre intimidade espiritual com
Deus. Pensamos no Espírito tocando nosso coração com a Palavra para expandir nossa
capacidade para receber Seu amor e responder em amor. Não pense em beijar Jesus na
boca – uma ideia tão perversa não provém de Deus. Nós rejeitamos toda interpretação de
“beijos da Palavra” relacionada com sensualidade humana.
D. Existem três metáforas sobre intimidade espiritual com Deus em Cantares – o beijo
Divino (1:2), o selo Divino (8:6) e o abraço divino (2:5, 8:4). A jornada da Noiva
começa com a visão de receber os beijos da Palavra de Deus (1:2), e termina por seu
coração sendo selado pelo amor de Deus (8:6).
E. Salomão escreve sua canção de amor de forma que assemelha a sua própria experiência
com Deus. No início do seu reinado em Israel, Deus o visitou em um sonho para testá-lo
(2Cr.1; 1Rs 3). O Senhor permitiu que Salomão fizesse um pedido supremo, que Lhe
pedisse qualquer coisa.
7
“Deus apareceu a Salomão e lhe disse: Pede o que queres que eu te dê. ...10Dá-me
agora sabedoria e conhecimento...pois quem poderá julgar este teu povo, que é tão
grande?11Então Deus disse a Salomão: Visto que é isso que tens no coração, e não
pediste riquezas, bens ou honra, nem a morte dos inimigos, nem pediste longevidade,
mas pediste sabedoria para ti e conhecimento ...12receberás sabedoria e conhecimento.
Também te darei riquezas, bens e honra, como nenhum rei teve antes de ti, nem rei
algum terá depois de ti.” (2Cr. 1:7-12)
F. Durante os últimos cinquenta anos, o Espírito Santo tem ressaltado varias verdades da
Bíblia que alguns chamam de “movimento da fé.” São verdades relacionadas com as
bênçãos que são liberadas ao orar em fé.
G. Deus nos chama para orar uma oração de fé, para que Ele possa liberar as coisas mais
profundas do Seu coração a nós. Quando oramos para receber os beijos da Palavra,
estamos pedindo graça para amar a Deus com todo nosso coração.
H. Esta é a oração de fé mais importante para nossas vidas pessoais. O Senhor continua a

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testar Seu povo ao permitir que eles Lhe peçam qualquer coisa, para ver quem priorizará
ama-Lo com todo seu coração em vez de pedir outras bênçãos de Deus, que possam
incluir riquezas, honra, longevidade e etc.
22
“A e tudo o que pedirdes em oração, crendo, recebereis.” (Mt.21:22)
I. A prioridade e ênfase do Espírito para a Igreja, e para a vida de todo cristão é cultivar o
amor por Jesus. Jesus se referiu a amar a Deus como prioridade e mais importante tópico
na vida de um cristão. A graça para receber o amor de Deus e ama-Lo de volta é a maior
obra do Espírito em nós. O maior chamado para qualquer pessoa é realizar o primeiro
mandamento à medida que recebemos e expressamos o amor de Deus. Este deve ser o
principal sonho do nosso coração.
J. Devemos definir como principal sucesso em nossas vidas o fato de sermos aqueles que
são amados por Deus e que amam a Ele. Isto é o que determina nosso valor pessoal.
Somos ancorados nesta verdade como a base para nosso sucesso e valor, em vez das
nossas realizações, reconhecimentos ou possessões.
VII. APLICAÇÃO PRÁTICA
A. Orar pelos “beijos da palavra de Deus” (1:2) ou para que Deus sele seu coração com Seu
amor (8:6) nos direciona a pedir mais entendimento sobre as emoções de Deus (como
Ele ama, deseja, se deleita em Seu povo) e a crescer em graça, para fielmente andar no
primeiro e segundo mandamento.
B. Uma forma de receber os beijos da Palavra de Deus é orar/ler a Palavra de Deus à

medida que posicionamos nosso coração para crescer em graça, para entendermos o
amor de Deus e fielmente andar em amor.
C. Devemos aprender a viver perante a “audiência de Um”, e receber a aprovação do nosso

Mestre, que é mais poderoso que a aprovação de qualquer outro, e capacita os corações
daqueles que O amam.

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Sessão 2 Visão Geral de Cântico dos Cânticos
I. CÂNTICO DOS CÂNTICOS: VISÃO DE VIDA DA NOIVA (CT. 1:2-4)
A. O tema central do livro de Cantares é a jornada espiritual da Noiva em ser atraída em

intimidade com Jesus, e então correr em ministério, em parceria com Jesus e outras
pessoas. Perceba que o pedido de oração para ser “levado” é singular, “Leva-me” mas
“Corramos” está em plural.
2
Beije-me Ele[Jesus]com os beijos da sua boca[Palavra]…4Leva-me contigo!
[intimidade]! Corramos! [no ministério]. (Ct 1:2-4)
B. Cantares tem duas seções principais, cada uma com um foco diferente.
Cantares 1-4 está focado na perspectiva do povo de Deus recebendo sua herança em
Deus.
Cantares 5-8 está focado em Deus recebendo Sua herança no Seu povo.
II. A JORNADA DA NOIVA COMEÇA COM O PARADOXO DA GRAÇA (CT. 1:5-11)
A. O paradoxo da nossa fé é que somos escuros/morenos em nosso coração, mas ainda

assim belos para Deus. Algumas pessoas colocam ênfase em quão pecadores somos
(escuridão do coração), e outras em quão belas somos para Deus (em Cristo). Para
entender nosso relacionamento com Deus devemos manter ambas verdades unidas.
5
Estou morena[escura em meu coração], mas sou bela[para Deus]…6da minha
própria vinha [coração] não cuidei. (Ct. 1:5-6)
B. Somos belos diante de Deus mesmo em nossa fraqueza, por quatro motivos:
1 Personalidade de Deus: Deus tem emoções bondosas e cheias de amor. Por
quem Deus é, Ele nos enxerga segundo Sua perspectiva, e nos vê como belos.
A beleza está nos olhos de quem vê.
2 O dom da justiça/retidão: Nós recebemos a beleza da justiça/retidão de Jesus (2
Cor. 5:21).
3 Um espírito disposto: Um espírito disposto, a intenção sincera em obedecer a
Deus. Isto é belo para Ele.
41
Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está
pronto, mas a carne é fraca. (Mt. 26:41)
4
Mas o homem encoberto no coração; no incorruptível traje de um espírito
manso e quieto, que é precioso diante de Deus. (1 Pedro 3:4)
4 Nosso destino eterno: Na ressurreição, viveremos para sempre em perfeito

amor. Deus vê o final desde o começo, e por isso Ele nos vê à luz da eternidade,
com perfeita obediência.

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C. Ela deseja mais de Deus e ser alimentada por Ele. Ele afirma a beleza do seu amor
sincero (1:8-11).
7
Dize-me, ó tu, a quem ama a minha alma: Onde apascentas o teu rebanho… 8 ó mais
formosa entre as mulheres (Ct. 1:7-8)
III. ENTENDENDO A SUA IDENTIDADE NA BELEZA DE DEUS (CT. 1:12-2:7)

A. Ela começa a jornada de ser fascinada pela beleza de Jesus. Ela vê a salvação como algo
além de apenas ser perdoada e abençoada nas suas circunstâncias, mas como um convite
para viver fascinada por Jesus.
16
Eis que és formoso [belo], ó amado meu! (Song 1:16
4
Uma coisa … buscarei … todos os dias da minha vida, contemplar a formosura do
Senhor. (Sl. 27:4)
B. Ela recebe revelação sobre a identidade dela em Cristo como uma bela rosa aos olhos de
Deus.
1
1 Eu sou a rosa de Sarom, o lírio dos vales.(Ct. 2:1)
C. Enquanto descansamos sob a sombra da cruz e buscamos por intimidade com Jesus, nós
experimentamos a doçura da presença de Deus. Nesse estilo de vida ela se torna “doente
de amor” (João 15:9-11).
3
desejo muito a sua sombra [Descansar no trabalho de Jesus na cruz], e debaixo dela
me assento; e o seu fruto é doce ao meu paladar. 4Levou-me à casa do banquete, e o
seu estandarte [liderança] sobre mim era o amor. 5Sustentai-me ... confortai-me ...
porque desfaleço de amor. (Ct. 2:3-5)
IV. DESAFIANDO A ZONA DE CONFORTO (CT 2:8-17)
A. Jesus se mostra saltando sobre as montanhas ou obstáculos (humanos e demoníacos) sem

esforço algum. Jesus tem todo o poder. Por isso nenhum obstáculo pode impedi-lo de
cumprir a Grande Comissão.
8
Esta é a voz do meu amado; ei-lo aí, que já vem saltando sobre os montes, 9O meu
amado é semelhante ao gamo, 10O meu amado fala e me diz: Levanta-te, meu amor…e
vem.17Até que refresque o dia, e fujam as sombras, volta, amado meu; (Ct. 2:8-17)
B. Ela aprendeu a apreciar a presença Dele, assentando-se a Sua mesa (2:3-5). Jesus deseja
mais do que uma Noiva que aprecie a Sua presença; Ele também deseja ter com ela uma
parceria profunda no serviço do reino. Por isso, ele perturba a sua “zona de conforto”
para chamá-la para um lugar mais elevado de obediência e fé.
C. A princípio, ela O recusa dizendo a Ele que se volte e vá para a montanha sem ela (2:17).
D. A desobediência dela é devido a sua imaturidade, não à rebeldia. Ela teme que a
obediência completa será difícil demais. Ela O ama, mas acha que não tem forças
suficientes para obedecê-lo em plenitude.
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V. ELA EXPERIMENTA A DISCIPLINA DE DEUS (CT 3:1-5)
A. Ela experimenta a disciplina de Deus em amor quando Ele esconde dela a Sua face. A
doçura de Cantares 2:3-5 se fora. Deus nos disciplina em Suas afeições por nós
(Heb.12:5-12). Não há rejeição na Sua correção. Ele anseia por soltar os nossos dedos
daquilo que prende os nossos corações. O Pai nos ama demais para permitir que
fiquemos de fora de entrar em profunda parceria com Jesus.
1
De noite, em minha cama, busquei aquele a quem ama a minha alma; busquei-o, e
não o achei. 2Levantar-me-ei, pois … buscarei aquele a quem ama a minha alma …
3
achei aquele a quem ama a minha alma; agarrei-me a ele, e não o larguei…(Ct. 3:1 -
4)
B. Ela “se levanta” para obedecê-lo deixando a zona de conforto (3:2); a Sua presença
manifesta retorna (3:4).
VI. UMA NOVA REVELAÇÃO DE JESUS COMO UM “SALVADOR SEGURO” (CT.3:6-

11)
Jesus se revela como alguém a quem é seguro obedecer. E ela começa a acreditar que 100% de
obediência é o único caminho seguro para se viver. Caminhar com Jesus sobre as águas é muito
mais seguro do que ficar no barco sem Ele.
VII. O CORAÇÃO PROFÉTICO DO DEUS NOIVO (CT 4:1-8)
A. A noiva se levanta para ir até a cidade (3:2), mas ela não vai até as montanhas até Ct.4:6.
Ainda assim, ela era bela aos olhos do Rei. Ele descreve oito aspectos da beleza que Ele
enxergava nela (4:1-5). Ele profeticamente declarou as “virtudes que estavam
florescendo” nela. Deus nos define pelo clamor em nosso coração, não pelos nossos
conflitos. Ele chama coisas que não são como se já fossem (Rom.4:17). O Senhor
chamou Gideão de homem valente enquanto ele estava se escondendo dos seus inimigos
com medo (Jz.6:11,12).
1
Eis que és formosa, meu amor, eis que és Formosa (Ct. 4:1)
17
Deus… chama as coisas que não são como se já fossem.(Rm. 4:17)
12
Então o anjo … disse [Gideão]: O Senhor é contigo, homem valoroso. (Juízes 6:12)
B. A princípio ela se recusou a obedecer o Seu chamado para ir para as montanhas (2:10).
Mas em Ct.4:6, ela se compromete a ir para o monte de mirra – uma especiaria
perfumada usada em funerais que fala sobre sofrimento.
6
irei ao monte da mirra, e ao outeiro do incenso. (Ct. 4:6)
VIII. O CORAÇÃO ARREBADADO DO DEUS NOIVO (CT. 4:9-5:1)
A. No verso 9 o Rei se revelou como Noivo, com coração arrebatado, cheio de desejos e
afeições por sua Noiva. Essa visão sobre o coração do Rei a capacita dizer sim à cruz
(4:6, 16).
9
Enlevaste-me o coração… minha esposa… com um dos teus olhares (Ct. 4:9)
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B. Jesus citou sete descrições da pureza da jovem (4:12-15). O jardim de um rei era privado,
diferente de um jardim público, cujo aguas são contaminadas. Nós declaramos isto à
Deus no posicionamento de desejar andar em pureza.
12
Jardim fechado és tu, minha irmã, esposa minha, manancial fechado, fonte selada.
(Song 4:12)
C. Ela deseja que as fragrâncias de Deus se intensifiquem em sua vida. O jardim diz
respeito ao coração dela. Os ventos do norte estão relacionados ao frio e os ventos fortes
do inverno. Os ventos do sul estão relacionados ao calor e ao ventos refrescantes de
verão. Ela não teme ser provada por Deus.
12
Acorde, vento norte! Venha, vento sul! Soprem em meu jardim, para que a sua
fragrância se espalhe ao seu redor. Que o meu amado entre em seu jardim e saboreie
os seus deliciosos frutos.(Song 4:16)
D. Ela deseja que o Rei tenha Sua herança nela, portanto faz esta oração, “Que meu amado
venha ao Seu jardim”. Nos primeiros capítulos, ela se demonstra preocupada com sua
herança (seu jardim). Nos últimos quatro capítulos ela passa a focar em Jesus tendo ela
como herança. À partir desta estação o coração dela se torna o coração dEle. Ele definiu
radicalmente a vida dela de uma forma diferente. Ele usou a palavra “Minha” nove vezes
como palavra relacionada à ela sendo de Sua propriedade.
1
Já entrei no meu jardim, minha irmã, minha esposa; colhi a minha mirra com a
minha especiaria, comi o meu favo com o meu mel, bebi o meu vinho com o meu leite.
(Ct. 5:1)
IX. A DUPLA PROVACÃO DEFINITIVA DE MATURIDADE (SONG 5:2-8)
A. Jesus disse sim à cruz na longa e solitária noite no Getsêmani. Jesus vem a nós como o
Homem de Sofrimentos no Getsêmani (5:2), e nos convida a participar em Seus
sofrimentos (Fp. 3:10)
2
eis a voz do meu amado que está batendo: abre-me, ... meu amor...imaculada minha,
porque a minha cabeça está cheia de orvalho, os meus cabelos das gotas da noite. (Ct
5:2)
B. Jesus nos convida a “nos fazer acessíveis,” para que ele possa vir como o Homem do
Getsêmani. Ele deseja ser o alvo das nossas vidas, não apenas um passo decisivo para
nossos próprios propósitos em busca da felicidade.
C. Ela respondeu em obediência, dizendo que já havia se despido de suas vestes sujas e que
seus pés lavados fora em Sua graça (5:3). Ela não teve medo de obedecê-Lo, ao pedir
pelos ventos do norte (4:16). Ela imediatamente se levantou em amor, com o coração
cheio de anseio por Ele (5:4). A maçanetas do seu coração estavam cobertos de mirra, o
que se refere ao seu compromisso de dizer sim a sua própria morte na incansável busca
por Jesus.
4
e as minhas entranhas estremeceram por amor dele.5Eu me levantei para abrir ao
meu amado, e as minhas mãos gotejavam mirra... sobre as aldravas da fechadura. (Ct.
5:4-5)

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D. Ela experimentou sua primeira provação à medida que Deus retirou Sua presença
consciente (5:6). Isto afetou a sua habilidade de experimentar intimidade com Deus. A
consciência de Sua presença havia sido retirada pela segunda vez em Cantares (3:1).
Todavia, essa estação não estava relacionada a desobediência (como em Cantares 3:1-2),
mas para fim de que, amadurecesse em obediência. Alguns estudiosos do tempo
medieval chamam essa fase de “A noite escura da alma.”
6
Eu abri ao meu amado, mas já o meu amado tinha se retirado, e tinha ido; a minha
alma desfaleceu quando ele falou; busquei-o e não o achei... não me respondeu. (Ct.
5:6)
E. Ela experimentou sua segunda provação, ao ministerialmente ser rejeitada pelos homens
(5:7). Os vigias, ou líderes a espancaram e retiraram seu véu (cobertura espiritual), para
que não mais atuasse ministerialmente no Corpo. O ministério dela havia acabado. Qual
seria a resposta dela a Ele agora?
7
os guardas ... espancaram-me, feriram-me, tiraram-me o manto os guardas dos
muros. (Ct. 5:7)
F. Resumo: Jesus a chamou para que se juntasse à Ele no Getsêmani. Ele ali permitiu que
fosse testada, em ambas as formas relacionadas a sua visão de vida—para se achegar a
Ele e correr junto a Ele no ministério (1:4).
4
Leva-me contigo![intimidade]! Corramos! [no ministério]. (Ct 1:2-4)
X. A RESPOSTA DA NOIVA: DOENTE DE AMOR AO INVÉS DE OFENDIDA (CT. 5:8-

6:5)
A. Ela respondeu à Deus em amor, e aos outros em humildade ao pedir por ajuda às filhas
de Jerusalém. O Senhor estava perguntando a ela, “Você será Minha, mesmo que todas
as coisas que você deseja profundamente lhe sejam retidas? Você será minha quando não
puder mais sentir a Minha presença? Você me amará e confiará mesmo em meio a
desapontamentos às circunstâncias? Ela em amor respondeu (5:8).
8
Conjuro-vos, ó filhas de Jerusalém, que, se achardes o meu amado, lhe digais que
estou enferma de amor. (Ct. 5:8)
B. As filhas de Jerusalém fazem uma perguntam à Noiva (5:9). Em essência, ela perguntam,
“Porque amas a Ele tanto assim? Ele te abandonou. Removeu sua presença de ti (5:6), e
permitiu que os anciãos a maltratasse e lhe tomaram seu ministério” (5:7)
9
Que é o teu amado mais do que outro amado, ó tu, a mais formosa entre as
mulheres?(Ct. 5:9)
C. Sua resposta revelou seu amor pelo Rei— ela deus dez descrições sobre Sua beleza
(5:10-16).

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10
O meu amado é branco [e rosado]... primeiro entre dez mil. 11A sua cabeça é como o
ouro mais apurado, os seus cabelos são crespos ... 12Os seus olhos são como os das
pombas ... 13As suas faces são como um canteiro de bálsamo ... os seus lábios são como
lírios 14As suas mãos são como anéis de ouro...15As suas pernas como colunas de
mármore ... o seu aspecto como o Líbano ...16A sua boca é muitíssimo suave; sim, ele é
totalmente desejável. Tal é o meu amado, e tal o meu amigo (Ct. 5:10-16)
XI. JESUS A ELOGIA APÓS A ESTAÇÃO DE PROVACÃO (CT. 6:4-10)
A. Após o término da dupla provação, o Rei rompe seu silêncio à medida que derrama Suas
afeições e descreve a beleza dela (6:4 – 10). Ele a declarou bela como Tirza ( uma cidade
no norte de Israel), e amável como Jerusalém (a capital de Israel). Ele proclamou que
ela era tão maravilhosa quanto um exército vitorioso com suas bandeiras. Quando um
exercito voltava vitorioso de sua batalha, eles exibiam suas bandeiras em uma procissão
militar. Ela havia dominado seus maiores inimigos — aqueles que estavam em seu
coração.
4
Minha querida, você é linda como Tirza, bela como Jerusalém, admirável como um
exército e suas bandeiras. (Ct. 6:4)
B. Jesus é “conquistado” pelo amor extravagante de Sua Noiva. Nossos olhos de devoção
tocam profundamente o coração do Rei. Nem mesmo todos os exércitos do inferno não
podem conquistar Jesus, mas os olhos de Sua Noiva o “conquistam”, quando são
verdadeiros para com Ele em temos de provação. A maturidade da noiva então é descrita
(6:5c -7).
5
Desvie de mim os seus olhos, pois eles me perturbam. (Ct. 6:5)
C. Vemos sua preeminência na corte do Rei (6:8). Aqueles ao redor da Sua corte celestial
são serafins, querubins, e inúmeros anjo. A beleza da noiva então é descrita (6:10).
8
Pode haver sessenta rainhas, e oitenta concubinas, e um número sem fim de
virgens,9mas ela é única, a minha pomba, minha mulher ideal! Ela é a filha favorita
de sua mãe, a predileta daquela que a deu à luz. 10Quem é essa que aparece como o
alvorecer, bela como a lua, brilhante como o sol, admirável como um exército e suas
bandeiras? (Ct. 6:8-10)
XII. A REIVINDICAÇÃO DA NOIVA PERSEGUIDA (CT. 6:11-7:9A)
A. À medida que caminha em revelação de quem a Noiva é perante o Senhor, ela é

perseguida. Amor maduro com compromisso profundo à servir a Igreja (6:11) a dominou
(6:12). Ela recebeu uma resposta sincera de alguns na Igreja (6:13a,b), mas uma resposta
hostil de outros (6:13c,d).
13
Volte, volte, Sulamita; volte, volte, para que a contemplemos. Por que vocês querem
contemplar a Sulamita, como na dança de Maanaim? (Ct. 6:13)
B. A noiva é vista como reivindicada pelos santos (7:1-5) e por Jesus (7:6-9a).
XIII. A PARCERIA MADURA DA NOIVA COM JESUS (CT. 7:9B-8:4)

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A. A noiva descreve a pareceria madura em que ela caminhou em total obediência (7:9b-
10).
B. A Noiva expressa profunda parceria em sua intercessão por mais poder (7:11-13), em sua
ousadia no ministério (8:1-2), e sua completa união com o Rei (8:3-4).
XIV. O SELO NUPCIAL DO AMOR MADURO (CT. 8:5-7)

A. Jesus a convida receber o selo de fogo em seu coração e caminhar com ele em amor
ciumento e santo. Deus é como um fogo consumidor e deseja transferir Seus fogo aos
nossos corações
6
Coloque-me [Jesus] como um selo sobre o seu coração; como um selo sobre o seu
braço; pois o amor é tão forte quanto a morte [de Deus], e o ciúme é tão inflexível [que
demanda] quanto a sepultura. Suas brasas são fogo ardente, são labaredas do Senhor.
7
Nem muitas águas [pecado ou pressões] conseguem apagar o amor; os rios não
conseguem levá-lo na correnteza. Se alguém oferecesse todas as riquezas da sua casa
para adquirir o amor, seria totalmente desprezado. (Ct. 8:6-7)
B. O compromisso de Deus é selar nosso coração sobrenaturalmente com Seu selo de amor
flamejante. Isto se aplica a andar em graça e no primeiro mandamento, amar a Deus de
todo nosso coração .
XV. A INTERCEÇÃO DA NOIVA E A FORMA QUE ELA SE VÊ (CT. 8:8-14)
A. A noiva intercede pela igreja (8:8–9) e pela presença de Jesus (8:14). No verso 10,
vemos sua tripla confiança com aparência semelhante a um muro (desinteresse pessoais),
como uma torre (habilidade sobrenatural para cuidar/cultivar) e paciente (todos os
obstáculos emocionais são removidos).
B. A Noiva experimenta o poder de prazer de viver ante aos olhos dEle, ao invés de, olhos
humanos. Seu senso de importância está enraizado na eternidade, à medida que tem a
revelação de prestar contas a Deus (8:11). Ela tem a revelação da sua maturidade
espiritual perante Deus (8:12).
C. O Rei da a última ordem à Noiva (8:13-14). Sua urgência é expressa em oração. As
últimas palavras dEle demanda fidelidade dela em servir à Igreja. Ela continuava
habitando em Seus jardins e servindo o povo de Deus. Ela não desistiu ou retrocedeu em
isolamento. Logo, Jesus a chamou para adorar e orar, ao dizer que sua voz era doce.
(2:14).
13
Você, que habita nos jardins [a Noiva], os amigos desejam ouvi-la; deixe-me [Jesus]
ouvir a sua voz! 14Venha depressa, meu amado [Jesus], e seja como uma gazela, ou
como um cervo novo saltando sobre os montes carregados de especiarias.
17
O espírito e a noiva dizem, Vem! (Ap. 22:17)

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Sessão 3 A Visão de Vida da Noiva (Cantares 1:2-4)
I. REVISÃO: O TEMA DO CÂNTICO
A. A Noiva fez seu pedido a Aquele com autoridade sobre o Rei. Ela expressa, “Que Ele me
beije...” Ela pediu a Aquele que poderia influenciar o Rei em assuntos pessoais. Nós
clamamos, “Pai, deixe que Ele me beije com os beijos de Sua Palavra.” Esta é uma
oração por graça para amar Jesus com todo o nosso coração, para que possamos cumprir
o primeiro mandamento. A Palavra de Deus é o que procede da boca de Deus. Por três
mil anos, rabinos têm se referido a este verso como “beijos da Torá” (Dt. 8:3)
Beije-me ele com os beijos da sua boca [Palavra], porque melhor é o seu amor do que
o vinho. (Cântico 1:2) ARC
B. A razão da Noiva querer os beijos de Sua Palavra é que o amor Dele é “melhor do que”,
ou “mais agradável que” (NVI), o vinho deste mundo caído. As afeições de Jesus são
melhores do que qualquer coisa que este mundo pode oferecer. No contexto do amor
conjugal, o vinho representa uma bebida de alegria que celebra o amor. Ela falou em
terceira pessoa dizendo, “Seu amor é melhor do que o vinho” (1:2) .
C. O vinho aqui diz respeito às coisas inebriantes deste mundo, tanto boas e ruins. Existem
tanto o “bom vinho” da bênção de Deus em nossas circunstâncias, como o “vinho ruim”
do pecado. Encontrar o amor de Deus em nosso coração é obviamente melhor que os
prazeres do pecado, mas é também melhor que as circunstâncias abençoadas tais como
maior favor em nossas finanças, ministério, etc. Por mais maravilhosas que as bênçãos
de Deus sejam em nossas circunstâncias, elas não devem ser o nosso foco primário.
D. Esta passagem enfatiza os prazeres superiores que vêm de se experimentar as afeições de

Deus. Estes prazeres superiores contrastam com os prazeres inferiores do pecado. Deus
nos liberta do domínio dos prazeres inferiores do pecado quando Ele nos permite
experimentar o prazer de Sua Palavra.
E. Existem diversas categorias de prazeres (físico, emocional e mental) que podemos

celebrar sob a liderança de Jesus. Deus nos fez carentes ou famintos em aspecto
espiritual, físico e emocional. Nós possuímos intenso desejo para o prazer porque fomos
concebidos por Deus para buscarmos prazer.
F. Deus criou o espírito humano com intensos desejos que nos levam a Ele, com um “vazio
em formato de Deus” em nosso coração, que somente pode ser preenchido por Deus.
Somos feitos em Sua imagem; portanto, temos desejos que refletem Sua glória e Sua
personalidade, que é repleta de prazer e contentamento. Cada desejo tem um elemento de
alegria, dor e saudade, o que nos convida a ir mais profundo na presença de Deus.
G. Veja o livro 7 Anseios do Coração Humano (7 Longings of the Human Heart) por M.
Bickle & D. Hiebert. Esses anseios são identificados como o desejo pela certeza de que

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Deus tem prazer em nós, o desejo de ser fascinado, o desejo de ser belo, o desejo de ser
grande, o desejo por intimidade sem se envergonhar, o desejo de ser íntegro de coração
e cheio de paixão, e o desejo de ter um impacto duradouro
H. Satanás falsifica os prazeres que Deus criou com o intuito de nos afastar de Deus.
Cometemos o pecado por acreditarmos que isso nos dará um prazer superior ao de
obedecer a Deus. O poder da tentação reside nos “desejos enganosos” que prometem que
o pecado trará mais satisfação do que de viver para Deus.
...22despir-se do velho homem, que se corrompe por desejos enganosos. (Ef. 4:22)
13
...para que nenhum de vós seja endurecido pelo engano do pecado. (Hb. 3:13)
I. Os maiores “prazeres” que podemos experimentar são espirituais, e eles vêm do encontro
com a presença de Deus. Eles fascinam nosso coração com beleza e animam nosso
coração com amor. Deus não nos chama para a santidade a fim de nos testar através da
privação de uma vida de prazeres. A santidade é um chamado para experimentar
eternamente do perfeito prazer da presença de Deus.
... 11na Tua presença há plenitude de alegria; à Tua direita há eterno prazer. (Sl.
16:11)
J. A Noiva desenvolve o tema dos prazeres superiores em Deus ao longo do Cântico. A

recompensa do amor é o poder de amar plenamente. O rendimento do trabalho daquele
que ama sempre supera ao daquele que trabalha somente pelo pagamento. Quando
trabalhadores se tornam amantes, a maneira a qual eles encaram o trabalho muda
bastante.
3
Tenho prazer em sentar-me à sua sombra, e o seu fruto é doce ao meu paladar. (Ct.
2:3)
K. Deus nos ama da mesma maneira que Deus ama Deus. A medida do amor do Pai por
Jesus é a medida do amor de Jesus por nós (Jo. 15:9). Esta é a afirmação definitiva sobre
o nosso valor. 9“Como o Pai me amou, assim também eu vos amei.” (Jo. 15:9)
II. OBEDIÊNCIA BASEADA EM AFEIÇÃO: MOTIVADA PELA SATISFAÇÃO EM

JESUS
A. Obediência Baseada em Afeição flui do lugar de experimentar as afeições de Jesus por

nós e então retribuir nossa afeição a Ele. Isso resulta na mais profunda e consistente
obediência.
B. Obediência Baseada em Obrigação é nosso compromisso com a obediência, mesmo se

não sentirmos a presença de Deus.
C. Obediência Baseada em Medo é motivada pelo medo das consequências negativas. A

abordagem de muitos é usar somente a vergonha e o medo para motivar as pessoas a

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manter uma lista do que fazer e não fazer. A santidade frequentemente tem sido
apresentada de uma maneira negativa, com listas intermináveis de ameaças e alertas
sobre as consequências do pecado. A Palavra de Deus tem muitas proibições, mas essas
leis e restrições nunca foram intencionadas por Deus para transformar o coração.
Devemos apresentar as consequências do pecado, mas devemos compreender que isso
não é o suficiente para transformar corações; algo mais é necessário.
D. C. S. Lewis disse: “Somos criaturas de corações divididos, brincando com bebida, sexo e
ambição enquanto nos é oferecida infinita alegria. Somos como uma criança ignorante
que quer continuar fazendo bolinhos de lama numa favela porque não conseguimos
imaginar o que significa a oferta de férias à beira mar.” Esta é a escolha que fazemos
quando pecamos. Parece que irá nos satisfazer, quando na verdade é carne estragada. Os
prazeres de Deus são um banquete que nos livra do vazio que é o prazer pecaminoso.
E. Pecamos quando nosso coração não está satisfeito em Deus. A tentação de experimentar
o prazer do pecado é geralmente mais forte do que o medo de punição. O medo das
consequências do pecado geralmente não prevalece sobre a tendência de pecar; ao invés
disso, ele nos leva a pecar em segredo.
III. A FRAGRÂNCIA DE JESUS (1:3)
A. A fragrância de uma rosa vem de suas qualidades internas. Similarmente, o perfume do

Rei no Cântico fala de Sua vida interior, ou o que Ele pensa e sente. O perfume de Jesus
fala de Seus pensamentos e emoções. Desta maneira, a Noiva se deleita no perfume dos
pensamentos e afeições de Deus. Paulo falou sobre a fragrância de Jesus; é uma figura
sobre o conhecimento de Deus (2 Co. 2:14)
3
Suave é a fragrância dos teus perfumes; teu nome é como perfume que se derrama.
Por isso, as jovens te amam. (Ct. 1:3)
B. Por causa da fragrância dos perfumes de Jesus (Suas qualidades internas), duas coisas
irão ocorrer:
1 Primeiro, Deus derramará o nome de Jesus; ou seja, Ele exaltará e o revelará às

nações. Porque a vida de Jesus é um perfume diante de Deus, Seu nome será
honrado de forma suprema na terra.
9
Deus também o exaltou com soberania e lhe deu o nome que está acima de
qualquer outro nome; 10para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho
(Fp. 2:9-10)
2 Segundo, receber o conhecimento de Deus desperta o amor por Jesus em nosso

coração (Jo. 17:26).
C. A Igreja amará a Jesus conforme o Pai derrama (revela mais) a beleza do Seu nome. A
Noiva sabe que a beleza de Jesus fará com que todos os que creem (as virgens) amem a
Jesus. As virgens falam das filhas de Jerusalém no Cântico. Elas são genuínas, mas ainda
imaturas, crentes que buscam Jesus ao decorrer do Cântico, mas nunca estão
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completamente comprometidas tal como a Noiva é.
3
teu nome é como perfume que se derrama. Por isso, as jovens [virgens – NVI] te
amam. (Ct. 1:3)
D. Existe somente um único “nome perfumado” que pode transformar nosso coração e nos
capacitar a amar a Deus. Não existe nada mais poderoso ou prazeroso do que quando
Deus revela Deus ao espírito humano.
8
considero todas as coisas como perda, comparadas com a superioridade do
conhecimento de Cristo Jesus, (Fp. 3:8)
E. Jesus declara o nome ou personalidade de Deus para despertar amor a Deus em nosso
coração.
26
“E fiz que conhecessem o teu [do Pai] nome e continuarei a fazê-lo conhecido; para
que o amor com que me [Jesus] amaste esteja neles, e eu também neles esteja.”(Jo.
17:26)
F. Jesus sabe como o coração humano funciona. Ele explicou a Simão que quando as
pessoas experimentassem o poder de serem perdoadas, elas transbordariam com um
amor maior. Isso nos faz crescer em gratidão, e também renova nosso amor.
G. Ao longo do Cântico, o perfume de Deus é concedido a Noiva. O Seu perfume se torna o

dela. Eu encorajo você a estudar o lugar que o perfume de Deus tem na vida da Noiva no
Cântico.
16
Desperta, vento norte, e vem tu, vento sul; assopra no meu jardim, espalha a
fragrância dele. Que o meu amado entre no seu jardim e como os seus frutos
deliciosos! (Cântico 4:16)
15
porque para Deus somos o bom aroma de Cristo, tanto entre os que estão sendo
salvos... (2 Co. 2:15)
IV. A VISÃO DE VIDA DA NOIVA (1:4)
A. Em Cântico 1:4, a Noiva descreve seus objetivos espirituais e sua principal visão de vida.
Ela expressa sua visão de vida dividida em duas partes, na forma de uma oração. Sua
principal visão de vida é ser aquela que é levada a Jesus em intimidade e a que recebe
graça para correr atrás Dele com outros no ministério.
4
Leva-me contigo! Corramos! Leve-me o rei para os seus aposentos. Em ti nos
alegraremos e nos regozijaremos; anunciaremos o teu amor mais do que o vinho.
(Cântico 1:4)
1 Ser levada é no singular: refere-se a intimidade com Deus. Ser levada para
perto do coração de Deus fala do nosso relacionamento e interação particular
com Ele. Isso nos aponta para desenvolvermos nossa vida secreta em Deus. As
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palavras “contigo” ou “após ti” modificam “leva-me” em algumas traduções.
2 Correr atrás Dele com outros é no plural: refere-se ao ministério e a

comunidade, correr atrás de Jesus servindo com outros. Ela deseja correr atrás
de Jesus num relacionamento com aqueles que O amam. Correr juntos
representa o serviço que envolve alcançar outras pessoas, construir
relacionamentos com o Senhor, etc.
B. Ao longo da nossa jornada espiritual temos que adotar tanto o “se aproximar” como o
“correr”. Em cada estação, temos que ser levados a Ele e correr atrás Dele junto aos
outros. Não devemos negligenciar nenhum aspecto do reino; conforme somos levados
em intimidade com Deus, correremos com mais eficácia no ministério.
C. Muitos começam focados em correr no ministério sem serem levados em intimidade.

Pelo fato da corrida trazer conflitos e rejeição, muitos logo se esgotam, assim como
aconteceu com a virgem em Cântico 1:5-7.
D. Nossa visão de vida é um compromisso vitalício com um objetivo principal,

independente de qual seja nossa profissão, situação familiar, status econômico, etc. Sem
uma visão, o povo perece. Em outras palavras, sem uma visão de vida clara, as pessoas
vivem sem restrições (ou disciplina) em relação ao seus tempos, recursos, etc.
18
Onde não há profecia [visão], o povo se corrompe. (Pv. 29:18)
18
Onde não há revelação, o povo fica sem freio. (Pv. 29:18 - Sociedade Bíblica
Britânica)
E. Muitos líderes enfatizam a necessidade de colocar uma visão de vida em palavras. Então
um exemplo prático de visão de vida poderia ser: ser um adorador de Deus extravagante
e um ungido libertador do povo, a fim de cumprir os dois grandes mandamentos (Mt.
22:37-39) e a Grande Comissão.
F. Os componentes de uma vida focada incluem ter uma visão de vida abrangente com
objetivos de vida em cada uma das principais áreas dela tais como nossa vida espiritual
(tempo de oração, dias de jejum, estudo Bíblico, etc.); relacionamentos (família, amigos,
etc.); vocação (chamado profissional); ministério (na Igreja, fora da Igreja); econômica
(ganhos, gastos, doações, poupança, investimento); física (atividades físicas, saúde,
alimentação, etc.); e descanso (lazer, férias, diversão, entretenimento, esportes, etc.)
G. Devemos ter um plano de ação para cada objetivo de longo e curto prazo, em cada área
principal da nossa vida. Estabelecemos objetivos de longo prazo para alcançá-los em 10
ou mais anos, e de curto prazo em 3 meses a 3 anos. Devemos ter um a programação
detalhada para cada plano de ação para nos ajudar a focar e a priorizar nosso tempo.
V. SENDO CAPACITADOS PARA CUMPRIR NOSSA VISÃO DE VIDA: “AS

EXPERIÊNCIAS NOS APOSENTOS”
A. Aposentos do Rei: Refiro-me a “experiências nos aposentos” as vezes em que Deus se

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comunica conosco de uma forma pessoal e profundamente. Nessas ocasiões, Ele realça
passagens em Sua Palavra (algumas vezes Ele as confirma com sonhos proféticos), o
Senhor se aproxima de nós através da Sua Palavra para nos dar promessas ou novas
perspectivas sobre nossa vida e futuro com Ele.
4
Leva-me contigo! Corramos! Leve-me o rei para os Seus aposentos. Em Ti nos
alegraremos e nos regozijaremos; anunciaremos o Teu amor [afeição] mais do que o
vinho. (Cântico 1:4)
B. A Noiva declara às filhas de Jerusalém, com resolução e fé, que juntas, “nos alegraremos
e nos regozijaremos e lembraremos do Teu amor.”
4
Em Ti nos regozijaremos e nos alegraremos; do teu amor [afeição] nos lembraremos;
mais do que do vinho. (Cântico 1:4 - RA)
C. Do Teu Amor Nos Lembraremos: Temos que empregar nossa mente e coração em
lembrarmos intencionalmente do amor Dele. Jesus tem um plano de trazer cada um de
nós a um lugar de fartura do Seu amor à Sua mesa. (2:4).
4
Levou-me ao salão de banquetes, e o seu estandarte [liderança] sobre mim é o amor.
(Cântico 2:4)
D. Ter prazer e nos alegrar: Podemos nos alegrar e ter prazer em Deus e nos lembrarmos
do Seu amor em três maneiras. Primeiro, nos alegramos em Suas ternas misericórdias,
até em nossas fraquezas, enquanto rejeitamos qualquer condenação. Segundo, nos
lembramos de quão fascinante Jesus é, enquanto resistimos às tentações (prazeres
inferiores). Terceiro, nos alegramos em lembrar de Sua liderança sobre nossas vidas em
tempos de dificuldade...
4
Mas também nos gloriamos em Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo. (Rm.
5:11)
E. Essa foi a confissão de fé da Noiva ao longo de cada época de vida. Enfrentando a

dificuldade, tentação, tendência a se conformar ao mundo, ela confessou que ela se
alegraria em Jesus e se lembraria do Seu amor. Essa confissão é uma maneira de nos
envolvermos na batalha espiritual resistindo aos ataques do inimigo contra os nossos
corações. (2 Co. 10:4-5)
4
Pois as armas da nossa guerra não são humanas [carnais], mas poderosas em Deus
para destruir fortalezas.
5
Destruímos raciocínios e toda arrogância que se ergue contra o conhecimento de
Deus, levando cativo todo pensamento para que obedeça a Cristo. (2 Co. 10:4-5)
F. Essa confissão de fé em épocas de desespero e provação é uma expressão de batalha

espiritual conforme declaramos que Deus é bom e que satanás é um mentiroso. Essa
confissão de fé prenuncia as Bodas do Cordeiro. Usaremos estas mesmas palavras no
grande Dia do Casamento.
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7
Alegremo-nos, exultemos e demos glória a Ele, porque chegou o momento das bodas
do Cordeiro, e Sua noiva já se preparou. (Ap. 19:7)
VI. LEMBRAR NOS FAZ AMAR A DEUS
A. Quando nos lembramos do amor de Jesus por nós, isso desperta amor em nosso coração
para com Deus. (1 Jo. 4:19).
4
Em Ti nos regozijaremos e nos alegraremos; do teu amor [afeição] nos lembraremos;
mais do que do vinho. (Cântico 1:4 - RA)
19
Nós o amamos a Ele porque Ele primeiro nos amou (1 Jo. 4:19)
B. A Noiva conhece a maneira de manter seu fervor por Jesus que ela recebeu em “Seus
aposentos.” Em Seus aposentos, nós recebemos encorajamento e afirmações particulares
em Deus. Não é suficiente conhecer sobre o amor de Deus. Temos que nos lembrar, ou
relembrar regularmente, do Seu encorajamento.
C. Pela fé, lembramo-nos e realinhamos nosso coração com o que a Palavra de Deus fala
sobre Seu amor.
1 Em circunstâncias difíceis nos alegramos em Deus e confessamos Sua amável

liderança, sabendo que todas as coisas cooperarão para o bem.
28
Sabemos que Deus faz com que todas as coisas cooperem para o bem
daqueles que o amam. (Rom. 8:28)
2 Na tentação, nos alegramos em Deus e confessamos que o Seu amor e

promessas são melhores que o vinho deste mundo caído.
24 25
Pela fé, Moisés... escolhendo, pelo contrário, ser maltratado ...em vez de
26
experimentar por algum tempo os prazeres do pecado ...pois tinha em vista
a recompensa. (Heb. 11:24-26)
3 No fracasso, confessamos Seu amor enquanto confiamos em Sua misericórdia e

recusamos tanto a condenação quanto as acusações do inimigo.
D. Em circunstâncias difíceis, tentação, e fracasso nós declaramos que o Senhor é bom e

Sua misericórdia dura para sempre. (1 Cr. 16:34, 41; 2 Cr. 5:13; 7:3, 6; 20:21; Ed. 3:11;
Sl. 52:1; 100:5; 106:1; 107:1; 117:2; 118:1-4, 29; 138; Jr. 33:11).
11
E cantavam juntos ... e rendendo graças ao Senhor: Porque Ele é bom; porque a sua
benignidade dura para sempre sobre Israel.” (Ed. 3:11)

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de Missionários Intercessores
Sessão 4 O Paradoxo da Graça: Morena, mas Bela (Ct. 1:5-11)
I. O PARADOXO DA GRAÇA: ESCURA MAS BELA (1:5-6)
A. A jornada espiritual da Noiva começa com o que chamo de “paradoxo da graça” porque
ao mesmo tempo em que ela descobre seu pecado, ela vê que é bela para Deus.
Percebemos isso em sua dupla confissão de fé (1:5). O Espírito Santo permite que ela se
veja no seu estado pecaminoso, assim como em sua beleza para Deus. As tendas nos
campos de Quedar eram sujas, enquanto as cortinas do templo de Salomão eram belas.
5
Estou morena [escurecida em meu coração], mas sou bela [para Deus], ó filhas de
6
Jerusalém, escura como as tendas de Quedar, bela como as cortinas de Salomão. Não
repareis em eu estar morena... (Ct. 1:5-6)
B. A crise espiritual quando tropeçamos e caímos é comum a todo o cristão. A maneira

como respondemos a essa crise determina se iremos avançar e crescer fortalecidos no
Senhor, ou se recuaremos em vergonha. O Noivo Rei deu à Sua noiva uma resposta
contendo sete aspectos para lidar com a sua crise (1:8-11).
C. Deus demonstra diversas emoções dependendo de como Seu povo responde a Ele.
Algumas pessoas ficam confusas, não sabendo se Deus está bravo, triste ou alegre. Não
devemos pensar que Deus está bravo conosco e viver em condenação quando, na
verdade, Ele está se alegrando sobre nós. Também não devemos viver em presunção e
pensar que Ele se alegra quando, de fato, está entristecido com nossas concessões
intencionais ao pecado.
D. Devemos entender a premissa fundamental de que imaturidade espiritual não é rebeldia.

Às vezes, as duas coisas podem ser iguais aparentemente, mas elas vêm de respostas
diferentes do coração. Um cristão sincero porém imaturo, mostra sua sinceridade através
do arrependimento rápido e da renovação de sua luta contra o pecado assim que cai
neste. Deus tem prazer em Seu relacionamento com um cristão sincero que tropeça, mas
a rebeldia (concessões intencionais e frequentes) desperta Sua ira.
E. Aquele que genuinamente ama a Deus tem um “espírito disposto” — ele está
sinceramente buscando obedecer a Deus. Nossa obediência e amor a Deus são sinceros,
mesmo que fracos e defeituosos; um amor frágil não é um amor falso. Mas a intenção
sincera de buscar a completa obediência é diferente.
41
“O espírito está pronto, mas a carne é fraca.” (Mt. 26:41)
F. Eu acredito que o anseio mais poderoso do coração humano é por te a certeza de que

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Deus tem prazer em nós. Fomos criados com um desejo de sermos buscados, apreciados
e amados por Deus. O medo da rejeição e o trauma da vergonha são emocionalmente
devastadores. Se “sentirmos” rejeição por parte de Deus, mesmo que Ele não esteja nos
rejeitando, isso se torna um grande impedimento em nossa vida espiritual.
G. Cristãos sinceros porém frágeis crescerão com mais eficácia tendo confiança no amor
—a confiança no amor de Deus por nós, e a confiança em sabermos que Deus considera
nosso amor por Ele genuíno. O fundamento desta confiança vem pelo entendimento da
obra de Jesus na cruz. Quando entendemos o que Ele fez na cruz, podemos então
entender porquê Ele o fez.
H. Deus tem prazer e se alegra no relacionamento com Seu povo, até mesmo em nossa
imaturidade espiritual (Lc. 15:4-5, 8-10, 20). Um hipócrita não é alguém que diz uma
coisa, mas faz outra; antes, é alguém que diz algo sobre obedecer a Deus sem buscar ou
ter a intenção de obedecê-lo.
II. A JORNADA DELA COMEÇA COM O PARADOXO DA GRAÇA (1:5-11).
A. O paradoxo da nossa fé é que somos escurecidos em nosso coração, porém amáveis para
Deus. Alguns enfatizam quão pecaminosos nós somos (coração escurecido), e outros,
quão belos nós somos para Deus (em Cristo). Ambas as verdades devem ser mantidas em
tensão para entendermos de modo apropriado nosso relacionamento com Deus em
Cristo.
5 6
B. Estou morena [no coração], mas ou bela [para Deus]... da minha própria vinha
[coração], porém, não cuidei. (Cântico 1:5-6)
1 Personalidade de Deus: Deus tem uma personalidade amorosa e gentil. Em

outras palavras, por causa de quem Deus é, Ele nos vê em Sua generosidade —
“A beleza está nos olhos de quem vê.”
2 O dom da justiça: Recebemos a beleza da justiça de Jesus (2 Co. 5:21).
3 Um espírito disposto: Um espírito disposto, a intenção sincera de obedecer a
Deus é belo para Ele.
41
O espírito está pronto, mas a carne é fraca. (Mt. 26:41)
4
...esteja no seu interior, que não perece, beleza demonstrada num espírito
dócil e tranquilo, o que é de grande valor para Deus. (1 Pe. 3:4 - NVI)
4 Nosso destino eterno: Na ressurreição nós viveremos em perfeito amor para

sempre. Deus vê o final desde o começo e nos vê agora à luz da eternidade,
com obediência perfeita.
III. A CRISE ESPIRITUAL DELA (1:6-7)

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A. A jovem descreve cinco pressões relacionadas à sua crise espiritual (1:6-7). Ela sentiu
vergonha quando as pessoas a encaravam por causa do seu fracasso; sentiu-se rejeitada
porque seus irmãos estavam irados com ela; A jovem trabalhou além da conta por ter
sido forçada a cuidar de outras vinhas; ela permitiu que sua própria vinha (coração) não
fosse cuidada com amor continuo por Jesus; ela O serviu à distância, ao invés de se
aproximar Dele.
6
Não repareis [encarar] em eu estar morena, pois o sol me queimou a pele. Os filhos
de minha mãe irritaram-se comigo e me puseram a cuidar das vinhas; da minha
7
própria vinha [coração], porém, não cuidei. Dize-me Tu [Jesus], a quem meu
coração ama: Onde apascentas Teu rebanho... para que eu não ande entre os
rebanhos de Teus companheiros como uma mulher coberta com véu? (Cântico 1:6-7)
B. Vergonha: Ela sentiu vergonha enquanto os outros a encaravam por causa da escuridão
do seu coração (fracasso).
C. Rejeição: Os filhos estavam irritados por seu zelo à juventude. Os filhos representam os
líderes mais velhos e espiritualmente apáticos que não valorizam o fervor dos jovens
cristãos. Por quê?
1 Primeiro, cristãos cheios de zelo trazem convicção aos cristãos espiritualmente

apáticos, que com frequência simplesmente confundem o verdadeiro zelo
espiritual com legalismo.
2 Segundo, o zelo sem moderação e o orgulho dos cristãos zelosos
frequentemente irritam os líderes espiritualmente apáticos. Nosso zelo deve ser
manifestado de um lugar de sabedoria e humildade. Alguns cristãos recém-
convertidos condenam outros que não expressam devoção a Deus da mesma
forma que eles o fazem.
D. Fatiga: Ela foi maltratada pelos filhos que estavam bravos e a fizeram trabalhar além de
seu limite, dando a ela muitas responsabilidades em diversas vinhas (plural). A fatiga
espiritual não acontece por conta do trabalho duro, mas do trabalhar com uma motivação
errada—querer ganhar a aprovação das pessoas, ao invés de se conectar com o Espírito
Santo a medida que trabalha. Abraçar muitas responsabilidades a partir do desejo de ser
notado pelos outros geralmente leva ao esgotamento.
E. Apatia: Ela não cuidou de sua própria vinha (coração). Cuidar de sua própria vinha
representa nutrir seu relacionamento pessoal com Jesus. Não podemos dar aos outros o
que não possuímos em nosso próprio coração. A coisa mais importante que podemos
fazer aos outros em nosso ministério, é cultivar profundidade espiritual em nossos
próprios corações. Na verdade, o que ela (a jovem) mais desejava era receber os beijos
de Palavra Dele. Porém, a vinha de seu coração foi sufocada pelas ervas daninhas do
excesso de ocupação, do pecado e da vergonha.
6
me puseram a cuidar das vinhas; da minha própria vinha, porém, não cuidei.
(Cântico 1:6)

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F. Distância: Ela sentiu a dor de servir a Jesus à distância como uma “mulher coberta com
véu”. As mulheres colocavam véus quando trabalhavam com estranhos, a quem não
conheciam. Ela questionou, “Por que eu tenho que servir lá na estrada ao invés de servir
ao Seu lado?” Ela perdeu seu senso de proximidade a Ele.
... para que eu não ande entre os rebanhos de Teus companheiros como uma mulher
coberta com véu? (Cântico 1:7)
IV. O CLAMOR DESESPERADO DELA POR MAIS DE JESUS
A. A jovem deseja ser alimentada por Ele e recuperar o senso de proximidade a Ele (1:7).
7
Dize-me Tu [Jesus], a quem meu coração ama: Onde apascentas Teu rebanho e onde
O fazes descansar ao meio-dia, para que eu não ande entre os rebanhos de Teus
companheiros como uma mulher coberta com véu? (Cântico 1:7)
B. Em sua crise, ela clamou a Ele em desespero. Ela queria dizer: “Eu tenho sido
alimentada por outros, mas agora eu quero que Você me alimente e satisfaça o clamor do
meu coração.” Ela se lembrou da doçura de sua comunhão com Deus dos tempos que ela
passou em Seus “aposentos” (1:4). Ela pediu por conselho, “Dize-me Tu, onde
apascentas o Teu rebanho?” Essa é uma expressão de sua oração, “Leva-me daqui.” Ela
está desesperada para encontrar Jesus. A atividade ministerial ou até mesmo progresso na
vida nunca seria o suficiente.
C. Professores da Bíblia podem inspirar-nos e nos apontar os pastos verdejantes da verdade.

No entanto, para que a verdade alimente nosso coração, devemos torná-la num diálogo
com Jesus
D. Ela deseja ser satisfeita por Jesus. Ela clamou, “Onde é que Você irá me satisfazer, até
mesmo no calor do dia?” Ao meio-dia, ou no calor do dia, as ovelhas se deitam se seus
estômagos estiverem cheios. Deus quer que nós descansemos em meio ao calor do dia
(pressões da vida) através da conexão com Ele.
E. O amor dela por Ele era sincero e ela clamou, “Dize-me Tu, a quem meu coração ama.”
Ela não é uma hipócrita, mas tem confiança que o seu amor é real, até durante sua crise e
apatia espiritual.
F. O amor de Deus vai além da nossa compreensão (Ef. 3:19), e não há mais condenação
em Cristo.
19
...conhecer esse amor de Cristo, que excede todo o entendimento. (Ef. 3:19)
1
Portanto, agora já não há condenação alguma para os que estão em Cristo Jesus.
(Rm. 8:1)

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G. Muitos cristãos sinceros e arrependidos esperam ser repreendidos depois de terem visto
seus pecados e fraquezas. O Noivo Rei fala palavras de consolo ao coração de Seu povo
quando lida com seus pecados e vergonha. Ele quer que o espírito de vergonha e de
rejeição sejam quebrados de seus corações.
1 O Senhor prometeu dar a Jerusalém dupla honra no lugar de sua vergonha (Is.
61:7) e nos manda consolá-la após seus muitos anos de vergonha (Is. 40:1-2).
7
Tereis honra dobrada em lugar da vossa vergonha ... por isso possuirão o
dobro na sua terra e terão alegria para sempre. (Is. 61:7)
1 2
Consolai o meu povo, consolai, diz o vosso Deus. Confortai o coração de
Jerusalém e proclamai-lhe ... que o seu pecado foi perdoado e já recebeu em
dobro [honra] da mão do Senhor, por todos os seus pecados. (Is. 40:1-2)
2 O Senhor dá um novo nome ao Seu povo para mostrar que Ele se agrada deles.
(Is. 62:4-5). Ele revela Seu coração de Noivo ao remover a vergonha de Seu
povo. (Is. 54:4-8).
4
Nunca mais te chamarão Desamparada ... mas te chamarão Hefzibá ...
5
porque o Senhor se agrada de ti ... como o noivo se alegra da noiva, assim o
teu Deus se alegrará de ti. (Is. 62:4-5)
4
Não passarás vergonha; e não te envergonhes, porque não sofrerás
5
afrontas; tu esquecerás a vergonha da tua juventude ... Pois o teu Criador é
8
o teu marido, o seu nome é Senhor dos Exércitos ... me compadecerei de ti
com amor eterno. (Is. 54:4-8)
V. A RESPOSTA DO NOIVO – 7 AFIRMAÇÕES (1:8-11)
A. O Noivo respondeu a oração da jovem (1:7) fazendo sete afirmações sobre onde ela
poderia encontrá-lo e ser alimentada por Ele (1:8-11). Ele afirmou-a como bela aos Seus
olhos, e deu a ela três instruções (1:8), três afirmações (1:9-10), e uma promessa (1:11).
As sete afirmações nesta passagem representam uma parte vital da teologia da paixão
santa.
8
Se não o sabes tu, a mais bela entre as mulheres, segue o caminho das ovelhas e
cuida dos teus cabritos junto às tendas dos pastores. (Cântico 1:8)
B. Jesus tocou o coração dela dizendo, “ó, mais bela entre as mulheres”. Ele sabe que o
jardim dela não está sendo bem cuidado, mas Ele vê o clamor em seu coração para amá-
lo. Ela não é amável para os filhos que estão irados com ela, mas é a mais bela para Ele,
mesmo em meio ao seu fracasso. A palavra bela é traduzida em outras versões da Bíblia
como “formosa” ou “linda” (ARA/ARC/NVI). A primeira questão para entender como o

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Senhor alimenta os corações do Seu povo é com o entendimento de como Ele nos
enxerga em nossas fraquezas.
C. Ele deu três instruções sobre onde Ele a alimentaria e estabeleceria intimidade com ela
(1:8). Ele enfatiza a importância de não viver em isolamento, ociosidade ou com um
espírito independente.
8
Segue o caminho das ovelhas e cuida do teus cabritos junto às tendas dos pastores.
(Cântico 1:8)
D. 1a Instrução: “Siga o caminho das ovelhas” envolvendo-se em uma igreja (1:8c). As

Escrituras enfatizam a importância de se pertencer a uma igreja, e não viver isolado dela.
1 Ele fala para ela seguir o caminho das ovelhas, envolver-se na comunhão do
Corpo. O caminho das ovelhas representa onde todas as ovelhas andam com
Deus. Ele estava dizendo ande no lugar onde o Corpo anda, ou volte para a
comunhão e não se desestabilize emocionalmente por causa da ira de seus
irmãos, que a julgaram ou a maltrataram. As pessoas se isolam do Corpo por
consequência de sentimentos de rejeição, amargura ou vergonha relacionados à
Igreja.
2 Jesus profetizou que Ele construiria Sua Igreja (Mt. 16:18). Ele está voltando
para uma Igreja conectada, cheia de glória. Muito é perdido em nossa vida
espiritual (e na de nossos filhos) se deixarmos de nos reunir e no lugar disso
abraçarmos uma forma de “cristianismo sem igreja”.
18
...edificarei a Minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão...
(Mt. 16:18)
25
...não abandonemos a prática de nos reunir, como é de costume de alguns,
mas, pelo contrário, animemo-nos uns aos outros ... (Hb. 10:25)
E. 2a Instrução: “Cuida das tuas cabritas” —servindo os outros em uma igreja local (1:8d).
As Escrituras enfatizam a importância de servir e não viver em ociosidade. Temos que
cuidar de nossas responsabilidades dadas por Deus cuidando e disciplinando aqueles que
são mais novos no Senhor. Deus ordenou que cada cristão seja uma “junta de auxílio”
que revela Seu amor aos outros (Ef. 4:16).
16
“... o corpo inteiro, bem ajustado e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a
correta atuação de cada parte, efetua o seu crescimento ... (Ef. 4:16)
F. 3a Instrução: “Junto à tenda dos pastores”—honrar autoridades espirituais (1:8e). As

Escrituras enfatizam o honrar à autoridades espirituais, não vivendo em um espírito de
independência desconsiderando-as.

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17
Obedecei a vossos líderes, sendo-lhes submissos [cooperem com], pois eles estão
cuidando de vós, como quem há de prestar contas; para que o façam com alegria e não
gemendo, pois isso não vos seria útil. (Hb. 13:17)
1 Ela foi chamada para servir o corpo “junto” às tendas dos pastores verdadeiros.
Jesus quer que tenhamos um coração humilde para com os pastores (líderes),
debaixo da liderança que fomos colocados.
Uma razão prática do porque da submissão é para que o corpo de cristãos
possam atuar em unidade.
2 A função de liderança no Novo Testamento era a de “reger”, na qual consiste
pastorear o povo e dar direções para a congregação, para que assim andassem
em unidade (1Tm. 5:17; 1 Ts. 5:12; Hb. 13:17,24). Nisso está incluso o
estabelecer de uma visão, valores, planos de ação, resolver problemas como
questões espirituais e administrativos e etc.
Um ancião nunca deve dominar a fé de um cristão (2 Co. 1:24; Mt. 20:25; 1 Pe.
5:3).
G. Resumo: A resposta do Noivo toca em três tentações comuns. A primeira tentação é a do

isolamento ou da amargura por nos sentirmos maltratados pelos filhos irados, ou por
vergonha em relação ao nosso pecado. A segundo é a tentação ao egoísmo que nos
permite ficar ociosos e usar todo nosso tempo livre para nós mesmos. Jesus quer que nós
tomemos conta dos pequeninos. A terceira tentação é a de viver em um espírito
independente que resiste qualquer autoridade espiritual e anda em ilegalidade e orgulho.
VI. AS TRÊZ AFIRMACÕES DO NOIVO (1:9-10)
A. O Noivo fez uma afirmação tripla sobre a beleza e o desejo sincero dela de obedecer. Ele
falou com carinho, chamando-a de “minha amada” e afirmando-a como “bela”, amável
aos Seus olhos (1:9).
9 10
Eu te comparo, ó minha amada, a uma égua das carruagens do faraó. Belas são as
tuas faces entre os teus brincos, e belo é o teu pescoço com os colares. (Cântico 1:9-10)
B. 1a Afirmação: “Eu te comparo a uma égua das carruagens de faraó” refere-se ao Noivo
ver o desejo intenso dela em segui-lo. O Faraó possuía milhares de cavalos. Os cavalos
que puxavam sua carruagem pessoal eram os cavalos mais obedientes e os mais fortes da
terra.
C. 2a Afirmação: “Belas são as tuas faces entre os teus brincos” fala do Noivo enxergar as
emoções dela como belas. Ele enxerga a sincera devoção do Seu povo mesmo em sua
fraqueza. As faces (bochechas) referem-se às emoções ao longo do Cântico, porque elas
revelam emoções de ira, alegria, tristeza, etc.
D. 3a Afirmação: “Belo é o teu pescoço com os colares” fala do Noivo enxergar a

submissão dela à Sua autoridade, e sua decisão em obedecê-lo mesmo na fraqueza dela.

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1 O pescoço representa simbolicamente a vontade. As Escrituras falam daqueles

de dura cerviz, o que significa que eles são teimosos ou rebeldes. O pescoço
também diz respeito a uma submissão que vem de Deus. O pescoço é o que faz
a cabeça virar conforme ela escolhe em qual caminho seguir, direita ou
esquerda. Em tempos de guerra, um rei vitorioso colocava seu pé no pescoço do
rei derrotado para mostrar a submissão deste.
2 Os colares de ouro carregam o emblema do rei e falam da autoridade real. Um
colar de ouro com o emblema real era usado pelo príncipe quando ele andava
pela da cidade.
VII. VI. A PROMESSA DO SENHOR PARA FAZÊ-LA BELA AOS SEUS OLHOS (1:11)
A. O Noivo ainda está respondendo à pergunta, “Onde Você vai me alimentar?” (1:7). Ele
vai embelezar a vida dela. Os ornamentos de ouro falam do caráter de Cristo sendo
trabalhado nela.
11
Faremos para ti brincos de ouro cravejados de prata. (Cântico 1:11)
4
... que não perece, beleza demonstrada num espírito dócil e tranquilo, o que é de
grande valor (1 Pe. 3:4 - NVI)
B. “Faremos para ti” é a promessa de Deus de completar Sua obra no caráter e ministério
dela. A beleza que Jesus possui é a beleza que Ele concede ao Seu povo (Is. 61:3).
3
...que se dê uma coroa em vez de cinzas [nosso quebrantamento], óleo de alegria em
vez de pranto... (Is. 61:3)

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Lição 1: A Necessidade de Missionários Intercessores
Sessão 5 A Identidade do Cristão na Beleza de Deus (Ct. 1:12-2:7)
VIII. A NOIVA FAZ UM BANQUETE NA MESA DO REI (1:12-14)
A. Revisão: A Noiva perguntou ao Noivo, “Onde irás alimentar seu povo espiritualmente?”
(1:7). Em outras palavras, como Ele satisfaria o clamor de nossos corações? Primeiro,
Ele deu a ela uma resposta com sete afirmações (1:8-11) declarando sua beleza, e então
deu a tripla instrução (1:8), e a tripla afirmação (1:9-11).
7
Dize-me tu, a quem meu coração ama: Onde apascentas teu rebanho ... (Ct 1:7)
B. O Noivo Rei continuou sua resposta em relação a como Ele alimenta Seu povo (1:12-14).
Em Sua mesa, ela é movida à adoração (v.12) enquanto ela se alimenta do que Jesus é,
como sendo Ele quem a valoriza de tal forma que foi para a cruz (disse sim à mirra, 1:13)
para ter um relacionamento com Seu povo e como Aquele que é prazeroso à ela como a
fragrância das flores (flores de hena, 1:14).
12
Enquanto o rei se reclinava, o meu nardo [perfume de adoração] espalhou a sua
13
fragrância. O meu amado é para mim como uma pequena bolsa de mirra [usada em
14
cerimônias fúnebres], que passa a noite entre meus seios. O meu amado é para mim
[tão prazeroso como] um ramalhete de flores de hena das vinhas de Em-Gedi.
(Ct. 1:12-14)
C. Sua Mesa: Deus providenciou uma mesa para que nós nos alimentemos dos benefícios
da cruz (1 Cor. 10:21). A medida que a Amada se alimenta das verdades relacionadas à
salvação, sua adoração é elevada como perfume.
1 Na presença de nossos inimigos, nós somos alimentados na mesa do Senhor

(Salmos 23:5). Se não atentarmos para nos alimentar de Sua misericórdia à Sua
mesa, o nosso coração "morre de fome" enquanto a culpa nos aflige.
5
Preparas para mim uma mesa diante dos meus inimigos ... o meu cálice
transborda.6Bondade e misericórdia* certamente me seguirão todos os dias
da minha vida (Slm 23:5-6)
2 Devemos nos ver como aqueles que são vivos para Deus ou absolutamente
aceitos por Ele. Nós nos oferecemos para Deus como aqueles “vivos para
Deus” ou livres de qualquer condenação.
11
...considerai-vos [vejam-se]... vivos para Deus, em Cristo Jesus ...
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13
apresentai-vos a Deus como vivificados dentre os mortos[sem condenação
para vossos pecados]... (Rom. 6:11-13)
D. Nardo: A adoração dela é elevada como fragrância de perfume. Nardo é uma planta
achada na Índia, usada para fazer perfumes caros.
1 Quando Jesus alimenta nossos corações, nossa adoração é elevada como

perfume. Ele desfruta da fragrância que surge de nós enquanto nos focamos na
provisão de sua mesa.
2 Nosso amor obediente é também uma expressão da fragrância de Cristo para
Deus (2 Cor. 2:15). Que tipo de “fragrância” decorre dos nossos corações ante a
Deus? O Senhor “sente o cheiro” da fragrância da gratidão e confiança em Seu
amor e na obra finalizada da cruz?
15
Porque para Deus somos o bom aroma de Cristo, tanto entre os que estão
sendo salvos....(2 Cor. 2:15)
E. A Noiva recebeu mais entendimento do amor de Deus e seu valor para Deus (1:13). O
amor de Jesus e o valor por Seu povo é visto em Sua ida para a cruz para ter
relacionamento com eles.
13
O meu amado é para mim como uma pequena bolsa de mirra [usada em cerimônias
fúnebres], que passa a noite entre meus seios (Ct. 1:13)
F. Mirra: uma resina aromática produzida por varia árvores e arbustos na Índia, Arábia, etc.
Ela tem um ótimo aroma, mas um gosto amargo. Usada para produzir perfumes e para
preparar o corpo para o sepultamento (Jn. 19:39-40). Os três reis magos trouxeram mirra
ao nascimento de Jesus como um símbolo profético de Sua morte (Mt 2:11). Na cruz,
mirra foi oferecida a Ele também (Mc 15:23).
G. Encontra-se por toda noite: A Noiva proclama que Ele era como uma bolsa de mirra
que se encontrava em seu coração mesmo durante a noite. Algumas mulheres ricas na
antiguidade dormiam com uma bolsa ou grande colar de mirra para fornecer fragrância
durante a noite.
1 Encontra-se por toda noite se refere a ser consistente (Se encontra em seu
coração mesmo durante noite).
2 Os santos que mais adoraram pensaram muito na cruz. Era uma meditação
constante, e eles nunca se cansavam de meditar sobre ela. Isto nos encherá de
gratidão por toda eternidade.
H. Flores de Hena: A noiva viu a beleza e os deleites de Jesus (1:14). Ela O comparou a
um aglomerado de beleza, com fragrância de flor de hena em plena floração. Ele é
prazeroso para com todos que veem a verdade sobre Ele. Ele não é um peso, um Deus
entediante qual a religião falsamente proclama.
14
Meu Amado é para mim [tão prazeroso quanto] um ramalhete de flores de hena das
vinha de Em-Gedi (Ct. 1:14).

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1 Hena é um arbusto ou pequena árvores com flores brancas perfumadas, usada

para fazer perfumes.
2 Nós devemos corajosamente proclamar a verdade sobre Jesus, que é um
ramalhete de flores de hena.
16
Sim, Ele é totalmente desejável, Assim é o meu amado, assim é o meu
amigo, ó filhas de Jerusalém. (Cântico dos Cânticos 5:16)
IX. O NOIVO DECLARA SEU AMOR POR ELA E A BELEZA DELA (1:15)
A. Nós vemos duas verdades fundamentais. Primeiro, o Noivo declarou que ela era bela
para Ele. Segundo, Ele revelou Sua afeição por ela como a que Ele chama de “Meu
amor” ou “Aquela que amo”.
15
Como és bela, ó minha amada! Ah, como és bela! (Ct. 1:15).
B. Bela: Nós somos belos para Deus. A beleza que Deus possui é a mesma beleza que Ele
transfere para Seu povo (Isa 61:3). Nós somos belos para Deus por quatro razões. (veja a
Lição 3).
3
...para consolar os que choram em Sião, para dá-los beleza ao invés de cinzas ... (Isa.
61:3) – tradução direta da versão NKJV em inglês
17
E deixar a beleza do nosso Senhor, nosso Deus sobre nós ...(Slm 90:17) - tradução
direta da versão NKJV em inglês
C. Nós crescemos espiritualmente com confiança em Deus à medida que vamos nos
sentindo amados e belos em Sua graça. Muitos cristãos somente enxergam seus pecados,
e com isso se sentem sujos e envergonhados. Uma pessoa que se sente suja, viverá suja.
Um cristão imaturo que se sente belo e amado correrá para Deus, não de Deus.
X. OLHOS DE POMBA: LEAL E COM UM SÓ PENSAMENTO (1:15)
A. O Rei reafirma a Noiva ao dizer que ela tem olhos de pomba (1:9). Isto se refere a ter um
só pensamento e ser leal a Jesus. Nas Escrituras, a pomba é um exemplo do Espírito
Santo.
15
...Os teus olhos são como os das pombas (Ct. 1:15)
B. Um só pensamento: a pomba não tem nenhuma visão periférica. Vê só o que está a

frente. Não é distraída pelo que está acontecendo a sua direita ou esquerda. Assim, ter
"olhos de pomba" fala sobre ser fiel a Deus com unicidade de visão e devoção (Mt.
06:22).
C. Fidelidade: uma pomba irá acasalar uma vez na sua vida. Se seu companheiro morrer,
nunca acasalará novamente. Isso mostra, simbolicamente, a lealdade. (Nota: não é
desleal se casar de novo após a morte de seu cônjuge).

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XI. A NOIVA VIU O REI COMO BELO, AMADO E ENCANTADOR (1:16)
A. A Noiva viu o Noivo como belo (Deus belo), como Aquele que ela ama (seu Amado), e
como encantador (1:16). Essa é a resposta dela por se sentir amada e vista como bela por
Deus (1:15).
16
Como és belo, ó meu amado! Como és amável! Ah, como és encantador. (Ct. 1:16)
B. Belo: Ela começa sua jornada para ser fascinada pela beleza de Deus. Davi, o homem
segundo o coração de Deus, posicionou seu coração para ver a beleza do Senhor (Salmos
27:4). A jovem vê a salvação como algo maior que ser perdoa e abençoada em
circunstancias, mas como um convite para viver fascinada.
4pedi uma coisa ao SENHOR, e a buscarei ... todos os dias da minha vida, para
contemplar o (Slm 27:4)
C. Encantador: Jesus é encantador. Quanto mais a Noiva vê sua beleza e amor, mais ela O
ama e gosta de se relacionar com Deus. Quando enxergamos Jesus como belo e
encantador, obedecer se torna algo sensto. Jesus prometeu que nós poderíamos ter
plenitude de alegria e desfrutar de nosso relacionamento com Deus à medida que
permanecermos ou nos focamos em Seu amor. (João 15:9-11).
9 11
...permanecereis no Meu amor... Essas coisas lhe tenho falado... para que vossa
alegria seja plena. (João. 15:9-11)
XII. V. O DESCANSO, A CONFIANÇA E A GLÓRIA ETERNA DA NOIVA (1:16-17)
A. A Noiva viu que Deus proveu descanso e preparou uma casa permanente para seu povo
(1:16b- 17). Ela estava descansando em uma cama que é verde (versão em inglês diz um
leito verdejante) ou em um luxuoso sofá. Um pasto verdejante é um pasto luxuoso ou um
pasto com muito crescimento. O sofá dEle é luxuoso, verde, cheio de vida, não um
deserto árido.
16
Como és belo, Ó meu Amado! Como és Amável! oh, como é encantador. Viçoso é
17
nosso leito [sofá luxuoso]. As vigas da nossa casa são de cedro, e os caibros de
cipreste. (Ct. 1:16-17)
B. Vigas e caibros: As vigas de suas casas eram de cedro, e os caibros eram de cipreste
(1:17). Cedro e cipreste eram as mais fortes, permanentes e lindas madeiras para usar em
construção nos tempos de Salomão. Nós viveremos para sempre em “Sua casa” ou em
uma mansão repleta de beleza e força.
2
Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vos teria dito. (Jo
14:2)

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2
... a cidade santa, a nova Jerusalém ... enfeitada como uma noiva preparada para seu
noivo. (Ap. 21:2)
XIII. A IDENTIDADE DA NOIVA E SEU PROPÓSITO DE VIDA(2:1-2)
A. O Pai prometeu que daria a Jesus uma herança – aquela que Ele sabia que Jesus
desejaria. Um aspecto da herança de Jesus envolve a obediência completa de toda
criação, mas Jesus quer mais que isso. Ele quer uma companheira eterna (Noiva) que
voluntariamente escolhe ama-Lo.
17
... o Pai da glória, vos dê o espírito de sabedoria e de revelação no pleno
conhecimento dele... para que saibais ... quais são as riquezas da glória da sua
herança nos santos. (Ef.1:17-18)
B. A Noiva é colocada como a rosa bela e o lírio puro no qual o propósito de vida e
identidade espiritual é achada na busca por amar plenamente (rosa) e obedecer (lírio) a
Jesus (2:1-2). O Noivo declara que ela é como o lírio (2:2). A rosa e o lírio são o mesmo
povo – identificado como Noiva (2:2).
1 2
Eu sou a rosa de Sarom, o lírio dos vales. Como um lírio entre os espinhos, assim é
a minha amada entre as moças. (Ct. 2:1-2)
1 A rosa: A rosa diz respeito a amarmos a Deus com todo nosso coração. A rosa
é a principal das flores, comunica amor por causa de sua beleza e fragrância. É
comum ser usada em casamentos e aniversários de casamento.
2 O lírio: O lírio diz respeito a pureza, o obedecer a Deus com todo nosso
coração. O vale diz respeito aos lugares baixos e lugares de escuridão neste
mundo caído. Como um lírio, ela vive em pureza em meio a escuridão do vale
neste mundo caído.
3 Espinhos: o Rei a viu como lírio puro entre os espinhos de um mundo caído e
pecaminoso. Espinhos dizem a respeito de pecados; eles são resultados da
queda de Adão. (Gn. 3:17-18; Hb. 6:7-8).
17
E disse para o homem, “maldita é a terra por tua causa; com sofrimento
comerás dela...18Ela te produzirá espinhos e ervas daninhas..”(Gen 3:17-18)
C. A Noiva viu sua identidade espiritual e propósito de vida como sendo uma bela rosa e
um lírio puro que seria dada a Jesus como a herança que Ele mais deseja. A Noiva é o
maior prêmio de todos os tempos que Jesus aguarda. As afeições do coração humano são
o bem mais precioso para Ele. Isto é o que Ele deseja profundamente. Ele morreu para
redimir e, portanto, possuir completamente as afeições humanas.
D. A primeira confissão da Noiva foi a de estar suja em seu coração, mas amável para Deus
(1:5). Agora ela enxerga melhor seu propósito de vida, confessando, "Eu sou a rosa" — a
herança que Jesus deseja.
E. Nossa identidade é baseada na maneira que definimos nosso valor ou medimos nosso
sucesso. Nossa identidade principal é encontrada em nosso relacionamento com Jesus.

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Nossa identidade e sucesso são encontrados no ser desejado por Deus e no amar a Deus,
não em nosso reconhecimento e realizações ante as pessoas.
F. Nosso sucesso principal vem de ser desejado por Deus e no amar a Deus. Nós não
precisamos ter medo em falhar. Nós declaramos: “Eu sou amado de Deus, e amo a
Deus; então, sou bem sucedido.”.
G. Nossa identidade primária não está no que nós fazemos com nossas mãos, mas no que
conquistamos com nosso coração. Vendo que somos Sua rosa e lírio, quebra o senso de
inutilidade, fracasso e inferioridade.
XIV. A NOIVA DESFRUTA PROFUNDAMENTE SEU RELACIONAMENTO COM O REI
A. A Noiva declarou que o Rei é a macieira que refresca seu coração espiritualmente (2:3).
3
Como uma macieira entre as árvores do bosque, assim é o meu amado entre os
rapazes [raça humana]. Tenho prazer em sentar-me à sua sombra [descansar na
graça], e o seu fruto é doce ao meu paladar. 4Levou-me ao salão de banquetes, e o seu
estandarte [liderança] sobre mim é o amor.5Sustentai-me com passas, confortai-me
com maçãs, pois estou doente de amor. ( Cântico dos Cânticos 2:3-5)
B. Macieira: A macieira é definida como a que refresca (2:3a, 5). Enquanto descansamos
na graça de Deus debaixo da sombra da cruz, e enquanto buscamos a amar Jesus,
achamos deleite na presença de Deus.
C. Sentar: Quando sentamos perante Deus, nós experimentamos mais do deleite de Sua
presença (2:3b). A Palavra se torna agradável, e Sua presença é doce para aqueles que
fielmente sentam perante Ele.
3
Tenho prazer em sentar-me à Sua sombra e o seu fruto é doce ao meu paladar.
(Ct. 2:3b)
1 A cruz é a única árvore que pode nos proporcionar uma sombra para o calor
abrasador do nosso pecado e culpa. Nós só podemos aproveitar a sombra da
presença de Deus se descansarmos na cruz de Jesus.
2 Jesus declarou sabedoria no que diz respeito ao estilo de vida de Maria Betânia,
enquanto ela se sentava a Seus pés (Lc. 10:39). Jesus chamou esse ato de
necessário e de “escolha da melhor forma para viver” (v.42).
39
... Maria, sentando-se aos pés do Senhor, ouviu a sua palavra... 42mas uma
só é necessária; e Maria escolheu a boa parte, e esta não lhe será tirada
(Lucas 10:39-42)
D. O estandarte de Jesus ou sua liderança sobre a vida dela foi liderá-la a experimentar e
expressar Seu amor (2:4).

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4
Levou-me ao salão de banquetes, e o seu estandarte [liderança] sobre mim é o amor.
1 Salão de Banquete: O plano de Jesus para cada um de nós é de nos levar à

mesa do banquete de Deus – para o lugar onde celebramos Seu amor para
conosco e o nosso para com Ele. O cumprimento final desse banquete é a ceia
das bodas do Cordeiro (Ap. 19:7). Nós desfrutamos pequenos presentes da
Mesa das Bodas nesta era pelo poder da Palavra e do Espírito Santo.
2 Bandeira/Estandarte: No mundo antigo, exércitos marchavam em batalhões

sob uma bandeira ou estandarte. O estandarte sobre a nossa vida é a liderança
de Jesus que nos leva a crescer no amor. A principal prioridade de Deus ou Seu
propósito de estandarte para a nossa vida é maior que nos dar mais conforto
físico, aumento financeiro, influência no ministério, etc. Sua bandeira, seu
estandarte sob nossa vida é o crescer em compreensão do seu amor e aumentar
o derramar desse amor.
E. A Noiva clamou por um encontro maior com o amor de Deus (2:5). Ela se tornou doente
de amor; assim, Sua liderança na vida dela foi eficaz. Ela clamou para ser sustentada e
refrescada ao experimentar uma medida maior do Seu amor, Presença e Palavra.
5
Sustentai-me com passas, confortai-me com maçãs, pois estou doente de amor. (Ct.
2:5)
XV. EXPERIMENTANDO O ABRAÇO DE DEUS (2:6)
A. Agora que ela está apaixonada, a Noiva vê novas dimensões na liderança de Deus em sua
vida (2:6). Com um coração de amor, ela é capaz de ver mais claramente a "mão/braço
direita e esquerda de Deus”.
6
O seu braço esquerdo ampare a minha cabeça, e o seu braço direito me abrace.
(Ct. 2:6)
Ela fala no verso 6, “Sua mão esquerda está sob minha cabeça, Sua mão direita me
envolve.
B. Mão/Braço esquerda de Deus: fala sobre a atividade de Deus que não podemos ver com
nossos olhos naturais. É a mão que está "sob" a cabeça dela e, portanto, fora da linha de
visão dela. O Senhor faz muitas coisas para nós que não vemos. Ele detém e libera
muitas coisas para abençoar, prover e proteger-nos. Ele poupa-nos de problemas dos
quais nem somos cientes neste tempo.
C. Mão/Braço direita de Deus: diz respeito à atividade de Deus que podemos ver e
discernir facilmente. Quando o rei ficou na frente da noiva para abraçá-la, ela pôde ver e
sentir. Isto fala da “doce” presença manifesta de Deus, que pode ser sentida e discernida.

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XVI. O ESPÍRITO SANTO NOS GUARDA EM PERÍODOS ESPIRITUAIS ESTRATÉGICOS

(2:7)
A. O Espírito ordena momentos estratégicos na vida espiritual de cada um (2:7). Há

períodos em que Ele deseja promover em nós novas experiências e entendimento.
7
Ó filhas de Jerusalém, eu vos faço jurar pelas gazelas e corças do campo: não
acordeis [perturbeis]nem provoqueis o amor até que ele o queira (Ct. 2:7)
B. Filhas de Jerusalém: Representam cristãos com falta de discernimento em relação às

várias formas do operar do Espírito e dos diferentes períodos na vida espiritual de
alguém.
C. Acordar: O Espírito ordenou outros cristãos a não perturbar ou incomodar a Noiva com
suas opiniões e julgamentos nesta estação. O Espírito Santo fala àqueles que são
insensíveis ao Seu atuar que não a incomodem nesse tempo de sentar-se à mesa para
crescer na Palavra.
D. Gazelas ou corças: O Espírito os fez jurar pelas gazelas ou corças do campo (2:7). Uma
gazela ou corça tem uma natureza sensível e pode ser facilmente assustada. Gazelas ou
corças dizem respeito à importância da mansidão e sensibilidade no relacionamento com
a jovem Noiva. Muitos são facilmente distraídos da palavra. Temos que ter sensibilidade
ao nos relacionarmos com pessoas que estão vivendo estações diferentes.
E. Há quatro estações diferentes em um ano — primavera, verão, outono e inverno. Na

temporada de primavera, o Senhor semeia novas verdades em nossas vidas. Na
temporada de verão, nós trabalhamos debaixo do sol quente para cultivar e crescer nessas
verdades. Há alegria em ver o crescimento de novas coisas, mas há trabalho sob o sol
quente. Na temporada de outono, nós apreciamos a colheita. Todos nós gostamos da
colheita. Na temporada de inverno, há morte. O ciclo não funciona sem a temporada de
inverno.

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1: A Necessidade de Missionários Intercessores
Sessão 6 Desafiando a Zona de Conforto (Ct. 2:8-17)
I. REVISÃO
A. Cânticos dos Cânticos é a maior canção de amor nas Escrituras (1:1). É um poema que
tem interpretação tanto natural quanto espiritual, descrevendo a beleza do amor
matrimonial e o relacionamento espiritual entre Jesus e sua Noiva. Este cântico usa
linguagem de um cenário agrícola.
B. A Noiva passou bastante tempo sentada diante do Rei, experimentando deleite em Sua
presença (2:3). O Espírito instrui solenemente que outros não a atrapalhem enquanto ela,
debaixo da árvore, se assenta à mesa Dele, (2:7).
3 7
...Tenho prazer em sentar-me à sua sombra, e o seu fruto é doce ao meu paladar...
Eu vos faço jurar... não acordeis nem provoqueis [perturbeis] o amor até que ele o
queira. (Ct. 2:3,7)
II. VISÃO GERAL (CT. 2:8-17)
A. O Rei chama a Noiva para entrar em uma parceria mais profunda. Ele se revela a ela
como Rei soberano, o qual tem autoridade sobre todas as montanhas/montes
(obstáculos). Ele tem a facilidade de pular sobre qualquer obstáculo. O Rei a chama para
fora da zona de conforto, para que então, ela possa entrar em uma parceria mais profunda
com Ele.
B. Uma crise espiritual começa quando o Rei introduz a fase “correremos (a Ti)” na vida
espiritual da jovem. Em Cantares 1:5-7, ela encara sua primeira crise espiritual, à medida
que descobre seu pecado - sua crise está ligada ao medo de ir para as montanhas de fé
plena e obediência (2:10). Sua luta com o medo não é uma expressão de rebelião contra
Deus, mas sim imaturidade espiritual.
C. Ela foi chamada para vencer o medo e a vergonha, com coragem para obedecer, com
confiança no amor de Deus.
III. JESUS SE REVELA COMO REI SOBERANO (2:8-9)
A. A Noiva viu Jesus como o Senhor das nações, que tem facilmente conquistado todas as
montanhas – Ele é como a gazela ou um cervo jovem, o qual salta vitoriosamente sobre
as montanhas.
8
É a voz do meu amado! Vede! Aí vem ele! Saltando pelos montes, pulando pelas
colinas.
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9
O meu amado é semelhante a um cervo, é como um filhote de corça. (Ct. 2:8-9a)
B. A voz do meu amado: O Rei a chama para uma nova época em sua vida espiritual. Ela
reconhece a voz do seu amado, Aquele quem ela ama. Jesus fala ternamente a nós, em
amor, quando nos chama para fora da zona de conforto, para nos juntarmos a Ele na
perigosa montanha do risco.
C. Montanhas/montes: Montanhas, na grande maioria, fala sobre obstáculos. Jesus tem

autoridade sobre todos os obstáculos, sejam humanos ou demoníacos. Nós temos que
falar às montanhas de adversidade, ordenando que elas sejam removidas. Os montes
falam sobre dificuldades ou desafios menores que enfrentamos. Zorobabel ordenou graça
sobre as montanhas de adversidade que se ergueram perante ele (Zacarias 4:7).
23
Em verdade vos digo que se alguém disser a este monte: Ergue-te e lança-te no
mar, e não duvidar no coração... assim lhe será feito. (Mc. 11:23)
D. O Rei se posicionou atrás de um muro de proteção, enquanto olhava para dentro da casa
na qual a Noiva está serenamente sentada. Similarmente, Jesus permaneceu à porta, do
lado de fora da igreja de Laodicéia (Ap. 3:20)
9 “
Vede! Lá está ele em pé atrás do muro, olhando pelas janelas, espiando pelas
grades.” (Ct.2:9b)
E. Estar em pé: Quando Jesus está em pé, Ele está pronto para agir. Ele também é retratado
nas Escrituras, sentado em descanso e em vitória com Seus pés sobre seus inimigos
(Salmos 110:1). Quando Estevão morreu, o Senhor se levantou para recebê-lo (Atos
7:55). O Senhor ficou de pé para falar à igreja de Laodicéia (Ap. 3:20).
F. Atrás do (nosso) muro: Ela descreveu o muro como “nossos” muros. Esse não é o muro
dela, mas o muro deles, porque ela havia sido dirigida pelo Espírito para permanecer
serena a sua mesa até que ele a chamasse para deixar o lugar de “sentada a mesa” se
deleitando nele (2:4,7).
IV. CHAMADO PARA FORA DA ZONA DE CONFORTO PARA UMA PARCERIA MAIS
PROFUNDA COM JESUS
A. O Rei chama a jovem para uma parceria mais profunda em resposta a sua oração (1:4).
Isso fala a respeito de quando Jesus se achega a nós, chamando-nos para responder em
uma nova medida de fé e obediência. Nosso dever é responder sim ao chamado ou
regredir em nosso relacionamento com Jesus.
10
O meu amado me fala assim: Levanta-te, minha amada, minha bela, e vem.
(Ct. 2:10)
1 Me fala: Ele falou ternamente à noiva, chamando-a “Minha amada, minha

bela”- linda. Mesmo sabendo que ela recusaria seu pedido Ele ainda a considera
bela, da mesma maneira, mesmo ela não cuidando se sua vinha (1:7-8). Nós
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somos motivados a obedecê-lo quando nos sentimos amados e lindos aos Seus
olhos. Quando Jesus corrige seu povo, ele fala em tom de ternura e amor, sem
dureza.
13
Levanta-te, minha amada, minha bela, e vem. (Ct. 2:13)
2 Levante-te: Ele chama a noiva para sair de seu lugar de conforto e segurança, e
seguir a Ele para conquistar as montanhas (deste mundo caído). Jesus instrui
sua noiva a trabalhar com Ele, enquanto traz as nações ao lugar de obediência
(Mateus 28:19).
19
Portanto, ide, fazei discípulos de todas as nações... (Mt. 28:19)
3 Jesus nos desafia a levantar e a obedecê-lo nas montanhas. Isso se refere a

assumir áreas de dificuldades de obediência, ou tarefas ministeriais que
desafiam nosso senso de segurança e conforto. Ela não gostava dos riscos
associados às montanhas, esperando somente sentar-se debaixo da sombra de
Sua árvore e comer as maçãs com o Rei (2:3).
4 John Wimber disse que FÉ é soletrada como R.I.S.C.O. Fé é o caminho para o
Reino.
B. A pergunta é - É seguro ir com Jesus, mesmo quando ele nos leva pra fora de nossa zona
de conforto? Ou perderemos coisas se obedecermos 100% a ele? Quando operamos na
foça da nossa carne, temos impressão de estarmos mais seguros “no barco” sem Jesus, do
que seguros com ele “sobre as águas”.
C. A questão fundamental para a Noiva é se ela acredita ou não que a liderança de Jesus é
boa.
As coisas não funcionam dessa maneira, pois a única forma de deixar de retroceder é
continuar seguindo em frente. Se você não está seguindo em frente e ganhando terreno
em seu relacionamento espiritual com o Senhor, então está perdendo terreno. Não existe
uma posição estática onde você chega a um certo lugar e lá permanece.
D. O Rei apontou para os sinais proféticos da vinda próxima de frutos (2:11-13). Ele
encorajou a Noiva revelando que era a hora da colheita. Colheita de novos frutos.
11
Olha e vê que o inverno já passou; a chuva cessou e já se foi.12 Aparecem as flores
na terra; chegou o tempo de cantar;* e já se ouve o arrulhar da rolinha em nossa
terra. 13A figueira começa a dar os seus primeiros figos; as vinhas estão em flor e
espalham a sua fragrância. Levanta-te, minha amada, minha bela, e vem. (Cantares
2:11-13)
E. Jesus direciona seu povo ao passado e ao presente para despertar a fé deles e prepará-los
para a colheita que está por vir.
1 O passado: O Rei a relembra de sua fidelidade na última estação de inverno. O

inverno é escuro e com chuvas frias. É um tempo difícil, quando poucas coisas

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crescem externamente. Jesus no lembra de sua intervenção e fidelidade no

passado ao nos trazer pelas estações de inverno em nossas vidas. Se Jesus
fielmente nos ajudou nas dificuldades passadas, Ele também vai nos ajudar nas
futuras. Jesus não vai nos esquecer enquanto “subimos a montanha”(2:10).
2 O presente: O Rei apontou condições específicas que provaram que a colheita
não estava tão longe. Ele notou quatro sinais: flores aparecendo na vinha
significava que as uvas em breve viriam; a voz de uma rolinha é ouvida na
época da colheita; árvores de figos davam novos figos verdes, que se tornam
em figos maduros marrons; a fragrância de uvas novas indica a aproximação da
colheita.
F. O Rei revela sua carinhosa afeição pela Noiva enquanto ela luta com seus medos (2:14).
“Pomba minha, que andas pelas fendas da rocha, nos esconderijos, nas encostas dos
montes, mostra-me o teu rosto, deixa-me ouvir a tua voz; pois a tua voz é doce, e o teu
rosto é lindo. (Ct. 2:14)
1 Minha pomba: Ele afirmou a sinceridade dela. Pomba diz respeito a pureza e
lealdade. Ele sabe que ela inicialmente tropeçaria (2:17), mas que estava em seu
coração obedecê-lo.
2 Fenda da Rocha: Isso diz respeito a obra da cruz. Jesus foi a Rocha espiritual
nos dias de Moisés, e é a Rocha sobre a qual a Igreja está construída (1 Cor.
10:4, cf. Mt. 16:18).
1. Deus escondeu Moisés na fenda da rocha – um espaço aberto ou uma

lacuna na montanha de pedra – para protegê-lo de ser morto por ter visto a
glória da face de Deus.
20
Não poderás ver a minha face, porque homem nenhum pode ver a
minha face e viver...21Aqui está um lugar próximo de mim; ficarás aqui,
sobre a rocha...22Quando a minha glória passar, eu te colocarei numa
fenda da rocha, e te cobrirei com a minha mão, até que eu tenha
passado. (Ex 33:20-22)
2. Esconder Moisés na fenda da rocha diz respeito à salvação através da

morte de Jesus. “Fenda da rocha” fala sobre as feridas no lado direito do
corpo de Jesus durante a crucificação.
3 Lugares secretos nas encostas dos montes: Isso diz respeito a ressurreição de
Jesus – “lugar secreto”, superior a qualquer outro, no qual um Homem
ascendeu até Deus. O lugar secreto nas encostas dos montes é também
traduzido como no oculto das ladeiras (NVI).
G. Jesus quer ver nossa face e ouvir nossa voz em adoração e oração enquanto clamamos
por socorro (2:14). Podemos dizer a Jesus que o amamos, sem temer que Ele nos veja
como hipócritas. Alguns pensam que quando eles estão lutando com pecado, suas vozes
são repulsivas para Deus, que seus rostos são feios para Ele, mas Deus quer que
corramos para Ele com confiança, ao invés de correr Dele em condenação.
14
mostra-me o teu rosto, deixa-me ouvir a tua voz; pois a tua voz é doce, e o teu rosto é
lindo. (Ct.2:14)

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H. A Noiva orou por libertação das pequenas distrações (2:15). Ela respondeu à exortação
do Rei para ver sua face e ouvir sua voz orando por socorro (2:14).
15
Apanhai para nós as raposas, as raposinhas, que devastam as vinhas, pois as nossas
vinhas estão em flor. (Ct 2:15)
1 Raposinhas: As raposas na vinha do nosso coração dizem respeito aos lugares
de pequenas distrações em nossos corações; sejam eles, medo, atitudes e
palavras pecaminosas, desperdício do nosso tempo e dinheiro. Raposas são
animais astutos que destruirão a vinha às escondidas pela noite. Elas não são
corajosas como os leões que atacam de dia, mas são pequenas, rápidas, astutas
e difíceis de capturar.
2 Devastar a vinha: A “vinha” dela, ao longo de Cantares se refere ao seu
coração e vida espiritual.
3 Apanhai para nós: Capturar as raposas requer um “nós”- a Noiva e o Rei –
trabalhando juntos. Não podemos capturá-las por nós mesmos, então clamamos
por ajuda. O Senhor está disposto a nos ajudar.
I. Em meio às dificuldades, a Noiva expressou sua confiança no amor do Senhor (2:16).

Essa confiança é necessária para todos aqueles que buscam viver estáveis. Em oração
devem pedir ajuda, como visto no verso 15.
16
O meu amado é meu, e eu sou dele; ele cuida do seu rebanho entre os lírios. (Ct
2:16)
1 É meu: Ela tinha certeza que o Amado era dela – Ele pertencia à ela, seu
coração estava aberto à ela; Ele não a tinha abandonado. Mesmo em nossas
fraquezas, Jesus permanece acessível.
2 Os lírios: Ela disse que era “o lírio dos vales” (2:1). Aqui, lírios está no plural.
Nossa segurança espiritual é encontrada no relacionamento próximo com outros
cristãos que buscam por pureza.
J. A dor do coração dividido da Noiva (2:17). Ela recusou a ordem do Rei de levantar-se e
juntar- se a Ele nas montanhas (2:13). Ela disse a que Ele que voltasse e fosse sem ela até
que o dia rompesse para trazer luz a ela. Ela recusou obedecer porque sentiu medo. Ela
estava respondendo em sua imaturidade espiritual, não em rebeldia.
17
Antes que surja o dia e fujam as sombras, volta, amado meu, e faze-te semelhante
ao cervo e ao filhote da corça sobre os montes de Beter. (Ct 2:17)
K. Até que surja o dia: O romper do dia chega pela manhã como luz nova do sol nascente,
dissipando a escuridão. No romper do dia, as sombras escuras e as áreas cinzentas da
vida da Noiva desaparecem.

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Sessão 7 A Disciplina Amorosa e a Liderança Segura de Deus (Ct 3)
I. REVISAO DE CT. 2:8-17
F. A Noiva recebeu um novo entendimento sobre o Rei como o “Senhor de tudo” que
conquistou as montanhas. Ela o viu como uma gazela que facilmente saltava todos os
obstáculos. Então Ele a chamou fora da sua zona de conforto para juntar-se a Ele nas
montanhas do “risco” (2:10). Isto poeticamente se refere a abraçar as difíceis áreas da
obediência e as tarefas ministeriais que desafiam nosso conforto.
8 9
“Vede! Aí vem ele! Saltando pelos montes... O meu amado é semelhante a um
10
cervo, é como um filhote de corça. O meu amado me fala assim: Levanta-te, minha
amada, minha bela, e vem.” (Ct. 2:8-10)
G. A Noiva recusou a ordem do Rei de levantar-se e juntar-se a Ele nas montanhas. Ela Lhe
disse para voltar e ir as montanhas sem ela (2:17). Ela teve medo. O medo da jovem
expressou imaturidade espiritual, não rebeldia contra Deus.
17
Antes que surja o dia...volta amado meu, e faze-te semelhante ao cervo... (Ct. 2:17)
H. Nós vemos a reação do Rei às distrações da Noiva em Cantares 2:17. Em amor Ele traz
disciplina retirando Sua presença do coração dela. Ele não estava bravo, mas desejava
com ciúmes que ela compartilhasse dos Seus valores como Noiva madura que desfruta
de uma parceria mais profunda com Ele.
1
De noite, em meu leito, procurei aquele a quem o meu coração ama; procurei-o, mas
não o achei. (Ct. 3:1)
XVII. A DISCIPLINA DE DEUS NAO SIGNIFICA SER REJEITADO POR ELE
A. Em Seu ciúmes por nós, somos requisitados a andarmos em luz conforme mais e mais
nos é dado. À medida que respondemos em obediência e andamos mais nessa luz,
experimentamos maior intimidade com Jesus.
24
Também lhes disse: Dai atenção ao que ouvis; com a medida com que medis também
vos medirão, e ainda vos acrescentarão. (Mc. 4:24)
5
Ou pensais ser sem motivo que a Escritura diz: O Espírito que ele fez abitar em nós
6 7
tem muito ciúme? ...Ele nos dá maior graça... sujeitai-vos a Deus, mas resisti ao
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8
diabo... Achegai-vos a Deus, e ele se achegará a vós. Limpai as mãos...purificai vosso
coração. (Tg. 4:5-8)
B. Uma das mensagens chave em Cantares é a de que Deus tem prazer no Seu
relacionamento conosco, mesmo na nossa fraqueza. Isto não significa que Ele aprova
tudo o que fazemos. Alguns confundem correção divina com rejeição divina, mas isto é
prova do Seu amor. Deus odeia o pecado, mas tem prazer naquele a quem disciplina. O
Senhor pode estar descontente com certo comportamento em nossas vidas mas não
rejeita Seu relacionamento conosco.
12
porque o Senhor repreende a quem ama, assim como o pai repreende o filho a quem
quer bem. (Prov. 3:12)
5 6
Não desprezes a disciplina do Senhor... pois o Senhor disciplina a quem ama
(Heb. 12:5-6)
C. Ele corrige áreas da nossa vida com as quais discorda para remover tudo o tenta inibir
Seu amor em nós.
10
Ele [nos disciplina] para nosso bem, para sermos participantes da sua santidade.
(Heb. 12:10)
D. Jesus ama Seu povo mesmo quando os corrige e os chama ao arrependimento. Ele
convida este mesmo povo a reinar com Ele. (Ap. 3:21)
19 21
Eu repreendo e castigo a todos quanto amo: sê pois zeloso e arrepende-te... Ao
vencedor, eu lhe concederei que se assente comigo no Meu trono... (Ap. 3:19, 21)
E. Deus sente a dor daqueles a quem disciplina, ainda sim os considera grandemente
amados.
7
Entreguei aquela a quem grandemente ama minh’alma nas mãos dos seus inimigos.
(Jer. 12:7)
9
Em toda a angústia deles, Ele também ficou angustiado...no seu amor...Ele os
redimiu... (Is. 63:9)
F. Se negligenciarmos o confronto do pecado em nossa vida, Deus não nos amará menos,
mas sofreremos perda em diversas formas – Isto limita nossa capacidade de experimentar
a alegria da nossa salvação, de receber mais entendimento, de desfrutar da comunhão
com Deus e de receber recompensas eternas.
14 15
Se a obra que alguém construiu permanecer, este receberá recompensa. Se a obra
de alguém se queimar, este sofrerá prejuízo, mas será salvo... (1Co. 3:14–15)
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XVIII. A PRESENÇA MANIFESTA DE DEUS É RETIRADA (3:1-2)
A. A Noiva buscou a Deus, mas não o encontrou (3:1-2). Esta é uma experiência nova para
ela.
1
De noite, em meu leito, procurei aquele a quem o meu coração ama; procurei-o, mas
2
não o achei. Eu vou me levantar e percorrer a cidade; pelas ruas e pelas praças
buscarei aquele a quem o meu coração ama. Eu o procurei, mas não o achei. (Ct. 3:1-
2)
B. De noite... procurei-o: Ela continuou a buscar a Deus com perseverança durante a noite.
C. Não o achei: Ela buscou o Senhor, mas não pode encontrá-lo depois de tê-Lo recusado
(2:17). Deus algumas vezes retira uma medida da sua presença manifesta do nosso
coração se negligenciarmos nossas respostas a Ele, para que então voltemos nossa
atenção a Ele novamente. Ela continuou buscando a Deus em oração e meditação na
Palavra (2:3-5). Ela está agora aprendendo que a oração não substitui a obediência
completa. O Pai nos ama demais para permitir que não alcancemos maturidade no amor.
D. Aquele a quem meu coração ama: O coração dela estava determinado a amar ao Rei,
mesmo em meio as lutas. Ela não é hipócrita. Podemos continuar chamando Jesus Aquele
a quem nosso coração ama mesmo antes de alcançar vitória completa em todas as áreas
das nossas vidas. Nosso amor por Jesus ainda é real durante nossas lutas para subir a
montanha.
E. Em meu leito: Ela havia sido chamada a deixar seu leito e levantar-se e ir para as
montanhas com o Senhor.
F. Vou me levantar: A Noiva trouxe obediência a sua oração ao levantar-se e cumprir o que
lhe havia sido pedido em Ct 2:10. A dor de perder uma porção da sua presença manifesta
em seu coração fez com que ela se levantasse do seu leito.
G. A cidade: Ela levantou-se para ir ao redor da cidade, pelas ruas e praças – onde as
pessoas conviviam. Envolver-se com novas pessoas em uma nova cidade pode exigir
risco e resultar em mais pressão, etc.
XIX. A NOIVA ENCONTRA O REI (3:3-4)
A. Após levantar-se, a Noiva foi para a cidade (igreja), ela pediu ajuda aos guardas ou
pastores (liderança). Imediatamente após isto, ela encontrou o Rei (3:3-4).
3
Encontraram-me os guardas quando faziam a ronda pela cidade; eu lhes perguntei:
4
Por acaso vistes aquele que eu amo? Mal tinha passado por eles, quando achei

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aquele a quem o meu coração ama. Eu o segurei e não o deixei ir, até que o levei para
a casa de minha mãe...(Ct.3:3-4)
B. Achei aquele a quem o meu coração ama: O Senhor responderá a qualquer pessoa que
se achegar a Ele (Tg. 4:8). É o desejo Dele achegar-se a nós, mas ele quer que
valorizemos esse relacionamento o suficiente para nos achegarmos a Ele.
8
Achegai-vos a Deus, e Ele se achegará a vós... (Tg. 4:8)
C. O guarda/vigia: Ao falar sobre os vigias e guardas dos muros entendemos que sejam os
líderes espirituais que vigiam os muros da cidade de Deus para proteger o Seu povo. São
aqueles que andam pela cidade vigiando-a. Os guardas/vigias se referem aos
anciões/liderança da Igreja que foram estabelecidos para vigiar e cuidar dos cristãos
(Heb.13:17).
D. Não o deixei ir: Ela decide se segurar ao Rei com uma determinação nova, resultado da
temporada de muita dor gerado em sua luta espiritual. Ela “não o deixa ir” durante a
continuidade do livro. Temporadas de “luta espiritual” podem gerar uma resolução
profunda em nós de nunca permitir que um coração dividido seja tolerado em nossas
vidas.
E. A casa da minha mãe: Muitas vezes o lugar mais difícil de levar Jesus pode ser em meio
aos nossos relacionamentos familiares. Um profeta não tem honra em sua casa. Trazendo
Jesus a sua casa, é uma expressão de obediência para “levantar-se”. Voltar a casa,
também pode representar “o pequeno”. Estamos levando Jesus aos poucos que estão em
nossa casa. A “mãe” nesta ilustração representa a igreja como aqueles que realizam a
vontade de Deus (Mt. 12:46-40) e como aqueles usados como vasos de Deus para trazer
pessoas ao novo nascimento. Deus é nosso Pai; a Igreja pode ser referida como nossa
mãe ou o agente que atua como testemunha de verdade após o novo nascimento. Paulo
fala sobre a Nova Jerusalém como nossa “mãe” (Gal. 4:26). Israel está muitas vezes
representada como uma “mãe” que deu luz aos redimidos (Ap. 12:5, 17).
4
Eu o segurei e não o deixei ir, até que o levei para a casa de minha mãe... (Ct 3:4b)
XX. O ESPIRITO SANTO NOS PROTEGE EM TEMPORADAS ESPIRITUAIS

ESTRATÉGICAS (3:5)
A. O Espírito ordena em nossas vidas temporadas espirituais estratégicas (3:5). Eu vejo o

Espírito como se estivesse falando no versículo 5. Há temporadas nas quais Ele deseja
nos estabelecer em novas experiências e entendimento.
5
Ó filhas de Jerusalém, eu vos faço jurar pelas gazelas e corças do campo, que não
acordeis, nem provoqueis o amor, até que ele o queira. (Ct 3:5)
B. Não desperteis: O Espírito declara a outros cristãos que não perturbem ou “despertem” a
Noiva nesta temporada com suas opiniões e julgamentos. Ele fala àqueles que foram
insensíveis aos Seus caminhos que não perturbem a Noiva nesta temporada específica de
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sentar-se a mesa para crescer na Palavra. Na frase, até que o queira, o Hebraico pode ser
traduzido por ele ou ela. Pelo que pode ser traduzido como “não desperteis o amor até
que ela [a Noiva] o queira.”
XXI. VISÃO GERAL DE CANTARES 3:6-11
A. O Rei Jesus é revelado a Noiva como um “Salvador Seguro”. Ela recebe entendimento
sobre a liderança segura dEle. Isto não quer dizer que não teremos dificuldades, significa
que estamos em um lugar seguro onde nosso coração poderá amadurecer em amor
obediente por Deus. O lugar mais seguro para nosso coração está em ver Jesus como o
Rei que nos capacita a caminhar sob obediência completa e fé, mesmo quando
estivermos enfrentando as montanhas (risco). O diabo mente ao povo de Deus dizendo
que Jesus não é um líder seguro.
B. O Espírito fez uma pergunta (3:6), e depois providenciou uma resposta com duas partes
seguidas de uma exortação. Em primeiro lugar, Ele usa expressões militares para revelar
o quão seguros estamos debaixo da liderança de Jesus (3:7-8). Em segundo lugar, Ele usa
o exemplo de uma procissão nupcial para mostrar Sua liderança segura (3:9-10). O ápice
da nossa salvação é conhecer Jesus como nosso Noivo-Rei (3:11).
XXII. O ESPÍRITO SANTO FAZ UMA PERGUNTA (3:6)
A. Uma pergunta é feita sobre a identificação daquele que vem subindo do deserto (3:6). O
Rei é descrito como perfumando com mirra, incenso e especiarias dos mercadores.
6
Quem é esta que sobe do deserto[deste mundo caído], como colunas de fumaça,
perfumada de mirra, de incenso, e de todos os pós dos mercadores? 7Eis que é a liteira
de Salomão; sessenta valentes estão ao redor dela, dos valentes de Israel; (Cânticos
3:6,7)
B. Subindo do deserto: Quem é Aquele que nos leva a sair do deserto deste mundo? Jesus
subiu vitorioso do deserto desta era caída. A jornada de Israel pelo deserto durante
quarenta anos é uma imagem da nossa luta neste mundo caído durante nosso caminho a
Terra Prometida. Em Cantares 8:5, a Noiva sobe do deserto apoiada no seu Amado.
C. Liteira de Salomão: O Rei Salomão representa o Rei Jesus em Cantares. A liteira de

Salomão (3:9) era uma carruagem usada somente em procissões de casamento real. Ela
era carregada nos ombros da guarda real. Sua liteira era onde a noiva se assentava perto
dele, para que ele pudesse protegê-la durante a jornada pelo deserto.
D. Como colunas de fumaça: A liteira de Salomão percorreu o caminho entre Shunum (o

vilarejo da noiva) passando pelo deserto até chegar ao seu palácio em Jerusalém. Os
habitantes do vilarejo conseguiam ver colunas de fumaça a medida que a procissão real
se aproximava. As colunas de fumaça se referem poeticamente à glória de Deus. João viu
a fumaça da glória de Deus (Ap. 15:8). Poeticamente falando, Jesus é apresentado como
“subindo do deserto desta era” na glória de Deus, sendo uma metáfora para sua
ressurreição e ascensão.

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8
E o santuário encheu-se da fumaça da glória e do poder de Deus... (Ap. 15:8)
E. Quem é este: Na interpretação espiritual, pode ser o Espírito Santo como “um
interlocutor não identificado”, representando Jesus, o qual em três ocasiões pergunta
“quem é este?” (3:6, 6:10, 8:5). É provável que o Espírito seja quem realiza a pergunta
em Ct 6:10 e 8:15. Portanto, podemos concluir que também é Ele falando aqui no 3:6. A
pergunta aponta para a crucifixão, ressurreição e ascensão de Jesus.
F. Perfumado com mirra: Mirra fala sobre morte. No mundo antigo, mirra era uma
especiaria usada em cerimônias fúnebres, de muito valor. O Pai via Jesus como
“perfumado com mirra” quando Ele abraçou a morte por nós.
G. Incenso: Incenso fala da Intercessão de Jesus (Heb. 7:25). Assim como o Sumo
Sacerdote entrava no Santos dos Santos com um incensário com incenso, Jesus entrou no
Santos dos Santos nos céus com o Seu incensário cheio de intercessão. As taças douradas
no altar dos céus, falam das nossas orações (Ap. 5:8; 8:3-5).
H. Aroma das especiarias dos mercadores: As especiarias dos mercadores fala do

compromisso de Jesus conosco. Ele é como o mercador que vendeu tudo o que tinha para
comprar belas pérolas (Sua Noiva). As mãos do mercador eram perfumadas por lidar
(comprar e vender) com especiarias no mercado. Jesus é o mercador perfumado que
vendeu tudo para nos comprar com Seu amor. Sua encarnação e morte (3:6) provam que
nos ama e tem um compromisso com nosso bem-estar.
45 46
O reino...é semelhante a um mercador que busca boas pérolas, encontrando uma
pérola de grande valor, foi e vendeu tudo que possuía, e a comprou. (Mt. 13:45-46)
XXIII. O MINISTÉRIO DE PROTEÇÃO DO ESPÍRITO SANTO (3:7-8)
A. A proteção e segurança que temos na graça de Deus é descrita em termos militares.(3:7-8).
7
Vede! É a liteira de Salomão, escoltada por sessenta guerreiros, dos mais valentes de
8
Israel, todos armados de espadas, experientes na guerra, cada um com a sua espada,
preparado para enfrentar os pavores noturnos. (Ct 3:7-8)
B. Liteira de Salomão: Se refere a “liteira do evangelho” ou a carruagem nupcial. O

evangelho foi consumado quando Jesus “subiu” vitorioso do deserto deste mundo caído.
Jesus descansa em Sua liteira em triunfo sobre todos os Seus inimigos (Slm. 110:1-3; Ef.
1:20-22).
C. Na “liteira do evangelho” estamos assentados com Cristo em lugares celestiais, com

acesso à Sua autoridade. Neste lugar encontramos tudo o que precisamos para que nossos
corações estejam seguros em nossa jornada pelo deserto. Ela nos carrega como a Noiva
sentada ao lado do Rei enquanto viajamos pelo deserto desta era na proteção e segurança
contra o pecado e Satanás.

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6
e nos ressuscitou juntamente com ele, e com ele nos fez assentar nas regiões
celestiais em Cristo Jesus...(Ef. 2:6)
D. Escoltada por sessenta guerreiros: Salomão tinha sessenta guerreiros valentes ao redor
da sua liteira para vigiar e proteger sua noiva do inimigo ao atravessar o deserto. Isto fala
do ministério do Espírito Santo de nos guardar e proteger, e é uma metáfora da proteção
extravagante do Espírito. Somente um rei poderia se permitir esse tipo de medida de
segurança com sessenta soldados altamente capacitados, que tinham experiência bélica.
Salomão usou “linguagem do tabernáculo”. Havia sessenta pilares que
seguravam/sustentavam a estrutura do tabernáculo de Moisés.
E. Experientes na guerra: eles eram habilidosos guerreiros, com experiência. O Espírito é

especialista em guerras e conhece todas as ciladas de Satanás. Ele (o E.S.) usa diversas
estratégias na graça de Deus, por exemplo, Ele pode nos dar um sonho profético, abrir ou
fechar portas, levantar alguém para orar por nós, enviar um anjo, liberar dons do Espírito
através de nós, ou nos dar entendimento na Palavra para revelar o amor de Deus ou o
poder da cruz para nos levar a segurança. Portanto, a Noiva não tem medo das ciladas do
inimigo contra ela porque ela está sentada na liteira. o Espírito Santo é capaz de nos
manter longe de cair novamente no pecado. Não existe pecado difícil demais para Ele.
13
Mas Deus é fiel e não deixará que sejais tentados além do que podeis resistir. Pelo
contrário, juntamente com a tentação providenciará uma saída, para que a possais
suportar. (1 Cor. 10:13)
XXIV. A SALVAÇÃO DE JESUS NOS TRAZ SEGURANÇA (3:9-10)
A. A segurança da Noiva é descrita poeticamente como uma procissão de casamento real

(3:9-10). O Noivo construiu uma liteira ou cadeira portátil fechada com cortinas e
carregada por soldados. Jesus fez uma “liteira eterna” para nós.
9 10
O rei Salomão fez para si uma liteira com madeira do Líbano. As colunas, fez de
prata, o estrado, de ouro, as almofadas, forradas de púrpura e o interior foi
cuidadosamente revestido [com amor] pelas [para] filhas de Jerusalém. (Ct 3:9-10)
B. Fez para si: Salomão idealizou e construiu uma carruagem para carregar sua rainha. O
próprio Jesus fez a liteira do evangelho sobre a qual descansamos. Ele se tornou homem
e carregou nossos pecados para nos redimir.
C. Madeira do Líbano: Os cedros do Líbano foram usados para construir o templo de

Salomão, lugar onde a glória de Deus residiu. A madeira no tabernáculo fala da
humidade, e o ouro que revestia a madeira se referia a Divindade. A madeira do Líbano
era a mais bela, perfumada, cara e forte madeira. O evangelho foi “feito” por Jesus – o
mais forte e glorioso Homem.
D. Prata e ouro: Prata se refere a redenção e o ouro a caráter divino.
E. O interior revestido com amor: O amor de Deus é o revestimento da carruagem do

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evangelho. O Evangelho foi motivado pelo amor de Deus. Tudo que Jesus faz, está
revestido em amor.
F. Filhas de Jerusalém: A “liteira do evangelho” é revestida de amor PARA as filhas de

Jerusalém.
XXV. EXORTADOS PARA VER O REI COROADO NO SEU CASAMENTO (3:11)
A. As Filhas de Jerusalém são chamadas para ver o Rei coroado no seu casamento. (3:11).
Devemos meditar na beleza de Jesus como o Rei coroado com toda autoridade no dia do
seu casamento.
11
Ó filhas de Sião! Saí e vinde ver o rei Salomão! Está com a coroa com que sua mãe
o coroou no dia do seu casamento, no dia da alegria do seu coração. (Ct. 3:11)
B. Coroado em Seu casamento: Jesus tem muitas coroas. Uma coroa nupcial é diferente do
que a coroa recebida por conquistar uma nação. O dia do Seu casamento está descrito em
Ap.19:6-8.
C. Sua mãe o coroou: Pode referir-se a Igreja como nossa mãe ou a forma pela qual
pessoas são lideradas ao novo nascimento. Em um sentido, a Igreja “coroa” Jesus como
Rei ao responder em amor ao Seu reinado. Quando amamos Jesus, o coroamos como
nosso Rei pessoal. A coroa de casamento fala da resposta acumulada dos redimidos
durante toda a história da humanidade. Jesus se alegra com seu casamento. (Is. 62:5)

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Intercessores
Sessão 8 O Coração Arrebatado de Deus (Ct 4:1-16)
I. O CORAÇAO CUIDADOSO DE DEUS: CAPACITADOS PARA AMAR JESUS (4:1-8)
A. Em Cantares 4:1-5, Salomão cita oito características da jovem Sulamita relacionadas a

sua beleza. Essas características também podem ser vistas como exemplos simbólicos de
características espirituais. Na temporada de disciplina dela (3:1-2) o Rei descreveu a
beleza dela (4:1-5), mesmo em sua obediência imatura. Ele viu o desejo sincero dela de
obedecer antes que fosse manifestado plenamente no caráter dela. Isto a motivou a
comprometer-se em obedecê-Lo, levantando-se e indo à montanha com Ele. (4:6).
1
Como és linda, amada minha...Os teus olhos são como pombas...o teu cabelo é como
2
um rebanho de cabras... Os teus dentes são como o rebanho das ovelhas
3
tosquiadas... Os teus lábios são como ...fio vermelho, e a tua boca é linda. As tuas
4 5
faces...são como as metades de uma romã. teu pescoço é como a torre de Davi... Os
6
teus seios são como filhotes da gazela... Irei ao monte... (Ct 4:1-6)
1 O Rei falou ulamita usando termos agrícolas que eram familiares aos dias dela.
As Escrituras, nos da uma visão em relação a simbologia usada.
2 Interpretando esta passagem espiritualmente, nós vemos o Senhor afirmando
oito “virtudes que estão florescendo” na vida das Noiva. Cada virtude de Deus
começa em “forma de sementes” com um desejo sincero de obedecer.
B. Em Cantares 4:1-5, nós vemos o coração cuidadoso de Jesus o nosso Noivo Rei. Jesus
rega e cuida da Igreja Dele. O cuidado do coração de Deus é um dos temas principais de
Cantares. As palavras de afirmação do Senhor na nossa vida quebram o poder da
acusação.
26 27
...a fim de santificá-la tendo-a purificado com o lavar da água, pela palavra para
29
apresentá-la a si mesmo como igreja gloriosa... Pois ninguém jamais odiou o
próprio corpo; antes, alimenta-o e Dele cuida; e assim também Cristo em relação à
igreja. (Ef. 5:26-29)
C. O Senhor transforma o Seu povo ao se preocupar profundamente em cuidar Deles. Ele

remove toda mancha e vergonha do nosso coração. Uma das maneiras de cuidar do Seu
povo é afirmando as Suas virtudes que estão florescendo neles.
D. Jesus corrige, repreende e nos chama para um zelo maior e arrependimento com um
amor tenro (Ap. 3:19), os convidando para uma comunhão mais profunda (Apo. 3:20) e

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para entrar em parceria com Ele (Ap. 3:21). É nesse mesmo espirito no qual o Seu povo
deve corrigir, repreender e levar outros ao arrependimento.
19 20
Eu repreendo e castigo a todos quantos amo: sê pois zeloso e arrepende-te... I
Estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua
21
casa e cearei com ele e ele comigo... To Ao vencedor, eu lhe concederei que se
assente comigo no meu trono, assim como eu venci e me assentei com meu Pai no seu
trono... (Ap. 3:19-21)
E. A igreja de Laodicéia era auto-satisfeita, espiritualmente passiva e orgulhosa. Eles não

deram o valor devido ao seu relacionamento com Jesus. Mesmo assim, Jesus não os
deixou de lado, batendo na porta, levantando Sua voz para atraí-los de volta oferecendo
um jantar e compartilhando Seus recursos com eles.
F. Satanás nos agride com acusações para influenciar a levar-nos ao desespero (Ap. 12:10).
Ele quer que sintamo-nos como hipócritas sem esperança, sabendo que a acusação e
temor de ser rejeitado por Deus impedirá nossa motivação para amar. A preocupação
com a condenação, fracasso e vergonha nos impede de efetivamente andar com o Senhor.
10
...porque o acusador de nossos irmãos, que dia e noite os acusava diante do nosso
Deus, já foi expulso. (Apo. 12:10)
G. O Senhor faz com que o povo dEle se sinta lindo e amado em Sua graça, mesmo quando
eles estão crescendo. Quando nos sentimos cuidados, ficamos confiantes no nosso amor
por Jesus.
H. A verdade sobre a nossa vida inclui muito mais do que o que fizemos de errado. Nossa
obediência começa quando posicionamos nosso coração a sinceramente obedecê-Lo, não
apenas depois de obter vitória plena em uma área da nossa vida. Podemos sentir com
confiança o prazer dEle em cada etapa do processo de crescimento. Jesus não define a
nossa vida pelas nossas lutas. Ele vê mais do que as nossas ações externas. Ele nos
define em como posicionamos nossos corações e por nosso anseio em amá-Lo.
I. O Senhor se relaciona conosco com base na graça. Isso inclui relacionar-se conosco de
acordo com o que ansiamos ser, não de acordo com o que nós falhamos em fazer. Ele vê
o nosso coração mais claramente do que nós mesmos.
5
...nada julgueis...até que venha o Senhor, o qual não só trará à luz as coisas ocultas
das trevas, mas também manifestará os motivos dos corações. Então cada um receberá
seu reconhecimento da parte de Deus. (1 Cor. 4:5)
J. Ele vê as sementes de caráter em nós e chama a existência aquilo que ainda não existe
plenamente com se já existisse. Ele vê a plenitude do nosso amor até quando está em
forma de semente como uma virtude que está florescendo.
17
Deus, e...chama à existência as coisas que não existem, como se já existissem...

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(Rom. 4:17)
K. Quando Israel estava sendo atacada pela poderosa mão do exército Midianita, Gideão se
escondeu dentro do lagar com medo (Juízes 6:11-12). Um anjo apareceu a ele e o
chamou de homem valente. O Senhor viu em Gideão o que ele não podia ver em si
mesmo - sementes de fé e coragem que ele ainda não tinha colocado em prática. O
Senhor nomeou Gideão segundo o que ele iria se tornar no futuro, e ele chegou a ser um
dos grandes líderes militares de Israel.
12
Então o anjo do SENHOR apareceu a Gideão e disse, “O SENHOR está contigo,
homem Valente!” (Juízes. 6:12)
L. Jesus chamou Pedro de rocha ou aquele que era confiável e estável (Mt. 16:18). Ele
sabia que um dia Pedro o negaria, mas Ele viu as sementes de estabilidade em Pedro e
por isso deu-lhe o nome rocha.
M. Nós vemos o “processo de trabalhar” do Senhor na vida de Abraão, dizendo que ele
nunca vacilou em sua fé.
20
Diante da promessa de Deus, não vacilou em incredulidade... (Rom. 4:20)
N. As falhas de Davi são registradas nas Escrituras. Mas o testemunho que Deus dá sobre a
vida Dele foi que Davi fez toda a vontade de Deus e cumpriu o propósito de Deus (Atos
13:22,36).
22
deu-lhes Davi como rei... do qual também testemunhou dizendo, “ Achei
Davi...homem segundo o meu coração, que fará toda a minha vontade...” (Atos
13:22; NAS)
II. SOMOS BELOS PARA DEUS MESMO EM NOSSA FRAQUEZAS(4:1-5)
A. Depois da estação de disciplina da Noiva (3:1-2), O Rei declarou que ela era linda aos
olhos Dele. O Espirito Santo soa um som de trombeta em nossos corações, “Ah! Você é
linda, e Eu te amo.”
1
Ah, como és linda, amada minha! Ah, como és Linda! (Ct. 4:1)
B. O Rei destaca oito traços de caráter que o Senhor quer desenvolver na Sua Noiva (4:1-
5).
1 Olhos de pombas: Olhos de sincera devoção e lealdade ao Senhor

2 Cabelo como cabras: Dedicação a Deus (cabelo pode apontar a submissão ou a
dedicação como a do Nazireu)
3 Dentes como ovelhas tosquiadas: Mastigando a carne da Palavra
4 Lábios como escarlate: Uma fala santificada traz a existência os propósitos

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redentores (escarlates) nas pessoas.

5 Beijos da sua boca: Intimidade com Deus ao receber os beijos da Sua Palavra.
6 As tuas faces atrás do véu: (rosto/semblante): Emoções lideradas pela graça de
Deus.
7 Pescoço como a torre de Davi: Posicionando nossa vontade para obedecer a
Deus sem ter dura cerviz (resistência)
8 Seios como gazelas: O poder de edificar e nutrir a outros com o leite da Palavra
III. COMPROMISSO SEM MEDO DA NOIVA (4:6-8)
A. A Noiva responde as afirmações de sua beleza (4:1-5) posicionando seu coração em

obedecer ao Rei, ao ir as montanhas com Ele (4:6). Ela entra nesta verdade de fato em
Cantares 5-8.
6
Antes que raie o dia e fujam as sombras, irei ao monte da mirra e à colina do
incenso. (Ct. 4:6)
1 O Rei a chama para se levantar e ir às montanhas com Ele em Ct 2:10. Ela se

recusa, dizendo-lhe para voltar e ir às montanhas sem ela. (2:17).
8 10
Aí vem ele! Saltando pelos montes... O meu amado me fala assim:
17
Levanta-te ... e vem. Antes que surja o dia... volta, amado meu, e faze-te
semelhante ao cervo...sobre os montes... (Ct 2:8-17)
2 Em Cantares 3:2, ela concorda em se levantar e ir a cidade, mas não às

montanhas. Aqui, ela se compromete em obedecer indo às montanhas (4:6)
2
Eu vou me levantar e percorrer a cidade; pelas ruas e pelas praças buscarei
aquele a quem o meu coração ama. (Ct 3:2)
B. Mirra: Especiaria usada em cerimônias fúnebres, que tem grande fragrância e fala da
morte de Jesus. Ele ascendeu à montanha de mirra quando foi à cruz. Também a nós é
pedido que carreguemos nossa cruz para negar a nós mesmos ao ascender a montanha da
mirra para obedecer a vontade Deus (Lc. 9:26)
C. Incenso: Incenso em todas as Escrituras se refere a oração (Slm. 141:2; Ap. 5:8). Nós
subimos à colina do incenso, ou nos conectamos em oração para receber forças afim de
subir à montanha da mirra.
D. Irei: A jovem toma uma firme decisão de deixar a zona de conforto para subir a
montanha e andar na vontade de Deus sem medo. Quão belas para Jesus são as palavras
“Eu irei!”
E. Caminho: Cada um tem um caminho, feito a medida, que o Senhor especificamente

escolheu para cada um. Em “nosso caminho” às montanhas encontramos dificuldades
específicas do chamado de Deus para a vida de cada um.

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F. O Rei chamou a Noiva para ir com Ele às montanhas do Líbano (4:8). Com o novo
compromisso dela de ir às montanhas (4:6), agora ela posiciona seu coração como Noiva
Leal. Nos próximos capítulos veremos seu crescimento e a expressão de sua maturidade
em amor.
8
Vem comigo do Líbano, noiva minha, vem comigo do Líbano. Desce do topo do
Amana, do topo do Senir e do Hermom, das covas dos leões, da montanha dos
leopardos. (Ct. 4:8)
G. Leões e leopardos: Ela deve lutar contra leões e leopardos – animais que devoram
humanos. Satanás é um leão que ruge (1Ped 5:8). Este versículo fala de guerra espiritual
(Ef. 6:10-12).
IV. O CORAÇÃO ARREBATADO DE DEUS (4:9-5:1)
A. O coração de Deus foi arrebatado pelo Seu povo (4:9). Este versículo capta uma das
verdades mais significativas de Cantares – que Deus deseja profundamente o Seu povo.
Uma possível definição do coração arrebatado de Deus: extasiar-se de alegria ou Deleite
por alguém que é inusitadamente atrativo.
9
Arrebataste meu coração, minha irmã, noiva minha; arrebataste meu coração (Ct.
10
4:9) Eu sou do meu amado, e o desejo Dele é por mim (Ct. 7:10)
B. Deus nos ama da mesma forma que Deus ama a Deus. A medida do afeto e amor que o
Pai tem por Jesus, é a medida do amor de Jesus por nós. Esta é a maior declaração do
nosso valor.
9
Assim como o Pai me amou, eu também vos amei. (Jo. 15:9)
V. O PARADIGMA CRISTÃO DE DEUS
A. O paradigma cristão de Deus está fundado na revelação da ternura e sentimentos

profundos do Seu amor. A idéia de um Deus como um tenro Pai e Noivo cheio de paixão
foi uma linha de pensamento nova na história religiosa da geração de Jesus (veja o
comentário de William Barclay sobre Heb. 4).
B. Na tradição Judaica, aquilo que era mais enfatizado sobre Deus era sua santidade no
sentido de estar completamente separado de pecado. Eles não acreditavam em um Deus
santo que quisesse participar da experiência humana. Eles achavam Deus incapaz de
participar pelo simples fato de ser Deus. Em outras palavras, eles enxergavam a Deus
como muito superior para ser capaz de experimentar o dilema humano, pela própria
definição de ser Deus.
C. Os Estoicos foram filósofos gregos que acreditavam que Deus não tinha emoções pelos
seres humanos. Eles viam o principal atributo de Deus como sendo apatheia, que
significa a incapacidade de Deus de sentir qualquer coisa. Eles argumentavam que, se

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Deus sentisse tristeza ou alegria, então Ele seria vulnerável a ser ferido e, portanto,
influenciado ou mesmo controlado pelo o que Ele sentia. Eles acreditavam que qualquer
um que afetasse as emoções de Deus seria maior do que Deus por naquele momento.
D. Os Epicureus, outros filósofos gregos, acreditavam que os deuses viviam isolados, em

êxtase eterno. Eles viviam no mundo intermediário e não estavam conscientes dos
eventos que ocorriam na Terra.
VI. O AMOR DE JESUS PELA SUA NOIVA (4:9-10)
A. Jesus ama muito sua Noiva. (4:9-10c). A dupla identidade da jovem Sulamita como sua
irmã e noiva é enfatizada sete vezes (4:8, 9, 10, 11, 12; 5:1, 2). Ser chamada de
esposa/noiva de Jesus fala do desejo Dele de parceria profunda com Seu povo. Ser irmã
de Jesus fala da humanidade Dele e da parceria Dele com seu povo. (Mt. 12:48-50; Heb.
2:11, 17).
9
Roubaste-me o coração, minha irmã, noiva minha. Roubaste-me o coração com um
10
simples olhar, com um simples colar do teu pescoço. Quão deliciosos [belos]são os
teus afagos [amor], minha irmã, noiva minha! Teus afagos são melhores do que o
vinho... (Ct. 4:9-10)
B. Com um simples olhar: O coração de Jesus se move com cada um do nosso “olhar de
devoção e amor”. O mero mover do nosso coração o comove. Nossa obediência começa
quando posicionamos nossos corações para obedecê-lo, não apenas depois de ter a vitória
completa em uma área específica.
C. Com um simples colar do teu pescoço: Na Palavra, pescoço pode referir-se a vontade
própria que resiste a Deus (dura cerviz) ou que submete-se. Espiritualmente, cada colar
do seu pescoço pode representar uma resposta individual de obediência ao Senhor. Cada
decisão que tomamos por amor, move o coração de Jesus. Ele se lembra de cada
movimento de amor que nosso coração faze em direção a Ele.
D. Quão belo é o teu amor: O Senhor considera nosso amor belo ao Seus olhos, portanto,
nossa vida é definida como bem sucedida. Nossa obediência, baseada em amor, traz
grande Deleite ao coração de Jesus.
E. Melhores do que o vinho: O Rei devolve a declaração que ela tinha feito sobre Ele (1:2).
A metáfora do vinho, fala sobre aquilo que emociona o coração. Vinho no contexto do
casamento fala sobre uma bebida de celebração.
VII. A VIDA DA NOIVA NO ESPÍRIO (4:10-15)
A. O Rei teve grande prazer no coração dela (4:10-11).
10
Quão deliciosos são os teus afagos, minha irmã, noiva minha! Teus afagos são
melhores do que o vinho! E a fragrância dos teus perfumes supera a todos os aromas
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11
de especiarias. Os teus lábios, noiva minha, são favos que destilam o mel. Leite e
mel estão debaixo da tua língua, e a fragrância das tuas vestes é como a fragrância do
Líbano. (Ct. 4:10-11)
B. Fragrância dos teus perfumes: Isto pode estar relacionado a mente dela sendo
preenchida com a Palavra de Deus. À medida que a fragrância do perfume invisível
expressa a qualidade interior de uma planta, assim são nossos pensamentos, o aroma da
nossa vida interior. O "cheiro" dos nossos perfumes fala sobre nossos pensamentos
expressos a Deus em nossas orações, meditação na Palavra e desejo de obedecer (Slm.
141:2; Is. 60:6; Ap. 5:8; 8:3-4).
C. Teus lábios destilam mel: Suas palavras são doces como o mel quando em adoração e
oração a Deus (2:14) e quando ela abençoa e encoraja a outros.
D. Fragrância das tuas vestes é como a fragrância do Líbano: Seus atos são fragrância
agradável diante de Deus. Vestes fala dos atos de obediência (Ap. 19:7-8).
E. A dedicação da Noiva ao Rei foi descrita como um jardim com uma nascente e fonte
(4:12). O jardim de um rei era privado, fechado com uma cerca para impedir animais de
poluí-lo. Uma nascente e fonte selada falam de um abastecimento de água imaculado,
não poluído pelos animais.
F. Uma descrição dos frutos da Noiva (4:13-14): A vida e ministério da Noiva foi
comparada a um pomar, com frutos, plantas, árvores e especiarias.
13
De ti brota um pomar de romãs, com frutos excelentes e flores de hena* e nardo,
14
nardo e açafrão, cálamo e canela, com todo tipo de madeiras aromáticas, mirra e aloés,
com todas as principais especiarias. (Ct. 4:13-14)
G. O ministério do Espírito na vida da Noiva é descrito como uma fonte, um poço, águas
correntes (4:15). Essas três fontes de águas, pode ser relacionada a três formas diferentes
de experimentar o Espírito nas nossas vidas.
VIII. O CLAMOR DA NOIVA PARA EXPERIMENTAR MAIS DA PRESENÇA DE DEUS

(4:16)
A. Ela agora tem confiança suficiente na bondade de Deus para oferecer esta importante
oração dupla (4:16). Ela orou para ambos os ventos do norte de adversidade e os ventos
do sul de bênção para que as especiarias da graça pudessem fluir em sua vida. Ela sabia
que ambos desempenhariam um papel importante no seu trajeto em tornar-se um jardim
perfumado. Somente Deus tem a sabedoria para saber a combinação certa dos ventos
norte e sul necessários em cada estação da nossa vida.
16
fragrância Dele. Que o meu amado entre no seu jardim e coma os seus frutos
deliciosos! (Ct. 4:16)
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B. Que o meu amado entre no seu jardim: O jardim do coração dela se tornou o jardim
Dele . Ela agora enxerga sua vida e ministério como jardim Dele ao invés de dela. Jesus
tem uma herança na igreja (Ef. 1:18). Este é o momento decisivo em Cantares. Cantares
1-4 está focado em nós recebendo nossa herança em Deus. Cantares 5-8 está focado em
Deus recebendo sua herança em nós.
C. A Noiva passa a viver debaixo da total propriedade do Rei (5:1). Espiritualmente

falando, Jesus aqui está se regozijando em Sua herança, à medida que Seu povo vive
como sua posse.
1
Entrei no meu jardim, minha irmã, noiva minha, para colher a minha mirra com as
minhas especiarias. Comi o meu favo com o meu mel e bebi o meu vinho com o meu
leite. Comei, amigos, bebei o quanto puderem, ó amados. (Ct. 5:1)

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Sessão 9 A Dupla Provação Definitiva de Maturidade – Revisão
I. O CLAMOR DA NOIVA PELO AUMENTO DA PRESENÇA DE DEUS EM SUAVIDA
A. A oração da Noiva foi que ambos os ventos, o vento norte da adversidade e o vento sul
da bênção, venham sobre o jardim do seu coração para que o aroma da graça (a presença
de Deus) possa, a partir dela, ser derramada sobre outras pessoas. A resposta à sua oração
pela vinda do vento norte veio mediante a dupla provação de Cantares 5:3-7.
16
fragrância dele. Que o meu amado entre no seu jardim e coma os seus frutos
deliciosos! (Ct 4:16)
B. O versículo 16 é um momento decisivo para uma mudança no livro de Cantares. O livro

de Cantares de Salomão possui duas principais seções:
1 O foco de Cantares 1-4 está no povo de Deus como a Noiva que recebe a sua
herança em Deus.
2 O foco de Cantares 5-8 está em Deus como o Noivo que recebe a Sua herança
no Seu povo.
C. O Senhor possui uma herança no Seu povo (Ef 1:18). O jardim do coração da Noiva
torna-se o Seu jardim, à medida que ela vê a sua vida pertencente a Ele ao invés dela
própria.
D. O Rei se revelou a Noiva como o Jesus do Getsêmani (5:2), e pediu que ela Lhe abrisse
seu coração para experimentar novas dimensões de intimidade na comunhão do Seu
sofrimento.
10
para conhecer Cristo... e a participação nos seus sofrimentos (Fp 3:10)
1 Apesar de devermos compartilhar na comunhão do Seu sofrimento, existem

diversas maneiras erradas que o povo de Deus aborda a questão do sofrimento.
Alguns aceitam todo o sofrimento acometido, mesmo quando é um ataque do
inimigo a ser resistido.
2 O Novo Testamento faz referência ao sofrimento, principalmente em resultado
da perseguição por causa de Jesus.
E. A Noiva respondeu em obediência (5:3-5), seguido por uma dupla provação. Primeiro, o
Rei a provou mediante a remoção do senso de Sua presença (5:6), depois Ele permitiu
que as autoridades espirituais a maltratassem e retirassem o seu ministério (5:7).

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II. O CHAMADO PARA UMA INITIMIDADE MAIOR: A COMUNHÃO DO

SOFRIMENTO (5:2)
A. O Rei se descreveu como aquele que sofreu à noite escura e solitária, e com cabelo
coberto de orvalho. Esta descrição aponta para Jesus que suportou a noite escura e
solitária do Getsêmani,
2
Eu dormia, mas o meu coração vigiava. Escutai! É a voz do meu amado! Está
batendo. Abre-me a porta, minha irmã, amada minha, minha pomba perfeita. A minha
cabeça está molhada de orvalho, o meu cabelo, da umidade da noite. (Ct 5:2)
B. Abre-me: O Rei bateu na porta do coração da Noiva (5:2) em resposta a sua oração pelo
vento norte (4:16). O Seu bater na porta é um convite para leva-la adiante a novas
dimensões do Espírito.
20
Estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua
casa e cearei com ele e ele comigo. (Ap 3:20)
C. Eu dormia: Ela descansa confiante na liderança do Rei. O seu coração está despertado
para as coisas espirituais.
D. O Rei a capacitou a abri-Lhe seu coração ao chamá-la de quatro nomes que descrevem
facetas diferentes do amor e devoção da Noiva por Ele. A Sua afirmação fortalece a
determinação dela para obedecê-Lo plenamente.
2
Está batendo. Abre-me a porta, minha irmã, amada minha, minha pomba perfeita...
(Ct 5:2)
1 Minha irmã: Isto significa que Ele se identifica com a humanidade dela. Ele
suportou um sofrimento indescritível para ser semelhante aos Seus irmãos em
todas as coisas (Hb 2:11-17). Jesus nos compreende e se compadece nas nossas
lutas; Ele nos vê com os olhos da compaixão e da misericórdia.
2 Amada minha: Ele a faz lembrar de Seu tenro amor por ela. Experimentar a
afeição de Jesus inspira uma obediência mais consistente, pois uma pessoa
movida por amor irá suportar qualquer coisa para este amor.
3 Pomba minha: A pomba fala de sua unicidade de mente e o amor leal sem
concessões.
4 Minha perfeita (imaculada): O Rei viu que o coração dela está decidido a
obedecê-Lo perfeitamente. Ser perfeito implica em maturidade. Ela possui
obediência em maturidade antes (5:2) e depois (6:9) da provação.
III. A NOIVA RESPONDE A JESUS EM OBEDIÊNCIA COMPLETA (5:3-5)
A. A Noiva respondeu ao se levantar instantaneamente em obediência ao Rei (5:3-5).

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3
Já tirei a minha túnica. Terei de vesti-la novamente? Já lavei os meus pés. Terei de sujá-
los novamente? O meu amado passou a mão pela abertura da porta, e o meu coração
estremeceu por causa dele. Eu me levantei para abrir a porta ao meu amado. As minhas
mãos destilavam mirra... sobre a maçaneta da fechadura. (Ct 5:3-5)
B. O seu amor responsivo ao Rei é visto em toda esta passagem. Ele a chamou de minha
imaculada (5:2) por causa da sua obediência (1) ao se levantar para Lhe abrir o coração
(5:5) desejosa de amor por Ele (5:4) e lançando-se enquanto Ele lhe falava (5:6), (2) ao
estar enferma de amor (5:8) e (3) ao magnificar a Sua grandiosa formosura (5:10-16).
1 A afirmação dEle após esta provação deixa claro que ela respondeu em
obediência (6:4-5).
2 Alguns interpretam o versículo 3 como se fosse uma concessão feita pela
Noiva, ao assumir que a recusa dela de pôr a sua túnica e sujar os pés significa
que ela queria ficar na cama por causa da inconveniência de se levantar.
C. Despir a minha túnica: Ela respondeu em obediência recusando a pôr sua própria túnica
de justiça (5:3). Ela se recusou a vestir a sua própria túnica. Na linguagem do Novo
Testamento, ela retirou a sua túnica e vestiu-se da Sua justiça. A nossa justiça é como um
trapo de imundícia (Is 64:6). Ele nos vestiu com a Sua justiça (Is 61:10). O sumo
sacerdote Josué trocou suas vestes sujas por vestes de salvação (Zc 3:3-5).
D. Já lavei os meus pés: Ela lavou seus pés “na Sua graça” e se recusa a sujá-las novamente
(5:3). Ela recusou a poluir novamente seus pés abrindo concessões. Jesus disse a Pedro
que ele já estava limpo e necessitava somente de limpar seus pés (Jo 13:6-14). Isto fala
da necessidade diária de purificação espiritual.
E. Sua mão pela fresta da porta: A mão de Deus liberou a Sua graça na fresta ou tranca da
porta do coração da Noiva. A tranca sobre o nosso coração fala dos pensamentos e
emoções que afetam nossas decisões. A mão de Deus sobre o Seu povo remete-nos a Sua
graça (At 11:21-23).
4
O meu amado passou a mão pela abertura da porta... Eu me levantei para abrir a
porta ao meu amado. As minhas mãos destilavam mirra... sobre a maçaneta da
fechadura. (Ct 5:3-5)
21
E a mão do Senhor era com eles (em Antioquia)... enviaram Barnabé... Ali
chegando... alegrou- se ao ver a graça de Deus (At 11:21-23)
F. As mãos e dedos gotejando em mirra: A mirra era uma especiaria perfumada para
enterros que muitas vezes fora utilizada no mundo antigo. Seus dedos destilavam mirra,
o que representa uma fé em ação operando de maneiras práticas. Isto fala-nos de morrer
para a ambição egoísta e abraçar a cruz em nossa vida. Isto fala de graça que irá ajudá-la
a abraçar a dificuldade quando vier a dupla provação.
IV. PRIMEIRA PROVAÇÃO: O REI REMOVEU A SUA PRESENÇA MANIFESTA SOBRE

ELA (5:6)

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A. Nesta provação, o Senhor removeu o senso da manifestação de Sua presença sobre o

coração dela (5:6).
6
Eu abri a porta ao meu amado, mas ele já havia partido, já tinha ido embora....
Procurei-o, mas não o encontrei; chamei-o, mas ele não me respondeu. (Ct 5:6)
B. Eu O busquei: Embora ela Lhe buscou fervorosamente enquanto O chamava, não pode
encontrá-lo. Nesta temporada de silêncio divino temporário o Senhor estava treinando-a
e gerando amadurecimento no seu amor.
C. O Senhor ocultou-se temporariamente da Noiva em duas ocasiões no livro de Cantares

(3:1-2; 5:6). Em Cantares 3:1-2, a manifestação de Sua presença foi removida em relação
a desobediência da Noiva, porém, em Cantares 5:6, em relação à obediência madura na
vida dela. Alguns mestres da Bíblia na Idade Média referem-se disto como a noite escura
da alma; isto não é um termo bíblico, mas um termo usado por alguns para se referir da
experiência de Deus suspendendo temporariamente a manifestação de Sua presença
àqueles que andam em obediência.
D. Jesus prometeu nunca nos deixar (Hb 13:5), mas algumas vezes Ele suspende os
sentimentos discerníveis da manifestação de Sua presença para nos provar e gerar maior
maturidade no nosso amor.
5
... porque ele mesmo disse: Nunca te deixarei, jamais te desampararei. (Hb 13:5)
E. Jó, o homem mais justo na terra, foi provado e o resultado foi uma intimidade mais
profunda com Deus (Jó 1:8, 42:5).
8
O SENHOR disse a Satanás: Observaste o meu servo Jó? Na terra não há ninguém
como ele. É um homem íntegro e correto, que teme a Deus e se desvia do mal. (Jó 1:8)
5
Com os ouvidos eu tinha ouvido falar a teu respeito; mas agora os meus olhos te
veem. (Jó 42:5)
F. Quando jovem, Davi andou em obediência (1 Sm 18-19), e repentinamente, adentrou um

período de perseguição e grande desânimo (1 Sm 20-21). Semelhantemente, José
vivendo com fé e em obediência, foi lançado na cova por duas ocasiões enquanto que
Deus o preparava para liderança (Gn 37-50). Estes homens não estavam sendo
disciplinados por causa que abriram concessões em suas vidas, mas provados por causa
dos seus grandes chamados.
17
Enviou um homem adiante deles, José... Feriram-lhe os pés com correntes e o
prenderam a ferros, até o tempo em que sua palavra se cumpriu; a palavra do
SENHOR o provou. (Sl 105:17- 19)
V. SEGUNDA PROVAÇÃO: A NOIVA PERDEU SUA POSIÇÃO DE MINISTÉRIO (5:7)

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A. O Ministério da Noiva foi removido (5:7). Nesta provação está envolvido o seu
ministério ser rejeitado por líderes espirituais, que a atingiram e feriram.
7
Encontraram-me os guardas quando faziam a ronda. Os guardas dos muros
espancaram-me, feriram-me e arrancaram o meu manto. (Ct 5:7)
B. Os guardas: Os guardas ou vigias guardavam os muros da cidade para proteger o povo

de Deus; são as autoridades espirituais sobre as nossas vidas.
C. Tiraram-me o manto: Os líderes lhe tiraram o manto, significando a remoção de sua

cobertura espiritual e, portanto, o lugar de sua função no Corpo (1 Co 11:10).
VI. A RESPOSTA DA NOIVA: ELA ESTÁ ENFERMA DE AMOR E NÃO ESTÁ

OFENDIDA (5:8)
A. A Noiva responde ao Rei em amor e aos outros em humildade (5:8). Em essência, o Rei
estava perguntando-a, “Você será Meu mesmo que eu suspenda as coisas que você deseja
profundamente? Você será Meu quando não conseguir sentir a Minha presença? Você
ainda Me amará e confiará em Mim mesmo quando suas circunstâncias te desapontam?”
A resposta dela foi: “Eu Te amo, confio em Ti, e não estou ofendida.”
8
Ó filhas de Jerusalém, eu as faço jurar: se encontrardes o meu amado, dizei-lhe que
estou doente [enferma] de amor. (Ct 5:8)
B. Ela ficou enferma de amor pelo Rei, ao invés de ficar ofendida com Ele (Mt 11:6). Os
guardas a feriram, mas isto não gerou feridas no seu relacionamento com o Rei.
6
bem-aventurado aquele que não se escandalizar por minha causa [Jesus]. (Mt 11:6)
C. Enfermo de amor por Deus: Isto envolve amar o próprio Jesus mais do que o Seu favor
e benção nas nossas circunstâncias, ministérios, finanças, relacionamentos, etc. Inclui o
desejo profundo por encontrar Jesus mais do que atualmente o fazemos, e estar enfermo
ou afligido por qualquer coisa impede o nosso amor por Ele.
VII. A PRIMEIRA PERGUNTA DAS FILHAS: POR QUE VOCÊ O AMA TANTO? (5:9)
A. No livro de Cantares, as filhas espiritualmente imaturas fazem perguntas a Noiva. Elas

viram que ela estava enferma de amor pelo Rei em meio a suas aflições, ao invés de ficar
ofendida ou deprimida.
9
Que é o teu amado mais do que outro amado, ó tu, a mais bela entre as mulheres?
Que é o teu amado mais do que outro amado, para que assim nos faças jurar? (Ct 5:9)
B. Que é o teu Amado: Em essência, as filhas de Jerusalém perguntaram a Noiva: “Por que
você O ama tanto que jura-nos a ir encontra-Lo? Ele a abandonou. Ele lhe removeu Sua
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presença (5:6) e permitiu que os anciãos te ferissem e removessem de ti o seu ministério

(5:7)” Elas queriam saber por que ela era tão leal a Ele e o que ela sabia ao Seu respeito
que eles não sabiam.
C. Outros amados: As filhas possuíam “outros amados” que consideravam mais

importantes do que Jesus. Outros amados nas vidas de crentes incluem pessoas,
ministério, dinheiro, lazer, prazer, poder, proeminência e conforto. Muitos crentes
sinceros amam estas coisas mais do que Jesus.
VIII. O ESPLENDOR MAJESTOSO DO REI (5:10-16)
A. A Noiva respondeu à pergunta das filhas proclamando a formosura do Rei (5:10-16),

numa das maiores declarações da beleza de Jesus nas Escrituras. A resposta da Noiva
revela o seu espírito de obediência e amor pelo Rei. Ela utilizou metáforas do corpo
humano e imagens agrícolas para transmitir dez atributos da personalidade do Rei, cada
um com duas descrições.
10
O meu amado brilha [radiante ou deslumbrante] ... ele se destaca entre dez mil. A
sua cabeça é como o ouro mais refinado, os seus cabelos são ondulados... Os seus
olhos são como pombas... As suas faces são como um jardim de plantas perfumosas, e
os seus lábios... Os seus braços são como cilindros de ouro... As suas pernas são como
colunas de mármore... Sua aparência é como o Líbano... A sua boca é pura doçura;
sim, ele é totalmente desejável. Assim é o meu amado, assim é o meu amigo... (Ct 5:10-
16)
B. A noiva começou com uma declaração geral de beleza do Rei (5:10), continuou a
desenvolver os dez atributos de sua personalidade (5: 11-15), e terminou com uma
declaração sumária (5:16).
1 Ele é radiante e primeiro: O Senhor é incomparavelmente superior a todos os

outros (5:10)
2 Sua cabeça: A liderança soberana do Senhor sobre todos
3 Seus cabelos: A dedicação dos Senhor a Deus e a Sua Igreja
4 Seus olhos: O infinito conhecimento, sabedoria, entendimento e discernimento
do Senhor
5 Sua face: A composição emocional diversificada do Senhor
6 Seus lábios: A Palavra de Deus
7 Suas mãos: A atividade divina do Senhor
8 Seu Corpo: A compaixão tenra do Senhor
9 Suas pernas: O caminhar e administração do Senhor dos Seus propósitos
10 Seu aspecto: A transmissão da vida de Deus ao Seu povo
11 Sua boca: O relacionamento íntimo do Senhor com Seu povo que se aproxima
d’Ele
12 Ele é totalmente desejável: A formosura excepcional do Senhor (5:16)
C. À medida que nos familiarizamos com estas verdades, somos capazes de declará-las a
Jesus expressando nosso amor por Ele, ao diabo quando ele mente para nós sobre a
natureza de Deus, a nós mesmos na hora da provação e desânimo, e aos outros quando
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eles estão precisando de encorajamento para confiar e amar Jesus.
D. Ela começa com uma declaração geral sobre a formosura de Jesus (5:10). Sua beleza é
fascinante – algumas traduções bíblicas do inglês traduzem “alvo” como “radiante” ou
“deslumbrante”. Ele é rosado (avermelhado), fazendo referência à sua humanidade; Ele
entende a nossa dificuldade, tendo suportado o sofrimento como um homem (Hb. 2: 11-
17). Ele é “o primeiro entre dez mil”, denotando a Sua superioridade incomparável.
10
O meu amado brilha e está moreno; ele se destaca entre dez mil. (Ct 5:10)
E. Totalmente desejável: Em resumo, ela afirma que o Rei é totalmente desejável, e Aquele
a quem ela ama é o seu amigo. Ele não é apenas radiante em majestade, Ele também se
humilhou para ser nosso amigo.
16
sim, ele é totalmente desejável. Assim é o meu amado, assim é o meu amigo... (Ct 5:16)
IX. A SEGUNDA PERGUNTA DAS FILHAS: ONDE ELE ESTÁ? (6:1)
A. A conversa que se iniciou em Cantares 5:8 entre a Noiva e as filhas continua aqui.
Quando as filhas viram o grande discernimento que a Noiva possui a respeito do Rei
(5:10-16), perceberam que ela sabia muito mais do que elas sobre o Rei, e por isso lhe
perguntaram uma segunda vez: onde está seu Amado para que possamos buscá-Lo como
você O busca? Elas queriam conhecê-Lo como ela O conhece.
1
Para onde foi o teu amado, ó tu, a mais linda entre as mulheres? Aonde foi o teu
amado, a fim de que o procuremos contigo? (Ct 6:1)
B. Para onde: A resposta da Noiva em Cantares 5:10-16 provocou mudança na pergunta

das filhas, do que Ele é? (5:9) para onde podemos encontrá-Lo? Em outra ocasião, a
Noiva tinha pedido as filhas para ajudá-la a encontrar o Rei (5:8); agora isto se inverte,
são as filhas que lhe pedem para ajudá-las a encontrar o Rei (6:1).
C. A provação da Noiva resultou em mudança dramática na vida dos outros. Nós nunca
sabemos quem está nos assistindo quando amamos e confiamos em Jesus em meio as
nossas dificuldades, ou como a nossa obediência amorosa pode inspirá-los a encontrar
graça e bênção n’Ele. O Espírito Santo está gerando adoradores apaixonados que
conhecem Jesus de forma que a impactar profundamente outras pessoas e abençoar suas
vidas.
X. JESUS A ELOGIA APÓS O PERÍODO DA PROVAÇÃO (6:4-5)
A. O Rei quebrou o silêncio que se iniciou em Cantares 5:6 e respondeu a Noiva em amor
extravagante revelando-lhe o Seu pensamento durante o momento da dificuldade (6:4-
10). A sua dupla provação agora terminou.

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4
És linda, amada minha, linda como Tirza, bela como Jerusalém, imponente como
um exército e suas bandeiras.
1 Tirza: Ele declarou que ela é formosa como Tizra, cidade capital do reino do
norte de Israel.
2 Jerusalém: Ele declarou que ela é adorável como Jerusalém, a capital espiritual
e política deIsrael.7
3 Imponente como um exército com bandeiras: No mundo antigo, quando um
exército vitorioso retornava da batalha, eles exibiam suas bandeiras em uma
procissão militar. Em Cantares, a Noiva derrota seus grandes inimigos, aqueles
encontrados em seus coração
B. Jesus é “conquistado” pelo amor extravagante da Sua Noiva. Nossos olhos de devoção
tocam o Seu coração. Todos os exércitos do inferno não podem conquistar Jesus, mas os
olhos de Sua Noiva superam, ou Lhe “conquistam” quando ela Lhe é fiel em tempos de
provação. Você sabe a maneira que você move o Seu coração?
5
Desvia de mim os teus olhos, pois eles me perturbam... (Ct 6:5)

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Intercessores
Sessão 10 Jesus A Elogia Após o Período de Provação (Ct 6:4-10)
I. REVISÃO: O CLAMOR DA NOIVA PELO AUMENTO DA PRESENÇA DE DEUS
A. A Noiva orou que ambos os ventos, o vento norte da adversidade e o vento sul da
bênção, venham sobre o jardim do seu coração para que o aroma da graça (a presença de
Deus) possa, a partir dela, ser derramada sobre outras pessoas.
16
fragrância dele. Que o meu amado entre no seu jardim e coma os seus frutos
deliciosos! (Ct 4:16)
B. O Rei chamou a Noiva para ter intimidade com Ele enquanto que lhe aproximava como o
“Jesus do Getsêmani” (5:2) e a pediu para Lhe abrir seu coração para experimentar novas
profundidades de intimidade com Ele.
2
... É a voz do meu amado! Está batendo. Abre-me a porta... amada minha... A minha
cabeça está molhada de orvalho, o meu cabelo, da umidade da noite. (Ct 5:2)
C. A Noiva respondeu em obediência (5:3-5), seguido por uma dupla provação. Primeiro, o
Rei a provou mediante a remoção do senso de Sua presença (5:6), depois Ele permitiu
que as autoridades espirituais a maltratassem e retirassem o seu ministério (5:7). A Noiva
Lhe respondeu com amor (5:8, 10-16)
6 7
Eu abri a porta ao meu amado, mas ele já havia partido, já tinha ido embora....
Procurei-o, mas não o encontrei... . Os guardas dos muros espancaram-me, feriram-
8
me e arrancaram o meu manto. Ó filhas de Jerusalém... se encontrardes o meu
10
amado, dizei-lhe que estou doente [enferma] de amor... O meu amado brilha
16
[radiante] ... ele se destaca entre dez mil. sim, ele é totalmente desejável... (Ct 5:6-8,
10, 16)
D. As filhas lhe fizeram duas perguntas. Em essência, a primeira foi “Por que você O ama
mais do que os outros (5:9)? Ele lhe removeu a Sua presença (5:6) e permitiu que os
líderes lhe ferissem (5:7).”
9
...Que é o teu amado mais do que outro amado, para que assim nos faças jurar? (Ct
5:9)
E. A segunda pergunta essencialmente foi “Como podemos conhece-Lo como você O

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conhece?” (6:1)
1
... Aonde foi o teu amado, a fim de que o procuremos contigo? (Ct 6:1)
II. O REI REVELOU O LUGAR DA NOIVA NO SEU CORAÇÃO (6:4-5)
A. O Rei quebrou o silêncio com a Noiva (6:4-10) iniciada em Ct 5:6. Ele elogiou a sua
beleza, lhe dizendo o Seu sentimento durante o período de sua provação e como ela
moveu o Seu coração (6:5).
4
És linda, amada minha, linda como Tirza, bela como Jerusalém, imponente como um
exército e suas bandeiras. Desvia de mim os teus olhos, pois eles me perturbam... (Ct
6:4-5a)
B. Linda como Tirza: Tirza era uma das cidades mais atraentes do mundo antigo; foi a
cidade capital dos Cananeus antes de Israel ter conquistado a terra (Js 12:24; 1 Rs 15:33;
16:61). Alguns veem esta cidade ser representando simbolicamente pelos gentios
incrédulos. Tirza fala de uma beleza que afeta até os incrédulos. A beleza da Noiva tem
efeito em ganhar incrédulos para Jesus. Eles viram o amor sacrificial da Noiva pelo Rei
enquanto ela desistiu de tudo por causa deste amor.
C. Bela como Jerusalém: O Rei declarou que ela era tão bela como Jerusalém, a capital de
Israel. Deus escolheu esta cidade para ser o lugar do templo de Salomão. Foi o único
lugar na terra abençoado continuamente pela manifestação da presença de Deus (glória
Shekinah no Santo dos Santos). De fato, Deus estabeleceu esta cidade para ser Seu
centro de adoração para o mundo inteiro (Is 2:1-4; Zc 14:16-19). A beleza de Jerusalém
fala da beleza da santidade encontrada na adoração a Deus.
D. Imponente como um exército com bandeiras: No mundo antigo, quando um exército

vitorioso retornava de uma batalha, eles exibiam suas bandeiras num desfile militar. Um
exército derrotado perdia suas bandeiras. A Noiva derrotou seus maiores inimigos,
aqueles no seu coração, portanto, ela é descrita como um “exército vitorioso com
bandeiras” porque ela não cedeu ao pecado ou a incredulidade do período de sua
provação.
E. Esta é uma das grandes afirmações em Cantares. O Rei não estava pedindo para que ela
literalmente desviasse d’Ele o seu olhar. Ele estava falando poeticamente do impacto de
seu amor por Ele. Mesmo quando sentimos nada em período de provação, Ele está
profundamente tocado quando olhamos para Ele com olhos de amor. Amar Jesus inclui
cultivar uma conversa constante com Ele no qual expressamos nossa gratidão com
afeição e intenção de obedecer e confiar em Sua liderança e Palavra.
5
Desvia de mim os teus olhos, pois eles me perturbam (conquista)... (Ct 6:5)
F. O que é que “conquista” o coração do Rei? A grandeza das estrelas, oceanos e

montanhas não, e vastos exércitos de homens ou demônios são como nada diante d’Ele.

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Ele é “conquistado” por nosso amor quando somos fiéis a Ele, amando e confiando em
Sua liderança, especialmente em tempos de provação e dificuldade.
G. Você sabe a maneira pelo que você O move? Oh, a maravilha de mover o coração de
Deus através do nosso amor, mesmo sendo fraco. Ele é “conquistado” por pessoas fracas
e quebradas que sinceramente O amam. Os movimentos do nosso coração são tão
importantes para Deus, são até registrados em Seus livros.
8
Tu contas minhas aflições; põe minhas lágrimas no teu odre; não estão elas
registradas no teu livro? (Sl 56:8)
III. III. A MATURIDADE ESPIRITUAL DA NOIVA (6:5c-7)
A. A. O Rei descreveu a maturidade da Noiva (6:5c-7), destacando três facetas de sua

personalidade representados por seu cabelo, dentes e face. São as mesmas qualidades que
Ele a afirmou anteriormente como virtudes que brotam (4:1-3). Agora, nela foram
amadurecidas. A dupla provação de Cantares 5:6-7 foi frutífera.
5
O teu cabelo é como um rebanho de cabras que vêm descendo pelas colinas de
Gileade. Os teus dentes são como um rebanho de ovelhas que sobem do lavadouro, e
das quais cada uma tem gêmeos, e nenhuma delas está sem cria. As tuas faces, por
trás do teu véu, são como as metades de uma romã. (Ct 6:5c-7)
B. Cabelo: O cabelo da Noiva fala de sua dedicação a Deus. O cabelo do Nazireu era sinal
externo de sua dedicação a Deus (Nm 6). O monte Gileade foi um lugar abundante onde
as cabras foram alimentadas abundantemente. A dedicação da Noiva é o resultado de ser
bem alimentados na Palavra de Deus.
C. Dentes: Os dentes falam de maturidade em ter a capacidade de mastigar alimentos

sólidos e receber a “carne” da Palavra (Hb 5:12-14). Crianças pequenas não possuem
dentes e por isto são alimentados apenas com leite (1 Co 3:1-3).
D. Face: A face da Noiva fala de suas emoções. A palavra hebraica traduzida como face
também pode ser traduzida como bochechas. A face, ou bochecha, expressa nossas
emoções; podemos ver a raiva, alegria, felicidade e tristeza na face de alguém; é a janela
para as emoções de uma pessoa.
IV. O LUGAR DA NOIVA NO CORTE DO REI (6:8)
A. O Rei respondeu, revelando-lhe o lugar que ela tinha em Sua corte (6:8). A Noiva é
preeminente em honra entre as gloriosas hostes angelicais no corte celestial de Jesus.
8
Pode haver sessenta rainhas, oitenta concubinas e incontáveis virgens, mas única é a
minha pomba perfeita. Ela é única de sua mãe, a predileta da que a deu à luz... (Ct
6:8-9)
B. Naqueles dias, o corte de um rei incluía seu harém, composta por mulheres de várias
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hierarquias. Neste poema, o corte real terrena do rei Salomão simboliza o corte celestial
(serafins, querubins, arcanjos, etc.). A Noiva de Jesus tem mais honra do que todas as
hostes em Sua corte celestial (Ap 4). Jesus é cercado por seres gloriosos com diferentes
hierarquias, mas a Sua Noiva está acimas de todos eles.
C. O Rei mencionou três posições de honra em sua corte: rainhas, concubinas e virgens.
1 Rainhas: A esta altura do Cântico, Salomão tinha 60 esposas, que eram todas
rainhas. Ao final de sua vida, ele teve 700 esposas (1 Rs 11:3), mas nenhuma
delas teve a mesma honra como a Sulamita, que foi a mais favorecida e honrada
entre todos as suas rainhas.
2 Concubinas: As concubinas de um rei tinham menos honra de que as rainhas,
mas elas ainda tinham muita honra, porque elas legalmente faziam parte da
família do rei.
3 Virgens: Embora não seja legalmente parte da família do rei, as virgens tinham a
honra de trabalhar e viver no corte real como um “membro da equipe”.
V. O FAVOR E A ESTATURA EXCLUSIVA DA NOIVA (6:9)
A. O Rei descreveu o favor e a estatura exclusiva da noiva (6:9). “Minha pomba” fala de
sua singeleza de coração e de sua caminhada no Espírito. “Minha única perfeita” fala de
sua maturidade espiritual.
9
mas única é a minha pomba perfeita. Ela é única de sua mãe... (Ct 6:9)
B. Única: De todos as hostes no corte celestial de Jesus, Ele tem apenas uma Noiva. A
palavra “única” pode ser traduzido como “uma só” ou apenas “única”. Ela é
incomparável e sem rival.
C. Os redimidos são coroados de glória e honra por estar unidos ao coração de Jesus e com
status elevado. Uma visão reduzida de Deus, inevitavelmente produz uma visão reduzida
da salvação, resultando numa visão reduzida do povo de Deus. Uma visão elevada de
Deus e de Sua glória gera a uma visão elevada de quem sãos os redimidos em Cristo.
7
... o coroaste de glória e honra, todas as coisas lhe sujeitaste debaixo dos pés... 2.10
Porque era preciso... trazer muitos filhos à glória... (Hb 2:7-10)
21
... todas as coisas são vossas... seja o mundo, a vida, a morte, as coisas presentes, as
futuras; todas as coisas são vossas, e vós sois de Cristo, e Cristo, de Deus. (1 Co 3:21-
23)
D. Em Ef 1:18, Paulo ora ao Senhor para nos permitir ver como Ele vê e valoriza as
pessoas.
18
... para que saibais... quais são as riquezas da glória da sua herança nos santos. (Ef
1:18)
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E. Jesus deseja que Sua companheira eterna esteja junto com Ele e experimenta Sua glória
(Jo 17:24).
24
meu desejo é que... estejam comigo onde eu estiver, para que vejam a minha glória...
(Jo 17:24)
VI. A NOIVA COMO A CO-HERDEIRA NO REINO (6:10)
A. O Rei declarou a posição da Noiva como uma co-herdeira do reino (6:10), expressando
sua beleza em quatro metáforas, comparando-a a objetos celestiais como Ele a comparou
com cidades terrenas (6:4).
10
Quem é essa que desponta como o alvorecer, bela como a lua, brilhante como o sol,
imponente como um exército e suas bandeiras? (Ct 6:10)
B. Quem é esta: Esta pergunta retórica aponta para sua preeminência. Na interpretação
espiritual, eu vejo o Espírito falando. Três vezes a mesma pergunta é feita: “Quem é
esta?” (3:6; 6:10; 8:5)
C. Desponta como o alvorecer: O ministério da Noiva “parece”, ou brilha, como a alva.

Depois da noite, a luz do sol da manhã brilha com grande esperança. A Igreja nesta era
funciona como o sal e a luz (Mt 5:13-16), enfatizando o impacto que o povo de Deus
deve ter sobre os indivíduos e a sociedade (governo, militar, economia, educação, meios
de comunicação, artes, tecnologia, etc.).
D. Bela como a lua: O ministério da Noiva brilha em justiça, é tão linda como a lua. A lua
foi estabelecida por Deus para fornecer a luz durante a noite (Gn 1:14-19). A lua possui
luz própria, mas reflete a luz do sol. A Igreja libera a luz de Deus em um mundo caído e
em trevas à medida que trabalhamos juntos em unidade na evangelização e
transformação de nossa cultura (Fp 2:15).
16
E Deus fez os dois grandes luminares: o luminar maior [sol] para governar o dia e
o menor [lua] para governar a noite; fez também as estrelas. (Gn 1:16)
E. Brilhante como o sol: O ministério da Noiva na era vindoura será tão claro, ou brilhante
como o sol. A Igreja vai refletir a luz de Jesus na Nova Jerusalém, onde Jesus será o sol
(Ap 21:11, 23). A Igreja reinará com Jesus e reflete a Sua luz no tempo e eternidade (Is
60:1-3, 19-20; 24:23; 59:19; 62:.1; Dn 12: 3; Ml 4:2; Mt 5:14-16; Jo 8:12; 1 Co 15:41-
42.; 2 Co 4:6; Fp 2:15).
23
A cidade [Nova Jerusalém] não necessita nem do sol, nem da lua, para que nela
brilhem, pois a glória de Deus a ilumina, e o Cordeiro é a sua lâmpada. (Ap 21:23)
11
com cuja glória ela resplandecia ... como se fosse jaspe cristalino (Ap 21:11)

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F. Imponente como um exército com bandeiras: O papel governamental da Noiva na era

vindoura é tão impressionante como um exército vitorioso que triunfa sobre todos os
que se opõem.
G. A Noiva vai reinar para sempre no governo do Reino de Jesus (Dn 7:27; Ap 3:21),
27
... a grandeza dos reinos... serão dados à multidão dos santos do Altíssimo... (Dn
7:27)
21
Ao vencedor, eu lhe concederei que se assente comigo no meu trono... (Ap 3:21)

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Sessão 11 A Reivindicação e Parceria da Noiva com Jesus

(Ct 6:11-8:4)
I. VISÃO GERAL 6:11-8:4
A. Ao entender o valor que tem para o Rei (6:4-10), a Noiva aprendeu a perceber o valor
que outras pessoas têm para o Rei. Ela percebeu que eles também são o Seu jardim e a
Sua herança. Ela se comprometeu a servir os mais imaturos no jardim de Deus (6:11) e
foi envolvida de amor pela Igreja (6:12).
B. Após período de parceria com o Rei servindo os outros (6:11-12), a Noiva foi perseguida
à medida que recebeu diferentes reações (6:12). A Noiva foi reivindicada pelas filhas
(7:1-5), depois pelo Rei que liberou imensa graça na vida dela (7:6-9). Em seguida,
vemos uma descrição de parceria madura da Noiva com o Rei (7:10-8:4).
C. O principal chamado para cada ministério é conhecer a Deus e fazê-Lo conhecido,

trabalhando em conjunto com outros para edificar a Igreja e se envolver na Grande
Comissão para fazer discípulos.
18
edificarei a minha igreja, e as portas do inferno* não prevalecerão contra ela. (Mt
18:18)
19 20
ide, fazei discípulos de todas as nações... ensinando-lhes a obedecer a todas as
coisas (Mt 28:19-20)
II. O COMPROMISSO DA NOIVA EM SERVIR A IGREJA E FAZER DISCÍPULOS (6:11)
A. A Noiva se comprometeu a ministrar àqueles que são menos maduros espiritualmente

(6:11). Em outras palavras, ela dispôs seu coração para servir a Igreja e fazer discípulos
de crentes mais jovens.
11
Desci ao bosque das nogueiras para ver os renovos do vale, para ver se floresciam
as videiras e se as romãs estavam em flor. (Ct 6:11)
B. Floresciam: Ela dispôs seu coração para servir os imaturos que estavam apenas
começando a brotar e apresentar frutos. Ela vê a vinha de Deus sem muita fruta madura.
Ela valorizava as virtudes de brotamento nos outros assim como o Senhor uma vez
valorizou a virtudes de brotamento em sua vida (4:1-5). O seu entusiasmo com os outros
fluiu de ao conhecer o entusiasmo que Ele tem por ela enquanto ainda imatura.
C. Desci: A Noiva desceu ao jardim de Deus para nutrir as plantas que estavam brotando.

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Ela disse: “Sim!” para fazer discípulos. Nós podemos “descer” para servir em nossa
vizinhança.
D. Jardim e vinha: A vinha, videira e jardim representam o povo de Deus (Is 5; Jo 15, 1 Co
3:9). O renovo representa o frescor esverdeado da vegetação florescente. A Noiva desceu
para ver o crescimento do jardim de Deus no meio do vale deste mundo caído.
E. O coração da Noiva para servir os novos significa mais do que servir para encontrar um
lugar de reconhecimento e sentir-se melhor sobre nós mesmos. Este é um chamado para
doar-nos a outros, porque nós os vemos como a herança do Senhor, e não como uma
oportunidade de abertura de portas para nós ou a elevação do status do nosso ministério.
III. O AMOR PELA IGREJA DE DEUS APODEROU-SE DA NOIVA (6:12)
A. A Noiva foi apoderada de amor pelo povo do Rei (6:12). Espiritualmente falando, a
Noiva ama a Igreja. Enquanto no vale trabalhando com a vinha em brotamento, a sua
alma se tornou como os carros (carruagens) do seu povo nobre, descrevendo o zelo que
ela sentia por outros na Igreja.
12
Antes de eu perceber algo, a minha imaginação me pôs nos carros do meu nobre
povo. (Ct 6:12)
B. Carros (Carruagem): A alma dela se movia como uma carruagem veloz. No mundo
antigo, uma carruagem era a maneira mais rápida de viajar com bagagem. As melhores
carruagens pertenciam a famílias nobres e reais. A sua alma foi feita semelhante a uma
carruagem de um rei que se movia rapidamente. Ela encontrou um forte desejo de servir
o povo de Deus. Em vez de protelar por causa da imaturidade, orgulho e falta de
discernimento destas “videiras em brotamento”, ela se surpreendeu com a terna
compaixão e zelo que ela sentia por eles.
7 8
... como a mãe que acaricia os próprios filhos. Assim, devido ao grande afeto por
vós, estávamos preparados a dar-vos... a própria vida, visto que vos tornastes muito
amados para nós. (1 Ts 2:7-8)
C. Antes de eu perceber: Este novo e repentino movimento do seu coração para com os
outros a surpreendeu.
D. Jesus ama toda a Igreja, Ele deseja que todo crente receba ajuda para alcançar
maturidade (Cl 1:28). Ele quer que seu povo valorize a Igreja inteira, e não apenas uma
pequena parte sob sua autoridade. O Senhor está conduzindo a Igreja à unidade (Jo
17:21) e gerando pastores que se preocupam com seus propósitos mais amplos em toda a
Igreja ou para todas as igrejas (2 Co 11:28).
28
... ensinando todo homem... para que apresentemos todo homem perfeito em Cristo.
(Cl 1:28)

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28
ainda pesa diariamente sobre mim a preocupação com todas as igrejas. (2 Cor
11:28)
IV. AS DUAS RESPOSTAS DA IGREJA A NOIVA (6:13)
A. Depois de uma temporada de parceria com o Rei em servir a outros (6:11-12), ela
recebeu duas respostas do povo do Rei. Alguns a aceitaram totalmente (6:13a), enquanto
outros responderam com sarcasmo (6:13b). A aplicação espiritual: o estilo de vida de
dedicação da Noiva é adotado por parte da Igreja (6:13a), enquanto a outra parte a
persegue e a rejeita (6:13b).
13
Volta, volta, Sulamita; volta, volta, para que nós te vejamos. Por que quereis olhar
para a Sulamita como para a dança de Maanaim? (Ct 6:13)
B. Para que nós te vejamos: A primeira resposta foi de respeito e admiração. Em

momentos antes, as filhas de Jerusalém queriam buscar o Senhor com a Noiva (6:1).
Aqui elas urgentemente expressam este desejo de aprender com ela ao chamá-la quatro
vezes para lhes retornar. Elas queriam que ela lhes retornasse dos seus trabalhos no
jardim no vale, visto em Cantares 6:11-12.
C. Por que quereis olhar para a Sulamita: A segunda resposta foi sarcástica,
provavelmente vindo dos guardas invejosos que recentemente a atingiram e a feriram,
visto em Cantares 5:7. Aqui eles sarcasticamente desafiam o respeito das filhas pela
Noiva, ao perguntar: “O que você vê na Sulamita?”, ou “Por que você quer que ela
volte?” Eles enfraquecem o desejo de olhar a ela para obter absorção espiritual.
D. A dança de Maanaim: Isto fala do conflito entre as filhas e os guardas com relação as
visões a respeito da Noiva. A versão JFA RC traduziu como “fileiras de dois exércitos”.
Outras versões no inglês, traduzem como “dança de dois exércitos”, “a dança de duas
companhias” ou “campo de Maanaim”, Maanaim foi uma cidade associada ao conflito
entre dois irmãos, Jacó e Esaú (Gn 32).
E. A dança: Isto fala da interação entre dois campos ou companhias dentro da Igreja com
relação ao zelo da Noiva por Deus. Jesus trouxe divisão entre os zelosos por Deus e
aqueles que não eram (Mt 10:34-36). O Senhor vai unificar a Igreja à medida que Ele
confronta as concessões que estão na Igreja. Há sempre duas posições extremas no corpo
de Cristo, aqueles que buscam Jesus com fervor e aqueles que não o fazem. A inteireza
de coração é o cerne entre algumas divisões.
3
Não penseis que vim trazer paz à terra; não vim trazer paz, mas espada.
35
Porque vim causar hostilidade entre o homem e seu pai, entre a filha e a mãe, entre
a nora e a sogra (Mt 10:34-35)
V. A NOIVA É REIVINDICADA POR CRENTES SINCEROS (7:1-5)

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A. Essa passagem responde à pergunta sarcástica, “Quem é a Sulamita?” A noiva é

primeiramente reivindicada por crentes sinceros (7:1-5), e depois pelo Rei (7:6-9). O
Espírito suscita outros crentes sinceros que vão ficar ao lado e reivindicar aqueles que
buscam o Senhor com inteireza de coração.
1
Como são bonitos os teus pés calçados com sandálias, ó filha de príncipe! As curvas
2
dos teus quadris são como joias... O teu umbigo é como uma taça redonda... A tua
3
cintura é como um monte de trigo, cercado de lírios. Os teus seios são como dois
4
filhotes de corça... O teu pescoço é como uma torre de marfim; os teus olhos como as
5
piscinas de Hesbom... o teu nariz é como a torre do Líbano... A tua cabeça erguida
(coroada) é como o monte Carmelo, e os cabelos da tua cabeça como a púrpura; o rei
caiu prisioneiro das tuas tranças. (Ct 7:1-5)
B. As filhas destacaram dez características da Noiva (7:1-5):
C. Pés: Seus pés calçados de sandálias simbolizam evangelismo (Is 52:7; Ef. 6:15).
D. Quadris: Os quadris ou pernas dela falam da força no seu caminhar em Deus.
E. Umbigo: O umbigo fala do alimento que uma criança recebe no ventre de sua mãe. Isto
pode se referir aos nossos anos de formação no Senhor como o tempo em que a nossa
vida interior em Deus é desenvolvido.
F. Cintura: As filhas veem a Noiva como preparada para colheita que virá.
G. Seios: Seios falam da habilidade de alimentar outros.
H. Pescoço: Nas Escrituras, o pescoço fala da vontade que pode ser uma dura cerviz
(resistente) ou submissão. A vontade da noiva é como uma torre de marfim, rara e
dispendiosa, que também protege.
I. Olhos: Os olhos falam da habilidade de receber entendimento (Ef 1:18).
J. Nariz: O nariz fala de discernimento.
K. Cabeça: uma vida de pensamento cheio de pensamentos reais – ser elevado como o
Monte Carmelo (Is 35:2).
5
A tua cabeça erguida (coroada) é como o monte Carmelo, e os cabelos da tua cabeça
como a púrpura; o rei caiu prisioneiro das tuas tranças. (Ct 7:5)
VI. A NOIVA É REINVIDICADA PELO REI (7:6-9A)
A. O Rei reivindicou a Noiva através da liberação de uma medida elevada da graça sobre e
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através da vida dela (7:6-9a). O Rei lhe deu um comissionamento tríplice para o
ministério: cuidar dos outros, liberar a presença do Espírito e manter sua intimidade com
o Rei (7:8-9a).
6 7
Como és linda! Como és bela, ó amor em delícias! O teu porte é como o de uma
8
palmeira, e os teus seios, como os cachos de uvas. Eu disse: Subirei a palmeira e
colherei os seus frutos. Sejam os teus seios como os cachos da videira, o aroma do teu
fôlego como o das maçãs, e os teus beijos como o bom vinho (Ct 7:6-8)
B. Quão aprazível: O coração do Rei está cativo pela Noiva (7:5) ao dizer (7:6) “Quão
formosa e quão aprazível és, ó amor em delícias!” (JFA RA). Jesus se deleita no amor do
Seu povo.
C. Pegarei: O Rei prometeu pegar ou colher Seu povo ou liberar uma manifestação imensa
de Sua presença através deles. O Rei segurou ou pegou a Sua Noiva e a comissionou de
três maneiras: nutrir os outros, liberar o Espírito e manter a sua intimidade com o Rei
(7:8-9).
8
... Sejam os teus seios como os cachos da videira, o aroma do teu fôlego como o das
maçãs, e os teus beijos (boca) como o bom vinho (Ct 7:8)
D. Seios como cachos: O Rei a comissionou a cuidar dos outros no poder do Espírito. Seus
seios eram para alimentar os bebês como uma videira ou com a dimensão da atividade do
Espírito.
E. Fôlego com o das maçãs: Ele a chamou para deixar a fragrância do seu fôlego refrescar
outros como as maçãs. Seu fôlego fala de sua vida interior. Maçãs fala de frescor (2:3).
F. Beijos como o bom vinho: Ele a comissionou para que deixe sua boca ser como o melhor
vinho para Deus. A boca em Cantares fala da intimidade dos beijos da boca (1:2; 4:3;
5:16).
G. Bom vinho: O vinho fala das influências do Espírito (Ef 5:18). Nosso amor é o “melhor
vinho” ou o que gera maior alegria para o coração do Rei (4:10).
10
Quão deliciosos são os teus afagos... Teus afagos são melhores do que o vinho! (Ct
4:10)
VII. A PARCERIA MADURA DA NOIVA COM JESUS (7:9b-8:4)
A. A Noiva descreveu quatro aspectos de sua caminhada em parceria de maturidade com o

Rei (7:9-8:4): sua obediência instantânea (7:9b-10), sua intercessão por mais poder
(7:11-13), sua ousadia e humildade no ministério em público (8:1-2) e sua união
ininterrupta com Ele (8:3-4).

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B. Vinho que se bebe suavemente: A Noiva expressou seu entusiasmo para obedecer ao Rei
dizendo: “O vinho se bebe suavemente”. Na linguagem poética do amor, isto se refere
dela estar instantaneamente em acordo com a liderança do Espírito. O vinho do Espírito
irá descer suavemente, porque ela O recebe sem resistência ou sem engasgar (Ef 5:18).
9
vinho para o meu amado, vinho que se bebe suavemente, e que escoa pelos lábios de
10
quem está adormecendo. Eu sou do meu amado, e o desejo dele é por mim. (Ct 7:9)
C. Meu amado: Ela se referiu ao Rei como “meu amado”, indicando que ela obedeceu o
Espírito por amor a Deus. Quando a obediência é difícil, nós confessamos: “O vinho
desce suavemente, porque Tu és o meu Amado e porque eu te amo, Jesus.”
D. Lábios de quem está adormecido: O Espírito deseja despertar os crentes que estão
dormindo espiritualmente (Ef 5:14) e irá ministrar através dela para reavivá-los.
E. Escoa: A prova de que o Espírito despertou os adormecidos é que sua fala é posta
debaixo de Sua liderança. Ele irá movê-los para que falem de forma pura e ousadamente
em justiça.
F. Suavemente: O Espírito nos corteja gentilmente para falar em Seu nome, dando-nos
impressões sutis ou esvanecidos. Ele nos chama para um amor voluntário por Ele, à
medida que Ele nos move suavemente sem violar o nosso livre arbítrio.
G. Sua obediência é fortalecida ao ver a si mesma como pertencente e desejada pelo Rei
(7:10)
10
Eu sou do meu amado, e o desejo dele é por mim. (Ct 7:10)
H. O desejo dele é por mim: O tema mais proeminente em Cantares é o desejo do Rei por
seu povo. Ela cresceu fortalecida, ao ver Sua afeição e prazer por ela (1 Jo 4:19).
I. Eu sou do meu Amado: Ela se viu pertencendo ao Rei e debaixo de Sua liderança. Ela
recebeu discernimento que ela é de propriedade do Rei (1 Co 6:20). Ela serviu a Deus
sem se preocupar com o que aconteceria com ela. Seu foco estava sobre Ele. O que Ele
deseja é o que ela mais valoriza.
J. A parceria da Noiva é expressa na oração por eficácia no trabalho em equipe e parceria

(7:11-12).
11 12
Vem, meu amado, vamos para o campo, passemos a noite nos povoados. Cedo
iremos para as vinhas, para ver se já florescem as videiras, se estão abertas as suas
flores e se as romãs já estão em flor; ali eu te darei o meu amor. (Ct 7:11-12)
K. Vem: A Noiva se comprometeu de ir aos campos da colheita e orou para que o Rei viria

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com ela no sentido de liberar Sua presença através de seus trabalhos (7:11-12).
Espiritualmente falando, ir aos campos fala de ir aos campos de colheita (Jo 4:35).
35
Levantai os olhos e vede os campos já prontos para a colheita. (Jo 4:35)
L. Vinha em brotamento: As vinhas em brotamento, as flores de uva, e as romãs

florescendo falam de pessoas diferentes e ministérios que precisam de trabalho diligente
no ministério para crescer (4:12, 13; 6:11).
M. Vamos: Três vezes ela orou no plural: “vamos, passemos, iremos (7:11-12), indicando
que ela trabalhou em parceria com o Rei. Ela mudou a sua linguagem de “ Eu desci”
(6:11) para “vamos”.
20
Então, saindo os discípulos, pregaram por toda parte, e o Senhor cooperava com
eles confirmando a palavra com os sinais que os acompanhavam. (Mc 16:20)
N. Cedo: Levantar-se cedo fala de sua fidelidade e diligência na missão que o Senhor lhe
deu. A Noiva caminhou seu ministério e serviço com diligência como fora visto ao
levantar-se cedo para ir ao trabalho muito antes que os outros. Esta é a atitude de um que
possui intendência de Deus. Aqueles que veem seu serviço como apenas um trabalho
procurará chegar tarde e sair mais cedo.
12
Cedo iremos para as vinhas, para ver se já florescem as videiras... (Ct 7:12).
VIII. VIII. ALI EU TE DAREI O MEU AMOR (7:12)
A. A Noiva conheceu sessões de intimidade ininterrupta com Jesus em meio ao ministério.
11
Come Vem, meu amado, vamos para o campo, passemos a noite nos povoados.
12Cedo iremos para as vinhas... ali eu te darei o meu amor. (Ct 7:11-12)
B. Ali: Ela aprendeu a amá-Lo no lugar do trabalho abnegado, decepções e maus-tratos. É

fácil tornar-se amargo, decepcionado, esgotado ou preocupado com a forma como
estamos sendo tratados enquanto servindo aos outros no campo. Nós podemos nos
afastar da nossa intimidade com Jesus em meio aos rigores e desilusões do ministério. É
muito mais fácil dar a Jesus o nosso amor à mesa do banquete sob a árvore com sombra
(2:3-4), sem as pressões de servir aos outros.
C. Paulo trabalhou no ministério mais do que todos os outros apóstolos e sofreu grandes
dificuldades.
10
...De fato, trabalhei muito mais que todos eles, todavia não eu, mas a graça de Deus
que está comigo. (1 Co 15:10)
D. A Noiva queria que Rei gozar o fruto do seu trabalho em parceria com Ele (7:13). A bela
fragrância das mandrágoras fluiu à medida que trabalharam juntos na colheita. O impacto
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de seu ministério foi um fruto agradável. Há alegria em saber que o fruto do nosso
ministério é agradável para o Rei. Jesus falou em tirar do nosso tesouro aquilo que é
velho e novo (Mt 13:52).
12 13
... ali eu te darei o meu amor. As mandrágoras exalam o seu perfume, e à nossa
porta está todo tipo de frutos excelentes, frescos e secos, que guardei para ti, ó meu
amado. (Ct 7:12-13)

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Sessão 12 O Selo Nupcial do Amor Maduro (Ct 8:5-14)
I. INTRODUÇÃO
A. Cantares 8:5-7 resume a jornada e o destino da Noiva ao cultivar um coração apoiado no

Amado e ao tornar-se vitoriosa nem amor, além de descrever o ápice da nossa
experiência no amor de Deus.
5
Quem é esta que vem subindo (vitória) do deserto (provação), apoiada no seu
6
amado?... Põe-me (Jesus) como selo sobre o teu coração... porque o amor é forte
como a morte... (Ct 8:5-6)
1 O tema de Cantares é o Rei que sela o coração de Sua Noiva com o Seu amor
ardente.
2 Cantares 8:5-7 fala da unção do Espírito que revela e transmite o amor de Deus
ao Seu povo.
B. A jornada da Noiva começou com um clamor pelos beijos da Palavra de Deus (1:2) e
terminou com um selo de amor ardente. Esta passagem finaliza a progressão da paixão
santa, a Noiva vivendo vitoriosa em amor maduro.
C. A prioridade na agenda do Espírito é estabelecer o primeiro mandamento em primeiro

lugar na Igreja.
D. O mandamento de amar a Deus com todo o nosso coração não começa conosco. É uma
expressão da realidade máxima do reino que existia muito antes da criação do mundo, ou
seja, do coração de Deus que arde com amor perfeito em meio a comunhão das três
pessoas da Trindade.
1 Desde a eternidade passada, Deus tem amado a Deus com todo Seu coração. O
Pai ama o Filho; Jesus ama o Espírito, etc. Deus é satisfeito plenamente na
comunhão em meio a Divindade.
2 Entendemos melhor o primeiro mandamento por vê-lo em seu contexto eterno
da comunhão na Divindade, ao invés de vê-lo como um aspecto da ética do
reino.
E. Nosso maior destino é participar no amor que é compartilhado na dinâmica familiar da

Trindade. Jesus declarou que Ele ama os redimidos com a mesma intensidade com que
seu Pai O ama (Jo 15:9). Ele também disse que o Pai ama os redimidos com esta mesma
intensidade (Jo 17:23).
9
“Como o Pai me amou, assim também eu vos amei; permanecei no meu amor
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(Jo 15:9)
F. Em julho de 1988, durante a leitura de Cantares 8:6, comecei a orar “Jesus, sela o meu
coração com Seu amor ardente”, então Bob Jones me ligou para dizer que naquele
mesmo momento o Senhor tinha lhe falado audivelmente prometendo liberar uma graça
para caminhar Cantares 8:6-7 em todo o Corpo de Cristo no mundo inteiro. Isto fala da
mensagem do amor de Deus, de Jesus como o Rei Noivo, e do primeiro mandamento ser
vivido em primeiro lugar no Corpo de Cristo. (O primeiro e o segundo mandamento
estão profundamente ligados um ao outro e não pode ser vivida separadamente.) O
Senhor também disse a Bob para eu me concentrar nesta mensagem.
G. Não devemos contentar apenas com os primeiros estágios de experimentar o amor de

Deus, onde Jesus se revela a nós como Salvador (que nos perdoa livremente), como
Provedor (que abençoa nossas circunstâncias), e o Senhor dos Exércitos, ou Capitão dos
exércitos do Céu (que nos usa no ministério em Sua batalha contra as trevas). Ele
também quer O conheçamos como o Rei Noivo que nos ama com todo Seu coração e
mente.
II. VEM SUBINDO EM VITÓRIA (8:5)
A. A Noiva é descrita como subindo do deserto, ou apoiando-se em Jesus, seu Amado.

Sabemos o fim da história, nós vamos subir do deserto, apoiando-nos em nosso Amado.
5
Quem é esta que vem subindo [em vitória] do deserto [provação], apoiada no seu
amado? Debaixo da macieira te despertei; ali esteve tua mãe com dores de parto...
(Ct 8:5)
B. Deserto: Isto fala das provações e tentações que o povo de Deus experimenta no deserto
deste mundo caído. Nas provações do deserto, o Senhor revela o nosso orgulho e
fraqueza.
C. Vem subindo: Isto fala da Igreja ser vitoriosa no amor (8:5). Ela se apresentará vitoriosa
sobre estações desérticas. É um sinal de maturidade espiritual ao perceber mais o nosso
orgulho e fraqueza. O paradoxo da graça é enxergar nós mesmos como fracos na carne,
porém fortes e belos na graça (1:5). Paulo se viu achado fiel por Deus, porém como o
principal dos pecadores (1 Tm 1:12-15).
12 14
... me considerar fiel, pondo-me no seu ministério... a graça de nosso Senhor
15
transbordou. ... Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu
sou o principal (1 Tm 1:12-15)
D. Apoiada: Isto fala da Igreja que cultiva um “coração que se inclina”, ou permanece em
Cristo (Jo 15:4). Como objetivo e fonte de vida, devemos nos inclinar em nosso Amado
enquanto vivemos em união com Jesus. Inclinar-se a Ele inclui conversando com Ele,
olhando para Ele e confiando em Sua liderança amorosa sobre nossas vidas.

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1 Inclinar-se envolve olhar para o Espírito que em nós habita como nossa fonte
de poder à medida que alimentamos da Palavra de Deus. Nós não confiamos na
nossa autodisciplina, nem em nossas vitórias ou fracassos passados.
2 Assim como Jacó que lutou com Deus; A Noiva manca, inclinando-se sobre,
amando a Deus (Gn 32). Ela cultivou o inclinar, mancar e amar. A estratégia do
Senhor em nossas vidas é produzir uma atitude de dependência nEle e união
com Ele (Jr 9:23; 1 Co 1:31.).
3 O Espírito está a preparando a Igreja na identidade espiritual como uma Noiva
amada possuindo um coração amoroso e que sabe inclina-se sobre o Amado.
4 Temos uma resistência natural de inclinarmos sobre Ele. O Senhor vai remover
os “apoios” que inclinamos sobre o falso conforto, sucesso e significância.
5 A estratégia do Senhor é para sermos totalmente dependentes de Deus (Jr 9:23;
1 Co 1:31).
E. O era para ser lembrada que o Rei é a sua fonte de refrigério e vida e que ela vai Lhe
experimentar mais quando for alimentada no contexto da comunhão da Igreja (mãe).
F. Espírito a fez lembrar de sua jornada quando Ele a despertou debaixo da macieira (8:5).
A Noiva
5
Debaixo da macieira te despertei; ali esteve tua mãe com dores de parto... (Ct 8:5)
G. A Noiva se lembra de como o Rei despertou seu coração para o amor no início de sua
jornada quando ela se sentou sob a sombra da macieira refrescante à mesa do banquete
(2:3-4).
3
Como uma macieira entre as árvores do bosque, assim é o meu amado entre os
4
rapazes. Tenho prazer em sentar-me à sua sombra [descansar na graça]... Levou-me
5
ao salão de banquetes, e o seu estandarte [liderança] sobre mim é o amor. Sustentai-
me com passas, confortai-me com maçãs, pois estou doente de amor. (Ct 2:3-5)
III. SELADO COM AMOR ARDENTE (8:6-7)
A. A Noiva pediu ao Rei para selar seu coração e braço com o Seu amor ardente (8:6-7). O
Rei convidou- a para receber o selo de fogo em seu coração (sua mente e emoções) e no
seu braço (seu ministério).
6
Põe-me [Jesus] como selo sobre o teu coração, como selo sobre o teu braço; porque
o amor [ de Deus] é forte como a morte; a paixão tão inflexível [exigente] quanto a
7
sepultura; a sua chama é chama de fogo, labareda flamejante. As muitas águas [
pecado ou pressões] não podem apagar o amor, nem os rios afogá-lo. Se alguém
oferecesse todos os bens de sua casa pelo amor, seria totalmente desprezado.
(Ct 8:6-7)
B. Esta passagem consiste em um comando, uma descrição, uma promessa, e um estímulo.

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1 O comando: para por Jesus como um selo de fogo sobre o nosso coração e
braço
2 A descrição do selo: ser tão forte ou abrangente como a morte
3 A promessa: que nada pode apagar este selo de fogo do amor se nós lhe
rendemos
4 O estímulo: que esta qualidade de dedicação de inteireza de coração vai vibrar
o nosso coração em amor, deixando-nos sem pesar por tanto o que Deus tem
nos dado.
C. Selo: O selo é uma transferência progressiva do Espírito que derrama o amor de Deus em
nosso coração (Rm 5:5). O selo do amor em nosso coração é a nossa relação com o
Espírito no presente. Assim, a nossa comunhão com o Espírito é o selo, não o nosso
registro de vitórias ou fracassos espirituais.
13
... nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa (ef 1:13)
1 No mundo antigo, os reis colocavam um selo de cera sobre documentos

importantes. Eles derramavam cera derretida e, em seguida, carimbavam com o
anel do rei. O selo real falava de propriedade real, proteção e garantia apoiados
pelo poder do seu reino.
2 Este selo é a nossa herança e destino. Devemos determinar que isto é para nós
caminharmos. A liberação do selo de Deus em nossa vida é a glória da Nova
Aliança (Hb 10:16).
D. Põe-me: Para por Jesus em nosso coração é pedir-Lhe intencionalmente para nos
fortalecer pelo Seu Espírito, até as influências do Seu amor sejam progressivamente
transmitidas à nossa mente, emoções e ministério.
1 Pela própria definição de amor, devemos convidá-Lo. Ele não nos forçará numa
relação de amor voluntário. Ele espera até que O convidamos para os assuntos
do nosso coração.
2 Paulo referiu-se a isto como revestir-se do Senhor Jesus ou revestir-se do novo
homem.
14
Mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo; e não fiqueis pensando em como
10
atender aos desejos da carne. (Rm 13:14) vos revestistes do novo homem,
que se renova para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele...
24
revesti-vos do amor, que é o vínculo da perfeição. (Cl 3:10, 14) vos revestir
do novo homem, criado segundo Deus em verdadeira justiça e santidade
(Ef 4:24)
E. Nós colocamos Jesus como um selo sobre o nosso coração buscando Lhe fervorosamente
de várias formas, incluindo oração, jejum, meditação da Palavra e obediência. Estas
disciplinas espirituais, quando feitas com fé e confiança na graça, posicionam nossos
corações diante de Deus para receber livremente mais da atividade do Espírito em nós.

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F. Estas disciplinas espirituais não fazem por merecer o favor de Deus. Analogia:
colocamos nosso coração frio diante da fogueira da presença de Deus ao lhe buscar na
Palavra em espírito e em verdade. Deus nos revela Sua Palavra progressivamente
(pequenas porções) e na proporção do tempo que alimentamos nosso espírito em Sua
Palavra.
G. Oração e jejum não são o selo. É o poder de Deus que nos amacia e muda, e não as
disciplinas espirituais. As disciplinas espirituais somente nos posicionam para poder
receber. Não fazem merecermos o poder de Deus.
H. Forte como a morte: o amor de Deus em nós é tão forte ou abrangente como a morte.
1 A morte reivindica tudo no mundo natural. Seu alcance é abrangente.

2 O amor de Deus não permitirá que qualquer área em trevas escape de seu
alcance
I. Ciúme: Deus é um fogo consumidor com amor ciumento que exige tudo como a
sepultura faz. Com ciúme, o Senhor quer todo o nosso coração, pelos motivos mais
nobres. Nós oramos: “Senhor, nós queremos mais de Ti”. Então Jesus responde dizendo,
“Eu quero mais de você.”
14
...pois o SENHOR, cujo nome é Zeloso, é Deus zeloso (Ex 34:14)
J. Duro como a sepultura: Amor ciumento de Deus é “duro” ou “inflexível”, exigente

como a sepultura. Em outras palavras, o amor de Deus não vai permitir que qualquer área
de fraqueza em nossas vidas escape de Seu alcance. O amor de Deus derramado em
nosso coração vai conquistar todas as áreas de pecado que nós continuamente rendemos
a Ele.
5
... a Escritura diz: O Espírito que ele fez habitar em nós tem muito ciúme? (Tg 4:5)
K. Sua chama: Suas chamas de fogo são as chamas mais veementes ou poderosas. A unção
para amar a Deus é o dom mais poderoso que o Espírito pode transmitir ao coração de
um crente. Os 120 crentes no cenáculo receberam um sinal do batismo de amor ardente
de Deus (At 2:3).
5
... o amor de Deus foi derramado em nosso coração pelo Espírito Santo... (Rm 5:5)
16
...Ele [Jesus] vos batizará com o Espírito Santo e com fogo...(Lc 3:16)
3
E apareceram umas línguas como de fogo... e sobre cada um pousou uma. (At 2:3)
L. Muitas águas: O selo de Deus é comparado a uma chama de fogo divino que não pode
ser apagada pelas águas do pecado, pressão ou perseguição. A água sempre apaga o fogo
a menos que seja o fogo sobrenatural de Deus.
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7
As muitas águas [ pecado ou pressões] não podem apagar o amor, nem os rios
afogá-lo. Se alguém oferecesse todos os bens de sua casa pelo amor, seria totalmente
desprezado. (Ct 8:7)
1 O inimigo envia as águas da tentação, desapontamento ou dor para apagar este

fogo.
2 O amor de Deus, quando se está rendida continuamente, é mais poderoso do
que as inundações de tentação. Este fogo é mais forte que as inundações de
amargura, vício, raiva, imoralidade, etc.
3 Uma inundação fala de grandes problemas, incluindo as perseguições do fim
dos tempos (Ap 12:15; Is 43:1-2.).
2
Quando passares pelas águas, eu serei contigo; quando passares pelos rios,
eles não te farão submergir... (Is 43:2)
IV. A RECOMPENSA DO AMOR É ENCONTRADA EM POSSUIR A CAPACIDADE DE

AMAR (8:7)
A. A maior recompensa do verdadeiro amor se encontra em possuir capacidade de amar

mais. A unção para receber e expressar o amor de Deus é a nossa maior recompensa.
7
... Se alguém oferecesse todos os bens de sua casa pelo amor, seria totalmente
desprezado. (Ct 8:7)
B. Aqueles que são ricos em amor, não olham para as etiquetas de preços. Em outras
palavras, não há sacrifício que é comparável ao que Jesus nos dá no Seu amor.
C. Paulo falou deste amor que paga qualquer preço. Paulo abdicou de seu status, prestígio,
honra e portas abertas de oportunidade.
8
Sim, de fato também considero todas as coisas como perda, comparadas com a
superioridade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor, pelo qual perdi todas
essas coisas. Eu as considero como esterco, para que possa ganhar Cristo (Fp 3:8)
D. Cada um de nós é o único que pode dar a Deus todo o nosso amor. Deus não vai nos
forçar a amá-Lo. É o presente que nós Lhe damos voluntariamente quando cooperamos
com a obra do Espírito em nossas vidas.
E. Qualquer pessoa pode desistir, exceto uma pessoa que está amando. Quando somos
tentados a desistir, o obstáculo em nosso caminho é o amor que temos por Deus. Deus
está levantando um povo que não irá desistir.
F. Pessoas desistem, porque elas não possuem todas as informações. Quando estamos
plenamente informados, então não desejamos mais o reconhecimento daquilo que
fizemos de extraordinário ao obedecer a Deus com zelo.

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G. Ficamos tão cheios de gratidão e amor quando vemos toda a história, em vez de buscar o
reconhecimento especial para os compromissos extravagantes.
V. A INTERCESSÃO FINAL E A REVELAÇÃO DA NOIVA (8:8-14)
A. Cantares conta a história de como a jovem donzela cresceu até se tornar uma Noiva cheia
do fogo de Deus. Agora, ela revela como se vê em Deus (8:8-14). Ela sabe quem ela é.
B. Em Cantares 8:8-9, vemos sua paixão e intercessão pela Igreja.
C. Em Cantares 8:10, vemos a confiança da Noiva ou a revelação de como Deus a vê.
1 Ela desfrutava em viver diante de Seus olhos com uma confiança tríplice como
uma parede (motivos altruístas), uma torre (capacitada para nutrir) e como
alguém em paz (obstáculos emocionais removidos).
2 Sua identidade lhe permite desfrutar de uma confiança radiante para caminhar
diante de Deus.
D. Em Cantares 8:11, ela tem a revelação de sua responsabilidade diante de Deus. Seu senso
de importância está enraizada na eternidade à medida que ela tem revelação de prestar
contas diante de Deus (8:11).
E. Em Cantares 8:13, o Rei deu a Sua última comissão para a Noiva.
F. Em Cantares 8:14, ela intercede com urgência para a vinda do Rei (Jesus).
VI. A ÚLTIMA COMISSÃO DE JESUS A NOIVA (8:13)
A. A última comissão do Rei para a Noiva elogia a sua fidelidade em servir a Igreja.
13
Ó tu, que habitas nos jardins, os amigos querem ouvir-te; deixa-me ouvir tua voz
também (Ct8:13)
B. Habitas nos jardins: O Rei refere-se à Noiva como: “Tu que habitas nos jardins” para
afirmar que ela ainda está no meio de Seu jardim, servindo as pessoas. Ela não desistiu e
nem recuou a um isolamento egoísta. Os jardins (no plural) referem-se a várias partes do
corpo de Cristo, o jardim do Senhor.
C. Ouvir: A Noiva tem autoridade e credibilidade até o fim. Isto é visto em os

companheiros a quem ela serviu ansiosamente escutando pela sua voz, porque eles viram
a realidade espiritual em sua vida.
D. Deixe-me ouvir: O Rei chamou novamente a Noiva a adoração e intercessão. Ele queria
ouvir a voz dela. O inimigo quer silenciar nossa voz, mas o Senhor quer ouvir a nossa
voz de quatro maneiras:
1 Na adoração, pois Ele sempre quer nos ouvir declaração do nosso amor a Ele.

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2 Na intercessão, ajuntando-nos a Jesus, que intercede para sempre (Hb 7:25).

3 No ensino, declarando a Palavra uns aos outros (Mt 28:19-20; Cl 1:28).
4 No evangelismo, compartilhando o evangelho com os incrédulos.
VII. A URGENTE INTERCESSÃO DA NOIVA PARA O REI VIR DEPRESSA (8:14)
A. A Noiva responde ao pedido do Rei de ouvir sua voz enquanto ela intercede para que Ele
venha. Ela orou para que a presença do Rei lhe viria rapidamente e a outros (8:14). O Rei
foi comparado a uma gazela e um cervo porque eles se movem tão rapidamente. A Nova
Jerusalém é descrita como os montes de aromas ou perfumados.
14
Vem depressa, amado meu, e torna-te semelhante ao cervo, ou ao filhote de gazela
saltando sobre os montes perfumados. (Ct 8:14)
B. Meu amado: Seu amor por Ele permaneceu revigorado e forte até o fim.
C. Apocalipse 22:17 é uma das profecias mais significativos que descreve a igreja do fim
dos tempos.
17
O Espírito e a noiva dizem: Vem!... Certamente venho [Jesus] em breve
(Ap 22:17, 20)
D. A oração “Vem, Senhor Jesus!” tem pelo menos três aplicações:
1 Vem perto a nós em intimidade: rompimento individual do meu coração em

Deus.
2 Vem à nós em avivamento: rompimento regional de avivamento, justiça,
transformação e cura.
3 Vem por nós nos ares: rompimento histórico na segunda vinda de Jesus

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ENCONTRANDO JESUS EM CÂNTICO DOS CÂNTICOS – JENNIFER ROBERTS

Base Missionária Florianópolis House of Prayer 2

Base Missionária Florianópolis House of Prayer 3

A minha oração é que venhamos ter um profundo conhecimento do amor

Base Missionária Florianópolis House of Prayer 4

Sessão 1 Introdução ao estudo de Cantares: Porque e Como?

I. PORQUE ESTUDAR CÂNTICO DOS CÂNTICOS?

2 Primeiro mandamento: A prioridade principal de Deus para Seu povo é que

Base Missionária Florianópolis House of Prayer 5

II. INTERPRETANDO CÂNTICO DOS CÂNTICOS

B. Interpretação Espiritual: Esta visão utiliza uma interpretação simbólica de Cantares

2 A abordagem tipológica das Escrituras honra a situação histórica estabelecida

3 A maior parte de comentários bíblicos ao longo da história da igreja interpretou

D. Encorajo fortemente o uso de interpretação histórico-gramatical das Escrituras, que é o

H. A Palavra de Deus permanece para sempre, e o casamento terreno não continua na

K. A essência da mensagem da Noiva de Cristo é a revelação da beleza de Jesus, Suas

III. PERSONAGENS PRINCIPAIS

A. Rei Salomão: Na interpretação espiritual, o Rei Salomão é a imagem do Cristo

B. Jovem Sulamita: Na interpretação espiritual, a Sulamita é uma imagem da Noiva de

C. Filhas de Jerusalém: Na interpretação espiritual, elas representam cristãos sinceros, mas

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D. Os guardas: Na interpretação espiritual, eles representam liderança espiritual. Os

E. Cântico dos Cânticos é dividido em duas partes: capítulos 1-4 e 5-8.

1 Os primeiros quatro capítulos de Cantares estão centrados na herança da Noiva

IV. TORNANDO CANTARES EM UM DIÁLOGO DE ORAÇÃO COM JESUS

A. Para receber a plenitude dos benefícios de Cantares, devemos transforma-lo em um

B. Eu observo duas categorias gerais sobre as verdades que encontramos ao meditar da

1 Primeiro, agradecemos a Deus pela verdade que acabou de nos mostrar,

2 Segundo, pedimos por entendimento da verdade à medida que buscamos crer

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me o coração, noiva minha”, peça a Jesus mais entendimento orando: “Mostra-

1 Primeiro, nos comprometemos em obedecer Jesus da forma descrita um uma

2 Segundo, pedimos a ajuda de Deus para obedecer as exortações duma

VI. TEMÁTICA DO CÂNTICO: ENCONTRANDO JESUS EM SUA PALAVRA

“Beije-me Ele com os beijos da Sua boca” (Palavra).” (Ct 1:2)

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VII. APLICAÇÃO PRÁTICA

B. Uma forma de receber os beijos da Palavra de Deus é orar/ler a Palavra de Deus à

C. Devemos aprender a viver perante a “audiência de Um”, e receber a aprovação do nosso

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Sessão 2 Visão Geral de Cântico dos Cânticos

I. CÂNTICO DOS CÂNTICOS: VISÃO DE VIDA DA NOIVA (CT. 1:2-4)

A. O tema central do livro de Cantares é a jornada espiritual da Noiva em ser atraída em

II. A JORNADA DA NOIVA COMEÇA COM O PARADOXO DA GRAÇA (CT. 1:5-11)

A. O paradoxo da nossa fé é que somos escuros/morenos em nosso coração, mas ainda

4 Nosso destino eterno: Na ressurreição, viveremos para sempre em perfeito

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III. ENTENDENDO A SUA IDENTIDADE NA BELEZA DE DEUS (CT. 1:12-2:7)

IV. DESAFIANDO A ZONA DE CONFORTO (CT 2:8-17)

A. Jesus se mostra saltando sobre as montanhas ou obstáculos (humanos e demoníacos) sem

V. ELA EXPERIMENTA A DISCIPLINA DE DEUS (CT 3:1-5)

VI. UMA NOVA REVELAÇÃO DE JESUS COMO UM “SALVADOR SEGURO” (CT.3:6-

VII. O CORAÇÃO PROFÉTICO DO DEUS NOIVO (CT 4:1-8)

VIII. O CORAÇÃO ARREBADADO DO DEUS NOIVO (CT. 4:9-5:1)

IX. A DUPLA PROVACÃO DEFINITIVA DE MATURIDADE (SONG 5:2-8)

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X. A RESPOSTA DA NOIVA: DOENTE DE AMOR AO INVÉS DE OFENDIDA (CT. 5:8-

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XI. JESUS A ELOGIA APÓS A ESTAÇÃO DE PROVACÃO (CT. 6:4-10)