Visual Studio 2008

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Capítulo 5

Visual Studio 2008


• Net Framework
• Soluções e projetos
InFoRmátICa 4 CaPítulo 5

Figura 196
.NET Framework.

AJAX (acrônimo
para a expressão em

O
inglês Asynchronous
Javascript And XML, que
literalmente pode ser
traduzido para Javascript
e XML Assíncrono) é o Visual Studio é um conjunto de ferramentas de desenvol-
nome dado à utilização vimento que contém editores de códigos, IntelliSense, assistentes e diferentes
metodológica de
linguagens em um mesmo ambiente de desenvolvimento integrado para prin-
Javascript e XML para
cipiantes e profi ssionais. Apresenta-se em diferentes plataformas: PC´s, servido-
fazer com que as páginas
res, aplicações web e móveis. Em uma visão mais abrangente, o Visual Studio
web se tornem mais
permite o desenvolvimento rápido de aplicativos, recursos de depuração e banco
interativas.
de dados, sem depender dos recursos oferecidos pelo Framework 3.5. Auxilia no
desenvolvimento Web habilitado para o AJAX, contando ainda com os recursos
do ASP.NET.

5.1. .nEt Framework


Desenvolvido pela Microsoft, o .NET Framework é um modelo de programa-
ASP.NET, sucessora
da tecnologia ASP (de
ção de código gerenciado para criar aplicativos cliente, servidores ou dispositi-
Active Server Pages vos móveis. É formado por um conjunto variado de bibliotecas que facilitam o
ou páginas de servidor desenvolvimento de aplicações, desde as mais simples até as mais complexas,
ativo) é a plataforma da bem como a instalação e distribuição de aplicações. Baseado em tecnologia de
Microsoft usada para máquina virtual, o .NET Framework é totalmente orientado a objetos.
o desenvolvimento de Na quarta camada temos Web Services e Web Forms. O Web Service representa
aplicações web. O .NET Framework 3.5 incrementa as versões anteriores com novas imple- a integração entre os dados de diferentes aplicações e plataformas, permitindo o
mentações ASP.NET e AJAX e aumenta a integração com o LINQ (Language envio e recepção de dados no formato XML. Tudo de maneira muito fácil. Para
Integrated Query, ou consulta integrada de linguagem) que é uma nova fer- que isso ocorra, entra em cena o Web Forms, criando um ambiente de desen-
ramenta de pesquisas em base de dados, além de suporte total para Windows volvimento semelhante às ferramentas que normalmente utilizamos, clicando e
Workfl ow Foundation (WF), Windows Communication Foundation (WCF), arrastando, assim como se faz no FrontPage da Microsoft. Já o Windows Form
Windows Presentation Foundation (WPF) e Windows CardSpace. Sua estrutu- é uma evolução dos formulários utilizados para programação.
ra é composta por diferentes camadas, como podemos visualizar na fi gura 196.
Localizado na penúltima camada de baixo para cima, o Common Type Sys-
O Microsoft .NET Framework
Na camada inferior, encontramos a Common Language Runtime (CLR) ou tem (CTS), que pode ser literalmente traduzido como sistema de tipo comum,
3.5 é o modelo de programação tempo de execução de linguagem comum. Sua fi nalidade é executar as aplica- existe para que ocorra a integração entre as linguagens de programação. Defi -
do Windows Vista e, segundo a ções, criando um ambiente de máquina virtual e compilando as linguagens de ne como os tipos de dados serão declarados, usados e gerenciados no momento
própria Microsoft ao anunciar programação do .NET Framework em código nativo. O .NET Frameworks da execução do aplicativo.
o lançamento, “combina o Base Class, na segunda camada de baixo para cima, representa as bibliotecas de
poder do .NET Framework 2.0 classes disponíveis para o desenvolvimento de aplicativos (consulte o quadro Re- No topo, aparecem as linguagens de programação utilizadas para o desenvolvimen-
com novas tecnologias para cursos de classes disponíveis na página 188). É o principal ponto de interatividade to da aplicação, como VB, C++, C# e JScript. Assim, pode-se concluir que o con-
construção de aplicativos”. com o Runtime (tempo de execução). junto de todas as camadas mencionadas representa o pacote do Visual Studio.Net.
Permite a realização de novas
experiências, comunicação Na terceira camada ascendente, está o ADO.NET (Data e XML). O ActiveX 5.1.1. máquina virtual
integrada e sem fronteiras, Data Objects (ADO) oferece todos os recursos necessários para a criação e ma-
além de ser útil para vários nipulação de bancos de dados fornecidos por meio das classes System.Data, A máquina virtual serve como uma camada entre o código e o sistema operacio-
processos corporativos. .Common, .OleDb, .SqlClients, SqlTypes, .Odbc e .Xml. nal. Todo código escrito no .NET (Visual Basic, C# ou qualquer outra lingua-

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Figura 197
gem), é compilado para uma linguagem intermediária chamada CIL (Common
O Visual Studio.
Intermediate Language ou linguagem intermediária comum), que é distribuída
e executada pelos diferentes clientes da aplicação.

5.1.2. Garbage collector (coletor de lixo)


Mecanismo interno que possibilita a retirada da memória de objetos que não
estão sendo mais utilizados. A operação é feita sem a interferência do usuário,
em intervalos de ociosidade da CPU.

5.2. Soluções e projetos


Quando iniciamos uma aplicação ou serviço no Visual Studio, temos um pro-
jeto que funciona como um repositório para gerenciamento dos códigos fonte,
conexões com bancos, arquivos e referências. Ele representa uma pasta da Solu-
ção (Solution), que por sua vez poderá conter inúmeros projetos independentes

Figura 198
Recursos de classes disponíveis Janela de Projeto.

• System: entre os seus inúmeros recursos, está o suporte


para programação, os tipos de bases (String, Int32,
DateTime, Boolean etc.) e as funções matemáticas.

• System.CodeDom: para a criação e execução de código


de maneira imediata.

• System.Collections: define containers como listas,


filas, matrizes etc.

• System.Diagnostics: todas as classes necessárias


para fazer diagnósticos.

• System.Globalization: suporte para a globalização, ou


seja, essa classe integra toda a plataforma do Framework.

• System.IO: suporte para o FileSystem, usando classes entre si, elaborados em diferentes linguagens e organizados no formato de pastas
de manipulação de arquivos e diretórios. semelhante ao Windows Explorer. Os arquivos de projetos (.vbproj, .csproj etc.)
e os arquivos de solução (.sln) estão no formato XML.
• System.Resources: usado para tradução do aplicativo em
diferentes idiomas e também para retorno de mensagem 5.2.1. Iniciando o Visual Studio – Solution
de acordo com o idioma selecionado pelo usuário.
Ao iniciar o Visual Studio pela primeira vez (fi gura 197), surge a tela de Start
• System.Text: suporte para a codificação e ao Page (ou página inicial). No menu File (arquivo), entre em New (novo) e clique
StringBuilder, para manipulação de Strings. em Project (projeto), como ilustra a fi gura 198.

• System.Text.RegularExpressions: suporte Em templates (modelos), escolha o tipo de projeto a ser elaborado (Windows
para expressões regulares. Form Application ou aplicação de formulário Windows, Console Application
ou aplicação de painel de controle etc.). Lembre-se de nomear o seu projeto e

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Informática 4 capítulo 5

Figura 199 Figura 202


Definição da Solution. ToolBox.

indicar a localização, ou seja, onde os arquivos serão gravados e o nome da sua


Solution (solução), como mostra a figura 199. Confirme os dados e teremos a
Solution aberta para o desenvolvimento da aplicação.

Caso o projeto seja elaborado utilizando o Visual Basic, o procedimento


será o mesmo. Escolha em Project Types (tipos de projeto) a opção Others
Languages (outras linguagens), depois Visual Basic e, por fim, a template na
qual deseja trabalhar.
gramação do formulário; Form1.Designer.cs, para programação visual do for-
5.2.2. Conhecendo o Visual Studio mulário; e Program.cs, o programa principal, no qual encontramos o método
main(), que dará início à aplicação.
O Visual Studio apresenta uma série de janelas e guias que fazem parte da sua
IDE (Integrated Development Environment ou Ambiente de Desenvolvimento Para aplicações em Visual Basic, será disponibilizado o arquivo Form1.vb, que possui
Integrado). Confira algumas, a seguir. a mesma função do Form1.cs. Confira, a seguir, janelas disponíveis e suas funções:

Barra de ferramentas (toolbar), que disponibiliza os botões de comandos mais ToolBox (caixa de ferramentas): contém componentes para o desenvolvimento
utilizados (figura 200). do projeto, os quais estão divididos em guias de acordo com o tipo de aplicação.
Nesse caso, podemos verificar (figura 202) a aba de componentes da categoria
Figura 200 Common Controls (controles comuns).
Toolbar.
Form (formulário): essa janela (figura 203) receberá os componentes da tool-
box e a programação correspondente. Os componentes serão “arrastados” sobre
o Form para compor a interface do usuário e terão suas propriedades modifica-
das de acordo com o projeto. Para ativar a janela de código e realizar a progra-
Solution Explorer: mostra os arquivos que fazem parte do seu projeto. É seme- mação, é preciso dar um duplo clique sobre o componente ou formulário.
lhante ao Explorer do Windows, pois permite criar, excluir e importar arquivos
(figura 201). Properties (propriedades): permite alterar as propriedades dos componentes, que
podem aparecer organizadas por categoria ou em ordem alfabética (figura 204).
Se analisarmos uma aplicação Windows Form Application em C#, dentro da
janela Solution, podemos encontrar os seguintes arquivos: Form1.cs, para pro- A janela de propriedade traz, de acordo com cada componente toolbox, uma série de
recursos para configuração. Por exemplo, um componente Label (rótulo), utilizado
Figura 201
Solution Explorer. Figura 203
Form.

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Informática 4 capítulo 5

Figura 204 Figura 207


Properties. Auto Hide.

Figura 208
Fixar janela.

para incluir expressões no projeto, possuindo diversas propriedades – tais como name
(nome), text (texto), visible (visível), font (fonte), forecolor (cor) – e que poderão ser
manipuladas diretamente na janela ou por meio de programação, utilizando a nota-
ção de “ponto”, conforme o seguinte código, que oculta o Label: Auto Hide: um apontador indica a posição da janela, que ficará oculta. Basta
um simples movimento do mouse sobre o título dessa janela (figura 207) para
Label1.Visible = false; que ela seja aberta. Para fixá-la, utilize o ícone semelhante a um preguinho
(figura 208), localizado na barra de título.
Code and Text Editor (editor de texto e de código) é a janela que utilizaremos para
implementar os códigos de programação (figura 205). Para acessá-la, basta clicar duas Podemos movimentar as janelas e colocá-las em qualquer lugar da aplicação com a
vezes sobre ela ou em qualquer componente. Outra opção é usar os botões Code (có- ajuda dos guias. Para isso, clique na barra de título e mantenha o botão do mouse
digo) e View (visualizar) na janela de Solution Explorer, como mostra a figura 206. pressionado, arrastando a janela para qualquer área de seu desktop. Imediatamen-
te, surgirão as indicações das guias (figura 209). Escolha uma delas e solte a janela.
Figura 205
Code and text Editor. Figura 209
Guias de janelas.

Figura 206
Em destaque, os botões
Code e View.

5.2.3. Gerenciador de janelas 5.2.4. Nomenclatura de componentes


O Visual Studio apresenta muitas janelas e, para facilitar o seu gerenciamento, Cada componente recebe uma numeração automática quando inserido no pro-
existem quatro recursos. Confira quais são, a seguir. jeto (Label1, Label2, Label3 etc.). Não há problemas em manter esses nomes,
mas, para deixar o código mais legível e padronizado, o melhor é utilizar um
Dockable: coloca a janela aberta junto à janela principal do programa. prefixo relacionado ao tipo de componente e à sua identificação. Por exemplo:

Hide: fecha aquela janela e, para abri-la novamente, usa o menu View. Label1 = lblPergunta

Floating: a janela fica flutuante, podendo ser deslocada para qualquer parte Label2 = lblMensagemAlerta
do desktop.

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A tabela 12 mostra alguns dos vários prefi xos utilizados na plataforma .NET. Durante essa atividade, podemos recorrer a alguns botões auxiliares (fi gura 212)
como Break, Stop e Restart.
tabela 12
PREFIXOS USADOS NA .NET
Componente Prefixo Componente Prefixo 5.2.7. Identificação de erros
O Visual Studio nos ajuda a identifi car ou interpretar alguns erros que po-
label lbl listBox lst dem ocorrer durante o processo de criação ou execução do código. Confi ra
textBox txt Datalist Dtl alguns, a seguir.
DataGrid dtg Repeater Rep
Erro de sintaxe: geralmente é identifi cado com uma linha em vermelho su-
Button btn Checkbox Chk blinhando a expressão. No exemplo mostrado na fi gura 213, estão faltando as
aspas no fechamento da expressão.
ImageButton imb CheckBoxlist Cbl
DropDownlist ddl RadioButton Rdo Figura 213
Erro de sintaxe.
RadioButtonlist rbl PlaceHolder PhD
Image img table tbl
Panel pnl Validators Val
Erro antes da execução: quando o código apresenta algum erro e uma execu-
ção é forçada, uma caixa de diálogo solicita ao usuário que continue a execução
5.2.5. IntelliSense do código, mesmo constando erro (fi gura 214). Isso faz com que a última versão
correta seja executada, ignorando a atual.
Ao digitar alguma instrução, aparecerá uma série de complementos relacionados
a ela. Quando escrevemos “Console”, por exemplo, são disponibilizados vários Figura 214
métodos. Com a ajuda da tecla Tab ou da Barra de Espaço, a instrução se com- Janela de erro.
põe naturalmente (fi gura 210).

Figura 210
IntelliSense.
Instrução

Na parte inferior do Visual Studio, podemos visualizar o painel (error list) de


Opções de Erros, Warnings e Messages (fi gura 215).
complemento
Figura 215
Painel de erros.

5.2.6. Executando a aplicação


Para executar a aplicação, pressione a tecla “F5”, ou, na barra de menu, clique
no item Debug. Escolha a opção Start Debugging ou utilize o botão da barra de
ferramentas (fi gura 211). Clique sobre o erro identifi cado (1, 2 etc.) para que ele seja selecionado no códi-
go para visualização.
Figura 211
Executando a aplicação. Erro de classe ou método: comumente identifi cado com uma linha em azul
sublinhando a expressão (fi gura 216). No exemplo, a instrução está escrita de
forma errada, pois o correto é WriteLine().
Figura 212
Controles de execução. Figura 216
Erro de classe.

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