Análise Comparativa - Rochart

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UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA

UNOESC – Chapecó

Análise Comparativa

DADOS DA DISCIPLINA:
 Disciplina: Avaliação Psicológica III Curso: Psicologia

 Data de entrega: 04/02/2019 Semestre: 7º Turno: Noturno

 Professora: Francine Cristine Garghetti

 Acadêmico(a): Vanessa Maghry de Andrades

O termo métodos projetivos foi designado por Frank, cujo compreendia que essas técnicas possbilitam o acesso aos significados,
padrões, sentidos e sentimentos, contribuindo para o processo de avaliação psicológica de forma a transparecer aspectos que o seujeito não
consegue expor por conta própria, sendo necessário muito tato e cuidado do aplicador, responsabilizando-se principalmente em relação às
interpretações (PINTO, 2014).
Abaixo segue uma tabela comparativa entre aspectos dos testes Rorschach e TAT, escolhidos devido o uso de lâminas na aplicação:

Rorschach TAT
Histórico Foi desenvolvido pelo Psiquiatra e Psicanalista suiço Desenvolvido por Henry Murray em 1935, com o
Hermann Rorschach, é uma técnica projetiva objetivo de mensurar determinadas características da
utilizada para avaliação de traços da personalidade. O personalidade, como o motivo. Composto por 31
teste é composto por 10 pranchas com imagens cartões com imagens em preto e branco que devem
diferentes, algumas com borrões preto e branco, ser separados para aplicação baseadas no sexo e
outras coloridas. No Brasil é utilizado o método idade do paciente.
Exner para classificação das respostas, bem como
deu origem a outros testes como o Zulliger.
Objetivo de avaliação Formar uma quadro amplo da dinâmica e estrutura da Revelar aspectos marcantes da personalidade, como
personalidade do indivíduo, demonstrando funções impulso, emoções, sentimentos complexos, conflitos
psíquicas com dificuldade e também os recursos siginificativos da personalidade.
positivos.
Aplicação A aplicação é feita individualmente, o aplicador Aplicação individual, o aplicador separa 20 lâminas
mostra ao paciente uma prancha de cada vez com a para aplicação (dependendo da idade e sexo do
seguinte pergunta “o que pode ser isso?”, todas as paciente), mostra ao paciente a lâmina e o mesmo
pranchas são mostradas numa mesma posição, porém deve observar e contar uma história sobre ela. É
o paciente pode virá-la a vontade, podendo dar aconselhável ser aplicado em indivíduos de 14 a 40
quantas respostas achar necessário. O teste pode ser anos.
aplicado em qualquer indivíduo que consiga se
expressar e tenha acuidade visual, de qualquer faixa
etária e classe social.

Interpretação Cada resposta do paciente é classificada de acordo Para realizar a interpretação do TAT o psicólogo
com quatro aspectos: o modo de percepção, ou seja, precisa ter conhecimento prévio de informações do
se o borrão é visto como um todo ou só uma parte sujeito, normalmente colhidas na anamnese. A
importa e qual essa parte. A determinante, qual intepretação é dividida em 6 partes:
aspecto foi importante, forma, cor, impressão do I. O herói, onde se reconhece o personagem por
movimento. O conteúdo, se a figura descrita é um ser quem o contador se mostra mais interessado.
humano, animal, parte do corpo, planta, paisagem,
objeto. A originalidade ou vulgaridade da resposta, se II. Os motivos, inclinações e sentimentos dos
a resposta é comum ou rara. heróis, onde o aplicador observa todos os
detalhes, notando o que os heróis sentem,
Cada resposta é codificada de acordo com o manual pensam ou fazem.
usado para interpretação, Exner é o mais usado no
Brasil, mas já está sendo introduzido um novo III. As forças do ambiente do herói, onde é
chamado R-Pas, que auxilia na codificação e observado a natureza geral das situações
interpretação dos resultados. O manual pede que se especialente as situação com que o herói se
obtenha no mínimo 14 respostas do indivíduo defronta.
avaliado para as 10 pranchas. IV. Desfecho, comparação do poder da
Exner baseia a interpretação em diferentes indíces, força do herói com a que emana do ambiente,
com 3 grupos de “variáveis chave”: quanta energia manifesta o herói por exemplo.
1-Formado pelos indíces de: esquizofrenia, depressão V. Temas, em que a interação entre a
e déficit de coping. necessidade do herói e o desfecho é um tema
simples, a junção de temas simples forma uma
2- Escalas D, capacidade de controle do
sequencia, indicam o enredo, a motivação, tema,
comprotamento e de lidar com o estresse.
os principais aspectos dramáticos da história.
3- Descreve os estilos dominantes da personalidade.
VI. E interesses e sentimentos, onde o
aplicador verifica como o autor expressou eles,
Os diferentes indíces de cada grupo são utilizados não apenas atribuindo ao herói, mas também na
então para para calcular três agrupamentos das escolha e na maneira que lida com os mesmos.
qualidades de funcionamento mental:

Grupo 1: Tríade cognitiva


-Processamento de informações
-Ideação: capacidade de cada indivíduo de traduzir a
informação que recebe do ambiente em conceitos e
ideais abstratos
- Mediação Cognitiva: tendencia da pessoa de ser
convencional ou não, na sua maneira de enxergar e
pensar nos acontecimentos

Grupo 2:
-Afetividade: habilidade de anejar e conduzir os
afetos.
-Autopercepção: conjunto de elementos que o
indíviuo constroi a respeito de si mesmo para
alcançar o autoconhecimento e autavaloração,
fazendo parte dessa mensuração a auto imagem e a
auto estima.
-Percepção interpessoal: são as necessidades,
atitudes, preconceitos e estilos de repostas que
indivíduo apresenta em seu campo de relações.

Grupo 3:
- Controle e tolerância ao estresse: capacidade do
indivíduo de utilizar recursos que possu disponíveis
para manter-se no direcionnamento de sua conduta.
- Estresse situacional: aa identificação de situações
e/ou períodos específicos em que para o indivíduo é
mais díficil colocar em prática a capacidade do item
anterior.

Com base na interpetação desses dados é possível


mapear um perfil da personalidade do indivíduo,
podendo auxiliar no diagnóstico clínico de um
transtorno mental, na solução de envolvimento do
indíviduo em determinado acontecimento, ou se tal
acontecimento afetou o funcionamento mental dele,
entre outros. O Rorschach é um teste que não tem
resposta certas ou erradas, cada resposta recebe seu
significado quando posta no contexto da
interpretação do teste e da vida do indivíduo.
Referências Bibliográficas

EXNER, J. E. Manual de interpretação do Rorschach para o Sistema compreensivo.


Tradução Laila Yazigi de Massuh, São Paulo: Casa do Psicólogo, 1999.
MURRAY, H. T.A.T: Teste de apercepção temática. Adaptação e padronização Maria
Cecília Vilhena, M. Silva. 3ª ed. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2005.
PINTO, E.R. Conceitos fundamentais dos métodos projetivos. Ágora, Rio de Janeiro, v XVII,
n. 1 jan/jun, 2014, p. 135-153

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