Relatorio - PERDA DE CARGA

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9

FACULDADE PITÁGORAS

PERDA DE CARGA EM TUBULAÇÕES E


ACESSÓRIOS HIDRÁULICOS, DETERMINAÇÃO
DO FATOR DE ATRITO EM FUNÇÃO DE
REYNOLDS

LINHARES
2017
10

PERDA DE CARGA EM TUBULAÇÕES E


ACESSÓRIOS HIDRÁULICOS, DETERMINAÇÃO
DO FATOR DE ATRITO EM FUNÇÃO DE
REYNOLDS

Trabalho do curso de Engenharia Química,


apresentado a Faculdade Pitágoras, como
requisito parcial para obtenção de nota na
disciplina de laboratório de Engenharia
Química I, sob orientação do Prof. Joana

LINHARES
2017
11

SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO________________________________________________13
1.1 Perda de carga ________________________________________________________13

1.1.1 Perda de carga distribuída_________________________________________14

1.1.2 Perda de carga localizada__________________________________________15

1.1.3 Perda de carga total de um sistema_________________________________16

1.2 Objetivos_____________________________________________________________16

2 METODOLOGIA_________________________________________________________17
12

RESUMO

O experimento realizado mostrou a importância de ter o conhecimento da


perda de carga de tubulação e acessórios hidráulicos, com o objetivo
determinar experimentalmente os coeficientes de perda de carga distribuída (ƒ)
e localizada (Ki). Os valores ƒ foram obtidos de forma experimental, via gráfico
de Moody e após foi realizado um comparativo entre os mesmos. Já com os
valores de Ki realizou-se somente um comparativo entre o experimental e o
teórico. Assim, concluímos que as perdas de carga são afetadas por fatores
como velocidade, diâmetro, pressões entre outros.
13

1 INTRODUÇÃO

1.1 Perda de carga


Por perda de carga, entende-se parte de energia encontrada no fluido em
regime dinâmico que é transformada principalmente em calor e, portanto,
“perdida”, pois não pode ser recuperada como energia potencial ou cinética
(BAPTISTA et al., 2001). Essa perda ocorre no escoamento “[...] devido ao
efeito de sua viscosidade ou por atrito interno, unido ao efeito da turbulência ou
dos choques entre as partículas do fluido.” (GOMES, 2004).
A energia perdida pela unidade de peso do fluido quando este escoa é
conhecida como perda de carga. Alguns fatores podem afetar este
escoamento, como: rugosidade do material, densidade, velocidade, diâmetro,
entre outros.

1.1.1 Perda de carga distribuída

Tal perda, como o próprio nome diz, é a que acontece ao longo de tubos retos,
de seção constante, devido ao atrito das próprias partículas do fluido entre si.
Nessa situação a perda só será considerável se houver trechos relativamente
longos de condutos, pois o atrito acontecerá de forma distribuída ao longe
deles (BRUNETTI, 2008).
Para o cálculo da perda de carga distribuída pode-se utilizar inúmeras
expressões que foram determinadas experimentalmente. A equação de Darcy-
Weisbach é uma das equações mais antigas usadas na mecânica dos fluidos.
Ela tem por finalidade calcular a perda de carga em tubos transportando
fluidos, podendo estes ser líquido ou gás (BOMBARDELLI e GARCÍA, 2003).
Sendo essa a fórmula mais recomendada, segundo a Associação Brasileira de
Normas e Técnicas (ABNT) para o calculo de perda de carga.

(1)

∆p = variação de pressão (em Pa)


f = coeficiente de perda de carga
ρ = densidade
v = velocidade
L = comprimento
D = diâmetro
ε = rugosidade
14

(4)
Os valores do coeficiente de f são apresentados em forma gráfica, conhecida
como diagrama de Moody, (Anexo I), amplamente utilizado nos cálculos de
perda de carga. Para isto é necessário que se conheça o número de Reynolds
(Re) e a rugosidade relativa do tubo (e/D) que será utilizado.

O número de Reynolds é calculado da seguinte forma:

(5)
ρ = massa específica do fluido
µ = viscosidade dinâmica do fluido
v = velocidade do escoamento
D = diâmetro da tubulação

1.1.1.1 Efeito da rugosidade na perda de carga distribuída

Os condutos apresentam asperezas nas paredes internas que influem na perda


de carga dos fluidos em escoamento. Em geral, tais asperezas não são
uniformes, mas apresentam uma distribuição aleatória tanto em altura como em
disposição. No entanto, para efeito de estudo, supõe-se inicialmente que as
asperezas tenham altura e distribuição uniforme (BRUNETTI, 2008).
A rugosidade depende do material da parede do tubo e do estado de
conservação, sendo assim um tubo usado apresenta uma rugosidade maior
que um tubo novo ().
A seguir na tabela apresenta as rugosidades médias absolutas de alguns tipos
de materiais mais comuns.
15

Tabela1: Rugosidade média absoluta de alguns materiais.

1.1.2 Perda de carga localizada

A perda de carga é localizada quando é produzida por uma perturbação


precipitada no escoamento do fluido, essas perturbações são produzidas
através das válvulas, registros, alargamentos brusco, entre outros (BRUNETTI,
2008).
Ao passar por esses dispositivos, perdas de cargas adicionais, são
encontrados resultados de separação do escoamento, essas perdas variam de
dispositivos para dispositivos e, devido à complexidade no interior destes,
normalmente é determinada experimentalmente. A ocorrência de perda de
carga é considerada no ponto em que há uma queda brusca da pressão no
curto espaço compreendido pelo acessório. Cada dispositivo apresenta um
coeficiente de perda de carga (Anexo II)
Já a perda de carga localizada é calculada pela equação:

(2)
16

1.1.3 Perda de carga total de um sistema

A perda de carga total é considerada como a soma das perdas distribuídas


devidas aos efeitos de atrito no escoamento completamente desenvolvido em
tubos de seção constante, com as perdas localizadas devidas a entradas,
acessórios, mudanças de área etc. Consequentemente, consideramos as
perdas distribuídas e localizadas em separado. (FOX, PRITCHARD e
MCDONALD, 2006).

(3)
1.2 OBJETIVOS

Determinar experimentalmente o coeficiente de perda de carga (f) distribuída


para uma tubulação de PVC com diâmetro de ½” liso, ¾” liso e ¾” rugoso e
comparar os resultados obtidos com o valor do coeficiente encontrado no
gráfico de Moody. E determinar o coeficiente de perda de carga localizada de
uma tubulação com os acessórios: um joelho de 90°, uma curva de 90° e uma
união e com esses coeficientes determinar a perda de carga total.

2 METODOLOGIA

2.1 MATERIAIS

...

2.2 PROCEDIMENTO
17

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

3.1 PERDA DE CARGA DISTRIBUÍDA PELA FÓRMULA

O equipamento de perda de carga é composto de tubulações de PVC. Para o


experimento foram feitas três medições de altura e tempo, para possibilitar o
cálculo da média aritmética. Com essas médias obteve-se o valor do volume e
da vazão da bancada hidráulica para o momento do experimento. Os dados
coletados experimentalmente em cada tudo serão apresentados nas tabelas
02, 03 e 04.

Tabela 2: Dados do experimento com o tubo de 1/2” Liso.

Dados do Ensaio
ρágua L
D (m)1 Área (m)2 Vm (m/s)3 P1 (Pa)4 P2 (Pa)5 ∆p(Pa)6 f9 Re10
(Kg/m^3)7 (m)8
0,0127 0,000127 3,823022 31382,4 30401,7 980,7 997,0479 1,45 0,001179 54369,96
1
Diâmetro, calculado por D=(1/2”)*2,54/100. 2Área, calculada por A=π*R2. 3Velocidade Média,
calculada pela Vm=Q/A. 4Pressão de entrada medida. 5Pressão de saída. 6Variação de pressão,
calculada por ∆p= |P2-P1|.7Densidade da água a 25ºC. 8Comprimento do tubo. 9Coeficiente de
Atrito, calculada pela fórmula (4). 10Número de Reynolds, calculada pela fórmula (5).

Tabela 3: Dados do experimento com o tubo de 3/4” Liso.


Dados do Ensaio
P2 ρágua L
D (m)1 Área (m)2 Vm (m/s)3 P1 (Pa)4 ∆p(Pa)6 f9 Re10
(Pa)5 (Kg/m^3)7 (m)8
0,01905 0,000285 1,699121 31382,4 29421 1961,4 997,0479 1,45 0,017904 36246,64
1 2 2 3
Diâmetro, calculado por D=(3/4”)*2,54/100. Área, calculada por A=π*R Velocidade Média,
.
calculada pela Vm=Q/A. 4Pressão de entrada medida. 5Pressão de saída. Variação de pressão,
6

calculada por ∆p= |P2-P1|.7Densidade da água a 25ºC. 8Comprimento do tubo. 9Coeficiente de


Atrito, calculada pela fórmula (4). 10Número de Reynolds, calculada pela fórmula (5).

A partir dos dados calculados e relacionados nas tabelas 01 e 02, houve um


aumento no coeficiente de atrito (f) devido as tubulações possuírem diâmetros,
velocidades e variações de pressões diferentes.
18

O número de Reynolds, define o tipo de escoamento que o fluido percorre na


tubulação, este é diretamente proporcional a velocidade, ou seja, quando maior
for a velocidade maior será o número de Reynolds, observa-se nas tabelas um
aumento considerável.

Tabela 4: Dados do experimento com o tubo de 3/4” Rugoso.


Dados do Ensaio
ρágua L
D (m)1 Área (m)2 Vm (m/s)3 P1 (Pa)4 P2 (Pa)5 ∆p(Pa)6 f9 Re10
(Kg/m^3) (m)8
7

0,01905 0,000285 1,699121 28440,3 27459,6 980,7 997,0479 1,45 0,008952 36246,64
1
Diâmetro, calculado por D=(3/4”)*2,54/100. 2Área, calculada por A=π*R2. 3Velocidade Média,
calculada pela Vm=Q/A. 4Pressão de entrada medida. 5Pressão de saída. 6Variação de pressão,
calculada por ∆p= |P2-P1|.7Densidade da água a 25ºC. 8Comprimento do tubo. 9Coeficiente de
Atrito, calculada pela fórmula (4). 10Número de Reynolds, calculada pela fórmula (5).

Nas tabelas 03 e 04, os tubos possuem o mesmo diâmetro, porém houve um


decréscimo significativo de aproximadamente 50% no coeficiente de atrito (f) e
na variação de pressão devido essas tubulações serem feitas de materiais
diferentes PVC liso e rugoso. O material rugoso dificulta a passagem do fluido.

O número de Reynolds se mantém inalterado, devido a vazão ser a mesma


para os dois tipos de tubos.

3.2 PERDA DE CARGA DISTRIBUÍDA - GRÁFICO DE MOODY

Nas tabelas 01, 02 e 03 serão apresentados os dados obtidos no ensaio para o


coeficiente de atrito através do gráfico de Moody (anexo 1).

Tabela 1: Dados do experimento com o tubo de 1/2” Liso.


Dados do Ensaio
Viscosida
de (ѵ) ε (pvc
D (m)1 Área2 Re3 Vm (m/s)4 ε/D7 f8
água rígido) (m)6
(m^2/s)5
0,893*10
0,0127 0,000127 54369,96 3,823022 ^-6 0,000005 0,000394 0,015500
1 2 2 3
Diâmetro, calculado por D=(1/2”)*2,54/100. Área, calculada por A=π*R Número de Reynolds,
.
calculada pela fórmula (5).4 Velocidade Média, calculada pela Vm=Q/A. Viscosidade da água a
5

25ºC.6Porosidade do tubo de PVC. 8Coeficiente de Atrito, calculada pela fórmula (4).

Tabela 2: Dados do experimento com o tubo de 3/4” Liso.


19

Dados do Ensaio
Viscosida
de (ѵ) ε (pvc
D (m)1 Área2 Re3 Vm (m/s)4 ε/D7 f8
água rígido) (m)6
(m^2/s)5
0,01905 0,000285 36246,64 1,699121 0,893.10-6 0,000005 0,000262 0,014800
1 2 2 3
Diâmetro, calculado por D=(3/4”)*2,54/100. Área, calculada por A=π*R Número de Reynolds,
.
calculada pela fórmula (5).4 Velocidade Média, calculada pela Vm=Q/A. Viscosidade da água a
5

25ºC.6Porosidade do tubo de PVC. 8Coeficiente de Atrito, calculada pela fórmula (4).

As tabelas 01 e 02 possuem a mesma característica de tubulação, liso, porém


os diâmetros são diferentes. Com isso, a velocidade com que o fluido flui pela
tubulação da tabela 01 será maior comparada a segunda, o coeficiente de atrito
(f) sofrerá pequena variação.

Tabela 3: Dados do experimento com o tubo de 3/4” Rugoso.


Dados do Ensaio
Viscosida
de (ѵ) ε (pvc
D (m)1 Área2 Re3 Vm (m/s)4 ε/D7 f8
água rígido) (m)6
(m^2/s)5
0,893*10
0,01905 0,000285 36246,64 1,699121 ^-6 0,000005 0,000262 0,014800
1
Diâmetro, calculado por D=(3/4”)*2,54/100. 2Área, calculada por A=π*R2. 3Número de Reynolds,
calculada pela fórmula (5).4 Velocidade Média, calculada pela Vm=Q/A. 5Viscosidade da água a
25ºC.6Porosidade do tubo de PVC. 8Coeficiente de Atrito, calculada pela fórmula (4).

Os dados apresentados nas tabelas 02 e 03 são para uma tubulação de


mesmo diâmetro, porém feitos de materiais diferentes PVC liso e rugoso.
Observa-se que os dados do coeficiente de atrito não sofrem alteração devido
a porosidade do tubo e o número de Reynolds serem os mesmos.

Não sabendo os valores que a literatura adota para os coeficientes de atrito,


não foi possível realizar a comparação com os dados experimentais obtidos.

3.3 PERDA DE CARGA LOCALIZADA

Nas tabelas 01, 02 e 03 serão apresentadas o coeficiente de perda de carga (k)


localizada para três diferentes acessórios da tubulação de 3/4” e compará-los
com a literatura.
20

Tabela 1: Dados do experimento com o Joelho de 90º.


Dados do Ensaio
h Q
2 A D Vm P1 P2 ∆p
tanqu t (s) (m^3/ Re7 K11
(m^2)3 (m) 5
(m/s) 6
(Pa) 8
(Pa) 9
(pa) 10
e (m)1 s)4

0,0002 0,0004 0,0190 1,6991 36246, 25498, 23536, 1,3627


6,33 9,63 85 84 5 21 64 2 8 1961,4 98
1
Altura do tanque, média aritmética. 2Tempo do ensaio, média aritmética. 3Área, calculada por
A=π*R2. 4Vazãocalculada por Q=volume/tempo. 5Diâmetro, calculado por D=(3/4”)*2,54/100 .
6
Velocidade Média, calculada pela Vm=Q/A. 7Número de Reynolds, calculada pela fórmula
(5).8Pressão de Entrada. 9Pressão de Saída. 10Varição de Pressão, calculada por ∆p= |P2-P1|.
11
Coeficiente de perda de carga localizada, calculada pela fórmula (4).

Tabela 2: Dados do experimento com a curva de 90º.


Dados do Ensaio
h Q ∆p
t A D Vm 7 P1 P2 (
tanqu 2 (m^3/s) Re (pa)1 K11
1 (s) (m^2)3 4 (m)5 (m/s)6 (Pa)8 Pa)9 0
e (m)
9,6 0,00028 0,00048 0,0190 1,69912 36246,6 23536, 22556, 980, 0,68139
6,33 3 5 4 5 1 4 8 1 7 9
1
Altura do tanque, média aritmética. 2Tempo do ensaio, média aritmética. 3Área, calculada por
A=π*R2. 4Vazãocalculada por Q=volume/tempo. 5Diâmetro, calculado por D=(3/4”)*2,54/100.
6
Velocidade Média, calculada pela Vm=Q/A. 7Número de Reynolds, calculada pela fórmula
(5).8Pressão de Entrada. 9Pressão de Saída. 10Varição de Pressão, calculada por ∆p= |P2-P1|.
11
Coeficiente de perda de carga localizada, calculada pela fórmula (4).

Tabela 3: Dados do experimento com União de PVC.


Dados do Ensaio
h Q
A D Vm P1 P2 ( ∆p
tanqu t (s)2 3 (m^3/ 5 6 Re7 8 9 K11
(m^2) (m) (m/s) (Pa) Pa) (pa)10
e (m)1 s)4

0,0002 0,0004 0,0190 1,6991 36246, 20594, 0,6813


6,33 9,63 85 84 5 21 64 7 19614 980,7 99
1
Altura do tanque, média aritmética. 2Tempo do ensaio, média aritmética. 3Área, calculada por
A=π*R2. 4Vazãocalculada por Q=volume/tempo. 5Diâmetro, calculado por D=(3/4”)*2,54/100.
6
Velocidade Média, calculada pela Vm=Q/A. 7Número de Reynolds, calculada pela fórmula
(5).8Pressão de Entrada. 9Pressão de Saída. 10Varição de Pressão, calculada por ∆p= |P2-P1|.
11
Coeficiente de perda de carga localizada, calculada pela fórmula (4).

Com os valores do coeficiente de perda de carga obtidos experimentalmente


são apresentados nas tabelas anteriores, foi possível comparar com a
literatura.

Na tabela 4 serão apresentados os valores obtidos, os valores da literatura e o


cálculo da discrepância (erro) entre esses dois dados.
21

Tabela 4: Dados experimentais e o encontrado na Literatura para o coeficiente


perde de carga localizada.
Acessórios k Literatura k calculado Erro (%)
Joelho 90º 1,2 1,362798 13,57
Curva 90º 0,6 0,681399 13,57
União PVC 0,1 0,681399 581,40

Os dados obtidos não foram satisfatórios ao comparado com a literatura devido


os acessórios estarem em sequência e a falta de calibração do equipamento de
medição da pressão (manômetro) antes do início do ensaio.

Curva Cf x Re Tubo 1/2" Liso


0.001380
0.001370
Coeficiente de atrto(Cf)

0.001360
0.001350
0.001340
0.001330
0.001320
0.001310
0.001300
0.001290
50457.97 51408.28 50878.62 50914.95
Reynolds(Re)

Com os dados das tabelas 1, 2 e 3 plotou-se os gráficos 1 e 2, que


correlacionam o coeficiente de atrito e o Reynolds para os diferentes tipos de
tubos.

Gráfico 1 – Relação entre coeficiente de atrito e número de Reynolds no tubo 1/2" liso.

No gráfico 1 representa a comparação do coeficiente de atrito (Cf) com o


número de Reynolds (Re) no tubo 1/2” liso, quanto maior o coeficiente de atrito
menor é o número de Reynolds, pois são inversamente proporcionais. O valor
calculado (Tabela 3) com Cf apresentado na literatura pelo gráfico de Moody
(Anexo 1), obteve-se uma discordância de dados bem maior do que no tubo
rugoso de 3/4” com erro de 91,32%.

No gráfico 2 o coeficiente de atrito (Cf) comparado ao número de Reynolds


(Re) no tubo 3/4” liso, demonstra o aumento de Re 35885,17 para 36561,02 e
22

o decréscimo do Cf. Com o decréscimo de Re 36561,02 para 36184,33 houve


um aumento de Cf ou seja também são inversamente proporcionais. O valor
de Cf calculado (tabela 2) com Cf apresentado na literatura pelo gráfico de
Moody (Anexo 1) houve uma discordância considerável com relação ao rugoso
com erro de 20,28%.

Curva Cf x Re Tubo 3/4" Liso


0.018200
0.018000
Coeficiente de atrito(Cf)

0.017800
0.017600

0.017400
0.017200

0.017000
35885.17 36561.02 36184.33 36210.18

Reynolds(Re)

Gráfico 2 – Relação entre coeficiente de atrito e número de Reynolds (Re) tubo 3/4” liso.

O gráfico 3 compara o coeficiente de atrito (Cf) com o número de Reynolds (Re) no tubo
3/4” Rugoso. O aumento de Re 35885,17 para 36561,02 é notável o decréscimo do Cf.
Com o decréscimo de Re 36561,02 para 36184,33 houve um aumento de Cf, ou seja,
são inversamente proporcionais. O valor de Cf calculado (Tabela 3) com o Cf obtido na
literatura pelo gráfico de Moody (Anexo 1), houve uma discordância de dados com um
erro de 39,85%.

Curva Cf x Re Tubo 3/4" Rugoso


0.009100
Coeficiente de atrito (Cf)

0.009000

0.008900

0.008800

0.008700

0.008600

0.008500
35885.17 36561.02 36184.33 36210.18
Reynolds (Re)
23

Gráfico 3 – Relação entre coeficiente de atrito e número de Reynolds no tubo 3/4” rugoso.

5 CONCLUSÃO

A determinação do fator de perda de carga localizada e do fator de atrito distribuído


depende de diversos fatores, como velocidade, da rugosidade do tubo, diâmetro do tubo,
já que o atrito presente no tubo atrapalha o escoamento do fluido.

O tipo de fluido que será escoado no tubo também interfere, pois, a viscosidade entra
diretamente nos cálculos do fator perda de carga.

Esta pratica é de suma importância na determinação dos fatores de perda de carga


distribuída e localizada em tubulações de diferentes materiais. Executando os cálculos e
comparando os resultados da literatura com os práticos, mesmo com resultados
discrepantes, foi possível verificar os efeitos de um acessório na perda de carga de um
sistema hidráulico, que atua diretamente modificando a velocidade e pressão desse
sistema.
Pode-se concluir que não somente a extensão da tubulação, o diâmetro, a velocidade de
circulação e a rugosidade causam perda de carga dos fluidos, e sim qualquer que seja o
acessório que perturbe a velocidade de circulação do fluido. Portanto, o aumento ou
diminuição de turbulência, as mudanças de direção e variação de velocidade propiciam
também uma perda de carga.
Os ensaios realizados nos equipamentos e acessórios de medição, não obteve-se
resultados coerentes, principalmente nas medidas da pressão por falta de calibração do
manômetro, o que pode ter prejudicado os resultados.
24

6 REFERÊNCIAS

BAPTISTA, M. B., COELHO M. M. L., CIRILO, J. A. (Org). Hidráulica Aplicada. 2. Ed.


Ver. E ampl. Porto Alegre: ABRH, 2001.

BOMBARDELLI, F. A., GARCÍA, M. H. (2003). “Hydraulic Design of LargeDiameter


Pipes.” J. Hydraul. Eng., 129(11), 839-846.

BRUNETT, Franco. “Mecânica dos Fluidos”. São Paulo. 2 ed. rev. Pearson
Prentice Hall. 2008.

FOX, R. W., MCDONALD, A. T.,PRITCHARD, P.J. Introdução á Mecânica


dos Fluidos. Rio de Janeiro: LTC, 2010.

GOMES, H. P. Sistemas de Abastecimento de Água: dimensionamento


econômico e operação de redes elevatórias. 3. Ed. João Pessoa: Editora
Universitária UFPB, 2004.

ÇENGEL, Y.A., CIMBALA, J.M.; Mecânica dos Fluidos, Fundamentos e


Aplicações,1o ed. São Paulo: Editora McGraw-Hill, 2007.

<http://www.esalq.usp.br/departamentos/leb/disciplinas/Fernando/leb472/Aula
7/Perda_de_carga_Manuel%20Barral.pdf>, acesso em 23/03/17.
White, F, Mecânica dos Fluidos, 4a Edição, Mc GrawHill, RJ, 1991. [2]
Streeter V.L. Mecânica dos fluidos, 1974
<www.dec.ufcg.edu.br/saneamento/Agua02.html >, acesso em 28/03/17.
25

ANEXO I

Diagrama de Moody
26

ANEXO II
Tabela de perda de carga localizadas.

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