Nota Tecnica Anvisa CFO Contra Covid 19 PDF
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GVIMS/GGTES/ANVISA Nº 04/2020
Atualizada em 31/03/2020
Prezados colegas,
Juliano do Vale
Presidente
#CONTRAOCORONAVÍRUS
NOTA TÉCNICA GVIMS/GGTES/ANVISA Nº 04/2020
ORIENTAÇÕES PARA SERVIÇOS DE SAÚDE: MEDIDAS DE
PREVENÇÃO E CONTROLE QUE DEVEM SER ADOTADAS
DURANTE A ASSISTÊNCIA AOS CASOS SUSPEITOS OU
CONFIRMADOS DE INFECÇÃO PELO NOVO CORONAVÍRUS
(SARS-CoV-2).
(atualizada em 31/03/2020)
ORIENTAÇÕES PARA SERVIÇOS DE SAÚDE: MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE QUE DEVEM SER ADOTADAS DURANTE
A ASSISTÊNCIA AOS CASOS SUSPEITOS OU CONFIRMADOS DE INFECÇÃO PELO NOVO CORONAVÍRUS (SARS-CoV-2). –
31.03.2020
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Diretor-Presidente (Substituto)
Antônio Barra Torres
Chefe de Gabinete
Karin Schuck Hemesath Mendes
Diretores
Antônio Barra Torres
Alessandra Bastos Soares
Fernando Mendes Garcia Neto
Adjuntos de Diretor
Juvenal de Souza Brasil Neto
Daniela Marreco Cerqueira
Meiruze Sousa Freitas
Elaboração
Ana Clara Ribeiro Bello dos Santos
André Anderson Carvalho
Cleide Felicia de Mesquita Ribeiro
Heiko Thereza Santana
Humberto Luiz Couto Amaral de Moura
Lilian de Souza Barros
Luciana Silva da Cruz de Oliveira
Magda Machado de Miranda Costa
Maria Dolores Santos da Purificação Nogueira
Mara Rúbia Santos Gonçalves
REVISORES:
Marcelo Cavalcante de Oliveira – GRECS/GGTES/ANVISA
Daniela Pina Marques Tomazini – GRECS/GGTES/ANVISA
Denise de Assis Brandão – CVE/SP
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Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI)- Comitê de Infecção Relacionada è Assistência à Saúde
Dr. Clóvis Arns da Cunha (Presidente)
Dr. Alberto Chebabo
Dra. Priscila Rosalba
Dr. Luis Fernando Waib (Comitê IRAS)
Dra. Sílvia Figueiredo Costa (Comitê IRAS)
Dra. Cláudia Carrilho (Comitê IRAS)
ODONTOLOGIA
Celi Novaes Vieira - Associação de Medicina Intensiva do Distrito Federal (AMIB-DF)
Carina Veiga Jardim - Associação de Medicina Intensiva do Distrito Federal (AMIB-DF)
Renata Monteiro de Paula - Associação de Medicina Intensiva do Distrito Federal (AMIB-DF)
Camila de Freitas - Sociedade de Terapia Intensiva de Goiás (SOTIEGO)
João Paulo Pinto – Associação Brasileira de Halitose (ABHA)
Helderjan de Souza Mendes - Sociedade Paulista de Terapia Intensiva (SOPATI)
Luana C. Diniz Souza - Sociedade de Terapia Intensiva do Maranhão (SOTIMA)
Milena Amalia Tonissi - Superior Tribunal da Justiça (STJ)
ORIENTAÇÕES PARA SERVIÇOS DE SAÚDE: MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE QUE DEVEM SER ADOTADAS DURANTE
A ASSISTÊNCIA AOS CASOS SUSPEITOS OU CONFIRMADOS DE INFECÇÃO PELO NOVO CORONAVÍRUS (SARS-CoV-2). –
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 5
MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE ................................................................................... 7
1. Atendimento pré-hospitalar móvel de urgência e transporte interinstitucional de casos
suspeitos ou confirmados ................................................................................................................ 7
2. Todos os serviços de saúde: na chegada, triagem, espera, atendimento e durante toda a
assistência prestada........................................................................................................................ 9
PRECAUÇÕES A SEREM ADOTADAS POR TODOS OS SERVIÇOS DE SAÚDE DURANTE A
ASSISTÊNCIA .............................................................................................................................. 12
1. ISOLAMENTO........................................................................................................................ 16
2. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI) .......................................................... 19
3. HIGIENE DAS MÃOS............................................................................................................. 29
4. CAPACITAÇÃO PARA OS PROFISSIONAIS DE SAÚDE SOBRE O USO DE
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI) E HIGIENE DAS MÃOS .......................... 34
5. PROCESSAMENTO DE PRODUTOS PARA SAÚDE ............................................................ 36
6. LIMPEZA E DESINFECÇÃO DE SUPERFÍCIES ................................................................... 37
7. PROCESSAMENTO DE ROUPAS......................................................................................... 38
TRATAMENTO DE RESÍDUOS .................................................................................................... 39
COMUNICAÇÃO ........................................................................................................................... 40
ANEXO I – ORIENTAÇÕES PARA UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA (UTI) ......................... 44
ANEXO II – ORIENTAÇÕES PARA SERVIÇOS DE DIÁLISE ....................................................... 47
ANEXO III – ORIENTAÇÕES PARA SERVIÇOS DE GASTROENTEROLOGIA, EXAMES DE
IMAGEM E ANESTESIOLOGIA .................................................................................................... 52
ANEXO IV – ORIENTAÇÕES PARA SERVIÇOS ODONTOLÓGICOS ......................................... 56
ANEXO V – CUIDADOS COM O CORPO APÓS A MORTE ......................................................... 66
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INTRODUÇÃO
Nessa Nota Técnica, serão abordadas orientações para os serviços de saúde quanto às
medidas de prevenção e controle que devem ser adotadas durante a assistência aos casos
suspeitos ou confirmados de infecção pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), segundo as
evidências disponíveis, até o dia 31.03.2020. Essas orientações podem ser refinadas e
atualizadas à medida que mais informações estiverem disponíveis, já que se trata de um
microrganismo novo no mundo.
Dessa forma, estas são orientações mínimas que devem ser seguidas por todos os serviços
de saúde, mas os profissionais de saúde ou os serviços de saúde brasileiros podem
determinar ações de prevenção e controle mais rigorosas que as definidas por este
documento, baseando-se em uma avaliação caso a caso.
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Para infecções confirmadas pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), há relatos de pessoas
com sintomas leves e outras com sintomas muito graves, chegando ao óbito, em algumas
situações. Os sintomas mais comuns dessas infecções podem incluir manifestações
respiratórias (tosse, dificuldade para respirar, batimento das asas nasais, entre outros) e
febre (a febre pode não estar presente em alguns pacientes, como crianças, idosos,
imunossuprimidos ou que tomam medicamentos para diminuir a febre).
A melhor maneira de prevenir essa doença (COVID-19) é adotar ações para impedir a
propagação do vírus.
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MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE
O serviço de saúde deve garantir que as políticas e as boa práticas internas minimizem a
exposição a patógenos respiratórios, incluindo o novo coronavírus (SARS-CoV-2).
- sempre notificar previamente o serviço de saúde para onde o caso suspeito ou confirmado
será encaminhado.
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Quadro 1: Recomendação de medidas a serem implementadas para prevenção e controle da
disseminação do novo coronavírus (SARS-CoV-2) durante o atendimento pré-hospitalar móvel de
urgência.
CASOS SUSPEITOS - usar máscara cirúrgica;
OU CONFIRMADOS E - usar lenços de papel (tosse, espirros, secreção nasal);
ACOMPANHANTES - higiene das mãos frequente com água e sabonete líquido OU
preparação alcoólica a 70%.
Observação 2: Para os casos sintomáticos, usar uma máscara é uma das medidas de prevenção para limitar a propagação
de doenças respiratórias, incluindo o novo coronavírus (SARS-CoV-2).
No entanto, este uso deve vir acompanhado de outras medidas igualmente relevantes que devem ser adotadas, como a
higiene das mãos com água e sabonete líquido OU preparação alcoólica a 70%, antes e após a utilização das máscaras.
Usar máscaras quando não indicado pode gerar custos desnecessários e criar uma falsa sensação de segurança que pode
levar a negligenciar outras medidas como a prática de higiene das mãos.
Além disso, a máscara deve estar apropriadamente ajustada à face para garantir sua eficácia e reduzir o risco de transmissão.
Todos os profissionais devem ser orientados sobre como usar, remover, descartá-las e na ação de higiene das mãos antes
e após o uso.
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2. Todos os serviços de saúde: na chegada, triagem, espera, atendimento e
durante toda a assistência prestada.
Podem ser utilizados alertas visuais (cartazes, placas e pôsteres, etc) na entrada dos serviços
de saúde e em locais estratégicos (áreas de espera, elevadores, lanchonetes, etc) para
fornecer aos pacientes e acompanhantes/visitantes as instruções sobre a forma correta para
a higiene das mãos com água e sabonete líquido OU preparação alcoólica a 70%, higiene
respiratória/etiqueta da tosse.
De acordo com o que se sabe até o momento, as seguintes orientações devem ser seguidas
pelos serviços de saúde:
Implementar procedimentos de triagem para detectar pacientes com suspeita de infecção pelo
novo coronavírus (SARS-CoV-2) antes mesmo do registro do paciente: garantir que todos os
pacientes sejam questionados sobre a presença de sintomas de uma infecção respiratória ou
contato com possíveis pacientes com o novo coronavírus (SARS-CoV-2).
Garantir o isolamento rápido de pacientes com sintomas de infecção pelo novo coronavírus
(SARS-CoV-2) ou outra infecção respiratória (por exemplo, tosse e dificuldade para respirar).
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• Garantir que pacientes com sintomas suspeitos de infecção pelo novo coronavírus
(SARS-CoV-2) ou outra infecção respiratória não fiquem esperando atendimento
entre os outros pacientes. Identifique um espaço separado e bem ventilado que
permita que os pacientes sintomáticos em espera fiquem afastados e com fácil
acesso a suprimentos de higiene respiratória e higiene das mãos. Estes pacientes
devem permanecer nessa área separada até a consulta ou encaminhamento para
o hospital (caso seja necessária a remoção do paciente).
- realizar a higiene das mãos com água e sabonete OU preparação alcoólica a 70%.
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● Orientar os pacientes/acompanhantes e profissionais de saúde e apoio sobre a
necessidade da higiene das mãos com água e sabonete líquido (40-60 segundos)
OU preparação alcoólica a 70% (20-30 segundos).
● Orientar que pacientes/acompanhantes e profissionais de saúde e apoio evitem
tocar olhos, nariz e boca com as mãos não higienizadas.
● Reforçar a necessidade de intensificação da limpeza e desinfecção de objetos e
superfícies, principalemente as mais tocadas como maçanetas, interruptores de
luz, corrimões, botões dos elevadores, etc.
● Orientar os profissionais de saúde a evitar tocar superfícies próximas ao paciente
(ex. mobiliário e equipamentos para a saúde) e aquelas fora do ambiente próximo
ao paciente, com luvas ou outros EPI contaminados ou com as mãos
contaminadas.
● Manter os ambientes ventilados (se possível, com as janelas abertas).
● Eliminar ou restringir o uso de itens compartilhados por pacientes como canetas,
pranchetas e telefones.
● Realizar a limpeza e desinfecção de equipamentos e produtos para saúde que
tenham sido utilizados na assistência aos pacientes suspeitos ou confirmados de
infecção pelo novo coronavírus.
Atenção: Não se deve circular pelo serviço de saúde utilizando os EPI, fora da área de
assistência aos pacientes com suspeita ou confirmação de infecção pelo novo
coronavírus. Os EPI devem ser imediatamente removidos após a saída do quarto,
enfermaria ou área de isolamento. Porém, caso o profissional de saúde saia de um quarto,
enfermaria ou área de isolamento para atendimento de outro paciente com suspeita ou
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confirmação de infecção pelo novo coronavírus, na mesma área/setor de isolamento, logo
em seguida, não há necessidade de trocar gorro (quando necessário utilizar),
óculos/protetor facial e máscara, somente avental e luvas, além de realizar a higiene de
mãos.
Dessa forma, além das precauções padrão, devem ser implementadas por todos os
serviços de saúde:
*as gotículas tem tamanho maior que 5 µm e podem atingir a via respiratória alta, ou seja,
mucosa das fossas nasais e mucosa da cavidade bucal.
*os aerossóis são partículas menores que as gotículas, que permanecem suspensas no
ar por longos períodos de tempo e, quando inaladas, podem penetrar mais
profundamente no trato respiratório.
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Observação: as precauções padrão assumem que todas as pessoas estão potencialmente
infectadas ou colonizadas por um patógeno que pode ser transmitido no ambiente de
assistência à saúde e devem ser implementadas em todos os atendimentos.
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Fonte: GVIMS/GGTES/ANVISA
Fonte: GVIMS/GGTES/ANVISA
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Fonte: GVIMS/GGTES/ANVISA
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1. ISOLAMENTO
A acomodação dos casos suspeitos ou confirmados de infecção pelo novo coronavírus deve
ser realizada, preferencialmente em um quarto privativo com porta fechada e bem ventilado
(com janelas abertas).
Implementação de coortes
É fundamental que seja mantida uma distância mínima de 1 metro entre os leitos dos
pacientes e deve haver uma preocupação de se restringir ao máximo o número de acessos
a essa área de coorte, inclusive visitantes, com o objetivo de se conseguir um maior controle
da movimentação de pessoas, evitando-se o tráfego indesejado e o cruzamento
desnecessário de pessoas e serviços.
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Os profissionais de saúde que atuam na assistência direta aos pacientes suspeitos ou
confirmados de infecção pelo novo coronavírus e profissionais de apoio devem ser
organizados para trabalharem somente na área de coorte, durante todo o seu turno de
trabalho, não devendo circular por outras áreas de assistência e nem prestar assistência a
outros pacientes (coorte de profissionais).
O quarto, enfermaria ou área de coorte deve permanecer com a porta fechada, ter a entrada
sinalizada com alerta referindo precauções para gotícula e contato, a fim de evitar a
passagem de pacientes e visitantes de outras áreas ou de profissionais que estejam
trabalhando em outros locais do serviço de saúde.
O acesso deve ser restrito aos profissionais envolvidos na assistência direta ao paciente. O
quarto também deve estar sinalizado quanto às medidas de precaução a serem adotadas:
padrão, gotículas e contato ou aerossóis (em condições específicas, já mencionadas).
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Os serviços de saúde devem elaborar, disponibilizar de forma escrita e manter disponíveis,
normas e rotinas dos procedimentos envolvidos na assistência aos casos suspeitos ou
confirmados de infecção pelo novo coronavírus, tais como: fluxo dos pacientes dentro do
serviço de saúde, procedimentos de colocação e retirada de EPI, procedimentos de remoção
e processamento de roupas/artigos e produtos utilizados na assistência, rotinas de limpeza
e desinfecção de superfícies, rotinas para remoção dos resíduos, entre outros.
Além disso:
• Deve ser restringida a entrada de acompanhantes/visitantes com sintomas de doença
respiratória aguda.
• Deve ser restringida a atuação de profissionais da saúde com sintomas doença
respiratória aguda.
• Pacientes e visitantes devem ser orientados a minimizar o risco de transmissão da
doença, adotando ações já descritas neste documento.
• Os pacientes com sintomas respiratórios devem utilizar máscara cirúrgica desde a
chegada ao serviço de saúde, na chegada ao local de isolamento e durante a
circulação dentro do serviço (transporte dos pacientes de uma área/setor para outro).
• Sempre que possível, equipamentos, produtos para saúde ou artigos utilizados na
assistência aos casos suspeitos ou confirmados de infecção pelo novo coronavírus
devem ser de uso exclusivo, como no caso de estetoscópios, esfigmomanômetro e
termômetros. Caso não seja possível, todos os produtos utilizados nestes pacientes
devem ser limpos e desinfetados ou esterilizados antes de serem utilizados em outros
pacientes.
• Os pacientes devem ser orientados a não compartilhar pratos, copos, talheres,
toalhas, roupas de cama ou outros itens com outras pessoas.
• Ressalta-se a necessidade do uso racional de EPI nos serviços de saúde, pois trata-
se de um recurso finito e imprescindível para oferecer segurança aos profissionais
durante a assistência.
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Duração das precauções e isolamento
Até que haja informações disponíveis sobre a disseminação viral após melhora clínica do
paciente, a descontinuação das precauções e isolamento deve ser determinada caso a caso,
em conjunto com as autoridades de saúde locais, estaduais e federais.
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Quadro 2: Recomendação de medidas a serem implementadas para prevenção e controle da disseminação
do novo coronavírus (SARS-CoV-2) em serviços de saúde.
CASOS SUSPEITOS OU CONFIRMADOS E - usar máscara cirúrgica;
ACOMPANHANTES - usar lenços de papel (tosse, espirros, secreção nasal);
- higiene das mãos frequente com água e sabonete líquido
OU preparação alcoólica a 70%.
PROFISSIONAIS DE SAÚDE - higiene das mãos com água e sabonete
(que prestem assistência a menos de 1 metro dos pacientes líquido OU preparação alcoólica a 70%;
suspeitos ou confirmados de infecção pelo novo coronavírus) - óculos de proteção ou protetor facial (face shield);
- máscara cirúrgica;
- avental;
- luvas de procedimento
- gorro (para procedimentos que geram aerossóis)
Observação: os profissionais de saúde deverão trocar a
máscara cirúrgica por uma máscara N95/PFF2 ou
equivalente, ao realizar procedimentos geradores de
aerossóis como por exemplo, intubação ou aspiração
traqueal, ventilação mecânica não invasiva, ressuscitação
cardiopulmonar, ventilação manual antes da
intubação,coletas de amostras nasotraqueais,
broncoscopias, etc.
PROFISSIONAIS DE APOIO - higiene das mãos frequente com água e sabonete
(que prestem assistência a menos de 1 metro dos líquido OU preparação alcoólica a 70%;
pacientes suspeitos ou confirmados de infecção pelo novo - gorro (para procedimentos que geram aerossóis);
coronavírus) - óculos de proteção ou protetor facial;
- máscara cirúrgica;
- avental;
- luvas de procedimentos
PROFISSIONAIS DE APOIO: RECEPÇÃO E SEGURANÇAS - higiene das mãos frequente com água e sabonete
(que precisem entrar em contato, a menos de 1 metro, dos líquido OU preparação alcoólica a 70%;
pacientes suspeitos ou confirmados de infecção pelo novo - Máscara ciúrgica (se não for possível manter a distância
coronavírus) de um metro dos pacientes com sintomas gripais)
Observação: usar durante o turno de trabalho, trocar a
máscara se estiver úmida ou suja.
PROFISSIONAIS DE APOIO: HIGIENE E - higiene das mãos frequente com água e sabonete
LIMPEZA AMBIENTAL líquido OU preparação alcoólica a 70%;
(quando realizar a limpeza do quarto/área de isolamento) - gorro (para procedimentos que geram aerossóis);
- óculos de proteção ou protetor facial;
- máscara cirúrgica;
- avental;
- luvas de borracha com cano longo;
- botas impermeáveis de cano longo
Fonte: GVIMS/GGTES/ANVISA, 2020.
Observação1: Todas essas medidas são baseadas no conhecimento atual sobre os casos de infecção pelo novo
coronavírus (SARS-CoV-2) e podem ser alteradas conforme novas informações sobre o vírus forem disponibilizadas.
Observação 2: Para os casos sintomáticos, usar uma máscara é uma das medidas de prevenção para limitar a
propagação de doenças respiratórias, incluindo o novo coronavírus (SARS-CoV-2).
No entanto, este uso deve vir acompanhado de outras medidas igualmente relevantes que devem ser adotadas, como
a higiene das mãos com água e sabonete líquido OU preparação alcoólica a 70%, antes e após a utilização das
máscaras.
Usar máscaras quando não indicado pode gerar custos desnecessários e criar uma falsa sensação de segurança que
pode levar a negligenciar outras medidas como a prática de higiene das mãos.
Além disso, a máscara deve estar apropriadamente ajustada à face para garantir sua eficácia e reduzir o risco de
transmissão. Todos os profissionais devem ser orientados sobre como usar, remover, descartá-las e na ação de
higiene das mãos antes e após o uso.
Observação 3: Para os profissionais, o uso da máscara tem a função de protegê-los do contágio e deve ser utilizadas
juntamente com os demais EPI conforme o tipo de assistência que será realizada no paciente. Todos os profissionais
devem ser orientados sobre como usar, remover e descartar adequadamente os EPI, bem como na prática correta de
higiene das mãos nos momentos indicados.
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MÁSCARA CIRÚRGICA
Desta forma, as máscaras devem ser utilizadas para evitar a contaminação do nariz e boca
do profissional por gotículas respiratórias, quando este atuar a uma distância inferior a 1
metro do paciente suspeito ou confirmado de infecção pelo novo coronavírus.
A máscara deve ser confeccionada de material tecido-não tecido (TNT), possuir no mínimo
uma camada interna e uma camada externa e obrigatoriamente um elemento filtrante. A
camada externa e o elemento filtrante devem ser resistentes à penetração de fluidos
transportados pelo ar (repelência a fluidos). Além disso, deve ser confeccionada de forma a
cobrir adequadamente a área do nariz e da boca do usuário, possuir um clipe nasal
constituído de material maleável que permita o ajuste adequado do contorno do nariz e das
bochechas. E o elemento filtrante deve possuir eficiência de filtragem de partículas (EFP) >
98% e eficiência de filtragem bacteriológica (BFE) > 95%.
Os seguintes cuidados devem ser seguidos quando as máscaras cirúrgicas forem utilizadas:
- remova a máscara usando a técnica apropriada (ou seja, não toque na frente da
máscara, que pode estar contaminada, mas remova sempre pelas tiras laterais);
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- substitua as máscaras por uma nova máscara limpa e seca assim que a antiga tornar-
se suja ou úmida;
- não reutilize máscaras descartáveis;
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manipulação e armazenamento deve seguir as recomendações do fabricante e nunca
deve ser compartilhada entre profissionais.
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- Os profissionais de saúde devem ser orientados sobre a importância das
inspeções e verificações da vedação da máscara à face, antes de cada uso.
Observação 1: As máscaras usadas por período maior ou por um número de vezes maior
que o previsto pelo fabricante podem não cumprir os requisitos para os quais foram
certificados. Com o tempo, componentes como por exemplo, as tiras e o material da ponte
nasal podem se degradar, o que pode afetar a qualidade do ajuste e da vedação.
Observação 3: Para remover a máscara, retire-a pelos elásticos, tomando bastante cuidado
para nunca tocar na sua superfície interna e a acondicione de forma a mantê-la íntegra,
limpa e seca para o próximo uso. Para isso, pode ser utilizado um saco ou envelope de
papel, embalagens plásticas ou de outro material, desde que não fiquem hermeticamente
fechadas. Os elásticos da máscara deverão ser acondicionados de forma a não serem
contaminados e de modo a facilitar a retirada da máscara da embalagem. Importante: Se
no processo de remoção da máscara houver contaminação da parte interna, ela deverá ser
descartada imediatamente.
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LUVAS
Quando o procedimento a ser realizado no paciente exigir técnica asséptica, devem ser
utilizadas luvas estéreis (de procedimento cirúrgico).
- Retire as luvas puxando a primeira pelo lado externo do punho com os dedos
da mão oposta.
- Toque a parte interna do punho da mão enluvada com o dedo indicador oposto
(sem luvas) e retire a outra luva.
● Não lavar ou usar novamente o mesmo par de luvas (as luvas nunca devem ser
reutilizadas).
● Não devem ser utilizadas duas luvas para o atendimento dos pacientes, esta
ação não garante mais segurança à assistência.
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Fonte: GVIMS/GGTES/ANVISA
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ÓCULOS DE PROTEÇÃO OU PROTETOR DE FACE (FACE SHIELD)
Caso o protetor facial tenha sujidade visível, deve ser lavado com água e
sabão/detergente e só depois dessa limpeza, passar pelo processo de desinfecção.
CAPOTE OU AVENTAL
O capote ou avental (gramatura mínima de 30g/m2) deve ser utilizado para evitar a
contaminação da pele e roupa do profissional.
O capote ou avental deve ser de mangas longas, punho de malha ou elástico e abertura
posterior. Além disso, deve ser confeccionado de material de boa qualidade, atóxico,
hidro/hemorrepelente, hipoalérgico, com baixo desprendimento de partículas e
resistente, proporcionar barreira antimicrobiana efetiva (Teste de Eficiência de Filtração
Bacteriológica - BFE), além de permitir a execução de atividades com conforto e estar
disponível em vários tamanhos.
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O capote ou avental sujo deve ser removido e descartado como resíduo infectante após
a realização do procedimento e antes de sair do quarto do paciente ou da área de
isolamento. Após a remoção do capote ou avental deve-se proceder a higiene das mãos
para evitar a transmissão dos vírus para o profissional, pacientes e ambiente.
Vídeo de colocação e retirada do EPI - Anvisa: https://youtu.be/G_tU7nvD5BI
GORRO
O gorro está indicado para a proteção dos cabelos e cabeça dos profissionais em
procedimentos que podem gerar aerossóis.
Deve ser de material descartável e removido após o uso. O seu descarte deve ser como
resíduo infectante.
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3. HIGIENE DAS MÃOS
Fonte: GVIMS/GGTES/ANVISA
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As mãos dos profissionais que atuam em serviços de saúde podem ser higienizadas
utilizando-se: água e sabonete líquido OU preparação alcoólica a 70%.
A higiene das mãos com água e sabonete líquido é essencial quando as mãos estão
visivelmente sujas ou contaminadas com sangue ou outros fluidos corporais e deve ser
realizada:
● Antes e após o contato direto com pacientes com infecção suspeita ou confirmada pelo
novo coronavírus, seus pertences e ambiente próximo, bem como na entrada e na saída
de áreas com pacientes infectados.
● Imediatamente após retirar as luvas.
● Imediatamente após contato com sangue, fluidos corpóreos, secreções, excreções ou
objetos contaminados.
● Entre procedimentos em um mesmo paciente, para prevenir a transmissão cruzada entre
diferentes sítios corporais.
● Em qualquer outra situação onde seja indicada a higiene das mãos para evitar a
transmissão do novo coronavírus para outros pacientes ou ambiente.
● Retirar acessórios (anéis, pulseiras, relógio), uma vez que sob estes objetos acumulam-se microrganismos
não removidos com a lavagem das mãos.
● Abrir a torneira e molhar as mãos, evitando encostar-se na pia.
● Aplicar na palma da mão quantidade suficiente de sabonete líquido para cobrir todas as superfícies das
mãos (seguir a quantidade recomendada pelo fabricante).
● Ensaboar as palmas das mãos, friccionando-as entre si.
● Esfregar a palma da mão direita contra o dorso da mão esquerda entrelaçando os dedos e vice-versa.
● Entrelaçar os dedos e friccionar os espaços interdigitais.
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● Esfregar o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta, segurando os dedos, com movimento
de vai-e-vem e vice-versa.
● Esfregar o polegar direito, com o auxílio da palma da mão esquerda, utilizando- se movimento circular e
vice-versa.
● Friccionar as polpas digitais e unhas da mão esquerda contra a palma da mão direita, fechada em concha,
fazendo movimento circular e vice-versa.
● Enxaguar as mãos, retirando os resíduos de sabonete. Evitar contato direto das mãos ensaboadas com a
torneira.
● Secar as mãos com papel toalha descartável. No caso de torneiras com contato manual para fechamento,
sempre utilize papel toalha.
⇒ Duração do Procedimento: 40 a 60 segundos.
Deve-se higienizar as mãos com preparação alcoólica (sob as formas gel ou solução)
quando estas NÃO estiverem visivelmente sujas.
A higiene das mãos com preparação alcoólica (sob a forma gel ou líquida com 1- 3%
glicerina) deve ser realizada nas situações descritas a seguir:
● Antes de contato com o paciente.
● Após contato com o paciente.
● Antes de realizar procedimentos assistenciais e manipular
dispositivos invasivos.
● Antes de calçar luvas para inserção de dispositivos invasivos que não requeiram preparo
cirúrgico.
● Após risco de exposição a fluidos corporais.
● Ao mudar de um sítio corporal contaminado para outro, limpo, durante a assistência ao
paciente.
● Após contato com objetos inanimados e superfícies imediatamente próximas ao paciente.
● Antes e após a remoção de luvas.
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Técnica: “Fricção Antisséptica das Mãos (com preparações alcoólicas)”:
● Retirar acessórios (anéis, pulseiras, relógio), uma vez que sob estes objetos acumulam-se
microrganismos não removidos com a lavagem das mãos.
● Aplicar na palma da mão quantidade suficiente do produto para cobrir todas as superfícies das mãos
(seguir a quantidade recomendada pelo fabricante).
● Friccionar as palmas das mãos entre si.
● Friccionar a palma da mão direita contra o dorso da mão esquerda entrelaçando os dedos e vice-versa.
● Friccionar as palma das mãos entre si com os dedos entrelaçados.
● Friccionar o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta, segurando os dedos e vice-
versa.
● Friccionar o polegar direito, com o auxílio da palma da mão esquerda, utilizando- se movimento circular
e vice-versa.
● Friccionar as polpas digitais e unhas da mão esquerda contra a palma da mão direita, fazendo um
movimento circular e vice-versa.
● Friccionar até secar espontaneamente. Não utilizar papel toalha.
⇒ Duração do Procedimento: 20 a 30 segundos.
De acordo com a RDC Anvisa nº 42, de 25 de outubro de 2010, que dispõe sobre a
obrigatoriedade de disponibilização de preparação alcoólica para fricção antisséptica das
mãos, pelos serviços de saúde do país:
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Fonte: GVIMS/GGTES/ANVISA, 2020.
Publicações e materiais sobre higiene das mãos encontram-se disponíveis no sítio eletrônico da
Anvisa: https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/publicacoes/category/
higienizacao-das-maos
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4. CAPACITAÇÃO PARA OS PROFISSIONAIS DE SAÚDE SOBRE O USO DE
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI) E HIGIENE DAS MÃOS
O serviço de saúde deve fornecer capacitação para todos os profissionais de saúde (próprios
ou terceirizados) para a prevenção da transmissão de agentes infecciosos. Todos os
profissionais de saúde devem ser treinados para o uso correto e seguro dos EPI, inclusive
os dispositivos de proteção respiratória (por exemplo, máscaras cirúrgicas e máscaras
N95/PFF2 ou equivalente).
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Fonte: GVIMS/GGTES/ANVISA, 2020
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5. PROCESSAMENTO DE PRODUTOS PARA SAÚDE
https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/legislacao/item/resolucao-rdc-n-156-de-
11-de-agosto-de-2006
https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/legislacao/item/rdc-15-de-15-de-marco-
de-2012
Equipamentos, produtos para saúde ou artigos para saúde utilizados em qualquer paciente
deve ser recolhidos e transportados de forma a prevenir a possibilidade de contaminação de
pele, mucosas e roupas ou a transferência de microrganismos para outros pacientes,
profissionais ou ambientes. Por isso é importante frisar a necessidade da adoção das medidas
de precaução na manipulação desses materiais.
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6. LIMPEZA E DESINFECÇÃO DE SUPERFÍCIES
Recomenda-se que a limpeza das áreas de isolamento seja concorrente, imediata ou terminal.
• A limpeza concorrente é aquela realizada diariamente;
• A limpeza imediata é aquela realizada em qualquer momento, quando ocorrem
sujidades ou contaminação do ambiente e equipamentos com matéria orgânica, mesmo após
ter sido realizada a limpeza concorrente e
• A limpeza terminal é aquela realizada após a alta, óbito ou transferência do paciente:
como a transmissão do novo coronavírus se dá por meio de gotículas respiratórias e
contato não há recomendação para que os profissionais de higiene e limpeza aguardem
horas ou turnos para que o quarto ou área seja higienizado, após a alta do paciente.
A desinfecção das superfícies das unidades de isolamento só deve ser realizada após a sua
limpeza. Os desinfetantes com potencial para desinfecção de superfícies incluem aqueles à
base de cloro, alcoóis, alguns fenóis e alguns iodóforos e o quaternário de amônio. Sabe-se
que os vírus são inativados pelo álcool a 70% e pelo cloro. Portanto, preconiza-se a limpeza
das superfícies do isolamento com detergente neutro seguida da desinfecção com uma destas
soluções desinfetantes ou outro desinfetante padronizado pelo serviço de saúde, desde que
seja regularizado junto à Anvisa.
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corrimões, superfícies de banheiros nos quartos dos pacientes, etc).
Além disso, devem incluir os equipamentos eletrônicos de múltiplo uso (ex: bombas de
infusão, monitores, etc) nas políticas e procedimentos de limpeza e desinfecção,
especialmente os itens usados pelos pacientes, os usados durante a prestação da assistência
ao paciente e os dispositivos móveis que são movidos frequentemente para dentro e para fora
dos quartos dos pacientes (por exemplo, verificadores de pressão arterial e oximetria).
7. PROCESSAMENTO DE ROUPAS
Não é preciso adotar um ciclo de lavagem especial para as roupas provenientes de casos
suspeitos ou confirmados do novo coronavírus (SARS-CoV-2), podendo ser seguido o mesmo
processo estabelecido para as roupas provenientes de outros pacientes em geral.
38
• Roupas provenientes de áreas de isolamento não devem ser transportadas por meio de
tubos de queda.
Nota: Outras orientações sobre o tema podem ser acessadas no Manual de Processamento
de Roupas de Serviços de Saúde: prevenção e controle de riscos da Anvisa, disponível
no link:
http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/manuais/processamento_roupas.pdf
TRATAMENTO DE RESÍDUOS
De acordo com o que se sabe até o momento, o novo coronavírus pode ser enquadrado como
agente biológico classe de risco 3, seguindo a Classificação de Risco dos Agentes Biológicos,
publicada em 2017, pelo Ministério da Saúde
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/classificacao_risco_agentes_biologicos_3e d.pdf,
sendo sua transmissão de alto risco individual e moderado risco para a comunidade. Portanto,
todos os resíduos provenientes da assistência a pacientes suspeitos ou confirmados de
infecção pelo novo coronavírus (COVID-19) devem ser enquadrados na categoria A1,
conforme Resolução RDC/Anvisa nº 222, de 28 de março de 2018
(disponível em:
http://portal.anvisa.gov.br/documents/10181/3427425/RDC_222_2018_.pdf/c5d3081d- b331-
4626-8448-c9aa426ec410).
Os resíduos devem ser acondicionados, em sacos vermelhos, que devem ser substituídos
quando atingirem 2/3 de sua capacidade ou pelo menos 1 vez a cada 48 horas,
independentemente do volume e identificados pelo símbolo de substância infectante. Os sacos
devem estar contidos em recipientes de material lavável, resistente à punctura, ruptura,
vazamento e tombamento, com tampa provida de sistema de abertura sem contato manual,
com cantos arredondados. Estes resíduos devem ser tratados antes da disposição final
ambientalmente adequada.
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DURANTE A ASSISTÊNCIA AOS CASOS SUSPEITOS OU CONFIRMADOS DE INFECÇÃO PELO NOVO CORONAVÍRUS
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OBSERVAÇÃO: Apesar da RDC 222/2018 definir que os resíduos provenientes da assistência
a pacientes com coronavírus tem que ser acondicionados em saco vermelho,
EXCEPCIONALMENTE, durante essa fase de atendimento aos pacientes suspeitos ou
confimados de infecção pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), caso o serviço de saúde não
possua sacos vermelhos para atender a demanda, poderá utilizar os sacos brancos leitosos
com o símbolo de infectante para acondicionar esses resíduos. Reforça-se que esses resíduos
devem ser tratados antes da disposição final ambientalmente adequada.
COMUNICAÇÃO
Além disso, todos os serviços de saúde devem designar pessoas específicas que ficarão
responsáveis pela comunicação e colaboração com as autoridades de saúde pública. Todos os
casos suspeitos ou confirmados devem ser comunicados às autoridades de saúde pública,
seguindo as orientações publicadas periodicamente pelo Ministério da Saúde.
ORIENTAÇÕES PARA SERVIÇOS DE SAÚDE: MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE QUE DEVEM SER ADOTADAS
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ATENÇÃO!
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REFERÊNCIAS
World Health Organization. WHO. Advice on the use of masks the community, during
home care and in health care settings in the context of the novel coronavirus (2019-
nCoV) outbreak Interim guidance 29 January 2020 WHO/nCov/IPC_Masks/2020.1.
Disponível em: https://www.who.int/emergencies/diseases/novel-coronavirus-
2019/technical- guidance
World Health Organization. WHO. Q&A on infection prevention and control for health
care workers caring for patients with suspected or confirmed 2019-nCoV. Disponível
em: https://www.who.int/news-room/q-a-detail/q-a-on-infection-prevention-and-
control-for- health-care-workers-caring-for-patients-with-suspected-or-confirmed-
2019-ncov
Centers for Disease Control and Prevention. CDC. Interim Infection Prevention and
Control Recommendations for Patients with Known or Patients Under Investigation
for 2019 Novel Coronavirus (2019-nCoV) in a Healthcare Setting, 2020. Disponível
em: https://www.cdc.gov/coronavirus/2019-ncov/hcp/infection-control.html
Centers for Disease Control and Prevention. CDC. National Center for Immunization
and Respiratory Diseases (NCIRD), Division of Viral Diseases. Checklist for
Healthcare Facilities: Strategies for Optimizing the Supply of N95 Respirators during
the COVID-19 Response. Disponível em: https://www.cdc.gov/coronavirus/2019-
ncov/hcp/checklist-n95-strategyh.pdf
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DURANTE A ASSISTÊNCIA AOS CASOS SUSPEITOS OU CONFIRMADOS DE INFECÇÃO PELO NOVO CORONAVÍRUS
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Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos
Estratégicos. Departamento do Complexo Industrial e Inovação em Saúde.
Classifcação de risco dos agentes biológicos - 3. Ed.; 2017
Center for Disease Control and Prevention. CDC. Guideline for Isolation Precautions:
Preventing Transmission of Infectious Agents in Healthcare Settings. Siegel JD,
Rhinehart E, Jackson M, Chiarello L, and the Healthcare Infection Control Practices
Advisory Committee, 2007 (Last update: July 2019) Disponível em:
https://www.cdc.gov/infectioncontrol/guidelines/isolation/index.html
Dato, VM, Hostler, D e Hahn, ME. Ícone externo de máscara respiratória simples,
Emerg Infect Dis . 2006; 12 (6): 1033-1034.
Centers for Disease Control and Prevention. CDC. Strategies for Optimizing the
Supply of N95 Respirators: Crisis/Alternate Strategies. Disponível em:
https://www.cdc.gov/coronavirus/2019-ncov/hcp/respirators-strategy/crisis-
alternate-strategies.html
Centers for Disease Control and Prevention. CDC. Release of Stockpiled N95
Filtering Facepiece Respirators Beyond the Manufacturer-Designated Shelf Life:
Considerations for the COVID-19 Response, February 28, 2020. Disponível em:
https://www.cdc.gov/coronavirus/2019-ncov/release-stockpiled-N95.html
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ANEXO 1 – ORIENTAÇÕES PARA UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA (UTI)
SITUAÇÃO RECOMENDAÇÕES
CONTROLE DE Se disponível, internar o paciente, preferencialmente, em uma unidade de
ENGENHARIA isolamento respiratório com pressão negativa e filtro HEPA (High Efficiency
Particulate Arrestance). Na ausência desse tipo de unidade, deve-se colocar
o paciente em um quarto com portas fechadas e com janelas abertas e
restringir o número de profissionais que prestam assistência a esses
pacientes.
Na ausência de boxes fechados, recomenda-se delimitar fisicamente, por
exemplo, com sinalização no chão, a área de entrada dos boxes ou a área
de coorte: COVID-19, caso a UTI não seja exclusiva para o atendimento de
pacientes com COVID-19.
EQUIPE EXCLUSIVA A equipe, preferencialmente, exclusiva para o atendimento de pacientes com
COVID-19, deverá permanecer em área separada (área de isolamento) e
evitar contato com outros profissionais envolvidos na assistência de outros
pacientes (coorte de profissionais).
Os profissionais que permanecerem na área de isolamento para COVID-19,
devem retirar a roupa pessoal (no início das atividades diárias) e usar apenas
roupas disponibilizadas pela instituição.
USO DE Conforme já mencionado nesta Nota Técnica, deve-se utilizar os EPI,
EQUIPAMENTOS DE conforme o tipo de assistência que será prestada.
PROTEÇÃO Atentar-se para a ordem para a paramentação e desparamentação seguras
INDIVIDUAL (EPI) do EPI e a higiene de mãos com água e sabonete líquido OU preparação
alcoólica a 70%, principalmente, durante a desparamentação por ser o
momento de maior risco de contaminação do profissional.
ORIENTAÇÕES - Todo material deve ser preparado fora do box ou área de coorte.
GERAIS PARA - A equipe de intubação deve limitar-se ao médico e ao menor número de
INTUBAÇÃO pessoas possível.
- Durante a intubação, um circulante poderá permanecer do lado de fora do
isolamento para atender às solicitações da equipe interna.
- Antes da intubação: Instalar filtro HEPA, HMEF ou HME com filtragem para
vírus no ambu. De preferência, conectar direto ao ventilador mecânico,
evitando utilização de ambu neste paciente.
- O jogo de laringoscópio utilizado na intubação deverá ser encaminhado
para limpeza e desinfecção habitual (de acordo com protocolo do serviço de
saúde).
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SISTEMA DE Preferencialmente, instalar sistema fechado de aspiração - trach care em
ASPIRAÇÃO todos os pacientes; na impossibilidade do uso desse sistema, só realizar
aspiração em caso de alta pressão de pico na ventilação mecânica,
presumivelmente, por acúmulo de secreção.
TROCA DE TRACH O pinçamento do tubo orotraqueal (TOT) deverá ser feito com pinça, antes
CARE E FILTROS HME da desconexão para troca do sistema (Trach Care ou filtro HME),
desconexão do ambu ou troca de ventilador de transporte para ventilador da
unidade.
COLETA DE EXAMES A coleta de exames deve ser feita, preferencialmente, por profissionais de
LABORATORIAIS enfermagem da equipe exclusiva, para evitar a exposição desnecessária de
outros profissionais.
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RETIRADA E Seguir Protocolo do serviço de saúde e orientações previstas nessa Nota
PROCESSAMENTO DE Técnica.
ROUPA DE CAMA
RESÍDUOS De acordo com o que se sabe até o momento, o novo coronavírus pode ser
enquadrado como agente biológico classe de risco 3. Seguindo a
Classificação de Risco todos os resíduos provenientes da assistência a
pacientes suspeitos ou confirmados de infecção pelo novo coronavírus
(SARS-CoV-2) devem ser enquadrados na categoria A1, conforme
Resolução RDC/Anvisa nº 222, de 28 de março de 2018. Para mais
orientações verificar tópico específico nessa Nota Técnica.
Referências:
Ppe E, Director-general WHO. Rational use of personal protective equipment for coronavirus disease
2019 (COVID-19). 2020;2019(February):1–7.
Centers for Disease Control and Prevention. CDC. Recommended Guidance for Extended Use and
Limited Reuse of N95 Filtering Facepiece Respirators in Healthcare Settings.
https://www.cdc.gov/niosh/topics/hcwcontrols/recommendedguidanceextuse.html. March 28, 2018
Centers for Disease Control and Prevention. CDC. Interim Infection Prevention and Control
Recommendations for Patients with Suspected or Confirmed Coronavirus Disease 2019 (COVID-19)
in Healthcare Settings. https://www.cdc.gov/coronavirus/2019-ncov/infection-control/control-
recommendations.html. Center for desease control and prevention 2020.
Centers for Disease Control and Prevention. CDC. Recommended Guidance for Extended Use and
Limited Reuse of N95 Filtering Facepiece Respirators in Healthcare Settings.
https://www.cdc.gov/niosh/topics/hcwcontrols/recommendedguidanceextuse.html. Center for
desease control and prevention, 2018.
ORIENTAÇÕES PARA SERVIÇOS DE SAÚDE: MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE QUE DEVEM SER ADOTADAS
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ANEXO 2 – ORIENTAÇÕES PARA SERVIÇOS DE DIÁLISE
Estas orientações são baseadas nas informações atualmente disponíveis sobre as infecções
pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) e podem ser atualizadas à medida que mais estudos
estiverem disponíveis e que as necessidades de resposta mudem no país. É importante
manter-se informado para evitar a introdução e minimizar a disseminação do novo
coronavírus nos serviços de diálise.
Além das orientações contidas nesta nota técnica, o serviços de diálise devem seguir as
seguintes orientações:
Orientações gerais
ORIENTAÇÕES PARA SERVIÇOS DE SAÚDE: MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE QUE DEVEM SER ADOTADAS
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● Permitir a presença de acompanhantes apenas em casos excepcionais ou definidos por
lei.
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● Pacientes suspeitos ou confirmados de infecção pelo novo coronavírus devem ser levados
para uma área de tratamento o mais rápido possível, a fim de minimizar o tempo na área
de espera e a exposição de outros pacientes.
● As instalações devem manter no mínimo 1 metro de separação entre pacientes suspeitos
ou confirmados de infecção pelo novo coronavírus (usando máscaras cirúrgicas) e outros
pacientes durante o tratamento de diálise.
● Pacientes suspeitos ou confirmados de infecção pelo novo coronavírus devem
preferencialmente ser dialisados em uma sala separada, bem ventilada e com a porta
fechada, respeitando-se a distância mínima de 1 metro:
b. Se não tiver condições de colocar esses pacientes em uma sala separada, o serviço
deve dialisá-los no turno com o menor número de pacientes, nas máquinas mais
afastadas do grupo e longe do fluxo principal de tráfego, quando possível.
Lembrando que deve ser estabelecida uma distância mínima de 1 metro entre os
pacientes.
c. Caso haja mais de um paciente suspeito ou confirmado de infecção pelo novo
coronavírus, sugere-se realizar o isolamento por coorte, ou seja, colocar em uma
mesma área pacientes com infecção pelo mesmo agente infeccioso. Sugere-se
ainda que sejam separadas as últimas seções do dia para esses pacientes OU, no
caso de haver muitos pacientes com COVID-19 confirmada, o serviço deve
remanejar os turnos de todos os pacientes, de forma a manter aqueles com COVID-
ORIENTAÇÕES PARA SERVIÇOS DE SAÚDE: MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE QUE DEVEM SER ADOTADAS
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19 (suspeita ou confirmada) dialisando em um turno exclusivo para esses pacientes
(de preferência o último turno do dia).
De qualquer forma, deve haver a distância mínima de 1 metro entre os
leitos/poltronas, os pacientes devem utilizar máscara cirúrgica durante toda a sua
permanência no setor e os profissionais devem seguir todas as medidas de
precaução (uso de EPI e higiene das mãos, etc).
Atenção! A coorte não deve ser realizada entre pacientes com doenças respiratórias
de etiologias diferentes. Por exemplo, pacientes com influenza confirmada e com
COVID-19 não devem ficar na mesma coorte.
● Devem ser instituídas as precauções para gotículas e de contato, além das precauções
padrão por todos os profissionais que forem prestar assistência a pacientes suspeitos ou
confirmados de infecção pelo novo coronavírus. Isso inclui, entre outras ações, o uso de:
ORIENTAÇÕES PARA SERVIÇOS DE SAÚDE: MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE QUE DEVEM SER ADOTADAS
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(SARS-CoV-2). – 31.03.2020
50
● Utilizar produtos para saúde exclusivos para pacientes suspeitos ou confirmados de infecção
pelo novo coronavírus (termômetros, esfigmomanômetros, etc). Caso não seja possível,
proceder a rigorosa limpeza e desinfecção após o uso (pode ser utilizado álcool líquido a 70%,
hipoclorito de sódio ou outro desinfetante padronizado pelo serviço). Caso o produto seja
classificado como crítico, o mesmo deve ser encaminhado para a esterilização, após a limpeza.
● Após o processo dialítico deve ser realizada uma rigorosa limpeza e desinfecção de toda a
área que o paciente teve contato, incluindo a máquina, a poltrona, a mesa lateral, e qualquer
superfície e equipamentos localizados a menos de um metro da área do paciente ou que possam
ter sido tocados ou utilizados por ele.
Importante: Os serviços de diálise devem garantir que o tratamento dialítico continue sendo
prestado. Portanto, não devem se negar a receber pacientes suspeitos ou confirmados de
infecção pelo novo coronavírus ou pacientes que estavam realizando o tratamento dialítico
fora do seu domicílio (no mesmo estado ou em outro estado).
Os pacientes não podem ficar sem receber o tratamento dialítico, dessa forma, cabe ao
serviço de diálise ajustar os seus fluxos para o manejo de casos e seguir as orientações
contidas nesta Nota Técnica e nos documentos do Ministério da Saúde de forma a realizar
uma assistência segura para os pacientes e profissionais de saúde.
Referências:
Centers for Disease Control and Prevention. CDC. Interim Additional Guidance for Infection
Prevention and Control Recommendations for Patients with Suspected or Confirmed COVID-
19 in Outpatient Hemodialysis Facilities. Disponível em:
https://www.cdc.gov/coronavirus/2019-ncov/healthcare-facilities/dialysis.html
Centers for Disease Control and Prevention. CDC. Guideline for Isolation Precautions:
Preventing Transmission of Infectious Agents in Healthcare Settings. Siegel JD, Rhinehart E,
Jackson M, Chiarello L, and the Healthcare Infection Control Practices Advisory Committee,
2007 (Last update: July 2019) Disponível em:
https://www.cdc.gov/infectioncontrol/guidelines/isolation/index.html
ORIENTAÇÕES PARA SERVIÇOS DE SAÚDE: MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE QUE DEVEM SER ADOTADAS
DURANTE A ASSISTÊNCIA AOS CASOS SUSPEITOS OU CONFIRMADOS DE INFECÇÃO PELO NOVO CORONAVÍRUS
(SARS-CoV-2). – 31.03.2020
51
ANEXO 3 - ORIENTAÇÕES PARA SERVIÇOS DE GASTROENTEROLOGIA, EXAMES
DE IMAGEM E ANESTESIOLOGIA
PROCEDIMENTOS RECOMENDAÇÕES
52
que é sabido o potencial de contaminação através de
microporos da superfície da luva, além de tecnicamente
poder dificultar o processo de remoção. A medida mais
eficaz para prevenir contaminação do profissional no
processo de desparamentação na retirada das luvas é a
higienização obrigatória das mãos e cumprimento de todos
os passos recomendados.
• Após a realização de exames em pacientes com
suspeita/confirmação de infecção por SARS-CoV-2, está
indicada a limpeza e desinfecção concorrente das
superfícies da sala de exames, utilizando preferencialmente
um pano descartável com o desinfetante padronizado. O EPI
recomendado para o profissional da limpeza já foi citado
nesta nota. Não é necessário tempo de espera para reutilizar
a sala após a limpeza.
• Ao final do dia, deverá ser realizada limpeza terminal.
• Para os profissionais de saúde na sala de exames onde
serão atendidos pacientes suspeitos ou confirmados de
infecção por SARS-CoV-2 está indicada a utilização de
avental, luvas, máscara cirúrgica e óculos ou protetor facial.
Observação: Óculos e lentes de contato pessoais não são
considerados proteção ocular adequada.
• Para realização de exames em paciente SEM sintomas
respiratórios e sem história de infecção pelo SARS-CoV-2, o
paciente não precisa usar máscara e o uso de EPI não é
formalmente recomendado.
• No caso de se antever risco de procedimentos com potencial
PROCEDIMENTOS/EXAMES de gerar aerossóis, (como por exemplo necessidade de
DE IMAGEM intubação traqueal) o uso da máscara N95/PFF2 ou
RADIOLOGIA, equivalente, em substituição à máscara cirúrgica, está
ULTRASSONOGRAFIA, formalmente recomendado.
MAMOGRAFIA, • Considerando que umas das principais vias de
TOMOGRAFIA contaminação do profissional de saúde é momento de
COMPUTADORIZADA E desparamentarão, é fundamental que todos os passos de
RESSONÂNCIA higiene de mãos entre a retirada de cada EPI sejam
MAGNÉTICA rigorosamente seguidos.
• Após a realização de exames em pacientes com
suspeita/confirmação de infecção por SARS-CoV-2, está
indicada a limpeza e desinfecção concorrente das
superfícies da sala de exames, utilizando preferencialmente
um pano descartável com o desinfetante padronizado. Não
é necessário tempo de espera para reutilizar a sala após a
limpeza. Ao final do dia, deverá ser realizada limpeza
terminal.
ORIENTAÇÕES PARA SERVIÇOS DE SAÚDE: MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE QUE DEVEM SER ADOTADAS
DURANTE A ASSISTÊNCIA AOS CASOS SUSPEITOS OU CONFIRMADOS DE INFECÇÃO PELO NOVO CORONAVÍRUS
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• Para atendimento de casos suspeitos ou confirmados de
SARS-CoV-2 está indicada a utilização de avental, luvas,
gorro descartável, máscara N95/PFF2 ou equivalente e
protetor facial.
• Na impossibilidade de realizar triagem para casos suspeitos
de síndrome gripal por SARS-CoV2, para o momento da
pandemia, em locais onde há transmissão comunitária, está
recomendada também a utilização de avental, luvas, gorro
descartável, máscara N95/PFF2 ou equivalente e protetor
facial.
• Para pacientes triados sem evidência de síndrome gripal,
utilizar avental, luvas, gorro descartável, máscara cirúrgica,
óculos ou protetor facial.
• Limitar a permanência de profissionais na sala durante a
realização do procedimento de intubação.
• Procedimentos de intubação em pacientes suspeitos,
confirmados ou sem triagem adequada, devem ser
preferencialmente realizados em salas com pressão
negativa ou salas fechadas com acesso de pessoal e
material limitados.
• Considerando que umas das principais vias de
contaminação do profissional de saúde é momento de
PROCEDIMENTO DE desparamentarão, é fundamental que todos os passos de
INTUBAÇÃO PELO higiene de mãos entre a retirada de cada EPI sejam
PROFISSIONAL DA rigorosamente seguidos.
ANESTESIOLOGIA • Após a realização de exames em pacientes com
suspeita/confirmação de infecção por SARS-CoV-2, está
indicada a limpeza e desinfecção concorrente das
superfícies da sala, utilizando preferencialmente um pano
descartável com o desinfetante padronizado. Não é
necessário tempo de espera para reutilizar a sala após a
limpeza. Ao final do dia, deverá ser realizada limpeza
terminal.
• É recomendado que a instituição tenha um protocolo para
manter a higiene do aparelho de anestesia, tanto para sua
parte externa quanto interna, seguindo orientações do
fabricante, constantes no manual do equipamento.
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• Os circuitos ventilatórios devem ser protegidos com filtros
viral/bacteriano e filtro tipo HMEF (1 filtro tipo HMEF
conectado entre o tubo traqueal e o conector Y dos tubos
corrugados do aparelho de anestesia, 1 filtro bacteriano/viral
conectado no ramo inspiratório e 1 filtro bacteriano/viral
conectado no ramo expiratório).
•
Tubos corrugados e conectores devem ser trocados a cada
paciente
• Como recomendação adicional, a critério da CCIH de cada
instituição, o aparelho de anestesia pode ser protegido por
uma capa plástica transparente que evita o acúmulo de
secreções e sangue na superfície da mesa de trabalho,
botões de controles de fluxo, telas de monitores e outros
componentes. No entanto essa capa deve ser trocada a
cada paciente, bem como as superfícies do equipamento
devem ser limpas e desinfetadas.
Fonte: Associação Brasileira dos Profissionais em Controle de Infecções e Epidemiologia
Hospitalar, Sociedade Brasileira de Infectologia, Sociedade Brasileira de Anestesiologia, Sociedade
Brasileira de Endoscopia Digestiva, Associação de Medicina Intensiva Brasileira, Colegio Brasileiro
de Radiologia, Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia e Associação Médica Brasileira.
Março de 2020
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ANEXO 4 – ORIENTAÇÕES PARA SERVIÇOS ODONTOLÓGICOS
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Quadro 1 – Classificação de procedimentos odontológicos.
EMERGÊNCIA URGÊNCIA
(situações que potencializam o risco de (situações que determinam prioridade para o
morte do paciente) atendimento, mas não potencializam o risco
de morte do paciente)
57
Para qualquer procedimento odontológico, os profissionais devem tomar uma série de medidas
de proteção, de modo a prevenir-se infecções cruzadas.
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7. Sempre que possível, trabalhar a 4 mãos (EPIs semelhante para ambos).
8. Utilizar colutório antimicrobiano, pré-procedimento, aplicando-o às estruturas bucais através
de embrocação com gaze ou bochecho. Recomenda-se o uso de agentes de oxidação
(ex: peróxido de hidrogênio de 0,5 a 1% ou polvidona a 0,2%), com o objetivo de reduzir a
carga viral. A clorexidina parece não ser eficaz. Realizar este procedimento após redução
consistente da saliva residual, por aspiração contínua. A indicação do uso de agentes de
oxidação é exclusivamente para pré-procedimento, não é recomendado o uso contínuo desse
produto pelo paciente. O bochecho pré-procedimento (15mL da solução por 30 segundos),
realizado pelo paciente, somente deve ocorrer se o mesmo estiver consciente, orientado e
contactuante.
9. Outras medidas para minimizar a geração de aerossóis e respingos salivares e de sangue,
devem ser tomadas como:
9.1. Colocar o paciente na posição mais adequada possível.
9.2. Utilizar sucção/aspiração de alta potência para reduzir quantidade de saliva na
cavidade oral e estímulo à tosse, além de dique de borracha para reduzir a dispersão
de gotículas e aerossóis.
9.3. Evitar o uso de seringa tríplice, principalmente em sua forma em névoa (spray),
acionando os dois botões simultaneamente; regular a saída de água de refrigeração.
9.4. Sempre que possível, recomenda-se utilizar dispositivos manuais, como
escavadores de dentina, para remoção de lesões cariosa (evitar canetas de alta e baixa
rotação) e curetas periodontais para raspagem periodontal. Preferir técnicas químico-
mecânicas se necessário.
9.5. Não utilizar aparelhos que gerem aerossóis como jato de bicarbonato e ultrassom.
9.6. Sempre que possível, utilizar isolamento absoluto (dique de borracha).
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pulverização.
13. Sempre que possível, dê preferência às suturas com fio absorvível.
14. Casos de lesões bucais e maxilofaciais, com potencial risco de morte, devem ser admitidos
em hospital, imediatamente.
15. Depois do atendimento, devem-se realizar os procedimentos adequados de limpeza e
desinfecção ambiental e das superfícies. Após a realização de procedimentos em pacientes
com suspeita/confirmação de infecção por SARS-COV2 está indicada a limpeza e desinfecção
concorrente das superfícies do consultório odontológico, utilizando preferencialmente um
tecido descartável com o desinfetante padronizado, com especial atenção para as superfícies
de maior contato como painéis, foco de iluminação, mesa com instrumental, cadeira
odontológica, etc. O EPI recomendado para o profissional da limpeza já foi citado nessa Nota
Técnica. Não é necessário tempo de espera para reutilizar a sala após a limpeza e
desinfecção. Ao final do dia, deverá ser realizada limpeza terminal de toda a área.
Ademais, outras medidas devem ser adotadas a fim de reduzir o risco de contaminação:
1. Realizar frequentemente a higiene das mãos com água e sabonete líquido OU preparação
alcoólica a 70%.
2. Prover infraestrutura e insumos para a higiene das mãos (água, sabonete líquido, papel
toalha e lixeira com pedal) e dispensador de preparação alcoólica a 70%.
2.1. Uso de EPIs completos (gorro, óculos de proteção, máscara N95/PFF2 ou
equivalente protetor facial, avental impermeável e luvas).
2.2. Considerando que, uma das principais vias de contaminação do profissional de
saúde é no momento de desparamentação, é fundamental que todos os passos de
higiene de mãos entre a retirada de cada EPI sejam rigorosamente seguidos.
ORIENTAÇÕES PARA SERVIÇOS DE SAÚDE: MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE QUE DEVEM SER ADOTADAS
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2.3. A utilização de duas luvas com objetivo de reduzir risco de contaminação no
processo de desparamentarão não está indicada, pois pode passar a falsa sensação de
proteção. A medida mais eficaz para prevenir contaminação do profissional no processo
de retirada das luvas é a higienização obrigatória das mãos e cumprimento de todos os
passos recomendados.
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devem ser tomadas como:
10.1. Colocar o paciente na posição mais adequada possível.
10.2. Utilizar sucção/aspiração de alta potência para reduzir quantidade de saliva na
cavidade oral e estímulo à tosse, além de dique de borracha para reduzir a dispersão
de gotículas e aerossóis.
10.3. Evitar o uso de seringa tríplice, principalmente em sua forma em névoa (spray),
acionando os dois botões simultaneamente; regular a saída de água de refrigeração.
10.4. Sempre que possível recomenda-se utilizar dispositivos manuais, como
escavadores de dentina, para remoção de lesões cariosa (evitar canetas de alta e baixa
rotação) e curetas periodontais para raspagem periodontal. Preferir técnicas químico-
mecânicas se necessário.
10.5. Não utilizar aparelhos que gerem aerossóis como jato de bicarbonato e ultrassom.
10.6. Sempre que possível utilizar isolamento absoluto (dique de borracha).
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A3. Unidades de Terapia Intensiva:
Recomenda-se:
1. A higiene bucal dos pacientes em UTI deve ser mantida.
Seguir o Protocolo Operacional Padrão de Higiene Bucal (POP–HB) da Associação de
Medicina Intensiva Brasileira (AMIB), 2019.
https://www.amib.org.br/fileadmin/user_upload/amib/2019/novembro/29/2019_POO_HIGIENE_BUCA
L__HB__EM_PACIENTES_INTERNADOS_EM_UTI_ADULTO.pdf
3. Pacientes com suspeita ou confirmação de infecção pelo novo coronavírus, que fazem uso
de dispositivos protéticos bucais, quando retirados, NÃO armazenar no hospital. Estes
dispositivos deverão ser entregues, devidamente desinfetados, a um responsável. Em caso da
necessidade de uso determinado pelo cirurgião-dentista, a(s) prótese(s) deverão ser entregues
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com antecedência à equipe de assistência para desinfecção, em conformidade com o
Protocolo estabelecido por cada hospital.
Observação Final:
A utilização de agentes oxidantes, como o peroxido de hidrogênio, está sendo recomendada
na expectativa de se obter redução de carga viral, prévia aos procedimentos odontológicos, já
que estudos recentes demonstraram a sua eficácia no combate ao vírus SARS-CoV-2 e por
serem colutórios já utilizados pela Odontologia. É importante ressaltar que, não há na literatura
até o momento, outro agente antimicrobiano que demonstre ação comprovada e que possa
ser aplicado às estruturas bucais. A Povidona apresenta comprovadamente um maior risco de
eventos alérgicos. A menor concentração disponível no mercado é do peroxido de hidrogênio
3% e o serviço de Farmácia Hospitalar deve ser informado em tempo hábil para definir a melhor
maneira de viabilizar a formulação a de 0,5% a 1%.
REFERÊNCIAS
American Dental Association (ADA). What Constitutes a Dental Emergency? 2020. Disponível
em:
https://success.ada.org/~/media/CPS/Files/Open%20Files/ADA_COVID19_Dental_Emergenc
y_DDS.pdf?utm_source=adaorg&utm_medium=covid-resourceslp&utm_content=cv-pm-
emerg-def&utm_campaign=covid19&_ga=2.158719422.527261862.1584796909-
1982106663.1584563184
Centers for Disease Control and Prevention. CDC. Interim Infection Prevention an Control for
Patients with Suspected or Confirmed Coronavirus disease 2019 (COVID-19) in Healthcare
Settings. Ministério da Saúde. Fonte de dados: HTTPS://www.cdc.gov/coronavirus/2019-
nCoV/hcp/index.html. http://www.cda.org/Home/News-and-Events/COVID-19-Coronavirus-
Updates.
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DURANTE A ASSISTÊNCIA AOS CASOS SUSPEITOS OU CONFIRMADOS DE INFECÇÃO PELO NOVO CORONAVÍRUS
(SARS-CoV-2). – 31.03.2020
64
Dona BL, Gründemann LJ, Steinfort J, Timmerman MF, Van der Weijden GA. The inhibitory
effect of combining chlorhexidine and hydrogen peroxide on 3-day plaque accumulation. J Clin
Periodontol. 1998 Nov;25(11 Pt 1):879-83.
Meng L, Hua F, Bian Z. Coronavirus Disease 2019 (COVID-19): Emerging and Future
Challenges for dental and Oral Medicine. Journal of dental Research. International& American
Associations for dental Research, 2020. DOI: 10.1177/0022034520914246. journals.
sagepub.com.com/home/jdr.
Ministério da Saúde. Fonte de dados: HTTPS://www.cdc.gov/coronavirus/2019-
nCoV/hcp/index.html. http://www.cda.org/Home/News-and-Events/COVID-19-Coronavirus-
Updates
Peng X, Xu X, Li Y, Cheng L, Zhou X, Ren B. Transmission routes of 2019 –nCoV and controls
in dental practice. International Journal of Oral Science, March, 03 -2020. Rewiew Article. DOI:
10.1038/s41368-020-0075-9.
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ANEXO V - CUIDADOS COM O CORPO APÓS A MORTE
Nesse sentido, todos devem implementar precauções padrão e adicionalmente utilizar EPIs
apropriados de acordo com o nível de interação que os profissionais tiverem com o cadáver.
As medidas de prevenção e controle de infecção devem ser implementadas para evitar ou
reduzir ao máximo a transmissão de microrganismos.
Como já foi dito anteriormente, sabe-se até o momento que o novo coronavírus (SARS-
CoV-2) é transmitido por meio de gotículas respiratórias e também pelo contato direto com
pessoas infectadas ou indireto por meio das mãos, objetos ou superfícies contaminadas.
Desta forma, enfatizamos a importância da higiene das mãos (água e sabonete líquido OU
preparações alcoólicas a 70%), da limpeza e desinfecção de superfícies ambientais e de
instrumentais utilizados em procedimentos, bem como, a importância da utilização correta
dos EPIs. Informações como: requisitos dos EPIs e limpeza e desinfecção de superfícies,
também são descritos em outras partes dessa Nota Técnica.
Porém, como este é um vírus novo, cuja origem e progressão da doença não são ainda
inteiramente claros, mais precauções podem ser usadas até que mais informações estejam
disponíveis.
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1. Preparação e acondicionamento do corpo para transferência do quarto ou área de
coorte (isolamento) para uma unidade de autópsia, necrotério/funerária, crematório
ou local de sepultamento.
• A dignidade dos mortos, sua cultura, religião, tradições e suas famílias devem ser
respeitadas.
• O preparo e o manejo apressados de corpos de pacientes com COVID-19 devem
ser evitados.
• Todos os casos devem ser avaliados, equilibrando os direitos da família, a
necessidade de investigar a causa da morte e os riscos de exposição à infecção.
• Durante os cuidados com o cadáver, só devem estar presentes no quarto/box ou
área de coorte (isolamento), os profissionais estritamente necessários e todos
devem utilizar os EPI indicados e ter acesso a recursos para realizar a higiene das
mãos com água e sabonete líquido OU álcool a 70% (higiene das mãos antes e
depois da interação com o corpo e o meio ambiente).
• Todos os profissionais que tiverem contato com o cadáver, devem usar: óculos de
proteção ou protetor facial (face shield), máscara cirúrgica, avental ou capote (usar
capote ou avental impermeável caso haja risco de contato com volumes de fluidos
ou secreções corporais) e luvas de procedimento. Se for necessário realizar
procedimentos que podem gerar aerossóis como extubação, usar gorro e trocar a
máscara cirúrgica pela máscara N95/PFF2 ou equivalente.
• Os tubos, drenos e catéteres devem ser removidos do corpo, tendo cuidado especial
para evitar a contaminação com durante a remoção de cateteres intravenosos,
outros dispositivos cortantes e do tubo endotraqueal.
• Descartar imediatamente os resíduos perfurocortantes em recipientes rígidos, à
prova de perfuração e vazamento e com o símbolo de resíduo infectante.
• Recomenda-se desinfetar e tapar/bloquear os orifícios de drenagem de feridas e
punção de cateter com cobertura impermeável.
• Limpar as secreções nos orifícios orais e nasais com compressas.
• Tapar/bloquear orifícios naturais do cadáver (oral, nasal, retal) para evitar
extravasamento de fluidos corporais.
• A movimentação e manipulação do corpo deve ser a menor possível.
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• Acondicionar o corpo em saco impermeável, à prova de vazamento e selado.
Desinfetar a superfície externa do saco (pode utilizar álcool líquido a 70º, solução
clorada [0.5% a 1%], ou outro saneante desinfetante regularizado junto a Anvisa,
tomando-se cuidado de não usar luvas contaminadas para a realização desse
procedimento.
• Identificar adequadamente o cadáver;
• Identificar o saco de transporte com a informação relativa ao risco biológico; no
contexto da COVID-19: agente biológico classe de risco 3;
• Transferir o saco com o cadáver para o necrotério do serviço;
• Os profissionais que não tiverem contato com o cadáver, mas apenas com o saco,
deverão adotar as precauções padrão (em especial a higiene de mãos) e usar
avental ou capote e luvas. Caso haja risco de respingos, dos fluidos ou secreções
corporais, devem usar também, máscara cirúrgica e óculos de proteção ou protetor
facial (face shield).
• A maca de transporte de cadáveres deve ser utilizada apenas para esse fim e ser
de fácil limpeza e desinfeção.
• Após remover os EPI, todos os profissionais devem realizar a higiene das mãos.
Atenção: Não é recomendado que pessoas acima de 60 anos, com comorbidades (como
doenças respiratórias, cardíacas, diabetes) ou imunosuprimidas sejam expostas a
atividades relacionadas ao manejo direto do cadáver.
2. Autópsia
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Devido ao risco ocupacional, não se recomenda a realização de autópsia em cadáver de
pessoas que morreram com COVID-19, visto que expõem a equipe a riscos adicionais que
deverão ser evitados. No entanto, se a autópsia for indispensável, os serviços deverão
garantir medidas de segurança para proteger aqueles que realizarão a autópsia e deverão
ainda seguir as seguintes orientações:
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• Antes de sair da área de autópsia ou da antecâmara adjacente, o profissional deverá
retirar o EPI, com atenção, para evitar a contaminação. Os resíduos devem ser
enquadrados na categoria A1, conforme a RDC Anvisa nº 222/2018.
• Imediatamente após retirar os EPIs, os profissionais devem realizar a higiene das
mãos.
• Os EPIs que não são descartáveis, como protetor facial (face shield) ou óculos de
proteção, devem passar pelo processo de limpeza e posterior desinfecção.
• Os instrumentos usados durante a autópsia devem ser limpos e desinfetados
imediatamente após a autópsia, como parte do procedimento de rotina e de acordo
com as orientações dos fabricantes dos produtos;
• Deve-se realizar a limpeza e desinfecção rigorosa do local, após o término de todos
os procedimentos.
• Os sistemas de tratamento de ar devem permanecer ligados enquanto é realizada a
limpeza e desinfecção do local.
Atenção: Não é recomendado que pessoas acima de 60 anos, com comorbidades (como
doenças respiratórias, cardíacas, diabetes) ou imunosuprimidas sejam expostas a
atividades relacionadas ao manejo direto do cadáver.
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capote e luvas.
● Sempre realizar a higiene de mãos após a retirada dos EPIs.
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Atenção: Não é recomendado que pessoas acima de 60 anos, com comorbidades (como
doenças respiratórias, cardíacas, diabetes) ou imunosuprimidas sejam expostas a
atividades relacionadas ao manejo direto do cadáver.
Observação: Após o uso, os sacos de cadáver vazios devem ser descartados como
resíduos enquadrados pela RDC Anvisa nº 222/2018.
Devido ao atual contexto epidemiológico, caso haja funeral, deverão ocorrer com o menor
número possível de pessoas, preferencialmente, apenas os familiares mais próximos, para
diminuir a probabilidade de contágio do vírus SARS-CoV-2 entre as pessoas que
participarão do funeral. Os participantes devem respeitar o distanciamento físico (maior que
1 metro), além de adotarem a higiene respiratória/etiqueta da tosse (cobrir nariz e boca ao
tossir e espirrar com a parte interna do braço ou usar lenços de papel descartáveis e
sempre realizar a higiene das mãos) durante a cerimônia.
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Referências
World Health Organization. WHO. Infection Prevention and Control for the safe
management of a dead body in the context of COVID-19. 24 de março de 2020.
Disponível em: https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/331538/WHO-
COVID-19-lPC_DBMgmt-2020.1-eng.pdf
Centers for Disease Control and Prevention. CDC. Interim Guidance for Collection
and Submission of Postmortem Specimens from Deceased Persons Under
Investigation (PUI) for COVID-19, February 2020. Disponível em:
https://www.cdc.gov/coronavirus/2019-ncov/hcp/guidance-postmortem-
specimens.html
Public Health England (PHE). Guidance. COVID-19: infection prevention and control
guidance Version 1.0. última revisão 13 de março de 2020. Disponível em:
https://www.gov.uk/government/publications/wuhan-novel-coronavirus-infection-
prevention-and-control
ORIENTAÇÕES PARA SERVIÇOS DE SAÚDE: MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE QUE DEVEM SER ADOTADAS
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