Sistema de Automacao para Acionamento de PDF
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Sistema de Automacao para Acionamento de PDF
Serra
2015
Cleber Silva Ferreira
Serra
2015
RESUMO
Figura 1: Produção dos portos brasileiros (Governo, Federal Brasileiro, 2011). ....................... 6
Figura 2: Logomarca da VALE (VALE, SA, 2012)................................................................... 7
Figura 3: Correia Transportadora (SENAI, 2011). ..................................................................... 8
Figura 4: Chute de transferência (SENAI, 2011). ...................................................................... 8
Figura 5: Cabeça móvel (fonte própria). .................................................................................... 9
Figura 6: Damper (Fonte Própria). ............................................................................................. 9
Figura 7: Virador de Vagões (ThyssenKrupp Industrial Solutions, 2015). .............................. 10
Figura 8: Empilhadeira (portosma, 2012). ............................................................................... 11
Figura 9: Tripper (fonte própria). ............................................................................................. 12
Figura 10: Recuperadora (ig, 2012). ......................................................................................... 12
Figura 11: Carregador de Navio (fonte própria). ...................................................................... 13
Figura 12: Complexo portuário de Tubarão/ES (Fonte Própria). ............................................. 14
Figura 13: Controlador Lógico Programável (Automation, 2015). .......................................... 18
Figura 14: Sistema SCADA porto de referência (Fonte Própria). ............................................ 18
Figura 15: Pirâmide da automação (CASSIOLATO, 2011). ................................................... 20
Figura 16: Rede Ethernet (Ramos, 2011). ................................................................................ 21
Figura 17: WPF - Windows Presentation Foundation (Sur, 2010). ......................................... 22
Figura 18: Arquitetura do padrão OPC (Servicelab Ltd., 2015). ............................................. 25
Figura 19: Antiga solução (Fonte própria). .............................................................................. 28
Figura 20: Padronização dos CLPs (Fonte própria). ................................................................ 29
Figura 21: Janela de configuração (fonte própria).................................................................... 30
Figura 22: Janela de lista de OPCServers (fonte própria). ....................................................... 31
Figura 23: Janela de fila de rotas (fonte própria)...................................................................... 32
Figura 24: Janela de lista de rotas (fonte própria). ................................................................... 32
Figura 25: Tela de movimentos para iniciar rota (fonte própria). ............................................ 33
Figura 26: Janela de inconsistência (fonte própria). ................................................................. 34
Figura 27: Janela de movimentos ativos (fonte própria). ......................................................... 35
Figura 28: Janela de movimentos ativos para finalizar operação (fonte própria). ................... 36
Figura 29: Iniciar substituição de rotas (fonte própria). ........................................................... 37
Figura 30: Escolha da rota substituta (fonte própria). .............................................................. 38
Figura 31: Janela de eventos do sistema (fonte própria). ......................................................... 39
Figura 32: Arquitetura do sistema (Fonte própria). .................................................................. 40
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 6
1.1 Granéis Sólidos ..................................................................................................... 6
1.2 Porto de referência ................................................................................................ 7
1.3 Problema a ser solucionado .................................................................................. 14
1.4 Objetivos do trabalho ........................................................................................... 15
1.3 Estrutura do trabalho ........................................................................................... 16
2 PADRÃO DE TECNOLOGIAS DE AUTOMAÇÃO ........................................................................17
2.1 Controlador lógico programável............................................................................ 17
2.2 Sistemas SCADA – (Supervisory Control and Data Acquisition) ......................... 18
2.3 Tecnologia de Automação X Tecnologia de Informação .......................................... 19
2.4 Protocolo de Comunicação Ethernet ...................................................................... 20
2.5 WPF - Windows Presentation Foundation .............................................................. 21
2.6 Linguagem de programação C# ............................................................................ 22
2.7 Banco de dados Relacional ................................................................................... 22
2.8 Padrão OPC ........................................................................................................ 23
3 SISTEMA ROTAS............................................................................................................................. 26
3.1 Premissas de Segurança ....................................................................................... 26
3.1.1 Limites de rotas por correia transportadora .......................................................... 26
3.1.2 Posição das cabeças móveis de chutes de transferência ......................................... 26
3.1.3 Posicionamento de tripper de empilhadeiras ........................................................ 27
3.1.4 Sentido de correias transportadoras ..................................................................... 27
3.2 Antiga Solução para acionamento das Rotas ........................................................... 27
3.3 Padronização Lógica dos CLPs ............................................................................. 29
3.4 Descritivo funcional do sistema Rotas ................................................................... 30
3.4.1 Configuração do sistema ................................................................................ 30
3.4.2 Criação fila de rotas ....................................................................................... 31
3.4.3 Inicialização de rotas ..................................................................................... 33
3.4.4 Finalização de rotas ....................................................................................... 35
3.4.5 Rotas Substitutas ........................................................................................... 36
3.4.6 Tela de eventos ............................................................................................. 38
3.5 Arquitetura do sistema ......................................................................................... 39
3.6 Banco de Dados .................................................................................................. 40
3.7 Cliente OPC ....................................................................................................... 41
4 RESULTADOS .................................................................................................................................. 42
5 TRABALHOS FUTUROS.......................................................... Erro! Indicador não definido.
6 CONCLUSÃO ................................................................................................................................... 43
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................... 46
APÊNDICE A ....................................................................................................................................... 48
APÊNDICE B ....................................................................................................................................... 54
6
1 INTRODUÇÃO
Quando estamos falando de comércio internacional, os portos são responsáveis por grande
parte das importações e exportações de um país e são considerados como mecanismos de
desenvolvimento econômico. Os portos marítimos são áreas que, além de servir como local de
atracação é onde são realizadas operações de carga, descarga, transporte e armazenamento de
mercadorias. De acordo com a SEP, Secretaria Especial de Portos, a costa brasileira possui
8,5 mil quilômetros navegáveis e o Brasil possui um setor portuário que movimenta
anualmente cerca de 700 milhões de toneladas das mais diversas mercadorias, das quais 60%
são de graneis sólidos (Governo, Federal Brasileiro, 2013).
Com todo este potencial comercial, aliado às tecnologias disponíveis de automação
industrial, pode-se obter excelentes lucros melhorando a eficiência operacional dos portos de
Graneis Sólidos.
Os graneis sólidos são aqueles produtos que não são acondicionados em qualquer tipo de
embalagem. A carga é transportada sem acondicionamento, sem marca de identificação e sem
contagem de unidades. São exemplos de graneis sólidos: os minérios de ferro, manganês,
bauxita, carvão, sal, trigo, soja, fertilizantes, etc. (Governo, Federal Brasileiro, 2011).
Para se ter uma ideia, em 2013 o complexo portuário brasileiro movimentou 931 milhões
de toneladas de carga bruta. Isto representa um crescimento de 2,9% em relação a 2012, onde
60% foram atribuídos a portos de graneis sólidos (Governo, Federal Brasileiro, 2013).
• Os trippers são utilizados nos casos em que o produto transportado pela correia
transportadora que está ligada à empilhadeira, em vez de subir para empilhadeira,
deverá ser transportado até a extremidade da correia transportadora onde está o chute
de transferência, a fim de alimentar outra correia transportadora. Para ocorrer o desvio
de fluxo de minério para a empilhadeira ou envio direto para outra correia
transportadora, utiliza-se o tripper. O tripper eleva a parte da correia transportadora
que está posicionado na entrada da empilhadeira, fazendo com que o produto a ser
empilhado seja desviado para o chute da correia transportadora da lança da
empilhadeira, possibilitando o empilhamento no pátio. Este equipamento, quando está
na posição "Alto", envia o produto para a empilhadeira, e quando está na posição
"Baixo" permite que o produto passe direto e seja transportado até o chute de
transferência para outra correia transportadora (SENAI, 2011).
12
• As recuperadoras são máquinas de pátio que retiram o material que está estocado em
pilhas, formadas pela empilhadeira, nos pátios de estocagem e transferem-no para uma
correia transportadora situada na lança da máquina, através da roda de caçamba, a fim
de enviar o produto para correia transportadora do pátio, com a finalidade de estocar o
produto em outro pátio de estocagem ou até mesmo embarcá-lo no navio (SENAI,
2011).
Os sistemas SCADA, Supervisory Control and Data Acquisition, são sistemas destinados
a monitorar e formatar informações do processo produtivo, interagindo geralmente com CLPs,
através de algum protocolo de comunicação. Estes sistemas são capazes de apresentar ao
operador todas as informações importantes do processo de forma simples em uma tela de
computador. Além de informar ao operador as condições operacionais, os sistemas SCADA
também possibilitam comandos remotos com os atuadores do processo, como por exemplo, a
abertura de uma válvula de controle. Outra função importante dos sistemas SCADA é o
tratamento de alarmes do processo, ou seja, quando ocorre um evento crítico o usuário é
avisado para a correta tomada de decisão (Keith Stouffer, 2006).
O protocolo Ethernet é baseado na norma IEEE 802.3 que define padrões de transmissão
de dados. A rede Ethernet foi criada em 1972 pela Xerox. Em sua primeira versão funcionava
com a taxa de transferência de 10Mbps. Este protocolo foi desenvolvido de acordo o modelo
de camadas OSI que define como será feita a instalação física, as conexões elétricas e as
conexões lógicas entre os dispositivos da rede. A rede Ethernet possui dois modos de
transmissão, Half-duplex onde cada estação transmite e recebe uma de cada vez, e Full-
duplex, onde cada estação transmite e recebe simultaneamente. Hoje é possível maiores taxas
de transferências como 100 Mbps no Fast Ethernet e 1000 Mbps ou mais em Gigabit Ethernet,
a figura 16 mostra a um exemplo de aplicação de uma rede ethernet (Filippetti, 2008).
Todos os CLPs, servidores e computadores do porto de referência estão ligados na mesma
rede ethernet. Assim, é possível a comunicação da solução proposta com qualquer CLP da
rede.
21
Component Object Model) foi desenvolvido junto com o sistema operacional Windows NT e
foi logo aceito pela indústria e é largamente utilizado até hoje. Basicamente, o DCOM é um
conjunto de definições para permitir aplicações distribuídas em uma arquitetura clente-
servidor. Com o DCOM um cliente pode acessar diferentes servidores ao mesmo tempo e um
servidor pode disponibilizar seus recursos para diferentes clientes ao mesmo tempo. Os
objetos DCOM são acessíveis através de uma identificação CLSID (ClassIdentifier) mantida
no registro do Windows. O ciclo de vida de um objeto DCOM é gerenciado pelo próprio
servidor, de forma que o mesmo se “auto-deleta” quando nenhum cliente está utilizando o
mesmo, liberando recursos do sistema (Foundation, 2003).
Como o OLE/DCOM é um produto Microsoft o padrão OPC é nativo da plataforma
Windows e funciona em todas as versões do sistema operacional (Foundation, 2003).
Os produtos para monitoração de dados como sistemas supervisório por exemplo, são
definidos como clientes OPC. Já os produtos que fazem a comunicação direta com os
dispositivos de campo utilizando protocolos proprietários são definidos como servidores OPC
(Foundation, 2003).
Os fabricantes de dispositivos, como CLPs por exemplo, fornecem um servidor OPC
capaz de comunicar com todos os protocolos de comunicação compatíveis com seus produtos.
Este servidor é um software, geralmente em ambiente Windows, que é executado em um
computador (Foundation, 2003).
Cada cliente OPC pode conectar-se a diferentes servidores, os servidores podem funcionar
no mesmo computador que o cliente ou em outro computador de forma remota. Diante disto
qualquer produto que funcione como cliente OPC poderá se comunicar com quaisquer
servidores OPC de quaisquer fabricantes (Foundation, 2003).
O fabricante Rockwell Automation desenvolveu um software chamado RSLinx que
funciona como um Servidor OPC. O RSLinx permite que diversos drivers de comunicação
sejam configurados para diversos protocolos como ControlNet, DeviceNet, Ethernet, DH+
entre outros. Este software é capaz de funcionar como um único servidor OPC e comunicar
com diversos clientes OPC sendo executados na mesma máquina ou em máquinas remotas.
Todos os CLPs do porto de referência são da Rockwell Automation, assim utilizamos o
RSLinx como servidor OPC para nos comunicarmos com estes CLPs a fim de acionar e
monitorar as variáveis dos CLPs relativas aos equipamentos das rotas.
A OPCFoundation disponibiliza os SDKs com as bibliotecas do padrão OPC. Estas
bibliotecas são recursos necessários para o desenvolvimento de clientes OPC com base no
Framework .Net 4 que é a plataforma de bibliotecas da Microsoft que iremos utilizar no
25
desenvolvimento do software.
A figura 18 mostra a arquitetura básica de um sistema de automação integrado com os
sistemas de supervisão de processos através do padrão OPC.
3 SISTEMA ROTAS
Para que não ocorram perdas operacionais ocasionadas pelo acionamento automático das
rotas de minério, é importante assegurar que todas as premissas de segurança sejam atendidas.
A solução proposta deverá realizar um teste destas premissas de segurança antes de permitir o
acionamento das rotas de equipamentos.
Cada correia transportadora possui uma capacidade de carga nominal de minério de ferro
definida em projeto, as rotas simultâneas programadas para uma correia transportadora
representam um somatório de cargas neste equipamento. A solução proposta deverá assegurar
que o limite de número de rotas de minério para cada correia transportadora seja respeitado,
afim de não permitir que o número de rotas proporcione uma carga maior que a capacidade
nominal das correias transportadoras.
A solução proposta deverá verificar o correto posicionamento das cabeças móveis para
27
garantir que o minério seja transferido para correia transportadora correta. Caso o minério seja
transferido para a correia transportadora errada e esta correia estiver parada, ocorrerá o
entupimento do chute de transferência e o desentupimento do chute pode levar várias horas
acarretando em graves perdas de produção. Esta segurança é também garantida pelos
intertravamentos gerados pelas lógicas dos CLPs, que controlam as rotas de minério, sendo
assim, a segurança gerada pelo sistema de gestão de rotas deverá ser a segurança primária na
interface com o operador.
por algumas telas do sistema SCADA da plataforma RSView SE 4.0 do fabricante Rockwell.
Para realizar esta tarefa foi implementada uma solução utilizando códigos VBA que interagia
com um banco de dados não relacional via ODBC. Porem segundo o manual do RSview o
recurso de VBA deve ser utilizado criando pequenas rotinas de código, sendo assim não
aconselhado pelo próprio fabricante que toda uma solução seja baseada nesta tecnologia
(Crossland, 2004). Além disto o RSView não dispõem de um objeto nativo para exibir dados
em formato de tabela. Sendo assim é necessário à utilização de dezenas de labels para expor
as listas de equipamentos de cada rota, isto deprecia a desempenho do sistema (Rockwell,
2005). Em função destas características ocorriam varias paradas operacionais intermitentes.
Como se tratava de uma deficiência do projeto, a manutenção não conseguia resolver e
convivia com estas falhas.
A figura 19 mostra uma imagem da antiga janela com a lista de rotas ativas. Como o
sistema SCADA não possui ferramenta nativa para exibir grandes massas de dados, a única
solução era animar cada objeto de texto via programa em VBA.
Teste de consistência e permissão são dois termos largamente utilizados no que diz
respeito ao intertravamento dos acionamentos dos equipamentos que compõe as rotas de
minério do porto de referência.
• Teste de consistência: este termo é utilizado para indicar que o sistema deve ler
alguma informação no CLPs sobre as premissas de segurança e verificar se esta
informação está coerente com a rota a ser ativada, sendo assim trata-se de um teste de
segurança para ativação da rota. Caso a ativação da rota não passe neste teste de
segurança, a mesma será definida como inconsistente e não será permitido seu
acionamento.
• Permissão: depois de realizada devidamente o teste consistência, o sistema de rota está
autorizado a escrever uma informação nos CLPs permitindo que os equipamento
sejam acionados. Cada equipamento da rota possui seus endereços de permissão.
No sistema de automação do Porto de Minério de Tubarão, todos os endereços
relacionados com o controle das rotas de minério são padronizadas. Como todos os CLPs da
planta são do modelo ControlLogix da Rockwell, foi possível utilizar um recurso deste
modelo de CLP chamado de DefinedUser. Com este recurso podemos criar tipos de dados
definidos pelo usuário. Conforme mostra a figura 20, foi criado o tipo "RSVEqp_TR" que
contempla todas as informações necessárias para realização de leituras de informações para
testes de consistência de cada rota e realização de escrita nos endereços de permissões de
ativação dos equipamentos das rotas.
O sistema Rotas dispões de interfaces com o usuário onde é realizado a ativação das rotas
de equipamentos do porto de referência. A seguir vamos descrever todos os passos para a
ativação das rotas.
A figura 21 exibe a janela que foi desenvolvida para configuração do sistema. Esta tela só
poderá ser acessada através da senha de manutenção.
Através da desta janela podemos configurar parâmetros importantes sobre a conexão com
o banco de dados e com qual ou qual Servidor OPCs que o sistema irá se conectar para trocar
informações com os CLPs. O sistema possibilita cadastro de um ou mais Servidores OPCs
para a troca de informação com os CLPs. Para prover a redundância de Servidor OPCs o
sistema adota a ordem de cadastro como a ordem de seleção de qual Servidor OPC ele
utilizará para comunicar com os CLPs. Caso ocorra falha de comunicação no servidor
selecionado, o próximo servidor é utilizado. Se o usuário desejar trocar o servidor selecionado
manualmente, o sistema dispõem de recurso para a promoção de outro Servidor OPC
cadastrado no sistema, conforme figura 22.
31
Observando a figura 23, vemos o botão “Adicionar Rota”, ao clicar neste botão é exibido
ao operador uma janela que o possibilita a visualização de todas as rotas cadastradas no
sistema, além disto, é possível filtrá-las por equipamento de origem, equipamento de destino e
até 3 correias transportadoras que compões a rota como mostrado na figura 24. Quando o
operador seleciona a rota desejada e clica no botão Adicionar a rota é inserida na fila do
processo desejado.
Enquanto a rota estiver ativa esta será exibida na lista de movimentos ativos, como pode
ser observado na figura 27. Quando não houver mais a necessidade de operação da rota, o
operador deverá acessar a lista de movimentos ativos, selecionar a rota clicando na mesma e
clicar no botão “Fim de operação” conforme mostra a figura 28. Neste momento o sistema
escreve em todos os endereços de permissão o valor 0 que outrora fora escrito valor 1
permitindo que a rota fosse acionada.
36
Figura 28: Janela de movimentos ativos para finalizar operação (fonte própria).
Este processo de desligamentos desnecessários de varias correias leva um tempo longo que
representa perda de produção.
O sistema Rotas foi desenvolvido com uma funcionalidade chamada de substituição de
rotas. Este recurso é destinado somente a rotas onde a origem é um virador de vagões.
Com este novo recurso, quando ocorrer o fim de uma rota de um virador de vagões e que
será substituída por outra rota de outro virador de vagões, ao finalizar a primeira rota a
segunda rota será ativada sem desligar as correias transportadoras em comum, evitando assim
o desligamento desnecessário de correias transportadoras. Para utilizar este recurso o usuário
deve acessar a tela de movimentos ativos, seleciona a rota a ser finalizada e clicar no botão
“Substituir” rota conforme mostra a figura 29.
Em seguida será exibida uma tela com a lista de rotas possíveis para outros viradores de
vagões, assim basta o operador selecionar a rota desejada e clicar no botão “Iniciar” rota
conforme mostra a figura 30.
38
Outra funcionalidade importante do sistema Rotas que pode ser observada na figura 31, é
a janela “Eventos do sistema”. Este recurso possibilita ao usuário pesquisar todos os eventos
gerados pelo sistema. Esta janela dispõe de campos de filtro por código da rota, data inicial,
data final e palavra chave facilitando assim as pesquisas do usuário.
39
O sistema Rotas é um cliente OPC podendo ler e escrever nas TAGs dos CLPs através da
conexão com o Servidor OPC. Tanto os CLPs, Servidores e Clientes estão na mesma rede
Ethernet viabilizando o funcionamento do Cliente OPC.
Para isso ser possível foram adotadas as bibliotecas da fundação OPC DA através da
referências aos arquivos OpcNetApi.dll, OpcNetApi.Com.dll, OpcNetApi.Xml.dll. Estes
arquivos são integrantes do SDK disponibilizado pela OPC Foudation.
Foi desenvolvida uma classe de interface com as bibliotecas do SDK da OPC Foundation
chamada ConexaoOpc.cs, esta classe é responsável por toda a comunicação entre o Rotas e o
Servidor OPC.
42
4 RESULTADOS
Na seção 1.4 foram definidos alguns objetivos a serem alcançados pela solução proposta.
Neste capítulo serão expostos os resultados alcançados com base nos objetivos definidos.
Na seção 3.7 foi demostrado que o sistema Rotas é um cliente OPC capaz de se comunicar
com os CLPs que seguem a tendência tecnologia atual adotada pelo mercado de automação
industrial, como no porto de referência. No capítulo 3.4.1 foi detalhado a interface de
configuração da propriedade de cliente OPC do sistema Rotas, neste capítulo é destacado que
o sistema Rotas pode definir vários servidores OPC, e assim pode contar com redundância de
servidores. Com base neste parágrafo foi assegurado que o objetivo 1 do capítulo 1.4 foi
alcançado.
Conforme mostrado na seção 3.4.2 o operador do sistema de Rotas conta com recursos
amigáveis para a escolha da rota desejada, podendo filtrar estas rotas por equipamento de
origem, até 3 correias transportadoras, e equipamento de destino. Além disto o sistema possui
filas de rotas criada pelo operador, para organizar a programação de produção. O trabalho
alcançou o objetivo 2 proposto no capítulo 1.4.
Na seção 2 foram explicadas todas as premissas de segurança que a solução proposta
deverá assegurar antes que permita que as rotas sejam acionadas. O sistema Rotas que trata
todos os testes de consistência e asseguram que as premissas de segurança serão atendidas.
Desta forma a solução proposta atende o objetivo 3.
A seção 3.4.5 demostra o recurso denominado Rotas Substitutas, este recurso, quando
utilizado, garante que ao terminar a produção de uma rota que possui um virador de vagões
como origem e iniciar uma nova rota com virador de vagões, todas as correias transportadoras
que são em comum com as duas rotas não serão desligadas otimizando a operação. Sendo
assim o objetivo 4 foi alcançado.
43
5 CONCLUSÃO
de uma consulta de banco de dados e mostra ao usuário em formato de tabela. Para realizar
esta tarefa na plataforma RSView se faz necessário a utilização de dezenas de objetos de texto
animados via código VBA, neste caso o próprio fabricante não recomenda o desenvolvimento
de aplicações totalmente baseadas em VBA pois este recurso deve ser usado para pequenas
tarefas.
Como as possíveis combinações de equipamentos do porto de minério de tubarão
representam milhares de rotas, foi necessária a utilização de um banco de dados relacional
para armazenar todas as informações relacionadas aos equipamentos existentes na planta e
suas rotas. O produto adotado para a solução proposta foi o SQLServer da Microsoft.
Com a necessidade de utilizar um banco de dados relacional, dado a deficiência do
RSView de gerenciar as consultas do banco de dados e expô-las em tabelas, foi definido como
solução para gerenciamento do acionamento das rotas de equipamentos o desenvolvimento de
um sistema para realizar a interface entre operador, banco de dados e CLPs da planta. A
plataforma escolhida para desenvolvimento deste sistema foi a plataforma WPF .NET
encontrada no framework .Net da Microsoft, e foi escolhida a linguagem c#.
O porto de referência possui 60 CLPs instalados no porto de minérios, estes CLPs estão
conectados na mesma rede ethernet. Estes CLPs são todos do modelo ControlLogix do
fabricante Rockwell Automation. A Rockwell Automation possui um Servidor OPC capaz de
se conectar aos CLPs ControlLogix e promover a comunicação de um cliente OPC com o
CLP.
Assim, o objetivo principal do trabalho é uma solução de software que armazene todas as
combinações possíveis de rotas de equipamentos do porto, provê interface ao operador, prover
interface de manutenção e interaja com os CLPs da planta, a fim de permitir ou não o
acionamento dos equipamentos do porto.
Alguns objetivos específicos foram definidos como a capacidade do sistema de ser
aplicável a qualquer porto que siga as tendências de automações consolidadas no mercado
conforme o porto de referência, interface simples possibilitando a filtragem das rotas,
organização personalizável da programação de rotas, realização de teste das premissas de
segurança e otimização do acionamento das correias transportadoras em rotas que o
equipamento de origem são os viradores de vagões.
Após o desenvolvimento do software Rotas e iniciado a sua utilização no porto de
referência, foi concluído que para o acionamento de rotas de equipamentos em portos de
graneis sólidos, o desenvolvimento de um sistema específico utilizando as tecnologias
apresentadas nos capítulos anteriores se mostrou mais indicado do que a utilização de um
45
sistema SCADA devido possuir objetos nativos para tratamento de grandes massas de dados,
assim eliminando a utilização de rotinas de VBA e excesso de objetos de texto desnecessários
como acontecia no sistema SCADA. Além disto aprendemos que é indispensável à correta
padronização dos endereços dos CLPs, deste modo todos os equipamentos do porto
disponibilizarão corretamente os endereços necessários para o controle de permissão de
acionamento dos equipamentos. Outro pré-requisito observado é a rede ethernet, que deve
conectar todos os CLPs e servidores da planta com alta disponibilidade, pois em caso de falha
de comunicação, mesmo que sendo intermitentes, afetará o funcionamento do sistema.
Na fase de operação assistida, observou-se que o sistema Rotas funcionou sem falhas,
diferentemente do antigo sistema responsável pelo acionamento das rotas de equipamentos.
Foi percebido a satisfação dos operadores do processo, que passaram a trabalhar com a
interface mais estável, que oferece mais praticidade na operação. Outro ponto a ser ressaltado
é a necessidade de treinamento da equipe de manutenção de automação sobre as tecnologias
relacionadas à área de tecnologia da informação. Isto se faz necessário devido à interseção
entre a tecnologia de automação com os sistemas informatizados.
O sistema Rotas auxilia a equipe de operação ao escolher a rota desejada. A próxima etapa
do software será indicar ao operador qual é a rota de menor custo, levando em consideração
parâmetros como tempo de transporte de produto e consumo de energia. Também deverá
verificar as restrições operacionais que inviabilizam a operações de rotas candidatas a serem
acionadas.
Outro novo trabalho será desenvolver um modulo de servidor do software Rotas para
fornecer estatísticas de produção via web para ser consultadas pela administração da empresa.
46
REFERÊNCIAS
Abreu, Aline França de e Abreu, Pedro Felipe de. 2011. Tecnologia da Informação
Aplicada a Cadeia de Suprimentos. Curitiba : IESDE Brasil, 2011.
ig. 2012. Máquinas gigantes e paisagem marciana nas minas de ferro da Vale. IG.
[Online] 1 de janeiro de 2012. [Citado em: 1 de fevereiro de 2014.]
http://economia.ig.com.br/empresas/industria/máquinas-gigantes-e-paisagem-
marciana-nas-minas-de-ferro-da-vale/n1237726864434.html.
Keith Stouffer, Joe Falco, Karen Kent. 2006. Guide to Supervisory Control and
Data Acquisition (SCADA) and Industrial Control Systems Security. Gaithersburg :
National Institute of Standards and Technology, 2006. NIST Special Publication 800-
82 .
Servicelab Ltd. 2015. Zugriff auf andere Steuerungen mit ServiceLab. Servicelab.
[Online] 15 de janeiro de 2015. [Citado em: 15 de fevereiro de 2015.]
http://www.servicelab.co.uk/servicelab/servicelab.nsf/id/pa_opcserver_rockwell_mitsu
bishi.html.
VALE, SA. 2012. Vale Nossa História. Rio de Janeiro : Verso Brasil,, 2012. ISBN
978-85-62767-07-4.
48
APÊNDICE A
MODELO DO BANCO DE DADOS
• Correias transportadoras reversíveis
• Trippers
49
• Cabeças Móveis
• Dampers
50
• Gestão de rotas
origem e destino;
rOperação Armazena as rotas que estão em operação no momento atual;
rSubstitutas Armazena as rotas substitutas que estão aguardando a finalização das rotas
a serem substituídas no momento atual;
OPC Armazena dados do Servidor OPCs utilizados, e dos computadores clientes
que consomem os dados deste Servidor OPCs;
Clientes Armazena dados dos computadores clientes que executa o sistema Rotas;
APÊNDICE B
CLASSES DO SOFTWARE ROTAS
Foi desenvolvida uma classe abstrata chamada “BaseDados”, esta classe define as
assinaturas das classes filhas que representam todas as transações estabelecidas entre o
software Rotas e o banco de dados. Para cada Storage Procedure existente no banco de dados
existe um método de uma classe filha correspondente.
sp_Eqp_Insert dbEqp
sp_Evento_Consulta dbEvento
sp_Evento_Insert dbEvento
sp_Fila_Consulta dbFila
sp_Fila_Delete dbFila
sp_Fila_Insert dbFila
sp_Leitura_Cm_Consulta dbCm
sp_Leitura_Dp_Consulta dbDp
sp_Leitura_LimiteTr_Consulta dbComposicao_Tr
sp_Leitura_Rv_Consulta dbRv
sp_Leitura_Tp_Consulta dbTp
sp_LimiteTr_Count dbTr
sp_OD_Compartilhada_Count dbOD
sp_Opc_Atualiza_Status dbOpc
sp_Opc_Consulta dbOpc
sp_Opc_Insert dbOpc
sp_Opc_Promover dbOpc
sp_Operacao_Consulta dbOperacao
sp_Operacao_Delete dbOperacao
sp_Operacao_Delete_All dbOperacao
sp_Operacao_Id_Consulta dbOperacao
sp_Operacao_Insert dbOperacao
sp_Rota_Consulta dbRota
sp_Rota_Insert dbRota
sp_Rv_Count dbRv
sp_SetRota_Cm_Consulta dbCm
sp_SetRota_Destino_Consulta dbDestino
sp_SetRota_Dp_Consulta dbDp
sp_SetRota_OD_Consulta dbOD
sp_SetRota_Origem_Consulta dbOrigem
sp_SetRota_Rv_Consulta dbRv
sp_SetRota_Tp_Consulta dbTp
sp_SetRota_Tr_Consulta dbTr
sp_Substituta_Consulta dbSubstituta
sp_Substituta_Delete dbSubstituta
sp_Substituta_Insert dbSubstituta
sp_Substituta_Substituida_Select dbSubstituta
sp_Tp_Count dbTp
sp_Tr_Compartilhada_Count dbTr
sp_Tr_Consulta dbTr
sp_Tr_Insert dbTr
sp_Tr_Select_TrProx dbTr
sp_VV_Count dbVV
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• Teste de Consistência
consistência;
• Escrita de permissões
Para cada interface com o usuário foi criada uma classe que cria uma thread para gerar
paralelismo no sistema e tornar a operação das telas do sistema independentes. A única tela
que não possui uma classe para gerar um thread é a tela MainWindow, pois ela é a janela que
funciona na thread principal do sistema iniciada quando o sistema é aberto.
Estas são as classes das telas de interface com o usuário, todos são classes filhas da classe
Windows que é uma classe integrante da biblioteca framework .Net 4.0 da plataforma WPF
da Microsoft.
Foi desenvolvido uma classe de interface com as bibliotecas do SDK da OPC Foundation
chamada ConexaoOpc.cs, esta classe é responsável por toda a comunicação entre o Rotas e o
Servidor OPC.
• Classe roteador
Quando uma rota é iniciada, o método Rotear é acionado, assim o sistema realiza a
primeira varredura que pode ser observada na linha 47, quando é chamado o método
Consistencia_Trata_Cada_Tr que pode ser observado no método Rotear. Nesta varredura é
identificado cada equipamento que compões a rota, isto ocorre para que seja realizado o teste
de consistência de cada equipamento da rota. Se em todos os equipamentos da rota não
ocorrer inconsistência, o sistema libera a rota para ser acionada.