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Boletim do Trabalho e Emprego, n.

º 32, 29/8/2018

Conselho Económico e Social ...


Regulamentação do trabalho 2964
Organizações do trabalho 3104
Informação sobre trabalho e emprego ...

Propriedade
Ministério do Trabalho, Solidariedade
e Segurança Social

Edição
N.º Vol. Pág. 2018 Gabinete de Estratégia
e Planeamento
32 85 2960-3123 29 ago
Direção de Serviços de Apoio Técnico
e Documentação

ÍNDICE

Conselho Económico e Social:

Arbitragem para definição de serviços mínimos:


...

Regulamentação do trabalho:

Despachos/portarias:
...

Portarias de condições de trabalho:


...

Portarias de extensão:

- Portaria de extensão das alterações do contrato coletivo entre a Associação Portuguesa de Hospitalização Privada - APHP e
o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses - SEP ............................................................................................................................ 2964

Convenções coletivas:

- Contrato coletivo entre a Associação Nacional das Indústrias de Vestuário, Confecção e Moda - ANIVEC/APIV e a Federação
dos Sindicatos dos Trabalhadores Têxteis, Lanifícios, Vestuário, Calçado e Peles de Portugal - FESETE - Alteração salarial e
outras e texto consolidado .............................................................................................................................................................. 2965
- Contrato coletivo entre a APCOR - Associação Portuguesa da Cortiça e o Sindicato do Comércio, Escritórios e Serviços/
UGT - SINDCES/UGT (pessoal de escritórios) - Alteração salarial e outras ................................................................................ 3004
- Contrato coletivo entre a FENAME - Federação Nacional do Metal e o Sindicato dos Trabalhadores e Técnicos de Serviços,
Comércio, Restauração e Turismo - SITESE e outros - Alteração salarial e outras ....................................................................... 3005
- Contrato coletivo entre a Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA) e o Sindicato dos Tra-
balhadores e Técnicos de Serviços, Comércio, Restauração e Turismo - SITESE - Alteração salarial e outras ............................ 3007
- Contrato coletivo entre a Confederação Nacional da Educação e Formação (CNEF) e a FNE - Federação Nacional da Educa-
ção e outros - Alteração salarial e outras ........................................................................................................................................ 3011
- Acordo coletivo entre a BP Portugal - Comércio de Combustíveis e Lubrificantes, SA e outras e a Federação de Sindicatos da
Indústria, Energia e Transportes - COFESINT e outra - Revisão global ........................................................................................ 3015
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- Acordo de empresa entre a Font Salem Portugal, SA e a FESAHT - Federação dos Sindicatos da Agricultura, Alimentação,
Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal - Revisão global ........................................................................................................... 3041
- Acordo de empresa entre a Autoestrada do Algarve - Via do Infante - Sociedade Concessionária - AAVI, SA e o CESP - Sindi-
cato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal ..................................................................................... 3060
- Acordo de empresa entre a Santa Casa da Misericórdia de Alvor e o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública e
de Entidades com Fins Públicos - SINTAP .................................................................................................................................... 3067
- Acordo de adesão entre o Banco de Sabadell, SA - Sucursal em Portugal e o Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Ban-
cários - SNQTB ao acordo coletivo entre várias instituições de crédito e a Federação dos Sindicatos Independentes da Banca -
FSIB ................................................................................................................................................................................................ 3103
- Acordo de empresa entre o Centro de Educação e Formação Profissional Integrada - CEFPI e o Sindicato dos Trabalhadores
em Funções Públicas e Sociais do Norte (STFPSN) e outra - Constituição da comissão paritária ............................................... 3103

Decisões arbitrais:
...

Avisos de cessação da vigência de convenções coletivas:


...

Acordos de revogação de convenções coletivas:


...

Jurisprudência:
...

Organizações do trabalho:

Associações sindicais:

I – Estatutos:

- SITAMA - Sindicato dos Trabalhadores da Aviação, Manutenção e Aeroportos - Constituição ................................................. 3104
- STMEFE - Sindicato dos Trabalhadores do Metro e Ferroviários - Constituição ....................................................................... 3113

II – Direção:

- SITAMA - Sindicato dos Trabalhadores da Aviação, Manutenção e Aeroportos - Eleição ........................................................... 3120
- União dos Sindicatos do Algarve/CGTP-IN - Eleição ................................................................................................................. 3120

Associações de empregadores:

I – Estatutos:
...

II – Direção:

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- ANL - Associação Nacional de Laboratórios Clínicos - Eleição ................................................................................................. 3121


- Associação Portuguesa das Indústrias de Mobiliário e Afins - APIMA - Eleição ........................................................................ 3121

Comissões de trabalhadores:

I – Estatutos:
...

II – Eleições:
...

Representantes dos trabalhadores para a segurança e saúde no trabalho:

I – Convocatórias:

- Britaminho - Granitos e Britas do Minho, L.da - Convocatória .................................................................................................... 3122


- Exide Technologies Recycling II, L. - Convocatória .................................................................................................................
da
3122
- Petróleos de Portugal - PETROGAL, SA - Convocatória ............................................................................................................ 3123

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Aviso: Alteração do endereço eletrónico para entrega de documentos a publicar no Boletim do Trabalho e Emprego
O endereço eletrónico da Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho para entrega de documentos a publicar
no Boletim do Trabalho e Emprego passou a ser o seguinte: [email protected]
De acordo com o Código do Trabalho e a Portaria n.º 1172/2009, de 6 de outubro, a entrega em documento electrónico
respeita aos seguintes documentos:
a) Estatutos de comissões de trabalhadores, de comissões coordenadoras, de associações sindicais e de associações de
empregadores;
b) Identidade dos membros das direcções de associações sindicais e de associações de empregadores;
c) Convenções colectivas e correspondentes textos consolidados, acordos de adesão e decisões arbitrais;
d) Deliberações de comissões paritárias tomadas por unanimidade;
e) Acordos sobre prorrogação da vigência de convenções coletivas, sobre os efeitos decorrentes das mesmas em caso de
caducidade, e de revogação de convenções.

Nota:
- A data de edição transita para o 1.º dia útil seguinte quando coincida com sábados, domingos e feriados.
- O texto do cabeçalho, a ficha técnica e o índice estão escritos conforme o Acordo Ortográfico. O conteúdo dos textos é
da inteira responsabilidade das entidades autoras.

SIGLAS

CC - Contrato coletivo.
AC - Acordo coletivo.
PCT - Portaria de condições de trabalho.
PE - Portaria de extensão.
CT - Comissão técnica.
DA - Decisão arbitral.
AE - Acordo de empresa.

Execução gráfica: Gabinete de Estratégia e Planeamento/Direção de Serviços de Apoio Técnico e Documentação - Depósito legal n.º 8820/85.

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CONSELHO ECONÓMICO E SOCIAL

ARBITRAGEM PARA DEFINIÇÃO DE SERVIÇOS MÍNIMOS

...

REGULAMENTAÇÃO DO TRABALHO

DESPACHOS/PORTARIAS

...

PORTARIAS DE CONDIÇÕES DE TRABALHO

...

PORTARIAS DE EXTENSÃO

Portaria de extensão das alterações do contrato co- ao seu serviço, das profissões e categorias profissionais nela
letivo entre a Associação Portuguesa de Hospitaliza- previstas, não representados pela associação sindical outor-
ção Privada - APHP e o Sindicato dos Enfermeiros gante.
Portugueses - SEP Considerando o disposto no número 2 do artigo 514.º do
Código do Trabalho, foi efetuado o estudo de avaliação dos
indicadores previstos nas alíneas a) a e) do número 1 da Re-
As alterações do contrato coletivo entre a Associação
solução do Conselho de Ministros (RCM) n.º 82/2017, de 9
Portuguesa de Hospitalização Privada - APHP e o Sindica-
de junho de 2017. Segundo o apuramento do Relatório Úni-
to dos Enfermeiros Portugueses - SEP, publicadas no Bole-
co/Quadros de Pessoal de 2016, estão abrangidos pelos ins-
tim do Trabalho e Emprego, n.º 26, de 15 de julho de 2018,
trumentos de regulamentação coletiva de trabalho aplicáveis
abrangem no território nacional as relações de trabalho entre
no mesmo setor 1651 trabalhadores por contra de outrem a
empregadores que exercem a sua atividade no setor da hos-
tempo completo (TCO), excluindo os praticantes e aprendi-
pitalização privada, explorando unidades de saúde, com ou
zes e o residual, dos quais 20 % são homens e 80 % são mu-
sem internamento, com ou sem bloco operatório, destinado
lheres. De acordo com os dados da amostra, o estudo indica
à administração de terapêuticas médicas, e trabalhadores ao
que para 853 TCO (52 % do total) as remunerações devidas
seu serviço, uns e outros representados pelas associações ou-
são iguais ou superiores às remunerações convencionais, en-
torgantes.
quanto para 798 TCO (48 % do total) as remunerações são
As partes signatárias requereram a extensão das altera-
inferiores às convencionais, dos quais 17 % são homens e
ções da convenção a todos os empregadores não filiados na
83 % são mulheres. Quanto ao impacto salarial da extensão,
associação de empregadores outorgante que, na área da sua
a atualização das remunerações representa um acréscimo
aplicação, se dediquem à mesma atividade e trabalhadores

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de 2,6 % na massa salarial do total dos trabalhadores e de no Diário da República, 1.ª série, n.º 112, de 9 de junho de
6,3 % para os trabalhadores cujas remunerações devidas se- 2017, o seguinte:
rão alteradas. Na perspetiva da promoção de melhores níveis
Artigo 1.º
de coesão social, o estudo indica uma diminuição do leque
salarial e das desigualdades. As condições de trabalho constantes das alterações do
De acordo com o estatuído nos números 2 e 4 da RCM, contrato coletivo entre a Associação Portuguesa de Hospita-
na fixação da eficácia das cláusulas de natureza pecuniária, lização Privada - APHP e o Sindicato dos Enfermeiros Portu-
nos termos da alínea c) do número 1 do artigo 478.º do Có- gueses - SEP, publicadas no Boletim do Trabalho e Emprego,
digo do Trabalho, foi tido em conta a data do depósito da n.º 26, de 15 de julho de 2018, são estendidas no território
convenção e o termo do prazo para emissão da portaria de do Continente:
extensão, com produção de efeitos a partir do primeiro dia a) Às relações de trabalho entre empregadores não filiados
do mês em causa. na associação de empregadores outorgante que exercem a
Embora a convenção tenha área nacional, a extensão de sua atividade no setor da hospitalização privada, explorando
convenções coletivas nas Regiões Autónomas compete aos unidades de saúde com ou sem internamento, com ou sem
respetivos Governos Regionais, pelo que a presente extensão bloco operatório, destinado à administração de terapêuticas
apenas é aplicável no território do Continente. médicas, e trabalhadores ao seu serviço das profissões e ca-
Foi publicado o aviso relativo ao projeto da presente ex- tegorias profissionais previstas na convenção;
tensão no Boletim do Trabalho e Emprego, Separata, n.º 28, b) Às relações de trabalho entre empregadores filiados na
de 16 de julho de 2018, ao qual não foi deduzida oposição associação de empregadores outorgante que exercem a ati-
por parte dos interessados. vidade económica referida na alínea anterior e trabalhado-
Ponderadas as circunstâncias sociais e económicas jus- res ao seu serviço, das profissões e categorias profissionais
tificativas da extensão de acordo com o número 2 do artigo previstas na convenção, não representados pela associação
514.º do Código do Trabalho promove-se a extensão das al- sindical outorgante.
terações do contrato coletivo em causa.
Artigo 2.º
Assim, manda o Governo, pela Secretária de Estado da
Inclusão das Pessoas com Deficiência, no uso da competên- 1- A presente portaria entra em vigor no quinto dia após a
cia delegada por Despacho n.º 7825/2018, de 6 de agosto sua publicação no Diário da República.
de 2018, do Ministro do Trabalho, Solidariedade e Seguran- 2- A tabela salarial e cláusulas de natureza pecuniária pre-
ça Social, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º vistas na convenção produzem efeitos a partir de 1 de agosto
156, de 14 de agosto de 2018, ao abrigo do artigo 514.º e de 2018.
do número 1 do artigo 516.º do Código do Trabalho e da
Resolução do Conselho de Ministros n.º 82/2017, publicada 14 de agosto de 2018 - A Secretária de Estado da Inclusão
das Pessoas com Deficiência, Ana Sofia Antunes.

CONVENÇÕES COLETIVAS

Contrato coletivo entre a Associação Nacional no Boletim do Trabalho e Emprego, 1.ª série, n.º 9, de 8 de
das Indústrias de Vestuário, Confecção e Moda - março de 2007, n.º 18, de 15 de maio de 2008, Boletim do
ANIVEC/APIV e a Federação dos Sindicatos dos Trabalho e Emprego, n.º 21, de 8 de junho de 2009, n.º 23, de
Trabalhadores Têxteis, Lanifícios, Vestuário, Cal- 22 de junho de 2010, Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 30,
de 15 de agosto de 2011, Boletim do Trabalho e Emprego, n.º
çado e Peles de Portugal - FESETE - Alteração
10, de 15 de março de 2015 e Boletim do Trabalho e Empre-
salarial e outras e texto consolidado go, n.º 28, de 29 de julho de 2016 e Boletim do Trabalho e
Emprego, n.º 15, de 22 de abril de 2017.
Contrato colectivo de trabalho entre a Associação Na-
cional das Indústrias de Vestuário, Confecção e Moda -
CAPÍTULO I
ANIVEC/APIV e a Federação dos Sindicatos dos Trabalha-
dores Têxteis, Lanifícios, Vestuário, Calçado e Peles de Por-
Relações entre as partes outorgantes, área, âmbito
tugal - FESETE - Alteração salarial e outras e texto consoli-
dado publicado no Boletim do Trabalho e Emprego, 1.ª série, e vigência
n.º 20, de 29 de maio de 2006, com as alterações publicadas

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

Cláusula 1.ª E 677,00 E 700,00


Área e âmbito F 602,00 F 625,00

1- (Mantém-se). G 580,00 G 595,00


2- (Mantém-se). H 580,00 H 580,00
3- O presente contrato coletivo de trabalho abrange cerca Subsídio de refeição - 2,40 €, nos termos definidos na cláusula 42.ª
de 4000 empregadores e 75 000 trabalhadores.
Cláusula 2.ª Porto, 23 de julho de 2018.

Vigência e denúncia
Pel’A Associação Nacional das Indústrias de Vestuário,
Confecção e Moda - ANIVEC/APIV:
1- (Mantém-se).
2- A tabela salarial e o subsídio de refeição vigorarão por Alexandre Monteiro Pinheiro, na qualidade de mandatá-
12 meses, produzindo efeitos a partir de 1 de janeiro de 2018. rio.
3- (Mantém-se). Maria Manuela Fonseca Folhadela Rebelo, na qualidade
4- (Mantém-se). de mandatária.
5- (Mantém-se). Pel’A Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores Têx-
6- (Mantém-se). teis, Lanifícios, Vestuário, Calçado e Peles de Portugal -
7- (Mantém-se). FESETE:

ANEXO I-A Manuel António Teixeira de Freitas, na qualidade de


mandatário.
Isabel Cristina Lopes Tavares, na qualidade de manda-
Sector da produção
tária.
Tabela salarial de remunerações mínimas (Euros)
Texto consolidado
De janeiro a abril de 2018 De maio a dezembro de 2018
Grupos Remunerações (€) Grupos Remunerações (€)
A 888,00 A 911,00 CAPÍTULO I
B 786,00 B 809,00
Relações entre as partes outorgantes, área, âmbito
C 708,00 C 731,00
e vigência
D 632,00 D 655,00
E 599,00 E 622,00 Cláusula 1.ª
F 580,00 F 590,00
Área e âmbito
G 580,00 G 584,00
1- O presente contrato colectivo de trabalho aplica-se em
H 580,00 H 582,00
todo o território nacional e obriga:
I 580,00 I 580,00
a) Todas as empresas que exerçam qualquer das activida-
Subsídio de refeição - 2,40 €, nos termos definidos na cláusula 42.ª des representadas pela Associação Nacional das Indústrias
Nota à tabela: As categorias de bordador/eira, preparador/a e acabador/a, de Vestuário, Confecção e Moda - ANIVEC/APIV nela
enquadradas na letra I, auferem a título excecional e transitório o montante inscritas, a saber: confecção de vestuário em série ou por
de 581,00 euros. medida, masculino e feminino e de criança, exterior e inte-
rior (incluindo alfaiataria e modista, fatos, coletes, casacos,
camisas, casaquinhos, toucas, vestidos, sobretudos, calças,
gabardinas, blusões, robes, cintas e soutiens, blusas, pi-
ANEXO I-B
jamas, camisas de noite, gravatas, lenços, cuecas, fatos de
banho, fardamentos militares e civis, vestes sacerdotais, tra-
Sector administrativo
jos universitários e forenses, fatos de trabalho, batas, etc.,
Tabela salarial de remunerações mínimas (Euros) guarda-roupas figurados, etc.), artigos pré-natal, vestuário
para bonecas(os) de pêlo e de pano; roupas de casa e roupas
De janeiro a abril de 2018 De maio a dezembro de 2018 diversas; estilistas, costureiras, bordadeiras e tricotadeiras;
Grupos Remunerações (€) Grupos Remunerações (€) todos os restantes tipos de confecção em tecido, malha, peles
A 926,00 A 949,00 de abafo, peles sem pêlo, napas e sintéticos para homem,
B 812,00 B 835,00 mulher e criança e veículos motorizados, automóveis e aero-
naves; chapéus de pano e palha, bonés, boinas, flores e ence-
C 732,00 C 755,00
rados; fatos desportivos, artigos desportivos, tendas de cam-
D 697,00 D 720,00 pismo, toldos e encerados para festas, veículos automóveis,
aeronaves, etc.; bordados artesanais e bordados regionais

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em peças de vestuário e roupas e tecidos para o lar; todos 7- Na falta de nomeação, o terceiro árbitro será sorteado da
os restantes tipos de confecção; outras actividades afins do lista oficial da concertação social.
sector de vestuário e confecção, compreendendo-se nestas,
também, a comercialização dos produtos confeccionados; CAPÍTULO II
outras actividades exercidas por todas as empresas ou ins-
tituições do sector industrial e comercial e de serviços, etc.; Do contrato individual
fabricação de meias, similares de malha e de outro vestuário
de malha. Cláusula 3.ª
b) Os trabalhadores ao seu serviço representados pela Fe-
deração dos Sindicatos dos Trabalhadores Têxteis, Lanifí- Princípio do tratamento mais favorável
cios, Vestuário, Calçado e Peles de Portugal - FESETE. A presente convenção colectiva considera-se com carác-
2- As partes outorgantes obrigam-se a requerer ao minis- ter globalmente mais favorável para o trabalhador que quais-
tério responsável pela área laboral, aquando do depósito da quer instrumentos de regulação colectiva de trabalho (IRCT)
presente convenção, a sua aplicação, com efeitos reportados anteriores, que assim ficam integralmente revogados.
à data da publicação desta convenção, às empresas e aos tra-
balhadores ao serviço das actividades representadas. Cláusula 4.ª
3- O presente contrato colectivo de trabalho abrange cerca Admissão e carreira profissional
de 4000 empregadores e 75 000 trabalhadores.
Na admissão dos trabalhadores, as entidades patronais
Cláusula 2.ª deverão respeitar as condições estabelecidas na lei e no pre-
sente CCT.
Vigência e denúncia
1- Este contrato entra em vigor cinco dias após a publica- Cláusula 5.ª
ção no Boletim do Trabalho e Emprego. Condições de admissão
2- A tabela salarial e o subsídio de refeição vigorarão por
12 meses, produzindo efeitos a partir de 1 de janeiro de 2018. 1- Para além das condições particulares estabelecidas por
3- As matérias a seguir indicadas estão excluídas do âmbi- lei, são condições gerais de admissão:
to da arbitragem, só podendo ser revistas por acordo e man- a) A idade mínima legal;
tendo-se em vigor até serem substituídas pelas partes: b) Habilitações literárias mínimas.
a) Capítulo I, «Área, âmbito, vigência e denúncia»; 2- Não é permitido às empresas admitir ou manter ao ser-
b) Capítulo II, «Contrato individual, admissão e carreira viço indivíduos que não estejam nas condições estabelecidas
profissional»; no regulamento da profissão de fogueiro para a condução de
c) Capítulo III, «Direitos, deveres e garantias das partes»; geradores a vapor.
d) Capítulo IV, «Prestação do trabalho»; 3- Podem ser admitidos nas profissões de técnico de dese-
e) Capítulo V, «Retribuição do trabalho, salvo tabela sala- nho os trabalhadores habilitados com um dos cursos técnicos
rial e subsídio de refeição»; e condições seguintes:
f) Capítulo VI, «Suspensão do contrato de trabalho»; a) Desenhador/a-criador de moda («design») - É o/a
g) Capítulo VII, «Cessação do contrato de trabalho»; trabalhador/a diplomado com um curso superior ou equiva-
h) Capítulo VIII, «Acção disciplinar»; lente (Design) adquirido em escolas nacionais ou estrangei-
i) Capítulo IX, «Previdência»; ras e reconhecido pelas associações outorgantes;
j) Capítulo X, «Segurança, higiene e saúde no trabalho»; b) Modelista - É o/a trabalhador/a diplomado com o res-
k) Capítulo XI, «Formação profissional»; pectivo curso, adquirido em escolas da especialidade e reco-
l) Capítulo XII, «Direitos especiais»; nhecido pelas associações outorgantes;
m) Capítulo XIII, «Livre exercício da actividade sindical»; c) Desenhador/a de execução - É o/a trabalhador/a que
n) Capítulo XIV, «Disposições gerais e transitórias»; possui o curso complementar, 11.º ano, de desenho têxtil ou
o) Capítulo XV, «Carreiras profissionais»; artes gráficas.
p) Anexos I e III, relativos a categorias profissionais e en- 4- Em futuras admissões, os diminuídos físicos terão pre-
quadramentos profissionais. ferência quando em igualdade de condições com outros can-
4- A arbitragem voluntária é requerida por acordo das par- didatos.
tes e será realizada por três árbitros, um indicado pelas asso- Cláusula 6.ª
ciações patronais e outro indicado pela FESETE. O terceiro
árbitro será sorteado de uma lista conjunta de seis árbitros. Contratos a termo
5- No prazo de seis meses, cada uma das partes indicará à 1- Para além das situações previstas nos números 1, 2, 3 e
outra os nomes de três árbitros para a lista conjunta. 4 do artigo 140.º da Lei n.º 7/2009, de 12 de fevereiro, o em-
6- No prazo de 60 dias e para os efeitos do disposto no pregador poderá ainda contratar a termo certo um número de
número 5 desta cláusula, cada parte pode vetar um ou mais trabalhadores até 20 % do número global dos trabalhadores
dos árbitros indicados pela outra parte, que deverão ser subs- ao serviço, sem indicação do motivo justificativo, ou seja,
tituídos no prazo de 30 dias. dos factos ou circunstâncias que o justificam.

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2- No conjunto dos 20 % referidos no número anterior quentadas por determinação deste, desde que não excedam
também se incluem os trabalhadores contratados a empresas metade do período experimental.
de trabalho temporário. 2- Para os efeitos da contagem do período experimental,
3- Nas empresas com um número de trabalhadores até 20, não são tidos em conta os dias de falta, ainda que justifica-
o empregador pode admitir até mais 4 trabalhadores no âm- das, de licença e de dispensa, bem como de suspensão do
bito desta cláusula. contrato.
4- Tais contratos deverão ser reduzidos a escrito e conter:
Cláusula 9.ª
a) Nome ou denominação e domicílio ou sede dos contra-
entes; Contratos por tempo indeterminado
b) Actividade ou actividades contratadas e retribuição do
Nos contratos de trabalho por tempo indeterminado, o
trabalhador;
período experimental tem a seguinte duração:
c) Local e período normal de trabalho;
a) 90 dias para a generalidade dos trabalhadores;
d) Data de início do trabalho;
b) 180 dias para os trabalhadores que exerçam cargos de
e) Indicação do termo estipulado;
complexidade técnica e elevado grau de responsabilidade
f) Data da celebração do contrato e da respectiva cessação.
ou que pressuponham uma especial qualificação, bem como
5- A estes contratos não é aplicável a regulamentação pre-
para os que desempenhem funções de confiança;
vista nos números 1, 2, 3 na alínea b) do número 4, 5 e 6 do
c) 240 dias para pessoal de direcção e quadros superiores.
artigo 140.º, no que respeita ao motivo justificativo, e alínea
e) do número 1, 3 e 4 do artigo 141.º, 142.º, 143.º, 144.º, Cláusula 10.ª
145.º, 147.º e nos números 2 e 3 do artigo 148.º, no artigo
149.º, apenas no que respeita à indicação do respectivo fun- Contratos a termo
damento legal, ou seja, no que respeita ao motivo justificati- Nos contratos de trabalho a termo, o período experimen-
vo, e far-se-á referência a esta cláusula. tal tem a seguinte duração:
6- O contrato a termo certo celebrado nos termos dos nú- a) 30 dias nos contratos de duração igual ou superior a seis
meros 1 e 2 desta cláusula dura pelo tempo acordado, in- meses;
cluindo três renovações, não podendo exceder três anos, sen- b) 15 dias nos contratos a termo certo de duração inferior
do que o primeiro período de duração do mesmo não poderá a seis meses e nos contratos a termo incerto cuja duração se
ser inferior seis meses/180 dias, e as eventuais posteriores preveja não vir a ser superior àquele limite.
renovações não serão inferiores a períodos de três meses. Cláusula 11.ª
7- Os contratos referidos não podem exceder a duração
máxima de três anos, incluindo renovações, considerando-se Contratos em comissão de serviço
sem termo se forem excedidos os prazos de duração previs- 1- Nos contratos em comissão de serviço, a existência de
tos no números 6 e 7 desta cláusula, contando-se a antigui- período experimental depende de estipulação expressa no
dade do trabalhador desde o início da prestação de trabalho respectivo acordo.
- sendo aplicável o regime excepcional ou temporário de re- 2- O período experimental não pode, nestes casos, exceder
novação previsto na lei. 180 dias.
8- Os trabalhadores admitidos ao abrigo desta cláusula têm
preferência, quando em igualdade de condições, em futuras Cláusula 12.ª
admissões.
Denúncia
Cláusula 7.ª 1- Durante o período experimental, qualquer das partes
Período experimental
pode denunciar o contrato sem aviso prévio nem necessidade
de invocação de justa causa, não havendo direito a indemni-
1- O período experimental corresponde ao tempo inicial de zação, salvo acordo escrito em contrário.
execução do contrato e a sua duração obedece ao fixado nas 2- Tendo o período experimental durado mais de 60 dias,
cláusulas seguintes. para denunciar o contrato nos termos previstos no número
2- As partes devem, no decurso do período experimental, anterior o empregador tem de dar um aviso prévio de 7 dias.
agir de modo a permitir que possa apreciar-se o interesse na
manutenção do contrato de trabalho. Cláusula 13.ª
3- A antiguidade do trabalhador conta-se desde o início do
Categorias e carreiras profissionais
período experimental.
1- Os trabalhadores abrangidos por este contrato serão
Cláusula 8.ª obrigatoriamente classificados, de acordo com as tarefas que
Contagem do período experimental
efectivamente desempenhem ou para que foram contratados,
numa das categorias previstas neste contrato.
1- O período experimental começa a contar-se a partir do 2- As condições particulares de estágio, prática e carreira
início da execução da prestação do trabalho, compreendendo profissional são as definidas no capítulo XV.
as acções de formação ministradas pelo empregador ou fre-

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

Cláusula 14.ª e) Proceder com justiça em relação às infracções discipli-


nares dos trabalhadores sob as suas ordens;
Relatório único f) Informar com verdade, isenção e espírito de justiça a
A organização do relatório único é da competência do respeito dos inferiores hierárquicos;
empregador, nos termos da legislação aplicável e deve ser g) Acompanhar com todo o interesse a aprendizagem dos
enviado aos sindicatos filiados na FESETE, desde que estes que ingressem na profissão;
o solicitem até 15 dias antes da data limite de entrega do h) Proceder na sua vida profissional de forma a prestigiar
relatório único. a sua profissão;
i) Cumprir rigorosamente as disposições deste contrato;
CAPÍTULO III j) Não divulgar métodos de produção ou de comercializa-
ção referentes à organização da empresa;
Direitos, deveres e garantias das partes l) Usar de correcção em todos os actos que envolvam re-
lações com a entidade patronal, a chefia e o público quando
Cláusula 15.ª ao serviço da empresa;
m) Desempenhar, na medida do possível, o serviço dos
Deveres do empregador colegas que se encontrem impedidos, designadamente em
São deveres da entidade patronal: gozo de licença anual ou ausência por doença, observados os
a) Cumprir integral e rigorosamente as disposições deste termos previstos neste contrato e na lei e desde que tal não
contrato; implique diminuição na retribuição nem modificação subs-
b) Proporcionar aos trabalhadores boas condições nos lo- tancial na posição do trabalhador;
cais de trabalho, especialmente no que respeita à salubrida- n) Participar de modo diligente em acções de formação
de, higiene e segurança no trabalho; profissional que lhe sejam proporcionadas pelo empregador.
c) Usar de correcção em todos os actos que envolvam rela- Cláusula 17.ª
ções com os trabalhadores, assim como exigir aos trabalha-
dores com funções de chefia igual tratamento para com os Garantias do trabalhador
trabalhadores sob a sua orientação; É proibido à entidade patronal:
d) Não exigir aos trabalhadores trabalho incompatível com a) Opor-se por qualquer forma a que o trabalhador exerça
as suas aptidões físicas e categoria profissional, sem prejuízo os seus direitos ou usufrua dos benefícios e das garantias,
do disposto na alínea m) da cláusula 16.ª; bem como despedi-lo ou aplicar-lhe sanções disciplinares
e) Facultar aos trabalhadores a frequência de cursos de por causa desse exercício;
formação profissional e de especialização; b) Exercer pressão sobre o trabalhador para que actue no
f) Não deslocar qualquer trabalhador para serviços que sentido de influir desfavoravelmente nas condições de traba-
não sejam exclusivamente os da sua profissão ou que não lho dele ou dos seus companheiros;
estejam de acordo com a sua categoria, salvo nos termos pre- c) Em caso algum diminuir a retribuição ou modificar as
vistos neste contrato e na lei ou havendo acordo das partes; condições de trabalho do contrato individual de forma que
g) Passar atestado de comportamento e competência pro- dessa modificação resulte ou possa resultar diminuição de
fissionais aos seus trabalhadores, quando por estes solicita- retribuição, salvo nos casos previstos neste CCTV ou na lei;
do; d) Em caso algum baixar a categoria ou encarregar tempo-
h) Providenciar para que haja bom ambiente nos locais de rariamente o trabalhador de serviços não compreendidos no
trabalho; objecto do contrato de trabalho, salvo nos termos acordados
i) Facultar aos trabalhadores, nos termos da lei, um local neste contrato ou na lei;
de reunião na empresa; e) Transferir o trabalhador para outro local de trabalho,
j) Acompanhar com todo o interesse a aprendizagem dos salvo nos termos acordados neste contrato, na lei ou quando
que ingressam na profissão. haja acordo;
Cláusula 16.ª f) Despedir e readmitir o trabalhador, mesmo com o seu
acordo, havendo o propósito de o prejudicar em direitos ou
Deveres do trabalhador garantias já adquiridos;
a) Exercer com competência, zelo, assiduidade e pontuali- g) Exigir do seu pessoal trabalho manifestamente incom-
dade as funções que lhes estiverem confiadas; patível com as suas aptidões profissionais;
b) Executar o serviço segundo as ordens e instruções rece- h) Explorar com fins lucrativos quaisquer cantinas, refei-
bidas, salvo na medida em que as mesmas se mostrem con- tórios, economatos ou outros estabelecimentos directamente
trárias aos seus direitos e garantias; relacionados com a empresa para fornecimento de bens ou
c) Zelar pelo bom estado de conservação das máquinas e prestações de serviços aos trabalhadores;
dos utensílios que lhes sejam confiados; i) Obrigar o trabalhador a adquirir bens ou utilizar servi-
d) Respeitar e fazer-se respeitar dentro dos locais de tra- ços fornecidos pela entidade patronal ou pessoa por ela in-
balho; dicada.

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Cláusula 18.ª 2- Sejam quais forem as razões invocadas, a entidade pa-


tronal só poderá reduzir temporariamente os períodos nor-
Transferência do local de trabalho/Mobilidade geográfica mais de trabalho ou suspender os contratos de trabalho nos
1- O empregador pode transferir o trabalhador para outro termos da lei.
local de trabalho, temporária ou definitivamente, nas seguin-
Cláusula 21.ª
tes situações:
a) Em caso de mudança ou extinção, total ou parcial, do Mobilidade funcional
estabelecimento onde aquele presta serviço;
1- Quando o trabalhador exerça com carácter de regulari-
b) Quando outro motivo do interesse da empresa o exija e a
dade funções inerentes a diversas categorias, receberá a re-
transferência não implique prejuízo sério para o trabalhador.
tribuição de base estipulada neste IRCT para a mais elevada.
2- As partes podem alargar ou restringir o disposto no nú-
2- Sempre que o interesse da empresa o exija, o emprega-
mero anterior, mediante acordo que caduca ao fim de dois
dor pode encarregar temporariamente o trabalhador do de-
anos se não tiver sido aplicado.
sempenho de funções não compreendidas na actividade con-
3- A transferência temporária não pode exceder seis me-
tratada, desde que tal não implique modificação substancial
ses, salvo por exigências imperiosas do funcionamento da
da posição do trabalhador.
empresa.
3- Se a estas funções corresponder a retribuição de base
4- O empregador deve custear as despesas do trabalhador
prevista no CCT mais elevada, o trabalhador tem direito,
decorrentes do acréscimo dos custos de deslocação e da mu-
enquanto durar esse desempenho, à diferença entre a sua re-
dança de residência ou, em caso de transferência temporária,
tribuição de base e a retribuição de base prevista no IRCT
de alojamento.
para tais funções, nomeadamente em caso de substituição de
5- No caso de transferência definitiva, o trabalhador pode
trabalhador com categoria superior cujo contrato se encon-
resolver o contrato se tiver prejuízo sério, tendo direito à
trava suspenso.
compensação prevista no artigo 366.º do Código do Traba-
4- A ordem de alteração deverá ser justificada, com a indi-
lho.
cação do tempo previsível.
Cláusula 19.ª 5- Qualquer trabalhador poderá, porém, e desde que lhe
seja garantida a retribuição de base contratual prevista no
Transmissão do estabelecimento IRCT durante esse período, ser colocado a título experimen-
1- Em caso de transmissão de estabelecimento, por qual- tal em funções substancialmente diferentes, ainda que de ca-
quer título, da titularidade da empresa, do estabelecimento tegoria superior, durante um período de 120 dias seguidos ou
ou de parte da empresa ou estabelecimento que constitua interpolados, decorrido o qual o trabalhador será colocado
uma unidade económica, transmite-se para o adquirente a ou promovido à categoria em que foi colocado a título ex-
posição jurídica de empregador nos contratos de trabalho perimental ou regressará ao desempenho das suas anteriores
dos respectivos trabalhadores, bem como a responsabilidade funções.
pelo pagamento de coima aplicada pela prática de contraor- 6- Quando se verifique a situação referida no número ante-
denação laboral. rior, será dado prévio conhecimento ao trabalhador.
2- Durante o período de um ano subsequente à transmis-
Cláusula 22.ª
são, o transmitente responde solidariamente pelas obriga-
ções vencidas até à data da transmissão. Trabalho a tempo parcial
3- O disposto nos números anteriores é igualmente aplicá-
1- As empresas podem admitir trabalhadores a tempo
vel a transmissão, cessão ou reversão da exploração da em-
parcial, a que corresponda um qualquer período normal de
presa, do estabelecimento ou da unidade económica, sendo
trabalho semanal inferior a quarenta horas, designadamente
solidariamente responsável, em caso de cessão ou reversão,
quando se trata de trabalhadores-estudantes, trabalhadores
quem imediatamente antes exerceu a exploração da empresa,
com capacidade reduzida e ou que tenham responsabilidades
estabelecimento ou unidade económica.
familiares.
4- Considera-se unidade económica o conjunto de meios
2- Os trabalhadores admitidos a tempo inteiro podem be-
organizados com o objectivo de exercer uma actividade eco-
neficiar do regime previsto no número anterior desde que
nómica, principal ou acessória.
ocorram circunstâncias que o justifiquem e haja acordo es-
crito entre as partes, nomeadamente a fixação do horário.
CAPÍTULO IV 3- A retribuição hora não pode ser inferior à que é paga aos
trabalhadores a tempo inteiro.
Prestação de trabalho
Cláusula 23.ª
Cláusula 20.ª
Definição do horário de trabalho
Princípios gerais 1- Entende-se por horário de trabalho a determinação das
1- A todo o trabalhador é garantido o trabalho a tempo horas do início e do termo do período normal de trabalho
completo enquanto durar o seu contrato de trabalho. diário, bem assim como dos intervalos de descanso.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

2- Dentro dos condicionalismos legais e com observância ou em dois ou três turnos, o período normal de trabalho será
do disposto neste contrato colectivo, compete à entidade pa- cumprido de segunda-feira a sexta-feira, com excepção para
tronal estabelecer o horário de trabalho dos trabalhadores ao o 3.º turno da laboração em regime de três turnos, que será
serviço da empresa. cumprido de segunda-feira às 6 ou 7 horas de sábado, con-
3- Os órgãos representativos dos trabalhadores constituí- soante o seu início seja às 22 ou 23 horas, respectivamente.
dos nas empresas deverão pronunciar-se sobre tudo o que 3- Em regime de laboração de dois ou três turnos, os tra-
se refira ao estabelecimento e à organização dos horários de balhadores terão direito a um intervalo de descanso de trinta
trabalho. minutos, por forma que nenhum dos períodos de trabalho
tenha mais de seis horas de trabalho consecutivo, podendo o
Cláusula 24.ª
intervalo de descanso ser organizado em regime de rotação.
Limites máximos dos períodos normais de trabalho Cláusula 26.ª
1- Os limites máximos dos períodos normais de trabalho e
os intervalos de descanso são os seguintes: Adaptabilidade dos horários de trabalho
a) A duração normal do trabalho semanal não poderá ser Para além do regime da adaptabilidade previsto na lei la-
superior a quarenta horas semanais; boral, as empresas podem observar um regime especial de
b) A duração normal do trabalho diário não poderá exce- adaptabilidade do período de trabalho, nos termos constantes
der, em cada dia, oito horas; dos números seguintes:
c) A duração normal do trabalho diário deverá ser dividida 1- A duração média do trabalho será apurada por referên-
em dois períodos, entre os quais se verificará um intervalo de cia a um período de oito meses.
descanso com a duração mínima de uma hora e máxima de 2- O período normal do trabalho semanal fixado no núme-
duas em regime de horário normal, de modo que o trabalha- ro 1, alínea a), da cláusula 24.ª pode ser aumentado, até ao
dor não preste mais de seis horas de trabalho consecutivo; máximo de cinquenta horas de segunda-feira a sexta-feira,
d) O intervalo de descanso pode contudo ser de duração sem exceder duas horas por dia, podendo, sendo caso disso,
inferior, com o limite de trinta minutos, nas empresas onde ir além das duas horas dia desde que não ultrapasse as dez
já é praticado e nas outras quando, após consulta prévia aos de trabalho dia, só não contando para este limite o trabalho
trabalhadores, a mesma obtiver o consenso de dois terços suplementar.
dos trabalhadores a ela afectos, sempre de forma a não serem 2.1- Nos regimes de laboração de dois e três turnos, o au-
prestadas mais de seis horas de trabalho consecutivo; mento do número de horas do período normal de trabalho
e) A meio do 1.º período diário de trabalho ou do mais lon- semanal poderá ser feito ao sábado, até ao máximo de oito
go, os trabalhadores têm direito a uma pausa/interrupção de horas e durante 10 sábados por período de referência;
dez minutos, incluída no período normal de trabalho; 2.2- As horas de aumento de trabalho referidas no 2.1 desta
f) Poderão sempre ser acordados ao nível da empresa cláusula conferem um acréscimo de retribuição de 15 % da
quaisquer outras interrupções/pausas não integrando o perí- retribuição base por cada hora completa de serviço, ou um
odo normal de trabalho, com o acordo da maioria dos traba- acréscimo de 15 %, no período de descanso compensatório a
lhadores, ou, quando em regime de adaptabilidade, nos pe- cumprir durante o período de referência.
ríodos de aumento de horas do período normal de trabalho; 3- O empregador sempre que careça de recorrer ao regime
g) A interrupção referida na alínea e) do número 1 desta especial da adaptabilidade deverá comunicá-lo aos trabalha-
cláusula deixará de existir em futura redução do horário de dores a ele afectos, por escrito, e fazê-lo afixar na empresa
trabalho igual ou superior a uma hora e será proporcional- com a antecedência mínima de cinco dias úteis antes do seu
mente reduzida em caso de redução futura de horário inferior início, presumindo-se a sua aceitação por parte destes desde
a uma hora, sem prejuízo de acordo das partes outorgantes que dois terços dos mesmos não se oponham, por escrito, no
em contrário. prazo de dois dias úteis após afixação da respectiva proposta.
2- As empresas que já pratiquem um período normal de 4- As horas efectuadas para além dos limites previstos nas
trabalho de quarenta horas com a inclusão de duas pausas alíneas a) e b) da cláusula 24.ª e na cláusula 25.ª - dentro do
diárias de dez minutos não podem aumentar o tempo de tra- regime estabelecido nesta cláusula - serão compensadas:
balho invocando este acordo. a) em reduções do horário, em número de horas equivalen-
3- Em cada hora de trabalho em linha automática com te, acrescidas de 10 % de tempo, no máximo até ao final do
operações sucessivas de regimes em cadeia, haverá cinco período de referência;
minutos consecutivos de pausa, no máximo diário de trinta ou
minutos. b) pelo pagamento em singelo da retribuição base por cada
uma daquelas horas efectuadas, sem qualquer descanso com-
Cláusula 25.ª
pensatório e sem redução de horário - durante o período de
Trabalho por turnos referência.
5- Quanto às horas de compensação, a redução pode ser:
1- Nas secções que laborem em regime de três turnos, o
a) Em horas, em dias ou em meios-dias e o eventual rema-
período normal de trabalho diário não pode ser superior a
nescente pode ser aplicado em reduções de horário de tra-
oito horas.
balho noutros dias dentro do referido período de referência;
2- Nas secções que laborem em regime de horário normal

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

b) As horas ou os dias ou meios dias de descanso com- ração base correspondente aos dias de descanso compensató-
pensatório podem ser fixados em horas, dias ou meios dias rio em falta, abrangendo ainda o eventual acréscimo de des-
imediatos ou não ao período normal de descanso semanal, canso compensatório previsto na alínea a) do número 4 desta
ao período de férias ou a feriados, sempre sem prejuízo do cláusula, a liquidar com a remuneração do mês seguinte.
direito ao subsídio de refeição. 16- No final do período de referência de 8 meses, tratando-
6- As horas prestadas a mais não conferem o direito a qual- -se do regime previsto no número 2, se o trabalhador tiver
quer outra compensação para além da referida nos números beneficiado de um período de descanso compensatório supe-
4 e 10 desta cláusula, nomeadamente quanto à retribuição. rior ao trabalho prestado neste regime, as horas de trabalho
7- Os períodos de compensação poderão ser fixados nos em falta são transferidas para o período de referência seguin-
termos da alínea b) do número 5, por antecipação ao período te até ao máximo de 45 horas, sem atribuírem o direito ao
de aumento de horas do período normal de trabalho, dentro gozo de descanso compensatório.
do período de referência e, excepcionalmente, nos quatro
Cláusula 27.ª
meses posteriores ao termo do período de referência.
8- As faltas ao serviço nos dias em que ocorra um período Trabalho por turnos
normal de trabalho alargado serão descontadas na retribui-
1- Sempre que os períodos de laboração das empresas ex-
ção, tendo em atenção o total do tempo a que o trabalhador
cedam os limites máximos dos períodos normais de trabalho,
estaria obrigado nos termos do plano de adaptabilidade. Nos
deverão ser organizados turnos de pessoal diferente.
casos da redução da duração do trabalho nas mesmas circuns-
2- É apenas considerado trabalho em regime de turnos o
tâncias, será descontado o tempo em falta, tendo em atenção
prestado em turnos de rotação contínua ou descontínua, em
o horário a que o trabalhador estaria obrigado (nesses dias)
que o trabalhador está sujeito às correspondentes variações
ou a cumprir (de acordo com o plano de adaptabilidade).
de horário de trabalho.
9- Não se consideram compreendidas no tempo de traba-
3- As escalas de trabalho por turnos deverão ser afixadas
lho as interrupções/pausas que a empresa acorde com os tra-
com, pelo menos, duas semanas de antecedência.
balhadores envolvidos antes do início ou durante o período
4- Os trabalhadores só poderão mudar de turnos após o pe-
de laboração em regime de adaptabilidade nos períodos de
ríodo de descanso semanal.
aumento de horas do período diário normal de trabalho.
5- A prestação de trabalho em regime de turnos confere di-
10- Para os efeitos do disposto nesta cláusula, o emprega-
reito ao complemento de retribuição previsto na cláusula 47.ª
dor deve disponibilizar meios de transporte aos trabalhado-
6- O complemento referido no número anterior integra,
res enquanto praticar o regime especial de adaptabilidade
para todos os efeitos, a retribuição do trabalho, deixando de
nos períodos de horário alargado, desde que comprovada-
ser devido quando cessar a prestação de trabalho em regime
mente o trabalhador o não possa fazer pelos meios habituais.
de turnos.
11- Podem pedir dispensa da prestação de trabalho neste
7- Considera-se que se mantém a prestação de trabalho em
regime as trabalhadoras grávidas, puérperas ou lactantes e
regime de turnos durante as férias, bem como durante qual-
as/os trabalhadores deficientes ou com filhos de idade infe-
quer suspensão da prestação de trabalho ou do contrato de
rior a 18 meses.
trabalho, sempre que esse regime se verifique até ao momen-
12- O descanso compensatório pode ter lugar antes ou de-
to imediatamente anterior ao das suspensões referidas.
pois do aumento de horas do período normal de trabalho.
13- Por exigências imperiosas ao funcionamento da empre- Cláusula 27.ª-A
sa ou em caso de força maior, o plano de adaptabilidade pode
ser alterado, quer antecipando, quer adiando o período de Turnos especiais
descanso compensatório ou de aumento do período normal 1- As empresas podem organizar turnos especiais que per-
de trabalho, devendo para o efeito o empregador comunicar mitam a laboração de sábado a segunda-feira, bem como nos
aos trabalhadores abrangidos, ao delegado sindical e, na falta dias feriados, excepto os feriados dos dias 1 de janeiro, 1 de
deste, ao sindicato se algum dos trabalhadores abrangidos maio e 25 de dezembro, e nas férias dos restantes trabalha-
estiver filiado, com cinco dias úteis de antecedência, desde dores.
que devidamente fundamentado. 2- Nenhum trabalhador pode ser deslocado contra a sua
14- Nas situações em que se verifique urgência na utiliza- vontade para trabalhar nestes turnos.
ção do regime da adaptabilidade, o empregador poderá fixá- 3- O período normal de trabalho diário de cada turno não
-lo com quarenta e oito horas de antecedência, devendo, para poderá exceder doze horas.
esse efeito, ouvir previamente o delegado sindical, afixar o 4- Por forma a não prestarem mais de seis horas de traba-
plano em local bem visível e comunicá-lo aos trabalhadores lho consecutivo, os trabalhadores têm direito a um ou mais
abrangidos, presumindo-se a sua aceitação por parte destes intervalos de descanso de trinta minutos.
desde que dois terços dos mesmos não se oponham. 5- Para efeitos da retribuição dos trabalhadores abrangidos
15- No final do período de referência, tratando-se do regi- por este regime:
me previsto no número 2 e na alínea a) do número 4 desta a) Considera-se que as primeiras oito horas de trabalho,
cláusula, se o trabalhador não tiver beneficiado do período por jornada, são remuneradas tendo por base o valor da re-
de descanso compensatório, total ou parcialmente, pode o tribuição horária normal correspondente à categoria profis-
seu gozo ser substituído pelo pagamento do valor de remune- sional respectiva e as restantes são remuneradas com um

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acréscimo de 100 %; horário normal.


b) Os trabalhadores têm ainda direito ao subsídio diário 2- Para além das situações previstas na lei, não se conside-
de refeição, subsídios de férias e de Natal e demais prémios ra trabalho suplementar o prestado fora do horário de traba-
aplicáveis aos trabalhadores que laboram no regime de três lho para compensação de ausência ao trabalho efectuada por
turnos. iniciativa do trabalhador, desde que uma e outra tenham o
6- Os trabalhadores estão sujeitos a uma vigilância espe- acordo do trabalhador e do empregador.
cial o médico do trabalho e devem ser submetidos a exames 3- O trabalho prestado para compensação previsto no nú-
periódicos semestrais para controlar o seu estado de saúde. mero anterior, não pode exceder duas horas em dia normal
7- Sempre que o médico de medicina do trabalho da em- de trabalho e um número de horas igual ao período normal
presa constatar que a laboração neste regime especial está a de trabalho diário em dia de descanso semanal, obrigatório
afectar a saúde do trabalhador, a empresa, sempre que isso ou complementar ou feriado, não havendo lugar a acréscimo
seja possível, deve deslocar o trabalhador para um dos outros retributivo se a ausência prévia tiver sido remunerada.
turnos. 4- O trabalho suplementar só pode ser prestado quando a
8- Os trabalhadores devem gozar duas semanas consecuti- empresa tenha de fazer face a acréscimo eventual e transi-
vas de calendário de férias, podendo as outras duas ser goza- tório de trabalho e não se justifique para tal a admissão de
das separadamente. trabalhador, nos termos da lei.
Cláusula 27.ª-B 5- O trabalho suplementar pode ainda ser prestado em caso
de força maior ou quando seja indispensável para prevenir
Laboração em regime de quatro turnos diários ou reparar prejuízo grave para a empresa ou para a sua viabi-
1- As empresas podem organizar a laboração em regime lidade, nos termos da lei.
de quatro turnos, fixos ou rotativos, cujo período normal de 6- O trabalhador é obrigado a realizar a prestação do traba-
trabalho não pode ser superior a seis horas diárias e a trinta e lho suplementar, salvo quando, havendo motivos atendíveis,
seis horas por semana. expressamente solicite a sua dispensa.
2- Nas secções que laborem em regime de quatro turnos 7- O trabalho suplementar fica sujeito ao limite máximo
diários de seis horas cada turno, o período normal de traba- anual de 200 horas, para cujo cômputo não são consideradas
lho diário será cumprido a partir das 6h00 de segunda-feira e as horas de trabalho suplementar fundamentadas no âmbito
até às 24h00 de sábado, excepto para o quarto turno que será do número 5 desta cláusula.
das 0h00 de terça-feira às 6h00 de domingo. Cláusula 31.ª
3- Os trabalhadores que prestem serviço no regime de
quatro turnos diários não gozam o intervalo de descanso de Isenção de horário de trabalho
trinta minutos. 1- O trabalhador que venha a ser isento do horário de tra-
4- A transferência para o regime previsto nesta cláusula, e balho têm direito a uma retribuição especial nunca inferior a
ulteriores alterações depende do acordo do trabalhador. 30 % do salário que estava efectivamente a receber.
Cláusula 28.ª 2- Para além das situações previstas na lei, poderão ser
isentos de horário de trabalho os trabalhadores que desempe-
Laboração contínua nhem qualquer tipo de funções de chefia e os trabalhadores
1- Poderão as empresas que exerçam actividades em rela- que desempenhem funções de motorista.
ção às quais se verifique autorização para o efeito adoptar o
Cláusula 32.ª
sistema de laboração contínua.
2- Nos casos referidos no número anterior, a duração se- Início de laboração e tolerância
manal do trabalho não poderá exceder quarenta e oito horas,
1- A hora adoptada em todos os centros fabris é a oficial, e
nem a média de cada período de 12 semanas poderá exceder
por ela se regularão as entradas, as saídas e os intervalos de
a duração máxima fixada para a laboração em três turnos.
descanso dos trabalhadores.
3- Os períodos de descanso semanal poderão ser fixados
2- O trabalho deverá ser iniciado à hora precisa do começo
por escala, devendo, nesse caso, coincidir periodicamente
de cada período de laboração.
com o domingo.
3- Em casos excepcionais, poderá haver uma tolerância
Cláusula 29.ª diária até quinze minutos, no máximo de sessenta minutos
mensais, para os trabalhadores que com motivo atendível se
Trabalho nocturno
tenham atrasado no início de cada um dos períodos de labo-
1- Considera-se trabalho nocturno o prestado entre as 20 ração.
horas de um dia e as 7 horas do dia seguinte. 4- Para tanto, o trabalhador terá de comunicar por escrito à
2- Aos menores com idade igual ou superior a 16 anos só é empresa a razão de ser desse atraso, desde que esta lho exija.
permitido trabalhar entre as 7 horas e as 22 horas. 5- A utilização abusiva da faculdade aqui prevista, ainda
Cláusula 30.ª que com invocação de motivo atendível, poderá implicar a
retirada da faculdade até dois meses, ou até três meses em
Trabalho suplementar caso de reincidência.
1- Considera-se trabalho suplementar o prestado fora do 6- Aos trabalhadores que se atrasem para além dos perío-

2973
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

dos de tolerância não pode ser recusada a entrada no início rior, nomeadamente passaportes, vistos, licenças militares,
da meia hora seguinte até metade de cada período de labo- certificados de vacinação, autorização de trabalho e outros
ração. documentos impostos directamente pela deslocação.
7- O trabalhador tem o dever de marcar o cartão de contro- 2- O empregador manterá inscrito nas folhas de férias da
lo de entradas e saídas. Todavia a sua não marcação não de- Segurança Social o tempo de trabalho normal do trabalhador
termina desconto na retribuição desde que no próprio dia da deslocado.
omissão ou no período de laboração seguinte o trabalhador
Cláusula 38.ª
comprove devidamente a sua presença no trabalho.
Cláusula 33.ª Direitos do trabalhador nas grandes deslocações no Continente e nas
ilhas adjacentes
Deslocações 1- As grandes deslocações no Continente dão ao trabalha-
1- Entende-se por local habitual de trabalho o estabeleci- dor direito:
mento em que o trabalhador presta normalmente serviço ou a) À retribuição que auferiam no local de trabalho habi-
a sede ou delegação da empresa a que está adstrito quando o tual;
seu local de trabalho não seja fixo. b) A uma remuneração suplementar à verba de 5 € por dia;
2- Entende-se por deslocação em serviço a realização de c) Ao pagamento de despesas de transporte no local, aloja-
trabalho fora do local habitual, com carácter regular ou aci- mento e alimentação, devidamente comprovados e justifica-
dental. dos, durante o período efectivo da deslocação;
3- Nenhum trabalhador pode ser obrigado a realizar gran- d) A uma licença suplementar, com retribuição igual a 4
des deslocações, salvo se tiver dado o seu acordo escrito ou dias úteis por cada 60 dias de deslocação, bem como ao pa-
isso resultar do objecto específico do seu contrato de traba- gamento das viagens de ida e volta desde o local onde se
lho. encontra deslocado até à sua residência;
e) Ao pagamento de tempo de trajecto e espera fora do
Cláusula 34.ª período normal de trabalho, calculado na base da retribuição
de trabalho suplementar, de acordo com a cláusula 43.ª;
Pequenas deslocações
f) Ao pagamento das viagens de regresso imediato e volta,
Consideram-se pequenas deslocações em serviço todas se ocorrer o falecimento do cônjuge, de filhos ou pais.
aquelas que permitam a ida e o regresso diário do trabalha- 2- O período efectivo de deslocação conta-se desde a par-
dor à sua residência habitual. tida da sua residência até ao regresso ao local normal de tra-
Cláusula 35.ª balho.
3- Para o efeito desta cláusula, só será aplicável o regi-
Direitos do trabalhador nas pequenas deslocações me de trabalho extraordinário ao tempo do trajecto e espera,
O trabalhador tem direito, nas deslocações a que se refere durante a viagem de ida e volta, fora do período normal de
a cláusula anterior: trabalho.
a) Ao pagamento das despesas de transporte; 4- No caso de o trabalhador se fazer deslocar em viatura
b) Ao pagamento das refeições sempre que o trabalhador própria, terá direito ao pagamento de 25 % por quilómetro
fique impossibilitado de as tomar nas condições de tempo e sobre o preço do litro de gasolina super e ainda ao de todas
lugar em que normalmente o faz; as indemnizações por acidentes pessoais.
c) Ao pagamento do tempo de trajecto e espera fora do Cláusula 39.ª
período normal de trabalho, calculado na base da retribuição
de trabalho suplementar, de acordo com a cláusula 43.ª As Seguros e deslocações
fracções de tempo serão contadas sempre como meias horas; O pessoal deslocado em serviço será seguro pelo em-
d) No caso de o trabalhador se fazer deslocar em viatura pregador contra riscos de acidentes pessoais no valor de
própria, terá direito ao pagamento de 25 % por quilómetro 32 500 €.
sobre o preço do litro de gasolina super e ainda ao de todas
as indemnizações por acidentes pessoais.
CAPÍTULO V
Cláusula 36.ª
Retribuição
Grandes deslocações
Consideram-se grandes deslocações as que não permi- Cláusula 40.ª
tam, nas condições definidas neste contrato, a ida e o regres-
so diário do trabalhador à sua residência habitual. Retribuições mínimas
1- As retribuições de base devidas aos trabalhadores
Cláusula 37.ª
abrangidos pelo presente contrato são as constantes das tabe-
Encargos da entidade patronal nas grandes deslocações las referidas no anexo III.
1- São da conta do empregador as despesas de transporte 2- Para todos os efeitos, o valor da retribuição horária será
e de preparação das deslocações referidas na cláusula ante- calculado segundo a fórmula seguinte:

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

de 2015;
Rm x 12
b) 50 % da retribuição na primeira hora e 75 % da retribui-
52 x n ção, na hora ou fracção subsequente, a partir da 101.ª hora de
em que Rm é o valor da retribuição mensal e n é o período trabalho suplementar prestado após 1 de fevereiro de 2015.
normal de trabalho semanal. 2- Para cômputo das horas de trabalho suplementar, consi-
3- Havendo que deixar de remunerar ausências ao traba- dera-se o somatório das horas trabalhadas em dia normal de
lho, nos termos do respectivo regime, na aplicação da fórmu- trabalho, em dia de descanso semanal e feriado.
la referida no número 2 as horas de falta serão descontadas
Cláusula 44.ª
na retribuição de base mensal, excepto se o seu número ex-
ceder a média mensal das horas de trabalho, caso em que a Remuneração por trabalho prestado em dia de descanso semanal e
remuneração será correspondente às horas de trabalho efec- feriado
tivamente prestadas. 1- A prestação de trabalho suplementar em dia de descan-
Cláusula 41.ª so semanal, obrigatório ou complementar e em dia feriado,
confere ao trabalhador o direito aos seguintes acréscimos:
Pagamento da retribuição a) 50 % da retribuição, pelas primeiras 100 horas de traba-
1- O pagamento da retribuição mensal deverá ser efectua- lho suplementar prestadas após 1 de fevereiro de 2015;
do até ao final do mês a que respeita, podendo em casos ex- b) 100 % da retribuição, por cada hora de trabalho efectu-
cepcionais ser efectuado até ao 3.º dia útil do mês seguinte. ado a partir da 101.ª hora de trabalho suplementar prestado
2- No acto do pagamento da retribuição, o empregador após 1 de fevereiro de 2015.
deve entregar ao trabalhador documento donde constem a 2- Para cômputo das horas de trabalho suplementar, consi-
identificação daquele e o nome completo deste, o número dera-se o somatório das horas trabalhadas em dia normal de
de inscrição na Segurança Social respectiva, o número de trabalho, em dia de descanso semanal e feriado.
identificação fiscal, a categoria profissional, o período a que Cláusula 45.ª
respeita a remuneração e as demais prestações, os descontos
e deduções efectuados e o montante líquido a receber. Descanso compensatório

Cláusula 42.ª 1- Nos casos de prestação de trabalho em dias de descanso


semanal obrigatório, o trabalhador tem direito a um dia de
Subsídio de refeição descanso compensatório remunerado, a gozar num dos três
1- O trabalhador abrangido pelo presente CCT terá direito dias uteis seguintes.
a um subsídio de refeição no valor de 2,40 € por cada dia 2- Na falta de acordo o dia de descanso compensatório re-
completo de trabalho efectivamente prestado a que esteja munerado é fixado pelo empregador.
obrigado. 3- Será assegurado o transporte do trabalhador para a sua
2- O valor do subsídio referido no número 1 não será con- residência quando o trabalho suplementar se inicie ou termi-
siderado para os efeitos de férias e subsídios de férias e de ne entre as 20 horas de um dia e as 7 horas do dia seguinte
Natal. e a residência do trabalhador diste 3 km ou mais do local de
3- Aos trabalhadores abrangidos pelas situações previstas trabalho e o trabalhador não disponha de transporte próprio
nas cláusulas 35.ª a 38.ª, 87.ª e 88.ª deste CCT não há lugar à ou público adequado.
atribuição do subsídio de refeição. Cláusula 46.ª
4- A criação deste subsídio não prejudica outro ou outros
que a empresa queira praticar, desde que não sejam da mes- Remuneração por trabalho nocturno
ma natureza. 1- O trabalho prestado entre as 20 e as 23 horas será re-
5- A referência ao dia completo de trabalho a que o traba- munerado com o acréscimo de 25 % sobre a remuneração
lhador esteja obrigado nos casos de utilização das faculdades normal.
previstas nas cláusulas 85.ª e 86.ª é naturalmente entendida 2- O trabalho prestado entre as 23 e as 7 horas do seguinte
como restrita ao número de horas que o trabalhador esteja será remunerado com o acréscimo de 50 % sobre a remune-
obrigado a prestar efectivamente enquanto e nos dias em que ração normal.
beneficiar dessa faculdade.
Cláusula 47.ª
Cláusula 43.ª
Remuneração do trabalho em regime de turnos
Remuneração por trabalho suplementar
1- Pela prestação do trabalho em regime de turnos são de-
1- A prestação de trabalho suplementar em dia normal de vidos os complementos de retribuição, calculados com base
trabalho confere ao trabalhador o direito aos seguintes acrés- na remuneração efectiva, seguintes:
cimos: a) Em regime de dois turnos, de que apenas um é total ou
a) 25 % da retribuição na primeira hora e 37,5 % da retri- parcialmente nocturno - 15 %;
buição, na hora ou fracção subsequente, pelas primeiras 100 b) Em regime de três turnos ou de dois turnos, total ou par-
horas de trabalho suplementar prestado após 1 de fevereiro cialmente nocturnos - 25 %;

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

c) Em regime de três turnos ou de dois turnos, total ou


retribuição mensal
parcialmente nocturnos, se por força da laboração contínua 1 dia de falta =
30 x 12
os períodos de descanso semanal forem fixados por escala -
30 %. 6- Nos casos de doença, nos termos dos números 3 e 4,
2- Sempre que o acréscimo da retribuição do trabalho alínea c), desta cláusula, serão descontados os períodos de
prestado no período nocturno fixado na convenção colectiva ausência só na parte em que excedam os 30 ou 90 dias por
for superior ao fixado na lei, os complementos de retribuição ano - períodos estes que são cumuláveis -, respectivamente
devidos pela prestação de trabalho em regime de turnos se- de doença curta ou impedimento prolongado, ou a totalidade
rão estabelecidos com base em percentagens da remuneração do período de ausência se o(s) período(s) de impedimento(s)
mensal efectiva obtidas mediante a seguinte fórmula: prolongado(s) por doença ultrapassarem seis meses.
7- O trabalhador que tiver um ou vários impedimentos
15h + Pi x H
prolongados por doença e esses impedimentos se prolon-
100 x H guem para além de nove meses no período considerado entre
Sendo: 1 de dezembro e 30 de novembro do ano a que o subsídio se
h - O número de horas de trabalho prestado no ano duran- refere perderá o direito ao subsídio, salvo se nos dois anos
te o período nocturno; anteriores o trabalhador tiver cumprido com os seus deveres
Pi - A percentagem estabelecida, consoante as situações de assiduidade para com a empresa.
estabelecidas, respectivamente, nas alíneas a), b) ou c) do
número 1 desta cláusula; CAPÍTULO VI
H - O número total de horas de trabalho prestado durante
o ano. Suspensão da prestação de trabalho
3- Aos trabalhadores fogueiros apenas é aplicável o regi-
me constante do número 1 desta cláusula. Cláusula 49.ª
Cláusula 48.ª
Descanso semanal
Subsídio de Natal 1- Consideram-se dias de descanso semanal o sábado e o
1- Os trabalhadores abrangidos por este contrato têm direi- domingo.
to a receber, até ao dia 15 de dezembro de cada ano, um sub- 2- Poderão deixar de coincidir com o sábado e o domingo
sídio correspondente a um mês da retribuição efectivamente os dias de descanso:
auferida, sem prejuízo dos números seguintes. a) Dos porteiros.
2- No ano de admissão e no da cessação do contrato, os b) Em exposição ou feira.
trabalhadores terão direito a um quantitativo do 13.º mês c) Dos trabalhadores das lojas de fábrica ao serviço nos
proporcional ao tempo de serviço prestado. estabelecimentos de venda ao público, nomeadamente ou-
3- As faltas injustificadas e ou justificadas sem direito a tlets, centros comerciais e grandes superfícies comerciais,
retribuição dadas pelo trabalhador no período compreendi- garantindo-se que o dia de descanso semanal coincida com
do entre 1 de dezembro e 30 de novembro do ano a que o o domingo pelo menos uma vez em cada quatro semanas.
subsídio se refere serão descontadas no quantitativo a que d) Trabalhadores em regime de turnos nos termos e limites
o trabalhador tinha direito nos termos dos números 1 e 2, à previstos no âmbito das cláusulas 25.ª, 27.ª-A e 27.ª-B.
razão de 1/30 de dois dias e meio de retribuição por cada dia 3- As escalas devem ser organizadas de modo que os tra-
completo de falta (por 30 dias de falta descontar-se-ão dois balhadores tenham em sete dias um dia de descanso.
dias e meio de retribuição). 4- Nos casos da confecção por medida e bordados regio-
4- Para os efeitos do número anterior, não são considera- nais, poderá optar-se entre o sábado como dia de descanso
das, cumulativamente, as faltas motivadas por: ou a parte do sábado e a manhã de segunda-feira, além do
a) Acidente de trabalho, qualquer que seja a duração do domingo.
impedimento; Cláusula 50.ª
b) Parto, dentro dos limites legais;
c) Doença devidamente comprovada, até: Feriados obrigatórios
30 dias por ano para os casos de uma ou várias doenças 1- Os trabalhadores têm direito a todos os feriados obri-
por períodos de duração igual ou inferior a 30 dias; gatórios sem perda de retribuição ou prejuízo de quaisquer
90 dias por ano para os casos de uma ou várias suspensões direitos ou regalias, sem que a entidade patronal possa com-
do contrato de trabalho por impedimento(s) prolongado(s) pensá-los com trabalho extraordinário.
por doença(s), desde que a duração do(s) impedimento(s) 2- Para os efeitos do disposto nesta cláusula, reproduz-se
por doença não ultrapasse seis meses. o elenco dos feriados obrigatórios e legalmente permitidos à
5- Para os efeitos desta cláusula, a retribuição diária será data do acordo:
calculada dividindo a retribuição por 30, pelo que a um dia 1 de janeiro;
de falta, nos termos do número 3, corresponderá um descon- Sexta-Feira Santa;
to de 1/12 da retribuição diária: 25 de abril;

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

1 de maio; podendo as férias ter início em dia de descanso semanal do


10 de junho; trabalhador.
15 de agosto; 3- O trabalhador pode renunciar parcialmente ao direito a
8 de dezembro; férias, sem prejuízo de ser assegurado o gozo efectivo de 20
25 de dezembro. dias úteis de férias ou a correspondente proporção no caso de
§ único. O feriado da Sexta-Feira Santa pode ser observa- férias no ano de admissão, sem redução da retribuição e do
do em outro dia com significado local no período da Páscoa. subsídio relativos ao período de férias vencido, que cumu-
3- Além dos feriados obrigatórios os trabalhadores têm di- lam com a retribuição do trabalho prestado nesses dias.
reito aos seguintes feriados facultativos:
Cláusula 54.ª
Terça-Feira de Carnaval;
Feriado municipal da localidade. Direito a férias nos contratos de duração inferior a seis meses
4- Poderá ser observado outro dia por acordo entre a maio-
1- O trabalhador admitido com contrato cuja duração total
ria dos trabalhadores e o empregador em substituição dos
não atinja seis meses tem direito a gozar dois dias úteis de
feriados facultativos.
férias por cada mês completo de duração do contrato.
Cláusula 51.ª 2- Para os efeitos da determinação do mês completo, de-
vem contar-se todos os dias, seguidos ou interpolados, em
Direito a férias que foi prestado trabalho.
1- O trabalhador tem direito a um período de férias retribu- 3- Nos contratos cuja duração total não atinja seis meses, o
ídas em cada ano civil. gozo das férias tem lugar no momento imediatamente ante-
2- O direito a férias deve efectivar-se de modo a possibili- rior ao da cessação, salvo acordo das partes.
tar a recuperação física e psíquica do trabalhador e assegu-
Cláusula 55.ª
rar-lhe condições mínimas de disponibilidade pessoal, de in-
tegração na vida familiar e de participação social e cultural. Encerramento para férias
3- O direito a férias é irrenunciável e, fora dos casos pre-
1- O empregador pode encerrar, total ou parcialmente, a
vistos neste contrato e na lei, o seu gozo efectivo não pode
empresa ou o estabelecimento nos seguintes termos:
ser substituído, ainda que com o acordo do trabalhador, por
a) Encerramento até 21 dias consecutivos entre 1 de junho
qualquer compensação económica ou outra.
e 30 de setembro;
4- O direito a férias reporta-se, em regra, ao trabalho pres-
b) Poderão ocorrer outros encerramentos no mesmo ano
tado no ano civil anterior e não está condicionado à assidui-
que permitam o gozo da parte restante do período de férias
dade ou efectividade de serviço, sem prejuízo do disposto
aos trabalhadores, designadamente em pontes, na Páscoa e
nos números 2 e 3 da cláusula 55.ª
no Natal.
Cláusula 52.ª 2- Em caso de força maior, nomeadamente face á ausência
efectiva ou previsível de encomendas, pode o empregador
Aquisição do direito a férias encerrar para férias fora dos períodos referidos nas alíneas
1- O direito a férias adquire-se com a celebração do con- e cláusulas anteriores, desde que o comunique aos trabalha-
trato de trabalho e vence-se no dia 1 de janeiro de cada ano dores, ao delegado sindical e, na falta deste, ao sindicato se
civil, salvo o disposto nos números seguintes. algum dos trabalhadores abrangidos estiver filiado e à ACT,
2- No ano da contratação, o trabalhador tem direito, após com a antecedência mínima de 5 dias.
seis meses completos de execução do contrato, a gozar dois 3- Para efeitos do disposto na alínea anterior, o emprega-
dias úteis de férias por cada mês de duração do contrato, até dor deve assegurar o gozo mínimo de 15 dias consecutivos
ao máximo de 20 dias úteis. de férias, no período compreendido entre 1 de junho e 30 de
3- No caso de sobrevir o termo do ano civil antes de decor- setembro.
rido o prazo referido no número anterior ou antes de gozado
Cláusula 56.ª
o direito a férias, pode o trabalhador dele usufruir até 30 de
junho do ano civil subsequente. Efeitos da cessação do contrato de trabalho
4- Da aplicação do disposto nos números 2 e 3 não pode
1- Cessando o contrato de trabalho, o trabalhador tem di-
resultar para o trabalhador o direito ao gozo de um período
reito a receber a retribuição correspondente a um período de
de férias, no mesmo ano civil, superior a 30 dias úteis.
férias proporcional ao tempo de serviço prestado até à data
Cláusula 53.ª da cessação, bem como ao respectivo subsídio.
2- Se o contrato cessar antes de gozado o período de férias
Duração do período de férias vencido no início do ano da cessação, o trabalhador tem ain-
1- O período anual de férias tem a duração mínima de 22 da direito a receber a retribuição e o subsídio corresponden-
dias úteis, sem prejuízo do disposto no número 5 da cláusula tes a esse período, o qual é sempre considerado para efeitos
59.ª de antiguidade.
2- Para efeitos de férias, são úteis os dias da semana de 3- Em caso de cessação de contrato no ano civil subse-
segunda-feira a sexta-feira, com excepção dos feriados, não quente ao da admissão ou cuja duração não seja superior a

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

12 meses, o cômputo total das férias ou da correspondente Cláusula 59.ª


retribuição a que o trabalhador tenha direito não pode exce-
der o proporcional ao período anual de férias tendo em conta Retribuição e subsídio de férias
a duração do contrato. 1- A retribuição do período de férias corresponde à que o
trabalhador receberia se estivesse em serviço efectivo.
Cláusula 57.ª
2- O trabalhador, além da retribuição referida no número
Marcação do período de férias anterior, terá direito a um subsídio de férias cujo montan-
te compreende a retribuição de base e as demais prestações
1- O período de férias é marcado por acordo entre empre-
retributivas que sejam contrapartida do modo específico da
gador e trabalhador.
execução do trabalho, que deve ser pago antes do início do
2- Na falta de acordo, cabe ao empregador marcar as férias
período de férias mais prolongado.
e elaborar o respectivo mapa, ouvindo para o efeito a comis-
3- A retribuição do subsídio de férias é aumentada no caso
são sindical ou delegados sindicais, nos seguintes termos:
de o trabalhador não ter faltado injustificadamente ou na
a) Não havendo oposição de uma maioria de dois terços
eventualidade de ter apenas faltas justificadas, no ano a que
dos trabalhadores ao plano de férias, poderão ser gozados
as férias se reportam, nos seguintes termos:
15 dias consecutivos entre 1 de julho e 30 de setembro e os
a) Três dias até ao máximo de uma falta ou dois meios
restantes nas épocas de Páscoa e ou Natal e em «regime de
dias;
pontes»;
b) Dois dias até ao máximo de duas faltas ou quatro meios
b) Em caso de oposição de uma maioria de dois terços dos
dias;
trabalhadores ao plano de férias, serão gozados 21 dias con-
c) Um dia até ao máximo de três faltas ou seis meios dias.
secutivos entre 1 de junho e 30 de setembro e os restantes nas
4- Para efeitos do número anterior, são equiparadas às fal-
épocas de Páscoa e ou Natal e em «regime de pontes».
tas os dias de suspensão do contrato de trabalho por facto
3- Na marcação das férias, os períodos mais pretendidos
respeitante ao trabalhador.
devem ser rateados, sempre que possível, beneficiando, al-
5- Por opção do empregador, o acréscimo no subsídio de
ternadamente, os trabalhadores em função dos períodos go-
férias previsto no número 3 desta cláusula, pode ser substitu-
zados nos dois anos anteriores.
ído por acréscimo do gozo de dias de férias, de acordo com o
4- Salvo se houver prejuízo grave para o empregador, de-
regime previsto nesta cláusula.
vem gozar férias em idêntico período os cônjuges que traba-
6- O regime previsto nos números 3, 4 e 5 desta cláusula,
lhem na mesma empresa ou estabelecimento, bem como as
produz efeitos a partir do direito a férias a vencer-se a 1 de
pessoas que vivam em união de facto ou economia comum.
janeiro de 2015 e cessa se o direito a férias consagrado na lei
5- O mapa de férias, com a indicação do início e do termo
for alterado no sentido do seu aumento, esteja este depen-
dos períodos de férias de cada trabalhador, deve ser elabora-
dente, ou não, da assiduidade do trabalhador.
do até 15 de abril de cada ano e afixado nos locais de trabalho
até ao final do ano civil. Cláusula 60.ª
Cláusula 58.ª Doença no período de férias

Efeitos da suspensão do contrato de trabalho por impedimento 1- Se o trabalhador adoecer durante as férias, serão as
prolongado mesmas suspensas desde que o empregador seja do facto in-
1- No ano da suspensão do contrato de trabalho por im- formado, prosseguindo o respectivo gozo após o termo da
pedimento prolongado respeitante ao trabalhador, se se ve- situação de doença, nos termos em que as partes acordarem,
rificar a impossibilidade total ou parcial do gozo do direito cabendo ao empregador, na falta de acordo, a marcação dos
a férias já vencido, o trabalhador tem direito à retribuição dias de férias não gozados, sem sujeição aos termos e limites
correspondente ao período de férias não gozado e ao respec- referidos na cláusula 57.ª
tivo subsídio. 2- A prova da situação de doença prevista no número ante-
2- No ano da cessação do impedimento prolongado o tra- rior poderá ser feita por estabelecimento hospitalar, por mé-
balhador tem direito, após a prestação de seis meses comple- dico da previdência ou por atestado médico, sem prejuízo,
tos de execução de trabalho, a gozar dois dias úteis de férias neste último caso, do direito de fiscalização e controlo por
por cada mês de serviço, até ao máximo de 20 dias úteis. médico indicado pela entidade patronal.
3- No caso de sobrevir o termo do ano civil antes de decor- Cláusula 61.ª
rido o prazo referido no número anterior ou antes de gozado
o direito a férias, pode o trabalhador dele usufruir até 30 de Definição de faltas
abril do ano civil subsequente. 1- Falta é a ausência do trabalhador no local de trabalho e
4- Cessando o contrato após impedimento prolongado res- durante o período em que devia desempenhar a actividade a
peitante ao trabalhador, este tem direito à retribuição e ao que está adstrito.
subsídio de férias correspondentes ao tempo de serviço pres- 2- Nos casos de ausência do trabalhador por períodos infe-
tado no ano do início da suspensão. riores ao período de trabalho a que está obrigado, os respecti-

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

vos tempos são adicionados para determinação dos períodos cujo duplicado será devolvido ao trabalhador, acompanhado
normais de trabalho diário em falta. da decisão do empregador, ficando o trabalhador com recibo
3- Caso a duração do período normal de trabalho diário dessa entrega.
não seja uniforme, considera-se a duração média para efeito
Cláusula 63.ª
do disposto no número anterior.
Cláusula 62.ª Consequências das faltas
1- As faltas justificadas não determinam a perda ou o pre-
Tipos de faltas juízo de quaisquer direitos ou regalias do trabalhador.
1- As faltas podem ser justificadas ou injustificadas. 2- Sem prejuízo de outras disposições legais, determinam
2- São justificadas as faltas dadas pelos motivos previstos perda de retribuição as seguintes faltas, ainda que justifica-
na lei. das:
3- Para os efeitos do número anterior, a seguir se reproduz a) Por motivo de doença, desde que o trabalhador beneficie
parcialmente o regime vigente à data deste acordo: de um regime de Segurança Social de protecção na doença;
a) As dadas durante 15 dias seguidos por altura do casa- b) Dadas por motivo de acidente de trabalho, desde que o
mento; trabalhador tenha direito a qualquer subsídio ou seguro;
b) As motivadas por falecimento do cônjuge, parentes ou c) As previstas na alínea j) do número 3 da cláusula ante-
afins, nos termos dos números seguintes: rior, quando superiores a 30 dias por ano;
b1) Até cinco dias consecutivos por falecimento do côn- d) As autorizadas ou aprovadas pelo empregador.
juge não separado de pessoas e bens, ou de parente ou afim 3- Nos casos previstos na alínea d) do número 3 da cláu-
do 1.º grau da linha recta, ou de pessoa que viva em união sula anterior, se o impedimento do trabalhador se prolongar
de facto ou economia comum com o trabalhador, nos termos efectiva ou previsivelmente para além de um mês, aplica-se
previstos em legislação especial; o regime da suspensão da prestação do trabalho por impedi-
b2) Até dois dias consecutivos por falecimento de outro mento prolongado.
parente ou afim da linha recta ou do 2.º grau da linha cola- 4- No caso previsto na alínea h) do número 3 da cláusula
teral; anterior, as faltas justificadas conferem, no máximo, direito
c) As motivadas pela prestação de provas em estabeleci- à retribuição relativa a um terço do período de duração da
mentos de ensino, nos termos da legislação especial; campanha eleitoral, só podendo o trabalhador faltar meios
d) A motivada por impossibilidade de prestar trabalho de- dias ou dias completos com aviso prévio de quarenta e oito
vido a facto não imputável ao trabalhador, nomeadamente horas.
observância de prescrição médica no seguimento de recurso 5- Não determinam ainda perda da retribuição as faltas da-
a técnica de procriação medicamente assistida, doença, aci- das pelo trabalhador no caso de ter de comparecer, por doen-
dente ou cumprimento de obrigação legal; ça, bem como para acompanhar os filhos com idade inferior
e) A motivada pela prestação de assistência inadiável e im- a 14 anos, a consultas médicas ou outras semelhantes, nome-
prescindível a filho, a neto ou a membro do agregado fami- adamente serviço de radiologia ou análises, bem como para
liar de trabalhador, nos termos da lei; a marcação delas ou diligências afins, devidamente compro-
f) A motivada por deslocação a estabelecimento de ensino vadas, e desde que o não possa fazer fora do horário normal
de responsável pela educação de menor por motivo da situa- de trabalho e nunca podendo exceder meio dia duas vezes
ção educativa deste, pelo tempo estritamente necessário, até por mês:
quatro horas por trimestre, por cada um; a) Para o efeito do disposto neste número, os trabalhado-
g) As dadas pelos trabalhadores eleitos para as estruturas res que disso necessitem podem acumular os dois meios-dias
de representação colectiva; num só dia;
h) As dadas por candidatos a eleições para cargos públicos b) Nas circunstâncias referidas neste número e em caso de
durante o período legal da respectiva campanha eleitoral; necessidade, pode verificar-se a utilização, por antecipação
i) As autorizadas ou aprovadas pelo empregador; ao mês seguinte, do crédito referido, resultando, assim, a
j) As que por lei forem como tal qualificadas. possibilidade de concentrar num mês, e com prejuízo do mês
4- São consideradas injustificadas as faltas não previstas seguinte, a totalidade daquele crédito, ou seja, quatro meios
no número anterior. dias.
5- As faltas dadas por motivo de luto terão o seu início a 6- A perda de retribuição por motivo de faltas pode ser
partir do dia em que o trabalhador tenha tido conhecimento substituída, por acordo entre o trabalhador e o empregador,
do óbito, contando-se para o efeito a manhã ou a tarde, con- por prestação de trabalho em acréscimo ao período normal,
forme o trabalhador abandone o serviço num ou no outro dentro dos limites previstos na cláusula 26.ª e sem prejuízo
período. no disposto na cláusula 30.ª
6- A entidade patronal pode exigir prova dos factos alega- O disposto no número anterior não implica redução do
dos para justificar as faltas. subsídio de férias correspondente ao período de férias ven-
7- As faltas devem ser justificadas em impresso próprio, cido.
acompanhadas, sendo o caso, de documento comprovativo,

2979
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

Cláusula 64.ª CAPÍTULO IX

Comunicação da falta justificada Segurança Social


1- A ausência, quando previsível, é comunicada ao empre-
gador, com a antecedência mínima de cinco dias. Cláusula 68.ª
2- Caso a antecedência prevista no número anterior não
possa ser respeitada, nomeadamente por a ausência ser im- Princípio geral
previsível com a antecedência de cinco dias, a comunicação As entidades patronais e os trabalhadores ao seu serviço
ao empregador é feita logo que possível. abrangidos por este contrato contribuirão para as instituições
3- A falta de candidato a cargo público durante o período da Segurança Social que obrigatoriamente os abranjam, nos
legal da campanha eleitoral é comunicada ao empregador termos dos respectivos regulamentos.
com a antecedência mínima de quarenta e oito horas.
4- A comunicação é reiterada em caso de ausência ime- CAPÍTULO X
diatamente subsequente à prevista em comunicação referida
num dos números anteriores, mesmo quando a ausência de- Segurança, higiene e saúde no trabalho
termine a suspensão do contrato de trabalho por impedimen-
to prolongado. Cláusula 69.ª
5- O incumprimento do disposto neste artigo determina
que a ausência seja injustificada. Princípios gerais

Cláusula 65.ª 1- O trabalhador tem direito à prestação de trabalho em


condições de segurança, higiene e saúde asseguradas pelo
Efeitos das faltas injustificadas empregador.
1- As faltas injustificadas constituem violação do dever 2- O empregador é obrigado a organizar as actividades de
de assiduidade e determinam perda da retribuição corres- segurança, higiene e saúde no trabalho que visem a preven-
pondente ao período de ausência, o qual será descontado na ção de riscos profissionais e a promoção da saúde do traba-
antiguidade do trabalhador. lhador.
2- Tratando-se de faltas injustificadas referentes a um ou a 3- A execução de medidas em todas as fases da actividade
meio período normal de trabalho diário imediatamente ante- da empresa destinadas a assegurar a segurança e saúde no
riores ou posteriores aos dias ou meios-dias de descanso ou trabalho assenta nos seguintes princípios de prevenção:
feriados, considera-se que o trabalhador praticou uma infrac- a) Planificação e organização da prevenção de riscos pro-
ção grave. fissionais;
3- No caso de a apresentação do trabalhador, para início b) Eliminação dos factores de risco e de acidente;
ou reinício da prestação de trabalho, se verificar com atraso c) Avaliação e controlo dos riscos profissionais;
injustificado superior a trinta ou a sessenta minutos, pode o d) Informação, formação, consulta e participação dos tra-
empregador recusar a aceitação da prestação durante parte balhadores e seus representantes;
ou todo o período normal de trabalho, respectivamente. e) Promoção e vigilância da saúde dos trabalhadores.
Cláusula 70.ª
CAPÍTULO VII
Obrigações gerais do empregador
Cessação do contrato de trabalho 1- O empregador é obrigado a assegurar aos trabalhadores
condições de segurança, higiene e saúde em todos os aspec-
Cláusula 66.ª tos relacionados com o trabalho.
2- Para os efeitos do disposto no número anterior, o empre-
Princípio geral gador deve aplicar as medidas necessárias, tendo em conta
O contrato de trabalho pode cessar nos termos previstos os seguintes princípios de prevenção:
na lei. a) Proceder, na concepção das instalações, dos locais e dos
processos de trabalho, à identificação dos riscos previsíveis,
CAPÍTULO VIII combatendo-os na origem, anulando-os ou limitando os seus
efeitos por forma a garantir um nível eficaz de protecção;
Acção disciplinar b) Integrar no conjunto das actividades da empresa, esta-
belecimento ou serviço e a todos os níveis a avaliação dos
Cláusula 67.ª riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores, com a
adopção de convenientes medidas de prevenção;
Princípio geral c) Assegurar que as exposições aos agentes químicos, físi-
O regime da acção disciplinar, poder disciplinar, sanções, cos e biológicos nos locais de trabalho não constituam risco
procedimento e prescrição é o previsto na lei. para a saúde dos trabalhadores;
d) Planificar a prevenção na empresa, estabelecimento ou

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

serviço num sistema coerente que tenha em conta a compo- de segurança, higiene e saúde no trabalho, sem prejuízo das
nente técnica, a organização do trabalho, as relações sociais obrigações de cada empregador relativamente aos respecti-
e os factores materiais inerentes ao trabalho; vos trabalhadores.
e) Ter em conta na organização dos meios não só os tra- 5- O empregador deve, na empresa, estabelecimento ou
balhadores como também terceiros susceptíveis de serem serviço, observar as prescrições legais e as estabelecidas em
abrangidos pelos riscos da realização dos trabalhos, quer nas instrumentos de regulamentação colectiva de trabalho, assim
instalações quer no exterior; como as directrizes das entidades competentes respeitantes à
f) Dar prioridade à protecção colectiva em relação às me- segurança, higiene e saúde no trabalho.
didas de protecção individual;
Cláusula 71.ª
g) Organizar o trabalho, procurando, designadamente, eli-
minar os efeitos nocivos do trabalho monótono e do trabalho Obrigações gerais do trabalhador
cadenciado sobre a saúde dos trabalhadores;
1- Constituem obrigações dos trabalhadores:
h) Assegurar a vigilância adequada da saúde dos trabalha-
a) Cumprir as prescrições de segurança, higiene e saúde no
dores em função dos riscos a que se encontram expostos no
trabalho estabelecidas nas disposições legais e neste contrato
local de trabalho;
colectivo de trabalho, bem como as instruções determinadas
i) Estabelecer, em matéria de primeiros socorros, de com-
com esse fim pelo empregador;
bate a incêndios e de evacuação de trabalhadores, as medidas
b) Zelar pela sua segurança e saúde, bem como pela segu-
que devem ser adoptadas e a identificação dos trabalhadores
rança e saúde das outras pessoas que possam ser afectadas
responsáveis pela sua aplicação, bem como assegurar os con-
pelas suas acções ou omissões no trabalho;
tactos necessários com as entidades exteriores competentes
c) Utilizar correctamente, e segundo as instruções transmi-
para realizar aquelas operações e as de emergência médica;
tidas pelo empregador, máquinas, aparelhos, instrumentos,
j) Permitir unicamente a trabalhadores com aptidão e for-
substâncias perigosas e outros equipamentos e meios postos
mação adequadas, e apenas quando e durante o tempo neces-
à sua disposição, designadamente os equipamentos de pro-
sário, o acesso a zonas de risco grave;
tecção colectiva e individual, bem como cumprir os procedi-
l) Adoptar medidas e dar instruções que permitam aos
mentos de trabalho estabelecidos;
trabalhadores, em caso de perigo grave e iminente que não
d) Cooperar na empresa, estabelecimento ou serviço para
possa ser evitado, cessar a sua actividade ou afastar-se ime-
a melhoria do sistema de segurança, higiene e saúde no tra-
diatamente do local de trabalho, sem que possam retomar
balho;
a actividade enquanto persistir esse perigo, salvo em casos
e) Comunicar imediatamente ao superior hierárquico ou,
excepcionais e desde que assegurada a protecção adequada;
não sendo possível, aos trabalhadores que tenham sido de-
m) Substituir o que é perigoso pelo que é isento de perigo
signados para se ocuparem de todas ou algumas das activida-
ou menos perigoso;
des de segurança, higiene e saúde no trabalho as avarias e de-
n) Dar instruções adequadas aos trabalhadores;
ficiências por si detectadas que se lhe afigurem susceptíveis
o) Ter em consideração se os trabalhadores têm conheci-
de originar perigo grave e iminente, assim como qualquer
mentos e aptidões em matérias de segurança e saúde no tra-
defeito verificado nos sistemas de protecção;
balho que lhes permitam exercer com segurança as tarefas de
f) Em caso de perigo grave e iminente, não sendo possível
que os incumbir.
estabelecer contacto imediato com o superior hierárquico ou
3- Na aplicação das medidas de prevenção, o empregador
com os trabalhadores que desempenhem funções específicas
deve mobilizar os meios necessários, nomeadamente nos do-
nos domínios da segurança, higiene e saúde no local de tra-
mínios da prevenção técnica, da formação e da informação,
balho, adoptar as medidas e instruções estabelecidas para tal
e os serviços adequados, internos ou exteriores à empresa,
situação.
estabelecimento ou serviço, bem como o equipamento de
2- Os trabalhadores não podem ser prejudicados por causa
protecção que se torne necessário utilizar, tendo em conta,
dos procedimentos adoptados na situação referida na alínea
em qualquer caso, a evolução da técnica.
f) do número anterior, nomeadamente em virtude de, em
4- Quando várias empresas, estabelecimentos ou serviços
caso de perigo grave e iminente que não possa ser evitado, se
desenvolvam simultaneamente actividades com os respecti-
afastarem do seu posto de trabalho ou de uma área perigosa
vos trabalhadores no mesmo local de trabalho, devem os em-
ou de tomarem outras medidas para a sua própria segurança
pregadores, tendo em conta a natureza das actividades que
ou a de terceiros.
cada um desenvolve, cooperar no sentido da protecção da
3- Se a conduta do trabalhador tiver contribuído para ori-
segurança e da saúde, sendo as obrigações asseguradas pelas
ginar a situação de perigo, o disposto no número anterior não
seguintes entidades:
prejudica a sua responsabilidade, nos termos gerais.
a) A empresa utilizadora, no caso de trabalhadores em re-
4- As medidas e actividades relativas à segurança, higiene
gime de trabalho temporário ou de cedência de mão-de-obra;
e saúde no trabalho não implicam encargos financeiros para
b) A empresa em cujas instalações os trabalhadores pres-
os trabalhadores, sem prejuízo da responsabilidade discipli-
tam serviço;
nar e civil emergente do incumprimento culposo das respec-
c) Nos restantes casos, a empresa adjudicatária da obra ou
tivas obrigações.
serviço, para o que deve assegurar a coordenação dos de-
5- As obrigações dos trabalhadores no domínio da segu-
mais empregadores através da organização das actividades

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

rança e saúde nos locais de trabalho não excluem a respon- j) A lista anual dos acidentes de trabalho mortais e dos que
sabilidade do empregador pela segurança e a saúde daqueles ocasionem incapacidade para o trabalho superior a três dias
em todos os aspectos relacionados com o trabalho. úteis, elaborada até ao final de março do ano subsequente;
l) Os relatórios dos acidentes de trabalho;
Cláusula 72.ª
m) As medidas tomadas de acordo com o disposto nos nú-
Informação e consulta dos trabalhadores meros 6 e 9.
1- Os trabalhadores, assim como os seus representantes na 4- Os trabalhadores e os seus representantes podem apre-
empresa, estabelecimento ou serviço, devem dispor de infor- sentar propostas, de modo a minimizar qualquer risco pro-
mação actualizada sobre: fissional.
a) Os riscos para a segurança e saúde, bem como as medi- 5- Para os efeitos do disposto nos números anteriores, deve
das de protecção e de prevenção e a forma como se aplicam, ser facultado o acesso:
relativos quer ao posto de trabalho ou função quer, em geral, a) Às informações técnicas objecto de registo e aos dados
à empresa, estabelecimento ou serviço; médicos colectivos não individualizados;
b) As medidas e as instruções a adoptar em caso de perigo b) As informações técnicas provenientes de serviços de
grave e iminente; inspecção e outros organismos competentes no domínio da
c) As medidas de primeiros socorros, de combate a incên- segurança, higiene e saúde no trabalho.
dios e de evacuação dos trabalhadores em caso de sinistro, 6- O empregador deve informar os trabalhadores com fun-
bem como os trabalhadores ou serviços encarregados de as ções específicas no domínio da segurança, higiene e saúde
pôr em prática. no trabalho sobre as matérias referidas nas alíneas b), c), i),
2- Sem prejuízo da formação adequada, a informação a l) e m) do número 3 e no número 5 desta cláusula.
que se refere o número anterior deve ser sempre proporcio- 7- As consultas, respectivas respostas e propostas referidas
nada ao trabalhador nos seguintes casos: nos números 3 e 4 desta cláusula devem constar de registo
a) Admissão na empresa; em livro próprio organizado pela empresa.
b) Mudança de posto de trabalho ou de funções; 8- O empregador deve informar os serviços e os técnicos
c) Introdução de novos equipamentos de trabalho ou alte- qualificados exteriores à empresa que exerçam actividades
ração dos existentes; de segurança, higiene e saúde no trabalho sobre os factores
d) Adopção de uma nova tecnologia; que reconhecida ou presumivelmente afectam a segurança e
e) Actividades que envolvam trabalhadores de diversas saúde dos trabalhadores e as matérias referidas na alínea a)
empresas. do número 1 e na alínea g) do número 3 desta cláusula.
3- O empregador deve consultar por escrito e, pelo menos 9- A empresa em cujas instalações os trabalhadores pres-
duas vezes por ano, previamente ou em tempo útil, os re- tam serviço deve informar os respectivos empregadores so-
presentantes dos trabalhadores ou, na sua falta, os próprios bre as matérias referidas na alínea a) do número 1 e na alínea
trabalhadores sobre: g) do número 3 desta cláusula, devendo também ser assegu-
a) A avaliação dos riscos para a segurança e saúde no tra- rada informação aos trabalhadores.
balho, incluindo os respeitantes aos grupos de trabalhadores Cláusula 73.ª
sujeitos a riscos especiais;
b) As medidas de segurança, higiene e saúde antes de se- Serviços de segurança, higiene e saúde no trabalho
rem postas em prática ou, logo que seja possível, em caso de O empregador deve garantir a organização e o funciona-
aplicação urgente das mesmas; mento dos serviços de segurança, higiene e saúde no traba-
c) As medidas que, pelo seu impacte nas tecnologias e nas lho, nos termos previstos na lei.
funções, tenham repercussão sobre a segurança, higiene e
Cláusula 74.ª
saúde no trabalho;
d) O programa e a organização da formação no domínio da Comissão de higiene e segurança
segurança, higiene e saúde no trabalho;
1- Nas empresas haverá uma comissão de higiene e segu-
e) A designação e a exoneração dos trabalhadores que de-
rança, composta de forma paritária entre representantes dos
sempenhem funções específicas nos domínios da segurança,
trabalhadores e do empregador.
higiene e saúde no local de trabalho;
2- A composição das comissões de higiene e segurança
f) A designação dos trabalhadores responsáveis pela apli-
pode variar entre o mínimo de 2 e o máximo de 10 represen-
cação das medidas de primeiros socorros, de combate a in-
tantes, tendo como referência o número de trabalhadores a
cêndios e de evacuação de trabalhadores, a respectiva forma-
seguir indicados:
ção e o material disponível;
a) Empresas até 50 trabalhadores - dois representantes;
g) O recurso a serviços exteriores à empresa ou a técnicos
b) Empresas de 51 a 100 trabalhadores - quatro represen-
qualificados para assegurar o desenvolvimento de todas ou
tantes;
parte das actividades de segurança, higiene e saúde no tra-
c) Empresas de 101 a 200 trabalhadores - seis represen-
balho;
tantes;
h) O material de protecção que seja necessário utilizar;
d) Empresas de 201 a 500 trabalhadores - oito represen-
i) As informações referidas na alínea a) do número 1;
tantes;

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

e) Empresas com mais de 500 trabalhadores - 10 repre- de para as Condições do Trabalho.


sentantes. 4- A ACT poderá convocar oficialmente a reunião da co-
3- As comissões de higiene e segurança serão coadjuvadas missão de segurança quando o julgar necessário.
pelo chefe de serviço do pessoal, pelo encarregado de segu- 5- Sempre que estejam presentes funcionários da ACT,
rança, pelo médico do trabalho e ainda pela assistente social, compete a estes presidir às respectivas sessões.
havendo-os.
Cláusula 77.ª
4- Os representantes dos trabalhadores nas comissões de
higiene e segurança deverão, de preferência, estar habilita- Formação dos trabalhadores
dos com o curso de segurança.
1- O trabalhador deve receber uma formação adequada no
Cláusula 75.ª domínio da segurança, higiene e saúde no trabalho, tendo em
atenção o posto de trabalho e o exercício de actividades de
Actividades das comissões de higiene e segurança no trabalho risco elevado.
As comissões de higiene e segurança terão, nomeada- 2- Aos trabalhadores e seus representantes designados
mente, as seguintes funções: para se ocuparem de todas ou de algumas das actividades de
a) Efectuar inspecções periódicas a todas as instalações e segurança, higiene e saúde no trabalho deve ser assegurada,
a todo o material que interessa à higiene e segurança no tra- pelo empregador, a formação permanente para o exercício
balho; das respectivas funções.
b) Verificar o cumprimento das disposições legais, cláu- 3- A formação dos trabalhadores da empresa sobre segu-
sulas desta convenção colectiva de trabalho, regulamentos rança, higiene e saúde no trabalho deve ser assegurada de
internos e instruções referentes à higiene no trabalho; modo que não possa resultar prejuízo para os mesmos.
c) Solicitar e apreciar as sugestões do pessoal sobre ques-
Cláusula 78.ª
tões de higiene e segurança;
d) Esforçar-se por assegurar o concurso de todos os traba- Representantes dos trabalhadores
lhadores com vista à criação e desenvolvimento de um ver-
1- Os representantes dos trabalhadores para a segurança,
dadeiro espírito de segurança;
higiene e saúde no trabalho são eleitos pelos trabalhadores
e) Promover que os trabalhadores admitidos pela primeira
por voto directo e secreto, segundo o princípio da represen-
vez ou mudados de posto de trabalho recebam a formação,
tação pelo método de Hondt.
instrução e conselhos necessários em matéria de higiene e
2- Só podem concorrer listas apresentadas pelas organi-
segurança no trabalho;
zações sindicais que tenham trabalhadores representados na
f) Promover que todos os regulamentos, instruções, avi-
empresa ou listas que se apresentem subscritas, no mínimo,
sos ou outros escritos de carácter oficial ou emanados das
por 20 % dos trabalhadores da empresa, não podendo ne-
direcções das empresas sejam levados ao conhecimento dos
nhum trabalhador subscrever ou fazer parte de mais de uma
trabalhadores, sempre que a estes interessem directamente;
lista.
g) Colaborar com os serviços médicos e sociais das empre-
3- Cada lista deve indicar um número de candidatos efec-
sas e com os serviços de primeiros socorros;
tivos igual ao dos lugares elegíveis e igual número de candi-
h) Examinar as circunstâncias e as causas de cada um dos
datos suplentes.
acidentes ocorridos;
4- Os representantes dos trabalhadores não poderão exce-
i) Apresentar recomendações às direcções das empresas
der:
destinadas a evitar a repetição de acidentes e a melhorar as
a) Empresas com menos de 61 trabalhadores - um repre-
condições de higiene e segurança;
sentante;
j) Elaborar a estatística dos acidentes de trabalho e das do-
b) Empresas de 61 a 150 trabalhadores - dois representan-
enças profissionais;
tes;
l) Apreciar os relatórios elaborados pelo encarregado de
c) Empresas de 151 a 300 trabalhadores - três represen-
segurança.
tantes;
Estes relatórios anuais serão enviados até ao fim do 2.º
d) Empresas de 301 a 500 trabalhadores - quatro represen-
mês do ano seguinte às partes outorgantes.
tantes;
Cláusula 76.ª e) Empresas de 501 a 1000 trabalhadores - cinco repre-
sentantes;
Funcionamento das comissões de higiene e segurança no trabalho f) Empresas de 1001 a 1500 trabalhadores - seis represen-
1- As comissões de higiene e segurança reunirão ordina- tantes;
riamente uma vez por mês, devendo elaborar acta circuns- g) Empresas com mais de 1500 trabalhadores - sete repre-
tanciada de cada reunião. sentantes.
2- O presidente poderá convocar reuniões extraordinárias 5- O mandato dos representantes dos trabalhadores é de
sempre que as repute necessárias ao bom funcionamento da três anos.
comissão. 6- A substituição dos representantes dos trabalhadores só
3- As comissões de segurança poderão solicitar a compa- é admitida no caso de renúncia ou impedimento definitivo,
rência às respectivas sessões de um funcionário da Autorida- cabendo a mesma aos candidatos efectivos e suplentes, pela

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ordem indicada na respectiva lista. c) Organizar a formação na empresa, estruturando planos


7- Os representantes dos trabalhadores dispõem, para o de formação anuais ou plurianuais e, relativamente a estes,
exercício das suas funções, de um crédito de cinco horas por assegurar o direito a informação e consulta dos trabalhadores
mês. e dos seus representantes;
8- O crédito de horas referido no número anterior não é d) Reconhecer e valorizar a qualificação adquirida pelo
acumulável com créditos de horas de que o trabalhador be- trabalhador.
neficie por integrar outras estruturas representativas dos tra- 2- O trabalhador tem direito, em cada ano, a um núme-
balhadores. ro mínimo de trinta e cinco horas de formação contínua ou,
sendo contratado a termo por período igual ou superior a três
Cláusula 79.ª
meses, um número mínimo de horas proporcional à duração
Prevenção e controlo da alcoolemia do contrato nesse ano.
3- A formação referida no número anterior pode ser desen-
1- O exame de pesquisa de álcool no ar expirado, previsto
volvida pelo empregador, por entidade formadora certificada
na referida cláusula, só pode ser efectuada por um médico
para o efeito ou por estabelecimento de ensino reconhecido
de medicina do trabalho ou um profissional de saúde devida-
pelo ministério competente e dá lugar à emissão de certifica-
mente habilitado.
do e a registo na Caderneta Individual de Competências nos
2- Só o médico de medicina do trabalho ou um profissional
termos do regime jurídico do Sistema Nacional de Qualifi-
de saúde devidamente habilitado podem comunicar ao traba-
cações.
lhador que não está apto para prestar trabalho e impedido de
4- Para efeito de cumprimento do disposto no número 2,
prestar trabalho.
são consideradas as horas de dispensa de trabalho para fre-
3- O resultado da pesquisa de álcool no ar expirado só pode
quência de aulas e de faltas para prestação de provas de ava-
ser comunicado através da informação de que o trabalhador
liação, ao abrigo do regime de trabalhador-estudante, bem
está apto ou não apto para o trabalho, sem a quantificação
como as ausências a que haja lugar no âmbito de processo de
do resultado encontrado na pesquisa.
reconhecimento, validação e certificação de competências.
5- O empregador deve assegurar, em cada ano, formação
CAPÍTULO XI contínua a pelo menos 10 % dos trabalhadores da empresa.
6- O empregador pode antecipar até dois anos ou, desde
Formação profissional que o plano de formação o preveja, diferir por igual período,
a efectivação da formação anual a que se refere o número 2,
Cláusula 80.ª imputando-se a formação realizada ao cumprimento da obri-
Objectivos da formação profissional
gação mais antiga.
7- O período de antecipação a que se refere o número an-
São objectivos da formação profissional: terior é de cinco anos no caso de frequência de processo de
a) Proporcionar qualificação inicial a jovem que ingresse reconhecimento, validação e certificação de competências,
no mercado de trabalho sem essa qualificação; ou de formação que confira dupla certificação.
b) Assegurar a formação contínua dos trabalhadores da 8- A formação contínua que seja assegurada pelo utilizador
empresa; ou pelo cessionário, no caso de, respectivamente, trabalho
c) Promover a qualificação ou reconversão profissional de temporário ou cedência ocasional de trabalhador, exonera o
trabalhador em risco de desemprego; empregador, podendo haver lugar a compensação por parte
d) Promover a reabilitação profissional de trabalhador com deste em termos a acordar.
deficiência, em particular daquele cuja incapacidade resulta 9- A formação poderá ser dada em horário pós-laboral,
de acidente de trabalho; podendo sê-lo ao sábado desde que com o acordo do traba-
e) Promover a integração sócio-profissional de trabalhador lhador.
pertencente a grupo com particulares dificuldades de inser-
ção. Cláusula 82.ª
Cláusula 81.ª Crédito de horas e subsídio para formação continua

Formação contínua
1- As horas de formação previstas na cláusula anterior,
que não sejam asseguradas pelo empregador até ao termo
1- No âmbito da formação contínua, o empregador deve: dos dois anos posteriores ao seu vencimento, transformam-
a) Promover o desenvolvimento e a adequação da qualifi- -se em crédito de horas em igual número para formação por
cação do trabalhador, tendo em vista melhorar a sua empre- iniciativa do trabalhador.
gabilidade e aumentar a produtividade e a competitividade 2- O crédito de horas para formação é referido ao perío-
da empresa; do normal de trabalho, confere direito a retribuição e conta
b) Assegurar a cada trabalhador o direito individual à for- como tempo de serviço efectivo.
mação, através de um número mínimo anual de horas de 3- O trabalhador pode utilizar o crédito de horas para a
formação, mediante acções desenvolvidas na empresa ou a frequência de acções de formação, mediante comunicação ao
concessão de tempo para frequência de formação por inicia- empregador com a antecedência mínima de 10 dias.
tiva do trabalhador;

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

4- Em caso de cumulação de créditos de horas, a formação deve facilitar-se o emprego a meio tempo, reduzindo-se pro-
realizada é imputada ao crédito vencido há mais tempo. porcionalmente a retribuição e todos os encargos legais que
5- O crédito de horas para formação que não seja utilizado sejam devidos pela entidade patronal em função do número
cessa passados três anos sobre a sua constituição. dos seus trabalhadores.
§ 1.º Os períodos referidos na alínea d) e e) poderão ser
Cláusula 83.ª
utilizados no início ou no termo dos períodos de laboração.
Conteúdo da formação contínua Cláusula 86.ª
1- A área da formação contínua é determinada por acordo
ou, na falta deste, pelo empregador, caso em que deve coin- Trabalhadores-estudantes
cidir ou ser afim com a actividade prestada pelo trabalhador. O regime do trabalho dos trabalhadores-estudantes é o
2- A área da formação a que se refere o artigo anterior é es- previsto na lei.
colhida pelo trabalhador, devendo ter correspondência com a
Cláusula 87.ª
actividade prestada ou respeitar a tecnologias de informação
e comunicação, segurança e saúde no trabalho ou língua es- Pagamento de refeições a motoristas e ajudantes
trangeira.
1- Os motoristas e os ajudantes de motorista têm direito ao
Cláusula 84.ª pagamento das refeições quando, por motivo de serviço, se
encontrem numa das seguintes situações:
Efeito da cessação do contrato de trabalho no direito a formação a) Deslocados da empresa ou estabelecimento a que per-
Cessando o contrato de trabalho, o trabalhador tem direi- tencem;
to a receber a retribuição correspondente ao número mínimo b) Embora no local de trabalho, tenham de tomá-las nos
anual de horas de formação que não lhe tenha sido propor- períodos indicados no número seguinte.
cionado, ou ao crédito de horas para formação de que seja 2- Nos casos referidos na alínea b) do número 1, o traba-
titular à data da cessação. lhador tem direito ao pagamento das refeições verificadas
nas seguintes condições:
CAPÍTULO XII a) O pequeno-almoço, se iniciou o serviço antes da hora
prevista no horário de trabalho e em momento anterior às 7
Direitos especiais horas;
b) O almoço, se tiver de tomá-lo antes das 11 horas e 30
Cláusula 85.ª minutos ou depois das 14 horas e 30 minutos;
c) O jantar, se tiver de tomá-lo antes das 19 horas e 30
Além do estipulado na lei e no presente CCT para a ge- minutos ou depois das 21 horas e 30 minutos;
neralidade dos trabalhadores abrangidos, são assegurados d) A ceia, se continuar a prestação de trabalho extraordiná-
aos do sexo feminino os seguintes direitos, sem prejuízo, em rio para além das 24 horas.
qualquer caso, da garantia do lugar, do período de férias ou 3- Às situações referidas na alínea a) do número 1 é apli-
de quaisquer outros benefícios concedidos pela empresa: cável o disposto na alínea d) do número 2.
a) Durante o período de gravidez, as mulheres que desem- 4- Quando o trabalhador interromper a prestação de traba-
penham tarefas incompatíveis com o seu estado, designada- lho extraordinário para tomar qualquer refeição, o período de
mente as que impliquem grande esforço físico, trepidação, tempo despendido será pago como trabalho extraordinário,
contacto com substâncias tóxicas, posições incómodas ou até ao limite de quarenta e cinco minutos.
transportes inadequados, serão transferidas, a seu pedido ou
por conselho médico, para trabalhos que as não prejudiquem, Cláusula 88.ª
sem prejuízo da retribuição correspondente à sua categoria;
Refeições de trabalhadores de cantinas e refeitórios
b) As trabalhadoras grávidas têm direito a dispensa de tra-
balho para se deslocarem a consultas pré-natais pelo tempo Os trabalhadores de cantinas e refeitórios têm direito às
e número de vezes necessárias e justificadas, sem perda de refeições servidas durante o seu período de trabalho diário,
retribuição ou de quaisquer regalias; não sendo o seu valor dedutível na remuneração mensal.
c) A licença prevista na lei por ocasião do parto;
d) A mãe que comprovadamente amamenta o filho tem CAPÍTULO XIII
direito a ser dispensada em cada dia de trabalho por dois
períodos distintos, com a duração máxima de uma hora cada Livre exercício da actividade sindical
um, sem perda da retribuição ou de quaisquer regalias, para o
cumprimento dessa missão, durante todo o tempo que durar Cláusula 89.ª
essa situação;
Actividade sindical nas empresas
e) No caso de não haver lugar à amamentação, a mãe ou
o pai têm direito, por decisão conjunta, à dispensa referida Os trabalhadores e os sindicatos têm direito a desenvol-
na alínea anterior, para aleitação, até o filho perfazer 1 ano; ver a actividade sindical no interior da empresa, nomeada-
f) Às trabalhadoras com responsabilidades familiares mente através dos delegados sindicais, comissões de traba-
lhadores e comissões intersindicais.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

Cláusula 90.ª funções de um crédito de horas que não pode ser inferior a
cinco por mês ou a oito, tratando-se de delegado que faça
Reuniões de trabalhadores nas empresas parte da comissão intersindical.
1- Os trabalhadores podem reunir-se nos locais de trabalho 2- As ausências a que se refere o número anterior são co-
fora do horário normal, mediante convocação de um terço municadas, por escrito, com um dia de antecedência, com
ou de 50 trabalhadores da respectiva empresa ou unidade referência às datas e ao número de horas de que os traba-
de produção, ou da comissão sindical ou intersindical. Estas lhadores necessitam para o exercício das suas funções, ou,
reuniões não podem prejudicar o normal funcionamento da em caso de impossibilidade de previsão, nas quarenta e oito
empresa no caso de trabalho por turnos e de trabalho suple- horas imediatas à primeira ausência.
mentar.
Cláusula 94.ª
2- Com reserva do disposto no número anterior, os traba-
lhadores têm direito a reunir-se durante o horário de trabalho Transferência do local de trabalho dos dirigentes e delegados sindicais
até um período máximo de quinze horas por ano, que con-
Os delegados sindicais e os membros dos corpos gerentes
tarão para todos os efeitos como tempo de serviço efectivo,
dos sindicatos não podem ser transferidos do local de traba-
devendo estar assegurado o funcionamento dos serviços de
lho sem o seu acordo e sem o prévio conhecimento da direc-
natureza urgente e essencial.
ção do sindicato.
3- As reuniões referidas no número 2 desta cláusula só
podem ser convocadas pela comissão intersindical ou pela Cláusula 95.ª
comissão sindical.
4- Os promotores das reuniões referidas no número an- Comunicação da eleição ou cessação de funções dos dirigentes e
delegados sindicais
terior são obrigados a comunicar à entidade patronal e aos
trabalhadores interessados, com a antecedência mínima de 1- Os sindicatos comunicarão à entidade patronal a iden-
dois dias, a data e a hora com que pretendem que elas se tificação dos delegados sindicais, bem como daqueles que
efectuem, devendo afixar as respectivas convocatórias. fazem parte de comissões sindicais e de comissões intersin-
5- O empregador obriga-se a garantir a cedência de local dicais de delegados, em carta registada, de que será afixada
apropriado no interior da empresa para a realização das reu- cópia nos locais reservados às informações sindicais.
niões. 2- O mesmo procedimento será observado no caso de
6- Podem participar nas reuniões dirigentes sindicais das substituição ou cessação de funções.
organizações sindicais representativas dos trabalhadores, Cláusula 96.ª
desde que o comuniquem por escrito ao empregador com
vinte e quatro horas de antecedência. Créditos de horas e faltas dos dirigentes sindicais

Cláusula 91.ª 1- As faltas dadas pelos membros da direcção das associa-


ções sindicais para o desempenho das suas funções consi-
Espaço para funcionamento da organização sindical nas empresas deram-se faltas justificadas e contam, para todos os efeitos,
1- Nas empresas com 150 ou mais trabalhadores, a enti- menos o da retribuição, como tempo de serviço efectivo.
dade patronal é obrigada a pôr à disposição dos delegados 2- Quando as faltas determinadas pelo exercício de acti-
sindicais, desde que estes o requeiram e a título permanente, vidade sindical se prolongarem efectiva ou previsivelmente
um local situado no interior da empresa que seja apropriado para além de um mês, aplica-se o regime da suspensão do
ao exercício das suas funções. contrato de trabalho por facto respeitante ao trabalhador.
2- Nas empresas ou estabelecimentos com menos de 150 3- Para o exercício das suas funções, cada membro da di-
trabalhadores o empregador é obrigado a pôr à disposição recção beneficia de um rédito de quatro dias por mês, man-
dos delegados sindicais, sempre que estes o requeiram, um tendo o direito à retribuição.
local apropriado para o exercício das suas funções. 4- A direcção interessada deverá comunicar, por escrito,
com um dia de antecedência, as datas e o número de dias de
Cláusula 92.ª que os referidos dirigentes necessitem para o exercício das
suas funções, ou, em caso de impossibilidade, nas quarenta e
Direito de afixação e informação sindical
oito horas imediatas ao primeiro dia em que faltaram.
Os delegados sindicais têm o direito de afixar no interior 5- O número máximo de membros da direcção da asso-
da empresa e em local apropriado para o efeito reservado ciação sindical que beneficiam do crédito de horas, em cada
pela entidade patronal textos convocatórios, comunicações empresa, é determinado da seguinte forma:
ou informações relativos à vida sindical e aos interesses dos a) Empresa com menos de 50 trabalhadores sindicalizados
trabalhadores, bem como proceder à sua distribuição sem - um membro;
prejuízo da laboração normal da empresa. b) Empresa com 50 a 99 trabalhadores sindicalizados -
Cláusula 93.ª dois membros;
c) Empresa com 100 a 199 trabalhadores sindicalizados -
Crédito de horas dos delegados sindicais três membros;
1- Cada delegado sindical dispõe para o exercício das suas d) Empresa com 200 a 499 trabalhadores sindicalizados -
quatro membros;

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e) Empresa com 500 a 999 trabalhadores sindicalizados - Cláusula 99.ª


seis membros;
Costureira
f) Empresa com 1000 a 1999 trabalhadores sindicalizados
Estágio, prática e carreira profissional
- sete membros.
6- A direcção da associação sindical deve comunicar à 1- O período de estágio terá a duração máxima de dois
empresa, até 15 de janeiro de cada ano civil e nos 15 dias anos, findo o qual o trabalhador ascenderá à categoria profis-
posteriores a qualquer alteração da composição da direcção, sional de costureira.
a identificação dos membros que beneficiam do crédito de 2- Os trabalhadores admitidos com 20 ou mais anos terão
horas. o seu período de estágio reduzido a metade.
3- Os trabalhadores, independentemente da idade, que ha-
CAPÍTULO XIV jam frequentado com aproveitamento cursos de formação
profissional para a categoria de costureira em instituições
reconhecidas pelas associações outorgantes terão o seu perí-
Disposições gerais e transitórias
odo de estágio reduzido no tempo de duração do respectivo
Cláusula 97.ª curso.
4- A costureira será promovida à categoria de costureira
Disposição sobre categorias profissionais especializada logo que decorridos dois anos nessas funções.
1- É criado um perfil profissional polivalente para cada 5- O acesso à categoria profissional de costureiro qualifi-
uma das várias áreas de produção. cado grupo I-B é determinado pelas funções desempenhadas,
2- Este trabalhador pode exercer todas as funções corres- não tendo pois qualquer carácter automático, nomeadamente
pondentes às várias categorias profissionais de cada uma das determinado pela antiguidade do trabalhador.
várias áreas de produção. 6- Para os efeitos de carreira profissional, será contabili-
3- Tem acesso àquela função polivalente o trabalhador que zado o tempo de serviço prestado em qualquer empresa do
possua certificado de curso de formação profissional contí- sector na função correspondente, devendo, para tanto, o tra-
nuo adequado à categoria, ministrado por centro protocolar, balhador invocar essa situação no momento da admissão.
com a duração mínima de quinhentas horas, que o habilite 7- As categorias profissionais de orladeira grupo I-C2,
para o seu desempenho e de que a empresa careça, ou, ten- bordadeira grupo I-B e tricotadeira grupo I-B e grupo I-C2
do adquirido competências práticas durante a sua actividade têm uma carreira profissional igual à da costureira.
profissional, celebre acordo para o efeito com a entidade pa- 8- As categorias profissionais de bordadeira I-A e orladei-
tronal. ras serão promovidas à categoria imediata de bordadeira es-
4- Este trabalhador aufere a remuneração mensal imedia- pecializada no período máximo de três anos.
tamente superior à correspondente à função predominante na Cláusula 100.ª
sua área de produção.
Estágio para as restantes categorias
5- Em sede de comissão paritária, podem ser validados ou-
tros cursos de formação profissional para os efeitos do dis- 1- Salvo o disposto na cláusula anterior e no anexo II para
posto no número 3. os estagiários e estagiário-praticante dos grupos V, X e XI,
todos os trabalhadores terão um período de estágio de um
Cláusula 98.ª ano, findo o qual ingressarão na categoria profissional para
Comissão paritária
a qual estagiaram.
2- Logo que completem o período máximo de estágio, um
1- É criada uma comissão paritária, constituída por igual ano, os estagiários do sector administrativo - grupo XIV in-
número de representantes das partes, no máximo de três ele- gressarão automaticamente na categoria profissional mais
mentos nomeados por cada uma das partes. baixa da profissão para que estagiaram.
2- Compete à comissão paritária interpretar as disposições 3- No sector administrativo, os trabalhadores classificados
do presente contrato e, bem assim, proceder à redefinição e de assistente administrativo, após dois anos de permanência
enquadramento das categorias e carreiras profissionais du- passam a técnico administrativo de 2.ª classe.
rante ano de 2018, a integrar em futura revisão deste CCT. 4- No sector administrativo e após dois anos de permanên-
Para tanto, a CNP e a CNS comprometem-se a constituir um cia, os trabalhadores classificados de 2.ª classe passam a 1.ª
grupo de trabalho, para cumprir tal desiderato. classe.
3- As deliberações da comissão são tomadas por unanimi-
dade, vinculando as associações subscritoras. Cláusula 101.ª
4- Tais deliberações, após publicação no Boletim do Tra- Carreira para outras categorias profissionais
balho e Emprego, são vinculativas, constituindo parte inte-
grante do presente contrato. 1- A carreira profissional para as profissões de costureiro e
de oficial do grupo I-A, maquinista, grupo C-1, é a constante
do anexo II.
CAPÍTULO XV
2- Os prazos para mudanças de escalão para os grupos IV
- metalúrgicos, V - construção civil e IX - fogueiros são os
Carreira profissional constantes do anexo II.

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Cláusula 102.ª Subsídio de refeição - 2,40 €, nos termos definidos na cláusula 42.ª
Nota à tabela: As categorias de bordador/eira, preparador/a e acabador/a,
Remunerações durante o estágio enquadradas na letra I, auferem a título excecional e transitório o montante
1- As retribuições dos estagiários para costureira serão de 581,00 euros.
determinadas nos termos seguintes, com base na retribuição
mínima de costureira (grupo da tabela salarial): ANEXO I-B

Retribuição/Tempo de serviço Sector administrativo


Idade de admissão
60 % 70 % 80 % 90 %
Dos 16 aos 17 anos 6 meses 6 meses 6 meses 6 meses Tabela salarial de remunerações mínimas (Euros)
Dos 17 aos 20 anos - 6 meses 9 meses 9 meses
De janeiro a abril de 2018 De maio a dezembro de 2018
Dos 20 ou mais anos - - 6 meses 6 meses
Grupos Remunerações (€) Grupos Remunerações (€)
2- Para as restantes categorias, os períodos de estágio pre- A 926,00 A 949,00
vistos nas cláusulas 99.ª e 100.ª serão remunerados da se- B 812,00 B 835,00
guinte forma:
C 732,00 C 755,00
a) No 1.º semestre 60 % e no 2.º semestre 80 % das remu-
nerações mínimas das categorias profissionais para as quais D 697,00 D 720,00
estagiam; E 677,00 E 700,00
b) Nos casos em que o estágio é de dois anos, no 1.º ano F 602,00 F 625,00
60 % e no 2.º ano 80 % das remunerações mínimas das cate- G 580,00 G 595,00
gorias profissionais para as quais estagiam.
H 580,00 H 580,00
Cláusula 103.ª Subsídio de refeição - 2,40 €, nos termos definidos na cláusula 42.ª

Disposição final
ANEXO II
1- Dão-se como reproduzidas todas as matérias em vi-
gor constantes do contrato colectivo de trabalho publicado
no Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 21, 1.ª série, de 8 Categorias profissionais
de junho de 2009, com as alterações publicadas no Boletim
do Trabalho e Emprego, 1.ª série, n.º 23, de 22 de junho de Grupo I - Vestuário
2010, Boletim do Trabalho e Emprego, 1.ª série, n.º 30, de 15
de agosto de 2011, n.º 10, de 15 de março de 2015, n.º 28, de
29 de julho de 2016 e n.º 15, 22 de abril de 2017 e que não A - Fabrico artesanal regional e de vestuário por medida
foram objecto da presente revisão.
2- O regime constante do presente contrato colectivo de
trabalho entende-se globalmente mais favorável que os an- Tipos de fabrico que se enquadram neste grupo:
teriores. 1.ª categoria - alfaiataria, confecção de vestuário por
medida; todo o género de vestuário por medida, incluindo
ANEXO I-A fardamentos militares e civis, vestes sacerdotais, trajos uni-
versitários, forenses, guarda-roupa (figurados, etc.);
Sector da produção 2.ª categoria - modistas, costureiras/os, bordadeiras/or e
tricotadeiras/os, confecção de vestuário por medida, femini-
Tabela salarial de remunerações mínimas (Euros) no e de criança, incluindo guarda-roupa (figurados), flores
cm tecido ou peles de abafo;
De janeiro a abril de 2018 De maio a dezembro de 2018 3.ª categoria - bordados artesanais e bordados regionais
Grupos Remunerações (€) Grupos Remunerações (€) em peças de vestuário e roupas e tecidos para o lar.
A 888,00 A 911,00 a) Bordador/eira - É o/a trabalhador/a que borda à mão ou
à máquina. Será promovido/a à categoria imediata de bor-
B 786,00 B 809,00
dador/eira especializado/a no período máximo de três anos.
C 708,00 C 731,00
b) Bordador/eira especializado/a - É o/a trabalhador/a
D 632,00 D 655,00 especializado/a que borda à mão ou à máquina.
E 599,00 E 622,00 c) Costureiro/a - É o/a trabalhador/a que cose à mão ou
F 580,00 F 590,00 à máquina, no todo ou cm parte, peças de vestuário ou ou-
G 580,00 G 584,00 tros artigos. Será promovido/a à categoria de costureiro/a
qualificado/a no período máximo de três anos; todavia,
H 580,00 H 582,00
sempre que este/a profissional execute apenas as funções de
I 580,00 I 580,00 fazer mangas, entretelas, bolsos de peito, forros e guarneci-

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mentos ou outras tarefas mais simples, não será obrigatoria- tarefas.


mente promovido(a) a costureiro/a qualificado/a decorridos 4- Ajudante de corte - É o/a trabalhador/a que enlota e ou
que sejam três anos na categoria. separa e ou marca o trabalho cortado e ou estende, à respon-
d) Costureiro/a qualificado/a - É o/a trabalhador/a que sabilidade do estendedor.
cose à mão ou à máquina, no todo ou em parte, peças de 5- Bordador/eira - É o/a trabalhador/a que borda à mão
vestuário ou outros artigos e que completou a sua carreira ou à máquina.
profissional. 6- Bordador/eira especializado/a - É o/a trabalhador/a
e) Estagiário/a - É o/a trabalhador/a que tirocina para ofi- que borda à mão ou à máquina e que completou a sua carrei-
cial ou costureiro(a) durante o período máximo de dois anos ra profissional.
ou até atingir a idade de 18 anos, se aquele período de tempo 7- Cerzidor/eira - É o/a trabalhador/a que torna imper-
se completar em momento anterior. ceptíveis determinados defeitos no tecido, utilizando uma
f) Mestre ou mestra - É o/a trabalhador/a que corta, prova, técnica própria e utensílios manuais. Nos tempos não ocu-
acerta e dirige a parte técnica da indústria. pados pode desempenhar funções inerentes às categorias de
g) Oficial - É o/a trabalhador/a que auxilia o auxiliar oficial costureiro/a, acabador/a e preparador/a.
especializado, trabalhando sob a sua orientação. Sempre que 8- Chefe de linha ou grupo - É o/a trabalhador/a que dirige
haja dois oficiais, um destes será promovido obrigatoriamen- uma linha e ou parte de uma secção de produção e ou prensas
te à categoria imediata, desde que tenha o mínimo de três e ou embalagens.
anos na categoria. 9- Chefe de produção e ou qualidade e ou técnico/a de
h) Oficial especializado/a - É o/a trabalhador/a que confec- confecção - É o/a trabalhador/a responsável pela programa-
ciona, total ou parcialmente, qualquer obra do vestuário, sem ção, qualidade, disciplina e superior orientação das diversas
obrigação de cortar e provar, e ou que dirige a sua equipa. secções do trabalho fabril.
10- Chefe de secção (encarregado/a) - É o/a trabalhador/a
B - Fabrico de vestuário em série que tem a seu cargo a secção. Instrui, exemplifica e pratica
todas as operações, execuções no corte e ou montagem e ou
na ultimação da obra.
Tipos de fabrico que se enquadram neste grupo: 11- Colador/a - É o/a trabalhador/a que cola ou solda vá-
4.ª categoria - fabrico de vestuário masculino em série, rias peças entre si à mão ou à máquina.
exterior e interior, para homem e rapaz (fatos, coletes, casa- 12- Cortador/a e ou estendedor/a de tecidos - É o/a
cos, sobretudos, calças, gabardinas, blusões, fatos de traba- trabalhador/a que estende e ou risca e ou corta os detalhes
lho, camisas, pijamas, fardamentos militares e civis, bonés, de uma peça de vestuário à mão ou à máquina. Se o cortador
chapéus de pano e palha, boinas, gravatas, lenços, fatos de também cortar obra por medida, ganhará mais a importância
banho, etc.), incluindo o fabrico de vestuário em pele sem de 2,50 €.
pêlo; 13- Costureiro/a - É o/a trabalhador/a que cose à mão ou à
6.ª categoria - fabrico de vestuário feminino em série, ex- máquina, no todo ou em parte, peças de vestuário ou outros
terior e interior, para senhora e rapariga (vestidos, casacos, artigos.
saias, calças e blusas, batas, gabardinas, robes, cintas e sou- 14- Costureiro/a especializado/a - É o/a trabalhador/a que
tiens, cuecas, fardamentos militares e civis, fatos de banho, cose à mão ou à máquina, no todo ou em parte, peças de
pijamas, camisas de noite, etc.), incluindo o fabrico de ves- vestuário ou outros artigos e que completou a sua carreira
tuário em pele sem pêlo; profissional.
7.ª categoria - fabrico de roupas diversas, vestuário in- 15- Costureiro/a qualificado/a - É o/a trabalhador/a que,
fantil em série, bordados e outras confecções, exterior e in- podendo trabalhar com todos os tipos de máquinas de con-
terior, para criança e bebé (vestidos, calças, camisas, fatos fecções, tem reconhecida competência e produtividade nas
de banho, casaquinhos, toucas) artigos pré-natal, vestuá- diversas operações e secções onde desempenha as suas fun-
rio para bonecas(os) de pano, roupas de casa e fabrico de ções de costureiro. Não há acesso automático para esta ca-
bordados(com excepção dos regionais), fatos desportivos, tegoria.
toldos, tendas de campismo, flores de tecido e encerados, ve- 16- Distribuidor/a de trabalho - É o/a trabalhador/a que
ículos motorizados, automóveis, aeronaves, etc. distribui o trabalho pelas secções ou pelas linhas de fabrico.
1- Acabador/a - É o/a trabalhador/a que executa tarefas fi- 17- Desenhador/a-criador/a de moda («designer») - É o/a
nais nos artigos a confeccionar ou confeccionados, tais como profissional que, com base na sua experiência e conhecimen-
dobrar, colar etiquetas, pregar colchetes, molas, ilhoses, qui- tos específicos, estuda, cria, esboça ou desenha modelos nos
tos e outros. seus aspectos artísticos e decorativos, fazendo conciliar as
2- Adjunto/a do/a chefe de produção - É o/a trabalhador/a finalidades utilitárias e de exequibilidade industrial com o
responsável pela produção, qualidade, disciplina e que supe- máximo de qualidade estética, considerando factores como
rintende na orientação de diversas secções do trabalho fabril a beleza e a funcionalidade; labora e executa os planos, es-
sob a orientação do chefe de produção. tabelecendo as informações necessárias sobre os materiais e
3- Adjunto/a de cortador/a - É o/a trabalhador/a que, sob os produtos a utilizar.
orientação e responsabilidade do cortador, o auxilia nas suas 18- Desenhador/a de execução - É o/a profissional que,
no âmbito de uma especialidade industrial ou de arte e ou

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segundo directivas bem definidas, com o eventual apoio de e ou corta moldes sem criar nem fazer adaptações, segundo
profissionais mais qualificados, executa desenhos e ou mol- as instruções do modelista; pode trabalhar com o pantógrafo
des, reduções, ampliações ou alterações a partir de elementos ou com o texógrafo.
detalhados, fornecidos e por ele recolhidos segundo orienta-
ções precisas; poderá ainda efectuar medições e levantamen- C - Fabrico de peles
tos de elementos existentes, respeitantes aos trabalhos em
que participa; efectua ainda outros trabalhos similares. C1 - Fabrico de vestuário de peles de abafo
19- Enchedor/a de bonecos - É o/a trabalhador/a que, à
mão ou à máquina, enche os bonecos com esponja, feltro ou
outros materiais. Tipo de fabrico previsto na 2.ª categoria
20- Engomador/eira ou brunidor/eira - É o/a trabalhador/a a) Adjunto/a de mestre (adjunto/a de chefe de secção) - É
que passa a ferro artigos a confeccionar e ou confeccionados. o/a trabalhador/a que colabora com o mestre ou com o chefe
21- Estagiário/a - É o/a trabalhador/a que tirocina, durante de secção no exercício das suas funções.
o período máximo de um ano, para todas as categorias, ex- b) Cortador/a de peles - É o/a trabalhador/a que corta pe-
cepto para as de costureira, bordadeira, tricotadeira, chefia, les simples.
modelista, monitor/a e oficial. c) Costureiro/a - É o/a trabalhador/a que cose à mão ou à
22- Modelista - É o/a profissional que estuda, imagina e máquina os acabamentos, de acordo com as instruções rece-
cria e ou elabora modelos para diversas peças de vestuário, bidas.
tendo em atenção o tipo de população a que se destina, as d) Costureiro/a especializado/a - É o/a trabalhador/a que
características da moda e outros factores; concebe e esboça cose à mão ou à máquina, no todo ou em parte, peças de
o modelo, segundo a sua imaginação ou inspirando-se em vestuário ou outros artigos e que completou a sua carreira
figurinos ou outros elementos; escolhe os tecidos, as rendas, profissional.
botões ou outros aviamentos; desenha os modelos e, de acor- e) Adjunto/a do chefe de produção - É o/a trabalhador/a
do com ele, pode cortar o tecido; orienta os trabalhadores de responsável pela produção, qualidade e disciplina e que su-
confecção das várias peças de vestuário; procede eventual- perintende na orientação de diversas secções do trabalho fa-
mente às alterações que julgue convenientes. bril, sob a orientação do chefe de produção.
23- Monitor/a - É o/a trabalhador/a especializado que di- f) Estagiário/a - É o/a trabalhador/a que tirocina, durante
rige o estágio. o período máximo de um ano, para todas as categorias, ex-
24- Oficial - É o/a trabalhador/a que faz várias correcções cepto para as de chefia.
nas linhas das peças de vestuário, desempenhando por vezes g) Esticador/a - É o/a trabalhador/a que estica as peles.
outras funções. h) Maquinista - É o/a trabalhador/a que cose à máquina
25- Prenseiro/a - É o/a trabalhador/a que trabalha com os trabalhos mais simples. Depois de três anos nesta cate-
prensas ou balancés. goria, será obrigatoriamente promovido/a a maquinista
26- Preparador/a - É o/a trabalhador/a que vira golas, pu- especializado/a.
nhos e cintos e que marca colarinhos, bolsos, cantos, botões i) Maquinista especializado/a - É o/a trabalhador/a que
ou outras tarefas semelhantes na preparação. Pode desempe- cose à máquina todos os trabalhos. Sempre que desça vison,
nhar, a título precário, as funções de acabadeira. será obrigatoriamente classificado nesta categoria.
27- Registador/a de produção - É o/a trabalhador/a que j) Mestre (chefe de secção) - É o/a trabalhador que exe-
regista a produção diária ou periódica nas acções fabris, atra- cuta os moldes em pano ou em tuals e as provas, provando
vés do preenchimento de mapas e fichas. igualmente as peles.
28- Tricotador/a - É o/a trabalhador/a que executa traba- l) Peleiro/a - É o/a trabalhador/a que corta em fracções
lhos de tricô ou croché manual. peles e as ordena de modo a constituírem a peça do vestuário.
29- Revisor/a - É o/a trabalhador/a responsável pela qua- m) Peleiro/a-mestre - É o/a trabalhador que executa todos
lidade e perfeição dos artigos produzidos em fabrico e ou os tipos de peles, podendo dirigir e assinar qualquer das fun-
responsável por amostras ou modelos. ções do ramo de peles.
30- Riscador/a - É o/a trabalhador/a que estuda e risca a
colocação de moldes no mapa de corte e ou copia o mapa de C2 - Fabrico de vestuário sem pêlo, napas e sintéticos
corte.
31- Revistador/eira - É o/a trabalhador/a) que verifica a
perfeição dos artigos em confecção ou confeccionados e as- Tipo de fabrico previsto na 4.ª categoria
sinala defeitos e ou no final do fabrico separa e dobra os a) Acabador/a - É o/a trabalhador que executa trabalhos de
artigos para a embalagem. acabamento à mão.
32- Tricotador/a especializado/a - É o/a trabalhador/a que b) Adjunto/a do chefe de produção - É o/a trabalhador/a
executa trabalhos de tricô em croché manual e que comple- responsável pela produção, qualidade e disciplina e que su-
tou a sua carreira profissional. perintende na orientação de diversas secções do trabalho fa-
33- Termocolador/a - É o/a trabalhador/a que cola várias bril, sob a orientação do/a chefe de produção.
peças entre si, à mão ou à máquina. c) Adjunto/a de cortador/a - É o/a trabalhador/a que, sob a
34- Adjunto/a de modelista - É o/a trabalhador/a que escala orientação e responsabilidade do/a cortador/a, o auxilia nas

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suas tarefas. u) Engomador/eira ou brunidor/eira - É o/a trabalhador/a


d) Adjunto/a de modelista - É o/a trabalhador que escala que passa a ferro artigos a confeccionar ou confeccionados.
e ou corta moldes sem criar nem fazer adaptações, segun- v) Estagiário/a - É o/a trabalhador/a que tirocina durante o
do as instruções do/a modelista; pode trabalhar com o/a período máximo de um ano para todas as categorias, excepto
pantógrafo/a ou com o/a texógrafo/a. para as de chefia, modelista ou monitor.
e) Ajudante de corte - É o/a trabalhador/a que enlota e ou x) Modelista - É o/a trabalhador/a que estuda, cria ou
separa e ou marca o trabalho cortado e ou estende, à respon- adapta modelos através de revistas e ou faz moldes, devendo
sabilidade do estendedor/a. superintender na feitura dos moldes.
f) Bordador/eira - É o/a trabalhador/a que borda à mão ou y) Monitor/a - É o/a trabalhador/a especializado/a que di-
à máquina. rige o estágio.
g) Bordador/eira especializado/a - É o/a trabalhador/a que z) Oficial - É o/a trabalhador/a que faz correcções em pe-
borda à mão ou à máquina e que completou a sua carreira ças de vestuário e passa a ferro, podendo desempenhar, por
profissional. vezes, outras funções.
h) Cerzidor/eira - É o/a trabalhador/a que torna imper- z1) Orlador/a - É o/a trabalhador/a que executa os orlados.
ceptíveis determinados defeitos nos tecidos, utilizando uma z2) Orlador/a especializado/a - É o/a trabalhador/a que
técnica própria e utensílios manuais. Nos tempos não ocu- executa os orlados e que completou a sua carreira profissio-
pados, pode desempenhar funções inerentes às categorias de nal.
costureiro/a, acabador/a e preparador/a. z3) Prenseiro/a - É o/a trabalhador/a que trabalha com
i) Chefe de linha ou grupo - É o/a trabalhador/a que dirige prensas e ou balancés.
uma linha e ou parte de uma secção de produção e ou as z4) Preparador/a - É o/a trabalhador/a que vira golas,
prensas e ou as embalagens. punhos, cintos, marca colarinhos, bolsos, botões ou tarefas
j) Chefe de produção e ou qualidade e ou técnico/a de semelhantes na preparação. Pode desempenhar, a título pre-
confecção - É o/a trabalhador/a responsável pela programa- cário, as funções de acabador.
ção, qualidade, disciplina e superior orientação das diversas z5) Registador/a de produção - É o/a trabalhador/a que re-
secções do trabalho fabril. gista a produção diária ou periódica nas secções fabris atra-
l) Chefe de secção (encarregado/a) - É o/a trabalhador/a vés do preenchimento de mapas ou fichas.
que tem a seu cargo a secção. Instrui, exemplifica e pratica z6) Tricotador/a - É o/a trabalhador/a que executa traba-
todas as operações e execuções no corte e ou ultimação da lhos de tricô ou croché manual.
obra. z7) Tricotador/a especializado/a - É o/a trabalhador/a que
m) Colador/a - É o/a trabalhador/a que cola ou solda várias executa trabalhos de tricô ou croché e que completou a sua
peças entre si, à mão ou à máquina. carreira profissional.
n) Cortador/a à faca - É o/a trabalhador/a que corta e com- z8) Termocolador/a - É o/a trabalhador/a que cola várias
bina os retalhos das peles. peças entre si, à mão ou à máquina.
o) Cortador/a de peles e ou tecidos - É o/a trabalhador/a z9) Revisor/a - É o/a trabalhador/a responsável pela quali-
que corta peles numa prensa e ou por moldes e ou detalhes de dade e perfeição dos artigos produzidos ou em fabrico e ou
peças (de peles ou de tecidos), à mão ou à máquina. responsável por amostras ou modelos.
p) Costureira/o - É o/a trabalhador/a que cola e costura as z10) Riscador/a - É o/a trabalhador/a que estuda e risca a
peles e ou tecidos, à mão ou à máquina. colocação de moldes no mapa de corte e ou copia o mapa de
q) Costureira/o especializada/o - É o/a trabalhador/a que corte.
cose à mão ou à máquina, no todo ou em parte, peças de z11) Revistador/a - É o/a trabalhador/a que verifica a per-
vestuário ou outros artigos e que completou a sua carreira feição dos artigos em confecção ou confeccionados e assina-
profissional. la os defeitos.
r) Costureira/o qualificada/o - É o/a trabalhador/a que,
podendo trabalhar em todos os tipos de máquinas de confec- D - Fabrico de flores
ções, tem reconhecida competência, perfeição e produtivi-
dade nas diversas operações e secções onde desempenha as
suas funções de costureira. Não há acesso automático. Tipo de fabrico previsto na 2.ª categoria
s) Desenhador/a criador de moda («designer») - É o/a a) Adjunto/a de chefe de secção - É o/a trabalhador/a que
trabalhador/a que, com base na sua experiência e conheci- coadjuva o chefe de secção no desempenho das suas funções.
mento, estuda, cria, esboça e desenha modelos nos seus as- b) Chefe de secção - É o/a trabalhador/a que executa os
pectos artísticos e decorativos, fazendo conciliar as finalida- moldes em pano ou tuals e orienta a secção, tanto na parte
des utilitárias e de exequibilidade industrial com o máximo técnica como na prática.
de qualidade estética, considerando factores como a beleza c) Cortador/a de flores - É o/a trabalhador/a que corta à
e funcionalidade; elabora e executa os planos estabelecendo mão ou à máquina as flores.
as informações necessárias sobre as matérias e os produtos d) Engomador/eira de flores - É o/a trabalhador/a que en-
a utilizar. goma as flores.
t) Distribuidor/a de trabalho - É o/a trabalhador/a que e) Estagiário/a - É o/a trabalhador/a que tirocina, durante
distribui o trabalho pelas secções ou pelas linhas de fabrico.

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o período de um ano, para as categorias das alíneas c), f), g) d) Costureira/o - É o/a trabalhador/a que cose à mão ou à
e h), ou até atingir a idade de 18 anos se aquele período de máquina.
tempo se completar em momento anterior. e) Encarregado/a - É o/a trabalhador/a que desempenha as
f) Florista - É o/a trabalhador/a que corta arame, cose as funções de chefia e de distribuição de serviço.
flores, arma as flores e executa as tarefas restantes na com- f) Estagiário/a - É o/a trabalhador/a que tirocina, durante
posição das flores. o período máximo de um ano, para todas as categorias, ex-
g) Tintureiro/a de flores - É o/a trabalhador/a que tinge as cepto para as de chefia.
flores depois de cortadas e no fim de estarem armadas. g) Passador/a - É o/a trabalhador/a que passa a ferro os
h) Toucador/a - É o/a trabalhador/a que faz toucados e artigos a confeccionar.
chapéus de adorno.
G - Fabricação de outro vestuário de malhas, de meias,
E - Fabrico de artigos desportivos e de campismo similares de malha
Alfineteira/o ou coladora/o - É o/a trabalhador/a que se-
Tipo de fabrico previsto na 5.ª categoria gura ou cola os tecidos nas mesas de estampar. (letra-I)
Ajudante de afinador/a - É o/a trabalhador/a que coad-
a) Adjunto/a de chefe de secção - É o/a trabalhador/a que juva o trabalho do/a afinador/a e que o substitui em faltas
coadjuva o chefe de secção no desempenho das suas funções. ocasionais. (letra-F)
b) Adjunto/a de oficial cortador - a que ajuda na execução Ajudante de branqueador/a - É o/a trabalhador/a que co-
dos vários serviços em artigos desportivos e de campismo. adjuva o trabalho do/a branqueador/a e que o substitui em
c) Chefe de secção - É o/a trabalhador/a que superintende faltas ocasionais. (letra-H)
na secção e orienta no trabalho, tanto na parte técnica como Ajudante de debuxador/a - É o/a trabalhador/a que coad-
na prática. juva o trabalho do/a debuxador/a, podendo substituí-lo/a em
d) Costureiro/a - É o/a trabalhador/a que cose à mão ou à faltas ocasionais. (letra-D)
máquina, no todo ou em parte, detalhes de artigos desporti- Ajudante de engomador/eira - É o/a trabalhador/a que
vos e de campismo. coadjuva o trabalho do/a engomador/eira e que o substitui
d1) Costureira/o especializada/o - É o/a trabalhador/a que em faltas ocasionais. (letra-H)
cose à mão ou à máquina, no todo ou em parte, detalhes de Ajudante de estampador/a - É o/a trabalhador/a que co-
outros artigos desportivos e de campismo e que completou a adjuva o trabalho do estampador, podendo-o substituir em
sua carreira profissional. faltas ocasionais. (letra-G)
d2) Costureira/o qualificada/o - É o/a trabalhador/a que, Ajudante de maquinista das máquinas de agulhetas de
podendo trabalhar em todos os tipos de máquinas de con- plástico ou aço - É o/a trabalhador/a que coadjuva o trabalho
fecções, tem reconhecida competência, perfeição e produti- do maquinista de máquinas de agulhetas de plástico ou aço,
vidade nas diversas operações e secções onde desempenha podendo-o substituir em faltas ocasionais. (letra-I)
as suas funções de costureira/o. Não há acesso automático. Ajudante de maquinista das máquinas de cobrir borra-
e) Colador/a - É o/a trabalhador/a que cola ou solda várias cha - É o/a trabalhador/a que coadjuva o trabalho do maqui-
peças entre si, à mão ou à máquina. nista das máquinas de cobrir borracha, podendo-o substituir
f) Estagiário/a - É o/a trabalhador/a que tirocina, durante em faltas ocasionais. (letra-I)
o período máximo de um ano, para todas as categorias, ex- Ajudante de maquinista das máquinas de fabrico de cor-
cepto as de chefia. dões e «soutache» - É o/a trabalhador/a que coadjuva o tra-
g) Oficial de cortador/a - É o/a trabalhador/a que executa balho do maquinista de máquinas de fabrico de cordões e
vários serviços em artigos desportivos e de campismo, no- soutache, podendo-o substituir em faltas ocasionais. (letra-I)
meadamente estendendo e ou riscando e ou medindo e ou Ajudante de maquinista de fabrico de franjas ou galões -
cortando e ou cosendo e ou soldando e ou secando. É o/a trabalhador/a que coadjuva o trabalho do maquinista de
h) Preparador/a e ou acabador/a - É o/a trabalhador/a que fabrico de franjas ou galões, podendo-o substituir em faltas
executa tarefas de preparação ou acabamento nos artigos a ocasionais. (letra-I)
confeccionar e ou confeccionados. Ajudante de maquinista das máquinas de fabrico de «tri-
i) Termocolador/a - É o/a trabalhador/a que cola várias côt » e «filets» - É o/a trabalhador/a que coadjuva o traba-
peças entre si, à mão ou à máquina. lho do maquinista das máquinas de fabrico de tricôt e filets,
podendo-o substituir em faltas ocasionais. (letra-I)
F - Fabrico de chapéus de pano e de palha Ajudante de maquinista das máquinas «saurer» e análo-
a) Apropriagista - É o/a trabalhador/a que executa as ope- gas - É o/a trabalhador/a que coadjuva o trabalho do maqui-
rações de acabamento de chapéus de pano e de palha. nista das máquinas saurer e análogas, podendo-o substituir
b) Cortador/a - É o/a trabalhador/a que procede ao corte em faltas ocasionais. (letra-I)
de tecido para fabrico de chapéus. Ajudante de oficial de roda - É o/a trabalhador/a que co-
c) Costureira/o especializada/o - É o/a trabalhador/a que adjuva o trabalho do oficial de roda, podendo-o substituir em
cose à mão ou à máquina e que completou a sua carreira faltas ocasionais. (letra-I)
profissional. Ajudante de secador/a - É o/a trabalhador/a que coadjuva

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o trabalho do/a secador/a e que o substitui em faltas ocasio- gem, conduzindo as máquinas de gomar, a rámula secadeira
nais. (letra-H) com foulards de impregnação e as combinações de engomar,
Ajudante de tintureiro/a - É o/a trabalhador/a que coad- alargar e secar. Na gomagem manual são considerados engo-
juva o trabalho do/a tintureiro/a e que o substitui em faltas madores os profissionais que manipulam as fibras nas solu-
ocasionais. (letra-F) ções de gomar. (letra-G)
Ajudante de vaporizador/a - É o/a trabalhador/a que co- Ensacador/a de bobinas - É o/a trabalhador/a que faz o
adjuva o trabalho do/a vaporizador/a e que o substitui em enfardamento de bobinas ou canelas, a fim de seguirem para
faltas ocasionais. (letra-H) o armazém ou cliente. (letra-I)
Analista de laboratório e ensaios e ou químicos - É o/a Estampador/a ao quadro ou ao rolo manual ou pistola
trabalhador/a que procede à análise e ensaios físicos ou quí- - É o/a trabalhador/a que estampa, aplicando carimbos ou
micos de todas as matérias-primas de produtos acabados em pistolas, quer manual quer por máquinas, ao quadro ou ainda
laboratórios dotados da necessária aparelhagem. (letra-E) por quadro ou rotativo. (letra-F)
Apanhadeira/or de malhas ou rendas - É o/a trabalhador/a Fechadeira/or - É o/a trabalhador/a que fecha ou remata,
que repara e elimina os defeitos (malhas caídas e buracos) mecanicamente, os artigos de malha. (letra-H)
que a malha ou renda apresentam. (letra-H) Fixador/a de tecidos - É o/a trabalhador/a que opera com
Bobinadeira/or ou encarretedeira/or - É o/a trabalhador/a a máquina de fixar tecidos. (letra-G)
que conduz as máquinas de bobinar ou desmanchar fios. (le- Fotogravador/a - É o/a trabalhador/a que opera com as
tra-H) câmaras escuras e abre as chapas que se destinam aos pantó
Borrifador/a - É o/a trabalhador/a que conduz as máqui- grafos (estamparia rotativa) e o que trabalha com as instala-
nas de borrifar tecidos. (letra-I) ções de fotogravura, desde a sensibilização dos quadros até à
Branqueador/a - É o/a trabalhador/a que nas branque- sua ultimação (estamparia de quadro). (letra-F)
ações manuais executa as operações de alvejamento ou Gazeador/a - É o/a trabalhador/a que conduz as máqui-
branqueio da fibra, fio ou tecido, nas diferentes fases, e nas nas de gazear fios ou tecidos. (letra-G)
branqueações mecânicas dirige a condução dos serviços e Humidificador/a - É o/a trabalhador/a que controla a per-
das máquinas. (letra-G) centagem de humidade e o tempo de humidificação da seda.
Centrifugador/a - É o/a trabalhador/a responsável pela (letra-G)
máquina de hidroextracção de tecidos, fios ou rama, prepa- Lavadeira/or - É o/a trabalhador/a que conduz as máqui-
rando a carga e pondo-a à disposição da operação seguinte. nas de lavar, hidroestractores ou tumblers. (letra-I)
(letra-G) Lavadeira/or de quadros ou de mesas - É o/a trabalhador/a
Cerzideira/or de malhas ou de rendas - É o/a trabalhador/a que lava os quadros ou as mesas na estamparia, podendo
que conduz as máquinas de cerzir. (letra-H) acumular esta função com a de alfinetedeira ou coladeira.
Chefe de laboratório - É o/a trabalhador/a responsável (letra-I)
pela exploração dos meios laboratoriais e pela exactidão dos Lubrificador/a - É o/a trabalhador/a que se ocupa da lu-
resultados obtidos. (letra-C) brificação das máquinas. (letra-I)
Clorador/a - É o/a trabalhador/a que executa funções Maquinista de máquinas de agulhetas plásticas ou aço
idênticas às do branqueador, utilizando como substância quí- - É o/a trabalhador/a que opera com este tipo de máquinas.
mica o cloro. (letra-G) (letra-H)
Colorista - É o/a trabalhador/a especializado que executa Maquinista de máquinas de bordar de cabeças - É o/a
por si mesmo as fórmulas recebidas, conseguindo os matizes trabalhador/a que conduz este tipo de máquinas. (letra-H)
de cor doseados, conjugando as cores empregadas. (letra-C) Maquinista de máquinas circulares ou mecânicas - É o/a
Cortadeira/or manual, talhadeira/or ou riscadeira/or - É trabalhador/a que conduz este tipo de máquinas. (letra-H)
o/a trabalhador/a que manualmente risca ou talha a malha em Maquinistas de máquinas circulares mecânicas e Jac-
panos destinados à confecção. (letra-H) quard - É o trabalhador que conduz este tipo de máquinas.
Cortador/eira mecânico/a - É o/a trabalhador/a que, com (letra-H)
tesouras de accionamento mecânico ou eléctrico, procede ao Maquinista de máquinas de cobrir borracha - É o/a
corte da malha em panos destinados à confecção. (letra-H) trabalhador/a de conduz este tipo de máquinas. (letra-H)
Cortador/eira de relevo - É o/a trabalhador/a que conduz Maquinista de máquinas Cotton Ketten e Raschel - É o/a
as máquinas de vincar o relevo nos tecidos. (letra-H) trabalhador/a que conduz este tipo de máquinas. (letra-H)
Debuxador/a - É o/a trabalhador/a especializado em de- Maquinista de máquinas de fabrico de cordões e «souta-
senho de debuxo. (letra-C) che » - É o/a trabalhador/a que conduz este tipo de máquinas.
Embalador/a de órgãos - É o/a trabalhador/a que, além (letra-H)
de embalar os órgãos saídos das urdideiras, faz ainda o res- Maquinista de máquinas de fabrico de franja ou galões -
pectivo transporte da urdissagem para o armazém, anotando É o/a trabalhador/a que conduz este tipo de máquinas. (letra-
os respectivos pesos. (letra-G) -H)
Enfiadeira/or de máquinas «Cotton» - É o/a trabalhador/a Maquinista de máquinas de fabrico de ouro ou prata me-
que enfia as malhas nos pentes das máquinas Cotton. (letra- tálica - É o/a trabalhador/a que conduz este tipo de máqui-
-H) nas. (letra-H)
Engomador/a - É o/a trabalhador/a que procede a goma- Maquinista de máquinas de fabrico de «tricôt» e «filets»

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- É o/a trabalhador/a que conduz este tipo de máquinas. (le- laboratório. (letra-I)
tra-H) Recolhedor/a de cotão - É o/a trabalhador/a que retira
Maquinista de máquinas «Leavers» - É o/a trabalhador/a cotão das máquinas, colocando-o em paletes. (letra-I)
que conduz este tipo de máquinas. (letra-G) Recortadeira/or ou enroladeira/or - É o/a trabalhador/a
Maquinista de máquinas rectas manuais e ou motoriza- que recorta ou enrola os artigos têxteis. (letra-H)
das ou automáticas - É o/a trabalhador/a que conduz este Recuperador/a de banhos - É o/a trabalhador/a que pre-
tipo de máquinas. (letra-H) para e recupera os banhos depois de utilizados nos processos
Medidor/a ou enrolador/a - É o/a trabalhador/a que, de tingimento, mercerização, branqueação e estampagem.
manual ou mecanicamente, procede à medição das peças (letra-G)
de tecidos, quer estes trabalhos se façam em conjunto quer Recuperador/a de cotão ou desperdícios - É o/a
separadamente. Quando a medição é feita em aparelhos inte- trabalhador/a que faz passar pelo batedor todo o cotão recu-
grados nas máquinas deenrolar, os condutores dessas máqui- perável, colocando-o em paletas. (letra-I)
nas são considerados medidores. (letra-G) Reforçador/a de quadros - É o/a trabalhador/a que, nas
Mercerizador/a - É o/a trabalhador/a que conduz as má- secções de gravação, reforça ou retoca os quadros de estam-
quinas de mercerizar fios ou tecidos. (letra-G) paria. (letra-G)
Noveleira/or ou enoveleira/or - É o/a trabalhador/a que Remalhadeira/or - É o/a trabalhador/a que conduz as má-
conduz as máquinas de fazer novelos. (letra-H) quinas de remalhar. (letra-H)
Oficial de mesa - É o/a trabalhador/a que executa os tra- Repinador/a - É o/a trabalhador/a que, manual ou meca-
balhos indispensáveis à feitura de franjas, cordões e borlas. nicamente, faz a reparação de aduelas ou lançadeiras. (letra-
(letra-H) -I)
Oxidador/a - É o/a trabalhador/a que tem funções idênti- Retocador/a de tecidos - É o/a trabalhador/a que torna
cas às de tintureiro. (letra-G) imperceptíveis defeitos no tecido, usando técnica própria.
Pesador/a de drogas - É o/a trabalhador/a que pesa co- (letra-G)
rantes e produtos químicos. (letra-G) Retorcedor/a - É o/a trabalhador/a que conduz, vigia, ali-
Picador/a de cartões de debuxo - É o/a trabalhador/a que menta e faz funcionar as máquinas de torcer fio. (letra-H)
pica os cartões de acordo com o debuxo dos tecidos. (letra-F) Secador/a - É o/a trabalhador/a que conduz este tipo de
Picador/a de cartões de «jaquard» - É o/a trabalhador/a máquinas. (letra-G)
que pica os cartões de acordo com os desenhos a obter. (le- Seladeira/or - É o/a trabalhador/a que conduz as máqui-
tra-E) nas de rotular os carrinhos de linhas. (letra-H)
Planificador/a de corte - É o/a trabalhador/a que estuda e Tesourador/a ou tosqueador/a - É o/a trabalhador/a que
planifica o traçado para o corte, distribuindo os moldes pela conduz as máquinas de cortar o pêlo aos tecidos. (letra-G)
menor superfície, tendo em conta o melhor aproveitamento Texturizador/a - É o/a trabalhador/a que conduz as má-
possível. (letra-F) quinas de texturizar. (letra-H)
Polidor/a de fios - É o/a trabalhador/a que conduz as má- Tintureiro/a - É o/a trabalhador/a que nas tinturarias
quinas de gomar e polir os fios (Polished eTuine)-Ficells. manuais procede a tingidura em barca; nas tinturarias me-
(letra-H) cânicas, é o que conduz a marcha da máquina ou grupo de
Prensador/a de meadas - É o/a trabalhador/a que conduz máquinas. (letra-G)
as máquinas de prensar meadas. (letra-I) Transportador/a - É o/a trabalhador/a que transporta
Preparador/a de banhos - É o/a trabalhador/a que pro- mercadorias das oficinas, segundo as ordens que lhe são da-
cede à preparação de banhos e acabamentos de artigos de das. (letra-I)
têxteis. (letra-G) Tricotador/a manual - É o/a trabalhador/a que com agu-
Preparador/a de cargas de bobinas - É o/a trabalhador/a lhas lisas ou de crochet fabrica manualmente panos destina-
que recebe as bobinas de fio da bobinadora, carrega-as e des- dos à confecção. (letra-H)
carrega-as da pronto-material, antes e depois do tingimento. Tufador/a - É o/a trabalhador/a que conduz a máquina de
(letra-H) tufar tecidos. (letra-G)
Preparador/a de gomas - É o/a trabalhador/a que prepara Urdidor/eira - É o/a trabalhador/a que conduz uma má-
as gomas para as máquinas de gomar e polir fios. (letra-I) quina de urdir teias, conhecendo e sabendo distribuir ao qua-
Preparador/a de lotes - É o/a trabalhador/a que pesa e dro de fios, segundo indicações que lhe são dadas. (letra-G)
compõe os diversos lotes de matéria-prima para a obtenção Vaporizador/a - É o/a trabalhador/a que conduz as má-
de determinado número de qualidade de fio. (letra-G) quinas de vaporizar, polimerizar ou fixar. (letra-G)
Preparador/a de laboratório - É o/a trabalhador/a que, Vigilante de águas - É o/a trabalhador/a que vigia as
sob orientação do chefe de laboratório ou do analista, prepa- águas dos tanques, as quais seguem depois para as secções.
ra todos e quaisquer materiais e produtos necessários para os (letra-G)
ensaios e outros serviços laboratoriais. (letra-F) Técnico/a de laboratório - É o/a trabalhador/a que exe-
Preparador/a de tintas - É o/a trabalhador/a que nas es- cuta todos os trabalhos práticos respeitantes a análises e
tamparias procede a preparação de tintas. (letra-F) ensaios, trabalhando com todo o equipamento laboratorial,
Recolhedor/a de amostras - É o/a trabalhador/a que nas interpretando e aplicando correcções de acordo com os re-
linhas de fabrico recolhe produtos que serão analisados no sultados obtidos. (letra-C)

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Estagiário/a - É o/a trabalhador/a que tirocina, pelo pe- dirige os trabalhos de conservação, manutenção e reparação
ríodo máximo de dois anos, para a categoria de lubrificador. dos equipamentos e acessórios inerentes à secção.
Nota - Os/as ajudantes serão remunerados/as pelo nível salarial imedia- e) Estagiário/a - É o/a trabalhador/a que tirocina, durante
tamente inferior ao da respectiva categoria profissional a que presta ajuda, o período máximo de dois anos, para as categorias previstas
serão promovidos/as à respectiva categoria profissional logo que completem nas alíneas a), b), e), f), h) e i).
seis anos como ajudantes. f) Fresador/a mecânico - É o/a trabalhador/a que na fresa-
dora executa todos os trabalhos de fresagem de peças, traba-
Grupo II - Organização e planeamento lhando por desenho ou peça modelo. Prepara, se necessário,
a) Agente de planeamento - É o/a trabalhador/a com mais as ferramentas que utiliza.
de dois anos de planeador que, de entre outras, desempenha g) Mecânico/a de automóveis - É o/a trabalhador/a que de-
algumas das seguintes funções: estuda e concebe esquemas tecta as avarias mecânicas, repara, afina, monta e desmonta
de planeamento; prepara planos ou programas de acção; os órgãos de automóveis e outras viaturas e executa outros
orienta, executa ou colabora em investigação ou formação trabalhos relacionados com esta mecânica.
relacionada com planeamento; analisa e critica as acções h) Montador/a de toldos - É o/a trabalhador/a que conduz
em curso relativas à produção e aquisição; prepara os lança- a viatura onde são transportados os toldos e procede à sua
mentos de matérias-primas na produção, utilizando técnicas montagem no local destinado, com ou sem o apoio do/a aju-
específicas de planeamento, e calcula as matérias primas a dante de montador/a de toldos.
encomendar. i) Operador/a não especializado/a - É o/a trabalhador/a
b) Agente de tempos e métodos - É o/a trabalhador/a, com que se ocupa da movimentação, carga ou descarga de mate-
mais de dois anos de cronometrista, que, de entre outras, riais de limpeza nos locais de trabalho.
desempenha algumas das seguintes funções: custos de mão- j) Serralheiro/a mecânico/a - É o/a trabalhador/a que exe-
-de-obra de produtos acabados, organização de produção, cuta peças e monta, repara e conserva vários tipos de máqui-
melhoria de métodos e organização de postos de trabalho, nas, motores e outros conjuntos mecânicos, com excepção
diagramas, gráficos de produtividade e de previsão de pro- dos instrumentos de precisão e instalações eléctricas.
dução, preparação de novos profissionais dentro do sector e l) Torneiro/a - É o/a trabalhador/a que, operando cm torno
outras actividades acessórias. mecanocopiador, executa trabalhos de torneamento de peças,
c) Cronometrista - É o/a trabalhador/a que coadjuva o trabalhando por desenho ou peça modelo, e prepara, se ne-
agente de tempos e métodos, efectua estudos de tempos e cessário as ferramentas que utiliza.
melhorias de métodos, prepara postos de trabalho, faz cálcu- Nota - Os/as trabalhadores/as metalúrgicos/as classificados/as no 3.º es-
los e diagramas de produção. calão ascenderão ao 2.º ao fim de dois anos na categoria e os do 2.º escalão
ascenderão ao 1.º ao fim de quatro anos na categoria.
d) Estagiário/a - É o/a trabalhador/a que tirocina, durante
o período máximo de um ano, para as categorias previstas
nas alíneas c) e e). Grupo V - Construção civil
e) Planeador/a - É o/a trabalhador/a que coadjuva o agen- a) Encarregado/a geral - É o/a trabalhador/a diplomado
te de planeamento. com o curso de construção civil, ou qualificação equiparada,
que superintende na execução de um conjunto de obras em
Grupo III - Serviço de portaria diversos locais.
b) Chefe de pedreiros/as e ou carpinteiros/as e ou pinto-
Porteiro/a - É o/a trabalhador/a que atende os visitantes,
res/as - É o/a trabalhador/a que orienta e distribui as tarefas
informa-se das suas pretensões e anuncia-os ou indica-lhes
pelos trabalhadores em cada um dos diversos sectores.
os serviços a que devem dirigir-se. Por vezes, é incumbido/a
c) Carpinteiro/a - É o/a trabalhador/a que executa, monta,
de controlar entradas e saídas de visitantes, mercadorias e
transforma e repara moldes, peças de madeira ou outros ma-
veículos. Pode ser encarregado/a da receção de correspon-
teriais utilizados para moldes para fundição.
dência.
d) Estagiário/a - É o/a trabalhador/a que tirocina para as
categorias das alíneas e), f) e g) durante o período de um ano.
Grupo IV - Metalúrgicos e) Servente - É o/a trabalhador/a , sem qualquer qualifi-
a) Afinador/a de máquinas - É o/a trabalhador/a que exe- cação ou especialização, que trabalha nas obras, aterros ou
cuta peças, monta, repara, afina ou ajusta e conserva vários em qualquer local em que se justifique a sua presença e que
tipos de máquinas, de modo a garantir-lhes a eficiência no tenha mais de 18 anos de idade.
seu trabalho, e colabora com os chefes de secção. f) Pedreiro/a ou trolha - É o/a trabalhador/a que, exclusiva
b) Ajudante de montador/a - É o/a trabalhador/a que con- ou predominantemente, executa alvenarias de tijolos, pedras
duz a viatura onde são transportados os toldos e ajuda o/a ou blocos, podendo também fazer assentamentos de mani-
montador/a de toldos nas suas tarefas. lhas, tubos, cantarias, rebocos e outros trabalhos similares
c) Canalizador/a - É o/a trabalhador/a que corta, rosca tu- ou complementares.
bos, solda e executa canalizações nos edifícios, instalações g) Pintor/a - É o/a trabalhador/a que, por imersão a pincel
industriais e noutros locais. ou à pistola, ou ainda por outro processo específico, incluin-
d) Chefe de serralharia - É o/a trabalhador/a que orienta e do o de pintura electrostática, aplica tinta de acabamentos,

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sem ter de proceder à preparação das superfícies a pintar. em serviço de preparação de refeições e excepcionalmente
h) Operador/a não especializado/a - É o/a trabalhador/a em serviços de refeições.
que se ocupa da movimentação de carga ou descarga de ma- c) Cozinheiro/a - É o/a trabalhador/a que prepara, tempera
teriais e limpeza nos locais de trabalho. e cozinha os alimentos destinados às refeições e elabora ou
Nota - Os/as trabalhadores/as classificados no 2.º escalão ascenderão ao contribui para a elaboração das ementas. Havendo três ou
1.º ao fim de três anos na categoria. mais cozinheiros/as, um será classificado como chefe de co-
zinha terá um vencimento superior em 5 € mensais.
Grupo VI - Electricistas d) Controlador/a-caixa - É o/a trabalhador/a que, não
exercendo predominantemente outras funções, emite contas
a) Ajudante de electricista - É o/a trabalhador/a que com- de consumo nas salas de refeições, recebe as respectivas im-
pletou o seu estágio e que tirocina para pré-oficial. portâncias, ainda que se trate de processos de pré-pagamento
O tirocínio não pode ter duração superior a dois anos. ou recebimento de senhas, e elabora mapas do movimento
b) Chefe de electricista ou técnico/a electricista - É o/a da sala em que presta serviço, podendo auxiliar no serviço
trabalhador/a que superintende todo o trabalho, tanto na par- de registo ou de controlo.
te técnica como na prática. Sempre que tenha um curso da e) Despenseiro/a - É o/a trabalhador/a que armazena, con-
escola profissional e mais de cinco anos na categoria de ofi- serva e distribui géneros alimentícios e outros produtos em
cial, será denominado técnico electricista. refeitório. Pode ser incumbido da compra e registo dos gé-
c) Estagiário/a (aprendiz/a) - É o/a trabalhador/a que se neros alimentícios.
inicia na profissão e que está sob a orientação do oficial ou f) Ecónomo/a - É o/a trabalhador/a que orienta, fiscaliza
de outro profissional qualificado. ou executa os serviços de recebimento, armazenamento,
O estágio terá a duração máxima de um ano. conservação e fornecimento das mercadorias destinadas à
d) Oficial electricista - É o/a trabalhador/a electricista ha- preparação e serviço das refeições.
bilitado para a execução de todos os trabalhos da sua espe- Pode ainda ser encarregado da aquisição dos artigos ne-
cialidade, incluindo ensaios, experiência e montagens. cessários ao fornecimento normal do refeitório e ser respon-
e) Pré-oficial electricista - É o/a trabalhador/a que ajuda o sável pelos registos.
oficial e que, cooperando com ele, executa trabalho da mes- g) Empregado/a de balcão - É o/a trabalhador/a que serve
ma responsabilidade, não podendo estar mais de dois anos bebidas e refeições ao balcão. Executa ou coopera nos traba-
nesta categoria. lhos de asseio e arrumação na sua secção.
h) Empregado/a de refeitório - É o/a trabalhador/a que
Grupo VII - Transportes executa nos diversos sectores de um refeitório trabalhos re-
a) Ajudante de motorista - É o/a trabalhador/a que acom- lativos ao serviço de refeições. Pode executar serviços de
panha o motorista e se ocupa da carga e descarga dos veícu- preparação das refeições e executar serviços de limpeza e
los. asseio dos diversos sectores.
b) Coordenador/a de tráfego - É o/a trabalhador/a que i) Estagiário/a-praticante - É o/a trabalhador/a que tiroci-
orienta e dirige o serviço de motoristas. na para cozinheiro durante o período de dois anos ou durante
c) Motorista - É o/a trabalhador/a que conduz veículos um ano para despenseiro ou empregado de balcão.
motorizados, ligeiros ou pesados. Tem de estar habilitado
com carta de condução profissional de ligeiros e ou pesados. Grupo IX - Fogueiros
Os/as motoristas de veículos pesados são obrigatoria- a) Encarregado/a de fogueiro - É o/a trabalhador/a que di-
mente assistidos pelo/a ajudante de motorista. rige os serviços e coordena e controla os mesmos, bem como
toda a rede de vapor existente na central de vapor, tendo sob
Grupo VIII - Cantinas e refeitórios a sua responsabilidade os restantes fogueiros e ajudantes. Só
a) Chefe de refeitório - É o/a trabalhador/a que superinten- é obrigatório nas empresas com quatro ou mais fogueiros.
de nos trabalhos de distribuição das refeições, orientando e b) Fogueiro - É o/a trabalhador/a que alimenta e conduz
vigiando os arranjos das salas e mesas das mesmas e as pre- geradores de vapor, competindo-lhe, além do estabelecido
parações prévias de apoio ao seu eficiente serviço, tais como pelo Regulamento da Profissão de Fogueiro, aprovado pelo
tratamento de louças, vidros e talheres, tanto nas salas como Decreto-Lei n.º 46.989, de 30 de abril de 1966, manter a
nas dependências de balcão e copa. conservação dos geradores de vapor, seus auxiliares e aces-
b) Copeiro/a - É o/a trabalhador/a que regula, vigia e as- sórios.
segura o funcionamento da máquina de lavar louça, regula c) Ajudante de fogueiro - É o/a trabalhador/a que, sob a
a entrada e a temperatura da água, mistura o detergente na exclusiva orientação e responsabilidade do fogueiro, asse-
quantidade requerida, fixa o tempo de funcionamento, colo- gura o estabelecimento sólido ou líquido, para geradores de
ca os utensílios a lavar, lava na banca da louça os utensílios vapor, de carregamento manual ou automático e procede à
que não podem ou não devem ser lavados na máquina de limpeza dos mesmos e da secção em que estão instalados.
lavar, lava em banca própria a louça de cozinha (os tachos, Exerce legalmente as funções nos termos dos artigos 14.º e
as panelas, as frigideiras e demais utensílios), arrumando os 15.º do Regulamento da Profissão de Fogueiro (Decreto-Lei
utensílios lavados nos seus lugares próprios, podendo ajudar n.º 46.989, de 30 de abril de 1966).

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

Nota - Os/as trabalhadores/as fogueiros classificados no 3.º escalão as- dedor da zona.
cenderão ao 2.º ao fim de dois anos na categoria; os do 2.º escalão ascende- b) Vendedor/a (caixeiro/a-viajante, caixeiro/a de praça) -
rão ao 1.º ao fim de quatro anos na categoria.
É o/a trabalhador/a que predominantemente promove e ven-
de mercadorias por conta da entidade patronal, transmite as
Grupo X - Comércio, caixeiros e armazéns encomendas à administração e faz relatórios sobre as tran-
sacções efectuadas e as condições de mercado.
A - Armazéns
C - Caixeiros de venda ao público
a) Arrumador/a - É o/a trabalhador/a que executa tarefas
não especificadas, não necessitando de qualquer formação, a) Arrumador/a - É o/a trabalhador/a que executa tarefas
nas quais predomina o esforço físico. não especificadas, não necessitando de qualquer formação,
b) Caixeiro/a de armazém - É o/a trabalhador/a que vende nas quais predomina o esforço físico.
mercadorias aos retalhistas e ao comércio por grosso, fala b) Caixeiro/a - É o/a trabalhador/a que vende mercadorias
com o cliente no local de venda e informa-se do género do ao público, fala com o cliente no local de venda e informa-
produto que ele deseja, auxiliando a efectuar a escolha e evi- -se do género do produto que ele deseja, auxilia o cliente a
denciando as qualidades comerciais e as vantagens do produ- efectuar a escolha, fazendo uma demonstração do artigo, se
to, e anuncia as condições de venda e pagamento. for possível evidenciando as qualidades comerciais e as van-
c) Chefe de secção - É o/a trabalhador/a que, sob a orien- tagens do produto, e enuncia o preço e as condições de paga-
tação do encarregado de armazém, dirige o serviço de uma mento, esforça-se por concluir a venda, recebe encomendas
secção do armazém, assumindo a responsabilidade do seu e transmite-as para execução; é, por vezes, encarregado de
bom funcionamento. fazer um inventário periódico das existências.
c1) Coleccionador/a - É o/a trabalhador/a responsável pela c) Caixeiro/a-ajudante - É o/a trabalhador/a que termina-
elaboração das colecções, referenciando-as e elaborando do o período de estágio aguarda a passagem a caixeiro. Tem
cartazes e mostruários. de ser promovido no período máximo de dois anos.
c2) Conferente - É o/a trabalhador/a que, segundo directri- d) Caixeiro/a-chefe - É o/a trabalhador/a que substitui o
zes verbais ou escritas de um superior hierárquico, confere gerente comercial na ausência deste e se encontra apto para
os produtos com vista ao seu acondicionamento ou expedi- dirigir o serviço e o pessoal.
ção, podendo, eventualmente, registar a entrada ou saída de e) Caixeiro/a chefe de secção - É o/a trabalhador/a que co-
mercadorias. ordena, dirige e controla o trabalho e as vendas numa secção
d) Distribuidor/a - É o/a trabalhador/a que distribui as do estabelecimento com o mínimo de três profissionais.
mercadorias por clientes ou sectores de venda. f) Distribuidor/a - É o/a trabalhador/a que distribui as
e) Embalador/a - É o/a trabalhador/a que presta a sua acti- mercadorias por clientes ou sectores de venda.
vidade separando e ou embalando os artigos neles existentes. g) Estagiário/a - É o/a trabalhador/a que tirocina durante
e1) Encarregado/a de armazém - É o/a trabalhador/a que dois anos para a categoria da alínea c).
dirige ou trabalha no armazém, assumindo a responsabilida-
de do seu bom funcionamento, tenha ou não algum profissio- Grupo XI - Serviços sociais na empresa
nal às suas ordens.
f) Estagiário/a - É o/a trabalhador/a que tirocina durante
um ano para as categorias das alíneas b) e h). A - Serviço social
g) Etiquetador/a - É o/a trabalhador/a que aplica rótulos Técnico/a de serviço social - É o/a trabalhador/a que,
ou etiquetas nas embalagens, para a sua conveniente identifi- com curso próprio, intervém na resolução dos problemas hu-
cação, utilizando métodos manuais ou mecânicos. manos e profissionais dos trabalhadores, na defesa dos seus
h) Fiel de armazém - É o/a trabalhador/a que assume a res- direitos e interesses, nomeadamente:
ponsabilidade pela mercadoria existente no armazém, con- a) Nos processos de acolhimento (admissões), integração,
trolando a sua entrada e saída, executando, nomeadamente, transferências, reconversão, formação, remuneração, infor-
trabalhos de escrituração, pesagem e medição. mação, reforma e estágio;
b) Nas situações de tensão provocadas por deficiência de
B - Vendedores organização geral da empresa, particularmente pela organi-
zação técnico-social e condições ou natureza do trabalho;
a) Chefe de compras e ou vendas - É o/a trabalhador/a que
c) Nas situações de desajustamento social dos trabalhado-
verifica as possibilidades do mercado, dos seus vários aspec-
res;
tos de preferência, poder aquisitivo e solvabilidade, coorde-
d) Nas situações que resultem da localização geográfica da
na o serviço dos vendedores, caixeiros de praça ou viajantes;
empresa;
visita os clientes, informa-se das suas necessidades e recebe
e) Nas situações especiais do trabalho feminino, menores,
as reclamações dos mesmos; verifica a acção dos vendedores
acidentados e reconvertidos;
caixeiros de praça ou viajantes pelas notas de encomendas e
f) No estudo e diagnóstico dos problemas individuais re-
relatórios, auscultação da praça, programas cumpridos, etc.;
sultantes da situação de trabalho e dos problemas de infor-
pode, por vezes, aceitar encomendas que se destinam ao ven-
mação;

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g) Na formulação de políticas sociais, através da realiza- Grupo XIII - Lavandarias


ção de estudos e emissão de pareceres;
h) Na organização, funcionamento e melhoria das realiza-
ções sociais; Secção de branqueamento
i) Na comissão de segurança e em todos os domínios da a) Chefe de secção (de lavandaria/branqueamento) - É o/a
higiene e segurança no trabalho; trabalhador/a que tem a seu cargo a secção de máquinas que
j) Nos serviços de medicina no trabalho. procedem ao branqueamento das várias peças de vestuário,
orientando e exemplificando as operações das máquinas de
B - Enfermagem branquear nas várias fases de branqueamento.
b) Operador/a de máquinas de branqueamento - É o/a
a) Enfermeiro/a-coordenador/a - É o/a trabalhador/a que
trabalhador/a que procede à pesagem das peças a introduzir
se responsabiliza pelo serviço, orienta, coordena e supervi-
nas máquinas de branqueamento, à introdução nas mesmas
siona os demais profissionais, sem prejuízo de executar as
dos vários produtos a utilizar e as coloca em funcionamento
funções técnicas inerentes à sua profissão.
através de fichas previamente programadas e fornecidas pelo
b) Enfermeiro/a - É o/a trabalhador/a que administra a
chefe de secção.
terapêutica e os tratamentos prescritos pelo médico; presta
primeiros socorros de urgência; presta cuidados de enferma-
gem básicos e globais aos trabalhadores da empresa, sãos Grupo XIV - Trabalhadores administrativos
ou doentes; faz educação sanitária, ensinando os cuidados a Assistente administrativo/a - É o/a trabalhador/a que, sob
ter não só para manter o seu grau de saúde e até aumentá-lo, orientação e instruções da hierarquia, executa tarefas admi-
com especial ênfase para as medidas de protecção e seguran- nistrativas, que podem variar segundo a natureza ou sector
ça no trabalho, como prevenir doenças em geral e as profis- da empresa onde trabalha. Prepara, junta e ordena elementos,
sionais em particular; observa os trabalhadores sãos ou doen- de natureza administrativa, para consulta e para elaboração
tes, verifica a temperatura, pulso, respiração, tensão arterial, de respostas. Pode ter conhecimento e prática de contabilida-
peso e altura, procurando detectar precocemente sinais ou de e fiscalidade, recursos humanos e marketing comerciais.
sintomas de doença, e encaminha-os para o médico; auxilia Atende e esclarece o público, interno ou externo à em-
o médico na consulta e nos meios complementares de diag- presa, quer pelo telefone quer através de contacto directo,
nóstico e do tratamento; responsabiliza-se pelo equipamento encaminhando, se necessário, o seu atendimento para os res-
médico e pelo aspecto acolhedor dos gabinetes do serviço pectivos serviços ou departamentos da empresa. Faz proces-
médico; efectua registos relacionados com a sua actividade samento de texto e arquiva correspondência e ou outro expe-
por forma a informar o médico e assegurar a continuidade diente administrativo. Utiliza meios tecnológicos adequados
dos cuidados de enfermagem. Quando exista mais de um/a ao desempenho da sua função. (Corresponde a estagiário de
profissional, um deles orienta o serviço e será classificado/a escriturário e terceiro-escriturário, nas antigas categorias)
como enfermeiro/a coordenador/a. Auxiliar administrativo/a - É o/a trabalhador/a que exe-
c) Auxiliar de enfermagem - É o/a trabalhador/a que co- cuta diversos serviços tais como: anunciar visitantes, enca-
adjuva o/a médico/a e o/a enfermeiro/a nas tarefas que são minha-los ou informá-los; fazer recados, estampilhar e entre-
remetidas a este profissional e já descritas. gar a correspondência; executar diversos serviços análogos
tais como entrega de mensagens e objectos inerentes ao ser-
C - Creches e jardins-de-infância viço interno e distribuição da correspondência aos serviços a
que é destinada. Pode ainda executar serviços de reprodução
a) Auxiliar de educador/a infantil - É o/a trabalhador/a que
e endereçamento de documentos e executa trabalho de apoio
auxilia nas suas funções o educador infantil.
aos serviços administrativos.
b) Educador/a infantil ou coordenador/a - É o/a
Técnico/a administrativo/a - É o/a trabalhador/a que a
trabalhador/a que, com curso adequado, dirige e orienta a
partir de objectivos definidos superiormente, organiza e exe-
creche.
cuta as tarefas administrativas de maior responsabilidade
c) Vigilante - É o/a trabalhador/a que toma conta de um
e especialização, que podem variar segundo a natureza ou
grupo de crianças, sob a orientação do educador infantil ou
sector da empresa onde trabalha, nomeadamente de apoio à
do auxiliar do educador infantil.
contabilidade geral, de apoio à gestão de recursos humanos,
nomeadamente a gestão do economato, podendo ser o elo de
Grupo XII - Serviços de limpeza e jardinagem ligação entre os administrativos e as chefias. Pode ter conhe-
a) Chefe de limpeza - É o/a trabalhador/a que tem a seu cimentos e prática de marketing. Minuta, faz processamento
cargo o estado de limpeza da empresa e dirige e orienta o de texto e arquiva correspondência e ou outro expediente
restante pessoal de limpeza. administrativo. Utiliza meios tecnológicos adequados ao
b) Empregado/a de limpeza - É o/a trabalhador/a que exe- desempenho da sua função. Poderá coordenar profissionais
cuta todos os trabalhos de limpeza. de qualificação inferior. (Corresponde á antiga categoria de
c) Jardineiro/a - É o/a trabalhador/a que se ocupa dos tra- escriturário).
balhos de jardinagem, podendo igualmente cuidar da horta Técnico/a de contabilidade - É o/a trabalhador/a que
ou pomar, quando anexo às instalações da empresa. organiza documentos para classificação, verificando a sua

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conformidade com as disposições legais; classifica os do- trativa que permita explorar e dirigir a empresa de maneira
cumentos em função do seu conteúdo, registando os dados eficaz; colaborar na fixação da política financeira, e exercer
referentes à sua movimentação, de acordo como plano oficial a verificação dos custos.
de contas do sector respectivo; efectua o registo das opera- Secretário/a-geral - Nas associações ou federações ou
ções contabilísticas da empresa, ordenando os movimentos outras entidades patronais similares, apoia a direcção, prepa-
pelo débito e crédito nas respectivas contas de acordo com a rando as questões por ela a decidir, organizando e dirigindo
natureza do documento utilizando aplicações informáticas e superiormente a actividade dos serviços.
documentos e livros auxiliares obrigatórios; calcula e ou de- Chefe de escritório - É o/a trabalhador/a que superinten-
termina e regista impostos, taxas, tarifas a receber e a pagar; de em todos os serviços de escritório.
regista e controla as operações bancárias; prepara a docu- Chefe de serviços - É o/a trabalhador/a que dirige um
mentação necessária ao cumprimento de obrigações legais departamento dos serviços sob a autoridade do chefe de es-
e ao controlo das actividades; recolhe dados necessários à critório.
elaboração de relatórios periódicos da situação económica Chefe de departamento - É o/a trabalhador/a que estuda,
da empresa, nomeadamente, orçamentos, planos de acção, organiza, dirige e coordena, sob a orientação do seu superior
inventários e relatórios. Organiza e arquiva os documentos hierárquico, num ou vários dos departamentos da empresa,
relativos à actividade contabilística. (Corresponde à antiga as actividades que lhe são próprias; exerce, dentro do depar-
categoria de guarda-livros). tamento que chefia e nos limites da sua competência, funções
Técnico/a de secretariado - É o/a trabalhador/a respon- de direcção, orientação e fiscalização do pessoal sob as suas
sável pelas diversas tarefas de secretariado necessárias ao ordens e de planeamento das actividades de departamento,
correcto funcionamento de um gabinete ou da direcção/ segundo as orientações e fins definidos; propõe a aquisição
chefia da empresa. As tarefas de secretariado são entre ou- de equipamento e materiais e a admissão de pessoal necessá-
tras, processar, traduzir relatórios, cartas e actas, atender rio ao bom funcionamento do departamento, e executa outras
telefonemas, receber visitantes, contactar clientes, preen- funções semelhantes.
cher impressos, enviar documentos através de correio, fax Contabilista/técnico/a de contas - É o/a trabalhador/a que
e correio electrónico e organizar e manter diversos ficheiros organiza e dirige os serviços de contabilidade e dá conselhos
e dossiers, organizar a agenda, efectuando marcação de reu- sobre problemas de natureza contabilística; estuda a plani-
niões, entrevistas e outros compromissos. Pode também pre- ficação de circuitos contabilísticos, analisando os diversos
parar processos para a chefia, compilando a documentação e sectores de actividade da empresa, de forma a assegurar uma
a informação necessárias, transmitir decisões, providenciar recolha de elementos precisos, com vista à determinação de
reuniões de trabalho e redigir as suas actas, tirar fotocópias, custos e resultados de exploração; elabora o plano de contas
receber e classificar correspondência e documentos, efectuar a utilizar para a obtenção dos elementos mais adequados à
a marcação de viagens e assegurar a ligação entre profissio- gestão económico-financeira e cumprimento da legislação
nais e o resto dos elementos da organização. Utiliza meios comercial e fiscal; supervisiona a escrituração dos registos
tecnológicos adequados ao desempenho da sua função. (Cor- e livros de contabilidade, coordenando, orientando e dirigin-
responde à antiga categoria de secretario da direcção e sub- do os empregados encarregados dessa execução; fornece os
chefe de secção). elementos contabilísticos necessários à definição da política
Operador/a informático/a - É o/a trabalhador/a que, orçamental e organiza e assegura o controlo da execução do
predominantemente recepciona os elementos necessários à orçamento; elabora ou certifica os balancetes e outras in-
execução de trabalhos no computador, controla a execução, formações contabilísticas a submeter à administração ou a
conforme o programa de exploração regista as ocorrências e fornecer a serviços públicos; procede ao apuramento de re-
reúne os elementos resultantes. Prepara, opera e controla o sultados, dirigindo o encerramento das contas e a elaboração
computador através da consola. Assegura a organização dos do respectivo balanço, que apresenta e assina; elabora o rela-
meios e serviços informáticos, prestando todas as informa- tório explicativo que acompanha a apresentação de contas ou
ções e apoios aos seus superiores hierárquicos. Tem ainda fornece indicações para essa elaboração; efectua as revisões
por funções accionar e vigiar o tratamento da informação e contabilísticas necessárias, verificando os livros ou registos,
preparar o equipamento consoante os trabalhos a executar para se certificar da correcção da respectiva escrituração. É o
pelos utilizadores. (Corresponde à antiga categoria de opera- responsável pela contabilidade das empresas.
dor de computador). Analista de sistemas - É o/a trabalhador/a que concebe
Director/a de serviços - É o/a trabalhador/a que estuda, e projecta, no âmbito do tratamento automático da informa-
organiza, dirige e coordena, nos limites dos poderes de que ção, os sistemas que melhor respondam aos fins em vista,
está investido, as actividades do organismo ou da empresa, tendo em conta os meios de tratamento disponíveis; consulta
ou de um ou vários dos seus departamentos. Exerce funções os interessados afim de recolher elementos elucidativos dos
tais como: colaborar na determinação da política da empresa; objectivos que se têm em vista; determina se é possível e
planear a utilização mais conveniente de mão-de-obra, equi- economicamente rendível utilizar um sistema de tratamento
pamento, materiais, instalações e capitais; orientar, dirigir e automático de informação; examina os dados obtidos, deter-
fiscalizar a actividade do organismo ou empresa segundo os mina qual a informação a ser recolhida, com que periodici-
planos estabelecidos, apolítica adoptada e as normas e regu- dade e em que ponto do seu circuito, bem como a forma e a
lamentos prescritos; criar e manter uma estrutura adminis- frequência com que devem ser apresentados os resultados;

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determina as modificações a introduzir necessárias à norma- são de indicações várias.


lização dos dados e as transformações a fazer na sequência Telefonista - É o/a trabalhador/a que:
das operações; prepara ordinogramas e outras especificações 1- Presta serviço numa central telefónica, transmitindo aos
para o programador; efectua testes, a fim de se certificar se o telefones internos as chamadas recebidas e estabelecendo li-
tratamento automático da informação se adapta aos fins em gações internas ou para o exterior. Responde, se necessário,
vista, e, caso contrário, introduz as modificações necessárias. a pedidos de informações telefónicas.
Pode ser incumbido de dirigir a preparação dos programas. 2- As categorias que correspondem a esta profissão serão
Pode coordenar os trabalhos das pessoas encarregadas de atribuídas de acordo com as seguintes exigências: manipu-
executar as fases sucessivas das operações da análise do pro- lação de aparelhos de comutação com capacidade igual ou
blema. Pode dirigir e coordenar a instalação de sistemas de inferior a 16 postos suplementares.
tratamento automático de informação. Contínuo/a - É o/a trabalhador/a que executa diversos
Chefe de secção - É o(a) trabalhador(a) que coordena, serviços, tais como:
dirige e controla o trabalho de um grupo de profissionais da Anunciar visitantes, encaminhá-los ou informá-los; fazer
sua secção. recados, estampilhar e entregar correspondência; executar
Programador/a - É o/a trabalhador/a que estabelece pro- diversos serviços análogos, tais como entrega de mensa-
gramas que se destinam a comandar operações de tratamento gens e objectos inerentes ao serviço interno e distribuição da
automático da informação por computador; recebe as espe- correspondência aos serviços a que é destinada. Pode ainda
cificações e instruções preparadas pelo analista de sistemas, executar serviço de reprodução e endereçamento de docu-
incluindo todos os dados elucidativos dos objectivos a atin- mentos.
gir; prepara os ordinogramas e procede à codificação dos Servente de limpeza - É o/a trabalhador/a que limpa e ar-
programas; escreve instruções para o computador; procede ruma as salas, escritórios, corredores e outras dependências,
a testes para verificar a validade do programa e introduz-lhe podendo executar outras tarefas relacionadas com limpeza e
alterações sempre que necessário; apresenta os resultados arrumações.
obtidos sob forma de mapas, cartões perfurados, suportes
magnéticos ou por outros processos. Pode fornecer instru- ANEXO III
ções escritas para o pessoal encarregado de trabalhar com o
computador. Enquadramentos profissionais - Categorias
Tesoureiro/a - É o/a trabalhador/a que dirige a tesoura-
ria, em escritórios em que haja departamento próprio, tendo A
a responsabilidade dos valores de caixa que lhe estão con- Chefe de produção e ou qualidade e ou
I-B e I-C2
fiados, verifica as diversas caixas e confere as respectivas técnico/a de confecção
existências; prepara os fundos para serem depositados nos Desenhador/a-criador /a de moda
bancos e toma as disposições necessárias para levantamen- I-B, IC1 e 1-C2
(designer)
tos; verifica periodicamente se o montante dos valores em Peleiro/a-mestre I-C1
caixa coincide com o que os livros indicam. Pode, por vezes,
B
autorizar certas despesas e executar outras tarefas relaciona-
das com as operações financeiras. Adjunto/a de chefe de produção I-B, I-C2 e 1C1
Correspondente em línguas estrangeiras - É o/a Chefe de compras ou vendas X-B
trabalhador/a que redige cartas e quaisquer outros docu- Encarregado/a geral V
mentos de escritório em línguas estrangeiras, dando-lhes Enfermeiro/a-coordenador /a XI-B
seguimento apropriado; lê e traduz, se necessário, o correio Técnico/a de serviço social XI-A
recebido e junta-lhe a correspondência; deve ainda operar
C
com o telex em língua estrangeira, podendo eventualmente
estenografar. Agente de planeamento II
Caixa - É o/a trabalhador/a que tem a seu cargo as opera- Agente de tempos e métodos II
ções da caixa e registo do movimento relativo a transacções Chefe de electricista ou técnico/a
VI
respeitantes à gestão da empresa. Recebe numerário e outros electricista
valores e verifica-se a sua importância corresponde à indica- Chefe de secção (encarregado/a) I-B, I-C2, I-D e I-E
da nas notas de venda ou nos recibos; prepara os sobrescritos Chefe de serralharia IV
segundo as folhas de pagamento. Pode preparar os fundos
Encarregado/a de armazém X-A
destinados a serem depositados e tomar as disposições ne-
cessárias para os levantamentos. Encarregado/a de fogueiro IX
Recepcionista - É o/a trabalhador/a que recebe clientes Enfermeiro/a XI-B
e dá explicações sobre os artigos, transmitindo indicações Mestre I-A e I-C1
dos respectivos departamentos; assiste na portaria recebendo Modelista I-B e I-C2
e atendendo visitantes que pretendam encaminhar-se para a
Chefe de laboratório 1-G
administração ou para funcionários superiores, ou atendendo
outros visitantes com orientação das suas visitas e transmis- Colorista 1-G

3000
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

Debuxador/a 1-G Trolha de 1.ª V


Técnico/a de laboratório 1-G Analista de laboratório e ensaios e ou
1-G
D químicos
Afinador/a de máquinas de 1.ª IV Picador/a de cartões de «jacquard» 1-G
Auxiliar de enfermagem XI-B F
Canalizador/a de 1.ª IV Adjunto/a de chefe de secção I-D e I-E
Chefe de carpinteiros/as V Adjunto/a de oficial cortador/a I-E
Chefe de linha ou grupo I-B e I-C2 Ajudante/a de montador/a IV
Chefe de pedreiros/as V Auxiliar de educador/a infantil XI-C
Chefe de pintores/as V Caixeiro/a X-C
Chefe de secção X-A Caixeiro/a de armazém X-A
Coleccionador/a X-A Canalizador/a de 3.ª IV
Coordenador/a de tráfego VII Carpinteiro/a de 2.ª V
Educador/a infantil ou coordenador/a XI-C Chefe de secção XIII
Fiel de armazém X-A Cortador/a e ou estendedor/a de tecidos I-B
Fogueiro/a de 1.ª IX Cortador/a de peles I-C1
Fresador/a de 1.ª IV Cortador/a de peles e ou tecido I-C2
Mecânico/a de automóveis de 1.ª IV Cozinheiro/a VIII
Motorista de pesados VII Cronometrista II
Oficial electricista VI Ecónomo/a VIII
Peleiro/a I-C1 Encarregado/a I-F
Serralheiro /a mecânico/a de 1.ª IV Esticador/a I-C1
Torneiro/a de 1.ª IV Fogueiro/a de 2.ª IX
Vendedor/a-pracista X-B Fresador/a de 3.ª IV
Vendedor/a-viajante X-B Maquinista especializado/a I-C1
Ajudante de debuxador/a 1-G Mecânico/a de automóveis de 3.ª IV
E Montador/a de toldos IV
Adjunto/a de mestre (adjunto/a de chefe Oficial I-B e I-C2
I-C1
de secção) Pedreiro/a de 2.ª V
Adjunto/a de modelista I-B, I-C1 e I-C2 Pintor/a de 2.ª V
Afinador/a de máquinas de 2.ª IV Planeador/a II
Caixeiro/a-chefe X-C Pré-oficial electricista do 2.º ano VI
Caixeiro/a chefe de secção X-C Revisor/a e ou controlador/a de qualidade I-B e I-C2
Canalizador /a de 2.ª IV Riscador/a I-B e I-C2
Carpinteiro/a de 1.ª V Serralheiro/a mecânico/a de 3.ª IV
Chefe de refeitório VIII Torneiro/a de 3.ª IV
Conferente X-A Trolha de 2.ª V
Cortador/a de peles à faca I-C2 Ajudante de afinador/a 1-G
Desenhador/a de execução I-B Ajudante de tintureiro/a 1-G
Fresador/a de 2.ª IV Estampador/a ao quadro ou ao rolo
1-G
Mecânico/a de automóveis de 2.ª IV manual ou pistola
Monitor/a I-B e I-C2 Fotogravador/a 1-G
Motorista de ligeiros VII Picador/a de cartões de debuxo 1-G
Oficial cortador/a I-E Planificador/a de corte 1-G
Oficial especializado/a I-A Preparador/a de laboratório 1-G
Pedreiro/a de 1.ª V Preparador/a de tintas 1-G
Pintor/a de 1.ª V G
Serralheiro/a de 2.ª IV Adjunto/a de cortador/a I-B e I-C2
Torneiro/a de 2.ª IV Ajudante de motorista VII

3001
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

Apropriagista I-F Cortador/a I-F


Controlador/a-caixa VIII B, I-C1, I-C2, I-E
Costureira/o/especializada/o
Controlador/a de produção/registador/a de e I-F
I-B e I-C2
produção Costureira/o qualificada/o I-A e I-E
Costureira/o qualificada/o (vestuário em Distribuidor/a X-A e X-C
I-B e I-C2 e I E
série). Distribuidor/a de trabalho I-B e I-C2
Despenseiro/a VIII Embalador/a X-A
Engomador/eira-brunidor/a I-B e I-C2 Empregado/a/ de balcão VIII
Fogueiro/a de 3.ª IX Empregado/a de refeitório VIII
Maquinista I-C1 Etiquetador/a X-A
Oficial I-A Operador/a não especializado/a IV e V
Prenseiro/a I-B e I-C2 Orlador/a especializado/a I-C2
Pré-oficial electricista do 1.º ano VI Passador/a I-F
Ajudante de estampador/a 1-G Porteiro/a III
Branqueador/a 1-G Revistador/eira I-B e I-C2
Centrigugador/a 1-G Servente V
Clorador/a 1-G Termocolador/a I-B, I C2 e I E
Embalador/a de órgãos 1-G Tricotador/a especializado/a I-B e I-C2
Engomador/eira 1-G Vigilante XI-C
Fixador/a de tecidos 1-G Ajudante de branqueador/a 1-G
Gazeador/a 1-G Ajudante de engomador/eira 1-G
Humidificador/a 1-G Ajudante de secador/a 1-G
Maquinista de máquinas «Leavers» 1-G Ajudante de vaporizador/a 1-G
Medidor/a ou enrolador/a 1-G Apanhadeira/or de malhas ou rendas 1-G
Mercerizador/a 1-G Bobineira/or ou encarretedeira/or 1-G
Oxidador/a 1-G Cerzideira/or de malhas ou de rendas 1-G
Pesador/a de drogas 1-G Cortadeira/or manual, talhadeira ou
1-G
Preparador/a de banhos 1-G riscadeira
Preparador/a de lotes 1-G Cortador/a mecânico/a 1-G
Recuperador/a de banhos 1-G Cortador/a de relevo 1-G
Reforçador/a de quadros 1-G Enfiadeira/or de máquinas «Cotton» 1-G
Retocador/a de tecidos 1-G Fechadeira/or 1-G
Secador/a 1-G Maquinista de máq. de agulhetas plásticas
1-G
Tesourador/a ou tosqueador/a 1-G ou aço
Tintureiro/a 1-G Maquinista de máq. de bordar de cabeças 1-G
Tufador/a 1-G Maquinista de máq. circulares ou
1-G
mecânicas
Urdidor/a 1-G
Maquinista de máq. circulares mecânicas
Vaporizador/a 1-G 1-G
e jacquard
Vigilante de águas 1-G
Maquinista de máq. de cobrir borracha 1-G
H
Maquinista de máq. Cotton Ketten e
Ajudante de corte I-B e 1-C2 1-G
Raschel
Ajudante de electricista VI Maquinista de máq. de fab. de cordões e
1-G
Ajudante de fogueiro/a dos 3.º e 4.º anos IX «soutache»
Arrumador/a X-A e X-C Maquinista de máq. de fabrico de franja
1-G
ou galões
Bordador/eira a especializado/a I-A, I-B e I-C2
Maquinista de máq. de fab. de ouro ou
Caixeiro/a-ajudante X-C 1-G
prata met
Cerzideira/or I-B e I-C2
Maquinista de máq. de fab. de «tricôt» e
Chefe de limpeza XII 1-G
«filets»
Colador/a I-B, I-C2 e I E

3002
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

Maquinista de máq. de fab. de ouro ou Lavadeira/or 1-G


1-G
prata met Lavadeira/or de quadros ou de mesas 1-G
Maquinista de máq. rectas manuais e ou Lubrificador/a 1-G
1-G
motorizadas ou automáticas
Prensador/a de meadas 1-G
Noveleira/o ou enoveleira/o 1-G
Preparador/a de gomas 1-G
Oficial de mesa 1-G
Recolhedor/a de amostras 1-G
Polidor/a de fios 1-G
Recolhedor/a de cotão 1-G
Preparador/a de cargas de bobinas 1-G
Recuperador/a de cotão ou desperdícios 1-G
Recortadeira/or ou enroladeira/or 1-G
Repinador/a 1-G
Remalhadeira/or 1-G
Transportador/a 1-G
Retorcedor/eira 1-G
Seladeira/or 1-G ANEXO IV
Texturizador/a 1-G
Tricotador/a manual 1-G Enquadramentos profissionais - Trabalhadores
I administrativos
Acabador/a I-B e I-C2 A
Ajudante de fogueiro/a dos 1.º e 2.º anos IX
Director/a de serviços
Bordador/eira I-A, I-B e I-C2 Chefe de escritório
Copeiro/a VIII Secretário/a-geral
Cortador/a de flores I-D
B
I-A, I-B, I-C1,
Costureira/o Chefe de departamento
I-C2, I-E e I-F
Empregado/a de limpeza XII Chefe de serviços
Contabilista/técnico/a de contas
Enchedor/a de bonecas I-B
Analista de sistemas
Engomador/eira de flores I-D
Florista I-D
C
Jardineiro/a XII Chefe de secção
Orlador/a (praticante) I-C2 Programador/a
Tesoureiro/a
Operador/a de máquinas de
branqueamento
XIII Técnico/a de contabilidade (guarda-livros)
Preparador/a I-B, I-C2 e I-E D
Tintureiro/a de flores I-D Correspondente em línguas estrangeiras
Toucador/a I-D Operador/a informático/a
Tricotador/a I-B e I-C2 Técnico/a de secretariado (antigo subchefe de secção e
Alfineteira/or ou coladeira/or 1-G secretária de direcção)
Ajudante de maquinista de máq. de E
1-G
agulhetas plásticas ou aço
Tecnico/a administrativo/a de 1.ª classe (antigo primeiro-
Ajudante de maquinista de máq. de cobrir -escriturário)
1-G
borracha
Caixa
Ajudante de maquinista de máq. de fab.
1-G F
de cordões e «soutache»
Ajudante de maquinista de máq. de
1-G
Técnico/a administrativo/a de 2.ª classe (antigo segundo-
fabrico de franja ou galões -escriturário, antigo operador de máquinas de contabilidade
Ajudante de maquinista de máq. de fab. e antigo operador de registo de dados de 1.ª)
1-G
de «tricôt» e «filets
G
Ajudante de maquinista das máquinas
1-G Assistente administrativo/a (antigo terceiro/a escriturá-
«saurer» e análogas
Ajudante oficial de roda 1-G rio/a e antigo/a operador/a de registo de dados de 2.ª)
Recepcionista
Borrigador/a 1-G
Telefonista
Ensacador/a de bobinas 1-G
H

3003
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

Auxiliar administrativo/a às categorias e profissões previstas neste contrato e represen-


Continuo/a tados pelos sindicatos outorgantes.
Servente de limpeza 2- Para cumprimento do disposto na alínea h) do artigo
543.º do Código do Trabalho, conjugado com os artigos
Porto, 23 de julho de 2018. 552.º e 553.º do Código do Trabalho e com o artigo 15.º da
Lei n.º 99/2003, de 27 de julho, serão abrangidos pela pre-
Pel’A Associação Nacional das Indústrias de Vestuário, sente convenção 960 trabalhadores e 300 empresas.
Confecção e Moda - ANIVEC/APIV:
Cláusula 2.ª
Alexandre Monteiro Pinheiro, na qualidade de mandatá-
rio. Vigência do contrato
Maria Manuela Fonseca Folhadela Rebelo, na qualidade 1- …
de mandatária. 2- A tabela salarial e as cláusulas de expressão pecuniária
Pel’A Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores Têx- produzem efeitos a partir de 1 de maio de 2018.
teis, Lanifícios, Vestuário, Calçado e Peles de Portugal - Cláusula 21.ª
FESETE:
(Seguros e deslocações)
Manuel António Teixeira de Freitas, na qualidade de
mandatário. 1- ...
Isabel Cristina Lopes Tavares, na qualidade de manda- 2- O pessoal em serviço nas grandes deslocações deverá
tária. estar coberto por um seguro de acidentes pessoais, a efectuar
pela empresa, no valor mínimo de 46 000,00 €.
Depositado em 16 de agosto de 2018, a fl. 67 do livro Cláusula 31.ª-A
n.º 12, com o n.º 170/2018, nos termos do artigo 494.º do
Código do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009, de 12 de (Subsídio de refeição)
fevereiro. 1- Os trabalhadores abrangidos pelo presente CCT terão
direito, por dia de trabalho, a um subsídio de refeição no
montante de 5,55 €.
2- …
3- …
Contrato coletivo entre a APCOR - Associação Por-
tuguesa da Cortiça e o Sindicato do Comércio, Es- Cláusula 60.ª
critórios e Serviços/UGT - SINDCES/UGT (pessoal
(Abono para falhas)
de escritórios) - Alteração salarial e outras
Aos trabalhadores com responsabilidades de caixa e pa-
gamentos ou cobranças será atribuído o abono mensal de
Cláusula prévia 42,00 € para falhas.
A presente revisão altera a convenção publicada no Bole-
tim do Trabalho e Emprego, n.º 32, de 29 de agosto de 2017, ANEXO II
texto consolidado; e apenas nas matérias agora acordadas,
nos seguintes termos: Remunerações mínimas
Categorias profissionais Vencimentos
CAPÍTULO I Grupos
(M/F) (Euros)
Director de serviços
Área, âmbito e vigência I 927,56 €
Chefe de escritório
Analista de sistemas
Cláusula 1.ª II Chefe de serviços/departamento 885,25 €
Contabilista
Área e âmbito
Chefe de secção
1- O presente CCT obriga, por um lado, todas as empresas III Guarda-livros 840,71 €
que se dedicam á actividade corticeira em todo o território Programador de computador
nacional, representadas pela APCOR - Associação Portugue-
Secretário/direcção/administração
sa da Cortiça e, por outro lado, os trabalhadores ao serviço Correspondente em línguas estrangeiras
das empresas filiadas na associação outorgante, qualquer que IV Vendedor 796,17 €
seja o local de trabalho, que desempenhem funções inerentes Caixeiro encarregado
Operador de computador

3004
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

Caixa CAPÍTULO I
Cobrador
V Primeiro-escriturário 795,61 € Âmbito e vigência
Caixeiro de 1.ª
Cláusula 1.ª
Operador mecanográfico
Segundo-escriturário Identificação das partes
Operador de máquinas de contabilidade
VI 688,16 € O presente contrato é celebrado entre a FENAME - Fe-
Perfurador-verificador
Caixeiro de 2.ª
deração Nacional do Metal e o Sindicato dos Trabalhadores
e Técnicos de Serviços, Comércio, Restauração e Turismo
Caixeiro de 3.ª
- SITESE, o SINDEL - Sindicato Nacional da Indústria e da
VII Telefonista 629,70 €
Terceiro-escriturário
Energia, a FE - Federação dos Engenheiros (em representa-
ção do SNEET, SERS e SEMM), o SE - Sindicato dos Eco-
Contínuo
nomistas e o SIMA - Sindicato das Indústrias Metalúrgicas
Dactilógrafo do 2.º ano
VIII 620,00 € e Afins.
Estagiário do 2.º ano
Caixeiro-ajudante do 2.º ano Cláusula 2.ª
Dactilógrafo do 1.º ano
IX Estagiário do 1.º ano 620,00 € Âmbito territorial
Caixeiro-ajudante do 1.º ano 1- O presente contrato aplica-se em todo o território na-
Servente de limpeza: cional.
X Maior 620,00 € 2- Aplica-se também no estrangeiro aos trabalhadores ao
Menor serviço de empresas portuguesas que tenham celebrado um
XI Paquete de 17 anos 620,00 € contrato de trabalho sem que haja sido expressamente subs-
Paquete de 16 anos tituído pela lei que os respetivos sujeitos tenham designado.
XII 620,00 €
Praticante do 3.º ano Cláusula 3.ª
XIII Praticante do 2.º ano 620,00 €
Âmbito pessoal
XIV Praticante do 1.º ano 620,00 €
1- Este contrato aplica-se no sector metalúrgico e meta-
Santa Maria de Lamas, 16 de julho de 2018. lomecânico às empresas representadas pelas associações de
empregadores outorgantes bem como aos trabalhadores ao
APCOR - Associação Portuguesa da Cortiça: seu serviço, representados pelas associações sindicais outor-
Jorge Mendes Pinto de Sá, na qualidade de mandatário. gantes, cujas categorias estejam previstas no anexos II.
Pedro António Borges Ferreira, na qualidade de manda- 2- Aplica-se ainda às relações de trabalho e que seja titular
tário. um trabalhador representado por uma das associações sindi-
cais outorgantes, que se encontre obrigado a prestar trabalho
Pelo Sindicato do Comércio, Escritórios e Serviços/UGT a vários empregadores sempre que o empregador que repre-
- SINDCES/UGT: senta os demais no cumprimento dos deveres e no exercício
António Fernando Vieira Pinheiro, na qualidade de man- dos direitos emergentes do contrato de trabalho esteja igual-
datário. mente abrangido pelo presente contrato.
3- Para efeitos de cumprimento do disposto na alínea g) do
Depositado em 14 de agosto de 2018, a fl. 66 do livro número 1 do artigo 492.º da Lei n.º 7/2009, de 12 de feverei-
n.º 12, com o n.º 164/2018, nos termos do artigo 494.º do ro, estima-se que sejam abrangidos pela presente convenção
Código do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009, de 12 de coletiva 1000 empregadores e 101 000 trabalhadores.
fevereiro.

Cláusula 21.ª

Subsídio de refeição
Contrato coletivo entre a FENAME - Federação
Nacional do Metal e o Sindicato dos Trabalhado- 1- Os trabalhadores ao serviço das empresas têm direito a
res e Técnicos de Serviços, Comércio, Restauração um subsídio de refeição no valor de 4,70 € (quatro euros e
setenta cêntimos), ou o seu equivalente em espécie, por cada
e Turismo - SITESE e outros - Alteração salarial e
dia completo de trabalho.
outras 2- Não se aplica o disposto no número 1 às empresas que
já pratiquem condições mais favoráveis.
Alteração salarial e outras ao contrato coletivo de traba- 3- O valor do subsídio previsto nesta cláusula não será
lho publicado no Boletim do Trabalho e Emprego, 1.ª série, considerado para efeitos da retribuição do período de férias
n.º 34, de 15 de setembro de 2017. nem para o cálculo dos subsídios de férias e de Natal.

3005
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

… de aconselhamento médico por parte do serviço de medici-


na do trabalho, não se podendo recusar a exame médico do
Cláusula 67.ª trabalho para avaliação e encaminhamento da sua situação.
13- Sempre que as empresas desenvolvam ações de pre-
Prevenção do alcoolismo venção e controlo de alcoolemia de acordo com as disposi-
1- Não é permitida a execução de qualquer tarefa sob o ções previstas na presente cláusula, não se torna necessária a
efeito de álcool, nomeadamente a condução de máquinas. elaboração de regulamento interno para o efeito.
2- Para efeitos de aplicação da presente cláusula, entende-
-se por «Taxa de Alcoolemia no Sangue»(TAS) a concentra- …
ção de álcool igual ou superior a 0,5 g por litro de sangue.
3- Considera-se estar sob o efeito do álcool e consequente-
mente com as capacidades intelectuais e psicomotoras dimi- ANEXO I
nuídas e não reunindo condições para a prestação do trabalho
o trabalhador que, submetido a exame de pesquisa de álcool Remunerações mínimas
no ar expirado (teste de sopro), apresente uma TAS igual ou
superior à prevista no número anterior. Tabela I Tabela II
4- O controlo de alcoolemia será efetuado em local reser- Graus Euros Euros
vado e sem a presença de terceiros: 0 1 133 1 176
a) Com carater aleatório, entre os trabalhadores que pres- 1 976 1 011
tem serviço em postos de trabalho em que possa estar em 2 854 889
causa o risco para a saúde e segurança do trabalhador ou de
3 822 861
terceiros;
b) Aos trabalhadores que indiciem estado de embriaguez. 4 753 786
5- A realização do teste de alcoolemia é obrigatória para 5 727 758
todos os trabalhadores indicados na cláusula anterior, sendo 6 661 705
que em caso de recusa, o trabalhador será impedido de pres- 7 643 674
tar serviço durante o restante período de trabalho diário, com
8 610 641
a correspondente perda da remuneração, ficando sujeito ao
poder disciplinar do empregador. 9 601 608
6- O equipamento de medida de concentração de álcool 10 592 592
deverá ser constituído por um analisador quantitativo com 11 580 580
as características exigidas por lei, devidamente aferido e cer- 12 580 580
tificado, e por bucais higienizados de utilização individual.
13 580 580
7- Os exames de pesquisa de álcool no ar expirado (teste
de sopro), serão inseridos no âmbito da organização da segu- Remuneração média mensal: 734 euros.
rança e saúde no trabalho, estando sujeitos a sigilo.
8- Os resultados dos testes serão registados e arquivados Remunerações mínimas
no processo clínico do trabalhador, sendo-lhe entregue có-
pia, emitindo os serviços de segurança e saúde um docu- Engenheiros e economistas
mento para arquivo no processo individual do trabalhador,
Nível Tabela I Tabela II
mencionando apenas o estado de aptidão do trabalhador em
termos de apto, não apto ou, ainda, apto com restrições. 6 2 096 2 431
9- Ao trabalhador sujeito a exame, é sempre possível re- 5 1 874 2 057
querer a assistência de uma testemunha, dispondo de quinze 4 1 610 1 761
minutos para o efeito, não podendo contudo deixar de se efe- 3 1 387 1 498
tuar o teste caso não seja viável a sua apresentação.
2 1 050 1 074
10- Assiste sempre ao trabalhador submetido ao teste, o
direito à contraprova, realizando-se, neste caso, um segun- 1 824 862
do exame nos dez minutos imediatamente subsequentes ao Remuneração média mensal: 1544 euros.
primeiro.
11- O trabalhador que, na sequência da realização do exa- II
me de pesquisa de álcool no ar expirado (teste de sopro), não
reúna as condições para a prestação do trabalho ficará sujeito Critério diferenciador das tabelas salariais
ao poder disciplinar da empresa, sendo a sanção a aplicar
graduada de acordo com a perigosidade e a reincidência do
ato. …
12- O trabalhador que apresente TAS igual ou superior à
prevista no número 2 da presente cláusula, deverá ser alvo

3006
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

III Contrato coletivo entre a Associação dos Hotéis e


As tabelas salariais produzem efeitos a partir do dia 1 de Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA)
abril de 2018. e o Sindicato dos Trabalhadores e Técnicos de Ser-
viços, Comércio, Restauração e Turismo - SITESE
… - Alteração salarial e outras

Alteração salarial e outras ao CCT publicado no Boletim


Lisboa, 16 de julho de 2018. do Trabalho e Emprego, 1.ª série, n.º 1, de 8 de janeiro de
Pela FENAME - Federação Nacional do Metal: 2006.
José de Oliveira Guia, mandatário.
CAPÍTULO I
Pedro de Melo Nunes de Almeida, mandatário.
Pelo Sindicato dos Trabalhadores e Técnicos de Servi- Âmbito, área, revisão e denúncia
ços, Comércio, Restauração e Turismo - SITESE:
Carlos Manuel Dias Pereira, mandatário. Cláusula 1.ª

Pelo SINDEL - Sindicato Nacional da Indústria e da Âmbito


Energia: 1- O presente CCT obriga, por um lado, as empresas repre-
António Rui Correia de Carvalho Miranda, mandatário. sentadas pela associação patronal outorgante e, por outro, os
Alberto Oliveira do Vale, mandatário. trabalhadores ao seu serviço representados pela associação
sindical outorgante.
Pela FE - Federação dos Engenheiros: 2- O número de empregados corresponde a 411 empresas e
Teresa Maria da Silva Ribeiro Marques de Oliveira Pin- a 18 126 trabalhadores.
to, mandatária. Cláusula 4.ª
Pedro Manuel de Oliveira Gamboa, mandatário.
Vigência e denúncia
Pelo SE - Sindicato dos Economistas:
1- Esta convenção entra em vigor a partir do 5.º dia poste-
Teresa Maria da Silva Ribeiro Marques de Oliveira Pin- rior ao da sua publicação no Boletim do Trabalho e Emprego
to, mandatária. e vigora pelo prazo de dois anos, exceto a tabela salarial e
Pelo SIMA - Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e demais cláusulas de expressão pecuniária, que terão efeitos
Afins: a 1 de junho de 2018; porém, nos anos subsequentes, terão
efeitos a 1 de janeiro de cada ano.
José António Simões, mandatário. 2- A denúncia poderá ser feita decorridos 20 ou 10 meses
sobre a data referida no número anterior, respetivamente.
Declaração 3- A denúncia para ser válida deverá ser remetida por carta
Pela FE - Federação dos Engenheiros, em representação registada com aviso de receção às demais partes contratantes
dos seguintes sindicatos: e será acompanhada de proposta de revisão.
4- As contrapartes deverão enviar às partes denunciantes
SNEET - Sindicato Nacional dos Engenheiros, Enge- uma contraproposta até 30 dias após a receção da proposta.
nheiros Técnicos e Arquitectos.
SERS - Sindicato dos Engenheiros. Cláusula 24.ª
SEMM - Sindicato dos Engenheiros da Marinha Mercan- Subsídio de línguas
te.
1- Os profissionais de hotelaria que no exercício das suas
Pela FENAME - Federação Nacional do Metal, em repre- funções utilizem conhecimentos de idiomas estrangeiros em
sentação das seguintes associações: contacto direto ou telefónico com o público, independente-
ANEME - Associação Nacional das Empresas Metalúr- mente da sua categoria, têm direito a um subsídio pecuniário
gicas e Electromecânicas. mensal de 30,00 €, por cada uma das línguas francesa, ingle-
AIN - Associação das indústrias Navais. sa ou alemã, salvo se qualquer destes idiomas for o da sua
nacionalidade.
2- A prova de conhecimento de línguas será feita através
Depositado em 10 de agosto de 2018, a fl. 66 do livro
de certificado de exame realizado em escola profissional ou
n.º 12, com o n.º 163/2018, nos termos do artigo 494.º do
estabelecimento de línguas reconhecido pela associação pa-
Código do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009, de 12 de
tronal e pelo sindicato.
fevereiro.

3007
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

Cláusula 25.ª Assistente de diretor de


departamento
Abono para falhas
Chefe de departamento, de
Aos controladores-caixa, caixas, tesoureiros e cobradores divisão ou de serviço
que movimentem regularmente dinheiro e aos trabalhadores Chefe de manutenção de golfe
que os substituam nos seus impedimentos prolongados será Chefe de manutenção, de
atribuído um abono para falhas correspondente a 45,00 €. conservação e serviços técnicos
Chefe de pessoal
Cláusula 30.ª Chefe de receção
III 950 920 850
Chefe mestre pasteleiro
Subsídio de alimentação Contabilista
Os trabalhadores abrangidos por este contrato a quem Diretor de restaurante
não seja fornecida a alimentação em espécie têm direito a Secretário de golfe
um subsídio mensal de alimentação no valor de 43,00 €. Subchefe de cozinha
Supervisor de bares
Cláusula 32.ª Supervisor de restaurante
Técnico superior/administrativo
Fornecimento de alimentação I
1- Todos os trabalhadores têm direito à alimentação que Caixeiro (chefe de secção)
será prestada segundo a opção da entidade patronal, com o Caixeiro-encarregado
acordo do trabalhador, em espécie ou através de um subsídio Chefe barman
pecuniário mensal, no valor de 105,00 €, no caso de estabe- Chefe de secção de compras
lecimento que forneça refeições cozinhadas. (ecónomo)
2- Sempre que a alimentação seja prestada em espécie será Chefe de controlo
constituída por pequeno-almoço, almoço e jantar ou almoço, Chefe de mesa
Chefe de portaria
jantar e ceia, conforme o respetivo horário de trabalho.
Chefe de secção (escritórios)
3- Quando a alimentação for prestada em espécie, o seu
Chefe de snack
valor pecuniário, para todos os efeitos deste contrato, será de Chefia (químicos)
28,00 €. Quando os estabelecimentos não tenham serviço de Chefe de movimento (auto)
restaurante, o subsídio de refeição será de 43,00 €. Chefe de reservas (golfe/
hotelaria)
ANEXO XI Cozinheiro de 1.ª
Encarregado (golfe)
Encarregado de manutenção
Tabela de remunerações mínimas IV 860 823 780
(golfe)
Encarregado de animação e
(de 1 de junho a 31 de dezembro de 2018)
desportos
Nível Categoria A B C Encarregado de armazém
Encarregado geral de garagem
I Diretor de hotel 2 040 1 765 1 250 Encarregado de praias e piscinas
Analista de informática Encarregado eletricista
Assistente de direção Nutricionista
Chefe de cozinha Subchefe de receção
Diretor artístico Técnico de marketing e vendas
Diretor de departamento/serviço Técnico de qualidade e ambiente
Diretor comercial Técnico de formação
Diretor de alojamento Técnico de higiene e segurança
II Diretor financeiro 1 105 1 100 970 Técnico de informática
Diretor de golfe Técnico superior/administrativo
Diretor de produção (F & B) II
Diretor de qualidade e ambiente Tesoureiro
Diretor de recursos humanos Governante geral de andares
Diretor de serviços (escritório) Operador de computador
Diretor de serviços técnicos Pasteleiro de 1.ª
Subdiretor de hotel V 800 780 720
Secretário(a) de direcção
Subchefe de bar
Subchefe de mesa

3008
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

Cabeleireiro completo Amassador


Cabeleireiro de homens Barman/barmaid de 1.ª
Caixa/balcão Cabeleireiro
Capataz de campo Caixeiro de 1.ª
Capataz de rega Canalizador de 1.ª
Chefe de balcão Carpinteiro cm geral de 1.ª
Chefe de bowling Chefe de cafetaria
Chefe de exploração Chefe de gelataria
Coordenador de grupos Chefe de self-service
Cozinheiro de 2.ª Cobrador
Educadora de infância- Controlador
-coordenadora Controlador de room-service
Encarregado de pessoal de Cortador
VI 760 740 680
garagem Educador de infância
Encarregado de telefones Electricista oficial
Encarregado termal Empregado de balcão de 1.ª
Enfermeiro Empregado de consultório
Escanção. Empregado de mesa de 1.ª
Escriturário de 1.ª Empregado de secção de
Especialista (químicos) fisioterapia
Mestre (arrais) Empregado de snack de 1.ª
Monitor de animação e Encarregado de refeitório de
desportos pessoal
Técnico de relações públicas VII Encarregado buggies 700 665 630
Promotor de vendas Escriturário de 2.ª
Secretário Fiel de armazém
Governante de andares
Governante de rouparia/
lavandaria
Massagista terapêutica recup. e
sauna.
Mecânico de 1.ª
Mecânico frio ou ar
condicionado de 1.ª
Motorista (pesados ou ligeiros)
Operador de manutenção de
mamas de 1.ª
Pasteleiro de 2.ª
Pedreiro de 1.ª
Pintor de 1.ª
Porteiro de 1.ª
Ranger (golfe)
Rececionista de 1.ª
Rececionista de garagem
Serralheiro civil de 1.ª
Soldador de 1.ª
Telefonista

3009
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

Assador/grelhador Ajudante de cabeleireiro


Auxiliar de educação Ajudante de despenseiro/cavista
Animador turístico Ajudante de eletricista
Ajudante buggies Manipulador (ajudante de
Banheiro padaria)
Barman/barmaid de 2.ª Bagageiro
Cafeteiro Banheiro de termas
Caixeiro de 2.ª Buvete
Calista Duchista
Canalizador de 2.ª Empregado de andares/quartos
Carpinteiro em geral de cavista de 2.ª
Chefe de caddies Empregado de gelados
Chefe de copa Empregado de lavandaria de 1.ª
Controlador-caixa Empregado de mesa/self-service
Costureiro especializado Engomador/controlador
IX 615 605 595
Cozinheiro de 3.ª Estagiário de cozinheiro
Despenseiro Jardineiro
Disc-jockey Lavador garagista
Empregado de andares/quartos Lubrificador
de 1.ª Oficial de rega
Empregado de armazém Operador de máquinas de golfe
Empregado de balcão de 2.ª Operador de som e luz
Empregado de mesa de 2.ª Servente
Empregado de snack de 2.ª Tratador de cavalos
Encarregado de jardins Trintanário até três anos
Encarregado de limpeza Vendedor de 2.ª
Encarregado de vigilantes Vigia
VIII Esteticista. 650 630 610 Vigilante de crianças sem
Florista funções pedagógicas
Marinheiro Vigilante de jogos
Massagista de estética Caddie (com 18 anos ou mais)
Mecânico de 2.ª Caixeiro-ajudante
Mecânico de frio ou ar Costureiro
condicionado de 2.ª Copeiro
Nadador-salvador Empregado de balneários
Oficial barbeiro Empregado de lavandaria de 2.ª
Operário polivalente Empregado de limpeza
Operador de manutenção de Empregado de refeitório de
marinas de 2.ª pessoal
Pedreiro de 2.ª Engomador
Pintor de 2.ª Estagiário de cozinheiro do 3.º
Porteiro de 2.ª ano
Praticante de cabeleireiro X 610 590 587
Estagiário de pasteleiro de 3.º
Rececionista de 2.ª ano
Rececionista de golfe Estagiário de escriturário do 2.º
Serralheiro civil de 2.ª ano
Soldador de 2.ª Manicura
Starter (golfe) Peão
Tratador conservador de Pedicura
piscinas Porteiro de serviço
Trintanário com mais de três Roupeiro
anos Servente
Vendedor de 1.ª Tratorista
Vigilante de crianças com Vigilante
funções pedagógicas

3010
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

Nota: Sempre que neste CCT se utiliza qualquer das designações refe-
Estagiário do barman do 2.º ano
rente a trabalhador ou trabalhadores, entende-se que estas se devem ter por
Estagiário de cozinheiro do 2.º aplicáveis aos trabalhadores de ambos os sexos.
ano
Estagiário de escriturário do 1.º
ano ANEXO XII
Estagiário de manutenção de
marinas Níveis de remuneração
XI Estagiário de pasteleiro do 2.º 585 585 585
Nível IV:
ano
Estagiário de rececionista do 2.º Fogueiro-encarregado - Eliminado.
Estagiário vendedor
Guarda de garagem Nível VI:
Guarda de lavabos Fogueiro de 1.ª - Eliminado.
Guarda de vestiário
Moço de terra Nível VII:
Caddie (com menos de 18 anos) Fogueiro de 2.ª - Eliminado.
Estagiário de barman (um ano)
Estagiário de cafeteiro (um ano) Nível VIII:
Estagiário de cavista (um ano)
Fogueiro de 3.ª - Eliminado.
Estagiário de controlador-caixa
(seis meses) Nível XI:
Estagiário de controlador (um
ano) Mandarete (com 18 anos ou mais) - Eliminado.
Estagiário de cozinheiro do 1.º Nível XIII:
ano
Estagiário de despenseiro (um Mandarete (com menos de 18 anos) - Eliminado.
ano)
XII 580 580 580
Estagiário de empregado de Lisboa, 26 de julho de 2018.
balcão (um ano)
Estagiário de empregado de Pela Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísti-
mesa (um ano) cos do Algarve (AHETA):
Estagiário de empregado de
snack (um ano)
Elidérico José Gomes Viegas, presidente da direção, na
Estagiário de pasteleiro (1.º ano) qualidade de mandatário.
Estagiário de porteiro (um ano) Pelo Sindicato dos Trabalhadores e Técnicos de Servi-
Estagiário de rececionista (1.º ços, Comércio, Restauração e Turismo - SITESE:
ano)
Praticante de armazém Luís Azinheira, presidente da direção, na qualidade de
Praticante de caixeiro mandatário.
Aprendiz de barman/barmaid
Aprendiz de cafeteiro Depositado em 16 de agosto de 2018, a fl. 66 do livro
Aprendiz de cavista n.º 12, com o n.º 167/2018, nos termos do artigo 494.º do
Aprendiz de controlador Código do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009, de 12 de
Aprendiz de cozinheiro
fevereiro.
Aprendiz de despenseiro
Aprendiz de empregado de self-
-service
Aprendiz de empregado de
andares
Contrato coletivo entre a Confederação Nacional da
Aprendiz de empregado de
XIII balcão 480 480 480 Educação e Formação (CNEF) e a FNE - Federação
Aprendiz de empregado de mesa Nacional da Educação e outros - Alteração salarial
Aprendiz de empregado de e outras
snack
Aprendiz de lavandaria e
rouparia
Aprendiz de padaria Cláusulas e tabelas salariais
Aprendiz de pasteleiro 2018/2019
Aprendiz de porteiro
Nos termos do artigo 2.º, número 2 do CCT celebrado
Aprendiz de rececionista
Aprendiz de secção técnica
entre a Confederação Nacional da Educação e Formação
(manutenção) (CNEF) e a FNE - Federação Nacional da Educação e outros,

3011
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

publicado no Boletim do Trabalho e Emprego, 1.ª série, n.º Francisco José Gomes de Sousa Rosa Clemente Pinto,
31, de 22 de agosto de 2017, as tabelas salariais e cláusulas mandatário com poderes para o ato.
de expressão pecuniária têm a vigência mínima de um ano,
Pelo SINDEP - Sindicato Nacional e Democrático dos
pelo que as partes acordam o seguinte:
Professores:
Revisão, com efeitos a partir de 1 de setembro de 2018,
das tabelas salariais do contrato colectivo de trabalho cele- António Pedro Neves Fialho Tojo, mandatário com po-
brado entre a Confederação Nacional da Educação e Forma- deres para o ato.
ção (CNEF) e a FNE - Federação Nacional da Educação e
Pelo SITRA - Sindicato dos Trabalhadores dos Transpor-
outros, publicado no Boletim do Trabalho e Emprego, 1.ª
tes:
série, n.º 31, de 22 de agosto de 2017.
Esta convenção abrange 600 (seiscentos) empregadores e Lucinda Manuela de Freitas Dâmaso, mandatário com
32 153 (trinta e dois mil cento e cinquenta e três) trabalhado- poderes para o ato.
res, bem como os trabalhadores que a ela adiram. Pelo SINDITE - Sindicato dos Técnicos Superiores de
As cláusulas alteradas e as tabelas salariais substituem as Diagnóstico e Terapêutica:
constantes do contrato colectivo de trabalho celebrado entre
Confederação Nacional da Educação e Formação (CNEF) e Lucinda Manuela de Freitas Dâmaso, mandatário com
a FNE - Federação Nacional da Educação e outros, publica- poderes para o ato.
do no Boletim do Trabalho e Emprego, 1.ª série, n.º 31, de 22 Pelo SNAS - Sindicato Nacional dos Assistentes Sociais:
de agosto de 2017, do qual passam a fazer parte integrante.
Luís Manuel Dias da Silva Costa Matias, mandatário
Assinado em Lisboa, a 1 de agosto de 2018. com poderes para o ato.

Pela Confederação Nacional da Educação e Formação Alterações ao clausulado


(CNEF) e em representação das seguintes associações suas
associadas: Artigo 4.º
–– AEEP - Associação de Estabelecimentos de Ensino Par-
Deveres dos trabalhadores
ticular e Cooperativo.
–– ANESPO - Associação Nacional de Escolas Profissio- (…)
nais. u) Cumprir o regulamento interno do estabelecimento de
ensino, nomeadamente quanto à protecção de dados pessoais
João Alvarenga, mandatário com poderes para o ato. dos alunos, encarregados de educação e demais membros da
Pela FNE - Federação Nacional da Educação e em repre- comunidade educativa.
sentação dos seguintes sindicatos seus filiados: Artigo 10.º
–– SPZN - Sindicato dos Professores da Zona Norte;
Contagem de tempo de serviço
–– SPZC - Sindicato dos Professores da Zona Centro;
–– SDPGL - Sindicato Democrático dos Professores da (…)
Grande Lisboa e Vale do Tejo; 4- No caso dos docentes do ensino artístico especializado
–– SDPSul - Sindicato Democrático dos Professores do com horário incompleto por motivo que não lhes seja impu-
Sul; tável, o tempo de serviço prestado em simultâneo noutros
–– SDPA - Sindicato Democrático dos Professores dos estabelecimentos do ensino artístico especializado, e que
Açores; tenha sido devidamente autorizado pelo estabelecimento de
–– SDPMadeira - Sindicato Democrático dos Professores ensino, é contabilizado para efeitos de contagem de tempo
da Madeira; de serviço para progressão no estabelecimento de ensino na
–– STAAE-ZN - Sindicato dos Técnicos Superiores, Assis- pendência da relação laboral.
tentes e Auxiliares de Educação da Zona Norte; Artigo 70.º
–– STAAE-ZC - Sindicato dos Técnicos Superiores, Assis-
tentes e Auxiliares de Educação da Zona Centro; Disposições transitórias
–– STAAE-Sul e Regiões Autónomas - Sindicato dos Téc- (…)
nicos, Administrativos e Auxiliares de Educação Sul e Regi- 9- Os aumentos remuneratórios não se aplicam em casos
ões Autónomas. de processo de extinção de posto de trabalho ou de despedi-
Lucinda Manuela de Freitas Dâmaso, mandatária com mento colectivo iniciados até 1 de outubro de 2018.
poderes para o ato.
Tabelas salariais
Pelo SINAPE - Sindicato Nacional dos Profissionais da
Educação:
Docentes e formadores

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

Tabela A - docentes profissionalizados com grau superior Tabela K - docentes do ensino artístico especializado não
(fora da tabela II) licenciados ou não profissionalizados

Anos completos de serviço Nível Retribuição Anos completos de serviço Nível Retribuição
0 anos 0 anos
1 ano 1 ano
2 anos A8 1 152,00 € 2 anos K8 974,00 €
3 anos 3 anos
4 anos 4 anos
5 anos 5 anos
6 anos 6 anos
7 anos A7 1 416,00 € 7 anos K7 1 098,00 €
8 anos 8 anos
9 anos 9 anos
10 anos 10 anos
11 anos 11 anos
12 anos A6 1 525,00 € 12 anos K6 1 154,00 €
13 anos 13 anos
14 anos 14 anos
15 anos 15 anos
16 anos 16 anos
17 anos A5 1 768,00 € 17 anos K5 1 226,00 €
18 anos 18 anos
19 anos 19 anos
20 anos 20 anos
21 anos 21 anos
22 anos 22 anos
A4 1 960,00 € K4 1 409,00 €
23 anos 23 anos
24 anos 24 anos
25 anos 25 anos
26 anos 26 anos
27 anos 27 anos
28 anos 28 anos
A3 2 111,00 € K3 1 504,00 €
29 anos 29 anos
30 anos
30 anos
31 anos
31 anos
32 anos
32 anos 33 anos
33 anos 34 anos K2 1 653,00 €
34 anos A2 2 408,00 € 35 anos
35 anos 36 anos
36 anos 37 anos K1 1 960,00 €
37 anos A1 3 053,00€
(…)

3013
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

Tabela P - docentes de actividades não incluídas no 20 anos


currículo obrigatório e outros docentes
21 anos
Anos completos de serviço Nível Retribuição 22 anos
P4 1 111,00 €
0 anos 23 anos
1 ano 24 anos
2 anos P8 909,00 € 25 anos
3 anos 26 anos
4 anos 27 anos
5 anos 28 anos
P3 1 162,00 €
6 anos 29 anos
7 anos P7 960,00 € 30 anos
8 anos 31 anos
9 anos 32 anos
10 anos 33 anos
11 anos 34 anos P2 1 212,00 €
12 anos P6 1 010,00 € 35 anos
13 anos 36 anos
14 anos 37 anos P1 1 263,00 €
15 anos
16 anos
17 anos P5 1 061,00 €
18 anos
19 anos

Não docentes

Q - Assistentes educativos R - Técnicos S - Técnicos superiores T - Especialistas


Anos Nível Retribuição Nível Retribuição Nível Retribuição Nível Retribuição
0
1
2 Q8 610,00 € R8 620,00 € S8 975,00 € T8 1 136,00 €
3
4
5
6
7 Q7 615,00 € R7 651,00 € S7 1 030,00 € T7 1 409,00 €
8
9
10
11
12 Q6 626,00 € R6 702,00 € S6 1 136,00 € T6 1 525,00 €
13
14
15
16
17 Q5 646,00 € R5 778,00 € S5 1 252,00 € T5 1 667,00 €
18
19

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

20
21
22 Q4 677,00 € R4 813,00 € S4 1 414,00 € T4 1 717,00 €
23
24
25
26
27 Q3 707,00 € R3 864,00 € S3 1 566,00 € T3 1 910,00 €
28
29
30
31
32 Q2 737,00 € R2 914,00 € S2 1 616,00 € T2 2 111,00 €
33
34
35 Q1 773,00 € R1 949,00 € S1 1 651,00 € T1 2 146,00 €

Depositado em 17 de agosto de 2018, a fl. 67 do livro n.º 12, com o n.º 172/2018, nos termos do artigo 494.º do Código
do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009, de 12 de fevereiro.

Acordo coletivo entre a BP Portugal - Comércio Cláusula 2.ª


de Combustíveis e Lubrificantes, SA e outras e a
Vigência, denúncia e revisão
Federação de Sindicatos da Indústria, Energia e
Transportes - COFESINT e outra - Revisão global 1- O presente ACT entra em vigor no dia 1 do mês seguinte
ao da sua publicação no Boletim do Trabalho e Emprego e
vigora pelo prazo de três anos, renovando-se por períodos
Revisão global do ACT publicado no Boletim do Traba-
sucessivos de um ano, salvo se for denunciado por alguma
lho e Emprego, n.º 32, de 29 de agosto de 2016 e posterior
das partes, nos termos dos números seguintes.
alteração publicada no Boletim do Trabalho e Emprego, n.º
2- As tabelas salariais e cláusulas de expressão pecuniária
36, de 29 de setembro de 2017.
vigoram pelo prazo de 12 meses, serão revistas anualmente e
Cláusula 1.ª produzem efeitos a 1 de janeiro de cada ano.
3- A denúncia ou a proposta de revisão parcial da conven-
Área e âmbito ção pode ser feita, por qualquer das partes, com antecedência
O presente acordo coletivo de trabalho, doravante desig- não superior a três meses em relação aos prazos de vigência
nado por ACT, aplica-se no território nacional e obriga: previstos nos números anteriores e deve ser acompanhada
a) As empresas BP Portugal - Comércio de Combustíveis de proposta global ou parcial de alteração e respectiva fun-
e Lubrificantes, SA, CEPSA Portuguesa Petróleos, SA, Pe- damentação.
tróleos de Portugal - PETROGAL, SA, REPSOL Portugue- 4- A parte que recebe a denúncia ou a proposta de revisão
sa, SA e REPSOL Gás Portugal, SA que exercem atividade, deve responder no prazo de 30 dias após a sua recepção, de-
como operadoras licenciadas, de produção, distribuição e vendo a resposta, devidamente fundamentada, exprimir pelo
importação de produtos petrolíferos e TANQUISADO - menos uma posição relativa a todas as cláusulas da proposta,
Terminais Marítimos, SA e CLC - Companhia Logística de aceitando, recusando ou contrapropondo.
Combustíveis, SA que exercem a atividade de armazenagem, 5- As negociações deverão ter início nos 15 dias subse-
instalação e exploração dos respetivos parques e estruturas quentes à recepção da resposta e contraproposta, devendo as
de transporte inerentes; partes fixar, por protocolo escrito, o calendário e regras a que
b) Os trabalhadores ao serviço das mencionadas empresas, obedecerá o processo negocial.
que desempenhem funções inerentes às profissões e catego- 6- Havendo denúncia do ACT, este mantém-se em vigor
rias previstas nesta convenção, representados pelas organiza- enquanto estiver a decorrer a negociação, conciliação, me-
ções sindicais outorgantes. diação ou arbitragem ou pelo período mínimo de 24 meses,

3015
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

sem prejuízo do disposto nos números seguintes. teriores são obrigados a comunicar à administração da em-
7- Se até final do prazo de sobrevigência fixado no número presa e aos trabalhadores interessados, com a antecedência
anterior não ocorrer acordo, a convenção denunciada man- mínima de um dia, a data e hora em que pretendem que elas
tém-se ainda em vigor até que decorram 60 dias após qual- se efectuem, devendo afixar as respectivas convocatórias.
quer das partes comunicar ao ministério responsável pela 5- Os dirigentes das organizações sindicais respectivas que
área laboral e à outra parte que o processo de negociação não trabalhem na empresa, podem participar nas reuniões
terminou sem acordo, após o que caduca, cessando então os mediante identificação e comunicação à administração com
seus efeitos, com excepção das matérias referidas no número a antecedência mínima de seis horas.
seguinte.
Cláusula 5.ª
8- Até à entrada em vigor de nova convenção ou decisão
arbitral, mantêm-se em vigor as seguintes matérias do ACT: Instalação das comissões sindicais
a) Retribuição do trabalhador;
1- Nos locais de trabalho com 150 ou mais trabalhadores,
b) Categoria e respectiva definição;
as empresas são obrigadas a pôr à disposição dos delegados
c) Enquadramento, carreiras e progressões profissionais;
sindicais, desde que estes o requeiram e a título permanente,
d) Duração do tempo de trabalho;
um local situado no interior dos mesmos ou na sua proximi-
e) Regimes de protecção social cujos benefícios sejam
dade, que seja apropriado ao exercício das suas funções.
substitutivos dos assegurados pelo regime geral de Segu-
2- Nos locais de trabalho com menos de 150 trabalhadores,
rança Social ou com protocolo de substituição do Serviço
as empresas são obrigadas a pôr à disposição dos delegados
Nacional de Saúde.
sindicais, desde que estes o requeiram, um local apropriado
9- Em caso de cessação da convenção, mantêm-se os di-
para o exercício das suas funções.
reitos e regalias adquiridos por via de contrato individual de
trabalho. Cláusula 6.ª

Direitos dos dirigentes e delegados sindicais


CAPÍTULO II
1- Os delegados sindicais têm o direito de afixar, no inte-
Actividade sindical rior das empresas, textos, convocatórias, comunicações ou
informações relativos à vida sindical e aos interesses sócio-
Cláusula 3.ª -profissionais dos trabalhadores, bem como proceder à sua
distribuição, mas sem prejuízo, em qualquer dos casos, da
Princípios gerais laboração normal da empresa. O local ou locais de afixação
1- É direito dos trabalhadores inscreverem-se nas associa- serão reservados pelas empresas, podendo ser acordados
ções sindicais respectivas. com os delegados sindicais, comissões sindicais ou comis-
2- Os trabalhadores e as associações sindicais têm direito sões intersindicais outros locais de afixação.
a desenvolver actividade sindical no interior das empresas, 2- Os dirigentes e delegados sindicais têm o direito a cir-
nomeadamente através de delegados sindicais, comissões cular livremente em todas as secções e dependências das em-
sindicais e comissões intersindicais. presas em que trabalhem, sem prejuízo da normal laboração
3- À empresa é vedada qualquer interferência na activida- e das regras de segurança vigentes nas mesmas.
de sindical dos trabalhadores ao seu serviço. 3- Os membros dos corpos gerentes das organizações sin-
dicais outorgantes e os delegados sindicais não podem ser
Cláusula 4.ª transferidos de local de trabalho sem o seu acordo, salvo
quando tal mudança resultar da extinção ou mudança total
Direito de reunião
ou parcial do estabelecimento onde prestam serviço, deven-
1- Os trabalhadores têm direito a reunir-se durante o horá- do, em qualquer dos casos, ser dado prévio conhecimento à
rio normal de trabalho até um período máximo de quinze ho- direcção da organização sindical respectiva.
ras por ano, que contarão, para todos os efeitos, como tempo 4- As faltas dadas pelos membros da direcção das organi-
de serviço efectivo, desde que assegurem o funcionamento zações sindicais para desempenho das suas funções consi-
dos serviços de natureza urgente e com ressalva do disposto deram-se faltas justificadas e contam para todos os efeitos,
na última parte do número seguinte. menos o da retribuição, como tempo de serviço efectivo.
2- Os trabalhadores poderão ainda reunir-se fora do horá- 5- O despedimento de trabalhadores candidatos a mem-
rio normal nos locais de trabalho, sem prejuízo da norma- bros dos corpos sociais de associações sindicais ou que exer-
lidade da laboração no caso do trabalho por turnos ou de çam ou hajam exercido funções nos mesmos corpos sociais
trabalho suplementar. há menos de três anos presume-se feito sem justa causa.
3- As reuniões referidas nos números anteriores só podem 6- Em caso de ilicitude de despedimento por facto impu-
ser convocadas pela comissão intersindical ou pela comissão tável ao trabalhador membro de estrutura de representação
sindical, na hipótese prevista no número 1, e pelas referidas colectiva dos trabalhadores, este tem direito a optar entre a
comissões ou por um terço ou 50 trabalhadores do respectivo reintegração na empresa e uma indemnização calculada nos
estabelecimento na hipótese prevista no número 2. termos do número 2 da cláusula 93.ª, não inferior à retribui-
4- Os promotores das reuniões referidas nos números an- ção base e diuturnidades correspondentes a seis meses.

3016
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

Cláusula 7.ª Cláusula 11.ª

Constituição de comissões sindicais Deveres da empresa


1- Em todos os locais de trabalho das empresas poderão Sem prejuízo de outras obrigações, a empresa deve:
existir delegados sindicais. a) Cumprir estrita e rigorosamente este acordo, bem como
2- O número máximo de delegados sindicais a quem são as demais disposições legais aplicáveis;
atribuídos os créditos de horas previstos na cláusula seguinte b) Respeitar e tratar com urbanidade, probidade e justiça o
é o determinado nos termos legais. trabalhador, assim como exigir ao pessoal investido em fun-
3- As direcções dos sindicatos comunicarão à administra- ções de chefia e ou fiscalização que trate de igual forma os
ção das empresas a identificação dos delegados sindicais, trabalhadores sob as suas ordens;
bem como daqueles que fazem parte das comissões sindicais c) Pagar pontualmente a retribuição, que deve ser justa e
e intersindicais de delegados, por meio de carta registada adequada ao trabalho;
com aviso de recepção, de que será afixada cópia nos locais d) Proporcionar boas condições de trabalho, tanto do pon-
reservados às informações sindicais. O mesmo procedimen- to de vista físico como moral;
to será observado no caso de substituição ou cessação de e) Contribuir para a elevação do nível de produtividade do
funções. trabalhador, nomeadamente proporcionando-lhe formação
profissional adequada a desenvolver a sua qualificação;
Cláusula 8.ª
f) Respeitar a autonomia técnica do trabalhador que exer-
Crédito de horas ça actividades cuja regulamentação profissional a exija;
g) Não exigir do trabalhador tarefas manifestamente in-
1- Cada delegado sindical dispõe para o exercício das suas
compatíveis com a sua categoria profissional e capacidade
funções de um crédito de horas que não pode ser inferior a
física;
cinco por mês, ou a oito, tratando-se de delegado que faça
h) Possibilitar o exercício de cargos em estruturas repre-
parte de comissão intersindical.
sentativas dos trabalhadores;
2- O crédito de horas atribuído no número anterior é re-
i) Prevenir riscos e doenças profissionais, tendo em conta
ferido ao período normal de trabalho e conta, para todos os
a protecção da segurança e saúde do trabalhador, devendo
efeitos, como tempo de serviço efectivo.
indemnizá-lo dos prejuízos resultantes de acidentes de tra-
3- Os delegados, sempre que pretendam exercer o direito
balho;
previsto nesta cláusula, deverão avisar, por escrito, a empre-
j) Adoptar, no que se refere à segurança e saúde no tra-
sa com a antecedência mínima de um dia.
balho, as medidas que decorram, para a empresa, estabele-
4- Para o exercício das suas funções, cada membro da di-
cimento ou actividade, da aplicação das prescrições legais e
recção beneficia do crédito de quatro dias por mês, mantendo
convencionais vigentes;
o direito à retribuição.
k) Fornecer ao trabalhador a informação e a formação ade-
Cláusula 9.ª quadas à prevenção de riscos de acidente e doença;
l) Reconhecer em qualquer circunstância a propriedade
Quotização sindical intelectual do trabalhador em todo o desenvolvimento, des-
As partes acordam em que as empresas cobrarão e reme- coberta ou aperfeiçoamento que por ele venham a ser efec-
terão aos sindicatos outorgantes, até ao décimo quinto dia do tuados no âmbito do seu trabalho e que se tornem objecto de
mês seguinte a que respeitam, a quotização dos seus associa- qualquer forma de registo ou patente, nos termos da legisla-
dos, desde que os trabalhadores manifestem expressamente ção aplicável;
essa vontade, mediante declaração individual a enviar ao sin- m) Manter permanentemente actualizado o registo do pes-
dicato e à empresa. soal em cada um dos seus estabelecimentos, com indicação
dos nomes, datas de nascimento e admissão, modalidades
CAPÍTULO III dos contratos, categorias, promoções, retribuições, datas de
início e termo das férias e faltas que impliquem perda da
Direitos e deveres das partes retribuição ou diminuição dos dias de férias, facultando ao
trabalhador a consulta do seu processo individual sempre
Cláusula 10.ª que o solicite;
n) Passar certificados aos trabalhadores ao seu serviço
Princípio geral contendo todas as referências por estes expressamente so-
Cada uma das partes outorgantes deste acordo deve pres- licitadas, relacionadas com a sua actividade profissional na
tar à outra, quando solicitada, todos os elementos relativos empresa;
ao cumprimento deste acordo, com vista a criar e desenvol- o) Responder por escrito a qualquer reclamação ou queixa
ver um clima de relações de trabalho estáveis e de bom en- formulada por escrito pelo trabalhador, até trinta dias após a
tendimento no seio das empresas. sua entrega ao seu superior hierárquico imediato;

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

p) Prestar ao trabalhador arguido de responsabilidade cri- Cláusula 13.ª


minal, resultante do exercício da profissão, toda a assistência
judicial, nela se compreendendo as despesas originadas com Garantias dos trabalhadores
a deslocação a tribunal ou outras instâncias judiciais. 1- É vedado à empresa:
a) Opor-se por qualquer forma a que o trabalhador exerça
Cláusula 12.ª
os seus direitos ou beneficie das garantias consignadas neste
Deveres dos trabalhadores acordo ou na lei, bem como despedi-lo, aplicar-lhe outras
sanções ou tratá-lo desfavoravelmente por causa desse exer-
1- Sem prejuízo de outras obrigações, o trabalhador deve:
cício;
a) Observar as disposições do presente acordo e as demais
b) Obstar, injustificadamente, à prestação efectiva do tra-
disposições do direito de trabalho aplicáveis;
balho;
b) Respeitar e tratar com urbanidade e probidade o empre-
c) Exercer pressão sobre o trabalhador para que actue no
gador, os superiores hierárquicos, os companheiros de traba-
sentido de influir desfavoravelmente nas condições de traba-
lho e as demais pessoas que estejam ou entrem em relação
lho dele ou dos companheiros;
com a empresa;
d) Diminuir a retribuição, salvo nos casos previstos na lei
c) Comparecer ao serviço com assiduidade e pontualidade;
e neste ACT;
d) Realizar o trabalho com zelo e diligência;
e) Baixar a categoria do trabalhador, salvo nos casos pre-
e) Cumprir as ordens e instruções do empregador e su-
vistos neste ACT;
periores hierárquicos em tudo o que respeite à execução e
f) Transferir o trabalhador para outro local de trabalho,
disciplina do trabalho, salvo na medida em que se mostrem
salvo nos casos previstos neste ACT, ou quando haja acordo;
contrárias aos seus direitos e garantias;
g) Ceder trabalhadores do quadro de pessoal próprio para
f) Guardar lealdade à empresa, nomeadamente não nego-
utilização de terceiros que sobre esses trabalhadores exer-
ciando por conta própria ou alheia em concorrência com ela,
çam os poderes de autoridade e direcção próprios do empre-
nem divulgando informações referentes à sua organização,
gador ou por pessoa por ele indicada, salvo nos casos espe-
métodos de produção ou negócios;
cialmente previstos;
g) Velar pela conservação e boa utilização dos bens rela-
h) Obrigar o trabalhador a adquirir bens ou a utilizar servi-
cionados com o seu trabalho que lhe forem confiados pela
ços fornecidos pela empresa ou por pessoa por ela indicada;
empresa;
i) Explorar, com fins lucrativos, quaisquer cantinas, refei-
h) Proceder com espírito de justiça em relação às infrac-
tórios, economatos ou outros estabelecimentos directamente
ções dos seus subordinados;
relacionados com o trabalho, para fornecimento de bens ou
i) Ter para com os colegas de trabalho as atenções e res-
prestação de serviços aos trabalhadores;
peito que lhe são devidos, prestando-lhes em matéria de ser-
j) Fazer cessar o contrato e readmitir o trabalhador, mes-
viço todos os conselhos e ensinamentos solicitados, e acom-
mo com o seu acordo, havendo o propósito de o prejudicar
panhar com interesse e dedicação os estagiários e os colegas
em direitos ou garantias decorrentes da antiguidade;
em regime de treino que lhe sejam confiados para orientação;
k) Obrigar o trabalhador a trabalhar com equipamento,
j) Encaminhar qualquer reclamação ou queixa que enten-
máquinas e ferramentas que não possuam condições de segu-
da formular através dos seus superiores hierárquicos;
rança, confirmadas pelos competentes serviços da empresa;
k) Promover ou executar todos os actos tendentes à melho-
l) Despedir, transferir ou, por qualquer modo, prejudicar
ria da produtividade da empresa;
um trabalhador por motivo da sua filiação ou não filiação
l) Participar nos programas de formação profissional, de-
sindical ou das suas actividades sindicais.
signadamente frequentando com aproveitamento cursos de
2- A prática, por parte da empresa, de qualquer acto con-
aperfeiçoamento, reciclagem ou reconversão para os quais
trário às garantias dos trabalhadores previstas no número an-
tenha sido designado pela empresa;
terior considera-se violação do contrato de trabalho e consti-
m) Cooperar para a melhoria do sistema de segurança e
tui justa causa de rescisão por parte do trabalhador.
saúde no trabalho da empresa, nomeadamente por intermé-
dio dos representantes dos trabalhadores eleitos para esse Cláusula 14.ª
fim;
n) Cumprir as prescrições de segurança e saúde no traba- Direito à greve
lho estabelecidas nas disposições legais ou convencionais É assegurado aos trabalhadores, através das suas organi-
aplicáveis, bem como as ordens dadas pelo empregador. zações de classe, o direito de preparar, organizar e desenca-
2- O dever de obediência, a que se refere a alínea e) do dear processos de greve, sempre que o julguem necessário
número anterior, respeita tanto às ordens e instruções dadas para a defesa dos seus direitos, nos termos e dentro dos li-
directamente pelo empregador como às emanadas dos supe- mites legais.
riores hierárquicos do trabalhador, dentro dos poderes que
por aquele lhes forem atribuídos. CAPÍTULO IV

Admissão e carreira profissional

3018
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

Cláusula 15.ª a) nome completo;


b) categoria profissional e nível salarial;
Igualdade de oportunidades c) retribuição;
1- No caso de preenchimento de lugares através de novas d) horário de trabalho;
admissões ou promoções, o homem e a mulher estão em e) local de trabalho;
iguais condições, desde que satisfaçam os requisitos exigi- f) condições particulares de trabalho, quando existam;
dos para a função. g) duração do período experimental;
2- No recrutamento externo, as empresas procurarão, na h) data de início do contrato de trabalho;
medida em que isso for possível, admitir desempregados de i) Nos casos de contrato a termo, o prazo estipulado com a
grupos sociais desfavorecidos, designadamente deficientes indicação, nos termos legais, do motivo justificativo.
ou portadores de doença crónica, desde que satisfaçam os 6- No acto de admissão será fornecido ao trabalhador um
requisitos exigidos para os postos de trabalho a preencher. exemplar deste ACT e regulamentos internos da empresa,
quando existam.
Cláusula 16.ª
Cláusula 18.ª
Recrutamento interno
1- Sempre que se verifique a necessidade do preenchimen- Contrato de trabalho a termo
to de um posto de trabalho, procurar-se-á fazê-lo mediante 1- A admissão de trabalhadores nas empresas poderá efec-
recrutamento interno. tuar-se através de contrato de trabalho a termo, mas apenas
2- As empresas anunciarão os lugares e darão o perfil da nas condições previstas na lei.
função, a fim de que todos os trabalhadores eventualmente 2- As normas deste ACT são aplicáveis aos trabalhadores
interessados possam habilitar-se ao lugar. contratados a termo, excepto quando expressamente excluí-
3- Sempre que uma vaga venha a ser preenchida por re- das ou se mostrem incompatíveis com a duração do contrato.
crutamento interno, o trabalhador escolhido sujeitar-se-á a 3- Os trabalhadores contratados a termo, em igualdade de
um período de estágio de duração equivalente à do período condições com outros candidatos, têm preferência na admis-
experimental, durante o qual, tanto por sua iniciativa, como são para postos de trabalho efectivos na empresa.
por iniciativa da empresa, poderá voltar ao lugar anterior.
Cláusula 19.ª
4- Sempre que a empresa considere comprovada a aptidão
do trabalhador antes do termo do período de estágio estabe- Produção de efeitos do contrato a termo - Casos especiais
lecido, passará imediatamente ao escalão ou grupo onde se
No caso do contrato a termo ser celebrado com funda-
enquadram as novas funções e a respectiva retribuição, tal
mento na necessidade de substituir, directa ou indirectamen-
como se tivesse cumprido a totalidade do período para as
te, um trabalhador que se encontre impedido de trabalhar,
quais fazia estágio.
nomeadamente por doença, acidente de trabalho, férias ou
5- Durante o período de estágio o trabalhador mantém a re-
licença, o início e a cessação de produção de efeitos do con-
tribuição correspondente à categoria anterior, mas se e logo
trato a termo pode ser estipulado de acordo com os seguintes
que seja confirmado no lugar, receberá as diferenças salariais
limites:
desde o início do estágio.
a) O contrato a termo poderá iniciar a sua produção de
Cláusula 17.ª efeitos até ao máximo de 30 dias antes do início da ausência
do trabalhador, no caso desta ser previsível;
Condições gerais de admissão b) A cessação do contrato a termo pode ocorrer até ao li-
1- Se não for possível prover a vaga através do recruta- mite de 30 dias a contar do regresso, ou cessação do impedi-
mento interno, proceder-se-á a uma admissão do exterior. mento, do trabalhador substituído.
2- Antes da admissão de trabalhadores, as empresas de-
Cláusula 20.ª
vem submetê-los a exame médico, a fim de se verificar a sua
aptidão para o exercício da respectiva actividade, designada- Período experimental
mente se o candidato tem saúde e robustez para o lugar.
1- Nos contratos de trabalho por tempo indeterminado ha-
3- Se o candidato for reprovado por inaptidão física, deve
verá, salvo estipulação expressa em contrário, um período
o médico comunicar-lhe as razões da sua exclusão, com in-
experimental com duração máxima de:
formação pormenorizada do seu estado de saúde.
a) 90 dias, para os trabalhadores enquadrados nos níveis
4- Quando qualquer trabalhador transitar de uma empresa
salariais G a L;
para outra da qual a primeira seja associada económica ou
b) 120 dias, para os trabalhadores enquadrados nos níveis
juridicamente, obriga-se a contar para todos os efeitos deste
salariais C e F;
ACT a data de admissão na primeira.
c) 180 dias, para os trabalhadores enquadrados nos níveis
5- A admissão deverá constar de um documento escrito
salariais A e B.
e assinado por ambas as partes, em duplicado, sendo um
2- Para os trabalhadores contratados a termo, seja qual
exemplar para a empresa e outro para o trabalhador, do qual
for o seu enquadramento, o período experimental será de 30
constem os elementos essenciais do contrato de trabalho, de-
dias, ou de 15 dias se o contrato tiver duração inferior a seis
signadamente:

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

meses. penho das suas funções, a empresa diligenciará a sua trans-


3- Durante o período experimental, salvo acordo escrito ferência para outro posto de trabalho, compatível com a sua
em contrário, qualquer das partes pode rescindir o contrato aptidão física e com a sua qualificação profissional.
sem aviso prévio e sem necessidade de invocação de justa 2- Se, eventualmente, a esse novo posto de trabalho cor-
causa, não havendo direito a qualquer indemnização. responder uma categoria profissional inferior, o trabalhador
4- Tendo o período experimental durado mais de 60 dias, manterá a retribuição e todas as demais regalias de carácter
para denunciar o contrato nos termos previstos no número permanente, com excepção daquelas que tenham sido atribu-
anterior, a empresa tem de dar um aviso prévio de 10 dias ou ídas em virtude das funções que vinha desempenhando.
pagar ao trabalhador uma importância correspondente.
Cláusula 24.ª
5- Entende-se que a empresa renuncia ao período experi-
mental sempre que admita ao seu serviço, por convite, um Substituição temporária
trabalhador a quem tenha oferecido melhores condições de
1- Sempre que um trabalhador desempenhe, em substi-
trabalho do que aquelas que tinha na empresa onde prestava
tuição de outro, funções que pela sua responsabilidade ca-
serviço anteriormente, desde que abrangida por este ACT,
racterizem uma categoria profissional superior, terá direito
e com a qual tenha rescindido a relação laboral em virtude
durante o tempo da substituição a receber a retribuição cor-
daquela proposta.
respondente ao mínimo da categoria do substituído, nas se-
Cláusula 21.ª guintes condições:
a) Não haverá lugar a essa retribuição se se tratar de subs-
Readmissão tituição por férias, desde que aquela não exceda trinta dias
1- A empresa que readmitir ao seu serviço um trabalha- seguidos;
dor cujo contrato tenha sido rescindido anteriormente fica b) Nos restantes casos de substituição, por motivo de do-
obrigada a contar no tempo de antiguidade do trabalhador o ença, acidente ou qualquer outro impedimento, a retribuição
período anterior à rescisão. referida no número 1 será devida a partir do primeiro dia,
2- O trabalhador que, depois de vencido o período de ga- sempre que a substituição ultrapassar trinta dias seguidos.
rantia estipulado no regulamento da segurança social, seja 2- Se a substituição se prolongar por mais de quatro meses
reformado por invalidez e a quem seja anulada a pensão de seguidos ou seis alternados no período de um ano (doze me-
reforma em resultado do parecer da junta médica de revisão, ses seguidos), o trabalhador que durante aquele período tiver
nos termos do citado regulamento, será readmitido na sua exercido as funções por substituição terá direito também à
anterior categoria, com todos os direitos e regalias que teria categoria do substituído.
se sempre tivesse estado ao serviço, podendo no entanto vir 3- Terminado o impedimento e não se verificando o regres-
a desempenhar outras funções que melhor se coadunem com so do substituído ao seu lugar, seja qual for o motivo, o subs-
as suas aptidões. tituto passará à categoria do substituído, produzindo a subs-
3- Para que a readmissão a que se refere o número anterior tituição todos os seus efeitos desde a data em que teve lugar.
tenha lugar, o trabalhador deverá expressamente solicitá-la
Cláusula 25.ª
nos noventa dias posteriores à decisão da segurança social ou
da data em que esta lhe venha a ser comunicada. Carteira profissional
4- Qualquer readmissão para a mesma categoria e função,
Quando para o exercício de determinada profissão ou
não está sujeita ao período experimental.
preenchimento de determinado cargo seja exigida a carteira
Cláusula 22.ª profissional e ou documento que condicione tal exercício, as
empresas exigirão previamente a apresentação de tais docu-
Classificação profissional mentos.
1- Todo o trabalhador deverá encontrar-se classificado
numa das categorias profissionais constantes do anexo I a CAPÍTULO V
este ACT, de acordo com as funções efectivamente desem-
penhadas. Formação
2- Poderão ser atribuídas outras designações profissionais,
por razões de organização interna ou representação externa, Cláusula 26.ª
mas sem prejuízo da sua equiparação, para efeitos de enqua-
dramento profissional e de retribuição, a uma das categorias Formação profissional - Princípios gerais
e carreiras previstas neste ACT. 1- A formação profissional é um direito e um dever, quer
Cláusula 23.ª da empresa quer dos trabalhadores, e visa o desenvolvimento
das qualificações dos trabalhadores e a sua certificação, em
Reconversão profissional simultâneo com o incremento da produtividade e da compe-
1- Quando por indicação médica, por doença profissional titividade da empresa.
ou por acidente que não dêem lugar a reforma por invalidez, 2- Para o exercício do direito à formação profissional as
o trabalhador for considerado como não apto para o desem- empresas estabelecerão Planos de Formação Anuais ou Plu-
rianuais.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

Cláusula 27.ª e será imputada em 50 % no número mínimo de horas de


formação previsto no número 2 da cláusula anterior.
Formação contínua 4- A frequência dos cursos ou acções previstos nesta cláu-
1- Os planos de formação contínua têm de abranger, em sula deve ser comunicada à entidade empregadora com a an-
cada ano, um mínimo de 10 % do total dos trabalhadores da tecedência possível ou logo que o trabalhador tenha conheci-
empresa. mento da sua admissão no curso ou acção.
2- No âmbito da formação contínua desenvolvida pela
Cláusula 29.ª
empresa, por entidade formadora certificada ou por estabe-
lecimento de ensino reconhecido, será assegurado a cada tra- Trabalhadores estudantes
balhador um mínimo de trinta e cinco horas anuais de forma-
1- Considera-se trabalhador-estudante o trabalhador que
ção, ou proporcional à duração do contrato quando este for a
frequenta qualquer nível de educação escolar, incluindo cur-
termo e tiver duração igual ou superior a três meses.
sos de pós-graduação, mestrado ou doutoramento em ins-
3- Nos anos em que o trabalhador esteja ausente devido a
tituição de ensino ou ainda curso de formação profissional
baixa prolongada ou licença sem vencimento, o número de
com duração igual ou superior a 6 meses.
horas de formação previsto no número anterior será também
2- Os direitos dos trabalhadores estudantes são os previs-
calculado de forma proporcional, sem prejuízo da formação
tos na lei e nos números seguintes desta cláusula, sempre que
necessária para a normal retoma do posto de trabalho.
não vigorar outra prática mais favorável.
4- O trabalhador pode utilizar o crédito de horas estabele-
3- As empresas devem, sempre que possível, elaborar ho-
cido nos números anteriores se a formação não for assegu-
rários de trabalho específicos para os trabalhadores-estudan-
rada pela empresa, mediante comunicação prévia mínima de
tes, com flexibilidade ajustável à frequência das aulas e à
dez dias, podendo ainda acumular esses créditos pelo perío-
inerente deslocação para os respectivos estabelecimentos de
do de três anos.
ensino.
5- O conteúdo da formação referida no número 4 é escolhi-
4- Quando não seja possível a aplicação do regime previs-
do pelo trabalhador, devendo ter correspondência com a sua
to no número anterior, o trabalhador estudante será dispensa-
atividade ou respeitar a qualificações básicas em tecnologia
do até 6 horas por semana, de harmonia com as necessidades
de informação e comunicação, segurança e saúde no trabalho
do horário, para frequência das aulas e sem perda de quais-
ou em línguas estrangeiras.
quer direitos, contando esse tempo como prestação efectiva
6- Ocorrendo as circunstâncias previstas nos números 4 e
de trabalho.
5, a empresa contribuirá ainda com um subsídio para paga-
5- O trabalhador-estudante tem direito a faltar justificada-
mento dos custos comprovados da formação.
mente ao trabalho para prestação de provas de avaliação nos
7- O subsídio referido no número anterior terá o valor cor-
seguintes termos:
respondente ao total das horas de crédito utilizadas, multipli-
a) Até dois dias por cada prova de avaliação, sendo um o
cado pelo valor da retribuição horária calculado com base na
da realização da prova e o outro o imediatamente anterior, aí
fórmula prevista na cláusula 53.ª (Princípios gerais).
se incluindo sábados, domingos e feriados;
8- O tempo despendido pelos trabalhadores nas ações de
b) No caso de provas em dias consecutivos ou de mais de
formação atrás referidas será, para todos os efeitos, consi-
uma prova no mesmo dia, os dias anteriores são tantos quan-
derado como tempo de trabalho e submetido às disposições
tas as provas de avaliação a efectuar, aí se incluindo sábados,
deste ACT sobre a retribuição e a contagem do tempo de
domingos e feriados;
trabalho.
c) Os dias de ausência referidos nas alíneas anteriores não
9- Cessando o contrato de trabalho, o trabalhador tem di-
podem exceder um máximo de quatro por disciplina em cada
reito a receber a retribuição correspondente ao crédito de ho-
ano lectivo.
ras para a formação que não tenha utilizado.
6- Consideram-se ainda justificadas as faltas dadas pelo
Cláusula 28.ª trabalhador-estudante na estrita medida das necessidades
impostas pelas deslocações para prestar provas de avaliação,
Formação por iniciativa dos trabalhadores sendo no entanto retribuídas apenas até 10 faltas em cada
1- Os trabalhadores que, por sua iniciativa, frequentem ano lectivo, independentemente do número de disciplinas.
cursos ou acções de formação profissional certificada infe- 7- Em cada ano civil, o trabalhador estudante pode utili-
riores a seis meses, que não se incluam no plano anual de zar, seguida ou interpoladamente, até 10 dias úteis de licença
formação da empresa, podem beneficiar de licenças sem re- sem retribuição, mas sem perda de qualquer outra regalia,
tribuição, nos termos da lei. desde que o requeira nos termos seguintes:
2- Por acordo com a entidade empregadora, o trabalhador a) Com quarenta e oito horas de antecedência, ou sendo
pode ser dispensado do trabalho, sem prejuízo da retribui- inviável, logo que possível, no caso de se pretender um dia
ção e demais regalias, para formação profissional certificada, de licença;
dispensa essa que poderá abranger parte ou a totalidade do b) Com oito dias de antecedência, no caso de pretender
período diário ou semanal de trabalho. dois a oito dias de licença;
3- A formação profissional certificada a que alude o nú- c) Com quinze dias de antecedência, caso pretenda mais
mero anterior não poderá estender-se para além de 6 meses de oito dias de licença.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

8- O trabalhador tem direito a marcar o período de férias e) Horário especial;


de acordo com as suas necessidades escolares, podendo go- f) Horário móvel.
zar até 15 dias de férias interpoladas, na medida em que tal
Cláusula 31.ª
seja compatível com as exigências imperiosas do funciona-
mento da empresa. Período normal de trabalho
9- As empresas procurarão comparticipar nos custos ine-
1- O período normal de trabalho será de trinta e oito ho-
rentes aos estudos, podendo esta comparticipação ser estabe-
ras semanais para os trabalhadores ao serviço das empresas,
lecida em função da retribuição do trabalhador.
com excepção dos que praticam horários inferiores, que se
10- A aquisição de novos conhecimentos e competências
manterão.
profissionais no âmbito de programas de formação ou apren-
2- O período normal de trabalho será, em princípio, de se-
dizagem promovidos pela empresa ou por iniciativa do tra-
gunda a sexta-feira, podendo, porém, efectuar-se de terça-
balhador, desde que ligados à sua actividade profissional,
-feira a sábado quando a natureza do serviço o justifique.
deve possibilitar a evolução na carreira profissional.
3- O período de descanso semanal será fixo, salvo nos ca-
sos de trabalho em regime de turnos.
CAPÍTULO VI
Cláusula 32.ª
Prestação de trabalho Duração do trabalho normal

Cláusula 30.ª 1- A duração do trabalho normal diário não poderá exceder


oito horas, salvo os casos expressamente previstos na lei e
Horário de trabalho. Definição e princípio geral neste ACT.
1- Entende-se por horário de trabalho a determinação das 2- O período normal de trabalho será interrompido por um
horas do início e do termo do período normal de trabalho intervalo para refeição ou descanso de duração não inferior
diário ou dos respectivos limites, bem assim como dos inter- a trinta minutos nem superior a duas horas, não podendo os
valos de descanso. trabalhadores prestar mais de cinco horas de trabalho con-
2- Compete à empresa estabelecer o horário de trabalho do secutivo.
pessoal ao seu serviço dentro dos condicionalismos legais e Cláusula 33.ª
dos do presente ACT.
3- Em todas as modificações dos tipos de horários de tra- Isenção de horário de trabalho
balho deverão ser ouvidos e terão de dar o seu acordo escrito 1- Por acordo escrito, pode ser isento de horário de traba-
os trabalhadores abrangidos e, bem assim, será pedido o pa- lho o trabalhador que se encontre numa das seguintes situ-
recer prévio dos representantes dos trabalhadores da empre- ações:
sa, que terão de se pronunciar no prazo de quinze dias. a) Exercício de cargos de administração, de direcção, de
4- Quando a empresa pretender modificar o tipo de horário confiança, de fiscalização ou de apoio directo aos titulares
de um determinado sector ou serviço, obterá o acordo escrito desses cargos;
de cada trabalhador, bem como o parecer dos representantes b) Execução de trabalhos preparatórios ou complementa-
dos trabalhadores da empresa. Caso não se obtenha consenso res que, pela sua natureza, só possam ser efectuados fora dos
e se trate de trabalho que só possa ser realizado em equipa, limites dos horários normais de trabalho;
prevalecerá a vontade da maioria qualificada (dois terços dos c) Exercício regular da actividade fora do estabelecimen-
trabalhadores interessados), devendo a empresa solucionar o to, sem controlo imediato da hierarquia.
problema dos que fundadamente não concordem, obrigando- 2- O acordo referido no número anterior deve ser enviado
-se no entanto a não prejudicar o trabalhador na sua categoria ao serviço com competência inspectiva do ministério res-
e horário. ponsável pela área laboral.
5- O acordo do trabalhador será dispensado nos casos em 3- Nos termos do que for acordado, a isenção de horário
que, por motivos de organização e funcionamento da empre- pode compreender as seguintes modalidades:
sa, se torne manifestamente necessário proceder à modifica- a) Não sujeição aos limites máximos dos períodos normais
ção dos tipos de horários de trabalho de um sector ou serviço de trabalho;
que abranja, no máximo, dois trabalhadores. b) Possibilidade de alargamento da prestação a um deter-
6- Ao enviar a comunicação de alteração do horário ao minado número de horas, por dia ou por semana;
Ministério do Trabalho a empresa juntará o acordo do tra- c) Observância dos períodos normais de trabalho acorda-
balhador e o parecer dos representantes dos trabalhadores da dos.
empresa. 4- A isenção não prejudica o direito do trabalhador aos
7- Poderão ser praticados os seguintes tipos de horários de dias de descanso semanal e aos feriados previstos neste ACT,
trabalho: bem como ao período mínimo de descanso diário, nos ter-
a) Horário normal; mos da lei.
b) Horário de turnos; 5- Os trabalhadores isentos de horário de trabalho têm di-
c) Horário flexível; reito ao subsídio previsto na alínea j) da cláusula 57.ª (Sub-
d) Horário desfasado; sídios).

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Cláusula 34.ª 13- Aos trabalhadores neste regime será assegurado ou


pago pela empresa o transporte de ida e volta para o local de
Trabalho em regime de turnos rotativos trabalho quando este termine depois das 0 horas e antes das
1- Horário de turnos rotativos é aquele em que existem 8 horas ou quando não existirem transportes colectivos às
para o mesmo posto dois ou mais horários de trabalho e em horas de entrada e saída do trabalho.
que os trabalhadores mudam periódica e regularmente de um 14- Em caso de antecipação ou prolongamento do seu pe-
horário de trabalho para outro, de harmonia com uma escala ríodo de trabalho para além de duas horas, o trabalhador em
preestabelecida. regime de turnos tem direito a uma refeição ligeira.
2- As escalas de turnos deverão, na medida do possível, ser
Cláusula 35.ª
organizadas de harmonia com os interesses e as preferências
manifestadas pelos trabalhadores. Horário flexível
3- Haverá regime de dois e três turnos.
1- Entende-se por horário flexível aquele em que as ho-
4- O período destinado a cada turno não poderá exceder
ras de início e termo dos períodos de trabalho e de descanso
oito horas.
diários podem ser móveis, dentro dos limites previamente
5- No regime de turnos haverá um intervalo de uma hora
acordados.
para a tomada da refeição, que será computado como tempo
2- Os trabalhadores sujeitos a este regime terão um perío-
de trabalho, uma vez que os trabalhadores permaneçam obri-
do diário fixo e um período complementar variável, período
gatoriamente no local de trabalho.
este que será de inteira disposição do trabalhador, ressalvado
6- Aos trabalhadores em regime de turnos, quando a refei-
sempre o regular funcionamento dos sectores abrangidos.
ção não puder ser tomada, respectivamente, entre as 7 e as
3- Nenhum trabalhador poderá acumular por semana um
9 horas, entre as 11 e as 14 horas, entre as 19 e as 22 horas
crédito ou débito de mais de um quarto do respectivo período
e entre as 0 e as 6 horas, para o pequeno almoço, almoço,
normal de trabalho semanal.
jantar e ceia ou quando não hajam tido o período ininterrupto
4- Os créditos ou os débitos referidos no número anterior
de quarenta e cinco minutos, no mínimo, será pago o valor
deverão ser compensados no mínimo em quatro e no máxi-
correspondente a uma hora suplementar.
mo em treze semanas.
7- As escalas de turnos rotativos só poderão prever mu-
5- Este tipo de horário não é aplicável aos trabalhadores
danças de turnos após o período de descanso semanal, salvo
em regime de turnos.
quando os trabalhadores manifestarem, por escrito, interesse
em acordar diferentemente. Cláusula 36.ª
8- A empresa obriga-se a afixar em janeiro de cada ano a
escala anual de turnos, ouvidos previamente os representan- Horário desfasado
tes dos trabalhadores da empresa e visada pelas entidades 1- Horário desfasado é aquele em que existam, para postos
competentes. Qualquer alteração da escala anual, autorizada de trabalho idênticos, dois ou mais horários de trabalho com
pelas mesmas entidades, será afixada até um mês antes da início e termo diferenciados, e com um período de sobrepo-
sua entrada em vigor. Os mapas das escalas, bem como as sição não inferior a três horas.
suas alterações, serão enviados ao respectivo sindicato. 2- Quando se praticarem horários desfasados a empresa
9- São permitidas trocas de turnos entre os trabalhadores fixará, caso a caso, com acordo do trabalhador, a sua entra-
da mesma categoria e especialidade, desde que previamente da e saída, com observância da duração normal do trabalho
acordadas entre os trabalhadores interessados e o superior diário.
hierárquico antes do início do trabalho. Não são, porém, Cláusula 37.ª
permitidas trocas que impliquem a prestação de trabalho em
turnos consecutivos. Horário especial
10- Nenhum trabalhador que complete 55 anos de idade Por iniciativa da empresa ou do trabalhador e com o acor-
ou 20 de serviço em regime de turnos poderá ser obrigado a do respectivamente do trabalhador ou da empresa, poderão
permanecer nesse regime, salvo quando a empresa, ouvidos ser praticados horários especiais em que o número de horas
os representantes dos trabalhadores, conclua pela impossibi- semanais seja dividido por quatro dias apenas.
lidade de o trabalhador passar ao horário normal.
11- Qualquer trabalhador que comprove, através de ates- Cláusula 38.ª
tado passado por médico, devidamente habilitado, a impos-
Horário móvel
sibilidade de continuar a trabalhar no regime de turnos, pas-
sará imediatamente ao horário normal. Se a empresa julgar 1- Entende-se por horário móvel aquele em que, respei-
conveniente, o trabalhador será submetido a exame do médi- tado o cômputo diário e semanal, as horas de início e termo
co do trabalho da empresa, após o que decidirá, com parecer poderão variar de dia para dia, em conformidade com as exi-
prévio dos representantes dos trabalhadores da empresa. gências de serviço.
12- O trabalhador em regime de turnos é preferido, quando 2- Os períodos de trabalho diário serão anotados em re-
em igualdade de circunstâncias com trabalhadores em regi- gisto próprio que deverá acompanhar o trabalhador e será
me de horário normal, para preenchimento de vagas em regi- fornecido pela empresa.
me de horário normal. 3- Tratando-se de motoristas, o registo será feito de har-

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

monia com o estabelecido na lei. Cláusula 41.ª


4- As empresas avisarão de véspera o trabalhador que pra-
tique este tipo de horário, diligenciando fazê-lo o mais cedo Descanso compensatório
possível, assegurando ao trabalhador interessado qualquer 1- A prestação de trabalho suplementar em dia útil, em dia
contacto, mesmo telefónico, mas nunca com menos de doze de descanso semanal complementar e em dia feriado, confe-
horas efectivas. re aos trabalhadores o direito a um descanso compensatório
5- Aos trabalhadores que pratiquem este tipo de horário remunerado, correspondente a 25 % das horas de trabalho
será atribuído, durante o tempo em que o praticarem, um suplementar realizado, o qual se vencerá logo que perfizer
subsídio especial consignado na cláusula 57.ª (Subsídios). um número de horas igual ao período normal de trabalho di-
6- Entre o fim de um período de trabalho e o início do se- ário, devendo ser gozado nos 90 dias seguintes.
guinte mediarão, pelo menos, onze horas. 2- Nos casos de prestação de trabalho em dia de descanso
semanal obrigatório, o trabalhador terá direito a um dia de
Cláusula 39.ª
descanso compensatório remunerado, a gozar num dos três
Regime de laboração contínua dias úteis seguintes.
1- Entende-se por regime de laboração contínua o regime Cláusula 42.ª
de laboração das unidades, instalações ou serviços em rela-
ção aos quais está dispensado o encerramento diário, sema- Limites máximos de trabalho suplementar
nal e nos feriados. 1- O trabalho suplementar fica sujeito, por trabalhador, aos
2- Este regime será aplicado apenas à medida e nas condi- seguintes limites:
ções em que trabalhadores e empresa nele acordem. a) 200 horas de trabalho por ano;
b) 2 horas por dia normal de trabalho;
Cláusula 40.ª
c) Um número de horas igual ao período normal de traba-
Trabalho suplementar lho nos dias de descanso semanal, obrigatório ou comple-
mentar, e nos feriados.
1- Considera-se trabalho suplementar todo aquele que é
2- Não fica sujeito a tais limites, o trabalho suplementar
prestado fora do horário de trabalho.
prestado em casos de força maior ou quando se torne indis-
2- O trabalho suplementar só pode ser prestado quando a
pensável para prevenir ou reparar prejuízos graves para a
empresa tenha de fazer face a acréscimos eventuais e transi-
empresa ou para assegurar a sua viabilidade.
tórios de trabalho e não se justifique a admissão de trabalha-
dores, bem como havendo motivo de força maior ou quando Cláusula 43.ª
se torne indispensável para prevenir ou reparar prejuízos gra-
ves para a empresa ou para a sua viabilidade. Trabalho nocturno
3- O trabalhador deverá ser dispensado de prestar trabalho 1- Considera-se nocturno, e como tal será retribuído, o tra-
suplementar quando, invocando motivos atendíveis, expres- balho prestado no período que decorre entre as 20 horas de
samente o solicite. um dia e as 7 horas do dia imediato.
4- Quando o trabalhador prestar horas suplementares não 2- Será também retribuído como trabalho nocturno o que
poderá, nos termos legais, entrar novamente ao serviço sem for prestado entre as 7 e as 10 horas, desde que:
que antes tenham decorrido, pelo menos, onze horas, salvo a) Seja no prolongamento de um período normal de traba-
para os trabalhadores em regime de turnos, em que o interva- lho nocturno; ou
lo será de, pelo menos, doze horas. b) Tenha sido iniciado por antecipação, por qualquer moti-
5- A entidade patronal fica obrigada a pagar o transporte vo, antes das 7 horas.
sempre que o trabalhador preste trabalho suplementar e des- 3- O disposto no número anterior não se aplica ao trabalho
de que não existam transportes colectivos nos 30 minutos por turnos quando o trabalhador aufira um subsídio de turno
imediatos à saída do local de trabalho. que inclua o pagamento por trabalho noturno.
6- O trabalhador terá direito ao fornecimento gratuito ou 4- O trabalhador com vinte anos de serviço ou 55 de idade
ao pagamento do custo da refeição sempre que o trabalho deverá ser dispensado, a seu pedido, da prestação de trabalho
suplementar ultrapasse em uma hora o início do período nor- noturno, salvo quando tal for inviável.
mal para refeições nos termos definidos no número seguinte.
Cláusula 44.ª
7- Considera-se período normal de refeição para efeitos
do número anterior o compreendido entre as 7 e as 9 horas, Prestação de trabalho em regime de prevenção
entre as 12 e as 14 horas, entre as 19 e as 21 horas e após
1- O regime de prevenção consiste na disponibilidade do
as 24 horas, respectivamente para pequeno-almoço, almoço,
trabalhador fora das horas de serviço de modo a poder acor-
jantar e ceia.
rer à empresa em caso de necessidade. A disponibilidade tra-
8- A refeição será devida também sempre que o trabalha-
duzir-se-á na permanência do trabalhador em casa ou local
dor efectue 3 horas de trabalho suplementar.
de fácil acesso para efeito de convocação e comparência
9- Quando após a refeição o trabalhador continuar a rea-
urgente.
lizar trabalho suplementar, o tempo gasto com aquela será
2- Só prestarão serviço neste regime os trabalhadores que
pago como se de trabalho suplementar se tratasse.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

derem por escrito o seu acordo, devendo os seus nomes cons- balho fora do local onde normalmente é prestado.
tar de uma escala a elaborar mensalmente. 2.1- Pequenas deslocações: As que permitem o regresso
3- Sempre que o trabalhador, por motivos justificados, se diário do trabalhador à sua residência habitual.
veja impossibilitado de cumprir a escala, a empresa diligen- 2.2- Grandes deslocações: As que não permitem o regresso
ciará facultar-lhe a troca. diário do trabalhador à sua residência habitual.
4- O trabalhador em regime de prevenção terá direito a: 3- Despesas de representação: As que os trabalhadores, no
a) Retribuição de 2,35 € por hora, durante todo o período exercício das suas funções, são obrigados a fazer em repre-
em que esteja efectivamente sujeito a este regime; sentação da empresa.
b) Retribuição e descanso complementar do tempo efec- 4- Despesas de transporte: A quantia despendida com o
tivamente prestado em regime de trabalho suplementar (dia pagamento de transporte dos trabalhadores em serviço por
útil, de descanso semanal ou feriado, diurno ou nocturno), caminho-de-ferro, avião, automóvel ou outro meio de loco-
acrescida de um prémio equivalente à retribuição de 2 horas moção.
de trabalho normal, por cada deslocação às instalações, des- 5- Despesas diversas: Todas as despesas não previstas nas
de que não haja ligação com o período normal de trabalho; de representação e de transporte.
c) Folga de compensação por prestação de serviço efecti-
Cláusula 47.ª
vo, independentemente da sua duração, em período de des-
canso semanal obrigatório, a gozar, em princípio, na segun- Mobilidade geográfica
da-feira imediata;
1- A empresa só pode transferir o trabalhador para outro
d) Refeições tomadas durante o período que estiver a tra-
local de trabalho se essa transferência resultar de mudança
balhar e, bem assim, às despesas de transporte, na base da
total ou parcial da instalação ou serviço onde aquele trabalha
cláusula 49.ª (Pagamento por deslocação).
ou se dela não resultar prejuízo sério para o trabalhador.
Cláusula 45.ª 2- Se o trabalhador fundadamente alegar factos suscep-
tíveis de integrarem o conceito de prejuízo sério, caberá à
Convocações urgentes para prestação de trabalho fora do período empresa provar o contrário.
normal
3- Se a transferência causar prejuízo sério ao trabalhador,
1- Sempre que haja necessidade de prestação de trabalho este poderá, querendo, fazer cessar o contrato de trabalho,
suplementar, o trabalhador deverá ser avisado, pelo menos, com direito à indemnização prevista no número 2 da cláusula
duas horas antes de terminar o seu trabalho, no caso de pro- 93.ª (Valor da indemnização em certos casos de cessão do
longamento, ou de antecedência relativamente ao início do contrato de trabalho).
trabalho, no caso de antecipação. 4- A decisão de transferência de local de trabalho tem de
2- Quando o trabalhador não for avisado com a antecedên- ser comunicada ao trabalhador, devidamente fundamentada
cia prevista no número anterior e não esteja de prevenção, e por escrito, com pelo menos 30 dias de antecedência, sem
receberá como compensação o equivalente a três horas nor- prejuízo do disposto no número 6.
mais de retribuição. 5- Quando a transferência não determinar a mudança de
3- Na hipótese contemplada no número anterior, a empresa residência, a empresa custeará sempre os eventuais acrésci-
pagará ou assegurará o transporte do trabalhador de e para mos de despesas de transportes.
o local de trabalho, sem limitação de distância e a qualquer 6- Quando, porém, a transferência do local de trabalho ti-
hora. ver carácter permanente e implicar mudança de residência
4- O trabalhador não poderá recusar-se a uma convocação para localidade que diste mais de 40 km de trajecto do seu lo-
urgente que lhe seja feita, salvo motivo fundamentado. cal de trabalho anterior, a empresa avisará o trabalhador com
60 dias de antecedência e assegurará as seguintes condições:
CAPÍTULO VII a) Custeará as despesas directamente impostas pela trans-
ferência, incluindo o transporte do trabalhador e seus fami-
Local de trabalho liares e dos seus pertences;
b) Custeará igualmente a eventual diferença de renda de
Cláusula 46.ª casa de nível semelhante à anteriormente ocupada pelo tra-
balhador, absorvível gradualmente nos aumentos de retribui-
Conceitos gerais ção, no máximo a 10 % ao ano, sem prejuízo de outra solu-
1- Local de trabalho: Entende-se por local de trabalho o ção equivalente, a acordar caso a caso;
estabelecimento para onde o trabalhador foi contratado ou c) No caso de falecimento de um trabalhador que se en-
onde normalmente presta serviço; relativamente aos traba- contre há menos de 5 anos na situação descrita na alínea an-
lhadores cuja actividade seja exercida habitualmente fora terior, pagará ao cônjuge sobrevivo e ou herdeiros legítimos
dos estabelecimentos da empresa, considerar-se-á que o res- que com ele coabitem um montante único global equivalente
pectivo local de trabalho é o estabelecimento da empresa a a vinte e quatros meses do quantitativo que na altura do fa-
que o trabalhador reporte ou outro local definido no contrato lecimento estaria a pagar ao trabalhador a título de subsídio
de trabalho. de renda de casa;
2- Deslocações em serviço: Realização temporária de tra- d) Enquanto o trabalhador não obtiver alojamento defi-

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

nitivo, suportará o valor total do alojamento provisório, in- de documentos comprovativos.


cluindo a alimentação do trabalhador e respectivo agregado 4- Transportes: Os trabalhadores em deslocação terão di-
familiar, se o houver, pelo período máximo de trinta dias; reito às despesas de transporte, pelo meio de transporte que
e) O trabalhador terá direito a ser dispensado até três dias for mais rápido ou mais conveniente para o serviço, de acor-
na altura da transferência, sem prejuízo da retribuição. do com as normas internas em vigor na empresa. O trabalha-
dor só poderá utilizar viatura própria desde que sejam obser-
Cláusula 48.ª
vadas normas internas em vigor na empresa, nomeadamente
Transferência temporária de local de trabalho no respeitante a seguros.
5- Tempo de trajecto e espera: Os trabalhadores desloca-
1- O empregador pode, quando o interesse da empresa o
dos no país terão direito ao pagamento, calculado como hora
exija, transferir temporariamente o trabalhador para outro
simples, do tempo de trajecto e espera, na parte que exceda
local de trabalho se essa transferência não implicar prejuízo
o período normal de trabalho. Este regime é extensivo, nos
sério para o trabalhador, devendo comunicar e fundamentar
seus precisos termos, aos dias de descanso semanal, semanal
por escrito a transferência com pelo menos 10 dias úteis de
complementar e feriados.
antecedência.
5.1- Por tempo de trajecto e espera entende-se o tempo
2- Da ordem de transferência, além da justificação, deve
despendido pelo trabalhador deslocado entre o local habitual
constar o tempo previsível da alteração, o qual não pode ex-
de trabalho ou local base e aquele onde vai prestar ou prestou
ceder seis meses.
serviço, depois de deduzido, quando exista, o tempo habitu-
3- A empresa custeará sempre as despesas do trabalhador
almente despendido entre a residência e o seu local normal
impostas pela transferência, designadamente de transportes,
de trabalho.
alojamento e refeições.
5.2- Tal tempo não poderá, em caso algum, exceder as cin-
Cláusula 49.ª co horas diárias para efeitos de retribuição.

Pagamento por deslocação Cláusula 50.ª


Para pagamento dos vários tipos de despesa, os sistemas Outras condições
variarão consoante as deslocações se verifiquem em Portugal
1- São de conta da empresa todas as despesas realizadas
Continental e nas Regiões Autónomas ou no estrangeiro.
com a preparação das viagens, nomeadamente passaportes,
1- Deslocações dentro do território de Portugal Continental
vistos, licença militar, certificado de vacinação, autorização
e Regiões Autónomas: O trabalhador será sempre reembol-
de trabalho, marcação de lugares em hotéis e outras despesas
sado das despesas reais efectuadas com transporte, alimen-
atribuíveis directamente à deslocação.
tação e alojamento, mediante apresentação dos respectivos
2- Nas grandes deslocações, os domingos e feriados são
recibos de pagamento. Em alternativa, o trabalhador poderá
contados para efeito de pagamento das despesas efectuadas.
optar, sem necessidade da apresentação de recibos de paga-
3- Nas grandes deslocações no Continente (Portugal Con-
mento, pelo recebimento das seguintes importâncias fixas:
tinental), ao fim de dez dias úteis de deslocação seguida, o
Pequeno-almoço .................................................... 3,25 €
trabalhador terá direito ao pagamento das viagens de ida e
Almoço/jantar ...................................................... 10,75 €
volta aos fins-de-semana, desde o local onde se encontra
Ceia ........................................................................ 5,40 €
deslocado até à sua residência e regresso, cessando o direito
Dormida, com pequeno-almoço .......................... 26,95 €
ao reembolso das despesas inerentes à deslocação durante
Diária ................................................................... 48,00 €
o período de descanso compreendido entre as deslocações
1.1- Considera-se que o trabalhador tem direito a pequeno-
atrás citadas.
-almoço quando inicie o serviço até às 7 horas, inclusive.
4- Nas deslocações às Regiões Autónomas e ao estrangeiro
1.2- Considera-se que o trabalhador tem direito à ceia
(exceptuadas as hipóteses de formação profissional, as quais
quando esteja ao serviço, por qualquer período de tempo, de-
obedecerão a um esquema próprio) por cada período de qua-
pois das 0 horas e até às 5 horas, mesmo que o tenha iniciado
renta e cinco dias úteis seguidos o trabalhador tem direito a
antes das 24 horas.
quatro dias de licença. Quando esta licença for gozada na
1.3- Nas grandes deslocações o trabalhador poderá reali-
localidade onde se encontra a prestar serviço, o trabalhador
zar, sem necessidade da apresentação de documentos com-
mantém o direito às despesas de deslocação constantes deste
provativos, despesas até 7,65 € diários a partir do terceiro
capítulo, como se estivesse ao serviço. Quando esta licença
dia, inclusive, e seguintes, desde que tal deslocação impli-
for gozada em deslocação à sua residência, ser-lhe-ão pagos
que, no mínimo, três pernoitas fora da residência habitual.
os custos das viagens de ida e volta.
2- Deslocações ao estrangeiro: Dada a diversidade dos
5- Em todos os casos de deslocação, o trabalhador terá
sistemas utilizados, cada empresa pagará em conformidade
direito ao pagamento das despesas de viagem de regresso
com o seu esquema próprio, sendo no entanto garantidos
imediato e retorno ao local de trabalho, no caso de ocorre-
14,05 € diários para dinheiro de bolso, absorvíveis por es-
rem falecimento ou doença grave do cônjuge, filhos, pais ou
quemas internos que sejam mais favoráveis.
pessoa que com o trabalhador viva em união de facto nos
3- Despesas de representação: As despesas de representa-
termos da lei.
ção serão, depois de devidamente autorizadas e justificadas
6- Nenhum trabalhador poderá ser obrigado a realizar
pelas hierarquias competentes, pagas contra a apresentação

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

grandes deslocações, salvo se tiver dado o seu acordo ou a direito como contrapartida do seu trabalho.
natureza das suas funções o impuser. 2- A retribuição é integrada pela retribuição base mensal e
todas as outras prestações regulares e periódicas feitas, direc-
Cláusula 51.ª
ta ou indirectamente, em dinheiro ou em espécie, pelo que,
Cobertura dos riscos de doença até prova em contrário, presume-se constituir retribuição
toda e qualquer prestação paga pela empresa ao trabalhador.
1- Durante o período de deslocações em serviço, os en-
3- Para todos os efeitos previstos neste ACT, a retribuição
cargos com a assistência médica, medicamentosa e hospita-
horária será calculada segundo a fórmula:
lar que, em razão do local em que o trabalho seja prestado,
deixem eventualmente de ser assegurados aos trabalhadores Rm x 12
Retribuição horária =
pela Segurança Social ou não lhes sejam igualmente garan- 52 x n
tidos por qualquer entidade seguradora, serão cobertos pela
em que Rm é o valor da retribuição mensal e n é o número
empresa, que, para tanto, assumirá as obrigações que compe-
de horas de trabalho a que, por semana, o trabalhador está
tiriam à Segurança Social se os trabalhadores não estivessem
obrigado.
deslocados, salvo se tal resultar de negligência imputável ao
4- As retribuições base mensais mínimas devidas aos tra-
trabalhador.
balhadores pelo seu período normal de trabalho são as cons-
2- Durante os períodos de doença comprovada por atesta-
tantes do anexo II ao presente ACT.
do médico, os trabalhadores terão direito ao pagamento da
viagem de regresso, se esta for prescrita pelo médico ou fal- Cláusula 54.ª
tar no local a assistência médica necessária, bem como aos
direitos previstos nas cláusulas 49.ª (Pagamento por desloca- Local, forma e data de pagamento
ção) e 50.ª (Outras condições), quando aplicáveis, e enquan- 1- A empresa procederá ao pagamento da retribuição no
to se mantiverem deslocados. local onde o trabalhador exercer a sua actividade, salvo se as
3- Os trabalhadores deslocados, sempre que não possam partes acordarem outro local.
comparecer ao serviço por motivo de doença, deverão avisar 2- O pagamento da retribuição será feito em dinheiro ou
a empresa antes ou imediatamente a seguir, de preferência no por via bancária.
primeiro período de serviço. 3- No acto de pagamento da retribuição, a empresa deve
entregar ao trabalhador documento do qual conste a identifi-
Cláusula 52.ª
cação daquela e o nome completo deste, o número de inscri-
Férias dos trabalhadores deslocados ção na instituição de segurança social respectiva, a categoria
profissional, o período a que respeita a retribuição, discrimi-
1- As férias dos trabalhadores deslocados (data, local e de-
nando a retribuição base e as demais prestações, os descon-
mais condições) serão objecto de acordo, caso a caso, entre a
tos e deduções efectuados e o montante líquido a receber,
empresa e o trabalhador.
bem como a indicação do número da apólice do seguro de
2- Se o trabalhador escolher o local de residência habitual
acidentes de trabalho e da respectiva seguradora.
para gozar as suas férias, os vencimentos durante o período
4- O pagamento da retribuição será feito até ao fim do pe-
das referidas férias serão os que ele teria direito a receber
núltimo dia útil do mês a que se refere.
se não estivesse deslocado, acrescidos do custo das viagens
de ida e volta entre o local de deslocação e o da residência Cláusula 55.ª
habitual, desde que sobre o anterior período de férias haja
decorrido um período de tempo não inferior a: Retribuição do trabalho suplementar
a) 60 dias, para os deslocados no Continente; 1- O trabalho suplementar dá direito a retribuição especial,
b) 3 meses, para os deslocados nas Regiões Autónomas; que será igual à retribuição normal, acrescida das seguintes
c) Meio ano, para os deslocados no estrangeiro. percentagens:
3- Os tempos da viagem até ao local da residência habitual a) 100 % de acréscimo sobre a retribuição normal, para as
do trabalhador e do retorno ao local de deslocação, não serão horas suplementares diurnas;
contados como período de férias. b) 125 % de acréscimo sobre a retribuição normal, para as
horas suplementares nocturnas;
CAPÍTULO VIII c) 200 % de acréscimo sobre o valor da retribuição normal,
para as horas suplementares prestadas em dia de descanso
Retribuição de trabalho semanal, obrigatório ou complementar, e em dia feriado.
2- Os trabalhadores que prestem serviço em dia de des-
Cláusula 53.ª canso semanal e em feriados obrigatórios não podem, seja
qual for o número de horas prestado, receber menos do que
Princípios gerais o correspondente a quatro horas retribuídas nos termos da
1- Considera-se retribuição de trabalho tudo aquilo a que, alínea c) do número anterior.
nos termos do presente ACT, do contrato individual de traba- 3- O regime definido no número anterior não é aplicável ao
lho, das normas que o regem ou dos usos, o trabalhador tem trabalho prestado em antecipação ou prolongamento.

3027
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

Cláusula 56.ª de trabalho.


3.1- Em caso de doença prolongada, cessa o direito ao sub-
Subsídio de Natal sídio quando esta ultrapasse um ano.
1- Os trabalhadores têm direito a um subsídio de Natal de
C) Subsídio de horário móvel: 58,70 € por mês.
valor igual a um mês de retribuição, que será pago conjunta-
mente com a retribuição do mês de novembro.
D) Horário desfasado:
2- O valor do subsídio de Natal é proporcional ao tempo de
serviço prestado no ano civil, nas seguintes situações: Os trabalhadores que praticarem o regime de horário des-
a) No ano de admissão do trabalhador; fasado terão direito a um subsídio de 32,65 €, quando tal tipo
b) No ano de cessação do contrato de trabalho, por qual- de horário for de iniciativa da empresa.
quer forma; E) Subsídio de casamento:
c) Em caso de suspensão do contrato de trabalho, salvo se
por facto respeitante à empresa, caso em que será pago por Por ocasião do casamento, o trabalhador receberá um
inteiro. subsídio correspondente a 25 % da sua retribuição.
3- Para efeitos de aplicação do número anterior, conside- F) Subsídio de GOC: 16,15 € por mês.
rar-se-á mês completo aquele em que tenha havido prestação
de trabalho efectivo durante dez ou mais dias. G) Subsídio de lavagem de roupa:
Cláusula 57.ª A todos os trabalhadores a quem for determinado o uso
de uniforme e a empresa não assegure a respectiva limpeza
Subsídios
será atribuído o subsídio de 8,75 € por mês.
A) Refeitórios e subsídio de alimentação:
H) Abono para falhas:
1- A empresa deverá pôr à disposição dos trabalhadores ao
seu serviço, em cada um dos locais de trabalho onde exerçam Os trabalhadores com a categoria profissional de caixa ou
actividade cinquenta ou mais trabalhadores, um refeitório cobrador que exerçam efectivamente essas funções recebe-
onde serão servidos almoços, mediante comparticipação da rão um abono para falhas mensal fixo de 17,15 €.
empresa. I) Subsídio de condução isolada:
2- Quando, porém, nas sedes ou instalações não haja re-
feitórios ou estes não se encontrem em funcionamento será Quando o motorista de pesados conduzir desacompanha-
atribuído um subsídio de alimentação no montante de 8,90 € do terá direito a receber um subsídio de condução isolada
por dia de trabalho efectivamente prestado e ainda quando: por cada dia de trabalho efectivo, do quantitativo de 3,70 €.
a) O período normal de trabalho coincida totalmente com J) Isenção de horário de trabalho:
o período de abertura da cantina;
b) Coincida parcialmente, deixando ao trabalhador menos 1- Os trabalhadores abrangidos por isenção de horário te-
de 30 minutos para a tomada de refeição; rão direito a um acréscimo de remuneração de valor não in-
c) O início ou fim do período normal de trabalho tenha ferior a uma hora de trabalho suplementar por dia.
lugar depois ou antes, respectivamente, do período de encer- 2- Quando se trate do regime de isenção de horário com
ramento e de abertura do refeitório. observância dos períodos normais de trabalho os trabalhado-
3- Quando houver lugar ao pagamento de uma refeição li- res terão direito a um acréscimo de remuneração de valor não
geira, o seu custo será o do montante estabelecido na cláusu- inferior a duas horas de trabalho suplementar por semana.
la 49.ª (Pagamento por deslocação) para pequenos almoços Cláusula 58.ª
ou ceias.
4- No caso de regime de turnos ou de outros horários cuja Diuturnidades
natureza eventualmente a isso obrigue, a referência a almoço 1- Os trabalhadores classificados em categorias profissio-
será substituída por refeição principal. nais sem acesso obrigatório terão direito a uma diuturnidade
B) Subsídio de turnos: no valor de 36,30 €, por cada três anos de permanência na
categoria, até ao limite de cinco diuturnidades.
1- A todos os trabalhadores em regime de turnos será devi- 2- O quantitativo das diuturnidades será absorvível por au-
do o subsídio mensal de 58,70 €. mentos salariais voluntários.
1.1- O referido subsídio será acrescido da retribuição espe-
cial de trabalho nocturno, quando a isso houver lugar. Cláusula 59.ª
2- Os trabalhadores em turnos que passem a horário Subsídio de transporte de mercadorias perigosas
normal, desde que tenham um mínimo de quinze anos de Os motoristas habilitados com certificado de formação
trabalho em turnos, mantêm direito ao subsídio, que será válido, exigido nos termos do Regulamento Nacional dos
absorvível por aumentos voluntários ou revisão de tabelas Transportes de Mercadorias Perigosas por Estrada, têm di-
contratuais. reito, quando realizem transporte de produtos combustíveis
3- O subsídio de turnos é devido quando o trabalhador es- líquidos perigosos, em cisterna ou embalado, a um subsídio
teja de férias ou ausente por motivo de doença ou acidente no valor de 22,05 € mensais.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

CAPÍTULO IX a) As ausências a título de licença que legalmente não de-


terminam perda de direitos ou regalias, designadamente as
Suspensão da prestação de trabalho previstas no número 1 da cláusula 90.ª (Regime de licenças,
faltas e dispensas);
Cláusula 60.ª b) Os créditos de horas legalmente concedidos aos repre-
sentantes dos trabalhadores;
Descanso semanal c) As dadas por motivo de doença profissional ou de aci-
1- O dia de descanso semanal obrigatório é o domingo e o dente de trabalho que não resulte de negligência.
dia de descanso semanal complementar é o sábado, excepto 5- O direito a férias deve efectivar-se de modo a possibi-
nos casos previstos na lei e neste ACT. litar a recuperação física e psíquica dos trabalhadores e a
2- Se o trabalho estiver organizado por turnos, os horários assegurar-lhes condições mínimas de disponibilidade pesso-
de trabalho devem ser escalonados de forma a que cada tra- al, de integração na vida familiar e de participação social e
balhador tenha, no máximo, cinco dias de trabalho consecu- cultural.
tivo. 6- O direito a férias é irrenunciável e o seu gozo efectivo
3- Nas situações contempladas no número anterior, os dias não pode ser substituído, fora dos casos expressamente pre-
de descanso devem coincidir com o sábado e o domingo, no vistos na lei, por qualquer compensação económica ou outra,
mínimo, de quatro em quatro semanas. ainda que com o acordo do trabalhador.
Cláusula 61.ª Cláusula 63.ª

Feriados Aquisição do direito a férias


1- São considerados feriados obrigatórios os como tal pre- 1- O direito a férias adquire-se com a celebração do con-
vistos na lei. trato de trabalho e vence-se no dia 1 de janeiro de cada ano
2- O feriado de Sexta-Feira Santa pode ser observado em civil, salvo o disposto no número seguinte.
outro dia com significado local no período da Páscoa. 2- No ano da contratação, o trabalhador tem direito, após
3- Para além dos previstos no número 1, são também con- seis meses completos de execução do contrato, a gozar 2 dias
siderados para todos os efeitos como feriados os seguintes úteis de férias por cada mês de duração do contrato, até ao
dias: máximo de 20 dias úteis.
–– Feriado municipal da localidade onde se situa o estabe- 3- No caso de sobrevir o termo do ano civil antes de decor-
lecimento; rido o prazo referido no número anterior ou antes de gozado
–– Terça-Feira de Carnaval. o direito a férias, pode o trabalhador usufrui-lo até 30 de ju-
4- Em substituição de qualquer dos feriados referidos no nho do ano civil subsequente, sem prejuízo do gozo integral
número anterior, pode ser observado, a título de feriado, das férias vencidas em 1 de janeiro deste último ano e do
qualquer outro dia em que acordem a empresa e trabalhador. disposto no número seguinte.
4- Da aplicação do disposto nos números 2 e 3 não pode
Cláusula 62.ª
resultar para o trabalhador o direito ao gozo de um período
Direito a férias de férias, no mesmo ano civil, superior a 30 dias úteis.
5- Nos contratos cuja duração total não atinja seis meses, o
1- Os trabalhadores abrangidos por este ACT têm direito,
gozo das férias tem lugar no momento imediatamente ante-
em cada ano civil, a um período mínimo de 22 dias úteis de
rior ao da cessação, salvo acordo das partes.
férias retribuídas.
2- O direito a férias reporta-se ao trabalho prestado no Cláusula 64.ª
ano civil anterior e não está condicionado à assiduidade ou
efectividade de serviço, sem prejuízo do disposto no número Retribuição durante as férias
seguinte e nas cláusulas 63.ª (Aquisição do direito a férias) e 1- A retribuição correspondente ao período de férias não
77.ª (Efeito das faltas no direito a férias). pode ser inferior à que os trabalhadores receberiam se esti-
3- A duração do período de férias é aumentada no caso vessem em serviço efectivo.
de o trabalhador não ter faltado ou na eventualidade de ter 2- Além da retribuição mencionada no número anterior, o
apenas faltas justificadas, no ano a que as férias se reportam, trabalhador tem direito a um subsídio de férias cujo mon-
nos seguintes termos: tante compreende a retribuição base e as demais prestações
a) Três dias de férias até ao máximo de uma falta ou dois retributivas, certas ou variáveis, que tenham carácter regular
meios dias; e periódico e sejam contrapartida do modo específico da exe-
b) Dois dias de férias até ao máximo de duas faltas ou qua- cução do trabalho.
tro meios dias; 3- A redução do período de férias nos termos do número
c) Um dia de férias até ao máximo de três faltas ou seis 2 da cláusula 77.ª (Efeito das faltas no direito a férias) não
meios dias. implica redução correspondente na retribuição ou no subsí-
4- Para efeitos do número anterior não relevam como fal- dio de férias.
tas:

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

Cláusula 65.ª ízos que comprovadamente haja sofrido na pressuposição de


que gozaria integralmente as férias na época fixada.
Marcação do período de férias 2- A interrupção das férias não poderá prejudicar o gozo
1- A marcação do período de férias deve ser feita, por mú- seguido de metade do período a que o trabalhador tenha di-
tuo acordo, entre a empresa e trabalhador. reito.
2- Na falta de acordo, caberá à empresa marcar as férias 3- Haverá lugar a alteração do período de férias sempre
e elaborar o respectivo mapa, hipótese em que o período de que o trabalhador, na data prevista para o seu início, esteja
férias oscilará de 1 de maio a 31 de outubro, devendo ser temporariamente impedido por facto que não lhe seja impu-
ouvidos os representantes dos trabalhadores na empresa. tável.
3- As férias devem ser gozadas seguidas, podendo, toda-
Cláusula 69.ª
via, a empresa e o trabalhador acordar em que sejam gozadas
interpoladamente, desde que salvaguardado, no mínimo, um Efeitos da suspensão do contrato de trabalho por impedimento
período de 10 dias úteis consecutivos. prolongado
4- O mapa de férias, com indicação do início e termo dos 1- No ano da suspensão do contrato de trabalho por im-
períodos de férias de cada trabalhador, deve ser elaborado e pedimento prolongado respeitante ao trabalhador, se se ve-
aprovado até 15 de abril de cada ano e afixado nos locais de rificar a impossibilidade total ou parcial do gozo de férias já
trabalho entre esta data e 31 de outubro. vencido, o trabalhador terá direito à retribuição correspon-
5- Os trabalhadores do mesmo agregado familiar, bem dente ao período de férias não gozado e respetivo subsídio.
como os que vivam em união de facto ou economia comum 2- No ano de cessação do impedimento prolongado o tra-
que estejam ao serviço da mesma empresa, gozarão as férias balhador terá direito, após a prestação de 90 dias de efetivo
simultaneamente se nisso tiverem conveniência, salvo moti- serviço, ao período de férias e respetivo subsídio que teria
vo imperioso de serviço. vencido em 1 de janeiro desse ano, como se tivesse estado
Cláusula 66.ª ininterruptamente ao serviço.
3- Os dias de férias que excedam o número de dias conta-
Doença no período de férias dos entre o momento da apresentação do trabalhador, após
1- Se o trabalhador adoecer durante as férias, serão as a cessação do impedimento, e o termo do ano civil em que
mesmas interrompidas, desde que a empresa seja do facto este se verifique serão gozados até 30 de abril do ano civil
informada, prosseguindo o respectivo gozo após o termo da imediato.
situação de doença, nos termos em que as partes acordarem; Cláusula 70.ª
na falta de acordo, a marcação será efectuada pela empresa.
2- A prova da situação de doença prevista no número an- Violação do direito a férias
terior poderá ser feita por estabelecimento hospitalar, por No caso de a empresa culposamente obstar ao gozo das
declaração do centro de saúde ou por atestado médico, sem férias nos termos previstos no presente capítulo, o trabalha-
prejuízo, neste último caso, do direito de fiscalização por dor receberá, a título de indemnização, o triplo da retribuição
médico da segurança social a requerimento da empresa. correspondente ao período em falta, que deverá, obrigatoria-
Cláusula 67.ª mente, ser gozado até 30 de abril do ano civil subsequente.
Cláusula 71.ª
Cumulação de férias
1- As férias devem ser gozadas no decurso do ano civil em Exercício de outra actividade durante as férias
que se vencem, não sendo permitido acumular no mesmo 1- O trabalhador não pode exercer durante as férias qual-
ano férias de dois ou mais anos. quer outra actividade retribuída, salvo se já a viesse exercen-
2- Não se aplica o disposto no número anterior, podendo as do cumulativamente ou a empresa o autorizar a isso.
férias ser gozadas até 30 de abril do ano civil imediato, em 2- A contravenção ao disposto no número anterior, sem
acumulação ou não com as férias vencidas neste, por acordo prejuízo da eventual responsabilidade disciplinar do traba-
entre a empresa e trabalhador ou sempre que este pretenda lhador, dá à empresa o direito a reaver a retribuição corres-
gozar as férias com familiares residentes no estrangeiro. pondente às férias e respectivo subsídio.
3- Os trabalhadores poderão ainda acumular no mesmo
ano metade do período de férias vencido no ano anterior com Cláusula 72.ª
o desse ano, mediante acordo com a empresa.
Noção de falta
Cláusula 68.ª 1- Falta é a ausência do trabalhador no local de trabalho e
durante o período em que devia desempenhar a actividade a
Alteração da marcação do período de férias
que está adstrito.
1- Se depois de marcado o período de férias, exigências 2- Nos casos de ausência do trabalhador por períodos infe-
imperiosas do funcionamento da empresa determinarem o riores ao período normal de trabalho a que está obrigado, os
adiamento ou a interrupção das férias já iniciadas, o traba- respectivos tempos serão adicionados para determinação dos
lhador tem direito a ser indemnizado pela empresa dos preju- períodos normais de trabalho diário em falta.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

3- Para os efeitos do disposto no número anterior, caso os devidamente comprovado.


períodos normais de trabalho diário não sejam uniformes, 4- São consideradas injustificadas todas as faltas não pre-
considerar-se-á sempre o de menor duração relativo a um dia vistas nos números anteriores.
completo de trabalho.
Cláusula 74.ª
4- Quando seja praticado horário flexível, a falta durante
um dia de trabalho apenas se considerará reportada ao perío- Comunicação e prova sobre faltas justificadas
do de presença obrigatória do trabalhador.
1- As faltas justificadas, quando previsíveis, serão obriga-
Cláusula 73.ª toriamente comunicadas à empresa com a antecedência mí-
nima de cinco dias.
Tipos de faltas 2- Quando imprevistas, as faltas justificadas serão obriga-
1- As faltas podem ser justificadas ou injustificadas. toriamente comunicadas à empresa logo que possível.
2- São consideradas justificadas as seguintes faltas: 3- A comunicação tem de ser renovada sempre que haja
a) As dadas por altura do casamento, durante 15 dias se- prorrogação do período de falta.
guidos; 4- A empresa pode, nos quinze dias seguintes à comunica-
b) As motivadas por falecimento do cônjuge não separado ção referida nos números 1 e 2, exigir ao trabalhador prova
de pessoas e bens, ou de pessoa que esteja em união de facto dos factos invocados para a justificação.
com o trabalhador, e respectivos pais, filhos, enteados, so- 5- No caso previsto no número anterior, o trabalhador de-
gros, genros ou noras, padrastos e madrastas, bem como de verá apresentar a prova solicitada de imediato ou logo que
pessoa que viva em economia comum com o trabalhador, até isso lhe seja possível, não devendo em qualquer caso exce-
cinco dias consecutivos por altura do óbito; der quinze dias.
c) As motivadas por falecimento de avós, bisavós, netos, 6- O não cumprimento do disposto nos números anteriores
bisnetos, irmãos e cunhados do trabalhador ou seu cônjuge, torna as faltas injustificadas.
até dois dias consecutivos por altura do óbito;
Cláusula 75.ª
d) As motivadas pela prestação de provas em estabeleci-
mento de ensino, nos termos previstos na lei; Efeitos das faltas justificadas
e) As motivadas por impossibilidade de prestar trabalho
1- As faltas justificadas não determinam a perda ou preju-
devido a facto que não seja imputável ao trabalhador, nome-
ízo de quaisquer direitos ou regalias do trabalhador, salvo o
adamente observância de prescrição médica no seguimento
disposto no número seguinte:
de recurso a técnica de procriação medicamente assistida,
2- Determinam perda de retribuição, ainda que justifica-
doença, acidente ou cumprimento de obrigação legal;
das, as seguintes faltas:
f) As motivadas pela necessidade de prestação de assis-
a) Por motivo de doença, desde que o trabalhador benefi-
tência inadiável e imprescindível a filho, a neto ou a membro
cie de um regime de Segurança Social de protecção na doen-
do agregado familiar do trabalhador, nos termos previstos
ça e já tiver adquirido direito ao respectivo subsídio;
na lei;
b) Por motivo de acidente de trabalho desde que o traba-
g) As motivadas por deslocação a estabelecimento de ensi-
lhador tenha direito a qualquer subsídio ou seguro;
no de responsável pela educação de menor por motivo da si-
c) As previstas na alínea l) do número 2 da cláusula 73.ª
tuação educativa deste, pelo tempo estritamente necessário,
(Tipos de faltas), quando superiores a 30 dias por ano;
até quatro horas por trimestre por cada menor;
d) As autorizadas ou aprovadas pela empresa com menção
h) As dadas pelos trabalhadores eleitos para as estruturas
expressa de desconto na retribuição.
de representação colectiva dos trabalhadores, nos termos
3- Nos casos previstos na alínea e) do número 2 da cláu-
deste ACT e da lei;
sula 73.ª, se o impedimento do trabalhador se prolongar para
i) As dadas por candidatos a eleições para cargos públicos,
além de um mês, aplica-se o regime de suspensão da presta-
durante o período legal da respectiva campanha eleitoral;
ção do trabalho por impedimento prolongado.
j) As autorizadas ou aprovadas pela empresa;
l) As que por lei forem como tal qualificadas. Cláusula 76.ª
3- Consideram-se sempre como autorizadas e retribuídas
pela empresa as seguintes faltas: Efeitos das faltas injustificadas
a) As resultantes da prática de actos inerentes ao exercício 1- As faltas injustificadas constituem violação do dever de
da actividade de bombeiro voluntário, nos termos da legis- assiduidade e determinam sempre perda de retribuição cor-
lação em vigor; respondente ao período de ausência, o qual será descontado,
b) As resultantes da doação de sangue, a título gracioso, para todos os efeitos, na antiguidade do trabalhador.
pelo tempo necessário e nunca mais de uma vez por trimes- 2- Tratando-se de faltas injustificadas a um ou meio perí-
tre; odo normal de trabalho diário, imediatamente anteriores ou
c) As motivadas por consulta, tratamento ou exame mé- posteriores aos dias ou meios-dias de descanso ou feriados,
dico, sempre que não possam realizar-se fora das horas de considera-se que o trabalhador praticou uma infracção grave.
serviço; 3- No caso de a apresentação do trabalhador, para início
d) O dia do funeral, por falecimento de tios ou sobrinhos, ou reinício da prestação de trabalho, se verificar com atraso

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

injustificado superior a trinta ou sessenta minutos, pode a a) Licença parental inicial;


empresa recusar a aceitação da prestação durante parte ou b) Licença parental inicial exclusiva da mãe;
todo o período normal de trabalho, respectivamente. c) Licença parental inicial a gozar pelo pai por impossibi-
Cláusula 77.ª lidade da mãe;
d) Licença parental exclusiva do pai;
Efeitos das faltas no direito a férias e) Licença parental complementar.
1- As faltas justificadas ou injustificadas não têm qualquer 2- A licença parental, em qualquer das modalidades, terá a
efeito sobre o direito a férias do trabalhador, salvo o disposto duração e obedecerá aos condicionalismos estipulados pela
no número seguinte. lei.
2- Nos casos em que as faltas determinem perda de retri- 3- Sempre que o pai ou a mãe trabalhadores o desejarem,
buição, as ausências podem ser substituídas, se o trabalhador têm direito a gozar as suas férias anuais imediatamente antes
expressamente assim o preferir, por perda de dias de férias, ou após a licença parental.
na proporção de um dia de férias por cada dia de falta, desde Cláusula 81.ª
que seja salvaguardado o gozo efectivo de 20 dias úteis de
férias ou da correspondente proporção, se se tratar de férias Licença parental inicial exclusiva da mãe
no ano de admissão. 1- A mãe trabalhadora pode gozar até 30 dias da licença
Cláusula 78.ª parental inicial antes do parto.
2- É obrigatório o gozo, por parte da mãe trabalhadora, de
Licença sem retribuição seis semanas de licença a seguir ao parto.
1- A empresa pode conceder ao trabalhador, a pedido des- Cláusula 82.ª
te, licenças sem retribuição, cujo período se conta para efei-
tos de antiguidade. Licença parental inicial exclusiva do pai
2- O trabalhador tem direito a licenças sem retribuição de 1- É obrigatório o gozo pelo pai trabalhador de uma licen-
longa duração, nos termos legais, para frequência de cursos ça parental de 15 dias úteis, seguidos ou interpolados, nos 30
de formação ministrados sob responsabilidade de uma insti- dias seguintes ao nascimento do filho, 5 dos quais gozados
tuição de ensino ou de formação profissional ou no âmbito de modo consecutivo imediatamente a seguir a este.
de programa específico aprovado por autoridade competente 2- Após o gozo da licença a que alude o número anterior,
e executado sob o seu controlo pedagógico ou frequência de o pai trabalhador tem ainda direito a 10 dias úteis de licença,
cursos ministrados em estabelecimento de ensino, bem como seguidos ou interpolados, desde que gozados em simultâneo
para assistência a filhos menores, nos termos legalmente es- com o gozo da licença parental inicial por parte da mãe.
tabelecidos. Cláusula 83.ª
3- Para efeitos do disposto no número anterior, considera-
-se de longa duração a licença superior a sessenta dias. Redução do horário de trabalho
4- Durante o período de licença sem retribuição mantêm- 1- Se o recém-nascido for portador de deficiência ou doen-
-se os direitos, deveres e garantias da empresa e do trabalha- ça crónica devidamente comprovada, a mãe ou o pai traba-
dor, na medida em que não pressuponham a efectiva presta- lhadores têm direito a uma redução do horário de trabalho de
ção de trabalho. cinco horas semanais, até a criança perfazer um ano de ida-
de, cumulável com o disposto nos números 3 e 4 da cláusula
CAPÍTULO X 86.ª (Dispensas para consultas, amamentação e aleitação).
2- Se a deficiência ou doença crónica assim o justificar,
Parentalidade
por acordo entre a empresa e o trabalhador a duração média
Cláusula 79.ª do trabalho semanal, incluindo a redução do horário referida
no número anterior, poderá ser aferida mensalmente, não ex-
Protecção na parentalidade cedendo 30 ou 33 horas para os trabalhadores cujo período
1- Para efeitos do regime de proteção na parentalidade pre- normal de trabalho seja, respectivamente, igual ou inferior a
visto neste ACT, no Código do Trabalho e legislação com- 35 ou superior a 35 horas semanais.
plementar, consideram-se abrangidos os trabalhadores que 3- Os trabalhadores com um ou mais filhos menores de 12
informem o empregador, por escrito e com comprovativo anos têm direito a trabalhar em horário parcial ou flexível,
adequado, da sua situação. nas condições legalmente definidas.
2- O regime previsto neste capítulo é ainda integrado pelas 4- O trabalho em tempo parcial ou flexível aplica-se, in-
disposições legais sobre a matéria, designadamente as mais dependentemente da idade, aos trabalhadores com filhos
favoráveis ao trabalhador. portadores de deficiência ou doença crónica, nos termos e
condições legalmente estabelecidos.
Cláusula 80.ª
Cláusula 84.ª
Licença parental
1- A licença parental compreende as seguintes modalida- Licença por adopção
des: 1- Em caso de adopção de menor de 15 anos os trabalha-

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

dores candidatos a adoptantes têm direito à licença parental c) Se a adopção das medidas anteriores se revelarem inviá-
inicial e demais regalias, nos termos e condições legalmente veis, a trabalhadora fica dispensada da prestação do trabalho,
definidos. durante todo o período necessário para evitar a exposição
2- O candidato a adoptante não tem direito a licença em aos riscos.
caso de adopção de filho do cônjuge ou de pessoa com quem 3- As trabalhadoras ficam dispensadas da prestação de tra-
viva em união de facto. balho suplementar ou nocturno, nos termos legalmente pre-
vistos.
Cláusula 85.ª
Cláusula 88.ª
Dispensa para avaliação para a adopção
Os trabalhadores têm direito a 3 dispensas de trabalho, Faltas para assistência a filho
devidamente justificadas, para deslocação aos serviços de 1- Os trabalhadores têm direito a faltar ao trabalho para
segurança social ou recepção dos técnicos no seu domicílio, prestar assistência inadiável e imprescindível, em caso de
para efeitos de realização de avaliação para a adopção. doença ou acidente, a filho menor de 12 anos, até um limite
máximo de 30 dias por ano.
Cláusula 86.ª
2- Em caso de hospitalização, o direito a faltar estende-se
Dispensas para consultas, amamentação e aleitação pelo período em que aquela durar, se se tratar de menor de
12 anos, mas não pode ser exercido simultaneamente pelo
1- A trabalhadora grávida tem direito a dispensa do tra-
pai ou pela mãe.
balho para se deslocar a consultas pré-natais, pelo tempo e
3- Os trabalhadores podem faltar ao trabalho para prestar
número de vezes necessários e justificados.
assistência inadiável e imprescindível, em caso de doença ou
2- Os trabalhadores têm direito a acompanhar as mulheres
acidente, a filho com 12 ou mais anos de idade que, no caso
grávidas em 3 consultas pré-natais, devidamente comprova-
de ser maior, terá que fazer parte do seu agregado familiar,
das.
até um limite máximo de 15 dias por ano.
3- A mãe que comprovadamente amamenta o filho tem di-
4- O disposto nos números 1 e 2 aplica-se, independente-
reito, para esse efeito, a ser dispensada em cada dia de traba-
mente da idade, caso o filho seja portador de deficiência ou
lho por dois períodos distintos de duração máxima de uma
doença crónica.
hora cada, durante todo o tempo que durar a amamentação,
sem perda de retribuição. Cláusula 89.ª
4- No caso de não haver amamentação, a mãe ou o pai tra-
balhadores têm direito, por decisão conjunta, a uma dispensa Faltas para assistência a neto
diária por dois períodos distintos com a duração máxima de 1- Os trabalhadores têm direito a faltar ao trabalho até 30
uma hora cada para aleitação dos filhos, até 12 meses após dias consecutivos, a seguir ao nascimento de neto que viva
o parto e sem perda da retribuição, salvo se outro regime for consigo em comunhão de mesa e habitação e que seja filho
acordado entre o trabalhador e a empresa. de adolescente com idade inferior a 16 anos.
2- Se houver dois titulares do direito, há apenas lugar a um
Cláusula 87.ª
período de faltas, a gozar por um deles, ou por ambos em
Protecção da segurança e saúde tempo parcial ou em períodos sucessivos, conforme decisão
conjunta.
1- Sem prejuízo de outras obrigações previstas na lei, em
3- Em substituição dos progenitores, os trabalhadores po-
actividades susceptíveis de apresentarem risco específico de
dem faltar até 30 dias por ano para prestar assistência inadi-
exposição a agentes, processos ou condições de trabalho, o
ável e imprescindível, em caso de doença ou acidente, a neto
empregador deve avaliar a natureza, grau e duração da expo-
menor de 12 anos ou, independentemente da idade, com de-
sição da trabalhadora grávida, puérpera ou lactante, de modo
ficiência ou doença crónica.
a determinar qualquer risco para a sua segurança e saúde e as
repercussões sobre a gravidez ou amamentação, informando Cláusula 90.ª
a trabalhadora dos resultados dessa avaliação, bem como das
medidas de protecção adoptadas. Regime de licenças, faltas e dispensas
2- Se a avaliação revelar qualquer risco para a segurança 1- Não determinam perda de quaisquer direitos e são con-
e saúde da trabalhadora ou repercussões sobre a gravidez ou sideradas como prestação efectiva de serviço, salvo quanto
amamentação, deve o empregador tomar as medidas neces- à retribuição, podendo os trabalhadores beneficiar dos subsí-
sárias para evitar a exposição das trabalhadoras a esses ris- dios atribuídos pela Segurança Social, as ausências ao traba-
cos, nomeadamente: lho resultantes de:
a) Adaptar as condições de trabalho; a) Licença em situação de risco clínico durante a gravidez;
b) Em caso de impossibilidade de adaptação ou esta se b) Licença por interrupção de gravidez;
mostrar excessivamente demorada ou demasiado onerosa, c) Licença parental, em qualquer das modalidades;
atribuir à trabalhadora grávida, puérpera ou lactante outras d) Licença por adopção;
tarefas compatíveis com o seu estado e categoria profissio- e) Licença parental complementar, em qualquer das mo-
nal; dalidades;

3033
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

f) Falta para assistência a filho; designadamente despedimento colectivo, extinção de posto


g) Falta para assistência a neto; de trabalho ou inadaptação.
h) Dispensa de prestação de trabalho no período nocturno; 2- Nos casos de resolução com justa causa por iniciativa
i) Dispensa da prestação de trabalho por parte de trabalha- do trabalhador e de despedimento promovido pela empresa
dora grávida, puérpera ou lactante, por motivo de protecção em que o tribunal declare a sua ilicitude e o trabalhador quei-
da sua segurança e saúde; ra optar pela indemnização em lugar da reintegração, o valor
j) Dispensa para avaliação para adopção. daquela será de 1,2 meses de retribuição base e diuturnida-
2- As dispensas para consulta pré-natal, amamentação des por cada ano ou fracção de antiguidade, não podendo ser
ou aleitação não determinam perda de quaisquer direitos, inferior a 3,6 meses.
incluindo a retribuição, e são consideradas como prestação 3- Nas situações em que a lei permite a oposição à rein-
efectiva de serviço. tegração e sendo esta julgada procedente, a indemnização a
estabelecer pelo tribunal será correspondente a 1,5 meses da
CAPÍTULO XI retribuição base e diuturnidades por cada ano ou fracção de
antiguidade, contada desde a admissão do trabalhador até ao
Cessação do contrato de trabalho trânsito em julgado da decisão judicial.
4- A caducidade de contrato a termo por iniciativa da em-
Cláusula 91.ª presa confere ao trabalhador o direito a uma compensação
correspondente a três ou dois dias de retribuição base e diu-
Princípio geral turnidades por cada mês de duração do vínculo, consoante o
O regime de cessação do contrato de trabalho é aquele contrato tenha durado por um período que, respectivamente,
que consta da legislação em vigor e do disposto nas cláusulas não exceda ou seja superior a seis meses.
deste capítulo. Cláusula 94.ª
Cláusula 92.ª
Documentos a entregar ao trabalhador
Modalidades da cessação do contrato de trabalho 1- Ao cessar o contrato de trabalho, por qualquer das for-
1- O contrato de trabalho pode cessar por: mas previstas neste capítulo e na lei, a empresa é obrigada
a) Denúncia por qualquer das partes durante o período ex- a entregar ao trabalhador certificado donde conste o tempo
perimental; durante o qual esteve ao seu serviço e o cargo ou os cargos
b) Caducidade; que desempenhou.
c) Revogação por acordo das partes; 2- O certificado não pode conter quaisquer outras referên-
d) Despedimento por facto imputável ao trabalhador; cias, a não ser se expressamente requeridas pelo trabalhador.
e) Despedimento colectivo; 3- Além do certificado de trabalho a empresa é obrigada
f) Despedimento por extinção do posto de trabalho; a entregar ao trabalhador, quando solicitados, outros docu-
g) Despedimento por inadaptação; mentos destinados a fins oficiais que por ela devam ser emiti-
h) Resolução com justa causa, promovida pelo trabalha- dos, designadamente os previstos na legislação de Segurança
dor; Social.
i) Denúncia por iniciativa do trabalhador.
2- Cessando o contrato de trabalho, por qualquer forma, o CAPÍTULO XII
trabalhador tem direito a receber:
a) O subsídio de Natal proporcional aos meses de trabalho Disciplina
prestado no ano da cessação;
b) A retribuição correspondente às férias vencidas e não Cláusula 95.ª
gozadas, bem como o respectivo subsídio;
c) A retribuição correspondente a um período de férias Poder disciplinar
proporcional ao tempo de serviço prestado no ano da cessa- 1- A empresa tem poder disciplinar sobre os trabalhadores
ção, bem como o respectivo subsídio. ao seu serviço, relativamente às infracções por estes pratica-
das e exerce-o de acordo com as normas estabelecidas na lei
Cláusula 93.ª
e neste ACT.
Valor da indemnização em certos casos de cessação do contrato de 2- O poder disciplinar é exercido pela empresa, directa-
trabalho mente ou por superior hierárquico do trabalhador, nos termos
1- O trabalhador terá direito a indemnização correspon- previamente estabelecidos por aquela.
dente a 1 mês de retribuição base e diuturnidades por cada Cláusula 96.ª
ano ou fracção de antiguidade, não podendo ser inferior a 3
meses, nos seguintes casos: Sanções disciplinares
a) Caducidade do contrato por motivo de extinção ou en- As sanções disciplinares aplicáveis são as seguintes:
cerramento da empresa; a) Repreensão;
b) Despedimento por facto não imputável ao trabalhador, b) Repreensão registada;

3034
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

c) Perda de dias de férias; mo quando o trabalhador ainda não tenha adquirido o direito
d) Suspensão do contrato de trabalho com perda de retri- ao subsídio pago pela Segurança Social, tendo como limi-
buição e de antiguidade; te 45 % da retribuição mensal média auferida pelo mesmo
e) Despedimento sem qualquer indemnização ou compen- nos primeiros seis meses dos últimos oito que antecederem
sação. o mês da baixa.
2- A perda de dias de férias não pode pôr em causa o gozo 3- Não usufruirão deste benefício os trabalhadores cuja
de 20 dias úteis de férias. inscrição na segurança social ainda não tenha tido lugar por
3- A suspensão do trabalho com perda de retribuição não falta de iniciativa dos mesmos no fornecimento de elementos
pode exceder 30 dias por cada infracção e, em cada ano civil, deles próprios dependentes ou não tenham feito tempestiva-
o total de 60 dias. mente a comunicação da sua doença, quer à Segurança So-
4- Para efeitos de graduação das sanções disciplinares, de- cial, quer à empresa.
verá atender-se à natureza e gravidade da infracção, ao grau 4- O complemento previsto no número 1 pode deixar de
de culpa, ao comportamento do trabalhador, à sua persona- ser atribuído no caso de o trabalhador se recusar, sem mo-
lidade e às condições particulares de serviço em que possa tivos fundamentados, a ser observado por médico indicado
ter-se encontrado no momento da infracção, à prática disci- pela empresa, a expensas desta, independentemente de estar
plinar da empresa e demais circunstâncias relevantes. ou não a ser tratado por médico da Segurança Social.
Cláusula 97.ª Cláusula 100.ª

Infracção disciplinar, procedimento e prescrição Comparticipação em internamento hospitalar e intervenção cirúrgica


1- Constitui infracção disciplinar a violação culposa pelo 1- Sempre que haja necessidade, a empresa fará um adian-
trabalhador dos deveres estabelecidos neste contrato ou na tamento ou entregará um termo de responsabilidade para
lei. internamento hospitalar ou para intervenção cirúrgica do
2- Nenhuma sanção disciplinar pode ser aplicada sem au- trabalhador ou de qualquer membro do seu agregado fami-
diência prévia do trabalhador. A sanção de despedimento liar, entendendo-se como tal, além do cônjuge ou pessoa que
com justa causa só pode ser aplicada nos termos do regime esteja em união de facto ou economia comum com o traba-
legal respectivo. lhador, todos aqueles por quem o beneficiário tem direito a
3- O procedimento disciplinar só pode exercer-se nos 60 receber abono de família. O montante de adiantamento a que
dias subsequentes àquele em que o empregador, ou o supe- esta situação porventura der lugar deverá ser reembolsado
rior hierárquico com competência disciplinar, teve conheci- pelo trabalhador em montante nunca superior a 1/12 mensal,
mento da infracção e da pessoa do infractor. num período máximo de três anos ou logo que reembolsado
4- A aplicação da sanção só pode ter lugar nos três meses pela Segurança Social.
subsequentes à decisão. 2- Em caso de internamento hospitalar, acrescido ou não
5- A infracção disciplinar prescreve ao fim de um ano a de intervenção cirúrgica, a empresa suportará 75 % ou 60 %
contar do momento em que teve lugar, salvo se os factos da totalidade das despesas consoante se trate do trabalhador
constituírem igualmente crime, caso em que são aplicáveis ou de familiares directos (cônjuges, pessoa que esteja em
os prazos prescricionais da lei penal. união de facto ou economia comum com o trabalhador, filhos
menores ou filhos maiores com direito a abono de família)
CAPÍTULO XIII até ao limite anual máximo de 7075,00 € por agregado fami-
liar, não excedendo 3087,00 € per capita, depois de deduzida
Regalias sociais a comparticipação da Segurança Social ou de esquemas ofi-
ciais equiparados.
Cláusula 98.ª 3- A concessão do benefício constante do número anterior
ficará condicionada a ter havido acordo da empresa na esco-
Seguros lha do estabelecimento hospitalar e do médico.
As empresas segurarão os seus trabalhadores do qua- 4- As empresas assegurarão, por si próprias ou através de
dro permanente em acidentes pessoais ocorridos dentro ou empresa seguradora, os benefícios consignados nos pontos
fora das horas de serviço, sendo o capital seguro no valor de anteriores.
22 325,00 €. Cláusula 101.ª
Cláusula 99.ª
Descendentes com deficiências psico-motoras
Complemento do subsídio de doença 1- Sempre que um empregado da empresa tenha filhos
1- Durante cada período de doença com baixa estabelecido com deficiências psicomotoras, necessitando de reabilitação
pela segurança social, a empresa pagará ao trabalhador um ou reeducação em estabelecimento hospitalar ou reeducativo
complemento que, adicionado ao subsídio da Segurança So- no País, a empresa comparticipará nas despesas inerentes a
cial, perfaça a retribuição líquida mensal, incluindo o paga- essa reeducação ou reabilitação, em montante a definir caso
mento dos três primeiros dias de baixa pela totalidade. por caso, mas que não poderá exceder 2487,00 € por cada
2- O complemento do subsídio de doença será pago, mes- um e por ano, até o descendente em causa atingir os 24 anos

3035
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

de idade. Cláusula 105.ª


2- A concessão do benefício constante do número anterior
ficará condicionada a ter havido acordo da empresa na esco- Comissão de segurança e saúde no trabalho
lha do estabelecimento hospitalar ou de reeducação. 1- Em cada empresa outorgante deve ser criada uma co-
missão de segurança e saúde no trabalho, de composição pa-
Cláusula 102.ª
ritária, da qual façam parte representantes dos trabalhadores,
Idade de reforma a fim de determinar os postos de trabalho que envolvam ex-
posição frequente a substâncias tóxicas, explosivas, matérias
As empresas e os trabalhadores poderão acordar na an-
infectas e agentes lesivos, incluindo vibrações, ruídos, radia-
tecipação da reforma mediante a aplicação de esquemas de
ções e temperaturas, humidade ou pressões anormais com
pré-reforma ou o pagamento de uma compensação pela di-
risco para a saúde dos trabalhadores.
minuição da respectiva pensão em virtude da antecipação da
2- A determinação destes postos de trabalho implica a
idade normal de reforma por velhice.
adopção de medidas de prevenção e segurança tecnicamente
Cláusula 103.ª adequadas.
3- À comissão de segurança e saúde no trabalho competirá
Preparação para a reforma também verificar se é cumprida tanto pela empresa como pe-
1- As empresas concederão aos trabalhadores do quadro los trabalhadores, a legislação em vigor, as normas de segu-
de pessoal permanente durante o ano que precede a sua pas- rança internas da empresa e o estabelecido neste ACT.
sagem à situação de reforma por velhice, um regime especial
Cláusula 106.ª
de trabalho designado por preparação para a reforma, com
vista a possibilitar a sua adaptação à situação de reforma. Medicina no trabalho
2- Os trabalhadores em regime de preparação para a refor-
1- As empresas assegurarão um serviço de medicina no
ma têm direito:
trabalho que, tendo carácter essencialmente preventivo, res-
a) A dois dias de dispensa de serviço por mês;
peite o legalmente estabelecido sobre a matéria e esteja dota-
b) A uma redução de 25 % no horário de trabalho diário.
do de meios técnicos e humanos necessários à execução das
3- Os trabalhadores que pretenderem gozar do direito de
tarefas que lhes incumbem.
preparação para a reforma deverão comunica-lo à empresa,
2- Os trabalhadores ficam obrigados a submeter-se, quan-
por escrito, com a antecedência de três meses, programando
do para tal convocados durante o período normal de traba-
o regime de trabalho a que se refere o número anterior.
lho, aos exames médicos periódicos, bem como aos de carác-
ter preventivo que venham a ser determinados pelos serviços
CAPÍTULO XIV médicos.

Segurança, prevenção e saúde no trabalho Cláusula 107.ª

Uniformes e equipamento individual


Cláusula 104.ª
1- Se, de harmonia com os usos e costumes em vigor ou
Segurança e saúde no trabalho por motivo justificado, houver lugar a que os trabalhadores
1- As empresas assegurarão as condições mais adequadas de determinado sector usem uniforme, a empresa custeará as
em matéria de segurança saúde no trabalho, garantindo a ne- despesas inerentes à aquisição dos mesmos.
cessária formação, informação e consulta aos trabalhadores 2- Qualquer tipo de uniforme ou equipamento de trabalho,
e seus representantes, no rigoroso cumprimento das normas nomeadamente capacete, luvas, cintos de segurança, más-
legais aplicáveis. caras, óculos, calçado, impermeável e protecções auditivas,
2- A organização da segurança e saúde no trabalho é da é encargo exclusivo da empresa, bem como as despesas de
responsabilidade das empresas e visa a prevenção dos riscos limpeza e conservação inerente a um uso normal.
profissionais e a promoção da saúde, devendo as respecti- 3- A escolha do tecido deverá também ter em conta as con-
vas actividades ter como objectivo proporcionar condições dições climatéricas do local e do período do ano, havendo,
de trabalho que assegurem a integridade física e psíquica de pelo menos, dois uniformes por cada época.
todos os trabalhadores. 4- A empresa suportará os encargos com a deterioração
3- Os trabalhadores devem cumprir as normas e prescri- dos uniformes, equipamentos, ferramentas ou utensílios de
ções sobre esta matéria, as quais ser-lhes-ão dadas obrigato- trabalho ocasionada por acidente ou uso inerentes ao traba-
riamente a conhecer pelas empresas, bem como as instruções lho prestado.
específicas determinadas pela entidade empregadora e pelos Cláusula 108.ª
responsáveis na empresa pela segurança e saúde no trabalho.
4- Os representantes dos trabalhadores para a segurança e Obrigações dos trabalhadores em matéria de prevenção de acidentes
saúde no trabalho são eleitos nos termos previstos na lei. e doenças
1- Os trabalhadores são obrigados a usar durante o serviço

3036
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

o equipamento de protecção individual que for determinado. niões ser marcadas com oito dias de antecedência mínima,
2- O incumprimento da obrigação referida no número an- com indicação de agenda de trabalhos e do local, dia e hora
terior faz incorrer o trabalhador em infracção disciplinar. da reunião.
3- Os trabalhadores são ainda obrigados a participar em 3- Não é permitido, salvo unanimidade dos seus represen-
dispositivos de segurança que sejam montados nas instala- tantes presentes, tratar nas reuniões assuntos de que a outra
ções para prevenção e combate de sinistros, bem como em parte não tenha sido notificada com um mínimo de oito dias
acções de formação apropriadas. de antecedência.
4- A comissão paritária só pode deliberar desde que esteja
Cláusula 109.ª
presente metade dos representantes de cada parte.
Prevenção e controlo do consumo de álcool e drogas 5- As deliberações tomadas por unanimidade, respeitantes
à interpretação e integração da convenção, serão depositadas
1- As empresas, tendo por finalidade a defesa da saúde dos
e publicadas no Boletim do Trabalho e Emprego, consideran-
seus trabalhadores e a promoção de um elevado grau de se-
do-se, a partir desta e para todos os efeitos, parte integrante
gurança no trabalho, deverão promover acções internas de
deste ACT.
sensibilização, informação e prevenção tendo em vista a pre-
6- As partes comunicarão uma à outra, dentro de 20 dias
venção e a diminuição da incidência e das consequências do
a contar da publicação desta convenção, a identificação dos
consumo de álcool e drogas.
respectivos representantes.
2- Em complemento das acções de sensibilização e pre-
7- A substituição de representantes é lícita a todo o tempo,
venção, as empresas poderão criar, através de regulamen-
mas só produz efeitos 15 dias após as comunicações referi-
tação interna, medidas de controlo ao consumo abusivo de
das no número anterior.
álcool e drogas pelos trabalhadores.
8- Os elementos da comissão podem ser assistidos por as-
3- O controlo efectua-se através de testes ao sopro, à uri-
sessores técnicos, sem direito a voto, até ao máximo de dois
na e ao sangue, de acordo com os procedimentos habituais
por cada parte.
nestas situações.
4- O referido controlo faz-se, em regra, de forma aleatória, Cláusula 111.ª
por sorteio e, excepcionalmente, nas seguintes situações:
a) Na sequência de incidentes de segurança; Reclassificações
b) Em casos de sinais evidentes de comportamentos afec- 1- No prazo máximo de cento e vinte dias após a entrada
tados por álcool ou drogas. em vigor deste acordo, todos os trabalhadores por ele abran-
5- As regulamentações internas de cada empresa poderão gidos serão classificados pelas empresas de harmonia com as
considerar como motivos para acção disciplinar as seguintes funções que efectivamente desempenhem, numa das catego-
situações: rias profissionais estabelecidas no anexo I, dentro do mesmo
a) A recusa injustificada do trabalhador à realização dos grupo salarial ou superior.
testes de álcool ou drogas; 2- Os efeitos da reclassificação retroagem à data da entra-
b) A obtenção repetida de resultados reveladores de con- da em vigor deste ACT.
sumo excessivo de álcool (sempre que for superior ao limite 3- Sempre que um trabalhador desempenhe simultanea-
estabelecido pelas regulamentações internas) ou de uso abu- mente e com carácter de permanência funções inerentes a
sivo de drogas. mais do que uma categoria, que sejam significativas em ra-
6- Em caso algum as empresas podem divulgar os resul- zão da sua relevância e ou do tempo despendido, será clas-
tados dos testes de álcool e drogas para além de ao próprio sificado nos termos deste ACT e retribuído pela categoria a
trabalhador e ao médico da empresa, a não ser na medida que corresponde retribuição mais elevada, sem prejuízo do
do necessário em ordem à efectivação da responsabilidade que venha a ser acordado em condições específicas deste
disciplinar quando a houver. ACT.

CAPÍTULO XV CAPÍTULO XVI

Comissão paritária Disposições gerais e transitórias

Cláusula 110.ª Cláusula 112.ª

Comissão paritária Manutenção de direitos e regalias adquiridos


1- As partes outorgantes constituirão uma comissão paritá- Da aplicação do presente ACT não poderão resultar
ria formada por oito elementos, sendo quatro em representa- quaisquer prejuízos para os trabalhadores, designadamente
ção das empresas e quatro em representação dos sindicatos, baixa de categoria ou classe ou diminuição de retribuição.
com competência para interpretar e integrar as disposições
Cláusula 113.ª
desta convenção.
2- A comissão paritária funciona mediante convocação por Maior favorabilidade global
escrito de qualquer das partes contratantes devendo as reu-
As partes contratantes reconhecem expressamente este

3037
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

ACT como globalmente mais favorável aos trabalhadores Assistente administrativo (Grupo H) - É o trabalhador/a
por ele abrangidos que o ACT anteriormente aplicável e, que, dentro da área em que se insere, procede nomeadamente
nessa medida, declaram revogado e por este substituído esse ao tratamento adequado de correspondência, documentação,
mesmo ACT. valores e materiais diversos. Prepara, colige e ordena ele-
mentos para consulta e tratamento informático. Utiliza os
ANEXO I meios tecnológicos adequados ao desempenho da sua fun-
ção.
Definição de funções Assistente administrativo estagiário (Grupo I) - É o
Aeroabastecedor (Grupo I) - É o trabalhador/a que efec- trabalhador/a que, dentro da área em que se insere, colabora
tua todo o conjunto de operações necessárias ao abasteci- no tratamento adequado de correspondência, documentação,
mento de aeronaves e tarefas complementares, incuindo a valores e materiais diversos. Participa na preparação e no or-
condução dentro das áreas dos aeroportos. denamento de elementos para consulta e tratamento informá-
Aeroabastecedor qualificado (Grupo H) - É o trabalha- tico. Utiliza, sob orientação superior, os meios tecnológicos
-dor/a que, possuindo os necessários conhecimentos da lín- adequados ao desempenho da sua função. Ao fim de seis me-
gua inglesa, além das atribuições definidas para o aeroabas- ses de estágio ascende à categoria profissional de assistente
tecedor, coadjuva o supervisor sempre que requerido pelas administrativo, grupo H.
necessidades de serviço, podendo substituí-lo nos seus im- Assistente operacional (Grupo I) - É o trabalhador/a que,
pedimentos. de acordo com a sua formação e/ou as suas aptidões especí-
Analista Chefe (Grupo D) - É o trabalhador/a com fun- ficas, está habilitado a prestar serviço em várias áreas ope-
ções de orientação e chefia do pessoal adstrito ao laboratório racionais da empresa, quer manuseando e dando assistência
da empresa. a equipamentos, máquinas e meios de transporte utilizados
Analista de laboratório (Grupo H) - É o trabalhador/a pela empresa, quer zelando pela sua manutenção, limpeza e
que realiza determinações físico-químicas em produtos pe- conservação.
trolíferos e outros, utilizando métodos normalizados. Auxiliar administrativo (Grupo J) - É o trabalhador/a que
Analista principal (Grupo E) - É o trabalhador/a que co- anuncia, acompanha e informa os visitantes; executa servi-
ordena os trabalhos a executar no laboratório, participando ços de reprodução e endereçamento de documentos, bem
na elaboração das análises; superintende na segurança das como serviços gerais internos não especificados; recebe e
instalações laboratoriais e é responsável pela manutenção e faz a entrega de mensagens, correspondência e objectos ine-
operacionalidade de todos os aparelhos; aprecia e regista os rentes ao serviço interno e externo, podendo ainda proceder
resultados das análises. a cobranças, pagamentos, levantamentos e depósitos, utili-
Assessor I (Grupo E) - É o trabalhador/a que tem instru- zando veículo automóvel ou motorizado, quando necessário.
ção especializada, cujas funções consistem em colaborar na Chefe de equipa (Grupo G) - É o trabalhador/a que coor-
realização de estudos e na recolha básica de elementos ne- dena a actuação de um grupo de trabalho, de enchimento de
cessários a um subsequente tratamento por métodos científi- cargas e descargas e ou de abastecimento.
cos. Para o efeito da recolha de elementos para a realização Chefe de manutenção de equipamento de aeroportos
de estudos em que deva colaborar, pode coordenar e orientar (Grupo D) - É o trabalhador/a que, possuindo os necessários
profissionais de grau inferior. conhecimentos da língua inglesa, orienta tecnicamente os
Assessor II (Grupo D) - É o trabalhador/a que tem instru- serviços de manutenção do equipamento de abastecimento
ção especializada e realiza as suas actividades com relativa dos aeroportos, observando o cumprimento das normas téc-
autonomia, obedecendo a regulamentos relativos ao desem- nicas relativas à segurança dos abastecimentos e qualidade
penho da função. Pode realizar estudos e proceder à análise dos produtos.
dos respectivos resultados. Pode coordenar e orientar profis- Chefe de vendas (Grupo C) - É o trabalhador/a que di-
sionais de grau inferior. rige, coordena e controla um ou mais sectores de venda da
Assessor III (Grupo C) - É o trabalhador/a que tem ins- empresa.
trução especializada e conhecimentos sólidos e específicos, Consultor I (Grupo B) - É o trabalhador/a de quem se
pelo menos no domínio de uma área da empresa. Desem- requer um conhecimento sólido de um ou mais sectores de
penha funções com autonomia, respeitando os apropriados actividade da empresa. Deve possuir formação académica de
regulamentos internos, devendo ainda integrar eventuais nível superior ou experiência profissional equivalente pre-
omissões destes. Pode realizar estudos e proceder à análise ferencialmente vivida dentro da empresa a cujos quadros
dos respectivos resultados, devendo, quando for caso disso, pertença. Presta trabalho mediante a aplicação de métodos
efectuar a interpretação desses resultados, na perspectiva científicos e segundo orientações gerais, com grande auto-
de uma técnica ou de um ramo científico. Pode coordenar e nomia relativa ao desempenho da função. Pode coordenar e
orientar profissionais de grau inferior. orientar profissionais de grau inferior ou desempenhar ape-
Assessor júnior (Grupo F) - É o trabalhador/a que tem nas funções de consultadoria, que dirão respeito a uma ou
instrução especializada, cujas funções consistem em colabo- várias áreas específicas relativamente às quais deve possuir
rar na realização de estudos e na recolha básica de elementos conhecimentos científicos ou técnicos elevados.
necessários a um subsequente tratamento por métodos cien- Consultor II (Grupo A) - É o trabalhador/a de quem se
tíficos. requer um conhecimento total e profundo do negócio da em-

3038
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

presa, acompanhado de uma formação académica de nível serviços, de acordo com as especificações dos respectivos
superior ou de experiência profissional equivalente, prefe- departamentos; recepciona, distribuí e regista correspondên-
rencialmente vivida dentro da empresa a cujos quadros per- cia, podendo ainda atender e encaminhar telefonemas.
tença. Desenvolve a sua actividade profissional obedecendo Representante comercial I (Grupo G) - É o trabalhador/a
à estratégia global da empresa, dimanada do respectivo órgão que assegura a gestão e expansão ou racionalização de uma
de administração. Pode coordenar e orientar profissionais de carteira de clientes, incluindo o controlo do crédito e a reco-
grau inferior ou assegurar apenas funções de consultadoria, lha de informação relevante sobre o mercado, normalmente
que dirão respeito a uma ou várias áreas específicas relati- no âmbito de uma relação que envolve, além dos aspectos
vamente às quais deve possuir conhecimentos científicos ou comerciais, aspectos técnicos relacionados com as especifi-
técnicos muito elevados. cações e aplicações dos produtos ou serviços comercializa-
Cozinheiro (Grupo I) - É o trabalhador/a que se ocupa da dos, organizando, planeando e controlando a sua actividade
preparação e confecção das refeições, elaborando ou colabo- no âmbito da política e objectivos definidos pela empresa.
rando na elaboração das ementas. É responsável pela limpe- Representante comercial II (Grupo F) - É o trabalhador/a
za da cozinha, dos utensílios e demais equipamentos. que assegura a gestão e expansão ou racionalização de uma
Encarregado (Grupo G) - É o trabalhador/a que, tendo o carteira de clientes, incluindo o controlo do crédito e a reco-
necessário conhecimento das instalações a que está adstrito lha de informação relevante sobre o mercado, normalmente
e dos processos de actuação, orienta e coordena, segundo di- no âmbito de uma relação que envolve, além dos aspectos
rectrizes fixadas superiormente, grupos de trabalho. comerciais, aspectos técnicos relacionados com as especifi-
Enfermeiro (Grupo G) - É o trabalhador/a que executa cações e aplicações dos produtos ou serviços comercializa-
funções que visam o equilíbrio da saúde humana, quer no seu dos, organizando, planeando e controlando a sua actividade,
estado normal com acções preventivas, quer no seu estado de com elevada autonomia, no âmbito da política e objectivos
doença, ministrando cuidados complementares e ou sequen- definidos pela empresa.
ciais da acção clínica. Representante comercial III (Grupo E) - É o trabalhador/a
Fiel de armazém (Grupo H) - É o trabalhador/a responsá- que assegura a gestão e expansão ou racionalização de uma
vel pelas operações de entrada, saída e trânsito de mercado- carteira de clientes, incluindo o controlo de crédito e a reco-
rias e outros materiais, executando ou fiscalizando os respec- lha de informação relevante sobre o mercado, normalmente
tivos documentos; colabora com o seu superior hierárquico num contexto que exige formação académica de nível su-
na organização material do armazém e responsabiliza-se pela perior ou experiência equivalente e, no âmbito de uma re-
arrumação, reposição e conservação das mercadorias e ou lação que envolve, além dos aspectos comerciais, aspectos
materiais; trata de toda a documentação inerente à actividade técnicos relacionados com as especificações e aplicações dos
do armazém e colabora na execução de inventários. produtos ou serviços comercializados, organizando, plane-
Fogueiro (Grupo H) - É o trabalhador/a que alimenta e ando e controlando a sua actividade no âmbito da política e
conduz geradores de vapor, competindo-lhe, para além do objectivos definidos pela empresa.
estabelecido pelo Regulamento da Profissão de Fogueiro, Representante comercial IV (Grupo D) - É o trabalhador/a
aprovado pelo Decreto n.º 46 989, de 30 de abril de 1966, fa- que assegura a gestão e expansão ou racionalização de uma
zer reparações de conservação e manutenção nos geradores carteira de clientes, incluindo o controlo do crédito e a reco-
de vapor, auxiliares e acessórios na central de vapor. lha de informação relevante sobre o mercado, normalmente
Motorista (Grupo H) - É o trabalhador/a que, possuindo num contexto que exige formação académica de nível supe-
carta de condução profissional, tem a seu cargo a condução rior ou experiência equivalente e, no âmbito de uma relação
de veículos automóveis (ligeiros e pesados, de caixa aberta, que envolve, além dos aspectos comerciais, aspectos técni-
carros-tanques com ou sem atrelado, semi-reboques de caixa cos relacionados com especificações e aplicações dos pro-
aberta ou tanques). Compete-lhe zelar, sem execução, pela dutos ou serviços comercializados, organizando, planeando
boa conservação e limpeza do veículo. Compete-lhe ainda e controlando a sua actividade, com elevada autonomia, no
zelar pela carga que transporta e proceder às operações de âmbito da política e objectivos definidos pela empresa.
carga e descarga, preenchendo a documentação necessária Secretário (Grupo F) - É o trabalhador/a que se ocupa
à entrega de produtos e materiais. Compete-lhe também a do secretariado da administração ou da direcção da empresa,
verificação diária dos níveis de óleo e água do veículo. competindo-lhe assegurar, por sua iniciativa, o trabalho de
Operador (Grupo J) - É o trabalhador/a que executa ta- rotina diária do gabinete e prestar todo o apoio administra-
refas simples na área operacional dos armazéns, respeitantes tivo e logístico necessário; organiza e assiste a reuniões e
à recepção e distribuição de produtos, arrumo de mercado- elabora as respectivas actas.
rias e outras tarefas operacionais indiferenciadas; pode ainda Superintendente de aeroinstalação (Grupo D) - É o
proceder ao enchimento de garrafas de gás, assegurando a trabalhador/a que, possuindo os necessários conhecimentos
conservação e manutenção dos equipamentos com que ope- da língua inglesa, tem sob a sua responsabilidade uma ae-
ra. roinstalação em ligação directa com a sede da empresa ou
Recepcionista (Grupo H) - É o trabalhador/a que recebe com uma das suas delegações.
e encaminha os visitantes para os diversos departamentos e Superintendente de instalação (Grupo C) - É o
serviços da empresa, observando os procedimentos de se- trabalhador/a que, em ligação directa com a direcção da em-
gurança; atende clientes e informa-os sobre os produtos e presa, tem sob a sua responsabilidade a planificação global e

3039
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

a orientação técnica das actividades operacionais e adminis- Assessor III


trativas de uma instalação petrolífera.
C Chefe de vendas 2 021,00 €
Supervisor de aviação (Grupo G) - É o trabalhador/a
que, possuindo os necessários conhecimentos da língua in- Superintendente de instalação
glesa, é responsável pelo serviço de abastecimento de aero- Analista chefe
naves, supervisão de manutenção de equipamento e tarefas Assessor II
administrativas inerentes, chefiando o pessoal executante e Chefe de manutenção de equipamento
garantido o exacto cumprimento das medidas de segurança D 1 722,00 €
de aeroportos
estabelecidas. Representante comercial IV
Técnico administrativo I (Grupo G) - É o trabalhador/a
Superintendente de aeroinstalação
que organiza e executa actividades técnico-administrativas
diversificadas no âmbito de uma área funcional da empre- Analista principal
sa; colabora na execução de estudos e executa funções que E Assessor I 1 437,00 €
requerem conhecimentos técnicos e tomada de decisões cor- Representante comercial III
rentes. Assessor júnior
Técnico administrativo II (Grupo F) - É o trabalhador/a
Representante comercial II
que organiza e executa actividades técnico-administrativas F 1 319,00 €
Secretário
diversificadas no âmbito de uma ou mais áreas funcionais da
empresa; colabora na execução de estudos e executa funções Técnico administrativo II
que requerem conhecimentos técnicos de maior complexida- Chefe de equipa
de e tomada de decisões correntes. Encarregado
Técnico de tesouraria (Grupo G) - É o trabalhador/a que Enfermeiro
tem a seu cargo as operações de caixa e registo do movimen-
G Representante comercial I 1 189,00 €
to relativo às transacções respeitantes á gestão da empresa;
recebe numerário e outros valores e verifica se a sua impor- Supervisor de aviação
tância corresponde à indicada nas notas de venda ou recibos. Técnico administrativo I
Pode preparar os fundos destinados a serem depositados e Técnico de tesouraria
tomar as decisões necessárias para os levantamentos. Aeroabastecedor qualificado
Técnico operacional (Grupo H) - É o trabalhador/a de-
Analista de laboratório
tentor de adequada formação técnica e/ou experiência profis-
sional para prestar serviço em uma ou mais áreas funcionais Assistente administrativo
da empresa. Sob orientação superior, executa com autono- Fiel de armazém
H 1 029,00 €
mia trabalhos que requerem a aplicação de técnicas qualifi- Fogueiro
cadas. Pode coordenar funcionalmente grupos de trabalho ou Motorista
coadjuvar a sua chefia.
Rececionista
Telefonista (Grupo I) - É o trabalhador/a que presta ser-
Técnico operacional 
viço numa cabina ou central telefónica, transmitindo aos
telefones internos as chamadas recebidas e estabelecendo Aeroabastecedor
ligações internas ou para o exterior; responde, se necessário, Assistente administrativo estagiário
a pedidos de informações telefónicas. I Cozinheiro 912,00 €
Trabalhador de limpeza (Grupo K) - É o trabalhador/a Assistente operacional
que, entre várias tarefas indiferenciadas, mantém as instala-
Telefonista
ções em bom estado de limpeza.
Auxiliar administrativo
J 852,00 €
ANEXO II Operador
K Trabalhador de limpeza  728,00 €
Enquadramento e retribuições mínimas mensais
Declaração
(A presente tabela salarial e as cláusulas de expressão
pecuniária produzem efeitos a 1 de janeiro de 2018) Para cumprimento do disposto na alínea g) do número 1
do artigo 492.º, conjugado com o artigo 496.º do Código do
Grupos Trabalho, declara-se que serão potencialmente abrangidos
Categorias Retribuições
salariais pela presente convenção coletiva de trabalho sete empresas e
A Consultor II 2 924,00 € três mil e quatrocentos trabalhadores.
B Consultor I 2 231,00 €
Lisboa, 10 de maio de 2018.

3040
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

Pelas empresas BP Portugal - Comércio de Combustíveis balhadores ao seu serviço que desempenhem as actividades
e Lubrificantes, SA, CEPSA Portuguesa Petróleos, SA, Pe- profissionais previstas nesta convenção e sejam filiados nas
tróleos de Portugal - PETROGAL, SA, CLC - Companhia associações sindicais outorgantes.
Logística de Combustíveis, SA, TANQUISADO - Terminais 2- O presente AE abrange 1 empregador e a cerca de 220
Marítimos, SA, REPSOL Portuguesa, SA e REPSOL Gás trabalhadores da fábrica de Santarém.
Portugal, SA.
Cláusula 2.ª
António José Fontes da Cunha Taborda, na qualidade de
mandatário das empresas, com poderes para contratar. Vigência, denúncia e revisão
1- O presente AE entra em vigor nos termos da lei e após
Pela Federação de Sindicatos da Indústria, Energia e
a publicação no Boletim do Trabalho e Emprego e terá um
Transportes - COFESINT, em representação das seguintes
prazo de vigência mínimo de 4 anos.
organizações sindicais filiadas:
2- A denúncia pode ser feita, por qualquer das partes, me-
SINDEQ - Sindicato das Indústrias e Afins. diante comunicação escrita à outra, com a antecedência de,
SITEMAQ - Sindicato da Marinha Mercante, Indústrias pelo menos, três meses em relação ao termo do prazo de vi-
e Energia. gência previsto no número anterior e deve ser acompanhada
de proposta escrita de revisão e respectiva fundamentação.
E em representação da FE - Federação dos Engenheiros,
3- A parte que recebe a denúncia deve responder, de forma
que para o efeito a credenciou, e que representa os seguintes
escrita, no prazo de 30 dias após a recepção da proposta,
sindicatos:
aceitando, recusando ou contrapropondo, devendo a respos-
SNEET - Sindicato Nacional dos Engenheiros, Enge- ta, devidamente fundamentada, conter uma posição relativa
nheiros Técnicos e Arquitetos. a todas as cláusulas da proposta aceite ou recusada.
SERS - Sindicato dos Engenheiros. 4- Após a apresentação da contraproposta deve, por ini-
SEMM - Sindicato dos Engenheiros da Marinha Mercan- ciativa de qualquer das partes, realizar-se a primeira reunião
te. para celebração do protocolo do processo de negociações e
José Luis Carapinha Rei, na qualidade de mandatário. entrega dos títulos de representação dos negociadores.
António Alexandre Picareta Delgado, na qualidade de 5- Enquanto este AE não for alterado ou substituído no
mandatário. todo ou em parte, manter-se-á em vigor.

Depositado em 14 de agosto de 2018, a fl. 66 do livro CAPÍTULO II


n.º 12, com o n.º 165/2018, nos termos do artigo 494.º do
Código do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009, de 12 de Actividade sindical na empresa
fevereiro.
Cláusula 3.ª

Princípio geral
Os trabalhadores e os sindicatos têm direito a desenvol-
Acordo de empresa entre a Font Salem Portugal, SA ver atividade sindical na empresa, nomeadamente através de
e a FESAHT - Federação dos Sindicatos da Agricul- delegados sindicais, comissões sindicais e comissões inter-
tura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de sindicais, de acordo com o previsto na lei e no presente AE.
Portugal - Revisão global Cláusula 4.ª

O acordo de empresa da Font Salem Portugal, SA, publi- Reunião de trabalhadores no local de trabalho
cado no Boletim do Trabalho e Emprego, 1.ª série, n.º 15, de 1- Os trabalhadores podem reunir-se no local de trabalho,
22 de abril de 2015 é revisto da forma seguinte: mediante convocação por um terço ou 50 trabalhadores do
respetivo estabelecimento, ou pela comissão sindical ou in-
CAPÍTULO I tersindical:
a) Fora do horário de trabalho da generalidade dos traba-
Âmbito, vigência e denúncia lhadores, sem prejuízo do normal funcionamento de turnos
ou de trabalho suplementar;
Cláusula 1.ª b) Durante o horário de trabalho da generalidade dos tra-
balhadores até um período máximo de quinze horas por ano,
Âmbito que conta como tempo de serviço efetivo, desde que seja as-
1- O presente acordo de empresa, que também se desig- segurado o funcionamento de serviços de natureza urgente e
nará por AE, aplica-se no distrito de Santarém, por um lado essencial.
à Font Salem Portugal, SA, que adiante se passa a designar 2- Os membros de direção de associações sindicais repre-
por empresa, que se dedica ao fabrico, comercialização e sentativas dos trabalhadores que não trabalhem na empre-
distribuição de cerveja e refrigerantes e, por outro, aos tra- sa podem participar na reunião, mediante comunicação dos

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

promotores ao empregador com a antecedência mínima de CAPÍTULO III


seis horas.
3- O empregador que proíba reunião de trabalhadores no Admissão e preenchimento de vagas
local de trabalho ou o acesso de membro de direção de as-
sociação sindical a instalações de empresa onde decorra reu- Cláusula 10.ª
nião de trabalhadores comete contraordenação muito grave.
Condições de admissão
Cláusula 5.ª
1- As condições mínimas de admissão para o exercício das
Direito a instalações funções inerentes às categorias profissionais previstas neste
acordo de empresa são as seguintes:
1- O empregador deve pôr à disposição dos delegados sin-
a) Ter a idade mínima estabelecida por lei;
dicais que o requeiram um local apropriado ao exercício das
b) Possuir as habilitações escolares mínimas impostas pela
suas funções, no interior da empresa ou na sua proximidade,
lei;
disponibilizado a título permanente.
c) Possuir carteira profissional ou título com valor legal
2- Constitui contraordenação grave a violação do disposto
equivalente quando legalmente exigidos;
no número anterior.
d) Possuir as condições específicas, designadamente as
Cláusula 6.ª respeitantes às exigências académicas e profissionais, im-
postas pelas normas internas da empresa;
Afixação e distribuição de informação sindical e) Possuir capacidade psico-física comprovada por exame
1- O delegado sindical tem o direito de afixar, nas instala- médico feito a expensas da empresa.
ções da empresa e em local apropriado disponibilizado pelo 2- Sempre que o exercício de determinada actividade pro-
empregador, convocatórias, comunicações, informações ou fissional se encontre legalmente condicionado à posse de
outros textos relativos à vida sindical e aos interesses socio- carteira profissional ou título com valor legal equivalente, a
profissionais dos trabalhadores, bem como proceder à sua sua falta determina a nulidade do contrato.
distribuição, sem prejuízo do funcionamento normal da em- 3- Antes da admissão ou nos primeiros 15 dias de trabalho,
presa. o trabalhador deve ser submetido a exame médico, a expen-
2- Constitui contraordenação grave a violação do disposto sas da empresa.
no número anterior.
Cláusula 11.ª
Cláusula 7.ª
Período experimental
Informação e consulta de delegado sindical 1- Nos contratos de trabalho por tempo indeterminado o
O delegado sindical tem direito a informação e consulta período experimental tem a seguinte duração:
sobre as seguintes matérias, além de outras referidas na lei a) 90 dias para a generalidade dos trabalhadores;
ou normas convencionais aplicáveis: b) 180 dias para os trabalhadores que exerçam cargos de
a) Evolução recente e provável evolução futura da ativi- complexidade técnica, elevado grau de responsabilidade ou
dade da empresa ou do estabelecimento e da sua situação que pressuponham uma especial qualificação, bem como
económica; para os que desempenhem funções de confiança;
b) Situação, estrutura e provável evolução do emprego na c) 240 dias para pessoal de direcção e quadros superiores.
empresa ou no estabelecimento e eventuais medidas preven- 1- Nos contratos a termo, o período experimental tem a
tivas, nomeadamente quando se preveja a diminuição do nú- seguinte duração:
mero de trabalhadores; a) 30 dias para contratos de duração igual ou superior a
c) Decisão suscetível de desencadear mudança substancial seis meses;
na organização do trabalho ou nos contratos de trabalho. b) 15 dias nos contratos a termo certo de duração inferior
Cláusula 8.ª a seis meses e nos contratos a termo incerto cuja duração se
preveja não vir a ser superior àquele limite.
Crédito de horas de delegado sindical 3- O período experimental corresponde ao tempo inicial de
O delegado sindical tem direito, para o exercício das suas execução do contrato e a sua duração obedece ao fixado nos
funções, a um crédito de cinco horas por mês, ou oito horas números anteriores.
por mês se fizer parte de comissão intersindical. 4- As partes devem, no decurso do período experimental,
agir de modo a permitir que se possa apreciar o interesse na
Cláusula 9.ª manutenção do contrato de trabalho.
5- A antiguidade do trabalhador conta-se desde o início do
Quotização
período experimental.
A empresa procederá à cobrança das quotizações
sindicais e ao seu envio aos sindicatos respectivos, depois de CAPÍTULO IV
recebidas nesse sentido as declarações individuais dos traba-
lhadores autorizando a respectiva dedução. Actividade do trabalhador

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

Cláusula 12.ª balho;


h) Adoptar, no que se refere à higiene, segurança e saúde
Mobilidade funcional no trabalho, as medidas que decorram, para a empresa, es-
A empresa pode, quando o interesse da empresa assim o tabelecimentos ou actividade, da aplicação das prescrições
exija, encarregar o trabalhador de exercer temporariamente legais e convencionais vigentes;
funções não compreendidas na actividade contratada, tendo i) Fornecer ao trabalhador a informação e a formação ade-
como base o plano anual de produção: quadas à prevenção de riscos de acidente e doença;
a) Esta mobilidade aplica-se a operadores dos departa- j) Manter permanentemente actualizado o registo do pes-
mentos de logística, cervejaria, enchimento, xaroparia e soal em cada um dos seus estabelecimentos, com indicação
manutenção, nomeadamente a operadores de máquinas de dos nomes, datas de nascimento, admissão, modalidades dos
elevação e transporte, operadores de produção, operadores contratos, categorias, promoções, retribuições, datas de iní-
de xaroparia e técnicos de manutenção; cio e termo das férias e faltas que impliquem perda da retri-
b) A mobilidade referida no ponto anterior pode ser alarga- buição ou diminuição dos dias de férias.
da a outras categorias existentes na empresa;
Cláusula 16.ª
c) Esta mobilidade será previamente informada ao delega-
do sindical. Deveres dos trabalhadores
Cláusula 13.ª São deveres do trabalhador:
a) Respeitar e tratar com urbanidade e probidade o empre-
Categorias profissionais gador, os superiores hierárquicos, os companheiros de traba-
Os trabalhadores devem ser classificados na categoria lho e as demais pessoas que estejam ou entrem em relação
profissional que corresponda à actividade para que foram com a empresa;
contratados e que consta do anexo I deste AE (Categorias b) Comparecer ao serviço com assiduidade e pontualidade;
profissionais). c) Realizar o trabalho com zelo e diligência;
d) Cumprir as ordens e instruções do empregador em tudo
Cláusula 14.ª
o que respeite à execução e disciplina do trabalho, salvo na
Preenchimento de vagas medida em que se mostrem contrárias aos seus direitos e ga-
rantias;
1- O preenchimento de vagas efectuar-se-á através de re-
e) Guardar lealdade ao empregador, nomeadamente não
crutamento interno ou externo.
negociando por conta própria ou alheia em concorrên-
2- Para o preenchimento de vagas a empresa dará prefe-
cia com ele, nem divulgando informações referentes à sua
rência, em igualdade de circunstâncias e de condições, aos
organização, métodos de produção ou negócios;
trabalhadores ao seu serviço quer do quadro permanente
f) Velar pela conservação e boa utilização dos bens rela-
quer contratados a termo.
cionados com o seu trabalho que lhe forem confiados pelo
empregador;
CAPÍTULO V g) Promover ou executar todos os actos tendentes à melho-
ria da produtividade da empresa;
Direitos, deveres e garantias das partes h) Cooperar na empresa, estabelecimento ou serviço, para
a melhoria do sistema de segurança, higiene e saúde no tra-
Cláusula 15.ª balho, nomeadamente por intermédio dos representantes dos
Deveres da empresa
trabalhadores eleitos para esse fim;
i) Cumprir as prescrições de segurança, higiene e saúde no
São deveres da empresa: trabalho estabelecidas nas disposições legais ou convencio-
a) Respeitar e tratar com urbanidade e probidade o traba- nais aplicáveis, bem como as ordens dadas pelo empregador.
lhador;
b) Pagar pontualmente a retribuição, que deve ser justa e
adequada ao trabalho; CAPÍTULO VI
c) Proporcionar boas condições de trabalho, tanto do ponto
de vista físico como moral; Suspensão da prestação de trabalho
d) Contribuir para a elevação do nível de produtividade do
trabalhador, nomeadamente proporcionando-lhe formação Cláusula 17.ª
profissional; Descanso semanal
e) Respeitar a autonomia técnica do trabalhador que exerça
1- Os trabalhadores terão direito, semanalmente, a um dia
actividades cuja regulamentação profissional a exija;
de descanso e a um dia de descanso complementar, que serão
f) Possibilitar o exercício de cargos em organizações re-
o domingo e o sábado, salvo o disposto no número seguinte.
presentativas dos trabalhadores;
2- Os trabalhadores que prestem serviço em regime de tur-
g) Prevenir riscos e doenças profissionais, tendo em conta
nos de laboração contínua descansarão nos dias que lhes for
a protecção da segurança e saúde do trabalhador, devendo
permitido pela escala de rotação.
indemnizá-lo dos prejuízos resultantes de acidentes de tra-

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

Cláusula 18.ª de representação colectiva, nos termos da lei;


i) As dadas por candidatos a eleições para cargos públicos,
Feriados durante o período legal da respectiva campanha eleitoral;
1- A empresa observará, os feriados obrigatórios previstos j) As autorizadas ou aprovadas pelo empregador;
na lei. l) As que por lei forem como tal qualificadas.
2- Serão ainda observados a Terça-Feira de Carnaval e o 3- São consideradas injustificadas as faltas não previstas
feriado municipal. no número anterior.
Cláusula 19.ª Cláusula 23.ª

Pontes Efeitos das faltas justificadas


1- Para efeitos do presente AE, considera-se «ponte» a 1- As faltas justificadas não determinam a perda ou preju-
dispensa de prestação de actividade profissional em dia útil ízo de quaisquer direitos ou regalias do trabalhador e o dis-
que ocorra entre os dias de descanso semanal e um feriado, posto no número seguinte.
fixando um máximo de 4 dias de férias obrigatórias. 2- Determinam perda de retribuição as seguintes faltas,
2- Uma vez establecidas no calendario laboral, as «pon- ainda que justificadas:
tes» vincularão todos os trabalhadores dos estabelecimentos a) Dadas nos casos em que os trabalhadores ultrapassem o
e/ou áreas funcionais abrangidas. crédito de tempo a que legalmente tenham direito;
b) Dadas por motivo de doença, desde que o trabalhador se
Cláusula 20.ª
encontre abrangido pelo regime da Segurança Social;
Dia não trabalhável c) Dadas por motivos de acidente de trabalho, desde que o
trabalhador tenha direito a qualquer subsídio ou seguro;
O dia 24 de dezembro será considerado como dia não
d) As autorizadas ou acordadas pelo empregador.
trabalhável.
3- Não determinam perda de retribuição as ausências dos
Cláusula 21.ª trabalhadores permanentes motivadas por doença compro-
vada por atestado passado por médico não vinculado direc-
Faltas
tamente à empresa, durante o máximo de três dias úteis no
1- Falta é a ausência do trabalhador durante o período nor- período de um ano civil. A apresentação de outro ou outros
mal de trabalho a que está obrigado. atestados neste período implica perda de retribuição.
Cláusula 22.ª Cláusula 24.ª
Tipos de faltas Efeitos de faltas injustificadas
1- As faltas podem ser justificadas ou injustificadas. 1- As faltas injustificadas podem constituir infracção disci-
2- São consideradas faltas justificadas: plinar e determinam sempre perda de retribuição correspon-
a) As dadas, durante 15 dias seguidos, por altura do casa- dente ao período de ausência, o qual será descontado, para
mento; todos os efeitos, na antiguidade do trabalhador.
b) As motivadas por falecimento do cônjuge não separado 2- Incorre em infracção disciplinar grave todo o trabalha-
de pessoas e bens ou de parentes ou afins no 1.ª grau da linha dor que:
recta, ou de pessoa qual viva em união de facto ou economia a) Faltar sem justificação durante cinco dias consecutivos
comum com o trabalhador, durante cinco dias consecutivos; ou dez interpolados no período de um ano;
c) As motivadas por falecimento de outro parente ou afins b) Faltar, alegando motivo comprovadamente falso.
da linha recta ou 2.º grau da linha colateral, durante dois dias
consecutivos; Cláusula 25.ª
d) As motivadas pela prestação de provas em estabeleci- Comunicação e prova das faltas justificadas
mentos de ensino, nos termos da lei;
1- As faltas, quando previsíveis, serão obrigatoriamente
e) As motivadas por impossibilidade de prestar trabalho
comunicadas à empresa pelo trabalhador com a antecedência
devido a facto que não seja imputável ao trabalhador, nome-
mínima de cinco dias.
adamente acidente, doença ou cumprimento de obrigações
2- Quando imprevistas, as faltas justificadas serão obriga-
legais;
toriamente comunicadas à empresa logo que possível.
f) As motivadas pela necessidade de prestação de assistên
3- O não cumprimento do disposto nos números anteriores
cia inadiável e imprescindível a membros do seu agregado
torna as faltas injustificadas.
familiar, nos termos deste ae e da lei para o turno central;
4- A empresa poderá sempre exigir do trabalhador prova
g) As ausências não superiores a quatro horas e só pelo
dos factos invocados para a justificação
tempo estritamente necessário, justificadas pelo responsável
pela educação de menor, uma vez por trimestre, para deslo- Cláusula 26.ª
cação à escola tendo em vista inteirar-se da situação educa-
tiva do filho menor; Regime dos impedimentos prolongados
h) As dadas pelos trabalhadores eleitos para as estruturas 1- Quando o trabalhador esteja temporariamente impedido

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

por facto que não lhe seja imputável, nomeadamente, requi- direito ao gozo de um mínimo de 10 dias úteis consecutivos.
sição oficial, doença, acidente ou detenção preventiva, e o 12- O regime de férias do trabalhador contratado a termo
impedimento se prolongue por mais de um mês, cessam os é o fixado na lei.
direitos, deveres e garantias das partes, na medida em que
Cláusula 28.ª
pressuponham a efectiva prestação de trabalho, sem prejuí-
zo da observância das disposições aplicáveis em matéria de Subsídio de férias
Segurança Social.
1- Além da retribuição do período de férias, os trabalha-
2- O tempo de suspensão conta-se para efeitos de antigui-
dores têm direito a um subsídio de férias de montante igual
dade, conservando o trabalhador os direitos inerentes ao lu-
ao dessa retribuição, o qual será pago juntamente com a re-
gar ou posto de trabalho e continuando obrigado a guardar
muneração do mês anterior ao do início das férias, se houver
lealdade à empresa.
lugar a pelo menos cinco dias úteis consecutivos de efectiva
3- O disposto no número 1 começará a observar-se, mes-
fruição de férias.
mo antes de expirar o prazo de um mês, a partir do momento
2- O subsídio a que se refere o número um desta cláusula
em que haja a certeza, ou se preveja com segurança, que o
beneficiará sempre de qualquer aumento geral de retribuição
impedimento terá duração superior àquele período.
que ocorra dentro do ano a que as férias dizem respeito.
4- Terminado o impedimento, o trabalhador deve apresen-
3- Só é permitida a alteração, por parte da empresa, do pe-
tar-se à empresa no dia imediato sob pena de incorrer em
ríodo de férias do trabalhador, mediante acordo escrito e com
falta injustificada.
o pagamento de um acréscimo de 20 % no subsídio de férias,
5- O contrato caducará a partir do momento em que se tor-
desde que o período de férias a alterar seja igual ou superior
ne certo que o impedimento é definitivo.
a 10 dias
6- O impedimento prolongado não prejudica a caducidade
do contrato de trabalho no termo do prazo pelo qual tenha Cláusula 29.ª
sido celebrado.
Efeitos da cessação do contrato
Cláusula 27.ª
1- Cessando o contrato de trabalho, o trabalhador terá di-
Duração do período de férias reito a receber a retribuição correspondente a um período de
férias proporcional ao tempo de serviço prestado no ano da
1- O período anual de férias tem a duração de 22 dias úteis.
cessação, bem como o respectivo subsídio.
2- Para efeitos de férias, são úteis os dias da semana de
2- Se o contrato cessar antes de gozado o período vencido
segunda-feira a sexta-feira, com excepção dos feriados, não
no início desse ano, o trabalhador terá ainda direito a rece-
podendo as férias ter início em dia de descanso semanal do
ber a retribuição correspondente a esse período, bem como o
trabalhador.
respectivo subsídio.
3- No ano da admissão, o trabalhador terá direito, após seis
3- O período de férias a que se refere o número anterior,
meses de trabalho, a gozar 2 dias úteis de férias por cada
embora não gozado, conta-se sempre para efeitos de anti-
mês, até ao máximo de 20 dias úteis.
guidade.
4- Salvo na situação prevista no número 3, o direito a fé-
4- Da aplicação do disposto nos números anteriores ao con-
rias reporta-se ao trabalho prestado no ano civil anterior,
trato cuja duração não atinja, por qualquer causa, 12 meses
vencendo-se no dia 1 de janeiro do ano civil seguinte.
não pode resultar um período de férias superior ao propor-
5- O direito a férias é irrenunciável e o seu gozo não pode
cional à duração do vínculo, sendo esse período considerado
ser substituído, fora dos casos expressamente previstos na
para efeitos de retribuição, subsídio e antiguidade.
lei, por qualquer compensação económica ou outra, ainda
que com o acordo do trabalhador. CAPÍTULO VII
6- Aos trabalhadores do mesmo agregado familiar que es-
tejam ao serviço da empresa deverá ser concedida a faculda-
Cessação do contrato de trabalho
de de gozarem as suas férias simultaneamente.
7- A marcação do período de férias deve ser feita por mú- Cláusula 30.ª
tuo acordo entre a empresa e o trabalhador.
8- Na falta de acordo, caberá à empresa a elaboração do Cessação do contrato de trabalho
mapa de férias, ouvindo, para o efeito, nos termos da lei, os O regime de cessação do contrato de trabalho é o previsto
órgãos representativos dos trabalhadores. na lei.
9- O trabalhador, de acordo com a empresa, pode marcar
10 dias úteis de férias entre 1 de maio e 31 de outubro, perí- Cláusula 31.ª
odo de verão, e a empresa marcará unilateralmente 5 dias de
Disciplina
férias, entre 1 de novembro a 30 de abril.
10- A empresa elaborará um mapa de férias, que deverá ser A empresa tem poder disciplinar sobre os trabalhadores
afixado no local de trabalho. ao seu serviço, constituindo infracção disciplinar o facto vo-
11- Por acordo, poderão as férias ser marcadas para serem luntário cometido pelo trabalhador, dolosa ou culposamente,
gozadas em períodos interpolados, sendo salvaguardado o quer consista em acção ou omissão, que viole os deveres a
que esteja sujeito.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

Cláusula 32.ª associações sindicais, bem como de delegado sindical, ou


exercer qualquer dessas funções.
Início do procedimento disciplinar 2- Até prova em contrário, presume-se abusiva a aplicação
O procedimento disciplinar tem de iniciar-se dentro dos da sanção de suspensão com perda de retribuição, sob a apa-
60 dias subsequentes àquele em que a entidade com compe- rência de punição de outra falta, quando levada a efeito até
tência disciplinar teve conhecimento da infracção e do pre- seis meses após qualquer dos factos mencionados nas alíneas
sumível infractor. do número anterior.
Cláusula 33.ª Cláusula 36.ª

Sanções disciplinares Consequências da aplicação de sanções abusivas


1- As infrações disciplinares serão punidas, conforme a A aplicação de sanção abusiva pecuniária ou de suspen-
gravidade da falta, com as seguintes sanções: são, além de responsabilizar a empresa por violação das leis
a) Repreensão; do trabalho, confere ao trabalhador direito a ser indemnizado
b) Repreensão registada; nos termos gerais de direito, não podendo, porém, a indem-
c) Sanção pecuniária; nização ser inferior ao décuplo da retribuição perdida.
d) Perda de dias de férias;
Cláusula 37.ª
e) Suspensão de trabalho com perda de retribuição;
f) Despedimento com justa causa. Recurso
2- No decurso do procedimento disciplinar pode a empresa
Da aplicação de sanções disciplinares cabe recurso nos
suspender a prestação do trabalho, sem perda de retribuição,
termos previstos na lei.
se a presença do trabalhador se mostrar inconveniente.
Cláusula 34.ª CAPÍTULO VIII
Processo disciplinar
Direitos e deveres das partes sobre o regime da
1- O procedimento disciplinar para despedimento é o pre- parentalidade
visto na lei.
2- Sempre que se verifique algum comportamento que in- Cláusula 38.ª
tegre o conceito de infracção disciplinar e não estiver em
causa a aplicação da sanção de despedimento, a empresa Parentalidade
apresentará ao infractor uma nota de culpa com a descrição 1- A maternidade e a paternidade constituem valores so-
pormenorizada dos factos que lhe são imputados. ciais eminentes.
3- O trabalhador dispõe de um prazo de dez dias úteis para 2- Os trabalhadores têm direito à protecção da sociedade e
deduzir, por escrito, os elementos que considere relevantes do Estado na realização da sua insubstituível acção em rela-
para o esclarecimento da verdade. ção ao exercício da parentalidade.
4- Decorrido o prazo referido no número anterior, a em-
presa poderá ou não aplicar a sanção, devendo a decisão ser Cláusula 39.ª
fundamentada e constar sempre de documento escrito, do
Articulação com regime de protecção social
qual será entregue cópia ao trabalhador.
5- O disposto nesta cláusula não se aplica nos casos em 1- A protecção social nas situações previstas na presen-
que a sanção seja a repreensão verbal ou registada, sendo te subsecção, designadamente os regimes de concessão de
todavia obrigatória a audiência prévia do trabalhador. prestações sociais para os diferentes períodos de licença por
6- O não cumprimento das formalidades previstas nos nú- parentalidade, consta de legislação específica.
meros anteriores determina a nulidade da sanção que tenha 2- Para efeitos do disposto na presente subsecção, consi-
sido aplicada. deram-se equivalentes a períodos de licença parental os pe-
ríodos de concessão das prestações sociais correspondentes,
Cláusula 35.ª atribuídas a um dos progenitores no âmbito do subsistema
de solidariedade e do sistema previdencial da segurança so-
Sanções abusivas
cial ou outro regime de protecção social de enquadramento
1- Consideram-se abusivas as sanções disciplinares aplica- obrigatório.
das pelo facto de o trabalhador:
a) Haver reclamado, com legitimidade, individual ou co- Cláusula 40.ª
lectivamente, das condições de trabalho;
Protecção na parentalidade
b) Recusar o cumprimento de ordens a que não deva obe-
diência; 1- A protecção na parentalidade concretiza-se através da
c) Exercer, ter exercido, pretender exercer ou invocar os atribuição dos seguintes direitos:
direitos ou garantias que lhe assistem; a) Licença em situação de risco clínico durante a gravidez;
d) Candidatar-se ao exercício de funções na direcção de b) Licença por interrupção de gravidez;
c) Licença parental, em qualquer das modalidades;

3046
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d) Licença por adopção; siderado necessário para prevenir o risco, sem prejuízo da
e) Licença parental complementar em qualquer das moda- licença parental inicial.
lidades; 2- Para o efeito previsto no número anterior, a trabalhadora
f) Dispensa da prestação de trabalho por parte de trabalha- informa o empregador e apresenta atestado médico que indi-
dora grávida, puérpera ou lactante, por motivo de protecção que a duração previsível da licença, prestando essa informa-
da sua segurança e saúde; ção com a antecedência de 10 dias ou, em caso de urgência
g) Dispensa para consulta pré-natal; comprovada pelo médico, logo que possível.
h) Dispensa para avaliação para adopção; 3- Constitui contra-ordenação muito grave a violação do
i) Dispensa para amamentação ou aleitação; disposto no número 1.
j) Faltas para assistência a filho;
Cláusula 43.ª
l) Faltas para assistência a neto;
m) Licença para assistência a filho; Licença por interrupção da gravidez
n) Licença para assistência a filho com deficiência ou do-
1- Em caso de interrupção da gravidez, a trabalhadora tem
ença crónica;
direito a licença com duração entre 14 e 30 dias.
o) Trabalho a tempo parcial de trabalhador com responsa-
2- Para o efeito previsto no número anterior, a trabalhadora
bilidades familiares;
informa o empregador e apresenta, logo que possível, atesta-
p) Horário flexível de trabalhador com responsabilidades
do médico com indicação do período da licença.
familiares;
3- Constitui contra-ordenação muito grave a violação do
q) Dispensa de prestação de trabalho em regime de adap-
disposto no número 1.
tabilidade;
r) Dispensa de prestação de trabalho suplementar; Cláusula 44.ª
s) Dispensa de prestação de trabalho no período nocturno.
2- Os direitos previstos no número anterior apenas se apli- Modalidades de licença parental
cam, após o nascimento do filho, a trabalhadores progeni- A licença parental compreende as seguintes modalidades:
tores que não estejam impedidos ou inibidos totalmente do a) Licença parental inicial;
exercício do poder paternal, com excepção do direito de a b) Licença parental inicial exclusiva da mãe;
mãe gozar 14 semanas de licença parental inicial e dos refe- c) Licença parental inicial a gozar pelo pai por impossibi-
rentes a protecção durante a amamentação. lidade da mãe;
d) Licença parental exclusiva do pai.
Cláusula 41.ª
Cláusula 45.ª
Conceitos em matéria de protecção da parentalidade
1- No âmbito do regime de protecção da parentalidade, Licença parental inicial
entende-se por: 1- A mãe e o pai trabalhadores têm direito, por nascimento
a) Trabalhadora grávida, a trabalhadora em estado de ges- de filho, a licença parental inicial de 120 ou 150 dias conse-
tação que informe o empregador do seu estado, por escrito, cutivos, cujo gozo podem partilhar após o parto, sem preju-
com apresentação de atestado médico; ízo dos direitos da mãe a que se refere a cláusula seguinte.
b) Trabalhadora puérpera, a trabalhadora parturiente e du- 2- O gozo da licença referida no número anterior pode ser
rante um período de 120 dias subsequentes ao parto que in- usufruído em simultâneo pelos progenitors entre os 120 e
forme o empregador do seu estado, por escrito, com apresen- 150 dias.
tação de atestado médico ou certidão de nascimento do filho; 3- A licença referida no número 1 é acrescida em 30 dias,
c) Trabalhadora lactante, a trabalhadora que amamenta o no caso de cada um dos progenitores gozar, em exclusivo,
filho e informe o empregador do seu estado por escrito, com um período de 30 dias consecutivos, ou dois períodos de 15
apresentação de atestado médico. dias consecutivos, após o período de gozo obrigatório pela
2- O regime de protecção da parentalidade é ainda aplicá- mãe a que se refere o número 2 da cláusula seguinte.
vel desde que o empregador tenha conhecimento da situação 4- No caso de nascimentos múltiplos, o período de licença
ou do facto relevante. previsto nos números anteriores é acrescido de 30 dias por
cada gémeo além do primeiro.
Cláusula 42.ª
5- Em caso de partilha do gozo da licença, a mãe e o pai
Licença em situação de risco clínico durante a gravidez informam os respectivos empregadores, até sete dias após o
parto, do início e termo dos períodos a gozar por cada um,
1- Em situação de risco clínico para a trabalhadora grávi-
entregando para o efeito, declaração conjunta.
da ou para o nascituro, impeditivo do exercício de funções,
6- O gozo da licença parental inicial em simultâneo, de pai
independentemente do motivo que determine esse impedi-
e mãe que trabalhem na mesma empresa, sendo esta uma
mento e esteja este ou não relacionado com as condições de
microempresa, depende de acordo com o empregador.
prestação do trabalho, caso o empregador não lhe proporcio-
7- Caso a licença parental não seja partilhada pela mãe e
ne o exercício de actividade compatível com o seu estado e
pelo pai, e sem prejuízo dos direitos da mãe a que se refere a
categoria profissional, a trabalhadora tem direito a licença,
cláusula seguinte, o progenitor que gozar a licença informa
pelo período de tempo que por prescrição médica for con-

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o respectivo empregador, até sete dias após o parto, da du- gozado pela mãe.
ração da licença e do início do respectivo período, juntando 6- Constitui contra-ordenação muito grave a violação do
declaração do outro progenitor da qual conste que o mesmo disposto nos números 1 a 4.
exerce actividade profissional e que não goza a licença pa-
Cláusula 48.ª
rental inicial.
8- Na falta da declaração referida nos números 4 e 5 a li- Licença parental exclusiva do pai
cença é gozada pela mãe.
1- É obrigatório o gozo pelo pai de uma licença parental de
9- Em caso de internamento hospitalar da criança ou do
15 dias úteis, seguidos ou interpolados, nos 30 dias seguintes
progenitor que estiver a gozar a licença prevista nos números
ao nascimento do filho, cinco dos quais goza- dos de modo
1, 2 ou 3 durante o período após o parto, o período de licença
consecutivos imediatamente a seguir a este.
suspende-se, a pedido do progenitor, pelo tempo de duração
2- Após o gozo da licença prevista no número anterior,o
do internamento.
pai tem ainda direito a 10 dias úteis de licença, seguidos ou
10- A suspensão da licença no caso previsto no núme-
interpolados, desde que gozados em simultâneo com o gozo
ro anterior é feita mediante comunicação ao empregador,
da licença parental inicial por parte da mãe.
acompanhada de declaração emitida pelo estabelecimento
3- No caso de nascimentos múltiplos, à licença prevista
hospitalar.
nos números anteriores acrescem dois dias por cada gémeo
11- Constitui contra-ordenação muito grave a violação do
além do primeiro.
disposto nos números 1, 2, 3, 7 ou 8.
4- Para efeitos do disposto nos números anteriores, o tra-
Cláusula 46.ª balhador deve avisar o empregador com a antecedência pos-
sível que, no caso previsto no número 2, não deve ser inferior
Períodos de licença parental exclusiva da mãe a cinco dias.
1- A mãe pode gozar até 30 dias da licença parental inicial 5- Constitui contra-ordenação muito grave a violação do
antes do parto. disposto nos números 1, 2 ou 3.
2- É obrigatório o gozo, por parte da mãe, de seis semanas
Cláusula 49.ª
de licença a seguir ao parto.
3- A trabalhadora que pretenda gozar parte da licença an- Licença por adopção
tes do parto deve informar desse propósito o empregador e
1- Em caso de adopção de menor de 15 anos, o candidato
apresentar atestado médico que indique a data previsível do
a adoptante tem direito à licença referida nos números 1 ou
parto, prestando essa informação com a antecedência de 10
2 da cláusula 40.ª
dias ou, em caso de urgência comprovada pelo médico, logo
2- No caso de adopções múltiplas, o período de licença
que possível.
referido no número anterior é acrescido de 30 dias por cada
4- Constitui contra-ordenação muito grave a violação do
adopção além da primeira.
disposto nos números 1 ou 2.
3- Havendo dois candidatos a adoptantes, a licença deve
Cláusula 47.ª ser gozada nos termos dos números 1 e 2 da cláusula 40.ª
4- O candidato a adoptante não tem direito a licença em
Licença parental inicial a gozar por um progenitor em caso de caso de adopção de filho do cônjuge ou de pessoa com quem
impossibilidade do outro
viva em união de facto.
1- O pai ou a mãe tem direito a licença, com a duração 5- Em caso de incapacidade ou falecimento do candidato
referida nos números 1, 2 ou 3 da cláusula 40.ª, ou do perío- a adoptante durante a licença, o cônjuge sobrevivo, que não
do remanescente da licença, nos casos seguintes: seja candidato a adoptante e com quem o adoptando viva em
a) Incapacidade física ou psíquica do progenitor que esti- comunhão de mesa e habitação, tem direito a licença corres-
ver a gozar a licença, enquanto esta se mantiver; pondente ao período não gozado ou a um mínimo de 14 dias.
b) Morte do progenitor que estiver a gozar a licença. 6- A licença tem início a partir da confiança judicial ou
2- Apenas há lugar à duração total da licença referida no administrativa, nos termos do regime jurídico da adopção.
número 2 da cláusula 40.ª caso se verifiquem as condições 7- Quando a confiança administrativa consistir na confir-
aí previstas, à data dos factos referidos no número anterior. mação da permanência do menor a cargo do adoptante, este
3- Em caso de morte ou incapacidade física ou psíquica da tem direito a licença, pelo período remanescente, desde que
mãe, a licença parental inicial a gozar pelo pai tem a duração a data em que o menor ficou de facto a seu cargo tenha ocor-
mínima de 30 dias. rido antes do termo da licença parental inicial.
4- Em caso de morte ou incapacidade física ou psíquica de 8- Em caso de internamento hospitalar do candidato a
mãe não trabalhadora nos 120 dias a seguir ao parto, o pai adoptante ou do adoptando, o período de licença é suspenso
tem direito a licença nos termos do número 1, com a neces- pelo tempo de duração do internamento, devendo aquele co-
sária adaptação, ou do número anterior. municar esse facto ao empregador, apresentando declaração
5- Para efeito do disposto nos números anteriores, o pai comprovativa passada pelo estabelecimento hospitalar.
informa o empregador, logo que possível e, consoante a si- 9- Em caso de partilha do gozo da licença, os candidatos
tuação, apresenta atestado médico comprovativo ou certidão a adoptantes informam os respectivos empregadores, com a
de óbito e, sendo caso disso, declara o período de licença já antecedência de 10 dias ou, em caso de urgência comprova-

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da, logo que possível, fazendo prova da confiança judicial 6- Na situação referida no número anterior, a dispensa di-
ou administrativa do adoptando e da idade deste, do início e ária é gozada em período não superior a uma hora e, sendo
termo dos períodos a gozar por cada um, entregando para o caso disso, num segundo período com a duração remanes-
efeito declaração conjunta. cente, salvo se outro regime for acordado com o empregador.
10- Caso a licença por adopção não seja partilhada, o can- 7- Constitui contra-ordenação grave a violação do disposto
didato a adoptante que gozar a licença informa o respectivo nesta cláusula.
empregador, nos prazos referidos no número anterior, da du-
Cláusula 53.ª
ração da licença e do início do respectivo período.
11- Constitui contra-ordenação muito grave a violação do Procedimento de dispensa para amamentação ou aleitação
disposto nos números 1 a 3, 5, 7 ou 8.
1- Para efeito de dispensa para amamentação, a trabalha-
Cláusula 50.ª dora comunica ao empregador, com a antecedência de 10
dias relativamente ao início da dispensa, que amamenta o
Dispensa para avaliação para a adopção filho, devendo apresentar atestado médico se a dispensa se
Para efeitos de realização de avaliação para a adopção, prolongar para além do primeiro ano de vida do filho.
os trabalhadores têm direito a três dispensas de trabalho para 2- Para efeito de dispensa para aleitação, o progenitor:
deslocação aos serviços da Segurança Social ou recepção a) Comunica ao empregador que aleita o filho, com a an-
dos técnicos em seu domicílio, devendo apresentar a devida tecedência de 10 dias relativamente ao início da dispensa;
justificação ao empregador. b) Apresenta documento de que conste a decisão conjunta;
c) Declara qual o período de dispensa gozado pelo outro
Cláusula 51.ª
progenitor, sendo caso disso;
Dispensa para consulta pré-natal d) Prova que o outro progenitor exerce actividade profis-
sional e, caso seja trabalhador por conta de outrem, que in-
1- A trabalhadora grávida tem direito a dispensa do traba-
formou o respectivo empregador da decisão conjunta.
lho para consultas pré-natais, pelo tempo e número de vezes
necessários. Cláusula 54.ª
2- A trabalhadora deve, sempre que possível, comparecer a
consulta pré-natal fora do horário de trabalho. Falta para assistência a filho
3- Sempre que a consulta pré-natal só seja possível durante 1- O trabalhador pode faltar ao trabalho para prestar as-
o horário de trabalho, o empregador pode exigir à trabalha- sistência inadiável e imprescindível, em caso de doença ou
dora a apresentação de prova desta circunstância e da reali- acidente, a filho menor de 12 anos ou, independentemente
zação da consulta ou declaração dos mesmos factos. da idade, a filho com deficiência ou doença crónica, até 30
4- Para efeito dos números anteriores, a preparação para o dias por ano ou durante todo o período de eventual hospita-
parto é equiparada a consulta pré-natal. lização.
5- O pai tem direito a três dispensas do trabalho para 2- O trabalhador pode faltar ao trabalho até 15 dias por
acompanhar a trabalhadora às consultas pré-natais. ano para prestar assistência inadiável e imprescindível em
6- Constitui contra-ordenação grave a violação do disposto caso de doença ou acidente a filho com 12 ou mais anos de
nesta cláusula. idade que, no caso de ser maior, faça parte do seu agregado
Cláusula 52.ª familiar.
3- Aos períodos de ausência previstos nos números ante-
Dispensa para amamentação ou aleitação riores acresce um dia por cada filho além do primeiro.
1- A mãe que amamenta o filho tem direito a dispensa de 4- A possibilidade de faltar prevista nos números anterio-
trabalho para o efeito, durante o tempo que durar a amamen- res não pode ser exercida simultaneamente pelo pai e pela
tação. mãe.
2- No caso de não haver amamentação, desde que ambos 5- Para efeitos de justificação da falta, o empregador pode
os progenitores exerçam actividade profissional, qualquer exigir ao trabalhador:
deles ou ambos, consoante decisão conjunta, têm direito a a) Prova do carácter inadiável e imprescindível da assis-
dispensa para aleitação, até o filho perfazer um ano. tência;
3- A dispensa diária para amamentação ou aleitação é go- b) Declaração de que o outro progenitor tem actividade
zada em dois períodos distintos, com a duração máxima de profissional e não falta pelo mesmo motivo ou está impossi-
uma hora cada, salvo se outro regime for acordado com o bilitado de prestar a assistência;
empregador. c) Em caso de hospitalização, declaração comprovativa
4- No caso de nascimentos múltiplos, a dispensa referida passada pelo estabelecimento hospitalar.
no número anterior é acrescida de mais 30 minutos por cada 6- No caso referido no número 3 da cláusula seguinte, o
gémeo além do primeiro. pai ou a mãe informa o respectivo empregador da prestação
5- Se qualquer dos progenitores trabalhar a tempo parcial, de assistência em causa, sendo o seu direito referido nos nú-
a dispensa diária para amamentação ou aleitação é reduzida meros 1 ou 2 reduzido em conformidade.
na proporção do respectivo período normal de trabalho, não 7- Constitui contra-ordenação grave a violação do disposto
podendo ser inferior a 30 minutos. nos números 1, 2 ou 3.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

Cláusula 55.ª 2- O pai e a mãe podem gozar qualquer das modalidades


referidas no número anterior de modo consecutivo ou até três
Falta para assistência a neto períodos interpolados, não sendo permitida a cumulação por
1- O trabalhador pode faltar até 30 dias consecutivos, a se- um dos progenitores do direito do outro.
guir ao nascimento de neto que consigo viva em comunhão 3- Se ambos os progenitores pretenderem gozar simulta-
de mesa e habitação e que seja filho de adolescente com ida- neamente a licença e estiverem ao serviço do mesmo em-
de inferior a 16 anos. pregador, este pode adiar a licença de um deles com funda-
2- Se houver dois titulares do direito, há apenas lugar a um mento em exigências imperiosas ligadas ao funcionamento
período de faltas, a gozar por um deles, ou por ambos em da empresa ou serviço, desde que seja fornecida por escrito a
tempo parcial ou em períodos sucessivos, conforme decisão respectiva fundamentação.
conjunta. 4- Durante o período de licença parental complementar em
3- O trabalhador pode também faltar, em substituição dos qualquer das modalidades, o trabalhador não pode exercer
progenitores, para prestar assistência inadiável e imprescin- outra actividade incompatível com a respectiva finalidade,
dível, em caso de doença ou acidente, a neto menor ou, inde- nomeadamente trabalho subordinado ou prestação continua-
pendentemente da idade, com deficiência ou doença crónica. da de serviços for a da sua residência habitual.
4- Para efeitos dos números 1 e 2, o trabalhador informa 5- O exercício dos direitos referidos nos números anterio-
o empregador com a antecedência de cinco dias, declarando res depende de informação sobre a modalidade pretendida
que: e o início e o termo de cada período, dirigida por escrito ao
a) O neto vive consigo em comunhão de mesa e habitação; empregador com antecedência de 30 dias relativamente ao
b) O neto é filho de adolescente com idade inferior a 16 seu início.
anos; 6- Constitui contra-ordenação grave a violação do disposto
c) O cônjuge do trabalhador exerce actividade profissional nos números 1, 2 ou 3.
ou se encontra física ou psiquicamente impossibilitado de
Cláusula 57.ª
cuidar do neto ou não vive em comunhão de mesa e habita-
ção com este. Licença para assistência a filho
5- O disposto nesta cláusula é aplicável a tutor do
1- Depois de esgotado o direito referido na cláusula ante-
adolescente, a trabalhador a quem tenha sido deferida a
rior, os progenitores têm direito a licença para assistência a
confiança judicial ou administrativa do mesmo, bem como
filho, de modo consecutivo ou interpolado, até ao limite de
ao seu cônjuge ou pessoa em união de facto.
dois anos.
6- No caso referido no número 3, o trabalhador informa o
2- No caso de terceiro filho ou mais, a licença prevista no
empregador, no prazo previsto nos números 1 ou 2 do artigo
número anterior tem o limite de três anos.
253.º do código do trabalho, declarando:
3- O trabalhador tem direito a licença se o outro progenitor
a) O carácter inadiável e imprescindível da assistência;
exercer actividade profissional ou estiver impedido ou inibi-
b) Que os progenitores são trabalhadores e não faltam pelo
do totalmente de exercer o poder paternal.
mesmo motivo ou estão impossibilitados de prestar a assis-
4- Se houver dois titulares, a licença pode ser gozada por
tência, bem como que nenhum outro familiar do mesmo grau
qualquer deles ou por ambos em períodos sucessivos.
falta pelo mesmo motivo.
5- Durante o período de licença para assistência a filho, o
7- Constitui contra-ordenação grave a violação do disposto
trabalhador não pode exercer outra actividade incompatível
nos números 1, 2 ou 3.
com a respectiva finalidade, nomeadamente trabalho subor-
Cláusula 56.ª dinado ou prestação continuada de serviços fora da sua resi-
dência habitual.
Licença parental complementar 6- Para exercício do direito, o trabalhador informa o em-
1- O pai e a mãe têm direito, para assistência a filho ou pregador, por escrito e com a antecedência de 30 dias:
adoptado com idade não superior a seis anos, a licença pa- a) Do início e do termo do período em que pretende gozar
rental complementar, em qualquer das seguintes modalida- a licença;
des: b) Que o outro progenitor tem actividade profissional e
a) Licença parental alargada, por três meses; não se encontra ao mesmo tempo em situação de licença, ou
b) Trabalho a tempo parcial durante 12 meses, com um pe- que está impedido ou inibido totalmente de exercer o poder
ríodo normal de trabalho igual a metade do tempo completo; paternal;
c) Períodos intercalados de licença parental alargada e de c) Que o menor vive com ele em comunhão de mesa e ha-
trabalho a tempo parcial em que a duração total da ausência bitação;
e da redução do tempo de trabalho seja igual aos períodos d) Que não está esgotado o período máximo de duração
normais de trabalho de três meses; da licença.
d) Ausências interpoladas ao trabalho com duração igual 7- Na falta de indicação em contrário por parte do traba-
aos períodos normais de trabalho de três meses, desde que lhador, a licença tem a duração de seis meses.
previstas em instrumento de regulamentação colectiva de 8- À prorrogação do período de licença pelo trabalhador,
trabalho. dentro dos limites previstos nos números 1 e 2, é aplicável o

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

disposto no número 6. dentemente da idade, filho com deficiência ou doença cróni-


9- Constitui contra-ordenação grave a violação do disposto ca que com ele viva em comunhão de mesa e habitação tem
nos números 1 ou 2. direito a trabalhar a tempo parcial.
2- O direito pode ser exercido por qualquer dos progenito-
Cláusula 58.ª
res ou por ambos em períodos sucessivos, depois da licença
Licença para assistência a filho com deficiência ou doença crónica parental complementar, em qualquer das suas modalidades.
3- Salvo acordo em contrário, o período normal de tra-
1- Os progenitores têm direito a licença por período até
balho a tempo parcial corresponde a metade do praticado a
seis meses, prorrogável até quatro anos, para assistência de
tempo completo numa situação comparável e, conforme o
filho com deficiência ou doença crónica.
pedido do trabalhador, é prestado diariamente, de manhã ou
2- Caso o filho com deficiência ou doença crónica tenha 12
de tarde, ou em três dias por semana.
ou mais anos de idade a necessidade de assistência é confir-
4- A prestação de trabalho a tempo parcial pode ser prorro-
mada por atestado médico.
gada até dois anos ou, no caso de terceiro filho ou mais, três
3- É aplicável à licença prevista no número 1 o regime
anos, ou ainda, no caso de filho com deficiência ou doença
constante dos números 3 a 8 da cláusula anterior.
crónica, quatro anos.
4- Constitui contra-ordenação grave a violação do disposto
5- Durante o período de trabalho em regime de tempo par-
no número 1.
cial, o trabalhador não pode exercer outra actividade incom-
Cláusula 59.ª patível com a respectiva finalidade, nomeadamente trabalho
subordinado ou prestação continuada de serviços fora da sua
Redução do tempo de trabalho para assistência a filho menor com residência habitual.
deficiência ou doença crónica
6- A prestação de trabalho a tempo parcial cessa no termo
1- Os progenitores de menor com deficiência ou doença do período para que foi concedida ou no da sua prorrogação,
crónica, com idade não superior a um ano, têm direito a redu- retomando o trabalhador a prestação de trabalho a tempo
ção de cinco horas do período normal de trabalho semanal, completo.
ou outras condições de trabalho especiais, para assistência 7- O trabalhador que opte pelo trabalho em regime de tem-
ao filho. po parcial, nos termos da presente cláusula, não pode ser pe-
2- Não há lugar ao exercício do direito referido no número nalizado em matéria de avaliação e de progressão na carreira.
anterior quando um dos progenitores não exerça actividade 8- Constitui contra-ordenação grave a violação do disposto
profissional e não esteja impedido ou inibido totalmente de nesta cláusula.
exercer o poder paternal.
3- Se ambos os progenitores forem titulares do direito, a Cláusula 61.ª
redução do período normal de trabalho pode ser utilizada por
Horário flexível de trabalhador com responsabilidades familiares
qualquer deles ou por ambos em períodos sucessivos.
4- O empregador deve adequar o horário de trabalho re- 1- O trabalhador com filho menor de 12 anos ou, indepen-
sultante da redução do período normal de trabalho tendo em dentemente da idade, filho com deficiência ou doença cróni-
conta a preferência do trabalhador, sem prejuízo de exigên- ca que com ele viva em comunhão de mesa e habitação tem
cias imperiosas do funcionamento da empresa. direito a trabalhar em regime de horário de trabalho flexível,
5- A redução do período normal de trabalho semanal não podendo o direito ser exercido por qualquer dos progenitores
implica diminuição de direitos consagrados na lei, salvo ou por ambos.
quanto à retribuição, que só é devida na medida em que a re- 2- Entende-se por horário flexível aquele em que o traba-
dução, em cada ano, exceda o número de faltas substituíveis lhador pode escolher, dentro de certos limites, as hora de iní-
por perda de gozo de dias de férias. cio e termo do período normal de trabalho diário.
6- Para redução do período normal de trabalho semanal, o 3- O horário flexível, a elaborar pelo empregador, deve:
trabalhador deve comunicar ao empregador a sua intenção a) Conter um ou dois períodos de presença obrigatória,
com a antecedência de 10 dias, bem como: com duração igual a metade do período normal de trabalho
a) Apresentar atestado médico comprovativo da deficiên- diário;
cia ou da doença crónica; b) Indicar os períodos para início e termo do trabalho nor-
b) Declarar que o outro progenitor tem actividade profis- mal diário, cada um com duração não inferior a um terço
sional ou que está impedido ou inibido totalmente de exercer do período normal de trabalho diário, podendo esta duração
o poder paternal e, sendo caso disso, que não exerce ao mes- ser reduzida na medida do necessário para que o horário se
mo tempo este direito. contenha dentro do período de funcionamento do estabele-
7- Constitui contra-ordenação grave a violação do disposto cimento;
nos números 1, 3, 4 ou 5. c) Estabelecer um período para intervalo de descanso não
superior a duas horas.
Cláusula 60.ª 4- O trabalhador que trabalhe em regime de horário flexí-
vel pode efectuar até seis horas consecutivas de trabalho e
Trabalho a tempo parcial de trabalhador com responsabilidades
familiares até dez horas de trabalho em cada dia e deve cumprir o cor-
respondente período normal de trabalho semanal, em média
1- O trabalhador com filho menor de 12 anos ou, indepen-

3051
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

de cada período de quatro semanas. ou, consoante o caso, ao fim do prazo estabelecido nesse nú-
5- O trabalhador que opte pelo trabalho em regime de ho- mero;
rário flexível, nos termos da presente cláusula, não pode ser c) Se não submeter o processo à apreciação da entidade
penalizado em matéria de avaliação e progressão na carreira. competente na área da igualdade de oportunidades entre ho-
6- Constitui contra-ordenação grave a violação do disposto mens e mulheres dentro do prazo previsto no número 5.
no número 1. 10- Ao pedido de prorrogação é aplicável o disposto para
o pedido inicial.
Cláusula 62.ª
11- Constitui contra-ordenação grave a violação do dispos-
Autorização de trabalho a tempo parcial ou em regime de horário to nos números 2, 3, 5 ou 7.
flexível
Cláusula 63.ª
1- O trabalhador que pretenda trabalhar a tempo parcial ou
em regime de horário de trabalho flexível deve solicitá-lo ao Dispensa de algumas formas de organização do tempo de trabalho
empregador, por escrito, com a antecedência de 30 dias, com 1- A trabalhadora grávida, puérpera ou lactante tem direito
os seguintes elementos: a ser dispensada de prestar trabalho em horário de trabalho
a) Indicação do prazo previsto, dentro do limite aplicável; organizado de acordo com regime de adaptabilidade, de ban-
b) Declaração da qual conste: co de horas ou de horário concentrado.
i) Que o menor vive com ele em comunhão de mesa e ha- 2- O direito referido no número anterior aplica-se a qual-
bitação; quer dos progenitores em caso de aleitação, quando a pres-
ii) No regime de trabalho a tempo parcial, que não está es- tação de trabalho nos regimes nele referidos afecte a sua re-
gotado o período máximo de duração; gularidade.
iii) No regime de trabalho a tempo parcial, que o outro 3- Constitui contra-ordenação grave a violação do disposto
progenitor tem actividade profissional e não se encontra ao nesta cláusula.
mesmo tempo em situação de trabalho a tempo parcial ou
que está impedido ou inibido totalmente de exercer o poder CAPÍTULO VIII-A
paternal;
c) A modalidade pretendida de organização do trabalho a
Alimentação
tempo parcial.
2- O empregador apenas pode recusar o pedido com fun- Cláusula 63.ª-A
damento em exigências imperiosas do funcionamento da
empresa, ou na impossibilidade de substituir o trabalhador Subsídio de alimentação
se este for indispensável. 1- A empresa atribuirá a todos os trabalhadores um subsí-
3- No prazo de 20 dias contados a partir da recepção do dio de alimentação diário de 5 €.
pedido, o empregador comunica ao trabalhador, por escrito, 2- O subsídio previsto nesta cláusula não é devido se a
a sua decisão. empresa fornecer a refeição completa.
4- No caso de pretender recusar o pedido, na comunicação
o empregador indica o fundamento da intenção de recusa, Cláusula 64.ª
podendo o trabalhador apresentar, por escrito, uma aprecia-
Dispensa de prestação de trabalho suplementar
ção no prazo de cinco dias a partir da recepção.
5- Nos cinco dias subsequentes ao fim do prazo para apre- 1- A trabalhadora grávida, bem como o trabalhador ou tra-
ciação pelo trabalhador, o empregador envia o pro- cesso balhadora com filho de idade inferior a 12 meses, não está
para apreciação pela entidade competente na área da igual- obrigada a prestar trabalho suplementar.
dade de oportunidades entre homens e mulheres, com cópia 2- A trabalhadora não está obrigada a prestar trabalho su-
do pedido, do fundamento da intenção de o recusar plementar durante todo o tempo que durar a amamentação se
6- e da apreciação do trabalhador. for necessário para a sua saúde ou para a da criança.
7- A entidade referida no número anterior, no prazo de 30 3- Constitui contra-ordenação grave a violação do disposto
dias, notifica o empregador e o trabalhador do seu parecer, o nesta cláusula.
qual se considera favorável à intenção do empregador se não Cláusula 65.ª
for emitido naquele prazo.
8- Se o parecer referido no número anterior for desfa- vo- Dispensa de prestação de trabalho no período nocturno
rável, o empregador só pode recusar o pedido após decisão 1- A trabalhadora tem direito a ser dispensada de prestar
judicial que reconheça a existência de motivo justificativo. trabalho entre as 20 horas de um dia e as 7 horas do dia se-
9- Considera-se que o empregador aceita o pedido do tra- guinte:
balhador nos seus precisos termos: a) Durante um período de 112 dias antes e depois do par-
a) Se não comunicar a intenção de recusa no prazo de 20 to, dos quais pelo menos metade antes da data previsível do
dias após a recepção do pedido; mesmo;
b) Se, tendo comunicado a intenção de recusar o pedido, b) Durante o restante período de gravidez, se for necessá-
não informar o trabalhador da decisão sobre o mesmo nos rio para a sua saúde ou para a do nascituro;
cinco dias subsequentes à notificação referida no número 6

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

c) Durante todo o tempo que durar a amamentação, se for vistos em legislação especial, a trabalhadora grávida, puér-
necessário para a sua saúde ou para a da criança. pera ou lactante tem direito a ser informada, por escrito, dos
2- À trabalhadora dispensada da prestação de trabalho resultados da avaliação referida no número 2 e das medidas
nocturno deve ser atribuído, sempre que possível, um horário de protecção adoptadas.
de trabalho diurno compatível. 5- É vedado o exercício por trabalhadora grávida, puérpera
3- A trabalhadora é dispensada do trabalho sempre que não ou lactante de actividades cuja avaliação tenha revelado riscos
seja possível aplicar o disposto no número anterior. de exposição a agentes ou condições de trabalho que ponham
4- A trabalhadora que pretenda ser dispensada de prestar em perigo a sua segurança ou saúde ou o desenvolvimento
trabalho nocturno deve informar o empregador e apresentar do nascituro.
atestado médico, no caso da alínea b) ou c) do número 1, 6- As actividades susceptíveis de apresentarem um risco
com a antecedência de 10 dias. específico de exposição a agentes, processos ou condições
5- Em situação de urgência comprovada pelo médico, a de trabalho referidos no número 2, bem como os agentes e
informação referida no número anterior pode ser feita inde- condições de trabalho referidos no número anterior, são de-
pendentemente do prazo. terminados em legislação específica.
6- Sem prejuízo do disposto nos números anteriores, a dis- 7- A trabalhadora grávida, puérpera ou lactante, ou os
pensa da prestação de trabalho nocturno deve ser determi- seus representantes, têm direito de requerer ao serviço com
nada por médico do trabalho sempre que este, no âmbito da competência inspectiva do ministério responsável pela área
vigilância da saúde dos trabalhadores, identificar qualquer laboral uma acção de fiscalização, a realizar com prioridade
risco para a trabalhadora grávida, puérpera ou lactante. e urgência, se o empregador não cumprir as obrigações de-
7- Constitui contra-ordenação grave a violação do disposto correntes desta cláusula.
nos números 1, 2 ou 3. 8- Constitui contra-ordenação muito grave a violação do
disposto nos números 1, 2, 3 ou 5 e constitui contra-ordena-
Cláusula 66.ª
ção grave a violação do disposto no número 4.
Formação para reinserção profissional Cláusula 68.ª
O empregador deve facultar ao trabalhador, após a licen-
ça para assistência a filho ou para assistência a pessoa com Protecção em caso de despedimento
deficiência ou doença crónica, a participação em acções de 1- O despedimento de trabalhadora grávida, puérpera ou
formação e actualização profissional, de modo a promover a lactante ou de trabalhador no gozo de licença parental carece
sua plena reinserção profissional. de parecer prévio da entidade competente na área da igualda-
de de oportunidades entre homens e mulheres.
Cláusula 67.ª
2- O despedimento por facto imputável a trabalhador que
Protecção da segurança e saúde de trabalhadora grávida, puérpera ou se encontre em qualquer das situações referidas no número
lactante anterior presume-se feito sem justa causa.
1- A trabalhadora grávida, puérpera ou lactante tem direi- 3- Para efeitos do número anterior, o empregador deve re-
to a especiais condições de segurança e saúde nos locais de meter cópia do processo à entidade competente na área da
trabalho, de modo a evitar a exposição a riscos para a sua igualdade de oportunidade entre homens e mulheres:
segurança e saúde, nos termos dos números seguintes. a) Depois das diligências probatórias referidas no número
2- Sem prejuízo de outras obrigações previstas em legis- 2 do artigo 356.º do Código do Trabalho, no despedimento
lação especial, em actividade susceptível de apresentar um por facto imputável ao trabalhador;
risco específico de exposição a agentes, processos ou condi- b) Depois da fase de informações e negociação prevista no
ções de trabalho, o empregador deve proceder à avaliação da artigo 361.º do Código do Trabalho, no despedimento co-
natureza, grau e duração da exposição de trabalhadora grá- lectivo;
vida, puérpera ou lactante, de modo a determinar qualquer c) Depois das consultas referidas no número 1 do artigo
risco para a sua segurança e saúde e as repercussões sobre a 370.º do Código do Trabalho, no despedimento por extinção
gravidez ou a amamentação, bem como as medidas a tomar. de posto de trabalho;
3- Nos casos referidos no número anterior, o empregador d) Depois das consultas referidas no artigo 377.º do Códi-
deve tomar a medida necessária para evitar a exposição da go do Trabalho, no despedimento por inadaptação.
trabalhadora a esses riscos, nomeadamente: 4- A entidade competente deve comunicar o parecer referi-
a) Proceder à adaptação das condições de trabalho; do no número 1 ao empregador e ao trabalhador, nos 30 dias
b) Se a adaptação referida na alínea anterior for impossí- subsequentes à recepção do processo, considerando-se em
vel, excessivamente demorada ou demasiado onerosa, atri- sentido favorável ao despedimento quando não for emitido
buir à trabalhadora outras tarefas compatíveis com o seu es- dentro do referido prazo.
tado e categoria profissional; 5- Cabe ao empregador provar que solicitou o parecer a
c) Se as medidas referidas nas alíneas anteriores não forem que se refere o número 1.
viáveis, dispensar a trabalhadora de prestar trabalho durante 6- Se o parecer for desfavorável ao despedimento, o em-
o período necessário. pregador só o pode efectuar após decisão judicial que reco-
4- Sem prejuízo dos direitos de informação e consulta pre- nheça a existência de motivo justificativo, devendo a acção

3053
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

ser intentada nos 30 dias subsequentes à notificação do pa- aleitação não determina perda de quaisquer direitos e é con-
recer. siderada como prestação efectiva de trabalho.
7- A suspensão judicial do despedimento só não é decre- 3- As licenças por situação de risco clínico durante a gra-
tada se o parecer for favorável ao despedimento e o tribunal videz, por interrupção de gravidez, por adopção e licença
considerar que existe probabilidade séria de verificação da parental em qualquer modalidade:
justa causa. a) Suspendem o gozo das férias, devendo os dias rema-
8- Se o despedimento for declarado ilícito, o empre- gador nescentes ser gozados após o seu termo, mesmo que tal se
não se pode opor à reintegração do trabalhador nos termos verifique no ano seguinte;
do número 1 da cláusula 392.ª e o trabalhador tem direito, b) Não prejudicam o tempo já decorrido de estágio ou ac-
em alternativa à reintegração, a indemnização calculada nos ção ou curso de formação, devendo o trabalhador cumprir
termos do número 3 da referida cláusula. apenas o período em falta para o completar;
9- Constitui contra-ordenação grave a violação do disposto c) Adiam a prestação de prova para progressão na carreira
nos números 1 ou 6. profissional, a qual deve ter lugar após o termo da licença.
4- A licença parental e a licença parental complementar,
Cláusula 69.ª
em quaisquer das suas modalidades, por adopção, para as-
Extensão de direitos atribuídos a progenitores sistência a filho e para assistência a filho com deficiência ou
doença crónica:
1- O adoptante, o tutor, a pessoa a quem for deferida a con-
a) Suspendem-se por doença do trabalhador, se este infor-
fiança judicial ou administrativa do menor, bem como o côn-
mar o empregador e apresentar atestado médico comprovati-
juge ou a pessoa em união de facto com qualquer daqueles
vo, e prosseguem logo após a cessação desse impedimento;
ou com o progenitor, desde que viva em comunhão de mesa
b) Não podem ser suspensas por conveniência do empre-
e habitação com o menor, beneficia dos seguintes direitos:
gador;
a) Dispensa para aleitação;
c) Não prejudicam o direito do trabalhador a aceder à in-
b) Licença parental complementar em qualquer das moda-
formação periódica emitida pelo empregador para o conjun-
lidades, licença para assistência a filho e licença para assis-
to dos trabalhadores;
tência a filho com deficiência ou doença crónica;
d) Terminam com a cessação da situação que originou a
c) Falta para assistência a filho ou a neto;
respectiva licença que deve ser comunicada ao empregador
d) Redução do tempo de trabalho para assistência a filho
no prazo de cinco dias.
menor com deficiência ou doença crónica;
5- No termo de qualquer situação de licença, faltas, dispen-
e) Trabalho a tempo parcial de trabalhador com responsa-
sa ou regime de trabalho especial, o trabalhador tem direito
bilidades familiares;
a retomar a actividade contratada, devendo, no caso previsto
f) Horário flexível de trabalhador com responsabilidades
na alínea d) do número anterior, retomá-la na primeira vaga
familiares.
que ocorrer na empresa ou, se esta entretanto se não verificar,
2- Sempre que o exercício dos direitos referidos nos núme-
no termo do período previsto para a licença.
ros anteriores dependa de uma relação de tutela ou confian-
6- A licença para assistência a filho ou para assistência a
ça judicial ou administrativa do menor, o respectivo titular
filho com deficiência ou doença crónica suspende os direitos,
deve, para que o possa exercer, mencionar essa qualidade ao
deveres e garantias das partes na medida em que pressupo-
empregador.
nham a efectiva prestação de trabalho, designa- damente a
Cláusula 70.ª retribuição, mas não prejudica os benefícios complementa-
res de assistência médica e medicamentosa a que o trabalha-
Regime de licenças, faltas e dispensas dor tenha direito.
1- Não determinam perda de quaisquer direitos, salvo 7- Constitui contra-ordenação grave a violação do disposto
quanto à retribuição, e são consideradas como prestação nos números 1, 2, 3 ou 4.
efectiva de trabalho as ausências ao trabalho resultantes de:
a) Licença em situação de risco clínico durante a gravidez; CAPÍTULO IX
b) Licença por interrupção de gravidez;
c) Licença parental, em qualquer das modalidades; Regime do trabalhador-estudante
d) Licença por adopção;
e) Licença parental complementar em qualquer das moda- Cláusula 71.ª
lidades;
f) Falta para assistência a filho; Trabalhadores-estudantes
g) Falta para assistência a neto; O regime aplicável aos trabalhadores estudantes é o pre-
h) Dispensa de prestação de trabalho no período nocturno; visto na lei.
i) Dispensa da prestação de trabalho por parte de trabalha-
dora grávida, puérpera ou lactante, por motivo de protecção
CAPÍTULO X
da sua segurança e saúde;
j) Dispensa para avaliação para adopção.
Formação profissional
2- A dispensa para consulta pré-natal, amamentação ou

3054
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

Cláusula 72.ª horas, sem prejuízo de horários de menor duração já existen-


tes na empresa.
Principios gerais
Cláusula 76.ª
1- A empresa proporciona aos trabalhadores acções de for-
mação profissional adequadas à sua qualificação. Horário de trabalho - Tipos
2- Os trabalhadores devem participar de modo diligente
1- Compete à empresa estabelecer os horários de trabalho
nas acções de formação profissional que lhes sejam propor-
dos trabalhadores ao seu serviço, dentro dos condicionalis-
cionadas.
mos legais, podendo alterar os horários de trabalho quando
Cláusula 73.ª considere, ajustando economicamente se necessário.
2- Sem prejuízo de outros tipos de horários que a empresa
Formação contínua entenda estabelecer, poderão ser praticados os seguintes ti-
1- No âmbito do sistema de formação profissional, com- pos de horários de trabalho:
pete à empresa: a) Horários fixos - aqueles em que estão previamente de-
a) Promover, com vista ao incremento da produtividade terminadas as horas de início e do termo do trabalho diário e
e da competitividade da empresa, o desenvolvimento das os intervalos de descanso;
qualificações dos respectivos trabalhadores, nomeadamente b) Horários flexíveis - aqueles em que, respeitados os li-
através do acesso à formação profissional; mites dos descansos intercalares e do repouso diário, há um
b) Organizar a formação na empresa, estruturando planos período fixo («plataforma fixa») e, para além deste, um perí-
de formação e aumentando o investimento em capital huma- odo variável, gerido por cada trabalhador, de modo a atingir,
no, de modo a garantir a permanente adequação das qualifi- ao fim do mês, o período normal de trabalho correspondente;
cações dos seus trabalhadores; c) Horários por turnos - consideram-se, como tais, quais-
c) Assegurar o direito à informação e consulta dos traba- quer modos de organização do trabalho em equipa em que os
lhadores e dos seus representantes, relativamente aos planos trabalhadores ocupem sucessivamente os mesmos postos de
de formação anuais e plurianuais executados pela empresa; trabalho, a um determinado ritmo, incluindo o ritmo rotativo,
d) Garantir um número mínimo de horas de formação que pode ser do tipo contínuo ou descontínuo, o que implica
anuais a cada trabalhador, seja em acções a desenvolver na que os trabalhadores podem executar o trabalho a horas dife-
empresa, seja através da concessão de tempo para o desen- rentes no decurso de um dado período de dias ou de semanas.
volvimento da formação por iniciativa do trabalhador; 3- Aos trabalhadores do sector administrativo com o horá-
e) Reconhecer e valorizar as qualificações adquiridas pelos rio tido como central terão o mesmo horário de trabalho que
trabalhadores, através da introdução de créditos à formação os trabalhadores da Font Salem em Valência.
ou outros benefícios, de modo a estimular a sua participação
Cláusula 77.ª
na formação.
2- A empresa obriga-se a respeitar os termos e limites tem- Intervalos de descanso
porais fixados na lei e seus regulamentos.
1- O período normal de trabalho diário deverá ser inter-
3- As acções de formação profissional deverão ocorrer
rompido por um intervalo de duração não inferior a uma hora
dentro do período normal de trabalho. Quando fora deste e
nem superior a duas, salvo o disposto nos números seguintes.
desde que o ultrapasse em duas horas será remunerado como
2- No regime de turnos rotativos os intervalos serão os se-
trabalho suplementar.
guintes:
a) 1.º, 2.º e 3.º turnos - 30 minutos.
CAPÍTULO XI 3- Os intervalos a que se refere o número anterior contam
como tempo de serviço.
Segurança e saúde no trabalho
Cláusula 78.ª
Cláusula 74.ª
Trabalho por turnos
Segurança e saúde no trabalho 1- A empresa poderá organizar turnos de pessoal, sempre
O regime de segurança e saúde no trabalho é o previsto que o período de funcionamento ultrapasse os limites máxi-
na lei. mos dos períodos normais de trabalho.
2- As modalidades de trabalho por turnos serão as seguin-
CAPÍTULOXII tes:
a) Laboração contínua (folga variável);
b) Laboração de dois ou três turnos rotativos (folga fixa).
Prestação de trabalho
3- A empresa possibilitará aos trabalhadores em regime de
Cláusula 74.ª turnos, na medida do possível, a sua transferência para o ho-
rário normal quando, por razões de saúde, tal se justifique.
Período normal de trabalho 4- Quando a um trabalhador, por razões de funcionamento
O período normal de trabalho em cada semana será de 40 de serviço, for alterado o seu horário de trabalho em relação

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

ao previsto na respectiva escala de turnos, deve ser respei- do motivo de força maior ou quando se torne indispensável
tado um descanso mínimo não inferior a doze horas entre o para prevenir ou reparar prejuízos graves para a empresa ou
turno do horário anteriormente fixado e o início da prestação para a sua viabilidade.
de trabalho no novo horário. 3- O trabalho suplementar previsto no número 1, fica su-
5- O regime de laboração contínua poderá ser aplicado por jeito, por trabalhador, ao limite máximo de duzentas horas
motivos produtivos ou pedidos adicionais de cerveja e refri- por ano.
gerantes, com uma duração mínima de três semanas, com um 4- Sem prejuízo do acima referido, estabelece-se que o re-
pré-aviso de cinco dias para a sua activação, com uma escala curso pelo empregador ao trabalho suplementar obrigatório,
de rotação definida, podendo esta ser alterada pela empresa, pelo motivo mencionado no número anterior, para prestação
sendo iniciada a uma segunda-feira. de trabalho nos dias de descanso complementar, fica limitado
a 12 (doze) vezes em cada ano de calendário (relativamente
Cláusula 79.ª
a cada um dos trabalhadores), sendo activado previamente à
Escala de turnos quinta-feira.
5- A prestação de trabalho suplementar carece de prévia
1- Os trabalhadores, por princípio, só poderão mudar de
autorização do empregador, sob pena de não ser exigível a
turno após o período de descanso semanal, não sendo, toda-
respectiva remuneração.
via, obrigatória a observância desse princípio, sem prejuízo
6- O último turno pode ter um prolongamento máximo de
de outros regimes que estejam a ser praticados.
duas horas para terminar uma expedição ou para terminar o
2- Serão autorizadas trocas de turnos quando, cumulativa-
enchimento de xarope, e cada hora adicional será compensa-
mente, se verifiquem os seguintes requisitos:
da com duas horas de descanso a gozar quando o trabalhador
a) O substituto e o substituído sejam contitulares do mes-
necessitar.
mo posto de trabalho;
b) A solicitação conjunta do substituto e do substituído Cláusula 82.ª
seja efectuada com a antecedência mínima de vinte e quatro
horas em relação ao início do primeiro dos turnos a que a Remuneração do trabalho suplementar
troca diga respeito; 1- O trabalho suplementar prestado em dia útil e dia de
c) A troca de turnos não prejudique o intervalo de descan- descanso complementar será remunerado com o acréscimo
so com duração mínima de onze horas; de 100 %, sem prejuízo do disposto nas alíneas , a) e b) do
d) O período normal de trabalho semanal não sofra redu- número 3.
ção ou prolongamento, quer para o substituto quer para o 2- O trabalho prestado no dia de descanso semanal obriga-
substituído. tório e nos feriados obrigatórios, será pago com acréscimo
de 200 % sobre a remuneração normal.
Cláusula 80.ª
3- Tendo em conta o ponto 4 da cláusula anterior a remu-
Regime de adaptabilidade neração do trabalho suplementar em dia de descanso com-
plementar ficará condicionada pelo número de dias que pos-
1- O período normal de trabalho pode ser definido em ter-
sam eventualmente laborar:
mos médios, caso em que o período normal de trabalho se-
a) Com acréscimo de 105 % sobre a remuneração normal,
manal pode ser aumentado até ao limite máximo de 48 horas,
os primeiros 6 dias de descanso complementar.
e de trabalho diário até um limite de 2 horas só não contando
b) Com acréscimo de 115 % sobre a remuneração normal,
para este limite o trabalho suplementar prestado por motivo
os restantes 6 dias de descanso complementar.
de força maior.
2- A duração média do período normal de trabalho deverá
ser apurada por referência a períodos de 1 (um) ano, os quais CAPÍTULO XIII
se iniciam com a primeira utilização deste regime pelo em-
pregador. Retribuição do trabalho e outras prestações
3- As horas de trabalho prestadas em regime de alarga-
mento do período normal de trabalho serão compensadas, Cláusula 83.ª
em horário a fixar pelo empregador, com redução em igual
Retribuição do trabalho
número de horas, a qual poderá ocorrer em dias ou meios-
-dias, sem prejuízo do direito a subsídio de alimentação. A empresa assegura aos trabalhadores o nível salarial
mínimo previsto, para cada categoria profissional, na tabela
Cláusula 81.ª salarial constante do anexo II do presente AE.
Trabalho suplementar Cláusula 84.ª
1- O trabalho suplementar só pode ser prestado quando a
Tempo e forma de pagamento
empresa tenha de fazer face a acréscimos eventuais e tran-
sitórios de trabalho e não se justifique a admissão de traba- 1- O pagamento da retribuição normal será efectuado até
lhador. ao último dia útil, inclusive, do mês a que diga respeito.
2- O trabalho suplementar pode ainda ser prestado haven- 2- A empresa compromete-se a efectuar as transferências
bancárias atempadamente, por forma que o trabalhador rece-

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

ba a retribuição nos prazos referidos nos números anteriores. res, sempre que não existam faltas ao trabalho, com excep-
3- A empresa é obrigada a entregar aos trabalhadores um ção de ausências por:
recibo, no qual figurem o nome completo do trabalhador, a) Parentalidade;
posto de trabalho ou respectiva codificação, número fiscal b) Ausências sindicais;
de contribuinte e da inscrição nas instituições da segurança c) Consultas médicas por doenças crónicas comprovadas,
social, o período de trabalho a que corresponde a remune- sempre que o trabalhador o comunique voluntáriamente à
ração, diversificação das importâncuas relativas ao trabalho empresa;
normal, trabalho suplementar em dias úteis, em dias de des- d) Nojo por familiares de 1.º e 2.º grau.
canso seminal ou feriados, subsídios, descontos e montante
Cláusula 89.ª
liquido a receber.
Cláusula 85.ª Prémio produtividade
É atribuído um prémio mensal de 30 € aos trabalhadores,
Subsidio de turnos tendo como base os hectolitros produzidos vs os hectolitros
1- O trabalho por turnos será remunerado com 25 % sobre orçamentados.
a remuneração base.
Cláusula 90.ª
2- O trabalho por turnos, em regime de laboração contí-
nua, será remunerado com 160 €, acrescido ao subsídio de Prémio de antiguidade
turno referido no número 1.
Às pessoas que cumpram 15 ou 20 anos de antiguidade
3- Quando o regime de laboração implique o horário nor-
na empresa será atribuído um prémio de pagamento pontual
mal, será eliminado o conceito remuneratório de subsídio de
e único, no mês que seja efectiva a sua antiguidade e que
turno.
consistirá nos seguintes montantes:
Cláusula 86.ª a) 100 € ao cumprir 15 anos;
b) 200 € ao cumprir 20 anos.
Subsídio de Natal
Cláusula 91.ª
1- Todos os trabalhadores abrangidos por este AE têm di-
reito a receber pelo natal um subsídio de valor igual ao da Empréstimos
retribuição normal, o qual será pago conjuntamente com a
1- A empresa facultará empréstimo individual no valor
retribuição referente ao mês de novembro.
máximo de 2000 € aos seus trabalhadores, numa bolsa má-
2- Os trabalhadores que não tenham concluído um ano de
xima de 30 000 € com reembolso em dois anos à taxa legal e
serviço até 31 de dezembro receberão como subsídio de natal
será efectuado por ordem de pedido.
a importância proporcional aos meses que medeiam entre a
2- Se o trabalhador sair da empresa antes de efectuar a de-
data da sua admissão e o dia 31 de dezembro desse ano.
vida restituição do valor em empréstimo, autoriza a empresa
3- Cessando o contrato de trabalho, o trabalhador tem di-
a regularizar a situação nas suas contas finais.
reito a um subsídio proporcional ao tempo de serviço presta-
do no ano da cessação. Cláusula 92.ª
4- Suspendendo-se o contrato por impedimento prolonga-
do do trabalhador, este terá direito: Substituição temporária
a) No ano da suspensão, a um subsídio de natal de mon- Em caso de substituição temporária ou atribuição tempo-
tante proporcional ao número de meses completo de serviço rária de funções a que corresponda uma categoria diferente
prestado nesse ano; da detida pelo trabalhador, manter-se-á a remuneração base
b) No ano de regresso à prestação de trabalho, a um subsí- de origem e será atribuída uma remuneração por substituição
dio de natal de montante proporcional ao número de meses ou atribuição temporária, de forma a que esta, adicionada à
completos de serviço até 31 de dezembro, a contar da data remuneração base, seja igual ao valor do nível salarial míni-
do regresso. mo da banda remunerativa correspondente à categoria profis-
sional que enquadre as funções temporariamente atribuídas.
Cláusula 87.ª
Cláusula 93.ª
Pagamento de trabalho noturno
O trabalho noturno é pago com acréscimo de 25 % re- Consumo gratuito
lativamente ao pagamento de trabalho equivalente prestado Aos trabalhadores permanentes a empresa atribuirá anu-
durante o dia. almente 13 packs 24 dos seus produtos.
Cláusula 88.ª CAPÍTULO XIV
Prémio absentismo
Progressão professional
1- É atribuído um prémio mensal de 35 € aos trabalhado-

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

Cláusula 94.ª acordo com os objectivos propostos. (Grupo 3)


Adjunto departamento - Colabora nas actividades e ta-
Conceito refas de uma área, que exige formação técnica superior ou
A progressão profissional consiste na mudança de nível de suporte ao processo industrial, tais como, resolução de
salarial decorrente da passagem para uma nova categoria problemas técnicos, e/ou desenvolvimento de projectos de
profissional de nível superior ou na mudança de escalão den- instalação e/ou alteração de equipamento industrial, e/ou se-
tro da mesma categoria. gurança dos trabalhadores, e/ou acompanhamento de todo o
processo de produção (fabricação, qualidade e enchimento),
CAPÍTULO XV e/ou relacionados com a cadeia de abastecimento e distri-
buição de forma a atingir níveis de performance elevados,
Disposições finais maximizando os objectivos propostos, pode eventualmente
substituir o chefe de departamento na sua ausência. (Grupo
Cláusula 95.ª 3)
Técnico administrativo - Assegura a execução de activi-
Aumentos salariais dades de recolha e aprovisionamento, tratamento e organi-
O aumento salarial para o tempo de vigência deste acor- zação de informação diversa, nas áreas administrativa e de
do, será de 20 € mensais ou o valor proporcional à progres- suporte, de forma a garantir a realização dos objectivos pro-
são do salário SMN (Salário Mínimo Nacional), sendo apli- postos. (Grupo 4)
cado sempre o valor superior. Chefe de turno/team leader - Supervisiona, controla e/ou
assegura a execução de actividades inerentes à sua área de
Cláusula 96.ª responsabilidade, respondendo pelos objectivos definidos.
Produção de efeitos
(Grupo 4)
Técnico de manutenção - Assegura a execução de acti-
A tabela salarial constante do anexo II do presente AE vidades inerentes ao processo de manutenção e controlo de
e as cláusulas de expressão pecuniária produzem efeitos a energia, de acordo com o planeamento efectuado. (Grupo 5)
partir de 1 de junho de 2018. Especialista - Assegura a execução de actividades ine-
rentes aos processos da área onde está inserido, e de acordo
ANEXO I com o planeamento efectuado tendo como uma das suas res-
ponsabilidades, a formação de novos trabalhadores. (Grupo
Categorias profissionais 5)
Chefe de fábrica - Planeia, organiza, dirige e controla as Chefe de linha - Supervisiona, controla e/ou assegura a
actividades inerentes à eficaz satisfação das necessidades dos execução de actividades inerentes a uma linha de enchimen-
clientes internos e externos da sua direcção, de acordo com to, respondendo pelos objectivos definidos. (Grupo 5)
a estratégia definida. Participa na formulação das políticas Operador de produção de 1.ª - Assegura a execução de
inerentes à sua área de actividade, responde pelos objectivos actividades inerentes ao processo de enchimento, de acordo
da sua direcção. (Grupo 1) com o planeamento efectuado sendo que a passagem ao gru-
Chefe de departamento - Responsável que assegura ac- po salarial correspondente (Grupo 6) dar-se-à após 24 meses
tividades e tarefas de uma área, que exige formação técni- na categoria anterior e sujeito a avaliação por parte do supe-
ca superior ou de suporte ao processo industrial, tais como, rior hierárquico.
resolução de problemas técnicos, e/ou desenvolvimento Operador de máquinas de elevação e transporte de 1.ª
de projectos de instalação e/ou alteração de equipamento - Assegura a execução de actividades inerentes à cadeia de
industrial, e/ou segurança dos trabalhadores, e/ou acom- abastecimento, e/ou de coordenação de armazém de produ-
panhamento de todo o processo de produção (fabricação, tos e vasilhame e/ou processos administrativos relacionados
qualidade e enchimento), e/ou relacionados com a cadeia de com encomendas e preparação de cargas e/ou cargas e des-
abastecimento e distribuição de forma a atingir níveis de per- cargas, de forma a garantir o correcto escoamento dos produ-
formance elevados, maximizando os objectivos propostos. tos. Sendo que a passagem ao grupo salarial correspondente
(Grupo 2) (Grupo 6) dar-se-à após 24 meses na categoria anterior e su-
Adjunto chefe de fábrica - Participa no planeamento, jeito a avaliação por parte do superior hierárquico.
organização e direcção das actividades inerentes ao funcio- Assistente administrativo - Executa acções de suporte ad-
namento da fábrica juntamente com o(a) chefe de fábrica, ministrativo nas áreas inerentes ao departamento onde está
assim como na definição das políticas internas de funciona- inserido. (Grupo 6).
mento. (Grupo 2) Analista de 1.ª - Assegura a execução das funções mais
Técnico superior - Assegura actividades e tarefas de su- qualificadas do(a) analista de 2.ª (Grupo 6)
porte numa área, que exige formação técnica superior ou de Operador de produção 2.ª - Assegura a execução de acti-
suporte, relacionadas com a área inerente à função, à acti- vidades inerentes ao processo de enchimento, de acordo com
vidade da empresa e/ou investigação de novos produtos, de o planeamento efectuado, sendo que a passagem ao grupo

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

salarial correspondente (Grupo 7) dar-se-á entre os 12 e os Técnico de manutenção


24 meses de permanência na categoria anterior e sujeito a 5 Especialista 670,00
avaliação por parte do superior hierárquico. Chefe de linha
Operador de máquinas de elevação e transporte de 2.ª Operador de produção de 1.ª
- Assegura a execução de actividades inerentes à cadeia de Operador de máquinas de
abastecimento, e/ou de coordenação de armazém de produ- 6 elevação e transporte de 1.ª 640,00
tos e vasilhame e/ou processos administrativos relacionados Assistente administrativo
com encomendas e preparação de cargas e/ou cargas e des- Analista de 1.ª
cargas, de forma a garantir o correcto escoamento dos produ- Operador de produção de 2.ª
tos. Sendo que a passagem ao grupo salarial correspondente Operador de máquinas de
7 620,00
(Grupo 7) dar-se á entre os 12 e os 24 meses de permanência elevação e transporte de 2.ª
na categoria anterior e sujeito a avaliação por parte do supe- Analista de 2.ª
rior hierárquico. Servente de limpeza
Analista de 2.ª - Assegura a execução de actividades ine- Operador de produção de 2.ª
8 600,00
rentes ao processo de qualidade, assegurando a qualidade do Operador de máquinas de
processo, em todas as suas componentes, garantindo o cum- elevação e transporte de 2.ª
primento dos padrões definidos. (Grupo 7) Operador de produção de 3.ª
Servente de limpeza - Executa a lavagem, limpeza e arru- 9 Operador de máquinas de 580,00
mação das instalações. elevação e transporte de 3.ª
Operador de produção 3.ª - Assegura a execução de acti-
vidades inerentes ao processo de enchimento, de acordo com Santarém, 25 de julho de 2018.
o planeamento efectuado. Passa directamente para um grupo
Pela Font Salem Portugal, SA:
salarial superior decorridos 6 meses de permanência na ca-
tegoria. (Grupo 8) Pedro Marín Giménez, administrador.
Operador de máquinas de elevação e transporte de 3.ª Antoni Folguera Ventura, administrador.
- Assegura a execução de actividades inerentes à cadeia de
Pela FESAHT - Federação dos Sindicatos da Agricultura,
abastecimento, e/ou de coordenação de armazém de produ-
Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal:
tos e vasilhame e/ou processos administrativos relacionados
com encomendas e preparação de cargas e/ou cargas e des- Rui Paulo Fernandes Matias, mandatário.
cargas, de forma a garantir o correcto escoamento dos pro-
dutos. Passa directamente para um grupo salarial superior Declaração
decorridos 6 meses de permanência na categoria. (Grupo 8)
FESAHT - Federação dos Sindicatos da Agricultura, Ali-
mentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal, em re-
ANEXO II
presentação do seguinte sindicato:
Tabela salarial SINTAB - Sindicato dos Trabalhadores de Agricultura e
das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portu-
Remunerações gal.
Níveis Categorias profissionais
mínimas mensais (€)
1 Chefe de fábrica 1 000,00 Depositado em 17 de agosto de 2018, a fl. 67 do livro
2
Chefe de departamento/Adjunto
850,00
n.º 12, com o n.º 171/2018, nos termos do artigo 494.º do
chefe de fábrica Código do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009, de 12 de
Técnico superior/Adjunto fevereiro.
3 780,00
departamento
Técnico administrativo
4 690,00
Chefe de turno/Team leader

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

Acordo de empresa entre a Autoestrada do Algarve partes indicará à outra e ao ministério competente, no prazo
- Via do Infante - Sociedade Concessionária - AAVI, de 30 dias após a publicação deste AE, a identificação dos
SA e o CESP - Sindicato dos Trabalhadores do seus representantes.
Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal 4- É permitido a qualquer das partes proceder à substitui-
ção dos seus representantes mediante comunicação ao mi-
nistério competente e às demais partes, com antecedência de
Aos vinte dias do mês de abril de dois mil e dezoito, pelas
15 dias.
10 horas, na sede da sociedade, sita em Lisboa, Av. da Repú-
5- A comissão paritária só pode deliberar desde que este-
blica, n.º 32, 3. ° Esq., em Lisboa, reuniram os representantes
jam presentes metade dos membros representantes de cada
da sociedade Autoestrada do Algarve - Via do Infante - So-
parte.
ciedade Concessionária - AAVI, SA, adiante designada de
6- As deliberações da comissão paritária serão tomadas
empresa e os representantes do sindicato CESP - Sindicato
por unanimidade e enviadas ao ministério competente, para
dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de
publicação, passando a constituir parte integrante deste AE.
Portugal, adiante designado de sindicato, todos devidamente
7- Salvo acordo em contrário das partes, o mesmo assunto
credenciados.
não poderá ser incluído na agenda de trabalhos de mais de
duas reuniões.
CAPÍTULO I 8- As reuniões da comissão paritária podem ser convoca-
das por qualquer das partes, com antecedência não inferior
Âmbito e vigência a 15 dias, com indicação do dia, hora, local, agenda porme-
norizada dos assuntos a serem tratados e respectiva funda-
Cláusula 1.ª mentação.
9- As despesas emergentes do funcionamento da comissão
(Área e âmbito)
paritária serão suportadas pela empresa, excepto no que diz
1- O presente acordo de empresa (AE) aplica-se em todo o respeito aos representantes da associação sindical e dos seus
território nacional e obriga, por uma parte, a Autoestrada do assessores, que não sejam trabalhadores da empresa.
Algarve - Via do Infante - Sociedade Concessionária - AAVI, 10- As comunicações e convocatórias previstas nesta cláu-
SA, e, por outra, os trabalhadores ao seu serviço filiados no sula serão efectuadas por carta registada com aviso de re-
CESP - Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritó- cepção.
rios e Serviços de Portugal.
2- Sem prejuízo do disposto no número anterior e para os
CAPÍTULO II
efeitos do disposto na alínea g) do número 1 do artigo 492.º
do Código do Trabalho, o número de trabalhadores abran-
gidos pelo presente acordo, à data da sua assinatura é de 34
Admissões e enquadramento profissional
trabalhadores.
Cláusula 4.ª
3- A empresa outorgante do presente acordo desenvolve a
actividade de gestão de infra-estruturas dos transportes ter- (Condições de admissão)
restres (CAE 52211).
1- O quadro de pessoal da empresa é constituído pelos tra-
Cláusula 2.ª balhadores que se encontram ao seu serviço, competindo à
empresa a admissão de trabalhadores para preenchimento de
(Vigência, denúncia e revisão) novos postos de trabalho.
1- O AE entra em vigor cinco dias após a sua publicação 2- A admissão para o quadro de pessoal da empresa poderá
no Boletim do Trabalho e Emprego, sendo o seu período de ser precedida de exame médico adequado, sendo os respecti-
vigência de 12 meses, produzindo a tabela salarial e cláusu- vos custos suportados pela empresa.
las de expressão pecuniária efeitos reportados a 1 de janeiro 3- O contrato de trabalho constará de documento escrito,
de cada ano. assinado por ambas as partes, em dois exemplares, um des-
2- A denúncia e os processos de revisão do presente AE tinado à empresa e, o outro ao trabalhador, o qual deverá
reger-se-ão pelas normas legais que estiverem em vigor. conter a informação prevista na lei.
Cláusula 3.ª Cláusula 5.ª

(Comissão paritária) (Carreiras profissionais/Categorias profissionais)


1- É constituída uma comissão paritária formada por dois 1- A empresa deve desenvolver uma política de gestão dos
representantes da empresa e dois do sindicato outorgante do seus recursos humanos que motive e proporcione a evolu-
AE, permitindo-se a sua assessoria, por idêntico número por ção profissional dos seus trabalhadores, através de forma-
cada uma das partes. ção, rotação e de acesso a funções mais qualificadas, dentro
2- Compete à comissão paritária interpretar cláusulas do da mesma profissão, em ordem a assegurar condições para
presente AE e integrar lacunas. desenvolvimento de carreiras profissionais abertas aos traba-
3- Para efeitos da respectiva constituição, cada uma das lhadores, nos limites das suas aptidões e capacidades.

3060
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

2- Todos os trabalhadores abrangidos por este acordo se- laboração e que se tornem objecto de qualquer forma de re-
rão classificados, de harmonia com as suas funções, numa gisto ou patente, sem prejuízo para a empresa do direito de
das carreiras profissionais e numa das categorias profissio- preferência na sua utilização;
nais estabelecidas no anexo I. i) Não exigir que o trabalhador execute tarefas que não
façam parte do seu posto de trabalho ou não correspondam
Cláusula 6.ª
às descritas para a sua categoria profissional, salvo nos casos
(Contratos a termo) previstos na lei;
j) Segurar os trabalhadores, ainda que deslocados, contra
A admissão de trabalhadores contratados a termo resolu-
acidentes de trabalho de que possam resultar incapacidade
tivo fica sujeita ao regime legal respectivo.
permanente ou morte, incluindo os que ocorram durante as
Cláusula 7.ª deslocações de ida e regresso de trabalho e durante os inter-
valos para as refeições;
(Acessos e promoções) k) Nas relações reguladas pelo presente AE deve ser obser-
As promoções e os acessos a categorias profissionais se- vado o princípio da não discriminação baseada na ascendên-
rão as constantes do anexo II. cia, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convic-
ções políticas e sindicalização;
CAPÍTULO III l) Possibilitar o exercício de cargos em organizações re-
presentativas dos trabalhadores.
Direitos e deveres das partes 2- A empresa obriga-se a cumprir as disposições legais re-
ferentes aos direitos e deveres do trabalhador em matéria de
Cláusula 8.ª igualdade e não discriminação, à proteção da maternidade
e da paternidade, ao trabalho feminino, ao trabalhador-estu-
(Princípio geral) dante e ao trabalho de menores.
1- A empresa e o trabalhador, no cumprimento das respeti- Cláusula 10.ª
vas obrigações, assim como no exercício dos corresponden-
tes direitos, devem proceder de boa fé. (Quotizações sindicais)
2- Na execução do contrato de trabalho devem as partes 1- A empresa obriga-se a deduzir nos salários e a enviar
colaborar na obtenção de maior produtividade, bem como na aos sindicatos respetivos, até ao dia 15 do mês seguinte
formação humana, profissional e social do trabalhador. àquele a que digam respeito, as quotizações dos trabalha-
Cláusula 9.ª dores neles sindicalizados, se estes tiverem individualmente
declarado, por escrito, autorizar esta dedução ou tiverem so-
(Deveres da empresa) licitado expressamente por escrito tal dedução e envio nos
1- A empresa obriga-se a: termos da lei.
a) Cumprir as obrigações decorrentes deste AE e da legis- 2- A dedução referida no número anterior será processada
lação do trabalho aplicável; e produzirá efeitos a partir do mês seguinte àquele em que a
b) Instituir ou manter procedimentos correctos e justos em declaração tenha sido apresentada nos serviços competentes
todos os assuntos que envolvam relações com os trabalha- da empresa.
dores; Cláusula 11.ª
c) Providenciar para que haja bom ambiente e instalar os
trabalhadores em boas condições nos locais de trabalho, no- (Deveres do trabalhador)
meadamente no que diz respeito à higiene, segurança do tra- O trabalhador obriga-se a:
balho e prevenção de doenças profissionais; a) Cumprir as obrigações decorrentes deste AE e da legis-
d) Não exigir do trabalhador execução de actos ilícitos ou lação do trabalho aplicável;
contrários a regras deontológicas da profissão, legalmente b) Exercer com competência, zelo, pontualidade e assidui-
reconhecidas, ou que violem normas de segurança estabele- dade as funções que lhe estejam confiadas;
cidas na lei ou na empresa; c) Guardar sigilo sobre os assuntos de natureza confiden-
e) Facultar ao trabalhador elementos do seu processo indi- cial ou cuja divulgação infrinja a deontologia profissional;
vidual, sempre que aquele, justificadamente, o solicite; d) Cumprir as ordens e directivas dos responsáveis no que
f) Passar certificados de que o trabalhador, justificadamen- diz respeito à execução e disciplina do trabalho, em tudo o
te, careça, contendo as referências por este expressamente que não se mostre contrário aos direitos e garantias dos tra-
solicitadas e que constem do seu processo individual; balhadores;
g) Promover e facilitar a formação profissional do traba- e) Respeitar e tratar com urbanidade e probidade o empre-
lhador e, de um modo geral, contribuir para a elevação dos gador, os superiores hierárquicos, os companheiros de traba-
seus níveis profissional e de produtividade; lho e as demais pessoas que estejam ou entrem em relação
h) Reconhecer, nos termos da lei, a propriedade intelectual com a empresa;
do trabalhador em relação a invenções ou descobertas suas f) Cooperar com a empresa para a melhoria do sistema de
que envolvam desenvolvimento ou melhoria de processos de segurança, higiene e saúde no trabalho, nomeadamente por

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

intermédio dos representantes dos trabalhadores eleitos para Cláusula 14.ª


esse fim;
g) Cumprir e fazer cumprir as normas de salubridade, hi- (Actividade sindical no interior da empresa)
giene e segurança no trabalho; 1- Os trabalhadores e os sindicatos têm direito a desenvol-
h) Zelar pelo bom estado e conservação dos bens que lhe ver atividade sindical no interior da empresa, nomeadamen-
forem confiados pela empresa; te através de delegados sindicais e comissões sindicais, nos
i) Promover ou executar os actos tendentes à melhoria de termos da lei.
produtividade da empresa e da qualidade de serviço, desde 2- Os delegados sindicais que beneficiem do regime de
que se encontrem convenientemente assegurados os meios protecção previsto na lei terão direito a 8 horas mensais re-
apropriados para o efeito; muneradas.
j) Prestar às hierarquias, em matéria de serviço, os escla- 3- A empresa manterá em todos os locais de trabalho a in-
recimentos que lhe sejam solicitados; formação completa e atualizada dos direitos e deveres dos
k) Guardar lealdade à empresa, não negociando por conta trabalhadores e dos seus órgãos representativos, nas matérias
própria ou alheia em concorrência com ela, nem divulgando referidas no número um da presente cláusula, através de có-
informações referentes à sua organização, métodos de pro- pia integral das respetivas disposições legais.
dução ou negócio;
l) Frequentar as acções de formação profissional a que se CAPÍTULO IV
refere a alínea g) do número 1 da cláusula 9.ª e procurar ob-
ter, no âmbito delas o melhor aproveitamento. Prestação do trabalho
Cláusula 12.ª
Cláusula 15.ª
(Garantias dos trabalhadores)
(Duração e organização do tempo de trabalho)
É vedado á empresa:
a) Opor-se, por qualquer forma, a que os trabalhadores 1- Entende-se por horário de trabalho a determinação das
exerçam os seus direitos, bem como aplicar-lhes sanções por horas de início e do termo do período normal de trabalho
causa desse exercício; diário e dos intervalos de descanso, bem como do descanso
b) Obstar, injustificadamente, à prestação efectiva do tra- semanal.
balho; 2- Compete à empresa a organização temporal do trabalho,
c) Exercer pressão sobre os trabalhadores para que actuem nomeadamente o estabelecimento dos horários que melhor
no sentido de influir desfavoravelmente nas condições de tra- se adequem às diferentes atividades e/ou instalações, dentro
balho deles ou dos seus colegas; do quadro normativo fixado na lei e neste AE.
d) Baixar a categoria ou a retribuição dos trabalhadores, 3- O período normal de trabalho não poderá ser superior
salvo nos casos previstos na lei e no presente AE; a quarenta horas semanais, em termos de média anual, com
e) Transferir os trabalhadores para outro local de trabalho, salvaguarda das situações e regimes individuais em que já
salvo nos casos previstos na lei e no presente AE, ou quando sejam praticados períodos normais de trabalho inferiores.
haja acordo por escrito; 4- Sempre que a empresa pretenda proceder a qualquer al-
f) Obrigar os trabalhadores a adquirirem bens ou a utiliza- teração na organização do tempo de trabalho, deverá ouvir,
rem serviços fornecidos pela empresa ou por ela indicados; previamente, de acordo com a lei, as estruturas representati-
g) Explorar com fins lucrativos quaisquer cantinas, refei- vas dos trabalhadores e os trabalhadores interessados.
tórios, economatos ou outros estabelecimentos directamente 5- O período de trabalho diário deve ser interrompido por
relacionados com o trabalho, para fornecimento de bens ou um intervalo de descanso de duração não inferior a uma hora
prestação de serviços aos trabalhadores; nem superior a duas, de modo a que os trabalhadores não
h) Despedir qualquer trabalhador, salvo nos termos da lei. prestem mais de cinco horas de trabalho consecutivo, salvo
o disposto no número seguinte.
Cláusula 13.ª 6- Nos horários fixos estabelecidos em atividades e postos
de trabalho de laboração contínua, poderão ser organizados
(Formação profissional)
horários com exclusão do intervalo de descanso, no pressu-
1- A empresa deverá promover e facilitar a formação pro- posto de que serão facultados pequenos intervalos interca-
fissional e atualização dos trabalhadores e o seu contínuo lares para descanso, considerados como tempo de serviço
aperfeiçoamento profissional, não só com o objectivo de efetivo, de duração e frequência irregulares e dependentes
melhorar os níveis de desempenho e de produtividade, mas das características dos postos de trabalho e das exigências da
também o desenvolvimento das potencialidades e aptidões atividade em que estes se inserem.
dos trabalhadores. 7- O tempo gasto pelos trabalhadores fora dos seus perí-
2- O trabalhador deve participar de modo diligente nas odos normais de trabalho, nas suas deslocações a tribunais,
ações referidas no número anterior e procurar obter, no âm- para prestarem depoimento em processos nos quais a em-
bito delas, o melhor aproveitamento. presa seja parte é, para todos os efeitos previstos neste AE,

3062
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

considerado como trabalho suplementar. 2- O trabalho suplementar será prestado segundo indica-
8- É garantido ao trabalhador um período mínimo de des- ção da hierarquia, dada com a antecedência possível.
canso de onze horas seguidas entre dois períodos diários 3- O trabalho suplementar fica sujeito ao limite de duzen-
consecutivos de trabalho. tas horas por ano e por trabalhador.
4- Para os trabalhadores que trabalham em regime de tur-
Cláusula 16.ª
no com folgas variáveis, as respectivas escalas distinguirão
(Trabalho por turnos) o dia de descanso semanal obrigatório, do dia de descanso
semanal complementar.
1- Sempre que o período normal de laboração ultrapasse
5- A prestação de trabalho suplementar, em dia útil, em dia
os limites máximos dos períodos normais de trabalho, serão
de descanso semanal complementar e em dia feriado, con-
elaborados horários por turnos.
fere ao trabalhador o direito a um descanso compensatório
2- As escalas serão efetuadas com uma periodicidade
remunerado, correspondente a 25 % das horas de trabalho
mensal e a empresa obriga-se a disponibilizá-las aos traba-
suplementar realizado, o qual se vence quando perfizer um
lhadores e seus órgãos representativos, com a antecedência
número de horas igual ao período normal de trabalho diário
mínima de 30 dias, independentemente dos ajustamentos que
e deve ser gozado nos 90 dias seguintes.
vierem a ser necessários fazer em função de ausências im-
6- O trabalhador que presta trabalho em dia de descanso
previstas.
semanal obrigatório tem direito a um dia de descanso com-
3- O trabalhador só poderá ser mudado de turno para que
pensatório remunerado, a gozar num dos três dias úteis se-
esteja escalado, após um período de descanso não inferior a
guintes.
vinte e quatro horas, às quais deverá sempre acrescer o inter-
7- O descanso compensatório é marcado por acordo entre
valo de 11 horas previsto no número 8 da cláusula anterior,
trabalhador e empresa ou, na sua falta, pela empresa.
salvo situações de necessidade imperiosa da empresa em que
8- Quando o descanso compensatório for devido por tra-
o trabalhador poderá dar o seu acordo à redução do seu perí-
balho suplementar não prestado em dia de descanso semanal
odo de descanso para 7 horas.
obrigatório, pode este ser substituído por remuneração, com
4- São permitidas trocas de turno entre trabalhadores que
um acréscimo de 100 %, do trabalho prestado no período
desempenhem as mesmas funções, por sua iniciativa, nas se-
correspondente à fruição desse direito, a determinar pela em-
guintes condições cumulativas:
presa.
a) Acordo dos interessados;
b) Aceitação prévia da empresa; Cláusula 18.ª
c) Não violação de normas legais imperativas;
d) Não implicar a prestação de trabalho no dia de descanso (Descanso semanal)
obrigatório ou em turnos consecutivos no mesmo dia; 1- Os trabalhadores têm direito a dois dias de descanso se-
e) Não obrigar ao pagamento de trabalho suplementar. manal.
5- Os trabalhadores em regime de turnos de laboração con- 2- Aos trabalhadores que trabalham em regime de turno
tínua não poderão abandonar o posto de trabalho, uma vez com folgas variáveis, serão sempre assegurados, em escala,
cumprido o seu período normal de trabalho, sem que sejam dois dias de descanso semanal, em termos de média anual.
substituídos, devendo, porém, a empresa adoptar as medidas 3- Para os trabalhadores que trabalham em regime de turno
necessárias para que as substituições se concretizem logo com folgas variáveis, as respetivas escalas distinguirão o dia
que possível. O tempo necessário à substituição será sempre de descanso semanal obrigatório, do dia de descanso sema-
pago como trabalho suplementar. nal complementar.
6- O trabalhador é obrigado à prestação de trabalho su- 4- Sempre que possível, a empresa procurará fazer coinci-
plementar, salvo quando, invocando motivos atendíveis, ex- dir um dos dias de descanso com um sábado ou um domingo,
pressamente solicitar a sua dispensa. garantindo no mínimo 11 dias de descanso semanal por ano
7- Não estão sujeitos à obrigação estabelecida no número coincidentes com um sábado ou um domingo.
anterior os trabalhadores nas seguintes condições:
Cláusula 19.ª
a) Que sejam portadores de deficiência;
b) Mulheres grávidas, lactantes ou com filhos de idade in- Local de trabalho
ferior a doze meses;
1- O local de trabalho terá de ser definido, por escrito, no
c) Menores;
acto de admissão de cada trabalhador.
d) Outros trabalhadores legalmente dispensados.
2- Na gestão de recursos humanos o empregador continu-
Cláusula 17.ª ará a privilegiar a prática de colocar os trabalhadores o mais
próximo possível das respectivas residências, relativamente
(Trabalho suplementar) às instalações onde desempenhem funções.
1- Sem prejuízo do disposto na lei, considera-se trabalho
Cláusula 20.ª
suplementar aquele que for prestado fora dos períodos nor-
mais de trabalho e tiver sido, como tal, expressamente de- (Férias e subsídio de férias)
terminado ou autorizado pela empresa, através da hierarquia
Em matéria de férias e subsídio de férias, as relações en-
competente.

3063
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

tre a empresa e os trabalhadores abrangidos pelo presente e regulamentos estabelecidos pela empresa, assegurando os
AE são reguladas pela lei e pelas normas regulamentares vi- necessários fluxos de informação relacionados com a sua ac-
gentes. tividade. Coordena a actividade de patrulhamento e assistên-
cia a clientes e, se necessário, efectua atendimento persona-
Cláusula 21.ª
lizado. Pode registar ocorrências verificadas na auto-estrada
(Feriados e faltas) e organizar e preencher expediente de apoio à sua actividade.
Oficial de assistência e vigilância - Procede a patrulha-
1- Em matéria de feriados e faltas ao trabalho, as relações
mento ao longo da auto-estrada, assegurando a sua vigilân-
entre a empresa e os trabalhadores abrangidos pelo presente
cia, prestando assistência a clientes e procede à sinalização
AE são reguladas pela lei e pelas normas regulamentares vi-
adequada em situações de ocorrências, avarias e/ou sinistros.
gentes, salvo o disposto no número seguinte.
Realiza trabalhos pontuais de operação e manutenção com-
2- A Terça-Feira de Carnaval e o dia de feriado municipal
patíveis com a sua actividade de vigilância.
passarão a ser feriados obrigatórios.
2- Carreira de manutenção
CAPÍTULO V Encarregado de assistência e manutenção - É o profis-
sional que, possuindo conhecimentos técnicos e experiência
Retribuição e outras atribuições patrimoniais nas áreas de infra-estruturas rodoviárias, coordena os meios
humanos e materiais afectos ao sector de assistência a uten-
Cláusula 22.ª tes. Coordena e controla os meios necessários às actividades
de conservação/manutenção da infra-estrutura e instalações
(Retribuição)
da empresa; articula intervenções a realizar na infra-estrutu-
1- Considera-se retribuição a prestação a que, nos termos ra, apoiando e fiscalizando a sua execução.
do contrato, das normas que o regem, dos usos ou do presen- Técnico de telemática e electricidade - É o profissional
te AE, o trabalhador tiver direito como contrapartida do seu responsável pela gestão de todos os equipamentos de tele-
trabalho, com carácter regular ou periódico. mática e de electricidade existentes na infra-estrutura. Co-
2- As remunerações mensais de base das categorias abran- ordena uma equipa na execução de trabalhos de manutenção
gidas por este acordo de empresa são as constantes do anexo e conservação dos referidos equipamentos. Pode orientar
III. trabalhos de montagem e instalações de sistemas de campo.
3- Para cada categoria profissional prevista no anexo I há Operador de equipamentos especiais - É o profissional
uma remuneração mínima (nível 1) e níveis remuneratórios responsável pela operação de equipamentos especiais e pela
suplementares diferenciados, cuja atribuição depende do execução de operações de manutenção e conservação da
mérito apurado através das avaliações anuais de objectivos infra-estrutura.
realizadas pela empresa, nos termos do anexo II. Oficial de conservação e manutenção - É o profissional
4- A atribuição individual de níveis produzirá efeitos a que executa as diferentes tarefas de conservação/manuten-
partir do dia 1 do mês de janeiro do ano seguinte ao que se ção da infra-estrutura; coordena pequenas equipas de traba-
refere a avaliação de individual de objectivos. lho, nomeadamente em operações de desobstrução e limpeza
Cláusula 23.ª da infra-estrutura, e na montagem/desmontagem de esque-
mas de sinalização provisória.
(Subsídio de refeição) Oficial de telemática e electricidade - É o profissional
1- O trabalhador, pelo período normal de trabalho diário que localiza e identifica o tipo de avarias, procedendo à ma-
efectivamente prestado e desde que integrado no processo nutenção e à reparação de instalações e de equipamentos de
produtivo, tem direito a um subsídio de refeição de 6,60 €. telemática e de electricidade.
2- Entende-se como integrado no processo produtivo o tra- Ajudante de conservação e manutenção - É o profissional
balhador que tenha prestado trabalho efetivo num período que executa tarefas de conservação/manutenção da infra-es-
mínimo de 4 horas. trutura, nomeadamente a substituição de elementos danifica-
3- Este subsídio será também devido em situação de tra- dos (guardas de segurança, sinalização vertical/horizontal),
balho suplementar, desde que prestadas, no mínimo 4 horas. desobstrução e ou limpeza da auto-estrada.
3- Carreira de apoio
ANEXO I
Técnico de informática - Dá apoio à gestão de todos os
Descrição de funções sistemas informáticos e de telecomunicações. Fornece supor-
te à rede de utilizadores bem como à rede de equipamentos
1- Carreira de operação de tráfego de estrada. Auxilia no diagnóstico e resolução de problemas
Operador do centro de controlo de tráfego - Opera os nos vários sistemas, garantindo a sua interligação. Auxilia
equipamentos existentes no centro de controlo de tráfego. É no diagnóstico e formulação de soluções para novas imple-
responsável pela análise da informação recebida e pela mo- mentações. Realiza a análise de logs para identificação de
bilização de meios necessários à resolução de ocorrências potenciais problemas. Planeia, coordena e controla os meios
verificadas na auto-estrada, em conformidade com as normas necessários às actividades de controlo de tráfego, garantindo

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

o nível de serviço definido pela empresa. carácter administrativo no âmbito do respectivo secretariado.
Técnico oficial de contas - Organiza e dirige os serviços Recepcionista - É o profissional que recebe, atende e
de contabilidade; estuda a planificação dos circuitos conta- encaminha as pessoas que pretendem estabelecer contactos
bilísticos, analisando os diversos sectores de actividade da com os órgãos da empresa a cujo apoio se encontra adstrito;
empresa, de forma a assegurar uma recolha de elementos recebe e transmite mensagens, escritas ou telefónicas, anota
precisos, com vista à determinação de custos e resultados indicações que lhe sejam dadas; pode prestar serviços com-
de exploração; elabora o plano de contas a utilizar para a plementares de carácter administrativo no âmbito do respec-
obtenção de elementos mais adequados à gestão económico- tivo secretariado.
-financeira e cumprimento da legislação comercial e fiscal; Fiel de armazém - É o profissional que, possuindo conhe-
supervisiona a escrituração dos registos e livros de contabi- cimentos genéricos de materiais e do funcionamento e gestão
lidade, coordenando, orientando e dirigindo o pessoal encar- de armazéns, assegura o fornecimento de materiais/artigos
regado dessa execução; fornece os elementos contabilísticos aos vários sectores, efectuando o seu controlo na recepção,
necessários à definição da política orçamental e organiza e fornecimento e stock de armazém.
assegura o controlo da execução do orçamento: elabora ou
certifica os balancetes e outras informações contabilísticas ANEXO II
a submeter à administração ou a fornecer a serviços públi-
cos; procede ao apuramento de resultados, dirigindo o en- Regulamento de carreiras
cerramento das contas e a elaboração do respectivo balanço,
que apresenta e assina: elabora o relatório explicativo que Cláusula 1.ª
acompanha a apresentação de contas ou fornece indicações
para essa elaboração; efectua as revisões contabilísticas ne- (Âmbito)
cessárias, verificando os livros ou registos para se certificar As disposições do presente anexo constituem o regula-
da correcção da respectiva escrituração. Pode assumir a res- mento de carreiras aplicável a todas as categorias profissio-
ponsabilidade pela regularidade fiscal da empresa, devendo nais abrangidas pelo presente AE e que constam do anexo I.
assinar, conjuntamente com ela, as respectivas declarações
fiscais. Nestes casos, terá de estar inscrito, no termo dos Es- Cláusula 2.ª
tatuto dos Técnicos Oficiais de Contas, na Ordem dos Técni- (Conceitos fundamentais)
cos Oficiais de Contas.
Técnico administrativo-financeiro - Organiza e executa 1- Por «Carreira profissional», entende-se um conjunto
trabalhos de natureza técnica de âmbito financeiro e conta- hierarquizado de categorias profissionais agrupadas de acor-
bilístico, no apoio directo à actividade do técnico oficial de do com a natureza das actividades ou funções exercidas, e
contas. Colabora na planificação dos circuitos contabilísticos que enquadra a evolução do trabalhador durante a sua vida
e na recolha de elementos precisos com vista à determinação na empresa.
de custos e resultados de exploração: colabora da escritura- 2- Por «Categoria profissional», entende-se um conjunto
ção dos registos e livros de contabilidade; colabora na execu- de funções coerentes e articuladas entre si, formando uma
ção do orçamento; colabora na execução de balancetes e ou- actividade e integradora do objecto da prestação do trabalho.
tras informações contabilísticas a submeter à administração 3- Por «Progressão», (evolução horizontal) entende-se a
ou a fornecer a serviços públicos; colabora no apuramento de evolução nos escalões de remuneração dentro da mesma ca-
resultados e na elaboração do respectivo balanço. tegoria profissional, envolvendo, ou não, diferentes exigên-
Técnico administrativo - É o profissional que organiza e cias.
executa trabalhos de natureza técnica de âmbito administrati- 4- Por «Nível de remuneração», entende-se a remuneração
vo, nomeadamente o registo da correspondência e respectiva base correspondente a cada um dos níveis salariais do AE.
distribuição, assegurando a circulação da informação segun- Cláusula 3.ª
do as normas existentes e ou directivas recebidas, a análise
e verificação de documentos e a recolha e tratamento de ele- (Avaliação individual de objectivos)
mentos específicos de trabalho para posteriores tomadas de 1- A avaliação individual de objectivos de cada trabalha-
decisão, mantendo atualizados os arquivos e ficheiros que dor influenciará a progressão do seu nível de remuneração de
forem necessários. Assegura na parte documental o apoio acordo com o disposto na cláusula seguinte.
administrativo, técnico e jurídico, a profissionais hierárqui- 2- Não serão avaliados os trabalhadores que, no período a
ca ou funcionalmente superiores. Pode executar tarefas de que reporta a avaliação, tenham um período de desempenho
apoio e secretariado a titulares de cargos da administração e efectivo de funções inferior a 8 meses.
direcção, actuando de acordo com as orientações transmiti- 3- A avaliação é da competência da chefia directa do traba-
das. Pode coordenar as actividades de colaboradores menos lhador, competindo à chefia máxima a homogeneização para
qualificados. Pode também receber, atender e encaminhar as efeitos de quotas.
pessoas que pretendam estabelecer contactos com os órgãos 4- O processo de avaliação deverá estar concluído até 31
da empresa a cujo apoio se encontra adstrito; receber e trans- de março do ano seguinte àquele a que respeita a avaliação
mitir mensagens, escritas ou telefónicas, anotar indicações individual de objectivos e deverá ser comunicado ao traba-
que lhe sejam dadas e prestar serviços complementares de lhador por escrito até ao dia 15 de abril desse mesmo ano.

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5- O processo de avaliação, da exclusiva responsabilidade –– Classificação «A» - Muito Bom (20 %) - 3 pontos
da empresa, obedecerá ainda às seguintes regras gerais: –– Classificação «B» - Bom (30 %) - 2 pontos
a) A empresa, antes de proceder à avaliação individual de –– Classificação «C» - Suficiente (50 %) - 1 pontos
objectivos, esclarecerá os trabalhadores sobre os factores –– Classificação «D» - Insuficiente - 0 pontos
que serão objecto de análise;
Cláusula 4.ª
b) Dos resultados da avaliação obtidos será entregue cópia
ao trabalhador da ficha de avaliação, para, querendo, poder (Critérios de progressão)
fundamentar eventual reclamação;
1- A progressão nos níveis de remuneração ocorre quando
c) O trabalhador poderá reclamar, no prazo de 15 dias úteis
o trabalhador acumular 8 pontos, até ao limite do número
a partir da data em que lhe tiver sido comunicado o resultado
de níveis de remuneração que existir na sua categoria pro-
da sua avaliação;
fissional.
d) A empresa reanalisará obrigatoriamente a avaliação dos
2- A progressão produzirá sempre efeitos a 1 de janeiro do
factores sobre os quais tenha recaído a reclamação, dando
ano seguinte àquele a que se reporta a avaliação individual
resposta ao reclamante num prazo máximo de 60 dias, após
de objectivos que permitiu totalizar o número de pontos ne-
a recepção da reclamação.
cessários a essa progressão.
6- A avaliação individual de objectivos tem 4 níveis, en-
contra-se sujeita obrigatoriamente ao cumprimento de per- Cláusula 5.ª
centagens máximas e traduz-se na atribuição de pontos, de A aplicação do presente anexo terá início do ano de 2019,
acordo com a tabela seguinte: ano em que se iniciará a avaliação individual de objectivos.

ANEXO III

Tabela salarial 2018


Níveis Remuneratórios € (mínimo)
Carreira Categorias
1 2 3 4 5 6 7

Supervisor do Centro de Controlo de Tráfego 939 € 966 € 994 € 1.025 € 1.055 € 1.087 € 1.119 €
Operação de
Operador do Centro de Controlo de Tráfego 864 € 889 € 914 € 943 € 973 € 1.000 € 1.029 €
Tráfego
Oficial de Assistência e Vigilância 759 € 804 € 855 € 880 € 905 € 932 € 961 €

Encarregado de Assistência e Manutenção 1.979 € 2.039 € 2.099 € 2.163 € 2.228 € 2.294 € 2.363 €

Técnico de Telemática e Electricidade 1.864 € 1.921 € 1.978 € 2.036 € 2.098 € 2.160 € 2.226 €

Operador de Equipamentos Especiais 1.086 € 1.117 € 1.151 € 1.187 € 1.220 € 1.257 € 1.296 €
Manutenção
Oficial de Conservação e Manutenção 978 € 1.006 € 1.036 € 1.068 € 1.099 € 1.131 € 1.166 €

Oficial de Telemática e Electricidade 838 € 864 € 888 € 915 € 944 € 971 € 999 €

Ajudante de Conservação e Manutenção 782 € 804 € 829 € 855 € 881 € 905 € 933 €

Técnico Informática 963 € 992 € 1.023 € 1.052 € 1.083 € 1.118 € 1.149 €

Técnico Oficial de Contas 1.530 € 1.576 € 1.624 € 1.672 € 1.722 € 1.774 € 1.828 €

Técnico Administrativo - Financeiro 1.154 € 1.189 € 1.224 € 1.260 € 1.299 € 1.338 € 1.378 €
Apoio Técnico Administrativo 1.030 € 1.062 € 1.094 € 1.126 € 1.161 € 1.195 € 1.230 €

Recepcionista 761 € 783 € 805 € 830 € 857 € 882 € 907 €

Fiel de Armazém 1.038 € 1.067 € 1.100 € 1.133 € 1.167 € 1.202 € 1.237 €

Trabalhador de Limpeza 767 € 789 € 811 € 837 € 862 € 888 € 913 €

Lisboa, 20 de abril de 2018. Pela Autoestrada do Algarve - Via do Infante - Sociedade


Concessionária - AAVI, SA:
Pelo CESP - Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Juan Pablo Matute Tejerina, na qualidade de procurador.
Escritórios e Serviços de Portugal: Manuel José Barrero Morillo, na qualidade de procurador.
Maria José Jesus Madeira, na qualidade de mandatária.
Ivo Monteiro Santos, na qualidade de mandatário. Depositado em 16 de agosto de 2018, a fl. 66 do livro
Hugo Norberto Borralho Fialho, na qualidade de man- n.º 12, com o n.º 169/2018, nos termos do artigo 494.º do
datário. Código do Trabalho aprovado pela Lei n.º 7/2009, de 12 de
fevereiro.

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Acordo de empresa entre a Santa Casa da Miseri- 3- A existência de uma proposta formal de revisão, a que
córdia de Alvor e o Sindicato dos Trabalhadores da se refere o número anterior, obriga a parte destinatária a uma
Administração Pública e de Entidades com Fins resposta escrita no prazo de 30 dias.
Públicos - SINTAP 4- Decorrido o prazo de vigência previsto no número 1, o
acordo renova-se por períodos de 12 meses, salvo denúncia
por qualquer das partes.
CAPÍTULO I 5- Havendo denúncia, o acordo renova-se por um período
de 12 meses, desde que as partes estejam em negociação.
Disposições gerais 6- Decorrido o prazo previsto no número anterior, o acordo
mantém-se em vigor por um período máximo de 6 meses,
Cláusula 1.ª desde que se tenha iniciado a conciliação, a mediação ou a
arbitragem voluntária, até à conclusão do respetivo procedi-
Âmbito de aplicação mento.
1- O presente acordo de empresa, adiante designado por 7- Esgotados os prazos previstos nos números 4 e 5, sem
AE ou acordo, obriga por um lado, a Santa Casa da Mise- que tenha sido determinada a realização da arbitragem obri-
ricórdia de Alvor, adiante designada por instituição, e por gatória, o acordo cessa os seus efeitos relativamente aos con-
outro, os trabalhadores ao seu serviço vinculados por contra- tratos de trabalho abrangidos pelo mesmo, salvo quanto à
to de trabalho aqui representados pelo Sindicato dos Traba- retribuição, categoria e respetiva definição, e à duração do
lhadores da Administração Pública e de Entidades com Fins tempo de trabalho.
Públicos - SINTAP, adiante designado por SINTAP. Cláusula 4.ª
2- Para efeitos do número 1 da alínea g) do artigo 492.º do
Código do Trabalho e nos termos dos artigos 496.º e 497.º do Denúncia
mesmo diploma serão abrangidos pelo presente AE, cerca de 1- O acordo pode ser denunciado por qualquer das partes,
51 (cinquenta e um) trabalhadores. mediante comunicação escrita à outra parte, com a antece-
3- O acordo obriga também, independentemente da natu- dência de, pelo menos, 3 meses em relação ao termo dos pra-
reza do seu vínculo contratual com a instituição, na parte zos de vigência previstos no artigo anterior e deve ser acom-
que não seja incompatível com o estatuto legal que lhes for panhada de proposta negocial e respetiva fundamentação.
aplicável, os trabalhadores que exercem funções em regime 2- A parte que recebe a denúncia deve responder por escri-
de comissão de serviço, nos termos do presente AE. to, no prazo de 30 dias após a receção da proposta negocial,
4- O presente AE, incluindo os seus anexos, aplica-se na devendo a resposta, devidamente fundamentada, conter a
freguesia de Alvor. posição relativa a todas as cláusulas da proposta, aceitando,
5- Para efeitos do disposto no número 1 da alínea c) do recusando ou contrapropondo.
artigo 492.º do Código do Trabalho, os âmbitos de atividade 3- A contraproposta pode abordar outras matérias não pre-
da instituição correspondem aos códigos de atividade eco- vistas na proposta, que deverão ser também consideradas pe-
nómica (CAE, REV. 3) 87301 - Atividades de apoio social las partes como objeto de negociação.
para pessoas idosas, com alojamento e 88910 - Atividades de 4- Após a receção da resposta, as negociações terão a du-
cuidados para crianças, sem alojamento. ração de 30 dias, findos os quais as partes decidirão da sua
Cláusula 2.ª continuação ou da passagem à fase seguinte do processo de
negociação coletiva de trabalho.
Regime aplicável
Cláusula 5.ª
1- Aos trabalhadores da instituição previstos na cláusula
anterior é aplicável o regime constante do presente acordo e Cessação
das deliberações da comissão paritária que o venham a inter- O presente acordo pode cessar:
pretar ou integrar. a) Mediante revogação, por acordo das partes;
2- Em tudo o que o presente acordo for omisso ou mais b) Por caducidade, nos termos da cláusula 3.ª
favorável, aplica-se o disposto no Código do Trabalho e res-
petiva legislação complementar. Cláusula 6.ª

Cláusula 3.ª Manutenção dos direitos adquiridos


Com salvaguarda do entendimento do que este AE re-
Vigência e sobrevigência
presenta, no seu todo, um tratamento mais favorável, da sua
1- O AE entra em vigor 5 dias após a sua publicação no aplicação não poderá resultar qualquer prejuízo para os tra-
Boletim do Trabalho e Emprego e terá um prazo de vigência balhadores, nomeadamente a suspensão, redução ou extin-
mínima de 36 meses, salvo o disposto no número seguinte. ção de quaisquer regalias existentes à data da sua entrada
2- As tabelas salariais e as cláusulas de expressão pecuniá- em vigor e não expressamente alteradas ou revogadas por
ria têm um prazo de vigência mínima de 12 meses e, quando este AE.
revistas, produzem efeitos a 1 de janeiro do ano a que se
reporta a revisão.

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CAPÍTULO II f) Indemnizar o trabalhador dos prejuízos resultantes de


acidentes de trabalho e doenças profissionais, devendo trans-
Admissão, classificação e carreiras profissionais ferir a respetiva responsabilidade para uma seguradora;
g) Não impedir nem dificultar a missão dos trabalhadores
Cláusula 7.ª que sejam dirigentes sindicais ou delegados sindicais, mem-
bros de comissões de trabalhadores, representantes nas insti-
Condições gerais de admissão tuições de Segurança Social ou noutros órgãos de participa-
São condições gerais de admissão idade mínima não in- ção, no exercício dos seus direitos legalmente reconhecidos;
ferior a 16 anos e escolaridade obrigatória. h) Exigir a cada trabalhador o trabalho compatível com a
respetiva categoria profissional;
Cláusula 8.ª
i) Proporcionar aos trabalhadores o apoio técnico, mate-
Classificação profissional rial e documental necessários ao exercício da sua atividade;
j) Passar certificados de tempo de serviço conforme a le-
1- Os trabalhadores abrangidos pela presente convenção
gislação em vigor;
serão classificados segundo as funções efetivamente desem-
k) Dar integral cumprimento às disposições legais e con-
penhadas e conforme o disposto no anexo I, que faz parte
vencionais aplicáveis, reguladoras das relações de trabalho,
integrante da presente convenção.
e às deliberações das comissões legalmente constituídas, res-
2- Na promoção dos trabalhadores a instituição deverá ter
peitando o princípio da aplicação do tratamento mais favorá-
em conta as seguintes referências: competência profissional,
vel para o trabalhador, dentro dos limites legalmente fixados;
habilitações técnico-profissionais e académicas adequadas
l) Prestar aos organismos competentes, nomeadamente
às funções a desempenhar, zelo, assiduidade e antiguidade.
departamentos oficiais e associações sindicais, todos os ele-
Cláusula 9.ª mentos relativos ao cumprimento da presente convenção;
m) Conceder o tempo necessário à realização de exame
Enquadramento em níveis de qualificação
médico anual, devidamente comprovado.
As profissões previstas na presente convenção são enqua-
dradas nos níveis de qualificação em conformidade com o Cláusula 12.ª
anexo III, que faz parte integrante da presente convenção. Deveres dos trabalhadores
Cláusula 10.ª São deveres dos trabalhadores:
a) Cumprir o disposto na presente convenção e na legisla-
Carreiras profissionais
ção de trabalho aplicável;
As carreiras profissionais dos trabalhadores abrangidos b) Respeitar e tratar com urbanidade e lealdade a institui-
pela presente convenção são regulamentadas, nos termos do ção, os superiores hierárquicos, os colegas de trabalho, os
anexo II, que faz parte integrante da presente convenção. utentes e as demais pessoas que estejam ou entrem em rela-
ção com a instituição;
CAPÍTULO III c) Comparecer ao serviço com pontualidade, assiduidade e
realizar o trabalho com zelo e diligência;
Direitos, deveres e garantias das partes d) Obedecer aos superiores hierárquicos em tudo o que
respeita à execução e disciplina do trabalho, salvo na medida
Cláusula 11.ª em que as ordens e instruções daqueles contrariem os seus
direitos e garantias;
Deveres da instituição e) Não divulgar informações que violem a privacidade dos
São deveres da instituição: utentes da instituição, ou que afetem os interesses das mes-
a) Cumprir o disposto no presente acordo empresa e na le- mas;
gislação de trabalho aplicável; f) Zelar pela conservação e boa utilização dos bens rela-
b) Proporcionar ao trabalhador boas condições de traba- cionados com o seu trabalho que lhe estejam confiados;
lho, tanto do ponto de vista físico como moral, observando g) Participar nas ações de formação que lhe forem propor-
as normas de higiene e segurança; cionadas pela instituição, nas condições previstas na cláusula
c) Proporcionar aos trabalhadores a adequada formação e 11.ª;
atualização profissionais visando melhorar as suas qualifi- h) Observar as normas de higiene, saúde e segurança no
cações; trabalho;
d) Promover e facilitar, sem prejuízo do normal funcio- i) Contribuir para uma maior eficiência dos serviços da
namento da instituição, o acesso a cursos de formação, re- instituição de modo a assegurar o seu bom funcionamento.
ciclagem e ou aperfeiçoamento que sejam de reconhecido
Cláusula 13.ª
interesse, com direito à remuneração;
e) Não exigir do trabalhador a execução de atos contrários Garantias dos trabalhadores
a regras deontológicas da profissão ou que violem normas
É vedado à instituição:
sobre higiene, saúde e segurança;
a) Opor-se, por qualquer forma, a que o trabalhador exerça

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os seus direitos, bem como despedi-lo ou aplicar-lhe sanções termos da cláusula anterior não seja fixo, exercendo o traba-
por causa desse exercício; lhador a sua atividade indistintamente em diversos lugares,
b) Exercer pressão sobre o trabalhador para que atue no o trabalhador terá direito ao pagamento das despesas direta-
sentido de influir desfavoravelmente nas suas condições de mente impostas pelo exercício dessa atividade, em termos a
trabalho ou dos colegas; acordar com a instituição.
c) Diminuir a retribuição ou baixar a categoria do traba-
Cláusula 16.ª
lhador, salvo nos casos previstos na lei;
d) Transferir o trabalhador para outro local de trabalho, Deslocações
salvo o disposto na cláusula 19.ª; 1- Entende-se por deslocação a realização transitória da
e) Obrigar o trabalhador a adquirir bens ou utilizar servi- prestação de serviço fora do local de trabalho.
ços fornecidos pela instituição ou pessoas por ela indicadas; 2- Consideram-se deslocações com regresso diário à resi-
f) Explorar com fins lucrativos quaisquer cantinas, refeitó- dência aquelas em que o período de tempo despendido, in-
rios ou estabelecimentos para fornecimento de bens ou pres- cluindo a prestação de trabalho e as viagens impostas pela
tação de serviços aos seus trabalhadores; deslocação, não ultrapassa em mais de duas horas o período
g) Despedir e readmitir o trabalhador, mesmo com o seu normal de trabalho, acrescido do tempo consumido nas via-
acordo, havendo o propósito de o prejudicar em direitos ou gens habituais.
garantias já adquiridos; 3- Consideram-se deslocações sem regresso diário à resi-
h) Impedir ou interferir na atividade sindical do trabalhador; dência as não previstas no número anterior, salvo se o tra-
i) Forçar qualquer trabalhador a cometer atos contrários à balhador optar pelo regresso à residência, caso em que será
sua deontologia profissional; aplicável o regime estabelecido para as deslocações com re-
j) Faltar ao pagamento pontual da remuneração; gresso diário à mesma.
k) Lesar os interesses patrimoniais sérios do trabalhador;
l) Ofender a honra e a dignidade do trabalhador; Cláusula 17.ª
m) Interferir em quaisquer aspetos da atividade pedagógi- Deslocações com regresso diário à residência
ca, sem prejuízo da orientação e verificação que competem à
1- Os trabalhadores deslocados nos termos do número 2 da
direcção pedagógica respetiva;
cláusula anterior terão direito:
n) Prejudicar o trabalhador em direitos ou regalias já ad-
a) Ao pagamento das despesas de transporte de ida e volta
quiridos, no caso de o trabalhador transitar entre estabele-
ou à garantia de transporte gratuito fornecido pela institui-
cimentos que à data da transferência pertencem, ainda que
ção, na parte que vá além do percurso usual entre a residên-
apenas em parte, à mesma instituição;
cia do trabalhador e o seu local habitual de trabalho;
o) Advertir, admoestar ou censurar em público qualquer
b) Ao fornecimento ou pagamento das refeições, consoan-
trabalhador, em especial perante alunos, utentes e respetivos
te as horas ocupadas, podendo a Instituição exigir documen-
familiares;
to comprovativo da despesa feita para efeitos de reembolso;
p) Colocar os trabalhadores em instalações inapropriadas
c) Ao pagamento de uma remuneração normal equivalente
para o exercício das suas funções;
ao tempo gasto nas viagens de ida e volta entre o local de
q) Organizar turmas com o número de alunos superior ao
prestação de trabalho e a residência do trabalhador, na parte
previsto na lei.
em que exceda o tempo normalmente gasto pelo trabalhador.
2- A fixação dos limites máximos do montante do reembol-
CAPÍTULO IV
so previsto na alínea b) no número anterior será previamente
Local de trabalho acordado entre os trabalhadores e a Instituição, observando-
-se critérios de razoabilidade.
Cláusula 14.ª Cláusula 18.ª
Local de trabalho Deslocações sem regresso diário à residência
1- Por local de trabalho entende-se o lugar onde habitual- Nas deslocações sem regresso diário à residência os tra-
mente é realizada a prestação de trabalho, de acordo com o balhadores deslocados terão direito a:
estipulado no contrato, abrangendo a área de acção da insti- a) Pagamento ou fornecimento integral da alimentação e
tuição. alojamento;
2- Na falta de indicação expressa, considera-se local de b) Transporte gratuito assegurado pela instituição ou paga-
trabalho as instalações físicas da instituição a que o trabalha- mento integral das despesas de transporte de ida e volta, no
dor ficou adstrito, por inserção explícita num dos respetivos início e no termo da deslocação;
serviços, em resultado da natureza da atividade desempenha- c) Pagamento de um subsídio correspondente a 20 % da
da e das necessidades da instituição. retribuição normal diária.
Cláusula 15.ª Cláusula 19.ª

Trabalhadores com local de trabalho não fixo Transferência

Nos casos em que o local de trabalho determinado nos 1- Por transferência entende-se a mudança definitiva do

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local de trabalho. desenvolve-se em cinco dias de trabalho e é o seguinte:


2- A instituição, só podem transferir o trabalhador para a) Creche - trinta e seis horas, sendo destinadas a trabalho
outro local de trabalho se essa transferência não causar pre- direto com as crianças;
juízo sério ao trabalhador ou se resultar da mudança, total b) Na educação pré-escolar - trinta e cinco horas, sendo
ou parcial, do estabelecimento ou serviço onde aquele presta vinte e sete horas e meia destinadas a trabalho direto com
serviço. as crianças e as restantes a outras atividades, incluindo estas
3- A instituição custeará sempre as despesas feitas pelo a sua preparação e desenvolvimento, e, ainda, as reuniões,
trabalhador diretamente impostas pela transferência. nomeadamente de atendimento das famílias;
4- A transferência do trabalhador entre serviços ou equi- c) No 1.º ciclo do ensino básico - vinte e cinco horas leti-
pamentos não afeta a respetiva antiguidade, contando para vas semanais e três horas para coordenação;
todos os efeitos a data de admissão na instituição. d) Nos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico - vinte e duas ho-
ras letivas semanais mais quatro horas mensais destinadas a
CAPÍTULO V reuniões;
e) No ensino secundário - vinte horas letivas semanais
Duração do trabalho mais quatro horas mensais destinadas a reuniões;
f) Na educação e ensino especial - vinte e uma horas leti-
Cláusula 20.ª vas semanais, acrescidas de três horas semanais para prepa-
ração de atividades na instituição.
Horário normal de trabalho semanal 2- O tempo de serviço prestado, desde que implique per-
1- Os limites máximos dos períodos normais de trabalho manência obrigatória na escola para além dos limites pre-
dos trabalhadores abrangidos pela presente convenção são vistos no número anterior, com a excepção das reuniões de
os seguintes: avaliação, do serviço de exames e de uma reunião trimestral
a) Trinta e cinco horas para trabalhadores dos seguintes com encarregados de educação, será pago como trabalho su-
grupos profissionais: médicos, psicólogos e sociólogos, de plementar.
enfermagem, dos serviços de diagnóstico e terapêutica, tra- 3- As horas destinadas a coordenação ou prestação de au-
balhadores com funções técnicas, técnicos superiores e tra- las não poderão, em caso algum, ser substituídas por outros
balhadores sociais; serviços que não os indicados.
b) Trinta e sete horas para trabalhadores dos seguintes gru- Cláusula 23.ª
pos profissionais: trabalhadores administrativos, de reabilita-
ção e emprego protegido, trabalhadores de apoio, animador Regras quanto à elaboração dos horários dos docentes dos 2.º e 3.º
sociocultural e prefeitos; ciclos do ensino básico e do ensino secundário
c) Trinta e oito horas para os auxiliares de educação; 1- A organização do horário dos docentes será a que resul-
d) Quarenta horas para os trabalhadores dos seguintes tar da elaboração dos horários das aulas, tendo-se em conta
grupos profissionais: trabalhadores ajudante de lar e cen- as exigências do ensino, as disposições aplicáveis e a consul-
tro de dia, do ajudante familiar domiciliário, do ajudante de ta aos docentes nos casos de horário incompleto.
acção médica, dos trabalhadores com funções de chefia dos 2- Salvo acordo em contrário, os horários de trabalho dos
serviços gerais, do trabalhador de serviços gerais, operador docentes a que a presente cláusula se reporta deverão ser or-
de lavandaria, motorista, ajudante de cozinha e cozinheiros; ganizados de forma a impedir que os mesmos sejam sujeitos
e) Trinta e nove horas para os restantes trabalhadores. a intervalos sem aulas que excedam uma hora diária, até ao
2- São salvaguardados os períodos normais de trabalho com limite de duas horas semanais.
menor duração do que os previstos nos números anteriores. 3- Sempre que se mostrem ultrapassados os limites fixados
Cláusula 21.ª no número anterior, considerar-se-á como tempo efetivo de
serviço o período correspondente aos intervalos registados,
Fixação do horário de trabalho sendo que o docente deverá nesses períodos desempenhar as
1- Compete instituição estabelecer os horários de trabalho, atividades técnico-pedagógicas indicadas pelas direcções da
dentro dos condicionalismos da lei e da presente convenção. instituição.
2- A instituição deverá desenvolver os horários de traba- 4- Haverá lugar à redução do horário de trabalho dos do-
lho, preferencialmente, em cinco dias semanais, entre segun- centes em referência sempre que seja invocada e comprova-
da-feira e sexta-feira. da a necessidade de cumprimento de imposições legais ou
3- Na elaboração dos horários de trabalho devem ser pon- de obrigações contraídas antes do início do ano letivo, desde
deradas as preferências manifestadas pelos trabalhadores e o que conhecidas da instituição, de harmonia com as necessi-
adequado funcionamento da instituição. dades de serviço.
5- A instituição não poderá impor ao docente um horário
Cláusula 22.ª normal de trabalho que ocupe os três períodos de aulas (ma-
nhã, tarde e noite) ou que contenha mais de cinco horas de
Horário normal de trabalho semanal para os trabalhadores com
funções pedagógicas
aulas seguidas ou de sete interpoladas.
6- Os docentes destes setores de ensino não poderão ter um
1- O período normal de trabalho semanal dos docentes horário letivo superior a trinta e três horas, ainda que lecio-

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nem em mais de um estabelecimento de ensino. ultrapassado será o tempo excedente considerado como tra-
7- O não cumprimento do disposto no número anterior balho suplementar se ultrapassar o cômputo diário de traba-
constitui justa causa de rescisão do contrato quando se dever lho normal.
à prestação de falsas declarações ou à não declaração de acu- 4- Por acordo entre as partes pode ser estabelecida uma
mulação pelo docente. redução ou dispensa dos intervalos de descanso até ao limite
de trinta minutos, observando-se o condicionalismo legal.
Cláusula 24.ª
5- No regime de trabalho por turnos a interrupção é de trin-
Redução de horário letivo para docentes com funções especiais ta minutos, contando como tempo de trabalho.
1- O horário letivo dos docentes referidos nas alíneas c) e Cláusula 27.ª
d) do número 1 da cláusula 22.ª será reduzido num mínimo
de duas horas semanais, sempre que desempenhem funções Trabalho suplementar
de direcção de turma ou coordenação pedagógica (delegados 1- Considera-se trabalho suplementar todo aquele que é
de grupo ou disciplina ou outras). prestado fora do horário normal de trabalho.
2- As horas de redução referidas no número anterior fazem 2- Os trabalhadores estão obrigados à prestação de traba-
parte do horário normal de trabalho, não podendo ser consi- lho suplementar, salvo quando, havendo motivos atendíveis,
deradas como trabalho suplementar, salvo e na medida em expressamente solicitem a sua dispensa.
que seja excedido o limite de horário semanal de trabalho. 3- Não estão sujeitas à obrigação estabelecida no número
anterior as seguintes categorias de trabalhadores:
Cláusula 25.ª
a) Mulheres grávidas ou com filhos com idade inferior a
Isenção de horário de trabalho 10 meses;
b) Menores;
1- Podem ser isentos de horários de trabalho, mediante re-
c) Deficientes.
querimento da instituição, os trabalhadores que se encontrem
4- Descanso compensatório:
nas seguintes situações:
a) Na instituição a prestação de trabalho suplementar em
a) Exercício de cargos de direcção, de confiança ou de su-
dia útil, em dia de descanso semanal complementar e em dia
pervisão;
feriado confere aos trabalhadores o direito a um descanso
b) Execução de trabalhos preparatórios ou complementa-
compensatório remunerado, correspondente a 25 % das ho-
res que pela sua natureza só possam ser efetuados fora dos
ras de trabalho suplementar realizado, que se vence quando
limites dos horários normais de trabalho;
perfizer um número de horas igual ao período normal de tra-
c) Exercício regular da atividade fora do serviço ou equi-
balho diário e deve ser gozado nos 90 dias seguintes;
pamento, sem controle imediato por parte da hierarquia.
b) Nos casos de prestação de trabalho em dias de descanso
2- Os requerimentos de isenção de horário de trabalho, di-
semanal obrigatório, o trabalhador terá direito a um dia de
rigidos aos serviços competentes do ministério responsável,
descanso compensatório remunerado, a gozar nos três dias
serão acompanhados de declaração de concordância dos tra-
seguintes.
balhadores, bem como dos documentos que sejam necessá-
5- O trabalho suplementar fica sujeito, por trabalhador, aos
rios para comprovar os fatos alegados.
seguintes limites:
3- Os trabalhadores isentos de horário de trabalho não es-
a) Duzentas horas de trabalho por ano;
tão sujeitos aos limites máximos dos períodos normais de
b) Duas horas por dia normal de trabalho;
trabalho, mas a isenção não prejudica o direito aos dias de
c) Um número de horas igual ao período normal de traba-
descanso semanal, aos feriados e ao dia de descanso semanal
lho nos dias de descanso semanal, obrigatório ou comple-
complementar.
mentar, e nos feriados;
4- Os trabalhadores isentos de horário de trabalho têm di-
d) Um número de horas igual a meio período normal de
reito à remuneração especial prevista na cláusula 47.ª
trabalho em meio dia de descanso complementar.
Cláusula 26.ª 6- O trabalho suplementar prestado em casos de força
maior ou quando se torne indispensável para prevenir ou re-
Intervalo de descanso parar prejuízos graves para a instituição ou para a sua viabi-
1- O período de trabalho diário deverá ser interrompido lidade não fica sujeito a quaisquer limites.
por um intervalo de duração não inferior a uma hora nem 7- A instituição fica obrigada a reembolsar o trabalhador
superior a duas, de modo que os trabalhadores não prestem por todos os encargos decorrentes do trabalho suplementar,
mais de cinco horas de trabalho consecutivo. designadamente os que resultem de necessidades especiais
2- De acordo com as necessidades da instituição, e a título de transporte ou alimentação.
excepcional para suprir imponderáveis de força maior, pode-
Cláusula 28.ª
rá, por acordo entre as partes, ser estabelecido para os moto-
ristas, auxiliares de acção educativa, trabalhadores de apoio Trabalho por turnos
adstritos ao transporte de utentes e trabalhadores de hotelaria
1- Sempre que as necessidades de serviço o determinarem,
um intervalo de duração superior a duas horas.
a instituição poderá organizar a prestação do trabalho em re-
3- Sempre que o intervalo previsto no número anterior seja
gime de turnos.

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2- Apenas é considerado trabalho em regime de turnos, o odo determinado, mediante acordo escrito com a instituição.
prestado em turnos de rotação contínua ou descontínua em 4- A retribuição dos trabalhadores em regime de tempo
que o trabalhador está sujeito às correspondentes variações parcial não poderá ser inferior à fracção de regime de traba-
do horário de trabalho. lho em tempo completo correspondente ao período de traba-
3- Os turnos deverão, na medida do possível, ser organi- lho ajustado.
zados de acordo com os interesses dos trabalhadores e da
instituição e a sua duração será a decorrente da lei. CAPÍTULO VI
4- O pessoal só poderá ser mudado de turno após o dia de
descanso semanal. Suspensão da prestação de trabalho
5- Os trabalhadores que prestem trabalho em regime de
turnos terão direito às folgas complementares necessárias Cláusula 32.ª
para, tendo em conta o horário de trabalho praticado pela
instituição, garantir a observância do período normal de tra- Descanso semanal
balho previsto nesta convenção. 1- Os trabalhadores têm direito a um dia de descanso se-
6- O trabalho prestado para cálculo das folgas inclui as manal, em regra coincidente com o domingo, sem prejuízo
mesmas gozadas no período de referência definido no núme- do dia de descanso semanal complementar.
ro seguinte, excluindo as ausências por motivo de férias ou 2- No caso de trabalhadores em regime de turnos e dos tra-
qualquer outro. balhadores necessários para a continuidade de serviços que
7- As folgas referidas no número anterior serão gozadas não possam ser interrompidos, o dia de descanso poderá não
entre novembro e maio, em data a acordar com a instituição, coincidir com o domingo.
devendo ser gozadas em período mínimos de três dias. 3- Nos casos previstos no número anterior, a instituição
8- Frações inferiores a três dias serão gozadas de uma só procurará assegurar aos seus trabalhadores, periodicamente,
vez. o gozo do dia de descanso semanal ao domingo.
9- Na falta de acordo as folgas serão fixadas pela institui-
ção. Cláusula 33.ª

Cláusula 29.ª Feriados


1- Serão observados os seguintes feriados: 1 de janeiro,
Trabalho noturno
Terça-Feira de Carnaval, Sexta-Feira Santa, 25 de abril, 1
1- Considera-se noturno o trabalho prestado no período de maio, Corpo de Deus (festa móvel), 10 de junho, 15 de
que decorre entre as 20 horas de um dia e as 7 horas do dia agosto, 5 de outubro, 1 de novembro, 1 de dezembro, 8 de
imediato. dezembro, 25 de dezembro e o feriado municipal.
2- Considera-se também trabalho noturno, para efeitos re- 2- O feriado de Sexta-Feira Santa poderá ser observado
muneratórios, aquele que for prestado depois das 7 horas, noutro dia com significado local no período da Páscoa.
desde que em prolongamento de um período noturno. 3- Em substituição do feriado municipal referido no nú-
Cláusula 30.ª mero um, poderá ser observado, a título de feriado, qualquer
outro dia em que acordem a Instituição e os trabalhadores.
Jornada contínua
Cláusula 34.ª
1- Por acordo entre a instituição e os trabalhadores pode-
rão estes trabalhar em jornada contínua tendo direito a um Férias
intervalo de trinta minutos para refeição, dentro do próprio 1- O período anual de férias dos trabalhadores abrangidos
estabelecimento ou serviço, que será considerado como tra- pelo presente acordo é de 22 dias úteis.
balho efetivamente prestado. 2- O direito a férias adquire-se com a celebração do con-
2- O intervalo referido no número anterior é de caráter trato de trabalho e vence-se no dia 1 de janeiro de cada ano
obrigatório ao fim de cinco horas de trabalho consecutivo. civil.
Cláusula 31.ª 3- A duração do período de férias é aumentada no caso
de o trabalhador não ter faltado ou na eventualidade de ter
Trabalho a tempo parcial apenas faltas justificadas, no ano a que as férias se reportam,
1- Considera-se trabalho a tempo parcial o que correspon- nos seguintes termos:
da a um período normal de trabalho semanal igual ou infe- a) Três dias de férias até ao máximo de uma falta ou dois
rior a 75 % do praticado a tempo completo numa situação meios dias;
comparável. b) Dois dias de férias até ao máximo de duas faltas ou qua-
2- O contrato de trabalho a tempo parcial deve revestir a tro meios dias;
forma escrita e conter expressamente o número de horas se- c) Um dia de férias até ao máximo de três faltas ou seis
manais e o horário de trabalho. meios dias.
3- O trabalhador a tempo parcial pode passar a trabalhar a 4- Para efeitos do número anterior, são equiparadas a faltas
tempo completo, ou o inverso, a título definitivo, ou por perí- os dias de suspensão do contrato de trabalho por fato respei-
tante ao trabalhador.

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5- A marcação do período de férias deve ser feita, por mú- 15 de setembro.


tuo acordo, entre a instituição e o trabalhador. 3- O tempo compreendido no período referido no número
6- Na falta de acordo, compete à instituição a elaboração 1 que exceda o tempo de férias e os períodos de Natal, do
do mapa de férias, com respeito pela legislação em vigor. Carnaval e da Páscoa fixados oficialmente, apenas poderão
7- No caso previsto no número anterior, a instituição só ser dedicados a:
pode marcar o período de férias entre 1 de maio e 31 de outu- a) Atividade de reciclagem, formação e aperfeiçoamento
bro, devendo contudo dar conhecimento ao trabalhador com profissionais;
uma antecedência nunca inferior a 30 dias. b) Trabalho de análise e apreciação crítica dos resultados e
8- Na marcação de férias, os períodos mais pretendidos do planeamento pedagógico;
devem ser rateados, beneficiando, alternadamente, os tra- c) Prestação de serviço de exames nas condições definidas
balhadores em função dos períodos gozados nos dois anos por lei;
anteriores. d) Outras atividades educacionais similares às enunciadas
9- A instituição pode encerrar, total ou parcialmente, pelo nas alíneas anteriores de reconhecido interesse pedagógico.
menos 15 dias consecutivos entre 1 de maio e 31 de outubro. 4- Na medida em que se verifique uma redução significa-
10- No caso de encerramento por período inferior a 15 dias tiva no número de alunos nos períodos de Natal e da Páscoa
consecutivos ou fora do período entre 1 de maio e 31 de ou- nos ensinos infantil e especial, deverá adoptar-se, em rela-
tubro é necessário o parecer favorável dos trabalhadores. ção aos docentes destes setores um regime de rotatividade,
11- Salvo se houver prejuízo para a instituição, devem go- de modo a conceder-lhes uma semana de interrupção letiva
zar férias no mesmo período os cônjuges, bem como as pes- nesses períodos.
soas que vivam há mais de dois anos em condições análogas 5- No período compreendido entre a conclusão do proces-
às dos cônjuges que aí trabalham. so de avaliação final dos alunos e o início do novo ano es-
12- As férias podem ser marcadas para serem gozadas in- colar, descontando o tempo normal de férias, só poderá ser
terpoladamente, mediante acordo entre o trabalhador e a ins- exigida a presença na instituição dos docentes referidos no
tituição, desde que salvaguardando, no mínimo, um período número anterior desde que tal se justifique pela presença de
de 10 dias úteis consecutivos. alunos ou para dedicação às atividades referidas no número
13- Para efeitos de férias, a contagem dos dias úteis com- 3 desta cláusula.
preende os dias da semana de segunda-feira a sexta-feira, 6- Os alunos de graus de ensino diferentes dos menciona-
com a exclusão dos feriados, não sendo como tal considera- dos no número anterior não poderão ficar a cargo dos traba-
dos o sábado e o domingo. lhadores aí referidos durante os períodos a que se reporta o
14- Os períodos de férias não gozados por motivo de ces- número 3 desta cláusula.
sação do contrato de trabalho contam sempre para efeitos de
Cláusula 36.ª
antiguidade.
15- Se, depois de marcado o período de férias, exigências Férias de trabalhadores contratados a termo ou para execução de
imperiosas do funcionamento da instituição determinar o trabalho agrícola, eventual ou sazonal
adiamento ou a interrupção das férias iniciadas, o trabalha- 1- Os trabalhadores contratados a termo inferior a um ano
dor tem direito a ser indemnizado pela instituição dos preju- têm direito a um período de férias equivalente a dois dias
ízos que comprovadamente haja sofrido na pressuposição de úteis por cada mês completo de serviço.
que gozaria integralmente as férias na época fixada. 2- Para efeitos da determinação do mês completo de servi-
16- A interrupção das férias não poderá prejudicar o gozo ço devem contar-se todos os dias, seguidos ou interpolados,
seguido de metade do período a que o trabalhador tenha di- em que foi prestado o trabalho.
reito. 3- O disposto nos números anteriores aplica-se aos traba-
17- No caso da instituição obstar ao gozo das férias, o lhadores da agricultura contratados a termo ou para a execu-
trabalhador receberá, a título de indemnização, o triplo da ção de trabalho sazonal ou eventual.
retribuição correspondente ao período em falta, que deve- 4- As férias gozadas após a vigência da convenção confe-
rá obrigatoriamente ser gozado no 1.º trimestre do ano civil rem direito à retribuição correspondente a esse período bem
subsequente. como ao respetivo subsídio.
Cláusula 35.ª Cláusula 37.ª
Férias dos trabalhadores com funções pedagógicas Férias e impedimento prolongado
1- A época de férias dos professores e dos prefeitos deverá 1- No ano da suspensão do contrato de trabalho por im-
ser marcada no período compreendido entre a conclusão do pedimento prolongado, respeitante ao trabalhador, se se ve-
processo de avaliação final dos alunos e o início do ano es- rificar a impossibilidade total ou parcial do gozo do direito
colar, de comum acordo entre o trabalhador e a instituição. a férias já vencido, o trabalhador tem direito à retribuição
2- A época de férias dos ajudantes de creche e jardim-de- correspondente ao período não gozado e respetivo subsídio.
-infância, dos auxiliares pedagógicos do ensino especial, dos 2- No ano da cessação do impedimento prolongado, o
auxiliares de educação e dos educadores de infância deverá trabalhador tem direito, após a prestação de três meses de
ser marcada no período compreendido entre 15 de junho e efetivo serviço, a um período de férias e respetivo subsídio

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

equivalentes aos que se teriam vencido em 1 de janeiro desse c) As dadas por motivo de doença, desde que o trabalhador
ano se tivesse estado ininterruptamente ao serviço. tenha direito ao subsídio da Segurança Social respetivo;
3- No caso de sobrevir o termo do ano civil antes de de- d) As dadas ao abrigo da lei de protecção da maternidade e
corrido o prazo referido no número anterior ou de gozado o da paternidade que não determinem perda de quaisquer direi-
direito a férias, pode o trabalhador usufrui-lo até 30 de abril tos e sejam consideradas como prestação efetiva de serviço
do ano civil subsequente. para todos os efeitos, salvo quanto à remuneração.
6- Se o trabalhador tiver conhecimento dos motivos consi-
Cláusula 38.ª
derados nas alíneas b) e c) do número 3 desta cláusula após
Faltas ter prestado o 1.º período de trabalho, o período de faltas a
considerar só começa a contar a partir do dia seguinte.
1- Falta é a ausência do trabalhador durante o período nor-
mal de trabalho a que está obrigado. Cláusula 39.ª
2- No caso de ausência durante períodos inferiores ao pe-
ríodo normal de trabalho a que está obrigado, os respetivos Comunicação e prova sobre as faltas justificadas
tempos serão adicionados, contando-se estas ausências como 1- As faltas justificadas, quando previsíveis, serão obri-
faltas na medida em que perfizerem um ou mais períodos gatoriamente comunicadas à instituição com a antecedência
normais diários de trabalho. mínima de cinco dias.
3- São consideradas justificadas: 2- Quando imprevistas, as faltas justificadas serão obriga-
a) As dadas por altura do casamento durante 11 dias con- toriamente comunicadas à instituição logo que possível.
secutivos excluindo os dias de descanso e feriados intercor- 3- O não cumprimento do disposto nos números anteriores
rentes; torna as faltas injustificadas.
b) As dadas durante cinco dias consecutivos, por faleci- 4- A instituição pode, em qualquer caso de falta justifica-
mento do cônjuge, não separado de pessoas e bens, parente da, exigir ao trabalhador prova dos fatos invocados para a
ou afim no 1.º grau da linha reta (pais e filhos, mesmo que justificação.
adoptivos, enteados, padrasto, madrasta, sogros, genros e
Cláusula 40.ª
noras);
c) As dadas durante dois dias consecutivos por falecimen- Faltas injustificadas
to de outro parente ou afim da linha reta ou 2.º grau da linha
1- São consideradas injustificadas, todas as faltas não
colateral (avós e bisavós, netos e bisnetos, irmãos, cunhados
previstas na cláusula 38.ª
e sobrinhos) e, ainda, por falecimento de pessoas que vivam
2- As faltas injustificadas determinam sempre perda de re-
em comunhão de vida e habitação com o trabalhador;
tribuição correspondente ao período de ausência, o qual será
d) As motivadas pela prática de atos necessários e inadi-
descontado, para todos os efeitos, na antiguidade do traba-
áveis, no exercício de funções em associações sindicais ou
lhador.
instituições de Segurança Social e na qualidade de delegado
3- Tratando-se de faltas injustificadas a um ou meio perí-
sindical ou membro de comissão de trabalhadores;
odo normal de trabalho diário, o período de ausência a con-
e) As motivadas pela preparação e prestação de provas em
siderar para efeitos do número anterior abrangerá os dias ou
estabelecimento de ensino;
meios das de descanso ou feriados imediatamente anteriores
f) As motivadas pelo exercício de funções de bombeiros
ou posteriores ao dia ou dias de falta.
ou para doação de sangue;
4- Incorre em infracção disciplinar grave todo o trabalha-
g) As motivadas por impossibilidade de prestar trabalho
dor que:
devido a fato que não seja imputável ao trabalhador, nome-
a) Faltar injustificadamente durante cinco dias consecuti-
adamente doença, acidente ou cumprimento de obrigações
vos ou dez interpolados, num período de um ano;
legais, ou a necessidade de prestação de assistência inadiável
b) Faltar injustificadamente com alegação de motivo de
a membros do seu agregado familiar;
justificação comprovadamente falso.
h) As prévia ou posteriormente autorizadas pela institui-
5- No caso de a apresentação do trabalhador, para início
ção;
ou reinício de trabalho, se verificar com atraso injustificado
i) As dadas por um dia, para acompanhamento de funerais
superior a trinta ou sessenta minutos, poderá a instituição
das pessoas previstas nas alínea b) e c), quando o funeral não
recusar a prestação durante parte ou todo o período normal
tiver lugar nos dias de faltas resultantes daquelas alíneas.
de trabalho, respetivamente.
4- As faltas justificadas não determinam a perda ou preju-
ízo de quaisquer direitos ou regalias do trabalhador, salvo o Cláusula 41.ª
disposto no número seguinte.
5- Determinam perda de retribuição as seguintes faltas: Licença sem retribuição
a) As dadas nos casos previstos na alínea d) do número 3, 1- A instituição pode atribuir ao trabalhador, a pedido des-
salvo disposição legal em contrário, para além do período te, licença sem retribuição.
estipulado no contrato e na lei; 2- O período de licença sem retribuição conta-se para efei-
b) As dadas por motivo de acidente de trabalho, desde que tos de antiguidade.
o trabalhador tenha direito a subsídio ou seguro atualizado; 3- Durante o mesmo período cessam os direitos, deveres

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e garantias das partes na medida em que pressuponham a das em níveis de remuneração de acordo com o anexo IV (ta-
efetiva prestação de trabalho. bela geral), que faz parte integrante da presente convenção.
4- O pedido será formulado por escrito, devendo a resposta 2- Os trabalhadores têm direito às remunerações mínimas
ser dada, igualmente por escrito, nos 30 dias úteis seguintes constantes do anexo V, que faz parte integrante da presente
ao recebimento do pedido. convenção e que produz efeitos a contar desde 1 de janeiro
5- A ausência de resposta dentro do prazo previsto no nú- de 2018.
mero anterior equivale a aceitação do pedido. 3- Para os devidos efeitos, o valor da remuneração horária
6- O trabalhador beneficiário da licença sem retribuição será calculado segundo a seguinte fórmula:
mantém o direito ao lugar.
Rm × 12 / 52 × n
7- Terminado o período de licença sem retribuição o traba-
lhador deve apresentar-se ao serviço. sendo Rm o valor da remuneração mensal e n o período nor-
8- Poderá ser contratado um substituto para o trabalhador mal de trabalho semanal a que o trabalhador estiver obriga-
na situação de licença sem retribuição. do.
Cláusula 42.ª Cláusula 45.ª

Licença sem retribuição para formação Remunerações por exercício de funções inerentes a diversas profissões
ou categorias profissionais
1- Sem prejuízo do disposto em legislação especial, o
trabalhador tem direito a licenças sem retribuição de longa Quando algum trabalhador exercer funções inerentes a
duração para frequência de cursos de formação ministrados diversas profissões ou categorias profissionais terá direito,
sob responsabilidade de uma instituição de ensino ou de enquanto as executar, à remuneração mais elevada das esta-
formação profissional ou no âmbito de programa específico belecidas para essas profissões ou categorias profissionais.
aprovado por autoridade competente e executado sob o seu Cláusula 46.ª
controle pedagógico ou de cursos ministrados em estabele-
cimentos de ensino. Remunerações por exercício de funções de direcção e ou de
2- Considera-se de longa duração a licença não inferior a coordenação técnicas
60 dias. 1- Quando as funções de direção/coordenação técnica ou
pedagógica não estiverem contempladas na categoria profis-
Cláusula 43.ª
sional do trabalhador, o seu exercício deve ser antecedido
Suspensão por impedimento respeitante ao trabalhador da celebração de acordo escrito entre as partes e confere ao
trabalhador o direito a auferir uma remuneração especial cal-
1- Determina a suspensão do contrato o impedimento tem-
culada nos termos dos números seguintes.
porário por fato não imputável ao trabalhador que se prolon-
2- Salvo estipulação em contrário, nomeadamente cons-
gue por mais de um mês, nomeadamente o serviço militar
tante de contrato de comissão de serviço, o trabalhador que
obrigatório ou serviço cívico substitutivo, doença ou aciden-
exerça funções de coordenação e/ou de direção técnica ou
te.
pedagógica tem direito, enquanto se mantiver o desempenho
2- O contrato considera-se suspenso mesmo antes de expi-
de tais funções, a auferir, no mínimo, o acréscimo remunera-
rado o prazo de um mês a partir do momento em que haja a
tório correspondente ao escalão que, de acordo com o quadro
certeza ou se preveja com segurança que o impedimento terá
do anexo V, que faz parte integrante da presente convenção
duração superior àquele prazo.
coletiva, resulta da ponderação cumulativa de 3 critérios: o
3- O contrato caduca no momento em que se torne certo
número de utentes que frequentam o equipamento/resposta
que o impedimento é definitivo.
social, o respetivo período de funcionamento e o número de
4- A instituição pode contratar outra pessoa para desem-
colaboradores que dele dependam hierarquicamente.
penhar as funções do trabalhador cujo contrato se encontre
3- Cessando o exercício das funções previstas nos núme-
suspenso nos termos previstos para o contrato a termo.
ros anteriores, por iniciativa do trabalhador ou da instituição,
5- Terminado o impedimento o trabalhador deve apresen-
o trabalhador voltará a ser remunerado pelo nível correspon-
tar-se na instituição, para retomar o serviço, sob pena de in-
dente à sua situação na carreira profissional.
correr em faltas injustificadas.
4- O acréscimo remuneratório pelo exercício de funções
6- O tempo de suspensão conta-se para efeitos de antigui-
de direção/coordenação técnica ou pedagógica em curso à
dade.
data da entrada em vigor da presente convenção coletiva
mantém-se inalterado até à sua cessação.
CAPÍTULO VII 5- Aos trabalhadores previstos no número 1, cuja remu-
neração acrescida da remuneração especial, não detenham
Retribuição do trabalho pelo menos um acréscimo de 10 % do que o valor máximo
do trabalhador na sua dependência, serão remunerados pelo
Cláusula 44.ª valor máximo que na instituição é pago aos trabalhadores
Remunerações
que, na mesma carreira profissional, deles dependem hierar-
quicamente, acrescido de 10 %.
1- As profissões e categorias profissionais são enquadra-

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

Cláusula 47.ª Cláusula 52.ª

Retribuição especial dos trabalhadores isentos de horário de trabalho Retribuição durante as férias
Os trabalhadores isentos de horário de trabalho têm direi- 1- A retribuição correspondente ao período de férias não
to a uma remuneração especial igual a 22 % da retribuição pode ser inferior à que os trabalhadores receberiam se es-
mensal. tivessem em serviço efetivo e deve ser paga antes do início
daquele período.
Cláusula 48.ª
2- Além da retribuição mencionada no número anterior, os
Remunerações de trabalho suplementar trabalhadores têm direito a um subsídio de férias de montan-
te igual ao dessa retribuição.
1- O trabalho suplementar prestado em dia normal de tra-
balho será remunerado com os seguintes acréscimos míni- Cláusula 53.ª
mos:
a) 50 % da retribuição normal na primeira hora; Subsídio de Natal
b) 75 % da retribuição normal nas horas ou frações sub- 1- Os trabalhadores têm direito a um subsídio de Natal de
sequentes. montante igual ao da retribuição mensal, que será pago entre
2- O trabalho suplementar prestado em dia de descanso se- 30 de novembro e 15 de dezembro de cada ano.
manal, obrigatório ou complementar, e em dia feriado será 2- Os trabalhadores que no ano de admissão não tenham
remunerado com o acréscimo mínimo de 100 % da retribui- concluído um ano de serviço terão direito a tantos duodéci-
ção normal. mos daquele subsídio quantos os meses completos de servi-
3- Para efeitos da base de cálculo do trabalho suplementar ço prestado nesse ano.
aplica-se a fórmula constante do número 3 da cláusula 44.ª 3- Suspendendo-se o contrato de trabalho por impedimen-
to prolongado do trabalhador, este terá direito:
Cláusula 49.ª
a) No ano de suspensão, a um subsídio de Natal de mon-
Subsídios de turno tante proporcional ao número de meses completos de serviço
prestado nesse ano;
1- A prestação do trabalho em regime de turno confere di-
b) No ano de regresso à prestação de trabalho, a um subsí-
reito aos seguintes complementos de retribuição, calculados
dio de Natal de montante proporcional aos números de me-
com base na retribuição mensal efetiva:
ses completos de serviço até 31 de dezembro, a contar da
a) Em regime de dois turnos em que apenas um seja total
data de regresso.
ou parcialmente noturno - 15 %;
4- Cessando o contrato de trabalho, a instituição pagará ao
b) Em regime de três turnos ou de dois turnos, total ou par-
trabalhador um subsídio de Natal proporcional ao número de
cialmente noturnos - 25 %.
meses completos de serviço no ano da cessação, efetuando-
2- O complemento de retribuição previsto no número an-
-se o pagamento na data da referida cessação.
terior inclui o acréscimo de retribuição pelo trabalho noturno
prestado em regime de turnos. Cláusula 54.ª
Cláusula 50.ª Abono para falhas

Refeição 1- Aos trabalhadores com responsabilidade efetiva de cai-


xa da instituição será atribuído um abono mensal mínimo
1- Os trabalhadores abrangidos por este contrato têm direi-
para falhas no valor de 7 % do valor do índice 100 da tabela
to a uma refeição. Nos casos em que a instituição não pude-
geral, anexo V. Aos restantes caixas será atribuído um abono
rem fornecer a refeição o trabalhador auferirá um subsídio de
para falhas nunca inferior a 50 % desse valor.
refeição de 4,26 €, atualizado de acordo com o valor atribuí-
2- Sempre que os trabalhadores referidos no número an-
do aos trabalhadores em funções públicas.
terior sejam substituídos no desempenho das respetivas fun-
2- Os trabalhadores com horário incompleto beneficiarão
ções, por período igual ou superior a 15 dias, o abono para
do mesmo direito, quando o horário se distribuir por dois
falhas reverterá para o substituto na proporção do tempo de
períodos diários ou quando tiverem quatro horas de trabalho
substituição.
no mesmo período do dia.
3- Sem prejuízo do estipulado nos números anteriores, po-
derá a instituição e o trabalhador acordar na modalidade a CAPÍTULO VIII
adoptar.
Condições particulares de trabalho
Cláusula 51.ª
Cláusula 55.ª
Remuneração do trabalho noturno
A retribuição do trabalho noturno será superior em 25 % Princípio de igualdade no trabalho
à retribuição a que dá direito o trabalho equivalente prestado O direito ao trabalho implica a ausência de qualquer dis-
durante o dia. criminação baseada no sexo.

3076
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

Cláusula 56.ª 4- O período normal de trabalho de um trabalhador-estu-


dante não pode ser superior ao que resulta do limite máxi-
Proteção da maternidade e da paternidade mo do seu horário de acordo com a cláusula 20.ª, no qual se
Além dos consignados para a generalidade dos trabalha- inclui o trabalho suplementar, excepto se for prestado por
dores, serão assegurados às mulheres e aos pais trabalhado- casos de força maior.
res os direitos conferidos pela lei geral para protecção da 5- O trabalhador-estudante que preste serviço em regime
maternidade e da paternidade e da função genética, designa- de turnos tem os direitos conferidos nos números anterio-
damente os que a seguir se transcrevem: res, desde que o ajustamento dos períodos de trabalho não
1- Dispensa de trabalho para as trabalhadoras grávidas se seja totalmente incompatível com o funcionamento daquele
deslocarem a consultas pré-natais durante as horas de servi- regime.
ço, sem perda de remuneração e de quaisquer regalias, pelo 6- No caso de impossibilidade de aplicação do disposto no
tempo e número de vezes necessários e justificados. número anterior, o trabalhador tem direito de preferência de
2- Dispensa do cumprimento de tarefas incompatíveis com ocupação de postos de trabalho compatíveis com a sua apti-
o estado de gravidez, designadamente as que exijam grande dão profissional e com a possibilidade de participar nas aulas
esforço físico ou contatos com substâncias tóxicas. que se proponha frequentar.
3- Dispensa para amamentação ou aleitação:
Cláusula 58.ª
a) Dispensa de trabalho por dois períodos distintos, de du-
ração máxima de uma hora cada, em cada dia de trabalho, Particularidades do regime de prestação de trabalho por parte de
durante todo o tempo que durar a amamentação; trabalhadores-estudantes
b) No caso de não haver lugar a amamentação, a mãe ou o 1- O trabalhador-estudante tem direito a ausentar-se, sem
pai trabalhador tem direito, por decisão conjunta, à dispensa perda de vencimento ou de qualquer outra regalia, para pres-
referida na alínea anterior para aleitação até o filho perfazer tação de provas de avaliação, nos seguintes termos:
um ano. a) Até dois dias por cada prova de avaliação, sendo um
4- A verificação de amamentação é auferida a partir de 1 o da realização da prova e outro o imediatamente anterior,
ano de idade de 3 em 3 meses, através de documento médico. incluindo sábados, domingos e feriados;
5- Dispensa de prestação de trabalho noturno: b) No caso de provas em dias consecutivos ou de mais
a) Durante um período de 112 dias antes e depois do parto, de uma prova no mesmo dia, os dias anteriores serão tantos
dos quais pelo menos metade antes da data presumível do quantas as provas de avaliação a efetuar, aí se incluindo sá-
parto; bados, domingos e feriados;
b) Durante o restante período da gravidez, se for apresen- c) Os dias de ausência referidos nas alíneas anteriores não
tado certificado médico que ateste que tal é necessário para a poderão exceder um máximo de quatro por disciplina.
sua saúde ou para a do nascituro; 2- Consideram-se justificadas as faltas dadas pelos traba-
c) Durante todo o tempo que durar a amamentação, se for lhadores-estudantes na estrita medida das necessidades im-
apresentado certificado médico que ateste que tal é necessá- postas pelas deslocações para prestar provas de avaliação.
rio para a sua saúde ou para a da criança. 3- A instituição pode exigir, a todo o tempo, prova da ne-
6- Às trabalhadoras dispensadas da prestação de trabalho cessidade das referidas deslocações e do horário das provas
noturno será atribuído um horário de trabalho diurno com- de avaliação de conhecimentos.
patível. 4- Para efeitos da aplicação dos números anteriores, con-
7- As trabalhadoras são dispensadas do trabalho sempre sideram-se provas de avaliação todas as provas escritas e
que não seja possível aplicar o disposto no número anterior. orais, incluindo exames, bem como a apresentação de traba-
Cláusula 57.ª lhos, quando estes as substituam.
5- Os trabalhadores-estudantes têm direito a marcar as fé-
Regras específicas de organização dos tempos de trabalho por parte rias de acordo com as suas necessidades escolares, salvo se
dos trabalhadores-estudantes daí resultar comprovada incompatibilidade com o plano de
1- A instituição deve elaborar horários de trabalho espe- férias da instituição.
cíficos para os trabalhadores-estudantes, com flexibilidade 6- Os trabalhadores-estudantes têm direito ao gozo inter-
ajustável à frequência das aulas e à inerente deslocação para polado de 15 dias de férias à sua livre escolha, salvo no caso
os respetivos estabelecimentos de ensino. de incompatibilidade resultante do encerramento para férias
2- Quando não seja possível a aplicação do regime previs- da instituição.
to no número anterior, o trabalhador-estudante será dispen- 7- Em cada ano civil, os trabalhadores-estudantes podem
sado até seis horas semanais, sem perda de retribuição ou de utilizar, seguida ou interpoladamente, até 10 dias úteis de
qualquer outra regalia, se assim o exigir o respetivo horário licença, com desconto no vencimento mas sem perda de
escolar. qualquer outra regalia, desde que o requeiram nos seguintes
3- A opção entre os regimes previstos nos números ante- termos:
riores será objeto de acordo entre a instituição, os trabalha- a) Com quarenta e oito horas de antecedência, no caso de
dores interessados e as suas estruturas representativas, por pretender um dia de licença;
forma a conciliar os direitos dos trabalhadores-estudantes b) Com oito dias de antecedência, no caso de pretender
com o normal funcionamento da instituição. dois a cinco dias de licença;

3077
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

c) Com um mês de antecedência, caso se pretenda mais de contar do momento em que teve lugar ou logo que cesse o
cinco dias de licença. contrato de trabalho.
2- O procedimento disciplinar deve exercer-se nos 60 dias
Cláusula 59.ª
subsequentes àquele em que a instituição, ou o superior hie-
Efeitos profissionais da valorização escolar rárquico, com competência disciplinar, teve conhecimento
da infracção.
1- Ao trabalhador-estudante devem ser proporcionadas
3- O trabalhador dispõe de cinco dias úteis para consultar
oportunidades de promoção profissional adequadas à valori-
o processo e responder à nota de culpa.
zação obtida por efeito de cursos ou conhecimentos adquiri-
4- Não pode aplicar-se mais de uma sanção disciplinar
dos, não sendo, todavia, obrigatória a reclassificação profis-
pela mesma infracção.
sional por simples obtenção desses cursos ou conhecimentos.
2- Têm direito, em igualdade de condições, ao preenchi-
mento de cargos para os quais se achem habilitados, por CAPÍTULO X
virtude dos cursos ou conhecimentos adquiridos, todos os
trabalhadores que os tenham obtido na qualidade de traba- Cessação do contrato de trabalho
lhador-estudante.
Cláusula 64.ª
Cláusula 60.ª
Cessação do contrato de trabalho
Excesso de candidatos à frequência de cursos
1- O contrato de trabalho pode cessar por:
Sempre que o número de pretensões formuladas por
a) Caducidade;
trabalhadores-estudantes no sentido de lhes ser aplicado o
b) Revogação por acordo das partes;
regime especial de organização de tempos de trabalho se
c) Despedimento promovido pela instituição;
revelar, manifesta e comprovadamente, comprometedor do
d) Rescisão, com ou sem justa causa, por iniciativa do tra-
funcionamento normal da instituição, fixar-se-á, por acordo
balhador;
entre esta, os interessados e as estruturas representativas dos
e) Rescisão por qualquer das partes durante o período ex-
trabalhadores o número e as condições em que serão deferi-
perimental;
das as pretensões apresentadas.
f) Extinção de postos de trabalho por causas objetivas de
Cláusula 61.ª ordem estrutural, tecnológica ou conjuntural relativa à ins-
tituição.
Trabalho de menores 2- É proibido o despedimento sem justa causa.
1- A instituição devem proporcionar aos menores que se
Cláusula 65.ª
encontrem ao seu serviço condições de trabalho adequadas à
sua idade, promovendo a respetiva formação pessoal e pro- Prazos para cessação do contrato de trabalho
fissional e prevenindo, de modo especial, quaisquer riscos
1- O contrato a termo certo caduca no fim do prazo estipu-
para o respetivo desenvolvimento físico e psíquico, de acor-
lado desde que a instituição comuniquem ao trabalhador até
do com a legislação vigente.
oito dias antes do prazo expirar, por escrito, a vontade de o
2- Os menores não podem ser obrigados à prestação de tra-
não renovar.
balho antes das 8 horas, nem depois das 18 horas, no caso de
2- A todo o momento podem as partes fazer cessar o con-
frequentarem cursos noturnos oficiais, oficializados ou equi-
trato de trabalho por mútuo acordo.
parados, e antes das 7 horas e depois das 20 horas no caso de
3- A rescisão pelo trabalhador do contrato de trabalho por
os não frequentarem.
tempo indeterminado, independentemente de justa causa,
deve ser comunicada à instituição, por escrito, com a ante-
CAPÍTULO IX cedência mínima de 30 ou 60 dias, consoante tenha, respeti-
vamente, até dois anos ou mais de dois anos de antiguidade.
Sanções e regime disciplinar 4- Tratando-se de um contrato a termo, a comunicação pre-
vista no número anterior deve ser feita com a antecedência
Cláusula 62.ª mínima de 30 dias, se o contrato tiver duração igual ou su-
perior a seis meses, ou de 15 dias, se for de duração inferior.
Poder disciplinar
5- O trabalhador poderá rescindir o contrato sem obser-
1- A instituição tem poder disciplinar sobre os trabalhado- vância de aviso prévio nas seguintes situações:
res que se encontrem ao seu serviço. a) Necessidade de cumprir obrigações legais incompatí-
2- O poder disciplinar exerce-se mediante processo disci- veis com a continuação ao serviço;
plinar. b) Falta culposa de pagamento pontual da retribuição na
Cláusula 63.ª forma devida;
c) Violação culposa das garantias legais e convencionais
Infracção disciplinar do trabalhador;
1- A infracção disciplinar prescreve ao fim de um ano a d) Aplicação de sanção abusiva;

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

e) Falta culposa de condições de segurança e higiene no das partes, mediante convocatória a enviar à outra parte, com
trabalho; a antecedência mínima de oito dias.
f) Lesão culposa de interesses patrimoniais sérios do tra- 3- No final da reunião será lavrada e assinada a respetiva
balhador; ata.
g) Ofensa à integridade física, liberdade, honra ou digni-
Cláusula 69.ª
dade praticada pela instituição ou seus representantes legí-
timos. Competências
6- A cessação do contrato, nos termos das alíneas b) a g)
Compete à comissão paritária:
do número anterior, confere ao trabalhador o direito a rece-
1- Interpretar o clausulado e integrar lacunas da convenção
ber uma indemnização em função da respetiva antiguidade,
a que se reporta.
correspondente a um mês de retribuição por cada ano ou
2- Criar e eliminar profissões, bem como proceder à defini-
fracção, não podendo ser inferior a três meses.
ção de funções inerentes às novas profissões, ao seu enqua-
7- Salvo acordo escrito em contrário, durante o período
dramento nos níveis de qualificação e determinar a respetiva
experimental qualquer das partes podem rescindir o contrato
integração num dos níveis de remuneração. Quando proce-
sem aviso prévio e sem necessidade de invocação de justa
der à extinção de uma profissão ou categoria profissional,
causa, não havendo direito a qualquer indemnização.
por substituição, deverá determinar a reclassificação dos tra-
balhadores noutra profissão ou categoria profissional.
CAPÍTULO XI
Cláusula 70.ª
Formação profissional Deliberações

Cláusula 66.ª 1- A comissão paritária só poderá deliberar desde que este-


jam presentes dois membros de cada uma das partes.
Formação profissional 2- Para deliberação só poderão pronunciar-se igual núme-
Para efeitos da alínea d) da cláusula 11.ª, a instituição ro de membros de cada uma das partes, cabendo a cada ele-
concede aos trabalhadores interessados um crédito anual de mento um voto.
quinze horas, contando como tempo efetivo de serviço para 3- As deliberações da comissão são tomadas por unanimi-
todos os efeitos. dade e passam a fazer parte integrante da presente conven-
ção, logo que publicadas no Boletim do Trabalho e Emprego.
CAPÍTULO XII
CAPÍTULO XIII
Comissão paritária
Disposições finais
Cláusula 67.ª
Cláusula 71.ª
Constituição
Direito subsidiário
1- É constituída uma comissão formada por dois
representantes da instituição e dois elementos do SINTAP, Para colmatar as lacunas da presente convenção recorrer-
que poderão ser assessorados. -se-á à lei geral do trabalho.
2- Por cada representante efetivo será designado um subs- Cláusula 72.ª
tituto para desempenho de funções em caso de ausência do
efetivo. Caráter globalmente mais favorável
3- Cada uma das partes indicará por escrito à outra, nos 30 Os direitos e condições de trabalho estabelecidos no pre-
dias subsequentes à publicação desta convenção, os nomes sente acordo de empresa são considerados globalmente mais
dos respetivos representantes efetivos e suplentes, conside- favoráveis.
rando-se a comissão paritária apta a funcionar logo após esta
indicação. Cláusula 73.ª
4- A comissão paritária funcionará enquanto estiver em
Produção de efeitos
vigor a presente convenção, podendo qualquer dos contraen-
tes, em qualquer altura, substituir os membros que nomeou, O presente acordo produz efeitos a partir do primeiro dia
mediante comunicação escrita à outra parte. do mês seguinte ao da sua publicação no Boletim do Traba-
lho e Emprego.
Cláusula 68.ª

Normas de funcionamento
Alvor, 24 de julho de 2018.
1- Salvo acordo em contrário, a comissão paritária funcio- Pela Santa Casa da Misericórdia de Alvor:
nará em local a determinar pelas partes.
2- A comissão paritária funcionará a pedido de qualquer Mário Américo Ferreira Barbosa de Freiras, na qualida-

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

de de provedor. Sociólogos
César Duarte da Fonseca Barata, na qualidade de vice-
Sociólogo - Estuda a origem, evolução, estrutura, cara-
-provedor.
terísticas e interdependência das sociedades humanas; inter-
Pelo Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pú- preta as condições do meio sócio-cultural em que o indivíduo
blica e de Entidades com Fins Públicos - SINTAP: age e reage, para determinar as incidências de tais condições
e transformações sobre os comportamentos individuais e de
João Paulo dos Santos Barnabé, na qualidade de secretá-
grupo; analisa os processos de formação, evolução e extin-
rio nacional, mandatado.
ção dos grupos sociais e investiga os tipos de comunicação e
interacção que neles e entre eles se desenvolvem; investiga
ANEXO I de que modo todo e qualquer tipo de manifestação da ativida-
de humana influencia e depende de condições socioculturais
Definição de funções em que existe; estuda de que modo os comportamentos, as
Eletricistas atividades e as relações dos indivíduos e grupos se integram
num sistema de organização social; procura explicar como e
Eletricista - Instala, conserva e prepara circuitos e apa- porquê se processa a evolução social; interpreta os resulta-
relhagem elétrica em habitações, estabelecimentos e outros dos obtidos, tendo em conta, sempre que necessário, elemen-
locais, para o que lê e interpreta desenhos, esquemas e outras tos fornecidos por outros investigadores que trabalham em
especificações técnicas. domínios conexos; apresenta as suas conclusões de modo a
Médicos poderem ser utilizadas pelos governantes, pela indústria ou
outros organismos interessados na resolução de problemas
Diretor de serviços clínicos - Organiza e dirige os servi- sociais. Pode ser especializado num ramo particular da so-
ços clínicos. ciologia e ser designado em conformidade.
Médico de clínica geral - Efetua exames médicos, re-
quisita exames auxiliares de diagnóstico e faz diagnósticos; Trabalhadores administrativos
envia criteriosamente o doente para médicos especialistas, se Assistente administrativo - Executa tarefas relacionadas
necessário, para exames ou tratamentos específicos; institui com o expediente geral da instituição, de acordo com pro-
terapêutica medicamentosa e outras adequadas às diferentes cedimentos estabelecidos, utilizando equipamento informá-
doenças, afecções e lesões do organismo; efetua pequenas tico e equipamento e utensílios de escritório; recepciona e
intervenções cirúrgicas. regista a correspondência e encaminha-a para os respetivos
Médico especialista - Desempenha as funções funda- serviços ou destinatários, em função do tipo de assunto e da
mentais do médico de clínica geral, mas especializa-se no prioridade da mesma; efetua o processamento de texto de
tratamento de certo tipo de doenças ou num ramo particular memorandos, cartas/ofícios, relatórios, notas informativas
de medicina, sendo designado em conformidade. e outros documentos, com base em informação fornecida;
Psicólogos arquiva a documentação, separando-a em função do tipo de
assunto, ou do tipo de documento, respeitando regras e pro-
Psicólogo - Estuda o comportamento e mecanismos men- cedimentos de arquivo; procede à expedição da correspon-
tais do homem e procede a investigações sobre problemas dência, identificando o destinatário e acondicionando-a, de
psicológicas em domínios tais como o fisiológico, social, acordo com os procedimentos adequados. Prepara e confere
pedagógico e patológico, utilizando técnicas específicas documentação de apoio à atividade da instituição, designa-
que, por vezes, elabora; analisa os problemas resultantes damente documentos referentes a contratos de compra e ven-
da interacção entre indivíduos, instituições e grupos; estu- da (requisições, guias de remessa, faturas, recibos e outros),
da todas as perturbações internas e relacionais que afetam o e documentos bancários (cheques, letras, livranças e outros).
indivíduo; investiga os fatores diferenciais quer biológicos, Regista e atualiza, manualmente ou utilizando aplicações in-
ambientais e pessoais do seu desenvolvimento, assim como formáticas específicas da área administrativa, dados neces-
o crescimento progressivo das capacidades motoras e das ap- sários à gestão da instituição, nomeadamente os referentes
tidões inteletivas e sensitivas; estuda as bases fisiológicas do ao economato, à faturação, vendas e clientes, compras e for-
comportamento e mecanismos mentais do homem, sobretu- necedores, pessoal e salários, estoques e aprovisionamento.
do nos seus aspetos métricos. Atende e encaminha, telefónica ou pessoalmente, o público
Pode investigar um ramo de psicologia, psicossociologia, interno e externo à empresa, nomeadamente, clientes, forne-
psicopatologia, psicofisiologia ou ser especializado numa cedores, e funcionários, em função do tipo de informação ou
aplicação particular da psicologia, como, por exemplo, o serviço pretendido.
diagnóstico e tratamento de desvios de personalidade e de Caixa - Tem a seu cargo as operações de caixa e registo
inadaptações sociais, em problemas psicológicos que surgem do movimento relativo a transações respeitantes à gestão da
durante a educação e o desenvolvimento das crianças e jo- instituição; recebe numerário e outros valores e verifica se a
vens ou em problemas psicológicos de ordem profissional, sua importância corresponde à indicada nas notas de venda
tais como os da selecção, formação e orientação profissional ou nos recibos; prepara os sobrescritos segundo as folhas de
dos trabalhadores, e ser designado em conformidade. pagamento; prepara os fundos destinados a serem deposita-

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

dos e toma as disposições necessárias para os levantamentos. a circulação destes e de outros documentos pelos diversos
Chefe de departamento - Estuda, organiza e coordena, setores da instituição; organiza e mantém atualizados os fi-
sob a orientação do seu superior hierárquico, num ou em cheiros especializados; promove a aquisição da documenta-
vários dos departamentos da instituição, as atividades que ção necessária aos objetivos a prosseguir; faz arquivo e ou
lhe são próprias; exerce, dentro do departamento que chefia registo de entrada e saída da documentação.
e nos limites da sua competência, a orientação e a fiscali- Escriturário - Executa várias tarefas, que variam conso-
zação do pessoal sob as suas ordens e de planeamento das ante a natureza e importância do escritório onde trabalha;
atividades de departamento, segundo as orientações e fins redige relatórios, cartas, notas informativas e outros docu-
definidos; propõe a aquisição de equipamento e materiais e mentos, manualmente ou à máquina, dando-lhe o segui-
a admissão de pessoal necessário ao bom funcionamento do mento apropriado; examina o correio recebido, separa-o,
departamento e executa outras funções semelhantes. classifica-o e compila os dados que são necessários para pre-
As categorias de chefe de serviços, chefe de escritório e parar as respostas; elabora, ordena e prepara os documentos
chefe de divisão, que correspondem a esta profissão, serão relativos à encomenda, distribuição, faturação e regulariza-
atribuídas de acordo com o departamento chefiado e grau de ção das compras e vendas; recebe pedidos de informação e
responsabilidade requerido. transmite-os à pessoa ou serviços competentes; põe em caixa
Chefe de secção - Coordena e controla o trabalho numa os pagamentos de contas e entregas recebidos; escreve em
secção administrativa. livros as receitas e despesas, assim como outras operações
Contabilista/técnico oficial de contas - Organiza e dirige contabilísticas; estabelece o extrato das operações efetuadas
os serviços de contabilidade e dá conselhos sobre problemas e de outros documentos para informação superior; atende os
de natureza contabilística; estuda a planificação dos circuitos candidatos às vagas existentes e informa-os das condições de
contabilísticos, analisando os diversos setores da atividade admissão e efetua registos do pessoal; preenche formulários
da empresa, de forma a assegurar uma recolha de elementos oficiais relativos ao pessoal ou à instituição; ordena e arqui-
precisos, com vista à determinação de custos e resultados de va notas de livrança, recibos, cartas ou outros documentos e
exploração; elabora o plano de contas a utilizar para a ob- elabora dados estatísticos; escreve à máquina e opera com
tenção dos elementos mais adequados à gestão económico- máquinas de escritório; prepara e organiza processos; presta
-financeira e cumprimento da legislação comercial e fiscal; informações e outros esclarecimentos aos utentes e ao públi-
supervisiona a escrituração dos registos e livros de contabi- co em geral.
lidade, coordenando, orientando e dirigindo os empregados Escriturário estagiário - Auxilia os escriturários ou ou-
encarregados dessa execução; fornece os elementos conta- tros trabalhadores de escritório, preparando-se para o exercí-
bilísticos necessários à definição da política orçamental e cio das funções que vier a assumir.
organiza e assegura o controlo de execução do orçamento; Operador de computador - Opera e controla o computa-
elabora ou certifica os balancetes e outras informações con- dor através do seu órgão principal, prepara-o para a execução
tabilísticas a submeter à administração ou a fornecer a ser- dos programas e é responsável pelo cumprimento dos prazos
viços públicos; procede ao apuramento de resultados, diri- previstos para cada operação, ou seja, não é apenas um mero
gindo o encerramento das contas e a elaboração do respetivo utilizador, mas encarregado de todo o trabalho de tratamento
balanço, que apresenta e assina; elabora o relatório expli- e funcionamento do computador; vigia o tratamento da infor-
cativo que acompanha a apresentação de contas ou fornece mação; prepara o equipamento consoante os trabalhos a exe-
indicações para essa elaboração; efetua as revisões contabi- cutar pelo escriturário e executa as manipulações necessárias
lísticas necessárias, verificando os livros ou registos para se e mais sensíveis; retira o papel impresso, corrige os possíveis
certificar da correcção da respetiva escrituração. Subscreve a erros detetados e anota os tempos utilizados nas diferentes
escrita da instituição. máquinas e mantém atualizados os registos e os quadros re-
Diretor de serviços - Estuda, organiza e dirige, nos li- lativos ao andamento dos diferentes trabalhos. Responde di-
mites dos poderes de que está investido, as atividades da retamente e perante o chefe hierárquico respetivo por todas
instituição; colabora na determinação da política da institui- as tarefas de operação e controlo informático.
ção; planeia a utilização mais conveniente da mão-de-obra, Recepcionista - Recebe clientes e orienta o público, trans-
equipamento, materiais, instalações e capitais; orienta, dirige mitindo indicações dos respetivos departamentos; assiste na
e fiscaliza a atividade da instituição segundo os planos esta- portaria, recebendo e atendendo visitantes que pretendam
belecidos, a política adoptada e as normas e regulamentos encaminhar-se para qualquer secção ou atendendo outros
prescritos; cria e mantém uma estrutura administrativa que visitantes com orientação das suas visitas e transmissão de
permita explorar e dirigir a instituição de maneira eficaz; co- indicações várias.
labora na fixação da política financeira e exerce a verificação Secretário (bacharel) - Ocupa-se de secretariado especí-
dos custos. fico da administração ou direcção da instituição; redige atas
Documentalista - Organiza o núcleo de documentação e das reuniões de trabalho, assegura, por sua própria iniciativa,
assegura o seu funcionamento ou, inserido num departamen- o trabalho de rotina diário do gabinete; providencia pela re-
to, trata a documentação, tendo em vista as necessidades de alização de assembleias gerais, reuniões de trabalho, contra-
um ou mais setores da instituição; faz a selecção, compila- tos e escrituras.
ção, codificação e tratamento da documentação; elabora re- Secretário-geral - Dirige exclusivamente, na dependên-
sumos de artigos e de documentos importantes e estabelece cia da direcção, administração ou da mesa administrativa da

3081
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

instituição, todos os seus serviços; apoia a direcção, prepa- a informação previsional dos departamentos funcionais de
rando as questões por ela a decidir. forma a permitir a elaboração dos orçamentos operacionais
Técnico administrativo - Organiza e executa tarefas re- e financeiros; despacha o expediente do seu serviço; articula
lacionadas com o expediente geral da instituição, utilizando as propostas orçamentais, recorrendo a técnicas de optimi-
equipamento informático e equipamento e utensílios de es- zação, elaborando os programas operacionais, que enviará à
critório: recepciona e regista a correspondência e encaminha- direcção; a partir da informação contabilística (geral e analí-
-a para os respetivos serviços ou destinatários, em função do tica), calcula os desvios orçamentais e decompõe-os por mo-
tipo de assunto e da prioridade da mesma; redige e efetua o tivos; elabora, a partir de informação contabilística e outra,
processamento de texto de correspondência geral, nomeada- séries estatísticas, determinando medidas de tendência cen-
mente memorandos, cartas/ofícios notas informativas e ou- tral e de dispersão, com a eventual utilização de aplicações
tros documentos com base em informação fornecida; orga- informáticas; colabora com a direcção na elaboração dos
niza o arquivo, estabelecendo critérios de classificação, em pressupostos orçamentais e nas várias previsões; mantém
função das necessidades de utilização, arquiva a documen- atualizado o dossiê de normas e processo, propondo altera-
tação, separando-a em função do tipo de assunto, ou do tipo ções com vista à sua racionalização e qualidade; faz estudos
de documento, respeitando regras e procedimentos de arqui- e prospecções de mercado, de modo a construir informações
vo; procede à expedição da correspondência e encomendas, sobre produtos, clientes, preços, etc.; colabora no estudo e
identificando o destinatário e acondicionando-a, de acordo escolha de equipamentos e materiais - ocupação de espaços;
com os procedimentos adequados. Atende e informa o pú- participa na elaboração do plano de marketing da empresa ou
blico interno e externo à instituição, atende, nomeadamente, do negócio e promove os seus execução e controlo; procede
utentes, fornecedores e funcionários, em função do tipo de à inventariação, cadastro e manutenção do património; cola-
informação ou serviço pretendido; presta informações sobre bora na aplicação dos objetivos fixados para curto e médio
os serviços da instituição, quer telefónica quer pessoalmente; prazo; pode coordenar outros trabalhadores; calcula e parti-
procede à divulgação de normas e procedimentos internos cipa na uniformização de parâmetros e na previsão do con-
junto dos funcionários e presta os esclarecimentos necessá- sumo de materiais, peças e equipamentos de reserva; analisa
rios. Efetua a gestão do economato da instituição, regista as a evolução de consumos e executa trabalhos estatísticos re-
entradas e saídas de material, em suporte informático ou em lacionados com eles; colabora no estabelecimento de níveis
papel, a fim de controlar as quantidades existentes; efetua o de estoques, obtendo informações sobre as necessidades e
pedido de material, preenchendo requisições ou outro tipo quantidades de existências; adquire materiais e outros pro-
de documentação, com vista à reposição de faltas; recepcio- dutos de acordo com as quantidades, qualidades, preços e
na o material, verificando a sua conformidade com o pedido condições de pagamento estabelecidas.
efetuado e assegura o armazenamento do mesmo. Organiza e Técnico de contabilidade - Organiza e classifica os do-
executa tarefas administrativas de apoio à atividade da insti- cumentos contabilísticos da instituição: analisa a documen-
tuição: organiza a informação relativa à compra de produtos tação contabilística, verificando a sua validade e conformi-
e serviços, criando e mantendo atualizados dossiês e fichei- dade, e separa-a de acordo com a sua natureza; classifica
ros, nomeadamente, de identificação de clientes e fornecedo- os documentos contabilísticos, em função do seu conteúdo,
res, volume de compras realizadas e a natureza do material registando os dados referentes à sua movimentação, utili-
adquirido; preenche e confere documentação referente ao zando o Plano Oficial de Contas do setor respetivo. Efetua
contrato de compra e venda (requisições, guias de remessa, o registo das operações contabilísticas da instituição, orde-
faturas, recibos e outras) e documentação bancária (cheques, nando os movimentos pelo débito e crédito nas respetivas
letras, livranças e outras); compila e encaminha para os ser- contas, de acordo com a natureza do documento, utilizando
viços competentes os dados necessários, nomeadamente, à aplicações informáticas e documentos e livros auxiliares e
elaboração de orçamentos e relatórios. Executa tarefas de obrigatórios. Contabiliza as operações da instituição, regis-
apoio à contabilidade geral da instituição, nomeadamente tando débitos e créditos: calcula ou determina e regista os
analisa e classifica a documentação de forma a sistematizá- impostos, taxas, tarifas a receber e a pagar; calcula e regista
-la para posterior tratamento contabilístico. Executa tarefas custos e proveitos; regista e controla as operações bancárias,
administrativas de apoio à gestão de recursos humanos; re- extratos de contas, letras e livranças, bem como as contas re-
gista e confere os dados relativos à assiduidade do pessoal; ferentes a compras, vendas, clientes, fornecedores, ou outros
processa vencimentos, efetuando os cálculos necessários à devedores e credores e demais elementos contabilísticos,
determinação dos valores de abonos, descontos e montante incluindo amortizações e provisões. Prepara, para a gestão
líquido a receber; atualiza a informação dos processos in- da instituição, a documentação necessária ao cumprimento
dividuais do pessoal, nomeadamente dados referentes a do- das obrigações legais e ao controlo das atividades, preenche
tações, promoções e reconversões; reúne a documentação ou confere as declarações fiscais e outra documentação, de
relativa aos processos de recrutamento, selecção e admissão acordo com a legislação em vigor; prepara dados contabi-
de pessoal e efetua os contatos necessários; elabora os mapas lísticos úteis à análise da situação económico-financeira da
e guias necessários ao cumprimento das obrigações legais, instituição, nomeadamente listagens de balancetes, balanços,
nomeadamente IRS e Segurança Social. extratos de conta; demonstrações de resultados e outra docu-
Técnico de apoio à gestão - Prepara informações para mentação legal obrigatória. Recolhe os dados necessários à
os respetivos responsáveis de departamento; recolhe e trata elaboração, pela gestão, de relatórios periódicos da situação

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

económico-financeira da instituição, nomeadamente planos outra documentação da chefia/direcção; efetua traduções e


de acção, inventários e relatórios. Organiza e arquiva todos retroversões de textos de rotina administrativa; organiza e
os documentos relativos à atividade contabilística. executa o arquivo de documentação de acordo com o assunto
Técnico de recursos humanos - Recolhe, compila e sis- ou tipo de documento, respeitando as regras e procedimentos
tematiza informação destinada à gestão previsional e pro- de arquivo. Executa tarefas inerentes à gestão e organização
visional de pessoal e elementos administrativos relativos do secretariado; controla o material de apoio ao secretariado,
à movimentação e admissão de pessoal; recolhe e prepara verificando existências, detetando faltas e providenciando
cadastros de pessoal; recolhe elementos e prepara esclareci- pela sua reposição; organiza processos, efetuando pesquisas
mentos sobre legislação, normas de regulamentação do tra- e selecionando documentação útil e pedidos externos e inter-
balho, procede à sua interpretação e aplicação, à prestação nos de informação; elabora e atualiza ficheiros de contatos,
de informações e à cooperação na elaboração de convenções bem como outro tipo de informação útil à gestão do serviço.
coletivas de trabalho; elabora, calcula e verifica o proces- Técnico de tesouraria - Procede à conferência do caixa
samento de remunerações e benefícios complementares, in- e do registo auxiliar de bancos; elabora ou colabora na ela-
cluindo as obrigações fiscais e contributivas para a Seguran- boração do orçamento de tesouraria e seu controlo, fornece
ça Social ou fundos complementares de reforma; atualiza e diariamente a situação das disponibilidades em caixa e ban-
mantém ficheiros de pessoal e arquivos de documentação; cos; assegura as reconciliações dos extratos bancários com o
colabora na recolha, análise e preparação de elementos des- registo auxiliar de bancos; mantém atualizado o ficheiro dos
tinados à elaboração de planos e orçamentos; participa no compromissos a pagar (ordenados do pessoal, fornecedores,
estudo, elaboração e alteração dos profissiogramas; participa Estado, etc.); prepara letras e outros efeitos para desconto;
na prospecção de elementos do potencial humano da institui- classifica todos os pagamentos e recebimentos de acordo
ção; recolhe, controla e sistematiza dados relativos a linhas com o plano de fluxos de caixa; colabora na aplicação dos
de carreira e inventário de funções, tendo em vista a movi- objetivos fixados a curto e médio prazo; pode coordenar ou-
mentação, admissão e selecção de pessoal e a participação tros trabalhadores.
na qualificação de funções; realiza o acolhimento de pessoal;
Trabalhadores da agricultura
participa na análise de indicadores de gestão de pessoal; dá
apoio administrativo e organizacional à atuação no domínio Jardineiro - Ocupa-se do arranjo e conservação dos jar-
da prevenção de acidentes e doenças profissionais e no âm- dins.
bito da organização e realização da formação profissional.
Trabalhadores de apoio
Técnico de secretariado - Planeia e organiza a rotina di-
ária e mensal da chefia/direcção, providenciando pelo cum- Ajudante de acção educativa - Participa nas atividades
primento dos compromissos agendados; organiza a agen- socioeducativas; ajuda nas tarefas de alimentação, cuidados
da, efetuando a marcação de reuniões, entrevistas e outros de higiene e conforto diretamente relacionados com a crian-
compromissos, tendo em conta a sua duração e localização ça; vigia as crianças durante o repouso e na sala de aula;
e procedendo a eventuais alterações; organiza reuniões, ela- assiste as crianças nos transportes, nos recreios, nos passeios
borando listas de participantes, convocatórias, preparando e visitas de estudo.
documentação de apoio e providenciando pela disponibili- Ajudante de estabelecimento de apoio a crianças defi-
zação e preparação do local da sua realização, incluindo o cientes - Procede ao acompanhamento diurno ou noturno das
equipamento de apoio; organiza deslocações efetuando re- crianças, dentro e fora do serviço ou estabelecimento; parti-
servas de hotel, marcação de transporte, preparação de docu- cipa na ocupação de tempos livres; apoia a realização de ati-
mentação de apoio e assegurando outros meios necessários à vidades socioeducativas; auxilia nas tarefas de alimentação
realização das mesmas. Assegura a comunicação da chefia/ dos utentes; apoia as crianças nos trabalhos que tenham de
direcção com interlocutores, internos e externos, em língua realizar.
portuguesa ou estrangeira; recebe chamadas telefónicas e Ajudante de lar e centro de dia - Procede ao acompa-
outros contatos, efetuando a sua filtragem em função do tipo nhamento diurno e ou noturno dos utentes, dentro e fora dos
de assunto, da sua urgência e da disponibilidade da chefia/ serviços e estabelecimentos; colabora nas tarefas de alimen-
direcção, ou encaminhamento para outros serviços; acolhe tação do utente; participa na ocupação dos tempos livres;
os visitantes e encaminha-os para os locais de reunião ou presta cuidados de higiene e conforto aos utentes; procede
entrevista; contata o público interno e externo no sentido de à arrumação e distribuição das roupas lavadas e à recolha de
transmitir orientações e informações da chefia/direcção. Or- roupas sujas e sua entrega na lavandaria.
ganiza e executa tarefas relacionadas com o expediente geral Ajudante de ocupação - Desempenha a sua atividade jun-
do secretariado da chefia/direcção; seleciona, regista e entre- to de crianças em idade escolar, com vista à sua ocupação
ga a correspondência urgente e pessoal e encaminha a res- durante o tempo deixado livre pela escola, proporcionando-
tante a fim de lhe ser dada a devida sequência; providencia -lhes ambiente adequado e atividades de caráter educativo
a expedição da correspondência da chefia/direcção; redige e recreativo, segundo o plano de atividades apreciado pela
cartas/ofícios, memorandos, notas informativas e outros tex- técnica de atividades de tempos livres. Colabora no atendi-
tos de rotina administrativa, a partir de informação fornecida mento dos pais das crianças.
pela chefia/direcção, em língua portuguesa ou estrangeira; Auxiliar de acção médica - Assegura o serviço de men-
efetua o processamento de texto da correspondência e de sageiro e procede à limpeza específica dos serviços de ac-

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ção médica; prepara e lava o material dos serviços técnicos; e outros técnicos de saúde no exercício da sua profissão.
procede ao acompanhamento e transporte de doentes em Enfermeiro-chefe - Coordena os serviços de enfermagem.
camas, macas, cadeiras de rodas ou a pé, dentro e fora do Enfermeiro-diretor - A nível de um estabelecimento ou
hospital; assegura o serviço externo e interno de transporte de serviço prestador de cuidados de saúde, integra obrigatoria-
medicamentos e produtos de consumo corrente necessários mente os órgãos de gestão, elabora um plano de acção anual
ao funcionamento dos serviços; procede à recepção, arru- para o serviço de enfermagem em articulação com o plano
mação de roupas lavadas e à recolha de roupas sujas e suas global do estabelecimento, serviço ou região de saúde, define
entregas; prepara refeições ligeiras nos serviços e distribui padrões de enfermagem e indicadores de avaliação do servi-
dietas (regime geral e dietas terapêuticas); colabora na pres- ço de enfermagem do estabelecimento ou serviço, define as
tação de cuidados de higiene e conforto aos doentes sob políticas ou diretivas formativas em enfermagem, define as
orientação do pessoal de enfermagem; transporta e distribui políticas no âmbito da investigação, compatibiliza os objeti-
as balas de oxigénio e os materiais esterilizados pelos servi- vos do estabelecimento ou serviço com a filosofia e objetivos
ços de acção médica. da profissão de enfermagem, elabora propostas referentes a
Auxiliar de laboratório - Lava, prepara e esteriliza o ma- quadros ou mapas de pessoal de enfermagem, elabora pro-
terial de uso corrente; faz pequenos serviços externos refe- postas referentes à admissão de enfermeiros e procede à sua
rentes ao funcionamento do laboratório. distribuição, participa na mobilidade de enfermeiros, me-
diante critérios previamente estabelecidos, cria ou mantém
Trabalhadores auxiliares
um efetivo sistema de classificação de utentes doentes que
Trabalhador dos serviços gerais - Procede à limpeza e permita determinar necessidades em cuidados de enferma-
arrumação das instalações; assegura o transporte de alimen- gem, coordena estudos para determinação de custos/benefí-
tos e outros artigos; serve refeições em refeitórios; desem- cios no âmbito dos cuidados de enfermagem, colabora na
penha funções de estafeta e procede à distribuição de cor- avaliação de enfermeiros de outras categorias.
respondência e valores por protocolo; efetua o transporte de Enfermeiro especialista - Executa as funções fundamen-
cadáveres; desempenha outras tarefas não específicas que se tais de enfermeiro, mas num campo circunscrito a determina-
enquadrem no âmbito da sua categoria profissional. do domínio clínico, possuindo para tal formação específica
em especialidade legalmente instituída. Pode ser designado
Trabalhadores de comércio e armazém
segundo a especialidade.
Caixa de balcão - Efetua o recebimento das importâncias
Trabalhadores de farmácia
devidas por fornecimento; emite recibos e efetua o registo
das operações em folhas de caixa. A) Farmacêuticos
Caixeiro - Vende mercadorias diretamente ao público,
Diretor técnico - Assume a responsabilidade pela execu-
fala com o cliente no local de venda e informa-se do género
ção de todos os atos farmacêuticos praticados na farmácia,
de produtos que este deseja, anuncia o preço e esforça-se por
cumprindo-lhe respeitar e fazer respeitar os regulamentos
concluir a venda; recebe encomendas; colabora na realização
referentes ao exercício da profissão farmacêutica, bem como
dos inventários.
as regras da deontologia, por todas as pessoas que trabalham
Empregado de armazém - Cuida da arrumação das mer-
na farmácia ou que têm qualquer relação com ela; presta ao
cadorias ou produtos nas áreas de armazenamento; acondi-
público os esclarecimentos por ele solicitados, sem prejuízo
ciona e ou desembala por métodos manuais ou mecânicos;
da prescrição médica, e fornece informações ou conselhos
procede à distribuição das mercadorias ou produtos pelos
sobre os cuidados a observar com a utilização dos medica-
setores de venda ou de utilização; fornece, no local de ar-
mentos, aquando da entrega dos mesmos, sempre que, no
mazenamento, mercadorias ou produtos contra a entrega de
âmbito das suas funções, o julgue útil ou conveniente; man-
requisição; assegura a limpeza das instalações; colabora na
tém os medicamentos e substâncias medicamentosas em
realização de inventários.
bom estado de conservação, de modo a serem fornecidos nas
Encarregado de armazém - Coordena e controla o servi-
devidas condições de pureza e eficiência; diligencia no senti-
ço e o pessoal de armazém.
do de que sejam observadas boas condições de higiene e se-
Fiel de armazém - Superintende nas operações de entrada
gurança na farmácia; presta colaboração às entidades oficiais
e saída de mercadorias e ou materiais no armazém, execu-
e promove as medidas destinadas a manter um aprovisiona-
ta ou fiscaliza os respetivos documentos e responsabiliza-se
mento suficiente de medicamentos.
pela arrumação e conservação das mercadorias e ou mate-
Farmacêutico - Coadjuva o diretor técnico no exercício
riais; comunica os níveis de estoques; colabora na realização
das suas funções e substitui-o nas suas ausências e impedi-
de inventários.
mentos.
Trabalhadores de enfermagem
B) Profissionais de farmácia
Enfermeiro - Presta cuidados de enfermagem aos doen-
Ajudante técnico de farmácia - Executa todos os atos
tes, em várias circunstâncias, em estabelecimentos de saú-
inerentes ao exercício farmacêutico, sob controlo do farma-
de e assistência; administra os medicamentos e tratamentos
cêutico; vende medicamentos ou produtos afins e zela pela
prescritos pelo médico, de acordo com normas de serviço e
sua conservação; prepara manipulados, tais como solutos,
técnicas reconhecidas na profissão; colabora com os médicos

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pomadas, xaropes e outros. vendo a segurança, autoconfiança, autonomia e respeito pelo


Ajudante de farmácia - Coadjuva o ajudante técnico de outro; acompanha a evolução da criança e estabelece conta-
farmácia, sob controlo do farmacêutico, nas tarefas que são tos com os pais com o fim de se obter uma acção pedagógica
cometidas àquele trabalhador e já descritas, não podendo coordenada.
exercer autonomamente atos farmacêuticos quer na farmácia Docentes de educação especial - Os docentes de educa-
quer nos postos de medicamento. ção especial ensinam crianças e adolescentes portadores de
deficiências motoras, sensoriais ou mentais ou com dificul-
Trabalhadores com funções de chefia dos serviços gerais
dade de aprendizagem a um determinado nível de ensino;
Chefe dos serviços gerais - Organiza e promove o bom adaptam currículos às capacidades destes alunos; ensinam
funcionamento dos serviços gerais; superintende a coorde- uma ou mais matérias a deficientes visuais e auditivo, utili-
nação geral de todas as chefias da área dos serviços gerais. zando métodos e técnicas específicas.
Encarregado (serviços gerais) - Coordena e orienta a ati- Professor - Exerce atividade docente em estabelecimen-
vidade dos trabalhadores da área dos serviços gerais sob a tos de ensino.
sua responsabilidade.
Trabalhadores com funções técnicas (licenciados e ba-
Encarregado geral (serviços gerais) - Coordena e orienta
charéis)
a atividade dos trabalhadores da área dos serviços gerais sob
a sua responsabilidade. Técnico administrativo (bacharel) - Realiza análises e
Encarregado de setor (serviços gerais) - Coordena e dis- pesquisas, desenvolve conceitos, teorias e métodos e põe em
tribui o pessoal do setor de acordo com as necessidades dos prática os conhecimentos, estuda e emite pareceres na sua
serviços; verifica o desempenho das tarefas atribuídas; zela área de formação académica ou na área da instituição onde
pelo cumprimento das regras de segurança higiene no traba- desenvolve funções; promove e desenvolve as atividades na
lho; requisita os produtos indispensáveis ao normal funcio- área da instituição a que se encontra adstrito, pode integrar
namento dos serviços; verifica periodicamente os inventários grupos de trabalho bem como coordenar projetos ou exercer
e as existências e informa superiormente das necessidades de a chefia hierárquica de postos de trabalho de diferentes ní-
aquisição, reparação ou substituição dos bens ou equipamen- veis de qualificação.
tos; mantém em ordem o inventário do respetivo setor. Técnico de formação - Identifica e analisa necessidades
Encarregado de serviços gerais - Organiza, coordena e de formação, planifica e elabora programas de formação e
orienta a atividade desenvolvida pelos encarregados de setor acompanha a respetiva execução: identifica e analisa as
sob a sua responsabilidade; estabelece, em colaboração com necessidades de formação, reconversão reciclagem e aper-
os encarregados de setor, os horários de trabalho, escalas e feiçoamento, junto de dirigentes e titulares dos postos de
dispensas de pessoal, bem como o modo de funcionamento trabalho, utilizando técnicas e instrumentos de diagnósti-
dos serviços; mantém em ordem os inventários sob a sua res- co específicos, a fim de definir os conhecimentos teóricos
ponsabilidade. e práticos necessários; planifica e define objetivos pedagó-
gicos, promove e acompanha a execução de programas de
Trabalhadores com funções pedagógicas
formação junto de empresas e outras entidades, articulando
Auxiliar de educação - Elabora planos de atividades das com os recursos técnico-financeiros disponíveis; elabora ou
classes, submetendo-os à apreciação dos educadores de in- reformula programas de formação, definindo competências
fância e colaborando com estes no exercício da sua atividade. terminais, métodos e temática; organiza ações de formação,
Auxiliar pedagógico do ensino especial - É o trabalhador recrutando formadores e informando-os sobre os objetivos
habilitado com o curso geral do ensino secundário ou globais e disponibilizando os meios necessários ao desen-
equivalente e com curso de formação adequado ou com, pelo volvimento das ações; coordena pedagogicamente as ações
menos, três anos de experiência profissional, que acompanha de formação e avalia-as, elaborando e utilizando critérios e
as crianças, em período diurno ou noturno, dentro e fora do instrumentos de avaliação pertinentes.
estabelecimento, participa na ocupação dos tempos livres, Técnico superior administrativo - Realiza análises e pes-
apoia as crianças ou jovens na realização de atividades quisas, desenvolve conceitos, teorias e métodos e põe em
educativas, dentro ou fora da sala de aula, auxilia nas tarefas prática os conhecimentos, estuda e emite pareceres na sua
de prestação de alimentação, higiene e conforto. área de formação académica ou na área da instituição onde
Educador de infância - Promove o desenvolvimento glo- desenvolve funções; promove e desenvolve as atividades na
bal de crianças em estabelecimentos, tais como jardins-de- área da instituição a que se encontra adstrito, podendo in-
-infância, centros de pediatria e internatos infantis organi- tegrar grupos de trabalho bem como coordenar projetos ou
zando diversas atividades que, simultaneamente, as ocupam exercer a chefia hierárquica de postos de trabalho de diferen-
e incentivam o seu desenvolvimento físico, psíquico e social; tes níveis de qualificação.
orienta diversas atividades a fim de que a criança execute Técnico superior de laboratório - Planeia, orienta e su-
exercícios de coordenação, atenção, memória, imaginação e pervisa o trabalho técnico de um ou mais setores do labora-
raciocínio para incentivar o seu desenvolvimento psicomo- tório; testa e controla os métodos usados na execução das
tor; desperta-a para o meio em que está inserida; estrutura e análises; investiga e executa as análises mais complexas, de
promove as expressões plástica, musical, corporal da criança grande responsabilidade e de nível técnico altamente espe-
e outras; estimula o desenvolvimento socioafetivo, promo- cializado.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

Trabalhadores de hotelaria doçaria para consumo no local; cobra as respetivas impor-


tâncias e observa as regras de controlo aplicáveis; colabora
Ajudante de cozinheiro - Trabalha sob as ordens de um
nos trabalhos de asseio e higiene e na arrumação da secção;
cozinheiro, auxiliando-o na execução das suas tarefas: limpa
elabora os inventários periódicos das existências da mesma
e corta legumes, carnes, peixe ou outros alimentos; prepara
secção.
guarnições para os pratos; executa e colabora nos trabalhos
Empregado de quartos/camaratas/enfermarias - Arruma
de arrumação e limpeza da sua secção; colabora no serviço
e limpa os quartos de um andar/camaratas ou enfermarias,
de refeitório.
bem como os respetivos acessos, e transporta a roupa neces-
Chefe de compras/ecónomo - Procede à aquisição de gé-
sária para o efeito; serve refeições nos quartos e enfermarias.
neros, mercadorias e outros artigos, sendo responsável pelo
Empregado de refeitório - Executa nos diversos setores
regular abastecimento da instituição; armazena, conserva,
de um refeitório trabalhos relativos ao serviço de refeições;
controla e fornece às secções as mercadorias e artigos neces-
prepara as salas, levando e dispondo mesas e cadeiras da for-
sários ao seu funcionamento; procede à recepção dos artigos
ma mais conveniente; coloca nos balcões e nas mesas pão,
e verifica a sua concordância com as respetivas requisições;
fruta, sumos e outros artigos de consumo; recebe e distribui
organiza e mantém atualizados os ficheiros de mercadorias à
refeições; levanta tabuleiros das mesas e transporta-os para a
sua guarda, pelas quais é responsável; executa ou colabora
copa; lava as louças, recipientes e outros utensílios; procede
na execução de inventários periódicos.
a serviços de preparação de refeições, embora não as confe-
Cozinheiro - Prepara, tempera e cozinha os alimentos
cionando. Executa ainda os serviços de limpeza e asseio dos
destinados às refeições; elabora ou contribui para a confec-
diversos setores.
ção das ementas; recebe os víveres e outros produtos neces-
Encarregado de refeitório - Organiza, coordena, orienta
sários à sua confecção, sendo responsável pela sua conserva-
e vigia os serviços de um refeitório e requisita os géneros,
ção; amanha o peixe, prepara os legumes e a carne e procede
utensílios e quaisquer outros produtos necessários ao normal
à execução das operações culinárias; emprata-os, guarnece-
funcionamento dos serviços; fixa ou colabora no estabele-
-os e confeciona os doces destinados às refeições, quando
cimento das ementas, tomando em consideração o tipo de
não haja pasteleiro; executa ou zela pela limpeza da cozinha
trabalhadores a que se destinam e o valor dietético dos ali-
e dos utensílios.
mentos; distribui as tarefas ao pessoal, velando pelo cumpri-
Cozinheiro-chefe - Organiza, coordena, dirige e verifica
mento das regras de higiene, eficiência e disciplina; verifica
os trabalhos de cozinha; elabora ou contribui para a elabo-
a qualidade e quantidade das refeições; elabora mapas expli-
ração das ementas, tendo em atenção a natureza e o número
cativos das refeições fornecidas, para posterior contabiliza-
de pessoas a servir, os víveres existentes ou susceptíveis de
ção; é encarregado de receber os produtos e verificar se coin-
aquisição, e requisita às secções respetivas os géneros de que
cidem em quantidade e qualidade com os produtos descritos.
necessita para a sua confecção; dá instruções ao pessoal de
Encarregado de parque de campismo - Dirige, colabo-
cozinha sobre a preparação e confecção dos pratos, tipos de
ra, orienta e vigia todos os serviços do parque de campismo
guarnição e quantidades a servir; acompanha o andamento
e turismo de acordo com as diretrizes superiores; vela pelo
dos cozinhados e assegura-se da perfeição dos pratos e da
cumprimento das regras de higiene e assegura a eficiência
sua concordância com o estabelecido; verifica a ordem e a
da organização-geral do parque; comunica às autoridades
limpeza de todas as secções de pessoal e mantém em dia
competentes a prática de irregularidades pelos campistas; é
o inventário de todo o material de cozinha; é responsável
o responsável pelo controlo das receitas e despesas, compe-
pela conservação dos alimentos entregues na cozinha; é en-
tindo-lhe fornecer aos serviços de contabilidade todos os ele-
carregado do aprovisionamento da cozinha e de elaborar um
mentos de que estes careçam; informa a direcção das ocor-
registo diário dos consumos; dá informações sobre quantida-
rências na atividade do parque e instrui os seus subordinados
des necessárias às confecções dos pratos e ementas; é ainda
sobre os trabalhos que lhes estão confiados.
o responsável pela elaboração das ementas do pessoal e pela
Pasteleiro - Confeciona e guarnece produtos de paste-
boa confecção das respetivas refeições qualitativa e quanti-
laria compostos por diversas massas e cremes, utilizando
tativamente.
máquinas e utensílios apropriados: elabora receitas para
Despenseiro - Armazena, conserva e distribui géneros
bolos, determinando as quantidades de matérias-primas e
alimentícios e outros produtos, recebe produtos e verifica se
ingredientes necessários à obtenção dos produtos pretendi-
coincidem em quantidade e qualidade com os discriminados
dos; pesa e doseia as matérias-primas de acordo com as re-
nas notas de encomenda; arruma-os em câmaras frigoríficas,
ceitas; prepara massas, cremes, xaropes e outros produtos,
tulhas, salgadeiras, prateleiras e outros locais apropriados;
por processos tradicionais ou mecânicos, com utensílios
cuida da sua conservação, protegendo-os convenientemen-
apropriados; verifica e corrige, se necessário, a consistência
te; fornece, mediante requisição, os produtos que lhe sejam
das massas, adicionando-lhes os produtos adequados; unta as
solicitados; mantém atualizados os registos; verifica periodi-
formas ou forra o seu interior com papel ou dá orientações
camente as existências e informa superiormente das necessi-
nesse sentido; corta a massa, manual ou mecanicamente, ou
dades de aquisição; efetua a compra de géneros de consumo
distribui-a em formas, consoante o tipo e o produto a fabri-
diário e outras mercadorias ou artigos diversos.
car, servindo-se de utensílios e máquinas próprios; coloca a
Empregado de balcão - Ocupa-se do serviço de balcão,
massa em tabuleiros, a fim de ser cozida no forno; dá orien-
servindo diretamente as preparações de cafetaria, bebidas e
tações, se necessário, relativamente aos tempos de cozedura;

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

decora os artigos de pastelaria com cremes, frutos, choco- mantém os utensílios e o local de trabalho nas condições de
late, massapão e outros produtos; mantém os utensílios e o higiene requeridas. Por vezes vende os artigos confeciona-
local de trabalho nas condições de higiene requeridas. dos, ao balcão da padaria.
Trabalhadores de lavandaria e de roupas Trabalhadores rodoviários e de postos de abastecimento
Costureira/alfaiate - Executa vários trabalhos de corte Ajudante de motorista - Acompanha o motorista, compe-
e costura manuais e ou à máquina necessários à confecção, tindo-lhe auxiliá-lo na manutenção do veículo; vigia, indica
consertos e aproveitamento de peças de vestuário, roupas de as manobras; arruma as mercadorias no veículo e auxilia na
serviço e trabalhos afins. Pode dedicar-se apenas a trabalho descarga, fazendo no veículo a entrega das mercadorias a
de confecção. quem as carrega e transporta para o local a que se destinam;
Engomador - Ocupa-se dos trabalhos de passar a ferro e entrega diretamente ao destinatário pequenos volumes de
dobrar as roupas; assegura outros trabalhos da secção. mercadorias com pouco peso.
Operador de lavandaria - Procede à lavagem manual ou Encarregado (rodoviário) - É o trabalhador que, nas
mecânica das roupas de serviço e dos utentes; engoma a rou- garagens, estações de serviço, postos de abastecimento,
pa, arruma-a e assegura outros trabalhos da secção. parques de estacionamento e estabelecimentos de venda de
Roupeiro - Ocupa-se do recebimento, tratamento, arru- combustíveis, lubrificantes e pneus, representa a entidade
mação e distribuição das roupas; assegura outros trabalhos patronal; atende os clientes, cobra e paga faturas; orienta o
da secção. movimento interno; fiscaliza e auxilia o restante pessoal.
Motorista de ligeiros - Conduz veículos ligeiros, pos-
Trabalhadores metalúrgicos
suindo para o efeito carta de condução profissional; zela,
Canalizador - Procede à montagem, conservação e repa- sem execução, pela boa conservação e limpeza dos veículos;
ração de tubagens e acessórios de canalizações para fins pre- verifica diariamente os níveis de óleo e de água e a pressão
dominantemente domésticos; procede, quando necessário, à dos pneus; zela pela carga que transporta e efetua a carga e
montagem, reparação e conservação de caleiras e algerozes. descarga.
Motorista de pesados - Conduz veículos automóveis
Trabalhadores de panificação
com mais de 3500 kg de carga ou mais de nove passageiros,
Ajudante de padaria - Corta, pesa, enrola e tende a massa possuindo para o efeito carta de condução profissional; com-
a panificar, a fim de lhe transmitir as caraterísticas requeri- pete-lhe ainda zelar, sem execução, pela boa conservação e
das, para o que utiliza faca e balança ou máquinas divisoras, limpeza do veículo e pela carga que transporta, orientando
pescadoras, enroladoras ou outras com que trabalha, cuidan- também a sua carga e descarga; verifica os níveis de óleo e
do da sua limpeza e arrumação. Pode também ser designado de água.
por manipulador ou panificador.
Trabalhadores dos serviços de diagnóstico e terapêutica
Encarregado de fabrico - É o responsável pela aquisição
de matérias-primas, pelo fabrico em tempo para a expedição Diretor de laboratório - Técnico superior que exerce
e pela elaboração dos respetivos mapas, competindo-lhe funções de direcção técnica e é responsável pelo laboratório
ainda assegurar a boa qualidade do pão e a disciplina do ou centro.
pessoal de fabrico.
A) Técnicos (licenciados e bacharéis)
Padeiro - Fabrica pão, bolos e tortas, pesando, amassan-
do, enrolando, tendendo e cozendo massas e outros produ- Técnico de análises clínicas e de saúde pública - Desen-
tos apropriados, por processos tradicionais; pesa ou mede volve atividades ao nível da patologia clínica, imunologia,
farinhas, gorduras, malte, água, sal, leite, ovos e outros in- hematologia clínica, genética e saúde pública, através do es-
gredientes necessários aos produtos a fabricar; mistura-os e tudo, aplicação e avaliação das técnicas e métodos analíticos
amassa-os manualmente num recipiente ou numa amassa- próprios, com fins de diagnóstico e de rastreio.
deira mecânica, de forma a transmitir à massa homogenei- Técnico de anatomia patológica, citológica e tanatológi-
dade, rapidez de fermentação, aumento do poder nutritivo ca - Trata de tecidos biológicos colhidos no organismo vivo
e melhor sabor e conservação; divide a massa conforme as ou morto com observação macroscópica e microscópica,
dimensões do produto a fabricar, utilizando cortador manual óptica e eletrónica, com vista ao diagnóstico anatomopato-
ou mecânico; pesa a massa dividida, quando for caso disso, lógico; realiza montagem de peças anatómicas para fins de
e polvilha-a com farinha; enrola-a à mão ou à máquina para ensino e formação; executa e controla as diversas fases da
lhe transmitir a plasticidade desejada; enforma-a ou tende-a, técnica citológica.
manual ou mecanicamente, decorrido o tempo necessário à Técnico de audiologia - Desenvolve atividades no âmbi-
fermentação; arruma-a em formas ou tabuleiros a fim de ser to da prevenção e conservação da audição, do diagnóstico e
submetida a nova fermentação; acende o forno a lenha, a gás, da reabilitação auditiva, bem como no domínio da funciona-
elétrico ou outro e regula a temperatura e o sistema de vapor lidade vestibular.
acionando contratores e observando aparelhos de medida; Técnico de cardiopneumologia - Centra-se no desenvol-
enforna os produtos com uma pá ou através de outro siste- vimento de atividades técnicas para o estudo funcional e de
ma; desenforma os produtos cozidos e coloca-os em cestos capacidade anatomofisiopatológica do coração, vasos e pul-
ou carros de rede; conta e embala os produtos fabricados; mões e de atividades ao nível da programação, aplicação de

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meios de diagnóstico e sua avaliação, bem como no desen- aplicar os dispositivos necessários e mais adequados à cor-
volvimento de ações terapêuticas específicas, no âmbito da reção do aparelho locomotor, ou à sua substituição no caso
cardiologia, pneumologia e cirurgia cardiotorácica. de amputações, e desenvolve ações visando assegurar a co-
Dietista - Aplica conhecimentos de nutrição e dietética locação dos dispositivos fabricados e respetivo ajustamento,
na saúde em geral e na educação de grupos e indivíduos, quando necessário.
quer em situação de bem-estar quer na doença, designada- Técnico de prótese dentária - Realiza atividades no do-
mente no domínio da promoção e tratamento e da gestão de mínio do desenho, preparação, fabrico, modificação e repa-
recursos alimentares. ração de próteses dentárias, mediante a utilização de produ-
Técnico de farmácia - Desenvolve atividades no circui- tos, técnicas e procedimentos adequados.
to do medicamento, tais como análises e ensaios farmaco- Técnico de radiologia - Realiza todos os exames da área
lógicos; interpreta a prescrição terapêutica e as fórmulas da radiologia de diagnóstico médico, programação, execução
farmacêuticas, sua preparação, identificação e distribuição, e avaliação de todas as técnicas radiológicas que intervêm na
controla a conservação, distribuição e os estoques de medi- prevenção e promoção da saúde; utiliza técnicas e normas
camentos e outros produtos, informa e aconselha sobre o uso de protecção e segurança radiológica no manuseamento com
do medicamento. radiações ionizantes.
Fisioterapeuta - Centra-se na análise e avaliação do mo- Técnico de radioterapia - Desenvolve atividades te-
vimento e da postura, baseadas na estrutura e função do cor- rapêuticas através da utilização de radiação ionizante para
po, utilizando modalidades educativas e terapêuticas especí- tratamentos, incluindo o pré-diagnóstico e follow-up do do-
ficas, com base, essencialmente, no movimento, nas terapias ente; prepara, verifica, assenta e manobra aparelhos de ra-
manipulativas e em meios físicos e naturais, com a finalidade dioterapia; atua nas áreas de utilização de técnicas e normas
de promoção da saúde e prevenção da doença, da deficiên- de protecção e segurança radiológica no manuseamento com
cia, de incapacidade e da inadaptação e de tratar, habilitar radiações ionizantes.
ou reabilitar indivíduos com disfunções de natureza física, Terapeuta da fala - Desenvolve atividades no âmbito da
mental, de desenvolvimento ou outras, incluindo a dor, com prevenção, avaliação e tratamento das perturbações da co-
o objetivo de os ajudar a atingir a máxima funcionalidade e municação humana, englobando não só todas as funções as-
qualidade de vida. sociadas à compreensão e expressão da linguagem oral e es-
Higienista oral - Realiza atividades de promoção da saú- crita mas também outras formas de comunicação não verbal.
de oral dos indivíduos e das comunidades, visando métodos Terapeuta ocupacional - Avalia, trata e habilita indivídu-
epidemiológicos e ações de educação para a saúde; presta os com disfunção física, mental, de desenvolvimento, social
cuidados individuais que visem prevenir e tratar as doenças ou outras, utilizando técnicas terapêuticas integradas em ati-
orais. vidades selecionadas consoante o objetivo pretendido e en-
Técnico de medicina nuclear - Desenvolve ações nas áre- quadradas na relação terapeuta/utente; previne a incapacida-
as de laboratório clínico, de medicina nuclear e de técnica de através de estratégias adequadas com vista a proporcionar
fotográfica com manuseamento de aparelhagem e produtos ao indivíduo o máximo de desempenho e autonomia nas suas
radioativos, bem como executa exames morfológicos asso- funções pessoais, sociais e profissionais e, se necessário, es-
ciados ao emprego de agentes radioativos e estudos dinâmi- tuda e desenvolve as respetivas ajudas técnicas, em ordem a
cos e cinéticos com os mesmos agentes e com testagem de contribuir para uma melhoria da qualidade de vida.
produtos radioativos, utilizando técnicas e normas de protec- Técnico de saúde ambiental - Desenvolve atividades de
ção e segurança radiológica no manuseamento de radiações identificação, caraterização e redução de fatores de risco para
ionizantes. a saúde originados no ambiente, participa no planeamento
Técnico de neurofisiologia - Realiza registos da ativida- de ações de saúde ambiental e em ações de educação para
de bioelétrica do sistema nervoso central e periférico, como a saúde em grupos específicos da comunidade, bem como
meio de diagnóstico na área da neurofisiologia, com particu- desenvolve ações de controlo e vigilância sanitária de siste-
lar incidência nas patologias do foro neurológico e neuroci- mas, estruturas e atividades com interacção no ambiente, no
rúrgico, recorrendo a técnicas convencionais e ou computo- âmbito da legislação sobre higiene e saúde ambiental.
rizadas.
B) Técnicos auxiliares
Ortoptista - Desenvolve atividades no campo do diag-
nóstico e tratamento dos distúrbios da motilidade ocular, vi- Técnico de análises clínicas (sem curso) - Executa tra-
são binocular e anomalias associadas; realiza exames para balhos técnicos simples, nomeadamente análises de urina
correcção refrativa e adaptação de lentes de contato, bem correntes, preparação de lâminas, de reagentes e de meios
corno para análise da função visual e avaliação da condu- de cultura simples; observa os fenómenos, identifica-os e
ção nervosa do estímulo visual e das deficiências do campo regista-os; efetua colheitas e auxilia nas tarefas conducentes
visual; programa e utiliza terapêuticas específicas de recupe- às transfusões de sangue.
ração e reeducação das perturbações da visão binocular e da Técnico de fisioterapia (sem curso) - Executa algumas
subvisão, ações de sensibilização, programas de rastreio e tarefas nos domínios de eletroterapia e da hidroterapia, de-
prevenção no âmbito da promoção e educação para a saúde. signadamente infravermelhos e ultravioletas, correntes de
Ortoprotésico - Avalia indivíduos com problemas moto- alta frequência e correntes galvânicas, banho de remoinho,
res ou posturais, com a finalidade de conceber, desenhar e calor húmido, local ou geral, parafinas, banhos de contraste

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

e outros; coloca o doente nos aparelhos de mecanoterapia e tiva integrada e de despiste de eventuais casos sociais e de
aplica aerossóis. problemas de foro psíquico que careçam de especial atenção
Encarregado da câmara escura - Executa em câmara es- e encaminhamento. Em alguns casos conta com o apoio do
cura as tarefas relativas ao tratamento de películas destina- psicólogo.
das à obtenção de radiografias, utilizando produtos químicos Técnico auxiliar de serviço social - Ajuda os utentes em
adequados; identifica os diferentes exames, preparando-os situação de carência social a melhorar as suas condições de
para relatório; regista os trabalhos executados; procede à vida; coadjuva ou organiza atividades de caráter educativo e
manutenção do material e cuida dos meios automáticos de recreativo para crianças, adolescentes e jovens, bem como
revelação, caso existam. atividades de ocupação de tempos livres para idosos; apoia
os indivíduos na sua formação social e na obtenção de um
Trabalhadores sociais
maior bem-estar; promove ou apoia cursos e campanhas de
Agente de educação familiar - Promove a melhoria da educação sanitária, de formação familiar e outros. Pode tam-
vida familiar, através da consciencialização do sentido e con- bém ser designado por auxiliar social.
teúdo dos papéis familiares e educação dos filhos e do ensino Técnico superior de serviço social - Estuda e define nor-
de técnicas de simplificação e racionalização das tarefas do- mas gerais, esquemas e regras de atuação do serviço social
mésticas; procura solucionar os problemas apresentados ou das instituições; procede à análise de problemas de serviço
proporciona no domicílio, mediante a análise das condições social diretamente relacionados com os serviços das insti-
reais do lar, os conselhos adequados à melhoria da vida fa- tuições; assegura e promove a colaboração com os serviços
miliar e doméstica. sociais de outras instituições ou entidades; estuda com os
Ajudante familiar domiciliário - Procede ao acompanha- indivíduos as soluções possíveis dos seus problemas (des-
mento do utente no domicílio; cuida da sua higiene e con- coberta do equipamento social de que podem dispor); ajuda
forto, sob supervisão do enfermeiro e de acordo com o grau os utentes a resolver adequadamente os seus problemas de
de sua dependência; recolhe roupas sujas e distribui roupa adaptação e readaptação social, fomentando uma decisão
lavada, podendo ainda efetuar o respetivo transporte; realiza, responsável.
no exterior, serviços fundamentais aos utentes, sempre que
Outros trabalhadores
necessário; acompanha-os nas suas deslocações; ministra
aos utentes, sob supervisão do enfermeiro, medicação não Encarregados gerais
injetável prescrita; informa as instituições de eventuais al-
terações que se verifiquem na situação global dos utentes; Encarregado geral - Controla e coordena diretamente os
conduz, quando necessário, a viatura da instituição. encarregados.
Animador cultural - Organiza, coordena e ou desenvol- Outros trabalhadores da saúde
ve atividades de animação e desenvolvimento sociocultural
junto dos utentes no âmbito dos objetivos da instituição; Ajudante de enfermaria - Desempenha tarefas que não
acompanha e procura desenvolver o espírito de pertença, requeiram conhecimentos específicos de enfermagem, sob a
cooperação e solidariedade das pessoas, bem como propor- orientação do enfermeiro; colabora na prestação de cuidados
cionar o desenvolvimento das suas capacidades de expressão de higiene e conforto e de alimentação dos utentes; proce-
e realização, utilizando para tal métodos pedagógicos e de de ao acompanhamento e transporte dos doentes em camas,
animação. macas, cadeiras de rodas ou a pé, dentro e fora do estabeleci-
Animador sociocultural - Organiza atividades de anima- mento; assegura o transporte de medicamentos e produtos de
ção com grupos específicos (utentes) e a nível comunitário consumo corrente necessários ao regular funcionamento do
(moradores dos bairros); enquadra/acompanha grupos cultu- serviço; procede à recepção de roupas lavadas e entrega de
rais organizados e em organização; define a programação das roupas sujas e sua entrega na lavandaria.
atividades do espaço jovem, bem como o enquadramento do Funções de gestão
monitor e estagiários; elabora e operacionaliza projetos na
área educativa e de acção sociocultural; apoia/acompanha a Coordenador geral - Define e controla os procedimentos
associação de jovens. adequados para a implementação das políticas da instituição.
Educador social - Presta ajuda técnica com caráter edu- Responde perante a mesa administrativa pelas medidas de
cativo e social a grupos, em ordem ao aperfeiçoamento das coordenação implementadas no conjunto das áreas setoriais
suas condições de vida; realiza e apoia atividades de grupo, existentes. Estabelece as previsões e recursos necessários
de caráter recreativo, para crianças, adolescentes, jovens e para a prossecução dos objetivos a médio prazo aprovados
idosos. pelas mesa administrativa e assembleia geral, e, bem assim
Técnico de atividades de tempos livres (ATL) - Orienta e os, objetivos fixados anualmente no plano de atividades.
coordena a atividade dos ajudantes de ocupação. Atua jun- Controla a acção dos diretores-coordenadores setoriais, co-
to de crianças em idade escolar, com vista à sua ocupação labora na execução dos planos plurianuais e do orçamento de
durante o tempo deixado livre pela escola, proporcionando- exercício, controla e acompanhar a vida da instituição, mor-
-lhes ambiente adequado e atividades de caráter educativo; mente nos capítulos técnicos, económico-financeiro e dos re-
acompanha a evolução da criança e estabelece contatos com cursos humanos, elabora resumos e relatórios de avaliação,
os pais e professores no sentido de obter uma acção educa- que são apresentados superiormente, com vista a definir ou

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corrigir as linhas de orientação. Coordenação global - reúne periodicamente com a di-


Diretor-coordenador - Na área administrativa toma co- recção técnica e dá conhecimento dos assuntos que lhe são
nhecimento de toda a correspondência e procede à sua ca- colocados pelas direcções técnicas das valências; providencia
talogação, seleciona a correspondência recebida e emitida, conjuntamente com as direcções dos pelouros para que se-
despacha a de natureza corrente e submete à provedoria ou jam tomadas medidas de caráter urgente (reparações de equi-
à mesa administrativa a restante (neste último caso articula pamentos e instalações), bem como sobre necessidades dos
com o mesário secretário); gere a informação, selecionando- utentes, dando posteriormente conhecimento superior, se for
-a e preparando-a para despachos de natureza corrente e de caso disso.
decisão à provedoria ou à mesa administrativa; propõe o Diretor-delegado/administrador-delegado - Define e
texto de ordens de serviço, avisos e instruções que entenda fórmula a política geral da instituição e as respetivas estra-
publicar; providencia pela organização dos arquivos e sua tégias, que submete à aprovação da mesa administrativa e
manutenção; anota os despachos do provedor, bem como esta à assembleia geral. Neste contexto, aprova as linhas de
as deliberações da mesa administrativa e providencia pelo acção a levar a cabo, colabora com os mesários e funcio-
seu cumprimento; apresenta à provedoria e ou à mesa ad- nários superiores na orientação das valências selecionadas
ministrativa as carências que deteta nesta área e sugere hi- para a instituição. De acordo com os poderes que lhe são
póteses de solução; acompanha os processos das obras de delegados pela mesa administrativa, orienta a organização
construção e restauro, de acordo com as normas vigentes. Na dos serviços, a gestão económico-financeira e dos recursos
área do pessoal, em colaboração com o mesário do pelouro humanos. Implementa o controlo de procedimentos adminis-
de pessoal - analisa as propostas de contratação de pesso- trativos sob a forma de relatório, efetua verificações contabi-
al; em colaboração com o mesário respetivo e ou a direcção lísticas e inspecções. Pode representar a mesa administrativa
técnica, entrevista candidatos para a área administrativa e ou o provedor em atos externos, quando solicitado para o
apresenta a selecção final para a admissão; colabora no es- efeito, incluindo os de natureza jurídica, atos estes delegados
tudo de aumentos salariais, controla o registo de assiduidade na qualidade. De preferência, deve ser selecionado de entre
e coordena as informações de serviço que regularmente são administradores ou gestores com conhecimentos específicos
apresentadas pelo pessoal; controla o processamento das re- nas áreas económica e financeira e ainda conhecimentos ge-
munerações. Na área de aprovisionamento - dirige o aprovi- rais na área das técnicas sociais.
sionamento de acordo com as necessidades da instituição em
Outras direcções técnicas
geral e das valências em particular, nas três vertentes funda-
mentais - aquisições, gestão de estoques e acondicionamento Diretor técnico de estabelecimento - Técnico superior
e armazenagem -, para o efeito, propõe a organização que que exerce funções de direcção técnica e é responsável pelo
julgar conveniente e o recrutamento do pessoal necessá- estabelecimento.
rio; quando entender conveniente, ouve a direcção técnica Técnico superior coordenador - Técnico superior que
na definição dos artigos necessários a manter em estoques exerce funções de direcção técnica e coordenação de outros
para uma eficiente resposta à confecção das dietas e higiene técnicos decorrente de promoção na respetiva carreira pro-
dos utentes; procede à elaboração das normas para as aquisi- fissional.
ções e gestão económica dos estoques corretos e providencia
para o seu cumprimento; manda proceder às aquisições de ANEXO II
materiais de reparação e manutenção, bem como à aquisi-
ção de materiais de inventário dentro da atual competência Condições específicas das carreiras profissionais
delegada, e, para valores superiores, elabora relatório para
ser presente à administração. Na área de transportes - supe-
rintende na orientação do serviço de transportes e utilização Carreira profissional
dos meios de transporte, bem como sobre a manutenção dos 1- Para as profissões enquadradas nos níveis 1, 2, 3, 4 e 5
mesmos, tendo em consideração as regras estabelecidas e ou do anexo III («Enquadramento das profissões em níveis de
a estabelecer; articula com a direcção técnica a elaboração qualificação»), constitui requisito de promoção (evolução na
de mapa tipo de utilização dos transportes (horário normal), vertical), na passagem dos graus I para II e deste para prin-
com os critérios de utilização e de caráter excepcional; den- cipal, a prestação de três anos de bom e efetivo serviço em
tro das orientações que se vierem a estabelecer, instrui o cada um deles.
funcionário encarregado deste setor. Na área financeira, em 2- Para as profissões enquadradas nos restantes níveis do
colaboração com o mesário tesoureiro, elabora planos anu- anexo II, constitui requisito de promoção (evolução na ver-
ais e orçamentos a apresentar à assembleia geral nos termos tical), na passagem do grau I para o grau II, a prestação de
do compromisso; superintende nas ordens de recebimento e cinco anos de bom e efetivo serviço.
de pagamento e seleciona os pagamentos, mantendo a admi- 3- Constituem excepções às regras contidas nos números
nistração e a mesa ao corrente dos critérios utilizados e dos anteriores as seguintes situações:
saldos disponíveis; controla os movimentos de caixa; propõe a) O cozinheiro, o pasteleiro e o padeiro são promovidos
aplicações financeiras e outras operações nesta área; coorde- ao grau superior (graus II e principal) após a prestação de
na os serviços de contabilidade e a apresentação de contas a cinco anos de bom e efetivo serviço em cada um deles, sal-
submeter à apreciação anual da assembleia geral.

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vo se possuírem o CAP (certificado de aptidão profissional), O tesoureiro é reclassificado como técnico de tesouraria
caso em que a passagem de grau se faz ao fim de três anos de grau I.
bom e efetivo serviço em cada um deles; Os técnicos de diagnóstico e terapêutica são reclassifica-
b) Os trabalhadores de apoio (ajudante de acção educativa, dos da seguinte forma:
ajudante de estabelecimento de apoio a crianças deficientes, O preparador de análises clínicas em técnico de análises
ajudante de lar e centro de dia, ajudante de ocupação, auxi- clínicas e de saúde pública;
liar de acção médica e auxiliar de laboratório) e o ajudante O técnico de audiometria em técnico de audiologia;
familiar/domiciliário são promovidos ao grau II após a O cardiografista, o pneumografista e o técnico de car-
prestação de três anos de bom e efetivo serviço, contando- diopneumografia em técnico de cardiopneumologia;
se para este efeito o tempo de serviço prestado desde 1 de O eletroencefalografista e o técnico de neurofisiografia
dezembro de 1998. em técnico de neurofisiologia;
4- Para as categorias profissionais cuja carreira foi criada O técnico de ortóptica em ortoptista;
pelo Protocolo Orientador das Relações de Trabalho (cf. a O técnico ortoprotésico em ortoprotésico;
circular da UMP n.º 30/99, de 28 de setembro), o tempo de O radiografista em técnico de radiologia;
permanência no grau I conta-se a partir de 27 de setembro de O radioterapeuta em técnico de radioterapia;
1999, data da assinatura daquele protocolo. O técnico de reabilitação em fisioterapeuta, terapeuta da
5- Contudo, e tendo como fundamento o mérito do traba- fala e terapeuta ocupacional.
lhador, é possível a sua promoção sem que estejam cumpri-
dos os períodos mínimos de permanência mencionados nos Condições para o exercício de algumas profissões
números anteriores.
6- O enquadramento salarial dos trabalhadores docentes 1- A partir do momento em que vigorarem as normas que
faz-se de acordo com os períodos de tempo constantes das regulamentam a certificação profissional obrigatória no
tabelas respetivas. âmbito do Sistema Nacional de Certificação Profissional
7- Contagem do tempo de serviço - Para efeitos de pro- (SNCP), a(s) instituição/ões deve(m) exigir aos trabalhado-
gressão dos professores nos vários níveis de remuneração res a certificação das competências requeridas para o exercí-
previstos no anexo V, conta-se como tempo de serviço não cio profissional.
apenas o tempo de serviço prestado no mesmo estabeleci- 2- O certificado de aptidão profissional não obrigatório
mento de ensino ou em estabelecimentos de ensino perten- (CAP) constitui fator de preferência na admissão e na dimi-
centes à mesma instituição, mas, também, o serviço prestado nuição do tempo para a promoção profissional.
noutros estabelecimentos de ensino particular ou público,
desde que devidamente comprovado e classificado e que a ANEXO III
tal não se oponham quaisquer disposições legais.
Enquadramento das profissões em níveis de
Reclassificações qualificação
Princípios gerais 1- Quadros superiores:
Coordenador geral;
Os trabalhadores são reclassificados horizontalmente nos Diretor-delegado/administrador-delegado;
graus correspondentes à categoria profissional. Conservador de museu;
1- As categorias profissionais compreendendo três classes Diretor-coordenador;
são extintas, sendo a reclassificação efetuada da seguinte for- Diretor de laboratório;
ma: Diretor de serviços;
a) A 1.ª classe integra o grau II; Diretor de serviços clínicos;
b) As 2.ª e 3.ª classes integram o grau I. Diretor técnico de estabelecimento;
2- As categorias profissionais que não tinham uma evo- Diretor técnico de farmácia;
lução em classes são reclassificadas no grau I da respetiva Enfermeiro-diretor;
carreira profissional, o mesmo se aplicando às chefias diretas Arquiteto;
e intermédias. Capelão;
Consultor jurídico;
Regras específicas Enfermeiro-chefe;
O operador de tratamento de texto é reclassificado como Enfermeiro especialista;
escriturário grau I, nível XIII; Engenheiro;
O escriturário principal/subchefe de secção é reclassifi- Farmacêutico;
cado como assistente administrativo grau I, nível X; Médico de clínica geral;
O guarda-livros é reclassificado como técnico de contabi- Médico especialista;
lidade grau I, nível VIII; Professor;
O lavadeiro é reclassificado como operador de lavanda- Psicólogo;
ria; Secretário-geral;

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

Sociólogo; Carpinteiro de tosco ou cofragem;


Técnico de formação; Compositor manual;
Técnico superior administrativo; Compositor mecânico (linotipista);
Técnico superior de laboratório; Eletricista;
Técnico superior de serviço social. Fogueiro;
Marceneiro;
2- Quadros médios:
Pedreiro/trolha;
2.1-Técnicos administrativos:
Pintor;
Chefe de departamento/serviços/escritório;
Serralheiro civil;
Contabilista/TOC;
Serralheiro mecânico.
Secretário.
5.4- Outros:
2.2- Técnicos de produção e outros:
Ajudante de farmácia;
Enfermeiro;
Ajudante de feitor;
Engenheiro técnico;
Auxiliar de educação;
Técnico administrativo (bacharel).
Cozinheiro;
3- Encarregados, contramestres, mestres e chefes de Despenseiro;
equipa: Encarregado de câmara escura;
Chefe de compras/ecónomo; Fiel de armazém;
Chefe de equipa; Motorista de ligeiros;
Chefe de secção; Motorista de pesados;
Chefe dos serviços gerais; Operador de máquinas agrícolas;
Cozinheiro-chefe; Padeiro;
Encarregado geral; Pasteleiro;
Encarregados; Prefeito;
4- Profissionais altamente qualificados: Técnico de análises clínicas (sem curso);
4.1- Administrativos, comércio e outros: Técnico de fisioterapia (sem curso).
Agente de educação familiar; 6- Profissionais semiqualificados (especializados):
Ajudante técnico de farmácia; 6.1- Administrativos, comércio e outros:
Documentalista; Ajudante de acção educativa;
Educador de infância com diploma; Ajudante de cozinheiro;
Monitor; Ajudante de enfermaria;
Professor sem magistério; Ajudante de estabelecimento de apoio a crianças defi-
Técnico administrativo; cientes;
Técnico auxiliar de serviço social; Ajudante de lar e centro de dia;
Técnico de atividades de tempos livres; Ajudante de motorista;
Técnico de apoio à gestão; Ajudante de ocupação;
Técnico de contabilidade; Ajudante familiar/domiciliário;
Técnico de recursos humanos; Auxiliar de acção médica;
Técnico de secretariado; Auxiliar de laboratório;
Técnico de tesouraria. Auxiliar pedagógico do ensino especial;
Caixa de balcão;
4.2- Produção:
Caseiro;
Pintor-decorador;
Cobrador;
Pintor de lisos (madeira).
Empregado de armazém;
5- Profissionais qualificados: Empregado de balcão;
5.1- Administrativos: Empregado de quartos/camaratas/enfermarias;
Arquivista; Empregado de refeitório;
Caixa; Jardineiro;
Escriturário; Operador de máquinas auxiliares;
Operador de computador. Recepcionista.
5.2- Comércio: 6.2- Produção:
Caixeiro. Ajudante de padaria;
5.3- Produção: 7- Profissionais não qualificados (indiferenciados):
Canalizador (picheleiro); 7.1- Administrativos, comércio e outros:
Carpinteiro; Contínuo;
Carpinteiro de limpos; Engomador;

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Guarda de propriedades ou florestal; Educador de infância;


Guarda ou guarda rondista; Técnico de diagnóstico e terapêutica.
Hortelão ou trabalhador horto-florícula;
2/4- Quadros médios:
Operador de lavandaria;
Administrativos, comércio e profissionais altamente qua-
Porteiro;
lificados:
Roupeiro;
Outros:
Trabalhador agrícola;
Animador cultural;
Trabalhador dos serviços gerais.
Animador sociocultural;
7.2- Produção: Educador social.
Servente (construção civil).
4/5- Profissionais altamente qualificados e profissionais
A - Praticantes e aprendizes: qualificados:
Aprendiz; Administrativos:
Estagiário; Assistente administrativo.
Praticante.
4/5- Profissionais qualificados e outros profissionais se-
miqualificados, administrativos, comércio e outros:
Profissões integráveis em dois níveis Costureira/alfaiate.
1/2- Quadros superiores e quadros médios:
Técnicos de produção e outros:

ANEXO IV

Enquadramento das profissões e categorias profissionais em níveis de remuneração

Níveis Categorias e profissões Graus


IC Diretor-delegado/administrador-delegado -
IB Coordenador-geral -
Diretor-coordenador
Diretor de laboratório
Diretor de serviços
IA Diretor de serviços clínicos -
Diretor técnico de farmácia
Enfermeiro-diretor
Secretário-geral
Conservador de museu -
Diretor técnico de estabelecimento -
II
Médico especialista II
Técnico superior Coordenador
Arquiteto Principal
Capelão Principal
Consultor jurídico Principal
Engenheiro Principal
Farmacêutico Principal
Médico de clínica geral II
Médico especialista I
III
Psicólogo Principal
Sociólogo Principal
Técnico de diagnóstico e terapêutica (licenciado) Principal
Técnico de formação Principal
Técnico superior administrativo Principal
Técnico superior de laboratório Principal
Técnico superior de serviço social Principal

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

Arquiteto II
Capelão II
Consultor jurídico II
Contabilista/TOC Principal
Enfermeiro-chefe -
Engenheiro II
Engenheiro técnico Principal
Farmacêutico II
Médico de clínica geral I
IV Psicólogo II
Secretário Principal
Sociólogo II
Técnico administrativo (bacharel) Principal
Técnico de diagnóstico e terapêutica (bacharel) Principal
Técnico de diagnóstico e terapêutica (licenciado) II
Técnico de formação II
Técnico superior administrativo II
Técnico superior de laboratório II
Técnico superior de serviço social II
Arquiteto I
Capelão I
Consultor jurídico I
Contabilista/TOC II
Enfermeiro especialista -
Engenheiro I
Engenheiro técnico II
Farmacêutico I
Psicólogo I
V
Secretário II
Sociólogo I
Técnico administrativo (bacharel) II
Técnico de diagnóstico e terapêutica (licenciado) I
Técnico de diagnóstico e terapêutica (bacharel) II
Técnico de formação I
Técnico superior administrativo I
Técnico superior de laboratório I
Técnico superior de serviço social I
Chefe de departamento/serviços/escritório -
Contabilista/TOC I
Enfermeiro -
Engenheiro técnico I
Secretário I
Técnico administrativo Principal
VI Técnico administrativo (bacharel) I
Técnico de apoio à gestão Principal
Técnico de contabilidade Principal
Técnico de diagnóstico e terapêutica (bacharel) I
Técnico de recursos humanos Principal
Técnico de secretariado Principal
Técnico de tesouraria Principal

3094
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

Agente de educação familiar (*) Principal


Agente técnico de farmácia Principal
Animador cultural (***) Principal
Animador sociocultural (***) Principal
Chefe de compras/ecónomo II
Chefe de secção II
Educador social (***) Principal
VII Encarregado geral II
Técnico de atividades de tempos livres II
Técnico administrativo II
Técnico de apoio à gestão II
Técnico de contabilidade II
Técnico de recursos humanos II
Técnico de secretariado II
Técnico de tesouraria II
Agente de educação familiar (*) II
Agente técnico de farmácia II
Animador cultural (***) II
Animador sociocultural (***) II
Assistente administrativo Principal
Chefe de compras/ecónomo I
Chefe de secção I
Chefe de serviços gerais -
Documentalista Principal
Educador social (***) II
VIII Encarregado (eletricista, metalúrgico, armazém, MAD,
exploração ou feitor, fiscal, obras, oficina, fabrico) II
Encarregado geral I
Técnico de atividades de tempos livres I
Técnico administrativo I
Técnico de apoio à gestão I
Técnico auxiliar de serviço social Principal
Técnico de contabilidade I
Técnico de recursos humanos I
Técnico de secretariado I
Técnico de tesouraria I
Agente de educação familiar (*) I
Agente técnico de farmácia I
Animador cultural (***) I
Animador sociocultural (***) I
Assistente administrativo II
Chefe de equipa II
Cozinheiro chefe II
Documentalista II
Educador social (***) I
Encarregado (eletricista, metalúrgico, armazém, MAD,
IX
exploração ou feitor, fiscal, obras, oficina, fabrico) I
Encarregado da câmara escura (*) Principal
Encarregado de serviços gerais II
Monitor Principal
Operador de computador Principal
Pintor-decorador Principal
Pintor de lisos (madeira) Principal
Técnico de análises clínicas (sem curso) (*) Principal
Técnico auxiliar de serviço social II
Técnico de fisioterapia (sem curso) (*) Principal

3095
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

Ajudante de farmácia –
Assistente administrativo I
Chefe de equipa I
Cozinheiro-chefe I
Documentalista I
Encarregado de câmara escuro (*) II
Encarregado geral (serviços gerais) II
Encarregado de serviços gerais I
X Encarregado de refeitório II
Encarregado (rodoviário) II
Monitor II
Operador de computador II
Pintor-decorador II
Pintor de lisos (madeira) II
Técnico de análises clínicas (sem curso) (*) II
Técnico auxiliar de serviço social I
Técnico de fisioterapia (sem curso) (*) II
Arquivista Principal
Barbeiro Principal
Cabeleireiro (unissexo) Principal
Caixeiro Principal
Canalizador (picheleiro) Principal
Carpinteiro de limpos Principal
Carpinteiro de tosco ou cofragem Principal
Compositor manual Principal
Compositor mecânico (linotipista) Principal
Cozinheiro Principal
Despenseiro Principal
Eletricista Principal
Encarregado de câmara escura (*) I
Encarregado geral (serviços gerais) I
Encarregado (rodoviário) I
Encarregado de parque de campismo II
Encarregado de refeitório I
XI Encarregado de setor (serviços gerais) II
Encarregado (serviços gerais) II
Fiel de armazém Principal
Fogueiro Principal
Marceneiro Principal
Monitor I
Motorista de pesados Principal
Operador de computador I
Padeiro Principal
Pasteleiro Principal
Pedreiro/trolha Principal
Pintor Principal
Pintor-decorador I
Pintor de lisos (madeira) I
Serralheiro civil Principal
Serralheiro mecânico Principal
Técnico de análises clínicas (sem curso) (*) I
Técnico de fisioterapia (sem curso) (*) I

3096
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

Ajudante familiar/domiciliário II
Ajudante de feitor II
Arquivista II
Auxiliar de educação Principal
Barbeiro II
Cabeleireiro (unissexo) II
Caixa (*) II
Caixeiro II
Canalizador (picheleiro) II
Carpinteiro II
Carpinteiro de limpos II
Carpinteiro de tosco ou cofragem II
Cobrador II
Cozinheiro II
Despenseiro II
Eletricista II
Encarregado de parque de campismo I
XII
Encarregado de setor (serviços gerais) I
Encarregado (serviços gerais) I
Escriturário (**) II
Fiel de armazém II
Fogueiro II
Marceneiro II
Motorista de ligeiros Principal
Motorista de pesados II
Operador de máquinas agrícolas Principal
Padeiro II
Pasteleiro II
Pedreiro/trolha II
Pintor II
Prefeito Principal
Serralheiro civil II
Serralheiro mecânico II
Tratorista Principal
Ajudante familiar/domiciliário I
Ajudante de feitor I
Arquivista I
Auxiliar de educação II
Auxiliar pedagógico do ensino especial II
Barbeiro I
Cabeleireiro (unissexo) I
Caixa (*) I
Caixa de balcão I
Caixeiro II
XIII
Canalizador (picheleiro) I
Carpinteiro I
Carpinteiro de limpos I
Carpinteiro de tosco ou cofragem I
Cobrador I
Cozinheiro II
Despenseiro I
Eletricista I
Empregado de armazém I
Escriturário (**) I

3097
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

Fiel de armazém I
Fogueiro I
Marceneiro I
Motorista de ligeiros II
Motorista de pesados I
Operador de máquinas agrícolas II
Padeiro I
Pasteleiro I
XIII
Pedreiro/trolha I
Pintor I
Prefeito II
Serralheiro civil I
Serralheiro mecânico I
Telefonista/recepcionista II
Tratorista II
Tratador ou guardador de gado II
Ajudante de acção educativa II
Ajudante de enfermaria II
Ajudante de estabelecimento de apoio a crianças deficientes II
Ajudante de lar e centro de dia II
Ajudante de ocupação II
Auxiliar de educação I
Auxiliar pedagógico do ensino especial I
Caixa de balcão I
Capataz (agrícola) II
Costureira/alfaiate II
Empregado de armazém I
XIV
Escriturário estagiário dos 1.º e 2.º anos (*) I
Motorista de ligeiros I
Operador manual II
Operador de máquinas agrícolas I
Operador de máquinas auxiliares II
Prefeito I
Recepcionista II
Telefonista II
Telefonista/recepcionista I
Tratorista I
Tratador ou guardador de gado I
Ajudante de acção educativa I
Ajudante de cozinheiro II
Ajudante de enfermaria I
Ajudante de estabelecimento de apoio a crianças deficientes I
Ajudante de lar e centro de dia I
Ajudante de motorista II
Ajudante de padaria II
XV Ajudante de ocupação I
Auxiliar de acção médica II
Auxiliar de laboratório II
Capataz (agrícola) I
Caseiro II
Costureira/alfaiate I
Empregado de balcão II
Empregado de refeitório II

3098
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

Jardineiro II
Operador manual I
XV Operador de máquinas auxiliares I
Recepcionista I
Telefonista I
Ajudante de cozinheiro I
Ajudante de motorista I
Ajudante de padaria I
Auxiliar de acção médica I
Auxiliar de laboratório I
Caseiro I
Contínuo II
Coveiro II
Empregado de balcão I
Empregado de quartos/camaratas/enfermarias II
XVI Empregado de refeitório I
Engomador II
Guarda ou guarda rondista II
Guarda de propriedade florestal II
Hortelão ou trabalhador horto-florícula II
Jardineiro I
Operador de lavandaria II
Porteiro II
Roupeiro II
Servente (construção civil) II
Trabalhador agrícola II
Contínuo I
Coveiro I
Empregado de quartos/camaratas/enfermarias I
Engomador I
Guarda ou guarda rondista I
Guarda de propriedades ou florestal I
Hortelão ou trabalhador horto-florícola I
XVII
Operador de lavandaria I
Porteiro I
Roupeiro I
Sacristão I
Servente (construção civil) I
Trabalhador agrícola I
Trabalhador de serviços gerais II
Aprendiz, estagiário e praticante I
XVIII
Trabalhador de serviços gerais I
(*) Categoria profissional a extinguir quando vagar.
(**) Categoria profissional a extinguir logo que os trabalhadores tenham formação adequada.
(***) Quando detentores do grau de bacharel, estes trabalhadores são enquadrados na carreira dos bacharéis (VI, V, IV).

3099
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

ANEXO V

Tabelas de remunerações mínimas


Tabela Geral de 2018

Valor Índice Valor Índice Valor Índice Valor Índice Valor Índice Valor Índice Valor Índice
1 2 3 4 5 6 7
IC 1 566,00 € 270
IB 1 450,00 € 250
IA 1 276,00 € 220 1 305,00 € 225 1 334,00 € 230 1 363,00 € 235 1 392,00 € 240 1 421,00 € 245 1 450,00 € 250
II 1 218,00 € 210 1 247,00 € 215 1 276,00 € 220 1 305,00 € 225 1 334,00 € 230 1 363,00 € 235 1 392,00 € 240
III 1 160,00 € 200 1 189,00 € 205 1 218,00 € 210 1 247,00 € 215 1 276,00 € 220 1 305,00 € 225 1 334,00 € 230
IV 1 044,00 € 180 1 073,00 € 185 1 102,00 € 190 1 131,00 € 195 1 160,00 € 200 1 189,00 € 205 1 218,00 € 210
V 986,00 € 170 1 015,00 € 175 1 044,00 € 180 1 073,00 € 185 1 102,00 € 190 1 131,00 € 195 1 160,00 € 200
VI 928,00 € 160 957,00 € 165 986,00 € 170 1 015,00 € 175 1 044,00 € 180 1 073,00 € 185 1 102,00 € 190
VII 870,00 € 150 893,20 € 154 916,40 € 158 939,60 € 162 962,80 € 166 986,00 € 170 1 009,20 € 174
VIII 812,00 € 140 835,20 € 144 858,40 € 148 881,60 € 152 904,80 € 156 928,00 € 160 951,20 € 164
IX 783,00 € 135 800,40 € 138 817,80 € 141 835,20 € 144 852,60 € 147 870,00 € 150 887,40 € 153
X 754,00 € 130 771,40 € 133 788,80 € 136 806,20 € 139 823,60 € 142 835,20 € 144 852,60 € 147
XI 725,00 € 125 742,40 € 128 759,80 € 131 777,20 € 134 794,60 € 137 812,00 € 140 835,20 € 144
XII 696,00 € 120 713,40 € 123 730,80 € 126 748,20 € 129 765,60 € 132 783,00 € 135 800,40 € 138
XIII 661,20 € 114 672,80 € 116 684,40 € 118 696,00 € 120 707,60 € 122 719,20 € 124 730,80 € 126
XIV 632,20 € 109 643,80 € 111 655,40 € 113 667,00 € 115 678,60 € 117 690,20 € 119 701,80 € 121
XV 620,60 € 107 632,20 € 109 643,80 € 111 655,40 € 113 667,00 € 115 678,60 € 117 690,20 € 119
XVI 597,40 € 103 603,20 € 104 609,00 € 105 614,80 € 106 620,60 € 107 626,40 € 108 632,20 € 109
XVII 591,60 € 102 597,40 € 103 603,20 € 104 609,00 € 105 614,80 € 106 620,60 € 107 626,40 € 108
XVIII 580,00 € 100 585,80 € 101 591,60 € 102 597,40 € 103 603,20 € 104 609,00 € 105 614,80 € 106

Notas
1- Índice 100 = representa o valor do Remuneração Mínima Mensal Garantida (RMMG), atualizando a tabela com a alteração do seu valor.
2- Subsídio de refeição = 4,26 €.
3- Abono para falhas = 27,54 €.
4- A retribuição mensal pelo exercício de funções de direção e/ou coordenação técnica ou pedagógica prevista na clausula 46.ª é calculada nos termos do
quadro que integra o presente anexo e corresponde a 84,17 € (1.º escalão); 168,33 € (2.º escalão) e 252,50 € (3.º escalão).
5- A progressão nos escalões horizontais efetua-se de cinco em cinco anos.
6- A produção de efeitos de todas as matérias de expressão pecuniária reporta-se a 1 de janeiro de 2018.

3100
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

Retribuição pelo exercício de funções de direção/coordenação técnica ou pedagógica

Santa Casa da Misericórdia de: Ano


Resp. social:

Nome:

Número de identificação:

Função:

A - Remuneração mensal
N.º de horas
Nome Tipo de contrato Valor
semanais

B - Número de utentes
Utentes que frequentam as respostas sociais sob a sua responsabilidade Ponderação
Até 60 utentes 1
De 61 a 120 utentes 3
De 121 a 180 utentes 6

C - Período de funcionamento
Horas efetivas de funcionamento Ponderação
Até 8h/Diárias 1
De 8 a 12h/Diárias 3
24h/Diárias 6
7 dias/Semana 2

D - Número de trabalhadores efetivos


Trabalhadores efetivos da resposta social sob a sua responsabilidade Ponderação
Até 50 trabalhadores 1
De 51 a 100 trabalhadores 3
De 101 a 150 trabalhadores 6
> de 150 trabalhadores 8

Montante a aplicar

E - Complemento monetário a atribuir


1.º escalão Até 6 pontos 84,17 €

2.º escalão De 7 a 11 pontos 168,33 €

3.º escalão De 12 a 22 pontos 252,50 €

Notas:
Deve selecionar uma das opções disponíveis nos separadores B e D.
No separador C pode selecionar até 2 opções.

3101
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

Tabela salarial dos docentes profissionalizados com grau de bacharel ou de licenciatura

Em vigor a partir de 1 de janeiro de 2018

Tabela salarial 2018


Docentes profissionalizados Índice
(euros)

Professor profissionalizado com o grau bacharel ou de licenciatura ou equivalente e 26


ou mais anos de bom e efetivo serviço.
Educador de infância com o grau de bacharel licenciatura ou equivalente e 26 ou mais
8.º anos de bom e efetivo serviço. 350 2 030,00 €
Educador e professor de educação e ensino especial com especialização e 26 ou mais
anos de bom e efetivo serviço.

Professor profissionalizado com o grau bacharel ou de licenciatura ou equivalente e 23


ou mais anos de bom e efetivo serviço.
Educador de infância com o grau bacharel ou de licenciatura ou equivalente e 23 ou
7.º mais anos de bom e efetivo serviço. 280 1 624,00 €
Educador e professor de educação e ensino especial com especialização e 23 ou mais
anos de bom e efetivo serviço.

Professor profissionalizado com o grau bacharel ou de licenciatura ou equivalente e 20


ou mais anos de bom e efetivo serviço.
Educador de infância com o grau bacharel ou de licenciatura ou equivalente e 20 ou
6.º mais anos de bom e efetivo serviço. 260 1 508,00 €
Educador e professor de educação e ensino especial com especialização e 20 ou mais
anos de bom e efetivo serviço.

Professor profissionalizado com o grau bacharel ou de licenciatura ou equivalente e 16


ou mais anos de bom e efetivo serviço.
Educador de infância com o grau bacharel ou de licenciatura ou equivalente e 16 ou
5.º mais anos de bom e efetivo serviço. 245 1 421,00 €
Educador e professor de educação e ensino especial com especialização e 16 ou mais
anos de bom e efetivo serviço.

Professor profissionalizado com o grau bacharel ou de licenciatura ou equivalente e 13


ou mais anos de bom e efetivo serviço.
Educador de infância com o grau bacharel ou de licenciatura ou equivalente e 13 ou
4.º mais anos de bom e efetivo serviço. 240 1 392,00 €
Educador e professor de educação e ensino especial com especialização e 13 ou mais
anos de bom e efetivo serviço.

Professor profissionalizado com o grau bacharel ou de licenciatura ou equivalente e 9


ou mais anos de bom e efetivo serviço.
Educador de infância com o grau bacharel ou de licenciatura ou equivalente e 9 ou
3.º mais anos de bom e efetivo serviço. 235 1 363,0 €
Educador e professor de educação e ensino especial com especialização e 9 ou mais
anos de bom e efetivo serviço.

Professor profissionalizado com o grau bacharel ou de licenciatura ou equivalente e 4


ou mais anos de bom e efetivo serviço.
Educador de infância com o grau bacharel ou de licenciatura ou equivalente e 4 ou
2.º mais anos de bom e efetivo serviço. 210 1 218,00 €
Educador e professor de educação e ensino especial com especialização e 4 ou mais
anos de bom e efetivo serviço.

Professor profissionalizado com o grau bacharel ou de licenciatura ou equivalente. 146 0 anos: 846,80 €
1.º Educador de infância com o grau bacharel ou de licenciatura ou equivalente. 172 1 ano: 997,60 €
Educador e professor de educação e ensino especial com especialização. 190 + 2 anos: 1 102,00 €

Notas:
1- Índice 100 = representa o valor do Remuneração Mínima Mensal Garantida (RMMG), atualizando a tabela com a alteração do seu valor.

Depositado em 16 de agosto de 2018, a fl. 66 do livro n.º 12, com o n.º 168/2018, nos termos do artigo 494.º do Código
do Trabalho aprovado pela Lei n.º 7/2009, de 12 de fevereiro.

3102
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

Acordo de adesão entre o Banco de Sabadell, SA - Depositado em 16 de agosto de 2018, a fl. 66 do livro
Sucursal em Portugal e o Sindicato Nacional dos n.º 12, com o n.º 166/2018, nos termos do artigo 494.º do
Quadros e Técnicos Bancários - SNQTB ao acor- Código do Trabalho aprovado pela Lei n.º 7/2009, de 12 de
do coletivo entre várias instituições de crédito e a fevereiro.
Federação dos Sindicatos Independentes da Banca
- FSIB

Banco de Sabadell, SA - Sucursal em Portugal, com Acordo de empresa entre o Centro de Educação e
sede na Av. da Liberdade, n.º 225 - 5.º andar, Direito, Formação Profissional Integrada - CEFPI e o Sin-
1250-097 Lisboa, pessoa colectiva n.º 980597943 (doravan- dicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e
te a «Instituição»), por um lado, e o Sindicato Nacional dos Sociais do Norte (STFPSN) e outra - Constituição
Quadros e Técnicos Bancários - SNQTB, pessoa colectiva n.º da comissão paritária
501403736 por outro, acordam entre si na adesão da institui-
ção ao acordo colectivo de trabalho entre várias instituições
De acordo com o estipulado no número 1 da cláusula 75.ª
de crédito e aquela associação sindical (aí representada pela
do acordo de empresa entre o Centro de Educação e Forma-
Federação dos Sindicatos Independentes da Banca - FSIB),
ção Profissional Integrada - CEFPI e o Sindicato dos Traba-
cujo texto foi publicado no Boletim do Trabalho e Emprego,
lhadores em Funções Públicas e Sociais do Norte (STFPSN)
n.º 29, de 8 de agosto de 2016, nos seguintes termos:
e outra, publicado no Boletim do Trabalho e Emprego, n.º
1- O banco não aceita que o tempo de serviço prestado em
11, de 22 de março de 2018, foi constituída pelas entidades
instituições de crédito, empresas, associações ou serviços es-
outorgantes uma comissão paritária com a seguinte compo-
tranhos ao banco signatário e, bem assim, o tempo de serviço
sição:
prestado na função pública possam ser contados para quais-
quer efeitos emergentes deste acordo, salvo se tal resultar de Em representação do Centro de Educação e Formação
acordo individual entre o banco e o trabalhador. Profissional Integrada - CEFPI
2- «Empréstimos para Habitação» (cláusulas 106.ª A
Membros efetivos:
108.ª), o banco aceita estas cláusulas, salvo no que respeita
ao regulamento do crédito à habitação, constante do anexo –– Ana Cristina Tavares Maia Lages
VIII pois concederá aos seus trabalhadores empréstimos à –– Ana Maria Rodrigues Regueira de Brito Pires
habitação de acordo com os critérios e regulamentos em vi- –– Olga Maria do Vale Figueiredo
gor no banco. Membros suplentes:
Para cumprimento do disposto na alínea g) do número
1 do artigo 492.º do Código do Trabalho, consigna-se que a –– António Cirne Barrote Andrade Garcez
estimativa do número de empregadores e de trabalhadores –– Margarida Maria dos Santos Viana Pereira
abrangidos pelo presente acordo é de 14. –– Maria Amélia Sampaio Antas Botelho Lobo Fernandes
Em representação do Sindicato dos Trabalhadores em Fun-
Lisboa, 16 de julho de 2018. ções Públicas e Sociais do Norte (STFPSN) e da FNSTFPS
- Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em
Pelo Banco de Sabadell, SA - Sucursal em Portugal:
Funções Públicas e Sociais
Santiago Tiana Tous, representante.
Membros efetivos:
António Pena Ballet, representante.
–– Aurora Maria Ferreira Gomes
Pelo Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancá-
–– João Alexandre Baeta Guerreiro Gomes
rios - SNQTB:
–– Maria Fernanda Teixeira Pinto Cardoso
Paulo Alexandre Gonçalves Marcos, presidente da direc-
Membros suplentes:
ção.
António Júlio Borges Gouveia Amaral, vice-presidente –– Artemisa Rosa Gonçalves Peixoto de Moura Bessa
da direção. –– Gisela Myre e Santos Mota
–– Maria Leonor Cabral Almeida Campos

3103
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

decisões arbitrais

...

avisos de cessação da vigência de convenções coletivas

...

Acordos de revogação de convenções coletivas

...

jurisprudência

...

organizações do trabalho

associações sindicais

I - Estatutos

SITAMA - Sindicato dos Trabalhadores da Aviação, tituída pelos trabalhadores nele filiados, que exerçam a sua
Manutenção e Aeroportos - Constituição atividade profissional exclusivamente correlacionada com o
sector da aviação civil, aeródromos, aeroportos, navegação
Estatutos aprovados em 11 de julho de 2018. aérea, handling e similares.
Artigo 2.º
CAPÍTULO I
Âmbito
Denominação, âmbito e sede O sindicato exerce a sua atividade em todo o território
nacional.
Artigo 1.º
Artigo 3.º
Designação, natureza
Sede e delegações
O SITAMA - Sindicato dos Trabalhadores da Aviação,
1- A sede nacional do SITAMA é em lisboa.
Manutenção e Aeroportos, é uma associação sindical cons-

3104
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

2- O SITAMA pode criar delegações, secções ou outras Artigo 7.º


formas de representação sindical necessárias à prossecução
dos seus fins. Emblema
1- O emblema do SITAMA é conforme o desenho que
CAPÍTULO II consta do anexo I;
2- O emblema do SITAMA caracteriza-se por um ícone do
Princípios fundamentais ponteiro de localização GPS de um mapa na cor azul, com
o símbolo de um avião no seu centro, composto ainda pelo
Artigo 4.º texto, na cor azul «SITAMA Sindicato dos Trabalhadores da
Aviação, Manutenção e Aeroportos», tudo sobre um fundo
Princípios branco.
1- O SITAMA é uma organização autónoma de trabalha-
Artigo 8.º
dores, com total independência de órgãos do Estado, de en-
tidades patronais, de confissões religiosas, de partidos políti- Bandeira
cos e de outras associações de natureza análoga.
A bandeira do SITAMA é em forma retangular e em te-
2- O SITAMA rege-se pelos princípios do sindicalismo
cido de cor branca, figurando ao centro o emblema do sin-
democrático, baseado na eleição periódica e por escrutínio
dicato.
secreto dos seus órgãos estatutários.
3- O SITAMA defende e prática a liberdade sindical e
garante a todos os trabalhadores a livre expressão das suas CAPÍTULO IV
opiniões, sem distinção de conceções politicas, crenças reli-
giosas, sexo, raça ou idade. Fins e competências
4- O SITAMA defende a participação ativa de todos os tra-
balhadores associados e a sua coesão em torno de objetivos Artigo 9.º
concretos, na base dos princípios fundamentais, aceitando a
Fins
vontade expressa da maioria e respeitando a opinião da mi-
noria. O SITAMA, nos termos do capítulo II tem por fins, de-
5- O SITAMA defende a promoção da qualidade de vida signadamente:
de todos os trabalhadores, nomeadamente no âmbito profis- 1- Fortalecer pela sua ação o sindicalismo democrático;
sional, cultural, social e económico. 2- Desenvolver ações concretas pela manutenção e me-
6- O SITAMA está sujeito ao regime geral do direito de lhoria da qualidade de vida dos seus associados a todos os
associação em tudo o que não contrarie a lei ou a natureza níveis na perspetiva da consolidação da democracia politica
específica da autonomia sindical. e económica;
7- A democracia sindical regula toda a orgânica e vida in- 3- Defender os direitos adquiridos e as reivindicações dos
terna do sindicato, constituindo o seu exercício um direito seus associados, sectorial ou coletivamente, numa perspetiva
e um dever de todos os associados, nomeadamente no que de conjunto, através de negociações e celebração de conven-
respeita à eleição e destituição dos seus dirigentes e à livre ções coletivas de trabalho;
expressão de todos os pontos de vista existentes no seio dos 4- Lutar pela extinção progressiva de contratos individuais
associados, devendo, após discussão, a minoria aceitar a de- de trabalho;
cisão da maioria. 5- Defender e promover a formação profissional, bem
como a formação permanente e a reconversão ou reciclagem
Artigo 5.º
profissional dos seus associados;
Incompatibilidades 6- Apoiar os seus associados na defesa dos seus direitos
em quaisquer processos de natureza disciplinar ou judicial,
É incompatível o exercício de funções como membro dos
exclusivamente emergentes de conflitos laborais, seja a nível
órgãos dirigentes do sindicato com o exercício de qualquer
individual, sectorial ou coletivo;
cargo em órgão de soberania nacional ou corpos gerentes de
7- Apoiar e/ou realizar manifestações de caracter cultural,
instituições ou empresas do sector da aviação civil e/ou han-
recreativo e desportivo que concorram para o aproveitamen-
dling, salvo quando em representação dos trabalhadores.
to dos tempos livres e para a melhoria da qualidade de vida
dos seus associados;
CAPÍTULO III 8- Para a realização dos seus fins sociais e estatutários po-
derá o sindicato estabelecer relações e filiar-se em organiza-
Sigla, emblema e bandeira
ções superiores.
Artigo 6.º Artigo 10.º

Sigla Competências
SITAMA é a sigla do Sindicato dos Trabalhadores da O SITAMA tem, designadamente, competências para:
Aviação, Manutenção e Aeroportos. 1- Negociar e outorgar convenções coletivas de trabalho

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

e outros instrumentos convencionados de relações coletivas nestes estatutos.


de trabalho; 4- A inscrição do trabalhador como associado do SITAMA
2- Dar parecer e intervir ativamente em todas as questões implica a aceitação expressa dos estatutos do sindicato e de-
de natureza laboral e deontologia profissional dos seus as- mais disposições regulamentares.
sociados;
Artigo 13.º
3- Zelar e intervir com eficácia quanto à aplicação das con-
venções coletivas de trabalho e outros instrumentos conven- Direitos dos associados
cionados de relações coletivas de trabalho;
São direitos dos associados:
4- Estabelecer relações de cooperação ou filiar-se em or-
1- Eleger, ser eleito e destituir os órgãos do sindicatos nas
ganizações sindicais, nacionais ou estrangeiras, para melhor
condições fixadas nos presentes estatutos;
defesa e garantia dos princípios fundamentais e fins consig-
2- Participar em todas as deliberações que lhe digam dire-
nados nestes estatutos;
tamente respeito;
5- Gerir ou participar na gestão, em colaboração com ou-
3- Participar ativamente na vida do sindicato a todos os
tras associações sindicais, das instituições de Segurança So-
níveis, nomeadamente nas reuniões da assembleia geral;
cial e outras organizações que visem satisfazer os interesses
4- Beneficiar de todos os serviços prestados, direta ou indi-
dos associados;
retamente, pelo sindicato nos âmbitos profissional, cultural,
Gerir ou participar na gestão de empreendimentos que vi-
social e económico;
sem direta ou indiretamente, satisfazer os interesses econó-
5- Ser informado regularmente, ou solicitar informações
micos, sociais e culturais dos associados;
da atividade desenvolvida pelo sindicato;
7- Dar parecer sobre assuntos da sua especialidade quando
6- Requerer a convocação de qualquer dos órgãos de par-
solicitado para o efeito;
ticipação direta dos associados, designadamente da assem-
8- Fiscalizar e reclamar a aplicação das leis e da regula-
bleia geral nos termos previstos dos presentes estatutos;
mentação de trabalho na defesa dos interesses dos trabalha-
7- Reclamar perante a direção e demais órgãos dos atos
dores;
que considerarem lesivos dos seus interesses;
9- Decretar a greve;
8- Serem esclarecidas dúvidas existentes quanto ao orça-
10- Exercer quaisquer outros atos, que nos termos da lei
mento, relatório e contas e parecer do conselho fiscal;
e dos presentes estatutos lhe seja reconhecida competência.
9- Receber gratuitamente um exemplar dos estatutos do
sindicato e o cartão de identificação de associado.
CAPÍTULO V
Artigo 14.º
Associados Deveres dos associados

Artigo 11.º São deveres dos associados:


1- Satisfazer pontualmente a importância da quota mensal
Dos associados no montante de 0,7 % da sua remuneração mensal fixa bruta,
1- O sindicato contará com associados fundadores, efeti- excluindo o subsídio de alimentação, salvo o caso em que
vos e honorários. deixe de receber as respetivas remunerações por motivo de
2- São associados fundadores todos os que tenham outor- doença ou desemprego não subsidiado, nos termos seguin-
gado o ato de constituição e registo no Boletim do Trabalho tes:
e Emprego no Ministério do Trabalho. 2- A quota mensal dos reformados é 0,5 % da reforma ilí-
3- São associados efetivos todos aqueles que se encontrem quida;
inscritos e com as quotizações em dia. 3- A quota mensal dos pré-reformados é 0,5 % da pré-re-
4- São associados honorários as personalidades nacionais forma ilíquida;
ou estrangeiras que tenham tido um contributo relevante e 4- Cumprir e fazer cumprir os estatutos, regulamentos in-
benemérito para o sindicato. ternos, bem como as deliberações dos órgãos competentes e
de acordo com os estatutos;
Artigo 12.º 5- Participar nas atividades do sindicato e manter-se de-
las informado, nomeadamente participando nas reuniões da
Filiação
assembleia geral, ou grupos de trabalho e desempenhando
Tem direito a filiar-se no sindicato todos os trabalhadores gratuitamente as funções para que for eleito ou nomeado;
que se encontrem nas condições previstas no capítulo I, ar- 6- Apoiar, fortalecer e consolidar os princípios fundamen-
tigos primeiro e segundo destes estatutos quer se encontrem tais do sindicato;
no ativo, quer numa situação de reforma oriunda do sector de 7- Agir solidariamente na defesa dos direitos legítimos dos
representatividade. trabalhadores;
2- A aceitação ou recusa de filiação é competência da di- 8- Manter-se devidamente informado de todas as ativida-
reção e da sua decisão cabe recurso para a assembleia geral; des do sindicato;
3- Os associados que passem à situação de reforma ou pré- 9- Fortalecer a ação sindical nos locais de trabalho e a res-
-reforma manterão a plenitude de direitos e deveres previstos petiva organização sindical, incentivando a participação do

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

maior número de trabalhadores; presentes estatutos;


10- Comunicar ao sindicato, no prazo máximo de 30 (trin- c) Pratiquem atos lesivos dos interesses e direitos do sindi-
ta) dias, a mudança de residência e seus contactos pessoais, cato ou dos trabalhadores.
qualquer alteração na sua situação socioprofissional, a refor-
Artigo 20.º
ma ou pré-reforma, a incapacidade por doença, a situação
de desemprego e ainda quando deixar de exercer a atividade Garantias de defesa em processo disciplinar
profissional no âmbito do sindicato.
Nenhuma sanção será aplicada sem que ao associado se-
Artigo 15.º jam dadas todas as possibilidades de defesa em adequado
processo disciplinar.
Dispensa de pagamento de quota
Artigo 21.º
São dispensados de pagamento de quota os associados
a) Em situação em regime de doença com baixa; Procedimento disciplinar
b) Despedidos, enquanto não retomarem a atividade remu-
1- O poder disciplinar é exercido pela direção nos termos
nerada;
dos presentes estatutos e do regulamento que a ser aprovado
c) Que se encontrem na situação de suspensão do contrato
que, dando conhecimento do caso ao delegado sindical eleito
de trabalho.
no local de trabalho do associado envolvido, obrigatoriamen-
Artigo 16.º te e para o efeito, delegará a competência para a instrução do
processo numa comissão disciplinar eleita pela assembleia
Perda de qualidade de sócio geral, que exercerá as suas funções a título gratuito.
Perdem a qualidade de associados os trabalhadores que: 2- Tratando-se de pena de expulsão, os autos serão remeti-
a) Deixarem voluntariamente de exercer a atividade pro- dos ao presidente da mesa da assembleia geral, no prazo de
fissional, no âmbito previsto no artigo 1.º destes estatutos, oito dias consecutivos, sendo o associado notificado dessa
salvaguardando, o disposto no artigo 444.º, número 2 do situação.
Código de Trabalho, ou deixarem de a exercer no território 3- No caso do número precedente o presidente da mesa da
nacional, exceto quando deslocados; assembleia convocará uma assembleia geral extraordinária,
b) Os trabalhadores que peçam a demissão de associado, no prazo máximo de trinta dias consecutivos a partir da rece-
desde que o façam mediante comunicação por escrito à di- ção dos autos e/ou notificação ao associado.
reção; 4- A comissão disciplinar será ressarcida das perdas sala-
c) Deixem de pagar as quotas sem motivo justificado du- riais, que venha a sofrer no exercício das suas funções, nas
rante três meses consecutivos; mesmas condições aplicadas aos corpos gerentes.
d) Tenham sido punidos com a sanção de expulsão.
Artigo 22.º
Artigo 17.º
Recurso
Readmissão 1- Das sanções previstas no artigo 18.º (Sanções aplicá-
Os associados podem ser readmitidos nas condições pre- veis) cabe recurso para a assembleia geral, a interpor junto
vistas na admissão, salvo os casos de expulsão, em que o da respetiva mesa no prazo de 12 (doze) dias consecutivos a
pedido de readmissão deverá ser apreciado pela direção. contar da data da notificação daquela decisão.
2- O presidente da mesa convocará uma assembleia geral,
CAPÍTULO VI no prazo máximo de 30 (trinta) dias consecutivos, para apre-
ciar e deliberar sobre o recurso em questão.
Regime disciplinar
CAPÍTULO VII
Artigo 18.º
Órgãos e corpos gerentes
Sanções
Podem ser aplicadas aos associados as sanções de repre- Artigo 23.º
ensão, de suspensão até doze meses e de expulsão.
Órgãos
Artigo 19.º
Os órgãos administrativos do sindicato são:
Aplicação das sanções a) A assembleia geral;
b) Os corpos gerentes.
Incorrem nas sanções referidas no artigo anterior, conso-
ante a gravidade da infração, os associados que: Artigo 24.º
a) Não cumpram de forma injustificada, os deveres previs-
tos no artigo 13.º; Corpos gerentes
b) Não acatem as decisões ou deliberações dos órgãos Os corpos gerentes do sindicato são:
competentes tomadas democraticamente e de acordo com os a) A mesa da assembleia geral;

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

b) A direção; bleia geral, convocada expressamente para o efeito, median-


c) O conselho fiscal. te deliberação tomada por, pelo menos, dois terços do núme-
ro total de sócios presentes;
Artigo 25.º
2- A assembleia geral que destituir, pelo menos, metade
Eleição dos corpos gerentes dos membros de um ou mais órgãos elegerá uma comissão
provisória em substituição de todos os membros dos respe-
1- Os membros dos corpos gerentes são eleitos pela as-
tivos órgãos;
sembleia geral de entre os associados do sindicato que, à data
3- Se os membros destituídos, nos termos dos números
da respetiva convocatória, estejam no pleno gozo dos seus
anteriores, não atingirem a percentagem exigida no número
direitos sindicais e de acordo com o processo estabelecido
dois, a substituição só se verificará a solicitação dos restantes
nestes estatutos.
membros do órgão respetivo;
2- Não podem concorrer aos corpos gerentes os associados
4- Nos casos previstos no número dois, realizar-se-ão elei-
que:
ções extraordinárias no prazo máximo de 90 (noventa) dias.
a) Sejam delegados sindicais;
b) Desempenhem nas empresas onde prestam trabalho,
cargos que pela sua natureza possam provocar decisões le- CAPÍTULO VIII
sivas dos interesses dos trabalhadores ou suscetíveis de pôr
em risco a confiança que os trabalhadores devem depositar Assembleia geral
nos corpos gerentes;
c) Exerçam cargos de direção em partidos políticos ou ins- Artigo 29.º
tituições religiosas.
Assembleia geral
3- A composição dos corpos gerentes deverá ser completa,
exceto no primeiro mandato, por se tratar do período de ins- 1- Assembleia geral é o órgão deliberativo máximo do sin-
talação do sindicato. dicato e é constituída por todos os sócios no pleno gozo dos
4- A eleição para qualquer um dos órgãos e da organização seus direitos sindicais.
do sindicato será sempre feita através de voto secreto. 2- Compete, em especial, à assembleia geral:
5- Os sócios votarão nas listas candidatas, por votação di- a) Eleger os corpos gerentes;
reta, sendo a mais votada a eleita. b) Extinguir ou dissolver o sindicato e liquidar o seu pa-
6- As eleições devem ter lugar nos 90 (noventa) dias se- trimónio;
guintes ao termo do mandato dos corpos gerentes. c) Deliberar sobre a fusão do sindicato ou a sua integração
e/ou desvinculação em organismos sindicais nacionais ou in-
Artigo 26.º ternacionais;
d) Apreciar e deliberar sobre o relatório e contas da dire-
Duração do mandato e assento
ção e respetivo parecer do conselho fiscal;
1- A duração do mandato dos membros eleitos do sindica- e) Apreciar e deliberar sobre o plano de gestão anual pro-
to, a qualquer nível, é de quatro anos, podendo ser reeleitos posto pela direção;
uma ou mais vezes. f) Deliberar sobre a alteração dos estatutos e zelar pelo ri-
2- Os presidentes e vice-presidentes quer da mesa da as- goroso cumprimento dos mesmos e regulamentos internos;
sembleia geral, quer do conselho fiscal terão assento sempre g) Fixar o valor das quotas e sua alteração, sob proposta
que o entenderem, quer nas reuniões da direção, quer no se- da direção;
cretariado executivo com direito a voto. h) Deliberar sobre a destituição dos corpos gerentes e acei-
3- Findos os respetivos mandatos, os membros cessantes tar ou recusar os pedidos de demissão dos seus membros;
deverão conservar-se no exercício dos seus cargos até que os i) Apreciar e deliberar sobre os recursos interpostos das
novos membros eleitos sejam investidos decisões da direção, em matéria disciplinar;
Artigo 27.º j) Aprovar o regulamento eleitoral e demais regulamentos
previstos nos presentes estatutos;
Remuneração k) Apreciar e deliberar sobre todos os assuntos de interesse
1- O exercício de cargos sindicais é não remunerado; geral dos associados e do sindicato.
2- Os membros eleitos do sindicato, bem como outros as- Artigo 30.º
sociados que, por motivo de desempenho de funções sindi-
cais percam toda ou parte da retribuição do trabalho, têm di- Convocação e funções
reito ao reembolso pelo sindicato das importâncias líquidas 1- A assembleia geral reúne ordinária e extraordinariamen-
que comprovadamente receberiam se estivessem ao serviço te.
das respetivas empresas. 2- A assembleia geral reúne ordinária e anualmente para
Artigo 28.º exercer as atribuições previstas nas alíneas d) e e) do núme-
ro 2 do artigo precedente e de quatro em quatro anos, para
Destituição dos corpos gerentes exercer as atribuições previstas no na alínea a) do número 2
1- Os corpos gerentes podem ser destituídos pela assem- do artigo precedente.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

3- Assembleia geral reunirá em sessão extraordinária: cedência mínima de cinco (5) dias;
a) Por iniciativa da mesa da assembleia geral; 3- A mesa da assembleia geral acumulará as funções de
b) Por solicitação da direção; mesa de assembleia eleitoral, em devido tempo.
c) A requerimento de, pelo menos, vinte por cento (20 %)
dos associados no pleno gozo dos seus direitos sindicais. CAPÍTULO IX
4- Os pedidos de convocação da assembleia geral, devida-
mente fundamentados, são dirigidos ao presidente da mesa Direção
da assembleia geral, deles constando necessariamente uma
proposta de ordem de trabalhos. Artigo 33.º
5- Nos casos previstos no número 2, alíneas b) e c), o pre-
sidente da mesa deverá convocar a assembleia geral, no pra- Constituição da direção
zo máximo de 15 dias, após receção do requerimento, sendo A direção do sindicato é constituída por quinze membros
que a convocatória deve ser publicada com antecedência mí- efetivos.
nima de 15 dias em relação à data da respetiva realização.
6- Salvo disposição expressa em contrário, as deliberações Artigo 34.º
são tomadas por maioria simples de votos; em caso de empate Primeira reunião
proceder-se-á a nova votação e caso o empate se mantenha fica
a deliberação adiada para nova reunião da assembleia geral. 1- Direção, na sua primeira reunião, deverá:
7- As deliberações são tomadas por voto secreto. a) Eleger o secretariado executivo composto por 15 (quin-
8- As reuniões da assembleia geral têm início à hora mar- ze) membros;
cada com a presença da maioria dos associados, ou meia b) Eleger de entre os membros do secretariado executivo,
hora depois com qualquer número de presenças salvo o dis- o presidente executivo;
posto no número seguinte; c) Definir as funções de cada um dos restantes membros;
9- As reuniões extraordinárias da assembleia geral reque- d) Fixar as reuniões ordinárias;
ridas pelos sócios nos termos do disposto na alínea c) do e) Aprovar o regulamento de funcionamento.
número 2 do presente artigo, não se realizarão sem a presen- 2- O disposto no número precedente não se aplica no pri-
ça efetiva de, pelo menos, dois terços do número dos reque- meiro mandato, por se tratar do período de instalação do sin-
rentes, pelo que será feita uma única chamada no início da dicato.
reunião, pela ordem por que constem os nomes no requeri- 3- A direção poderá a todo o tempo, alterar a composição
mento. e/ou o número dos membros do secretariado executivo.
10- Se a reunião não se efetuar por não estarem presentes Artigo 35.º
os sócios requerentes de acordo com o número anterior, os
requerentes perdem direito de pedir nova convocatória para a Competências
assembleia geral antes de decorridos doze meses sobre a data 1- A direção é o órgão executivo do sindicato, competin-
da reunião não realizada. do-lhe, de um modo geral, a representação e administração,
Artigo 31.º a prática dos atos necessários à prossecução dos fins e ati-
vidades estatutárias e a celebração de quaisquer contratos,
Mesa da assembleia protocolos ou acordos necessários à realização desses fins.
1- A mesa da assembleia geral é constituída por um presi- 2- Compete à direção, em especial:
dente, um vice-presidente e um secretário; a) Representar o sindicato em juízo e fora dele;
2- No impedimento do presidente, este será substituído b) Admitir e rejeitar pedidos de filiação dos associados;
pelo vice-presidente; c) Constituir, por procuração mandatários judiciais;
3- Na primeira reunião da mesa da assembleia geral o pre- d) Dirigir e coordenar toda a atividade sindical de acordo
sidente deverá designar o vice- presidente e o secretário; com os princípios fundamentais e fins do sindicato defini-
4- Compete à mesa da assembleia geral, nomeadamente: dos nestes estatutos e em conformidade com os princípios de
a) Convocar as reuniões da assembleia geral; ação pela assembleia eleitoral;
b) Dirigir, orientar e executar todos os trabalhos das reuni- e) Elaborar e apresentar, anualmente, o relatório e contas,
ões da assembleia geral; o orçamento e o plano de atividades para o ano seguinte,
c) Organizar o processo eleitoral, executar todos os traba- acompanhados dos respetivos pareceres do conselho fiscal;
lhos dele decorrente e dar posse aos corpos gerentes. f) Administrar os bens, gerir os fundos e os recursos hu-
manos do sindicato;
Artigo 32.º g) Submeter à apreciação dos órgãos do sindicato os as-
suntos sobre os quais eles devam pronunciar-se;
Convocação e funcionamento
h) Requerer ao presidente da mesa da assembleia geral a
1- A mesa da assembleia geral reunirá extraordinariamente convocação de assembleias gerais extraordinárias sempre
sempre por decisão do seu presidente ou a pedido da maioria que o julgue conveniente;
dos seus membros; i) Garantir a eficiente organização dos serviços do sindi-
2- A convocação deve ser feita pelo presidente com a ante- cato;

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

j) Garantir a execução das deliberações dos órgãos do sin- gados sindicais associados do sindicato e pode funcionar de
dicato; modo descentralizado.
k) Harmonizar, desenvolver e concretizar a negociação de Artigo 40.º
convenções coletivas de trabalho e de instrumentos conven-
cionados de relações laborais, tendo em conta as reivindica- Convocatória
ções e propostas dos associados; A convocação e funcionamento da assembleia de dele-
l) Manter os associados informados da sua atividade e da gados será objeto de regulamento a aprovar pela assembleia
vida do sindicato em geral; de delegados.
m) Propor a filiação/desfiliação do sindicato em organiza-
Artigo 41.º
ções sindicais de nível superior;
n) Obrigar o sindicato desde que os documentos sejam as- Competências
sinados por dois dos seus membros.
Compete, em especial, à assembleia de delegados:
Artigo 36.º a) Discutir e analisar a situação político-sindical na pers-
petiva da defesa dos interesses imediatos dos trabalhadores,
Reuniões e deliberações emitindo as recomendações que entenda pertinentes;
1- A direção reúne ordinariamente, sempre que possível, b) Apreciar a acão sindical desenvolvida com vista ao seu
de três em três meses, não podendo contudo ultrapassar o aperfeiçoamento e coordenação;
período de cinco meses sem que reúna. c) Dinamizar, em colaboração com a direção, a execução
2- Caso não se verifique o quórum necessário, poderá reu- das deliberações dos órgãos do sindicato tomadas democra-
nir trinta minutos após a hora constante da convocatória, ticamente e de acordo com os estatutos;
com a presença de qualquer número de membros. d) Definir a forma de cobrança da quotização sindical por
3- As deliberações são tomadas por maioria simples de vo- proposta da direção;
tos, exarando em livro de atas próprio as resoluções tomadas. e) Deliberar sobre o pedido de readmissão de associados
que tenham sido expulsos;
Artigo 37.º
f) Deliberar sobre o recurso da decisão da direção face a
Secretariado executivo processo disciplinar instaurado a um associado;
g) Aprovar, modificar ou rejeitar o relatório e contas apre-
1- Compete ao secretariado executivo, em especial:
sentado pela direção e o parecer da comissão fiscalizadora
a) Assegurar a atividade do sindicato;
de contas;
b) Preparar as reuniões da direção;
h) Pronunciar-se sobre todas as questões que lhe sejam
c) Exercer as demais funções que lhe forem cometidas
presentes pelos órgãos do sindicato;
pela direção, nomeadamente a gestão corrente entre as suas
i) Promover todas as ações tendentes a reforçar a organi-
reuniões;
zação do sindicato e a alargar a unidade dos associados;
d) Dar execução das deliberações da direção.
j) Autorizar a direção a contrair empréstimos e a adquirir,
2- O secretariado executivo reunirá semanalmente.
alienar ou onerar bens imóveis;
Artigo 38.º k) Aprovar, modificar ou rejeitar o orçamento e o plano de
atividades apresentados pela direção e o parecer da comissão
Presidente executivo fiscalizadora de contas.
Compete ao presidente executivo, em especial:
a) Ser o representante e o porta-voz do sindicato e da dire- CAPÍTULO XI
ção, podendo delegar num outro membro da direção, sempre
que tal se justifique; Conselho fiscal
b) Dirigir as reuniões da direção e do secretariado execu-
tivo; Artigo 42.º
c) Convocar as reuniões extraordinárias; Constituição e funcionamento
d) Assegurar o cumprimento das linhas de orientação e das
1- O conselho fiscal é o órgão estatutário a quem compete
decisões da direção;
os poderes de fiscalização técnica no âmbito económico - fi-
e) Coordenar a atividade geral do sindicato.
nanceiro do sindicato.
2- O conselho fiscal é constituído por três elementos, sen-
CAPÍTULO X do um presidente e dois vogais.
3- O conselho fiscal é convocado pelo respetivo presidente
Assembleia de delegados e as decisões são tomadas por maioria de votos, sendo o quó-
rum mínimo de dois elementos.
Artigo 39.º
Artigo 43.º
Composição e funcionamento
Competências do conselho fiscal
A assembleia de delegados é composta por todos os dele-
1- Compete ao conselho fiscal:

3110
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

a) Examinar a contabilidade do sindicato e toda a docu- e) Zelar pelo rigoroso cumprimento das convenções cole-
mentação correlacionada, sempre que o entenda necessário; tivas de trabalho e regulamentos convencionais de relações
b) Examinar as contas relativas à campanha eleitoral; laborais, comunicando ao sindicato todas as irregularidades
c) Dar parecer sobre o orçamento, bem como relatório e que afetem ou possam vir a afetar qualquer associado;
contas para o que disporá de um prazo de 15 dias; f) Incentivar os trabalhadores não sindicalizados a proce-
d) Elaborar estudos e pareceres, ou providenciar para que derem à sua inscrição no sindicato e contribuir para a cons-
aqueles sejam efetuados, relativamente a matérias de carac- ciencialização sindical, promoção cultural, social e económi-
ter contabilístico, financeiro e económico; ca dos trabalhadores;
e) Dar conta da atividade desenvolvida à direção do sin- g) Proceder à cobrança das quotas sindicais dos associa-
dicato. dos, salvo se a cobrança se processar através de desconto
2- O conselho fiscal reunirá, sempre que possível, de três direto no vencimento.
em três meses, não podendo contudo ultrapassar o período
Artigo 47.º
de cinco meses sem que reúna.
3- O conselho fiscal reunirá ainda sempre que para tal seja Eleição
convocado pelo seu presidente, com a presença mínima de
1- Os delegados sindicais são eleitos e destituídos pelos
dois elementos.
trabalhadores associados, nos respetivos locais de trabalho,
4- De cada reunião deverá lavrar-se a competente ata.
por voto direto e secreto, tendo o seu mandato a duração de
Artigo 44.º quatro ano.
2- Só poderá ser eleito delegado sindical o associado que:
Forma de obrigar a) Esteja no pleno gozo dos seus direitos sindicais;
1- Para obrigar o sindicato são necessárias duas assinaturas b) Não façam parte dos corpos gerentes do sindicato;
conjuntas dos seguintes membros da direção: do presidente c) Não desempenhem, nas empresas onde trabalham, car-
ou vice-presidente executivos e do tesoureiro, ou qualquer gos que, pela sua natureza sejam incompatíveis com a condi-
outro membro da direção, a designar por esta em ata. ção de delegados sindicais.
2- Para movimentar as contas bancárias são necessárias 3- O delegado sindical poderá ser destituído pelos associa-
duas assinaturas conjuntas do presidente executivo, vice- dos do seu local de trabalho desde que a destituição seja re-
-presidente executivo, tesoureiro, secretário ou outro mem- querida por pelo menos 10 % (dez por cento) dos associados
bro da direção a designar por este conselho em ata. no local de trabalho; a destituição só será valida desde que
3- Para atos de rotina administrativa é suficiente a assina- na deliberação tenha participado no mínimo 50 % (cinquenta
tura do tesoureiro ou dos secretários. por cento) dos associados nesse local de trabalho.

CAPÍTULO XII CAPÍTULO XIII

Delegados sindicais Regime financeiro

Artigo 45.º Artigo 48.º

Delegados sindicais Generalidades


Os delegados sindicais são associados do sindicato que Compete à direção receber a quotização dos associados e
atuam como elementos de coordenação e dinamização da ati- demais receitas, autorizar a realização de despesas orçamen-
vidade sindical junto dos trabalhadores nas empresas e locais tadas, bem como proceder à elaboração do orçamento do sin-
de trabalho. dicato, cujo período de vigência coincidirá com o ano civil.
Artigo 46.º Artigo 49.º

Atribuições Receitas
São atribuições dos delegados sindicais, nomeadamente: Constituem receitas do sindicato:
a) Assegurar o cumprimento das deliberações dos órgãos a) A quotização dos associados, definida nos números 1, 2
estatutários; e 3 do artigo 14.º dos estatutos;
b) Defender e preservar os direitos dos associados repre- b) As contribuições extraordinárias dos associados;
sentados; c) Os saldos positivos de iniciativas organizadas pelo sin-
c) Estabelecer, manter e desenvolver contactos permanen- dicato, sem fins lucrativos;
tes com os associados que representam, incentivando-os à d) Receitas financeiras provenientes da aplicação dos seus
participação na atividade sindical; recursos;
d) Informar os associados de todas as atividades do sindi- e) Receitas provenientes de serviços prestados;
cato quer por contacto direto, quer por qualquer outro meio; f) As doações ou legados;
g) Outras receitas.

3111
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

Artigo 50.º 5- A convocaria da assembleia eleitoral deve ser fixada nas


instalações do sindicato e amplamente distribuída nos locais
Despesas de trabalho dos associados.
As despesas do sindicato são as que resultam do cumpri-
Artigo 57.º
mento destes estatutos, de regulamentos internos e todas as
que sejam devidamente autorizadas pela direção. Candidaturas
Artigo 51.º 1- A apresentação de candidaturas consiste na entrega à
mesa da assembleia eleitoral:
Fundos de maneio a) Das listas de candidatos que devem ser entregues ao
1- Os valores em numerário ou qualquer outra forma de presidente da mesa da assembleia eleitoral até 30 dias antes
fundos serão depositados em instituição de crédito. da data do ato eleitoral;
2- Os montantes de fundo de maneio quer na sede quer em b) Das listas de candidatos devem obrigatoriamente cons-
delegações do sindicato, são fixadas anualmente pela direção tar candidaturas a todos os corpos gerentes - assembleia ge-
através do orçamento. ral, direção e conselho fiscal;
c) Cada lista de candidatos indicará obrigatoriamente o
Artigo 52.º
responsável pela candidatura e esse será o elemento de con-
Reservas tacto entre a lista e a mesa da assembleia eleitoral.
3- As listas de candidatura terão de ser subscritas por, pelo
Os resultados do exercício anual transitarão para o deno-
menos, 20 % ou 50 sócios eleitores, que serão identificados
minado fundo sindical.
pelo número de sócio, nome completo legível, assinatura e
Artigo 53.º número de identificação fiscal.
4- Cada lista concorrente deverá apresentar o seu progra-
Prestação de contas
ma eleitoral.
O exercício anual das contas do sindicato corresponde 5- Os encargos de candidatura são da responsabilidade de
ao ano civil. cada uma das listas.
6- Estas regras não se aplicarão no primeiro mandato, por
CAPÍTULO XIV se tratar do período de instalação do sindicato.
Artigo 58.º
Eleições
Comissão de fiscalização eleitoral
Artigo 54.º 1- Será constituída uma comissão de fiscalização eleitoral
Capacidade eleitoral
composta pelo presidente da mesa da assembleia eleitoral,
ou por um seu representante e por um membro a indicar por
Têm capacidade eleitoral todos os associados, maiores de cada uma das listas concorrentes;
18 anos, no pleno gozo dos seus direitos sindicais. 2- Compete, nomeadamente, à comissão de fiscalização
Artigo 55.º eleitoral:
a) Fiscalizar o ato eleitoral;
Generalidades b) Elaborar e apresentar o respetivo relatório à mesa da as-
1- Só podem ser eleitos para os órgãos diretivos do sin- sembleia eleitoral;
dicato os associados com capacidade eleitoral definida no c) Determinar o número de mesas de voto, o seu local de
artigo anterior; funcionamento e a hora de abertura e encerramento das mes-
2- Nenhum associado se pode candidatar em mais do que mas;
uma lista. d) Distribuir, entre as diferentes listas a utilização do apa-
relho técnico do sindicato dentro das possibilidades deste;
Artigo 56.º
e) Receber e descarregar no caderno eleitoral central os
Assembleia eleitoral vários cadernos por mesas de voto.
1- A assembleia eleitoral é convocada ordinariamente, de Artigo 59.º
quatro em quatro anos para eleger os corpos gerentes do sin-
dicato - mesa da assembleia geral, direção e conselho fiscal; Votação
2- A assembleia eleitoral pode ser convocada extraordina- 1- O voto é secreto e presencial, não sendo permitido o
riamente para efeitos de eleições intercalares; voto por procuração;
3- A assembleia eleitoral deve ser convocada com a ante- 2- Será eleita a lista que obtiver maior número de votos.
cedência mínima de 45 dias em relação ao ato eleitoral;
4- A assembleia eleitoral é convocada pela mesa da assem- CAPÍTULO XV
bleia geral, funcionará temporariamente e para todos os efei-
tos como mesa da assembleia eleitoral; Direito de tendência

3112
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

Artigo 60.º 2- A deliberação só será válida se for aprovada em assem-


bleia geral pela maioria de dois terços do número dos asso-
Direito de tendência ciados presentes;
No sindicato podem ser constituídas tendências sindicais: 3- No caso de dissolução ou extinção do sindicato, a as-
1- Uma tendência sindical é constituída mediante requeri- sembleia geral definirá os precisos termos em que a mesma
mento ao presidente da mesa da assembleia geral, subscrito se deve processar, respeitando o estabelecido no número 5
por um mínimo de 100 associados devidamente identifica- do artigo 450.º do Código do Trabalho.
dos.
Artigo 63.º
2- Do requerimento deve constar a denominação da ten-
dência, logótipo, princípios fundamentais e programa de Regulamentos
ação. 1- A direção poderá propor, para aprovação pela assem-
3- A todo o momento é possível verificarem-se novas ade- bleia geral, os seguintes regulamentos:
sões ou desvinculações de cada tendência, mediante carta di- a) O regulamento interno;
rigida, pelos próprios, ao presidente da mesa da assembleia b) O regulamento disciplinar aplicável aos associados,
geral. designadamente sobre a suspensão, exclusão, readmissão e
4- O exercício do direito de tendência concretiza-se de prévia audição dos associados;
acordo com as seguintes alíneas: c) O regulamento eleitoral;
a) Estabelecer livremente a sua organização interna; d) O regulamento financeiro.
b) Estabelecer um logótipo, que não se pode confundir 2- As matérias em que os presentes estatutos forem omis-
com o do sindicato, princípios fundamentais e programa de sos serão objeto de um regulamento interno a estabelecer
ação; pela direção e a aprovar em assembleia-geral.
c) Difundir as suas posições, utilizando os meios de que
dispõe o sindicato, podendo publicar dois comunicados por Artigo 64.º
ano civil no sítio da internet do sindicato com a extensão Primeiro mandato
máxima de 25 (vinte e cinco) linhas cada.
1- Serão os associados fundadores outorgantes da consti-
5- Sem prejuízo do artigo anterior, as tendências, como ex-
tuição desta associação a eleger, na sua primeira reunião, os
pressão de pluralismo sindical, têm como objetivo contribuir
cargos da direção, da mesa da assembleia geral e do conselho
para o reforço do sindicalismo democrático e da unidade dos
fiscal.
trabalhadores, evitando quebrar a força e coesão sindicais.
2- Aos órgãos diretivos constituídos ao abrigo do número
6- As tendências sindicais devem:
anterior correspondem todos os poderes e competências atri-
a) Exercer a sua ação com a observância das regras demo-
buídos por estes estatutos aos correspondentes órgãos.
cráticas;
b) Dinamizar, junto dos trabalhadores que a elas aderirem, Artigo 65.º
os princípios do sindicalismo democrático e independente;
c) Impedir a instrumentalização partidária do sindicato; Foro
d) Não praticar quaisquer ações que possam por em causa O foro competente será o da comarca da sede do SITAMA
ou dividir o movimento sindical. - Sindicato dos Trabalhadores da Aviação, Manutenção e Ae-
roportos com exclusão de qualquer outro.
CAPÍTULO XVI
Registado em 16 de agosto de 2018, ao abrigo do artigo
Disposições finais e transitórias 449.º do Código do Trabalho, sob o n.º 23, a fl. 185 do livro
n.º 2.
Artigo 61.º

Revisão dos estatutos


1- A revisão destes estatutos, total ou parcial, só poderá STMEFE - Sindicato dos Trabalhadores do Metro e
ser decidida pela assembleia geral, especialmente convocada Ferroviários - Constituição
para o efeito, através de voto secreto;
2- A deliberação só será válida se for aprovada em assem- Estatutos aprovados em 16 de julho de 2018.
bleia geral pela maioria de dois terços do número dos asso-
ciados presentes. CAPÍTULO I
Artigo 62.º
Denominação, âmbito e sede
Fusão, dissolução e extinção
1- A fusão, dissolução ou extinção do sindicato só poderá Artigo 1.º
ser decidida em assembleia geral especialmente convocada Denominação
para o efeito, através de voto secreto;
O STMEFE - Sindicato dos Trabalhadores do Metro e

3113
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

Ferroviários, adiante designado por STMEFE, é uma asso- a) defender e promover os interesses coletivos e individu-
ciação sindical, dotado de personalidade jurídica, constituída ais dos seus associados;
pelos trabalhadores nela filiados, com duração indetermina- b) organizar, promover e apoiar ações que conduzam à
da. satisfação das reivindicações dos seus associados de acordo
com a expressão da sua vontade democrática;
Artigo 2.º
c) ponderar todas as questões respeitante aos trabalhadores
Âmbito e procurar soluções para as mesmas;
d) lutar com as demais associações sindicais, pela defesa
O STMEFE representa todos os trabalhadores com vín-
dos direitos dos trabalhadores;
culo contratual à empresa Metro do Porto, EMEF e ferroviá-
e) cooperar com a comissão de trabalhadores e demais co-
rios e exercerá a sua atividade em todos os locais de trabalho
missões representativas dos trabalhadores, com respeito pelo
da empresa na zona do Grande Porto.
principio da independência de cada organização;
Artigo 3.º f) defender as liberdades democráticas e os direitos e con-
quistas dos trabalhadores;
Sede h) desenvolver um sindicalismo democrático e combati-
O sindicato tem a sua sede em Matosinhos. vo na luta contra a exploração dos trabalhadores, capaz de
contribuir para as transformações sociais necessárias à cons-
CAPÍTULO II trução de uma sociedade mais justa, mais livre e mais igua-
litária.
Princípios
CAPÍTULO IV
Artigo 4.º
O STMEFE orienta a sua ação pelos princípios da liber- Competências
dade, da unidade, da democracia, da independência sindical
e da solidariedade entre todos os trabalhadores. Artigo 10.º

Artigo 5.º Ao STMEFE compete:


a) desenvolver todas as ações que visem a promoção e a
O STMEFE garante a todos os trabalhadores abrangidos defesa dos direitos e interesses dos seus associados;
pelo artigo 1.º, o direito de se sindicalizarem, independente- b) negociar e celebrar convenções coletivas;
mente das suas convicções políticas ou religiosas. c) participar na elaboração da legislação do trabalho;
Artigo 6.º d) fiscalizar e exigir a aplicação das leis, acordos coletivos
e regulamentos do trabalho;
O STMEFE defende a unidade dos trabalhadores na de- e) dar pareceres sobre assuntos da sua alçada, quando so-
fesa dos seus direitos e interesses. licitado por outras organizações sindicais ou por organismos
Artigo 7.º oficiais e patronais;
f) intervir nos processos disciplinares instaurados aos seus
1- A democracia sindical regula toda a orgânica e vida in- associados e nos casos de despedimento;
terna do sindicato, constituindo o seu exercício um direito e g) apoiar as justas reivindicações dos seus associados e
um dever de todos os seus associados. prestar-lhes assistência sindical, jurídica ou outra, nos con-
2- A democracia sindical expressa-se, nomeadamente, no flitos resultantes de relações de trabalho;
direito de os associados participarem ativamente na vida sin- h) participar na gestão das instituições que visem satisfa-
dical, de elegerem e destituírem os seus representantes e de, zer o interesse dos trabalhadores;
livremente, exprimirem os seus pontos de vista, devendo, i) promover plenários de trabalhadores para análise e dis-
após a discussão, a minoria acatar a decisão da maioria. cussão de assuntos de interesse geral para os trabalhadores;
Artigo 8.º j) decretar e pôr termo a greves;
k) desenvolver regularmente atividades que contribuam
O sindicato desenvolve a sua atividade com total inde- para a valorização profissional, cultural e social dos seus re-
pendência em relação à entidade patronal, governo, partidos presentados;
políticos, convicções religiosas ou agrupamentos de nature- l) informar regularmente os associados sobre as atividades
za não sindical. desenvolvidas pelo STMEFE e sobre todas as questões de
interesse geral para os trabalhadores;
CAPÍTULO III m) exercer todas as demais atribuições conferidas pela lei,
por estes estatutos e por regulamentos internos.
Fins
CAPÍTULO V
Artigo 9.º
O STMEFE tem por fim: Associados

3114
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

Artigo 11.º sional, impossibilidade de trabalho por doença prolongada,


passagem à situação de reforma, ou quaisquer outras ocor-
Podem filiar-se no STMEFE todos os trabalhadores que
rências extraordinárias que possam vir a verificar-se.
estejam abrangidos pelas condições previstas no artigo 2.º
destes estatutos. Artigo 15.º
Artigo 12.º Perda da qualidade de sócio
1- O pedido de adesão deve ser dirigido à direção mediante 1- Perde a qualidade de sócio todo aquele que:
o preenchimento do boletim de inscrição, o que implica a a) deixe voluntariamente de exercer atividade profissional
aceitação dos estatutos e regulamentos do sindicato. no âmbito previsto no artigo 2.º destes estatutos;
2- A aceitação ou recusa da filiação é da competência da b) tenha requerido, nos termos legais, a sua demissão;
direção, que decidirá no prazo máximo de 30 dias após a c) deixe de pagar a sua quota por período superior a três
apresentação da proposta de filiação. Da decisão cabe recur- meses e não regularize a situação nos 30 dias subsequentes à
so para a assembleia geral. data em que for notificado pela direção;
d) seja expulso do sindicato, conforme regulamento disci-
Artigo 13.º
plinar a aprovar em assembleia geral.
Direitos dos associados 2- A perda da qualidade de sócio não dá direito a receber
qualquer verba do sindicato com fundamento em tal motivo.
a) eleger, ser eleito e destituir os órgãos do sindicato con-
forme os presentes estatutos; Artigo 16.º
b) participar em todas as deliberações que lhes digam di-
Readmissão
retamente respeito;
c) participar na vida do sindicato, nomeadamente nas reu- 1- Os trabalhadores podem ser admitidos como sócios nas
niões da assembleia geral, apresentando, discutindo e votan- circunstâncias determinadas para a admissão.
do as moções e propostas que entender convenientes; 2- Em caso de expulsão anterior, só a assembleia geral
d) beneficiar dos serviços e das ações desenvolvidas pelo pode decidir da readmissão.
sindicato em prol dos interesses dos seus associados; 3- Em caso de ser aceite a readmissão, esta será considera-
e) ser informado com regularidade da atividade do sindi- da, para todos os efeitos, como uma nova admissão.
cato; Artigo 17.º
f) requerer a convocação da assembleia geral, nos termos
dos presentes estatutos; Quotização
g) formular as criticas que tiver à atuação e às decisões dos 1- A quotização dos sócios para o STMEFE é de 1,2 %
diversos órgãos do sindicato, no seu seio, sem prejuízo de sobre o total das retribuições fixas e ilíquidas auferidas men-
respeitar as decisões tomadas democraticamente; salmente.
h) examinar as contas, orçamentos e demais documenta- 2- Entende-se por retribuições fixas e ilíquidas a remune-
ções do sindicato; ração base e diuturnidades.
i) os sócios que passem à situação de reforma ou pré- 3- A quotização devida pelos sócios na situação de refor-
reforma manterão a plenitude de direitos e deveres previstos ma é de 0,5 % do valor da respetiva pensão.
nestes estatutos, exceto o de participarem em decisões que 4- Não estão sujeitas à quotização sindical as retribuições
tenham em vista decretar a greve ou pôr-lhe termo; relativas ao subsídio de férias e ao 13.º mês.
j) exercer o direito de tendência de acordo com o disposto 5- Estão isentos do pagamento de quotas, durante o perí-
no artigo seguinte. odo em que se encontrem nas situações a seguir previstas e
Artigo 14.º desde que as comuniquem por escrito ao sindicato, com as
necessárias provas, os sócios:
Deveres dos associados a) desempregados, inscritos nos centros de emprego da
a) agir solidariamente, sempre e em todas as circunstân- área de residência;
cias, na defesa dos direitos dos trabalhadores; b) impedidos de trabalhar, devido a acidente ou doença
b) participar nas atividades do sindicato e manter-se delas prolongada por mais de um mês.
informado; 6- Poderão ainda ser devidas contribuições adicionais para
c) desempenhar as funções para que foram eleitos ou no- fins específicos desde que aprovadas em assembleia geral.
meados;
d) cumprir e fazer cumprir os estatutos, regulamentos e as CAPÍTULO VI
deliberações tomadas democraticamente e de acordo com os
estatutos; Organização do STMEFE
e) fortalecer a organização do sindicato nos locais de tra-
balho; Artigo 18.º
f) pagar regularmente as suas quotizações;
Órgãos do STMEFE
g) comunicar por escrito, no prazo de 15 dias, ao sindicato,
a mudança de residência, local de trabalho, situação profis- 1- Assembleia geral

3115
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

2- Mesa da assembleia geral Artigo 23.º


3- Direção
1- A assembleia geral reunirá em sessão ordinária de dois
4- Conselho fiscal
em dois anos para exercer as competências previstas no arti-
5- Comissão sindical
go 22.º alínea a), b) e c) e duas vezes por ano para exercer as
Artigo 19.º competências previstas na alínea m).
2- A assembleia geral reunirá em sessão extraordinária:
Os membros da mesa da assembleia geral, do conselho
a) por convocação da mesa da assembleia geral;
fiscal e da direção são eleitos de entre os associados no pleno
b) a solicitação da direção;
exercício dos seus direitos sindicais.
c) a requerimento de um terço dos associados no pleno
Artigo 20.º exercício dos seus direitos.
3- Os pedidos de convocação da assembleia geral, deve-
A duração do mandato dos membros da mesa da assem-
rão ser dirigidos ao presidente da mesa da assembleia geral,
bleia geral, do conselho fiscal e da direção é de dois anos,
acompanhados de uma proposta de ordem de trabalhos.
podendo ser reeleitos uma ou mais vezes.
Artigo 24.º
Artigo 21.º
1- Salvo disposição em contrário, as deliberações são to-
1- O exercício dos cargos diretivos é gratuito, sendo, no
madas por maioria simples de votos, exceto para os pontos
entanto, assegurada a reposição das despesas ocasionadas no
do artigo 22.º, ponto 2, alíneas e), f) e h), em que será neces-
e pelo exercício das funções diretivas.
sária uma maioria qualificada de 3/4 dos associados.
2- Os dirigentes que, por motivo das suas funções, percam
2- Em caso de empate, será efetuada nova votação e caso
toda ou parte da sua remuneração têm direito ao reembolso
o empate se mantenha a deliberação fica adiada para nova
das importâncias correspondentes.
reunião da assembleia geral.
Artigo 22.º
Artigo 25.º
Assembleia geral
Mesa da assembleia geral
1- A assembleia geral, órgão deliberativo máximo do
1- A mesa da assembleia geral é constituída por um presi-
STMEFE, é composta por todos os sócios no pleno exercício
dente e dois secretários.
dos seus direitos sindicais.
2- Na falta do presidente, este será substituído por um dos
2- São competências da assembleia geral:
secretários a designar entre si.
a) eleger a mesa da assembleia geral;
b) eleger o conselho fiscal; Artigo 26.º
c) eleger a direção;
Compete à mesa da assembleia geral:
e) destituir os órgãos do sindicato e marcar novas eleições;
a) velar pelo cumprimento dos princípios, estatutos, pro-
f) rever os estatutos;
grama de ação e decisões diretivas da assembleia geral por
g) resolver em última instância os diferendos entre os ór-
todos os membros e órgãos do sindicato;
gãos do sindicato e entre estes e os associados;
b) convocar a assembleia geral nos termos estatutários,
h) deliberar sobre a fusão do sindicato com outras organi-
com um prazo mínimo de oito dias, por meios eletrónicos
zações sindicais e sobre a sua extinção;
e afixação da convocatória no sindicato e nos locais de tra-
i) autorizar o secretariado a alienar ou onerar bens imóveis;
balho;
j) discutir e aprovar o programa de ação para o biénio se-
c) dirigir as assembleias gerais e elaborar actas das suas
guinte;
reuniões em livro próprio que deverá ser assinada por todos
k) deliberar sobre qualquer assunto de superior interesse
os membros da mesa;
que afete gravemente a vida do sindicato;
d) adequar, entre assembleias gerais, os estatutos à lei.
l) aprovar regulamentos;
m) aprovar o plano de atividades e orçamento anual, e o Artigo 27.º
relatório de contas do exercício apresentados pela direção;
n) resolver os diferendos entre os órgãos do sindicato ou Direção
entre estes e os sócios; 1- A direção é composta por cinco membros efetivos.
o) fixar as condições de utilização do fundo social; 2- A direção reunirá ordinariamente uma vez por mês e ex-
p) deliberar sobre a filiação ou associação do sindicato traordinariamente, sempre que necessário por convocação de
noutras organizações e eleger os seus representantes nas qualquer dos seus membros.
mesmas; 3- As decisões são tomadas por maioria dos membros da
q) dar parecer sobre a criação de organizações julgadas direção, desde que estejam presentes pelo menos 50 % dos
necessárias ou convenientes aos trabalhadores, ou sobre a membros, e serão lavradas em acta.
adesão a outras já existentes; 4- A direção poderá, se assim o entender, eleger um porta-
r) pronunciar-se nos termos destes estatutos sobre as deci- -voz de entre os seus membros.
sões relativas à celebração de convenções coletivas de traba- 5- Cabe à direção a distribuição pelos seus membros das
lho e declaração de greves. diversas tarefas e competências.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

Artigo 28.º d) apresentar à direção as sugestões que entenda de inte-


resse para o sindicato e que estejam no seu âmbito.
1- Em documentos de natureza financeira a direção obriga-
2- O conselho fiscal terá acesso, sempre que o entender, à
-se pela assinatura de três dos seus membros.
documentação da tesouraria do sindicato.
2- A direção poderá credenciar mandatários para a prática
3- O conselho fiscal delibera por maioria dos seus membros.
de certos atos, devendo para tal determinar com precisão o
âmbito dos mesmos. Artigo 34.º
Artigo 29.º Comissão sindical
Os membros da direção respondem coletivamente peran- 1- A comissão sindical é constituída por todos os delegados
te atos praticados no seu mandato perante a assembleia geral. sindicais do STMEFE.
2- Compete à comissão sindical, acompanhar o trabalho
Artigo 30.º
da direção, promovendo uma ligação mais eficaz com todos
Se durante o seu mandato, ocorrerem demissões ou saí- os associados e demais trabalhadores, pronunciar-se sobre
das permanentes de elementos efetivos da direção, estas de- todas as questões de interesse para os trabalhadores, fazendo
verão ser preenchidas com recurso aos elementos suplentes. chegar à direção as propostas desenvolvendo as iniciativas
Artigo 31.º que entenda necessárias, no âmbito das suas competências,
para defesa dos direitos dos trabalhadores.
Compete à direção: 3- A comissão sindical reunirá ordinariamente trimestral-
a) velar pelo cumprimento dos estatutos e executar as de- mente e extraordinariamente sempre que necessário por con-
cisões da assembleia geral; vocação da direção ou do seu secretariado.
b) admitir rejeitar, de acordo com os estatutos, a inscrição 4- Será eleito (por maioria simples) um secretariado, de
de sócios; entre os delegados sindicais, composto por três elementos.
c) aceitar a demissão de sócios que a solicitem nos termos 5- Este secretariado terá como competência convocar as
legais; reuniões da comissão sindical, conduzir as mesmas e elabo-
d) administrar os bens e gerir os fundos do sindicato; rar as atas.
e) elaborar e apresentar anualmente, até 31 de março, à as- 6- As decisões da comissão sindical serão tomadas por
sembleia geral, o orçamento e o plano para o ano seguinte; maioria simples.
f) apresentar anualmente até 31 de março, à assembleia
geral, o relatório e contas relativos ao ano antecedente; Artigo 35.º
g) representar o sindicato em juízo e fora dele; Eleição, designação, destituição ou cessação de funções de delegados
h) discutir, negociar e assinar convenções coletivas de tra- sindicais
balho, depois de submeter as mesmas à decisão da assem- 1- Os delegados sindicais são sócios do sindicato que, sob
bleia geral; a orientação e coordenação da direção, fazem a dinamização
i) decretar a greve e pôr-lhe termo, conforme decisão da sindical nos locais de trabalho.
assembleia geral ou do plenário de trabalhadores da empresa; 2- A eleição dos delegados sindicais é efetuada por voto
j) elaborar os regulamentos internos necessários ao bom direto e secreto de todos os sócios do sindicato.
funcionamento do sindicato; 3- A eleição dos delegados sindicais realizar-se-á nos locais
k) divulgar pelos sócios, resumos das actas das reuniões indicados e nos termos da convocatória efetuada pela direção.
da direção; 4- Os delegados sindicais podem ser destituídos por voto
l) utilizar os meios eletrónicos e outros ao seu dispor, para direto e secreto dos trabalhadores por eles representados, por
informar e auscultar regularmente a opinião dos sócios. iniciativa de pelo menos 1/3 dos mesmos.
Artigo 32.º 5- Os delegados sindicais, ressalvados os casos referidos
no número anterior, cessarão o seu mandato com o dos ór-
Conselho fiscal gãos sociais do sindicato, mantendo-se, contudo, em exercí-
1- O conselho fiscal é composto por três membros efetivos, cio até à sua substituição pelos delegados eleitos.
eleitos pela assembleia geral. 6- A eleição, substituição e exoneração ou destituição dos
2- Os membros do conselho fiscal elegerão entre si um delegados sindicais será afixada nos locais de trabalho para
presidente, um vice-presidente e um secretário. conhecimento dos sócios e comunicada, por escrito, ao em-
pregador, no prazo de 15 dias.
Artigo 33.º
7- O mandato dos delegados sindicais é de dois anos, po-
1- Compete ao conselho fiscal: dendo ser reeleitos por uma ou mais vezes.
a) examinar, pelo menos trimestralmente, a contabilidade 8- A eleição dos delegados sindicais deverá ser realizada
do sindicato e divulgar o respetivo balancete aos sócios; nos dois meses seguintes ao do termo do mandato.
b) dar parecer sobre relatórios, contas e orçamentos apre-
sentados pela direção; CAPÍTULO VII
c) participar nas reuniões da direção, quando julgue neces-
sário, sem direito a voto; Fundos

3117
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

Artigo 36.º o tenham disponibilizado ao das listas candidatas sindicato;


e) fixar, de acordo com os estatutos, a quantidade e locali-
Constituição dos fundos zação das assembleias de voto;
Constituem fundos do sindicato: f) organizar a constituição das mesas de voto;
a) as quotas dos seus associados; g) passar credenciais aos representantes indicados pelas
b) as receitas extraordinárias; listas como delegados junto das mesas de voto;
c) as contribuições extraordinárias. h) fazer o apuramento final dos resultados e afixá-lo.
Artigo 37.º Artigo 41.º

Utilização dos fundos 1- A fim de fiscalizar a regularidade do processo eleitoral,


constituir-se-á uma comissão de fiscalização eleitoral, for-
1- As receitas terão obrigatoriamente as seguintes aplica-
mada pelo presidente da assembleia geral e por um represen-
ções:
tante de cada uma das listas concorrentes.
a) pagamentos de todas as despesas e encargos resultantes
2- Compete, nomeadamente, à comissão de fiscalização
da atividade do sindicato;
eleitoral:
b) constituição de um fundo social, que será representado
a) deliberar sobre as reclamações apresentadas sobre os
por 0,5 % da quotização;
cadernos eleitorais, no prazo de quarenta e oito horas após
c) constituição de um fundo de reserva, representado por
a receção daquelas;
10 % do saldo da conta do exercício e destinado a fazer face
b) assegurar a igualdade de tratamento a todas as listas;
a circunstâncias imprevistas.
c) vigiar o correto desenrolar da campanha eleitoral;
2- A utilização pela direção dos fundos previstos nas alí-
d) fiscalizar qualquer irregularidade ou fraude e delas ela-
neas b) e c) do número anterior depende de autorização da
borar relatórios fundamentados;
assembleia geral e será nos termos por esta estabelecidos.
e) deliberar sobre todas as reclamações referentes ao ato
eleitoral.
CAPÍTULO VIII
Artigo 42.º
Eleições
Candidaturas

Artigo 38.º 1- A apresentação de candidaturas consiste na entrega ao


presidente da mesa da assembleia eleitoral das listas conten-
Os membros da mesa da assembleia geral e da direção do os nomes e demais elementos de identificação dos candi-
são eleitos por uma assembleia eleitoral, constituída por to- datos, da declaração por todos, conjunta ou separadamente,
dos os sócios que, à data da sua realização, estejam no pleno assinada de que aceitam a candidatura e ainda do programa
gozo dos seus direitos sindicais e que tenham as suas quotas de ação.
pagas aos três meses anteriores. 2- Cada lista de candidatura será instruída com uma de-
Artigo 39.º claração de propositura subscrita por 10 % dos sócios do
sindicato, identificados pelo nome completo legível e núme-
A assembleia geral deverá ter lugar nos três meses se- ro de sócio do sindicato e ainda pela residência do primeiro
guintes ao termo do mandato da assembleia geral e da dire- subscritor.
ção. 3- As listas deverão indicar, além dos candidatos efetivos,
Artigo 40.º dois candidatos suplentes, sendo todos eles identificados
pelo nome completo e demais elementos de identificação.
1- A organização do processo eleitoral compete ao presi-
4- Para efeitos dos números 1 e 3, entende-se por demais
dente da mesa da assembleia geral, coadjuvado pelos restan-
elementos de identificação:
tes elementos da mesa desse órgão.
a) número de sócio do sindicato;
2- A mesa da assembleia geral funcionará, para esse efeito,
b) idade;
como mesa da assembleia eleitoral, fazendo-se assessorar,
c) residência;
nesta função, por um representante de cada uma das listas
d) categoria ou situação profissional.
concorrentes.
5- As candidaturas deverão ser apresentadas até 30 dias
3- Compete à mesa da assembleia eleitoral:
antes do acto eleitoral.
a) verificar a regularidade das candidaturas;
6- Nenhum associado do sindicato pode fazer parte de
b) distribuir, de acordo com o secretariado, entre as diver-
mais de uma lista.
sas listas, a utilização do aparelho técnico, dentro das possi-
bilidades deste, para a propaganda eleitoral; Artigo 43.º
c) promover a confeção de boletim de voto e fazer a sua
Receção, rejeição e aceitação de candidaturas
distribuição, a todas as mesas de voto;
d) promover a afixação e respetivos programas de ação na 1- A mesa da assembleia eleitoral verificará a regularidade
empresa, desde a data da sua aceitação até à da realização do processo e a elegibilidade das candidaturas nos cinco dias
do ato eleitoral e enviá-las para o e-mail dos associados que seguintes ao da entrega das candidaturas.

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2- Verificando-se irregularidades processuais, a mesa noti- 3- É permitido o voto por correspondência, desde que:
ficará imediatamente o primeiro proponente da lista para as a) o boletim esteja dobrado em quatro e contido em so-
regularizar no prazo de três dias. brescrito fechado;
3- Serão rejeitados os candidatos inelegíveis. b) do referido sobrescrito conste o número de sócio, o
4- O primeiro proponente da lista será imediatamente no- nome e a assinatura;
tificado para que se proceda à substituição do candidato ou c) este sobrescrito seja introduzido noutro e endereçado ao
candidatos inelegíveis, no prazo de três dias, e, se tal não presidente da mesa da assembleia eleitoral.
acontecer, o lugar do candidato será ocupado na lista pelo 4- Os votos por correspondência serão obrigatoriamente
primeiro candidato suplente cujo processo de candidatura descarregados na mesa de voto da sede.
preencha a totalidade dos requisitos estatutários. 5- Para que os votos por correspondência sejam válidos, é
5- A lista será definitivamente rejeitada se, por falta de imperativo que a data do carimbo do correio seja anterior à
candidatos suplentes, não for possível perfazer o número es- do dia da eleição.
tabelecido dos efetivos. 6- A identificação dos eleitores será efetuada de preferên-
6- Quando não haja irregularidades, ou supridas as veri- cia através do cartão de sócio do sindicato e, na sua falta, por
ficadas, dentro dos prazos, a mesa da assembleia eleitoral meio de bilhete de identidade ou qualquer outro elemento de
considerará aceites as candidaturas. identificação com fotografia.
7- As candidaturas aceites serão identificadas, por meio de
Artigo 48.º
letra, atribuída pela mesa da assembleia eleitoral a cada uma
delas por ordem de entrada das candidaturas e com início na Apuramento dos resultados
letra A.
1- Logo que a votação tenha terminado, proceder-se-á à
Artigo 44.º contagem dos votos e elaboração da acta com os resultados e
a indicação de qualquer ocorrência que a mesa julgue digna
Boletins de voto de menção.
1- Os boletins de voto serão editados pelo sindicato, sob o 2- As actas das diversas assembleias de voto, assinadas por
controlo da comissão de fiscalização eleitoral. todos os elementos das respetivas mesas, serão entregues à
2- Os boletins de voto deverão ser em papel liso, todos mesa da assembleia eleitoral, para apuramento geral e final,
iguais, sem qualquer marca ou sinal exterior e de dimensões do qual será lavrada acta.
a definir pela mesa da assembleia eleitoral.
Artigo 49.º
3- Os boletins de voto serão distribuídos nas respetivas
mesas de voto, no próprio dia das eleições. Recursos
Artigo 45.º 1- Pode ser interposto recurso, com fundamento em irre-
gularidade do ato eleitoral, devendo o mesmo ser apresenta-
Funcionarão assembleias de voto em cada local e horário
do à mesa da assembleia eleitoral até três dias após o encer-
que a mesa da assembleia geral determine, de maneira a que
ramento da assembleia eleitoral.
todos os associados possam exercer o direito de voto na em-
2- A mesa da assembleia eleitoral deverá apreciar o recur-
presa e na sede do sindicato.
so no prazo de quarenta e oito horas, sendo a decisão comu-
Artigo 46.º nicada aos recorrentes por escrito e afixada.
3- Da decisão da mesa da assembleia eleitoral cabe recur-
Constituição das mesas so, nos termos gerais, para o tribunal competente.
1- A mesa da assembleia eleitoral deverá promover a cons-
tituição das mesas de voto até cinco dias antes do ato elei- CAPÍTULO IX
toral.
2- Em cada mesa de voto haverá um delegado e respetivo Disposições finais e transitórias
suplente de cada lista candidata à eleição.
3- Os delegados das listas terão de constar dos cadernos Artigo 50.º
eleitorais.
4- As listas deverão indicar os seus delegados no ato da Revisão de estatutos
entrega da candidatura. 1- Os presentes estatutos só podem ser alterados pela as-
5- Não é lícita a impugnação da eleição com base em falta sembleia geral, desde que na ordem de trabalhos conste, ex-
de qualquer delegado. pressamente, tal indicação.
Artigo 47.º 2- Os projetos de alteração aos estatutos só podem ser
apresentados na assembleia geral mediante subscrição, no
Votação mínimo, de 25 % dos associados;
1- O voto é direto e secreto. 3- A assembleia geral delibera sobre as alterações propos-
2- Não é permitido o voto por procuração. tas e, se necessário, nomeia uma comissão de redação final.

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Artigo 51.º liquidação e o destino do respetivo património, que em caso


algum poderá ser distribuído pelos sócios.
Fusão e dissolução
Artigo 52.º
1- A integração ou fusão do sindicato com outro ou outros
sindicatos só poderá fazer-se por decisão da assembleia ge- Entrada em vigor
ral, tomada com o voto favorável de três quartos dos associa-
Os presentes estatutos, bem como as suas alterações,
dos em pleno exercício dos seus direitos.
entram em vigor logo após a sua publicação no Boletim do
2- A extinção ou dissolução do sindicato só poderá ser
Trabalho e Emprego.
decidida em assembleia geral, com o voto favorável de três
quartos dos associados em pleno exercício dos seus direitos.
3- A assembleia geral que deliberar a extinção ou dissolu- Registado em 17 de agosto de 2018, ao abrigo do artigo
ção do sindicato definirá também os precisos termos em que 449.º do Código do Trabalho, sob o n.º 24, a fl. 185 do livro
a extinção ou dissolução se processará, bem como a forma de n.º 2.

II - Direção

SITAMA - Sindicato dos Trabalhadores da Aviação, António Manuel João Hilário 07372921
Manutenção e Aeroportos - Eleição António Manuel de Moura Goulart de Medeiros 04748073
Augusto Cândido Alferes Lourido 1332705
Identidade dos membros da direção eleitos em 11 de ju- Bruno Miguel Martins Luz 13204682
lho de 2018 para o mandato de quatro anos.
Carlos Armando Martins de Oliveira 4252028
Presidente - João Eusébio Varzielas Carlota Dolores Cardoso Andrade 13377953
Vice-presidente - Paulo Jorge Barreiro Resende Hélder Manuel de Sousa Martins 04912894
Secretário - Brígida Clímaco Costa Baptista Hélder Porfírio Lopes Andrade 07369667
Tesoureiro - Raúl Luís Alves de Oliveira
Hélio José Vieira Encarnação 06954729
Vogal - Alzira Neli de Aguiar Mala Azevedo
João Miguel Pereira Afonso 10100344
Vogal - Ricardo Fok Chin
Vogal - Isabel Maria Barroso Pires Jorge Manuel Guerreiro Costa 06626484
Vogal - Vítor Manuel Moreira Maia Jorge Manuel dos Santos 08380524
Vogal - Jorge Eduardo R. B. M. Santos Josué Tavares Marques 2240882
Vogal - Armando Gonçalves Tenda Luís Alexandre da Cruz Machado Alves 08388522
Vogal - Alexandre Manuel Pontes Ribeiro Roxo Quintas Maria Alexandra Cunha Lopes Soares Bordeira 7874733
Vogal - Manuel Osvaldo Saraiva Baptista Maria de Guadalupe Miranda Simões 7113237
Vogal - Sandra Lopes Matias
Maria Inês dos Reis Canelas da Silva 10644123
Vogal - Jorge Henrique Santiago Saraiva
Maria João Ribeirinhos Valente Sales 09949080
Vogal - Miguel Alexandre C. V. de Sequeira Lopes
Maria José de Jesus Fernandes Madeira 10914627
Maria Teresa Nunes Garcia 7797958
Nelson Leonardo Renda Faísca 11341926
Nuno Miguel Dias Manjua 11226623
União dos Sindicatos do Algarve/CGTP-IN - Eleição
Renato José Martins Miguel Pimenta 10271020
Rosa Maria dos Santos Batista Franco 08125793
Identidade dos membros da direção eleitos em 8 de junho
de 2018 para o mandato de quatro anos. Sebastião Basílio de Jesus Gonçalves 09329016
Sérgio Manuel Nunes Gomes 11626393
Nome BI/CC
Tiago Carneiro Jacinto 11667732
Ana Cristina Lavandeira Simões 9847469
António Paulo Pereira da Costa Filipe 07787132

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associações de empregadores

I - Estatutos

...

II - Direção

ANL - Associação Nacional de Laboratórios Tesoureiro - Alves & Duarte, L.da, representada pelo Dr.
Clínicos - Eleição Miguel Esteves Coelho Santos.
Secretário - LABETO - Centro de Análises Bioquímicas,
Identidade dos membros da direção eleitos em 18 de ju- SA, representada pela Dr.ª Maria João Godinho Tomaz.
lho de 2018 para o mandato de quatro anos. Vogal - L. A. C. Dr. Jorge Leitão Santos, L.da, representa-
da pela Dr.ª Gisela Santos.
Presidente - Synlab Health Algarve, SA, representada Vogal - Centro de Medicina Laboratorial Germano de
pelo Dr. Nuno Saraiva. Sousa, representada pelo Dr. José Germano de Sousa.
Vice-presidente - Dr. Joaquim Chaves Laboratório de Vogal suplente - Laboratório de Patologia Clínica Dr.
Análises Clínicas, SA, representada pelo Dr. Joaquim José Hilário Lima, SA, representada pelo Dr. Sérgio Gomes da
Paiva Chaves. Silva.
Vice-presidente - Medicina Laboratorial Dr. Carlos Silva Vogal suplente - Laboratórios Consolidados do Porto,
Torres, SA, representada pela Dr.ª Maria do Carmo C. C. SA, representada pelo Dr. David José dos Santos Pinto.
Tavares.

Associação Portuguesa das Indústrias de Mobiliário e Afins - APIMA - Eleição

Identidade dos membros da direção eleitos em 28 de março de 2018 para o mandato de três anos.

Empresa Representante Cargo BI/CC

Moutinho & Moutinho, L.da Rui Natal Silva Moutinho Presidente 06965649
Animóvel - Anibal Carneiro Barbosa, L.da António Joaquim Espinheira Carneiro Vice-presidente 05815379
Induflex - Indústria de Estofos, SA Vítor Daniel Alves Ribeiro Vice-presidente 09698130
Arnaldo Moreira Rodrigues, L.da Albino Lobo Rodrigues Vice-presidente 10261481
Azemad, L.da Nuno Augusto Castro Portugal Vice-presidente 07076576
Irmãos Pereira Pacheco, SA Ricardo Manuel Meireles Pacheco Suplente 10407297
Armando Ferreira da Silva & Filhos, L.da Mário Ferreira da Silva Suplente 07698307
Carlos Alfredo Barros da Silva, L.da Salvador Gonzaga Martins Silva Suplente 07440632

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

comissões de trabalhadores

I - Estatutos

...

II - Eleições

...

representantes dos trabalhadores para a


segurança e saúde no trabalho

I - ConvoCatórias

Britaminho - Granitos e Britas do Minho, L.da - Exide Technologies Recycling II, L.da - Convocatória
Convocatória
Nos termos da alínea a) do número 1 do artigo 28.º, da Lei
Nos termos da alínea a) do número 1 do artigo 28.º, da n.º 102/2009, de 10 de setembro, procede-se à publicação da
Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro, procede-se à publicação comunicação efetuada pelo Sindicato dos Trabalhadores das
da comunicação efetuada pelos trabalhadores ao abrigo do Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Am-
número 3 do artigo 27.º da lei supra referida, recebida na biente do Centro Sul e Regiões Autónomas - SITE-CSRA,
Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho, em ao abrigo do número 3 do artigo 27.º da lei supra referida,
8 de agosto de 2018, relativa à promoção da eleição dos re- recebida na Direção-Geral do Emprego e das Relações de
presentantes dos trabalhadores para a segurança e saúde no Trabalho em 7 de agosto de 2018, relativa à promoção da
trabalho na empresa Britaminho - Granitos e Britas do Mi- eleição dos representantes dos trabalhadores para a segu-
nho, L.da rança e saúde no trabalho, na empresa Exide Technologies
«Serve a presente comunicação enviada com a antecedên- Recycling II, L.da
cia exigida no número 3 do artigo 27.º da Lei n.º 102/2009 «Pela presente comunicamos a V. Ex.as com a antecedên-
de 10 de setembro, para informar que no dia 12 de novembro cia exigida no número 3 do artigo 27.º da Lei n.º 102/2009 de
de 2018 será realizado na empresa abaixo identificada, o ato 10 de setembro, que o sindicato SITE Centro Sul e Regiões
eleitoral com vista à eleição dos representantes dos trabalha- Autónomas, no dia 8 de novembro de 2018, irá realizar na
dores para a segurança e saúde no trabalho, conforme dis- empresa abaixo identificada, o ato eleitoral com vista à elei-
posto nos artigos 21.º, 26.º e seguintes da Lei n.º 102/2009, ção dos representantes dos trabalhadores para a segurança e
de 10 de setembro. saúde no trabalho, conforme disposto nos artigos 21.º, 26.º e
Empresa: Britaminho - Granitos e Britas do Minho, L.da seguintes da Lei n.º 102/2009.
Morada: Rua 10 de Junho, n.º 130, 4800-435 Gonça - Exide Technologies Recycling II, L.da
Guimarães.» Rua Estrada Nacional 3, km 6,5, Edifício Sonalur, 2050-
522 Vila Nova da Rainha.»
(Seguem as assinaturas de 10 trabalhadores.)

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, 29/8/2018

Petróleos de Portugal - PETROGAL, SA - rança e saúde no trabalho na empresa Petróleos de Portugal


Convocatória - PETROGAL, SA.
«Pela presente comunicamos a V. Ex.as, com a antecedên-
Nos termos da alínea a) do número 1 do artigo 28.º da Lei cia exigida no número 3 do artigo 27.º da Lei n.º 102/2009 de
n.º 102/2009, de 10 de setembro, procede-se à publicação da 10 de setembro, que o sindicato SITE Centro Sul e Regiões
comunicação efetuada pelo Sindicato dos Trabalhadores das Autónomas, no dia 17 e 18 de setembro de 2018, irá realizar
Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Am- na empresa abaixo identificada, o ato eleitoral com vista à
biente do Centro Sul e Regiões Autónomas - SITE-CSRA, eleição dos representantes dos trabalhadores para a seguran-
ao abrigo do número 3 do artigo 27.º da lei supracitada, re- ça e saúde no trabalho, conforme disposto nos artigos 21.º,
cebida nesta Direção-Geral do Emprego e das Relações de 26.º e seguintes da Lei n.º 102/2009.
Trabalho, em 5 de abril de 2018, relativa à promoção da
eleição dos representantes dos trabalhadores para a segu- Petróleos de Portugal - PETROGAL, SA.
Morada: Rua Tomás Fonseca, Ed Galp, Lisboa.»

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