Conhecimentos Especifico
Conhecimentos Especifico
Conhecimentos Especifico
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Finalidades. Procedimentos. Noções de arquitetura e meio ambiente – planejamento. Condicionantes. Licença e aprovação de
projetos. Conclusão de projetos aprovados – recebimento das obras. Elementos básicos de projeto – plantas. Cortes. Fachadas.
Desenho de arquitetura – símbolos e convenções.Formatos. Desenho topográfico.Projeto de reforma e modificação. Condições
gerais das edificações – áreas. Classificação dos compartimentos. Circulação em um mesmo nível. Elementos de construção –
fundações.Condições gerais das edificações – áreas. Condições gerais das edificações – áreas. Classificação dos compartimen-
tos. Circulação em um mesmo nível. Elementos de construção – fundações. Paredes. Coberturas. Revestimentos. Estruturas.
Noções básicas dos materiais de construção – argamassas. Materiais cerâmicos. Materiais betuminosos. Concreto simples.
Madeira. Aço. Execução de obras - armação. Concretagem. Ferramentas. Metragem. Cálculos simples de áreas e volumes.
Instalações elétricas prediais. Instalações hidráulicas prediais – instalações de água potável. Instalações de esgotos sanitários.
Instalações de águas pluviais. Serviços públicos – redes de abastecimento de água. Redes de esgoto. Redes de águas pluviais.
Noções de controle de estoque de materiais nas obras particulares.................................................................................................................01
Vistorias para: emissão de Habite-se, revisão de IPTU, reclassificação e recadastramento de áreas construídas dos imóveis,
verificação de denúncias, numeração de imóveis, verificação da acessibilidade. Vistorias ensejadas por determinação judicial.
Postura e Serviços: Conhecimentos de elaboração de correspondências, protocolos e notas fiscais. ................................................29
Aplicação de multas, notificações, embargos, interdições, apreensão de mercadorias comercializadas sem autorização, fecha-
mento de estabelecimentos. Vistorias, análises, pareceres em processos, ações, de acordo com a legislação. Verificação de
limpeza de terrenos, da construção de calçadas, licenciamento de estabelecimentos, horário de funcionamento de estabele-
cimentos. Verificação de perturbação do sossego, ocupação indevida de espaços públicos. Controle de ambulantes, controle
da exploração de comunicação visual e auditiva – placas, faixas, letreiros luminosos, outdoors entre outros. Atendimento ao
público para esclarecimentos, orientação e recebimento de denúncias...........................................................................................................42
Legislação: Da Administração Pública (arts. 37 a 41). Estatuto das Cidades (Lei n.º 10.257, de 10 de Julho de 2001). Códi-
go de Obras de Sorocaba. (Lei Municipal nº 1.437, de 21 de novembro de 1996 - artigos: 77, 302, 305, 310, 11, 315, 316,
338, 344, 351, 376, 380, 384, 386, 395, 425 e 426). Leis Municipais nºs 9.555/2011, 10.958/2014 (Decreto regulamentador
22.894/2017), 1.602/1970, 8.381/2008, 10.307/2012, 10.475/2013, 3.444/1990, 8.345/2007, 8.693/2009 (Decreto Regulamen-
tador 21.823/2015), 9.022/2009 (Decreto regulamentador 18.195/2010), 11.367/2016, 10.052/2012, 2.590/1987, 10.051/2012,
11.868/2019, 11.735/2018 e 10.736/2014. Decreto 10.291/1997.........................................................................................................................43
FINALIDADES. PROCEDIMENTOS. NOÇÕES DE ARQUITETURA E MEIO AMBIENTE – PLA-
NEJAMENTO.CONDICIONANTES. LICENÇA E APROVAÇÃO DE PROJETOS. CONCLUSÃO
DE PROJETOS APROVADOS – RECEBIMENTO DAS OBRAS. ELEMENTOS BÁSICOS DE
PROJETO – PLANTAS. CORTES. FACHADAS. DESENHO DE ARQUITETURA – SÍMBOLOS
E CONVENÇÕES. FORMATOS. DESENHO TOPOGRÁFICO. PROJETO DE REFORMA E MO-
DIFICAÇÃO. CONSTRUÇÃO OBRAS: FINALIDADES. PROCEDIMENTOS. CONDIÇÕES GE-
RAIS DAS EDIFICAÇÕES – ÁREAS. CLASSIFICAÇÃO DOS COMPARTIMENTOS. CIRCULA-
ÇÃO EM UM MESMO NÍVEL. ELEMENTOS DE CONSTRUÇÃO – FUNDAÇÕES. PAREDES.
COBERTURAS. REVESTIMENTOS. ESTRUTURAS. NOÇÕES BÁSICAS DOS MATERIAIS DE
CONSTRUÇÃO – ARGAMASSAS. MATERIAIS CERÂMICOS. MATERIAIS BETUMINOSOS.
CONCRETO SIMPLES. MADEIRA. AÇO. EXECUÇÃO DE OBRAS - ARMAÇÃO. CONCRETA-
GEM. FERRAMENTAS. METRAGEM. CÁLCULOS SIMPLES DE ÁREAS E VOLUMES. INSTA-
LAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS. INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS PREDIAIS – INSTALAÇÕES
DE ÁGUA POTÁVEL. INSTALAÇÕES DE ESGOTOS SANITÁRIOS. INSTALAÇÕES DE ÁGUAS
PLUVIAIS. SERVIÇOS PÚBLICOS – REDES DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA. REDES DE ES-
GOTO. REDES DE ÁGUAS PLUVIAIS. NOÇÕES DE CONTROLE DE ESTOQUE DE MATERIAIS
NAS OBRAS PARTICULARES.
Para facilitar seus estudos, vamos agrupar os assuntos do edital dentro de três tópicos principais – PROJETO e
CONSTRUÇÃO, DOCUMENTAÇÃO E FISCALIZAÇÃO -, de forma que a exploração dos assuntos seja feita de forma mais
didática.
Os assuntos serão discorridos dentro de uma lógica, abordando o conhecimento pedido no edital.
PROJETO
O projeto arquitetônico de uma edificação é composto por algumas etapas que se caracterizam pela coleta de
informações, desenvolvimento de estudos e serviços técnicos e emissão de produtos finais, objetivando, de acordo
com o Roteiro para o Desenvolvimento do Projeto de Arquitetura da Edificação do IAB:
ou posteriormente a ele. É o projeto para aprovação junto à Prefeitura Local, atendendo, além das exigências contidas
no programa de necessidades, Estudo Preliminar e Anteprojeto, as exigências legais (normas técnicas de acordo com
o município). Inclui: projeto arquitetônico, hidrossanitário, memorial descritivo, responsabilidade técnica (RRT), e o que
mais for exigido pela Prefeitura Local;
• Projeto Executivo: é o conjunto de documentos técnicos (memoriais, desenhos e especificações) necessários
à licitação e/ou execução (construção, montagem, fabricação) da obra. Constitui a configuração desenvolvida e deta-
lhada do Anteprojeto aprovado pelo cliente;
• Acompanhamento à Execução da Obra é fase complementar de projeto que se desenvolve concomitante-
mente à execução da obra. Serão acompanhadas as fases da obra para a orientação dos profissionais envolvidos e será
feita a supervisão dos serviços a fim de garantir a qualidade e a execução de acordo com o projeto.
1
Ainda de acordo com o Roteiro para o Desenvolvimen- prietário da construção e futuros moradores), condicio-
to do Projeto de Arquitetura da Edificação do IAB: nantes locais (terreno, vizinhança e clima), condicionan-
• Serviços Excluídos: além do Projeto de Arqui- tes locais legais (leis e normas acerca do uso e ocupação
tetura da Edificação o arquiteto está técnica e legalmen- do solo) e condicionantes locais técnicas (propriedades e
te habilitado à realização de outros serviços, excluídos do características do solo do terreno, tipos de encostas, etc).
presente roteiro, entre os quais:
a) pesquisas, elaboração de programa de necessidades Profissional Habilitado Para Elaborar Projeto e
e similares; Executar Obra
b) levantamento arquitetônicos, urbanísticos, topográ- Para pequenas obras, muitas vezes quem projeta é
ficos e geológicos (sondagens); também quem executa à obra. Ou seja, o autor do pro-
c) estudos de viabilidade (técnico – legal) arquitetônica, jeto (responsável pelo projeto de arquitetura) é também
planos diretores urbanísticos e similares; quem se responsabiliza tecnicamente pela construção.
d) projeto de reforma, revitalização e restauração de Isto é o que muitas vezes ocorre em obras de menor por-
edificações; te. No conjunto ou jogo de plantas do projeto à ser apro-
e) projetos de reparo, conservação/manutenção e lim- vado na prefeitura, geralmente é necessário a assinatura
peza de edificações; do responsável pelo projeto e do responsável técnico
f) projetos complementares de estrutura instalação pela execução da obra.
hidrosanitárias (água quente e fria, esgotos e águas plu- Entretanto estas funções podem ser divididas e um
viais), de gás, de proteção contra incêndio e de coleta de engenheiro ou arquiteto pode se limitar a somente a pro-
lixo, instalações elétricas e telefônicas, conforto ambiental, jetar, se apresentando apenas como responsável técnico
acústica, sonorização e luminotécnica, instalações de ar pelo projeto, enquanto outro profissional engenheiro
condicionado e exaustão mecânica, entre outros; ou arquiteto pode se incumbir da execução da obra, ou
g) Projetos de paisagismo, arquitetura de interiores, de- seja, desempenhar apenas a função de responsável pela
coração, mobiliário e comunicação visual; execução da obra, o que são coisas distintas em termos
h) Projetos de desenho urbano, loteamentos, remem- de tarefas. Mas neste caso, o profissional que executa a
bramento / de terrenos e similares; obra, deve seguir estritamente o projeto fornecido pelo
i) Planos urbanísticos; engenheiro ou arquiteto que elaborou o projeto.
j) Estudos da viabilidade econômico – financeira, esti-
Geralmente, no que tange a projetos e obras de
mativas de custos, Orçamento e similares;
maior porte, como construção de grandes edificações,
k) Vistorias / perícias, laudos / pareceres, assessoria /
como edifícios de apartamentos ou edifícios comerciais,
consultoria e similares;
shopping centers, hotéis e etc, estas tarefas são bastante
l) Fiscalização (técnica) de projetos (realizados por ter-
especializadas, e geralmente os projetos de arquitetura
ceiros), em nome do cliente;
são elaborados por escritórios de arquitetura, enquanto
m) Gerenciamento (técnico, administrativo e finan-
a execução da obra fica por conta de engenheiros e em-
ceiro) de projetos (realizados por terceiros), em nome do
presas de construção civil.
cliente;
n) Fiscalização de execução de obras (realizadas por
Requisitos e Necessidades dos Usuários
terceiros) ou fiscalização da construção / construtor, mon-
Um projeto e uma construção que resulte em uma
tagem/montador, fabricação/fabricante em nome do
“boa” edificação, geralmente tem um projeto adequa-
cliente;
do aos hábitos e modos de vida dos usuários. Em ou-
o) Gerenciamento da execução de obras (realizadas por
tras palavras, durante a elaboração do projeto, na fase
terceiros) ou fiscalização técnica, administrativa e financei-
inicial o proprietário deve revelar ao engenheiro ou ar-
ra da construção/construtor, montagem/montador, fabri-
quiteto o que espera de uma futura construção, e assim
cação/fabricante, em nome do cliente;
sendo, uma construção quando possível, deve ter um
p) Execução de obras (construção/montagem/fabrica-
número de cômodos necessários e requisitados, como
ção).
salas, quartos, banheiros, uma garagem ou mais de uma,
enfim, levar em conta as expectativas do clientes, mas
Requisitos e Condicionantes
considerar também as possibilidades econômicas para
Existem muitos fatores que envolvem a elaboração de
concretizar a construção.
um projeto de construção.
Além da necessidade de um engenheiro ou arquiteto,
Condicionantes Locais | Terreno e Clima
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Como exemplo, uma casa de praia deve ser muito Assim, geralmente para se projetar ou adequar um
bem ventilada, se possível permitindo que as correntes projeto, é preciso ter informações sobre a topografia do
de ventos predominantes ajudem a ventila-la, tornando terreno (forma do terreno), para resolver qual rumo ou
seu interior agradável e com temperatura amena. A po- partido tomar.
sição em relação ao sol, também deve ser pensada se Se um terreno é acidentado ou em declive, é neces-
possível em termos evitar superaquecimento ou reten- sário pensar qual será a abordagem, se serão feitos ater-
ção de calor. ros ou desmontes de terra, optando-se por torna-lo pla-
Já no caso de uma casa de campo nas montanhas, no ou modificar sua superfície, ou pensar em uma casa
em clima frio, deve-se evitar perdas de calor, na verdade aproveitando os declives ou desníveis do terreno. Esta
tentar reter e aproveitar o calor do sol durante o dia para última solução geralmente é considerada como melhor
mantê-la aquecida e confortável à noite. Quanto aos em muitas situações.
ventos predominantes, numa área de clima predominan-
temente frio, estes devem ser evitados. Exigências legais - Aprovação de projetos de ar-
Os sistemas de ventilação e esquadrias de uma casa, quitetura
numa região quente e úmida devem ter detalhes dife- Uma vez lançada a ideia de projeto, ou seja, as for-
rentes das esquadrias de uma casa em região de clima mas, tipologias e dimensões iniciais do futuro empreen-
predominantemente frio. dimento, cabe ao arquiteto a análise das leis e normas
Assim, é importante quanto aos detalhes do projeto que estabelecem os parâmetros legais para a aprovação
de uma casa, mesmo que seja uma casa bastante sim- e licença para construir tal edificação.
ples, atentar e considerar as condições climáticas locais e Para a aprovação de um projeto de arquitetura de-
a orientação do terreno em função dos pontos cardeais vem ser respeitados diversos condicionantes impostos
para que se tenha melhores resultados. pelos órgãos regulamentadores e fiscalizadores, em ní-
vel municipal, estadual e federal. Temos dessa forma, o
Exigências e Condicionantes Legais estabelecimento de criterioso processo de criação por
Os projetos são feitos de forma específica para aten- parte do arquiteto, pois muitas das vezes, determinados
der às exigências legais para construir. Ou seja, para artigos presentes nas diversas leis analisadas, podem
construir é necessário apresentar um projeto legal (con- condicionar as formas e dimensões dos elementos cons-
juntos de pranchas com desenhos da casa ou edificação) trutivos. Itens como limite de altura, área máxima para
para que os engenheiros e arquitetos da prefeitura local construção, taxas de permeabilidade de solo, zonas de
possam examinar. Uma vez que esteja dentro das nor- ocupação, afastamentos em relação ao terreno e prédios
mas e exigências locais, então é dada a licença para a vizinhos, entre outros, são alguns dos tópicos presentes
construção. na vasta gama de observações a serem respeitadas na
Geralmente estas exigências são obtidas através de hora de lançar um novo projeto.
consulta na prefeitura local, na secretária de obras ou Não podemos deixar de lembrar que quando a com-
através de publicações dos chamados “códigos de obras” plexidade projetual nos leva para empreendimentos es-
em cidades maiores, que apresentam as exigências e pecíficos, podemos ter legislações igualmente próprias
normas para cada região da cidade. Em grandes cidades, sobre o tema desenvolvido, como por exemplo, a apro-
muitas vezes as exigências e normas mudam até de rua vação de projetos da área da saúde, onde existem leis e
para rua no mesmo bairro. normas sobre o tema, além das tradicionais. Essa leitura é
Logo alguém perguntaria que tipo de exigências são feita sempre pelo profissional responsável pelo projeto, a
estas? Em linguagem fácil, pode-se citar a taxa de ocu- partir das exigências dos órgãos respectivos.
pação ou área do terreno em percentual do terreno que
pode ser construído, ou se a casa pode encostar nas di- Principais exigências para aprovação de projetos
visas, ou se é preciso deixar um afastamento lateral de em geral:
um lado ou ambos os lados (geralmente 1,5 m), se exis- Legislação municipal
te recuo e/ou afastamento obrigatório com relação ao Os municípios brasileiros possuem dentro de seus
meio fio e calçada, e qual a distância deste afastamento. corpos legislativos dois documentos em forma de lei,
Também são exigências o número máximo de pavimen- que estabelecem como deve funcionar a cidade e suas
tos permitidos (andares construídos), tamanho mínimo construções: o Plano Diretor e o Código de Obras.
de cômodos e outras exigências usuais e correlatas. Em
muitas cidades, quanto à obras menores, as exigências Plano Diretor
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
são semelhantes, entretanto é importante certificar-se Vejamos algumas definições de Plano Diretor:
das particularidades locais. “Plano diretor é o instrumento básico de um processo
de planejamento municipal para a implantação de polí-
Condicionantes Técnicas tica de desenvolvimento urbano, norteando a ação dos
Nem todos os terrenos tem mesma firmeza para sus- agentes públicos e provados.” (ABNT, 1991).
tentação dos alicerces e fundações de uma edificação, Seria um plano que, a partir de um diagnóstico cien-
ou seja, a parte que irá sustentar a estrutura, como os tífico da realidade física, social, econômica, política e
pilares, vigas, lajes, e também a alvenaria. administrativa da cidade, do município e de sua região,
E nem sempre os terrenos são planos ou se apresen- apresentaria um conjunto de propostas para o futuro
tam de forma geométrica regular ou trivial na forma de desenvolvimento socioeconômico e futura organização
retângulos. espacial dos usos do solo urbano, das redes de infraes-
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trutura e de elementos fundamentais da estrutura ur- Código de Obras
bana, para a cidade e para o município, propostas estas Possibilita ao poder público exercer o controle e fisca-
definidas para curto, médio e longo prazos, e aprovadas lização do espaço urbano construído. Estão estabelecidas
por lei municipal. (VILLAÇA, 1999, p. 238) as normas técnicas para todos os tipos de construção, e
“É plano, porque estabelece os objetivos a serem atin- definidos também, os procedimentos de aprovação de
gidos, o prazo em que estes devem ser alcançados [...], as projeto e licenças para execução de obras, bem como
atividades a serem executadas e quem deve executá-las. os parâmetros para fiscalização do andamento da obra e
É diretor, porque fixa as diretrizes do desenvolvimento aplicação de penalidades.
urbano do Município.” (SILVA, 1995, p. 124 – grifos no Nos Códigos atuais aparecem artigos que visam as-
original). segurar conceitos novos, tais como: conforto ambiental,
“O Plano Diretor pode ser definido como um conjun- conservação de energia, acessibilidade às pessoas com
to de princípios e regras orientadoras da ação dos agen- deficiência ou mobilidade limitada, entre outros.
tes que constroem e utilizam o espaço urbano.” (BRASIL, De uma forma geral, salvo às peculiaridades de cada
2002, p.40). município, existem alguns itens elementares, que são:
Plano diretor é um documento que sintetiza e torna - Classificação das edificações conforme seu uso (re-
explícitos os objetivos consensuados para o Município e sidencial, comercial, mista, industrial, etc.) com suas exi-
estabelece princípios, diretrizes e normas a serem utiliza- gências específicas;
das como base para que as decisões dos atores envolvi- - Dimensões mínimas e máximas dos ambientes,
dos no processo de desenvolvimento urbano convirjam, áreas de ventilação e iluminação naturais, e elementos
tanto quanto possível, na direção desses objetivos (SA- construtivos;
BOYA, 2007, p. 39). - Afastamentos do corpo da edificação em relação às
Para a formalização de um Plano Diretor é necessária divisas do terreno;
a sua aprovação pela Câmara de Vereadores do Municí- - Áreas máximas de construção em relação à área do
pio, e ser instaurado em forma de Lei. terreno. Igualmente taxas de ocupação e de permeabili-
dade do solo;
Por intermédio da fixação de princípios, normas e di-
- Exigências de portas, janelas, passeios, elevadores,
retrizes, o plano deve fornecer as orientações necessárias
circulações e corredores com suas dimensões limítrofes;
para as ações que influenciam o desenvolvimento urba-
- Alturas mínimas e máximas de paredes e muros;
no. Podemos exemplificar tais ações como: a abertura de
- Vagas de estacionamento;
uma nova avenida, a construção e um prédio residencial,
- Proteção e segurança das obras;
implantação de uma estação de tratamento de esgoto,
- Passeios e logradouros públicos;
reurbanização de áreas degradadas da cidade, etc. Es-
- Penalidades e multas por descumprimento de nor-
sas ações definem o desenvolvimento da cidade, dessa mas;
maneira, é vital que sejam estabelecidas a partir de uma - Exigências projetuais para aprovação;
estratégia mais ampla, para que todos possam criar e ser - Anexos e apêndices específicos do município.
orientados de uma forma homogênea.
O Zoneamento é uma ferramenta primordial nesse Elementos básicos do projeto
sentido, pois delimita as iniciativas, sejam privadas ou Os elementos do desenho arquitetônico são vistas or-
individuais. tográficas formadas a partir de projeções ortogonais, ou
Aliada ao zoneamento da cidade, temos as estraté- seja, sistemas em que as linhas projetantes são paralelas
gias de atuação definidas pelo Poder Público, de suma entre si e perpendiculares ao plano projetante. Se forem
importância para todas as cidades. Sendo assim, um zo- consideradas as linhas projetantes como raios visuais do
neamento é composto por: observador, seria como se o observador estivesse no in-
- Definição do perímetro urbano, incluindo delimita- finito – assim os raios visuais seriam paralelos entre si.
ção da área urbana, de expansão urbana e rural;
- Definição das macrozonas, entendidas como gran-
des zonas que estabelecem um referencial para o uso
e a ocupação do solo, e para a aplicação dos progra-
mas contidos nas estratégias. Para conferir a coerência
pretendida para a lógica do desenvolvimento urbano, é
importante que o macrozoneamento tenha um número
limitado de macrozonas diferentes.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Planta Baixa: Desenho onde são indicadas as dimensões horizontais. Este desenho é o resultado da interseção de
um plano horizontal com o volume arquitetônico. Consideramos para efeito de desenho, que este plano encontra-se
entre 1,20 a 1,50m de altura do piso do pavimento que está sendo desenhado, e o sentido de observação é sempre em
direção ao piso (de cima para baixo). Então, tudo que é cortado por este plano deve ser desenhado com linhas fortes
(grossas e escuras) e o que está abaixo deve ser desenhado em vista, com linhas médias (finas e escuras). Sempre con-
siderando a diferença de níveis existentes, o que provoca uma diferenciação entre as linhas médias que representam
os desníveis.
Cortes: São os desenhos em que são indicadas as dimensões verticais. Neles encontramos o resultado da interse-
ção do plano vertical com o volume. A posição do plano de corte depende do interesse de visualização. Recomenda-
-se sempre passá-lo pelas áreas molhadas (banheiro e cozinha), pelas escadas e poço dos elevadores. Podem sofrer
desvios, sempre dentro do mesmo compartimento, para possibilitar a apresentação de informações mais pertinentes.
Podem ser transversais (plano de corte na menor dimensão da edificação) ou longitudinais (na maior dimensão). O
sentido de observação depende do interesse de visualização. Os cortes devem sempre estar indicados nas plantas para
possibilitar sua visualização e interpretação.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Elevações ou Fachadas: São desenhos das projeções verticais e horizontais das arestas visíveis do volume proje-
tado, sobre um plano vertical, localizado fora do elemento arquitetônico. Nelas aparecem os vãos de janelas, portas,
elementos de fachada, telhados assim como todos os outros visíveis de fora da edificação.
Planta de Cobertura: Representação gráfica da vista ortográfica principal superior de uma edificação, ou vista aé-
rea de seu telhado, acrescida de informações do sistema de escoamento pluvial.
Planta de Implantação ou Localização: Representação da vista ortográfica superior esquemá- tica, abrangendo o
terreno e o seu interior, com a finalidade de identificar o formato, as dimensões e a localização da construção dentro
do terreno para o qual está projetada.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Planta de Situação: Vista ortográfica superior esquemática com abrangência de toda a zona que envolve o terreno
onde será edificada a construção projetada, com a finalidade de identificar o formato, as dimensões do lote e a amar-
ração deste no quarteirão em que se localiza.
As linhas
As linhas são os principais elementos do desenho arquitetônico. Além de definirem o formato, dimensão e posicio-
namento das paredes, portas, janelas, pilares, vigas, objetos e etc, determinam as dimensões e informam as caracterís-
ticas de cada elemento projetado. Sendo assim, estas deverão estar perfeitamente representadas dentro do desenho.
As linhas de um desenho normatizado devem ser regulares, legíveis (visíveis) e devem possuir contraste umas com
as outras.
Nas plantas, cortes e fachadas, para sugerir profundidade, as linhas sofrem uma gradação no traçado em função do
plano onde se encontram. As linhas em primeiro plano – mais próximo – serão sempre mais grossas e escuras, enquan-
to as do segundo e demais planos visualizados – mais afastados – serão menos intensas.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Traço forte: As linhas grossas e escuras são utilizadas para representar, nas plantas baixas e cortes, as paredes e
todos os demais elementos interceptados pelo plano de corte. No desenho a lápis pode-se utilizar a lapiseira 0,5 e re-
traçar a linha diversas vezes, até atingir a espessura e tonalidade desejadas, ou então utilizar-se o grafite 0,9, traçando
com a lapiseira bem vertical. Com o uso de tinta nanquim a pena pode ser 0.6;
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Traço médio: As linhas médias, ou seja, finas e escuras, representam elementos em vista ou tudo que esteja abai-
xo do plano de corte, como peitoris, soleiras, mobiliário, ressaltos no piso, paredes em vista, etc. É indicado o uso do
grafite 0,5, num traço firme, com a lapiseira um pouco inclinada, procurando girá-la em torno de seu eixo, para que
o grafite desgaste homogeneamente mantendo a espessura do traço único. Para o desenho a tinta pode-se usar as
penas 0,2 e 0,3;
Traço fino: Para linhas de construção do desenho – que não precisam ser apagadas – utiliza-se linha bem fina. Nas
texturas de piso ou parede (azulejos, cerâmicas, pedras, etc), as juntas são representadas por linhas finas. Também para
linhas de cota, auxiliares e de projeção. Utiliza-se normalmente o grafite 0,3, ou o grafite 0,5 exercendo pequena pres-
são na lapiseira. Para tinta, usa-se as penas 0,2 ou 0,1.
*** textos e outros elementos informativos podem ser representados com traços médios.
Títulos ou informações que precisem de destaque poderão aparecer com traço forte.
Tipos de Linhas
Formatos de impressão
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Plantas de projetos de arquitetura e engenharia demandam formatos de impressão bem maiores do que aqueles
tidos como tradicionais, isto porque precisam demonstrar em escala correta todos os detalhes necessários para a
execução da obra. A impressão fidedigna da espessura das linhas, hachuras, legendas, escalas, cotas é feita através da
configuração adequada das “penas de impressão (espessuras e tipos de linhas)” aonde cada cor de linha desenhada no
arquivo será configurada com uma espessura adequada para ser impressa. A impressão deste desenho detalhado em
grandes formatos é denominado plotagem de projetos.
As plotagens, são feitas em impressoras especiais, denominadas “plotter”, que devem seguir alguns padrões de
impressão para efetuar o processo da forma mais otimizada possível. Com o uso desta ferramenta, é possível imprimir
plantas e projetos com riquezas de detalhes, diretamente de programas específicos, como por exemplo o Autocad. As
extensões mais comuns destes tipos de arquivos são DWG ou PLT.
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Impressão de projetos de engenharia em plotter: formatos
Há um sistema que padroniza os formatos de impressão em plotter, baseados pela Organização Internacional para
Padronização, o ISO 216. Os formatos padrões mais utilizados nos projetos são:
Há outros padrões de papeis, além do A, temos o B, o C, sendo que em todos eles, cada formato tem como medida
a metade do próximo formato sequencial, como podemos notar na figura abaixo:
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Vale lembrar também, que estes projetos possuem uma regra de dobra padrão ABNT NBR 13142, conforme figura
abaixo:
Desenho Topográfico
O que é Topografia?
Topografia é a descrição minuciosa de um trecho da Terra contendo informações de todos os detalhes existentes
como estradas, casas, montes, vales, rios, etc.
A palavra Topografia é de origem grega. TOPOS significa lugar e GRAFIA significa descrição.
Aplicações da Topografia
• Construção civil (edifícios, pontes, viadutos, túneis, etc);
• Urbanismo (loteamento, parcelamento do solo, etc);
• Geologia;
• Oceanografia;
• Mapeamento topográfico e cartográfico;
• Medição de propriedades rurais e urbanos;
• Entre outras.
Divisão da Topografia
Levantamento topográfico ou topometria
O levantamento topográfico deve representar as características da superfície de um terreno bem como as dimen-
sões dos lotes fornecendo dados confiáveis para que, depois de interpretados e manipulados, possam contribuir nos
projetos arquitetônico e de implantação. Os levantamentos topográficos geralmente são apresentados através de
desenhos de curvas de nível e de perfis.
Os levantamentos topográficos podem ser divididos em: Levantamentos planimétricos e levantamentos altimétri-
cos.
Levantamento Planimétrico
Planimetria ou Placometria é a determinação das projeções horizontais dos pontos do terreno. São determinadas
as medidas corretas do terreno pois nem sempre as medidas indicadas na escritura conferem com as medidas reais.
Levantamento Altimétrico
Altimetria ou Hipsometria é a determinação das alturas no relevo do solo. Estuda os procedimentos, métodos e
instrumentos de distâncias verticais ou diferenças de nível e ângulos verticais (nivelamento).
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Topologia
Estuda as formas do relevo. Representa, através de curvas de nível e pontos cotados, o relevo do terreno em planta.
Conceitos importantes
Escala
Uma planta topográfica nunca é feita em verdadeira grandeza. Imagine um desenho topográfico de uma cidade
sendo feito em folhas no tamanho real. Gastaríamos milhões de folhas. Portanto, é adotada uma redução gráfica que
chamamos de escala.
A escala é a relação entre a representação gráfica de um objeto e sua dimensão no terreno, dada na forma de fração.
E = d/D
Onde:
10
• d : Dimensão gráfica
• D: Dimensão real
Quanto maior o denominador, ou seja, quanto maior a dimensão real, menor será a escala e o desenho consequen-
temente será menor. Portanto, o número de detalhes no desenho será menor.
Quanto menor o denominador, maior será a escala, ocasionando em um maior detalhamento dos elementos na
planta topográfica.
Exemplo: 10 cm no desenho feito na escala 1: 1.000 → E = d / D
1 / 1.000 = 10 cm / D → D = 1.000 x 10 cm → D = 10.000 cm → D = 100 metros
A escala pode ser classificada em escala gráfica e escala numérica.
Escala gráfica
Escala gráfica é uma régua desenhada na mesma escala da planta topográfica que representa a escala numérica
empregada. Geralmente são utilizadas em desenhos cartográficos onde o denominador é um número elevado.
Escala Gráfica
Escala numérica
A escala numérica é o valor numérico da escala da planta topográfica em forma de fração de número unitário.
• Escalas típicas para plantas de pequenos lotes urbanos: 1:100 e 1:200;
• Escalas de detalhes de terrenos urbanos: 1:50;
• Escala de planta de arruamentos e loteamentos urbanos: 1:500 e 1:1000;
• Escalas típicas para plantas de propriedades rurais: 1:1.000, 1:2.000 e 1:5.000;
• Planta cadastral de cidades e grandes propriedades rurais ou industriais: 1:5.000, 1:10.000 e 1:25.000;
• Cartas de municípios: 1:50.000 e 1:100.000;
• Mapas de estados, países, continentes e etc.: 1:200.000 a 1:10.000.000.
O Desenho Topográfico consiste na representação fiel do terreno em planta, com seus acidentes naturais, hidro-
grafia, uso do solo, benfeitorias, bem como todos os elementos relevantes para atender a finalidade do levantamento.
Devemos lembrar que qualquer planta topográfica deverá estar referida a um Sistema de Coordenadas.
No passado, o desenho topográfico era realizado de forma manual, em um original do qual eram tiradas cópias.
Atualmente, a planta topográfica é confeccionada utilizando recursos computacionais tipo CAD (Computer Aided De-
sign), e impressa com bom acabamento em impressoras convencionais e plotters.
Formas de representação:
•Ponto cotado;
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Forma de representação em que se assinalam somente pontos selecionados com suas cotas;
Fornece a precisão adequada mas não permite a visualização geral da forma do terreno;
Muito empregada em adutoras, redes de água e esgoto, e outros em que se exige o conhecimento preciso de
cotas e declividades.
#FicaDica
Observe que os pontos cotados apresentam a variação do relevo.
11
•Perfis e seções transversais;
Representam cortes verticais do terreno, ao longo de uma linha determinada;
Em geral a escala vertical é ampliada com relação à horizontal: EV=2a10×EH;
Permite a visualização das linhas do terreno, perfis de projeto, representação da lâmina d’água, áreas em corte ou
aterro, e outras.
•Curvas de nível.
São curvas planas que unem pontos de igual altura; portanto, as curvas de nível são resultantes da interseção da
superfície física considerada com planos paralelos ao plano de comparação.
Propriedades importantes e essenciais das curvas de nível:
•Toda curva de nível fecha-se sobre si mesma, dentro ou fora dos limites do papel;
•Duas curvas de nível jamais se cruzarão;
•Várias curvas de nível podem chegar a ser tangentes entre si (escarpa vertical)
•Uma curva de nível não pode bifurcar-se;
•Terrenos planos apresentam curvas de nível mais espaçadas; em terrenos acidentados as curvas de nível encon-
tram-se mais próximas uma das outras.
FIQUE ATENTO!
Na representação de uma reforma e/ou ampliação de uma construção é indispensável diferenciar, com
nitidez, aquilo que EXISTE do que será DEMOLIDO, assim como do que será CONSTRUÍDO.
Existem algumas CONVENÇÕES utilizadas para a boa representação de reformas e ampliações. Em todo caso, é
aconselhável indicar no projeto a LEGENDA da convenção utilizada.
Tramite legal
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Documentos fundamentais a apresentar são: projeto arquitetônico, escritura do terreno, Anotação de Responsabi-
lidade Técnica (ART), assinada por engenheiro, ou Registro de Responsabilidade Técnica (RRT), pelo arquiteto, depen-
dendo de qual profissional é autor do projeto.
O início da obra é liberado somente após análise e aprovação desses documentos pela administração pública.
Concluídos os trabalhos no canteiro, é preciso voltar à Prefeitura e solicitar o Habite-se, que autoriza o início da
ocupação efetiva do imóvel. A ampliação, por sua vez, aumenta área construída de casa já existente: com um quarto
ou banheiro a mais, ou aumento da cozinha, ou mesmo novo pavimento completo de dormitórios. A interferência
exige a previsão de novas vigas, lajes e pilares (elementos estruturais adicionais), a depender também de um projeto
arquitetônico elaborado.
12
Procedimentos finais do prazo de observação, ou vistoria que comprove a
Assim, o proprietário do imóvel vai requerer Alvará adequação do objeto aos termos contratuais, observa-
de Reforma à Prefeitura e, depois de concluída a obra, o do o disposto no art. 69 desta Lei;
Alvará de Regularização – quando o valor do Imposto § 2o O recebimento provisório ou definitivo não exclui
Predial e Territorial Urbano (IPTU) poderá ser alterado, em a responsabilidade civil pela solidez e segurança da
função do aumento da área construída. A reforma, por obra ou do serviço, nem ético-profissional pela perfei-
fim, significa a alteração do já construído e não envolve ta execução do contrato, dentro dos limites estabeleci-
ampliação. Pode ser a troca de um revestimento, pintu- dos pela lei ou pelo contrato.
ra ou substituição de coberturas o que, dependendo do § 3o O prazo a que se refere a alínea “b” do inciso
projeto, poderá afetar a estrutura do imóvel – como na I deste artigo não poderá ser superior a 90 (noven-
eliminação de paredes pré-existentes. ta) dias, salvo em casos excepcionais, devidamente
Nesse caso, os documentos exigidos são os mesmos justificados e previstos no edital.
da ampliação. De acordo com a arquiteta e urbanista Li- § 4o Na hipótese de o termo circunstanciado ou a ve-
gia Franco De Rosa, do grupo Resolve Franchising, Ins- rificação a que se refere este artigo não serem, res-
tituto da Construção, independente do tipo de obra, é pectivamente, lavrado ou procedida dentro dos prazos
importante sempre buscar informações no órgão públi- fixados, reputar-se-ão como realizados, desde que co-
co municipal responsável. “Na Prefeitura os projetos são municados à Administração nos 15 (quinze) dias an-
avaliados tecnicamente, o que evita falhas que podem teriores à exaustão dos mesmos.
comprometer a segurança ou a saúde dos moradores e Art. 74. Poderá ser dispensado o recebimento provisó-
inadequações à Lei de Zoneamento de cada município. rio nos seguintes casos:
Entre outros pontos, esta lei limita a altura máxima do III - obras e serviços de valor até o previsto no art. 23,
imóvel a ser construído ou ampliado, define quais bair- inciso II, alínea “a”, desta Lei, desde que não se com-
ros e áreas são restritas ao uso residencial, comercial ou ponham de aparelhos, equipamentos e instalações su-
misto, e estipula perímetros de reservas ecológicas para jeitos à verificação de funcionamento e produtividade.
a preservação de recursos naturais, como água e vege-
Parágrafo único. Nos casos deste artigo, o recebimen-
tação”, explica.
to será feito mediante recibo.
Art. 75. Salvo disposições em contrário constantes
Vistoria para entrega e recebimento de obra
do edital, do convite ou de ato normativo, os ensaios,
O objetivo do LAUDO DE VISTORIA PARA ENTREGA
testes e demais provas exigidos por normas técnicas
E RECEBIMENTO DE OBRAS é subsidiar a formalização
oficiais para a boa execução do objeto do contrato
de procedimentos técnicos de entrega e recebimento de
correm por conta do contratado.
obras de construção civil.
Art. 76. A Administração rejeitará, no todo ou em par-
Os trabalhos técnicos abordados e regulamentados
por este tipo de Laudo são elaborados conforme esco- te, obra, serviço ou fornecimento executado em desa-
po específico e consideram, entre outras, os seguintes cordo com o contrato.1
objetivos:
• Identificar e caracterizar as anomalias e não con-
formidades existentes na obra (concluídas ou não), na CONSTRUÇÃO
data da vistoria, visando subsidiar ações corretivas física
das edificações Um planejamento de obras eficiente abrange diver-
• Registrar o estado físico presente na obra (con- sas etapas de um projeto de construção. É importan-
cluída ou não) com o propósito de preservar a memória te utilizar-se de teorias e prepará-lo com muita atenção
da situação existente na data da vistoria para que ele possa ser aplicado dentro da realidade da
Os trabalhos técnicos ora abordados e regulamenta- edificação. Há muitos casos em que o planejamento pa-
dos, são desenvolvidos em conformidade com os seguin- rece bem feito no papel, mas, no decorrer da execução,
tes procedimentos: descobre-se que não é possível segui-lo na prática.
• Preliminares As dicas que apresentaremos nesse texto serão sobre
• Vistorias a etapa pré-obra e servirão, justamente, para que esse
• Análises das constatações e observações feitas planejamento seja eficaz e realista. Acompanhe!
“in loco”
Em casos de contratos públicos que envolvam execu- Como fazer um bom planejamento de obras
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ção de obras, a Lei nº 8.666/93 dispõe que: Para um bom planejamento, deve-se reunir todas as
Art. 73. Executado o contrato, o seu objeto será rece- informações possíveis previamente à realização da obra.
bido: Com isso, é possível levar em consideração os potenciais
I - em se tratando de obras e serviços: imprevistos e tornar o documento utilizável na prática.
a) provisoriamente, pelo responsável por seu acompa-
nhamento e fiscalização, mediante termo circunstan- 1 Fonte: www.refarq.com/www.jrrio.com.br/www.
ciado, assinado pelas partes em até 15 (quinze) dias portaleducacao.com.br/www.projetodearquitetura.weebly.
da comunicação escrita do contratado; com/ www.wiki.ifsc.edu.br/www.futuraexpress.com.br/www.
b) definitivamente, por servidor ou comissão designa- escolaengenharia.com.br /www.mapadaobra.com.br/
da pela autoridade competente, mediante termo cir-
www.docente.ifrn.edu.br/www.lgcpericias.com.br
cunstanciado, assinado pelas partes, após o decurso
13
Um erro bastante cometido é fazer planejamentos É muito importante que todos os projetos sejam ana-
pressupondo apenas situações “perfeitas” e ideais. Isso lisados em conjunto para evitar erros que podem, inclu-
torna todo o trabalho arriscado a partir do primeiro pas- sive, prejudicar a integridade estrutural da edificação,
so na construção, e pode fazer com que o documento como tubulações passando no meio de vigas.
seja pouco usado dali em diante por estar em desacordo
com a real situação. Além disso, uma noção de tempo Legalização da obra
equivocada pode conduzir a um cronograma inaplicável, Muitas vezes, utilizando o projeto base, já é possí-
resultando em gastos com multas de atrasos que pode- vel preparar a documentação da obra para apresentar à
riam ter sido previstos. prefeitura. Por isso, na fase de concepção, é fundamental
Portanto, levando em conta eventuais imprevistos e alinhar-se ao plano diretor ou qualquer outra diretriz da
analisando cenários reais de edificação, pode-se prevenir cidade para que o projeto seja aprovado sem problemas.
e evitar atrasos na construção. Durante esse processo, também devem ser pagas al-
gumas taxas, de acordo com as leis locais. A execução
Etapas de um projeto de construção da obra só pode começar a partir da aprovação da pre-
Veja, abaixo, as etapas de um projeto de construção feitura, portanto, essa etapa deve ser bem planejada e
para organizar um planejamento de obras eficiente. conduzida, com toda a documentação devidamente or-
Análise do local e levantamento de informações ganizada. Caso contrário, todo o andamento e o início
Um projeto de construção, seja ele arquitetônico, da construção podem atrasar, e a edificação pode sofrer
estrutural, de instalações elétricas ou hidráulicas, deve embargos.
sempre considerar as informações de campo, como da- A legalização da obra começa antes da realização e
dos e aspectos do terreno e seus arredores. Caso con- continua durante essa etapa. Ao final (ou perto do fim), é
trário, problemas podem ocorrer durante a execução da solicitada uma visita do Corpo de Bombeiros para confe-
edificação. rir questões de segurança e obter o Habite-se.
ter dados básicos, como a especificação de quais salas grande, o uso de tecnologia na construção pode ajudar a
devem possuir paredes brancas, por exemplo, e mais de- melhorar a comunicação e a identificação de problemas,
talhados, como a marca de tinta a ser usada. além de outras melhorias.
14
A (m²) área = 4m (comprimento) x 3m (largura). A= Preparo dos Traços
12 m². Medem-se as quantidades dos materiais em uma lata,
balde ou padiola na proporção indicada pelo traço. Der-
Cálculo do Volume: rama-se sobre o local do preparo e mistura-se até obter
O cálculo do volume é obtido pelo produto (multi- uma cor igual em todas as partes. Nos concretos mistu-
plicação) de três dimensões (comprimento x largura x ra-se primeiro o cimento e a areia, depois adiciona-se
altura). a quantidade de brita indicada pelo traço e distribui-se
Ex.: Para calcularmos o volume de uma lata com as sobre a mistura de cimento e areia. Nas argamassas mis-
dimensões de 0,21 metros de comprimento, 0.21 metros turam-se o cimento, a areia e o arenoso.
de largura e 0,41 metros de altura fazemos: V (m³) Vo- Faz-se um buraco no centro da mistura e adiciona-se
lume = 0,21m (comprimento) x 0,21m (largura) x 0,41m água pouco a pouco até obter uma mistura fácil de ma-
(altura). V = 0,018m³. nusear e de ser moldada. Nos concretos abre-se uma vala
na beira da mistura e adiciona-se água pouco a pouco.
A Argamassa
É a mistura de cimento, areia e água com ou sem ou- Reboco
tros elementos como arenoso, saibro e a cal. É utilizada Em geral, a alvenaria recebe três camadas de acaba-
nas alvenarias, nas fundações de pedra, nos revestimen- mento - chapisco, emboço e reboco. O chapisco facilita
tos de paredes, etc. a ancoragem do emboço. Por isso, a argamassa deve ter
A resistência, a facilidade de trabalho, a qualidade das alta resistência mecânica. Com espessura entre 3 mm e 5
argamassas dependem da qualidade dos materiais em- mm, o chapisco cobre a superfície com uma camada de
pregados, de suas proporções (traços) e da quantidade argamassa fina, que torna a base áspera e aderente.
de água na mistura. Com espessura entre 1,5 cm e 2 cm (interno) e de 3 a
Na pavimentação (pisos e contrapisos), no assenta- 4 cm (fachada), o emboço corrige pequenas irregularida-
mento de piso cerâmico e azulejos, etc. devemos sempre des, melhorando o acabamento da alvenaria e protegen-
preparar a quantidade de argamassa necessária para que do-a de intempéries. É produzido com argamassa mista
não ocorra o endurecimento da mesma antes de secar a (à base de areia, cal e cimento).
aplicação. O reboco, ou massa fina, tem cerca de 5 mm e é a
Devemos também utilizar as argamassas retiradas ou camada final que torna a textura da parede mais fina para
caídas das alvenarias ou revestimento se removidos sem receber pintura. Pode ser substituído pela aplicação de
sujeiras. massa corrida. Usa argamassa de areia e cal com gra-
nulometria bem mais fina que a do emboço, que pode
O Concreto ser preparada na obra ou industrializada. Aplicado com
O concreto é a mistura de cimento, areia, brita e água. desempenadeira em movimentos circulares, tem tempo
É utilizado em elementos estruturais como vigas e pila- de cura em torno de 25 dias.
res, em lajes, etc.
A resistência do concreto aumenta com o aumento Fundações ou Infraestrutura
da quantidade de cimento que o constitui e diminui com As fundações que sustentam a edificação (casa, pré-
o aumento da quantidade de água na mistura. dio, shopping, galpão, etc). Existem vários tipos de fun-
A qualidade e resistência do concreto dependem dações. A definição do tipo de fundação leva em consi-
da dosagem dos materiais, da qualidade dos mesmos e deração o tipo de edificação e o tipo de solo do terreno.
também do preparo.
Devemos utilizar areia e brita de boa qualidade ( ver Estrutura ou Superestrutura
assunto de materiais de construção), adicionar apenas a É a sustentação da edificação. São as estruturas que
água necessária a tornar o concreto mole e fácil de ser ficam acima da terra como pilares, vigas, lajes. As estru-
trabalhado, misturá-lo de forma a obter um material uni- turas mais comuns no Brasil são:
forme com partes iguais em toda a sua composição. • Concreto armado convencional ou protendido
O preparo do concreto pode ser manual ou mecâni- (sistema pilar-viga-laje).
co. Para preparar o concreto manual é necessário que se • Alvenaria estrutural (a própria alvenaria é a es-
tenha uma área pavimentada com um piso cimentado trutura da edificação)
ou com um lastro de madeira sobre o chão. O prepa- • Estruturas metálicas (principalmente em gal-
ro mecânico é realizado por um equipamento chamado pões, indústrias)
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
15
Acabamentos e Revestimentos Várias pesquisas são realizadas frequentemente sobre
É a etapa de assentamento de pisos cerâmicos, por- a madeira e estas atestam a eficácia do seu uso na cons-
celanatos, pisos laminados, azulejos, granitos. trução civil. O avanço tecnológico no campo da ciência
dos materiais proporciona um embasamento teórico e
Esquadrias (portas e janelas) legal qualificando a duração, o comportamento e prin-
As esquadrias são as portas e janelas. A instalação cipalmente a segurança associada às estruturas de ma-
deve ser bem feita para evitar problemas na abertura das deira.
mesmas. Existem vários tipos de esquadrias no mercado. Segundo Correia (2009), não é só por suas proprieda-
Elas podem ser em: des mecânicas e físicas que a madeira que se torna um
• Metálicas eficiente material estrutural, mas também por se tratar
• Alumínio de um material sustentável em relação as fases do ciclo
• Madeira de vida de uma estrutura.
• PVC Por ser um recurso natural, apesar de amplamente
• Vidro temperado disponível, sua extração deve ser feita de maneira res-
ponsável, sendo necessária uma gestão para melhor or-
Pinturas e Texturas ganizar a produção deste material, desde a extração até
Etapa de pintura interna, externa e texturas. A pintura sua utilização.
interna em paredes de alvenaria se divide em: Correia (2009) afirma que:
• Preparar as paredes, pisos e tetos Em suma, a madeira é um material estrutural durável
• Aplicar selador e de grande apelo arquitetônico. Oferece possibilidades ili-
• Aplicar massa corrida mitadas, e a curto prazo promete tornar-se um material
• Pintura com tinta acrílica em duas ou três de- estrutural desafiador. É um material fácil de utilizar, possui
mãos um equilíbrio ecológico bastante positivo e tem uma re-
sistência comparável com o betão armado e o aço. É um
Louças e metais material inflamável, mas cuja resistência ao fogo é plena-
Etapa de instalação de lavatórios, bancadas, box de
mente calculável. O maior esforço, contudo, é requerido,
banheiro, armários planejados, etc.
na expansão deste como material estrutural, na comuni-
dade técnica.
Pavimentação
O referido artigo tem como finalidade evidenciar as
Compostos por betume, os materiais betuminosos
propriedades físicas e mecânicas das madeiras, expondo
são mais conhecidos por suas tipologias. Dois tipos de
quais as vantagens e desvantagens do seu uso como ele-
materiais comuns dessa categoria são o asfalto e o al-
mento estrutural na construção civil e apresentar alguns
catrão.
Muito utilizado na construção civil como impermea- exemplos de edificações que utilizaram a madeira com
bilizante, o asfalto, na verdade, tem sua maior e mais tal função.
importante presença na pavimentação. A grande maio-
ria dos pavimentos rodoviários e urbanos, ao redor do A madeira e sua função estrutural
mundo, possuem revestimento asfáltico, de acordo com Os materiais antes de serem utilizados na construção
a representante do Instituto de Tecnologia Mauá. civil devem ter suas características inspecionadas e ava-
Na pavimentação, o asfalto ou Cimento Asfáltico de liadas de acordo com as especificações e normas, para
Petróleo (CAP), é utilizado na confecção das misturas evitar problemas futuros. Isso deve acontecer exatamen-
asfálticas que compõem o revestimento da estrutura te com a madeira para que a mesma apresente um bom
de pavimento. As misturas asfálticas são compostas de desempenho para determinado uso, seja estrutural ou
CAP e agregados pétreos, resultando em um material de não.
flexibilidade controlada e pouco permeável à água. Segundo Correia (2009), utilizada em inúmeros siste-
Os revestimentos asfálticos são camadas que po- mas estruturais o que a solicita em diversos esforços, a
dem variar entre 4 cm até mais de 20 cm, dependendo da madeira é um material que suporta bem a esforços de
intensidade do tráfego que solicitará a via. A modificação compressão e de tração, e consequentemente, também
dos asfaltos também é cada vez mais utilizada, buscando apresenta um bom desempenho à flexão, possibilitan-
misturas com desempenho superior que resistem ao trá- do assim sua utilização como elemento estrutural mais
fego intenso por mais tempo. comumente em, mormente vigas, pilares, asnas, grelhas,
sendo ainda utilizado como cofragem.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Uso de madeira e aço na construção civil Correia (2009) diz que: “Há um número razoável de
Com a variedade de produtos de madeira e suas res- características inerentes à madeira que fazem com que
pectivas utilizações na construção civil, a madeira atual- esta seja um material ideal para utilizar na construção ci-
mente é um dos materiais mais usados, porém é preciso vil. Isso inclui o elevado ratio resistência/peso específico,
que sejam avaliados e previstos com eficiência o ciclo de a sua durabilidade e o isolamento térmico e acústico que
vida e o desempenho das estruturas em madeira. Hoje proporciona”.
essa variedade de materiais provenientes da madeira Conhecer bem as propriedades físicas e mecânicas de
apresenta novos produtos que processados proporcio- uma determinada madeira a ser utilizada estruturalmen-
nam diversas características convenientes em relação a te é de suma importância, pois o seu desempenho e sua
sua forma, dimensão, aspectos e principalmente caracte- resistência estão diretamente ligados a boa performance
rísticas físicas e mecânicas. de suas propriedades.
16
Estrutura de aço c) rampas;
Comparando com outros tipos de estrutura podemos d) elevadores;
afirmar que: e) escadas rolantes;
f) portarias;
As principais vantagens da estrutura de aço são: g) vestíbulos;
a. São mais rapidamente montadas através de sol- h) saídas.
dagem, rebitagem ou aparafusamento de suas diversas
peças; São todas as áreas que permitem a comunicação en-
b. Sua montagem independe de tempo morto, de- tre diferentes partes de um edifício. Devem obedecer a
dicados à cura, como no caso do concreto; determinadas dimensões definidas no Código de Obras
c. Pesando menos que a estrutura de concreto do Município e nos regulamentos de segurança contra
armado, para mesmos esforços, pois as peças são mais incêndios (Código do Corpo de Bombeiros).
delgadas, possibilitam economia de espaço do prédio Podem ser:
destinado às estruturas e fundações menores; Horizontais quando interligam espaços ao mesmo ní-
d. São mais padronizadas, podem ser fabricadas vel (corredores, galerias, halls, passadiços).
em outro local e transportadas para o canteiro, permi- Verticais quando interligam espaços em níveis dife-
tindo melhor utilização de equipamentos auxiliares para rentes (escadas, rampas, elevadores, escadas rolantes).
a montagem; As circulações em um mesmo nível, de utilização pri-
e. Podem ser desmontadas e reutilizadas, fator al- vativa, em uma unidade residencial, terão largura mínima
tamente vantajoso no caso de construções provisórias; de 80 cm sem limitação de comprimento.
f. São mais fáceis de modificar, reparar ou reforçar;
Rede Elétrica
Como principal desvantagem da estrutura de aço de- A eletricidade é uma forma de energia que pode ser
vemos considerar o seguinte: gerada de diversas maneiras, como pela ação química,
a. Estão mais sujeitas à ação do tempo e do fogo, por indução magnética, por aquecimento, pela luz, por
apesar de não serem combustíveis, e que exigem pessoal atrito ou por cristais piezelétricos. Além disso, ela pode
muito especializado para a sua montagem. ser transportada, com bastante facilidade, usando ape-
nas os condutores elétricos. Da mesma forma, pode ser
Compartimentos transformada em outros tipos de energia, como em ener-
Nas construções os cômodos são chamados de com- gia luminosa (lâmpadas), energia mecânica (motores elé-
partimentos, e podem ser classificados como: tricos), energia calorífica (chuveiros), em som, imagem,
entre outros.
I - compartimento de permanência prolongada: “A energia elétrica é, na maioria das vezes, gerada por
São compartimentos de permanência prolongada e meio de uma máquina elétrica, conhecida como gerador.
de tempo indeterminado, os locais de uso, tais como: O gerador desenvolve uma certa pressão (a tensão elé-
dormitórios, salas de estar, refeições, jogos, trabalho trica), que faz movimentar os elétrons por meio dos con-
e estudo, lojas, escritórios, oficinas, indústrias, en- dutores elétricos, formando a corrente elétrica”, afirma o
fermarias, copas, refeitórios, locais de reunião, salão professor Nelson Fernandes Maciel.
de festas, locais fechados para prática de esportes e
outros similares. Condutores elétricos
II - compartimento de utilização transitória: Estes têm a função de conduzir bem a eletricidade,
São compartimentos de utilização temporária e oferecendo pequena resistência ao deslocamento dos
de tempo determinado: vestíbulo, halls, cozinhas, elétrons. Todos os metais e carvões, assim como os áci-
corredores, caixa de escada, instalações sanitárias, dos e soluções salinas, são condutores elétricos.
vestiários, despensas e áreas de serviço residenciais,
e outros similares. Isolantes elétricos
III - compartimento de utilização especial. Estes são materiais que oferecem elevada resistência
São compartimentos de utilização especial, aqueles à passagem de corrente elétrica. Suas características (re-
que, embora possam ser classificados conforme as sistividade, rigidez dielétrica, estabilidade perante des-
utilizações anteriores, apresentem características cargas, e constante elétrica) devem estar de acordo com
e condições peculiares, demandando iluminação e as normas técnicas vigentes.
ventilação artificiais ou forçadas, tais como: auditórios,
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
17
Intensidade de corrente elétrica desloca de um ponto a outro do circuito, da mesma for-
A corrente elétrica ou intensidade de corrente é o des- ma que a água se desloca nos canos: ela é pressionada
locamento dos elétrons livres no circuito. A unidade da através dos fios, como a água nos canos, e os condutores
corrente é 1 Ampér. Quando a corrente é de 1 Ampér, resistem à passagem da corrente da mesma forma que
passam pelo condutor, 6,25 trilhões de elétrons, em um os canos resistem a passagem de água.
segundo. A corrente elétrica é medida por um aparelho A quantidade de energia que se desloca é medida em
conhecido como amperímetro. O amperímetro é ligado unidades que chamamos de Ampéres. A pressão com
em série com o gerador e o consumidor. que flui a energia nos condutores é medida em unidades
que chamamos de Volts. A resistência que se opõe à pas-
Resistência sagem da energia no condutor é chamada de resistência
A resistência de um resistor refere-se à oposição à ôhmica e é medida em Ohms.
passagem de corrente neste componente. A unidade da Existe uma relação entre estes valores através da Lei
resistência é 1 ohm (Ω). Estabelece-se que 1 ohm é a re- de Ohm, que é de fundamental importância para que se
sistência de um fio de mercúrio, a 0ºC, que tem o com- entenda o choque elétrico, a causa mais frequente de
primento de 1,063m e uma seção de 1 mm². Os resistores acidentes com a eletricidade.
podem ser ligados em série ou em paralelo. Ligando-os Nosso corpo, embora não seja um excelente condu-
em série, temos uma elevação da resistência, sendo o va- tor de eletricidade, apresenta características de condutor.
lor total da resistência a soma das resistências parciais, Quando uma corrente passa através do corpo humano,
ou seja, R = R1 + R2 + R3. Já a ligação em paralelo eleva provoca os efeitos que chamamos de “choque elétrico”.
a seção transversal condutora, fazendo com que a resis- A intensidade do mesmo terá uma gravidade que depen-
tência total seja sempre inferior à menor das resistências de dos seguintes fatores:
parciais. O inverso do valor da resistência é igual à soma Intensidade da corrente;
dos inversos de cada valor parcial. Tempo de exposição da pessoa à corrente;
Frequência da corrente;
Potência elétrica Percurso da corrente no corpo;
Define-se potência elétrica como o trabalho executa- Sensibilidade individual.
do por unidade de tempo. Esta é obtida pelo produto da Os efeitos que vão desde o formigamento, passam
tensão pela corrente. A unidade da potência elétrica é o para lesão muscular, queimaduras e vão até causar a
Watt (W). Se aplicarmos as equações conhecidas da Lei morte, também são influenciados pela condições am-
de Ohm, podemos relacionar a potência com a resistên- bientais, como umidade, suor, isolamento, etc.
cia, ou seja, P=VxI . Esta equação é também conhecida Ao analisarmos as causas dos acidentes com eletrici-
como Lei de Joule. dade, vemos que na maioria das vezes ocorreu uma con-
dição insegura e o desconhecimento ou negligência dos
A energia elétrica é obtida pelo produto entre a princípios fundamentais sobre os fenômenos elétricos.
potência elétrica e o tempo de consumo. A unidade de Entre as condições inseguras citamos os contatos aci-
energia elétrica é o Watt-hora (Wh) ou o kilowatt-hora dentais que causam choques e curto circuitos. Ocorrem
(kWh). O medidor de energia, que está instalado em nos- por emendas mal feitas; fios sem isolamento; fios soltos
sas residências e propriedade rurais, fornece a medida sobre as superfícies de trânsito; equipamentos de baixa
em kWh. Os kWh’s consumidos podem ser lidos direta- qualidade; equipamentos não protegidos. Os contatos
mente no aparelho ou determinados em função de pon- por defeitos nos materiais elétricos dificultam a passagem
teiros de relógios, que marcam milhar, centena, dezena e da corrente elétrica e são geralmente causados por sol-
unidade, em função do número de rotações de um disco das deterioradas ou mal feitas, fios amarrados sem cui-
central, em função do tempo. A equação para calcular a dados.
energia é a seguinte: E=PxT As sobrecargas geram calor excessivo nos circuitos e
são, geralmente, causadas pela ligação de diversos apa-
Rendimento relhos em um mesmo circuito.
Entende-se por rendimento, a relação entre a potên-
cia fornecida e a potência absorvida. Seu valor indica, per- Rede hidráulica
centualmente, qual a parte da potência fornecida que é Os sistemas hidráulicos prediais são constituídos por
transformada em potência útil. Seu valor pode ser dado, uma enorme diversidade de componentes com distintos
também, em fração, sendo sempre inferior à unidade. requisitos de desempenho, durabilidades variadas. etc.”
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Rendimento (η) = Potência fornecida/Potência absor- Por isso, o síndico deve ficar bastante atento às orien-
vida tações estabelecidas pelas normas da ABNT, conforme
uma síntese realizada pelo engenheiro e apresentada em
Cuidados no manuseio de energia elétrica. três quadros publicados nos links a seguir.
Ter contato com a eletricidade, quando se desconhe-
cem os seus princípios, suas causas, seus efeitos e seus Hidráulica: inspeções, monitoramento e realiza-
perigos é tarefa que pode ocasionar severos riscos pes- ção de testes e ensaios periódicos
soais e materiais. Testes de estanqueidade em todas as caixas de
A eletricidade é conduzida através de condutores descarga de bacias sanitárias;
(fios) e é consumida em nossas casas por eletrodomés- Testes de estanqueidade e de operação em
ticos, na iluminação, etc. Ao fluir, a energia elétrica se todas as válvulas de descarga de bacias sanitárias, ve-
18
rificando-se: vazão insuficiente (mau desempenho) ou Hidráulica: patologias, falhas ou anomalias mais
excessiva (desperdício de água); tempo de fechamento comuns
muito curto (golpes) ou muito prolongado (consumo ex- Redução de vazão e de pressão em aparelhos
cessivo de água); ocorrência de disparos; gotejamento sanitários;
pelo acionador; ocorrência de vazamento contínuo pela Ocorrência de ruídos e vibrações contínuos, in-
saída; termitentes ou na forma de pancadas;
Testes de estanqueidade no tubo alimentador Oscilações da temperatura da água durante o
predial, que liga o hidrômetro geral de entrada ao reser- uso de aparelhos sanitários;
vatório inferior (cisterna); Ocorrência de extravasão (pelo ladrão) em re-
Testes de estanqueidade nos reservatórios supe- servatórios;
rior e inferior de água fria; Obstrução gradual de orifícios de duchas e chu-
Monitoramento permanente do consumo de veiros;
Ocorrência de água com coloração amarelada
água (leituras diárias do hidrômetro geral de entrada);
nos aparelhos sanitários;
Ensaio de abertura e fechamento de registros de
Mau cheiro proveniente de ralos, caixas sifona-
gaveta, de esfera e de pressão existentes;
das, canaletas, grelhas e sifões;
Verificação do correto funcionamento das bom-
Refluxo de esgoto com ou sem que a espuma
bas centrífugas de água fria e quente; seja expelida a partir de ralos e saídas de aparelhos sa-
Verificação da atuação das torneiras de boia nitários;
(chaves de nível) em reservatórios; “Fosqueamento” de trechos de tubos plásticos
Verificação da estanqueidade e correta opera- expostos ao tempo;
ção de eliminadores de ar automáticos (ventosas); Aquecimento indevido de tubo de água fria que
Verificação da correta operação de válvulas re- alimenta aquecedor de acumulação;
dutoras de pressão; Acúmulo excessivo de água de chuva em super-
Análise físico-química e bacteriológica da água; fícies dotadas de ralos; e,
Verificação do estado dos suportes das tubula- Obstruções frequentes em trechos horizontais
ções quanto à função, integridade e corrosão; de tubulações de esgoto e de águas pluviais.
Verificação da ocorrência de vazamentos ou go-
tejamentos nas juntas (emendas) das tubulações; Hidráulica: atividades de manutenção periódica
Verificação do estado das tubulações de aço Limpeza e desinfecção semestral dos reservató-
galvanizado quanto à corrosão superficial e nas respecti- rios de água fria e quente;
vas roscas, especialmente nas juntas entre componentes Limpeza e desinfecção anual de reservatórios
de ferro ou aço e componentes de cobre ou bronze; de água não potável em sistemas de aproveitamento de
Verificação de obstrução ao acesso a registros água de chuva;
de fechamento no barrilete, na central redutora de pres- Limpeza e desinfecção das tubulações de água
são, na casa de bombas, em centrais de aquecimento, na fria e quente;
casa de máquinas de piscinas etc.; Limpeza de crivos e filtros mecânicos, como os
Verificação da integridade e estanqueidade das filtros Y, com troca do elemento filtrante se necessário;
juntas de expansão das tubulações de água quente; Retrolavagem de filtros de pressão;
Verificação da existência de válvula de alívio ou Manutenção e reversão de uso e de bombas
centrífugas;
dispositivo de segurança contra o excesso de pressão em
Manutenção, regulagem e reversão de uso de
aquecedores de acumulação;
válvulas redutoras de pressão em estações ou centrais de
Verificação de existência de dispositivo de inter-
redução de pressão;
rupção da fonte de energia (eletricidade ou gás) em caso
Troca de reparos (conjuntos de vedações e mo-
de superaquecimento de aquecedores de água; las) de válvulas de descarga de bacias sanitárias;
Verificação do correto funcionamento das bom- Troca de boia, componentes plásticos e veda-
bas elevatórias de esgoto e de águas pluviais; ções de caixas de descarga de bacias sanitárias;
Inspeção de dispositivos de descarte de detritos Choque térmico com água a 80°C nas tubula-
em sistemas de aproveitamento de água de chuva; ções e componentes que armazenam e conduzem água
Teste de escoamento e esgotamento dos apare- quente (prevenção contra doenças de propagação hídri-
lhos sanitários; ca, como as causadas por pseudomonas e legionellas);
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Verificação da presença de obstáculos ao livre Limpeza das superfícies das placas coletoras do
escoamento de esgoto dentro de caixas de inspeção; sistema de aquecimento solar;
Verificação da existência de terminais de venti- Limpeza de elementos de captação de águas
lação e da existência e integridade de telas protetoras pluviais: calhas, ralos, grelhas, canaletas, etc.
nas extremidades de tubos ventiladores do sistema de Limpeza de elementos de inspeção e passagem
esgoto; de águas pluviais: caixas de inspeção, caixas de areia, cai-
Teste de estanqueidade de fossas sépticas; e, xas sifonadas, poços de visita, caixas coletoras (poços de
Verificação da correta pintura das tubulações recalque), etc.
com cores padronizadas identificativas dos sistemas a Limpeza de dispositivo de descarte de detritos e
que pertencem. de dispositivo de descarte do escoamento inicial de sis-
temas de aproveitamento de água de chuva;
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Manutenção de dispositivos de desinfecção e Os sistemas de esgotos sanitários são projetados,
de bombas em sistemas de aproveitamento de água de construídos e operados para atenderem continuamente
chuva; em quaisquer pontos servidos de acordo com a deman-
Limpeza de ralos, sifões e caixas sifonadas do da e com o menor custo possível.
sistema de esgoto; Estes princípios serão atingidos partindo da eficiência
Limpeza de caixas retentoras de gordura; da operação e dos serviços de manutenção.
Remoção de excesso de lodo e de escuma de
fossas sépticas. Classificações dos procedimentos de manutenção
Segundo Medeiros Filho, as manutenções são classi-
Confira as principais normas da ABNT para os sis- ficadas da seguinte maneira:
temas hidráulicos
As principais e mais importantes características das Preventivo
normas da ABNT a respeito de sistemas hidráulicos nos “Que antecipa às interrupções previstas e ao desgas-
condomínios e que merecem especial atenção do síndi- te limite das partes do sistema” (exemplos: lubrificação
co são aquelas relacionadas à inspeção e manutenção de rolamentos, substituição de gaxetas, desencrustações
periódicas dos componentes dos sistemas hidráulicos e lavagem de coletores), incluindo as vistorias em Poços
prediais. “Muitas das normas da ABNT relacionadas aos de Visitas, Caixas de Passagens e Inspeções de Esgotos,
sistemas hidráulicos prediais trazem requisitos relativos principalmente das lavagens dos coletores de esgotos
a estes aspectos”, observa Sergio Gnipper, membro da com a utilização do Equipamento de Hidrojateamento,
Comissão de Estudos e Normas da ABNT. através dos caminhões de hidro-vácuo.
Destacam-se, entre outras, a NBR 5626:1998 - “Insta-
lação predial de água fria”; NBR 7198:1993 - “Projeto e Corrretivo
execução de instalações prediais de água quente”; NBR “Visa adaptar as instalações a novas solicitações ou
8160:1999 - “Sistemas prediais de esgoto sanitário – pro- corrigir defeitos construtivos de projeto (exemplos: subs-
jeto e execução”; NBR 15527:2007 - “Aproveitamento de tituições, reformas, remanejamentos e melhoramentos
água de chuva de coberturas em áreas urbanas para fins das características funcionais, aumento das capacidades
não potáveis”; NBR 15575:2013 - “Edificações habitacio- das unidades e substituição de equipamentos)”.
nais - Desempenho”; NBR 5674:2012 - “Manutenção de
edificações - Requisitos para o sistema de gestão de ma- Emergencial
“É o atendimento de reparos decorrentes de aciden-
nutenção”; e NBR 14037:2011 - “Diretrizes para elabo-
tes ocorridos inesperadamente (exemplos: remoção de
ração de manuais de uso, operação e manutenção das
obstruções, conserto de rupturas, substituição de equi-
edificações – Requisitos para elaboração e apresentação
pamentos danificados ou inutilizados)”, incluindo o re-
dos conteúdos”.
fluxo de esgotos, substituições de tampões e poços de
visita danificados.
Rede de esgotamento sanitário.
A manutenção do Sistema de Esgotamento Sanitário
Como os processos de tratamento de esgoto sani-
consiste na prevenção e remoção de obstruções, limpeza
tários são realizados?
dos coletores e trabalhos de reparação e conservação das
Existem inúmeros Processos de Tratamento de Esgoto
instalações de recalque e demais unidades acessórias do
Sanitário. A escolha do processo ideal baseia-se princi-
sistema. Uma boa manutenção exige um perfeito conhe-
palmente no nível de eficiência desejado. Ou seja, se a
cimento do sistema e uma completa equipe de trabalho,
qualidade desejada do efluente final, ficará compatível
preparada adequadamente e pronta para atendimento a
com a necessidade do corpo receptor. É importante ob-
qualquer situação em que for solicitada.
servar Para isso, deve-se verificar a área disponível para
Esta manutenção é a tarefa de maior responsabilidade
sua implantação, os custo envolvidos no processo, as
na administração do Sistema de Esgotamento Sanitário,
condicionantes ambientais dentre outros.
pois, os equipamentos, orgãos acessórios e/ou quaisquer
O tratamento dos esgotos é usualmente classificado
outras unidades de um sistema de esgotos estão sujeitos
em níveis de eficiência: preliminar, primário, secundário
a falhas ou interrupções no seu funcionamento, gerados
ou terciário. Estes podem ser complementares em uma
pelos mais diversos fatores, previsíveis ou não, que mais
ETE, facilitando sua execução em etapas de eficiência.
rápida e corretamente forem sanadas, facilitarão a sua
Geralmente estes casos acontecem quando há limitação
operação.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
20
O que é o tratamento preliminar? lizados neste processo, geralmente acontecem por meio
O Tratamento preliminar é responsável pela remo- do uso do cloro, ozônio e, mais recentemente, radiação
ção de sólidos grosseiros e areia presentes no esgoto ultravioleta.
afluente. Tem como objetivo evitar o acúmulo de sólidos
grosseiros e material inerte e abrasivo nas tubulações e Quais os sistemas de tratamento de esgoto sani-
demais unidades da ETE. tário?
Centenas de Vídeos gratuitos sobre o setor de Resí- De forma sucinta, segue a descrição de alguns dos
duos Sólidos para você. Inscreva-se e aproveite! principais sistemas de tratamento de esgoto sanitário:
Sempre que possível, recomenda-se mecanizar e au- • Fossas sépticas: são unidades de tratamento pri-
tomatizar essa etapa. Isso aumentará a eficiência e a con- mário de esgoto doméstico. Nessa é realizada a separa-
tinuidade operacional, com também a proteção à saúde ção e a transformação físico química da matéria sólida
dos trabalhadores. A mecanização dispensa qualquer contida no esgoto.
contato físico do pessoal operacional com o esgoto e os • Reator anaeróbio de fluxo ascendente: também
detritos afluentes. conhecido por reator anaeróbio de manta de lodo e pela
No Tratamento Preliminar, os sólidos são removidos sigla UASB. É um tratamento utilizado em processos pri-
por processos mecânicos ou físicos. Sua remoção pode mários para a estabilização da matéria orgânica. É uma
ser manual ou mecanizada. Esses materiais são removi- unidade que pode operar sem necessidade de qualquer
dos do fluxo líquido de forma a evitar entupimentos e equipamento móvel ou fonte de energia externa.
obstruções nas unidades subsequentes. Usualmente são • Lodo ativado convencional: mundialmente con-
encaminhados para disposição final em aterros sanitários sagrado, apresenta elevada eficiência no tocante à remo-
municipais, sem qualquer tipo de transformação. ção de matéria orgânica e sólidos em suspensão.
Os sólidos predominantemente inorgânicos, como a • Lodo ativado aeração prolongada: é um sistema
areia e a terra, são removidos em unidades denominadas que apresenta elevada eficiência de remoção de matéria
desarenadores ou caixas de areia. Esses sólidos constituí- orgânica presente em efluentes sanitários e industriais.
dos por siltes, argilas, pequenas pedras e outros mate-
Apresenta, o inconveniente de requerer maior consumo
riais inorgânicos sedimentam a velocidades relativamen-
de energia externa, elevando consideravelmente o custo
te altas. Essa característica faz com que as caixas de areia
operacional da unidade.
sejam dimensionadas com tempos de retenção peque-
• Reator UASB seguido de lodo ativado: combina
nos. Isso é importante porque desta forma, é selecionado
uma primeira etapa anaeróbia (UASB), com uma segunda
apenas o material sedimentado. A areia removida geral-
etapa aeróbia, utilizando o tradicional processo de lodos
mente é recolhida em caçambas, que são encaminhadas
ativados. A principal consequência da inclusão da etapa
para disposição final em aterro sanitário.
anaeróbia é a redução da demanda de energia elétrica
O que é tratamento primário, secundário e terciá- na fase aeróbia. Com isso, é possível gerar uma maior
rio? economia no custo operacional da planta.
O Tratamento Primário envolve unidades de trata- • Reator UASB seguido de filtro percolador: combi-
mento que adotam decantadores primários, processos na uma primeira etapa anaeróbia (UASB) com uma etapa
exclusivamente de ação física. Estes promovem a sedi- aeróbia, através do uso de um filtro percolador. O Filtro
mentação das partículas em suspensão. Também existem Percolador, a exemplo do processo de lodos ativados, foi
as lagoas anaeróbias/reatores anaeróbios, que utilizam desenvolvido na primeira metade do século XX. É reco-
das bactérias para a decomposição da matéria orgâni- nhecido no setor de saneamento como um processo bio-
ca presente no esgoto. Vale ressaltar que alguns autores lógico robusto e confiável.
classificam as lagoas anaeróbias ou reatores anaeróbios • Reator UASB seguido de flotação: combina uma
como tratamento secundário. primeira etapa anaeróbia (UASB) com uma etapa físico-
O tratamento secundário, por sua vez, destina-se à -química, em tanque de flotação. A flotação é um proces-
degradação biológica de compostos carbonáceos nos so de tecnologia consagrado, proporcionando unidades
chamados reatores biológicos. Nesse tratamento é reali- mais compactas e eficientes.
zada a redução no nível de poluição por matéria orgâni-
ca. Em alguns casos, apenas com o tratamento, se obtém Outros tratamentos
valores que permite o lançamento do efluente direta- • Lagoa facultativa seguida de lagoa de estabiliza-
mente no corpo receptor. ção (c/ células de polimento/maturação): é um processo
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Quando o tratamento secundário não remove ni- que vem sendo largamente utilizado no País, devido aos
trogênio e fósforo nos percentuais exigidos pelo órgão seus baixos custos de implantação, operação e manuten-
ambiental, utiliza-se o tratamento terciário. A remoção ção. Entretanto, por se tratar de um sistema natural, esse
de nitrogênio é normalmente realizada no processo de processo demanda um significativo tempo de retenção.
lodos ativados. Já a remoção de fósforo, geralmente é Porém, requer uma maior extensão de área, o que pode
realizada através de tratamento químico, utilizando-se ser um fator limitante para muitos centros urbanos.
sulfato de alumínio, cloreto férrico, dentre outros. • Reator UASB seguido de lagoas aeradas: com-
O tratamento terciário aquele que se destina à remo- bina uma primeira etapa anaeróbia (UASB) com a tec-
ção de organismos patogênicos, a chamada desinfecção. nologia de lagoas aeradas em série, apresentando taxas
Para esta etapa, é necessário a previsão de instalações de aeração decrescentes. Nessa condição, a capacidade
para a desinfecção do efluente a ser tratado. Os meio uti- de geração de oxigênio pelo processo de fotossíntese é
21
insuficiente para estabilizar toda a matéria orgânica do Além das partes componentes deve-se observar, na
afluente. Assim, a alternativa existente é fornecer oxigê- ligação predial, o recobrimento mínimo do ramal e a lo-
nio ao meio líquido através de aeração mecanizada. calização do cavalete/caixa em relação às divisas do imó-
• Lagoa anaeróbia seguida de lagoa facultativa: é vel.
uma das soluções técnicas mais econômicas quando se
dispõe de grandes áreas. Na primeira lagoa, predomina Ligação predial de esgoto
o processo anaeróbio, ocorre a retenção e a digestão Cada edificação terá uma única ligação predial de es-
anaeróbia do material sedimentável. Na segunda com gotos, não sendo permitido esgotar duas ou mais edifi-
processo aeróbio, ocorre a degradação dos contaminan- cações, salvo em casos excepcionais expressamente au-
tes solúveis e contidos em partículas suspensas muito torizados pela companhia de saneamento.
pequenas. Em concomitância com a rede coletora, serão implan-
• Lagoa aerada seguida de lagoa de decantação: tadas as ligações prediais correspondentes, desde que:
utilizada quando não se dispõe de área suficiente para a - exista medição de água;
implantação de sistemas de lagoas de estabilização na- - exista possibilidade real de escoamento pela rede
turais. Mas quando se dispõe ainda de área considerável, coletora.
podem-se utilizar sistemas constituídos por lagoa aerada - tenha sido emitida a respectiva Ordem de Serviço
seguida por lagoa de decantação de Execução.
Poderão ser efetuadas ligações prediais em redes co-
Ligação predial: água, esgoto, água pluvial letoras cujo diâmetro varie entre 100 mm e 300 mm.
Ligação predial é um conjunto de tubos, peças, cone- O ramal predial deverá ter o diâmetro mínimo de 100
xões e equipamentos que interliga a rede pública à ins- mm e a sua declividade será determinada pelo desnível
talação predial do usuário. As ligações prediais somente entre a geratriz superior externa da extremidade de ju-
serão executadas após serem liberadas pela fiscalização. sante do subcoletor predial mais baixo, considerado no
A execução de ligações prediais de água e de esgo- alinhamento da propriedade, e a geratriz superior exter-
tos, além de descrito no MOS, deverá obedecer ao Re- na da rede coletora.
gulamento dos Serviços Prestados pela Companhia de A ligação predial do tipo 1 será executada juntamente
Saneamento e demais normas e especificações que esti-
com a implantação da rede e quando o desnível for igual
verem em vigor.
ou superior ao necessário para as declividades mínimas
As ligações são classificadas de acordo com a posição
previstas, acrescido de 0,40 m.
da rede pública em relação ao imóvel.
As peças que formam a ligação do tipo 1 são:
Desse modo, a observação visual caracterizará a liga-
- tubos assentados verticalmente, sobre a tubulação
ção como sendo passeio, rua, ou outro lado da rua. No
coletora, com comprimento variável máximo de 2,00 m,
PASSEIO é considerada a ligação cuja rede pública está
em função do desnível;
no mesmo passeio do imóvel; na RUA , é quando a rede
situa-se em algum ponto do leito carroçável. No OUTRO - uma curva de 90°;
LADO DA RUA , diz-se quando a rede está assentada no - tubos de comprimentos variáveis assentados a par-
passeio oposto ao do imóvel. tir da curva de 90°, com declividades maiores ou iguais às
Para efeito de pagamento não são considerados mínimas previstas em norma, até um “T”;
como pavimentos os revestimentos em grama, saibro, - “T” para permitir a inspeção e introdução de equi-
moledo e outros tipos de revestimentos primários. Con- pamento de limpeza;
tudo, isto não exime a contratada dos cuidados quanto - tubos assentados verticalmente sobre o “T”.
ao seu perfeito levantamento e reposição.
Qualquer ligação predial, seja de água ou esgoto, A ligação do tipo 2 será executada na rede já existen-
executada concomitantemente com a execução da rede, te e quando o desnível for igual ou superior ao necessá-
não deverá ter remuneração do item DESLOCAMENTO rio para as declividades mínimas previstas, acrescido de
PARA LIGAÇÕES PREDIAIS. 0,40 m.
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As peças que formam a ligação do tipo 3 são: A racionalionalização da altura ocupada é de fato
- “T” assentado na tubulação coletora com a inclina- a solução encontrada para reduzir o espaço e guardar
ção do coletor predial; maior quantidade de material e estruturar o movimento
- tubos de comprimentos variáveis assentados a par- de forma segura e eficiente.
tir do “T”, com declividades maiores ou iguais às mínimas A armazenagem dos materiais tem grande importân-
previstas em norma, até outro “T”; cia na obtenção de maiores lucros e a forma como foi
- “T” para permitir a inspeção e introdução de equi- embalado o material tem uma parcela importante para
pamento de limpeza; redução dos custos relacionados ao movimentado e a
- tubos assentados verticalmente sobre o segundo “T”. armazenagem.
Costumamos usar os termos armazenagem e esto-
A ligação do tipo 4 substitui a ligação do tipo 2, e cagem como ações semelhantes e de fato são, todavia,
somente será executada quando os desníveis forem in- utilizar-se destes termos de forma distinta referindo-se à
feriores aos desníveis mínimos previstos para o tipo 2. guarda de produtos acabados como armazenagem e à
As peças que formam a ligação do tipo 4 são: guarda de matérias-primas como estocagem.
- selim assentado na tubulação coletora com a incli- O sistema logístico tem armazenagem como uma das
nação do coletor predial; funções que se agrega valor, pois na área de suprimento
- tubos de comprimentos variáveis assentados a par- é necessário adotar um sistema de armazenagem racio-
tir do selim, com declividades maiores ou iguais às míni- nal de matérias-primas e insumos, no processo de pro-
mas previstas em norma, um “T”; dução são gerados estoques de produtos em processo e
- “T” para permitir a inspeção e introdução de equi- na distribuição armazenagem de produto acabado.
pamento de limpeza; A armazenagem é complexa no sistema logístico, e é
- tubos assentados verticalmente sobre o “T”. necessário grande velocidade na operação e flexibilidade
para atender às exigências e flutuações do mercado e
Como vimos acima, toda ligação predial de esgoto sua disposição são as partes de um todo coordenadas
tem um tubo de inspeção e limpeza (TIL). entre si devendo funcionar como estrutura organizada,
As ligações prediais de esgotos dos tipos 2 e 4, por eis ai sua complexidade.
serem executadas somente em redes coletoras já exis- A perfeita integração entre estrutura metálica, equi-
tentes, são pagas através deste módulo. pamentos de movimentação, prédio, sistema de ende-
As ligações prediais de esgotos dos tipos 1 e 3, por reçamento, softwares de controle e operação para sa-
serem executadas juntamente com a implantação da tisfazer as necessidades de operação logística para as
rede coletora, são pagas por medição de serviços exe- organizações e seus clientes.
cutados. No sistema logístico a armazenagem tem como estra-
Para formulação das composições de ligações pre- tégia levar soluções para os problemas de estocagem de
diais de esgoto, foi adotada uma profundidade de rede materiais possibilitando a integração entre suprimento,
de 2,00 m. Caso essa profundidade seja superior, deverá produção, distribuição e os clientes.
ser pago acréscimo conforme item 1726 deste módulo. Como todo o processo dentro das organizações fazer
Em situações especiais onde possa ocorrer refluxo de o planejamento da integração da armazenagem dentro
esgoto para dentro da propriedade do cliente, pode-se do sistema logístico, deve ser efetuado segundo os se-
utilizar de válvula de retenção de esgotos. guintes fatores:
• Estratégico nos estudos e decisões de localização.
Estoque e armazenagem de materiais • Técnico nos de estudos de gerenciamento.
A armazenagem nada mais é do que um conjunto • Operacional nos estudos de equipamentos de mo-
de funções que tem nele a recepção, descarga, carrega- vimentação, armazenagem e layout.
mento, arrumação e conservação de matérias – primas
, produtos acabados ,ou semi – acabados. Este proces- As atividades que compõem a armazenagem são (
so envolve mercadorias, e apenas produz resultados CASADEVANTE,1974):
quando é realizado uma operação com o objetivo de lhe • Recebimento: é o conjunto de operações que en-
acrescentar valor, de acordo com ( DIAS – 2005 ).A arma- volvem a identificação do material recebido, analisar o
zenagem pode ser definida como o compromisso entre documento fiscal com o pedido, a inspeção do material e
os custos e a melhor solução para as empresas . Na prá- a sua aceitação formal.
tica isso só é possível se tiver em conta todos os fatores • Estocagem : é o conjunto de operações relacio-
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
que influenciam os custos de armazenagem , bem como nadas à guarda do material. A classificação dos estoques
a importância relativa dos mesmos, segundo ( CASADE- constitui-se em : estoque de produtos em processo, es-
VANTE,1974. ) toque de matéria – prima e materiais auxiliares ,estoque
Em geral, e há pouco tempo, o conceito de ocupação operacional, estoque de produtos acabados e estoques
física se concentrava mais na área do que na altura e o de materiais administrativos.
espaço destinado à armazenagem era sempre relegado • Distribuição : está relacionada à expedição do
ao local menos adequado. material, que envolve a acumulação do que foi recebi-
Mas, sem duvida alguma, o mau aproveitamento do do da parte de estocagem, a embalagem que deve ser
espaço é um comportamento que traz aumento nos cus- adequada e assim a entrega ao seu destino final. Nessa
tos logísticos e prejuízos com a movimentação de mate- atividade normalmente precisa-se de nota fiscal de saída
riais inadequada tornando-se antieconômico. para que haja controle do estoque.
23
Tipos de armazenagem: petrificar. Assim, tornam-se inutilizáveis e trazem custos
A armanezagem temporária tem como função conse- adicionais e defasagens às finanças e ao prazo de entre-
guir uma forma de arrumação fácil de material, como por ga da obra.
exemplo a colocação de estrados para uma armazena-
gem direta entre outros. Já a armazenagem permanente Planejando sua gestão de estoque: compra e armaze-
tem um local pré-definido para o depósito de materiais, nagem
assim o fluxo do material determina a disposição do ar- Existem diversas maneiras de planejar um controle
mazém, onde os acessórios do armazém ficarão, assim, de estoque. Para cada projeto, deve-se analisar a quan-
garantindo a organização do mesmo. tidade de materiais necessária para cada etapa da
construção. Dispor de uma área onde seja possível criar
Vantagens da armazenagem: “pontos de armazenagem” para materiais iniciais, como
A armazenagem quando efetuada de maneira correta ferros e madeira, auxilia muito na negociação e compra.
Isso porque, havendo capital, pode-se conseguir melho-
pode trazer muitos benefícios, nos quais traz diretamen-
res preços. Isso também é válido para os materiais de
te a redução de custos, de acordo com ( CASADEVANTE
etapas futuras, como tubos de PVC, pisos, revestimentos
,1974 ):
e louças.
• Melhor aproveitamento do espaço; Caso não haja muitos metros quadrados disponíveis,
• Redução dos custos de movimentação bem a melhor solução é manter um monitoramento contí-
como das existências; nuo do que é utilizado diariamente e deixar alinhadas
• Facilidade na fiscalização do processo; com seu fornecedor as previsões de reposição destes
• Redução de perdas e inutilidades. materiais em seu projeto.
Geralmente, edificações verticais não possuem muito
Desvantagens da armazenagem: espaço desocupado. Uma saída para isso é realizar a dis-
Algumas desvantagens segundo ( KRIPPENDORFF tribuição dos materiais nos pavimentos onde serão usa-
1972 ): dos, contribuindo, assim, para a otimização da logística.
• Os materiais estão sujeitos a capitais os quais
traduzem em juros à pagar; Como você pode fazer um controle de estoque eficien-
• A armazenagem requer serviços administrativos; te?
• A mercadoria tem prazo de validade nos quais Trabalhe sempre com ferramentas que possam ajudá-
devem ser respeitados; -lo no controle das atividades. Felizmente, a tecnologia,
• Um armazém de grande porte requer máquinas hoje, nos dá diversas opções para adequar este controle
com tecnologia. de acordo com a necessidade de cada construção. No
entanto, tenha em mente que alguns itens são primor-
Movimentação interna diais para uma boa gestão de estoque. Falaremos sobre
É uma operação de deslocamento de materiais den- eles abaixo:
tro das instalações do armazém . Segundo ( CASTIGLIO-
NE, 2010 ), há três formas que essa movimentação pode Descrição completa do produto/material
acontecer : Faça a descrição do que está sendo controlado de
• Manual : é a operação executada com a força maneira legível e em uma linguagem que todas as pes-
humana, às vezes, com a ajuda de algumas máquinas; soas envolvidas no processo entendam perfeitamente.
Se preferir, você pode usar nomenclaturas relacionadas à
• Mecanizada : nessa operação se tem a utilização
nota fiscal do produto para facilitar a comunicação.
de equipamentos que são coordenados por pessoas;
É de suma importância registrar a unidade do que
• Automatizado : essa operação é feita através de estiver sendo estocado, para evitar entregas de mate-
computadores. rial em quantidades indevidas. Cimento, cal e gesso ge-
ralmente são disponibilizados em sacos. Vergalhões de
Medidas preventivas para uma boa gestão de estoque ferro e tubos de PVC costumam vir em barras. Pisos e
Não é somente controlando o que entra e sai de ma- revestimentos são armazenados em caixas, e louças são
teriais que se faz uma gestão de estoque em uma obra. contabilizadas individualmente.
Além disso, é preciso realizar um estudo preliminar para
que as rotinas de canteiro, locomoção e logística de co- Entrada e saída
laboradores e de materiais sejam estrategicamente defi- Monitore dados como horário de entrada e saída de
nidas. Dessa forma, é possível obter um maior êxito nos veículos de carga e descarga. Isso pode ajudar a evitar
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
quesitos armazenagem, logística e cronograma físico tempo desperdiçado com transporte e analisar priorida-
da edificação. des. O concreto usinado, por exemplo, tem um prazo de
O controle de estoque envolve desde a determina- vida útil. Deixar um caminhão betoneira carregado com o
ção do local de armazenagem até estruturas planejadas, material esperando por falta de planejamento pode cau-
como uma cobertura para evitar principalmente chuva, sar sérios danos financeiros e ao cronograma.
sol e vento, protegendo o que será estocado.
Isso permite, além de uma administração quantitativa Quantidades
de materiais com o objetivo de diminuir gastos com per- É primordial manter um controle da quantidade de
das e furtos, um controle de estoque qualitativo, es- cada material armazenado. Isso previne diversos proble-
pecialmente de materiais como madeira, cimento e ges- mas, como desperdícios, perdas, uso negligenciado, en-
so, que, se expostos à umidade, podem se deformar ou tre outros.
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Adeque-o às suas necessidades, sempre priorizando • Estoque-os de maneira entrelaçada, a fim de ga-
a melhoria contínua de sua gestão. rantir sua estabilidade.
• Cuidado em todo manuseio do material, para
Inventário assegurar a integridade das peças.
Na linguagem contábil, isso nada mais é do que uma
listagem de bens que pertençam a uma determinada ins- Tintas
tituição. Tratando-se da gestão de estoque em uma obra, • Armazene-as em local seco e arejado, longe do
não podemos deixar de falar neste termo. calor.
O inventário é essencial para um melhor planejamen- • Evite contato direto com o solo. Para isso, use
to e controle de material e custos. Como, na construção, estrados ou pallets.
a variedade de materiais e especificações é enorme, re- • Esteja atento aos prazos de validade.
comenda-se que isso seja feito gradativamente.
Dicas importantes para a gestão de estoque Efetuar uma boa gestão de estoque na construção
Para obter um bom controle de estoque, minimizar não é uma tarefa simples. Exige muita organização, pla-
perdas, furtos e danos aos materiais, veja como você nejamento, controle e disciplina, pois as atividades ocor-
pode armazenar adequadamente alguns itens funda- rem simultaneamente, as equipes têm necessidades dis-
mentais para a construção e facilitar sua gestão. tintas e tudo deve operar em sincronia e sinergia. Um
Blocos cerâmicos mau gerenciamento pode causar atrasos, perda de
• Guarde-os sobre pallets e organize-os por tipo material, tensão e problemas nos cronogramas.
(nunca mais do que dois empilhados).
• Deixe-os em local coberto ou cubra-os em caso ENTREGA DA OBRA
de chuva. Neste item são abordados assuntos referentes a ex-
Aço plicações e procedimentos para entrega da obra propria-
• Armazene-o sobre caibros ou pontaletes, evi- mente dita.
tando o contato com o solo.
• Estoque-o o mais próximo possível de uma ban- Unidades Autônomas
cada de corte e dobra, para facilitar a logística.
Os Clientes diretos podem ser devido a obras públi-
• Separe os vergalhões por bitola.
cas ou particulares.
Materiais ensacados
• Armazene-os em lugar arejado, seco e fechado,
Obra Particular
sem contato direto com o chão.
As obras particulares podem ser divididas de maneira
• Evite contato direto com paredes.
simplificada em obras de Incorporação e obras em Regi-
• Sempre utilize primeiro os sacos mais velhos,
para garantir a qualidade de uso do material. me de Condomínio.
Cimento: pilhas de, no máximo, 10 sacos de 50 kg.
Cal hidratada: pilhas de, no máximo, 20 sacos de 20 A. Obras por incorporação
kg. A entrega da unidade de uma obra de incorporação
Argamassa de revestimento: pilhas de, no máximo, 10 é a finalização de uma sequência de serviços efetuadas
sacos de 40 kg. durante o prazo da edificação; foi separada a entrega em
Argamassa colante: pilhas de 15 sacos de 20 kg. dois tipos:
- entrega técnica;
Tubos e conexões de PVC - entrega oficial das chaves;
• Guarde os tubos separados por tipo e diâmetro, Segundo informações coletadas em algumas empre-
com identificação. sas o procedimento para a dita entrega técnica requer
• Evite contato direto com o sol, para prevenir de- que todos os serviços estejam completamente executa-
formações e rachaduras no material. dos e de acordo com o padrão de qualidade e especifi-
• Não deixe-os tocar o solo, conforme figura: cações definidos pela construtora no seu Plano de Qua-
lidade, esses serviços executados deverão estar “pagos”,
Conexões ou seja não deve haver nenhum tipo de pendência física/
• Mantenha-as em local fechado para evitar ex- financeira na sua execução.
travio. Para verificar esta situação, começou-se com a aferi-
• Separe-as por tipo de conexão e bitola. ção dos serviços (medição) executados que devem obe-
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
• Conserve-as em prateleiras com identificação. decer rigorosamente o que está definido na instrução de
Componentes em madeira serviço constante no manual de qualidade da empresa e
• Armazene-os sobre pontaletes, sem contato no plano de qualidade da obra, independentemente de
com o chão. a empresa trabalhar com mão de obra terceirizada ou
• Estoque-os em lugar fechado e arejado, evitan- do seu próprio quadro de operários , essa aferição no
do contato com água para não empenar o material. campo é de vital importância para o acompanhamento
• Para portas, é importante deixá-las na posição dos serviços , sua qualidade e o cumprimento de metas
vertical e embaladas até o momento da instalação. e prazos.
Revestimentos cerâmicos Estando com todos os serviços prontos, em um prazo
• Empilhe as caixas verticalmente em uma altura determinado pela gerencia da obra, inicia-se a vistoria
máxima de 1,5 m. interna.
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A vistoria interna, que também faz parte do plano de Nas obras particulares tanto de Incorporação como
qualidade da obra, contém a relação de todos os cômo- de Condomínio, as empresas construtoras estimulam a
dos da unidade e também dos serviços executados nos formação de uma comissão de proprietários com ou sem
mesmos, com a pergunta conforme ou não conforme e o engenheiro fiscal contratado (no caso de condomínio),
um espaço para colocar algum tipo de observação, feita para que após todo o processo de vistorias internas fei-
esta vistoria, este documento retorna para a equipe de tas pela construtora, essa comissão, em data combinada
produção para fazer as correções necessárias juntos aos venha executar sua vistoria nas diversas áreas e equipa-
responsáveis pela unidade. Feitas as correções, o docu- mentos.
mento volta para o vistoriador para última verificação, e Pode-se citar que é uma prática comum em quase
se tudo estiver atendido a contento, dá como pronta a todas as construtoras, cada qual com seus formulários
unidade. e procedimentos na hora da vistoria, mas vale aqui res-
O próximo passo é convidar o proprietário para rece- saltar alguns itens que são indispensáveis para atender a
ber a unidade, para isto existe outro documento específi- entrega destas áreas.
co que deverá ser preenchido e assinado durante a visita A comissão deve ser orientada no formulário a verifi-
do proprietário. No caso da existência de alguma não car alguns itens e documentos que a maioria das pessoas
conformidade relatada na vistoria, será feita a correção e leigas em construção desconhecem; como
remarcada outra visita para efetuar a segunda vistoria e exemplo podemos citar:
assim até a entrega técnica da unidade. 1- Check List de equipamentos hidráulicos, elétricos
Os serviços relatados na vistoria com o cliente serão e telefônicos.
corrigidos desde que as solicitações sejam procedentes e 2- Check List de Redes em Funcionamento (Água, Es-
dentro do padrão de qualidade especificado para a obra. goto e Pluvial)
Feita a entrega técnica ao cliente, que assina um do- 3- Manual de uso e manutenção de equipamentos
cumento aceitando a unidade, enviamos todas as cha- para ser entregue ao síndico (piscina, bar, salão de festas,
ves do imóvel ao setor de incorporação da empresa, que ginástica, jogos, quadra de esportes, sauna, etc.).
convida o proprietário para fazer a entrega oficial. 4- As Built dos projetos executados.
A entrega oficial das chaves, feita pelo setor de incor- O mesmo se aplica para as áreas comuns das obras
poração da empresa somente acontece após a entrega públicas.
técnica. Para se proceder a entrega oficial é necessário A entrega de obra é parte integrante do planejamen-
que o cliente esteja rigorosamente em dia com as obri- to e processo de projeto de um empreendimento imo-
gações financeiras frente a empresa, e assinar os docu- biliário e necessita de especial atenção desde o início do
mentos necessários para este fim. empreendimento. Os termos de garantia e manual do
proprietário são entregues no ato do recebimento do
B. Obra em regime de condomínio imóvel. Deverão constar nesses documentos informa-
A entrega das unidades de uma obra de condomínio ções, sobre prazos de garantia e manutenções preventi-
segue as mesmas sequências de procedimentos utiliza- vas necessárias de itens de serviços e materiais, relativas
das para uma obra de incorporação; as únicas diferenças à unidade autônoma e às áreas comuns.
são: Após serem feitas as vistorias internas pela empresa
- Quem faz as vistorias internas das unidades é o en- e no momento em que for terminada a obra, será feita
genheiro fiscal contratado diretamente pelos condômi- a vistoria da área comum com o cliente externo (síndico
nos ao longo da execução da obra. e/ou seus representantes), utilizando-se o Termo de Vis-
- A entrega definitiva das chaves é feita imediatamen- toria das Áreas Comuns verificando se as especificações
te a aceitação na vistoria com o cliente, desde que o mes- constantes no memorial descritivo foram atendidas, e se
mo esteja adinplente com suas obrigações financeiras, há vícios aparentes de construção. Também serão testa-
frente o condomínio, fato que é checado pela própria dos as instalações e equipamentos constantes na obra.
administração da obra. Dessa forma será feito o recebimento por parte do clien-
te apontando pontos de pendências a serem reparadas
Obra Pública pelo construtor, caso houver vícios, para sua aceitação.
Neste tipo de obra existem as vistorias internas du- Nesse momento, será entregue ao síndico, a versão
rante o decorrer da obra feita por um fiscal residente ou definitiva do Manual de Áreas Comuns com a indicação
que acompanha a obra com visitas periódicas, solicitan- dos principais fornecedores, com relação de projetos, as
do a correção de todos os serviços não conformes. Isso built e relação de documentos, objetivando especificar
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
se dá através de formulário especifico que pode sofrer a correta utilização e a manutenção das áreas comuns
variações de orgão para orgão fiscalizador. de acordo com os sistemas construtivos e materiais em-
Após a conclusão dos serviços da obra, constante no pregados, esclarecendo quanto aos riscos de perda de
escopo do contrato, o fiscal dá como finalizada a obra, garantia devido ao mau uso pela falta de conservação e
passando assim ao orgão contratante para fornecer a manutenção preventiva adequadas.
construtora o documento de recebimento da obra. Para que a manutenção preventiva obtenha os re-
sultados esperados de conservação, objetivando o pro-
Áreas Comuns longamento da vida útil do imóvel, deve ser elaborado
Os procedimentos adotados para a entrega das áreas um programa de manutenção preventiva baseados na
comuns dos empreendimentos são basicamente os mes- norma NBR 5674 – Manutenção de Edificações e nas
mos que contemplam as unidades autônomas. informações contidas no Manual do Proprietário e no
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Manual das Áreas Comuns onde as atividades e recursos tividade, correspondem a atos de recebimento simples,
são planejados e executados de acordo com as especifi- englobando tão-somente a etapa relativa ao recebimen-
cações e peculiaridades de cada empreendimento. A sua to definitivo.
elaboração é de responsabilidade do síndico, mas deve De outro giro, a obra ou o serviço com preço acima
ser acompanhado por parte do construtor. do indigitado valor, ou mesmo abaixo, mas composta de
A incorporadora e/ou construtora fica responsável aparelhos, equipamentos e instalações sujeitas à verifica-
por fornecer todas as documentações necessárias entre- ção de funcionamento e produtividade, consubstanciam
gar o termo de garantia, manual do proprietário, manual um recebimento caracterizado como um ato complexo,
das áreas comuns contendo as informações específicas isto é, recebimento complexo, abarcando tanto as fases
do edifício, realizar os serviços de assistência técnica de recebimento provisório como a do definitivo.
dentro do prazo e condições de garantia e prestar escla- Consoante o escólio do memorável professor Hely
recimentos técnicos sobre materiais e métodos constru- Lopes Meirelles, ato simples é o que resulta da manifes-
tivos utilizados e equipamentos instalados e entregues
tação de vontade de um único órgão, unipessoal ou co-
ao edifício.
legiado, manifestação essa que no caso do recebimento
simples, conforme teor da alínea “b” do inciso I do artigo
Recebimento Provisório e Recebimento Definitivo
73 da Lei de Licitações, é realizada por servidor ou co-
O artigo 73 da Lei nº 8666/93 torna clara a existência
de duas fases bem distintas no recebimento, quais sejam missão designada pela autoridade competente. Já o ato
o recebimento provisório e o definitivo de obras e servi- complexo - resultante da conjugação da manifestação de
ços de engenharia. Isso é o que podemos constatar pela vontade de mais de um órgão -, quando compreendido
redação do citado dispositivo, vejamos: na realidade de um recebimento complexo, espelha a
“Art. 73. Executado o contrato, o seu objeto será re- vontade do fiscal do contrato conjugada com a do servi-
cebido: dor ou comissão designada pela autoridade competente,
I - em se tratando de obras e serviços: a) provisoria- na forma das alíneas “a” e “b” do inciso I do artigo 73 da
mente, pelo responsável por seu acompanhamento e Lei nº 8.666/93.
fiscalização, mediante termo circunstanciado, assinado
pelas partes em até 15 (quinze) dias da comunicação Do procedimento de recebimento
escrita do contratado; b) definitivamente, por servidor O fato é que, tanto para o recebimento simples (com
ou comissão designada pela autoridade competente, dispensa do Recebimento Provisório) como para o com-
mediante termo circunstanciado, assinado pelas partes, plexo, o término das obras e dos serviços deve ser ca-
após o decurso do prazo de observação, ou vistoria que racterizado pela comunicação escrita da contratada ao
comprove a adequação do objeto aos termos contra- órgão, que deve ser feita dentro do prazo de execução
tuais, observado o disposto no art. 69 desta Lei;» contratual fixado no instrumento convocatório ou res-
De outro lado, o inciso III do artigo 74 da mesma Lei pectivos anexos (alínea “a” do inciso I do artigo 73 da Lei
de Licitações, ao facultar, em algumas circunstâncias, a nº 8.666/93). Se a comunicação não vier a ser feita nesse
realização do recebimento provisório, já sinaliza para o prazo, a contratada incorre automaticamente em mora,
Administrador a necessidade de avaliação do risco e da sendo, pois, cabíveis as penalidades administrativas.
oportunidade da previsão ou não de maiores e melhores Após a comunicação de término dos serviços, a fisca-
prescrições sobre o recebimento nos documentos licita- lização deve realizar a vistoria no local da obra ou serviço
tórios, bem como aponta para a existência de obras e e emitir: a) no caso de recebimento complexo, o Termo
serviços engenharia com tipo dual de recebimento. de Recebimento Provisório em até 15 (quinze) dias da
Como podemos constatar pela leitura da Lei de Licita-
data da referida comunicação - assinado por ambas as
ções e Contratos, para cobrir a etapa de recebimento de
partes contratantes – que pode vir a consignar ou não
obras e serviços de engenharia foram dedicados, em ver-
pendências em relação à execução do objeto; b) no re-
dade, três artigos que englobam apenas oito disposições,
cebimento simples, Recibo (parágrafo único do artigo 74
o que parece ser muito pouco, quando, por exemplo, no
Direito Comparado, o recente Código de Contratos Pú- da Lei nº 8.666/93) em até 40 dias da data da referida
blicos do ordenamento jurídico português - Decreto-Lei comunicação, lapso temporal limite bastante razoável
nº 18/2008 – em vigor desde 29 de julho de 2008, esta- quero crer, que poderá englobar um prazo para correção
belece mais de trinta disposições somente para o rece- de eventuais pendências pela contratada, na forma do
bimento de obras (SECÇÃO IX - RECEPÇÃO PROVISÓRIA que previsto pelo artigo 69 da Lei nº 8.666/93, com, ob-
viamente, necessidade de realização de nova vistoria por
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
27
Concluídos os trabalhos pela contratada dentro do
prazo fixado, deve ser emitida nova comunicação escrita
à fiscalização para uma segunda vistoria. EXERCÍCIO COMENTADO
Uma vez constatada a regularização das pendências 1. (IDECAN/2017 – CRF/SP) A obra não começa quan-
apontadas, a fiscalização emite, então, comunicado in- do chegam os pedreiros. Quando a mão de obra chega
terno, em até 5 (cinco) dias contados da comunicação para iniciar os trabalhos, muita coisa já foi feita: projeto
da contratada, para que sejam efetivadas as providências arquitetônico, projeto de instalações elétricas e hidráu-
com vistas ao recebimento definitivo. Caso as pendências licas, de estrutura, fundação e de impermeabilização,
não tenham sido sanadas, a contratada passa a incorrer compra de materiais, aprovação nos órgãos públicos e
em mora a partir da data da segunda vistoria. orçamentos de diversos tipos. Entre as muitas etapas que
A partir da comunicação interna do fiscal ou do Ter- antecedem a fase inicial da execuções de obras, existem
mo de Recebimento Provisório (na hipótese deste não procedimentos muito necessários para que se possa lo-
consignar pendências), deve-se fixar no edital um perío- grar êxito na conclusão da construção. De acordo com o
do, que sugiro entre 10 (dez) e 30 (trinta) dias, conforme planejamento prévio de construções, assinale a alterna-
a vultuosidade ou complexidade da obra, para observa- tiva que é a expressão da verdade sobre o termo Estudo
ção do funcionamento dos equipamentos e instalações. de Viabilidade.
Após esse prazo será concluída a vistoria para fins de
recebimento definitivo por servidor ou comissão desig- a) Acordo legal, normalmente por escrito, entre duas ou
nada previamente pela autoridade competente (alínea mais partes, para a feitura ou não feitura de algo es-
“b” do inciso I do artigo 73 da Lei nº 8.666/93). Se novas pecífico.
pendências forem detectadas, deve ser concedido novo b) Processo competitivo de propor a execução de uma
prazo para adequação, em regra de até 15 (quinze) dias, obra descrita em um contrato por uma soma específi-
não importando em penalização da contratada. ca, também conhecida como concorrência.
Finalmente, verificado o saneamento de todas as c) Exame e análise detalhados empreendidos a fim de
pendências em vistoria final, realizada após uma última determinar a adequação financeira, técnica, ou de ou-
comunicação escrita da contratada, será emitido o Termo tra ordem, de um projeto de construção proposto.
de Recebimento Definitivo da obra ou serviço em até 10 d) Autorização, por escrito, para o início da construção
(dez) dias contados daquela comunicação, de modo que de um projeto imobiliário de acordo com desenhos e
o período entre a emissão dos Termos de Recebimen- especificações aprovados, emitida pelo órgão público
to Provisório e Definitivo não ultrapasse os 90 (noventa) competente, depois que as plantas tenham sido regis-
dias previstos pelo § 3º do artigo 73 da Lei nº 8.666/93, tradas e analisadas.
salvo excepcionalidades devidamente justificadas e con-
forme previsão no edital. Resposta: Letra C.
Para que a obra se inicie, antes da execução temos
Recebimento como etapa final da liquidação da des- o estudo preliminar, fase onde são feitos os levanta-
pesa mentos de dados necessários, o estudo do perfil e das
Somente após o recebimento definitivo deverá ser necessidades do cliente, e então é feito o lançamento
providenciado o pagamento do saldo existente em re- das ideias para a solução arquitetônica e o anteproje-
lação ao valor contratual e liberada a garantia (§ 4º do to, que é a solução final do projeto arquitetônico pro-
artigo 56 da Lei nº 8.666/93). A vigência dessa garantia, posto para a obra, considerando todas as exigências
portanto, no caso de utilização da modalidade seguro- contidas no programa de necessidades e no Estudo
-garantia, deverá estender-se até o recebimento defini- Preliminar aprovado pelo cliente.
tivo da obra.2
2. (FGV/2018 – CAMARA DE SALVADOR/BA) A respei-
to da atividade de elaboração do Projeto de Arquitetura,
2 Fonte: www.mapadaobra.com.br/www.webartigos. assinale V para afirmativa verdadeira e F para falsa.
com/www.construfacilrj.com.br/www.portaldoprojetista.com.
br/www.mobussconstrucao.com.br/www.ufjf.br/www.design- ( ) As informações técnicas produzidas em quaisquer
semneura.wordpress.com/www.dcc.ufpr.br/www.edisciplinas. das etapas de elaboração do projeto de arquitetura de-
usp.br/ www.mapadaobra.com.br/www.bernardocesarcoura. vem ser apresentadas sempre por meio de desenhos,
jusbrasil.com.br/www.au17.pini.com.br/www.gerenciamento. maquetes e textos.
ufba.br/www.pmsaposse.sp.gov.br/www.casamineira.com.br/
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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A sequência correta é:
a) F, V, V;
b) V, F, V;
c) F, V, F;
d) V, F, F;
e) V, V, V.
Resposta: Letra A
A segunda e terceira afirmativas estão corretas, no entanto, a primeira apresenta erro quando afirma que as informa-
ções devem SEMPRE ser apresentadas nas três formas indicadas, afinal, as formas podem ser: desenhos; textos (me-
moriais, relatórios, relações e listagens);planilhas e tabelas; fluxogramas e cronogramas; fotografias; maquetes entre
outros meios de representação.
3. (CESPE/2016 – TCE/PR) Nos sistemas de tratamento de esgotos sanitários, o tratamento terciário do esgoto
Resposta: Letra A
São Etapas do tratamento:
Tratamento Preliminar: remove os sólidos grosseiros.
Tratamento Primário: remove os sólidos em suspensão.
Tratamento Secundário: remove matéria orgânica.
Tratamento Terciário: remove poluentes, nitrogênio e fósforo.
Veremos agora a documentação necessária para o planejamento, execução, conclusão e regularização da obra,
destacando a importância de cada uma delas.
• Matrícula do imóvel
Este documento identifica o imóvel pela localização e descrição exata, com o registro das mudanças do imóvel e
outras informações, como nome dos antigos proprietários e a data da primeira matrícula.
É preciso ter certeza de que o terreno escolhido para o projeto está regularizado. Pesquise a matrícula do terreno
e certifique-se disso.Tal consulta deve ser feita no cartório de registro de imóveis. Hoje, em alguns estados como São
Paulo, por exemplo, já é possível fazer esta consulta on-line pela Central de Registradores.
• Contratação de Profissional Habilitado
Para qualquer tipo de construção, a contratação de um arquiteto ou engenheiro civil é obrigatória, segundo o Art.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
15, da Lei n° 5194/66. A contratação de um profissional habilitado perante o Conselho Regional de Engenharia e
Agronomia (CREA) do seu estado e a prefeitura da cidade, garante segurança, economia de tempo e dinheiro, e evita
possíveis complicações futuras.
Ele será responsável pela elaboração dos projetos e pelo acompanhamento técnico da obra, de acordo com as NBRs
(normas brasileiras) aplicáveis à construção civil.
• Projeto Arquitetônico
Envolve a transcrição das ideias e a definição de formas e tamanhos dos ambientes, levando em conta os fatores
limitantes impostos pelas leis municipais, estaduais e federais. É baseado em cinco etapas: levantamento de dados,
estudo preliminar, anteprojeto, projeto legal e projeto executivo.
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Cada tipo de edificação exige um conjunto diferente Para facilitar a consulta e confirmar a regularidade,
de projetos, mas o projeto arquitetônico é requerido em uma fiscalização, uma via do alvará de construção, a
para qualquer tipo de obra, ou seja, é impossível seguir cópia da ART cadastrada no Crea e as cópias das plan-
em frente sem tê-lo em mãos. Então, priorize a elabora- tas aprovadas também devem ser mantidas na obra.
ção do projeto arquitetônico e de todos os outros: estru-
tural, elétrico, hidráulico, prevenção de incêndio e tubo • Certidão Negativa de Débito (CND) INSS
de telefonia. A qualidade da obra começa com o escopo Obra
completo dos projetos. Este é o documento comprobatório da regularidade
do contribuinte. A CND da obra é emitida pelo INSS
• Alvará de Construção e exigida para a regularização da obra no momento da
Esse documento garante que a obra foi aprovada pe- averbação. Para a emissão da CND, a obra não pode ter
las autoridades técnicas do município quanto às ques- restrição no Cadastro Específico do INSS (CEI). Se houverem
tões urbanísticas legais, define um prazo e indica o res- restrições, o INSS emitirá um relatório, indicando as irregu-
ponsável por construir atendendo às questões de saúde, laridades para que seja providenciada a regularização.
segurança e meio ambiente. Para solicitar a CND INSS da Obra, o proprietário da
A emissão do alvará de construção pela prefeitura in- construção deve enviar à Receita Federal a Declaração
dica que o projeto está apto para ser construído de acor- e Informações sobre a Obra (Diso). O documento pode
do com legislação local, e autoriza o início da execução ser enviado pelo site da Receita, para que o órgão possa
da obra. Para que o projeto seja aprovado, é preciso que validar as principais informações sobre a obra. Somente
os profissionais envolvidos estejam atentos às diretrizes depois da regularização da obra junto à Receita Federal
do município referentes ao zoneamento, aos coeficientes será expedida a Certidão Negativa de Débito (CND) rela-
de aproveitamento, à taxa de ocupação, e às exigências tiva à construção, permitindo a averbação nos cartórios
da parte urbanística e do código de edificações. de registros de imóveis. A CND tem prazo de validade de
180 dias a partir da data de emissão.
• Anotação de Responsabilidade Técnica (ART)
• Atestado das concessionárias de água e esgo-
Criada pela Lei 6.496/77, a ART é a formalização do
to
contrato entre o cliente e o profissional contratado para
Nesse documento, as concessionárias de água e es-
prestação de serviços de engenharia, arquitetura e agro-
goto dos estados asseguram a possibilidade de interliga-
nomia. Na ART, o profissional descreve as obrigações
ção de determinado empreendimento às redes públicas
contratuais e identifica os responsáveis pela obra e pres-
de distribuição de água e esgotamento sanitário.
tação de serviços.
A ART é válida apenas se tiver sido cadastrada no • Atestado de conformidade da instalação de
CREA, quitada, possuir as assinaturas originais do profis- energia elétrica
sional e contratante, sendo que também deve estar livre Esse atestado demonstra que a instalação elétrica de
de qualquer irregularidade referente às atribuições do baixa tensão avaliada atende às prescrições da norma
profissional que a anotou. NBR 5410/04 e aos regulamentos das autoridades e das
A taxa incidente sobre o documento varia de acor- concessionárias de energia elétrica.
do com o tipo de serviço. Conforme prevê a Resolução
425/98, do Confea, no art. 4º, o recolhimento é obrigação • Auto de vistoria do corpo de bombeiros
do profissional ou empresa contratada. Auto de vistoria do Corpo de Bombeiros, é o docu-
mento emitido pelo Corpo de Bombeiros que comprova
que, durante a vistoria, a edificação possuía as condições
de segurança contra incêndio, previstas pela legislação.
• Habite-se
Após a conclusão da obra, a prefeitura emite o Certifi-
cado de Conclusão, conhecido como Habite-se, atestan-
do que a construção do imóvel foi conduzida seguindo à
risca as exigências da legislação do município.
Para solicitar o documento, é necessário ter em mãos
os atestados das concessionárias de água, energia e do
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Quando a fiscalização visitar a sua obra, alguns docu- corpo de bombeiros, que evidenciam a correta funciona-
mentos precisam estar disponíveis no local lidade das instalações do imóvel.
De acordo com a Lei n° 1. 172/96, as construções com
• Placa, plantas e ART na Obra dois ou mais blocos situados em um mesmo terreno, li-
Em todas as fases da construção é necessário manter beradas por um único alvará de construção, podem re-
o terreno sinalizado, com todas as informações do proje- ceber a Carta de Habite-se separadamente, desde que
to, mostrando a regularidade da obra. Por isso, os Creas cada bloco seja unidade autônoma, de funcionamento
exigem a utilização de placa, com os dados do profissio- independente, e possa ser utilizado separadamente.
nal responsável pela construção, e também com o núme- Antes liberar o documento, a prefeitura faz uma vis-
ro do processo de aprovação e do alvará de construção, toria no imóvel para verificar se as regras locais foram
no canteiro de obras. seguidas.
30
• Registro do imóvel O “habite-se” tem o objetivo de atestar que a obra
O registro do imóvel é o instrumento que permite foi corretamente conduzida em atendimento à legisla-
a comprovação do direito de propriedade, e também a ção em vigor, encontrando-se segura para ocupação dos
forma pela qual é feita a transferência dos bens imóveis. futuros moradores, estando as instalações elétricas ade-
Para concluir o processo e efetuar a averbação da quadas.
construção na escritura do terreno, gerando um novo
registro do imóvel, o proprietário deve apresentar o Ha- Revisão de IPTU
bite-se, a CND INSS obra e também o carnê do IPTU (em O proprietário, compromissário ou possuidor devida-
dia), além de documentos pessoais de identificação do mente inscrito no cadastro imobiliário que não concor-
proprietário e cônjuge. dar com o lançamento tributário ocorrido em determina-
O documento deve ser requerido no cartório de re- do exercício.
gistro de imóveis mais próximo do empreendimento re- O contribuinte deverá detalhar no pedido os fatores
cém-construído. Depois, é preciso ir até a prefeitura para
que o levam a requerer a revisão do lançamento do IPTU;
que o imóvel receba um número de cadastro, garantindo
No caso de Revisão de padrão de construção, Revisão
a regularização completa da obra.
de área construída ou Revisão de Valor Venal deverá ser
Algumas considerações: utilizado procedimento próprio relacionado;
Quando requerido dentro do prazo da lei, até 30
Habite-se (trinta) dias da data da postagem dos carnes, a solici-
“Habite-se”, nada mais é do que uma certidão expedida tação criará uma suspensão temporária na obrigação
pela Prefeitura atestando que o imóvel (casa ou prédio re- de pagamento. Caso seja aprovada, um novo carnê será
sidencial ou comercial) está pronto para ser habitado e foi emitido com novas datas e valores. Na hipótese de in-
construído ou reformado conforme as exigências legais esta- deferimento, será emitido um novo carnê somente com
belecidas pelo município, especialmente o Código de Obras. novas datas de vencimento para que, o contribuinte pos-
Em regra, o proprietário do imóvel (incorporadora, sa efetuar o pagamento sem prejuízo das multas e juros;
construtora ou pessoa física) faz a requisição perante o A solicitação protocolada após o prazo de 30 dias, a
órgão competente da Prefeitura, a qual deve providen- contar da data de postagem do carnê, não gera efeito
ciar uma vistoria no local, por intermédio de engenheiro suspensivo da cobrança, devendo o contribuinte efetuar
civil para constatar se a construção erguida realmente o pagamento pelo mesmo carnê recebido no início do
reflete o projeto aprovado inicialmente. ano normalmente. Neste caso, a revisão se for autorizada
Cumpre informar que por mais absurdo que seja, há e se houver diferença a recolher, será gerado um carnê
algumas Prefeituras que não enviam engenheiro para de IPTU com lançamento complementar para o mesmo
constatar o que foi feito no local e emitem o “habite-se” exercício;
apenas com base na declaração escrita do engenheiro Qualquer alteração relativa aos dados do fato gera-
civil responsável pela obra, afirmando que o empreendi- dor e lançamento tributário deverá ser comunicada no
mento foi concluído. prazo de 30 dias a partir dessa alteração. A não comuni-
O “habite-se” é o primeiro passo para a entrega de cação de forma espontânea poderá acarretar penalida-
qualquer empreendimento. Sem ele, não há instalação des ao contribuinte.
de condomínio (pois se houver, será irregular), tampou-
co é possível providenciar a individualização da matrícula Verificada a existência de erros no cálculo o contri-
perante o cartório de registro de imóveis competente e
buinte pode requerer a revisão do IPTU. O pedido de
muito menos obter a entrega das chaves.
revisão pode se dar por duas vias:
A incorporadora ou construtora ao terminar uma obra
deve cumprir uma série de requisitos antes da solicitação
• Administrativa: através de protocolo na secreta-
de expedição do auto de conclusão de obra ou “habi- ria municipal da fazenda; e
te-se”, como, por exemplo, obter a documentação que • Judicial: através de advogado na comarca onde
demonstre a regularidade perante as concessionárias de o imóvel se encontra.
energia elétrica e água. Por fim, é necessário que haja atenção para as variá-
Também se faz necessária a obtenção do Auto de Vis- veis que compõe o cálculo, não apenas em termos dimen-
toria do Corpo de Bombeiros (AVCB), a cargo da Polícia sionais, mas também para a sua interpretação, pois a valora-
Militar. Esse documento atesta que a construção possui ção destes é feita com base no entendimento do avaliador
as condições de segurança contra incêndio prevista do imóvel e é passível de impugnação pelo contribuinte.
pela legislação e estabelece um período de revalidação. Reclassificação e recadastramento de áreas cons-
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
31
de eventuais falhas, anomalias ou manifestações patoló- Esse tipo de vistoria tem sido uma prática cada vez
gicas que afetam o comportamento em uso (ou seja, o mais comum das construtoras e incorporadoras pela se-
desempenho) da edificação e seus sistemas, elementos gurança que trás a elas e aos donos de imóveis próxi-
e componentes construtivos são registradas durante a mos às obras. Ela ocorre antes do início dos trabalhos
vistoria em campo com o objetivo de inspecionar a região, veri-
Qualquer pessoa pode fazer uma denuncia de irregu- ficando as condições dos imóveis adjacentes ao projeto,
laridades de obras e, depois disso, cabe ao fiscal verificar mantendo assim uma relação harmônica de precaução e
as devidas vistorias e providencias. responsabilidade com a vizinhança. Esse tipo de inspeção
É feito a fiscalização das edificações e obras que não existe devido a possibilidade de problemas que ocorrem
possuem as devidas condições de salubridade, segu- por causa da confrontação com outros imóveis, ou seja,
rança e estabilidade. Esses imóveis podem apresentar o risco nas imediações dá aos moradores o direito de
eventuais riscos aos moradores, visitantes, pedestres ou exigirem o resguardo.
mesmo veículos, como por exemplo, queda de partes da
A verificação técnica da vizinhança pode ser um pro-
fachada, de marquises, painéis de publicidade, entre ou-
cedimento complexo, pois além da constatação dos fatos
tros.
relacionados ao imóvel é necessário incluir os detalhes
Quando a equipe de fiscalização verifica a falta de
de cada situação, como as características gerais e técni-
salubridade, segurança e estabilidade, o proprietário é
intimado a fazer as devidas adequações e pode ser mul- cas do local, situação do terreno e segurança local.
tado. Caso não atenda as exigências técnicas, o caso é A examinação do ambiente deve vir acompanhada de
encaminhado para a Comissão Permanente de Vistorias, análises técnicas e descrições pontuais de itens como:
que avalia o risco que o imóvel está causando e define há rachaduras em alguma parede do imóvel?
qual a melhor providência a ser tomada. há indícios de infiltração em algum cômodo?
Pode-se decidir, por exemplo, pela interdição ou até como é o funcionamento da rede de esgoto no
mesmo pela demolição total ou parcial do imóvel. A local?
Prefeitura também pode decidir por realizar a reforma há pisos, azulejos ou cerâmicas rachadas/trinca-
(dependendo da obra em questão) e, nesses casos, os das no imóvel?
valores gastos são cobrados, em dobro, do proprietário.
Além de realizarem visitas periódicas nos locais mais Para a realização de vistorias é necessário ter conheci-
críticos, os técnicos também recebem denúncias da po- mento de dois tipos de região de influência: as primárias
pulação. e as secundárias. A região de influência primária consti-
Nas perícias judiciais torna-se obrigatória a obe- tui-se por imóveis que estejam em fronteira com a obra.
diência aos requisitos essenciais, sendo que, no caso de Já a secundária envolve os imóveis que, apesar de não
avaliações, devem ser obedecidos ainda os critérios das estarem em fronteira, têm chance de sofrerem danos.
normas aplicadas ao assunto ou caso, salvo no caso de De acordo com as imagens, é possível visualizar quais
trabalhos de cunho provisório ou quando a situação as- são as regiões confrontantes. Dentre elas, existem am-
sim o obrigar, desde que perfeitamente fundamentado. bientes secundários mas que fazem parte da área de
influência e, por isso, também precisam ser analisados
O laudo de vistoria pode ser realizado em diversos por completo. Por fim, durante a inspeção é necessário
tipos de situação, seja durante o planejamento, desen- indicar a classificação de risco presente no local, sendo
volvimento, entrega ou pós-entrega da obra/empreendi- ele crítico, regular ou mínimo.
mento. Para facilitar a atividade, existem tipos específicos
de vistoria para cada condição. São elas:
2. Vistorias especiais em obras
Vistoria confrontante de obras;
As vistorias especiais em obras têm como objetivo
Vistorias especiais em obras;
destacar situações incomuns, fatos que podem sofrer
Vistoria programada de edificações;
mudança repentina ou variação de tempo além de, é cla-
Vistoria para comercialização de imóveis usados;
Vistoria para imóveis locados; ro, resguardar as informações relevantes para clientes e
A Vistoria na construção civil é indispensável para o empresas no futuro. Nas vistorias especiais, é necessário
setor da construção, devido às particularidades que não se preocupar com os dois tipos de caracterização princi-
encontramos em outras áreas – como a grande quanti- pais do ambiente. São elas:
dade de pessoas e até empresas envolvidas, a utilização
Interrupção de serviços/obra
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
32
Acidentes veis e empreendimentos novos. Este tipo de vistoria é
A caracterização deste tipo possui como eixo cen- realizada para garantir o entendimento de uma propos-
tral o acidente – ou seja, tudo relacionado a ele deve ser ta, a negociação e os preços durante a transação. Neste
identificado, sejam os danos, as proporções, as inade- caso, são inspecionados e detalhados itens como:
quações, a situação prévia do local e as possíveis causas Conservação do imóvel;
para o ocorrido. Características gerais;
Defeitos;
3. Vistoria programada de edificações Acabamentos;
A vistoria programada de edificações tem como fun- Região onde o imóvel está localizado;
ção acompanhar o andamento das etapas e serviços que Tipo de elementos constituintes;
envolvem um imóvel, desde o início das vendas ainda na Aspectos estruturais.
planta, passando pela construção, entrega das chaves ao Em outros países, este método é bastante adotado
cliente até o pós-venda. Esse tipo de vistoria é importan- para apontar o preço real do imóvel de acordo com
te para caracterizar a situação real do imóvel ao longo suas condições legítimas. É importante ser um docu-
de sua construção, garantindo a compatibilidade com o mento datado – por estar relacionado a uma venda, o
projeto e aquilo que foi firmado em contrato. cenário econômico do mercado imobiliário tem bastante
Esse laudo de vistoria permite ao comprador assegu- influência sobre o valor final admitido.
rar a manutenção do imóvel de forma consecutiva caso
seja necessário e, conforme ressaltado, ao longo de dife- 5. Vistorias para imóveis locados
rentes fases da obra. A vistoria para imóveis residenciais ou comerciais lo-
cados tem o objetivo de garantir segurança e compati-
Período de Vendas bilidade no momento de assinatura do contrato de loca-
Tem por intuito a divulgação do empreendimento, ção. Durante a inspeção, é preciso verificar o estado de
conservação geral do imóvel, além de analisar especifi-
ou seja, divulgar o projeto, o modelo reduzido da cons-
cidades como piso, rodapé, portas, janelas, teto, pintura,
trução e apresentar as unidades decoradas aos possíveis
hidráulica e elétrica.
clientes.
O locador é responsável por disponibilizar um imóvel
habitável, atendendo ao uso destinado e descrevendo
Vistoria de pre-entrega
defeitos e situações especiais ao locatário, caso existam.
Visa comprovar que o estado de entrega do imóvel
Durante o uso, é obrigação do locatário manter a integri-
está de acordo com o que foi acordado e vendido em
dade do ambiente e devolvê-lo da mesma forma como
contrato, com todas características descritas como no recebido no início do contrato de aluguel. Para garantir
projeto e memorial descritivo sem defeitos. essa conformidade, haverá uma vistoria de desocupação
do imóvel, garantindo o perfeito estado do imóvel no
Vistoria de Entrega de Chaves momento de devolução das chaves. Em caso de defeitos
Validar em acordo que não existem inadequações ou ou avarias, o locatário pode ser obrigado a arcar com o
defeitos no imóvel sendo entregue ao cliente. conserto ou troca dos elementos danificados.
Em resumo, é comum realizar três diferentes tipos de
Vistorias Periódicas laudo em casos de imóveis alugados:
Frequentes inspeções para verificar o surgimento de Vistoria Inicial: procede-se no início da locação, com
defeitos ou problemas, com o intuito de fazer reparos o intuito de registrar a condição de conservação do imó-
antes que a situação se agrave. A partir da constatação vel antes do início do uso pelo locatário.
de irregularidades, é preciso tomar medidas que, geral- Vistoria de Constatação: executada durante a habita-
mente, acabam resultando em pequenas reformas no ção do inquilino, o objetivo é registrar possíveis melho-
imóvel. rias e obras realizadas no imóvel, sejam elas feitas pelo
A seguir, você pode conferir um exemplo de guia uti- dono do imóvel ou pelo locatário.
lizado na vistoria para checar se todas as características Vistoria de Saída: realizada no momento de desocu-
encontradas estão de acordo o estabelecido em contra- pação do imóvel, esta vistoria ocorre com base na com-
to previamente. Neste guia, estão representados os cô- paração do laudo da vistoria inicial, descrevendo possí-
modos, elementos constituintes, serviços executados e a veis mudanças, avarias, necessidade de reforma ou até o
percepção geral do imóvel. mal uso do imóvel.
É responsabilidade legal dos construtores realizar a Este tipo de vistoria é fundamental, já que não são
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
entrega do imóvel de forma homogênea e condizente poucos os casos de desentendimentos entre locadores
ao projeto apresentado inicialmente, sem alterações que e locatários. No momento de desocupação do imóvel,
prejudiquem o cliente – por exemplo, utilizar um porce- sempre existem alegações divergentes em relação ao
lanato de preço e qualidade inferior ao que foi especifi- estado inicial do bem antes do aluguel e o nível de con-
cado anteriormente. servação no ato da entrega ao proprietário. O laudo de
vistorias para comercialização de imóveis usados tem
4. Vistoria para comercialização de imóveis usa- também o objetivo de minimizar os conflitos proprietá-
dos rios de imóveis e inquilinos, garantindo a conservação do
A vistoria para comercialização de imóveis usados
imóvel e evitando prejuízos para ambas as partes.
tem ganhado maior atenção nos últimos tempos – prin-
cipalmente em um cenário de queda na venda de imó-
33
Acessibilidade CONHECIMENTOS DE ELABORAÇÃO DE CORRES-
O Decreto 9.451-18, publicado em julho de 2018, de- PONDÊNCIAS, PROTOCOLOS E NOTAS FISCAIS
termina que construtoras e incorporadoras são proibidas
de cobrar a mais para adaptar os imóveis às necessida- Elaboração de documentação
des do morador e, além disso, devem incluir recursos de Considera-se gestão de documentos o conjunto de
acessibilidade na estrutura do imóvel. procedimentos e operações técnicas referentes à sua
Outra norma é que, quem adquire um empreendi- produção, tramitação, uso, avaliação e arquivamento em
mento na planta pode solicitar, por escrito, a adaptação fase corrente e intermediária, visando a sua eliminação
ou recolhimento para guarda permanente. (BRASIL, 1991,
de sua unidade, listando quais os itens necessários para
art. 3o).
o caso específico.
Moradores portadores de deficiência também têm di-
Protocolo
reito a reservar vagas de estacionamento, fazendo uma Protocolo Central - É a unidade da Instituição en-
troca pela que é oferecida pela construtora em conjunto carregada dos procedimentos e rotinas de recebimento,
com a unidade. autuação, expedição de correspondências, documentos
e processos, dentre outras atribuições.
Importância da acessibilidade nas edificações Protocolo Setorial - É a unidade localizada junto aos
No Brasil, existem mais de 45 milhões de cidadãos setores específicos da Instituição encarregada de dar
com pelo menos um tipo de deficiência. E esses, certa- suporte aos procedimentos e rotinas de recebimento e
mente, precisam de construções equipadas e adaptadas tramitação de documentos e processos, dentre outras
às suas necessidades, para quem tenham o direito de ir atribuições.
e vir e realizar suas atividades diárias com comodidade e Documento
segurança. É toda informação registrada em um suporte mate-
Além disso, as construtoras e incorporadoras incluí- rial, suscetível de consulta, estudo, prova e pesquisa, ca-
rem a acessibilidade em seus projetos é uma questão de paz de comprovar fatos, fenômenos, formas de vida e
responsabilidade social, já que o portador de deficiência pensamentos do homem numa determinada época ou
que mora em um condomínio deve poder usufruir de to- lugar. Pode ser caracterizado segundo o gênero, a espé-
dos os espaços ofertados, como salão de festas, churras- cie e a natureza, conforme descrito a seguir.
queiras, piscinas, entre outros ambientes coletivos.
a) Caracterização quanto ao gênero:
Como tornar um empreendimento acessível? Documentos Textuais - São os documentos manuscri-
tos, datilografados ou impressos.
Apesar de a nova lei contemplar os empreendimen-
tos residenciais, a acessibilidade não deve parar por aí.
Documentos Cartográficos - São os documentos em
Pessoas com deficiência também têm rotinas de trabalho
formatos e dimensões variáveis, contendo representa-
e devem ter acesso às empresas e escritórios de maneira
ções geográficas arquitetônicas ou de engenharia.
autônoma e sem dificuldades. Exemplos: mapas, plantas e perfis.
Seja para prédios residenciais ou comerciais, o proje-
to de acessibilidade deve contar com alguns itens bási- Documentos Iconográficos - São documentos em su-
cos, os quais você vê a seguir: porte sintético, em papel emulsionado, contendo ima-
• percurso acessível que una os empreendimen- gens estáticas.
tos à saída e às áreas comuns; Exemplos: fotografias (diapositivos, ampliações e ne-
• rampas ou, ainda, equipamentos mecânicos gativos fotográficos), desenhos e gravuras.
com o objetivo de promover a acessibilidade onde hou-
ver desníveis; Documentos Filmográficos - São documentos em pelí-
• circulação nas áreas comuns com largura de no culas cinematográficas e fitas magnéticas de imagem (ta-
mínimo 1,50m; pes), conjugadas ou não a trilhas sonoras, com bitolas e
• elevadores em todas as edificações com mais de dimensões variáveis, contendo imagens em movimento.
cinco andares; Exemplos: filmes e fitas videomagnéticas.
• cabines de elevador devem conter entrada aces-
sível para pessoas com deficiência ou mobilidade redu- Documentos Sonoros - São os documentos com di-
zida; mensões e rotações variáveis, contendo registros fono-
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
34
Exemplos: CD-ROM, DVD, disco rígido, pen drive. Secreto - São documentos que exigem alto grau de
segurança, mas podem ser do conhecimento de pessoas
b) Caracterização quanto à espécie: funcionalmente autorizadas para tal, ainda que não es-
Atos Normativos - São os documentos expedidos por tejam intimamente ligadas ao seu estudo ou manuseio.
autoridades administrativas, com a finalidade de dispor e
deliberar sobre matérias específicas. Confidencial - São documentos, que embora não re-
Exemplos: medida provisória, decreto, estatuto, regi- queiram alto grau de segurança, só devem ser do conhe-
mento, regulamento, resolução, portaria, instrução nor- cimento de pessoas autorizadas, para não prejudicar o
mativa, ordem de serviço, decisão, acórdão, despacho indivíduo ou criar embaraços administrativos.
decisório e lei. Reservado - São documentos cujo assunto não deve
ser de conhecimento do público em geral.
Atos Enunciativos - São os opinativos, que esclarecem
os assuntos, visando fundamentar uma solução. Correspondência
Exemplos: parecer, relatório, voto e despacho inter- É toda espécie de comunicação escrita, que circu-
locutório. la entre órgãos ou entidades, à exceção dos processos.
Quanto à natureza classifica-se em:
Atos De Assentamento - São os configurados por re- Correspondência interna - É mantida entre as unida-
gistros, consubstanciando assentamento sobre fatos ou des do órgão ou entidade. Correspondência externa - É
ocorrências. mantida entre os órgãos ou entidades da Administração
Exemplos: apostila, ata, termo e auto de infração. Pública Federal.
Correspondência oficial - É a espécie formal de comu-
Atos Comprobatórios - São os que comprovam assen- nicação mantida entre os órgãos ou entidades da Admi-
tamentos, decisões, etc. nistração Pública Federal ou destes para outros órgãos
Exemplos: traslado, certidão, atestado, cópia autênti- públicos ou empresas privadas.
ca ou idêntica. Correspondência particular - É a espécie informal de
comunicação utilizada entre autoridades ou servidores e
De Ajuste - São representados por acordos em que instituições ou pessoas estranhas à Administração Públi-
a Administração Pública Federal, Estadual ou Municipal ca Federal.
é parte. Correspondência recebida - É aquela de origem inter-
Exemplos: tratado, convênio, contrato, termos (tran- na ou externa recebida pelo protocolo central ou setorial
sação, ajuste, etc.). da UFSCar.
Correspondência expedida - É aquela de origem in-
Atos De Correspondência - Objetivam a execução dos terna ou externa remetida no âmbito da Administração
atos normativos, em sentido amplo. Pública Federal.
Exemplos: aviso, ofício, carta, memorando, mensa-
gem, edital, intimação, exposição de motivos, notifica- Emissão de NF:
ção, telegrama, fax, alvará e circular. As chamadas NF ou mesmo as NF-e (notas fiscais ele-
trônicas) são documentos exigidos pela Receita Federal
c) Caracterização quanto à natureza: para registrar compra e venda de mercadoria e prestação
Urgentes - Documentos cuja tramitação requer cele- de serviços.
ridade maior que a rotineira, a serem classificados pelas
Autoridades Administrativas. São dados necessários para emissão de Nota Fiscal:
1. Certificado digital:
Ostensivos - São aqueles cuja divulgação não prejudi- O primeiro passo para emitir nota eletrônica é possuir
ca os interesses da Administração. um Certificado Digital, que assegura validade jurídica
Exemplos: Notas fiscais, escalas de plantão, etc. ao documento por permitir confirmação de sua auten-
ticidade. Existem diversos órgãos autorizados pelo IPC
Sigilosos - São aqueles de conhecimento restrito e (Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira) a fornecer
que, por isso, requerem medidas especiais de salvaguar- Certificado Digital. Leia também nosso artigo para saber
da para sua divulgação e custódia. Subdividem-se em tudo sobre certificado digital.
outras quatro categorias, tendo em vista o grau necessá-
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
35
usar serviços que rodam em nuvem e podem ser acessados online em um dispositivo que esteja conectado à internet.
Se sua empresa tem um movimento muito grande de emissão de Notas Fiscais a opção mais recomendada é adotar
um emissor integrado a um sistema de faturamento ou sistema de gestão, um gerenciador de nota fiscal eletrônica.
Emitir nota fiscal é requisito necessário para que sua empresa cumpra com sua função social, além de ter relações
seguras e confiáveis junto aos seus fornecedores e clientes, mantendo suas obrigações tributárias para com os gover-
nos municipais estaduais e federal. Por isso é imprescindível que você reúna todos os dados necessários para emissão
de Nota Fiscal em sua organização, seja ela de que porte for.
Além disso, as notas fiscais são a base de toda a contabilidade da companhia, mantendo os departamentos de
faturamento interligado com departamento fiscal, contábil e financeiro. Fomentando dados para uma contabilidade
confiável que beneficia, não só a sua administração e tomada de decisões, mas também à terceiros interessados em
parcerias com sua empresa.3
EXERCÍCIO COMENTADO
a) ISS
b) IPTU
c) IOF
d) IPVA
2. (CESPE/INSS) A avaliação pericial por meio da vistoria, além de servir como ação de apoio aos mais vas-
tos e variados trabalhos, a exemplo do controle da qualidade de execução e da gestão pós-ocupação,
serve também como fonte de informações para a concepção de projetos e o planejamento de empreendimentos. A
respeito desse tipo de avaliação, julgue os itens que se seguem.
A vistoria tem o objetivo de conhecer e caracterizar o bem, avaliando sua adequação ao segmento de mercado, e deve
ser efetuada pelo engenheiro ou pelo técnico de edificações, daí resultando condições para a orientação da coleta de
dados.
( ) CERTO ( ) ERRADO
A fiscalização é uma atividade técnica exercida para verificar as conformidades das obras e serviços executados com
as exigências, normas e especificações aplicáveis. A fiscalização é exercida através de vistorias que envolvem aspectos
técnicos e administrativos da execução das obras e serviços.
3 Fonte: www.sienge.com.br/www.ivanmercadante.jusbrasil.com.br/www.mogidascruzes.sp.gov.br/ www.constructapp.io/www.perfectvm.com.
br/www.vitoria.es.gov.br/www.prosecurity.com.br/www.carolinesales.jusbrasil.com.br/www.nfe.io/ www.icmbio.gov.br
36
Neste sentido, o exercício da função de fiscalização • Realizar vistoria para a expedição de “Habite-se”
é das mais importantes do serviço público municipal, já das edificações novas ou reformadas;
que exterioriza uma das formas de exercício do poder de • Definir a numeração das edificações, a pedido do
polícia que maior reflexo traz: o da realidade local. interessado;
• Elaborar relatório de fiscalização;
A FISCALIZAÇÃO MUNICIPAL • Orientar as pessoas e os profissionais quanto ao
Os Municípios, em geral, possuem quadros de fun- cumprimento da legislação;
ções específicas de fiscalização com poder de polícia. São • Apurar as denúncias e elaborar relatório sobre as
quadros de atuação nas áreas: providências adotadas.
• Fiscalização de Posturas Municipais; • A chamada Fiscalização de Posturas Municipais
• Fiscalização de Obras de Construção Civil e outras; abrange, entre outras funções:
• Fiscalização Sanitária; • Autorizar e fiscalizar o funcionamento de estabele-
• Fiscalização de Meio Ambiente; cimentos comerciais, industriais, etc.;
• Fiscalização de Trânsito. • Regular o uso e a manutenção dos logradouros
públicos;
A Fiscalização Municipal deve apresentar um caráter • Autorizar e fiscalizar propagandas, placas e anún-
coercitivo e ao mesmo tempo educativo e preventivo, de cios nas áreas públicas e frontais aos imóveis;
orientação aos profissionais, empresas e outros segmen- • Autorizar o funcionamento de eventos, shows, par-
tos sociais sobre a legislação que regulamenta as obras ques de diversões, circos, etc;
no Município. • Fiscalizar o cumprimento do Código de Posturas
Municipal; Elaborar relatório de fiscalização;
O AGENTE FISCAL • Orientar as pessoas e os profissionais quanto ao
O agente fiscal é o funcionário do Município designa- cumprimento da legislação;
do para exercer a função de agente de fiscalização (nota • Apurar as denúncias e elaborar relatório sobre as
da editora: discordo, chefia é que é designada, encarre-
providências adotadas.
gado é que tem função; cargo de Fiscal é por concurso
e, daí, é empossado), verificando se as obras e serviços
Conhecimentos Básicos Necessários ao Desempenho
estão sendo executados de acordo com a legislação e
da Função
com as normas regulamentadoras vigentes, além de as-
São conhecimentos básicos necessários ao desempe-
segurar a observância dos padrões mínimos de seguran-
nho da função de Agente Fiscal Municipal, entre outros:
ça, higiene, salubridade e conforto das edificações.
• Conhecer a legislação urbanística municipal e
No desempenho de suas atribuições (nota da editora:
manter-se atualizado em relação à mesma;
opa, aqui falamos a mesma língua… Fiscal tem cargo com
atribuições típicas e EXCLUSIVAS), o agente fiscal deve • Observar as normas e medidas de segurança do
atuar com rigor e eficiência para que a legislação muni- trabalho (uso de EPI);
cipal seja cumprida. • Ter desenvoltura para trabalhos com informática;
• Ter conhecimento dos procedimentos e caracterís-
Atribuições do Agente Fiscal (Obras e Posturas) ticas de processos administrativos;
A chamada Fiscalização de Obras de Construção Civil • Ter conhecimentos básicos de leitura de projetos e
Municipal abrange, entre outras funções (nota da editora: noções de construção civil.
onde se lê “funções”, leia-se “atribuições”… e são muito
mais do que as que estão aqui arroladas; neste sentido, ESTRATÉGIAS DE FISCALIZAÇÃO (Obras de Cons-
consultar código 2545-05 da Classificação Brasileira de trução Civil)
Ocupações – CBO, publicada pelo Ministério do Trabalho A fiscalização deve ser uma ação planejada, coorde-
e Emprego – MTE): nada e avaliada de forma contínua, tendo em foco o al-
• Fiscalizar as obras públicas e particulares, concluídas cance dos seus objetivos.
ou em andamento, abrangendo também demolições,
terraplenagens, parcelamento do solo, a colocação de Como fiscalizar?
tapumes, andaimes, telas, plataformas de proteção e 1. Apresentar-se no local como agente fiscal do Mu-
as condições de segurança das edificações; nicípio, ao proprietário ou ao responsável pela
• Fiscalizar o cumprimento do Código de Obras e obra;
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Edificações, do Plano Diretor Participativo e da Lei 2. Comunicar que o objetivo da visita é verificar se
Municipal de Parcelamento do Solo; as obras ou serviços estão sendo executados de
• Emitir notificações, lavrar autos de infração e expe- acordo com as diretrizes municipais e por um pro-
dir multas aos infratores da legislação urbanística fissional legalmente habilitado;
municipal; 3. Solicitar documentação (projeto aprovado, alvará
• Reprimir o exercício de atividades desenvolvidas de construção) referente à obra e/ou serviço;
em desacordo com as normas estabelecidas na le- 4. Preencher relatório de visita com todos os dados
gislação urbanística municipal, as edificações clan- obtidos na vistoria;
destinas, a formação de favelas e os agrupamentos 5. Caso a obra e/ou empresa esteja atendendo a to-
semelhantes que venham a ocorrer no âmbito do das as exigências agradecer pela atenção e tempo
Município; despendido e encerrar a vistoria.
37
6. Se, de acordo com a legislação vigente, alguma • exercer com zelo e dedicação as atribuições que
irregularidade for detectada, lavrar a notificação lhe forem conferidas;
com prazo para regularização. A notificação deverá • tratar as pessoas com cordialidade e respeito;
ser lavrada em duas vias, sendo que uma via fica na • apresentar-se de maneira adequada com a função
obra, e a outra com o agente fiscal para controle que exerce;
do prazo (solicitar o nome legível do recebedor, • ter em conta que, no exercício de suas atividades,
função/cargo, assinatura e se possível o CPF). Caso suas ações devem sempre estar voltadas para os
seja impossível verificar algumas informações no aspectos educativo, instrutivo e preventivo;
local, retornar a Prefeitura e acessar a documenta- • rejeitar vantagem de qualquer espécie, em razão
ção necessária ou o cadastro do Município, conferindo de suas atribuições.
as informações necessárias para lavratura ou não da
notificação. Neste caso a notificação pode ser enca- Importante: Se, durante a fiscalização, o proprietário
minhada pelo correio, com aviso de recebimento (AR); ou responsável pela obra ou serviço não quiser apresen-
7. Afixar na obra o selo de obra fiscalizada; tar documentos, perder a calma ou tornar-se violento,
8. Caso o notificado não se manifeste no prazo esta- o agente fiscal deverá manter postura comedida equili-
belecido, proceder à autuação. Carimbar e assinar, brada. A regra geral é usar o bom senso. Se necessário
pegar assinatura em todas as vias e entregar uma e oportuno, suspender os trabalhos e voltar em outro
via para o mesmo, em mãos ou por AR. momento, inclusive com auxílio policial.
38
Relatório de Fiscalização Embargo
Tem por finalidade descrever, de forma ordenada e Qualquer obra em andamento, sejam elas constru-
minuciosa, aquilo que se viu, ouviu ou observou durante ções, ampliações ou reformas, poderá ter embargo ime-
a vistoria à obra. É um documento destinado à coleta de diato, não cabendo notificação, quando:
informações das atividades exercidas onde o serviço ou a • iniciar ou executar obra sem o devido licenciamen-
obra estão sendo executados. to, quando não estiverem sendo respeitados os
O relatório deve ser preenchido cuidadosamente e alinhamentos e índices urbanísticos estabelecidos;
deve conter, no mínimo, as seguintes informações: • executar obra sem responsável técnico legalmente
• data de emissão, nome completo, matrícula e assi- habilitado, quando indispensável;
natura do agente fiscal; nome e endereço comple- • construir, ampliar ou reformar em desacordo com
tos da pessoa física ou jurídica fiscalizada, incluin- os termos da lei e do projeto aprovado;
do, se possível, CPF ou CNPJ; • executar obra em loteamentos não aprovados pelo
• identificação da obra, serviço ou empreendimento, Município.
com informação sobre o nome e endereço do exe-
cutor, descrição detalhada da atividade desenvol- O encarregado pela fiscalização embargará a obra,
vida e dados necessários para sua caracterização, mediante lavratura de AUTO DE EMBARGO, em 02 vias,
tais como fase, natureza e quantificação; devendo a obra ficar paralisada até que a irregularidade
• nome completo, título profissional e número de apontada seja sanada.
registro do responsável técnico, quando for o caso; O Município comunicará o embargo ao(s) infrator (es)
• descrição minuciosa dos fatos que configurem in- através de Notificação de Embargo, no qual se especifi-
fração à legislação municipal; e cará as causas da medida e as exigências e prazos que
• identificação do responsável pelas informações, in- devem ser observados para sanar a irregularidade.
cluindo nome completo e função exercida na obra, Verificado o desrespeito ao embargo, o Município
serviço ou empreendimento, se for o caso. requisitará o auxilio policial para a manutenção do em-
bargo e aplicará as multas previstas e demais medidas
Sempre que possível, ao relatório de fiscalização de- cabíveis de responsabilidade do infrator.
vem ser anexados documentos que caracterizam a infra- O levantamento do embargo só será concedido pelo
ção e a abrangência da atuação da pessoa física ou jurídi- Município depois de verificado o cumprimento de todas
ca na obra, serviço ou empreendimento, a saber: as exigências que se relacionarem com a obra ou instala-
• cópia do contrato de prestação do serviço; ção embargada e, bem assim, satisfeito o pagamento de
• cópia dos projetos, laudos e outros documentos todos os emolumentos e multas impostas.
relacionados à obra, ao serviço ou ao empreendi-
mento fiscalizado; Auto de Infração
• fotografias da obra, serviço ou empreendimento. Este documento deve ser lavrado contra o constru-
tor, responsável técnico pela execução da obra, autor do
Notificação projeto e ao proprietário, conforme o caso. Assim como a
Este documento tem por objetivo informar ao res- notificação, o auto de infração, grafado de forma legível,
ponsável pelo serviço/obra ou seu representante legal, sem emendas ou rasuras, deve apresentar, no mínimo, as
sobre a existência de pendências e/ou indícios de irre- seguintes informações:
gularidades no empreendimento objeto de fiscalização. • data da lavratura, nome completo, matrícula e as-
sinatura do agente fiscal;
Serve, ainda, para solicitar informações, documentos e/
ou providências, visando regularizar a situação dentro de
• nome e endereço completos da pessoa física ou
jurídica autuada, incluindo, obrigatoriamente, CPF
um prazo estabelecido.
ou CNPJ;
A notificação ao proprietário, responsável técnico ou
• identificação da obra, serviço ou empreendimento,
empresa construtora deverá ser aplicada pelo Município
com informação sobre a sua localização, nome e
através de AUTO DE NOTIFICAÇÃO, quando, por exem-
endereço do contratante, indicação da natureza da
plo:
atividade e sua descrição detalhada, identificação
• modificar projeto aprovado; da infração, mediante descrição detalhada da irre-
• iniciar ou executar obras sem o devido licencia- gularidade, capitulação da infração e da penalida-
mento, desde que estejam respeitados os alinha- de e valor da multa a que estará sujeito o autuado;
mentos e índices urbanísticos estabelecidos, do • data da verificação da ocorrência;
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
contrário não caberá notificação, acarretando ime- • indicação de reincidência ou nova reincidência, se
diato embargo à obra; for o caso; e
• falsear medidas, a fim de violar dispositivos da le- • indicação do prazo para efetuar o pagamento da
gislação; multa e regularizar a situação ou apresentar defesa.
• omitir nos projetos a existência de cursos de água,
naturais ou artificiais, ou de topografia acidentada O AUTO DE INFRAÇÃO deve ser entregue pessoal-
que exija obra de contenção de terreno; mente ou enviadas por via postal com Aviso de Recebi-
• dificultar ou impedir a fiscalização. mento – AR ou por outro meio legal admitido que asse-
gure a certeza da ciência do autuado. O comprovante de
recebimento do auto de infração deverá ser anexado ao
processo administrativo que trata do assunto.
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Caso o autuado recuse ou obstrua o recebimento do ESPECIFICAÇÃO: atividade que envolve a fixação das
auto de infração, o fato deverá ser registrado no processo. características, condições ou requisitos relativos a mate-
riais, equipamentos, instalações ou técnicas de execução
Recursos a serem empregados em obra ou serviço técnico.
O(s) infrator (es) terão o prazo para o pagamento das ESTUDO: atividade que envolve simultaneamente o
multas ou para presentar sua defesa. levantamento, a coleta, a observação, o tratamento e a
Findo este prazo, se o infrator, seu representante legal, análise de dados de natureza técnica diversa, necessários
ou o responsável técnico pela obra não apresentarem de- ao projeto ou execução de obra ou serviço técnico, ou
fesa, a municipalidade emitirá o Documento de Arrecada- ao desenvolvimento de métodos ou processos de produ-
ção Municipal – DAM, correspondente ao valor da multa, ção, ou à determinação preliminar de características ge-
para que este seja pago pelo infrator. O pagamento da rais ou de viabilidade técnica, econômica ou ambiental.
multa não isenta o infrator da responsabilidade de regula- ESTUDO DE VIABILIDADE TÉCNICA: atividade que en-
rizar a situação da obra, perante a legislação vigente. volve simultaneamente o levantamento, a coleta, a ob-
servação, o tratamento e a análise de dados de natureza
Glossário de termos técnicos e administrativos técnica, necessários a execução da obra ou serviço, ou o
ACESSIBILIDADE: possibilidade e condição de al- desenvolvimento de métodos ou processos de produção
cance para utilização, com segurança e autonomia, dos e a determinação da viabilidade técnico-econômica.
espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edi- EXECUÇÃO: atividade em que o Profissional, por
ficações, dos transportes e dos sistemas e meios de co- conta própria ou a serviço de terceiros, realiza trabalho
municação, por pessoa portadora de deficiência ou com técnico ou científico visando à materialização do que é
mobilidade reduzida; previsto nos projetos de um serviço ou obra.
ARQUITETURA DE INTERIORES: reordenação do es- GPS: Global Position System – localizador de posição
paço interno de ambientes, visando a otimização e ade- via satélite, podendo ser utilizado para levantamentos
quação a novos usos, implicando em alterações como: topográficos quando de alta precisão.
modificações na divisão interna, com adição ou retirada HABILITAÇÃO PROFISSIONAL: reconhecimento legal
de paredes; modificação na estrutura; substituição ou de capacitação mediante registro em órgão fiscalizador
colocação de materiais de acabamento em pisos, forros do exercício profissional.
e paredes; colocação de mobiliário fixo em alvenaria ou INSTALAÇÃO: atividade de dispor ou conectar conve-
outro material; colocação de mobiliário de grandes di- nientemente conjunto de dispositivos necessários a de-
mensões como pórtico e totens, mesmo que temporário. terminada obra ou serviço técnico, de conformidade com
ART – Anotação de Responsabilidade Técnica: regis- instruções determinadas.
tro no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia LAUDO: peça na qual, com fundamentação técnica, o
– CREA, prévio à execução de qualquer serviço de Enge- profissional habilitado, como perito, relata o que obser-
nharia ou Agronomia, objeto do contrato. Define, para vou e apresenta as suas conclusões, ou avalia o valor de
os efeitos legais, os responsáveis técnicos pela execução bens, direitos, ou empreendimentos.
destes serviços. LEVANTAMENTO: atividade que envolve a observação,
ART COMPLEMENTAR: trata-se da emissão e registro a mensuração e/ou a quantificação de dados de natureza
de nova ART, complementando dados ou informações de técnica, necessários à execução de serviços ou obras.
ART anteriormente registrada, por acréscimos de obras/ LOCAÇÃO: atividade que envolve a marcação, por
serviços. mensuração, do terreno a ser ocupado por uma obra.
ATRIBUIÇÃO: prerrogativa, competência. LOTEAMENTO: atividade técnica que consiste em sub-
AUTO DE INFRAÇÃO: é o ato processual que instaura divisão de gleba em lotes edificáveis para fins urbanos,
o processo administrativo, expondo os fatos ilícitos atri- com abertura de novas vias públicas, prolongamento ou
buídos ao autuado e indicando a legislação infringida, alargamento de vias existentes, com destinação de áreas
lavrado por agente fiscal, designado para esse fim pelo para equipamentos urbanos e áreas verdes; MEMORIAL
Município. DESCRITIVO: atividade que consiste na elaboração de
CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO: definição de documento que discrimina as atividades técnicas, as es-
como a obra será executada por etapas, compatibilizan- pecificações e os métodos construtivos a serem empre-
do o valor a ser desembolsado pela contratante ao está- gados na execução de determinada obra ou serviço de
gio em que se encontra a obra. acordo com o projeto;
DESENHO TÉCNICO: atividade que implica a repre- OBRA: toda construção, reforma, recuperação ou am-
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
sentação de formas sobre uma superfície, por meio de pliação, realizada por execução direta ou indireta.
linhas, pontos e manchas, com objetivo técnico. OBRA CLANDESTINA: obra realizada sem a permissão
DESMEMBRAMENTO: subdivisão da área em lotes da autoridade competente.
edificáveis para fins urbanos com aproveitamento do sis- ORÇAMENTO: atividade que envolve o levantamento
tema viário existente, não implicando na obrigatoriedade de custos de todos os elementos inerentes à execução de
de abertura de novas vias públicas; determinado empreendimento.
DETALHAMENTO: atividade que implica a representa- PAISAGISMO: arte e técnica de projetar os espaços
ção de formas sobre uma superfície, contendo os deta- abertos; estudo dos processos de preparação e realiza-
lhes necessários à materialização de partes de um proje- ção da paisagem como complemento da Arquitetura;
to, o qual já definiu as características gerais da obra ou melhoria do ambiente físico do homem através da utili-
serviço. zação de princípios estéticos e científicos.
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PARCELAMENTO DO SOLO: atividade técnica que con- RRT – REGISTRO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA:
siste na subdivisão de gleba urbana, sob a forma de lotea- registro no Conselho Regional de Arquitetura e Urba-
mento ou desmembramento observada às disposições da nismo – CAU, prévio à execução de qualquer serviço de
legislação federal, estaduais e municipais pertinentes; Arquitetura, objeto do contrato.
PARECER TÉCNICO: expressão de opinião tecnica- VISTORIA: atividade que envolve a constatação de um
mente fundamentada sobre determinado assunto, emi- fato, mediante exame circunstanciado e descrição minu-
tida por profissional legalmente habilitado; ciosa dos elementos que o constituem, sem a indagação
PLANEJAMENTO: atividade que envolve a formulação das causas que o motivaram.
sistemática de um conjunto de decisões devidamente in- ZONEAMENTO: atividade técnica que consiste na di-
tegradas, expressas em objetivos e metas, e que explici- visão de um espaço ou território em zonas, fixando as
ta os meios disponíveis ou necessários para alcançá-los, condições de uso e ocupação.
num dado prazo.
PROJETO: representação gráfica ou escrita necessá- Quanto às diversas fiscalizações públicas, temos
ria à materialização de uma obra ou instalação, realiza- as secretarias municipais que atuam dentro das suas
da através de princípios técnicos e científicos, visando à respectivas áreas.
consecução de um objetivo ou meta, adequando-se aos No município de Sorocaba temos alguns aspectos
recursos disponíveis e às alternativas que conduzem à que são de responsabilidade da Divisão de Fiscalização
viabilidade de sua execução; de Áreas Públicas, entre eles:
PROJETO BÁSICO: conjunto de elementos que defi-
Serviços Pontuais:
ne a obra, o serviço ou o complexo de obras e serviços
Fiscalização preventiva em áreas públicas, a fim de
que compõem o empreendimento, de tal modo que suas
combater e evitar invasões e formação de favelas
características básicas e desempenho almejado estejam
no município de Sorocaba;
perfeitamente definidos, possibilitando a estimativa de Cumprimento de Mandados Judiciais (Reintegra-
seu custo e prazo de execução. ção de Posse);
PROJETO EXECUTIVO: conjunto de elementos ne- Demolição de barracos, cercas e alambrados, abri-
cessários e suficientes à execução completa da obra, de gos desmontáveis, armação para construção de
acordo com as normas pertinentes da Associação Brasi- novos barracos em áreas públicas;
leira de Normas Técnicas – ABNT. Elaboração e entrega de notificações em caso de
REFORMA: alteração do espaço original ou anterior- construções irregulares e tentativas de invasões
mente formulado por meio de substituição, acréscimo em áreas públicas;
ou retirada de materiais ou elementos construtivos ou Vistorias de processos de solicitação de Regulari-
arquitetônicos, na intenção de reformular todo ou parte zação Fundiária, invasão em área pública, desapro-
daquele espaço antes definido. priação e reintegração de posse;
REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA: atividade técnica que Atendimento de denúncias via telefone, balcão e
consiste em um conjunto de medidas jurídicas, urbanís- sistema 156, tomando às medidas pertinentes a
ticas, ambientais e sociais que visam à regularização de cada caso e dando resposta ao denunciante das
assentamentos irregulares e à titulação de seus ocupan- medidas tomadas;
tes, de modo a garantir o direito social à moradia, o ple- Anotações em plantas de loteamento de imóveis
no desenvolvimento das funções sociais da propriedade desapropriados pela Prefeitura bem como arquiva-
urbana e o direito ao meio ambiente ecologicamente mento de Títulos e croquis das propriedades
equilibrado;
REINCIDÊNCIA: ocorre quando, transitado em julga- Serviços esporádicos/ Apoio
do decisão de processo administrativo punitivo, o infra- Demolição de construções em áreas desapropria-
tor pratica nova infração capitulada no mesmo disposi- das pela PMS, em parceria com a Coordenação
tivo legal pela qual tenha sido anteriormente declarado Municipal de Defesa Civil – COMDEC e da SERP
– Secretaria de Serviços Públicos, bem como dos
culpado.
imóveis das famílias removidas das áreas de risco
REMEMBRAMENTO: atividade técnica que consiste
para os conjuntos habitacionais;
no reagrupamento de lotes vizinhos em lote edificável
Apoio à COMDEC nas operações de remanejamento
para fins urbanos com aproveitamento do sistema viário
das famílias das áreas de risco e/ou públicas realizan-
existente, não implicando na obrigatoriedade de abertu- do o transporte dos seus móveis e outros pertences;
ra de novas vias públicas;
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
41
Outras atividades
Apoio a Seção de Fiscalização de Publicidade e Propaganda – SFPP nas operações de retirada de placas publi-
citárias incidentes em áreas públicas
Atualizar junto à SARPI as áreas públicas do município;
Priorizar áreas de risco;
Estabelecer roteiros de monitoramento das áreas e mantê-los atualizados. Fiscalizar o cumprimento dos roteiros
definidos;
Limpeza de áreas verdes, áreas públicas, praças, calçadas, vias públicas (mato alto, inservíveis, etc):
Secretaria do Meio Ambiente – (SEMA)
EXERCÍCIO COMENTADO
1. (PREF. RIO DE JANEIRO - SMA/RJ) Constitui elemento do Auto de Infração:
a) os acréscimos moratórios
b) a declaração de concordância
c) o rito de inscrição e cobrança
d) o valor do tributo
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Resposta: Letra D O auto de infração será lavrado contendo obrigatoriamente:
a qualificação do autuado;
o local, a data e a hora da lavratura;
a descrição do fato;
a disposição legal infringida e a penalidade aplicável;
a determinação da exigência e a intimação para cumpri-la ou impugná-la no prazo de trinta dias;
a assinatura do autuante e a indicação de seu cargo ou função e o número de matrícula.
Supremacia do Interesse Público Sobre o Particular, Indisponibilidade do Interesse Público, Presunção de Legitimi-
dade, Especialidade, Hierarquia, Controle ou Tutela, Autotutela, Razoabilidade, Proporcionalidade, Motivação, Conti-
nuidade do Serviço Público, Segurança Jurídica e Economicidade.
Da Administração Pública
O prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período.
As funções de confiança são exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo.
É garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical.
Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo
Poder Executivo.
Ressalvados os casos previstos na Constituição, é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos. A proibição
de acumular estende-se a cargos, empregos e funções em todo o governo.
Exceções = 2 cargos de professor ou 1 cargo de professor com outro técnico ou científico ou 2 cargos ou empregos
privativos de profissionais de saúde com profissões regulamentadas.
Ressalvados os casos especificados na legislação: as obras, serviços, compras e alienações serão contratadas me-
diante processo de licitação pública.
As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos
danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável
nos casos de dolo ou culpa.
É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria, ressalvados, nos
termos definidos em leis complementares: 3 casos: servidores portadores de deficiência – exerçam atividades de risco
– cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
43
São estáveis após 3 anos de efetivo exercício os ser- A vacância do cargo público ocorre em 7 casos: exo-
vidores nomeados para cargo de provimento efetivo em neração – demissão – promoção – readaptação – apo-
virtude de concurso público. sentadoria – posse em outro cargo inacumulável – fale-
O servidor público estável só perderá o cargo: em vir- cimento.
tude de sentença judicial transitada em julgado ou me- Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou
diante processo administrativo em que lhe seja assegura- de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mu-
da ampla defesa ou mediante procedimento de avaliação dança de sede.
periódica de desempenho, na forma de lei complemen- Redistribuição é o deslocamento de cargo de provi-
tar, assegurada ampla defesa.
mento efetivo, ocupado ou vago no âmbito do quadro
geral de pessoal, para outro órgão ou entidade do mes-
Dos Servidores Públicos
mo Poder.
A investidura no cargo público ocorrerá com a posse. Constituem indenizações ao servidor: ajuda de cus-
São 7 formas de provimento de cargo público: no- to – diárias – transporte – auxílio-moradia. As indeniza-
meação – promoção – readaptação – reversão – aprovei- ções não se incorporam ao vencimento ou provento para
tamento – reintegração – recondução. qualquer efeito.
A posse ocorrerá no prazo de 30 dias (improrrogá- Serão deferidos aos servidores as seguintes retribui-
veis), contados da publicação da nomeação. O servidor ções, gratificações e adicionais: retribuição pelo exercício
empossado em cargo público entrará em exercício no de função de direção, chefia e assessoramento – grati-
prazo de 15 dias (improrrogáveis), contados da data da ficação natalina – adicional pelo exercício de atividades
posse. insalubres, perigosas ou penosas – adicional pela presta-
De acordo com o entendimento do STJ, ao entrar em ção de serviço extraordinário – adicional noturno – adi-
exercício o servidor nomeado para cargo efetivo ficará cional de férias – outros, relativos ao local ou à natureza
sujeito a estágio probatório por período de 3 anos. (no do trabalho – gratificação por encargo de curso ou con-
texto da Lei n.º 8.112/90 são 24 meses). curso. As gratificações e os adicionais incorporam-se ao
São 5 licenças e afastamentos proibidos ao servidor vencimento ou provento, nos casos e condições indica-
em estágio probatório: Licença para capacitação – Licen- dos em lei.
ça para tratar de interesses particulares – Licença para São 7 licenças: por motivo de doença em pessoa da
desempenho de mandato classista – Afastamento para família – por motivo de afastamento do cônjuge ou com-
servir a outro órgão ou entidade – Afastamento para par- panheiro – para o serviço militar – para atividade política
ticipação em programa de pós graduação stricto sensu – para capacitação – para tratar de interesses particulares
no país. – para desempenho de mandato classista.
São 5 licenças e afastamentos que suspendem a con- São 4 afastamentos = Afastamento para servir a ou-
tagem do estágio probatório: Licença por motivo de tro órgão ou entidade – Afastamento para exercício de
doença em pessoa da família – Licença por motivo de mandato eletivo – Afastamento para estudo ou missão
afastamento do cônjuge – Licença para atividade política no exterior – Afastamento para participação em progra-
– Afastamento para servir em organismo internacional de ma de pós graduação stricto sensu no país.
que o Brasil participe ou com o qual coopere – Partici- A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou
pação em curso de formação decorrente de aprovação comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao
em concurso para outro cargo na Administração Pública erário ou a terceiros.
Federal.
A responsabilidade penal abrange os crimes e contra-
Readaptação é a investidura do servidor em cargo
venções imputadas ao servidor, nessa qualidade.
de atribuições e responsabilidades compatíveis com a
A responsabilidade civil-administrativa resulta de ato
limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou
omissivo ou comissivo praticado no desempenho do car-
mental verificada em inspeção médica.
go ou função.
Reversão é o retorno à atividade de servidor aposen-
As sanções civis, penais e administrativas poderão
tado por invalidez, quando junta médica oficial declarar
cumular-se, sendo independentes entre si. A responsa-
insubsistentes os motivos da aposentadoria ou no inte-
bilidade administrativa do servidor será afastada no caso
resse da administração.
de absolvição criminal que negue a existência do fato ou
Reintegração é a reinvestidura do servidor estável no
sua autoria.
cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de
São penalidades disciplinares: advertência – suspen-
sua transformação, quando invalidada a sua demissão
são – demissão – cassação de aposentadoria ou disponi-
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
44
Procedimento Administrativa Disciplinar (PAD) Sumá- térios para apresentação, análise e aprovação de projetos
rio = Demissão por abandono de cargo, inassiduidade técnicos, e seus respectivos licenciamentos, do início até
habitual e acumulação ilegal de cargos, empregos e fun- a conclusão das obras. O código em vigor foi instituído
ções públicas. através da Lei Municipal nº 1.437, de 21 de novembro de
Procedimento Administrativa Disciplinar (PAD) Ordi- 1966.
nário = Suspensão de mais de 30 dias – Demissão (outros
casos) – Cassação de Aposentadoria ou Disponibilidade Principais Temas:
– Destituição do cargo em comissão • Licenciamento, procedimentos administrativos,
projeto, condução e conclusão da obra
• Fiscalização e procedimentos fiscais
Estatuto da Cidade
• Dos ambientes, compartimentos, especificações e
dimensionamento
A lei federal de n.º 10.257 de 2001, mais comumente
Nas Edificações Habitacionais – Unifamiliares e
chamada de Estatuto da Cidade, foi criada para regu-
Multifamiliares
lamentar os artigos 182 e 183 da Constituição Federal
Edificações Não Residenciais
que tratam da política de desenvolvimento urbano e da
• Ventilação e iluminação das edificações
função social da propriedade.
• Espaços de circulação e do estacionamento de veí-
O Estatuto da Cidade é uma tentativa de democra- culos
tizar a gestão das cidades brasileiras através de instru- • Sistemas e condições de segurança, prevenção e
mentos de gestão, dentre os quais podemos destacar o combate a incêndio
Plano Diretor, obrigatório para toda a cidade com mais • Finalização e penalidades
de vinte mil habitantes ou aglomerados urbanos. A apli- • Terminologia e conceitos
cação destes instrumentos de gestão trazidos pelo Esta- • Diversos
tuto da Cidade tem como objetivo a efetivação dos prin-
cípios constitucionais de participação popular ou gestão Acesse o conteúdo completo através do link:
democrática da cidade e da garantia da função social da http://www.camarasorocaba.sp.gov.br/sitecama-
propriedade que se constitui na proposição de uma nova ra/proposituras/verpropositura?numero_propositu-
interpretação para o princípio individualista do Código ra=1437&tipo_propositura=1
Civil, entre outros princípios.
A questão da função social da propriedade é umas
das questões fundamentais trazidas pelo Estatuto e tam- LEI Nº 10.964, DE 17 DE SETEMBRO DE 2014.
bém das mais polêmicas. Segundo ele cabe ao municí-
pio a promoção e controle do desenvolvimento urbano DISPÕE SOBRE O PROCESSO ADMINISTRATIVO
de acordo com a legislação urbanística e a fixação das NO ÂMBITO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA MU-
condições e prazos para o parcelamento, edificação ou NICIPAL, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
utilização compulsórios da propriedade (ou do solo) “...
não edificado, subutilizado ou não utilizado...”.
No primeiro capítulo o Estatuto traz as diretrizes ge- TÍTULO II
rais para a execução da política urbana, que segundo ele, DO PROCESSO ADMINISTRATIVO
tem como objetivo”...ordenar o pleno desenvolvimento
das funções sociais da cidade e da propriedade urbana...”. Art. 7º O Processo Administrativo pode ser iniciado
Dentre as diretrizes gerais para a execução da política pela autoridade competente ou a pedido de interes-
urbana podemos destacar a gestão democrática, coope- sado e será composto pelo conjunto de documentos,
ração entre governos, planejamento das cidades e a ga- requerimentos, atas de reunião, pareceres e informa-
rantia do direito a cidades sustentáveis. ções instrutórias necessárias à decisão da autoridade
Em seguida o Estatuto traz os instrumentos da políti- administrativa.
ca urbana como, por exemplo, o plano diretor, disciplina Art. 8º Distinguem-se os processos em:
do parcelamento, do uso e da ocupação do solo, zonea- I - processos comuns;
mento ambiental, plano plurianual, gestão orçamentária II - processos especiais.
participativa, diretrizes orçamentárias e orçamento anual, Art. 9º Os processos especiais são aqueles disciplina-
etc. dos por normas próprias distintas das aplicáveis nos
processos comuns, aplicando-lhes subsidiariamente os
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
45
VII - direito do consumidor (PROCON); (Redação Capítulo III
acrescida pela Lei nº 11.181/2015) DA COMPETÊNCIA
VIII - Ministério Público; (Redação acrescida pela Lei
nº 11.181/2015) Art. 16 A competência é irrenunciável e exercida pelo
IX - Tribunal de Contas. (Redação acrescida pela Lei nº agente público a que foi atribuída como própria, salvo
11.181/2015) os casos de delegação e avocação legalmente admi-
tidos.
TÍTULO III Parágrafo Único - Não podem ser objeto de delega-
DO PROCESSO COMUM
ção:
I - a edição de atos de caráter normativo;
Capítulo I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS II - a decisão de recursos administrativos;
III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou
Art. 10 O requerimento inicial do interessado deverá autoridade;
conter os seguintes dados: IV - as atribuições recebidas por delegação, salvo au-
I - órgão ou autoridade administrativa a que se dirige; torização expressa e na forma por ela determinada;
II - identificação do interessado ou de quem o repre- V - as funções dos órgãos colegiados.
sente; Art. 17 O ato de delegação e sua revogação deverão
III - endereço e telefone do requerente e local para ser publicados no Diário Oficial do Município.
recebimento de comunicações; § 1º O ato de delegação especificará as matérias e po-
IV - formulação do pedido, com exposição dos fatos e deres transferidos, os limites da atuação do delegado,
de seus fundamentos; a duração e os objetivos da delegação, podendo conter
V - data e assinatura do requerente ou de seu repre- ressalva de exercício da atribuição delegada.
sentante. § 2º O ato de delegação é revogável a qualquer tempo
§ 1º É vedada à Administração a recusa imotivada pela autoridade delegante.
de recebimento de documentos, devendo o servidor Art. 18 Será permitida ao Prefeito e aos Secretários
orientar o interessado quanto ao suprimento de even- Municipais, em caráter excepcional e por motivos re-
tuais falhas. levantes devidamente justificados, a avocação tempo-
§ 2º Os órgãos e entidades administrativas deverão rária de competência atribuída a órgão ou autoridade
elaborar modelos ou formulários padronizados para hierarquicamente inferior.
assuntos que importem pretensões equivalentes.
Art. 11 Quando os pedidos de uma pluralidade de in- Capítulo VI
teressados tiverem conteúdo e fundamentos idênticos, DA INSTRUÇÃO
poderão ser formulados em um único requerimento,
salvo preceito legal em contrário. Art. 26 As atividades destinadas a averiguar e com-
Art. 12 Quando o requerimento for dirigido a órgão provar os elementos necessários à tomada de decisão
incompetente, este providenciará seu encaminhamen- realizam-se mediante impulso do órgão responsável
to à unidade competente. pelo Processo ou mediante requerimento dos interes-
Art. 13 Os processos administrativos terão por objetivo sados.
a tomada de decisão, consubstanciada em despacho Art. 27 São inadmissíveis no Processo Administrativo
decisório, que deverá ser claro, preciso e atinente à as provas obtidas por meios ilícitos.
matéria do processo. Art. 28 Previamente à decisão poderá ser realizada
§ 1º A fundamentação e a publicidade são requisitos Audiência Pública para debates sobre matéria de inte-
essenciais do despacho decisório. resse coletivo, sem prejuízo da participação dos muní-
§ 2º (Vetado). cipes por outros meios legalmente reconhecidos.
Art. 29 Sempre que possível, a instrução do Proces-
Capítulo II so será realizada mediante reunião conjunta, com a
DOS INTERESSADOS participação dos órgãos competentes, lavrando-se a
respectiva Ata, a ser juntada aos autos.
Art. 14 São legitimados como interessados no Proces- Art. 30 Cabe ao interessado a prova dos fatos que te-
so Administrativo: nha alegado, sem prejuízo do dever atribuído ao ór-
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
I - pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem ou nele gão competente para a instrução do Processo.
figurem; Art. 31 Quando necessários à instrução do Processo
II - aqueles que, sem terem iniciado o processo, têm elementos disponíveis na própria Administração Mu-
direitos ou interesses que possam ser afetados pela nicipal, o órgão competente proverá, de ofício, a sua
decisão a ser proferida; obtenção.
III - as pessoas, organizações e associações regular- Art. 32 Em caso de risco iminente à saúde ou inte-
mente constituídas, no tocante a direitos e interesses gridade de pessoas e bens, a Administração Pública
coletivos ou difusos. poderá motivadamente adotar providências acautela-
Art. 15 (Vetado). doras sem a prévia manifestação do interessado.
46
Capítulo VII Capítulo IX
DA DECISÃO E DOS RECURSOS DA APLICAÇÃO DAS SANÇÕES
Art. 33 A desistência do requerente, mediante mani- Art. 44 Nos processos que possam resultar na aplicação
festação escrita, não impede a continuidade do Pro- de sanções serão sempre assegurados o contraditório
cesso, se o interesse público, devidamente justificado, e o exercício do direito à ampla defesa, garantindo-se
o exigir. ao interessado a produção de provas, apresentação de
Parágrafo Único - No caso de pluralidade de reque- alegações finais e interposição de recurso.
rentes a desistência de um não prejudicará os demais. Art. 45 No procedimento sancionatório serão obser-
Art. 34 O pedido formulado deverá ser declarado pre- vadas, salvo legislação específica, as seguintes regras:
judicado quando o Processo exaurir a sua finalidade I - constatada a infração administrativa, a autorida-
ou perder o seu objeto. de competente indicará os fatos e o fundamento legal
Art. 34-A Uma vez concluída a instrução do Processo da sanção correspondentes, sendo o infrator intimado
Administrativo, a autoridade competente deverá deci- para, no prazo de 15 (quinze) dias, oferecer sua defesa
dir no prazo de 15 (quinze) dias, permitida prorroga- e indicar as provas que pretenda produzir; (Redação
ção desde que devidamente justificada. dada pela Lei nº 11.181/2015)
Parágrafo único. As decisões deverão ser motivadas, II - caso haja requerimento para a produção de provas,
com indicação dos fatos e fundamentos jurídicos. (Re- a autoridade apreciará a sua pertinência em despacho
dação acrescida pela Lei nº 11.181/2015) motivado, sendo o infrator intimado para manifestar-
Art. 34-B Da publicidade da decisão administrativa -se em 5 (cinco) dias sobre os novos documentos jun-
no Diário Oficial do Município caberá, no prazo de 15 tados; (Redação dada pela Lei nº 11.181/2015)
(quinze) dias, um único recurso à autoridade superior III - se o infrator cometer simultaneamente duas ou
de cada área. mais infrações ser-lhe-ão aplicadas, cumulativamen-
§ 1º Entende-se por autoridade superior de cada área: te, as sanções a elas cominadas.
IV - quando se tratar de infrações administrativas que
I - no âmbito da Administração Direta: os secretários
possam acarretar risco à saúde, à segurança e à in-
municipais; e
tegridade física de pessoas e bens, o direito à ampla
II - no âmbito da Administração Indireta: o Diretor
defesa será exercido após a imposição da penalidade;
Geral da Autarquia, o Presidente da empresa pública,
(Redação acrescida pela Lei nº 11.181/2015)
sociedade de economia mista ou fundação.
V - a decisão será proferida no prazo de 10 (dez) dias
§ 2º Nenhum recurso terá efeito suspensivo, salvo nos
após o término da instrução. (Redação acrescida pela
casos expressamente previstos na Legislação.
Lei nº 11.181/2015)
§ 3º A decisão proferida em grau de recurso e a de-
cisão do Prefeito encerram definitivamente a instân-
Fonte: www.marciosimoes.blog.br/www.infoescola.
cia administrativa. (Redação acrescida pela Lei nº
com/www.leismunicipais.com.br/www.obras.sorocaba.sp.
11.181/2015)
gov.br/
Art. 35 Têm legitimidade para recorrer os interessados
no Processo Administrativo arrolados no Art. 14 desta
Lei.
Art. 36 Quando dois ou mais pedidos se excluírem EXERCÍCIO COMENTADO
mutuamente, serão obrigatoriamente apreciados em
conjunto.
1. (VUNESP/2015 - Prefeitura de Caieiras/SP) O artigo
Art. 37 O recurso não será conhecido quando inter-
39 da Constituição Federal estabelece que
posto:
I - fora do prazo;
a) a União e os Estados, ao fixarem os padrões de venci-
II - por quem não seja legitimado;
mento do sistema remuneratório, não levarão em con-
III - após o encerramento da instância administrativa.
ta os requisitos para a investidura do cargo.
Art. 38 Contam-se os prazos a partir da data da pu-
b) o Município deve adotar o mesmo plano de carreira
blicação do despacho no D.O.M., excluindo-se o dia do
estabelecido pelo Estado ao qual pertence.
início e incluindo-se o do fim.
c) os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário publica-
§ 1º Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro
rão anualmente os valores do subsídio e da remune-
dia útil seguinte se o vencimento cair em dia em que
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
47
Resposta: Letra C. Vamos destacar com um grifo o SECÇÃO IV
erro das alternativas incorretas. Fundações
Em “a” - a União e os Estados, ao fixarem os padrões
de vencimento do sistema remuneratório, não levarão Artigo 338 - Nas edificações construídas no alinha-
em conta os requisitos para a investidura do cargo. mento as águas pluviais provenientes de telhados e
Em “b”, o Município deve adotar o mesmo plano de balcões, deverão ser captadas por meio de calhas ou
carreira estabelecido pelo Estado ao qual pertence condutores, e levadas até a sarjeta conforme o artigo
Em “d”, a União, os Estados, o Distrito Federal e os anterior.
Municípios instituirão, no âmbito de suas competên- Parágrafo Único - Os condutores nas fachadas lindei-
cias, regime jurídico diferenciado para os servidores ras à via pública, serão embutidas até a altura mínima
das Autarquias. de 2,50 m acima do nível do passeio.
Em “e”, é vedado à União e ao Distrito Federal, ao fixa- Artigo 344 - Para a construção, reconstrução ou re-
rem os padrões de vencimento e demais componen- forma de prédios em geral, deverá o interessado sub-
tes do sistema remuneratório, observar as peculiarida- meter o projeto ao exame prévio do órgão municipal
des de cada cargo. competente, dando entrada dos papéis no protocolo
da Prefeitura.
Artigo 351 - A Prefeitura expedirá “alvará de alinha-
CÓDIGO DE OBRAS DE SOROCABA(LEI MUNI- mento e nivelamento” somente para as construções
CIPAL Nº 1.437, DE 21 DE NOVEMBRO DE 1966 que forem feitas nas vias públicas do município.
– ARTIGOS: 77, 302, 305, 310, 311, 315, 316, 338, Parágrafo Único - Não dependem de “alvará de ali-
344, 351, 376, 380, 384, 386, nhamento e nivelamento”, a reconstrução de muros e
395,425 E 426). grades desabados e cujas respectivas fundações este-
jam em alinhamento não sujeitos a notificações.
Artigo 77 - As chaminés, nas edificações terão altu- Artigo 376 - As modificações parciais dos projetos
ra suficiente, devendo conservar-se pelo menos 1,00 aprovados serão legais quando houver aprovação do
m acima do telhado. A Prefeitura poderá determinar projeto modificativo, bem como expedição de novo
“alvará de construção”.
acréscimo de altura ou modificação, quando julgar
§ 1º - Quando da modificação de caráter parcial que
conveniente.
resulte em aumento ou diminuição da área construí-
Artigo 302 - Será obrigatória a colocação de tapume,
da, constante de projetos aprovados ou do número de
sempre que se executem obras de construção, refor-
pavimentos que constituem alterações que afetam os
mas ou demolição, no alinhamento da via pública.
elementos das construções, considerados essenciais, é
Parágrafo Único - Excetuam-se da exigência, os muros
necessária a substituição de plantas.
e grades de altura inferior a 4 m.
§ 2º - Em qualquer dos casos acima citados, o reque-
Artigo 305 - Durante a execução da estrutura do edi- rimento solicitando a aprovação do novo projeto, de-
fício e alvenarias será obrigatório a instalação de an- verá acompanhar a planta aprovada observando-se o
daimes de proteção, do tipo bandeja salva-vidas, com artigo 364.
espaçamento de 3 pavimentos, até o máximo de 10 m. § 3º - Para pequenos enganos e alterações, em proje-
em todas as fachadas desprovidas de andaimes fixos tos aprovados e ainda em execução, fica dispensado
e externos, fechados conforme o artigo 308. Os andai- novo “alvará” desde que não ultrapassem os limites
mes de proteção constarão de um estrado horizontal de seguintes, aplicáveis às partes consideradas essenciais
1,20 m. de largura mínima dotado de guarda-corpo até da construção:
a a altura de 1 m. com declinação aproximada de 45º. a) - Altura máxima dos edifícios;
Artigo 310 - Durante o período de construção, o cons- b) - Altura mínima dos pés-direitos;
trutor é obrigado a regularizar o passeio em frente a c) - Espessura mínima das paredes;
obra, de forma a oferecer boas condições de trânsito d) - Superfície mínima do piso dos compartimentos;
ao pedestres. e) - Superfície mínima de iluminação;
Artigo 311 - Não será permitida a ocupação de qual- f) - Máximo das saliências;
quer parte da via pública com material de construção, g) - Dimensões mínimas dos saguões, corredores e
além do alinhamento de tapume. áreas externas;
Parágrafo Único - Os materiais descarregados fora do h) - Respeito aos recuos mínimos;
tapume, deverão ser removidos para o interior da obra § 4º - Neste caso é obrigatório a comunicação ao
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
dentro de 24 horas, contadas da descarga dos mesmos. órgão municipal competente, em cinco vias, acompa-
Artigo 315 - O construtor é obrigado a tomar as medi- nhada da planta aprovada, das modificações e alte-
das indispensáveis, a fim de proteger contra recalques rações que serão feitas. Estas alterações deverão ser
e danos aos edifícios vizinhos. descritas fielmente na comunicação e não poderão ser
Artigo 316 - No caso de escavação de caráter perma- indicadas sobre a planta aprovada, mas em desenho à
nente que modifique o perfil do terreno, o construtor é parte em número de vias igual ao número de plantas
obrigado a proteger os prédios lindeiros e a via públi- que estão no processo.
ca, mediante obras eficientes e permanentes contra o § 5º - Dependerá de novo “alvará”, qualquer alteração
deslocamento de terras. do destino das peças constantes do projeto aprovado.
§ 6º - Os interessados que assim não procederem se-
rão multados na forma da lei.
48
Artigo 380 - Verificada, mediante vistoria do órgão Artigo 395 - Três dias após o início das obras, o res-
municipal competente, a ameaça de ruina, o proprie- ponsável deverá colocar, em lugar apropriado, duas
tário será intimado a executar a demolição ou os re- placas, com caracteres bem visíveis e legíveis da via
paros necessários, no prazo que lhe for concedido. pública. A primeira conterá: nome, o título, o escritó-
Parágrafo Único - Findo do prazo e não tendo sido rio ou residência (endereço completo, com número do
cumprida a intimação, serão as obras executadas pela andar, número do conjunto, sala e telefone se tiver)
Prefeitura, por conta do proprietário, o qual incorrerá do profissional ou profissionais pelo projeto ou exe-
em multas de um salário mínimo e dois salários mí- cução das obras. A segunda placa conterá os seguinte
nimos da região. As obras referidas serão executadas dizeres:
após as providências judiciais.
Artigo 384 - O órgão competente, por meio de en- PROJETO APROVADO PELA PREFEITURA MUNICIPAL
genheiros e fiscais, efetuará uma perfeita fiscalização Processo nº...../................
das construções, de modo que as mesmas sejam execu- Alvará nº......./.... expedido em .../.../.....
tadas fielmente de acordo com as plantas aprovadas.
§ 1º - Logo após a conclusão das obras de edificações § 1º - Não sendo profissional diplomado, mas somente
destinadas à habitação, o engenheiro responsável licenciado, de acordo com o artigo 3 do decreto Fede-
pelas mesmas, fará, obrigatoriamente, uma comuni- ral nº 23.569, de 11/12/1.933, deverá a placa conter,
cação através de requerimento, fazendo acompanhar obrigatoriamente, de modo legível, a inscrição “LI-
uma planta aprovada do projeto, para que se realize a CENCIADO”.
necessária vistoria e expedido o “habite-se” requerido, § 2º - Essa placa está isenta de imposto de publicidade.
dentro do prazo máximo de 8 (oito) dias úteis. Artigo 425 - Por infração das disposições contidas na
§ 2º - Se, após a conclusão das obras, o engenhei- presente lei, sem prejuízo das outras providências ca-
ro responsável não comunicar o fato dentro do pra- bíveis, serão aplicadas ao proprietário e ao profissional
zo estabelecido, deverá ser multado de acordo com a responsável, simultaneamente, as seguintes multas:
tabela de multas previstas neste código, sem prejuízo I - Por deixar de colocar as tabuletas na obra ou co-
da vistoria obrigatória que será realizada pelo órgão locá-las em ponto não visível ou com dizeres incom-
municipal competente. pletos:
§ 3º - Em qualquer caso, sendo verificado pelo órgão a) - projetista.....1/10 do salário mínimo vigente na
municipal competente que a planta aprovada não foi região;
observada em sua totalidade, serão feitas as devidas b) - responsável....1/10 do salário mínimo vigente na
intimações e multas para legalizar a obra (caso as região.
modificações não possam ser conservadas), prosse- II - Por assumir responsabilidade na execução da obra
guindo-se com o processo, de acordo com o disposto e não dirigi-la efetivamente....1/2 salário mínimo vi-
no presente Código. gente na região.
§ 4º - Quando se tratar de edificação destinada a ou- III - Por executar qualquer obra sem licença da Prefei-
tros fins que não o de habitação, e sob as mesmas tura, não estando em desacordo com este Código...1/5
condições, a vistoria a que se refere este artigo é igual- do salário mínimo vigente na região.
mente obrigatória. Entretanto, neste caso, a secção IV - Por dificultar a fiscalização e inspeção de prédios e
competente colocará na planta aprovada o “visto” ao obras por parte dos representantes da Prefeitura....1/4
invés do “habite-se”. do salário mínimo vigente na região.
§ 5º - O “habite-se” ou “visto” poderão ser concedi- V - Pela falta de comunicação de obra que independa
dos a uma construção ainda em andamento, isto é, de licença 1/20 do salário mínimo vigente na região.
não totalmente concluída e a juízo do órgão munici- VI - Por exceder os limites fixados na autorização pro-
pal competente, em caráter parcial, quando as partes visória para o início da obra....1/2 do salário mínimo
concluídas e em condições de serem utilizadas tenham vigente na região.
os seguintes requisitos: VII - Pela falta do “ALVARÁ” ou de projeto aprovado
a) - A ausência total de perigo para o público e para os ou do documento de autorização provisória no local
frequentadores da parte concluída; da obra, ou a falta de sua conservação em bom estado
b) - Deverá ser assinada no órgão municipal compe- ou de acessibilidade dos mesmos.... 1 /10 do salário
tente um termo de compromisso fixando o prazo exato mínimo vigente na região.
para o término das obras; VIII - Pela falta de precaução de limpeza ou de irri-
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
c) - As partes deverão obedecer todo os mínimos fixa- gação na execução da obra ou demolição ....1/10 do
dos por este Código, tanto quanto às parte essenciais salário mínimo vigente na região.
da construção como quanto ao número mínimo de IX - Pela execução de trabalhos fora do horário permi-
peças, tendo-se em vista o destino da edificação. tido ou com perturbação do sossego público ...1/5 do
§ 6º - O presente artigo não se aplica às pequenas salário mínimo vigente na região.
obras e aos reparos de edifícios, bem como às partes X - Pelo depósito irregular de materiais no passeio ou
de uma habitação coletiva (apartamentos). na via pública....1/5 do salário mínimo vigente na re-
Artigo 386 - Além das vistorias exigidas pelos artigos gião.
384 e 385 e seus parágrafos, serão feitas todas aque- XI - Pela inobservância de qualquer das prescrições
las indicadas a cada particular, conforme o que dispõe sobre andaimes ou tapumes....1/2 salário mínimo vi-
este Código. gente na região.
49
XII - Por executar construções sem quer tenham sido XXVI - Pelo não cumprimento de intimação para colo-
marcados o alinhamento ou nivelamento, ou em de- car instalação contra incêndio ou para se- rem feitas
sacordo com a indicações e marcas feitas....1/2 do sa- nesta instalação reparações ou provimentos de apa-
lário mínimo vigente na região. relhamento preciso ou de qual - quer outra intimação
XIII - Pelo não cumprimento e intimação para fechar relativa às mesmas instalações ou ao seu aparelha-
terreno baldio ou no qual exista edificação paralisada: mento......................1/2 salário mínimo vigente.
a) - na zona Comercial Principal....1 salário mínimo XXVII - Por deixar de cumprir intimação para obser-
vigente. vância de qualquer prescrições deste Código nos Edi-
b) - nas demais zonas urbanas.....1/2 salário mínimo fícios destinados a qualquer fim em geral, inclusive no
vigente. já existente...........1/10 a 1 salário mínimo vigente.
c) - na zona rural e Distritos...1/10 salário mínimo vi- XXVIII - Pela inobservância da disposição relativa a
gente. sobrecargas a coeficientes de segurança, conforme a
XIV - Pelo não cumprimento de intimação para drena- gravidade da infração...................1/10 a 1,5 salário mí-
gem, limpeza, aterro ou capinação de ter- reno cons- nimo vigente.
truido ou não.........1/5 do salário mínimo vigente. XXIX - Pelo não cumprimento de intimação para cons-
XV - Pelo não cumprimento da intimação para o tra- truir, reconstruir ou substituir passeios e logradouros
tamento de terreno em que exista edifica- ção............... dotados de guias, ou construí-los ou reconstruí-los
............1/10 do salário mínimo vigente. em desacordo com as determinações da Prefeitura:
XVI - Por não construir muralha no logradouro ou no ...................1/4 do salário mínimo vigente.
interior do terreno................1/4 do salário mínimo vi- XXX - Por executar escavações no leito do logradouro
gente. ou levantar calçamento ou fazer escavações sem li-
XVII - Pelo não cumprimento de intimação para pro- cença da Prefeitura.....................1/4 do salário mínimo
videnciar o - bras. que impeçam o arrastamento de vigente.
pedras, terras ou detritos para a via pública..................1 XXXI - Pelo não cumprimento da intimação para de-
salário mínimo vigente. molir obra que invada curso d’água ou vala ou que
XVIII - Pelo não cumprimento da intimação sobre: reduza a vazão destas.........1/2 salário mínimo vigente.
a) - ventilação por poço ou chaminé.......................1/10 XXXII - Por fazer instalar elevador ou outro aparelho
do salário mínimo vigente. de transporte sem licença da Prefeitura...1,5 salário
b) - instalação de ar condicionado....................2,5 salá- mínimo vigente.
rio mínimos vigentes. XXXIII - Por qualquer inobservância deste Código que
XIX - Pela execução de pintura ou de qualquer trata- não esteja prevista multa e de acordo com a gravidade
mento que perturbe a harmonia da fachada ou pela da falta.....1/10 a 1 salário mínimo vigente.
execução de pintura em preto ou corêsberrantes,ficando Artigo 426 - Na reincidência, as multas serão aplica-
ainda, obrigado o infrator a colocar o muro ou facha- das em dobro.
da em estado conveniente..................1/2 salário mínimo
vigente.
XX - Pelo não cumprimento de intimação a conser- LEI Nº 9555, DE 4 DE MAIO DE 2011.
vação da fachada, paredes externas ou muro de ali-
nhamento: DISPÕE SOBRE A PROIBIÇÃO DE VENDA DE BEBIDAS
a) - na Zona Comercial Principal......................1/4 do sa- ALCOÓLICAS NOS PARQUES MUNICIPAIS, PRAÇAS, PIS-
lário mínimo vigente. TAS DE CAMINHADA E VIAS PÚBLICAS E DÁ OUTRAS
b) - demais zonas urbanas.....1/10 do salário mínimo PROVIDÊNCIAS.
vigente. Projeto de Lei nº 481/2009 - autoria do Vereador Be-
XXI - Pela inobservância das disposições sobre a cons- nedito de Jesus Oleriano.
trução de degraus, palanques, galpões, telheiros, bar- A Câmara Municipal de Sorocaba decreta e eu pro-
racões e subdivisões de compartimentos, conforme a mulgo a seguinte Lei:
gravidade da falta......................1/10 a 1/2 salário míni-
mo vigente. Art. 1º Ficam proibidos os bares e lanchonetes ins-
XXII - Pelo não cumprimento de intimação para re- talados nos Parques Municipais a realizarem venda
paração ou substituição de fossa ou sumidouro para de bebida alcoólica.
ligação da rede interna geral de esgoto........1 salário Art. 2º Ficam igualmente proibidos quiosques e am-
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
50
no roteiro turístico da cidade, autorizadas pelo Po- II - categoria B: alimentos comercializados em carri-
der Público Municipal. (Redação dada pela Lei nº nhos ou tabuleiros, assim considerados os equipamen-
11.601/2017) tos montados em estrutura tracionada ou carregada
Art. 3º O descumprimento da presente Lei, acarre- pela força humana;
tará multa de R$ 2.000,00 (dois mil reais) e apreen- III - categoria C: alimentos comercializados em barra-
são das mercadorias e equipamentos, os quais não cas desmontáveis.
serão devolvidos em nenhuma hipótese. Art. 3º Os alimentos a serem comercializados por cada
Parágrafo Único - Em caso de reincidência será cas- categoria prevista no art. 2º deverão ser definidos por
sado o alvará de licença. regulamentação.
Art. 4º As despesas com a execução da presente Lei Art. 4º (Vetado).
correrão por conta de dotação orçamentária pró- Art. 5º O comércio e doação de alimentos dependerão
pria. de prévia concessão do Termo de Permissão de Uso
Art. 5º Esta Lei entra em vigor na data de sua pu- que deverá levar em consideração:
blicação. I - a existência de espaço físico adequado para receber
o equipamento e consumidores;
Palácio dos Tropeiros, em 4 de Maio de 2 011, 356º II - a adequação do equipamento quanto às normas
da Fundação de Sorocaba. sanitárias e de segurança do alimento em face dos ali-
VITOR LIPPI mentos que serão comercializados;
Prefeito Municipal III - a qualidade técnica da proposta;
LUIZ ANGELO VERRONE QUILICI IV - a compatibilidade entre o equipamento e o local
Secretário de Negócios Jurídicos pretendido, levando em consideração às normas de
PAULO FRANCISCO MENDES trânsito, o fluxo seguro de pedestres e automóveis, as
Secretário de Governo e Relações Institucionais regras de uso e ocupação do solo;
RODRIGO MORENO V - o número de permissões já expedidas para o local
Secretário de Planejamento e Gestão e período pretendidos;
ROBERTO MONTGOMERY SOARES VI - as eventuais incomodidades geradas pela ativida-
Secretário da Segurança Comunitária de pretendida;
Publicada na Divisão de Controle de Documentos e VII - a qualidade do serviço prestado, no caso de per-
Atos Oficiais, na data supra. missionário que pleiteia novo Termo de Permissão de
SOLANGE APARECIDA GEREVINI LLAMAS Uso para o mesmo ponto.
Chefe da Divisão de Controle de Documentos e VIII - o respeito à distância mínima de dez metros da
Atos Oficiais via transversal nas proximidades das esquinas. (Reda-
ção acrescida pela Lei nº 11.423/2016)
Art. 6º (Vetado).
LEI Nº 10.985, DE 29 DE OUTUBRO DE 2014. Art. 7º As solicitações de permissão que incidam so-
(Regulamentada pelo Decreto nº 22.894/2017) bre a utilização de vias e áreas públicas no interior
de parques municipais deverão ser submetidas aos
DISPÕE SOBRE AS REGRAS PARA COMERCIALIZAÇÃO órgãos responsáveis por sua gestão bem como o
DE ALIMENTOS EM VIAS E ÁREAS PÚBLICAS E DÁ OU- órgão executivo de trânsito. (Redação dada pela Lei
TRAS PROVIDÊNCIAS. nº 11.423/2016)
Projeto de Lei nº 231/2014 - autoria do Vereador Art. 8º As solicitações de permissão que incidam sobre
JOSÉ FRANCISCO MARTINEZ. vias e áreas públicas limítrofes a parques municipais
A Câmara Municipal de Sorocaba decreta e eu pro- deverão ser consultados os órgãos responsáveis por
mulgo a seguinte Lei: sua gestão.
Art. 9º É vedada a concessão de mais de um Termo
Art. 1º O comércio e a doação de alimentos em vias de Permissão de Uso - TPU à mesma pessoa física e/
e áreas públicas deverão atender aos termos fixados ou jurídica.
nesta Lei, excetuadas as feiras livres. Parágrafo Único - Exceção feita à franquia empresa-
Art. 2º Para os efeitos desta Lei, considera-se comér- rial, que fica limitado a 2 (dois) Termos de Permissão
cio ou doação de alimentos em vias e áreas públicas de Uso os contratos celebrados por meio de franquia
as atividades que compreendem a venda direta ou a empresarial, atendido ao disposto neste artigo.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
distribuição gratuita ao consumidor, de caráter per- Art. 10 Um mesmo ponto poderá atender a dois per-
manente ou eventual e de modo estacionário. missionários diferentes desde que exerçam suas ativi-
Parágrafo Único - O comércio de alimentos de que dades em dias ou períodos distintos.
trata este artigo será realizado conforme as seguintes Art. 11 A permissão de uso será suspensa, sem prévio aviso,
categorias de equipamentos: nas hipóteses de realização de serviços ou obras e de modi-
I - categoria A: alimentos comercializados em veícu- ficação na sinalização da via quando impedirem o regular
los automotores, assim considerados os equipamentos estacionamento do equipamento no local autorizado.
montados sobre veículos a motor ou rebocados por es- Parágrafo Único - O permissionário cuja permissão de
tes, desde que recolhidos ao final do expediente, até o uso tenha sido suspensa nos casos de que trata esse
comprimento máximo de 6,30 m (seis metros e trinta artigo poderá requerer a sua transferência para um
centímetros); raio de até 50 m do ponto atual.
51
Art. 12 A permissão de uso poderá ser revogada a Art. 19 O preço público devido pela ocupação da área,
qualquer tempo por descumprimento das obrigações a ser pago anualmente, será definido pelo Poder Exe-
assumidas em decorrência de sua outorga, bem como cutivo e terá como base de cálculo o valor do metro
em atendimento ao interesse público, mediante regu- quadrado efetivamente utilizado constante da Planta
lar Processo Administrativo, garantida a ampla defesa Genérica de Valores e as categorias de equipamento.
do interessado. Art. 20 O permissionário fica obrigado a:
Art. 13 Todo evento organizado por pessoa jurídica de I - apresentar-se, durante o período de comercializa-
direito privado que ocorra em vias e áreas públicas ou ção, munido dos documentos necessários à sua iden-
em área privada de uso comum, com comercialização tificação e à de seu comércio, exigência que se aplica
de alimentos por meio dos equipamentos, deverá ter também em relação aos prepostos e auxiliares;
responsável pelo controle de qualidade, segurança e II - responder, perante a Administração Municipal, pe-
higiene do alimento. los atos praticados por seu preposto e auxiliares quan-
Parágrafo Único - Nas hipóteses deste artigo o per- to à observância das obrigações decorrentes de sua
missionário deverá atender ainda ao disposto na Lei permissão e dos termos desta Lei;
nº 9.022, de 22 de dezembro de 2009. (Redação acres- III - pagar o preço público e os demais encargos de-
cida pela Lei nº 11.423/2016) vidos em razão do exercício da atividade, bem como
Art. 14 O pedido para de Termo de Permissão de Uso - renovar a permissão no prazo estabelecido;
TPU deverá ser formalizado por meio de requerimento IV - afixar, em lugar visível e durante todo o período
acompanhado dos seguintes documentos, sem preju- de comercialização, o seu Termo de Permissão de Uso;
ízo de outros a serem fixados em Decreto regulamen- V - armazenar, transportar, manipular e comercializar
tador: apenas os alimentos aos quais está autorizado;
I - cópia do Cadastro de Pessoas Físicas do represen- VI - manter permanentemente limpa a área ocupada
tante legal da pessoa jurídica; pelo equipamento, bem como o seu entorno, instalan-
II - cópia do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica; do recipientes apropriados para receber o lixo produ-
III - identificação do ponto pretendido contendo rua, zido, que deverá ser acondicionado em saco plástico
número, bairro, CEP, e foto do local, e definição do pe- resistente, observando-se os horários de coleta;
ríodo e dias da semana em que pretende exercer sua VII - coletar e armazenar todos os resíduos sólidos e
atividade, não podendo ser inferior a 4 (quatro) horas líquidos para posterior descarte de acordo com a le-
nem superior a 12 (doze) horas por dia pleiteado; gislação em vigor, vedado o descarte na rede pluvial;
IV - descrição dos equipamentos que serão utilizados VIII - manter higiene pessoal e do vestuário, bem como
de modo a atender às condições técnicas necessárias assim exigir e zelar pela de seus auxiliares e prepostos;
em conformidade com a legislação sanitária, de higie- IX - manter o equipamento em estado de conservação
ne e segurança do alimento, controle de geração de e higiene adequados, providenciando os consertos que
odores e fumaça; se fizerem necessários;
V - indicação dos alimentos que pretende comercializar; X - frequentar, o permissionário e seus auxiliares, cur-
VI - cópia do certificado de realização de curso de so de boas práticas de manipulação de alimentos mi-
boas práticas de manipulação de alimentos; nistrado pela Vigilância Sanitária. (Redação dada pela
VII - descrição da utilização de toldos retráteis fixos ao Lei nº 11.423/2016)
veículo e de mobiliário (mesas, bancos e cadeiras), se XI - comunicar previamente a Administração sempre
assim desejar, no caso de equipamentos das catego- que houver substituição do auxiliar; e (Redação acres-
rias A, B e C. cida pela Lei nº 11.423/2016)
Art. 15 Para concessão do Termo de Permissão de Uso XII - solicitar autorização prévia da autoridade que
- TPU para região classificada no Plano Diretor como expediu o Termo de Permissão de Uso - TPU sem-
central deverá ser concedido após chamamento pú- pre que houver necessidade de alteração dos equi-
blico para recebimento de propostas de interessados pamentos utilizados; (Redação acrescida pela Lei nº
no mesmo ponto, que indicarão a categoria de equi- 11.423/2016)
pamento pretendido e os alimentos a serem comer- Parágrafo único. Na hipótese do inciso XII do caput
cializados. deste artigo, o pedido deverá ser instruído com novo
Art. 16 Edital do chamamento fixará prazo para que os parecer técnico do órgão executivo de trânsito do Mu-
interessados apresentem a documentação e proposta. nicípio quando se tratar de equipamento da categoria
Art. 17 Havendo mais de um interessado pelo mesmo A. (Redação acrescida pela Lei nº 11.423/2016)
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ponto que também tenha apresentado a documenta- Art. 21 Ao menos um dos sócios da pessoa jurídica
ção completa e tempestivamente, a seleção será rea- permissionária de qualquer equipamento deverá com-
lizada por comissão que deverá priorizar aquele que parecer e permanecer presente no local da atividade
apresentar melhores condições sanitárias, caso ocorra e durante todo o período constante de sua permissão,
igualdade de condições (empate) deverá ocorrer sor- sendo-lhe facultada a colaboração de auxiliares e pre-
teio. postos.
Art. 18 Deverá ser publicado o Termo de Permissão de Art. 22 Será permitido ao titular da permissão solicitar,
Uso e identificação do permissionário que terá pra- a qualquer tempo, o cancelamento de sua permissão,
zo de 90 (noventa) dias, prorrogável justificadamente respondendo pelos débitos relativos ao preço público.
uma única vez por igual período, para se instalar efe- Art. 23 Os permissionários de equipamentos das ca-
tivamente. tegorias A e B poderão obter, junto à concessionária
52
de eletricidade, sua respectiva ligação elétrica, dentro XIX - transferir, a qualquer título, o Termo de Permissão
dos procedimentos especificados pela concessionária. de Uso; (Redação acrescida pela Lei nº 11.423/2016)
Art. 24 Fica proibido ao permissionário: Art. 25 O armazenamento, transporte, manipulação
I - alterar o seu equipamento; e venda de alimentos deverá observar as legislações
II - manter ou ceder equipamentos e/ou mercadorias sanitárias vigentes no âmbito federal, estadual e mu-
para terceiros; nicipal.
III - manter ou comercializar mercadorias não auto- Art. 26 Os equipamentos das categorias A e B deverão
rizadas ou alimentos em desconformidade com a sua realizar, antes de seu efetivo funcionamento, inspeção
permissão; de conformidade com a legislação sanitária.
IV - depositar caixas e equipamentos em áreas públi- Parágrafo Único - Além do disposto no caput deste
cas e em desconformidade com o Termo de Permissão artigo, os equipamentos da categoria “A” deverão ain-
de Uso; (Redação dada pela Lei nº 11.423/2016) da contar com parecer técnico do órgão executivo de
V - causar dano ao bem público ou particular no trânsito do Município. (Redação acrescida pela Lei nº
exercício de sua atividade; 11.423/2016)
VI - permitir a permanência de animais na área Art. 27 Decreto regulamentador poderá dispor sobre
abrangida pelo respectivo equipamento; os equipamentos mínimos necessários para exercício
VII - montar seu equipamento fora dos limites esta- da atividade.
belecidos para o ponto; (Redação dada pela Lei nº Art. 28 Todos os equipamentos deverão ter depósito de
11.423/2016) captação dos resíduos líquidos gerados para posterior
VIII - utilizar postes, árvores, gradis, bancos, canteiros descarte de acordo com a legislação em vigor, vedado
e edificações para a montagem do equipamento e ex- o descarte na rede pluvial.
posição das mercadorias; Art. 29 Os equipamentos não terão demarcação ex-
IX - perfurar ou de qualquer forma danificar qual- clusiva em vias e áreas públicas, bem como estarão
quer áreas ou bem público com a finalidade de fi- isentos do pagamento de zona azul, podendo perma-
xar seu equipamento; (Redação dada pela Lei nº necer nos termos de sua permissão.
Art. 30 Fica autorizada a doação e a distribuição gra-
11.423/2016)
tuita, em vias e áreas públicas, de alimentos manipu-
X - comercializar ou manter em seu estabelecimen-
lados e preparados para consumo imediato, condicio-
to produtos em desacordo com a legislação sanitária
nada à previa autorização.
aplicável; (Redação dada pela Lei nº 11.423/2016)
§ 1º O pedido de que trata este artigo deverá vir acom-
XI - fazer uso de muros, passeios, árvores, postes,
panhado de descrição do equipamento a ser utilizado
banco, caixotes, tábuas, encerados ou toldos, com o
na doação ou distribuição, comprovação do atendi-
propósito de ampliar os limites do equipamento ou de
mento das normas de higiene e segurança do alimen-
alterar os termos da permissão de uso; (Redação dada
to, do registro do local de produção junto à autoridade
pela Lei nº 11.423/2016) competente, se o caso, e indicação do local, dias e pe-
XII - apregoar suas atividades por meio de quaisquer ríodos pretendidos para a doação e distribuição.
meio de divulgação sonora ou utilizar qualquer tipo § 2º Fica dispensada de autorização a distribuição de
de equipamento sonoro; (Redação dada pela Lei nº produtos industrializados devidamente regularizados
11.423/2016) na Vigilância Sanitária e que não dependam de ma-
XIII - expor mercadorias ou volumes além do limite ou nipulação para preparo. (Redação dada pela Lei nº
capacidade do equipamento; 11.423/2016)
XIV - utilizar equipamento sem a devida permissão Art. 31 Considera-se infração administrativa toda
ou modificar as condições de uso determinado para ação ou omissão que viole as regras para comerciali-
tal; zação, doação ou distribuição de alimentos em vias e
XV - jogar lixo ou detritos, provenientes de seu comér- áreas públicas nos termos fixados nesta Lei.
cio ou de qualquer outra origem, nas vias ou áreas Art. 32 As infrações a esta Lei ficam sujeitas, conforme
públicas; (Redação dada pela Lei nº 11.423/2016) o caso, às seguintes sanções administrativas, sem pre-
XVI - utilizar a via ou área pública para colocação de juízo das de natureza civil e penal:
quaisquer elementos do tipo cerca, parede, divisória, I - advertência;
grade, tapume, barreira, caixas, vasos, vegetação ou II - multa;
outros que caracterizem o isolamento do local de ma- III - apreensão de equipamentos e mercadorias;
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
53
Art. 33 A advertência será aplicada pela inobservância Art. 35 A suspensão da atividade será aplicada quando
das disposições desta Lei e da legislação em vigor, ou o permissionário cometer uma das seguintes infrações:
de preceitos regulamentares, quando o permissionário I - deixar de pagar o preço público devido em razão do
cometer uma das seguintes infrações: exercício da atividade;
I - deixar de afixar, em lugar visível e durante todo o II - jogar lixo ou detritos, provenientes de seu comércio,
período de comercialização, o seu Termo de Permissão ou de outra origem nas vias e logradouros públicos;
de Uso; III - deixar de destinar os resíduos líquidos em caixas
II - deixar de portar cópia do certificado de realização de armazenamento e, posteriormente, descartá-los na
do curso de boas práticas de manipulação de alimen- rede de esgoto;
tos. IV - utilizar na via ou área pública quaisquer elemen-
Art. 34 A multa será aplicada, de imediato, sempre tos que caracterizem o isolamento do local de mani-
que o permissionário: pulação e comercialização;
I - não estiver munido dos documentos necessários à V - não manter o equipamento em perfeito estado de
sua identificação e à de seu comércio; conservação e higiene, bem como deixar de providen-
II - descumprir com sua obrigação de manter limpa a ciar os consertos que se fizerem necessários;
área ocupada pelo equipamento, bem como seu en- VI - descumprir as ordens emanadas das autoridades
torno, deixar de instalar recipientes apropriados para municipais competentes;
receber o lixo produzido, ou deixar de acondiciona-lo VII - apregoar suas atividades através de qualquer
e destiná-lo nos termos das normas aplicáveis; (Reda- meio de divulgação sonora;
ção dada pela Lei nº 11.423/2016) VIII - efetuar alterações físicas nas vias e logradouros
III - deixar de manter higiene pessoal e de vestuário, públicos;
bem como deixar de exigir o mesmo se seus auxiliares; IX - manter ou ceder equipamentos ou mercadorias
e (Redação dada pela Lei nº 11.423/2016) para terceiros;
IV - deixar de comparecer e permanecer, ao menos X - alterar seu equipamento sem prévia ciência e au-
um dos sócios, no local da atividade durante todo o torização do órgão competente. (Redação dada pela
período constante de sua permissão; Lei nº 11.423/2016)
V - colocar caixas e equipamentos em áreas particula- § 1º A suspensão será por prazo variável entre 1 (um)
res e áreas públicas ajardinadas; e 360 (trezentos e sessenta) dias em função da gravi-
VI - causar dano a bem público ou particular no exer- dade da infração.
cício de sua atividade; § 2º Será aplicada a pena de suspensão das atividades
VII - montar seu equipamento ou mobiliário fora do em caso de reincidência das infrações punidas com
local determinado; multa.
VIII - utilizar postes, árvores, grades, bancos, canteiros Art. 36 A apreensão de equipamentos e mercadorias
e residências ou imóveis públicos ou particulares para deverá ser feita acompanhada do respectivo auto de
a montagem do equipamento e exposição de merca- apreensão e ocorrerá nos seguintes casos:
doria; I - comercializar ou manter em seu equipamento pro-
IX - permitir a presença de animais na área abrangida dutos sem inspeção, sem procedência, alterados, adul-
pelo respectivo equipamento e mobiliário; terados, fraudados e com prazo de validade vencido;
X - fazer uso de muros, passeios, árvores, postes, ban- II - utilizar equipamento sem a devida permissão ou
cos, caixotes, tábuas, encerados, toldos ou outros equi- modificar as condições de uso determinados pela Lei
pamentos, com o propósito de ampliar os limites do ou aquelas fixadas pela vigilância sanitária;
equipamento e que venham a alterar sua padroniza- III - para as categorias A e B, utilizar equipamento que
ção; não esteja cadastrado junto ao Cadastro Municipal de
XI - expor mercadorias ou volumes além do limite ou Vigilância Sanitária.
capacidade do equipamento; IV - o vendedor atuar sem permissão ou com permissão
XII - colocar na calçada qualquer tipo de carpete, ta- vencida. (Redação acrescida pela Lei nº 11.423/2016)
pete, forração, assoalho, piso frio ou outros que ca- Art. 37 O Termo de Permissão de Uso será cassado por
racterizem a delimitação do local de manipulação e ato do Secretário Municipal competente nas seguintes
comercialização dos produtos; hipóteses: (Redação dada pela Lei nº 11.423/2016)
XIII - perfurar calçadas ou vias públicas com a finali- I - reincidência em infrações de apreensão ou suspensão;
dade de fixar equipamento. II - quando houver transferência do Termo de Permis-
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
§ 1º Será aplicada multa em caso de reincidência das são de Uso ou alteração do quadro societário da em-
infrações punidas com advertência. presa permissionária em desacordo com esta Lei;
§ 2º A multa poderá ser aplicada no valor de R$ III - quando o permissionário armazenar, transportar,
300,00 (trezentos) à R$ 3.000,00 (três mil reais), con- manipular e comercializar bens, produtos ou alimen-
forme gravidade da infração. (Redação dada pela Lei tos diversos em desacordo com a sua permissão.
nº 11.423/2016) Parágrafo Único - A cassação do Termo de Permissão
§ 3º O valor da multa prevista no parágrafo anterior de Uso também implicará na proibição de qualquer
será anualmente atualizada pelo Índice Nacional de obtenção de novo termo em nome da pessoa jurídica e
Preços ao Consumidor Amplo Especial - IPCA-E ou ou- de seus sócios durante o prazo de cinco anos a contar
tro que vier a substituí-lo. (Redação acrescida pela Lei da desocupação do ponto. (Redação dada pela Lei nº
nº 11.423/2016) 11.423/2016)
54
Art. 37-A Aplicam-se as penas de multa (art. 34) e CONSIDERANDO que a Lei Municipal nº 10.985, de
apreensão de equipamento e mercadorias (art. 36) 29 de outubro de 2014 exige a edição de Decreto para
previstas nesta Lei, à pessoa física ou jurídica que co- sua fiel execução;
mercializar qualquer produto ou alimento sem a pré- CONSIDERANDO, a necessidade do Poder Público em
via ou adequada permissão do Poder Público. (Reda- regulamentar a licença para atividade de comércio de ali-
ção acrescida pela Lei nº 11.423/2016) mentos ambulante no Município;
Art. 38 As infrações administrativas serão acompa- CONSIDERANDO, que esta atividade tem importância
nhadas da lavratura de Auto de Infração e Imposição social e presta serviço de utilidade pública, além de ser
de Penalidade - AIIP. um meio de trabalho e sustento de diversas famílias;
Art. 39 O Auto de Infração e Imposição de Penalidade CONSIDERANDO o disposto no Processo Administra-
- AIIP será lavrado em nome do permissionário sócio tivo nº 3.976/2017, DECRETA:
administrador, podendo ser recebido ou encaminhado
ao seu representante legal, assim considerados os seus Capítulo I
prepostos e auxiliares. DISPOSIÇÕES GERAIS
Parágrafo Único - Presume-se válida a notificação Seção I
do Auto de Infração e do Auto de Multa enviada ao Do âmbito de aplicação do Decreto e do ambulante
endereço informado pelo permissionário ou aquele
constante do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, Art. 1º A Lei Municipal nº 10.985, de 29 de outubro de
no caso de pessoas jurídica. (Redação acrescida pela 2014, que institui o modo do comércio de alimentos
Lei nº 11.423/2016) passa a ser regulamentada por este Decreto.
Art. 40 O autuado terá prazo de 10 (dez) dias para § 1º Este Decreto estabelece o regulamento para o
apresentação de defesa, com efeito suspensivo, diri- exercício do comércio de alimentos ambulante, nas
gido, contado da data do recebimento do Auto de In- vias e logradouros públicos do Município de Soroca-
fração. ba, conforme estabelecido pela Lei nº 10.985, de 29
Art. 40-A O Poder Executivo regulamentará esta Lei, de outubro de 2014, excetuando a realização de fei-
no que couber, no prazo de 90 (noventa) dias contados ras gastronômicas, comércio de alimentos em feiras
a partir da publicação da Lei que incluiu este artigo. livres, bem como, as demais atividades previstas em
(Redação acrescida pela Lei nº 11.389/2016) Lei específicas.
Art. 41 Esta Lei entrará em vigor na data de sua pu- § 2º Para efeito deste regulamento, considera-se
blicação. ambulante toda pessoa física, civilmente capaz, que
exerça atividade lícita, por conta própria na condição
Palácio dos Tropeiros, em 29 de Outubro de 2 014, mínima de profissional autônomo ou empreendedor
360º da Fundação de Sorocaba. individual.
ANTONIO CARLOS PANNUNZIO § 3º O Poder Público poderá celebrar com entida-
Prefeito Municipal des privadas sem fins lucrativos, representativas dos
JOÃO LEANDRO DA COSTA FILHO ambulantes, acordo de cooperação, em conformida-
Secretário de Governo e Segurança Comunitária de com a Lei federal nº 13.019, de 2014, visando à
MAURÍCIO JORGE DE FREITAS formalização de parceria para a consecução de finali-
Secretário de Negócios Jurídicos dades de interesse público e recíproco que não envol-
Publicada na Divisão de Controle de Documentos e va a transferência de recursos financeiros e que não
Atos Oficiais, na data supra. tenha por objeto, direta ou indiretamente, delegação
VIVIANE DA MOTTA BERTO das funções de regulação, de fiscalização, de exercí-
Chefe da Divisão de Controle de Documentos e cio do poder de polícia ou de outras atividades exclu-
Atos Oficiais sivas de Estado. (Redação acrescida pelo Decreto nº
23.264/2017)
55
Seção IV Seção II
Das definições Dos alimentos
Art. 4º Para fins deste Decreto considera-se: Art. 6º Poderão ser comercializados nas vias e áreas
I - produto ou alimento perecível: o produto alimen- públicas os alimentos preparados e os produtos ali-
tício, “in natura”, semipreparado, industrializado ou mentícios industrializados prontos para o consumo,
preparado pronto para o consumo, que pela sua natu- ainda que perecíveis na seguinte forma.
reza ou composição, necessite de condições especiais § 1º Serão permitidos para o comércio ambulante os
de temperatura para sua conservação (refrigeração, seguintes produtos:
congelamento ou aquecimento), tais como; bebidas e I - cachorro quente, lanches em geral;
alimentos à base de leite, produtos lácteos, ovos, car- II - caldo de cana;
ne, aves, pescados, mariscos ou outros ingredientes; III - pipocas, amendoim, doces e demais guloseimas;
II - produto ou alimento não perecível: o produto ali- IV - salgados (fritura);
mentício que, pela sua natureza e composição, possa V - churrasquinhos, linguiças e carnes de quaisquer
ser mantido em temperatura ambiente até seu con- espécies, sob procedência controlada;
sumo sem exigir condições especiais de conservação VI - sorvetes;
(refrigeração, congelamento ou aquecimento), desde VII - frutas;
que, observadas as condições de conservação e arma- VIII - legumes e verduras;
zenamento adequadas, as características intrínsecas IX - ovos;
dos alimentos e bebidas, o tempo de vida útil e o prazo X - bebidas e sucos em geral.
de validade. § 2º Para aqueles ambulantes classificados como de
categoria B e C é vedada a manipulação completa do
Capítulo II alimento, admitindo-se apenas a fritura, a cocção e a
DO COMÉRCIO DE ALIMENTOS EM GERAL montagem no caso de sanduíche e congêneres.
Seção I § 3º Os ambulantes compreendidos na categoria A
Dos equipamentos poderão comercializar nas vias e áreas públicas os
alimentos preparados e os produtos alimentícios in-
Art. 5º O comércio de alimentos em vias e áreas públi- dustrializados prontos para o consumo, ainda que
cas compreende a venda direta, de caráter permanen- perecíveis, desde que observadas as normas higiênico-
te ou eventual, de modo estacionário, desde que seja -sanitárias.
preservada a segurança e o conforto dos transeuntes, § 4º A comercialização de produtos e alimentos pe-
bem ainda, as condições indispensáveis ao respectivo recíveis somente será permitida mediante a disponi-
ponto, conforme as seguintes categorias: bilização de equipamentos específicos, e em número
I - categoria A: alimentos comercializados em veícu- suficiente, que garantam as condições especiais de
los automotores, assim considerados os equipamentos conservação dos alimentos resfriados, congelados
montados sobre veículos a motor ou rebocados por e aquecidos autorizados pela Vigilância Sanitária -
estes, desde que, recolhidos ao final do expediente, até VISA, observadas determinações legais específicas.
o comprimento máximo de 6,30m (seis metros e trinta Art. 7º Na comercialização dos alimentos e seu ofere-
centímetros), considerada a soma do comprimento do cimento ao consumo são obrigatórios:
veículo e do reboque, e com largura máxima de 2,20 I - o uso de utensílios e recipientes descartáveis de uso
(dois metros e vinte centímetros). Estão compreendi- individual, tais como pratos, talheres, copos, canudos,
dos nesta categoria aqueles que desenvolvem a ativi- entre outros;
dade de “food truck”; II - todos os equipamentos utilizados para atividade
II - categoria B: alimentos comercializados em carri- dos ambulantes devem ser mantidos limpos e em bom
nhos ou tabuleiros, assim considerados os equipamen- estado de conservação;
tos tracionados, impulsionados ou carregados pela III - produtos como condimentos, molhos e temperos
força humana, com área máxima de 1m² (um metro para sanduíches e similares, devem ser oferecidos em
quadrado); sachê individual, vedada a utilização de dispensadores
III - categoria C: alimentos comercializados em barra- de uso repetido;
cas desmontáveis, com área máxima de 4m² (quatro IV - comercializar produtos de boa qualidade e de
metros quadrados). acordo com as normas sanitárias a eles pertinentes;
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
§ 1º Os equipamentos das categorias B e C não pode- V - manter limpo o local de trabalho e arredores, re-
rão permanecer na via de rolamento. colhendo e removendo o lixo decorrente da atividade,
quantas vezes sejam necessárias;
§ 2º Todos os equipamentos mencionados neste artigo VI - acatar as orientações, instruções e determinações
deverão conter depósito para a captação dos resíduos das autoridades sanitárias;
líquidos e sólidos gerados, para posterior descarte de VII - alimentos preparados e estocados, bem como,
acordo com a legislação em vigor, sendo vedado para equipamentos devem ficar guardados na base de
o caso líquido, o descarte na rede pluvial. apoio operacional. Para o adequado manuseio devem
§ 3º Os equipamentos da Categoria C não poderão ainda possuir:
permanecer nas calçadas. a) todas as facilidades para a completa higienização
do equipamento;
56
b) local adequado com cobertura para guarda do dos, observando para todos os efeitos os princípios da
equipamento ambulante, livre de insetos, roedores e isonomia, da legalidade, da impessoalidade, da mora-
demais formas de contaminação do equipamento; lidade, da publicidade e da vinculação ao instrumen-
c) local adequado para semipreparação ou prepara- to convocatório, além das disposições dos artigos 6º,
ção, acondicionamento e armazenamento dos ali- 7º e 8º deste Decreto. (Redação dada pelo Decreto nº
mentos com revestimento de material liso, resistente 23.463/2018)
e impermeável, iluminação e ventilação suficiente em Art. 11 A Portaria a que se refere o artigo anterior terá
perfeitas condições de higiene e limpeza e com prote- como objeto de alcance todos os pontos de trabalhos
ção contra insetos e roedores (telas milimétricas nas de ambulantes disponibilizados pela Administração
aberturas e proteção na parte inferior das portas); Pública, nas vias e logradouros públicos, largos, praças
d) pia com água corrente tratada; e parques municipais que lhes for conveniente.
e) destino adequado dos dejetos, conforme código sa- Parágrafo único. Tendo cumprido todos os requisi-
nitário vigente; tos apresentados pelo Poder Público para o exercício
f) a base de operação pode localizar-se na residên- da atividade ambulante prevista na Lei Municipal nº
cia do interessado, desde que atendidas as exigências 10.985, de 29, de outubro de 2014, bem como, do efe-
deste Capítulo, permitido sempre que necessário o tivo atendimento pelo interessado, será expedido o
acesso da fiscalização. (Redação dada pelo Decreto nº Termo de Permissão de Uso - TPU, na forma do artigo
23.264/2017) 2º deste Decreto.
VIII - os manipuladores de alimentos não devem exer- Art. 12 Um mesmo ponto poderá atender a dois per-
cer sua atividade quando acometidos de doenças in- missionários diferentes, desde que, exerçam suas ati-
fectocontagiosas ou transmissíveis, bem como, quan- vidades em dias ou períodos distintos.
do apresentarem ferimentos visíveis; Parágrafo Único - O ponto de permissão de uso não
IX - os manipuladores devem usar uniformes conten- se confunde com os locais passíveis de permissão de
do touca ou lenço protegendo todo o cabelo e avental uso, de que trata o Decreto nº 13.023, de 19 de março
ou jaleco de cor clara, os quais devem ser mantidos de 2001. (Redação dada pelo Decreto nº 23.264/2017)
fechados, limpos e em condições de uso; Art. 13 Não será deferida a instalação de equipamen-
X - os manipuladores devem manter higiene pessoal tos de quaisquer das categorias nas Zonas Estritamen-
adequada, observando os seguintes itens: te Residenciais ou em vagas especiais de estaciona-
a) unhas limpas e curtas; mento.
b) cabelos e barbas feitas ou aparadas; Art. 14 Para definição dos pontos autorizadores do
c) não fumar, espirrar ou tossir, mascar goma, comer, exercício do comércio ambulante, deverão ser obser-
cuspir, palitar dentes enquanto estiver manipulando vados os seguintes limites e condições:
com alimentos; I - faixa livre de 1,20 (um metro e vinte centímetros) de
d) não passar a mão na boca, nariz, cabelos e ou ca- circulação para equipamentos a serem instalados em
beça; passeios públicos;
e) as mãos devem ser lavadas tantas vezes quantas II - distância mínima de 05 (cinco) metros de:
necessárias e após o uso do sanitário. a) faixas de pedestres;
Art. 8º O armazenamento, o transporte, a manipula- b) rebaixamento para acesso de pessoas com defici-
ção e a venda de alimentos deverão observar a legis- ências;
lação sanitária pertinente em vigor, tanto em âmbito c) pontos de ônibus e de táxi;
federal, estadual e municipal. d) equipamentos públicos, hidrantes e válvulas de in-
Parágrafo único. Ficará por conta da Vigilância Sa- cêndio;
nitária a fiscalização e identificação das condições e) telefones públicos; e
higiênico-sanitárias, bem como, o real cumprimento f) tampas de limpeza de bueiro e poços de visita.
das boas práticas nas atividades relacionadas com III - distância mínima de 10 (dez) metros da via trans-
alimentos, equipamentos e utensílios mínimos para a versal nas proximidades de esquinas;
comercialização de alimentos para a segurança sani- IV - distância mínima de 20 (vinte) metros de:
tária. a) entradas e saídas de plataformas de embarque ro-
Art. 9º É proibido o comércio ambulante de medica- doviário, terminais e miniterminais urbanos e aero-
mentos e especialidades farmacêuticas. portos;
b) monumentos e bens tombados, e aqueles em ma-
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
57
tegoria de produtos alimentícios, pratos e prepara- I - cópia simples do documento de identidade; da ins-
ções culinárias, incluindo as comidas típicas, iguais crição no Cadastro de Pessoa Física (CPF) e do com-
ou semelhantes. provante de endereço; (Redação dada pelo Decreto nº
§ 1º Nas hipóteses previstas nas alíneas b, c e d do 23.264/2017)
inciso IV deste artigo, a distância mínima é contada II - cópia simples do registro como microempreende-
a partir do ponto de contato mais próximo. dor individual (MEI) ou empresário individual enqua-
§ 2º Não poderá ser deferida a permissão de uso drado como ME (Micro Empresa), demonstrando vín-
em frente a: culo ao INSS e a inscrição na Prefeitura do Município
I - guias rebaixadas; e de Sorocaba, se essa for a condição. (Redação dada
II - portões de acesso a estabelecimentos de ensino, pelo Decreto nº 23.264/2017)
farmácia, edifícios e repartições públicas e privadas. III - identificação exata do ponto escolhido, com:
a) nome da rua, bairro, CEP;
Capítulo III b) fotos do local;
DO PROCEDIMENTO c) a definição do período de quais são os dias da se-
Seção I mana em que pretende exercer sua atividade, obser-
Do pedido vado o tempo mínimo e máximo previsto no artigo 14,
inciso III, da Lei Municipal nº 10.985, de 29 de outubro
:Art. 15 Publicada a Portaria com a relação dos pontos de 2014; e
definidos, bem como o Edital de Chamamento previs- d) croqui do local, que deverá conter layout e dimen-
to no artigo 10 deste Decreto, os interessados deverão sionamento da área, a qual será ocupada, com indi-
protocolizar seu requerimento no Protocolo Geral da cação do posicionamento do equipamento, eventuais
Prefeitura de Sorocaba, em formulário próprio defi- mesas, bancos, cadeiras e toldos retráteis ou fixos. (Re-
nido pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, dação dada pelo Decreto nº 23.264/2017)
Trabalho e Renda (SEDETER), no prazo de 15 (quinze) IV - descrição da categoria de equipamento (A, B ou
dias, com as seguintes informações: (Redação dada C) e dos equipamentos que serão utilizados indicando
pelo Decreto nº 23.264/2017) de qual modo irá atender as exigências da legislação
I - os pontos escolhidos, em ordem de preferência, sanitária de higiene e segurança dos alimentos, bem
até o limite de três; (Redação dada pelo Decreto nº como, controle de geração de odores, fumaça e ruídos;
23.264/2017) (Redação dada pelo Decreto nº 23.264/2017)
II - a categoria do equipamento a ser utilizado; (Reda- V - relação de alimentos, os quais o pretendente dese-
ção dada pelo Decreto nº 23.264/2017) ja comercializar e a forma de manipulação, armaze-
III - os alimentos, os quais pretende comercializar; (Re- namento e entrega ao cliente;
dação dada pelo Decreto nº 23.264/2017) VI - no caso do permissionário ser qualificado como
IV - dias e horários, nos quais pretendem trabalhar; MEI, ou outra modalidade de enquadramento fiscal,
(Redação dada pelo Decreto nº 23.264/2017) e vier a contratar funcionário para o exercício de sua
V - dias e horários, nos quais pretendem trabalhar. atividade deverá observar a legislação pertinente ao
(Revogado pelo Decreto nº 23.264/2017) microempreendedor e ainda, a legislação trabalhista,
§ 1º O requerimento mencionado neste artigo deverá o mesmo se aplica ao autônomo, no que diz respeito à
ser instruído com os seguintes documentos: (Redação relação de auxiliares, dos quais, deve apresentar o res-
dada pelo Decreto nº 23.264/2017) pectivo documento de identidade, Cadastro de Pessoa
a) cópia do documento de identidade; (Revogado pelo Física (CPF), CTPS registrada, e, atestado médico de
Decreto nº 23.264/2017) aptidão para o exercício da atividade, se já contrata-
b) cópia do Cadastro de Pessoa Física - CPF; (Revoga- do. Na hipótese de admissão/demissão do auxiliar, o
do pelo Decreto nº 23.264/2017) permissionário fica obrigado a informar todos os pro-
c) comprovante de endereço; (Revogado pelo Decreto cedimentos de entrada, baixa e pagamento das verbas
nº 23.264/2017) rescisórias no caso de rescisão da atividade laboral;
d) Registro na qualidade de autônomo se esta for con- VII - cópia simples do certificado de conclusão do curso
dição, demonstrando vínculo ao INSS e inscrição na de boas práticas de manipulação de alimentos presta-
PMS; (Revogado pelo Decreto nº 23.264/2017) do pela Vigilância Sanitária em nome do(s) titular(es)
e) cópia do contrato social da pessoa jurídica devi- que desempenha(m) a atividade empresarial, bem
damente registrada ou certificado da condição de como dos auxiliares referidos no inciso anterior; (Re-
microempreendedor individual, emitido pela Secre- dação dada pelo Decreto nº 23.264/2017)
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
taria da Receita Federal; (Revogado pelo Decreto nº VIII - cópia de certificado de conclusão do curso de
23.264/2017) Empreendedorismo fornecido pela Universidade do
f) comprovante de inscrição no Cadastro Nacional de Trabalhador Empreendedor e Negócio - UNITEN com-
Pessoas Jurídicas - CNPJ; (Revogado pelo Decreto nº provando qualificação para atividade empreendedora;
23.264/2017) (Revogado pelo Decreto nº 23.264/2017)
g) cópia dos documentos de identidade de to- IX - Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo
dos os sócios se houver; (Revogado pelo Decreto nº (CRLV) no caso de equipamentos da categoria A;
23.264/2017) X - declaração de que não é detentor de outro Termo
h) cópia do comprovante de endereço da sede da em- de Permissão de Uso para comércio de alimentos em
presa bem como, do domicílio de todos os sócios. (Re- vias e áreas públicas;
vogado pelo Decreto nº 23.264/2017)
58
§ 2º Só serão aceitos comprovantes de endereços ex- drado como ME (Micro Empresa), se essa for a sua con-
pedidos há no máximo nºs 03 (três) meses, e de inte- dição; (Redação dada pelo Decreto nº 23.264/2017)
ressados residentes no município há pelo menos três V - qualidade técnica da proposta; (Revogado pelo De-
(3) anos e que estejam em nome: creto nº 23.264/2017)
I - do próprio requerente; VI - o número de permissões já expedidas para o local
II - de pessoa da família, desde que devidamente com- e período pretendido;
provado o grau de parentesco; e VII - eventuais incomodidades que poderão ser gera-
III - do locador, mediante apresentação do contrato de das pela atividade pretendida no local, dia e horário
locação com firma reconhecida. requeridos;
a) caso o local escolhido seja área privada deverá ser § 1º Para análise das condicionantes descritas neste
apresentada autorização expressa com firma reconhe- artigo a Comissão de Análise de Comércio Ambulante
cida na forma do § 2º do artigo 10; deverá solicitar prévia manifestação:
b) para a hipótese de área pública a utilização do espa- I - do órgão executivo de trânsito do Município, para
ço só pode ser permitida após a emissão do TPU - Ter- o caso das solicitações de permissões de uso que inci-
mo de Permissão de Uso na forma do artigo 10 deste dam sobre a utilização de vias públicas;
Decreto. (Redação dada pelo Decreto nº 23.264/2017) II - da Secretaria do Meio Ambiente, Parques e Jardins,
§ 3º O requerente que for detentor de franquia e que na solicitação de permissão de uso em Parque Munici-
pretender requerer a permissão de uso em mais de um pal ou em áreas limítrofes;
ponto, na forma do parágrafo único do artigo 9º da III - da Secretaria de Mobilidade e Acessibilidade, Se-
Lei Municipal nº 10.985, de 29 de outubro de 2014, o cretaria de Planejamento e Projetos, para análise das
seu pedido deverá também estar instruído com os do- regras de uso e ocupação do solo;
cumentos comprobatórios da condição de franqueado. IV - da Secretaria da Saúde - Vigilância Sanitária -
(Revogado pelo Decreto nº 23.2664/2017) VISA, quanto ao cumprimento das normas sanitárias
XI - Declaração do endereço da base operacional de e de segurança dos alimentos.
apoio; (Revogado pelo Decreto nº 23.264/2017)
§ 2º Cada Secretaria tem até 07 (sete) dias para exarar
§ 4º Havendo mais de um interessado pelo mesmo
seu parecer. Referido prazo, poderá ser prorrogado por
ponto que também tenha a documentação comple-
mais 07 (sete) dias, uma única vez, motivado e justifi-
ta e tempestivamente, a seleção será realizada pela
cando suas razões pela respectiva Secretaria.
Comissão de Análise de Comércio Ambulante, por
meio de critérios objetivos previamente definidos, que
Seção III
deverá priorizar a pessoa idosa ou com deficiência.
Caso ocorra igualdade de condições (empate) deverá
Da responsabilidade da Associação Classificada
ocorrer sorteio em sessão pública. (Redação dada pelo
Decreto nº 23.264/2017) Art. 17 Caberá a(s) Associação(ões) que atender(em)
5º A seleção dos interessados será levada a efeito aos requisitos do Edital, verificar e indicar o requerente
por meio de procedimento administrativo no qual se que melhor atende aos critérios, requisitos e objetivos
garanta a observância dos princípios da isonomia, da da Lei Municipal nº 10.985, de 29 de outubro de 2014.
legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da pu- § 1º A escolha dos requentes só será aceita mediante
blicidade, igualdade, da vinculação ao instrumento apresentação de ata de reunião da Associação/insti-
convocatório, da probidade administrativa e dos que tuição devidamente registrada em cartório.
lhe são correlatos. (Redação acrescida pelo Decreto nº § 2º Após apresentação dos nomes dos requerentes e
23.264/2017) seus respectivos pontos de atuação, por meio da As-
sociação/instituição, será necessária à publicação no
Seção II Diário Oficial do Município. (Revogado pelo Decreto
Da análise prévia das condições de viabilidade do nº 23.264/2017)
pedido
Seção IV
Art. 16 Recebido o requerimento, este será autuado Do Termo de Permissão de Uso
e encaminhado à Comissão de Análise de Comércio
Ambulante para apreciação: Art. 18 Definidos os nomes dos requerentes benefici-
I - da compatibilidade entre o equipamento e o lo- ários, a Comissão de Análise de Comércio Ambulante
cal pretendido, considerando as normas de trânsito, procederá à análise formal de toda a documentação
e, constada sua regularidade, proferirá despacho de
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
59
ta) meses de validade para o exercício da atividade, III - comunicar à Vigilância Sanitária qualquer mu-
podendo ser renovado por igual período, desde que, dança de endereço da base operacional de apoio;
atendendo as exigências desde Decreto, promova o IV - obter autorização prévia da Comissão de Aná-
interessado seu recadastramento na Administração. lise de Comércio Ambulante, por meio da Secretaria
(Redação dada pelo Decreto nº 23.264/2017) de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda
§ 2º A súmula do despacho da Comissão de Análise de sempre que decidir proceder a qualquer alteração nos
Comércio de Ambulante, bem como, a convocação do equipamentos utilizados.
interessado para retirada do Termo de Permissão de § 1º O comunicado referido no inciso I do caput deste ar-
Uso no prazo de 15 (quinze) dias, serão publicados no tigo deverá ser instruído com os documentos menciona-
Diário Oficial do Município. dos nos incisos VI e VII do § 1º do artigo 16 deste Decreto.
§ 3º A entrega do Termo de Permissão de Uso ao per- § 2º Pedido de alteração dos equipamentos solicitados
missionário ficará condicionada ao prévio pagamento deverá ser submetido à análise dos órgãos referidos
do preço público devido pela ocupação da área, con- no § 1º do artigo 16 deste Decreto, conforme o caso.
forme Capítulo IX deste Decreto. Art. 23 O estacionamento do equipamento da cate-
Art. 20 Entregue o Termo de Permissão de Uso ao per- goria “A” referida no artigo 5º deste Decreto deverá
missionário, este terá prazo máximo de 30 (trinta) dias obedecer as regras previstas no Código de Trânsito
para se instalar efetivamente. Brasileiro - CTB e resoluções pertinentes do Conselho
§ 1º O prazo previsto neste artigo poderá ser prorro- Nacional de Trânsito - CONTRAN, bem como, regula-
gado uma única vez, desde que, devidamente justifi- mentação estabelecida pelo órgão de trânsito municipal.
cada a impossibilidade de instalação. Parágrafo único. O órgão de trânsito do Município
§ 2º O pedido de prorrogação do prazo deverá estar poderá regulamentar, mediante Portaria, regras espe-
acompanhado dos documentos necessários para com- cíficas para o estacionamento do equipamento men-
provação da justificativa, sob pena de indeferimento. cionado neste artigo.
§ 3º Os pontos a que alude o artigo 10 deste Decreto, Art. 24 Os equipamentos mencionados nos incisos II e
onde não houver instalação do equipamento no pra-
III do artigo 5º deste Decreto não demarcação exclu-
zo, serão objeto de nova publicação.
siva em vias ou áreas. (Redação dada pelo Decreto nº
Art. 21 A permissão de uso poderá ser suspensa ou revo-
23.264/2017)
gada nas hipóteses dos artigos 11 e 12 da Lei Municipal
Art. 25 Deverá comparecer e permanecer presente no
nº 10.985, de 29 de outubro de 2014, bem como, em qual-
local da atividade explorada, de qualquer equipamen-
quer outra hipótese de interesse público superveniente.
to, em todo o período de sua permissão, o permissio-
§ 1º A suspensão do Termo de Permissão de Uso de-
nário ou o seu preposto nos termos deste Decreto. (Re-
verá ser previamente comunicada ao permissionário
no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, ressalvadas dação dada pelo Decreto nº 23.264/2017)
hipóteses emergenciais devidamente fundamentadas, Parágrafo único. É expressamente proibida a cessão,
que permitirão suspensão sem prévio aviso. locação e sublocação do espaço permitido, sob pena
§ 2º A revogação do Termo de Permissão de Uso por de cassação imediata da permissão de uso.
ato da administração deverá sempre ser antecedida Art. 26 É de responsabilidade do permissionário, obter
de prévio processo administrativo, no qual seja garan- junto à concessionária de energia elétrica a necessária
tido ao permissionário o direito ao contraditório. ligação elétrica do equipamento, caso necessário.
§ 3º O permissionário poderá requerer, a qualquer
tempo, a revogação da sua permissão. Capítulo V
§ 4º A suspensão ou revogação do Termo de Permis- DAS INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS
são de Uso não isenta o permissionário do pagamento
dos débitos relativos ao preço público, os quais sejam Art. 27 As infrações administrativas previstas no artigo
eventualmente devidos, ou ainda, se de qualquer ou- 31 e seguintes da Lei Municipal nº 10.985, de 29 de
tra natureza prevista em Lei. outubro de 2014, aplicam-se independentemente das
Capítulo IV sanções civis e penais.
DAS OBRIGAÇÕES DO PERMISSIONÁRIO Art. 28 Contra a aplicação das penalidades previstas
na Lei Municipal nº 10.985, de 29 de outubro de 2014,
Art. 22 Além das obrigações constantes do artigo 20 caberá apresentação de defesa escrita, com efeito
da Lei Municipal nº 10.985, de 29 de outubro de 2014, suspensivo, dirigida ao Colégio Recursal (Decreto nº
bem como, proibições expressas no artigo 24 da mes- 22.868, de 19 de junho de 2017) no prazo de 10 (dez)
dias contado do recebimento do Auto de Infração.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
60
Art. 30 Nos termos do artigo 36 da Lei 10.985, de 29 (dez por cento) do valor venal do metro quadrado da
de outubro de 2014, a apreensão de equipamentos e respectiva quadra constante da Planta Genérica de
mercadorias ocorrerá nos seguintes casos: Valores, calculado por metro quadrado de área pú-
I - comercializar ou manter em seu equipamento pro- blica aprovada para uso do permissionário, de acordo
dutos sem inspeção, alterados, adulterados, fraudados com a seguinte fórmula P = a.(x). PGV. (x). 0,10, onde:
e ainda, sem procedência certa e conhecida legalmen- I - “P” é o preço público por ano;
te, e com prazo de validade vencido; II - “a” é a área pública total ocupada pelo permissio-
II - utilizar equipamento sem a devida permissão ou nário; e
modificar as condições de uso determinados pela Lei III - “PGV” é o valor do metro quadrado da respectiva
ou aquelas fixadas pela vigilância sanitária; quadra, de acordo com a Planta Genérica de Valores.
III - o vendedor atuar sem permissão ou com permis- § 1º O preço público resultante da aplicação da fór-
são vencida. mula prevista neste artigo terá o valor mínimo de
IV - Se posicionar em locais não autorizados, compro- 241,83 (duzentos e quarenta e um reais e oitenta e
metendo a segurança viária. três centavos) reais.
§ 1º A devolução das mercadorias apreendidas será § 2º O valor mencionado no parágrafo anterior será
feita mediante o pagamento de multa prevista no § anualmente atualizado pelo Índice Nacional de Preços
2º do artigo 34 da Lei nº 10.985, de 29 de outubro ao Consumidor Amplo Especial - IPCA-E ou outro que
de 2014, no valor de R$ 300,00 (trezentos) a 3.000,00 vier a substituí-lo.
(três mil reais), conforme a gravidade da infração. § 3º Na hipótese de obtenção de mais de um ponto de
§ 2º A devolução das mercadorias apreendidas será permissão de uso por franquia conforme § 3º do artigo
feita mediante o pagamento da taxa de apreensão e 14 deste Decreto, o preço público referido neste artigo
estocagem e apresentação do termo de apreensão até deverá ser calculado com base na soma de ambos os
05 (cinco) dias úteis contados da data da ocorrência. locais. (Revogado pelo Decreto nº 23.264/2017)
§ 3º Decorrido o prazo do § 2º deste artigo, as mer- Art. 33 No primeiro ano de concessão o preço público
cadorias apreendidas serão doadas às instituições de
será pago de uma só vez e será condição para retirada
caridade da cidade, mediante recibo de doação, a ser
do Termo de Permissão de Uso.
arquivado juntamente com o termo de apreensão res-
Parágrafo único. Nos anos subsequentes, o preço pú-
pectivo.
blico poderá ser pago em até 4 (quatro) parcelas com
§ 4º Sendo as mercadorias apreendidas de rápida de-
vencimento até o último dia de cada trimestre.
terioração, o prazo para a retirada será de 24 (vinte e
quatro) horas, salvo se outro prazo não for recomen-
dado, à vista do estado ou natureza do produto, findo
Seção II
o qual, será feita avaliação das mesmas e em seguida, Do preço público do comércio de alimentos e bebi-
a distribuição a casa ou instituição de benemerência da da alcoólica durante a realização de eventos.
cidade, nos moldes do parágrafo anterior, ou em sendo
impossível, destruída para evitar o consumo impróprio. Art. 34 O preço público devido em razão do comércio
§ 5º Em caso de reincidência, as mercadorias apreen- de alimentos e bebida alcoólica durante a realização
didas pelo mesmo motivo não mais serão devolvidas de eventos (Capítulo III deste Decreto) será calcula-
ao seu proprietário, dando-se a elas o destino previsto do ao valor de 12% (doze por cento) do valor venal
nos parágrafos anteriores. do metro quadrado da respectiva quadra constante
da Planta Genérica de Valores, calculado por metro
Capítulo VI quadrado de área pública efetivamente utilizada pelo
DA FISCALIZAÇÃO evento, de acordo com a seguinte fórmula P = a.(x).
PGV. (x). 0,12, onde:
Art. 31 A fiscalização, com base nas normas higiênico- I - “P” é o preço público por ano;
-sanitárias e a apuração das infrações de natureza II - “a” é a área pública total ocupada pelo permissio-
sanitária serão exercidas pela Secretaria da Saúde - nário; e
VISA.
Parágrafo Único - A fiscalização das demais normas e III - “PGV” é o valor do metro quadrado da respectiva
exigências previstas na Lei nº 10.985, de 29 de outubro quadra, de acordo com a Planta Genérica de Valores.
de 2014, e neste Decreto será de competência da Área § 1º Caso o local de realização do evento englobe di-
de Fiscalização - SESDEC. (Redação dada pelo Decreto versos valores de metro quadrado diferente conforme
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
61
Capítulo VIII Secretário de Desenvolvimento Econômico, Traba-
DA COMISSÃO DE ANÁLISE DO COMÉRCIO AM- lho e Renda
BULANTE Publicada na Divisão de Controle de Documentos e
Atos Oficiais, na data supra.
Art. 35 A Comissão de Análise referida no artigo 16 VIVIANE DA MOTTA BERTO
deste Decreto será constituída pelos seguintes mem- Chefe da Divisão de Controle de Documentos e
bros, nomeados por Portaria do senhor Prefeito de Atos Oficiais
Sorocaba:
I - um representante da Secretaria da Fazenda - SE-
FAZ; LEI Nº 1602, DE 29 DE JUNHO DE 1.970
II - um representante do órgão executivo de trânsito
do Município; DISPÕE SÔBRE CONSTRUÇÃO E REFORMA DE MU-
III - um representante da Secretaria do Meio Ambien- ROS, GRADÍS, PASSEIOS E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
te, Parques e Jardins - SEMA;
IV - um representante da Secretaria de Mobilidade e A Câmara Municipal de Sorocaba decreta e eu pro-
Acessibilidade - SEMOB, mulgo a seguinte lei:
V - um representante da Secretaria de Planejamento e
Projetos - SEPLAN; Artigo 1º Todos os proprietários de terrenos edificados
VI - um representante da Secretaria da Saúde - SES ou não, situados em via pública beneficiada com a pa-
- VISA; vimentação asfáltica, paralelepípedos ou lajotas, exce-
VII - um representante da Secretaria de Desenvolvi- to àqueles em construção, ficam obrigados a construir,
mento Econômico, Trabalho e Renda - SEDETER; ou reformar, os respectivos muros e gradis, no alinha-
VIII - um representante da Secretaria de Segurança e mento da rua, e os passeios entre o alinhamento e o
Defesa Civil - SESDEC. meio fio. (Redação dada pela Lei nº 8757/2009) - (Ar-
tigo 1º, da Lei nº 1.602, de 29 de junho de 1970, com
IX - um representante dentre os indicados pelas enti-
redação atribuída pela Lei Municipal nº 11.075, de 6
dades privadas, sem fins lucrativos, representativa dos
de abril de 2015, declarada inconstitucional por deci-
ambulantes em âmbito municipal. (Redação acrescida
são judicial proferida pelo Órgão Especial do Tribunal
pelo Decreto nº 23.264/2017)
de Justiça de São Paulo, com trânsito em julgado, na
Parágrafo único. O Presidente da Comissão de Análise
Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 2189805-
do Comércio Ambulante será eleito entre seus mem-
16.2015.8.26.0000 (PA nº 27.428/2015)
bros a cada 01 (um) ano sendo alternadas as gestões,
§ 1º - A reforma dos muros, grades e passeios será
permitida a recondução. feita quando os existentes estiverem em mal estado de
conservação ou forem feitos de materiais e dimensões
Capítulo IX em desacordo com a presente lei.
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS § 2º - Quando se tratar de terreno em nível superior
ao do logradouro, a Prefeitura poderá exigir que o fe-
Art. 36 Aplica-se subsidiariamente aos procedimen- chamento seja feito por meio de muralha de sustenta-
tos previstos neste Decreto o disposto na Lei Muni- ção, mediante prévia licença do órgão competente, se
cipal nº 10.964, de 17 de setembro de 2014. a mesma tiver altura superior a 3 (três) metros.
Art. 37 No prazo de até 30 (trinta) dias contados da § 3º - Os muros de terrenos situados nas encostas serão
publicação deste Decreto a Comissão de Análise do de altura que não prejudique a harmonia estética do con-
Comércio Ambulante publicará, no Diário Oficial junto, considerado o observador colocado no logradouro.
do Município, Portaria com indicação: § 4º - A Prefeitura poderá exigir a redução da altura
I - dos pontos passíveis de Permissão de Uso no Mu- dos muros, já construídos para que seja atendido o
nicípio; e disposto no parágrafo anterior.
II - dos membros da comissão referida no Capítulo § 5º - O proprietário do imóvel poderá optar pelo
X deste Decreto. plantio e conservação de grama nos terrenos não
Art. 38 Este Decreto entra em vigor na data da sua edificados, hipótese em que ficará desobrigado da
publicação, ficando expressamente revogado o De- construção do muro. (Redação acrescida pela Lei nº
creto nº 22.446, de 20 de outubro de 2016. 1917/1977)
Palácio dos Tropeiros, em 3 de julho de 2017, 362º Artigo 2º Todos os terrenos não edificados, situados
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
da Fundação de Sorocaba. em vias públicas, poderão ser fechados por muros com
altura mínima de 0,40 m e, no máximo, 2,50 m, tendo
JOSÉ ANTONIO CALDINI CRESPO com referência o nível mais desfavorável, sendo que
Prefeito Municipal nas vias públicas beneficiadas com pavimentação,
ERIC RODRIGUES VIEIRA serão obrigatoriamente separados do passeio público
Secretário dos Assuntos Jurídicos e Patrimoniais pelos referidos muros, grades ou alambrados.
HUDSON MORENO ZULIANI Parágrafo Único. As cercas de grades ou alambrados,
Secretário do Gabinete Central com altura mínima de 1,20 m, deverão ser fixadas de
JOSÉ AUGUSTO DE BARROS PUPIN modo a não permitir o afrouxamento das mesmas, não
Secretário da Segurança e Defesa Civil sendo obrigatória a construção de muros de alvenaria
ROBERTO MACHADO DE FREITAS de 0,40 m. (Redação dada pela Lei nº 8609/2008)
62
Artigo 3º Todos os terrenos edificados, situados em do Tribunal de Justiça de São Paulo, com trânsito em
vias públicas, deverão ser fechados no alinhamento julgado, na Ação Direta de Inconstitucionalidade nº
por muros, grades ou alambrados com altura mínima 2075893-07.2016.8.26.0000 (PA nº 32.883/2015)
de 1,20 m e, no máximo 2,50 m, tendo como refe- Art. 7º Se a responsabilidade for do proprietário do
rência o nível mais desfavorável, salvo nos casos em imóvel ou possuidor a qualquer título, será o mesmo
que o projeto aprovado pela Prefeitura dispensar tal intimado a executar os necessários serviços de cons-
construção. trução ou conservação do passeio e muro, dentro do
Parágrafo Único. É facultado à Prefeitura autorizar prazo de 30 (trinta) dias, a contar da data do recebi-
a construção de muros, grades ou alambrados, com mento da intimação, se a testada do imóvel for de até
altura superior a 2,50 m. (Redação dada pela Lei nº 40m (quarenta) metros de comprimento, inclusive.
8609/2008) Parágrafo Único. Para proprietários de imóveis cujas
Artigo 4º Os passeios deverão ser feitos de ladrilhos testadas meçam mais que 40m (quarenta metros), os
ou outro material que for determinado pela Prefeitura, prazos contam-se em dobro. (Redação dada pela Lei
tornando obrigatório o uso da calçada padrão somen- nº 7630/2005)
te para a ZPC - Zona Comercial Principal, estabeleci- Art. 8º Se as obras não forem executadas no prazo de
da pelo artigo 10, da Lei 1.541, de 23 de dezembro de que trata esta Lei, ao infrator será aplicada a multa
1.968. (Redação dada pela Lei nº 1905/1977) de R$ 50,00 (cinquenta reais), por metro de testada
§ 1º - Os passeios terão, no sentido transversal, a de- constante do cadastro imobiliário da Prefeitura, do-
clividade de 2% (dois por cento). brados os valores em caso de reincidência. (Redação
§ 2º - Os passeios não poderão apresentar degraus, dada pela Lei nº 8541/2008)
devendo acompanhar as guias existentes. § 1º O valor da penalidade previsto no “caput” deste
§ 3º - As águas pluviais, provenientes de condutores artigo será anualmente corrigido pelo índice IPCA-E do
dos prédios ou terrenos, deverão ser encaminhadas à IBGE. (Redação dada pela Lei nº 7630/2005) (Parágrafo
“sarjeta”, mediante canalização colocada sob o pas- único transformado em primeiro pela Lei nº 9312/2010)
seio. § 2º O proprietário ou o possuidor a qualquer título
Artigo 5º As rampas dos passeios destinadas a facilitar terá o prazo de 15 (quinze) dias, contados a partir do
a entrada de veículos no interior do lote, só poderão recebimento do auto de infração ou da publicação em
ser construídas mediante licença da Prefeitura, conce- edital, para interpor recurso contra o mesmo. (Reda-
dida aos proprietários dos imóveis. ção acrescida pela Lei nº 9312/2010)
§ 1º - Nos passeios de largura igual ou superior a 2,25 § 3º Ao recurso deverá ser juntada foto e/ou declara-
(dois metros e vinte e cinco centímetros) a faixa da ção de vizinho(s), que comprove a execução do serviço
rampa devera ter no máximo, 0,50 (cinquenta centí- até o prazo final de recurso, sem prejuízo da verifica-
metros) a contar do meio fio. ção pela Fiscalização no local. (Redação acrescida pela
§ 2º - Nos passeios de largura inferior a 2,25 (dois Lei nº 9312/2010)
metros e vinte e cinco centímetros), só será permitida § 4º Comprovado pela Fiscalização que o serviço foi
o chanframento ou abaulamento do meio fio. executado até o prazo final estipulado para recurso, o
§ 3º - O pedido de licença para rampamento deverá auto de infração será cancelado. (Redação acrescida
esclarecer a posição dos postes e outros dispositivos pela Lei nº 9312/2010)
porventura existentes no passeio, no trecho em que a § 5º Após a consolidação da multa prevista no “caput”
rampa deve ser executada. do art. 8º da Lei nº 1.602, de 29 de junho de 1970,
§ 4º - A Prefeitura, tendo em vista a natureza dos com redação dada pela Lei nº 8.541, de 21 de julho de
veículos que tenham de trafegar por essas rampas, e 2008, o serviço poderá ser efetuado ou determinado
a intensidade do tráfego, indicará no ALVARÁ DE LI- pela Prefeitura, com cobrança dos custos do proprietá-
CENÇA, a espécie de calçamento que nela deverá ser rio ou possuidor a qualquer título. (Redação acrescida
adotado bem como de todo o passeio, em sua faixa pela Lei nº 9312/2010)
interessada por esse tráfego. § 6º A interposição de recurso de que trata o § 4º,
§ 5º - O rampeamento dos passeios é facultativo, sen- poderá ser realizada on-line, quando esse tipo de pro-
do, porém, proibida a colocação de cunhas ou rampas cedimento for disponibilizado e regulamentado pela
de materiais, fixos ou móveis, na sarjeta ou sobre o Prefeitura Municipal de Sorocaba. (Redação acrescida
passeio junto às soleiras do alinhamento. pela Lei nº 9312/2010)
Artigo 6º Para os efeitos desta Lei, no tocante aos pas- § 7º A Fiscalização, comprovando a execução dos ser-
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
seios, a responsabilidade pelas obras de que trata o viços, comunicará ao Setor de Cadastro para as corre-
art. 1º, caberá ao proprietário dos mesmos. ções necessárias quanto à alíquota do IPTU. (Redação
Parágrafo único. Se as referidas obras forem neces- acrescida pela Lei nº 9312/2010)
sárias em razão de danos provocados por empresas Artigo 9º Em se tratando de construção ou conser-
concessionárias de serviços públicos, a essas cabe- vação de muros e passeios danificados por conces-
rá a responsabilidade. (Redação dada pela Lei nº sionário de serviço público, fica o mesmo obrigado a
11.263/2016) executar as necessárias obras dentro de 10 (dez) dias,
(Artigo 6º, da Lei nº 1.602, de 29 de junho de 1970, a contar do término dos respectivos trabalhos, sob as
com redação atribuída pela Lei Municipal nº 11.263, penas previstas no artigo anterior.
de 15 de fevereiro de 2016, declarada inconstitucio-
nal por decisão judicial proferida pelo Órgão Especial
63
Artigo 10 - No caso de próprios do Município, ou que qüenta centímetros), considerando-se qualquer ponto
estejam sob sua guarda, sem qualquer encargo, os dos mesmos, e que não sirvam como depósitos de en-
serviços a que se refere esta lei, serão executados pela tulhos e de materiais inservíveis.
Prefeitura ou por terceiros, mediante concorrência pú- § 2º VETADO.
blica. § 3º VETADO.
Art. 11 - As intimações de que trata esta Lei serão Art. 2º O proprietário ou o possuidor de que trata o
feitas, preferencialmente, pelo carnê de IPTU e terão art. 1º será intimado para, no prazo de 15 (quinze)
validade para o exercício em que forem emitidas. (Re- dias, efetuar e manter a limpeza do terreno.
dação dada pela Lei nº 7630/2005) Parágrafo único. A intimação prevista no caput deste
Art. 12 A - (VETADO) (Acrescido pela Lei nº 5923/1999) artigo poderá ser feita pelo carnê de IPTU e terá vali-
Artigo 13 - O proprietário do imóvel, é obrigado a re- dade pelo prazo de 12 (doze) meses, contados da data
paração ou reconstrução do passeio que se faz neces- do recebimento do referido carnê. (Redação dada pela
sário em virtude de modificações impostas pela Pre- Lei nº 11.360/2016)
feitura, salvo quando ele o tenha construído há menos Art. 2º-A Durante o período de situação de emergên-
de 2 (dois) anos. cia ou calamidade pública o prazo previsto no art. 2º
Artigo 14 - o pagamento da MULTA não sana a infra- será de 48 (quarenta e oito) horas. (Redação acrescida
ção, ficando o infrator na obrigação de cumprir o que pela Lei nº 11.064/2015)
estiver disposto na intimação. Art. 3º O proprietário ou possuidor de que trata esta
Artigo 15 - A MULTA imposta de acordo com esta lei, Lei, a critério da Administração Pública Municipal,
deverá ser paga no prazo de 15 (quinze) dias do rece- também poderá ser regularmente intimado mediante:
bimento do auto respectivo. (Redação dada pela Lei nº 11.061/2015)
Parágrafo Único. Vencido o prazo para pagamento, o I - simples entrega da intimação no endereço de corres-
valor da MULTA fica sujeito à correção monetária, pe- pondência no Cadastro Imobiliário Municipal, podendo
los mesmos índices aplicados aos débitos fiscais. ser via postal ou por empresa regularmente contratada
Artigo 16 - Para os efeitos desta lei, o promitente com- para tal fim; (Redação dada pela Lei nº 11.061/2015)
prador, o cessionário e o promitente cessionário, desde II - Edital publicado na Imprensa Oficial do Município;
que imitidos na posse do imóvel, são equiparados ao (Redação dada pela Lei nº 11.061/2015)
proprietário. III - Edital amplo e geral, para todos os munícipes, pu-
Parágrafo Único. Equiparam-se também ao proprietá- blicado na Imprensa Oficial do Município e em dois
rio os locatários, os posseiros, os ocupantes ou os co- jornais locais de grande circulação, para incidência no
modatários de imóveis pertencentes à União, Estados, período compreendido entre 1º de setembro a 30 de
Municípios ou Autarquias. abril de cada ano, época de maior crescimento de ve-
Artigo 17 - Enquanto o proprietário estiver pagando getação. (Redação dada pela Lei nº 11.718/2018)
as prestações devidas pela execução de pavimentação, Art. 4º Fica estabelecida a multa correspondente a R$
porém, promover o nivelamento do terreno do passeio 3,50 (três reais e cinqüenta centavos) por metro qua-
com a guia. (Redação dada pela Lei nº 1785/1974) drado nos terrenos até 500 m² e multa de R$ 5,00 (cin-
Artigo 18 - Esta lei entrará em vigor na data de sua co reais) por metro quadrado nos terrenos com mais
publicação, revogadas as disposições em contrário. de 500 m² do lançamento cadastrado no Imposto Pre-
dial e Territorial Urbano (IPTU), caso não atendida a
Prefeitura Municipal, em 29 de junho de 1.970, intimação para a limpeza do terreno. (Redação dada
315º da Fundação de Sorocaba. pela Lei nº 8810/2009)
Art. 4º-A Em caso de reincidência, será aplicado o va-
JOSÉ CRESPO GONZALES lor da multa em dobro. (Redação acrescida pela Lei nº
(Prefeito Municipal) 10350/2012)
Parágrafo único. Será considerado reincidente o infra-
tor, que após 30 (trinta) dias da aplicação da primeira
LEI Nº 8.381, DE 26 DE FEVEREIRO DE 2008. multa, não realizar a limpeza do seu terreno. (Redação
acrescida pela Lei nº 11.718/2018)
Art. 5º O proprietário ou o possuidor terá o prazo de
DISPÕE SOBRE A LIMPEZA DE TERRENOS BALDIOS 05 (cinco) dias contados a partir do recebimento do
NO MUNICÍPIO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. auto de infração para interpor recurso contra o mes-
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
64
calizações durante o exercício para comprovação do VITOR LIPPI
cumprimento das condições estabelecidas no Art. 1º Prefeito Municipal
da presente Lei. MARCELO TADEU ATHAYDE
§ 3º Ao final do exercício no qual foram emitidos os Secretário de Negócios Jurídicos
autos suspensos, que não foram objetos de reclama- FERNANDO MITSUO FURUKAWA
ções ou de fiscalização preventiva da Prefeitura, serão Secretário de Finanças
automaticamente cancelados. JOSÉ ANTONIO BOLINA
§ 4º Comprovado a qualquer tempo após o período Secretário de Obras e Infra-Estrutura Urbana
de suspensão do Auto de Infração o não cumprimen- MARIA APARECIDA RODRIGUES
to das disposições constantes no Art. 1º, a suspensão Chefe da Divisão de Controle de Documentos e
mencionada no § 2º será cancelada, e emitida a multa Atos Oficiais
correspondente, sendo a mesma enviada para o pa-
gamento.
§ 5º Após a consolidação da multa prevista no § 4º, LEI Nº 10.307, DE 17 DE OUTUBRO DE 2012.
a limpeza poderá ser efetuada ou determinada pela
Prefeitura, com cobrança dos custos correspondentes DISPÕE SOBRE A PROIBIÇÃO DE OBSTRUÇÃO DE
do proprietário ou possuidor a qualquer título, inde- CALÇADAS E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
pendentemente do disposto no § 2º do Art. 1º desta Projeto de Lei nº 243/2011 - autoria do Vereador BE-
Lei. NEDITO DE JESUS OLERIANO.
6º Fica facultada aos proprietários ou possuidores dos A Câmara Municipal de Sorocaba decreta e eu pro-
terrenos de que tratam esta Lei a apresentação tri- mulgo a seguinte Lei:
mestral de fotos, ou quaisquer meios de prova de que
sua propriedade esteja limpa, aceitas pela fiscalização Art. 1º Fica proibida a obstrução das calçadas de nos-
com o qual o proprietário poderá se isentar da ação sa cidade com floreiras, mesas, cadeiras, ou quaisquer
fiscalizatória. outros tipos de obstáculos que dificultem a passagem
§ 7º A interposição de recurso de que trata o caput dos pedestres.
Art. 2º Nas calçadas onde o piso for inteiramente de
deste artigo pode ser realizada on-line, quando esse
gramado fica obrigatória a implantação de uma pas-
tipo de procedimento for disponibilizado e regulamen-
sarela de concreto para circulação adequada e segura
tado pela Prefeitura Municipal de Sorocaba.
dos cadeirantes e transeuntes.
§ 8º Nos casos em que a situação do imóvel ofereça
Art. 3º O uso das calçadas e áreas públicas pelos co-
riscos à saúde ou à segurança pública, fica facultado,
merciantes, nos termos desta Lei, somente poderá ser
à Prefeitura de Sorocaba, efetuar sua limpeza, atra-
permitido pelo prazo máximo de três anos, renovável
vés do setor competente, independente de intimação
quando requerida, por igual período, mediante paga-
ou multa, após parecer da Secretaria da Segurança mento da Taxa de Uso da Área Pública.
Comunitária ou Secretaria da Saúde. (Redação acres- § 1º A solicitação deverá ser encaminhada através de
cida pela Lei nº 9122/2010) (Revogado pela Lei nº requerimento à Secretaria de Obras, a qual deverá
10350/2012) conter os requisitos estabelecidos nesta Lei.
§ 9º Para os casos previstos no § 8º, que não tenham § 2º A autorização será concedida e prorrogada, desde
sido emitido multa, a mesma será lavrada indepen- que comprovadas as exigências desta Lei.
dentemente de intimação. (Redação acrescida pela Lei § 3º Fica instituída a Taxa de Uso da Área Pública no
nº 9122/2010) (Revogado pela Lei nº 10350/2012) valor de R$ 1,50 (um real e cinquenta centavos) por
Art. 6º Fica estabelecida a multa no valor de R$ 300,00 metro quadrado multiplicado pela quantidade de dias
(trezentos reais) por metro cúbico de lixo e/ou entulho em que se pretende utilizar o espaço público, conforme
a quem lançá-los em terrenos baldios, próprios ou de fórmula a seguir: (R$ 1,50) x (área autorizada) x
terceiros. (quantidade de dias) = Taxa Anual.
Parágrafo Único. Na falta de identificação do infrator, § 4º A alíquota prevista no parágrafo anterior será
o proprietário ou possuidor é solidário pela obrigação. atualizada, anualmente, pela SELIC (Sistema Especial
Art. 6º-A O valor da multa prevista no artigo 6º desta de Liquidação e de Custódia) ou em caso de extinção,
Lei será anualmente atualizado pelo Índice Nacional será substituída por aquela que vier a ser utilizada
de Preços ao Consumidor Amplo Especial - IPCA-E ou pela Fazenda Federal. (Redação dada pela Lei nº
outro que vier a substituí-lo. (Redação acrescida pela 11.496/2017)
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Lei nº 11.718/2018) Art. 3º-A Para aplicação desta Lei, a calçada deverá
Art. 7º As despesas com a execução da presente Lei ter largura mínima de 1,50 (um e meio) metro. (Reda-
correrão por conta das verbas próprias consignadas ção acrescida pela Lei nº 11.496/2017)
no orçamento. § 1º A utilização deverá ser parcial, respeitando
Art. 8º Esta Lei entra em vigor na data de sua publica- corredor mínimo para passagem de pedestres de
ção, ficando expressamente revogadas a Lei nº 6.508, forma a atender as normas de acessibilidade da ABNT.
de 11 de dezembro de 2001, e a Lei nº 7.492, de 16 de (Redação dada pela Lei nº 11.542/2017)
setembro de 2005. § 2º Fica obrigatório aos responsáveis pelo imóvel a
execução, a manutenção e conservação dos respectivos
Palácio dos Tropeiros, em 26 de Fevereiro de 2008, passeios na extensão correspondente a sua testada.
353º da Fundação de Sorocaba. (Redação acrescida pela Lei nº 11.496/2017)
65
§ 3º Considerar-se-á cumpridas às exigências no § 2º É um absurdo enquanto pessoas sentam e bebem
a calçada que não apresentar buracos, ondulações e nas calçadas, nossos filhos, nossos idosos andam pelo
desníveis. (Redação acrescida pela Lei nº 11.496/2017) meio da rua.
§ 4º Nas calçadas onde o piso for inteiramente de Peço aos Nobres Colegas a aprovação do presente
gramado fica obrigatória a implantação de uma Projeto, que irá beneficiar muito a população de nossa
passarela de concreto para circulação adequada cidade.
e segura dos transeuntes e cadeirantes. (Redação
acrescida pela Lei nº 11.496/2017)
Art. 4º O não cumprimento da presente Lei acarretará LEI Nº 10.475, DE 14 DE JUNHO DE 2013.
ao infrator:
I - notificação pelo setor competente para regulariza- DISPÕE SOBRE A PROTEÇÃO DO ENTORNO DE FER-
ção no prazo máximo de 15 (quinze) dias; ROVIAS NO MUNICÍPIO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
II - multa de R$ 2.000,00 (dois mil reais), no caso de Projeto de Lei nº 51/2013 - autoria do Vereador JOSÉ
descumprimento do prazo previsto no inciso I deste ANTONIO CALDINI CRESPO.
artigo para regularização. A Câmara Municipal de Sorocaba decreta e eu pro-
§ 1º O setor competente da Prefeitura, ficará mulgo a seguinte Lei:
responsável por efetuar a avaliação para o deferimento
ou negativa do requerimento, a qual deverá ser Art. 1º As ferrovias que cruzam a zona urbana de
baseada no parecer técnico do setor competente que Sorocaba deverão proteger os munícipes na faixa de
declarará a existência ou não de acessibilidade aos domínio de suas atividades.
transeuntes nos termos estabelecidos desta Lei. Parágrafo Único - Para os fins de que trata o caput
§ 2º Os processos de solicitação, deverão conter parecer deste artigo, as ferrovias deverão, no âmbito do Mu-
técnico declarando a existência de acessibilidade nicípio:
aos transeuntes, nos termos estabelecidos nesta Lei. I - sinalizar o tráfego de máquinas sobre os trilhos e o
(Redação dada pela Lei nº 11.496/2017) perigo da malha ferroviária;
Art. 5º Na reincidência a multa será em dobro. II - instalar, sinalizar e manter o funcionamento de
Art. 6º As despesas com a execução da presente Lei cancelas nas travessias com passagem em nível nos
correrão por conta de verba orçamentária própria. cruzamentos com vias públicas;
Art. 7º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. III - manter manutenção e conservação periódica de
toda extensão de linha férrea no Município, tais como:
Palácio dos Tropeiros, em 17 de Outubro de 2012, limpeza de detritos, capina e roçagem na sua faixa de
358º da Fundação de Sorocaba. domínio;
IV - vedar ou isolar com muros ou alambrados os li-
VITOR LIPPI mites de sua faixa de domínio, ao longo da via per-
Prefeito Municipal manente, impedindo o acesso de pessoas não auto-
LUIZ ANGELO VERRONE QUILICI rizadas, e prestar manutenção permanente a esses
Secretário de Negócios Jurídicos aparatos;
ANESIO APARECIDO LIMA V - evitar o tráfego noturno de material rodante,
Secretário de Governo e Relações Institucionais das 22 horas às 6 horas da manhã, ou fazê-lo com
VALMIR DE JESUS RODRIGUES ALMENARA proteção acústica de maneira que o ruído resultante
Secretário de Planejamento e Gestão não ultrapasse 55 decibéis nas moradias lindeiras.
ROBERTO MONTGOMERY SOARES Art. 2º O não cumprimento desta Lei, acarretará à
Secretário da Segurança Comunitária Ferrovia infratora a aplicação de multa no valor de R$
Publicada na Divisão de Controle de Documentos e 5.000,00 (cinco mil reais) para cada fato gerador, valor
Atos Oficiais, na data supra. este que será duplicado em caso de reincidência, sem
SOLANGE APARECIDA GEREVINI LLAMAS prejuízo de responsabilizações cíveis e criminais.
Chefe da Divisão de Controle de Documentos e Atos Art. 3º As despesas decorrentes da execução desta Lei
Oficiais correrão por conta de verba orçamentária própria.
Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua
publicação.
JUSTIFICATIVA Palácio dos Tropeiros, em 14 de Junho de 2013, 358º
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
da Fundação de Sorocaba.
Senhores Vereadores, nossa cidade com mais de
600 mil habitantes é conhecida como a cidade onde o ANTONIO CARLOS PANNUNZIO
povo anda pelo meio da rua. Prefeito Municipal
Os motivos são muitos, calçadas com degraus, ANESIO APARECIDO LIMA
árvores enormes, avanço de muros e o pior: mesas e Secretário de Negócios Jurídicos
cadeiras de bares e lanchonetes atrapalhando o vai e JOÃO LEANDRO DA COSTA FILHO
vem do povo. Secretário de Governo e Relações Institucionais
Este projeto, se aprovado inicia um processo de Publicada na Divisão de Controle de Documentos e
desobstrução de calçadas dando mais segurança aos Atos Oficiais, na data supra.
nossos filhos e a nossa gente. SOLANGE APARECIDA GEREVINI LLAMAS
66
Chefe da Divisão de Controle de Documentos e Atos LEI Nº 3444, de 3 de dezembro de 1990.
Oficiais
TERMO DECLARATÓRIO DISPÕE SOBRE A TAXA DE FISCALIZAÇÃO DE INSTA-
A presente Lei nº 10.475, de 14 de Junho de 2013, foi LAÇÃO E DE FUNCIONAMENTO E DÁ OUTRAS PROVI-
afixada no átrio desta Prefeitura Municipal de Soro- DÊNCIAS.
caba/Palácio dos Tropeiros, nesta data, nos termos do
art. 78, § 4º, da L.O.M. A Câmara Municipal de Sorocaba, decreta e eu pro-
Palácio dos Tropeiros, em 14 de Junho de 2013. mulgo a seguinte lei:
SOLANGE APARECIDA GEREVINI LLAMAS
Chefe da Divisão de Controle de Documentos e Atos Capítulo I
Oficiais TAXA DE FISCALIZAÇÃO DE INSTALAÇÃO E DE
FUNCIONAMENTO
JUSTIFICATIVA: SEÇÃO I
DA INCIDÊNCIA
Inicialmente, cumpre esclarecer que referido Proje-
to de Lei não tem o condão de querer regulamentar os Art. 1º Fica instituída a Taxa de Fiscalização de Ins-
serviços prestados pela ferrovia, nem tão pouco impor talação e de Funcionamento que incide sobre o
sanções ou criar atribuições específicas a elas. exercício por pessoa física ou jurídica de atividade
Frise-se, que as normas de segurança previstas neste comercial,industrial, imobiliária em geral, agropecuá-
Projeto de Lei, não se confundem com aquelas “normas ria e de prestação de serviços em geral, e será cobrada
de segurança para o transporte ferroviário” do Decreto em decorrência das atividades municipais de fiscaliza-
Federal nº 1.832, de 4 de Março de 1996, que visam à ção e de ocupação do solo urbano.
preservação do patrimônio da empresa, visam à garantia
Parágrafo Único. A taxa não incide nas hipóteses pre-
da regularidade e da normalidade do tráfego e a integri-
vistas na Constituição Federal, observado, sendo o
dade dos passageiros.
caso, o disposto na legislação complementar.
Art. 2º A incidência e o pagamento da taxa independem:
Não há na Constituição Federal, nem tão pouco no
I - do cumprimento de quaisquer exigências legais, re-
mencionado Decreto Federal nº 1.832/1996, qualquer
gulamentares ou administrativas;
norma de proteção do entorno por onde a ferrovia pas-
II - de licença, autorização, permissão ou concessão,
sa pelas zonas urbanas, como é o caso de Sorocaba. Não
existem essas normas porque não são do interesse federal, outorgadas pela União, Estado ou Município;
nem das concessionárias, nem dos clientes ferroviários. III - de estabelecimento fixo ou de exclusividade, no
Essas normas são do legítimo interesse das municipa- local onde é exercida a atividade;
lidades e dos cidadãos que vivem no entorno da ferrovia, IV - da finalidade ou do resultado econômico da ativi-
sofrendo com o mato, com o lixo, com o barulho ensur- dade, ou da exploração dos locais;
decedor durante a madrugada e com o risco de aciden- V - do efetivo funcionamento da atividade ou da efe-
tes de todos os tipos. tiva utilização dos locais;
O descaso da Ferrovia, a qual não se considera res- VI - do caráter permanente, eventual ou transitório da
ponsável pelo que acontece dentro da sua faixa de domí- atividade;
nio ou em sua vizinhança e o mau estado de conservação VII - do pagamento de preços, emolumentos e quais-
da malha ferroviária que corta a cidade são motivos de quer importâncias eventualmente exigidas, inclusive
constantes reclamações e insegurança dos munícipes. para expedição de alvarás ou vistorias.
Artigo 30 da Constituição Federal garante competên- Art. 3º Para efeito de incidência da taxa consideram-
cia aos municípios para legislar sobre assuntos de in- -se estabelecimentos distintos:
teresse local e controlar o uso do solo urbano. I - os que, embora no mesmo local e com idêntico
ramo de atividade, ou não, pertençam a diferentes
Não pode o Município imiscuir-se ou ingerir a res- pessoas físicas ou jurídicas;
peito da organização e das formas como o serviço II - Os que, embora com idêntico ramo de atividade e sob a
ferroviário é prestado, pois isso é prerrogativa federal mesma responsabilidade, estejam situados em prédios dis-
e da respectiva Agência reguladora. Mas pode sim, e tintos ou em locais diversos, ainda que no mesmo imóvel.
deve o Município exigir o devido respeito dessa con-
cessão Federal à segurança e conforto de seus habi- SEÇÃO II
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
67
do Estado de São Paulo, ou em Cartório, estará isenta § 1º O poder público municipal poderá promover, de
da Taxa de Fiscalização de Instalação e de Funciona- ofício, inscrição ou alterações cadastrais sem prejuízo
mento no ano do calendário civil a que corresponder da aplicação das penalidades cabíveis, quando não
o registro, independentemente do mês em que ocorrer. efetuadas pelo sujeito passivo ou, em tendo sido, apre-
Parágrafo Único. A pessoa jurídica, nas condições do sentarem erro, omissão ou falsidade. (Parágrafo Único
“caput”, deverá apresentar o protocolo do pedido de transformado em § 1º pela Lei nº 4124/1992)
enquadramento como microempresa (ME) junto à Re- § 2º Nos casos de inclusão, transferência, alteração ou
ceita Federal do Brasil, para efetivar a isenção, até a encerramento de atividades, será devida a Taxa de for-
data de vencimento da Parcela Única ou primeira par- ma proporcional e trimestral, considerando-se trimes-
cela do carnê do tributo. (Redação acrescida pela Lei tre qualquer fração de mês dele integrante, ainda que
nº 9430/2010) 01 (um) dia. (Redação dada pela Lei nº 5528/1997)
Art. 4º B - O profissional liberal ou autônomo de es- Art. 9º A taxa será lançada anualmente, em nome do
pecialização técnica que exercer atividades em esta- sujeito passivo, com base nos dados constantes do ca-
belecimento estará isento da Taxa de Fiscalização de dastro municipal.
Instalação e de Funcionamento no ano do calendário Parágrafo Único. Nos casos em que a incidência não
civil a que corresponder seu registro junto ao Conse- for anual, o sujeito passivo deverá calcular o valor da
lho de fiscalização de sua atividade, independente do taxa, recolhendo-a na forma e prazos regulamentares,
mês em que ocorrer. (Redação acrescida pela Lei nº independentemente de prévia autorização.
9430/2010) Art. 10 - O poder público municipal poderá efetuar o
lançamento da taxa em conjunto ou separadamente
SEÇÃO III com o de outras taxas ou de Imposto Sobre Serviços
DO CÁLCULO de Qualquer Natureza.
68
I - Notificação ao infrator, cientificando-o da neces- LEI Nº 8354, DE 27 DE DEZEMBRO DE 2007.
sidade de regularização de sua situação, sob pena de
autuação; DISPÕE SOBRE O CONTROLE DE POPULAÇÕES ANI-
II - Perdurando a infração, autuação e notificação, MAIS, BEM COMO SOBRE A PREVENÇÃO E CONTROLE
cientificando da sujeição `a nova autuação, em dobro, DE ZOONOSES NO MUNICÍPIO DE SOROCABA E DÁ OU-
caso não regularize a situação; TRAS PROVIDÊNCIAS.
III - Ainda perdurando a infração, autuação e notifi- Projeto de Lei nº 230/2007 - autoria do Vereador HÉ-
cação, cientificando da necessidade de encerramento LIO APARECIDO DE GODOY.
das atividades, sob pena de lacração do estabeleci- A Câmara Municipal de Sorocaba decreta e eu pro-
mento; mulgo a seguinte Lei:
IV - Não cessando as causas que deram origem `as
autuações e não atendidas as notificações, lacração Capítulo I
do estabelecimento; DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
§ 1º Não será iniciado novo procedimento antes de
quinze dias contados da ação anterior, sendo este o Art. 1º Esta Lei dispõe sobre normas para a prevenção
prazo de recurso contra a ação fiscal levada a efeito. de zoonoses e para o bem-estar animal.
§ 2º Eventualmente, o Fisco Municipal poderá ser ins- Art. 2º As ações de controle de zoonoses e bem-estar
tado a proceder `a lacração de estabelecimento. (Re- animal serão realizadas de forma articulada com as
dação dada pela Lei nº 4989/1995) demais ações de vigilância em saúde, especialmente
Art. 15 - As infrações `as disposições contidas nesta Lei vigilância sanitária e epidemiológica, assim como com
serão punidas com os seguintes valores: as demais ações que visem a garantia de um meio
a) multa de 200 (duzentas) UFIR aos que deixarem de ambiente ecologicamente equilibrado.
efetuar, nos prazos fixados no Artigo 8º, a inscrição Art. 3º Todas as ações e programas do município de
inicial, as alterações de dados cadastrais ou o en- Sorocaba relativos ao controle das zoonoses devem ter
cerramento de atividade. (Redação dada pela Lei nº como objetivo a melhor conciliação entre a saúde da
5793/1998) população e o meio ambiente.
b) Multa de 250 (duzentas e cinquenta) Unidades Fis- Art. 4º As ações reguladas por esta Lei levarão em
cais do Município se Sorocaba, aos contribuintes que consideração a garantia de proteção contra os riscos
promoveram alterações de dados cadastrais ou encer- potenciais que, de acordo com o estágio atual do co-
ramento de atividade, quando ficarem evidenciadas nhecimento científico, não podem ser ainda identifi-
não terem ocorrido as causas que ensejaram essas cados com segurança, porém podem ensejar a ocor-
modificações cadastrais. (Redação dada pela Lei nº rência de danos sérios ou irreversíveis à vida, à saúde
4989/1995) e ao meio ambiente.
Parágrafo Único. Além do princípio da precaução,
SEÇÃO VII formulados no caput, são princípios que norteiam as
DISPOSIÇÕES GERAIS ações de controle de zoonoses:
I - prevenção, redução e eliminação da morbidade e
Art. 16 - O lançamento ou pagamento da taxa não a mortalidade, bem como dos sofrimentos humanos e
importa no reconhecimento da regularidade da ati- animais causados pelas zoonoses;
vidade. II - preservação da saúde da população, mediante o
Art. 17 - O Alvará de Licença para Instalação e Fun- emprego dos conhecimentos especializados e experi-
cionamento será conservado em local bem visível no ências da Saúde Pública Médica e Médica Veterinária.
estabelecimento. Art. 5º São objetivos das ações de controle de zoono-
ses e bem-estar animal:
Art. 18 - O lançamento da taxa de que trata esta Lei I - controlar os fatores biológicos condicionantes dos
será efetuado em até 8 (oito) parcelas, sendo que estas riscos de transmissão, tais como:
não serão inferiores a 10 (dez) UFMS. a) vetores;
Art. 19 - Ficam revogados expressamente os artigos b) hospedeiros;
nºs 91 a 119 e 139 a 148 da Lei nº 1444/66. c) reservatórios;
Art. 20 - Esta lei entrará em vigor na data de sua pu- d) animais sinantrópicos indesejáveis;
blicação, revogadas as disposições em contrário. II - preservar a saúde e o bem-estar da população
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
69
I - ZOONOSE - Infecção ou doença infecciosa trans- XV - FAUNA EXÓTICA - todos aqueles animais per-
missível naturalmente entre animais vertebrados e tencentes às espécies cuja distribuição geográfica não
invertebrados e o homem e vice-versa; inclui o território brasileiro e que foram nele introduzi-
II - AUTORIDADE SANITÁRIA - Médicos Veterinários, das pelo homem, inclusive às espécies domésticas, em
Biólogos, Agentes de Vigilância Sanitária e outros pro- estado asselvajado. Também são consideradas exóti-
fissionais de áreas afins, lotados no Órgão Sanitário cas as espécies que tenham sido introduzidas fora das
Responsável pelo Controle de Zoonoses; fronteiras brasileiras e suas águas jurisdicionais e que
III - ÓRGÃO SANITÁRIO RESPONSÁVEL - A Seção de tenham entrado espontaneamente em território bra-
Controle de Zoonoses, da Secretaria da Saúde, da Pre- sileiro;
feitura de Sorocaba; XVI - COLEÇÕES LÍQUIDAS - qualquer quantidade de
IV - ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO - todos aqueles animais água parada;
pertencentes às espécies da fauna silvestre, exótica, XVII - RESGATE - ato de recuperação do animal reco-
doméstica ou domesticada mantidos em cativeiro pelo lhido pelo Centro de Controle - CCZ, pelo seu legítimo
homem para entretenimento próprio, sem propósito proprietário ou por seu responsável;
de abate e reprodução; XVIII - ADOÇÃO - forma de aquisição de animais
V - ANIMAIS DE USO ECONÔMICO - As espécies do- apreendidos que se encontrarem sob a guarda do
mésticas, criadas, utilizadas ou destinadas à produção Órgão Sanitário Responsável pelo Controle de Zoono-
econômica; ses - CCZ, desde que decorrido o prazo de resgate e
VI - ANIMAIS SINANTRÓPICOS - As espécies que, in- mediante declaração do interessado de que manterá
desejavelmente, coabitam com o homem, tais como o animal vivo e bem cuidado, sem que ofereça risco à
os roedores, as baratas, as moscas, os pernilongos as população;
pulgas e outros; XIX - DOAÇÃO - ato de transferir definitivamente a
VII - ANIMAIS SOLTOS - Todo e qualquer animal er- posse de animal que se encontrar sob a guarda do
rante, encontrado sem qualquer processo de conten- Órgão Sanitário Responsável pelo Controle de Zoo-
noses - CCZ, a pessoas físicas ou jurídicas, desde que
ção;
decorrido o prazo de resgate e mediante declaração
VIII - ANIMAL DOMÉSTICO - todos aqueles animais
de que o responsável manterá o animal vivo e bem
pertencentes às espécies que originalmente possuí-
cuidado;
am populações em vida livre e que acompanharam a
XX - REINSERÇÃO - devolução de animal sem proprie-
evolução e o deslocamento da espécie humana pelo
tário ao ambiente onde foi apreendido, quando apa-
planeta e que por ela foram melhorados do ponto de
rentemente sadio e bem aceito pela população local
vista genético e zootécnico ao ponto de viverem em
(animal de comunidade), após devida esterilização ci-
estreita dependência ou interação com comunidades rúrgica, vacina e iniciação de programa de desvermi-
ou populações humanas. Os espécimes ou populações nização, desde que haja um responsável identificado
silvestres dessas espécies podem ainda permanecer documentalmente na comunidade e que se compro-
em vida livre; meta a concluir referido programa;
IX - ANIMAIS APREENDIDOS - Todo e qualquer ani- XXI - EUTANÁSIA - é um procedimento médico veteri-
mal capturado por servidores do Centro Municipal de nário não cruel e indolor com a finalidade de diminuir
Controle de Zoonoses, da Secretária da Saúde, com- o sofrimento animal e/ou proteger a saúde humana;
preendendo desde o instante da captura, seu trans- XXII - MANEJO ETOLÓGICO - entendido como a me-
porte, alojamento nas dependências dos depósitos de lhor forma de manipular um animal considerando-se
animais e destinação final; a anatomia, comportamento e necessidades.
X - ABRIGOS MUNICIPAIS DE ANIMAIS - As dependên-
cias apropriadas do Órgão Sanitário Responsável pelo Capítulo II
Controle de Zoonoses, da Secretaria da Saúde, para DO REGISTRO DE ANIMAIS
alojamento e manutenção dos animais apreendidos;
XI - CÃES MORDEDORES VICIOSOS - Os causadores Art. 7º Todos os animais canídeos e felinos residentes
de mordeduras a pessoas ou outros animais, em lo- no município de Sorocaba deverão ser registrados no
gradouros públicos ou não, de forma repetida; órgão municipal responsável pelo controle de Zoonoses.
XII - CONDIÇÕES INADEQUADAS - A manutenção de Parágrafo Único. Ficam isentos da necessidade de re-
animais em contato direto ou indireto com outros ani- gistro junto à Prefeitura do Município de Sorocaba os
mais portadores de doenças infecciosas ou zoonoses, animais de propriedade das Forças Armadas, Polícia
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ou, ainda, em alojamentos de dimensões inapropria- Militar, Zoológicos e criadores conservacionistas legal-
das a sua espécie e porte ou sem as mínimas condi- mente estabelecidos.
ções de higiene; Art. 8º A Prefeitura do Município de Sorocaba estabe-
XIII - ANIMAIS SELVAGENS - Os pertencentes às espé- lecerá preços públicos para:
cies não domésticas; I - identificação por meio de chip eletrônico, tatuagem
XIV - ANIMAIS SILVESTRES - todos aqueles animais ou por outro meio adequado de identificação;
pertencentes às espécies nativas, migratórias e quais- II - fornecimento de documento do animal para o pro-
quer outras, aquáticas ou terrestres, que tenham todo prietário;
ou parte de seu ciclo de vida ocorrendo dentro dos III - fornecimento de segunda via do certificado de re-
limites do território brasileiro, ou em águas jurisdicio- gistro ou da plaqueta de identificação.
nais brasileiras;
70
Art. 9º O procedimento para registro de animais será VI - identificação do estabelecimento, através da ra-
estabelecido no regulamento desta Lei. zão social ou nome fantasia, endereço completo e nú-
mero de registro no CRMV.
Capítulo III
DA VACINAÇÃO Capítulo IV
DA POSSE RESPONSÁVEL DO PROPRIETÁRIO DE
Art. 10 Todo proprietário de animal é obrigado a vaci- ANIMAIS
nar seu cão e gato contra a raiva, observando para a
revacinação o período recomendado pelo laboratório Art. 12 Os proprietários são responsáveis por todos
responsável pela vacina utilizada. os cuidados necessários a seus animais, inclusive pela
§ 1º Os animais deverão ser permanentemente imuni- garantia da prestação a eles de quaisquer atendimen-
zados contra a raiva. tos médico-veterinários.
§ 2º O órgão responsável pelo Controle de Zoonoses § 1º Os proprietários encaminharão seus animais ao
deverá realizar, na forma do regulamento desta Lei, órgão municipal responsável pelo Controle de Zoo-
campanhas de vacinação gratuitas de cães e gatos. noses somente em casos de comprovada suspeita de
§ 3º A falta de campanhas de vacinação não exclui raiva ou outra doença de interesse da saúde pública,
qualquer responsabilidade do proprietário do animal assim definida em regulamento.
pela manutenção de sua imunização. § 2º Aos proprietários incumbe arcar com os custos
§ 4º Havendo epidemia de qualquer zoonose que pos- de todos e qualquer tratamento indicado pelo médico
sa ser prevenida por vacina, os proprietários ficam veterinário, ainda que seja de eutanásia.
obrigados a efetuar a devida imunização, conforme Art. 13 São vedadas as seguintes condutas:
protocolos técnicos a serem seguidos. I - a permanência de animais soltos nas vias e logradou-
§ 5º Ficam as clínicas e consultórios veterinários obri- ros públicos ou em locais de livre acesso ao público, exce-
gados a repassar mensalmente o número de animais to quando forem especialmente dedicados aos animais;
vacinados contra a raiva ao órgão municipal respon- II - o passeio de cães nas vias e logradouros públicos,
sável pelo Controle de Zoonoses. exceto com o uso adequado de coleira e guia, e con-
Art. 11 O comprovante de vacinação fornecido pelo duzidos por pessoa com idade e força suficientes para
órgão municipal responsável pelo Controle de Zoono- controlar os movimentos do animal;
ses, assim como a carteira de vacinação emitida por III - abandonar animais em qualquer área pública ou
médico veterinário particular, poderão ser utilizados privada;
para comprovação da vacinação anual contra a raiva. IV - utilizar animais feridos, enfraquecidos ou doentes
Parágrafo Único. Do certificado de vacinação forneci- em veículos de tração animal;
do pelo médico veterinário deverão constar as seguin- V - deixar de utilizar o sistema de frenagem ou deixar
tes informações, sem prejuízo de outras que sejam exi- de acioná-lo especialmente quando for descer ladei-
gidas pela legislação e regulamento incidente. ras, em veículo de tração animal;
I - identificação do proprietário, através dos seguintes VI - criar, guardar ou manter quaisquer animais que,
dados pessoais: em face da sua espécie, quantidade ou da improprie-
a) nome; dade das instalações, causem insalubridade ou incô-
b) número de inscrição no registro geral (RG); modos à vizinhança;
c) número de inscrição no Cadastro de Pessoa Física VII - possuir, salvo nas hipóteses de canil ou gatil, mais
(CPF); de 10 (dez) animais, entre cães e gatos, com idade su-
d) endereço completo; perior a 90 (noventa) dias, sendo que nos casos de nú-
II - identificação do animal, através das seguintes in- mero superior ao estipulado neste inciso somente com
formações: autorização especial do CCZ.
a) nome; Parágrafo Único. Os cães mordedores e bravios so-
b) espécie; mente poderão sair às ruas devidamente contidos com
c) raça; o uso de método de contenção adequado, como guia
d) pelagem; ou similar e focinheira.
e) sexo; Art. 14 O condutor de um animal fica obrigado a reco-
f) data de nascimento ou idade, ainda que aproximada; lher os dejetos fecais eliminados pelo mesmo em vias
g) outros sinais característicos. e logradouros públicos.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
III - dados das vacinas, a saber: Art. 15 É de responsabilidade dos proprietários a ma-
a) nome; nutenção de cães, gatos e outros animais domésticos
b) número do lote; em condições adequadas de alojamento, alimentação,
c) fabricante; saúde, higiene e bem-estar, bem como a destinação
d) datas de fabricação e validade; adequada de dejetos.
IV - dados da vacinação, a saber: § 1º Os animais devem ser alojados em locais onde
a) data de aplicação; fiquem impedidos de fugir ou agredir terceiros ou ou-
b) data de revacinação; tros animais.
V - identificação e firma do Médico Veterinário, atra- § 2º Os proprietários de animais deverão mantê-los
vés de carimbo de que conste seu nome completo, nú- afastados de portões, campainhas, medidores de luz
mero de inscrição no CRMV; e água e caixas de correspondência, a fim de que
71
funcionários de empresas prestadores desses serviços II - soltos nas vias e logradouros públicos ou em locais
possam ter acesso sem sofrer ameaça ou agressão real de livre acesso ao público, quando não identificados
por parte dos animais, protegendo ainda os transeun- de pronto seus proprietários ou quando estes, a des-
tes. peito de orientados e advertidos, não tomarem a pro-
§ 3º Em qualquer imóvel onde permanecer animal vidência de recolhê-los ao domicílio.
bravio, deverá ser afixada placa comunicando o fato, III - suspeito de raiva ou outra zoonose que compro-
com tamanho compatível à leitura à distância, e em meta a saúde pública, quando houver omissão de seus
local visível ao público. proprietários de encaminhá-los para atendimento
§ 4º Constatado por autoridade sanitária do órgão médico-veterinário;
municipal responsável pelo controle de zoonoses o IV - cuja criação ou uso seja vedado nos termos desta
descumprimento do disposto no caput deste artigo ou Lei;
em seus §§ 1º a 3º caberá ao proprietário do animal V - os animais que sofrem maus tratos por seus pro-
ou animais: prietários ou prepostos.
I - intimação para a regularização da situação com Parágrafo Único. Nos casos previstos no inciso II, po-
prazo para cumprimento, estabelecido pela autorida- derá a apreensão ser efetuada por autoridade de trân-
de sanitária; sito, preferencialmente capacitada em curso de apre-
II - persistindo a irregularidade, auto de imposição de ensão e contenção de animais, com apoio da Guarda
penalidade. Municipal, sendo o animal encaminhado ao Centro de
Art. 16 O proprietário, cessionário de uso, locatário, Controle de Zoonoses.
usufrutuário, arrendatário e congêneres, ficam obri- Art. 21 Será possível a eutanásia in loco na hipótese de
gados a permitir o acesso da autoridade sanitária, animal acidentado, cuja impossibilidade de salvamen-
quando no exercício de suas funções, às dependências to, em razão da gravidade dos ferimentos, seja devida-
de alojamento do animal, sempre que necessário, bem mente atestada por profissional habilitado.
como acatar as determinações dele emanadas. Art. 22 A apreensão deverá ser realizada por profissio-
Art. 17 Em caso de morte do animal, cabe ao proprie- nais capacitados em manejo etológico, comportamen-
tário a disposição adequada do cadáver, na forma do to e bem-estar animal.
que dispuser o regulamento e demais atos aplicáveis. § 1º Os profissionais mencionados no caput deverão
§ 1º Em caso de suspeita de que a morte tenha de- atuar de forma cortês no atendimento ao público, de
corrido por doença infecciosa ou infecto contagiosa, o modo a minimizar dificuldades no desenvolvimento
proprietário poderá solicitar do Poder Público que dê das funções, reduzir a ocorrência de acidentes e sensi-
destinação adequada ao cadáver. bilizar a comunidade para que compreenda e assuma
§ 2º A clínica veterinária que estiver na posse do cadá- os conhecimentos e as posturas de boas práticas na
ver do animal fica obrigada a informar ao proprietário interação com animais.
do mesmo acerca dos cemitérios de animais eventual- § 2º Os profissionais deverão estar devidamente uni-
mente existentes no Município. formizados e identificados.
Art. 18 O proprietário do animal suspeito de ser por- § 3º Os veículos usados para apreensão deverão estar
tador de doença infecto-contagiosa e caráter zoonó- devidamente identificados com os funcionários unifor-
tico deverá submetê-lo a observação e isolamento no mizados.
Órgão Sanitário responsável pelo controle de zoono- Art. 23 O roteiro para capturas deverá ser planejado,
ses ou em local designado pelo proprietário e aprova- considerando-se horários e temperatura ambiente,
do pela autoridade sanitária, cabendo a esta última além da distância, a fim de reduzir o tempo de per-
determinar o período de observação e os procedimen- manência dos animais no veículo.
tos a serem adotados. § 1º Antes de recolherem o animal, os agentes deverão
Art. 19 Não serão permitidos em residência particular averiguar se existe proprietário ou responsável pelo
a criação, o alojamento e a manutenção de um núme- mesmo ou se o animal pertence à comunidade;
ro de animais incompatível com a posse responsável § 2º Em cada situação, deverá ser avaliado o compor-
do animal. tamento do animal a ser recolhido para a escolha da
melhor forma de manejo;
Parágrafo Único. A Autoridade Sanitária, dentre os
critérios a serem avaliados, levará em consideração as § 3º A contenção deverá ser feita, preferencialmente,
condições sanitárias do local, o espaço físico compatí- por meio de guia/corda de algodão macio, sendo que
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
vel com o número e tamanho dos animais, bem como o animal deverá ser conduzido pelo agente e nunca
as condições de sanidade dos animais. arrastado;
§ 4º O funcionário poderá optar por conduzir o ani-
Capítulo V mal no colo até o carro e então colocá-lo na caixa de
DA APREENSÃO DE ANIMAIS transporte ou posicionar a gaiola ou caixa de trans-
porte próximo ao local onde o animal se encontra
Art. 20 Serão apreendidos os seguintes animais: para conduzi-lo até o seu interior;
I - os cães mordedores viciosos, condição esta consta- § 5º Quando impossível a aproximação junto ao ani-
tada por Médico Veterinário ou comprovada mediante mal pela existência de barreiras físicas ou em razão do
dois ou mais boletins de ocorrência policial; seu comportamento arredio ou arisco, será possível a
utilização de zarabatana.
72
Art. 24 O veículo utilizado para o transporte dos ani- vacina e iniciação de programa de desverminização,
mais apreendidos deverá estar em perfeitas condições, desde que haja um responsável identificado docu-
corretamente higienizado, com carroceria fechada, na mentalmente na comunidade e que se comprometa
qual haja devida ventilação. a concluir o referido programa, em caso de animais
§ 1º Os animais deverão ser transportados em condi- silvestres e exótico a destinação deverá ser definida
ções adequadas e em pequeno número. pelo IBAMA.
§ 2º Não serão transportadas espécies diferentes no § 3º A eutanásia somente será realizada através de
mesmo compartimento do veículo. procedimento médico veterinário, não cruel e indolor,
para diminuir o sofrimento animal, realizado através
Capítulo VI de injeção letal aplicada exclusivamente por médico
DA DESTINAÇÃO DOS ANIMAIS APREENDIDOS veterinário, mediante avaliação diária dos animais.
§ 4º No caso de animais portadores de doença e/
Art. 25 Os animais aprendidos terão as seguintes des- ou ferimentos considerados graves e/ou clinicamen-
tinações, a critério do órgão sanitário responsável: te comprometidos caberá ao médico veterinário do
I - resgate; Órgão Responsável pelo Controle de Zoonoses, após
II - adoção; avaliação e emissão do laudo técnico, decidir seu des-
III - doação; tino, mesmo sem esperar o prazo estipulado no § 1º
IV - reinserção, e da Art. 27.
V - eutanásia. § 5º Não poderão ser destinados à adoção, os animais
Art. 26 O resgate é a retomada da posse do animal que ofereçam, risco à saúde, à vida ou à segurança das
pelo proprietário realizada após a cessação dos moti- pessoas conforme laudo técnico elaborado por médico
vos que deram ensejo à apreensão. veterinário.
Parágrafo Único. No ato de resgate, o proprietário de-
verá assinar um termo de responsabilidade compro- Capítulo VII
metendo-se a manter seu animal segundo preceitos CONTROLE DA NATALIDADE DE CÃES E GATOS
de propriedade, posse e guarda responsável, nos ter-
mos da legislação. Art. 29 Caberá ao Órgão Sanitário Responsável pelo
Art. 27 Os animais não resgatados serão destinados, a Controle de Zoonoses o planejamento de Programa
critério do órgão municipal responsável pelo Controle Permanente de controle reprodutivo de animais do-
de Zoonoses, nos termos dos incisos II a V do Art. 25 mésticos, por meio de educação da população e por
desta Lei. meio da promoção da execução de cirurgias de castra-
§ 1º Os animais apreendidos deverão ser mantidos no ção em cães e gatos (orquiectomia no macho e ovario-
órgão municipal de Controle de Zoonoses, pelo pra- histerectomia nas fêmeas).
zo mínimo de cinco dias úteis, contando-se o dia da 1º A Secretaria de Saúde poderá estabelecer parcerias
apreensão, sendo nesses dias tratados e recuperados para o correto desempenho da ação mencionada no
se necessário. caput deste artigo, com universidades, clínicas veteri-
§ 2º Os animais apreendidos deverão ser mantidos em nárias particulares, organizações não governamentais
instalações adequadas no Órgão Sanitário Respon- de proteção animal e outras instituições, públicas ou
sável pelo Controle de Zoonoses, conforme normas privadas, afeitas à atividade em questão.
do Ministério da Saúde, recintos higienizados, com § 2º A Secretaria de Saúde poderá repassar recursos,
proteção, contra intempéries naturais, alimentação mediante a celebração de convênios ou contratos,
adequada e separados por sexo, espécie e estado da para as instituições mencionadas no § 1º deste artigo,
saúde. delegando a estas o cumprimento das ações previstas
§ 3º A separação de animais por sexo deverá ser feita neste artigo.
com respeito a entologia da cada espécie. Art. 30 Os munícipes que queiram castrar seus ani-
Art. 28 A destinação dos animais não resgatados de- mais e que não disponham de recursos econômicos
verá obedecer às seguintes prioridades: preencherão uma ficha de intenção de castração gra-
I - adoção por particulares; tuita no órgão municipal responsável pelo Controle de
Zoonoses.
II - doação a pessoas físicas ou jurídicas, inclusive § 1º Os animais de rua capturados poderão ser castra-
entidades protetoras de animais devidamente cadas- dos após o prazo legal de permanência no Centro de
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
73
relativas à importância das vacinações, das vermifu- cial transitada em julgado, proferida em acórdão pelo
gações e do controle da população de cães e gatos, Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo,
a fim de minimizar os riscos de transmissão de zoo- na Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 2183536-
noses. 58.2015.8.26.0000 (PA nº 29.462/2007))
Parágrafo Único. Somente na zona rural serão permi-
Capítulo VIII tidos porcos, chiqueiros ou pocilgas, assim como está-
DA COMERCIALIZAÇÃO E ALOJAMENTO bulos, cocheiras, granjas avícolas e estabelecimentos
congêneres.
Art. 31 Em estabelecimentos comerciais de qualquer Art. 36 É expressamente proibida no Município de So-
natureza, a proibição ou liberação da entrada de ani- rocaba a prática de rodeio, sujeitando os infratores
mais fica a critério dos proprietários ou gerentes dos a apreensão dos animais e à multa no valor de R$
locais, obedecidas as leis de higiene e saúde. 1.000,00 (mil) reais, por animal apreendido. (Redação
§ 1º Os cães guias para deficientes visuais devem ter dada pela Lei nº 9097/2010)
livre acesso a qualquer estabelecimento, bem como Art. 37 O uso de animais eqüinos para montaria ou
aos meios de transporte público coletivo. tração deverá obedecer a critérios que não impliquem
§ 2º O deficiente visual deve portar sempre documen- esforço exagerado por parte destes animais, a serem
to, original ou em sua cópia autenticada, fornecido discriminados na regulamentação desta Lei. (Regula-
por entidade especializada no adestramento de cães mentado pelo Decreto nº 22.383/2016)
condutores. § 1º Os animais eqüinos deverão ser devidamente va-
cinados e examinados anualmente por médico-vete-
Capítulo IX rinário habilitado, que expedirá o respectivo atestado
SEMANA EDUCACIONAL DA POSSE RESPON- de saúde, constatando sua capacidade física para o
SÁVEL DE ANIMAIS DOMÉSTICOS E EDUCAÇÃO desempenho da atividade que lhe é destinada.
CONTINUADA. § 2º É proibida utilização a apresentação ou utilização
de animais em espetáculos circenses e em atividades
Art. 32 Fica instituída a Semana Educacional da Posse
de competição ou exibição de montaria, de qualquer
Responsável de Animais Domésticos no município de
prática que implique dor ou desconforto aos animais,
Sorocaba, a realizar-se na semana que anteceder a
com o objetivo de fazê-los correr ou pular.
campanha de vacinação anti-rábica.
§ 3º O não atendimento do disposto no caput após
Art. 33 O evento consiste na realização de atividades
as orientações e advertências da autoridade sanitá-
educacionais e de esclarecimento, através de debates
ria, implicará na apreensão do animal. (Redação dada
e palestras e na distribuição de material informativo
sobre a posse responsável de animais domésticos. pela Lei nº 9097/2010)
§ 1º Esta semana educacional será coordenada pelo
órgão municipal de Controle de Zoonoses, em conjun- Capítulo XI
to com outros órgãos da Prefeitura. DOS ANIMAIS SINANTRÓPICOS INDESEJÁVEIS
§ 2º As atividades serão realizadas preferencialmen-
te em escolas e espaços comunitários e poderá contar Art. 38 Aos proprietários de imóveis situados no Muni-
com o apoio e parcerias de entidades e empresas para cípio de Sorocaba ou aqueles que possuam a qualquer
a sua realização. título, compete a adoção de medidas preconizadas
Art. 34 O órgão municipal responsável pelo Controle pelo Órgão Sanitário Responsável pelo Controle de
de Zoonoses deverá promover programa de educação Zooneses, que não permitem a proliferação de ani-
continuada de conscientização da população sobre a mais da fauna sinantrópica.
posse responsável de animais domésticos e o controle Parágrafo Único. Entende-se por “os que possuam a
e eliminação de animais sinantrópicos, podendo, para qualquer título”
tanto, contar com parcerias de entidades de proteção a) cessionários de uso;
animal e ambiental e ouras organizações não gover- b) locatários;
namentais e governamentais, universidades, empresas c) usufrutuários;
públicas e/ou privadas (nacionais ou internacionais) e d) arrendatários;
entidades de classe ligadas aos médicos veterinários. e) herdeiros;
f) administradoras de imóveis;
Capítulo X g) imobiliárias.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
74
reza, gerados ou introduzidos no município de Soro- § 2º Responderá pela infração quem, por ação ou
caba, estará sujeito à fiscalização da autoridade sani- omissão, lhe deu causa, concorreu para sua prática ou
tária competente, em todos os aspectos que possam dela se beneficiou.
afetar a saúde pública. § 3º As infrações a esta lei, sem prejuízo das sanções
Art. 40 Os estabelecimentos que estoquem ou comer- de natureza civil ou penal cabíveis, serão punidas, al-
cializem pneumáticos e sucatas de qualquer natureza, ternativa ou cumulativamente, com penalidades de:
incluindo-se veículos em bom ou péssimo estado, são I - advertência;
obrigados a mantê-los permanentemente isentos de II - multa;
coleções líquidas ou de matéria orgânica, de forma a III - apreensão de produtos, equipamentos, utensílios
evitar a proliferação de insetos ou animais sinantró- e recipientes;
picos. IV - apreensão de animal;
Art. 41 Em todas as construções residenciais, comer- V - inutilização de produtos, equipamentos, utensílios
ciais e nas obras de construção civil é obrigatória a e recipientes;
drenagem permanente de coleções líquidas, origi- VI - interdição, parcial ou total, temporária ou per-
nadas ou não pelas chuvas, e destinação adequada manente, de estabelecimento, seções, dependências,
do lixo, para evitar acúmulo de matéria orgânica, de locais e veículos;
forma a impedir a proliferação de insetos ou animais VII - cancelamento de autorização para funcionamen-
sinantrópicos. to de eventos, empresas;
Parágrafo Único. Os munícipes deverão manter limpa VIII - cassação de alvará.
e tampada a caixa d`água de suas residências, para Art. 46 A advertência será aplicada sempre que as in-
evitar acúmulo de matéria orgânica, de forma a impe- frações verificadas sejam de pequena monta e não te-
dir a proliferação de insetos ou animais sinantrópicos. nham causado prejuízo a qualquer cidadão, a juízo da
Art. 42 É proibido o fornecimento de alimentos aos autoridade que impuser a penalidade. (Redação dada
animais sinantrópicos. pela Lei nº 11.404/2016)
Art. 43 Fica expressamente proibido o uso de pratos Parágrafo Único. A advertência será automaticamente
sob vasos de plantas ou similar, que permitam a pro- convertida em multa, pelo valor mínimo, caso não se-
liferação de animais sinantrópicos, também não são jam adotadas as providências necessárias à cessação
permitidas plantas cultivadas em recipientes com dos fatos que lhe deram ensejo no prazo estipulado.
água. (Revogado pela Lei nº 11.404/2016)
Parágrafo Único. São métodos que não permitem a Art. 47 A pena de multa será aplicada a juízo da au-
proliferação de animais sinantrópicos: toridade que impuser a penalidade, considerando-se
a) pratos furados; a gravidade da infração e risco à Saúde Pública, ou
b) pratos justapostos; ainda quando a houver infração às disposições des-
c) pratos envolvidos com materiais impermeáveis. ta Lei que impliquem risco iminente à Saúde Pública.
Art. 44 Os responsáveis por cemitérios são obrigados (Redação dada pela Lei nº 11.404/2016)
a exercer rigorosa fiscalização em suas áreas, deter- § 1º A pena de multa poderá ser aplicada em conjunto
minando a imediata retirada de quaisquer vasos ou com outras penas, a juízo da autoridade administra-
recipientes que contenham ou retenham água em seu tiva.
interior, permitindo o uso, apenas daqueles que não § 2º O valor da multa será de 10 (dez) a 50 (cinquen-
propiciem o acúmulo de água. ta) Unidade Fiscal do Estado de São Paulo - UFESP
devendo ser graduada pela autoridade administrativa
Capítulo XII de acordo com a gravidade da infração, o risco à Saú-
DAS SANÇÕES de Pública e a capacidade econômica do responsável
pela infração. (Redação dada pela Lei nº 11.404/2016)
Art. 45 Considera-se a infração sanitária, para fins § 3º Em caso de reincidência, a multa será sempre
desta Lei e das suas regulamentações, a desobediên- aplicada em dobro àquela anteriormente aplicada,
cia ou a inobservância ao disposto nas normas legais não incidindo, nesta hipótese, o limite máximo do va-
e regulamentos que, por qualquer forma se destinem lor da multa a que se refere o § 2º acima.
à promoção, manutenção, preservação e recuperação Art. 48 A apreensão de produtos, equipamentos, uten-
da saúde. sílios e recipientes ou de animais será aplicada sem-
§ 1º Os profissionais das equipes de Vigilância em pre que a aplicação da penalidade de multa não for
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Saúde, inseridos nas suas funções fiscalizadoras de- suficiente para determinar o fim da infração às dis-
nominadas autoridades sanitárias, Médicos Veteri- posições desta lei ou ainda quando existir, a juízo da
nários, Biólogos, Agentes de Vigilância Sanitária e autoridade, necessidade de uma intervenção sumária
outros profissionais de áreas afins, lotados no Órgão de modo a impedir a propagação de danos aos mu-
Sanitário Responsável pelo Controle de Zoonoses, são nícipes.
competentes para fazer cumprir as leis e regulamen- Parágrafo Único. A pena de apreensão será sempre
tos sanitários, expedindo termos, autos de infrações e aplicada quando o produto for considerado proibido
de imposição de penalidades, referentes à prevenção e nos termos desta Lei.
controle de tudo quanto possa comprometer a saúde. Art. 49 Será aplicada a pena de inutilização de pro-
(Redação dada pela Lei nº 11.404/2016) dutos, equipamentos, utensílios e recipientes, sempre
que a guarda dos mesmos seja considerada pela auto-
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ridade sanitária um risco à saúde da população, além Art. 60 As despesas com a execução da presente Lei
de estarem previstos os requisitos do Art. 48, caput. correrão por conta das verbas próprias consignadas
Art. 50 A pena de interdição, parcial ou total, tem- no orçamento.
porária ou permanente, de estabelecimento, seções, Art. 61 Fica expressamente revogada a Lei nº 2.690
dependências, locais e veículos e de cancelamento de 29 de junho de 1988.
de autorização para funcionamento de eventos, em- Art. 62 Esta Lei entra em vigor 30 (trinta) dias a
presas será aplicada quando da realização do evento contar da data de sua publicação.
ou atividade decorrer, de forma direita, risco à saúde
pública, ou, ainda, quando não atendidas as determi- Palácio dos Tropeiros, em 27 de Dezembro de 2007,
nações anteriormente realizadas no sentido de cessar 353º da Fundação de Sorocaba.
os riscos à saúde.
Art. 51 A cassação de alvará será aplicada sempre que VITOR LIPPI
for constatado o risco à saúde pública decorrente de Prefeito Municipal
atividades realizadas em desacordo com a autoriza- MARCELO TADEU ATHAYDE
ção administrativamente concedida ou, ainda, sem a Secretário de Negócios Jurídicos
utilização das precauções exigidas em lei ou regula- MILTON RIBEIRO PALMA
mento. Secretário da Saúde
Art. 52 As autoridades sanitárias são competentes MARIA APARECIDA RODRIGUES
para a aplicação das penalidades de que trata o Art. Chefe da Divisão de Controle de Documentos
45, ou qualquer inobservância à presente Lei.
Parágrafo Único. O desrespeito ou desacato à autori-
dade sanitária, ou ainda, a obstacularização do exercí- LEI Nº 8345, DE 27 DE DEZEMBRO DE 2007.
cio de suas funções, sujeitarão o infrator à penalidade
de multa, sem prejuízo das demais sanções cabíveis. DISPÕE SOBRE A CONCESSÃO DE LICENÇA DE FUN-
Art. 53 Sem prejuízo das penalidades previstas no Art. CIONAMENTO DAS ATIVIDADES QUE MENCIONA E DÁ
45, o proprietário do animal apreendido ficará sujeito OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
ao pagamento de despesas de transportes, de alimen- Projeto de Lei nº 348/2007 - autoria do EXECUTIVO.
tação, assistência veterinária e outras necessárias à A Câmara Municipal de Sorocaba decreta e eu pro-
manutenção adequada deste animal. mulgo a seguinte Lei:
Art. 54 As infrações serão apuradas em processo Art. 1º A licença de funcionamento, documento
administrativo próprio, iniciado com a lavratura de imprescindível e obrigatório para o funcionamento de
auto de infração, observados os prazos estabeleci- estabelecimentos comerciais, de serviços, institucionais
dos nesta Lei. e industriais instalados em solo particular, situados
Art. 55 O infrator poderá oferecer defesa ou im- nas Zonas Urbana e Rural do Município, será expedida
pugnação do auto de infração no prazo de 10 (dez) a título precário, pelo setor competente da Prefeitura
dias, contados de sua ciência. de Sorocaba, nas condições estabelecidas por esta Lei
Art. 56 A defesa ou impugnação será julgada pelo e deverá ser afixada, no estabelecimento, em lugar
superior imediato, ouvindo o servidor atuante pre- visível e de fácil leitura.
liminarmente, o qual terá o prazo de 10 (dez) dias § 1º A solicitação da licença é de responsabilidade do
para se pronunciar a respeito, seguindo-se a lavra- proprietário do estabelecimento.
tura do auto de imposição de penalidade, se for o § 2º A licença de funcionamento será expedida para
caso. a área de construção que possua Auto de Conclusão
Art. 57 Da imposição da penalidade poderá o infra- de Obras ou para a área de construção devidamente
tor oferecer recurso no prazo de 10 (dez) dias con- lançada junto ao Cadastro Imobiliário Municipal.
tados de sua ciência, o qual será julgado pelo órgão § 3º Para efeitos desta Lei, equiparam-se a solo
competente em 10 (dez) dias. particular, os imóveis com características de
propriedade privada, e os entregues pelo Poder Público
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Art. 58 O infrator tomará ciência das decisões da a terceiros, a título de permissão e/ou concessão de
autoridade sanitária: uso.
I - pessoalmente ou por seu procurador, à vista do
processo ou: Capítulo II
II - mediante notificação, que poderá ser feita por DA LICENÇA DE FUNCIONAMENTO PROVISÓRIA
carta registrada, ou através da imprensa oficial,
considerando-se efetivada 5 (cinco) dias após a pu- Art. 2º Será concedida licença de funcionamento
blicação. provisória para imóveis sem Auto de Conclusão de
Art. 59 O Poder Executivo regulamentará esta Lei Obras, desde que o interessado apresente laudo
no que couber. atestando estar em condições de segurança e
estabilidade a edificação, assinado por profissional
76
habilitado, juntamente com a respectiva ART - II - que o imóvel onde funcionará o estabelecimento
Anotação de Responsabilidade Técnica e o AVCB - possua Certificado de Conclusão de Obra;
Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros. III - que a edificação e instalações do estabelecimento
§ 1º A licença de funcionamento provisória para estejam adequadas à atividade pretendida;
imóveis sem o Auto de Conclusão de Obras, será IV - que o estabelecimento possua vagas para estacio-
concedida pelo prazo de 1 (um) ano, podendo ser namento de veículos, que atendam à legislação vigen-
renovada por uma única vez, por igual período, te sobre Pólos Geradores de Tráfego (PGT), ou possua
obedecendo aos critérios deste artigo. convênio com estacionamento privativo de veículos,
§ 2º Os estabelecimentos beneficiados pelas disposições ou loque terreno vago, o qual deverá ser adaptado e
deste artigo não estão desobrigados do cumprimento utilizado somente para este fim e situar-se num raio
das demais exigências e condições estabelecidas pela máximo de 500m (quinhentos metros) de distância do
presente Lei. estabelecimento;
V - que a atividade pretendia não perturbe o sossego
Capítulo III público, com sons ou ruídos acima dos limites estabe-
DO CANCELAMENTO E DA SUBSTITUIÇÃO DA LI- lecidos pela NBR-10151, que dispõe sobre “Avaliação
CENÇA DE FUNCIONAMENTO do ruído em áreas habitadas, visando o conforto da co-
munidade” ou de legislação que venha a substituí-la;
Art. 3º A licença de funcionamento fica VI - que o imóvel que servirá de sede ao estabelecimento
automaticamente cancelada em caso de: apresente as devidas condições de funcionamento
I - alteração de endereço; relativas aos sistemas de água e esgoto, o que deverá
II - alteração do ramo de atividade do estabelecimen- ser comprovado mediante a apresentação de termo
to; próprio expedido pelo Serviço Autônomo de Água e
III - não possuir o AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Esgoto de Sorocaba - SAAE - Sorocaba;
Bombeiros) dentro do prazo de validade; VII - tratando de estabelecimento destinado a funcio-
IV - por qualquer inobservância às exigências da pre- namento de escola e estacionamento, a licença será
sente Lei. expedida desde que haja manifestação favorável da
Art. 4º A licença de funcionamento concedida deverá Secretaria Municipal que cuide dos transportes em re-
ser substituída, dentro do prazo máximo de 30 (trinta) lação ao PGT - Pólos Geradores de Tráfego;
dias contados da data da alteração, quando houver VIII - tratando-se de estabelecimento destinado à fabri-
alteração da razão social, da denominação ou firma cação ou manuseio de alimentos ou a usos vinculados à
ou da área construída do estabelecimento onde área de saúde, a licença de funcionamento será expedi-
funciona a atividade exercida. da após aprovação da Vigilância Sanitária do Município;
IX - tratando-se de atividade a ser exercida em edifica-
Capítulo IV ção destinada ao uso habitacional multifamiliar, a licen-
DO HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO ça de funcionamento só será expedida se autorizada a
alteração da destinação do uso do imóvel pelo Plano Di-
Art. 5º O horário de funcionamento dos retor de Desenvolvimento Urbano vigente no Município
estabelecimentos é o definido para a Zona onde eles e mediante anuência expressa do síndico do condomínio;
se encontram situados, nos termos da Lei Municipal X - tratando-se de atividade a ser exercida em edifica-
nº 8.181, de 5 de junho de 2007, que estabelece a revi- ção destinada a prédio residencial unifamiliar ou a re-
são do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano do sidencial multifamiliar, a licença de funcionamento só
Município. será expedida mediante apresentação de AVCB (Auto
§ 1º A Prefeitura poderá autorizar o exercício de de Vistoria do Corpo de Bombeiros);
quaisquer atividades em horários especiais, domingos XI - tratando-se de estabelecimento destinado a diver-
e feriados, desde que atendidas as exigências e sões públicas, festas, clubes, ou a qualquer outra ati-
condições estabelecidas na presente Lei. vidade em que haja difusão de som musical ou ruído,
§ 2º As práticas religiosas, exercidas no interior de será concedida a licença de funcionamento, desde que
templos, não sofrerão imposição alguma, desde que atendidos os seguintes requisitos:
não ultrapassem os níveis máximos de intensidade de a) que o estabelecimento atenda às exigências previs-
som ou ruídos permitidos em lei. tas no Art. 6º, desta Lei;
§ 3º O horário de funcionamento especificado na li- b) que o estabelecimento não se localize em edificação
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
cença de funcionamento deverá ser cumprido. em que exista(m) demais unidade(s) residencial(is);
Capítulo V c) que o estabelecimento funcione em edificação que
DAS EXIGÊNCIAS E DAS CONDIÇÕES possua boas condições de estabilidade e instalações
adequadas, inclusive tratamento acústico que impeça
Art. 6º A licença de funcionamento de que trata esta a propagação de sons ou ruídos acima dos limites im-
Lei será expedida desde que atendidas as seguintes postos pela NBR-10151.
exigências: § 1º Os imóveis que não possuem Certificado de
I - que a atividade pretendida seja permitida na Zona Conclusão de Obras poderão obter licença de
onde se situa o imóvel a ser utilizado como sede do funcionamento provisória, nos termos do Art. 2º, desta
estabelecimento; Lei, desde que cumpram as exigências estabelecidas
por este artigo.
77
§ 2º Por ocasião das comemorações das festas de Pena - cassação da licença de funcionamento e la-
Carnaval, de disputas esportivas dentro dos limites de cração do estabelecimento, quando existente a licença
estádios ou ginásios e das festas de fim de ano, serão ou lacração do estabelecimento, quando ausente a
tolerados os ruídos acima dos limites pré-estabelecidos licença.
no Inciso V, do Art. 6º, desta Lei, até o limite tolerado Art. 13 Descumprir a ordem de lacração prevista no
pela legislação vigente. artigo anterior:
§ 3º Ficam isentos das exigências do Inciso IV, do Art. Pena - pagamento de multa equivalente a R$ 5.000,00
6º, desta Lei, os estabelecimentos varejistas com área (cinco mil reais).
útil de até 50m2 (cinqüenta metros quadrados). Art. 14 Dar continuidade à atividade, mesmo após ter
§ 4º Dependendo da atividade pretendida, das sofrido a sanção imposta pelo artigo anterior:
condições da edificação ou da localização do imóvel Pena - pagamento de multa equivalente a R$ 5.000,00
que servirá de sede do estabelecimento, para expedição (cinco mil reais) cumulado com adoção das medidas
da licença de funcionamento, o Poder Público poderá judiciais cabíveis.
exigir, além dos requisitos estabelecidos por esta Lei, a Art. 15 Não possuir qualquer um dos estabelecimentos
apresentação de documentos complementares e/ou a previstos no Inciso XI, do Art. 6º desta Lei, edificação
manifestação de outros órgãos públicos. em boas condições de estabilidade e instalações
§ 5º Para fins do disposto no Inciso XI, deste artigo, adequadas, inclusive dotadas de tratamento acústico
serão considerados locais de diversões públicas: que impeça a propagação de sons ou ruídos acima dos
teatros, cinemas, baile público, bar musical e noturno limites impostos pela NBR-10151;
(funcionamento após às 22:00), buffet, casas de jogos, Pena - intimação para saneamento das irregularida-
dentre outros similares. des, dentro do prazo de 10 (dez) dias úteis.
§ 6º A licença para funcionamento de estabelecimento Art. 16 Deixar de atender à intimação prevista no
destinado a diversões públicas, prevista no Inciso XI, artigo anterior:
deste artigo, terá validade máxima de 1 (um) ano, Pena - cassação da licença de funcionamento e la-
contado a partir da data de sua expedição. cração do estabelecimento, quando existente a licença
Art. 7º A partir do requerimento, devidamente ou lacração do estabelecimento, quando ausente a
instruído, a Prefeitura Municipal de Sorocaba terá 30 licença.
(trinta) dias para expedição da licença. Art. 17 Descumprir a ordem de lacração prevista no
Parágrafo Único - A solicitação de exigência por parte artigo anterior:
da Prefeitura Municipal de Sorocaba ocorrerá somente Pena - pagamento de multa equivalente a R$ 5.000,00
em uma única vez, ficando o prazo do caput deste ar- (cinco mil reais).
tigo prorrogado em no máximo 15 (quinze) dias. Art. 18 Dar continuidade à atividade, mesmo após ter
Art. 8º A licença de funcionamento, para qualquer sofrido a sanção imposta pelo artigo anterior:
uma das situações previstas nesta Lei, será expedida Pena - pagamento de multa equivalente a R$ 5.000,00
mediante o recolhimento, título de preço público, da (cinco mil reais) cumulado com adoção das medidas
importância de R$ 100,00 (cem reais). judiciais cabíveis.
Art. 19 Não recolher, o requerente, o valor previsto no
Capítulo VI Art. 8º, desta Lei:
DAS PROIBIÇÕES Pena - intimação para recolher em até 10 (dez) dias
úteis.
Art. 9º Fica proibido expor mercadorias ou executar Art. 20 Deixar de atender à intimação prevista no
serviços fora dos limites da edificação em que se artigo anterior:
localizar o estabelecimento. Pena - cassação da licença de funcionamento e la-
cração do estabelecimento, quando existente a licença
Capítulo VII ou lacração do estabelecimento, quando ausente a
DAS INFRAÇÕES E RESPECTIVAS PENALIDADES licença.
Art. 21 Descumprir a ordem de lacração prevista no
Art. 10 Deixar o estabelecimento que possui licença de artigo anterior:
funcionamento, de observar as normas previstas nesta Pena - pagamento de multa equivalente a R$ 5.000,00
Lei: (cinco mil reais).
Pena - intimação para cumprimento da presente Lei Art. 22 Dar continuidade à atividade, mesmo após ter
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ou para saneamento das irregularidades, no prazo de sofrido a sanção imposta pelo artigo anterior:
10 (dez) dias úteis. Pena - pagamento de multa equivalente a R$ 5.000,00
Art. 11 Deixar de atender à intimação prevista no (cinco mil reais), cumulado com adoção das medias
artigo anterior: judiciais cabíveis.
Pena - pagamento de multa equivalente a R$ 500,00 Art. 23 Expor mercadorias ou executar serviços
(quinhentos reais), com concomitante lavratura de fora dos limites da edificação em que se localizar o
nova intimação, estabelecendo prazo de até 10 (dez) estabelecimento, nos termos do Art. 9º, desta Lei.
dias úteis, para encerramento das atividades. Pena - intimação para se abster das práticas previstas
Art. 12 Deixar de recolher a multa e/ou encerrar as no caput deste artigo em até 10 (dez) dias úteis.
atividades, conforme previsão do artigo anterior. Art. 24 Deixar de atender à intimação prevista no
artigo anterior.
78
Pena - cassação da licença de funcionamento e la- Capítulo IX
cração do estabelecimento, quando existente a licen- DO DIREITO DE DEFESA
ça ou lacração do estabelecimento quando ausente a
licença. Art. 36 Ao infrator das disposições previstas nesta
Art. 25 Descumprir a ordem de lacração prevista no Lei, fica assegurado o direito de defesa a ser exercido
artigo anterior. mediante a interposição de recurso administrativo, a
Pena - pagamento de multa equivalente a R$ 5.000,00 fim de impugnar intimações; autuação de infrações
(cinco mil reais). e/ou imposição de penalidades que lhe forem
Art. 26 Dar continuidade à atividade, mesmo após ter interpostas.
sofrido a sanção imposta pelo artigo anterior. Art. 37 São condições de admissibilidade do recurso
Pena - pagamento de multa equivalente a R$ 5.000,00 administrativo previsto no artigo anterior:
(cinco mil reais) cumulado com adoção das medidas I - que seja interposto pelo proprietário do estabeleci-
judiciais cabíveis. mento intimado ou autuado nos termos das disposi-
Art. 27 Estabelecer quaisquer das atividades previstas ções constantes do Capítulo VII, desta Lei;
no caput do Art. 1º, desta Lei, em Zona em que não II - que seja interposto dentro do prazo de 10 (dez)
seja permitida a execução de tal atividade. dias úteis, contados da data da intimação ou autua-
Pena - intimação para em até 10 (dez) dias úteis en- ção a ser impugnada;
cerrar a atividade. III - que seja devidamente instruído e acompanhado
Art. 28 Deixar de atender à intimação prevista no das provas que lhe dêem suporte;
artigo anterior. IV - que seja endereçado ao Diretor da Área de Urba-
Pena - lacração do estabelecimento. nismo da Secretaria de Habitação, Urbanismo e Meio
Art. 29 Descumprir a ordem de lacração prevista no Ambiente ou a quem o suceder, competente para o
artigo anterior: julgamento em primeira instância.
Pena - pagamento de multa equivalente a R$ 5.000,00 Art. 38 Cientificado da decisão de primeira instância,
(cinco mil reais). se esta lhe for desfavorável, o infrator poderá recorrer
Art. 30 Dar continuidade à atividade, mesmo após ter à segunda e última instância;
sofrido a sanção imposta pelo artigo anterior: Art. 39 São condições de admissibilidade do recurso
Pena - pagamento de multa equivalente a R$ 5.000,00 administrativo previsto no artigo anterior:
(cinco mil reais) cumulado com adoção das medidas I - que seja interposto pelo proprietário do estabeleci-
judiciais cabíveis. mento que teve seu recurso administrativo negado em
Art. 31 As multas impostas em decorrência das primeira instância;
infrações previstas nesta Lei deverão ser recolhidas II - que seja interposto dentro do prazo de 10 (dez)
dentro do prazo de 30 (trinta) dias, contados da data dias úteis, contados da data da cientificação da deci-
da autuação. são desfavorável de primeira instância;
Chefe da Divisão de Controle de Documentos e Atos III - que seja devidamente instruído e acompanhado
Oficiais Art. 32 Para que produzam efeitos regulares, das provas que lhe dêem suporte;
os atos administrativos de cientificação, intimação, IV - que seja endereçado ao Secretário da Habitação,
autuação de infração e imposição de penalidade, de Urbanismo e Meio Ambiente ou a quem o suceder,
que trata esta Lei deverão ser publicados na Imprensa competente para o julgamento em segunda e última
Oficial do Município. instância.
Art. 40 As decisões, sejam elas de primeira ou de
Capítulo VIII segunda instância, deverão ser motivadas.
DO EXERCÍCIO FISCALIZATÓRIO Art. 41 As multas mantidas por decisão já transitada
em julgado serão inscritas em Dívida Ativa do
Art. 33 As intimações, multas e lacrações previstas Município de Sorocaba.
nesta Lei serão aplicadas por servidores municipais, Art. 42 Os recursos administrativos previstos neste
pertencentes às carreiras de: capítulo não têm efeito suspensivo, devendo portanto
I - engenheiro ou arquiteto; o estabelecimento que teve sua licença de funciona-
II - fiscal de serviço público; mento cassada; que teve que encerrar suas atividades
III - técnico em edificações. ou que foi lacrado, permanecer nesta condição até o
final do julgamento.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
79
Art. 45 As despesas decorrentes da execução § 2º Para a protocolização do pedido de Licença de
da presente Lei correrão por conta de dotação Funcionamento deverão constar todos os documentos
orçamentária própria. necessários.
Art. 46 Esta Lei entra em vigor na data de sua Art. 3º Compete a Secretaria da Habitação, Urbanismo
publicação. e do Meio Ambiente, ou a que a substituir, expedir
no prazo máximo de 30 (trinta) dias, o Alvará de
Palácio dos Tropeiros, em 27 de Dezembro de 2007, Licença, o qual terá validade para o ano civil que for
353º da Fundação de Sorocaba. expedida, devendo o mesmo ser renovado de 01 a 20
VITOR LIPPI de dezembro do exercício anterior.
Prefeito Municipal Parágrafo Único. As licenças de Funcionamento ex-
MARCELO TADEU ATHAYDE pedidas no mês de dezembro terão validade para o
Secretário de Negócios Jurídicos exercício seguinte.
JOSÉ DIAS BATISTA FERRARI Art. 4º A licença de Funcionamento deverá ser
Secretário da Habitação, Urbanismo e do Meio Am- mantida no estabelecimento em local de fácil acesso
biente e visualização.
WALTER ALEXANDRE PREVIATO Art. 5º Todo e qualquer empreendimento licenciado
Secretário de Finanças em substituição ou não, poderá ser objeto de fiscalização por parte
MARIA APARECIDA RODRIGUES de agentes públicos e fica vedado aos representantes
dos estabelecimentos quaisquer óbices para a correta
fiscalização.
LEI Nº 8693, DE 30 DE MARÇO DE 2009. Art. 6º Serão aplicadas as seguintes penalidades aos
infratores das disposições da presente Lei:
(Regulamentada pelo Decreto nº 21.823/2015) I - Notificação de advertência e encerramento imedia-
to das atividades até a regularização;
DISPÕE SOBRE O LICENCIAMENTO DE EMPRESAS II - Multa de R$ 2.000,00 (dois mil reais);
DO RAMO DE DEPÓSITO DE SUCATA OU FERRO VELHO, III - Em caso de reincidência, multa no valor em dobro
DESMANCHE, COMÉRCIO DE PEÇAS USADAS E CONGÊ- e após a autuação, o estabelecimento fiscalizado po-
NERES E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. derá ser lacrado ou interditado.
§ 1º No caso de constatação do desrespeito a lacração
Projeto de Lei nº 251/2007 - autoria do EXECUTIVO. ou interdição e a continuação da realização das
A Câmara Municipal de Sorocaba decreta e eu pro- atividades será imposta multa de R$ 5.000,00 (cinco mil
mulgo a seguinte Lei: reais), sem prejuízo das penalidades administrativas e
judiciais cabíveis.
Art. 1º Fica proibida a instalação e funcionamento § 2º As aplicações das penalidades pela Área de
de empresas do ramo de depósito de sucata ou Fiscalização não estão sujeitas ao efeito suspensivo.
ferro velho, desmanche, comércio de peças usadas e Art. 7º Caso seja constatada a comercialização de
congêneres, sem a prévia licença de funcionamento. fios ou cabos de cobre, alumínios usados, tampas de
Art. 2º O pedido de Licença de Funcionamento deverá bueiros, placas de sinalização de trânsito, lápides e
ser encaminhado para a Secretaria da Habitação e do ornamentos de jazigos e outras peças de veículos usa-
Meio Ambiente/Seção de Parcelamento e Uso de Solo, dos, sem a devida autorização legal, será aplicada a
ou a que a substituir e será instruído com os seguintes multa de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) e interditado ou
documentos: lacrado imediatamente.
I - Requerimento; Art. 8º Não será autorizada a concessão de nova
II - Cópia do carnê de IPTU com os dados cadastrais; Licença de Localização e Funcionamento, ou
III - Cópia de Inscrição Municipal da empresa; Renovação para o ramo de depósito de sucata ou
IV - Cópia do projeto aprovado pela Prefeitura e do ferro velho, desmanche, comércio de peças usadas e
Certificado de Conclusão de Obra para a atividade congêneres, pelo período de 02 (dois) anos, contados
pretendida; da cassação da Licença, no mesmo endereço e local
V - Documento que comprove a autorização e a re- onde funcionava o estabelecimento enquadrado no
gularidade da empresa e seus proprietários perante o artigo 7º desta Lei.
órgão policial responsável; Art. 9º As empresas regularmente instaladas antes
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
VI - Declaração do Proprietário do imóvel que conhece da edição desta Lei, terão o prazo de 02 (dois) anos
os termos desta Lei, notadamente o artigo sétimo; para as adaptações e solicitação da Licença de
VII - Declaração do proprietário de estar ciente que Funcionamento, com a apresentação dos documentos
não poderá fazer uso do passeio público para o exer- mencionados no art. 2º, sob as penalidades previstas
cício da atividade e colocação de materiais no mesmo; nesta Lei. (Redação dada pela Lei nº 9191/2010)
VIII - Termo de Compromisso que os locais de estocá- Art. 10 Esta Lei será regulamentada pelo Executivo no
veis de mercadorias e desmanche deverão ficar prote- que couber.
gidos de intempéries. Art. 11 As despesas decorrentes da execução da
§ 1º Em se tratando de mudança de endereço, o presente Lei correrão por conta de verba orçamentária
interessado deverá instruir novo pedido de Licença de própria.
Funcionamento.
80
Art. 12 Esta Lei entra em vigor na data de sua Mobilidade, Desenvolvimento Urbano e Obras ficando
publicação. condicionado à apresentação dos seguintes documen-
tos:
Palácio dos Tropeiros, em 30 de Março de 2009, I - requerimento;
354º da Fundação de Sorocaba. II - cópia do carnê de IPTU com os dados cadastrais;
III - cópia de Inscrição Municipal da empresa;
VITOR LIPPI IV - cópia do projeto aprovado pela Prefeitura e do
Prefeito Municipal Certificado de Conclusão de Obra para a atividade
LAURO CESAR DE MADUREIRA MESTRE pretendida;
Secretário de Negócios Jurídicos V - documento que comprove a autorização e a re-
JOSÉ DIAS BATISTA FERRARI gularidade da empresa e seus proprietários perante o
Secretário da Habitação e Urbanismo órgão policial responsável;
SOLANGE APARECIDA GEREVINI LLAMAS VI - declaração do proprietário do imóvel que conhece
Chefe da Divisão de Controle de Documentos e os termos deste Decreto;
Atos Oficiais VII - declaração do proprietário de que está ciente que
não poderá fazer uso do passeio público para o exercí-
DECRETO Nº 21.823, DE 28 DE MAIO DE 2015. cio da atividade e colocação de materiais;
VIII - termo de compromisso que os locais de estocá-
REGULAMENTA A LEI Nº 8.693, DE 30 DE MARÇO DE veis de mercadorias e desmanche deverão ficar pro-
2009, INSTITUI O ALVARÁ DE FUNCIONAMENTO E LO- tegidos de intempéries, considerando-se neste caso a
CALIZAÇÃO DE EMPRESAS DO RAMO DE DEPÓSITO DE cobertura de todos os materiais em exposição, inclusi-
SUCATA OU FERRO VELHO, DESMANCHE, COMÉRCIO ve os estocáveis;
DE PEÇAS USADAS E CONGÊNERES, REVOGA EXPRES- IX - cópia de requerimento protocolado junto ao DE-
SAMENTE OS DECRETOS Nº 19.016, DE 13 DE ABRIL DE TRAN, referente ao período de credenciamento para
2011 E20.774, DE 18 DE SETEMBRO DE 2013 E DÁ OU- a atividade ou de sua renovação anual, sob pena de
TRAS PROVIDÊNCIAS. cassação imediata e sumária, o qual deverá ser apre-
sentado no prazo máximo de 15 (quinze) dias da ex-
ANTONIO CARLOS PANNUNZIO, Prefeito de Soroca- pedição do Alvará de Licença; (Redação dada pelo De-
ba, no uso das atribuições que lhe são conferidas pela Lei creto nº 21.927/2015)
Orgânica do Município e, em especial pela Lei nº 8.693, de X - cópia do credenciamento expedido pelo órgão
30 de Março de 2009, alterada pela Lei nº 9.191, de 29 de estadual, na forma regulamentada pela Portaria DE-
Junho de 2010, DECRETA: TRAN nº 942, de 6 de Maio de 2014 (ou qualquer ou-
tro ato que vier a substituí-la), sob pena de revogação
Art. 1º Fica instituído o Alvará de Funcionamento e imediata e sumária do Alvará de Licença expedido
Localização para empresas do ramo de depósito de para o exercício da atividade, o qual deverá ser apre-
sucata ou ferro velho, desmanche, comércio de peças sentado no prazo máximo de 60 (sessenta) dias após
usadas e congêneres. a data do protocolo junto ao DETRAN; (Redação dada
Parágrafo Único - O Alvará de Funcionamento e Lo- pelo Decreto nº 21.927/2015)
calização deverá ser confeccionado em papel forma- XI - Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB)
to A4 e terá os efeitos de licença de funcionamento conforme disposto no Decreto Estadual nº 56.819, de
mencionada na Lei 8.693, de 30 de Março de 2009, 10 de Março de 2011 e na Lei Municipal nº 2.095, de 9
alterada pela Lei nº 9.191, de 29 de Junho de 2010, de Dezembro de 1980, alterada pelas Leis nºs 10.021,
devendo o mesmo ser afixado em local visível no inte- de 4 de Abril de 2012 e 10.510, de 17 de Julho de 2013.
rior dos estabelecimentos, próximo ao Caixa, para fins Parágrafo Único - Em se tratando de alteração de en-
de fiscalização. dereço, o interessado deverá protocolar novo pedido
Art. 2º Compete à SEMOB - Secretaria de Mobilida- de Licença de Funcionamento.
de, Desenvolvimento Urbano e Obras a concessão do Art. 6º Para cumprimento do disposto neste Decreto a
Alvará de Funcionamento e Localização descrito no fiscalização dos Alvarás será efetuada pelos seguintes
artigo 1º deste Decreto. órgãos:
Art. 3º O Alvará de Funcionamento e Localização será I - Diretoria da Área de Fiscalização da Secretaria da
concedido a título provisório e terá validade para o Fazenda - SEF/DAF;
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ano civil que for expedido, devendo o interessado re- II - Diretoria da Área de Tributos da Secretaria da Fa-
querer sua renovação no período de 1 a 20 de Dezem- zenda - SEF/DAT;
bro do exercício anterior. III - Guarda Civil Municipal da Secretaria de Governo
Art. 4º Deverão constar do Alvará de Funcionamento e Segurança Comunitária - SEG/GCM;
e Localização os dados da empresa, sua localização, o IV - Polícia Militar do Estado de São Paulo, através do
código/numeração, data de expedição e validade, os Convênio de Atividade Delegada;
quais poderão ser confirmados através do site da Pre- V - Secretaria do Meio Ambiente - SEMA;
feitura de Sorocaba. VI - Centro de Controle de Zoonoses da Secretaria de
Art. 5º O Alvará de Funcionamento e Localização Saúde - SES.
para as atividades descritas no artigo 1º deste Decreto
deverá ser solicitado junto à SEMOB - Secretaria de
81
Art. 7º Os estabelecimentos que funcionarem em de- nentes às posturas públicas, considerando-se o local,
sacordo com a Lei nº 8.693, de 30 de Março de 2009, data, trânsito de pessoas e de veículos, segurança e
alterada pela Lei nº 9.191, de 29 de Junho de 2010, saúde.
ficarão sujeitos às seguintes penalidades: Art. 2º Caberá à Secretaria de Finanças o cálculo e
I - Notificação de advertência e encerramento ime- lançamento dos tributos devidos, nos termos da le-
diato das atividades até a regularização, com a afixa- gislação tributária, devendo constar do requerimento
ção do Alvará de Funcionamento e Localização; inicial:
II - Multa de R$ 2.000,00 (dois mil reais);
III - em caso de reincidência, multa no valor em dobro I - para efeito do cálculo da Taxa de Fiscalização de
e após a autuação, o estabelecimento fiscalizado po- Instalação e de Funcionamento, incidente no exercício
derá ser lacrado ou interditado; de atividade eventual de feiras para a comercialização
IV - interdição imediata pela não apresentação do de produtos, desde a edição da presente Lei:
Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), nos
termos da Lei Municipal nº 2.095, de 9 de Dezembro A redação deste inciso foi dada pelo art. 2º da Lei nº
de 1980, alterada pelas Leis nºs 10.021, de 4 de Abril 9.430, de 16.12.2010.
de 2012 e10.510, de 17 de Julho de 2013. a) dimensão do local total utilizado para o exercício da
Art. 8º As penalidades descritas no artigo 7º deste atividade eventual; e
Decreto serão aplicadas pelos órgãos descritos no ar- b) período, em dias, da atividade.
tigo 6º também deste Decreto. II - para efeito do cálculo do Imposto Sobre Serviços
Art. 9º Os estabelecimentos descritos no artigo 1º de Qualquer Natureza próprio, o valor do ingresso a
deste Decreto terão o prazo de 90 dias para obter o ser cobrado ao público e sua quantidade colocada à
Alvará de Funcionamento e Localização. venda.
Art. 10 As despesas decorrentes da execução do pre- § 1º. Para efeito do cálculo do Imposto Sobre Serviços
sente Decreto correrão por conta de dotações orça- de Qualquer Natureza retido de outros prestadores de
serviço ao promotor do evento, deverá ser apresenta-
mentárias próprias.
do o contrato celebrado de prestação de serviços, tais
Art. 11 Este Decreto entra em vigor na data de sua
como, vigilância, saúde, limpeza, estacionamento e
publicação, ficando expressamente revogados os De-
outros.
cretos nºs 19.016, de 13 de Abril de 2011 e 20.774, de
§ 2º. O processo administrativo respectivo deverá ser
18 de Setembro de 2013.
tramitado à Secretaria de Finanças no prazo máximo
de 10 (dez) dias da data do início do evento, para que
Palácio dos Tropeiros, em 28 de Maio de 2 015, sejam calculados e lançados os tributos.
360º da Fundação de Sorocaba. Art. 3º Somente será emitido alvará para o exercício
da atividade eventual caso todos os tributos lançados
ANTONIO CARLOS PANNUNZIO estejam devidamente recolhidos, comprovando-se
Prefeito Municipal através do sistema informatizado de arrecadação da
JOÃO LEANDRO DA COSTA FILHO Secretaria de Finanças.
Secretário de Governo e Segurança Comunitária Art. 4º O exercício de atividade eventual sem o respec-
MAURÍCIO JORGE DE FREITAS tivo alvará, por qualquer motivo, sujeitará o infrator à
Secretário de Negócios Jurídicos multa de R$3.000,00 (três mil reais) por dia de ativida-
Publicado na Divisão de Controle de Documentos e de nestas condições.
Atos Oficiais, na data supra. Art. 5º Decreto do Poder Executivo regulamentará
VIVIANE DA MOTTA BERTO esta Lei no que couber.
Chefe da Divisão de Controle de Documentos e Art. 6º As despesas decorrentes da execução da pre-
Atos Oficiais sente lei correrão por conta de verba orçamentária
própria.
Art. 7º Esta Lei entra em vigor na data de sua publica-
LEI MUN. SOROCABA/SP 9.022/09 - LEI DO ção, revogadas as disposições em contrário, em espe-
MUNICÍPIO DE SOROCABA/SP Nº 9.022 DE cial a Lei nº 5.777, de 23 de setembro de 1998 .
22.12.2009
Palácio dos Tropeiros, em 22 de Dezembro de 2.009,
Dispõe sobre procedimentos para a concessão
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
82
Publicada na Divisão de Controle de Documentos e § 1º O Atestado a que se refere o “caput” deste arti-
Atos Oficiais, na data supra. go, somente será expedido se o requerente apresentar
SOLANGE APARECIDA GEREVINI LLAMAS todos os documentos e/ou declarações relacionados
Chefe da Divisão de Controle de Documentos e Atos no Anexo I deste Decreto até a data prevista no caput
Oficiais deste artigo, sendo que a SEHAB terá o prazo de 30
(trinta) dias para análise da documentação apresen-
tada.
DECRETO Nº 18.195, DE 14 DE ABRIL DE 2 010. § 2º O Atestado Anual de Regularidade da Edificação
será expedido pela SEHAB, terá sua vigência entre 1
DISPÕE SOBRE REGULAMENTAÇÃO DA LEI Nº 9.022, de julho do exercício do requerimento a 30 de junho
DE 22 DE DEZEMBRO DE 2009, E DÁ OUTRAS PROVIDÊN- do exercício seguinte e substituirá os documentos do
CIAS Anexo I, quando da expedição do Alvará para realiza-
ção de eventos no local.
VITOR LIPPI, Prefeito do Município de Sorocaba, no § 3º Os eventos a serem realizados dentro do perí-
uso das atribuições que lhe são conferidas pela Lei Orgâ- odo de vigência do Atestado Anual de Regularidade
nica do Município e no artigo 5º, da Lei nº 9.022, de 22 da Edificação, pelos próprios Clubes, Casas Noturnas,
de dezembro de 2009, DECRETA: Salões de Festas e similares, que não importem em
modificação de sua estrutura original, ficam dispensa-
Art. 1º As empresas industriais, comerciais ou de pres- dos da solicitação de Alvará específico.
tação de serviços, que pretendam realizar feiras, ex- § 4º Os eventos a serem realizados dentro do perío-
posições e eventos em geral ou eventos beneficentes do de vigência do Atestado Anual de Regularidade da
no Município de Sorocaba, para comercialização ou Edificação, promovidos por terceiros em que haja ven-
prestação de serviço no atacado ou no varejo, deverão da de ingressos, alteração da estrutura original, tais
requerer inscrição de atividade eventual. como montagem de arquibancadas, tapumes, palcos,
Parágrafo Único - É vedada a realização de qualquer etc, deverão ser comunicados à Secretaria da Habi-
atividade, por empresas que não atendam o disposto tação e Urbanismo, com antecedência de 30 (trinta)
no caput deste artigo. dias, acompanhados de cópia do Atestado Anual de
Art. 2º São requisitos para obtenção de inscrição de Regularidade da Edificação anteriormente expedido,
atividade eventual, aqueles relacionados no Anexo I contrato de locação do espaço, bem do contrato de
deste Decreto. prestação de serviços, dados da empresa promotora
Parágrafo Único - Quando tratar-se da realização de do evento, bem como de seu representante ou respon-
Feiras, o requerente deverá apresentar, além dos do- sável legal, dados do Evento e dos responsáveis téc-
cumentos relacionados no Anexo I deste Decreto, con- nicos nos termos do disposto no parágrafo único do
trato firmado entre as partes com a indicação e quali- artigo 2º deste Decreto, mesmo não se tratando de
ficação de todos os responsáveis técnicos pelo evento, “feiras”, bem como das informações necessárias para
devidamente registrado. cálculo do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natu-
Art. 3º O requerimento para obtenção de inscrição de reza - ISSQN, conforme Anexo II.
atividade eventual deverá ser acompanhado dos do- § 5º Verificada a validade do Atestado, a Secretaria da
cumentos e/ou declarações constantes do Anexo I des- Habitação e Urbanismo encaminhará a documenta-
te Decreto, e protocolados com antecedência mínima ção mencionada no parágrafo anterior à Secretaria de
de 60 (sessenta) dias da realização do evento, quando Finanças, para cálculo e emissão de RD para fins de
se tratar de feiras e, de 30 (trinta) dias para os demais recolhimento do Imposto Sobre Serviços de Qualquer
eventos, nos termos do Protocolo de Intenções assi- Natureza devido.
nado em 04 de novembro de 2009, entre a Prefeitura Art. 5º A emissão do Alvará para realização do evento,
Municipal de Sorocaba e a Polícia Militar do Estado de somente será efetivada pela SEHAB, após atendidas
São Paulo, por meio do 7º Batalhão de Polícia Militar as exigências definidas neste Decreto bem como da
do Interior e do 15º Grupamento de Bombeiro, para comprovação do recolhimento do Imposto por parte
harmonizar os procedimentos administrativos e ope- do requerente, através do RD devidamente quitado.
racionais, quando da expedição de Alvarás diversos. § 1º A liberação e entrega do Alvará para realização
§ 1º Os documentos serão analisados pela Secretaria do evento será efetivada pela Área de Fiscalização da
da Habitação e Urbanismo que, constatando a regu- Secretaria da Segurança Comunitária, após a reali-
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
laridade dos mesmos, encaminhará o processo à Se- zação das vistorias necessárias no local programado
cretaria de Finanças para cálculo do Imposto devido para sua realização e, condicionada ao APROVO des-
e emissão do RD. se local, por meio dos relatórios técnicos dos Órgãos
§ 2º Recolhido o Imposto, o processo retornará à Se- envolvidos (Prefeitura, Polícia Militar e Corpo de Bom-
cretaria da Habitação e Urbanismo para expedição do beiro), satisfeitas as condições e requisitos mínimos
Alvará. exigidos por cada Órgão.
Art. 4º Exclusivamente para os Clubes e Associações § 2º A vistoria a que se refere o parágrafo anterior,
Recreativas, Salões de Festas e similares, fica facultada será feita por representantes da Prefeitura, através da
a obtenção de Atestado Anual de Regularidade da Edi- Área de Fiscalização da Secretaria da Segurança Co-
ficação, nos termos do artigo 2º, desde que requerido munitária e da Polícia Militar (7º BPM/I e 15º GB),
até 31 de maio de cada ano. acompanhados do organizador do evento ou de seu
83
representante legal, às 16h00min do 2º (segundo) dia 3. Local do Evento?..............................................................( )
de expediente útil que antecede à data do evento, no ()
local em questão e, para tanto, os documentos neces- 4. Horário do Evento?............................................................(
sários deverão ser entregues nos Órgãos competen- )()
tes (SEHAB, 7ºBPM/I e 15ºGB), até as 10h00min do 5. Terá Venda de Ingresso?.......................................................
3º (terceiro) dia útil de expediente, que antecede o ()()
evento, nos termos do Protocolo de Intenções assina- 6. Caso afirmativo, informou quantidade e valor uni-
do entre o Município de Sorocaba e a Polícia Militar tário?........................( ) ( )
do Estado de São Paulo, em 04 de novembro de 2009.
§ 3º Caso o local destinado à realização do evento Documentos apresentados:
não apresente as condições necessárias de seguran-
ça, o Alvará não será liberado e, ato contínuo, será o 1. Apresentou contrato social da empresa promotora
local interditado, em caráter irrevogável, pela Área de do evento?....................( ) ( )
Fiscalização da Secretaria da Segurança Comunitária, 2. Apresentou comprovante de inscrição e de situa-
não sendo reagendada nova vistoria para data/hora ção cadastral?..................( ) ( )
posterior. 3. Apresentou comprovante de inscrição munici-
§ 4º Caso o promotor do Evento adie a sua realização pal?................................( ) ( )
para outra data, nova vistoria poderá ser agendada 4. Apresentou xérox do IPTU?..............................................
com a mesma antecedência prevista no § 2º deste ar- .......( ) ( )
tigo e, estando sanadas as irregularidades anterior- 5. Apresentou nota fiscal da confecção dos ingres-
mente apontadas, o Alvará poderá ser liberado. sos?............................( ) ( )
Art. 6º Os casos omissos ou não previstos no presente 6. Terá venda de alimento e bebida no lo-
Decreto, serão analisados pela Secretaria da Habita- cal?.....................................( ) ( )
ção e Urbanismo - SEHAB, que poderá baixar Resolu- 7. Caso afirmativo, apresentou comprovante protoco-
ção Complementar. lado pela VISA?................( ) ( )
Art. 7º As despesas com a execução do presente De- 8. Apresentou laudo técnico de toda a estrutura do
creto correrão por conta de verbas próprias consigna- evento?.......................( ) ( )
das no orçamento. 9. Apresentou ART da estrutu-
Art. 8º Este Decreto entra em vigor na data de sua ra?..................................................( ) ( )
publicação, revogado o Decreto nº11.454, de 18 de 10. Apresentou laudo das instalações elétricas, som e
fevereiro de 1999 gerador?...................( ) ( )
Palácio dos Tropeiros, em 14 de Abril de 2 010, 355º 11. Apresentou ART das instalações elétricas, som e
da Fundação de Sorocaba. gerador, do Eng. Elet?.......( ) ( )
12. Apresentou laudo técnico das condições do local,
VITOR LIPPI conf. Portaria?.............( ) ( )
Prefeito Municipal 13. Apresentou ART do Engenheiro de Seguran-
LUIZ ANGELO VERRONE QUILICI ça?...................................( ) ( )
Secretário de Negócios Jurídicos 14. Apresentou contrato de locação dos banheiros
RODRIGO MORENO químicos?.......................( ) ( )
Secretário da Administração, do Governo e Planeja- 15. Apresentou auto de vistoria do corpo de bombei-
mento ros?...........................( ) ( )
JOSÉ CARLOS COMITRE 16. Apresentou xérox do contrato de serviço de segu-
Secretário da Habitação e Urbanismo rança?........................( ) ( )
FERNANDO MITSUO FURUKAWA 17. Atendeu as Leis nº 6189/00 e 7389/05 e decreto
Secretário de Finanças nº 15047/06?..................( ) ( )
JOSÉ MILTON DA COSTA 18. Recolheu a taxa de 50 UFIR?.........................................
Secretário da Segurança Comunitária .........( ) ( )
Publicado na Divisão de Controle de Documentos e 19. Apresentou a autorização para uso do lo-
Atos Oficiais, na data supra. cal?..................................( ) ( )
SOLANGE APARECIDA GEREVINI LLAMAS 20. Apresentou a solicitação junto a URBES Trânsito e
Chefe da Divisão de Controle de Documentos e Atos Transportes................( ) ( )
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
84
26. Apresentou solicitação junto a SECULT (Patrimônio Histórico)?................( ) ( )
27. Croqui do local do evento?...................................................( ) ( )
28. SPDA - Para-raios ( Laudo e ART).............................................( ) ( )
29. CMDES (Feiras)...............................................................( ) ( )
30. Outros documentos necessários em função do tipo de evento e ou local do. mesmo (Feiras de Animais, Circo,
etc., e demais não relacionados acima)
Declaro estar ciente que deverá ser protocolado com 60 dias antes da realização da feira, ou 30 dias para demais
eventos
Declaro estar ciente que a não apresentação da documentação dentro do prazo de 48 horas antes da data do
evento (dias úteis), conforme leis vigentes, não será liberado o alvará de licença para a realização do evento solicitado.
Sorocaba de de 2010
_________________________________________
Responsável pela Empresa promotora do Evento
ANEXO II
Protocolar com 60 dias de antecedência para férias e 30 dias para demais eventos
------------------------------------------------------------------------------------
Dados do Evento:
Denominação:
------------------------------------------------------------------------------------
Local:
------------------------------------------------------------------------------------
Data(s)
------------------------------------------------------------------------------------
Horário(s):
------------------------------------------------------------------------------------
85
Total em R$ ____________________ VIII - por shows, concertos e apresentações musicais
de caráter cultural e artístico, desde que realizados
Declaro sob as penas da lei, que são verdadeiras as dentro das condições autorizadas pelo Poder Público.
afirmações acima pelo qual peço o deferimento. Art. 3º Fica proibida a emissão de ruídos, produzidos
por quaisquer meios ou de quaisquer espécies, com
Sorocaba, de de níveis superiores aos determinados pela Legislação
Federal, Estadual ou Municipal e normas da ABNT -
Ass. do requerente:____________ Associação Brasileira de Normas Técnicas.
§ 1º As medições deverão ser efetuadas de acordo
com a legislação em vigor no Município e as normas
LEI Nº 11.367, DE 12 DE JULHO DE 2 016. da ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas,
NBR 10.151 e atualizações.
Dispõe sobre o controle e a fiscalização das atividades § 2º Quando a viabilidade não permitir a prática da
que gerem poluição sonora; impõe penalidades e dá emissão de ruídos e sons, fica dispensada a medição
outras providências. para aplicação das penalidades desta Lei.
§ 3º Se possível, o resultado das medições deverá ser
Projeto de Lei nº 73/2016 - autoria do EXECUTIVO. público, registrado à vista do denunciante, prioritaria-
(Processo nº 27.033/2009) mente, ou de testemunha.
A Câmara Municipal de Sorocaba decreta e eu pro- Art. 4º Os estabelecimentos e instalações destinados
mulgo a seguinte Lei: ao lazer, cultura, hospedagem, diversões ou que po-
Capítulo I dem adequar-se aos mesmos padrões de uso residen-
DISPOSIÇÃO PRELIMINAR cial ou que impliquem na fixação de padrões especiais
para os níveis de ruídos e vibrações, deverão apre-
sentar Laudo Técnico de medição de ruído com ART -
Art. 1º Esta Lei cuida do controle e da fiscalização Anotação de Responsabilidade Técnica/RRT - Registro
das atividades geradoras de poluição sonora e im- de Responsabilidade Técnica emitido por profissional
põe penalidades. habilitado e dispor de isolamento acústico que limite a
passagem do som para o exterior, quando necessário.
Capítulo II Art. 5º A solicitação de Alvará de Funcionamento para
DOS RUÍDOS PROVENIENTES DE ATIVIDADES os estabelecimentos descritos neste capítulo será ins-
QUE GEREM POLUIÇÃO SONORA truída com os documentos exigidos pela legislação em
vigor.
Art. 2º A emissão de ruídos, em decorrência de quais- Parágrafo único. O Alvará de Funcionamento deverá
quer atividades regulamentadas pelo Poder Público ser afixado na entrada principal do estabelecimento,
em ambiente confinado ou não, no Município de So- em local visível ao público e iluminado.
rocaba, obedecerá aos padrões, critérios e diretrizes Art. 6º Aos estabelecimentos referidos no art. 3º que
estabelecidas por esta Lei, sem prejuízo da Legislação estiverem em perfeito funcionamento legal antes da
Federal e Estadual aplicável. promulgação desta Lei será concedido prazo de 90
Parágrafo único. Desde que realizados dentro das (noventa) dias para adequar-se aos seus termos.
condições autorizadas pelo Poder Público e considera- Art. 7º É de responsabilidade da Secretaria de Meio
da as legislações e exigências específicas, não se com- Ambiente do Município de Sorocaba, dos órgãos da
preende nas restrições do artigo anterior os ruídos e administração com ela conveniados e Área de Fisca-
sons produzidos nas seguintes situações: lização da Secretaria da Fazenda, a fiscalização dos
I - pelas manifestações tradicionais do Carnaval e Ano níveis de emissão de ruídos.
Novo, que atendam os parâmetros legais; Art. 8º Sem prejuízo das penalidades definidas pela
II - por vozes ou aparelhos usados na propaganda Legislação Federal e Estadual em vigor, serão aplica-
eleitoral ou manifestações trabalhistas, para os quais das as seguintes penalidades para os casos previstos
será estabelecido regulamento próprio pelos órgãos nesta Lei:
competentes, considerando as legislações específicas; I - aos estabelecimentos e/ou atividades com as con-
III - por sinos de igrejas, templos religiosos, desde que dições de uso em desconformidade com legislação vi-
sirvam exclusivamente para anunciar horas ou reali- gente:
zação de atos ou cultos religiosos, conforme regula- a) Notificação de Advertência, podendo as atividades
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
86
II - aos estabelecimentos com alvará de funcionamen- § 2º Entende-se por vias e logradouros públicos, para
to não afixados na entrada, ou vencidos: os fins desta Lei, a área compreendendo o leito car-
a) Notificação de Advertência com prazo de 5 (cinco) roçável, o meio-fio, as calçadas, a entrada e saída de
dias para fixação do Alvará, no caso dos estabeleci- veículos nas garagens e todas as áreas destinadas a
mentos já regularizados; pedestres.
b) multa de R$ 600,00, na primeira autuação e noti- § 3º Os equipamentos e critérios técnicos para medi-
ficação para a regularização em 15 (quinze) dias, no ções dos níveis de pressão sonora deverão atender à
caso do Alvará vencido; NBR nº 10.151, da Associação Brasileira de Normas
c) o valor da multa será dobrado até a 3ª reincidência, Técnicas - ABNT, sua atualização ou alteração.
após haverá interdição do estabelecimento, cessando § 4º São considerados ruídos sonoros aqueles produzi-
todas as atividades até a regularização para o exercí- dos em níveis superiores aos limites estabelecidos pela
cio da atividade; legislação mais restritiva.
d) fechamento administrativo, seguido de lacração de § 5º O resultado das medições indicados através do
todas as entradas do imóvel. equipamento de medição sonora, deverá ser registra-
§ 1º A desinterdição poderá ocorrer mediante reque- do, pelo profissional responsável pela fiscalização, em
rimento e apresentação do Termo de Compromisso de Auto de Infração especifico, posteriormente convertido
não realização de atividades sonoras de qualquer es- em multa, que permanecerá acessível aos interessados
pécie e/ou a regularização para exercício da atividade legitimados, podendo cópia ser entregue ao infrator,
sonora apresentando Laudo Técnico de medição de ou ser retirada no órgão responsável pela autuação,
ruído de acordo com as normas da ABNT - Associação posteriormente.
Brasileira de Normas Técnicas.
§ 2º Desatendido o previsto neste artigo, inciso I, alínea § 6º Excluem-se das proibições estabelecidas no ca-
“d”, o Executivo poderá aplicar nova multa no valor de put deste artigo os aparelhos de som utilizados em
R$ 15.000,00 (quinze mil reais) e notificação para, no veículos automotores em movimento quando se tra-
prazo de 48 (quarenta e oito) horas sejam retirados tar de veículos profissionais previamente adequados
todos os pertences, materiais, equipamentos e merca- à legislação vigente e devidamente autorizados pelo
dorias para posterior lacração do estabelecimento, a poder público.
qual será efetuada mediante fechamento de todas as § 7º Aos sábados, domingos e feriados os equipamen-
entradas e saídas com barreira física e permanecerá tos de som móveis com fins comerciais ou não só po-
sem autorização durante 2 (dois) anos, a contar da derão ser utilizados após as 09:00 horas.
data da lacração, para o exercício da mesma atividade Art. 10 A ação fiscalizatória relativa ao cumprimento
ou atividades congêneres. do disposto neste capítulo poderá ser desenvolvida de
§ 3º Todos os pertences e equipamentos ou quaisquer ofício, segundo as prioridades estabelecidas em plane-
produtos que não forem retirados nas 48 horas con- jamento, ou mediante denúncia.
cedidas pela notificação, serão de responsabilidade do Art. 11 A fiscalização do cumprimento às disposições
proprietário da empresa, o qual passará a ser fiel de- neste capítulo compete à Guarda Civil Municipal e aos
positário. agentes conveniados com a Prefeitura de Sorocaba.
§ 4º As medidas administrativas não impedem even- Art. 12 A infração ao disposto neste capítulo acarreta-
tuais medidas judiciais que poderão ser tomadas pela rá a aplicação de multa no valor de R$ 2.100,00 (dois
administração. mil e cem reais), valor que será dobrado na primei-
ra reincidência e quadruplicado a partir da segunda
Capítulo III reincidência, entendendo-se como reincidência o co-
DOS RUÍDOS SONOROS PROVENIENTES DE metimento da mesma infração num período inferior
APARELHOS DE SOM INSTALADOS EM VEÍCU- a 30 (trinta) dias.
LOS AUTOMOTORES ESTACIONADOS § 1º A penalidade descrita no caput tem caráter am-
biental e não exclui eventual aplicação das sanções pre-
Art. 9º Os veículos automotores estacionados em vistas no Código de Trânsito Brasileiro - CTB, por agente
vias e logradouros públicos do Município de Soroca- credenciado pelo órgão executivo de trânsito competente.
ba e aqueles estacionados em áreas particulares de § 2º Em caso de descumprimento ou recusa do atendi-
estacionamento direto de veículos por meio de guia mento da ordem para diminuir o volume do som, ade-
rebaixada ficam proibidos de emitir ruídos sonoros en- quando-o aos padrões estabelecidos pela legislação, a
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
quadrados como de alto nível pela legislação vigente autoridade municipal responsável poderá a seu critério,
mais restritiva, provenientes de aparelhos de som de e se possível, fazer a apreensão do aparelho de som.
qualquer natureza e tipo, portáteis ou não, especial- § 3º A apreensão e/ou remoção de veículos se dará
mente em horário noturno. nos caso e hipóteses previstos no Código de Trânsito
§ 1º Entende-se por aparelhos de som, para os fins Brasileiro - CTB por agente de trânsito credenciado
desta Lei, todos os tipos de aparelho eletroeletrônico pelo órgão executivo competente.
reprodutor, amplificador ou transmissor de sons, se- § 4º A aplicação das penalidades previstas no caput e
jam eles de rádio, de televisão, de vídeo, de CD, de das medidas administrativas previstas nos parágrafos
DVD, de MP3, de iPod, celulares, gravadores, viva voz, anteriores não exclui eventual infração penal por de-
instrumentos musicais ou assemelhados. sobediência a ordem legal.
87
§ 5º Considera-se infrator o proprietário do veículo em de prestar apoio operacional às ações desenvolvidas
que se encontra instalado o equipamento de som com pela Secretaria do Meio Ambiente nas vias e logra-
emissão de ruídos sonoros acima do permitido. douros públicos.
Art. 13 Aos sábados, domingos e feriados, os equipa- Art. 19 Considera-se infrator, para os fins desta Lei,
mentos de som móveis com fins comerciais ou não, o proprietário do veículo em que se encontra ins-
que forem flagrados em operação antes das 09h00min talado o escapamento ou componente emissor de
e após as 22h00min, sofrerão as mesmas sansões pre- ruídos sonoros acima do permitido.
vistas no art. 12 desta Lei. Art. 20 A emissão de ruídos fora das normas e con-
dições estabelecidas nesta Lei, produzidos por esca-
Capítulo IV pamento de veículos automotores ou demais com-
DOS RUÍDOS SONOROS PROVENIENTES DE ES- ponentes definidos no art. 14 desta Lei, sujeitam o
CAPAMENTO VEICULAR infrator às seguintes sanções:
I - aplicação de multa de caráter ambiental, lavra-
Art. 14 Fica proibido à emissão de ruídos fora das nor- da por agente fiscalizador, no valor de R$ 2.100,00
mas e condições estabelecidas nesta Lei, produzidos (dois mil e cem reais), valor que será dobrado na
por escapamento de veículos automotores. primeira reincidência e duplicado a partir da se-
Art. 15 Fica estabelecido, para os veículos automoto- gunda reincidência, entendendo-se como reinci-
res, inclusive os encarroçados, complementados e mo- dência o cometimento da mesma infração em perí-
dificados, nacionais ou importados, limites máximos odo inferior a 30 (trinta) dias; e
de ruídos nas proximidades do escapamento, para fins II - aplicação de multa, apreensão e/ou remoção do
de fiscalização em vias e logradouros públicos do Mu- veículo para regularização, por agentes de trânsito,
nicípio de Sorocaba. nos caso e hipóteses constantes no Código Brasilei-
§ 1º As diretrizes gerais e os limites máximos de emis- ro de Trânsito - CTB e resoluções.
são de ruídos seguirão as definições previstas na Re-
solução nº 418, de 25 de novembro de 2009, do Con- Capítulo V
selho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA e suas DOS RUÍDOS SONOROS PROVENIENTES DE ALAR-
atualizações. MES DE SEGURANÇA SONORO
§ 2º Os procedimentos de medição seguem o estabele-
cido pela NBR 9714/1999 e suas atualizações. Art. 21 Este capítulo estabelece critérios e normas para
Art. 16 Os veículos concebidos exclusivamente para o uso de alarmes de segurança sonoro, residencial e
aplicação militar, agrícola, de competição, tratores, comercial e dá outras providências.
máquinas de terraplanagem, de pavimentação e ou- Art. 22 Fica proibido perturbar o sossego e o bem-
tros de utilização especial, bem como, aqueles que não -estar público com ruídos, vibrações, sons excessivos
são utilizados normalmente para o transporte urbano ou incômodos de qualquer natureza, produzidos por
e/ou rodoviário, serão dispensados do atendimento alarmes instalados em residências e estabelecimentos
das exigências desta Lei. comerciais de qualquer forma que contrarie os crité-
Art. 17 Independentemente do nível de ruído medi- rios estabelecidos por esta Lei.
do, o motor, o sistema de escapamento, o sistema de Art. 23 O uso de alarmes sonoros de segurança, resi-
admissão de ar, encapsulamentos, barreiras acústicas dencial ou comercial, será permitido, desde que o si-
e outros componentes do veículo que influenciam di- nal sonoro não se prolongue por tempo superior a 10
retamente na emissão do ruído, deverão ser mantidos (dez) minutos no período diurno e vespertino, 3 (três)
conforme a configuração original do fabricante, não minutos no período noturno.
apresentando avarias, modificações ou estado avan- Art. 24 Para os efeitos deste capítulo, consideram-se
çado de deterioração. aplicáveis as seguintes definições:
§ 1º Caso o sistema e componentes de que trata o I - SOM: toda e qualquer vibração acústica capaz de
caput apresentem irregularidades os veículos estarão provocar sensações auditivas;
sujeitos às mesmas penalidades previstas na presente II - RUÍDO: qualquer som que cause ou possa causar
Lei para os que ultrapassam os limites de emissão de perturbações ao sossego público ou produzir efeitos
ruídos. psicológicos e/ou fisiológicos negativos em seres hu-
§ 2º O sistema de escapamento ou parte dele, insta- manos e animais.
lado pelo fabricante, poderão ser substituídos por sis- Art. 25 A pessoa física ou jurídica que infringir qual-
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
temas similares, desde que o nível de ruído não ultra- quer dispositivo desta Lei, seus regulamentos e demais
passe o limite previsto na legislação. normas dela decorrentes, fica sujeita às seguintes pe-
Art. 18 É de responsabilidade da Secretaria de Meio nalidades e advertências, independente da obrigação
Ambiente do Município de Sorocaba e dos órgãos da de cessar a transgressão e de outras sanções da União
administração com ela conveniadas, a fiscalização dos ou do Estado, civis ou penais:
níveis de emissão de ruídos proveniente do escapa- I - notificação por escrito;
mento dos veículos em circulação nas vias públicas, II - multa simples.
sem prejuízo de suas respectivas competências. § 1º Verificada a infração à presente Lei será aplicada
Parágrafo único. A Guarda Civil Municipal e o órgão ao responsável pelo imóvel ou estabelecimento causa-
Executivo de Trânsito Municipal terão a responsabili- dores dos incômodos, notificado e intimado a adotar
dade, dentro de suas competências, de fiscalização e as medidas corretivas, em prazo razoável, fixado pela
88
Prefeitura, prazo este que não deve ser superior a 3 Art. 26-C Os fogos de artifício e artefatos pirotécnicos
(três) meses. que não causem poluição sonora, considerando o limi-
§ 2º não atendendo o responsável à notificação, ser- te de 65 decibels podem ser livremente utilizados.
-lhe-á imposta multa, elevada ao dobro em cada rein- Parágrafo único. Para classificação de poluição sonora,
cidência, sem prejuízo da responsabilidade civil ou prevista no art. 26-B, serão consideradas as recomen-
criminal que, no caso, couber. dações da NBR 10.151 e NBR 10.152, ou as que lhe su-
§ 3º As multas previstas de que trata a legislação em cederem. (Redação acrescida pela Lei nº 11.634/2017)
questão, poderão, conforme o inciso II do presente Art. 26-D Em caso de descumprimento do art. 26-B,
artigo, ser repetidas diariamente até a satisfação das será aplicada multa de R$ 1.000,00 (mil reais), do-
exigências legais e regulamentares. brada em caso de reincidência, além da obrigação de
Art. 26 A pena de multa consiste no pagamento do va- cessar a transgressão. (Redação acrescida pela Lei nº
lor de R$ 500,00 (quinhentos reais) dobrado em caso 11.634/2017)
de reincidência.
Capítulo VI
CAPÍTULO V-A DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DE APLICAÇÃO
DOS RUÍDOS E SONS PROVENIENTES DE APARE- DE SANÇÕES
LHOS DE SENHA (Redação acrescida pela Lei nº
11.534/2017) Art. 27 Aos infratores penalizados, de acordo com esta
Lei, caberá prazo de 20 (vinte) dias para defesa ou im-
Art. 26-A A emissão de ruídos e sons provenientes pugnação do auto ou efetuar o recolhimento da im-
de aparelhos de senha, em decorrência de atividades portância devida aos cofres públicos municipais, inclu-
exercidas em ambientes públicos e privados no Muni- ídas as despesas com a lacração, remoção, apreensão,
cípio de Sorocaba, obedecerá aos padrões, critérios e estadia e depósito, se houver.
diretrizes estabelecidos por esta Lei. § 1º A defesa ou impugnação será apreciada pela
§ 1º A emissão de ruídos e sons originados de apare-
comissão julgadora de Recursos, podendo o autuado
lhos de senha, em todo o período de funcionamento
juntar quaisquer provas admitidas em direito para
dos estabelecimentos públicos e privados no Municí-
fundamentar sua defesa.
pio, obedecerá o limite máximo de tolerância de 85
§ 2º Da decisão caberá um único recurso de reconsi-
dB (oitenta e cinco decibéis) para ruído contínuo ou
deração de ato, no prazo de 10 dias, que deverá ser
intermitente do equipamento, seguindo a norma re-
endereçado ao presidente da comissão julgadora para
gulamentadora 15 (NR15).
reexamine total da matéria.
§ 2º Os ruídos contínuos ou intermitentes em apare-
lhos de senha serão medidos por decibelímetro, com § 3º O recurso será apreciado pela mesma comissão
leitura realizada próxima ao ouvido do trabalhador. julgadora de Recursos, podendo ser acompanhado de
§ 3º Para o cumprimento do disposto neste artigo, o novos documentos comprobatórios, devendo apresentar
Executivo deverá utilizar-se de recursos humanos de que fatos novos que não foram objeto de análise da comis-
dispõe para realizar a fiscalização devida nos estabeleci- são ou passaram despercebidos no julgamento anterior.
mentos públicos e privados, sendo concedida permissão § 4º Os recursos intempestivo, procrastinador ou que
aos agentes públicos e agentes credenciados pelo Execu- não apresente argumentos novos serão indeferidos de
tivo a entrada nos referidos estabelecimentos detentores plano pelo presidente da comissão.
de aparelhos de senha instalados no Município, onde po- § 5º As impugnações ou defesas e os recursos previstos
derão permanecer pelo tempo necessário, para as ava- nesta Lei não terão efeito suspensivo.
liações técnico-fiscais do cumprimento deste dispositivo. Art. 28 O Poder Executivo adotara todas as providên-
§ 4º Os estabelecimentos privados que infringirem este cias necessárias, no sentido de assegurar a transpa-
Capítulo estarão sujeitos a pena de multa no valor de R$ rência e publicidade aos processos de recursos nos
400,00 (quatrocentos reais), que será dobrado em caso termos da Lei.
de reincidência, além da obrigação de cessar a trans- Art. 29 No caso de deferimento do recurso fica o pro-
gressão. (Redação acrescida pela Lei nº 11.534/2017) prietário ou infrator liberado do pagamento da multa
e das custas referentes à lacração, remoção, apreen-
CAPÍTULO V-B são, estadia e depósito.
DOS RUÍDOS SONOROS PROVENIENTES DA QUEI- Art. 30 As impugnações ou defesas e os recursos pre-
MA E SOLTURA DE FOGOS DE ARTIFÍCIO E ARTEFA- vistos nesta Lei não terão efeito suspensivo.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
TOS PIROTÉCNICOS (Redação acrescida pela Lei nº Art. 31 Os prazos processuais desta Lei contam-se ex-
11.634/2017) cluindo o dia do começo e incluindo o do vencimento.
Parágrafo único. Considera-se prorrogado o prazo até
Art. 26-B Fica proibida a utilização de fogos de ar- o primeiro dia útil se o vencimento cair em feriado ou
tifício que causem poluição sonora, como estouros e em dia em que não houver expediente normal.
estampidos, acima de 65 (sessenta e cinco) decibels
nas áreas públicas do município de Sorocaba. Capítulo VII
Parágrafo único. A proibição à qual se refere este ar- DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
tigo estende-se a todas áreas públicas do município,
em recintos fechados e ambientes abertos. (Redação Art. 32 Para fins de aplicação desta Lei ficam definidos
acrescida pela Lei nº 11.634/2017) os seguintes horários:
89
I - DIURNO: compreendido entre 6h00 e 22h00; Projeto de Lei nº 613/2011 - autoria do EXECUTIVO.
II - NOTURNO: compreendido entre 22h00 e 6h00. A Câmara Municipal de Sorocaba decreta e eu pro-
Art. 33 Os valores das multas previstas nesta Lei serão mulgo a seguinte Lei:
atualizados anualmente, pela variação do Índice de
Preços ao Consumidor Amplo - IPCA, apurado pelo Art. 1º Fica estabelecida a exigência de alvará para
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, ou funcionamento em horário especial noturno ou 24
por outro índice que venha a substituí-lo. (vinte e quatro) horas, em bares e similares no muni-
Art. 34 O produto da arrecadação decorrente de multa cípio de Sorocaba, atendendo as exigências desta Lei
aplicada em razão desta Lei será revertido ao FAMA e salvo as exceções previstas na legislação pertinente.
- FUNDO DE APOIO AO MEIO AMBIENTE, exceto as (Redação dada pela Lei nº 10277/2012)
autuações lavradas com base no Código de Trânsito
Brasileiro - CTB e Resoluções do Conselho Nacional de § 1º Caracterizam-se como bares e similares, os esta-
Trânsito - CONTRAN. belecimentos nos quais, além da comercialização de
Art. 35 A administração efetuará fiscalização desta Lei produtos e gêneros específicos a esse tipo de atividade,
através do órgão competente e agentes conveniados haja venda de bebidas alcoólicas para consumo ime-
sempre que julgar conveniente. diato no próprio local.
Art. 36 Situações consolidadas de interesse social e de- § 2º A obtenção de alvará para funcionamento em
correntes de alterações do Plano Diretor poderão ser horário especial noturno ou 24 (vinte e quatro) horas,
objeto de Termo de Ajuste de Condutas e conciliações. dependerá do atendimento às exigências previstas no
Art. 37 As Igrejas ou templos religiosos que tiverem art. 2º desta Lei, levando-se em conta, em especial, o
dado entrada no pedido de regularização, ficarão combate à violência e à criminalidade, preservadas as
isentos de qualquer penalidade prevista nesta Lei. condições de higiene e de segurança do público e do
(Veto Parcial nº 42/2016 - Rejeitado) Lei nº 11.367, de prédio. (Redação dada pela Lei nº 10277/2012)
12 de julho de 2016, ação julgada procedente, artigo § 3º Será incumbência da Secretaria de Segurança Co-
munitária, adotar as providências necessárias à fisca-
37 declarado inconstitucional por decisão judicial pro-
lização das disposições contidas nesta Lei.
ferida pelo Órgão Especial do Tribunal de Justiça de
§ 4º Para o cumprimento das determinações constan-
São Paulo na Ação Direta de Inconstitucionalidade nº
tes do parágrafo anterior, a Secretaria de Segurança
2256472-47.2016.8.26.0000 (PA nº 27.777/2016)
Comunitária poderá convocar outros órgãos perten-
Art. 38 As despesas decorrentes da execução desta Lei
centes ao Poder Público Municipal, bem como convi-
correrão por conta das dotações orçamentárias pró-
dar órgãos pertencentes à União e ao Estado, em es-
prias, suplementadas, se necessário.
pecial a Polícia Federal, a Polícia Civil e Polícia Militar
Art. 39 Esta Lei entra em vigor na data de sua publica- sediadas em Sorocaba.
ção, revoga-se expressamente a Lei nº 4.913, de 4 de § 5º O Alvará de funcionamento para horário especial
setembro de 1995, Lei nº 5.407, de 2 de julho de 1997, noturno, será expedido pelo órgão competente, a título
Lei nº 9.426, 15 de dezembro de 2010, Lei nº 8.430, provisório por 01 (um) ano, podendo ser renovado por
de 14 de abril de 2008, Lei nº 8.161, de 14 de maio de iguais períodos. (Redação dada pela Lei nº 10277/2012)
2007 e Lei nº 10.831, de 20 de maio de 2014. § 6º Comissão especificamente constituída pelo Exe-
cutivo Municipal, composta por 02 (dois) membros
Palácio dos Tropeiros, em 12 de julho de 2 016, da Secretaria Jurídica, 02 (dois) membros da Secre-
361º da Fundação de Sorocaba. taria de Segurança Comunitária, 02 (dois) membros
da Divisão de Vigilância Sanitária Municipal, 02 (dois)
ANTONIO CARLOS PANNUNZIO membros do Sindicato dos Bares e Similares de Soro-
Prefeito Municipal caba, 02 (dois) membros da Polícia Militar e 02 (dois)
ANTONIO BENEDITO BUENO SILVEIRA membros da Polícia Civil, analisará quanto à conces-
Secretário de Governo e Segurança Comunitária são, renovação ou cassação de Alvará Provisório.
MAURÍCIO JORGE DE FREITAS § 7º Os estabelecimentos comerciais denominados
Secretário de Negócios Jurídicos bares, já com alvará de funcionamento expedido, in-
Publicada na Divisão de Controle de Documentos e dependentemente da zona onde estão localizados, po-
Atos Oficiais, na data supra. derão obter o alvará para funcionamento em horário
CELSO TARCÍSIO BARCELLI especial noturno ou 24 (vinte e quatro) horas. (Reda-
Chefe da Procuradoria Administrativa em substituição ção dada pela Lei nº 10277/2012)
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
90
I - Inscrição Municipal; § 2º Após interdição do estabelecimento, e transcor-
II - Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros; rido o prazo de 12 (doze) meses, o Executivo poderá
III - Licença de Funcionamento emitida pela Divisão conceder nova licença de funcionamento, para a mes-
de Vigilância Sanitária Municipal; ma atividade, atendida a legislação vigente.
IV - laudo indicando tratamento acústico, quando § 3º Os estabelecimentos denominados bares ou simi-
houver música ao vivo ou eletrônica, exceto a de corda lares, a que se referem os artigos anteriores, terão o
de voz. (Redação dada pela Lei nº 10277/2012) prazo até o dia 31 de dezembro de 2012, para provi-
V - os novos estabelecimentos comerciais denomina- denciarem as adequações necessárias ao atendimento
dos bares ou similares, deverão comprovar que o local desta Lei, inclusive aqueles que possuem sistema de
possui acesso adequado à pessoas com deficiência. som eletrônico ou ao vivo, providenciarem o sistema
(Redação dada pela Lei nº 10277/2012) acústico necessário para o funcionamento em horário
VI - Alvará de Licença para Construção, Reforma ou especial noturno ou 24 (vinte e quatro) horas. (Reda-
Ampliação e respectiva certidão de conclusão da obra ção dada pela Lei nº 10277/2012)
para a atividade em questão, quando for o caso; Art. 5º Constatada a ocorrência de desvio de finalida-
VII - parecer favorável da Comissão mencionada no § de em atividades comerciais, industriais, de prestação
6º do art. 1º desta Lei. de serviços ou particulares com características resi-
Parágrafo Único. Para fins do disposto no inciso II des- denciais, poderá o estabelecimento ou o imóvel sofrer
te artigo, a apresentação do Auto de Vistoria do Corpo interdição e/ou lacração imediata, independente das de-
de Bombeiros deve ser feita nos termos da Lei nº 2.095, mais medidas e sanções administrativas e judiciais cabíveis.
de 09 de dezembro de 1980. (Redação acrescida pela § 1º Para os termos da presente Lei, desvio de finali-
Lei nº 10277/2012) dade é toda prática ilegal constatada e comunicada
Art. 3º Ficam os bares e similares obrigados a afixar, formalmente pela Polícia Federal, Polícia Militar e Po-
em local de fácil visualização do público, os seguintes lícia Civil, pela Secretaria de Segurança Comunitária
documentos: através da Área de Fiscalização e Guarda Civil Muni-
- Ficha de Inscrição Municipal; cipal, para a qual o estabelecimento fiscalizado não
II - Alvará de Licença para Construção, Reforma ou possui autorização.
Ampliação e respectiva certidão de conclusão da obra, § 2º Os proprietários dos imóveis inseridos nas prá-
quando for o caso; ticas previstas no parágrafo anterior, poderão ser so-
III - Licença de Funcionamento emitido pela Divisão lidariamente responsabilizados, se comprovada sua
de Vigilância Sanitária Municipal; coautoria, garantido o direito de defesa.
IV - o Horário de Funcionamento; Art. 6º A prática de desvio de finalidade prevista no
V - Aviso de Advertência quanto à proibição de ven- artigo anterior, acarretará aos infratores as seguintes
da, fornecimento, entrega e permissão de consumo de penalidades:
bebida alcoólica, ainda que gratuitamente, aos me- I - multa de R$ 1.000,00 (mil reais) e interdição tem-
nores de 18 (dezoito) anos, na forma prevista pela Lei porária por 10 (dez) dias;
Estadual nº 14.592, de 19 de outubro de 2011 e do art. II - na primeira reincidência, multa de R$ 3.000,00 (três
243, da Lei Federal nº 8.069, de 13 de julho de 1990 - mil reais) e interdição temporária por 30 (trinta) dias;
ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente). III - na segunda reincidência, interdição com coloca-
§ 1º O documento constante no inciso II deste artigo,
ção de obstáculos físicos (corrente, cadeado, tapume
refere-se às exigências dos estabelecimentos para fun-
e/ou alvenaria) e multa de R$ 5.000,00 (cinco mil
cionamento em horário especial noturno ou 24 (vinte e
reais), permanecendo sem autorização por 02 (dois)
quatro) horas. (Redação dada pela Lei nº 10277/2012)
anos, a contar da data da interdição, para o exercício
§ 2º No caso de descumprimento do contido no “ca-
da mesma atividade ou atividades congêneres.
put” deste artigo, os proprietários dos estabelecimen-
Art. 7º No caso de desrespeito à interdição, aplicar-se-
tos terão prazo de 30 (trinta) dias para providenciar
-á multa de R$ 10.000,00 (dez mil reais), sem prejuízo
a regularização, ficando, após este prazo, sujeitos às
penalidades previstas nesta Lei. das ações judiciais cabíveis.
Art. 4º Os estabelecimentos que funcionarem em ho- rt. 8º A desinterdição, nos casos citados no art. 6º,
rário especial noturno ou 24 (vinte e quatro) horas e incisos I e II desta Lei, somente ocorrerá mediante a
não cumprirem as determinações desta Lei, ficam su- apresentação dos seguintes documentos:
jeitos as seguintes penalidades: (Redação dada pela I - requerimento solicitando a desinterdição;
Lei nº 10277/2012) II - Termo de Compromisso de que não irá exercer ati-
vidades ilegais;
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
91
Art. 10 Antes da aplicação das penalidades previstas Artigo 3º as despesas com aplicação da presente Lei
nesta Lei, far-se-á ampla divulgação de seu conteúdo. correrão por conta própria do orçamento; (Acresci-
Art. 11 As despesas decorrentes da execução da pre- do pela Lei nº 5216/1996)
sente Lei correrão por conta de verbas orçamentárias Artigo 4º Esta lei entrará em vigor na data de sua
próprias. publicação, revogadas as disposições em contrário.
Art. 12 Esta Lei entra em vigor na data de sua publi- (Renumerado pela Lei nº 5216/1996)
cação. Palácio dos Tropeiros, em 29 de setembro de 1.987,
334º da fundação de Sorocaba.
Palácio dos Tropeiros, em 25 de Abril de 2012, 357º da
Fundação de Sorocaba. PAULO FRANCISCO MENDES
(Prefeito Municipal)
VITOR LIPPI
Prefeito Municipal
LUIZ ANGELO VERRONE QUILICI LEI Nº 10.051, DE 25 DE ABRIL DE 2012.
Secretário de Negócios Jurídicos
JOSÉ AILTON RIBEIRO DISPÕE SOBRE A PROIBIÇÃO DA PRÁTICA DOS ATOS
Secretário de Governo e Relações Institucionais QUE MENCIONA E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
VALMIR DE JESUS RODRIGUES ALMENARA
Secretário de Planejamento e Gestão Projeto de Lei nº 24/2008 - autoria do EXECUTIVO.
ROBERTO MONTGOMERY SOARES A Câmara Municipal de Sorocaba decreta e eu pro-
Secretário da Segurança Comunitária mulgo a seguinte Lei:
JOSÉ CARLOS COMITRE
Secretário da Habitação e Urbanismo Art. 1º As empresas publicitárias e profissionais não
ADEMIR HIROMU WATANABE regulamentados responsáveis pela distribuição de
Secretário da Saúde panfletos, jornais publicitários, cartazes e congêneres
Publicada na Divisão de Controle de Documentos e ficam proibidos de:
Atos Oficiais, na data supra. I - distribuí-los nas vias públicas e logradouros do
MARIA APARECIDA MARINS DAEMON Município;
Chefe da Divisão de Protocolo Geral II - colocá-los na parte externa de veículos estaciona-
Chefe da Divisão de Controle de Documentos e Atos
dos ou que estejam transitando pelas vias públicas do
Oficiais
Município, e;
II - afixá-las em postes, árvores, tapumes, muros, pa-
redes e similares.
LEI Nº 2590, DE 29 DE SETEMBRO DE 1.987.
Parágrafo Único. Excetuam-se da proibição supra, as
campanhas e ou promoções patrocinadas pelos Pode-
DISPÕE SOBRE PROIBIÇÃO DE PROPAGANDA CO-
res Públicos ou por eles autorizadas.
MERCIAL ATRAVÉS DE ALTO FALANTE EM VEÍCULOS.
Art. 2º É permitida a distribuição de panfletos, jornais
A Câmara Municipal de Sorocaba decreta e eu pro- publicitários, cartazes e congêneres em imóveis resi-
mulgo a seguinte lei: denciais e comerciais, desde que sejam devidamente
colocados em suas caixas de correio ou no interior do
Artigo 1º Nenhuma propaganda comercial através de imóvel, ficando expressamente vedada a colocação
alto-falante em veículos, poderá ser feita na Zona Co- deste material em grades, portões, muros, passeios
mercial Principal, assim, delimitada: públicos (calçadas externas aos imóveis) ou similares.
§ 1º A colocação de qualquer espécie dos materiais
Parte da Praça Dom Tadeu Strunck, segue pela Ave- mencionados nesta Lei nas caixas de correio dos imó-
nida Dom Aguirre até a Praça Lions, segue pela Avenida veis residenciais e comerciais deve ser feita de modo a
Afonso Vergueiro, depois pela Avenida Eugênio Salerno respeitar o limite do volume das mesmas, sem danifi-
até a Praça Nove de julho, segue pela Avenida Moreira cá-las e de modo que permita a colocação das demais
Cesar até a Praça Tancredo Neves e, segue pela Avenida correspondências neste compartimento.
Presidente Juscelino Kubistchek de Oliveira, até a Praça § 2º A deposição de qualquer espécie dos materiais
mencionados nesta Lei no interior dos imóveis deve
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
92
I - multa pecuniária no valor de R$ 1.000,00 (hum mil Art. 13 O infrator tomará ciência das decisões da au-
reais), dobrado a cada reincidência; toridade administrativa.
II - cassação do alvará de funcionamento e lacração I - pessoalmente ou por seu procurador, à vista do pro-
do estabelecimento em caso de ocorrência da quarta cesso;
reincidência; II - por carta registrada, ou;
Parágrafo Único. Independentemente das sanções III - através de imprensa Oficial do Município, consi-
previstas nesta Lei, o material publicitário utilizado derando-se efetivada 5 (cinco) dias após a publicação.
pelos infratores para prática do ilícito será apreendido Art. 14 Fica proibida a inscrição de nomes de pessoas
e destinado a fins convenientes. em muros, ressalvados os casos de propaganda co-
Art. 5º O estabelecimento beneficiado pela publicida- mercial autorizados em legislação própria.
de em questão, responderá solidariamente quando: Art. 15 As despesas com a execução da presente Lei
I - não for possível identificar a empresa publicitária correrão por conta de verba orçamentária própria, su-
responsável pela prática dos atos ora vedados, ou; plementada se necessário.
II - tratar-se de empresa publicitária responsável pela Art. 16 Esta Lei entra em vigor na data de sua publi-
prática dos atos ora vedados não inscrita no Município cação, ficando mantidas as disposições constantes das
de Sorocaba. Leis nºs 4.828, de 7 de Junho de 1995 e, 6.068, de 3
Art. 6º Ocorrendo uma das hipóteses previstas nos de Dezembro de 1999, não reguladas pela presente
incisos I e II do art. 4º, desta Lei, o estabelecimento Norma.
beneficiado pela publicidade será punido, alternativa-
mente, a juízo da autoridade administrativa, com: Palácio dos Tropeiros, em 25 de Abril de 2012, 357º da
I - pena de prestação de um serviço ou obra pública, Fundação de Sorocaba.
a ser definido em decreto regulamentador, de forma a
reparar o dano ao meio ambiente e à saúde pública VITOR LIPPI
decorrente do ato infracional previsto nesta Lei; ou Prefeito Municipal
II - multa pecuniária no valor de R$ 1.000,00 (hum mil LUIZ ANGELO VERRONE QUILICI
reais), dobrado a cada reincidência. Secretário de Negócios Jurídicos
Art. 7º As sanções previstas nesta Lei serão aplicadas JOSÉ AILTON RIBEIRO
por servidores municipais pertencentes às carreiras de: Secretário de Governo e Relações Institucionais
I - Auxiliar de Fiscalização; VALMIR DE JESUS RODRIGUES ALMENARA
II - Fiscal de Saúde Pública; Secretário de Planejamento e Gestão
III - Fiscal de Serviços II; ROBERTO MONTGOMERY SOARES
IV - Guarda Municipal de Primeira Classe; Secretário da Segurança Comunitária
V - Guarda Municipal de Segunda Classe; FERNANDO MITSUO FURUKAWA
VI - Fiscal de Serviço I; Secretário de Finanças
IV - Fiscal de Abastecimento (Redação dada pela Lei Publicada na Divisão de Controle de Documentos e
nº 10166/2012) Atos Oficiais, na data supra.
Art. 8º Os valores das penas pecuniárias aqui esti- MARIA APARECIDA MARINS DAEMON
puladas serão corrigidas nas mesmas épocas e pelos Chefe da Divisão de Protocolo Geral
mesmos índices e critérios utilizados pela legislação Chefe da Divisão de Controle de Documentos e Atos
tributária em vigor. Oficiais
Art. 9º As infrações previstas nesta Lei serão apura-
das em processo administrativo próprio, iniciado com
a lavratura de auto de infração, observados os prazos
previstos nesta Lei.
LEI Nº 11.868, DE 15 DE FEVEREIRO DE 2019
Art. 10 O infrator poderá oferecer defesa ou impug-
Dispõe sobre a ordenação dos elementos que com-
nação do auto de infração no prazo de 10 (dez) dias
põem a paisagem urbana de Sorocaba, e dá outras pro-
contados de sua ciência.
vidências.
Art. 11 A defesa ou impugnação mencionada no ar-
Projeto de Lei nº 88/2017, de autoria do Executivo
tigo anterior será julgada pelo Chefe do Setor de Fis-
Fernando Alves Lisboa Dini, Presidente da Câmara
calização, ouvindo-se, preliminarmente, o servidor
Municipal de Sorocaba, de acordo com o que dispõe o §
autuante, o qual terá 10 (dez) dias para se pronunciar
8º, do Art. 46, da Lei Orgânica do Município de Sorocaba,
a respeito, seguindo-se a lavratura do auto de imposi-
e o § 4º do Art. 176 da Resolução nº 322, de 18 de setem-
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
93
Art. 2º Para fins de aplicação desta Lei considera- VII - anúncio: constitui-se de toda e qualquer mensa-
se paisagem urbana o espaço aéreo e a superfície gem propagada no engenho publicitário;
externa de qualquer elemento natural ou construído, VIII - anúncio indicativo: aquele que visa especifica-
tais como água, fauna, flora, construções, edifícios, mente indicar, o próprio estabelecimento ou endereço
anteparos, superfícies aparentes de equipamentos de da atividade exercida no local;
infra-estrutura, de segurança, anúncios de qualquer IX - anúncio institucional: aquele que possui caracte-
natureza, elementos de sinalização urbana, equipa- rísticas específicas de utilidade pública, com finalidade
mentos de informação e comodidade pública e lo- cultural, eleitoral ou educativa, inclusive os patrocina-
gradouros públicos, visíveis por qualquer observador dos;
situado em áreas de uso comum do povo. X - anúncio publicitário: aquele destinado à veiculação
Art. 3º Constituem objetivos da ordenação da de mídia exterior com o intuito de propagar campa-
paisagem do município de Sorocaba o atendimento nhas promocionais, de produtos, de serviços, de feiras
ao interesse público em consonância com os direitos e eventos, de princípios e propósitos, de conhecimen-
fundamentais da pessoa humana e as necessidades de tos ou de teorias, etc.;
conforto ambiental, com a melhoria da qualidade de XI - aplique: elemento acessório que poderá ser apli-
vida urbana. cado ao engenho publicitário, podendo exceder a área
§ 1º Todos têm direito à boa qualidade estética e do quadro de exibição do anúncio;
referencial da paisagem urbana, sendo dever do XII - área total de exibição da mensagem: a soma das
Poder Público Municipal e da coletividade, protegê-la áreas de exibição do anúncio, expressa em metros
e promovê-la para as atuais e futuras gerações. quadrados;
§ 2º A paisagem urbana constitui direito difuso de todos. XIII - área de exibição: é a área que compõe cada face
Art. 4º Constituem objetivos da ordenação todos os destinada a veiculação de anúncio, do engenho pu-
elementos urbanísticos em especial o da instalação e blicitário;
manutenção de engenhos publicitários na modalidade XIV - quota: é o coeficiente que, multiplicado pela área
de mídia exterior, para os efeitos de aplicação desta da testada do imóvel privado ou não onde se preten-
Lei ficam estabelecidas as seguintes definições: de instalar o engenho publicitário, possibilita obter a
I - anúncio: qualquer veículo de comunicação visual área total máxima de exibição de anúncio permitida,
presente na paisagem visível do logradouro público, expressa em metros quadrados;
composto de área de exposição e estrutura, podendo ser: XV - engenho publicitário: conjunto composto por es-
a) anúncio indicativo: aquele que visa apenas identifi- trutura de sustentação e quadro de exibição de anún-
car, no próprio local da atividade, os estabelecimentos cio;
e/ou profissionais que dele fazem uso; XVI - empena cega: é a face lateral externa da edifica-
b) anúncio publicitário: aquele destinado à veiculação ção vertical que não apresenta aberturas destinadas à
de publicidade, instalado fora do local onde se exerce ventilação e/ou insolação;
a atividade; XVII - comprimento do engenho publicitário: é a dis-
c) anúncio especial: aquele que possui características tância entre a lateral direita e esquerda da área de
específicas, com finalidade cultural, eleitoral, educati- exibição de anúncio;
va ou imobiliária. XVIII - mensagem: assunto, tema, palavra ou texto,
II - bem de uso comum do povo: patrimônio público, desenho gráfico ou fotográfico que compõe o anúncio;
da União, do Estado ou do Município, de uso restrito XIX - mobiliário urbano: é o conjunto de equipamen-
com destinação específica a utilização específica a lo- tos instalados direta ou indiretamente pela Municipa-
gradouros, parques e vias públicas, cuja ocupação por lidade, em bens de uso comum do povo (logradouros
terceiros depende de autorização ou cessão de uso da públicos), compreendendo abrigo de ônibus e de táxi,
Municipalidade; conjunto toponímico, relógio de hora e temperatura,
III - bem de uso comum especial: patrimônio imobili- lixeira, banco de praça e parque, cercado protetor de
ário da União, do Estado ou do Município, destinado a muda de árvore e placa de segurança e direcionamen-
receber instalações de diferentes repartições públicas, to de pedestres (esquina de ruas movimentadas);
podendo ser alienado e compartilhado parcial ou to- XX - outdoor: nomenclatura usual para definir de for-
talmente com terceiros; ma genérica diferentes tipos de engenhos publicitá-
IV - bem dominical: patrimônio imobiliários da União, rios;
do Estado ou do Município, não sujeitos a usucapião, XXI - painel eletrônico: engenho publicitário composto
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
no aguardo de destinação, podendo ser alienado a por tela eletrônica de exibição de anúncio com tec-
terceiros; nologia de projeção de imagens em movimento ou
V - altura máxima do engenho publicitário (h. max.): estática;
é a distância vertical máxima entre o ponto médio do XXII - etiqueta: placa de identificação da empresa exi-
passeio e o ponto mais alto do quadro de exibição do bidora;
engenho; XXIII - painel informativo: painel luminoso para in-
VI - altura mínima do engenho publicitário (h. min.): formação a transeuntes, consistindo num sistema de
é a distância vertical mínima entre o ponto médio do sinalização vertical, que identificará através de mapa
passeio e o ponto mais baixo do quadro de exibição pontos de interesse turístico, histórico e de mensagem
do engenho; de caráter cultural e educativo;
94
XXIV - paisagem urbana: configuração da contínua I - oferecer condições de segurança ao público;
e dinâmica interação entre os elementos naturais, os II - ser mantido em bom estado de conservação, no
elementos edificados ou artísticos e o próprio homem, que tange a estabilidade, resistência dos materiais e
numa constante relação de escala, forma, função e aspecto visual;
movimento; III - receber tratamento final adequado em todas as
suas superfícies, inclusive na sua estrutura;
XXV - propaganda: conjunto de técnicas utilizadas IV - atender as normas técnicas pertinentes à segu-
para prorrogação de campanhas institucionais e de rança e estabilidade de seus elementos;
produtos, serviços, de eventos e feiras, de fé, de conhe- V - atender as normas técnicas emitidas pela Associa-
cimentos, de teorias, etc.; ção Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, pertinentes
XXVI - altura da edificação (h. ed.): é a distância ver- às distâncias das redes de distribuição de energia elé-
tical entre o ponto mais alto do solo imediatamente trica, ou a parecer técnico emitido pelo órgão público
abaixo do anúncio e a cobertura da edificação; estadual ou empresa responsável pela distribuição de
XXVII - rarefação: distância longitudinal entre enge- energia elétrica;
nhos publicitários agrupados ou não, de mesma face, VI - respeitar a vegetação arbórea significativa defini-
restringida nesta Lei; da por normas específicas;
XXVIII - publicidade: conjunto de técnicas de ação VII - não prejudicar a visibilidade de sinalização de
coletiva utilizada no sentido de promover atividades trânsito ou outro sinal de comunicação institucional,
comercial, industrial e de serviços, conquistando, au- destinado à orientação do público, bem como a nume-
mentando ou mantendo cliente. ração imobiliária e a denominação dos logradouros;
Art. 5º Para os fins desta Lei, não são considerados VIII - não provocar reflexo, brilho ou intensidade de luz
anúncios: que possa ocasionar ofuscamento, prejudicar a visão
- os nomes, símbolos, entalhes, relevos ou logotipos, dos motoristas, interferir na operação ou sinalização
incorporados à fachada por meio de aberturas ou gra-
de trânsito ou, ainda, causar insegurança ao trânsito
vados nas paredes, sem aplicação ou afixação, inte-
de veículos e pedestres, quando com dispositivo elétri-
grantes de projeto aprovado das edificações;
co ou com película de alta reflexividade;
II - as denominações de prédios e condomínios;
IX - não prejudicar a visualização de bens de valor
III - os que contenham referências que indiquem lo-
cultural; e
tação, capacidade e os que recomendem cautela ou
X - receber tratamento de proteção antioxidante se for
indiquem perigo, desde que sem qualquer legenda,
o caso, e pintura em todas as suas superfícies, inclusi-
dístico ou desenho de valor publicitário;
IV - os que contenham mensagens obrigatórias por ve na sua estrutura de sustentação.
Legislação Federal, Estadual ou Municipal; § 1º Dos engenhos publicitários instalados, cada
V - os que contenham mensagens indicativas de coo- exibidora obrigatoriamente reservará 5% (cinco por
peração com o Poder Público Municipal, Estadual ou cento) de seus espaços para veiculação de campanhas
Federal; institucionais ou de utilidade pública, a critério da
VI - os que contenham mensagens indicativas de ór- Municipalidade.
gãos da Administração Direta ou Indireta; § 2º Para os engenhos publicitários Tipo II e IV, a reserva
VII - os que contenham indicação de monitoramento será por quantidade de engenhos instalados, e de seu
de empresas de segurança com área máxima de 0,04 tempo ou quantitativos de inserções, respectivamente.
m² (quatro decímetros quadrados); § 3º Para os engenhos publicitários Tipo I, III, V, VI
VIII - aqueles instalados em áreas de proteção am- e VII, a reserva obrigatória de 5% (cinco por cento)
biental que contenham mensagens institucionais com da área útil de exibição compreendida pelos engenhos
patrocínio; instalados, será compensada por engenho publicitário
IX - os banners ou pôsteres indicativos dos eventos cul- Tipo II, que deverá ser instalado e conservado sob
turais que serão exibidos na própria edificação, para as expensas da respectiva exibidora, em próprios
museu ou teatro, desde que não ultrapassem 10% (dez determinados pela Municipalidade.
por cento) da área total de todas as fachadas; e § 4º É de exclusiva responsabilidade da Municipalidade,
X - as identificações e personalização de frota em veí- a criação de layout, e respectiva arte final e produção
culos que as empresas utilizam para logística e para a das mídias, bem como sua entrega e logística junto
realização de seus serviços a identificação das empre- à exibidora, das campanhas institucionais ou de
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
95
III - postes de iluminação pública ou de rede de tele- de junho de 1965, e no Decreto nº 57.690, de 1º de
fonia, inclusive cabines e telefones públicos, conforme fevereiro de 1966, estando sujeito às penalidades a
autorização específica, exceção feita ao mobiliário ur- serem aplicadas pelo CONAR (Conselho Nacional
bano nos pontos permitidos pela Prefeitura; de Auto Regulamentação Publicitária), conforme o
IV - torres ou postes de transmissão de energia elé- disposto no Código Brasileiro de Auto Regulamentação
trica; Publicitária e em seus Anexos, em especial fica vedada
V - sobre dutos de gás e de abastecimento de água, as que:
hidrantes, torres d’água e outros similares; I - apresente conjunto de formas e cores que se con-
VI - faixas ou placas acopladas à sinalização de trân- fundam com as convencionadas internacionalmente
sito; para as diferentes categorias de sinalização vertical
VII - obras públicas de arte, tais como pontes, passare- de trânsito;
las, viadutos e túneis, ainda que de domínio Estadual II - apresente conjunto de formas e cores que se con-
e Federal; fundam com as consagradas pelas normas de segu-
VIII - estações e pátios de manobra de trens; rança para a prevenção e o combate a incêndios;
IX - bens de uso comum do povo a uma distância in- III - estimule o consumo ou o comércio de tabacos e
ferior a 50m (cinquenta metros) de obras públicas de cigarros;
arte, tais como túneis, passarelas, pontes e viadutos, IV - estimule o uso ou o comércio de armas de fogo;
bem como de seus respectivos acessos; V - veicule a publicidade ou a propaganda de mate-
X - nas árvores de qualquer porte; riais, produtos ou práticas de comercialização restrita
XI - pontes, viadutos, gasodutos, aquedutos, hidrantes, ou ilícita, assim como de mensagens atentatórias à se-
torres de caixa d’água e outros similares; gurança pública, à discriminação de gênero, raça e às
XII - imóveis tombados; outras formas de discriminação.
XIII - área de interesse turístico e/ou cultural, exceto as Art. 9º Nos imóveis edificados somente serão
autorizadas pela Municipalidade; permitidos anúncios indicativos das atividades neles
XIV - poste de iluminação pública ou de rede de tele- exercidas e que estejam em conformidade com as
fonia, inclusive cabine e telefone público; disposições estabelecidas na Lei de uso e ocupação do
XV - local que prejudique ou obstrua a visibilidade de solo em vigor.
bens tombados, mesmo que oblitere, mesmo que par- Parágrafo único. Não serão permitidas, nos imóveis
cialmente, a visibilidade de bens tombados; edificados ou não, a colocação de banners, faixas ou
XVI - prejudique a edificação em que estiver instalado qualquer outro elemento, dentro ou fora do lote, vi-
ou as edificações vizinhas. sando chamar a atenção da população para ofertas,
Parágrafo único. Fica proibida a instalação de enge- produtos ou informações que não aquelas estabeleci-
nhos publicitários em imóveis num raio de 100m (cem das nesta Lei.
metros) dos eixos do: Art. 10 Em imóveis com recuo frontal será permitida
a) Mosteiro de São Bento - Largo de São Bento; a instalação de anúncio indicativo paralelo ou
b) da Escola Estadual Antônio Padilha - Rua Prof. To- perpendicular ao seu alinhamento.
ledo, 77, em face dos Tombamentos Históricos, cons- Art. 11 Os proprietários, locatários e usuários de
tante da Resolução nº 41 de 12 de maio de 1982 e imóveis deverão manter os anúncios ou qualquer
da Resolução nº 60, de 21 de julho de 2010, respec- forma de publicidade, e assim os toldos instalados
tivamente, editadas pelo CONDEPHAAT - UPPH, do nas fachadas em adequadas condições de segurança,
Governo do Estado de São Paulo. limpeza e estética.
Art. 12 Nos imóveis de esquina será permitida a
Capítulo III instalação e colocação de anúncio indicativo em cada
DOS ANÚNCIOS INDICATIVOS uma de suas testadas, observados os limites e medidas
previstas no Decreto regulamentar desta Lei.
Art. 8º Fica autorizada aos proprietários, comerciantes, Art. 13 Ficam os proprietários, locatários e usuários de
industriais, prestadores de serviços, e usuários dos imóveis situados no perímetro urbano do município
prédios situados no perímetro urbano do Município de Sorocaba, obrigados a manter as fachadas, pilares
de Sorocaba, a instalação e colocação de anúncios e portas frontais de seus edifícios sem toldos, letreiros,
indicativos e toldos nas fachadas dos respectivos anúncios, produtos e mercadorias, placas ou qualquer
imóveis, desde que tais artefatos respeitem as outro meio visual que:
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
especificações, medidas, alturas, tamanhos e distâncias I - obstrua, de qualquer forma, o aspecto visual das
previstas em Decreto regulamentar desta Lei. fachadas de referidos edifícios, impedindo a visuali-
§ 1º Os anúncios indicativos dependerão, porém, zação das obras arquitetônicas, históricas, culturais,
de prévio requerimento administrativo com o artísticas, turísticas e paisagísticas locais; e
recolhimento da respectiva taxa, conforme legislação II - impeça o livre trânsito de veículos e equipamentos
tributária do município de Sorocaba, e somente destinados à manutenção da segurança local, princi-
poderão ser instalados após a devida emissão de licença palmente em caso de sinistros.
de instalação e funcionamento e de publicidade.
§ 2º As mensagens dos anúncios deverão respeitar
as diretrizes da legislação publicitária do país,
especialmente capituladas na Lei nº 4.680, de 18
96
Capítulo IV Parágrafo único. Os anúncios especiais de finalidade
DOS ANÚNCIOS PUBLICITÁRIOS imobiliária deverão estar contidos dentro do lote ou
afixados na fachada do imóvel.
Art. 14 A instalação de equipamentos para anúncios Art. 16 A instalação de anúncios especiais indepen-
publicitários somente será autorizada a pessoas dem de prévia autorização ou licença, ficando, porém,
jurídicas ou a empresários individuais que explorem sujeita às medidas, restrições e condições previstas
o ramo de atividade publicitária, que assim tenham nesta Lei e respectivo Decreto regulamentar, cuja in-
indicado em seu objeto social ou em seu Código fração implicará incidência de sanção administrativa.
Nacional de Atividades Econômicas - CNAE, e
dependerá de prévio requerimento administrativo Capítulo VI
com o recolhimento da respectiva taxa, conforme DO ANÚNCIO PUBLICITÁRIO NO MOBILIÁRIO UR-
Legislação tributária do município de Sorocaba. BANO
§ 1º Desde que mantidas as adequações com esta Lei
e respectivo Decreto regulamentar, a concessão de Art. 17 A veiculação de anúncios publicitários no
autorização para instalação de anúncios publicitários mobiliário urbano será feita nos termos estabelecidos
terá vigência pelo prazo de 12 (doze) meses, podendo em Lei específica, de iniciativa do Executivo.
ser renovado mediante requerimento administrativo a
ser protocolado no período entre 1 a 20 de dezembro Capítulo VII
do exercício anterior. DOS TIPOS DE ENGENHO PUBLICITÁRIO
§ 2º Para efeito da limitação prevista nesta Lei, a
concessão de renovação da autorização prevista no Art. 18 Para fins desta Lei, o engenho publicitário fica
parágrafo anterior, desde que protocolado no período classificado em:
previsto, terá preferência sobre outros requerimentos I - Tipo I: engenho publicitário com área máxima de
de concessão de autorização para instalação de exibição de 18 m² (dezoito metros quadrados) e altura
equipamentos para publicidade. máxima (h. máx.) de 9 m (nove metros), incluindo sua
§ 3º Será necessário requerimento administrativo estrutura de sustentação;
para renovação da concessão ainda que não sejam
II - Tipo II: engenho publicitário com área específica de
alteradas as características dos equipamentos para
exibição de 27 m² (vinte e sete metros quadrados) e al-
anúncios publicitários.
tura máxima (h. máx.) de 8 m (oito metros), incluindo
§ 4º Após o decurso do prazo de 12 (doze) meses, e não
suas estruturas de sustentação;
havendo requerimento administrativo de renovação,
III - Tipo III: engenho publicitário com área máxima de
a concessão de autorização para instalação de
exibição de 48 m² (quarenta e oito metros quadrados)
equipamentos para anúncios publicitários será
e altura máxima (h. máx.) de 15 m (quinze metros),
extinta independentemente de intimação, ficando o
requerente responsável pela imediata retirada de todo incluindo sua estrutura de sustentação;
o equipamento com a respectiva estrutura. IV - Tipo IV: engenho publicitário com tela eletrôni-
§ 5º As alterações nas características, dimensão, ou ca de alta definição com área máxima de exibição de 40
estrutura dos equipamentos para anúncios publicitários m² (quarenta metros quadrados) e área mínima de 24 m²
durante o prazo de vigência da autorização concedida (vinte e quarto), com altura máxima (h. máx.) de 18 m (de-
somente serão permitidas mediante prévio e específico zoito metros), incluindo sua estrutura de sustentação;
requerimento administrativo. V - Tipo V: engenho publicitário com área máxima de
exibição de 75 m² (setenta e cinco metros quadrados)
Capítulo V e altura máxima (h. máx.) de 18 m (dezoito metros),
DOS ANÚNCIOS ESPECIAIS incluindo sua estrutura de sustentação;
VI - Tipo VI: engenho publicitários a ser instalado em
Art. 15 Para os efeitos desta Lei, os anúncios especiais empena cega de edificação vertical, podendo exibir
são classificados em: mídia em tela vinílica impressa ou eletrônica com
I - de finalidade cultural: quando for integrante de imagens dinâmicas moderadas;
programa cultural, de plano de embelezamento da VII - Tipo VII: engenho publicitário a ser instalado em
cidade ou alusivo a data de valor histórico, não po- cobertura ou topo de edificação vertical, podendo exi-
dendo sua veiculação ser superior a 30 (trinta) dias, bir mídia em tela vinílica impressa ou eletrônica dinâ-
conforme Decreto específico do Executivo, que definirá micas moderadas;
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
97
I - o engenho publicitário do Tipo I a V deverá obede- II - a empresa exibidora que instalar este tipo de enge-
cer às cotas estabelecidas no Anexo II que integra esta nho em imóvel urbano edificado ou não é responsável
Lei, bem como: pela limpeza e manutenção inclusive jardinagem in-
a) estar instalado na área não edificada do imóvel; terna nas proximidades do engenho, no raio de 10 m
b) ter sua projeção ortogonal dentro dos limites dos (dez metros).
imóveis; Art. 25 O engenho publicitário do Tipo VI (empena)
II - todos os tipos de engenhos publicitários deverão deverá ainda atender os seguintes parâmetros:
atender os parâmetros previstos no Anexo I que inte- I - em edificação vertical independente de sua des-
gra esta Lei; e tinação e apresentar área máxima de até 50% (cin-
III - será permitida a instalação de diferentes Tipos de quenta porcento) da área total da empena cega em
engenhos publicitários no mesmo imóvel, desde que que for instalar;
atendida as exigências do Anexo II. II - em edificação vertical com altura superior a 20 m
Art. 20 O engenho publicitário do Tipo I (até 18 m²) (vinte metros);
deverá atender ainda os seguintes parâmetros: III - inexistência de engenho na cobertura de mesma
I - apresentar uma face por sentido da via, por quadra; face de visibilidade e sentido da via;
II - é vedada a utilização de estrutura de madeira e a IV - se em conjunto de edificação vertical, ser único
veiculação de anúncio por meio de cartaz de papel; por bloco, por face e sentido da via;
III - poderá ser iluminado; V - apresentar projeção ortogonal contida nos limites
IV - a empresa exibidora que instalar esse tipo de en- do perímetro da empena cega da edificação vertical;
genho em imóvel não edificado é responsável pela VI - é vedada a veiculação de anúncio por meio de
limpeza e manutenção inclusive jardinagem interna, cartaz de papel;
nas proximidades do engenho no raio de 10 m (dez VII - a empresa exibidora autorizada a instalar esse
metros). tipo de engenho deverá arcar com a conservação e
Art. 21 O engenho publicitário do Tipo II (27 m²) pintura da parede ou de outro revestimento existente,
deverá ainda atender os seguintes parâmetros: onde for ancorar a estrutura do engenho;
I - instalar o máximo de 02 (dois) engenhos por con- VIII - quando da retirada do engenho, a empena cega
junto de mesma face e sentido da via; deverá retornar ao estado original de pintura ou re-
II - rarefação mínima de 300 m (trezentos metros) vestimento, em bom estado de conservação e limpeza.
entre engenhos ou conjunto de engenhos de mesma Art. 26 O engenho publicitário do Tipo VII (topo)
face por sentido da via, instalados no imóvel. deverá atender os seguintes parâmetros:
III - a exibidora que instalar este tipo de engenho em I - poderá ser instalado no topo de edificação vertical
imóvel não edificado é responsável pela limpeza e independente de sua destinação;
manutenção inclusive a jardinagem interna, nas pro- II - em edificação vertical com altura mínima de 08 m
ximidades do engenho, no raio de 10 m (dez metros). (oito metros);
IV - é vedada a utilização de estrutura de madeira. III - altura máxima de 5 m (cinco metros);
V - é vedada a veiculação de anuncio em papel, quan- V - ter um único engenho por face de exibição e sen-
do este for composto por iluminação. tido da via;
Art. 22 O engenho publicitário do Tipo III (até 48 m²) V - é vedada a utilização de estrutura de madeira e
deverá ainda atender os seguintes parâmetros: a veiculação de anúncio por meio de cartaz de papel;
I - é vedada a utilização de estrutura de madeira, ex- VI - ter sua projeção ortogonal contida nos limites do
ceto nas margens de rodovias; perímetro da cobertura;
II - a exibidora que instalar este tipo de engenho em VII - não interferir em heliponto, heliporto, laje de se-
imóvel não edificado é responsável pela limpeza e gurança ou de dispositivo de para-raios.
manutenção inclusive jardinagem interna, nas proxi- Parágrafo único. A altura máxima definida no inciso
midades do engenho, no raio de 10 m (dez metros). III poderá ser alterada, admitindo-se valores maiores,
Art. 23 O engenho publicitário do Tipo IV (até 30 m²) mediante prévia análise técnica favorável da Secreta-
deverá ainda atender os seguintes parâmetros: ria de Planejamento e Projetos.
I - rarefação entre engenhos publicitários do mesmo
tipo e mesma face, é de no mínimo 100 m (cem me- Capítulo VIII
tros); DO ALVARÁ DE INSTALAÇÃO DO ENGENHO PU-
II - a exibidora que instalar este tipo de engenho pu- BLICITÁRIO
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
98
III - comprovante de licença de instalação, expedida § 3º Na situação prevista no caput deste artigo, a
pela Secretaria de Planejamento e Projetos, ou, quan- requerente fica isenta das sanções previstas pela
do for o caso, do protocolo de pedido sem resposta, se instalação do engenho publicitário sem a devida
decorridos 30 (trinta) dias; licença de instalação.
IV - cópia de comprovante de propriedade ou posse Art. 33 O Alvará de instalação do engenho publicitário
pacífica do imóvel utilizado, podendo ser contrato de será automaticamente cancelado nos seguintes casos:
locação ou outro instrumento de autorização; I - por solicitação da empresa exibidora, mediante re-
V - comprovante do pagamento dos tributos corres- querimento;
pondentes. II - na data de vencimento do prazo de sua validade,
caso não haja pedido de renovação com antecipação
Art. 28 A solicitação de licença para instalação de mínima de 60 (sessenta) dias;
engenho publicitário requer, além dos documentos III - se forem alteradas as características do engenho;
de identificação, da localização do imóvel e IV - quando ocorrer alteração do nome do contri-
dos responsáveis envolvidos, o comprovante de buinte do Imposto Predial e Territorial Urbano - IPTU,
pagamento da taxa lançada nos termos e de acordo desde que por solicitação do novo contribuinte e por
com as disposições do Código Tributário Municipal, motivação de alteração da titularidade do imóvel ou
quando for o caso. de seu possuidor;
Parágrafo único. Quando deferido o pedido de licen- V - por infringência a qualquer das disposições desta
ciamento de engenho publicitário, o Alvará de Instala- Lei ou de seu decreto regulamentador, caso não sejam
ção será expedido após a publicação no jornal oficial sanadas as irregularidades dentro dos prazos previs-
- Município de Sorocaba. tos;
Art. 29 Todos os pedidos de licenciamentos de engenho VI - pelo não atendimento a eventuais exigências dos
publicitário, pendentes de apreciação até data da órgãos competentes; ou
entrada em vigor desta Lei, deverão adequar-se às VII - pela ocorrência de problemas técnicos e de segu-
exigências e condições por ela instituídas. rança que coloquem em risco a integridade de pessoas
Art. 30 Para a retirada de alvará da licença de ou de bens.
instalação de engenhos dos Tipos I, II, III, IV, V e VI, é
obrigatória a entrega de cópia da respectiva Apólice Capítulo IX
de Seguro, contra terceiros, contratada em nome da DAS LICENÇAS E DO PROCEDIMENTO ADMINIS-
requerente. TRATIVO
Art. 31 O indeferimento de pedido da instalação de
engenho publicitário será devidamente fundamentado. Art. 34 A concessão de licenças para instalação de
§ 1º O indeferimento do pedido, não dá a requerente o anúncios indicativos e de anúncios publicitários,
direito à devolução de eventuais taxas ou emolumentos ou requerimento de alterações ou de renovações, a
recolhidos à Municipalidade. atuação fiscal e a aplicação de sanções administrativas,
§ 2º O prazo para pedido de recurso de reconsideração obedecerão a procedimento administrativo municipal
de despacho é de 30 (trinta) dias corridos, contados a específico, cujas instâncias administrativas,
partir da data da publicação do despacho no jornal competências, formas, prazos, e recursos, obedecerão
oficial - Município de Sorocaba. às normas previstas nesta Lei e respectivo Decreto
§ 3º O recurso de reconsideração de despacho ou o re- regulamentar.
curso a Superior Administração, terão efeito suspensivo. Parágrafo único. O licenciamento do anúncio indica-
§ 4º O despacho da autoridade da última instância de tivo e do anúncio de publicidade, bem como requeri-
recurso, ou seja, do Prefeito Municipal, bem como o mento de alteração de características ou renovação,
decurso do prazo recursal, encerra definitivamente os poderá ser promovido por meio eletrônico, conforme
procedimentos na instância administrativa. regulamentação específica.
Art. 32 Fica estabelecido o prazo para resposta aos Art. 35 Todas as decisões que implicarem indeferimento
pleitos formulados, que não poderá exceder 30 (trinta) de requerimentos administrativos deverão ser
dias, contados da data de protocolização, período expressamente fundamentadas.
após o qual, não havendo manifestação do Município, Parágrafo único. O indeferimento de requerimento
poderá a requerente, instalar por sua conta e risco o administrativo não dá ao requerente o direito à devo-
engenho publicitário. lução de eventuais taxas ou emolumentos pagos.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
99
III - sem constar de forma legível e visível do logra- Art. 40 Após a lavratura de Auto de Infração cominando
douro público, o número do CADEP ou Alvará de Ins- multa em dobro, havendo nova reincidência ou a
talação; manutenção da infração a esta Lei ou respectivo
IV - manter o engenho publicitário em mau estado de Decreto regulamentar, o responsável será notificado
conservação; para que remova integralmente o anúncio, com
V - não atender à intimação do órgão competente que respectivos acessórios, estrutura e suporte, no prazo
efetua o licenciamento, quanto à regularização ou re- de 15 (quinze) dias.
moção do engenho publicitário; § 1º Passado o prazo de 15 (quinze) dias sem que o
VI - veicular qualquer tipo de anúncio em desacordo responsável realize a remoção determinada, o Poder
com o disposto no art. 8º desta Lei e/ou nas demais Público Municipal providenciará a sua retirada
leis municipais, estaduais e federais pertinentes; e imediata, cobrando os respectivos custos de seus
VII - praticar qualquer outra violação às normas pre- responsáveis, sem prejuízo da aplicação de multas e
vistas nesta Lei. demais sanções cabíveis.
Art. 37 A inobservância das disposições desta Lei § 2º Após a remoção, o Poder Público Municipal
sujeitará os infratores, às seguintes medidas: poderá destruir, descartar, ou dar ao anúncio e
I - notificação para que seja efetuada a remoção do respectivos acessórios, estrutura e suporte, outra
anúncio dentro do prazo determinado; destinação de interesse público, independentemente
II - findo o prazo, se a remoção não for realizada, in- de nova notificação ao responsável.
dependente da multa aplicada, a Prefeitura executará § 3º Eventual destruição, descarte ou outra destinação
a limpeza e cobrará dos responsáveis o devido preço de interesse público do anúncio, com respectivos
público; acessórios, estrutura e suporte, não acarretará aos
III - multa de no mínimo 200 (duzentas) UFESP - Uni- interessados nenhum direito a ressarcimento ou
dade Fiscal do Estado de São Paulo; indenização.
IV - cancelamento da licença do anúncio; e Art. 41 No caso de anúncios de quaisquer espécies
V - interdição e remoção integral do anúncio.
situados em bens públicos municipais, o responsável
Art. 38 O responsável que infringir as disposições
será notificado para que o retire ou remova
desta Lei e respectivo Decreto regulamentar, ou que,
integralmente, com respectivos acessórios, estrutura e
em especial, não possua a respectiva autorização
suporte, no prazo máximo de 10 (dez) dias.
administrativa, será advertido mediante notificação
§ 1º Não sendo possível a notificação do interessado
administrativa, em que lhe será concedido prazo de
por não ser identificado ou localizado, ou, sendo
até 30 (trinta) dias para que providencie a respectiva
notificado, for exaurido prazo de 10 (dez) dias sem que
regularização, sob pena, de incidência de multa
administrativa. seja realizada a remoção, o Poder Público Municipal
§ 1º Mediante requerimento administrativo providenciará a sua retirada imediata.
devidamente fundamentado, protocolado § 2º Sendo possível a identificação dos responsáveis, o
tempestivamente pelo interessado na Prefeitura Poder Público Municipal cobrará os respectivos custos
do município de Sorocaba, o Chefe da Fiscalização de remoção, sem prejuízo da aplicação de multas e
poderá prorrogar por igual período o prazo previsto demais sanções cabíveis.
neste artigo. § 3º Após a remoção, o Poder Público Municipal poderá
§ 2º Exaurido o prazo concedido sem que seja realizada destruir, descartar ou dar ao anúncio e respectivos
a regularização, a Autoridade Fiscal deverá lavrar acessórios, estrutura e suporte, outra destinação
Auto de Infração Administrativa, e aplicar a respectiva de interesse público, independentemente de nova
multa mediante notificação. notificação ao responsável.
§ 3º Em caso de reincidência, ou decorridos mais § 4º Eventual destruição, descarte ou outra destinação
de 30 (trinta) dias da notificação de multa sem de interesse público do anúncio, com respectivos
que o responsável providencie as adequações, a acessórios, estrutura e suporte, não acarretará aos
Autoridade Fiscal deverá lavrar novo Auto de Infração interessados nenhum direito a ressarcimento ou
Administrativa, aplicando mediante notificação, neste indenização.
caso, a multa cominada em dobro. Art. 42 Em caso de risco iminente, o Poder Público
§ 4º A lavratura de Auto de Infração Administrativa Municipal poderá interditar e providenciar
com a incidência de multa em dobro, na hipótese imediatamente a remoção do anúncio, ainda que
do § 3º, deste artigo, acarretará automaticamente o esteja instalado em imóvel privado, cobrando os
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
cancelamento da respectiva licença ou autorização. respectivos custos de seus responsáveis, sem prejuízo
Art. 39 A penalidade administrativa consistente da aplicação de multas e demais sanções cabíveis.
em multa deverá ser graduada mediante Decreto § 1º O Poder Público Municipal não responderá por
regulamentar, ficando, em qualquer caso, limitada a quaisquer danos causados ao anúncio quando de sua
até 500 (quinhentas) Unidades Fiscais do Estado de remoção.
São Paulo - UFESP´s. § 2º Após a remoção, o responsável será notificado
Parágrafo único. A incidência de multa em dobro, con- para que retire de depósito da Administração Pública
forme § 3º do artigo anterior, cuja graduação também Municipal, no prazo de até 5 (cinco) dias, o anúncio,
será estabelecida em Decreto regulamentar, ficará li- com respectivos acessórios, estrutura e suporte,
mitada em até 1.000 (mil) Unidades Fiscais do Estado informando-lhe local e horário de atendimento.
de São Paulo - UFESP´s.
100
§ 3º Ultrapassado o prazo de 5 (cinco) dias, o § 3º Aqueles que já tinham projetos aprovados e que
Poder Público Municipal poderá destruir, descartar tenham renovado anualmente a sua licença por meio
ou dar outra destinação de interesse público do do pagamento da taxa correspondente terão isenção
anúncio, com respectivos acessórios, estrutura e da taxa de análise quando da apresentação do projeto.
suporte, independentemente de nova notificação ao § 4º Engenhos publicitários e identificativos localizados
responsável. no interior das lojas e corredores internos de shopping
§ 4º Eventual destruição, descarte ou outra destinação centers não necessitam de aprovação são isentos da taxa
de interesse público do anúncio, com respectivos de licença de publicidade e da taxa de análise de projeto.
acessórios, estrutura e suporte do anúncio, não § 5º Quando da transferência, o novo detentor da
acarretará aos interessados nenhum direito a licença deverá recolher taxa no valor de 60 (sessenta)
ressarcimento ou indenização. UFESPs por engenho publicitário.
Capítulo XI Art. 47 Fica expressamente revogado o art. 113 da Lei
DAS RESPONSABILIDADES nº 10.060, de 03 de maio de 2012, e a Lei nº 3.446, de
05 de dezembro 1990.
Art. 43 Serão solidariamente responsáveis pelas Art. 48 As despesas com a execução desta Lei correrão
obrigações e deveres estabelecidos nesta Lei e por conta de verbas orçamentárias próprias.
respectivo Decreto regulamentador, bem como pelo Art. 49 Esta Lei entra em vigor na data de sua
pagamento das respectivas multas administrativas e publicação.
custos:
I - os proprietários, locatários e possuidores dos imó- A CÂMARA MUNICIPAL DE SOROCABA, aos 15 de
veis em que instalados os anúncios; fevereiro de 2019.
II - os requerentes das licenças e autorizações admi-
nistrativas para instalação dos anúncios; FERNANDO ALVES LISBOA DINI
III - a empresa instaladora, a exibidora ou veiculadora Presidente
(quem colou, aplicou ou veiculou) e o anunciante; ou;
Publicada na Divisão de Expediente Legislativo da
e
Câmara Municipal de Sorocaba, na data supra.-
MAURICIO VIANNA CAMPOI
IV - os beneficiários dos anúncios.
Secretário Geral em substituição
Capítulo XII
OBS: ANEXO I E II: https://leismunicipais.com.br/a1/
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
sp/s/sorocaba/lei-ordinaria/2019/1186/11868/lei-
-ordinaria-n-11868-2019-dispoe-sobre-a-ordenacao-
Art. 44 Os cidadãos e quaisquer interessados poderão
-dos-elementos-que-compoem-a-paisagem-urbana-
informar ou denunciar à Prefeitura Municipal de
-de-sorocaba-e-da-outras-providencias
Sorocaba as irregularidades e inadequações às normas
previstas nesta Lei.
Art. 45 Os anúncios, e quaisquer formas de publicidade, LEI Nº 11.735, DE 26 DE JUNHO DE 2018.
deverão ser adequados às normas previstas nesta Lei
e no seu Regulamento no prazo de até 24 (vinte e Regulamenta as ações da municipalidade em ocupa-
quatro) meses, contados da publicação desta Lei. ções territoriais desordenadas, parcelamentos irregulares
Art. 46 A taxa de publicidade dos engenhos Tipo I, II, e clandestinos do solo, uniformiza os procedimentos fis-
III, IV, V, VI e VII de análise de projeto e de licença de calizatórios em tais ações e dá outras providências.
publicidade, decorrentes do exercício regular do poder (Processo nº 18.990/2016)
de polícia administrativa, serão cobradas nos termos, Projeto de Lei nº 9/2018 - autoria do EXECUTIVO.
a saber: A Câmara Municipal de Sorocaba decreta e eu pro-
I - Solicitação para análise de projeto de engenho pu- mulgo a seguinte Lei:
blicitário, por engenho e por face (análise de projeto):
II - Solicitação para análise de projeto identificativo, Art. 1º No combate às ocupações territoriais desor-
por projeto: denadas, parcelamentos irregulares e clandestinos
IV - Expedição e renovação de licença de publicidade, do solo, os órgãos da Administração Municipal e
por engenho: os agentes fiscalizadores deverão adotar os procedi-
V - Caso haja alteração no engenho identificativo ou mentos descritos na presente Lei, na Lei Municipal nº
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
publicitário, deverá apresentar novo projeto para aná- 1.437, de 21 de novembro de 1996, que aprova o Có-
lise. digo de Obras do Município, bem como nas demais
§ 1º Para análise de projeto de empresa que possuir leis estaduais e federais, que regulam a matéria.
um único engenho identificativo de até 5 m2 (cinco
metros quadrados), será o valor do inciso II reduzido SEÇÃO I
para 6 (seis) UFESPs. DA INVASÃO EM ÁREA PÚBLICA
§ 2º As empresas que tiverem um único engenho
identificativo de até 1 m2 (um metro quadrado) ficarão Art. 2º Havendo invasão de área pública municipal ou
isentas do pagamento da taxa de licença, exceto no área cedida ao Município, a qualquer título, deverá o
caso de engenhos eletrônicos e digitais. agente fiscalizador, simultaneamente ou não, confor-
me caso:
101
I - comprovar a invasão por quaisquer meios, tais Art. 7º Constatada a invasão por usurpação de logra-
como: douro ou área pública, por meio ou não de construção,
a) relatório de vistoria, descrevendo a alteração física o agente fiscalizador deverá promover imediatamente
da área ou gleba em razão de desmatamento, movi- a desobstrução da área e a reintegração da posse, nos
mentação de terra e/ou construção; termos desta Lei e seus anexos.
b) croqui da área; Art. 8º Em qualquer caso previsto nesta Lei, o infrator
c) fotos; será obrigado a ressarcir à Municipalidade os gastos
II - requisitar a presença do órgão de fiscalização am- provenientes dos serviços realizados para recuperar o
biental do Município, em cumprimento à Lei de Polí- bem público a título de multa.
tica Ambiental de Sorocaba - Lei nº 10.060, de 3 de Art. 9º A fiscalização e a guarda dos bens imóveis mu-
maio de 2012, com a redação determinada pela Lei nicipais que não fazem parte do rol dos bens de uso
nº 11.260, de 8 de janeiro de 2016, se constatada a especial incumbem à Área de Fiscalização e à Guarda
prática de eventual infração ambiental, para efeito do Civil Municipal.
exercício do poder de polícia administrativa; Parágrafo único. Entende-se por bens imóveis de uso
III - requisitar a Guarda Civil Municipal para que se especial os destinados a serviços ou estabelecimento
proceda à prisão em flagrante, se constatada a práti- da Administração Municipal.
ca de eventual crime ambiental, contra o patrimônio Art. 10 Havendo turbação ou esbulho na posse de bem
ou contra a Administração Pública, encaminhando o imóvel municipal, as providências para sua desocupa-
infrator à Delegacia de Polícia mais próxima para a ção e para a demolição de edificações irregulares, ve-
adoção das demais medidas cabíveis; rificadas pelo Poder de Polícia, poderão ser utilizados
IV - solicitar, se entender necessária, a presença da Polí- os meios que se fizerem necessários e adequados, tais
cia Civil, Polícia Militar ou da Polícia Militar Ambiental. como:
Art. 3º O agente fiscalizador poderá apreender quais- I - notificação para desocupação com prazo de 15
quer materiais, equipamentos, máquinas e/ou veícu- (quinze) dias;
los que estiverem em área pública, caracterizando uso II - lavratura de boletim de ocorrência por crime de
indevido de área pública e/ou ocupação irregular, la- desobediência e esbulho possessório;
vrando-se Termo de Apreensão, o qual deverá conter: III - retirada compulsória, mediante o uso da força;
I - descrição dos bens apreendidos; IV - isolamento da área;
II - prazo fixado para remoção dos bens apreendidos V - interdição, e
pelo titular, não superior a 30 (trinta) dias; VI - solicitação de auxílio de outras Secretarias e
III - assinatura de duas testemunhas. órgãos cuja intervenção se justifique, inclusive da Po-
§ 1º Os materiais e/ou equipamentos apreendidos serão lícia Militar do Estado de São Paulo.
devolvidos mediante comprovação documental da compra. Art. 11 A critério da Administração e de acordo com
§ 2º Tratando-se de apreensão de materiais e/ou equi- as peculiaridades de cada caso, poderão ser anali-
pamentos de pessoa reincidente em ocupações ante- sados e observados, a pedido do interessado, outros
riores, os bens apreendidos não serão devolvidos. instrumentos jurídicos a fim de cessar a ocupação ou
§ 3º Sendo necessária a remoção de bens apreendidos, a utilização irregular do bem imóvel municipal, cuja
os mesmos somente serão devolvidos mediante com- análise se dará de maneira fundamentada em leis que
provação de reembolso/ressarcimento das despesas regulam a matéria, tais como:
efetuadas pelo Município. I - Concessão de Uso Especial para fins de moradia;
§ 4º Decorrido o prazo para remoção dos bens, poderá II - Concessão de Direito Real de Uso;
a Municipalidade realizar leilão administrativo ou do- III - Permissão ou Concessão de Uso Graciosa;
ação dos bens à entidades filantrópicas, na forma da IV - Permissão ou Concessão de Uso Onerosa, e
Lei Federal nº 8.666, de 21 de junho de 1993. V - Alienação do bem público.
§ 5º Materiais inservíveis deverão ser descartados em Art. 12 Na impossibilidade de retomada do bem públi-
local apropriado; co, ou da regularização da ocupação, deverá ser solici-
§ 6º Em todos os casos serão devolvidos bens apre- tado à Procuradoria Geral do Município o ajuizamento
endidos que sejam objetos pessoais, tipo mobiliário, de ação, mediante instauração de Processo Adminis-
vestuário, aparelhos eletrodomésticos. trativo, o qual será devidamente instruído com infor-
Art. 4º (Vetado). mações pertinentes e em especial:
Art. 5º No caso em que a desocupação da edificação I - matrícula do imóvel;
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
em área pública se der de forma amigável, não sendo II - memorial descritivo da área;
a pessoa reincidente, os ocupantes deverão ser enca- III - planta ou croqui da área;
minhados para inclusão no Cadúnico atendidos se as- IV - relatório de visita efetuada ao local, com fotos;
sim couber nos programas assistenciais da Secretaria V - notificações expedidas, e
de Igualdade e Assistência Social - SIAS, e para aten- VI - termo de ocorrência de invasão.
dimento na Secretaria da Habitação e Regularização Art. 13 As ocorrências de invasão em área pública se-
Fundiária - SEHAB, para análise quanto a possível in- rão encaminhadas para ciência e/ou providências da
clusão em programas habitacionais. Secretaria dos Assuntos Jurídicos e Patrimoniais - SAJ,
Art. 6º No caso de ocupação irregular de área pública, por meio de ofício, comunicará os fatos à Delegacia
proceder-se-á à desocupação de imediato, nos termos de Polícia competente para instauração de inquérito
do § 1º do art. 1.210 do Código Civil. policial quando houver prisão por flagrante delito.
102
Art. 14 Proposta a ação, deverá a Área de Fiscalização Área de Especial Interesse Social, para assentamentos
verificar novos fatos, de forma a eliminar eventuais e ocupações informais conforme a Lei nº 2.042, de 29
riscos de prejuízo ao Poder Público. de outubro de 1979 e a Lei nº 8.451, de 5 de maio de
2008.
SEÇÃO II Parágrafo único. Entende-se por ocupação concretiza-
DA OCUPAÇÃO IRREGULAR COM FINS LUCRATI- da quando notório o estabelecimento do ocupante na
VOS área há mais de 30 (trinta) dias.
103
ocupação, construção e/ou exercício da atividade, II - obra ou edificação habitada em parcelamento não
mediante apresentação do respectivo alvará, licença consolidado;
e/ou projeto aprovado pela PMS sob pena de multa III - acréscimos irregulares construídos em edificação
administrativa prevista em Lei; habitada em parcelamento consolidado;
V - sendo apresentado projeto aprovado do loteamen- IV - obra ou edificação nova, habitada ou não, acres-
to, o agente fiscalizador deverá verificar se o mesmo cida em ocupação caracterizada como consolidada
atende aos requisitos da aprovação; anteriormente.
VI - no caso de imóvel habitado, o prazo constante do Art. 26 No caso de imóvel habitado, encaminhar os
inciso III do art. 23 desta Lei deverá ser de 16 (dezes- moradores à Secretaria de Igualdade e Assistência So-
seis) dias, devendo ser incluída no auto de notificação cial - SIAS, para atendimento e análise quanto à pos-
a informação sobre a oportunidade de comprovar que sível inclusão em programas social e à Secretaria da
a edificação está concluída há mais de 1 (um) ano. Habitação e Regularização Fundiária - SEHAB, para o
Art. 24 Não sendo atendida a intimação ou não com- mesmo fim, quanto a programas habitacionais.
provada efetivamente a regularidade do empreendi- Art. 27 Tratando-se de parcelamento consolidado e
mento o agente fiscalizador deverá adotar as seguin- sendo necessário o ajuizamento de ação judicial, en-
tes medidas: caminhar o procedimento administrativo à Secretaria
I - lavrar Auto de Multa ao responsável pelo parce- dos Assuntos Jurídicos e Patrimoniais, com informa-
lamento em razão do início do parcelamento sem a ções pertinentes e, em especial:
devida licença, nos termos da Lei nº 1.437, de 21 de I - planta ou croqui da área correspondente;
novembro de 1996; II - levantamento topográfico, se disponível;
II - lavrar Auto de Embargo da Obra e intimação para III - laudo técnico do local, com fotografias;
regularização da situação, nos termos da Lei nº 1.437, IV - número de famílias e de crianças ocupantes do
de 21 de novembro de 1996; imóvel;
III - lavrar Auto de Embargo para cada edificação V - número e características das edificações existen-
não autorizada, nos termos da Lei nº 1.437, de 21 de tes;
novembro de 1996, cientificando o responsável pela VI - tempo da existência da ocupação;
obra de que a desobediência acarretará a incidência VII - processo administrativo sobre viabilidade de ins-
de multa diária e instauração de Inquérito Policial por tituição de Área ou Zona de Especial Interesse Social,
infração ao Código Penal; para assentamentos e ocupações informais;
IV - notificação do responsável pela obra irregular VIII - relatório de levantamento vinculados ao terreno;
para que a desfaça no prazo de 72 (setenta e duas) IX - outros expedientes e procedimentos administra-
horas, sob pena de demolição compulsória, com o pos- tivos instaurados;
terior ressarcimento aos cofres públicos; X - nomes de proprietários, loteadores e outros infra-
V - notificar o responsável pelo loteamento para que tores, e
se abstenha de vender lotes, receber pagamentos re- XI - caracterização das áreas de risco ou impróprias
lativos à negociação dos lotes e veicular qualquer tipo para ocupação, se existentes,
de propaganda, nos termos do art. 38 da Lei Federal XII - informações da SEFAZ - Secretaria da Fazenda
nº 6.766, de 19 de dezembro de 1979; quanto a aplicabilidade do IPTU progressivo - nos ter-
VI - apreender máquinas, caminhões, materiais de mos da Lei Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001,
construção e equipamentos utilizados para implan- quanto à área analisada .
tar o parcelamento, lavrando-se o respectivo Auto de Art. 28 Havendo parcelamento ou ocupação irregu-
Apreensão, que deverá ser assinado, por no mínimo 2 lar que acarrete dano ambiental em Áreas de Ma-
(duas) testemunhas, com a identificação do proprie- nanciais, Áreas de Proteção Ambiental - APA, Área
tário dos bens apreendidos e a descrição do estado de Preservação Permanente - APP, Zonas Especiais de
destes, devendo ainda, constar do Auto, prazo fixado, Preservação Ambiental (ZEPAM) e outras áreas de in-
que não deverá ser superior a 30 (trinta) dias para a teresse ambiental, privadas ou públicas, federais, es-
remoção dos bens apreendidos do depósito público taduais ou municipais, em cumprimento aos termos
pelo titular, mediante reembolso/ressarcimento das da Lei Federal nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998,
despesas efetuadas pelo Município; que dispõe sobre as sanções penais e administrativas
VII - decorrido o prazo para a remoção dos bens, derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio
agendar a data do leilão administrativo, intimando-se ambiente, ao Decreto Federal nº 6.514, de 22 de julho
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
o proprietário pessoalmente. Nos casos em que não de 2008 e à Lei Municipal nº 10.060, de 3 de maio de
se tem conhecimento de quem seja o proprietário dos 2012, que dispõe sobre a Política Municipal de Meio
bens apreendidos, ou quando este se encontre em lu- Ambiente, com a redação determinada pela Lei nº
gar desconhecido ou inacessível, a autoridade poderá 11.260, de 8 de janeiro de 2016, o agente fiscalizador
determinar que a publicação do Edital seja feita tam- deverá requisitar a Secretaria do Meio Ambiente, Par-
bém em jornal local de ampla circulação e pelo Jornal ques e Jardins - SEMA, para que, por intermédio de
do Município. seu funcionário credenciado:
Art. 25 Após autorização do Prefeito, demolir as edifi- I - proceda à vistoria no local;
cações e obras erigidas, nos seguintes casos: II - identifique a área, procedendo à sua caracteri-
I - obra ou edificação não habitada, em qualquer es- zação e enquadramento legal, qualificando-a quanto
tágio de construção; aos aspectos ambientais e edilícios;
104
III - reconheça a área degradada e delimite-a; JOSÉ ANTONIO CALDINI CRESPO
IV - elabore Auto de Inspeção, caracterizando o dano Prefeito Municipal
ambiental; GUSTAVO PORTELA BARATA DE ALMEIDA
V - adote demais medidas previstas na Lei Municipal Secretário dos Assuntos Jurídicos e Patrimoniais
nº 10.060, de 3 de maio de 2012, que dispõe sobre ERIC RODRIGUES VIEIRA
a Política Municipal de Meio Ambiente, com a reda- Secretário do Gabinete Central
ção determinada pela Lei nº 11.260, de 8 de janeiro LUIZ ALBERTO FIORAVANTE
de 2016. Secretário de Planejamento e Projetos
Art. 29 Em quaisquer das hipóteses descritas nesta Lei, JEFERSON GONZAGA
ou seja, área pública ou particular, havendo consta- Secretário da Segurança e Defesa Civil
tação de crime ambiental ou contra a Administração FÁBIO GOMES CAMARGO
Pública, em flagrante delito, compete ao agente fis- Secretário da Habitação e Regularização Fundiária
calizador solicitar a presença da Guarda Civil Muni- Publicado na Divisão de Controle de Documentos e
cipal visando a prisão em flagrante do infrator, enca- Atos Oficiais, na data supra.
minhando-o à Delegacia de Polícia para adoção das VIVIANE DA MOTTA BERTO
medidas cabíveis, podendo ainda, solicitar, se necessá- Chefe da Divisão de Controle de Documentos e Atos
ria a presença das Polícias Civil, Militar e Ambiental, Oficiais
em cumprimento à Lei Municipal nº 10.060, de 3 de
maio de 2012, que dispõe sobre a Política Municipal
de Meio Ambiente, com a redação determinada pela ANEXO I
Lei nº 11.260, de 8 de janeiro de 2016. PROCEDIMENTOS NOS CASOS DE OCUPAÇÃO IR-
Art. 30 Constituem crimes contra a Administração REGULAR DE ÁREAS PERTENCENTES À MUNICIPA-
Pública aqueles tipificados na Lei nº 6.766, de 19 de LIDADE, À ESPÓLIO E À MASSA FALIDA
dezembro de 1979, que dispõe sobre o Parcelamento
I - Quando da ocupação irregular de área por cercas,
do Solo Urbano.
alambrados e muros de alvenaria sem edificação:
Art. 31 No caso de não atendimento da intimação
a) Constatado o responsável pela ocupação, o agente
para regularização, fica estabelecida a multa cor-
fiscalizador o notificará para desocupação amigável
respondente a 1% (um por cento) do salário mínimo
no prazo de 15 (quinze) dias ou para apresentação
vigente, por metro quadrado, nas áreas parceladas
de recurso junto à Área de Fiscalização, no mesmo
irregularmente, baseada na área do lançamento ca-
período, sob pena de retirada compulsória pelo Poder
dastral do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) Público e apreensão de materiais, quando for o caso;
ou Imposto Territorial Rural (ITR). b) Não atendida a notificação e não havendo manifes-
tação por parte do notificado, far-se-á a desocupação
SEÇÃO VI pela Área de Fiscalização, mediante ordem do supe-
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS rior hierárquico;
c) Em caso de flagrante na ocupação, poderá ser fei-
Art. 32 Nos casos mencionados nesta Lei, o agente ta desocupação imediata visto que a mesma não foi
fiscalizador poderá desocupar a área ocupada irregu- concretizada;
larmente. d) Não sendo possível identificar o responsável, a de-
Art. 33 Todo aquele que invadir área pública, a partir socupação será de imediato, mediante ordem expressa
da vigência desta Lei, não poderá acessar quaisquer do chefe imediato.
programas habitacionais executados pelo Município, II - Quando da ocupação irregular para fins de depósi-
salvo se a desocupação for de forma amigável e o res- to de recicláveis e/ou abrigo para criação de animais:
ponsável pela ocupação irregular não for reincidente. a) Constatado o responsável pela ocupação, o agente
Art. 34 A notificação/intimação e o Auto de Infração e fiscalizador o notificará para desocupação amigável
Multa deverão conter os artigos 330 e 331 do Código no prazo de 15 (quinze) dias ou para apresentação de
Penal Brasileiro. recurso junto à Área de Fiscalização, no mesmo perío-
Art. 35 Os custos da Administração Pública com todas do, sob pena de retirada pela Municipalidade;
as medidas administrativas contidas nas Seções II, III e b) Não atendida a notificação e não havendo manifes-
IV deverão ser arcados pelo proprietário da área, de- tação por parte do notificado, far-se-á a desocupação
vendo a Administração Pública proceder a cobrança. pela Área de Fiscalização, mediante ordem do superior
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Art. 36 Os anexos I e II passam a fazer parte integrante hierárquico, em ação conjunta com a Secretaria da
da presente Lei. Saúde, através da Divisão de Zoonoses e a Secretaria
Art. 37 Esta Lei somente terá eficácia para novas ocu- de Conservação, Serviços Públicos e Obras - SERPO;
pações territoriais, sendo vedada para as já existentes. c) Não sendo possível identificar o responsável, poderá
Art. 38 As despesas com a execução da presente Lei o Poder Público providenciar a desocupação;
correrão por conta de dotação orçamentária própria. d) Havendo risco à saúde pública quando da ocupação
Art. 39 Esta Lei entra em vigor na data de sua publi- por recicláveis ou animais será dispensada a notifica-
cação. ção e a desocupação deverá se dar de forma imediata.
III - Quando da ocupação irregular por caçambas e/ou
Palácio dos Tropeiros, em 26 de junho de 2018, 363º bancas de jornais e revistas:
da Fundação de Sorocaba.
105
a) Constatado o responsável pela ocupação, o agente ANEXO II
fiscalizador notificará o responsável para desocupação PROCEDIMENTOS PARA CUMPRIMENTO DE LIMI-
amigável, no prazo de 15 (quinze) dias ou para apre- NAR DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE DE ÁREA PÚ-
sentação de recurso junto à Área de Fiscalização, no BLICA
mesmo período, sob pena de retirada pela Municipa-
lidade; I - Nos casos de liminar de reintegração de posse,
b) Não atendida a notificação e não havendo mani- a mesma será cumprida com acompanhamento da
festação por parte do notificado, far-se-á a desocupa- Divisão de Fiscalização de Áreas Públicas, a fim de
ção pela Secretaria de Conservação, Serviços Públicos ser indicado o local;
e Obras - SERPO, mediante envio da ocorrência pelo II - Os meios para cumprimento da liminar serão
chefe imediato do agente fiscalizador; fornecidos pela Secretaria de Conservação, Serviços
c) Não sendo possível identificar o responsável, será Públicos e Obras - SERPO;
oficiado à Secretaria de Conservação, Serviços Públi- III - Havendo determinação judicial quanto à Mu-
cos e Obras - SERPO, para a desocupação da área; nicipalidade figurar como fiel depositária a mesma
d) Se da ocupação gerar risco à saúde pública, fica deverá fornecer o local que garanta a conservação
dispensada a notificação e a desocupação deverá se e segurança dos bens confiados em depósito, sendo
dar de forma imediata. o representante mero instrumento do cumprimento
IV - Quanto da ocupação por submoradias: da ordem judicial;
a) Em caso de flagrante na ocupação poderá ser fei- IV - Os bens recebidos em fiel depósito deverão ser
ta desocupação imediata visto que a mesma não foi relacionados em formulário próprio, o qual deverá
concretizada; ser assinado pelo representante da autora/reque-
b) Não sendo possível identificar o responsável a deso- rente;
cupação deverá se dar de forma imediata; V - Quando da entrega desses bens em depósito e
c) Constatada a ocupação concretizada, o agente fis- guarda ao requerido, deverá ser lavrado termo de
calizador notificará o responsável para desocupação Devolução e datado/assinado por quem o receber.
amigável, no prazo de 15 (quinze) dias ou para apre-
sentação de recurso junto à Área de Fiscalização, no
mesmo período, sob pena de medidas administrativas LEI Nº 10.736 DE 26 DE FEVEREIRO DE 2014.
e judiciais;
d) Não havendo desocupação amigável da ocupação DISPÕE SOBRE A CONCESSÃO DE ALVARÁS DE FUN-
concretizada, lavrar-se-á Termo de Ocorrência de In- CIONAMENTO NO MUNICÍPIO DE SOROCABA E DÁ OU-
vasão, nos moldes de formulário padronizado pelo se- TRAS PROVIDÊNCIAS.
tor de Fiscalização; Projeto de Lei nº 38/2013 - autoria do Vereador JOSÉ
e) Todos os elementos circunstanciados obtidos deve- ANTONIO CALDINI CRESPO.
rão ser encaminhados à Secretaria dos Assuntos Jurí- A Câmara Municipal de Sorocaba decreta e eu pro-
dicos e Patrimoniais - SAJ, para adoção de eventuais mulgo a seguinte Lei:
medidas administrativas e/ou judiciais.
V - Quando da ocupação por moradias: Art. 1º Nenhum imóvel poderá ser utilizado para fun-
a) Em caso de flagrante na ocupação, a desocupação cionamento de atividades comerciais, industriais, ins-
poderá se dar de forma imediata pelo Poder Públi- titucionais, de prestação de serviços e similares, sem o
co, caso o responsável não o faça pelos seus próprios protocolo de solicitação de Alvará de Funcionamento
meios; expedido pela Prefeitura Municipal.
b) Não sendo possível identificar o responsável, fica § 1º Para os efeitos desta Lei, entendem-se como si-
dispensada a notificação e far-se-á a desocupação nônimas as expressões “Licença” e “Alvará” de funcio-
mediante ordem do superior hierárquico; namento.
c) Constatada a invasão com ocupação concretizada § 2º A expedição do Alvará a que se refere este arti-
para fins de moradia lavrar-se-á Termo de Ocorrência go ficará condicionada ao atendimento, por parte do
de Invasão; interessado, da legislação pertinente em vigor e, em
d) Os procedimentos deverão ser encaminhados à especial, das normas de parcelamento, uso e ocupa-
Secretaria da Habitação e Regularização Fundiária ção do solo, de segurança, higiene, sossego público,
- SEHAB, para verificação quanto à possibilidade de proteção de crianças, adolescentes, idosos e portado-
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
106
Art. 3º Compete à Prefeitura Municipal proceder, a Palácio dos Tropeiros, em 24 de julho de 1997, 343º da
seus critérios de oportunidade e forma, ou em razão Fundação de Sorocaba.
de denúncia fundamentada de organização social ou
munícipe, vistorias documentais e in loco, com a fi- RENATO FAUVEL AMARY
nalidade de verificar o cumprimento dos dispositivos Prefeito Municipal
desta Lei. HAROLDO GUILHERME VIEIRA FAZANO
Art. 4º As infrações às disposições desta Lei serão pu- Secretário dos Negócios Jurídicos
nidas com multa equivalente a 1 % (um por cento) GERALDO DE MOURA CAIUBY
sobre o valor venal da edificação onde houver ocor- Secretário de Edificações e Urbanismo
rido o funcionamento irregular, dobrada em caso de LUIZ CHRISTIANO LEITE DA SILVA
reincidência. Secretário de Finanças
Art. 5º Em caso de irregularidade continuada, após a MARIA APARECIDA RODRIGUES
aplicação de duas multas, o Alvará de Funcionamento Chefe da Divisão de Protocolo Geral
será definitivamente cassado.
Art. 6º As despesas decorrentes da execução desta Lei
correrão por conta de verba orçamentária própria.
Art. 7º Esta Lei entrará em vigor 60 (sessenta) dias
após a data de sua publicação.
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4. (SERCTAM/2016 - Prefeitura de Quixadá/CE) Ainda
sobre Legislação Territorial pode-se afirmar que o “Ha-
HORA DE PRATICAR! bite-se”:
1. (CESPE/2018 – EBSERH) Considerando que a compa- a) É o documento expedido pelo Poder Público Municipal
tibilização entre os projetos de arquitetura, de estruturas que certifica estar o projeto aprovado, autorizando o
e de instalações busca identificar as interferências entre início da obra.
si e visa apresentar soluções para eliminar as eventuais b) É o documento público expedido pelo Cartório de
incompatibilidades, julgue o item a seguir, relativo a esse Registro de Imóveis do Município que certifica que o
tema. imóvel está pronto para ser comercializado.
A compatibilização dos projetos de arquitetura e de ins- c) É o documento expedido pelo Poder Público Municipal
talações ocorre em cada uma das fases de projeto, desde que certifica se o imóvel é urbano ou rural.
o estudo preliminar, o anteprojeto e o projeto legal. d) É o documento expedido pelo Poder Público Municipal
que certifica ter sido a obra concluída de acordo com
( ) CERTO ( ) ERRADO o projeto aprovado e que autoriza o uso da edificação.
e) É o documento expedido pelo Poder Poder Judiciário
que certifica se o imóvel é urbano ou rural.
2. (FCC/2013 – DPE/RS) Considere o desenho abaixo.
5. (FCC/2014 – TRF/1ª REGIÃO) Os trabalhos periciais
de engenharia devem ser orientados e obedecer às di-
retrizes preconizadas pelas normas brasileiras aprovadas
pela ABNT. A espécie de perícias onde a atividade que
envolve a tomada de decisão ou posição entre as alter-
nativas tecnicamente controversas ou que decorrem de
aspectos subjetivos é conhecido como
a) arbitramento.
b) avaliação.
c) exame.
d) vistoria.
e) laudo.
6. (CONSULPLAN/2015 – TJ/MG) Acerca da competên-
cia tributária e da capacidade tributária, é correto dizer
que
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7. (INAZ DO PARA/2016 - Prefeitura de São Sebas- 10. (INSTITUTO AOCP/EBSERH) As tubulações do sub-
tião da Boa Vista/PA) Segundo a arquivologia, os do- sistema de coleta e transporte de esgoto sanitário po-
cumentos podem ser classificados quanto a sua espécie, dem ser dimensionadas pelo método hidráulico ou pelo
gênero e natureza. Sendo assim, marque a alternativa que método que atribui a cada tipo de aparelho sanitário
não apresenta a classificação quanto à espécie dos docu- uma quantidade de unidades de contribuição. Nesse úl-
mentos: timo caso, as unidades de contribuição denominam-se
8. (FCC/2015 – DPE/SP) Compete à Fiscalização de 11. (FCC/ SABESP) Os registros são dispositivos instala-
Obras Públicas: dos na rede hidráulica e sua escolha depende da função
que este desempenhará no circuito hidráulico. Assim, o
a) Apoiar e acatar as mudanças da Contratante quanto ao registro
cronograma de execução dos serviços.
b) Elaborar o Plano de Execução dos Serviços a ser apre- a) de gaveta tem a função de bloquear o fluxo de pas-
sentado para a Contratada no início dos trabalhos. sagem de água e é instalado como registro geral nos
c) Apresentar um fluxograma de desenvolvimento e cro- trechos de alimentação dos ambientes.
nograma de execução dos trabalhos para a Contrata- b) de pressão tem a função de controlar a pressão que
da. atua na tubulação e é instalado no trecho da tubula-
d) Elaborar alterações de Projeto sempre que a Contrata- ção que tem pontos de tomada de água, como ali-
da requisitar ajustes. mentação de torneiras e dispositivos consumidores.
e) Analisar e aprovar o Plano de Execução dos Serviços c) deve atuar como uma válvula reguladora, direcionan-
a ser apresentado pela Contratada no início dos tra- do o fluxo de água e limitando a pressão de trabalho
balhos. para que os demais componentes do sistema sejam
protegidos contra sobrecarga, qualquer que seja o
9. (IADES – AL/GO) Garantir o acesso às edificações e tipo e ou a natureza de sua construção.
espaços urbanos para todos, independentemente da res- d) de gaveta tem o seu sistema de acoplamento, neces-
pectiva condição física ou sensorial, é essencial ao pleno sariamente operando por meio de rosca, ao passo que
exercício da cidadania e para proporcionar uma vida in- o registro de pressão tem o acoplamento realizado
dependente. Nesse sentido, a NBR 9050 apresenta uma por meio de sistema de colagem ou soldadura.
série de prescrições em relação ao dimensionamento de e) de esfera atua como uma válvula de retenção, bloque-
elementos de projeto. Acerca da acessibilidade a edifica- ando o fluxo de água no sentido do ponto de alimen-
ções, assinale a alternativa correta. tação para o ponto de consumo, podendo substituir,
em qualquer caso, os registros de gaveta.
a) O espaço mínimo necessário a uma rotação de 360° de
uma cadeira de rodas, sem deslocamento, tem 2,00 m 12. (FGV – TJ/SC) Ao término de um empreendimento
de diâmetro. de construção realizado por um órgão público, inicia-se
b) O desnível máximo permitido para rampas, em situa- o processo de recebimento da obra, sobre o qual é cor-
ções excepcionais, é de 22,5%. reto afirmar que:
c) Os corredores de uso comum, de até 4 m de compri-
mento, devem ter, no mínimo, 0,90 m de largura. a) o recebimento definitivo deve ocorrer no máximo em
d) Nas vagas reservadas para pessoas com deficiência, até seis meses;
deve haver uma área de circulação com, no mínimo, b) o recebimento provisório é facultativo para obras de
2,00 m de largura, que pode ser compartilhada por valor correspondente à tomada de preços;
duas vagas. c) o recebimento provisório deve ocorrer em até um mês
e) Nas placas e sinalizações, em condições de baixa ilu- da comunicação escrita do contratado;
minação, textos e caracteres na cor amarela encon- d) o recebimento definitivo deve ocorrer após a visto-
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
tram maior contraste com um fundo branco. ria que comprove a adequação do objeto aos termos
contratuais;
e) o recebimento provisório é facultativo para obras que
não se componham de aparelhos, equipamentos e
instalações sujeitos à verificação de funcionamento.
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13. (ESAF/MPU) Na especificação dos materiais para o
projeto arquitetônico devem ser levados em considera- ANOTAÇÕES
ção os seguintes fatores:
_________________________________________________
GABARITO _________________________________________________
_________________________________________________
1 ERRADO
_________________________________________________
2 E
_________________________________________________
3 A
4 D _________________________________________________
5 A _________________________________________________
6 C
_________________________________________________
7 A
8 E _________________________________________________
9 D ________________________________________________
10 D _________________________________________________
11 A
_________________________________________________
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
12 D
13 D _________________________________________________
14 E _________________________________________________
_________________________________________________
_________________________________________________
_________________________________________________
_________________________________________________
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