Sebenta Estagio
Sebenta Estagio
Sebenta Estagio
Sinais Vitais:
Nota de enfermagem
1- Estado de consciência e orientação
2- Estado geral o que o caracteriza (de acordo com a
patologia): asténico, dispneico, edemas, dor hemiplegia…
3- AVD: tipos de dependência
3.1- Cuidados de higiene: local e tipo de ajuda
3.2- Mobilização: nº, tipo de ajuda e decúbito
3.3- Alimentação: tipo de ajuda e quantidade de dieta
3.4- Eliminação: (vesical/intestinal) tipo de ajuda e características
4- Tratamentos
4.1- Pensos: localização, execução e evolução
4.2-Soros: localização e nível
4.3- SNG; O2; Algalia; Drenos
5- Terapêutica SOS, reações e recusas
6- Intercorrências: febres, queixas, agravamento e SOS
7- ECD/Colheita de dados ou de espécimenes
8- Sinais Vitais
Soros
Poli + G (polieletrolítica com glucose) - Situações de desidratação, independentemente da
causa (vómitos, diarreia, fístulas, etc.), com aporte de carbohidratos (açucares); Repor os fluidos
perdidos da circulação, o que pode ocorrer após perdas de líquidos do seu organismo, após
queimaduras, ferimentos, fraturas, infeções ou cirurgias; Corrigir determinadas situações em
que o seu sangue está ligeiramente ácido.
G 10% (Glucosado) - Este medicamento é-lhe dado para lhe fornecer hidratos de carbono se for
incapaz de comer e beber normalmente. Pode também ser-lhe dado de forma a aumentar um
nível anormalmente baixo de açúcar no sangue. A solução pode ainda ser usada para dissolver
ou diluir medicamentos que lhe serão dados por perfusão.
Manitol - Para proteger os seus rins, mantendo ou aumentando o fluxo urinário; - para reduzir a
pressão ou o volume de líquido dentro do seu crânio; - para aumentar o fluxo de urina em casos
de intoxicação, a fim de promover a excreção de substâncias tóxicas; - para apoiar o seu
tratamento se estiver sofrendo de um ataque agudo de glaucoma.
NaCl - Situações que cursam com desidratação acompanhadas de hiponatrémia (baixos níveis de
sódio no sangue) e/ou hipoclorémia (baixos níveis de cloro no sangue). - Veículo de
medicamentos que devam ser administrados por via parentérica; - Irrigação do campo
operatório.
Soros
Geoplasma (gelatina + cloreto de sódio+ hidróxido de sódio) - Esta solução contém gelatina, e
pertence ao grupo de medicamentos conhecidos como expansores de volume. Os expansores de
volume funcionam pelo aumento de líquido na sua corrente sanguínea e, deste modo, ajudam a
mantê-la e, a manter a sua pressão sanguínea estável. Este medicamento é administrado em
tratamentos de emergência, nos casos em que o volume sanguíneo é baixo devido às seguintes
situações: - Hemorragias (sangramento), desidratação, derrame capilar (aumento da
permeabilidade microvascular), queimaduras; - Vasodilatação grave (dilatação dos vasos
sanguíneos) grave de origem traumática, cirúrgica, séptica ou tóxica. Também é utilizado no
tratamento de baixos volumes sanguíneos associados com a hipotensão (pressão arterial baixa),
no contexto da vasodilatação grave relacionada com efeitos a fármacos hipotensivos, sobretudo
durante a anestesia.
Valores analíticos
Hematologia
Hemograma
Eritrograma
Hemoglobina 12.0 – 16.9 g/dL
Eritrócitos 3.80 – 5.10 x10 12/L
Hematócritos 35.0 – 45.0 %
V.G.M. 80.0 – 99.0 fL
H.G.M. 27.0 – 34.0 pg
C.H.G.M 32.0 – 36.0 g/dL
RDW (CV) < 15.0 %
Leucograma
Leucócitos 4.0 - 11.0 x109/L
Neutrófilos 1.8 – 7.7 %
Eosinófilos < 0.7 %
Basófilos < 0.2 %
Linfócitos 1.0 – 4.8 %
Monócitos < 0.8 %
Bioquímica
Ferro 50 – 170 µg/dL
Glicose (jejum) 70 – 110 mg/dL
anomalia da glicose em jejum ≥110 e < 126
diabetes mellitus ≥126
diabetes gestacional ≥ 92 e < 126
Valores analíticos
ureia <50 mg/dL
Creatinina 0.50 – 1.10 mg/dL
Ácido úrico 2.6 – 6.0 mg/dL
Ionograma
Sódio (Na+) 136-145 mmol/L
Potássio (k+) 3.5 – 5.1 mmol/L
Cloretos (Cl-) 98 – 108 mmol/L
Endocrinologia
Tiroxina Livre (T4 livre) 0.80 – 1.90 ng/Dl
Hormona tireoestimulante ( TSH) 0.40- 4.00 um/L
Dor
Emergência
Avalie o estado de consciência
Abane suavemente, Chame em voz alta, Se inconsciente grite, PLS se
consciente
A-Via Aérea
Manter permeabilidade da via aérea, Desaperte a roupa e exponha o
tórax
Verifique corpos estranhos na boca
Próteses fixas não remover
Abertura da via área: Extensão da cabeça e subluxação da mandibula
B-Ventilação
Pesquise a ventilação espontânea- VOS durante 10s
Se ventilar normalmente continue o exame ou PLS
C-Circulação
Pesquise sinais de circulação: pulso carotídeo; mantenha a via aérea
permeável; pesquise se respira
D-Nível de consciência
E-Exposição
Nas vitimas de trauma nunca despir mas sim cortar a roupa
Manter o respeito pela privacidade e decoro
Manter a temperatura corporal
Vitima consciente mas não respira, não tosse, não fala 5 pancadas
interescapulares, 5 compressões abdominais
Hemorragias
Sinais e sintomas
Ventilação rápida e superficial Mal-estar geral
Pulso rápido e fino Sede
Pressão arterial baixa Zumbido nos ouvidos
Pele pálida e suada Ansiedade e agitação
Hipotermia Alterações da consciência
Coagulação
Hemóstase é a “ação de suspender a hemorragia” em que, sem esta “pode
resultar num ciclo de retroação (feedback) positiva, que consiste na
diminuição do volume de sangue e da pressão arterial, o que perturba a
hemóstase e pode levar à morte”.
Hemóstase trata-se de um processo de controlo de hemorragia em que,
existe um balanço delicado entre as atividades procoagulantes,
anticoagulantes, fibrinolíticas e antifribrinoliticas.
Cascata da coagulação
A via intrínseca inicia-se pelo contacto do fator XII com uma superfície que
contenha cargas negativas e por isso este processo é designado de ativação por
contacto. O fator XIIa ativa o fator XI que posteriormente ativa o fator IX. Este em
conjunto com o fator VIII consegue ativar o fator X que permite a conversão da
protrombina em trombina e, posteriormente, origina fibrina. Esta via permite a
formação de cerca de 50 a 100 vezes mais de fator X do que a via extrínseca.
Sinais e sintomas
Alterações do estado de consciência
Taquicardia e taquipneia
Oligúria
Pressão arterial baixa
Pele pálida, suada, fria e pode aparecer cianose
Náuseas e vómitos
Sede e secura das mucosas
Alterações pupilares
Cuidados de emergência
Chamar o médico
Manter vias aéreas permeáveis
Administrar oxigénio 15l/min
Posicionar a vítima: dorsal com elevação dos membros inferiores
Cateterizar e colocar lactato de ringer
Estado de consciência, SV e PVC, pele e mucosas, diurese e débito urinário
Manter a temperatura corporal
Traumatologia
Alterações dos sinais vitais
Ventilação rápida e superficial. Devido a lesões na cabeça, pescoço e tórax
Pulso rápido e fino. Devido a choque
Hipertermia. Devido a TCE
Hipotermia. Devido a choque ou TVM
Lesões Fechadas
Aplicação de frio na zona afetada Reavaliar os sinais vitais
Imobilizar o membro atingido Prevenir o choque
Lesões abertas
Controlar hemorragias
Lavar abundantemente com soro fisiológico
Cobrir a ferida com um penso esterilizado
Não retirar objetos empalados: Imobilizar o corpo estranho
Não efetuar qualquer compressão no local
Nas amputações: transportar o segmento amputado para o hospital em ambiente
frio
Nas eviscerações: Não colocar as vísceras para o interior
Lavar e manter húmidas com soro fisiológico
Queimaduras
Não utilizar gorduras Em zonas de contacto pôr penso e separar
Não arrancar roupas agarradas Retirar as roupas
Nos memb. Mergulhar em agua fria Não tapar
Em queimaduras químicas lavar abundantemente para retirar pos ou líquidos
Traumatologia
Cuidados de emergência
Controlar possíveis hemorragias
Imobilizar sempre que exista a suspeita de fratura
Imobilizar corretamente para diminuir a dor
Imobilizar sempre a articulação acima e abaixo do foco de fratura
Efetuar tração, alinhamento e imobilização
Em articulações não tracionar, imobilizar na posição em que se encontra
Preferencialmente utilizar talas de madeira almofadadas
Apos a imobilização, avaliar a coloração, o pulso, a temperatura e a
sensibilidade de extremidade do membro
Nas fraturas abertas, lavar abundantemente os topos ósseos e a ferida
cobrindo depois com compressas húmidas
Traumatismos crânio-encefálicos:
Sinais e sintomas
Alterações da consciência
Sonolência
Cefaleias
Tonturas
Desorientação no espaço e tempo
Irritabilidade
Ausência da sensibilidade á mobilização
Náuseas e vómitos
Saída de líquido cefalorraquidiano
Perturbações da visão
Lesões evidentes
Incontinência dos esfíncteres
Cuidados de emergência
Manter a vítima em repouso
Controlar eventual hemorragia
Imobilizar a vítima como um todo
Caso de otorragia, colocar compressa
Prevenir a aspiração nas hemorragias pela boca e pelo nariz
Elevar a cabeceira da cama a cerca de 30º
Administrar oxigénio 15L/min
Manter vigilância apertada do estado de consciência
Reavaliar os sinais vitais
Efetuar 1 transporte calmo e seguro
Traumatismos vertebro-medulares:
Sinais e sintomas
Dor local
Diminuição da sensibilidade e /ou mobilidade ao nível dos membros
Parestesias (sensação de formigueiro)
Incontinência dos esfíncteres
Dificuldade ou paragem ventilatória
Pulso rápido e fino
Priapismo
Cuidados de emergência
Levar o equipamento á vitima e não a vitima ao equipamento
Movimentar a vitima sempre como um bloco
Efetuar um transporte calmo e seguro
Manter vigilância dos sinais vitais
Manter um perfeito alinhamento da coluna
Assim que existir alinhamento colocar o colar cervical
Manter uma atitude calma e segura
Administrar oxigénio 15L/min
Garantir a tração e alinhamento
Recorrer ao equipamento + adequado á situação em que a vítima se encontra
Nunca movimentar a vítima sem estar imobilizada exceto se houver risco de vida
Transportar a vítima imobilizada preferencialmente em maca de vácuo, ou em
alternativa, em plano duro com imobilizadores de cabeça
Técnica
Lavar as mãos
Suporte de soro com sistema já expurgado
Abocate ou butterfly
Colocar resguardo
Por o garrote cerca de 5 a 10 cm acima do local
Pedir para abrir e fechar a mão repetidamente
Calçar luvas
Desinfetar
Repuxar a pele
Introduzir o cateter com angulo de 30º a 45º
Reduzir a inclinação apos perfuração da pele
Compressa por debaixo do abocate
Tirar garrote com o mandril
Retirar o mandril e colocar o sistema em perfusão
Fixar o cateter com adesivo e regular o ritmo da perfusão
Punção Venosa Periférica
Complicações
Algaliação
Utiliza-se em situações de:
Retenção urinária Avaliar o volume residual de urina
Medição rigorosa da diurese Colheita estéril de urina
Lavagem vesical Para evitar globo vesical
Material:
Tabuleiro Saco coletor de urina e suporte
Aparadeira/Arrastadeira Seringa pelo menos de 10cm3
campo com buraco esterilizado lubrificante (lidocaína)
luvas descartáveis compressas esterilizadas
luvas esterilizadas betadine
Adulto-16 criança-8
Algalia Fowly +barata, flexível, amarela (10/10dias) amarelas
Algalia silicone +caras e duradouras (3 meses) brancas
Algalia de Bekyle +finas e rijas vermelhas
Técnica
1- preparar o doente explicar
2- preparar o ambiente para privacidade
3-destapar o doente o mínimo possível
4- Homem- decúbito dorsal com as pernas distendidas; Mulher- posição ginecológica
5- Calçar luvas descartáveis e pegar nas compressas nas pontas
6- Lavar bem a glande com as compressas de dentro para fora. O meato é de cima
para baixo
Algaliação
7- Abrir o pacote do campo e pegar-lhe só nos cantos para não conspurcar.
8- Calçar as luvas esterilizadas
9-Pedir a uma colega para abrir o saco da algalia e tirar a algalia
10- O colega coloca o lubrificante na ponta da algalia
11- Colocar a algalia
12- Com a seringa colocar agua bidestilada (10cm3)
Oxigenoterapia
O2 a mais: rubor facial, mal estar, bradipneia, cefaleias
O2 a menos: astenia, confusão mental, cianose e taquipneia
Sonda nasal
Visa administrar concentrações baixas e moderadas de O2
Cuidados a ter com a sonda: Mudar de 24/24h, os adesivos devem ser mudados
todos os dias; Ver se há ferimentos nas narinas; Ter cuidado com o deslocamento do
cateter.
Mascara de venturi
É o método + seguro e exato para libertar a concentração necessária de O2. O O2
mistura-se com o ar vindo das aberturas laterias para obter a diluição pretendida.
Quantidades + exatas. A mascara administra O2 diluído com o ar e está humidificado
Óculos nasais
Quando o doente necessita de 1 concentração media/baixa de O2 puro
Aspiração de secreções
A pressão de aspiração não deve ultrapassar:
60-80 mmHg para crianças com menos de 1ano
80-120 mmHg para crianças entre 1 a 8 anos
120 a 150 mmHg para os adultos
80 a 120 mmHg mais de 75 anos
A duração de cada aspiração não deve ultrapassar os 13 segundos
Para permitir a aspiração do brônquio esquerdo, roda-se a cabeça do doente para o
lado direito, alinhando o queixo com o ombro direito. A aspiração do brônquio
direito faz-se de forma inversa
Entubação Nasogástrica
Não se deve utilizar a ENG:
Situações de ileo-paralitico (sem movimentos peristálticos): grandes queimaduras
Obstrução a nível intestinal
Estenose pilórica- estreitamento do piloro
Material
Tabuleiro
Sonda nasogástrica
Luvas descartáveis
Adesivo para fixar
No caso de aspiração um saco coletor
Estetoscópio ou papel azul tornesol
Seringa de 100 cm3
Lubrificante
Técnica
1-cabeceira elevada- semi-fowler
2-Dizer ao doente o que tem e depois dizemos o que vamos fazer, pedindo a sua
colaboração, dizer para resistir ao vomito e pedir para ir engolindo.
3- Calçar as luvas
4- Medir a sonda (nariz-lobo da orelha-apêndice xifoide)
5-Colocar o lubrificante
6- Introduzir a sonda com os mesmos princípios da oxigenoterapia à 1º resistência,
2º resistência, vómito, retirar a sonda 0,5cmpara estabilizar o doente
7- Colocar o doente em hipoextensão da cabeça para fechar as vias respiratórias
8-Pedir para engolir e empurrar a sonda simultaneamente
Complicações da entubação
Mecânicas (diretamente associadas á entubação)
Obstrução da sonda- diluir com a sopa e empurrar com a seringa
Ulcerações a nível da asa do nariz
A sonda não estar no tubo digestivo e estar na árvore respiratória
Metabólicas (uso da entubação)
Diarreias
Náuseas e Vómitos- diminuir a quantidade
Cuidados de manutenção:
Estar alerta para complicações
Mudar adesivo todos os dias
Mudar a sonda de 10 em 10dias
Lavar a boca do utente
Cuidados a ter:
Observar a quantidade e o aspeto
Uma vez por turno devemos mobilizar a sonda para que esta possa apanhar alguns
sucos e porque devido a corrosão esta pode vir a colar às paredes do estomago
Enema de limpeza
Introdução de uma solução aquosa a nível da ampola rectal e colon descendente.
Utilizado em situações de obstipação e limpeza da parte terminal do intestino e
ampola rectal, para se fazerem ECD
Material
Tabuleiro Arrastadeira
Irrigador e respetivo suporte Papel higiénico
Tubo de ligação e torneira Preparação da solução aquosa
Sonda de enteróclise Adulto 1000-1300 criança 250-400 cm3
Lubrificante Água tépida misturada com gordura
Resguardo Adicionar 20 cm3 de vaselina
Técnica
1- Explicar a técnica e para que serve
2- Destapar o doente o mínimo possível
3- Colocar o doente em decúbito lateral esq.
4- Fletir a perna direita
5- Colocar resguardo e arrastadeira
6- Por a sonda 7 a 10cm no adulto, 4 a 7cm na criança
7- O irrigador deve estar 30 a 45cm acima do nível do recto
8- Abrir a torneira, o irrigador deve demorar cerca de 5 a 10 min. A esvaziar. Se a
água não correr:
- Cólicas- reduzir a velocidade do enema ou paramos e tentamos mais tarde
- Se a água não baixar, devemos aumentar a altura do irrigador
- Se não funcionar mobilizamos a sonda
- Se sair muita água poe- se a sonda mais para dentro
- Se o doente não aguenta, baixamos o ritmo ou o enema este é retirado
9- Reter o enema durante 5 a 10 minutos
10- Por vezes o enema fica retido e por isso deve-se: por mais água
11- Colocar 1 sonda de enteróclise e deixar la ficar
Posicionamentos
Objetivo
- Proporcionar conforto e bem-estar
- Manter o equilíbrio músculo-esquelético, alinhando os vários segmentos
- Prevenir deformidades
- Prevenir contraturas e atrofias musculares
- Facilitar a respiração e a drenagem brônquica
- Garantir a integridade cutânea, a nível das proeminências ósseas
- Prevenir a estase venosa
- ↓O tempo de internamento, por complicações originadas pela imobilidade
- Alternar o campo visual do utente
Cuidados ao morto
Lençol na diagonal
Tirar cateteres, sondas e algalias. Os pensos ficam e podem ser reforçados
Verificar a higiene do corpo e fazer se necessário
Tapar todos os orifícios naturais com algodão
Colocar ligaduras na boca, braços e pernas
Colocar a etiqueta na perna
Enrolar o corpo no lençol segurando com adesivo e colocar a segunda
etiqueta
O corpo deve ficar totalmente envolvido pelo lençol
Colocar os bens materiais num saco preto ao espólio do correspondente
Avisar família
Cateter venoso central
Apos proceder a lavagem das mãos, deve avaliar os sinais vitais. O doente deve ficar
em decúbito dorsal, de forma a que os ombros “caiam” para trás e façam subir a
clavícula. Realizar a tricotomia, preparar o sistema e expurga-lo e posteriormente
colocar o adesivo e avaliar os SV
Complicações
Imediatas: Traumatismo local, Hematoma, Embolia gasosa, Pneumo-hemotorax
Tardias: Trombose venosa, Obstrução do cateter, Infeção localizada/sistémica
Drenagem Torácica
Os drenos torácicos são inseridos no espaço pleural para remoção de líquidos e/ou ar e,
consequentemente, reinstalar a pressão negativa intrapleural e permitir a reexpansão da
totalidade ou parte do pulmão colapsado
Utiliza-se pneumotórax; Hemotórax; Hemopneumotórax; Derrame pleural
Remoção de ar- parede torácica anterior, ao nível do 2º ou 3º espaço
Remoção de líquido- colocados na posição inferior da cavidade torácica, ao nível do 6º,7º ou 8º
espaço
A drenagem torácica pode fazer-se de 2 formas: ativa e passiva
Explicar ao doente em que consiste o procedimento a que vai ser sujeito
Preparar o sistema de drenagem torácica e colaborar na inserção do tubo
Verificar se o tubo mais longo esta submerso 2cm de liquido. Se estiver menos de 2cm
mergulhado, pode haver entrada acidental de ar, se estiver mais mergulhado há uma maior
dificuldade em expelir o ar devido á diferença de pressão
Observar o funcionamento do sistema de drenagem através da oscilação do líquido no tubo
Qd não há oscilação do líquido no tubo deve verificar:
- Tubos dobrados
- “Mungir” suavemente o tubo
- Mudar o doente de posição
- Pedir ao doente que inspire profundamente ou tussa
- Verificar as conexões para nos assegurar-mos que o sist. Está hermético
Marcar o nível inicial do líquido no frasco para avaliação posterior da quantidade drenada
Manter sempre 2 clampes na cabeceira da cama do doente, para clampagem em caso de
necessidade
Clampar os tubos de drenagem apenas em situações de emergência
Nunca levantar o frasco de drenagem acima do nível do tórax do doente
Manter o frasco drenagem fixo num suporte da camado doente
Ao fazer a mudança do frasco de drenagem deve-se:
- Explicar ao doente o que vai ser feito
- Preparar o novo sistema de drenagem
- Clampar o dreno torácico apos a expiração, colocando os dois clampes perto do local de
inserção e em posições opostas
- Substituir o sist. de drenagem e desclampar o dreno torácico. Verificar se o sist.de drenagem
esta funcionante
- Marcar o nível do selo de água - Realizar penso do local de inserção dos tubos
Cardiologia
Crise hipertensiva: situação clinica em que a hipertensão se associa a danos
irreversíveis em órgãos vitais, e representa uma ameaça para a vida, após um curto
período de tempo. Uma pressão diastólica superior a 130mmHg é, habitualmente,
designada como hipertensão grave.
DISRITMIAS: Disritmia pode ser definido como qualquer perturbação do trajeto normal da
condução cardíaca. A primeira coisa a observar numa tira de ritmo é a frequência ventricular.
Num coração saudável, as frequências auricular e ventricular são iguais, o que não acontece
na maioria.
DISRITMIAS AURICULARES: As disritmias auriculares têm origem num foco ectópico (que não
o nódulo sinusal) localizado na aurícula. O impulso ectópico dá-se prematuramente, antes do
que competiria ao impulso sinusal. Normalmente, a onda P prematura origina um QRS
normal. Esta onda P é quase sempre diferente da onda P sinusal, surgindo muitas vezes
invertida.
EXTRASSISTOLES AURICULARES: As contrações auriculares prematuras são batimentos
isolados e precoces, originados num foco ectópico auricular, mantendo-se o ritmo de base,
geralmente sinusal. A frequência auricular, é de aproximadamente 150 a 250 bpm. O ritmo
regular é interrompido por uma onda P prematura e de configuração normal. Se o impulso
chegar ao nódulo auriculoventricular depois de este se encontrar completamente
repolarizado, será conduzido para os ventrículos. Se, por sua vez, estes estiverem também
repolarizados, a condução dar-se-á normalmente, registando-se no ECG um QRS normal.
FLUTTER AURICULAR: Causado por um trajeto circular fixo, através da qual a onda de
despolarização se desloca continuamente. A frequência auricular do flutter varia entre 250 e
350 batimentos por minuto. Nesta freq, perde-se a individualização das ondas P, que se
fundem umas nas outras dando origem a um padrão dentado.
Bloqueios Cardíacos são bloqueios elétricos que detêm a passagem de estímulos elétricos:
Normalmente, o nódulo SA reflua a despolarização elétrica do coração. A partir dele, o
impulso propaga-se pelos trajetos inter-nodais até ao nódulo AV, onde o impulso é atrasado
para permitir a contração A antes que seja conduzida ao feixe de His, seus ramos e rede de
Purkinje. Clinicamente, a capacidade de condução do nódulo AV é avaliada pela medição do
intervalo P-R e pela relação entre as ondas P e os complexos QRS. O intervalo PR normal,
medido entre o inico da onda P e o início do QRS, varia de .12 a .20.
BLOQUEIO SINO-AURICULAR:
Ocorre no nódulo SA e faz com que o marca-passo pare temporariamente, pelo menos por
um ciclo, retomando de seguida a sua atividade de estimulação. As ondas P são idênticas
antes e depois do bloqueio. Causas: isquémia perto do nódulo SA; Intoxicação
medicamentosa
BLOQUEIO AURÍCULO-VENTRICULAR
O bloqueio AV retarda o impulso A ao nível do nódulo AV, produzindo uma pausa maior que
a normal antes da estimulação dos V. Assim, a pausa normal de um décimo de segundo entre
a despolarização auricular e a estimulação do nódulo AV, aumenta. Quando este é
estimulado, a despolarização prossegue normalmente. No ECG, o atraso produzido pelo
bloqueio AV prolonga o intervalo P-R que se mede no começo da onda P até ao início do
complexo QRS. Este intervalo deve medir menos que um quadrado grande ou menos de 0.2s.
Quando se identifica um intervalo P-R prolongado, deve-se determinar o tipo de bloqueio AV
existente. A gravidade do bloqueio é identificada por graus.
O bloqueio de grau I verifica-se quando o intervalo PR se prolonga por mais de 0,20 segundos,
indicando atraso na condução. Todos os impulsos A são conduzidos aos V. Este tipo de
bloqueio não causa preocupações imediatas, mas requer uma vigilância da sua evolução.
Causa: Doença do sistema de condução; intoxicação digitalica; antiarrítmicos (aquinidina e
amiodarona) e EAM.
O bloqueio de grau lI, Este acontece, quando são necessários dois ou mais impulsos A para
estimular o nódulo AV. Aparece no ECG como 2 ou mais ondas P antes de cada complexo
QRS. O n. de impulsos A (P) necessários para estimular a resposta V (QRS), assim se trata de
um bloqueio AV2:1; 3:1; 4:1… - O Mobitz tipo I é caracterizado por um intervalo PR, que se
alonga progressivamente até a onda P deixar de ser seguida por um complexo QRS. Como
prevenção, pacemaker temporário. Causas: estimulação vagal, pós-Enfarte de miocárdio;
Medicação (Digitálicos, beta-bloqeadores…) - O Mobitz tipo I é caracterizado pela não
condução dos impulsos sinusais, apesar de apresentar intervalos PR constantes. Os
complexos QRS são geralmente alargados devido a um bloqueio do ramo fascicular. É mais
perigoso que o tipo I e progride frequentemente para bloqueio AV completo. Causas: EAM,
hipoxia, HTA, doença cardíaca isquémia.
Bloqueio dos ramos esquerdo e direito: Considera-se que existe um bloqueio de ramo
quando a duração do QRS é superior a 0,12 segundos.
Neurológico:
AVC: Situação de início brusco ou progressivo que corresponde ao aparecimento de sintomas
neurológicos causados pela interrupção de circulação sanguínea no cérebro, com o
consequente défice de oxigenação das células cerebrais. Basicamente existem dois tipos de
A.V.C., Isquémico e Hemorrágico. Cuja causa pode ser, Trombose cerebral, Embolia cerebral,
Hemorragia cerebral.
Sinais e Sintomas:
Náuseas e vómitos Alteração do estado e reatividade das pupilas
Cefaleias Desvio da comissura labial
Disartria Parestesias
Hemiparesia Convulsões
Incontinência de esfíncteres
Hipertermia
Alteração do estado de consciência com desorientação e/ou agitação que pode evoluir para a
inconsciência
Atuação:
Manter uma atitude calma e segura
Acalmar a vítima
Executar o Exame da Vítima na sua totalidade
Avaliar e registar os sinais vitais
Oxigenoterapia a 3 litros/minuto
Não dar nada a beber ou comer
Manter vigilância apertada m durante o transporte, estando calmo e seguro
Vítima em d. dorsal c/ a cabeça elevada a 30º mantendo a via aérea permeável
Se houver risco de vómito transportar em decúbito lateral para o lado oposto à hemiparesia
AIT – Perturbação transitória da perfusão durante tempo insuficiente para provocar enfarte.
Recupera progressivamente.
Arteriosclerose – processo patológico definido pela aterosclerose (processo), processa-se por
um enrijamento das artérias e formação das placas de ateroma (coágulos, gordura ou fibrina).
A sedimentação vai ↑ao longo dos anos.
Processo de Aterosclerose – traduz-se no aumento da dificuldade da passagem de sangue
entre as artérias, as paredes ficam cada vez mais rígidas conduzindo a um défice de passagem
de oxigénio. O ventrículo esquerdo tem que fazer mais força para vencer a resistência das
artérias que é maior, tem que consumir mais O2 e por isso aumenta a freq respiratória e
cardíaca (taquipneia). A pressão intracardíaca é maior (nos ventrículos) – hipertensão.
Embolia – Oclusão do lúmen de uma artéria por um corpo estranho em circulação. Provoca
isquemia cerebral.
Trombose – Oclusão do vaso se desenvolve no próprio local da oclusão. Placa de ateroma –
Arteriosclerose.
Exame Neurológico:
Abertura dos olhos: anisocoria (interrupção fibras); midríase unilateral: 1 hemisfério afetado
Resposta verbal
Resposta motora: avaliar o tónus muscular dos M; estímulos dolorosos; hemiparesias/plegias
Função Cardiorrespiratória
Cuidados de Enfermagem:
Manter as vias áreas desobstruídas: lateralizar a cabeça; prótese fora; aspirar secreções; Tubo
de mayo
Observar a função respiratória: relacionado com agravamento da lesão cerebral
Administrar oxigénio: hipoxia cerebral
Fazer colheita de sangue arterial para gazometria
Realizar o Exame neurológico
Avaliação dos SVs: Hipertensão e Hipertermia indicam aumento da PIC, AVC hemorrágico e
edema cerebral
Elaborar um Balanço Hídrico: previne o edema cerebral
Colocar SNG: pode haver ausência de reflexo de deglutição
PVP
Algaliação
Vigiar o funcionamento intestinal
Posicionar frequentemente o doente
Executar mobilizações ativas e passivas
Cuidados de higiene e conforto
Estabelecer uma comunicação adequada
Ensinar os familiares e amigos a comunicar
Sempre que exista hemorragia cerebral é necessário repouso no leito com plano da cabeceira
elevado a 30º.
Alterações Posturais:
Inclinação lateral da cabeça para o lado afetado com rotação para o lado são;
Membro Superior: Retração da omoplata; adução e rotação interna da escapulo umeral;
flexão do cotovelo; pronação do antebraço; flexão do punho; flexão e adução dos dedos.
Inclinação lateral do tronco para o lado afetado;
Báscula anterior da bacia;
Membro Inferior: Extensão da coxofemoral com rotação externa; extensão do joelho;
extensão e inversão do pé.
Padrão Antispástico – decúbito semi-dorsal ou lateral para o lado afetado para estimular a
sensibilidade profunda ou superficial.
Manter a cabeça alinhada com o corpo;
Protacção da omoplata;
Rotação externa e abdução da articulação escapulo-umeral
Extensão do cotovelo, punho e dedos com abdução destes
Supinação doa antebraço
Extensão do tronco com báscula posterior da bacia
Rotação interna e flexão da coxa, joelho e tornozelo.
C7; D12; L5; S5; C4 – D1 – acima tetraplégica
Agnosia: dificuldade em descodificar estímulos;
Anasognia: não reconhece a lado afetado;
Apraxia: perda da capacidade de realizar voluntariamente movimentos aprend;
Ataxia: perturbação da coordenação dos movimentos;
Hemianopsia: não vê metade do campo visual;
Cegueira cortical: tem os olhos abertos, diz que vê, mas vai contra os objetos;
Afasia: lesão no hemisfério esquerdo (dominante), ausência da fala;
Disartria: dificuldade na articulação das palavras;
Labilidade Emocional: Instabilidade comportamental;
Tónus Muscular: contração moderada e permanente do músculo-esquelético com a
enervação normal;
Hipertonia: do tónus muscular e manifesta-se por elasticidade ou rigidez;
Hipotonia: do tónus e manifesta-se por músculos moles e flácidos, sem resistência ao
movimento
Elasticidade: permite ao músculo voltar à fase inicial após ter sido esticado
Endócrino:
Diabetes Mellitus:
Diabetes Tipo 1 – destruição das células beta do pâncreas, levando a insulinopénia absoluta.
Autoimune Idiopática.
Diabetes Tipo 2 – insulinorresistência, com insulinopénia relativa, ou por um defeito secretor
predominante.
Sintomas da DM:
Hiperglicemia em jejum e pós-prandial
Poliúria
Polidipsia: Sede intensa.
Polifagia
Perda de peso.
Fadiga, irritabilidade, fraqueza e sonolência; Visão Turva
Hiperglicemia:
A glicose ultrapassa o limiar renal (160-180)
Urina com cheiro a cetona
Cetonúria
Cetonémia
Acidose e Desidratação
Perda de peso
Hipoglicémia:
Glicemia inferior a 45/50
Neuroglicopenia
Convulsoes
Confusão mental
Perda de consciência
Coma
Palidez, astenia, tremores, taquicardia, polifagia, suores.
No tipo I: Produção de corpos cetónicos por metabolizar proteínas. Podendo levar à
cetoacidose diabética
Hipoglicemia, 1 pacote de açúcar e depois 1 refeição lenta de HC. Se não deglute: Glucagon
SC ou soro hipertónico
Complicações:
Retinopatia diabética: lesão da retina
Nefropatia
Infeções e lesões dos tecidos ↓ da capacidade do sistema imunitário e a lesão dos
capilares a irrigação.
Neuropatia - lesão nos nervos do organismo;
Hipertensão arterial e Dislipidémias;
Pé diabético - arteriopatia, neuropatia;
Doenças cardiovasculares/Macroangiopatia - angina de peito, ataques cardíacos e AVC
e M. Inferiores;
Infeções diversas e persistentes - boca e gengivas, infeções urinárias, infeções das
cicatrizes depois das cirurgias.
Tratamento:
Controlo rigoroso da glicemia, da tensão arterial e dos lípidos; HbA1 Inferior a 1%
Vigilância dos órgãos mais sensíveis, como a retina, rim, coração, nervos periféricos,
entre outros; Bons hábitos alimentares, reduzindo o sal;
Prática de exercício físico;
Não fumar e cuidado com o álcool;
Cuidar da higiene e vigilância dos pés.
Tipo 1: Insulina;
Tipo 2: Magro: Insulina ou Sulfonilureias: Estimula a insulino-secreção (desde que o
pâncreas produza alguma)
Tipo 2: Obeso: Biguanidas (Metformina): Reduzem a insulinorresistência, associado a
Sulfonilureias/Insulina
Acarbose: atuam no delgado, atrasando a absorção dos HC, reduzindo a glicemia pós-
prandial.
Colesterol:
O colesterol é uma gordura produzida naturalmente pelo fígado. O funcionamento normal do
organismo, incluindo o fabrico de hormonas e vitaminas, sais biliares e parede celular, requer
pequenas quantidades de colesterol. No entanto, níveis elevados de colesterol depositam-se
no interior das nossas artérias o que faz com que o coração trabalhe em excesso para manter
a circulação. Conduzindo a HTA, aterosclerose (endurecimento das artérias), ou mesmo
enfarte do miocárdio.
Em relação ao colesterol no sangue, já sabe que deverá tentar mantê-lo em níveis pouco
elevados, idealmente até aos 200 mg/dl, mas estará bem até aos 220-230 mg/dl num
indivíduo de média idade, em particular se não existir outro fator de risco coronário
associado.
As medidas mais simples que deverá adotar relacionam-se principalmente com os seus
hábitos de vida:
Melhor o IMC, peso ideal em relação á sua altura,
Fazer exercício físico regularmente, e
Não fumar.
Deve-se evitar alimentos ricos em colesterol: carnes gordas, ovos e lacticínios.
Incluir mais peixe na sua dieta
Utilizar carnes mais magras como o peru e frango sem pele
Aumente o consumo de hidratos de carbono complexos.
Prefira o pão de farinha integral, cereais, massa, arroz, fruta e legumes.
Tomar a medicação prescrita;
Obesidade:
Riscos relativos:
Ligeiros: cancro da mama, pós-menopausa; quisto ovárico; alterações hormonais, diminuição
da infertilidade, dor lombar, risco anestésico, más formações fetais.
Moderado: Doença coronária, hipertensão, osteoartrite (joelho), hiperuricemia e gota.
Elevado: DM tipo 2; Doenças vesicular; Dislipidémia; insuliresistencia, dispneias e apneia do
sono.
Pré-Operatório:
Tempo que medeia a proposta para a cirurgia ate cerca de 48h antes da cirurgia.
-Promover a melhor condição física e psicossocial da pessoa
-Prevenir desconfortos e complicações pós-operatórias
Ensinos ao cliente:
-Exercícios respiratórios: respiração profunda e tosse
-Mobilização dos membros inferiores
-Mobilização total
Pós-Operatório:
-Ajudar o assistido operado a recuperar o equilíbrio fisiológico e psíquico.
-Os cuidados iniciam-se com a receção do operado até à preparação da alta
-Informar-se do que se passou com no BO
-Levar o doente para a enfermaria e observá-lo:
o Saber o posicionamento em que o doente nos chega e a razão
o Estado de consciência (sonolento, confuso, orientado, acordado)
o Características da pele (corada, suada, quente, fria, cianosada)
o Sinais Vitais: primeiras 2h – 15/15 min; após 2h – 30/30 min; e depois 4/4h ate às
24h pós-cirurgia.
o Prescrições necessárias o Entubações o Algaliações
o Cateteres (centrais ou periféricos)
o Observar a ferida operatória para ver a evolução da mesma ao longo do tempo
o Permeabilidade das vias aéreas (secreções, medo de respirar ou tossir – recomeçar
ensino da respiração e tosse)
-Registar todas as observações
-Posição do doente: decúbito dorsal com lateralização da cabeça, mais tarde poderá levantar-
se a cabeceira da cama (caso o estado do doente o permita)
-Observar calmamente o processo do doente
-Observar complicações, nomeadamente ao nível da ferida:
-Exsudado da sutura
-Aumento da temperatura (pode ser ou não sinal de infeção)
-Ao fim de 24 horas o doente faz o seu primeiro levante o que permite maior risco de
complicações respiratórias
-A primeira Micção; retenção e globo vesical; débito urinário (> 30 ml/h); balanço hídrico;
eliminação intestinal.
-Flebite nos cateteres
-Tolerância á ingestão hídrica e alimentar – esta é avaliada através da presença de náuseas e
vómitos e do retorno do peristaltismo gastrointestinal. A alimentação entérica após o retorno
do peristaltismo;
-Continuação da observação de todas as drenagens.
Bloco Operatório:
Enfermeiro instrumentista:
Confirmar o programa cirúrgico
Colaborar com enfermeiro Circulante na seleção do material que vai ser necessário
Preparar as mesas cirúrgicas
Responsabilizar-se pela técnica asséptica cirúrgica
Responsabilizar-se por todos os instrumentos, compressas, suturas, procedendo à sua
contagem
Ajudar a equipa cirúrgica a vestir-se
Colaborar na preparação do campo operatório
Proceder à conexão material estéril/não estéril
Conhecer os tempos operatórios para se antecipar às necessidades do cirurgião
Separar o material limpo do sujo e contaminado
Fazer o penso operatório
Retirar o material das mesas operatórias
Deixar a sala preparada para a cirurgia seguinte
No fim do turno repor todo o material consumido
Enfermeiro circulante:
Ver a limpeza das superfícies lisas, sistemas de iluminação e outros aparelhos
Colaborar no posicionamento do doente
Assistir a equipa cirúrgica durante a desinfeção e no vestir
Ajustar luzes, mesas de instrumentos…
Colocar o elétrodo neutro do electro cautério
Colaborar na desinfeção do campo operatório
Proceder à ligação dos aparelhos
Fornecer os materiais necessários ao enfermeiro instrumentista, com assepsia
Prevenir acidentes ao doente ou equipa cirúrgica
Colaborar na transferência do doente
Acondicionar, rotular e providenciar o envio dos produtos colhidos para análise
Preparar a sala para a cirurgia seguinte
No final do turno, colaborar na reorganização da sala e reposição de stocks, de modo a q
fique funcionante
Enfermeiro de Anestesia:
-Visita pré-operatória
-Conhecer as necessidades do doente e esclarecer eventuais dúvidas
-Verificar e testar o funcionamento dos aparelhos e equipamentos necessários à anestesia
-Providenciar a chegada do doente ao bloco
-Receber o doente na zona de transfer
-Identificar o doente
-Receber informações do enfermeiro do internamento
-Colaborar no transfer e posicionamento na mesa op.
-Proceder à monitorização e cateterismo venoso
-Preparar os fármacos a administrar durante a anestesia
-Rotular adequadamente as seringas
-Preparar o material para indução anestésica: Laringoscópio com lâmina adequada; Tubos
endotraqueais (estancamento cuff); Máscaras de diversos números e conexões; Tubos de mayo, de
acordo com o doente
-Fornecer todo o material necessário ao anestesista
-A administração de fármacos far-se-á à solicitação do anestesista e na sequência por este
determinada
-Efetuar todos os registos, de uma forma continua
-Durante a indução e manutenção da anestesia deve: Colaborar com o anestesista; Assegurar a
ventilação; Manter a permeabilidade das vias; Manter o silêncio na sala; Manter uma vigilância
intensiva; Efetuar registos
-Depois da intervenção deve: Colaborar no acordar do doente; Colaborar na mudança do doente;
Transmitir as informações necessárias ao enfermeiro de recobro; Assegurar a limpeza da sala e
equipamentos; Repor os stocks e preparar a sala para nova cirurgia.
Enfermeiro de recobro:
Posicionamento do doente
Ventilação e permeabilidade das vias aéreas
Presença de dor Pele (coloração, temperatura, humidade)
Mucosas (coloração e humidade)
Membros (edemas, coloração das extremidades)
Permeabilidade dos cateteres (venoso, arteriais, epidural)
Diurese
Penso operatório
Permeabilidade e funcionamento das sondas, drenos
Observação e medição dos produtos de drenagem
Observação contínua das funções vitais do doente
Efetuar registos
CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO RECOBRO:
As complicações pós-operatórias devidas à agressão cirúrgica e ao ato anestésico podem
surgir de imediato ou numa fase mais tardia. Ao terminar a intervenção cirúrgica e a ida do
doente para uma unidade de recobro:
-Prevenir e tratar precocemente as complicações
Ajudar o doente a recuperar as suas funções normais, com o máximo de segurança e
conforto.
-Posicionamento: decúbito lateral ou dorsal com a cabeça lateralizada.
-Ventilação: administração de oxigénio por máscara ou sujeito a ventilação mecânica.
-Obstrução das vias aéreas: por queda da língua ou secreções
-Amplitude respiratória: capacidade em tossir
-Sinais vitais: monitorizar o traçado cardíaco, pulso, temperatura, tensão arterial, frequência
respiratória…
-Dor: características e localização
-Pele e mucosas: coloração, temperatura, humidade
-Membros: edemas, temperatura, coloração das extremidades
-Cateteres: garantir a permeabilidade dos acessos venosos e/ou arteriais.
-Diurese
-Penso operatório: seco, repassado, presença de drenos, características do líquido drenado
-Proporcionar segurança e conforto: explicando ao doente onde se encontra; posicioná-lo de
uma conforma confortável e segura prevenindo acidentes; controlar a dor, evitar que retire
drenos s sistemas de drenagem, entre outros.
-Função ventilatória: Permeabilidade das vias aéreas; Presença de secreções;
Características da respiração; Valores de gasimetria; Manifestações de insuficiência
respiratória
-Função cardiovascular: Traçado cardíaco; Características do pulso; Características da tensão
arterial; Coloração da pele e mucosas
-Função renal: Débito urinário; Características da urina
-Função metabólica: Glicémia capilar
-Balanço hidroelectrolítico
-Penso operatório
-Drenos: Fixação dos drenos; Características dos produtos drenados
-Efetuar registo
Renal:
Valores:
Urina: 750 – 2500 ml/dia; Anúria <100; Oligúria <400; Poliúria >3000
Glicose: <180 mg/dl
Proteínas: a excreção normal na urina é até 150 mg/dia. Ligeira <500; moderada
<3000; elevada >3000
Oncologia:
Sete Sinais de Alerta de Cancro:
Alteração na função normal intestinal ou vesical;
Ulcera que não cicatriza
Hemorragia ou nódulo invulgar
Espessamentos ou nódulo da mama ou noutro local
Alteração na digestão ou Disfagia
Alteração óbvia numa verruga ou sinal
Tosse ou rouquidão persistente
Pediatria:
RN prematuro: RN nascido antes das 37s
RN Termo: RN nascido entre o início das 37s e final das 47s
RN pós-maturo: RN nascido após completar a 42s.
Aborto é só considerado quando tem 2 semanas incompletas.
DIARREIA: + comum: Vírus: Rotavirus; conduz à desidratação; Dor abdominal, vómitos e febre.
Dieta anti-diarreica: Água chalada, água de arroz, água de cenoura; Não dar leite; Papa (Nestum, cerelac,
Milupa) de arroz; 1 iogurte simples c/ açúcar por dia; Coca-Cola, 7up, sem gás; Arroz cozido, peito de frango
ou peru cozidos; Carne e peixe grelhados; Biberons: menor quantidade de leite adaptado que o habitual em
água de cenoura ou de arroz; Fruta cozida ou banana.
DOENÇA CELÍACA: A doença caracteriza-se pela intolerância ao glúten, umas das proteínas encontradas no
trigo, cevada, centeio e aveia. O glúten é constituído em 2 frações, glutenina e gliadina. Os indivíduos
suscetíveis são incapazes de digerir a fração gliadina, resultando um acúmulo de substância tóxica que lesa as
células da mucosa. Com o tempo surge atrofia das vilosidades reduzindo a superfície de absorção do intestino
delgado.
Manifestações Clínicas: Atraso do crescimento, nos 2 1ºanos de vida após a introdução de glúten nos cereais;
Irritabilidade; Fezes anormais (volumosas, pálidas, oleosas, fétidas); Distensão abdominal e Anemia (def. F)
APENDICITE AGUDA: dor abdominal; vómitos; febre; anorexia; distensão abdominal; diminuição ou ausência
dos sons intestinais; diarreia e irritabilidade.
SINAIS DE ALARME:
2 Meses: ausência de sorriso social
6 Meses: persistência dos reflexos arcaicos
18 Meses: exploração oral dos objetos não diz palavras com significado, lança sempre os objetos ao chão.
2/2,5 Anos: não junta 2 palavras de jogo simbólico
> 2,5 A: persistência de ecolalia
Obstetrícia:
Desconfortos:
1º T: Náuseas e Vómitos; Urgência Urinária; picadas nas mamas; Sialorreia; Congestão Nasal;
Fadiga; Corrimento;
2º T e 3º T: Pirose, edemas, varizes, Obstipação, Hemorroidas; Dores Lombares, Cãibras,
Lipotimias.
Peros – branco
IV - vermelho
IM - verde
Sub-cutaneo - amarelo
Rectal – Azul
Vaginal – rosa
Equivalências
1 colher de sopa – 15cm3
1 colher de chá – 10cm3
1 colher de café – 5cm3
Subcutânea
Zona do deltoide – prega de 45º – aspiração
Zona abdominal – prega de 90º; não injectar na zona umbilical
Coxa – prega de 90º
Temos que verificar se picarmos um vaso, para tal puxamos o êmbolo da seringa e se
vier sangue é porque apanhamos um vaso. Se vier, puxamos ligeiramente a seringa e
mudamos de local e espetamos.
Antibioticoterapia:
AB de espectro reduzido atua num nº. Pequeno de bactérias. É mais restrito, menos
efeitos adversos na flora.
8 Dias - Amigdalite
15 Dias – Infeções mais graves
Anos – Tuberculose
Mecanismos de Acão:
Bactericidas:
Modificação da Permeabilidade da Membrana – deixa de ser seletiva: Polimixinas
Inibição da síntese de ADN- não se forma, Acido Nalidixico
Inibidores da biossíntese do Peptidoglicano (Parede celular proteica): GRAM+;
Vancomicina/B Lactamicos
Inibição da síntese de ARN- a célula não cresce, rifampicina
Bacteriostático:
Inibição da síntese Proteica – Impede as ligações de AAC nos ribossomas;
Aminoglicosidos, tetraciclinas, Clorafenicol, Macrolitos; cladimicina; Acido fusidico,
espectinomicina
Farmacologia:
PARACETAMOL: doses elevadas (10-15g) superiores às doses terapêuticas produzem necrose
hepática
AINES: Analgésico (leve a moderado); Anti-inflamatório; antipirético; reduzem a agregação
plaquetar.
A célula lesada produz ácido araquidonico que produz acicloxigenase e a lipoxigenase
responsável pela formação da histamina (broncoconstrição). Os AINE inibem a ciclooxigenase,
enzima responsável pela produção das prostaglandinas (Processo inflamatório; contração
uterina e vasodilatação); Tromboxano (Agregação plaquetar e vasodilatação). A COX é uma
substancia que intervém através da enzima na produção destas. A COX1 é de estímulo
fisiológico, responsáveis pelas boas prostaglandinas que resulta na citoproteção GI, agregação
plaquetar e boa função renal. Se for inibida dá origem a dor abdominal, diarreia, ulceras e
hemorragia, IR e inibição da agregação plaquetar (efeitos indesejáveis do AINE). A COX2
induzida por estímulo inflamatório, produz PG responsáveis pela inflamação, dor e febre. Se
for inibida diminui a inflamação e dor e mantem a proteção gástrica.
Vacinação:
HPV: vacina papiloma vírus- transmitido por via sexual. Marcadores 16 a 18:
responsáveis pelo cancro, e 6 a 11: responsáveis por lesões cervicais afins. É
necessário os 4 para evoluir para doença. Pode ser administrado a crianças depois dos
9 aos 15 anos e mulheres dos 16 aos 26 anos. O homem é portador. Cada dose custa
160,45 euros.
SOAP: subjetivo, observável/objetivo, avaliação, prestação
Planeamento familiar:
-Consulta de planeamento familiar-idade -DUM; TA
-Alterações ginecológicas-prurido, ardor -Peso e altura-IMC
-Menopausa
-Relações sexuais-ardor, desconforto -PNV
-Método contracetivo -Avaliação dos problemas obs.
-Ultima citologia
-Mamografia -Ensino em relação à citologia, -
Autoexame da mama autoexame da mama e menopausa
-Ciclo menstrual-fluxo sanguíneo -Encaminhamento para consulta
medica
Saúde Infantil:
-Consulta de saúde infantil-idade -Peso, estatura, perímetro cefálico
-Alimentação- introdução de alimentação, refeições diárias, ingestão de água
-Higiene corporal e higiene oral -PNV
-Sono e repouso-horas de sono e dificuldade em adormecer
-Eliminação vesical e intestinal -Desenvolvimento psicomotor-Mary S.
-Socialização c/adultos- c/ quem ficam nos tempo livres
-Visão e audição -Ensinos em relação a alimentação, higiene,
-Encaminhamento para consulta medica prevenção de acidentes
Saúde Materna:
-Consulta de SM: IG -Peso - DUM
-Queixas gerais -TA - DPP:DUM+7d+9M
-Desconforto/complicações de trimestre -Movimentos fetais
-Sono e Repouso -Glicosúria e proteinuria
- Eliminação - PNV e alterações
-Alimentação -Ensinos em relação ao trimestre e
-Higiene Oral próximos desconfortos
Exame físico