Traçagem e Caldeiraria Básica (Apostila)
Traçagem e Caldeiraria Básica (Apostila)
Traçagem e Caldeiraria Básica (Apostila)
e Caldeiraria Básica
CM 107/OT 203 - TRAÇAGEM E
CALDEIRARIA BÁSICA
APRESENTAÇÃO
ÍNDICE
CAPÍTULO 1: PERFIS
RESUMO
1.0 - INTRODUÇÃO
Dimensão Descrição
d altura do perfil
3.0 - PERFIL LAMINADO
bf largura da mesa
tw espessura da alma
Perfis laminados são aqueles fabricados a
tf espessura da mesa quente nas usinas siderúrgicas e são os mais adequados
h altura da alma para utilização em peças e estruturas metálicas, pois
ec espessura do cordão de solda dispensam a fabricação "artesanal" dos perfis soldados
Figura 3 - Características geométricas dos perfis. ou dos perfis formados a frio.
A sua fabricação segue o mesmo processo
Em função dessas características, os perfis são utilizado para os produtos laminados planos, com o
classificados em séries, sendo os mais empregados: material proveniente do lingotamento contínuo
entrando diretamente para a perfilação, na qual
a) Série VS (vigas soldadas): perfis laminadores com cilindros conformadores vão
soldados para vigas, com 2 < d/bf <= 4; esboçando os perfis por meio de uma sucessão de
passes, com um laminador de acabamento dando a
conformação final ao perfil.
Os perfis H, I, U, são produzidos em grupos,
sendo os elementos de cada altura constante e largura
de abas variável, paralelas (padrão europeu) ou
inclinadas (padrão americano). A variação da largura
se obtém aumentando o espaçamento entre os rolos
laminadores de maneira que a espessura da alma tem
variação igual à da largura das abas.
Os perfis L (cantoneiras) são formados por
duas abas perpendiculares entre si, as quais podem ser
Figura 4 – Perfil VS. fabricadas com diversas espessuras. Existem
b) Série CS (colunas soldadas): :perfis cantoneiras com abas iguais ou desiguais.
soldados para pilares, com d/bf = 1. A oferta de perfis laminados de padrão
americano (abas inclinadas) fabricados no Brasil está
bastante restrita, sendo que os principais fabricantes já
não os produzem mais (a CSN já não os fabrica desde
1995). Desta forma, esses perfis devem ser importados
e possuem alturas que variam de 75 a 150 mm.
Por outro lado, podem ser encontrados
comercialmente (fabricados pela Açominas, por
exemplo), as cantoneiras de abas iguais, perfil “I” e
perfil “U”, com bitolas variando de 150 a 610 mm, em
aço que seguem a norma ASTM A-36 (abas paralelas)
As figuras 7 a 15 apresentam exemplos dos
Figura 5 – Perfil CS. citados perfis.
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Capítulo 1: Perfis - 2
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CAPÍTULO 2: DOBRAMENTO
O ângulo de dobra é determinado pelo curso abertura de matriz, maior a força necessária para
do punção regulado diretamente na prensa. executar o dobramento.
A força necessária para se proceder ao
dobramento é função da largura do material a ser A figura 12 mostra diferentes tipos de dobra,
dobrado (comprimento de dobra) e da abertura da feitos a partir da seleção de punções e matrizes
matriz. Quanto maior o comprimento de dobra e menor correspondentes.
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Capítulo 2: Dobramento - 8
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CAPÍTULO 3: CURVAMENTO
1.0 - INTRODUÇÃO
2.0 - CURVAMENTO
Figura 26 – Cilindros.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
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Capítulo 3: Curvamento - 15
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RESUMO
1.0 - INTRODUÇÃO
2.0 - PERÍMETRO
Figura 2 – Medição do comprimento.
Muitas vezes define-se o perímetro como
sendo a soma da medida dos lados de uma figura
geométrica qualquer. No entanto, este conceito é falho
se for considerado o perímetro de uma circunferência
ou de uma curva qualquer.
Uma definição mais adequada é que o
perímetro é a medida do comprimento do contorno de
Figura 3 – Comprimento e diâmetro da
uma determinada figura.
circunferência.
Note-se que, tal definição, é aplicável a
qualquer situação, como a medida do contorno de um
O interessante de se notar é que não importa o
tubo, um perfil ou de uma chapa de aço, por exemplo.
comprimento da circunferência, pois sempre que ele
No caso de peças circulares, o comprimento
for dividido pelo diâmetro, o resultado é o mesmo (ou
de sua circunferência pode ser determinado por um
seja, aproximadamente, 3,14)
procedimento experimental, ou seja, contornando-a
Desta forma, sendo L o comprimento da
com um pedaço de barbante, como mostra a figura 1.
circunferência e D, o seu diâmetro, tem-se:
Após isto, estica-se o barbante e mede-se o
comprimento obtido como ilustra a figura 2. L
Naturalmente, nesta situação, determinou- 3,14 (1)
se, experimentalmente, o comprimento da D
circunferência, ou seja, o seu perímetro.
Observe-se que, se o comprimento obtido O valor encontrado, como se disse, é
(55,6 cm) for dividido pelo diâmetro da circunferência aproximado e possui um número infinito de casas
(17,7 cm), obtêm-se, aproximadamente, o número decimais (número irracional) e é representado pela
3,14. letra grega , onde:
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Capítulo 4: Comprimento de Peças Dobradas ou Curvadas - 16
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3,14
Por outro lado, sabe-se que o diâmetro D da
circunferência e o seu raio r se relacionam por:
D = 2R (3)
Então:
L=2 R (4)
Observa-se que, em algumas peças dobradas,
podem existir apenas partes de um circulo, ou seja , um Figura 5 – Raio de ruptura [1].
setor circular. De acordo com [1], para a determinação do
raio mínimo (Rmin), costuma-se utilizar a relação:
50e e
Rmin = - (6)
Al % 2
Onde:
e – espessura da chapa;
Al% - Alongamento porcentual admissível da chapa.
Figura 4 – Setor circular. Por exemplo, o raio de dobramento mínimo
para uma chapa de aço inox 304 com 1,5 mm de
O comprimento do setor circular entre os espessura e alongamento garantido de 60% é de:
pontos AB da figura 4 é calculado por:
Onde f = 0,65
Assim, de (7), o comprimento desenvolvido da
f é o fator de correção da espessura dado em função
região dobrada é:
da relação entre o raio de dobramento (Rmin) e a
espessura da chapa (e), conforme mostra a tabela
1: Ldobra = 0,0175 x 90 (2,5 + 1,5 x 0,65)
Exercício de fixação
Determine o comprimento desenvolvido de uma
chapa de aço inox 304 com alongamento
garantido de 37,5 %, que será empregada para
fabricar o perfil U da figura a seguir:
Solução:
BC = c + 2 x e (9)
Ou:
L=c+2xd (12)
Exercício de fixação
Determine o comprimento desenvolvido de uma
chapa de aço inox 304 com alongamento
garantido de 37,5 %, que será empregada para
fabricar o perfil U da figura a seguir:
L = Dmed (14)
Exercício de fixação
Solução: Determine o comprimento desenvolvido de um
anel de aço como o mostrado na figura a seguir.
De (12) tem-se:
L = 40 + 2 x 25,5
L = 91 mm
Note-se que o perfil apresentado é exatamente
o mesmo do exercício anterior e, comparando-se
os cálculos do comprimento desenvolvido,
verifica-se que os resultados são muito próximos.
Se o valor do fator de correção da espessura f
utilizado fosse 0,66, e não 0,65, os resultados
seriam idênticos.
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Capítulo 4: Comprimento de Peças Dobradas ou Curvadas - 20
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1.0 - INTRODUÇÃO
c 2 = 40 2 + 30 2 = 2500
Portanto, a hipotenusa c é:
Figura 4 – Triângulo retângulo e dimensões
c = 2500 = 50
Da figura tem-se que:
2) Uma torre vertical é presa por cabos de aço ____ ____
fixos no chão, em um terreno plano a) Hipotenusa: CB , cuja medida é m( CB ) = a;
horizontal, conforme mostra a figura. Se o ____ ____ ____
ponto A está a 15 m da base B da torre e o b) Catetos: AC com medida m ( AC ) = b e AB ,
ponto C está a 20 m de altura, calcule o ____
comprimento do cabo AC. com medida m( AB ) = c;
c) Ângulos: Â , B̂ e Ĉ
Tomando por base os elementos desse
triângulo, podemos definir as seguintes razões
trigonométricas:
AC 2 = 15 2 + 20 2
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Capítulo 5: Noções Básicas Sobre Trigonometria - 22
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Assim:
Assim:
Assim:
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Capítulo 5: Noções Básicas Sobre Trigonometria - 23
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sen2 + cos2 = 1
e) As razões trigonométricas de 30º, 45º e 60º são:
sen cos tg
30º
45º
60º
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Capítulo 5: Noções Básicas Sobre Trigonometria - 24
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CAPÍTULO 6: TRAÇAGEM
RESUMO
1.0 - INTRODUÇÃO
Figura 1 – Traçagem.
Figura 7 – Graminho
Figura 5 - Referências
Figura 9 – Riscador.
Figura 14 – Punções.
Figura 10 – Suta.
Figura 15 - Calços em V.
Figura 16 – Cantoneira.
Figura 12 – Esquadro de centrar.
Para cada etapa da traçagem, um desses Para auxiliar na traçagem usa-se régua,
instrumentos, ou grupo, é usado. esquadros de base, o esquadro de centrar, a suta,
Desta forma, para apoiar a peça, usa-se a mesa tampões, gabaritos.
de traçagem ou desempeno.
Observa-se que, para o traçado tornar-se mais qualquer tipo de sujeira, tais como pó,
nítido, as superfícies das peças devem ser pintadas graxa, óleo. Além disto, a peça deve ter
com soluções corantes. O tipo de solução depende da sido previamente rebarbada;
superfície do material e do controle do traçado. A b) Preparação da superfície com o
tabela 1 resume as informações sobre tais soluções. material adequado, ou seja, aplicação
de uma pintura especial que permita
Substância Composição Superfícies Traçado visualizar os traços do riscador;
Goma-laca, Lisas ou c) Posicionamento da peça sobre a
Verniz Rigoroso
álcool, anilina polidas superfície. Se ela não possuir uma
Solução de Alvaiade, água ou Sem superfície usinada, que se possa tomar
Em bruto
alvaiade álcool rigor como plano de referência, ela deve ser
Gesso, água, cola
posicionada com o auxílio de calços,
Gesso comum de Sem
diluído madeira, óleo de
Em bruto
rigor macacos e/ou cunhas;
linhaça, secante d) Preparação do graminho na medida
Gesso comum Pouco correta, se for necessário utilizá-lo;
Gesso seco Em bruto e) Traçagem, fazendo um traço fino,
(giz) rigorosa
Preparada nítido, em um único sentido, ou seja,
Tinta Lisas Rigoroso
comercialmente de uma vez só. Se os traços forem
Tinta negra Preparada De metais paralelos à superfície de referência,
Qualquer
especial comercialmente claros basta usar o graminho ou calibrador
Tabela 1 – Soluções para traçado. traçador;
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Capítulo 6: Traçagem - 30
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1.0 - INTRODUÇÃO
Construção
Com uma abertura qualquer, centrar o
compasso no ponto P e marcar dois pontos (1 e 2) na
reta r. Com uma abertura qualquer, centrar o compasso
nos pontos 1 e 2 e traçar dois arcos que se interceptam
no ponto 3. A reta que passa pelo ponto P e pelo ponto 3.0 - TRAÇADO DE RETAS PERPENDICULARES
3 é a reta procurada. COM PAR DE ESQUADROS
Construção
Colocar o esquadro de 45º com o maior lado
(hipotenusa) encostado em reta dada r.
Encostar o esquadro de 60º no esquadro de
45º. O esquadro de 60º é fixo e não deve se mover.
Girar o esquadro de 45º e encostá-lo no
esquadro fixo, de forma que o maior lado (hipotenusa)
fique “em pé”, isto é, esse lado do esquadro fique
perpendicular a r.
Escorregar o esquadro de 45º sobre o esquadro
fixo, até que a hipotenusa (já na posição perpendicular)
passe por cima do ponto P (não importa se P está ou
não em r). Traçar a reta perpendicular a r passando por
P (reta s).
3º caso: A perpendicular passa na extremidade de um
segmento de reta AB.
Construção
Com a ponta seca do compasso em A e qualquer
abertura, traçar o arco CD. Continuando com a mesma
abertura do compasso e a ponta seca em D, traçar o
arco E. Com a ponta seca em E (e mesma abertura do
compasso) traçar o arco F. Ainda com mesma abertura
do compasso e ponta seca em E e depois em F, traçar
dois arcos acima que se cruzem no ponto G. A linha
que une o ponto C ao ponto A é a perpendicular
procurada.
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Capítulo 7: Traçados – Parte I: Construções Geométricas Básicas - 32
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1o Processo
Para traçar a reta s que passe pelo ponto P e 4.2 - Paralela Passa a Determinada Distância da
seja paralela à reta r tem-se o seguinte procedimento: Reta Dada
Construção
Construção Marcar na reta r dois pontos auxiliares
Com uma abertura qualquer, centrar o distintos quaisquer (1 e 2). Em cada ponto, traçar uma
compasso no ponto P e traçar um arco que determine reta perpendicular a r.
na reta r o ponto auxiliar 1. Com a mesma abertura, Nas perpendiculares, a partir de r, marcar para
centrar o compasso no ponto 1 e traçar um arco que os dois lados a distância desejada, obtendo os pontos 3,
determine em r o ponto auxiliar 2. Abrir o compasso 4, 5 e 6. As retas que passam por 3 e 5 e por 4 e 6 são
com medida igual à distância de 2 a P. Transportar essa as paralelas r’ e r” procuradas.
medida para o outro arco, a partir do ponto 1, obtendo-
se, assim, o ponto 3. A reta que passa pelos pontos P e
3 é a reta s procurada.
2o Processo
Construção
Marcar um ponto O (centro) em qualquer
lugar da reta r. Centrar o compasso em O e, com
abertura até o ponto P, traçar um arco, que determinará
na reta r dois pontos auxiliares (1 e 2). Com o auxílio
do compasso, transportar a distância 1P para o outro
arco, a partir do ponto 2, obtendo-se o ponto 3. A reta
que passa pelos pontos P e 3 é a reta s procurada.
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Capítulo 7: Traçados – Parte I: Construções Geométricas Básicas - 33
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Construção
Colocar o esquadro de 45º com o maior lado
(hipotenusa) encostado em r.
Encostar o esquadro de 60º no esquadro de
45º. O esquadro de 60º é fixo e não vai mais se mover.
Arrastar o esquadro de 45º sobre o esquadro
fixo. A hipotenusa do esquadro de 45º dá origem à
paralela.
Arrastar o esquadro até o ponto P e trace a reta
s paralela a r.
Construção
Do ponto A conduz.-se uma semi-reta
qualquer r e nesta marcam-se, com compasso, a partir
de A, e com comprimento qualquer, as divisões
desejadas, por exemplo, 7.
Liga-se a última divisão (7) com a
extremidade B do segmento.
Pelos pontos 6, 5, etc, traçam-se outras
paralelas ao segmento 7-B.
Construção
Com uma abertura maior do que a metade de 8.0 - TRAÇADO DE RETAS OBLÍQUAS
AB, centrar o compasso numa das extremidades do
segmento e traçar um arco. Repetir o processo na outra Retas oblíquas são aquelas que interceptam-se
extremidade de AB, traçando-se outro arco com a formando ângulos diferentes de 90o
mesma abertura. A intersecção dos dois arcos resulta Para traçar uma reta s, oblíqua a r no ponto P,
nos pontos auxiliares 1 e 2. A reta que passa pelos formando, por exemplo, um ângulo de 60o, tem-se o
pontos 1 e 2 é a mediatriz procurada. seguinte procedimento:
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Capítulo 7: Traçados – Parte I: Construções Geométricas Básicas - 34
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Construção Construção
Traçar um arco qualquer de centro P. Com o Com a ponta seca do compasso no vértice do
compasso, transportar a medida do raio para o arco, angulo dado, traçar um arco que corte seus dois lados
determinando o ponto auxiliar 1. A reta que passa pelos nos pontos E e F. Depois, com a ponta seca na
pontos P e 1 é a reta s procurada. extremidade A da reta (sem mudar a abertura do
compasso) traçar outro arco. Em seguida, com abertura
EF e ponta seca em E, traçar outro arco que corte o
primeiro no ponto F.
Ligando-se o ponto A da extremidade da reta
com F, obtém-se outro angulo igual ao primeiro.
9.4 – Divisão de Ângulo em Três Partes Iguais arcos, um centrado em A e outro centrado em B. O
ponto de intersecção dos arcos é o ponto C. Ligando-se
Sendo ABC um determinado ângulo e X o seu os pontos AB, BC e CA, tem-se um triângulo que é
vértice do ângulo, tem-se que para dividi-lo em três eqüilátero.
partes iguais, emprega-se a seguinte
Construção
Centrar em X e com uma abertura qualquer do
compasso traçar o arco DE. Em seguida, com a mesma
abertura, centrar em E e traçar um arco marcando o
ponto G. Centrar em D com mesma abertura e marcar o
ponto H. Ligando X com G e X com H o ângulo reto
fica dividido em três partes iguais.
11.0 - CIRCUNFERÊNCIAS
Construção
Traçar a circunferência e marcar nela o ponto
X. Ligar o ponto O (centro da circunferência) ao ponto
X.
Centrar o compasso em X e traçar um arco
marcando o ponto 1. Centrar em 1 e com a mesma
9.5 – Divisão de Ângulo em Quatro Partes Iguais
abertura do compasso marcar o ponto 2. Centrar em 2 e
marcar o ponto 3. Centrar em 3 e depois em 2 e traçar
Construção
dois arcos que se cruzem no ponto 4.
O procedimento é muito simples. Basta
A linha que liga 4 com X é a tangente
determinar a bissetriz do ângulo dado e as bissetrizes
desejada.
dos dois novos ângulos.
centro da circunferência que passa pelos pontos dados Ligar A com C e A com D. Ligar B com C e B
anteriormente. com D, formando o quadrado dentro da circunferência .
Construção
Traçada a circunferência, traçar também a 11.5 – Processo Geral Para a Divisão da
linha AB. Depois, centrar o compasso em B e com Circunferência em Partes Iguais
abertura igual a B1, traçar o arco CD. Ligar A com C e
A com D. Finalmente, ligar D com C, formando assim O processo geral é exemplificado a seguir para
o triângulo. a divisão da circunferência em sete partes iguais, mas,
naturalmente, é válido para qualquer divisão desejada.
Construção
Traçar a circunferência e também os
diâmetros 1C e AB, prolongando um pouco para além
da circunferência a linha de diâmetro AB. Depois, ao
lado do diâmetro 1C, traçar outra linha formando um
angulo qualquer. Abrir o compasso com uma medida
qualquer e marcar na linha inclinada tantas vezes
quantas se quer dividir a circunferência (no caso 7
vezes).
Continuando, com o auxilio da régua e
esquadro, ligar 7 a C, e mantendo a mesma inclinação,
ligar os outros números à linha de centro e marcar
nessa linha apenas o número 2. Abrir o compasso com
medida igual a 1C, centrar em C e traçar um arco que
corte o prolongamento do diâmetro AB. Centrar em 1 e
traçar outro arco que corte o primeiro, marcando o
ponto D.
Ligar D ao ponto 2 do diâmetro vertical e
prolongar até tocar a circunferência, marcando o ponto
11.4 – Divisão da Circunferência em Quatro Partes 2'.
Iguais A distancia 1-2' é uma das partes que dividirá
em 7 partes iguais. Atenção: sejam quantas forem as
Construção partes em que se queira dividir a circunferência, a linha
Traçada a circunferência, traçar também as que parte de D deverá sempre passar pelo ponto 2 do
linhas AB e CD. diâmetro vertical.
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Capítulo 7: Traçados – Parte I: Construções Geométricas Básicas - 37
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Construção
Sejam duas retas quaisquer s e t e um raio de
concordância r.
Traçar uma reta auxiliar perpendicular à reta s,
marcando nela a distância r.
Traçar s1 paralela a s com distância r;
Traçar uma reta auxiliar perpendicular à reta t,
marcando nela a distância r.
Traçar t1 paralela a t com distância r;
O encontro das duas paralelas auxiliares é o
centro (C) do arco concordante.
Traçar uma perpendicular à reta s, passando
pelo centro (C), encontrando os pontos 1 de
concordância na reta s.
Traçar uma perpendicular à reta t, passando
pelo centro (C), encontrando o ponto 2 de
concordância na reta t.
Centrar em (C) com abertura C1 ou C2 e
12.0 – CONCORDÂNCIAS traçar o arco.
Concordar dois segmentos ou dois arcos
significa uni-los através de um ou mais arcos de
circunferência, satisfazendo à propriedade de
tangências.
A concordância entre arcos de círculos e reta,
e entre arcos e arcos se baseia em dois princípios
fundamentais:
Construção
Sejam as circunferências C1(O1;r1) e C2(O2;r2)
e um raio concordante r.
Em uma reta suporte, marcar
consecutivamente o raio r e o raio r1. OO1 = soma dos
raios.
Com a abertura OO1, centrar em O1 e traçar
b) Para concordar dois arcos, o ponto de um arco.
concordância assim como os centros dos arcos Em outra reta suporte, marcar
devem estar sobre uma mesma reta, que é a consecutivamente o raio r e o raio r2. OO2 = soma dos
normal aos arcos no ponto de concordância. raios.
Com a abertura OO2, centrar em O2 e traçar
outro arco. Ponto M = Interseção dos arcos.
Unir M a O1, encontrando o ponto 1 de
concordância na circunferência (O1; r1).
Unir M a O2, encontrando o ponto 2 de
concordância na circunferência (O2; r2).
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Capítulo 7: Traçados – Parte I: Construções Geométricas Básicas - 38
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Construção
Sejam as circunferências C1(O1;r1) e C2(O2;r2)
e um raio concordante r.
Em uma reta suporte, marcar os pontos A, B e
C, onde AC = r + r1.
Centrar em O1, com abertura AB e traçar um
raio.
Em outra reta suporte, marcar os pontos D, E e
F, onde EF = d1 = r - r2.
Centrar em O2, com abertura EF e traçar um
raio. A interseção dos raios é o ponto M = centro do
arco concordante.
Unir M a O1, encontrando o ponto de
concordância 1.
12.3 - Concordância Interna de Arco Com Dois
Unir M a O2, encontrando o ponto de
Arcos concordância 2.
Centrar em M, com abertura M1 ou M2, e
Construção traçar o arco concordante.
Sejam as circunferências C1(O1;r1) e C2(O2;r2)
e um raio concordante r.
Em uma reta suporte, marcar o raio r e, em
seguida, marcar o raio r1 internamente ao r, a partir de
sua origem. O segmento restante (AB) é a diferença r -
r1.
Com a abertura AB, centrar em O1 e traçar um
arco.
Em outra reta suporte, marcar o raio r e, em
seguida, marcar o raio r2 internamente ao r, a partir de
sua origem. O segmento restante (CD) é a diferença r -
r2.
Com a abertura CD, centrar em O2 e traçar
outro arco. Ponto M = Interseção dos arcos, centro do
arco concordante;
Unir M a O1, encontrando o ponto 1 de
concordância na circunferência (O1; r1);
Unir M a O2, encontrando o ponto 2 de
concordância na circunferência (O2; r2);
Centrar em M com abertura M1 ou M2 e
traçar o arco concordante.
Construção
Seja a circunferência C1(O1,r1) e a reta t e r o
raio do arco concordante.
Traçar uma reta perpendicular auxiliar à reta t,
e marcar a distância r.
Traçar uma reta paralela à reta t, com distância
de r.
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Capítulo 7: Traçados – Parte I: Construções Geométricas Básicas - 39
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Capítulo 7: Traçados – Parte I: Construções Geométricas Básicas - 40
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RESUMO
1.0 - DEFINIÇÕES
Figura 2 - Cone
Figura 7a.
b) O plano secante é paralelo ao eixo. A
secção é um retângulo;
Figura 4 – Esfera.
Figura 7b.
c) O plano secante é inclinado em relação
ao eixo e corta todo o sólido: a secção é
uma elipse;
Figura 5 – Toro.
Figura 7c.
d) O plano de seção é inclinado em
relação ao eixo e intersecta uma base
do sólido: a secção resultante é um
segmento de elipse, desde que não
tangencie o círculo de base.
No traço do plano MM escolhem-se dois pontos quaisquer como a, b, etc, os quais representam as intersecções
entre o plano seccionador e as geratrizes passando pelos pontos; estes se projetam, depois, nos outros dois planos
obtendo definitivamente, no P. L., a, b, etc, que pertencem à elipse, É conveniente que os pontos pré-escolhidos sejam
simétricos entre si; para isto pode-se dividir a circunferência no P. H. em um número igual de partes.
Figura 9 - Secção de um cilindro oco, provido de duas canaletas radiais, de forma retangular, na base superior, mediante
um plano de traço MM e com o eixo.
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Capítulo 8: Traçados – Parte II: Sólidos de Rotação - 43
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Figura 11c.
Figura 12 - Secção de um cone mediante um plano de traço MM inclinado em relação à bate e não paralelo a
nenhuma geratriz do sólido.
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Capítulo 8: Traçados – Parte II: Sólidos de Rotação - 44
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A secção resultante é uma elipse e é obtida Projetando no P.H. (Plano Horizontal) e no P.L (Plano
pelo método das geratrizes. Lateral) os pontos de intersecção entre estas geratrizes
e o plano MM, determinam-se outros pontos da curva;
Além das quatro geratrizes aparecem o1 p1 são os pontos de tangência da elipse com as
desenhando o cone, a1, v1, b1, v1, c1, d1, v1, traçam-se, geratrizes c1 v1 e b1 v1: devem ser projetados primeiro
com linha fraca, outras quaisquer, como l'V, etc. no P.L e depois no P.H.
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Capítulo 8: Traçados – Parte II: Sólidos de Rotação - 45
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RESUMO
1.0 - INTRODUÇÃO
A linha de intersecção pode ser obtida também pelo método das geratrizes. Na circunferência de base se traçam
geratrizes auxiliares (melhor se forem simétricas) que se projetam a seguir nos outros dois planos. As intersecções
destas com o cilindro, no P. L., projetadas simultaneamente no P. H. e no P. V. permitem traçar a linha de intersecção
entre os dois sólidos.
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Capítulo 9: Traçados – Parte III: Intersecção de Sólidos - 47
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A superfície estendida no plano do desenho resulta como na figura; ela pode ser traçada sem nenhuma
dificuldade.
O comprimento real do contorno da pirâmide é V2 P2; com raio R correspondente a esta grandeza se descreve
um arco de circunferência e sobre este se marcam quatro vezes, com outras cordas, o contorno de base do sólido.
A superfície lateral desenvolvida é constituída por um setor circular de raio R igual à geratriz do cone. O
comprimento do arco corresponde ao da circunferência de base do sólido e pode ser determinada por dois modos:
a) graficamente, dividindo a circunferência em um certo número de partes a transportar-se depois no arco do
desenvolvimento (quanto maior o número destas divisões, mais exato será o desenvolvimento) e,
b) matematicamente, calculando-se o ângulo que é
= 180º . d / R
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Capítulo 10: Traçados – Parte IV: Desenvolvimento dos Sólidos de Rotação - 51
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RESUMO
1.0 - PLANIFICAÇÃO DE CILINDRO COM UMA BASE (BOCA) NÃO PARALELA - PROCESSO 1
Acha-se o diâmetro médio e desenha-se inicialmente a vista de elevação. A seguir, traça-se o semicírculo 1-7, o
qual será dividido em um número (qualquer de partes iguais, 1’-2’-3’-4’-5’-6’-7’. A partir destes pontos serão
levantadas perpendiculares que locarão na parte inclinada do cilindro marcando-se os pontos 1’-2'-3'-4'-5'-6'-7’ A
seguir, multiplica-se o DM por 3,142 e sobre uma reta que deverá ser traçada ao lado da elevação, marca-se o
comprimento encontrado. Divide-se esta reta em partes iguais (exatamente o dobro das divisões feitas na elevação). Por
estas divisões serão levantadas perpendiculares. Depois, partindo dos pontos l'-2'-3'-4'-5'-6'-7' (localizados na parte
inclinada do cilindro), traçam-se retas horizontes que cruzarão com as verticais levantadas anteriormente, marcando os
pontos 1 "-2"-3"-4"-5"-6"-7". Finalmente, unem-se estes pontos com o auxilio de uma régua flexível.
2.0 - PLANIFICAÇÃO DE CILINDRO COM UMA BASE (BOCA) NÃO PARALELA - PROCESSO 2
Muitas vezes, a chapa em que se está traçando a peça é pequena, sendo suficiente apenas para fazer o
desenvolvimento, não tendo espaço para se traçar a vista de elevação do cilindro. Neste caso, utiliza-se o processo a
seguir, o qual consiste em se traçar a vista de elevação (figura 2 a) em qualquer pedaço de chapa (em separado) com
todos os detalhes. Depois se traça a linha AB na chapa em que se está traçando a peça. Divide-se a em partes iguais e
levantam-se perpendiculares. Então, abre-se o compasso com abertura igual a 1A (figura 2 a) e marca-se esta medida no
desenvolvimento (figura 2 b). Volta-se ao perfil e pega-se a medida 2B, passando-a para o desenvolvimento. Pega-se a
medida 3C, transportando-a também. E assim por diante, sempre marcando as medidas à esquerda e à direita da linha de
centro 7G da figura 2 b.
Esta peça é bastante semelhante às que foram desenhadas anteriormente, com a única diferença de que tem as
duas bocas inclinadas. Pelo próprio desenho desta página, verifica-se como é fácil a planificação. Basta que se divida o
semicírculo AB em partes iguais e se levantem perpendiculares, marcando os pontos 1-2-3-4-5-6-7 e r-2>-3'-4'-5'-6'-7'.
Levantam-se perpendiculares também na parte que será desenvolvida (figura 3 b). O cruzamento das linhas horizontais
que partem da figura 3 a, com as verticais da figura 3 b formam as linhas de desenvolvimento EF e CD.
Observação: Esta figura também pode ser desenvolvida transportando-se as medidas com o compasso ao invés
de se cruzarem às linhas.
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Capítulo 11: Traçados – Parte V: Desenvolvimento de Cilindros - 54
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O cotovelo de 45° é largamente utilizado em instalações industriais. Nas figuras anteriores mostrou-se como se
desenvolve tubos com a face em grau, não sendo necessário explicar-se aqui como se faz o desenvolvimento, porque o
cotovelo nada mais é do que dois tubos desenvolvidos com o mesmo grau. Assim, dois tubos de 22,5° formam o
cotovelo de 45°.
Observação: Os encanadores, pelo fato de trabalharem com tubos já prontos, deverão desenvolver os modelos
em chapa fina e para isso deverão medir o diâmetro externo do tubo e multiplicá-lo por 3,142.
A figura 5 que representa o cotovelo de 90°, não precisa de maiores explicações. Basta que se desenvolvam
dois tubos de 45°, como já foi explicado anteriormente, e solde-se um no outro.
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Capítulo 11: Traçados – Parte V: Desenvolvimento de Cilindros - 56
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Desenvolvimento do furo: Traçar a linha LP e com abertura de compasso igual a 4-5, marcar os pontos 1-2-3-
4-5-6-7 e traçar perpendiculares por estes pontos. Traçar também as linhas KK', CC', DD', OO', NN', MM'. O
cruzamento destas com as perpendiculares traçadas anteriormente formam a linha do furo.
O desenvolvimento do cilindro inferior é feito da mesma forma como foram feitas as planificações anteriores.
A interseção de dois cilindros saindo a 90º um do outro, também chamada "boca de lobo", é uma das peças
mais usadas em funilaria industrial e é de fácil confecção. Basta que se trace inicialmente a vista de elevação, e se
divida o arco AB (Fig. 49) em partes iguais e marquem-se os pontos 1-2-3-4-5-6-7. A partir destes pontos levantam-se
perpendiculares, até tocar o tubo superior, marcando os pontos 1'-2'-3'-4'-5'-6'-7'. A seguir, acha-se o diâmetro médio,
multiplica-se por 3,142 e a medida encontrada marca-se em uma reta CD na mesma direção de AB, e divide-se em
partes iguais marcando-se os pontos M-N-O-P-Q-R-S-R-Q-P-O-N-M. A partir destes, levantam-se perpendiculares.
Depois, partindo dos pontos 1'-2'-3'-4' etc., traçam-se linhas horizontais que cruzarão com as verticais e levantadas
anteriormente, marcando os pontos 1"-2"-3"-4"-5"-6"-7" etc. Terminando, unem-se estes pontos com uma régua
flexível.
A interseção de cilindros com diâmetros diferentes, saindo a 90º um do outro, é feita da mesma forma como foi
explicado na figura 7.
A única diferença é que quando os diâmetros são iguais, um tubo encaixa no outro até a metade e quando os
diâmetros são diferentes, isso não ocorre, como mostra a vista lateral na figura 8 c.
O encontro das projeções das linhas horizontais da figura 9 a com as verticais da figura 9 b mostra claramente
como se faz o desenvolvimento de cilindros com eixos fora de centro, não sendo necessário maiores explicações,
porque verifica-se que é igual à planificação anterior já explicada nas figura 7.
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Capítulo 11: Traçados – Parte V: Desenvolvimento de Cilindros - 60
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Este capítulo apresenta os processos para Traça-se à vista de elevação do cone (figura 2
desenvolvimento de cones. a), e em sua base o arco 1-7, o qual divide-se em partes
iguais. Ao lado, com o mesmo comprimento de A7,
traça-se a reta B1 de modo que cruze a linha de centro
1.0 – DESENVOLVIMENTO DE CONE (LC) logo acima de A. Centra-se em B e com abertura
igual a B1 traça-se o arco 1-1C. Abre se o compasso
1.1 - Processo 1 igual a uma das divisões feitas no arco 1-7 e marcam-
se estas divisões no arco 1-1C. Finalmente, liga-se 1C
Desenha-se a vista de elevação do cone (figura a B.
1 b). Depois, fazendo centro em A, com abertura de Observação: A marcação com o compasso
compasso igual à AB traça-se o arco CD. Multiplica-se pode causar diferença no comprimento da peça
o diâmetro da base por 3,14 e o produto encontrado desenvolvida, dai ser necessário sempre multiplicar o
divide-se em um número qualquer de partes iguais diâmetro médio da base por 3,14, para conferir o
(quanto mais divisões, melhor) e com o auxilio do desenvolvimento.
compasso marcam-se estas divisões no arco CD.
Finalmente, traça-se uma reta ligando D a A e C a A
completando o desenvolvimento da figura 1 a.
O tronco de cone é, provavelmente, a peça mais usada nas indústrias, seja para reduzir uma tubulação, seja para
escoamento de líquidos, etc.
Além disto, é também uma das peças mais fáceis de serem traçadas, como mostrado a seguir.
2.1 - Processo 1
Traça-se a vista de elevação (figura 3 b) e, em sua base maior, o arco AD, o qual divide-se em partes iguais 1-
2-3-4-5-6-7-8-9. Prolonga-se a linha AC e DB até tocar no ponto S que é vértice do cone. Fazendo centro em S traça-se
o arco EF a partir da base AB. Com mesmo centro e partindo da base CD traça-se outro arco. A seguir, abre-se o
compasso com abertura igual a uma das divisões do arco AB, e marcam-se o dobro destas divisões no arco EF (por
exemplo,: se a vista de elevação está dividida em oito partes iguais, seu dobro é 16, como na figura 3 a). Liga-se E ao
vértice S, marcando o ponto G. Liga-se F ao vértice S, marcando o ponto H. O arco CH é a boca menor do tronco de
cone.
2.2 - Processo 2
Traça-se a vista de elevação ABCD. Na base maior traça-se o arco 1-9, o qual divide-se em partes iguais 1-2-
34-5-6-7-8-9. Prolongam-se as linhas AC e BD de modo que se cruzem, marcando o vértice S. Abre-se o compasso com
medida igual a SA e traça-se o arco maior. Com mesmo centro ç medida igual a SC, traça-se o arco menor. A seguir,
com abertura de compasso igual a uma das divisões do arco 1-9, marcam-se a partir da linha de centro, metade para
cada lado (1-2-3-4-5-6-7-8-9) no arco maior, determinando os pontos 9 e 9e. Liga-se o ponto 9 ao vértice S, marcando o
ponto F no arco menor. Liga-se o ponto 9e ao vértice S, marcando o ponto G no arco menor, completando a figura.
2.3 - Processo 3
Desenha-se a vista de elevação (figura 5 a). Ao lado, traça-se a linha de centro FHG. Abre-se o compasso com
abertura igual a EB, fazendo centro em G traça-se o arco maior. Com mesmo centro e abertura igual a ED traça-se o
arco menor. Multiplica-se o diâmetro médio da boca maior por 3,14 e o produto encontrado divide-se por 2. O resultado
encontrado divide-se em partes iguais e marcam-se estas partes a partir do ponto F, assinalando 1-2-3-4-5-6-7-8-9-10.-
11-12. Abre-se o compasso com abertura igual à H-12 e fazendo centro em H, marca-se o ponto 13 no outro lado do
arco maior. Liga-se 13 a G marcando o ponto 14 no arco menor. Liga-se 12 a G marcando e ponto 15 também no arco
menor, completando a figura 5 b. A figura 5 c mostra um funil que pode ser traçado por qualquer dos métodos
apresentados até aqui.
2.4 - Processo 4
Quando a diferença dos diâmetros do tronco de cone é pouca, sendo o vértice muito distante e não sendo
possível o uso do compasso ou cintel, pode-se usar o processo descrito a seguir.
Deve-se multiplicar o diâmetro médio da boca menor por 3,142 e o produto que é o comprimento encontrado
marcar na linha AB. Faz-se o mesmo com a boca maior e o resultado encontrado marca-se na linha CD. Divide-se
ambas em partes iguais e unem-se estas divisões através de retas formando um leque, numerando-se 1-2-3-4-5-6-7-8-9.
Para fazer a linha curva encosta-se o esquadro na linha AC e faz-se um pequeno traço unindo 1 a 2. Encosta-se o
esquadro na linha 2 e liga-se 2 a 3. Encosta-se em 4 e une-se 3 a 4. Encosta-se na linha 4 e liga-se 4 a 5. E assim por
diante, até o n.° 9, que é a linha de centro.
Para fazer a parte de baixo (boca maior), procede-se da mesma maneira. Para manter a mesma curvatura no
lado direito da linha de centro, deve-se transportar as distâncias do lado esquerdo para o direito com o compasso. O
desenho do esquadro na figura mostra a posição em que ele deve ser colocado para traçar a linha curva.
2.5 - Processo 5
O processo que se emprega quando os diâmetros das bocas do tronco de cone são quase iguais e os vértices são
muito distantes, é o das linhas em zig-zag, ou triangulação. Traça-se inicialmente a vista de planta (figura 7 b) e
dividem-se as duas bocas em partes iguais: 1-3-5-7-9 na boca maior e 2-4-6-8-10 na boca menor. Une-se 1 a 2, 2 a 3, 3
a 4, etc. Ao lado desenha-se o ângulo de 90° ABC (figura 7 c) e a seguir abre-se o compasso com abertura igual a 1-2 na
vista de planta, centra-se em B na figura 7 c e marca-se o ponto 1, elevando-o até A. Volta-se à figura 7 b, abre-se o
compasso com abertura igual a 2-3, centra-se em B na figura 7 c e marca-se o ponto 3 elevando-o até A, ficando assim
determinada a verdadeira grandeza do cone. Sendo o tronco de cone concêntrico, as linhas 4-5, 5-6, 6-7 etc. são iguais
às linhas 1-2, 2-3, já transportadas, não sendo necessário transportar as outras. Para se traçar o desenvolvimento (figura
7 d) traça-se inicialmente uma vertical. Abre-se o compasso com medida igual a 1-A (figura 7 c), levando-se essa para a
vertical (figura 7 d) e marcando-se os pontos 1’-2’. Abre-se o compasso com medida igual a 1-3 (figura 7 b), centra-se
em 1', marcando-se os pontos 3' na figura 7 d. Liga-se 2’ a 3'. Volta-se à figura 7 b, pega-se a medida 2-4, centra-se em
2' e marcam-se os pontos 4'. Pega-se a medida 3A (figura 7 c) centra-se em 3' e traça-se um arco que corte o outro no
ponto 4. E assim sucessivamente, pegando-se as medidas 1-3 e 2-4 e as verdadeiras grandezas 1A e 3A e transportando-
as para a figura 7 d. Vão-se determinando pontos que deverão ser ligados com o auxílio de uma régua flexível.
2.6 - Processo 6
O processo descrito a seguir também é utilizado para traçar o tronco de cone quando o vértice é muito distante
e não é possível usar o compasso nem o cintel. Começa-se por traçar a vista de elevação do mesmo e faz-se o seu
rebatimento para os dois lados. Depois se traça urna circunferência que passe tangente a um dos lados e ao eixo central
do cone, marcando o ponto X. Centra-se em X e com raio X3 traça-se um arco que corte o eixo central no ponto 4. A
pequena abertura 4C deverá ser transportada para os outros dois eixos das figuras rebatidas, marcando os pontos 2 e 6.
Numeram-se os pontos 1 -2-3-4-5-6-7 e ligam-se estes pontos com uma régua flexível. Pega-se, então, o diâmetro
maior, multiplica-se por 3,14 e o produto encontrado divide-se por dois, marcando-se metade para cada lado do eixo
central 4-8. Para traçar a parte superior do cone, procede-se da mesma maneira.
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Capítulo 12: Traçados – Parte VI: Desenvolvimento de Cones - 66