Tubulação PDF
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Lima
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Blog direcionado aos profissionais que atuam na área de caldeiraria e tubulação industrial propiciando um material técnico
de linguagem simples e prática.
Tubulação Industrial
SUMARIO
01 - Introdução
02 - Linhas Convencionais
03 - Simbologia gráfica para desenhos de tubulação
04 - Fluxogramas (diagrama esquemático)
05 - Fluxograma de processo
06 - Fluxograma de detalhamento
07 - Convenções gráficas para instrumentação
08 - Identificação das tubulações no projeto
09 - Plantas de tubulação
10 - Isométricos de tubulação
11 - Cálculos de tubulação
12 - Dimensões dos tubos (Schedule) Norma ANSI B-36.10
01- Introdução
- Fluxograma: São desenhos esquemáticos sem escala, tendo por finalidade mostrar o fluxo de líquidos,
gases e vapores através de bombas, vasos, reatores, permutadores e outros equipamentos
demonstrando a forma de funcionamento do sistema.
- Planta baixa: É a representação de uma tubulação vista de cima. Ela apresenta as simbologias dos
detalhes de ligações.
- Elevação: É a representação de uma tubulação vista de perfil com a finalidade de mostrar os detalhes
de tubos e demais acessórios que estão na posição vertical.Os detalhes também são representados por
símbolos.
Note que a representação gráfica da elevação é a mesma utilizada na planta baixa, portando para
diferencia-la deve estar indicado no desenho que se trata de uma elevação.
- Perspectiva Isométrica: É a representação de uma tubulação vista em toda a sua grandeza (3D) com
todos os detalhes de ligações.
Os desenhos em Isométricos também são feitos sem escalas.
02 - Linhas convencionais
Os tubos com diâmetros até 12’’ são representados com traços únicos na posição da linha de centro da
tubulação e os maiores que 12’’ por dois traços paralelos:
Os símbolos abaixo, representam a secção de um tubo ou conexão na posição vertical, sendo que a parte
interrompida da circunferência estará girada sempre para o trecho com maior elevação em uma planta.
Representação:
Aplicação:
O símbolo abaixo, representa a secção de um tubo ou conexão encoberto por um outro longitudinal que o
sobrepõe. (Derivação vertical para baixo)
Representação:
Aplicação:
O símbolo abaixo,representa a secção de um tubo com sua extremidade livre sobressaindo de outro tubo
horizontal. (Derivação vertical para cima).
Representação:
Aplicação:
Os símbolos abaixo, representa a secção de um tubo ou conexão inclinados sendo que a parte
interrompida da elipse estará girada sempre para o trecho com maior elevação em uma planta.
Representação:
Aplicação:
É o mais simples dos fluxogramas, mostrando o fluxo através de linhas simples e as operações ou
equipamentos de processos importantes, representados por círculos ou retângulos dentro dos quais são
denominados.
O diagrama esquemático é utilizado geralmente no estágio inicial de planejamento de uma instalação,
servindo como referência para elaboração, pela equipe de estudo de processo, do fluxograma de
processo.
05 - Fluxograma de processo
Mostra todos os equipamentos e principais tubulações, com suas características básicas de operação.
Normalmente é feito um fluxograma para cada unidade de processo, para sistemas mais complexos,
porém, se o desenho se apresentar cheio e de difícil entendimento, o fluxograma poderá ser subdividido
em várias partes, sendo comum a divisão das linhas de processo do sistema de unidade em desenho
separado.
06 - Fluxograma de detalhamento
Também chamado de Fluxograma mecânico, é desenvolvido a partir do fluxograma de processo e tem por
objetivo mostrar todas as linhas de detalhamento e de processo como instrumentos e controladores,
equipamentos e dados necessários para o projeto.
O fluxograma de detalhamento representa esquematicamente e com exatidão, toda a flexibilidade
operacional das unidades de processamento e com base nele são desenvolvidas as plantas e os
isométricos de tubulação.
A letra indicativa dos fluidos é estabelecida pela empresa executora dos projetos, em geral utilizam-se
as seguintes nomenclaturas:
- C: Combustível;
- G: Gazes;
- V: Vapor;
- O: Óleo;
- H: Ácido;
- N: Cáustico;
- W: Água;
- A: Ar;
- Ai: Ar de instrumento.
- A Indica materiais metálicos ferrosos como aço carbono baixo ou alto, inox, liga, forjado entre outros.
- B Indica os materiais metálicos não ferrosos como cobre e ligas, latão, alumínio e níquel.
- C Indica materiais não metálicos como cerâmica ou fibrocimento;
- D Indica materiais plásticos como PVC, polipropileno, acetato de celulose e outros.
09 - Plantas de Tubulação
Nas plantas de tubulação devem figurar as elevações da linha de centro de todos os tubos, as distâncias
entre os tubos paralelos e todas as cotas dos pontos de mudanças de direção dos tubos.
Além de todos os tubos com suas válvulas e acessórios, esses desenhos devem também mostrar o
seguinte:
- Linhas principais de referência (com suas coordenadas) tais como: limites de áreas, limites dos
desenhos, linhas de centro de ruas, contornos de ruas, valas de drenagem, diques, edifícios e demais
construções, bases de concreto etc.
- Todos os suportes de tubulação, com numeração, indicação convencional do tipo, posição e elevação
cotadas, inclusive as colunas das estruturas de apoio de tubos elevados, indicadas por sua numeração.
- Todos os vasos, equipamentos e máquinas ligados à rede de tubulações, com desenho do seu
contorno, com identificação, e com posição e elevação cotadas da linha de centro e dos bocais de onde
são conectadas as tubulações.
- Plataformas e escadas de acesso, com posição, dimensões, e elevação cotadas.
- Todos os instrumentos, com identificação, indicação convencional e posição aproximada. Os conjuntos
constituídos pelas válvulas de controle e respectivas tubulações de contorno e válvulas de bloqueio e de
regulagem são representados nas plantas simplesmente por um pequeno retângulo com a identificação
da válvula de controle, de acordo com as siglas I.S.A.
As diversas folhas de plantas de tubulação devem limitar-se entre si formando um mosaico contínuo
cobrindo toda área abrangida pela rede de tubulações. Os limites das folhas devem ser os mesmos das
plantas de locação geral, entretanto, com as plantas de tubulação costumam ser feitas em escala maior,
a cada planta de locação geral correspondem várias folhas de plantas de tubulação.
Os limites dos desenhos são em geral os limites do terreno, linhas de centro de ruas e diques, limites de
áreas de processamento, armazenagem e manuseio etc.
Dentro das áreas de processamento, os limites entre as folhas costumam ser as linhas das fileiras de
colunas de suporte das tubulações.
Em todas as folhas de desenho deve haver sempre indicação da orientação (Norte de projeto); nos
limites de cada folha deve haver, também, a indicação das coordenadas e dos números das outras folhas
de desenho que sejam continuação para qualquer lado.
Em áreas congestionadas em que se tenham muitos tubos em mais de uma elevação, fazem-se, para
maior clareza, tantos desenhos da mesma área quantos forem necessários, mostrando cada um das
tubulações que correm entre dois planos horizontais. Suponhamos que para uma certa área sejam feitos
três desenhos: um designado como sendo “nível do solo”, outro designado como na “elevação 4000” e
outro na “elevação 8000”. O desenho do nível do solo mostrará todas as tubulações desde a elevação
4000 até o nível do solo, olhando-se de cima para baixo; o desenho na elevação 4000 mostrará as
tubulações entre as elevações 8000 e 4000, olhando-se também de cima para baixo, e o desenho na
elevação 8000 mostrará as tubulações existentes acima da elevação 8000 e assim por diante para
qualquer outro caso.
Os tubos verticais que passam do desenho em uma elevação para o desenho em outra elevação, são
representados como saindo do desenho, para baixo ou para cima.
Em sistemas complexos, quando necessário para maior clareza, são feitos também cortes, que são
projeções verticais das tubulações. Pode haver também necessidade de se desenhar, em escala maior,
detalhes em planta ou em corte de determinados trechos mais congestionados. Tanto os cortes como os
detalhes, são também desenhados em escala e com as mesmas indicações e convenções das plantas.
Para facilitar a montagem, na margem de cada folha de planta de tubulação, costuma-se colocar uma
lista-resumo de todos os suportes que aparecem na referida folha. Essa lista indica, para cada tipo de
suporte a respectiva quantidade e o desenho de detalhe de referência.
Em cada folha de planta de tubulação devem figurar ainda, em local conveniente, os números de todos
os desenhos de referência relativos à planta em questão, tais como a planta de locação geral, o
fluxograma, as demais plantas da mesma área em outras elevações (se houverem), detalhes típicos,
detalhes de suportes etc.
Exemplo 01
Exemplo 02
Partindo do ponto mais baixo da tubulação (BC - 01), temos 3 elevações diferentes que foram nomeadas
como sendo EL. A, EL. B e EL. C.
A cada mudança de elevação temos um tubo vertical ascendente ou descendente. Para a fabricação dos
'SPOOL's temos que determinar as medidas de centro a centro de cada trecho.
Logo, temos:
(8 x 304,8) + (5 x 25,4) = 2438,4 + 152,4 = 2590.8 mm
Podemos também, utilizar a seguinte equação:
[(12 x 304,8) + (5 x 25,4)] - [(3 x 304,8) + (11 x 25,4)] =
[3657,6 + 127] - [914,4 + 279,4] =
3784,6 - 1193,8 = 2590,8 mm.
Nesse caso, não podemos esquecer a ordem da execução das expressões numéricas:
Separadores:
1º ( ), 2º [ ] e 3º { }.
Operações:
1º Potenciação e radicação na ordem que aparecem;
2º Multiplicação e divisão na ordem que aparecem;
3º Adição e subtração na ordem que aparecem.
Ou ainda:
10 - Isométricos de Tubulação
Os isométricos são desenhos feitos em perspectiva isométrica, sem escala, faz-se geralmente um
desenho para cada tubulação individual ou grupo de tubulações próximas. No caso de uma tubulação
muito longa pode ser necessário subdividir a tubulação por vários desenhos isométricos sucessivos.
Nesses desenhos todo o traçado é representado por um traço único para qualquer diâmetro à partir da
linha de centro da tubulalação.
Nunca se deve figurar em um mesmo desenho isométrico duas tubulações de áreas diferentes.
De acordo com a posição dos tubos no isométrico, pode-se estabelecer um sistema de eixos dotado de
três linhas as quais indicam as direções básicas da tubulação: Uma vertical e duas inclinadas.
Essas linhas servem de referência para indicar a posição e o sentido dos tubos no isométrico.
Os tubos inclinados não pertencem às direções básicas da tubulação, portanto, não deve estar paralela a
nenhuma dessas linhas.
Representação de curvas
Os desenhos Isométricos devem conter todas as cotas e dimensões necessárias para sua fabricação e
montagem das tubulações.
As cotas deverão ser colocadas de tal maneira que fiquem esteticamente dispostas, de forma que
determinem corretamente o trecho cotado.
Os trechos inclinados no plano horizontal deverão ser cotados para orientação, o verdadeiro ângulo de
inclinação do tubo acompanhado da letra H, devendo também aparecer a cota dos catetos e os trechos
inclinados no plano vertical seguem as mesmas regras dos trechos horizontais, entretanto,
acompanhados da letra V.
Na maioria dos desenhos isométricos, a cotagem é feita a partir da linha de centro dos tubos e válvulas
ou face de flanges.
Cabe ao encanador efetuar o cálculo necessário para a determinação da medida dos niples intercalados
entre curvas, tês, reduções, flanges, válvulas e outros acessórios.
Exemplo 03 - Tubo inclinado a 45° no plano vertical ou horizontal com curva de 90° girada a 45°:
1º passo - Calcular o material a ser descontado da medida de centro a centro:
1 Curva de 90° + 1 curva de 45° raio longo: 6’’ x 54 = 324 mm
2 Aberturas para soldagem: 8 mm
324 + 8 = 332 mm
Existem várias outras situações que podem ser encontradas na fabricação de spool’s, incluindo a
necessidade da utilização da trigonometria e do teorema de Pitágoras principalmente na fabricação e
montagem de campo.
As especificações das espessuras da parede dos tubos estão ligadas a três conceitos básicos:
- Diâmetro interno;
- Diâmetro nominal;
- Diâmetro externo.
O diâmetro nominal limitado até 12’’ não tem dimensões físicas no tubo, seria um diâmetro médio entre
o interno e o externo. É usado para efeitos de especificação ou designação dos tubos.
Nos diâmetros a partir de 14’’ o diâmetro nominal coincide com o diâmetro externo.
As espessuras das paredes dos tubos são padronizadas e definidas por séries pela Norma Americana
ANSI B-36.10 que estabelece padrões em séries para espessuras. Essas séries também são chamadas de
SCHEDULES (SCH):
SCH: 10, 20, 30, 40, 60, 80, 100, 120, 140 e 160.
Para um mesmo diâmetro nominal existem várias schedules diferentes, isto é, quanto maior a SCH,
maior será a espessura da parede e menor será o diâmetro interno. Somente o diâmetro externo
permanece o mesmo:
FIM
Lúcifer às 15:24
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