Libras - Apostila Unimontes - 2
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MONTES CLAROS/MG
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS
“No mundo há muitas línguas diferentes, mas cada uma tem seu
sentido. Porém, se eu não entendo a língua que alguém está falando,
então quem fala é estrangeiro para mim e eu sou estrangeiro para ele."
(Primeira carta de Paulo aos Coríntios)
1. APRESENTAÇÃO:
2. LEGALIZAÇÃO DA LIBRAS:
Pesquisas sobre as línguas de sinais vêm mostrando que estas línguas são
comparáveis em complexidade e expressividade a quaisquer línguas orais. O que
diferencia as Línguas de Sinais (LS) das demais línguas é a sua modalidade visual-
espacial. Essas línguas expressam idéias sutis, complexas e abstratas. Os seus
usuários podem discutir filosofia, literatura ou política, além de esportes, trabalho,
moda e utilizá-las com função estética para fazer poesias, contar estórias, criar
peças de teatro e humor.
Como todas as línguas, as línguas de sinais, aumentam seus vocabulários com
novos sinais introduzidos pelas comunidades surdas em resposta às mudanças
culturais e tecnológicas. Assim a cada necessidade surge um novo sinal e, desde
que se torne aceito, será utilizado pela comunidade.
Acredita-se também que somente exista uma língua de sinais no mundo, mas
assim como as pessoas ouvintes em países diferentes falam diferentes línguas,
também as pessoas surdas por toda parte do mundo, que estão inseridas em
“Culturas Surdas”, possuem suas próprias línguas, existindo, portanto, muitas
línguas de sinais diferentes, como: Língua de Sinais Francesa, Chilena, Portuguesa,
Americana, Argentina, Venezuelana, Peruana, Inglesa, Italiana, Japonesa, Chinesa,
Uruguaia, russa, Urubus-Kaapor, citando apenas algumas. Estas línguas são
diferentes uma das outras e independem das línguas orais-auditivas utilizadas
nesses e em outros países, por exemplo: o Brasil e Portugal possuem a mesma
língua oficial, o português, mas as línguas de sinais são diferentes. O mesmo
acontece com os Estados Unidos e a Inglaterra, entre outros. Também pode
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acontecer que uma mesma língua de sinais seja utilizada por dois países, como é o
caso da língua de sinais americana que é usada pelos surdos dos Estados Unidos e
do Canadá.
Muitas pessoas acreditam que a Libras é o português feito com as mãos, que os
sinais substituem às palavras desta língua, e que ela é uma linguagem como a
linguagem das abelhas ou do corpo, como a mímica. Entre as pessoas que
acreditam que a Libras é realmente uma língua, há algumas que pensam que ela é
limitada e expressa apenas informações concretas, e que não é capaz de transmitir
ideias abstratas.
Esses mitos precisam ser desfeitos porque a Libras, como toda língua de sinais
é uma língua de modalidade gestual-visual que utiliza como canal ou meio de
comunicação, movimentos gestuais e expressões faciais que são percebidos pela
visão; portanto, diferencia da Língua Portuguesa, uma língua de modalidade oral-
auditiva, que utiliza como canal ou meio de comunicação, sons articulados que são
percebidos pelos ouvidos. Mas as diferenças não estão somente na utilização de
canais diferentes, estão também nas estruturas gramaticais de cada língua.
Uma semelhança entre as línguas é que todas são estruturadas a partir de
unidade mínimas que forma unidade mais complexa, ou seja, todas possuem os
seguintes níveis linguísticos: o fonológico, o morfológico, o sintático e o semântico.
No nível fonológico estão os fonemas. Os fonemas só têm valor contrastivo, não
têm significado, mas, a partir das regras de cada língua, eles se combinam para
formar os morfemas e estes as palavras.
Na língua portuguesa, por exemplo, os fonemas /m/ /n/ /s/ /a/ /e/ /i/ podem
combinar e formar a palavras “meninas”.
No nível morfológico, esta palavra é formada pelos morfemas {menin-}{-a}{-s}.
Diferentemente dos fonemas, cada um destes morfemas tem um significado: {menin-
}é o radical desta palavras e significa “criança”, “não adulto”; o morfema {-a}significa
“gênero feminino” e o morfema {-s} significa “plural”.
No nível sintático, esta palavra pode se combinar com outras para formar a
frase, que precisa ter um sentido em coerência com o significado das palavras em
um contexto, o que corresponde ao nível semântico (significado) e pragmático
(sentido no contexto: onde estão sendo utilizadas as palavras) respectivamente.
Assim o nível semântico permeia o morfossintático.
O que é denominado de palavra ou item lexical nas línguas orais-auditivas, são
denominados sinais nas línguas de sinais, sendo que ainda há a datilologia é a
soletração de uma palavra usando o alfabeto manual de LIBRAS. A datilologia é
mais usada para expressar nome de pessoas, localidades e outras palavras que não
possuem um sinal específico.
Os sinais são formados a partir da combinação do movimento das mãos com um
determinado formato em um determinado lugar, podendo este lugar ser uma parte
do corpo ou um espaço em frente ao corpo. As articulações das mãos, podem ser
comparadas aos fonemas e às vezes aos morfemas, chamadas de parâmetros.
4. PARÂMETROS DA LIBRAS
CONFIGURAÇÃO DAS MÃOS:
São formas das mãos, que podem ser da datilologia (alfabeto manual) ou outras
formas feitas pela mão predominante (mão direita para os destros), ou pelas duas
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*CONFIGURAÇÕES DE MÃOS
PONTO DE ARTICULAÇÃO:
É o lugar onde incide a mão predominante configurada, podendo esta tocar alguma
parte do corpo ou estar em um espaço neutro vertical (do meio do corpo até a
cabeça) e horizontal (à frente do emissor). Os sinais TRABALHAR, BRINCAR e
PAQUERAR são feitos no espaço neutro e os sinais ESQUECER, APRENDER e
DECORAR são realizados na testa.
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MOVIMENTO
Os sinais podem ter um movimento ou não. Os sinais PENSAR e CONVERSAR tem
movimentos, já os sinais EM PÉ e AJOELHAR não possuem movimentos.
SINAIS QUE TEM MOVIMENTOS SINAIS QUE NÃO TEM MOVIMENTO
ORIENTAÇÃO/DIRECIONALIDADE
Os sinais têm uma direcionalidade com relação aos parâmetros acima. Assim, os
verbos IR e VIR se opõem em relação à direcionalidade, como os verbos SUBIR e
DESCER, ACENDER e APAGAR, ABRIR-PORTA e FECHAR-PORTA.
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VERBO AVISAR
INTRODUÇÃO A LIBRAS
LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS
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* Quanto mais você participar, mais irá reter o que aprendeu. Não se preocupe com
os erros, eles são parte do processo de aprendizagem.
* Não se preocupe com um sinal que você perdeu. Procure entender o sentido da
conversa. Caso não sabia determinado sinal, pergunte.
* Não se preocupe com memorização, a medida que você for utilizando a LIBRAS, a
repetição e o contexto vão ajudá-lo a adquirir a língua.
* Procure sempre conversar em LIBRAS quando tiver algum surdo por perto, assim
estará mostrando que se importa com ele e ele participará da conversa.
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SAUDAÇÕES E APRESENTAÇÕES
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7.SAUDAÇÕES
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NOME
Homem Mulher
QUEM É?
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NÚMEROS CARDINAIS
Cardinais: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10
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MANHÃ TARDE
NOITE MADRUGADA
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DIAS DA SEMANA
MESES DO ANO
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VENTO CHUVA
RAIO/TROVÃO
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VER-TELEVISÃO DORMIR
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ONDE? DE-QUEM-É?
ME@ SE@
DEL@ NOSS@
PESSOA(S)
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EU
VOCÊ
EL@
EL@
_______________________ __________________
NÓS-DOIS (EM FRENTE) NÓS-TOD@
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VOCÊ+- 3
VOCÊ+- 2
EL@-2 EL@-3
EL@-4 EL@-TOD@
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DESENHISTA PINTOR@
REPÓRTER
JORNALISTA
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A) OBJETO
B) EMPREGO / PROFISSÃO
C) PESSOA
ESTÁGIO SALÁRIO-MENSAL
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25. FAMÍLIA
PAI MÃE
FILHO FILHA
IRMÃO IRMÃ
FILH@ ADOTIVO
VOVÓ VOVÔ
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28. CORES:
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VIOLETA ROSA
ESCUR@ CLAR@
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REFERÊNCIAS
MATOS, G. de. Direitos linguísticos dos Surdos.– Revista Vozes, 1984, no. 2.
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