Outro Evangelho PDF
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EvAnGeLhO
Arthur W. Pink
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o evangelho de satanás: imitação
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1:6,7). Esse falso evangelho estava sendo
anunciado já nos dias do apóstolo, e uma
terrível maldição foi invocada sobre
aqueles que o pregavam. O apóstolo
continua: "Mas, ainda que nós mesmos
ou um anjo do céu vos anuncie outro
evangelho além do que já vos tenho
anunciado, seja anátema". Com a ajuda
de Deus, vamos esforçar-nos para expor,
ou melhor, explicar, esse falso evangelho.
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e congenial que não se sinta a ausência
de Cristo nele e Deus não seja necessário.
Ele se esforça para fazer com que o
homem se ocupe tanto com este mundo
que não tenha tempo ou inclinação para
pensar no mundo por vir. Ele propaga os
princípios do sacrifício próprio, do amor
e da benevolência, e nos ensina a viver
para o bem dos outros, e a sermos bon-
dosos para todos. Ele apela fortemente
para a mente carnal e é popular entre as
massas, porque desdenha os graves fatos
de que por natureza o homem é uma cria-
tura decaída, alienada da vida de Deus e
morta em ofensas e pecados, e que a sua
única esperança está em nascer de novo.
Em contradistinção ao evangelho de
Cristo, o evangelho de satanás ensina a
salvação pelas obras. Ele inculca a justi-
ficação diante de Deus com base nos
méritos humanos. Sua frase sacramental
é: "Seja bom e faça o bem"; porém não re-
conhece que na carne não habita bem algum.
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Ele anuncia a salvação pelo caráter, o
que inverte a ordem da Palavra de Deus
- o caráter como fruto da salvação, não
a salvação como fruto do caráter. Suas
diversas ramificações e organizações são
multiformes. Temperança, movimentos
de reforma, "Ligas Socialistas Cristãs",
sociedades de cultura ética, "Congressos
da Paz", sistemas de albergue são em-
pregados (talvez inconscientemente) na
proclamação deste evangelho de satanás
- salvação pelas obras. O cartão de
compromisso substitui Cristo; a pureza
social toma o lugar da regeneração, e a
política e a filosofia substituem a dou-
trina e a vida piedosa. O cultivo do velho
homem é considerado mais "prático" que
a criação de um novo homem em Cristo
Jesus; enquanto isso, a paz universal é
procurada à parte da interposição e da
volta do Príncipe da Paz.
Apóstolos
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brancas, mas, na maior parte, são ministros
ordenados. Milhares dos que ocupam os
nossos púlpitos modernos não estão mais
engaj ados em apresentar os pontos
fundamen tais da fé cristã, porém se
afastaram da verdade e deram ouvidos a
fábulas. Em vez de exporem a gigantesca
enormidade do pecado e suas conseqüên-
cias eternas, eles o diminuem, declarando
que pecado é mera ignorância ou ausência
do bem. Em vez de exortarem seus ouvin-
tes a "fugirem da ira futura", fazem de
Deus um mentiroso, declarando que Ele
é amoroso e misericordioso demais para
enviar qualquer das Suas criaturas ao
tormento eterno. Em vez de declararem
que "sem derramamento de sangue não
há remissão", eles apenas apresen tam Cristo
como o grande Exemplo, e exortam os
seus ouvintes a "seguirem Seus passos". A
respeito deles é preciso dizer: "Porquanto,
não conhecendo a justiça de Deus, e
procurando estabelecer a sua própria
justiça, não se sujeitaram à justiça de
Deus" (Romanos 10:3). Sua mensagem
pode soar muito plausível e seu objetivo
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pode parecer muito digno de louvor,
contudo, lemos a respeito deles - "Porque
tais falsos apóstolos são obreiros
fraud ulen tos, transfigurando-se em
apóstolos de Cristo. E não é maravilha,
porque o próprio satanás se transfigura
em anjo de luz. Não é muito, pois, que
os seus ministros se transfigurem em mi-
nistros da justiça; o fim dos quais será
conforme as suas obras" (2 Coríntios 11:
13-15).
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púlpito e não é lida no banco. As exigências
desta época apressada são tantas que as
multidões têm pouco tempo, e ainda menos
inclinação, para preparar-se para o encon-
tro com Deus. Daí, a maioria, indolente
demais para examinar pessoalmente as
coisas, é deixada à mercê daqueles que
são pagos para as examinarem por eles,
muitos dos quais traem sua confiança
estudando e expondo programas econô-
mICOS e SOCIaIS em lugar dos oráculos
de Deus.
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da terminologia religiosa, às vezes recorre
à Bíblia em busca de apoio (sempre que
SIrva a seu propósito), apresenta aos
homens altos ideais e é proclamado por
pessoas formadas em instituições teo-
lógicas - em virtude disso, multidões
incontáveis são seduzidas e enganadas
por ele.
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Ele anuncia que Deus é o Pai espiritual
de todos os homens, quando as Escrituras
nos dizem claramente que nós somos
"filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus"
(Gálatas 3:26), e que "a tantos quantos o
receberam, deu-lhes o poder de serem
feitos filhos de Deus, aos que crêem no
seu nome" (João 1: 12). Além disso, Ele
declara que Deus é por demais miseri-
cordioso para enviar sequer um membro
da raça humana para o inferno, quando o
próprio Deus diz: "Aquele que não foi
achado no livro da vida foi lançado no
lago de fogo" (Apocalipse 20:15). Ainda
mais: satanás não seria tolo de ignorar
a figura central da história humana - o
Senhor Jesus Cristo; ao contrário, o seu
evangelho O reconhece como o melhor
homem que já viveu na terra. É chamada
a atenção para os Seus atos de compaixão
e para as Suas obras de misericórdia, para
a beleza do Seu caráter e para a sublimi-
dade do Seu ensino. Sua vida é elogiada,
porém a Sua morte vicária é ignorada; a
obra expiatória da cruz, obra da máxima
importância, nunca é mencionada, ao
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passo que a Sua triunfante ressurreição
corporal do túmulo é considerada como
uma das credulidades de uma era supers-
ticiosa. É um evangelho sem sangue, e ele
apresenta um Cristo sem a cruz, recebido
não como Deus que Se manifestou em
carne, mas apenas como o homem ideal.
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mais nobre", é dada uma plataforma
sobre a qual pessoas de todos os matizes
de opinião podem unir-se e proclamar
esta mensagem que lhes é comum.
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se recomenda à mente carnal e às multi-
dões de iludidos atuais. A ilusão do diabo
é que podemos salvar-nos diante de Deus
por nossas obras e justificar-nos diante
de Deus por nossos feitos; ao passo que
Deus nos diz em Sua Palavra - "Pela graça
sois salvos, por meio da fé, e isto não vem
de vós, é dom de Deus. Não vem das obras,
para que ninguém se glorie". E mais: "Não
pelas obras que houvéssemos feito, mas
segundo a sua misericórdia, nos salvou
pela lavagem da regeneração e da renova-
ção pelo Espírito Santo" (Efésios 2:8,9;
Tito 3:5).
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concepção da obra realizada por Cristo
em favor dos pecadores. Por algum tempo
procuramos apresentar-lhe o plano de
salvação de maneira simples e impessoal
e a incentivar o nosso amigo a estudar
pessoalmente a Palavra, na esperança de
que, se ele ainda não fora salvo, agradasse
a Deus revelar-lhe o Salvador de quem
ele necessitava. Certa noite, para nossa
alegria, aquele que estivera pregando o
evangelho (1) durante sete anos confessou
que só se encontrara com Cristo na noite
anterior. Ele reconheceu (para usar suas
próprias palavras) que estivera apresen-
tando "o Cristo Ideal", mas não o Cristo
da cruz. Este escritor acredita que há
milhares como aquele pregador, os quais,
talvez criados na Escola Dominical e
instruídos sobre o nascimento, a vida e
os ensinos do Senhor Jesus Cristo, crêem
na historicidade da Sua Pessoa, esforçam-
-se espasmodicamente para praticar
todos os Seus preceitos, e pensam que
isso é tudo o que é necessário para a sua
salvação.
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Muitas vezes, quando tais "crentes"
chegam à maturidade e saem para o mundo,
deparam com os ataques dos ateus e dos
livre-pensadores, e lhes é di to que tal
pessoa, conhecida como Jesus de Nazaré,
nunca viveu. No entanto, a impressão dos
primeiros tempos não pode ser apagada
facilmente, e eles permanecem firmes em
sua declaração de que "crêem em Jesus
Cristo". Contudo, quando sua fé é
examinada, muito freqüentemente só se
vê que, embora creiam em muitas coisas
sobre Jesus Cristo, não crêem realmente
nEle. Eles acreditam com a cabeça que tal
pessoa viveu (e, desde que acreditam nisso,
imaginam que, portanto, estão salvos),
mas nunca depuseram as armas da sua
guerra contra Ele, rendendo-se a Ele, nem
creram verdadeiramente nEle de coração.
A simples aceitação de uma doutrina
ortodoxa concernente à Pessoa de Cristo,
sem que o coração seja conquistado por
Ele e sem que sua vida Lhe seja dedi-
cada, constitui outra fase daquele caminho
"que ao homem parece direito", mas cujo
fim "são os caminhos da morte", ou,
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noutras palavras, constitui outro aspecto
do evangelho de satanás.
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esse passo os habilita a tornar-se cristãos,
estão no caminho cujo fim é a morte -
morte espiritual e eterna. Por mais puros
que sejam os nossos motivos, por mais
bem intencionados que sejam os nossos
propósitos, por mais sinceros que sejam
os nossos esforços, Deus não nos aceitará
como Seus filhos enquanto não aceitar-
mos Seu Filho.
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Espírito pela qual Ele faz com que o
coração fique contrito diante de Deus. Uni-
camen te o coração quebrantado pode crer
salvadoramente no Senhor Jesus Cristo.
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de Cristo", é uma pessoa iludida pelo
diabo.
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é, pois, descobrir onde realmente estamos;
examinar-nos e ver se estamos na fé;
avaliar-nos pela Palavra de Deus e ver se
estamos sendo enganados pelo nosso
astu to inimigo; verificar se estamos
edificando nossa casa sobre a areia, ou se
ela está erigida sobre a Rocha, que é
Cristo Jesus. Queira o Espírito San to
sondar os nossos corações, quebrar as
nossas vontades, eliminar a nossa inimi-
zade contra Deus, operar em nós um
profundo e verdadeiro arrependimento,
e dirigir o nosso olhar ao Cordeiro de
Deus, que tira o pecado do mundo.
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"A. W. Pink foi consagrado como pastor de
uma igreja em Silverton, Colorado, E.UA, em
1901. Posteriormente ministrou a Palavra de
Deus em três continentes, mas, segundo as
opiniões populares da época, pouco realizou.
Quando faleceu em 1952, no norte da Escócia,
ele era quase desconhecido entre os evan-
gélicos. No entanto, hoje, trinta anos depois
(1982), ele se tornou uma influência mundial,
contribuindo muito para uma fé e vida cristã
marcadas por bastante seriedade."
Transcrito da contra capa do livro de Pink
intitulado, Os Atributos de Deus. Tradução
de Odayr Olivett~ Publicações Evangélicas
Selecionadas (PESi Primeira Edição: /985
"A candente, vigorosa e bíblica mensagem
deste opúsculo é absolutamente válida e atual
nos ambientes evangélicos, semi-evangélicos,
para-evangélicos e satanicamente "evangéli-
cos" atuais." - Odayr Olivetti.