Apostila+Auriculoterapia+2 0 PDF

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Dr. Marcos Minello - Auriculoterapia 2.

Aula 1. Yin Yang

Olá a todos, tudo bom? Nesse vídeo a gente vai falar um pouco sobre o
Yin e o Yang e um conceito básico para a gente conseguir evoluir e levar isso para a
Medicina Tradicional Chinesa. Então essa vai ser uma das visões mais antigas da
Medicina Tradicional Chinesa, que é exatamente a explanação, a explicação do que
é do Yin, do que é o Yang.
Então, o conceito de Yin-Yang, a primeira vez que ele é visto de forma
escrita acontece nos Livros da Mutação, que é um livro escrito 720 anos a.C. O
primeiro conceito que se tem de Yin-Yang é exatamente um conceito quando um
monge observa um monte e dentro desse monte, ele vê um lado que está exposto
ao sol e um outro lado que não fica exposto ao sol. Então numa visão de uma
determinada época do ano, esse vale, esse lado posterior da colina, nunca pega sol,
enquanto o outro lado pega sol o tempo inteiro. E ele começou a observar
divergências de um lado em relação ao outro, e daí nasce o primeiro conceito
filosófico do Yin-Yang, que é a oposição do Yin e do Yang.
Então o conceito mais básico de Yin-Yang seria o lado claro da montanha
e o lado escuro da montanha, e o que de características têm para cada um. Então a
primeira coisa que a gente tem que pensar é o seguinte, o primeiro conceito é: o
lado claro da montanha tende a ter mais claridade, tende a ter mais energia, tende a
ter mais calor; enquanto o outro lado da montanha vai tender à escuridão, um pouco
mais frio, um pouco mais de densidade. Então a gente vai observar algumas dessas
características na montanha.
E aí esse livro, o Livro das Mutações, começa a trazer, na verdade, essa
visão, essa fisiologia, esse conceito para uma visão do corpo humano – o que, no
corpo humano, isso pode estar acontecendo. Então quando a gente olha o Yin-
Yang, a gente começa a ver a interrelação entre eles. Então na Medicina Tradicional
Chinesa, a gente pode classificar as patologias e/ou as pessoas como
características de Yin-Yang e as suas interrelações.
Então para a Medicina Tradicional Chinesa, o Yin e o Yang devem estar
equilibrados para que se haja harmonia e dentro da harmonia o corpo funcione de
uma forma ideal.
Então a oscilação de área entre o Yin e o Yang é comum dentro da gente,
assim como a noite e o dia. Então o dia é considerado o Yang, enquanto a noite é

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considerada o Yin. Então a gente tem essa diferença que acontece: metade do dia é
Yin e metade do dia é Yang, então a noite Yin e o dia Yang, ok?
E isso acontece também dentro do nosso corpo, então tem momentos em
que a gente está mais eufórico, tem momentos em que a gente está mais animado,
tem momentos em que a gente está mais enérgico, a gente está mais Yang; e tem
momentos em que a gente está mais introspectivo, a gente está com menos energia,
então nesses momentos a gente está um pouco mais Yin.
Isso são conceitos básicos de Yin-Yang, que dá para a gente levar para o
nosso cotidiano. Então, por exemplo, se visualmente, ao notar um paciente que está
mais apático, mais debilitado, ele tende a ser classificado como Yin; se ele é um
paciente mais agitado, mais explosivo, ele vai ser classificado como Yang, a
princípio através desses Livros das Mutações, que vêm há 720 anos a.C., ok?
Mas o conceito de equilíbrio entre isso vai evoluir um pouco mais, uns
anos um pouco mais à frente, cerca de 500 anos a.C., começa-se a classificar, na
verdade, que esse Yin-Yang pode ter alterações diferentes dentro dele, ok?
Então o Yin, que é a parte mais material, mais densa, mais escura, ela
pode ter dois quadros, principalmente. Na verdade, três, né? Primeiro, ela pode
estar normal, o que a gente não classificaria como patológica; ela pode estar num
quadro de excesso, que a gente classificaria como um excesso de Yin; ou ela pode
também, sim, estar num estado de deficiência, ok? Então a gente tem um excesso
de Yin e uma deficiência de Yin acontecendo. Vou explicar o que cada um desses
casos pode levar dentro do corpo da pessoa.
Já no Yang, eu posso também ter três classificações: eu posso ter o Yang
equilibrado, não causando nenhuma alteração, se tornando fisiológico; eu posso ter
um excesso de Yang, um excesso de energia dentro do corpo; ou posso também ter
uma deficiência de energia, uma deficiência de Yang acontecendo dentro do corpo,
ok? Então a gente pode ter essas prévias classificações entre as relações de Yin-
Yang.
Então essas interrelações de Yin-Yang, a gente vai entender um pouco
mais, até para conseguir classificar um pouco mais e na hora de tratar, a gente fazer
essa ligação do Yin-Yang, do excesso e da deficiência junto com os órgãos, com as
vísceras ou com as alterações patológicas que vão aparecer dentro do corpo do
paciente.

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Então o primeiro conceito que a gente vai ter, que a gente vai dividir, é o
seguinte: existe uma interrelação entre o Yin e o Yang. Então a gente vai começar
falando do Yang, que é muito mais simples e muito mais usual dentro do nosso dia a
dia.
Então a gente vai pensar no primeiro caso de lesão, que é uma
deficiência do Yang: então se eu tenho uma deficiência do Yang, o que há de
previsto como patologia no paciente? Então deficiência energética, tá? Então
deficiência de Yang você vai lembrar como deficiência energética. Então nessa
deficiência energética, o que a gente vai observar? Primeiro, o paciente tem um
cansaço que não passa, então um paciente que tem falta de energia, um paciente
sedentário, um paciente inerte, um paciente que não consegue tocar sua vida à
frente, um paciente que tem tudo para dar certo, mas o que falta é o combustível,
então esse tipo de paciente a gente vai classificar como uma deficiência de Yang
global do paciente.
Mas dentro das deficiências globais, eu posso ter também deficiências
energéticas localizadas. Por exemplo, eu posso ter uma deficiência no cérebro que
vai me dificultar em mexer o braço. Então vamos falar de um Acidente Vascular
Encefálico, por exemplo: um paciente que teve um derrame, que isso vai ser uma
deficiência de Yin, eu vou explicar um pouco mais à frente, leva a uma perda de
movimento no braço. Então a perda de movimento é classificada como uma
deficiência energética. Se é uma deficiência energética, é uma deficiência de Yang.
Então se está deficiente de Yang, o meu trabalho vai ser fazer o quê? Uma
ascensão desse Yang, o trabalho que, na auriculoterapia, na acupuntura, no shiatsu,
vai ser fazer com que essa energia que está muito baixa nesse membro superior se
eleve, fazendo com que a pessoa ganhe novamente movimentos dentro desse
braço.
O segundo quadro de interrelação entre Yin-Yang é o excesso do Yang.
Então o excesso do Yang o que seria? Quando o paciente apresenta alterações com
muita energia. Então vamos pensar num quadro muito clássico, que é, por exemplo,
um paciente hipertenso. Então o paciente hipertenso clássico, ele apresenta uma
vermelhidão facial, uma dor de cabeça, ele está angustiado, ele começa a ter uma
sudorese intensa, então os sinais são de calor intenso dentro do corpo, ele tem uma
taquicardia, o coração acelerando, então isso tudo faz com que apresentem sinais
de excesso de Yang. Por exemplo, o que é um excesso de Yang? Excesso de
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energia. O que eu posso classificar como excesso de energia também? Se eu


pensar em uma lesão, um trauma direto, se eu tenho uma lesão, por exemplo, no
meu ombro, vem alguém e bate no meu ombro, o que vai disparar no meu ombro?
Vai disparar sinais flogísticos: dor, calor, rubor e edema. Então dentro dessa dor,
calor, rubor e edema, isso tudo é Yang, tá? Então classifica-se sempre uma
inflamação aguda como um excesso de Yang.
Dessa forma, vai ficar muito mais fácil tratar essas patologias: se é um
excesso de Yang, o trabalho dentro da Medicina Tradicional Chinesa vai ser gerar
uma deficiência desse Yang, então eu vou ter que drenar esse excesso de Yang, eu
vou ter que fazer uma dissipação.
Então um dos termos que a gente vai começar a falar um pouco dentro do
curso vai tonificação e sedação. Então se eu tenho um excesso de Yang, no
excesso eu vou fazer o quê? Sedar esse excesso. Se eu tenho uma deficiência de
Yang, o que eu vou fazer? Tonificar o Yang. Então em todo excesso eu sedo e em
toda deficiência eu tonifico.
Como que eu observo se é um excesso ou uma deficiência? A gente vai
entender um pouco mais lá na frente, mas tudo vem da história da doença atual do
paciente, classificada na hora da avaliação como HDA – História da Doença Atual –
do paciente. E dentro dessa História da Doença Atual do paciente, a gente vai
conseguir classificá-lo como um excesso ou como deficiência, principalmente porque
a gente vai pegar muitos pacientes poliqueixosos, um paciente que tem muitas
queixas ao mesmo tempo. E aí a gente vai priorizar as principais queixas e dentro
dessas principais queixas, a gente vai observar os sintomas que estão acontecendo
dentro dessa principal queixa, para observar se tem sinais de excesso ou se tem
sinais de deficiência acontecendo dentro dessa lesão que o paciente vem relatando.
Quando a gente vai para o Yin, a gente já vai visualizar o Yin como
alterações de estrutura, ok? Então estrutura óssea, estrutura muscular, então coisas
mais densas, tecidos, propriamente ditos, a gente vai ter alterações de Yin, ok?
Então o que seria uma deficiência de Yin? Na nossa visão, principalmente a gente
está tratando mais com dor, com lesões articulares e tudo mais, a visão é: as
degenerações, as artroses, principalmente, a degeneração de um tendão, uma
tendinose, uma artrose, tudo que tem “ose” no final quer dizer degeneração. Então
tudo o que tiver o “ose” no final vai ser uma degeneração e vai ser classificada como

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uma deficiência de Yin. E, dessa forma, a gente vai ter que tonificar esse Yin, para
fazer com que o paciente consiga, sim, voltar a melhorar o seu quadro clínico.
Será que existem deficiências que são, de alguma forma, impossíveis de
se retornar ao equilíbrio? Lógico, gente, tem patologias que são patologias crônicas
e que a gente não vai conseguir melhorar 100% o paciente. Então o paciente que já
está numa fila de cirurgia, que tem uma artrose já muito grave, muito degenerativa, e
ela já tem indicativo de protetização, qual seria o trabalho lá na auriculoterapia, na
acupuntura, no shiatsu, na Medicina Tradicional Chinesa como um todo? Não
visualizar a patologia.
Isso é o que eu falo muito para vocês: parem de pensar na lesão, vamos
pensar com o pensamento chinês, com o pensamento oriental, que é o quê? O meu
paciente precisa ter a melhor qualidade de vida para que ele tenha uma boa
sobrevida. Então não importa muito se o joelho dele está com degeneração, o que
me importa é: será que eu consigo fazer um trabalho na auriculoterapia para que
esse paciente sinta menos dor no joelho e eu consiga prorrogar essa patologia, eu
consiga prorrogar essa lesão, e, dessa forma, esse paciente, na verdade, ser levado
à cirurgia muito mais tarde, daqui a uns 10 ou 15 anos, ou quem sabe nem mais
precisar da cirurgia, ok?
Então, dessa forma, a gente pode trabalhar em cima da dor do paciente,
em cima da melhora do movimento do paciente, visando uma tonificação do Yin, que
vai fazer com que as sinóvias, as articulações sinoviais, melhorem sua liquefação e
façam com que esse paciente tenha uma melhor qualidade de vida.
E mesmo que depois ele faça um novo exame de imagem e ainda
apresente artrose: “ah, a acupuntura, auriculoterapia, shiatsu, não regrediu a
artrose”, mas a função do paciente melhorou? É isso que é muito importante. Por
isso que eu falo: na hora que a gente está avaliando o paciente, mais importante do
que a patologia são os sintomas que incomodam esse paciente. Se numa próxima
avaliação esse paciente relata que: “nossa, como eu estou conseguindo agora
sentar melhor e levantar da cadeira”, “como agora eu consigo limpar melhor minha
casa e não sinto tanta dor”, “nossa, como agora eu consigo pegar meu netinho e
antes eu tinha muita dor na coluna e não conseguia”. Sempre a melhora da função é
muito mais funcional para o terapeuta do que realmente tratar ou curar uma
patologia médica, tá?

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Então a gente vai trabalhar em cima disso e principalmente nesse curso a


gente vai focar muito em conversar sobre padrões energéticos e como melhorar
esses padrões energéticos do paciente, fazendo com que ele tenha uma melhora do
quadro geral.
Então deficiência de Yin o que é? Degeneração tecidual, degeneração
articular, degeneração sanguínea. Então, por exemplo, uma anemia, uma perda de
hemoglobina, a perda de hemácias, uma diminuição, por exemplo, do sistema
imunológico do paciente... No sistema imunológico eu posso ter uma visão Yang e
uma visão Yin. Sim, porque se o meu corpo não está reagindo a uma infecção ou
uma inflamação, pode ser que ele não esteja tendo energia para combater a
infecção, como também pode ser que o paciente esteja imunodeprimido, então num
exame, por exemplo, laboratorial, eu vou ver que os leucócitos, eosinófilos, estão
baixos ao invés de estarem altos, quando ele está fazendo uma inflamação ou uma
infecção. Nesse caso, se o paciente está com uma imunidade baixa, o meu foco vai
ser tanto tonificar o Yin, para quê? Para que esse organismo produza mais
anticorpos, produza mais soldados. Como também, se eu observar uma inércia
desse corpo, uma falta de energia desse corpo em tratar o corpo como um todo,
faltando energia nesse ponto, eu também vou tonificar o Yang nesse corpo.
Calma que aos poucos a gente vai entendendo um pouco mais e a gente
vai trabalhar muito em cima desse conceito e evoluir muito em cima disso, para que
faça mais sentido na hora do tratamento do paciente. É só uma aula que a gente
está começando no primeiro conceito, que é o conceito de Yin-Yang.
O quarto conceito de Yin-Yang é quando a gente está falando num
conceito de elevação do Yin. O que seria um excesso de Yin? Excesso de Yin a
gente vai classificar como excesso de matéria, tá? Então a primeira coisa que vem
na nossa cabeça é ou o aumento de crescimento ósseo, que são os chamados
osteófitos – o bico de papagaio, esses esporões – isso tudo pode ser classificado
como excesso de Yin, tá?
Então o excesso de Yin é crescimento de matéria. E também os tumores
como um todo. Então o paciente que faz um câncer, que faz um tumor, que tem um
crescimento de uma matéria, que tem um crescimento de uma célula de gordura, se
ele tem um crescimento de alguma estrutura dentro do corpo dele, isso pode ser
interpretado como excesso de Yin.

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Um outro exemplo muito comum é um paciente que está ganhando peso,


ou seja, ele está ganhando matéria. Se ele está ganhando matéria, ele está
ganhando um excesso de Yin. Esse excesso de Yin, por exemplo, do engordar,
pode ser por uma deficiência, vamos pensar, pode ser porque o paciente come
muito? Sim, pode ser porque o paciente come muito. Então é a causa, a gente vai
ter que focar, por exemplo, num tratamento para diminuir essa ansiedade, diminuir
essa vontade de comer do paciente.
Ou, por exemplo, ele pode ter uma deficiência de Yang, ele pode ter uma
deficiência de hormônios no corpo, que não estão queimando as calorias. Então é o
caso do paciente que não come muito, mas o que falta para ele realmente é a
atividade física.
Então por isso que as pessoas muitas vezes se prendem muito ao que...
Como o protocolo para emagrecimento: a primeira coisa que a gente tem que pensar
é o quê? O que engorda o seu paciente, o que causa a alteração dentro do corpo do
seu paciente? Então se é um excesso de Yin, um excesso de matéria, pode ser
excesso de matéria tumoral dentro do corpo, pode ser um excesso de matéria
óssea, um crescimento de estrutura, como os bicos de papagaio, como também as
alterações de esporão que acontecem pelo corpo. Os edemas crônicos também são
excesso de Yin, então como é que eu classifico um edema crônico, um edema de
Yin-Yang e um edema de Yin? O edema de Yang é um edema traumático, que tem
sinais do quê? De calor, rubor, edema. Isso é um excesso de Yang. Quando eu
pego um edema e esse edema é frio, é denso, ele não melhora com o frio, de forma
nenhuma, ele prefere o calor, então isso é excesso de Yin, ok?
E, dessa forma, a gente vai entender o seguinte: se o paciente tem uma
deficiência de Yang, cansaço excessivo, muita gente resolve isso muito facilmente
pegando uma xícara de café e tomando. Então é um fitoterápico, tá? Eu posso fazer
isso com a auriculoterapia, eu posso fazer isso com acupuntura, com shiatsu, como
eu posso fazer também com que a pessoa tome algum medicamento ou algum
fitoterápico, que não deixa de ser um medicamento, e esse medicamento causa um
excesso de Yang. Por exemplo, num excesso de Yang, eu posso tomar um chá de
camomila, por exemplo, que vai fazer com que a energia corporal caia, tá?
Então a gente tem que entender isso, mas tomar um certo cuidado
também, por quê? O que está causando esse cansaço no paciente? Será que ele
está dormindo pouco, ele não está nutrindo o Yin? Se ele não está nutrindo o Yin,
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esse Yang está baixo. Sempre que eu aumento o Yang, eu acabo consumindo um o
Yin. Essa interrelação entre o Yin e o Yang é muito importante, por quê? Quando a
gente visualiza o símbolo do Yin-Yang, o símbolo do Yin-Yang é um símbolo... deixa
eu pegar aqui um símbolo para vocês, clássico, do Yin-Yang, que é esse símbolo
aqui. Esse símbolo do Yin-Yang, onde o escuro é o Yin e o claro é o Yang,
pensando lá no início do vídeo, que a gente falou sobre Yin-Yang, é exatamente
focando que o lado claro da montanha, ou seja, o lado claro da imagem que eu
mostrei para vocês é o Yang e o lado escuro é o Yin.
Mas a gente notou, dentro dessa imagem, que como se fossem duas
gotas, uma percorrendo a outra, ainda assim, dentro da imagem, você nota que
dentro do preto tem um branco e dentro do branco tem um preto. O que isso
mostra? Que mesmo o Yin sendo o mais puro, ele contém Yang; e mesmo o Yang
sendo o mais puro, ele contém o Yin. E por que essa imagem é colocada nesse
sentido, como se fosse uma gota seguindo a outra? Isso mostra que, na verdade, o
Yin serve de matéria para o Yang. Então é um consumindo o outro e essa energia
contínua é que gera harmonia. Se eu aumento muito o Yang, acaba que eu
consumo o Yin.
Então o que a gente vai observar de alterações patológicas? Geralmente
os excessos, tanto de Yang, quanto de Yin, tendem a gerar uma deficiência do seu
antagonista. Como assim? Se eu tenho um excesso de Yang, isso significa que eu
estou queimando muita energia. Se eu estou usando muita energia, eu estou muito
agitado, estou fazendo muito exercício físico, estou trabalhando em excesso e tudo
mais, o que acontece? Essa energia precisa vir de algum lugar e de onde ela vai vir?
A gente vai ver isso mais para frente, que são os Qis, que são as
energias. Essa energia tem que vir de algum lugar, então ou ela está vindo de uma
alimentação ou está vindo da respiração ou está vindo de uma energia que a gente
chama de energia ancestral, ou seja, eu estou consumindo meus próprios órgãos e
vísceras, consumindo meus próprios músculos, eu estou consumindo a minha
essência.
Então, logicamente, se eu tenho um Yang exacerbado, eu preciso dar
nutrição ideal para esse Yang, para ele se manter alto. Se eu não mantenho esse
Yang alto com alimentação, com uma respiração ideal, uma alimentação bem-feita,
o que acontece? Ele vai acabar consumindo a matéria. Então um excesso de Yang

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acaba levando a um consumo de matéria, até o momento em que a matéria é tão


pouca que o Yang volta a se normalizar.
Então o que a gente pode notar com isso? Que um excesso de Yang por
um longo período tende a levar o paciente para uma deficiência de Yin. Ou seja, se
eu faço muito exercício físico, se eu treino muito, faço muita musculação, uso muito
meu joelho, no final de 40 anos de atividade física intensa, quando você vai olhar
minha articulação do joelho, ela vai estar com uma lesão degenerativa. Ou seja, um
excesso de Yang, um excesso de exercício físico, levou a uma deficiência, levou a
uma alteração lá do meu joelho, que levou a uma degeneração.
Assim como todo excesso de Yin, principalmente a gente vai focar na
obesidade, nas tumorações, tá? Um tumor ou uma obesidade tendem a consumir o
Yang, tá? Por quê? Se eu tenho mais matéria, se eu tenho mais metabolismo,
imagina o seguinte: meu corpo foi feito para ter 80 quilos e eu peso 180 quilos, ou
seja, eu peso 100 quilos a mais do que eu deveria. Se eu peso 100 quilos a mais do
que deveria, quando eu caminho eu gasto muito mais energia do que eu deveria.
Então muita gente não pensa nisso, mas uma pessoa que deveria pesar X, pesa 2X
ou às vezes 3X, ou seja, carrega três pessoas em cima dela, ela consome três
vezes mais energia do que deveria. Só que o que acontece é que essa energia
acaba que não sai desse excesso de Yang, ela é consumida por outras partes do
corpo – ou pela via alimentar ou pela via essencial.
Então é uma bola de neve e isso precisa ser equilibrado. Porque, por
exemplo, num obeso, que tem principalmente uma alteração metabólica – a
obesidade levou a uma alteração metabólica – ou o próprio câncer, que já tende a
uma alteração metabólica local, eles consomem energia sem gastar a eles mesmo.
Ou seja, um obeso não vai consumir um tecido de gordura para se movimentar. Olha
que incrível! Ele deixa de consumir a gordura, porque o corpo dele tem a gordura
como uma estrutura essencial para a sobrevivência, e começa a consumir músculo,
começa a consumir metabolismo, ou seja, começa a levar a uma deficiência de
Yang.
Ou seja, a gente tem quadros clássicos que são excesso de Yang,
deficiência de Yang, excesso de Yin, deficiência de Yin, mas a gente pode ter
correlações acontecendo. Ou seja, um excesso de Yang mantido por um longo
período levará a uma deficiência de Yin em alguma parte do corpo. Como o oposto

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também acontece: um excesso de Yin em uma determinada parte do corpo pode


levar a uma deficiência de Yang de forma crônica, ok?
Pode existir, aí é uma hipótese, será que pode existir um excesso de Yin
com um excesso de Yang? Sim. Isso é muito comum, por exemplo, nos quadros
mais críticos, mais graves, de doenças, doenças mais graves que têm sintomas
flogísticos intensos e, ao mesmo tempo, existem alterações de tecido. Exemplo: os
cânceres, tá?
O câncer em si leva a um excesso de Yin e muitas vezes, na fase aguda,
tem sinal flogístico, então o paciente tem dor, tem calor, tem rubor, tem edema no
local, na região, então esse é um caso em que existe um quadro tanto de excesso
de Yin, quanto excesso de Yang.
Pode ser, aí uma outra hipótese, pode existir também um quadro de
deficiência, um colabamento, um desabamento global, tanto do Yin, quanto do
Yang? Sim, também pode existir. Então geralmente isso é a fase senil, onde eu
tenho já as matérias já bem debilitadas. Estado senil, entre aspas, porque a gente
tem pessoas que são acamadas, ou que são levadas ao leito por uma doença
crônica, e que, na sua fase mais terminal, têm uma deficiência de matéria –
perderam massa muscular, perderam estruturas, perderam líquido sinovial,
perderam tendão, como também perderam a energia, não tem mais de onde tirar
energia pelo tempo acamada.
Então um paciente acamado de forma crônica, um paciente no CTI, um
paciente que tem uma doença degenerativa, um AVC muito grave, um AVE muito
grave, um derrame muito grave, que leva esse paciente a uma deficiência de massa
muscular, uma deficiência de massa cerebral, ao mesmo tempo ele vai deprimindo o
seu sistema imunológico, deprimindo o seu sistema global, deprimindo o seu
movimento, esse paciente tende a um desabamento completo do Yin e do Yang.
Então para fechar essa aula, o que a gente vai entender de interrelação
entre o Yin e o Yang? Vai ser o seguinte: o Yin e o Yang, eles devem permanecer
equilibrados, entre aspas, durante o dia. Ou seja, tem momentos em que eu estou
mais alegre, que eu estou mais disposto – geralmente eu, Marcos, tenho muito mais
disposição na fase da manhã; e na fase da noite, na verdade, o Yin vai tomando
conta e o meu Yang vai aparecendo. Se eu entender o princípio da colina, é
exatamente isso: uma hora o sol está na colina, chega uma hora que o sol deixa de
estar na colina e aí entra a escuridão, então entra o Yin.
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Então é comum entender dentro do seu metabolismo, dentro do seu


corpo. Não existe uma regra hoje em dia, porque a gente não vive mais só da luz
natural, então a gente tem que entender que cada pessoa trabalha num
metabolismo e vai ter seu tempo biológico respeitado. Logicamente que se ele
encontra o seu metabolismo dentro da fisiologia normal da luz solar, tende, pela
Medicina Tradicional Chinesa, a ter mais equilíbrio corpóreo.
Então o que seria o mais funcional? O paciente durante o dia ter um
acréscimo do seu Yang, como se fosse o sol: no meio-dia ele tem o ápice e depois
do meio-dia esse Yang vai deprimindo e começa a dar a ascensão ao Yin, que vai
ser o sono. O Yang vai cair para o Yin tomar conta, tá? Então a gente tem essas
alterações de Yin-Yang e isso é considerado fisiológico dentro da Medicina
Tradicional Chinesa.
O que é não fisiológico? É quando esse padrão se mantém
completamente por vários períodos e não existe a oscilação fisiológica, ok? Então o
que você tem que observar? Quais são os sinais do seu paciente. Anota, pega um
papel e na avaliação que tem no curso você vai anotar, lá na parte de Yin-Yang,
quais são os principais sintomas Yin, quais são os principais sintomas Yang, ok?
Então eu vou fazer uma live falando um pouco mais de características Yin
e um pouco mais de características Yang.

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Aula 2. Yin Yang - parte 2

Bom, nesse vídeo a gente vai falar um pouco de características de Yin-


Yang e isso pode ser correlacionado tanto com o meio externo, como com o nosso
meio interno, tá? Então isso é indiferente. Mas o Yin e o Yang têm características
um pouco diferentes, de um em relação ao outro, sempre um sendo oposto ao outro,
ou, no meu ver, na verdade eles são sinergistas, porque sem um não existe o outro.
Então eles são antagonistas, eles são divergentes, mas, ao mesmo tempo, um só
existe por causa do outro, ok?
Então o Yang tem características que são mais clássicas, que são as
seguintes: o Yang é imaterial, ele produz energia, ele gera, ele é o gerador das
energias, ele é o que vai gerar vida, tá? Ele é não substancial, ou seja, ele é
imaterial. Então o ar, o ATP que corre dentro da gente, isso tudo é Yang, ok?
Então geralmente a visão de Yang aqui, o Yang não é visto, ele não é
substancial, ele é energia, ele é expansão. Ou seja, tem pessoas que são mais
Yang, ou seja, pessoas mais expansivas, ok? Então a gente pode levar isso até para
quesitos mais psicológicos ou psiquiátricos, então se a pessoa tem mais surtos, se a
pessoa tem mais fúria, tem mais ataques, ou seja, eu vou interpretar isso com uma
visão mais Yang. E isso é também numa visão de espaço propriamente dito, então
se a pessoa precisa de mais espaço, se ao dormir ela toma mais espaço, isso tudo
são características mais do Yang, ok?
O Yang, por ser energia, ele tende à ascendência. O que isso quer dizer?
Patologias que tendem a ascender, que tendem a crescer, tá? O aspecto bom do
Yang, por exemplo: Yang é quem move a pessoa, é quem determina a ir para frente,
ela crescer na vida, isso é energia e é Yang. Tudo o que sobe é Yang, ok? O fogo é
Yang.
O que seria contra isso que eu falei, a contra relação ao Yin? O Yin é tudo
o que é mais denso, é mais material. Então sempre uma coisa em relação à outra,
tá? Então, por exemplo, o ar é mais Yang em relação ao Marcos, que é mais Yin.
Mas, por exemplo, se eu fosse comparar a parede com o Marcos, é parede é mais
densa, então é parede é mais Yin e o Marcos mais Yang. Então a gente pode
considerar sempre em relação ao que a gente está falando, ok?
O Yin produz formas, então a gente visualiza o Yin. O Yin é crescente, ele
é material, é denso, então a gente consegue tocá-lo, o Yin está presente dentro da
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gente. O Yin é a contração, lembrem, enquanto o Yang é a expansão, o Yin é a


contração.
Num aspecto psíquico, comportamental, ele é a introspecção, a timidez,
tá? Enquanto, a gente falou, que o Yang é o surto. Tudo o que vai para baixo, tudo o
que afunda, tudo que deprime é mais Yin. Isso no bom sentido, como no mau
sentido também, então num momento de discussão em vez de você crescer, você
vê que se você crescer vai piorar a situação, se você descer, se você se afundar, se
você entrar mais dentro do seu Yin, você vai estar um pouco mais centrado.
Então até dentro do seu dia a dia você pode utilizar isso, você perceber
que você está um pouco mais Yang no seu dia, “nossa, eu estou levando o meu dia
com muita energia ou com muita energia no mau sentido, discutindo com as
pessoas...”. E você vê que a tendência do Yang é quanto mais fogo, mais pega fogo,
ou seja, se você está bravo e num momento alguém te fecha no trânsito, a tendência
é que o seu Yang exploda ainda mais. Então o estado de equilíbrio interno é
exatamente quando notar que o Yang está exacerbando, tentar levar para o Yin.
Assim como se eu estou muito introspectivo, com todo mundo pisando na
minha cabeça e eu não estou nem aí, está na hora de dar um levante no Yang e
esquecer um pouco o Yin.
Então esses sinais são sinais que vão aparecer dentro do corpo do
paciente, seja em patologias locais, como também em patologias psicossociais,
psico-comportamentais.
Então enquanto o Yang representa o fogo, o Yin vai representar a água,
propriamente dita. Então esses são aspectos bem interessantes do Yin e do Yang.
Na parte dentro do nosso corpo, tem um conceito da Medicina Chinesa
que é: determinados locais de patologias tendem a ter mais a evidência de Yang e
outros tendem a ter evidências mais de Yin. Então, por exemplo, a parte mais
superficial, parte mais externa do meu corpo é mais Yang; a parte mais superior do
meu corpo – cabeça, tórax – é a parte mais Yang do meu corpo; superfície posterior
e lateral, então quanto mais para fora do meu corpo e mais para trás do meu corpo
são superfícies mais Yang; então a parte mais anteromedial, Yin; então a parte mais
da frente do meu corpo é uma região mais Yin. As costas são Yang, a frente é a
parte Yin.
Função, ou seja, movimentação, o pegar, o acordar, o movimentar, a
ação é um aspecto Yang; enquanto a preservação da estrutura, a estruturação em si
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é Yin, ok? Então se eu estou com perda de função, “nossa, não consigo movimentar
o meu braço, não estou conseguindo escrever”, isso é uma lesão Yang. É diferente
de “nossa, minha mão perdeu a forma por uma artrite reumatoide e eu não estou
conseguindo escrever”, então essa perda de função está ligada à perda da estrutura.
Então se houve perda de estrutura, eu vou focar no Yin, ok?
Então outros aspectos que tem de estruturas e órgãos que a gente tem
dentro do Yang é o seguinte: o Yang é as costas, é a cabeça, é a parte externa, ou
seja, pele e músculos, é acima da cintura, é a parte Yang. Parte superficial,
posterolateral, os órgãos, que a gente ainda ver, o Zang Fu, os órgãos tendem a ser
Yang, tá? E a função dos órgãos, o Qi, o Qi defensivo, ele é Yang. Lembrando que
tudo o que eu estou citando aqui agora, a gente vai se aprofundar um pouco mais lá
na frente, ok?
Mas o Yin é a frente, é o abdômen, é o tórax, é o corpo como um todo, é
o interior, a parte dos órgãos. Então se eu tenho problemas dentro dos órgãos, eu
tenho problemas Yin, tá? A superfície anteromediana do meu corpo, então a parte
de defesa do meu corpo é Yin, os órgãos Yin, que a gente ainda vai falar sobre
órgãos e vísceras, as vísceras são Yang, os órgãos Yang e os órgãos Yin, a gente
vai visualizar isso mais para frente. O sangue, o Xue, é de representação do Yin. Os
fluídos corpóreos, então todas as secreções que acontecem no meu corpo, as linfas,
a sudorese, a salivação, isso tudo é Yin, ok? E o Yin Qi nutritivo, que é o que nutre
meus órgãos internos, também é de representação Yin, isso é bem interessante
para essa visualização, tá?
A gente tem também essa disparidade entre Yin e Yang bem
interessante, que é levando tanto para a parte do mundo, como a parte interna
nossa, o Yang tem características que são as seguintes: ele é fogo, ele é quente, ele
é agitação, ele é o seco, ele é duro, ele tem a parte da excitação, o Yang é rápido, e
Yang é não substancial, o Yang é transformação, a mudança.
Então isso é muito interessante quando a gente vai levar para o nosso dia
a dia. Se o Yang é quente, ele é agitação, ele é seco, ele tem estruturação dura, isso
tudo, ele tem uma visualização muito mais da energia, ele é a transformação. Então
eu tenho um paciente que está precisando transformar sua vida, eu estou
precisando que um paciente tenha mais agitação, eu estou precisando que um
paciente tenha mais excitação, eu vou trabalhar com o Yang do corpo do paciente.

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Ao contrário, o Yin é a água, é o frio, é a quietude, é a umidade, ele é o


macio, ele é a inibição, ao contrário da excitação do Yang, ele é a lentidão, ele é o
substancial, ele é conservação, ele é a estocagem. Ou seja, você vê que é uma
coisa muito mais contida, o Yin, do que é o Yang, como é muito mais aberto.
Dessa forma, a gente vê que essa oposição entre o Yin e o Yang, eles
dão sinais muito claros do meu paciente, do que ele é, ele é Yin ou ele é Yang? Ele
está presente mais na parte Yin ou na parte Yang? E isso vai ser muito importante
na hora de tratar, principalmente se eu for tratar observando os cinco elementos, os
órgãos e vísceras, por quê? Assim como eles vão ser tratados como Yin-Yang, eu
também vou pensar o seguinte: tudo o que é Yin, eu vou ter que trabalhar com
materiais Yang; tudo o que é Yang, eu vou ter que trabalhar com materiais Yin, para
poder fazer a equilibração do corpo desse paciente. Isso vai me ajudar muito na
hora do tratamento também, ok?
Outras visões do Yin e do Yang que a gente pode ter: o Yang são os
membros, organismo quente, são sinais: rubor facial, a preferência por líquidos frios,
então tem pessoa, por exemplo, que não toma um chá de jeito nenhum, mas toma o
chá gelado, então a preferência por líquidos frios para esfriar esse Yang interno, são
características muito ímpares, voz alta, fala muito, então tem muita energia, muita
excitação, então o Yang precisa falar muito.
Então tudo isso são sinais que a gente pode ir colocando dentro da nossa
avaliação, para entender um pouco mais. Dá para fazer até um questionário para o
paciente e ele mesmo ir notando o que é Yin e o que é Yang, como ele deve
trabalhar em cima das suas alterações.
Então é um paciente que muitas vezes sente dispneia, por esse excesso
de agitação, então ele gasta muita energia, então falta ar dentro dele; ele tem sede
intensa, então é um paciente que precisa muitas vezes beber mais água do que
deveria ou ele sente necessidade de beber muita água, mas muitas vezes não pode,
mas ele tem essa reclamação da sede ou da secura interna; a urina tende a ser
mais escassa e escura, principalmente por esse fogo dentro dele, então a urina
escura é sinal de excesso de Yang; ele tem constipação; língua vermelha com um
saburra amarela, quando você pede para ver a língua do paciente, é uma vida que
vai estar escarlate, ela vai estar muito vermelha, principalmente em algumas partes
dela, mas se o paciente tiver um Yang como um todo, ele vai apresentar toda a
língua com a coloração avermelhada, tá? E pode apresentar uma saburra – saburra
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Dr. Marcos Minello - Auriculoterapia 2.0

é a cobertura que tem, que comumente é mais esbranquiçada. Se ela começar a ter
uma coloração um pouco mais amarelada, já é um sinal muito grave de ascensão do
Yang, tá? E se a gente for fazer uma avaliação de pulso do paciente, seja na artéria
radial ou também pode ser na carótida, a gente vai observar um pulso sempre muito
cheio, tá?
Em alteração, o que a gente vai ver num paciente Yin? São membros e
organismos mais frios, face mais pálida, vai ter preferência por líquidos quentes,
então comumente vai tomar chás, chocolate quente, a comida tem que ser muito
quente, então, por exemplo, quando vai tomar um café – isso é muito comum dentre
os meus alunos – às vezes o café acabou de ser passado, está na garrafa térmica
com meia hora e ainda está bem quente, mas, não, tem paciente que tem
necessidade de tomar aquele café que está fervendo, porque ele precisa nutrir esse
Yin, o calor do Yang ajuda a tirar esse paciente do excesso de Yin que está presente
dentro dele. A voz fraca, a fala é bem pouca, bem contida, ele tem ausência de
sede, então é um paciente que às vezes passa o dia inteiro sem beber um líquido
sequer, ou então ele bebe apenas um chá ou um cafezinho durante o dia inteiro.
Lembra que ele vai dar preferência ao líquido quente, ok? A urina é protusa e pálida,
então esse paciente vai ter muita urina e vai ser pálida.
Olha que interessante! O paciente de Yang bebe muita água e mesmo
assim a urina dele é escura; enquanto o paciente de Yin, ele bebe pouca água, tem
pouca sede, e mesmo assim ele perde muito líquido, ele vai fazer uma urina muito
clara e com jatos muito longos.
Ele tem mais facilidade em perda de fezes, então ele tem, chega a ser
uma incontinência, uma tendência a uma incontinência, tanto fecal, quanto urinária.
Ele tem uma língua que tende a mais pálida, então a gente tende a fazer, na
Medicina Tradicional Chinesa, eu tenho essa tendência, de falar para os meus
alunos: “olham para a língua, a língua tem que ter um aspecto de carne viva, de uma
carne que acabou de ser abatida. Se a língua já tem um aspecto mais para pálido...
Eu diria que ela não chega a ser uma carne que acabou de sair do corte, mas ela
tem que ter um rosa para o vermelho, se ela tende a um rosa pálido, isso já é um
sinal de Yin acontecendo.
E o pulso, sempre que você for ver o pulso de uma pessoa de Yin, ela
tende a ter um pulso muito mais vazio, um pulso muito mais extinto, e isso são
características bem interessantes do Yin e do Yang.
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A patologia no Yang, voltando para o Yang: o Yang tem patologias


agudas, que são de início rápido, então um dia está bem e no outro dia está muito
intenso o quadro do paciente; são mudanças patológicas rápidas, há presença de
calor, rubor, edema. Isso causa também, de um aspecto geral, patologias gerais de
agitação e insônia – o paciente tem uma dificuldade de dormir muito intensa – é um
paciente que ao dormir retira o lençol, ele retira a coberta por mais frio que esteja ou
principalmente ele descobre os pés, ele descobre alguma parte importante do corpo
para facilitar essa troca, porque o Yang sente muito calor interno. Ele gosta de se
deitar mais esticado do que contido, encolhido, então ou ele se deita naquele
aspecto em X ou ele se deita de barriga para baixo, mas ele gosta de estar esticado,
ele não gosta muito de se conter, não. E, logicamente, um Yang tende a ter sonhos
agitados e falar durante o sonho, então são pessoas que têm muito sonhos, se
agitam muito e também são pessoas que têm movimentos involuntários durante a
noite, que se mexem em decúbito constantemente.
Ao contrário do Yin, que a gente vai apresentar patologias mais crônicas,
de início gradual, então a pessoa foi adoecendo, são patologias lentas, são as
patologias mais frias, então você toca no joelho do paciente, ele apresenta uma
alteração de frio ali naquela região, ou seja, ele se dá muito bem com calor,
enquanto o Yang prefere fazer um gelo. As lesões de patologias Yin, elas preferem
fazer calor, porque sentem muito frio. O paciente tende a ter muita sonolência, o
paciente Yin, e ao mesmo também uma apatia, uma ausência de humor. Ele gosta
de dormir muito bem coberto, o Yin, então é um paciente que pode até estar calor lá
fora, mas ele tem alguma forma de se cobrir, mesmo que parcial, ele tende a se
cobrir. E gosta de se deitar encolhido, tende a se fechar, gerar um corpo em concha.
Esses são aspectos muito interessantes do Yin e do Yang. Deixa eu ver
se tem mais alguma coisa para falar para vocês de Yin-Yang. Eu acho que é só, tá?
Então fechou essa segunda parte do Yin-Yang, e aí a gente vai evoluir para um
outro quadro do paciente, ok?
Aguarda aí, tendo sua dúvida, coloca aqui embaixo, é bem interessante,
ok? E vamos fazer também o dever que está junto da apostila, ok?

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Aula 3. Yin Yang - parte 3

Bom, nesse vídeo eu vou dar uma ênfase maior ao que a gente estava
falando, sobre o Yin e o Yang, mas mais para a gente se situar, vai ser um vídeo um
pouco mais breve.
Então lembrando que na hora de classificar o paciente, a gente pode
classificá-lo como excesso de Yang ou deficiência de Yang, como a gente já viu
previamente, no vídeo anterior; ou classificá-lo como excesso de Yin ou deficiência
de Yin. Nos casos mais ímpares, a gente pode apresentar um excesso de Yin e
Yang e uma deficiência de Yin e de Yang também.
O que eu quero falar agora, a princípio, para vocês, é o seguinte, muito
importante: que mesmo dentro de um paciente que é excesso de Yang ou que é
deficiência de Yin, ele pode apresentar, em alguma parte do corpo, alguma alteração
que não tem a ver com o contexto do corpo dele.
Por exemplo, vamos supor que eu seja um excesso de Yang, estou
sempre hiperativo, vermelho, tudo mais, porém, eu tenho uma fragilidade no meu
joelho e meu joelho se degenerou e entrou numa deficiência de Yin.
Então o que a gente tem que notar é o seguinte, primeiro passo: eu vou
tratar o paciente como um todo ou vou focar primeiro no tratamento da doença?
Então são duas formas de você tratar, não existe a forma correta. Geralmente, eu
falo para os meus alunos: comece principalmente tratando a doença, para depois
equilibrar o corpo como um todo. Por que isso faz sentido? Porque para a gente
viver numa sociedade imediatista, que quer solução dos problemas de forma rápida
e emergencial, dê resultados, ok? Então se você já começa dando resultados,
tratando primeiro a patologia do paciente, então você trataria, nesse caso que eu
citei, a deficiência de Yin no meu joelho, enquanto que, na verdade, eu sou um
excesso de Yang, que posso estar consumindo esse Yin do joelho sim, tá?
Então, a gente tem, na verdade, três formas de tratamento, a gente vai
falar um pouco mais à frente do curso, mas só para exemplificar e ficar claro. Então
eu tenho o caso de que eu sou um excesso de Yang, com uma deficiência de Yin
local: o que tratar primeiro? Primeiro tratar o problema, ou seja, ir direto na lesão.
Segundo, tratar a raiz, ou seja, tratar a pessoa. E, terceiro, tratar a raiz junto com o
problema – muitas das vezes pode ser que você entre com muitos pontos e acaba
que não tem uma eficiência muito grande no tratamento.
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Então de início eu gosto de seguir essa norma. Não é um protocolo


fechado, é apenas uma ordenação sugerida, que é começar primeiro trabalhando
sobre lesão, para quê? Para começar a dar resultado para o paciente e, com isso,
você conquistar o paciente.
Segundo, ou seja, o quadro principal já foi diminuído, o que fazer?
Começar a tratar o problema junto com a raiz do problema, ou seja, a gente começa
a tanto equilibrar a patologia, como equilibrar o ser, equilibrar a pessoa. E quando
essa patologia desaparecer, eu foco principalmente na raiz e no problema.
Então a gente tem como tratar a consequência, tratar a causa e tratar a
causa e a consequência. O importante é sempre frisar: o que é mais importante para
o paciente? Muitas vezes o paciente não se importa de ele ser um excesso de Yang,
muitas vezes é até funcional, na verdade você só vai ter que talvez equilibrar um
pouco mais esse Yang desse paciente, para que ele consiga trabalhar de uma forma
melhor. Então, por exemplo, não adianta você sedar o Yang do paciente, deixá-lo
super zen, e, na verdade, ele tem como profissão uma gerência, em que ele precisa
ter um pouco mais de Yang.
Ah, ele é um trabalhador braçal, ou seja, imagina um peão, um ajudante
de obra, um mestre de obra, ou seja, que tem que carregar peso, tem que ter muito
Yang, depois você começa a fazer um tratamento de auriculoterapia, ele começa a
ficar zen, começa a ficar calmo, ele vai perder o emprego.
Então a gente tem que, na verdade, equilibrar o paciente, para que ele
funcione bem dentro do elemento dele. No próximo vídeo a gente vai falar
exatamente sobre o elemento e isso é importante dentro das características:
identificar o paciente, em que elemento ele se encontra, em que elemento ele é
patológico e em que elemento ele tem um potencial maior. E aí o que eu posso
fazer? Entendendo os elementos de forma geral, entender que se o paciente tem
uma patologia naquele determinado elemento, eu vou tratar aquele determinado
elemento, mas junto do questionário, da avaliação, eu consigo captar melhor quem é
o meu paciente, com que patologias esse paciente se encontra, em qual elemento
ele se encontra.
Então agora a gente vai entrar nos cinco elementos na próxima aula, em
que a gente vai falar um pouco mais sobre exatamente essa forma maravilhosa de
se tratar, que são os cinco elementos.

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Aula 4. 5 Elementos

Bom, nesse vídeo a gente vai falar um pouco sobre os 5 elementos, uma
das formas que eu mais gosto de trabalhar na Medicina Tradicional Chinesa,
inclusive na auriculoterapia.
Em que consiste os 5 elementos? Da seguinte forma: todo o nosso corpo
vai ser dividido dentro de 5 elementos básicos da natureza. Então a gente tem o
elemento água, vou colocar uma imagenzinha aqui em cima, o elemento água, o
elemento madeira, o elemento fogo, o elemento terra e o elemento metal.
Existe um ciclo chamado Ciclo de Geração, então começa no elemento
água, depois vai para o elemento madeira... Melhor não, vamos tentar criar uma
narrativa: a água gera energia para a madeira, para as plantas; as plantas são quem
geram energia para o fogo; o fogo, das suas cinzas gera a terra; e a terra, com sua
sobreposição e pressão, gera o metal, os minerais; e os minerais são responsáveis
por segurar essa água, conter essa água. Então isso é chamado de Ciclo de
Geração. Então o Ciclo de Geração é: a água gera a madeira, que gera o fogo, que
gera o elemento terra, que gera o elemento metal, que vai gerar o elemento água
novamente, criando um ciclo infinito de geração de energia.
O que isso mostra para a gente? Que assim como acontece na natureza,
essa formação de energia, essa transformação de energia, ela também vai
acontecer dentro do nosso corpo. Então dentro desses elementos, a gente tem
órgãos que são Yin e vísceras que são Yang.
Mas além do Ciclo de Geração, também existe o Ciclo de Controle. O que
é um Ciclo de Controle? Então o Ciclo de Controle vai ficar como se fosse uma
estrela dentro desse ciclo dos 5 elementos. Vou mostrar aqui para vocês, eu vou
botar uma imagenzinha ali também no canto, mas só para ficar ilustrado para você.
Isso aqui são os 5 elementos, mostrando a água que gera o fogo, o fogo gera metal,
que gera o fogo, que gera a terra, que gera o metal, que gera a água, ok?
E aí existe o ciclo chamado de Ciclo de Controle, onde a água controla o
fogo, o fogo contra os metais, os metais controlam a madeira, a madeira controla o
elemento terra e o elemento terra contém a água, a controlando. E existe também o
ciclo chamado de Ciclo de Contracontrole, que a gente vai explicar detalhadamente
cada um desses ciclos.

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Então o que acontece, o que eu vou usar? Então primeiramente existe o


Ciclo de Geração, que é um movimento circular ali no elemento. Vai ser a água
gerando madeira, madeira gerando metal, metal gerando fogo, fogo gerando terra,
terra gerando metal e metal gerando água. Então isso aí é Ciclo de Geração.
Por ser chamado de Ciclo de Geração, a função principal vai ser a
geração de energia, ok? Então se o meu foco vai ser gerar mais energia, eu vou
focar no elemento que vem abaixo do que eu estou querendo tratar, para fornecer
mais energia. Ou seja, o Ciclo de Geração vai ser usado principalmente quando eu
quiser tonificar um sistema orgânica.
Vamos lá, o que significa tonificar e o que significa sedar? Vai ter um
momento em que eu vou falar só sobre isso, mas já é necessário abrir um pouco a
cabeça de vocês quanto ao Ciclo de Geração, o Ciclo de Controle e a tonificação e a
sedação. A tonificação é sempre que eu preciso fazer com que o organismo se
fortaleça para combater uma determinada patologia.
Sempre que eu preciso diminuir o sistema do corpo do paciente, para ele
acalmar o corpo, é a sedação. Então a gente pensa, por exemplo, numa inflamação
aguda: eu preciso aumentar ou eu preciso diminuir os sinais do corpo do paciente?
Eu preciso diminuir, então o que eu vou fazer? Eu vou sedar aquele organismo, vou
sedar aquela região.
O meu paciente está com uma deficiência respiratória e ele não está
conseguindo puxar o ar, ele está com asma ou alguma coisa do tipo, ou seja, eu não
vou sedar, a menos que seja uma crise, mas a princípio o corpo dele precisa
fortalecer, precisa de mais energia para que esse ar entre, então eu vou forçar na
tonificação.
Não sei se ficou bem claro, vai ter uma aula só sobre tonificação e
sedação, tá? Mas, a princípio, é o seguinte: lembra quando a gente falou do excesso
de Yang e excesso de Yin? Sempre que eu tiver sinais de excesso de Yang, sempre
que tiver excesso de Yin, qual vai ser o trabalho? Sedação, para fazer com que esse
excesso caia, ok? E sempre que houver sinais de deficiência de Yang ou deficiência
de Yin, eu vou fazer sinais de tonificação.
Como é que a gente faz tonificação e sedação? Vão ser determinados
através de estímulos. Fica calmo, porque vai ser explicado isso mais à frente, mas é
necessário entender um pouco de tonificação e sedação, para entender o princípio
dos 5 elementos.
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Dr. Marcos Minello - Auriculoterapia 2.0

Então, a princípio, os 5 elementos têm o Ciclo de Geração, que é um ciclo


cíclico, que vai formando um círculo, que é a água que vai gerar a madeira, que vai
gerar o metal, que vai gerar a terra, que vai gerar o metal, que vai gerar a água.
Então água, madeira, fogo, terra, metal e água, isso continuamente formando um
ciclo vicioso. Quando a gente fala em geração, a gente está falando em geração de
energia.
Ou seja, se eu encontro um paciente, vamos dar um exemplo, que está
com excesso de elemento fogo, a gente vai entender os princípios de cada
elemento, de cada órgão e de cada víscera nesse curso, se eu apresento um
excesso de elemento fogo, sinais de excesso, o que eu vou fazer? Eu vou desligar a
geração de energia. É simples, está chegando muita energia para o elemento fogo.
Se eu simplesmente chegar no elemento madeira e cortar a energia, ou seja, sedar
ali o elemento madeira, vai fazer com que a energia que chega até o elemento fogo
desapareça. Ele não tem a energia para novamente criar um excesso. Então, dessa
forma, fica muito simples a gente focar ou em tonificação ou em sedação.
Caso contrário, vamos supor que eu tenha uma deficiência num elemento
metal: quem vem antes do metal? Elemento terra. Então o elemento metal está lá
em deficiência, não está conseguindo ter energia para funcionar bem, o que eu
posso fazer? Eu posso ir lá no elemento, que a gente chama de elemento pai, é um
elemento que chega antes dele – ou seja, terra é considerado pai do metal – e,
dessa forma, eu vou tonificar o elemento terra e, ao tonificar o elemento terra, eu
estou gerando mais energia para o próprio elemento que está em deficiência.
Ótimo, beleza, acho que entendi, vamos lá então. Seguinte [forma]:
sempre que eu tiver um paciente que apresenta uma deficiência em um determinado
elemento, calma que a gente ainda vai entender o que cada elemento é, o que eu
faço? Eu tonifico o próprio elemento e tonifico o elemento antes dele, que é o
elemento que vai fazer a geração de energia.
Então exemplo, olhando aqui no Ciclo dos 5 Elementos. Olhando no Ciclo
dos 5 Elementos, se eu tenho uma deficiência de água, eu tenho três possibilidades
terapêuticas para fazer. Uma é, primeiro, tonificar o próprio elemento: se eu estou
com deficiência de água, eu simplesmente tonifico o elemento água. Mas será que
se eu só tonificar o elemento água, ele já vai conseguir sozinho suprir essa energia
que está faltando? Não sei, é uma opção terapêutica.

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Qual é a minha segunda tentativa? É fazer com que o elemento que vem
antes dele, ou seja, o elemento que gera energia para ele, que ele seja tonificado.
Então ao tonificar o elemento antes dele, se eu tonifico o metal, eu vou gerar mais
energia para a água e, assim, o elemento água vai conseguir uma tonificação e vai
funcionar como uma forma melhor, ok?
Então dessa forma fica melhor o tratamento do elemento. Se eu tenho
uma deficiência, eu tonifico o elemento e também tonifico o elemento que gera
energia para o elemento. Então, no caso, madeira gera energia para o fogo, o fogo
gera energia para a terra, terra gera energia para o metal, metal gera energia para a
água e a água gera energia para a madeira. Dessa forma, eu vou trabalhar a
tonificação.
Então quais são as três formas de se trabalhar? Primeiro, se você tem um
paciente que tem uma deficiência em um elemento, o que você faz? Tonifica o
próprio elemento. Funciona? Funciona. Não funcionou muito bem, qual é a segunda
opção? Tonifica o elemento que gera energia para ele. Então não adianta eu chegar
numa pessoa que está desanimada, que está triste, que está sem energia, sacudi-la
e falar: “vamos embora, você precisa de energia”. Muitas vezes eu preciso de
alguém de fora, um pai, entre aspas, para falar: “vamos embora, que está na hora,
você está precisando trabalhar”, injetar um pouco mais de energia, injetar um pouco
mais de Red Bull nesse elemento para que ele funcione melhor, ok? E a terceira
possibilidade, qual é? É a mais funcional, é trabalhar a tonificação tanto do elemento
pai, que é o elemento anterior ao elemento afetado, trabalhando junto com o
elemento afetado.
Então um exemplo em que eu tenha uma deficiência no elemento água,
por exemplo: quem vem antes da água? Vem o metal. Então quais são as três
possibilidades? Primeiro, tonificar somente o elemento água. Eu vou lá e tonifico o
elemento água. Deu certo? Ótimo. Não deu certo? O paciente voltou na sessão
seguinte falando que ainda está sentindo deficiência, não está se dando bem com o
tratamento, o que eu posso fazer? Eu vou mudar a estratégia terapêutica. O que eu
vou fazer agora? Eu vou tonificar o elemento metal, para quê? Para que o elemento
metal forneça mais energia para o elemento água. Mesmo assim não foi suficiente,
porque é como se fosse o seguinte: você leva energia, leva energia, leva energia,
mas aquele elemento não está pronto para aflorar aquela energia, então
praticamente ele pega a energia e passa para o próximo, ele pega energia e passa
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Dr. Marcos Minello - Auriculoterapia 2.0

para o próximo. Então o que é interessante? Além de tonificar o elemento pai, que é
o elemento que vem anterior a ele, tonifica também o elemento. Então imagina que
existe o elemento que está aqui do meu lado, que é o elemento metal, e eu estou
em deficiência, que sou a água. Eu não estou sendo tonificado, eu não estou sendo
trabalhado, está sendo tonificado só o elemento metal. Então, imagine, a força do
metal está subindo, está subindo, está vindo muita energia para o elemento água. O
elemento água não está pronto para receber tanta energia, então o que acaba que
ele faz? Ele pega essa energia e passa lá para a madeira, a madeira acaba
passando para os demais. Se houver algum patológico em excesso, vai acabar
criando um excesso consecutivo.
Então a gente tem que pensar o seguinte: a forma mais precisa de se
trabalhar com os 5 elementos, quando existe a deficiência, vai ser o seguinte: você
vai tonificar o elemento pai, ou seja, o elemento que vem antes do elemento que
você quer tratar, e vai fornecer energia para ele. Mas, ao mesmo tempo que você
está fornecendo energia para ele, ou seja, você está tonificando esse elemento,
você também vai ter que tonificar o elemento que está em deficiência.
Então é como se: eu estou tonificando aqui o elemento metal, né? Ele
está super enérgico e mandando muita energia para a água. Se a água está inerte,
ela pega essa energia e deixa passar. Então o que a gente faz? A gente vai acordar
esse elemento água e esse elemento água vai receber essa energia e vai
potencializar essa energia.
Então a melhor forma de se trabalhar quando eu tenho um quadro de
deficiência, tanto de Yang, quanto de Yin, é tonificação do elemento pai mais o
próprio elemento. Essa é a melhor estratégia terapêutica, pensando em 5
elementos, certo? Isso, logicamente, a gente está falando dos quadros de
deficiência, como a gente explicou o que são os quadros de deficiência
anteriormente.
Pensando no excesso, tem um excesso de Yang ou um excesso de Yin, o
que a gente vai ter que fazer? A gente vai ter que sedar. Aí existe outro controle, que
é o controle, como eu mostrei para vocês, que é o que está aqui dentro, como se
fosse fazendo o formato de um pentagrama, né? Em que a água controla o fogo, o
fogo controla o metal, o metal controla a madeira, a madeira controla a terra e a terra
controla a água.

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Dr. Marcos Minello - Auriculoterapia 2.0

Então, dessa forma, quando a gente fala em controle, não faz muito
sentido, tipo: “ah, a pessoa está muito sem energia”, e aí chega alguém e fala: “bom,
é melhor aumentar o controle sobre essa pessoa, já que ela está dormindo demais”.
Não, a criança está quieta, para que ela precisa ser controlada? Então quando a
gente fala em segmento de controle, a gente vai pensar o seguinte: controle vai ser
principalmente trabalhado quando eu tenho um excesso tanto de Yin, quanto de
Yang. Então se eu tenho um excesso de Yin ou de Yang, em vez de eu trabalhar
com a geração, eu vou trabalhar com controle. Eu vou dar outras possibilidades,
mas esse é o raciocínio mais funcional que a gente pode ter, ok?
Então da seguinte forma: eu tenho lá um elemento em excesso. Vamos
pegar um elemento muito comum em excesso, que a gente vai se aprofundar um
pouco mais nesses 5 elementos, mas num elemento muito em excesso, que é o
elemento fogo. O elemento fogo já tende ao excesso, tanto por estar no ápice dos
elementos, como ele acende, né? Se pega fogo, ele tende a subir. Então a
ascendência do fogo é muito comum, os padrões de excesso são muito comuns. Por
exemplo, hipertensão é um quadro de excesso do elemento fogo. Mas não vamos
ainda entrar no quadro das patologias e associações, vamos deixar isso um pouco
mais para frente.
Então vamos entender o seguinte: o fogo está exacerbado, está pegando
fogo em tudo, o que eu vou pensar? Gere mais energia para o fogo? Não, lógico que
não! Posso trabalhar desligando a energia para o fogo? Sim, é uma possibilidade,
mas o que é mais importante é o seguinte: eu causar um controle nesse fogo, então
pegar essa água e jogar toda a energia dessa água em cima do fogo. Dessa forma,
na hora que eu tratar jogando a energia da água no fogo, o fogo vai diminuir o seu
Yin ou o seu Yang, principalmente o Yang, o fogo tende mais a Yang, vai tender a
descender.
Então é o seguinte: como a gente tem o Ciclo de Geração, a gente
também tem o Ciclo de Controle, que é como se fosse desenhar uma estrelinha.
Então é interessante você em casa, agora, desenhar cinco bolinhas. Tenta desenhar
essas cinco bolinhas, duas embaixo, duas no meio, um pouco mais afastadas, e
uma em cima, ok? Faça uma junção entre essas bolinhas, fazendo um círculo, isso
se chama Ciclo de Geração. Agora, pega lá do elemento água e liga elemento água
ao elemento fogo; elemento fogo ao elemento metal; elemento metal ao elemento

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Dr. Marcos Minello - Auriculoterapia 2.0

madeira; elemento madeira ao elemento terra; elemento terra ao elemento água.


Você fazendo essa junção, você entende Controle.
E se você notar, é um apelido dado na Medicina Tradicional Chinesa, é o
seguinte: quem gera a energia, voltando em geração, quem gera a energia para um
elemento é o seu pai, ou seja, o que vem anterior a ele. Ou seja, a água gera
energia para a madeira, madeira gera energia para o fogo, fogo gera energia para a
terra, terra gera energia para o metal, metal gera energia para a água, e assim cria-
se o Ciclo de Geração.
Porém, quem controla são os avós, tá? Então eu tenho a água
controlando o fogo, o fogo controlando o metal, o metal controlando a madeira, a
madeira controlando a terra, a terra controlando a água, e assim sucessivamente a
gente tem o Ciclo de Controle, ok?
Indicação para vocês, indicação clínica, vivência clínica para vocês,
pensando em formulação de 5 elementos: cara, se você está, tipo, viajando, não
está entendendo nada, não tem problema, fica de mente aberta que mais para frente
vai fazer mais sentido, a gente vai aprofundar um pouco mais no que é cada
elemento e você vai até conseguir se identificar em qual elemento você faz parte. E
depois você vai até, na hora lá de discussão lá no curso, colocar qual elemento você
pertence, no chat, no WhatsApp, para a gente conversar um pouco mais sobre o
elemento de cada um, ok?
Então, a princípio, o que faz mais sentido? Nos quadros de excesso, a
gente vai trabalhar com os controles. No quadro de deficiência, a gente vai trabalhar
com as gerações. Então os controles é a estrela dentro e a geração é o círculo de
fora.
Então se eu tenho um excesso de fogo, o que eu faço? Eu vou criar uma
tonificação dentro do elemento água e vou criar uma sedação no elemento fogo. O
que isso quer dizer? Olha que coisa doida! O que é interessante, é uma regra, tá?
Existe uma regra que é bem interessante, que a gente pode trabalhar, a seguinte: se
eu tenho um quadro de excesso, então eu estou botando o excesso todo lá no fogo,
tá? Se eu tenho um quadro de excesso no fogo, ele está com muita energia, se ele
está com muita energia, quais são as possibilidades que eu tenho de tratamento
direto nesse paciente?
Primeiro, diminuir a intensidade do fogo, atingindo diretamente esse
elemento. É o que a maioria das pessoas vai fazer, vocês vão ver que
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Dr. Marcos Minello - Auriculoterapia 2.0

principalmente na auriculoterapia francesa, que a gente também vai abordar nesse


curso, é uma forma mais direta – está com problema no elemento? Vai lá no
elemento e o trata. Então se eu estou com um problema no coração, se eu estou
com um problema lá no fogo, o que eu vou fazer é simplesmente sedar esse fogo,
eu vou dar um estímulo de sedação nele. É uma possibilidade, ok?
Segunda possibilidade: eu tenho um excesso no elemento fogo. Quem
gera energia para o elemento fogo? É o elemento metal que está gerando energia.
O que eu posso fazer? Cortar o fornecimento de energia, ou seja, sedar o pai. Então
quando eu sedo o pai, o que acontece? Não chega energia até o fogo e aí vai tendo
uma tendência desse elemento fogo ir diminuindo e ir desaparecendo. Essa é uma
das formas, então se eu quiser trabalhar com o elemento pai, ou seja, o elemento
anterior, o elemento gerador, o que eu vou fazer? Eu vou sedar o elemento pai, que
isso vai fazer com que o elemento fogo, nesse exemplo, também entre em sedação.
Então uma forma de sedar os excessos qual é? Sedo o próprio elemento.
Segunda possibilidade: sedo o pai, que aí eu vou acabar sedando o próprio
elemento. Outra forma de pensar, terceira forma de pensar, qual é: eu estou com
fogo em excesso, o que eu faço? A água lá está normal, ela não está nem em
deficiência...
Vamos fazer o seguinte: normal, deficiente, excesso, ok? Então eu tenho
o fogo que está lá em excesso, eu tenho a água que está lá na sua normalidade.
Então vamos pensar da seguinte forma: eu vou pegar a água que tem uma
influência direta no fogo, ela tem a ligação do controle, e vou começar a tonificar a
água, tonificar a água, tonificar a água. Quando eu começo a tonificar a água, o que
acontece? O caminho do controle vai levar a uma deficiência do elemento fogo.
Então a água vai acabar controlando o fogo, nesse exemplo que a gente está dando,
desse elemento, que seria o fogo. Então essa foi a primeira possibilidade.
Tem o elemento fogo, tem o elemento fogo em excesso e eu tenho um
fígado normal, então um elemento madeira normal. O que eu vou fazer? Eu pego
esse elemento madeira e eu acabo com a energia desse elemento madeira. O que
vai acontecer? Como é ele que gera energia para o elemento fogo, o elemento fogo
vai começar a também diminuir sua energia.
Qual seria a terceira a possibilidade? Eu tenho um elemento água que
está normal, na dele, o que eu faço? Eu começo a tonificar o elemento água para
quê? Para o elemento água conter, controlar o elemento fogo.
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Dr. Marcos Minello - Auriculoterapia 2.0

Então qual é a via de regra? Anota isso, isso é importantíssimo! Pega seu
caderninho. Como eu falei na primeira aula: é importante que você tenha um
caderno em mãos. Por mais que a gente tenha apostila, eu gosto que o aluno, ao
assistir a aula, tenha sim um caderno de anotações do lado e vá fazendo as suas
anotações.
Então eu vou dar uma primeira regra a ser executada quando eu estou
trabalhando com os 5 elementos. O que é? Anota! Então, primeiro, se eu tenho um
quadro de deficiência em um elemento, o que eu vou fazer? Então vamos supor que
a água está em deficiência: eu vou fazer uma tonificação do elemento pai e vou
diminuir o elemento que controla, ok? Então ao aumentar a energia, se eu tenho
uma deficiência em água, eu aumento a energia do metal, para gerar mais energia
para chegar até a água, e está dormindo a água, ela precisa de controle? Não.
Então o que eu faço? Eu vou gerar uma deficiência no elemento que controla esse
elemento. Então eu acabo com o controle e aumento a geração.
Então via de regra, anota aí: se eu tenho um elemento em deficiência, eu
tonifico o elemento pai e sedo o elemento controle, ou seja, o avô. Anotou? Se não
anotou, dá pausa, volta, não tem problema nenhum. Há essa vantagem de assistir
gravado, tá?
Segunda regra qual é? Eu tenho um elemento... a gente estava usando o
fogo, né? Então eu tenho um elemento fogo que está em excesso, quais são as
regras para tratar o elemento em excesso? Primeiro, causar uma deficiência, causar
uma sedação no próprio elemento. Ou diminuir a geração, para que eu possa
diminuir o elemento. Ou eu aumento o controle e, ao aumentar o controle, eu gero
uma deficiência no elemento.
Então num quadro de excesso, eu sedo o elemento em excesso, eu vou
sedar o elemento pai, o elemento de geração, e vou tonificar o elemento direto,
certo?
Se eu tenho um quadro de deficiência, o que eu vou fazer? Eu vou
tonificar o elemento que está em deficiência, vou tonificar o elemento gerador e vou
sedar o elemento que está no controle. Simples, regrinha super resumida: se eu
tenho deficiência, eu gero tonificação no elemento que está deficiente, gero
tonificação no elemento que gera energia para ele e sedo o controle.
Então o elemento pai vai ser sempre diretamente proporcional e o
elemento avô vai ser sempre inversamente proporcional.
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Dr. Marcos Minello - Auriculoterapia 2.0

E isso se aplica também na tonificação: então se eu tenho um excesso de


fogo, o que eu fiz? Deficiência, causei uma sedação no fogo; causei uma sedação
no elemento metal; e tonifiquei o elemento água. Quando eu tonifico o elemento
água, ele ajuda a agrupar.
Dessa forma, você tem como fazer um tratamento auricular. Beleza. Mas
na hora do tratamento da auriculoterapia, tem um grande lance que é o seguinte: a
tonificação e a sedação acontecem por estímulos diferentes e vai ter um momento
em que a gente vai explicar um pouco melhor sobre isso. Mas, a princípio, a
tonificação vem por um estímulo intermitente – a gente tem que apertar e soltar pelo
menos de 10 a 12 vezes cada pontinho. Enquanto a sedação, a gente tem que
apertar e segurar por 9 segundos.
Se eu coloco exemplos de tonificação e de sedação na auriculoterapia
numa mesma orelha... eu sei que tem até literaturas que vão falar isso, mas qual é a
minha grande dica clínica? Gente, já vi até auriculoterapeuta confundir qual era o
esparadrapo que tinha que tonificar, qual que tinha que sedar. Isso é muito difícil.
Agora, imagina para o paciente que não vai até o espelho botar lá e falar: “nossa,
esse aqui eu tenho que tonificar e esse aqui eu tenho que sedar”, ele não vai fazer
isso, ele não vai lembrar disso.
Então qual é a minha dica maior? Trabalhe simplesmente com o elemento
e trabalhe com o gerador, esquece do controle. A não ser que você queira trabalhar
só com controle, tá? Por quê? Porque o elemento e o gerador são diretamente
proporcionais, ou seja, se o fogo está em excesso, eu preciso sedar o fogo e
também sedar a madeira. Ou seja, eu já sei que eu vou fazer estímulos de sedação
tanto num elemento, quanto no outro. Fica mais fácil para o paciente entender na
hora que ele está aplicando no corpo dele.
Porém, imagina que eu explique ao paciente: “olha, esses três pontos
aqui de cima você tem que apertar e soltar, e esses pontos aqui embaixo você tem
que apertar e manter”. Então isso é meio complexo para o paciente. Porém, se eu
entender que eu não estou conseguindo ir no ponto do elemento, porque pode ser,
vocês vão ver na prática clínica quando vocês começarem a realizar que tem
pontos, que são os pontos patológicos do paciente, que ficam tão álgicos, tão
álgicos, que o paciente não aguenta e ele simplesmente tira o esparadrapo, porque
está doendo excessivamente. Nesse caso em que o paciente está com um quadro
muito exacerbado e eu não estou conseguindo levar o estímulo de sedação ou de
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Dr. Marcos Minello - Auriculoterapia 2.0

tonificação diretamente na região, aí sim eu opto em trabalhar pelo elemento


controle.
Dos 5 elementos, é o que eu mais prefiro trabalhar na Medicina
Tradicional Chinesa, ok? Então isso é mais ou menos o como trabalhar com os 5
elementos. É importante que você veja, reveja essa aula, principalmente use o seu
caderno, como no início eu peço para você, acho que você ainda não viu o primeiro
vídeo, em que eu explico para você ter um caderno. Pegue um caderno, pegue uma
folha rascunho, pegue um livro mais antigo, uma apostila mais antiga, e escreva isso
tudo que eu estou falando. Vai botando na narrativa mais devagar, no mais rápido, o
que fizer mais sentido para você, ok?
No próximo vídeo de 5 elementos, a gente vai falar um pouco mais de
quê? Quem compõe os 5 elementos e quais são as características desses 5
elementos propriamente ditos, ok?

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Dr. Marcos Minello - Auriculoterapia 2.0

Aula 5. 5 Elementos - parte 2

Bom, gente, vamos lá. A gente vai falar um pouco mais sobre os 5
elementos e agora quais são os elementos que compõe os 5 elementos, quais são
os órgãos, as vísceras e tecidos, e o que eles afetam.
Então, a princípio, a gente tem o seguinte: lá no elemento água, lá
embaixo... lembra de pegar a apostila também e fazer sua anotação, isso é muito
importante, tá? O elemento água, que fica lá embaixo, é dividido em dois: metade
dele faz parte o rim e a outra metade, a bexiga. Sempre que houver um órgão, o
órgão vai ser a porção Yin. A porção Yang vai ser a víscera. Ou seja, dentro do
elemento água, a gente vai ter o rim como Yin e a bexiga como Yang. O que isso
quer dizer? Quando eu for trabalhar o Yang da água, eu vou trabalhar através da
bexiga; se eu for trabalhar o Yin da água, eu vou trabalhar através do rim.
Então logicamente a gente vai ver também que existem outras visões,
uma outra visão interessante que é chamada Visão do Zang Fu, que são órgãos e
vísceras, as suas funções separadas, fora dos 5 elementos.
Mas dentro dos 5 elementos, sempre que eu quiser, “nossa, o paciente
está apresentando um quadro de Yang na água”: eu já sei que eu vou ter que
trabalhar em cima da bexiga, ok?
Então sempre que eu olhar para um órgão, uma víscera, eu vou ter: o
órgão do elemento é a parte Yin e a parte Yang vai ser a víscera, ok?
Então vamos lá: na água eu tenho rim e bexiga; no elemento madeira eu
vou ter o fígado e a vesícula, ou seja, o fígado é Yin e a vesícula é Yang; no
elemento fogo, o que eu vou ter? O coração sendo o Yin e o intestino delgado sendo
o Yang. De novo: no elemento fogo, o coração é o Yin, que é o órgão, e o intestino
delgado vai ser o Yang.
Quando a gente parte para a terra: a terra a gente vai dividir em três, tá?
Para a Medicina Chinesa, ela se divide em dois, mas a gente separa os órgãos e
vísceras. Então a gente tem o baço/pâncreas, que é uma coisa só na Medicina
Chinesa, como a parte Yin; porém, quando a gente vai para a orelha, não existe
ponto baço/pâncreas, a gente vai ter que trabalhar sempre em conjunto o ponto do
baço e do pâncreas se eu quiser trabalhar a parte Yin do elemento, ok? E o
estômago é a parte Yang do elemento terra.

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Dr. Marcos Minello - Auriculoterapia 2.0

Já no metal: no metal eu vou ter o pulmão como a parte Yin e o intestino


grosso como a parte Yang.
E aí o que a gente tem que entender um pouco mais disso? Vamos
rapidinho fazer uma revisão. Água: rim e bexiga, ou seja, Yin, rim, bexiga, Yang. No
elemento madeira eu vou ter fígado, Yin, e vesícula biliar, Yang. No elemento fogo
eu vou ter o coração como Yin e o intestino delgado como Yang. Eu vou ter no
elemento terra o baço e o pâncreas como um elemento Yin e o estômago como
elemento Yang. E no metal, eu vou ter o pulmão como um órgão Yin e o intestino
grosso como um elemento Yang.
Por que isso é importante de a gente saber? Bom, se você viu o vídeo
anterior, a gente falou muito sobre o Ciclo de Geração e Ciclo de Controle. Então o
que é importante é o seguinte: dentro do Ciclo de Geração e Ciclo de Controle,
quem controla Yin é elemento Yin; quem controla Yang é elemento Yang.
O que eu quero dizer com isso? Lembra que eu dei o resumo para vocês
que é o seguinte: se o coração está em excesso, eu preciso sedar o coração, sedar
o fígado e tonificar o rim. Tá, por quê? Porque todos eles são Yin, ok?
Então se eu tenho uma lesão, por exemplo, no intestino grosso, lá no
metal, intestino grosso é Yang. Se eu tenho uma deficiência, uma constipação, é
uma deficiência no intestino grosso, eu vou ter que pegar o quê? Tonificar o intestino
grosso, tonificar o estômago e sedar o intestino delgado.
Então dessa forma é que eu tenho que pensar: sempre que eu pensar
numa patologia de um órgão, eu vou pensar da mesma que a gente anotou na aula
anterior, mas trocando elemento agora por órgão e víscera.
Então vamos botar no Ciclo de Geração só os Yins: então o rim gera
energia para o fígado, o fígado gera energia para o coração, o coração gera energia
para o baço/pâncreas, o baço/pâncreas gera energia para o pulmão, que gera
energia para o rim. Isso é chamado de Ciclo de Geração Yin, ok?
O que mais que a gente pode ter? O Ciclo de Geração Yang. O que seria
o Ciclo de Geração Yang? Seria a bexiga gerando energia para vesícula biliar, que
gera energia para o intestino delgado, que gera energia para o estômago, que gera
energia para o intestino grosso, que volta a gerar energia para a bexiga. Isso é um
Ciclo de Geração Yang.
Vamos pensar agora no Controle, Controle Yin. Eu vou ter o rim
controlando o coração... Lembra de fazer o pentagrama, fazer a estrelinha, tá?
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Dr. Marcos Minello - Auriculoterapia 2.0

Então eu tenho o rim controlando o coração, o coração controlando o pulmão, o


pulmão controlando o fígado, o fígado controlando o baço/pâncreas e o
baço/pâncreas controlando o rim. Ok? Isso seria o Ciclo de Controle Yin.
O que seria o Ciclo de Controle Yang? Começando pela água de novo: a
bexiga controla o intestino delgado, o intestino delgado controla o intestino grosso, o
intestino grosso controla a vesícula biliar, a vesícula biliar controla o estômago e o
estômago controla a bexiga. E, dessa forma, a gente tem um Ciclo de Controle
Yang.
Então isso é importante você anotar. Vamos falar de forma mais rápida
para gravar? Vamos lá. Rim controla o coração, coração controla o pulmão, o
pulmão controla o fígado, o fígado controla o baço/pâncreas e o baço/pâncreas
controla o rim, certo? Bom, dessa forma, a gente tem o controle chamado de
Controle Yin.
O que seria o Controle Yang? Bexiga controla o intestino delgado, o
intestino delgado controla o intestino grosso, o intestino grosso controla a vesícula
biliar, a vesícula biliar controla o estômago e o estômago controla o rim, ok?
Dessa forma, a gente tem o controle Yin e o controle Yang acontecendo
dentro dos 5 elementos.
Então vamos começar a trabalhar com suposições e com aquela
(ininteligível – 00:09:11) de excesso e deficiência. Vamos lá. A gente já falou muito
sobre excesso de Yang, muito sobre excesso de Yin, já falamos bastante sobre os 5
elementos, e é legal ver e rever as aulas, isso dá mais fundamento para a gente,
mas é importante a gente entender da seguinte forma, vamos lá.
Imagine o seguinte, um quadro muito comum, vamos supor que meu
estômago não lida bem com salgado de rua e de repente eu estou com muita fome,
não encontro um restaurante e de repente eu como uma coxinha com um
refrigerante, porque eu estou necessitado. E aquilo, naquele momento, não vai me
matar. Eu faço aquela ingestão, mas eu já sabia que o meu estômago não ia aceitar
bem. O que acontece? Começa a haver calor no meu estômago, queimação, eu
começo a ter vontade de vomitar, eu começo a arrotar, então eu começo a ter sinais
de deficiência ou de excesso? Sinais de excesso, né? Parece que tem um dragão
dentro do meu estômago.

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Dr. Marcos Minello - Auriculoterapia 2.0

Ou seja, se eu tenho um elemento, que é o elemento terra, mas é o


estômago, ainda não é o baço/pâncreas, ou seja, é um elemento Yang, eu vou
pensar no Ciclo de Geração e no Ciclo de Controle, todo Yang, ok?
Então nesse quadro, um paciente que apresenta uma gastrite, uma
gastrite aguda, ou agudizada, uma crônica agudizada, que aparecem sinais
flogísticos, o paciente tem muita dor à palpação, muitas vezes até tem sangue, ele
tem muita sensibilidade a alguns alimentos, eu vou tratar sedando esse Yang.
Então o estômago está como? Lembra? Isso aqui significa excesso, isso
aqui significa neutro, isso aqui significa deficiência para a gente, para ficar mais fácil
explicar. Então o que acontece? O estômago está em excesso. O que eu vou
pensar? Quem é o pai e quem é o avô? Quem é o pai do estômago é o intestino
delgado. Ou seja, se o estômago está lá muito agitado, fazendo muita energia,
gerando muita energia, qual o foco, o que eu vou trabalhar? Eu preciso aumentar a
geração de energia ou diminuir a geração de energia para não chegar tanta energia
no estômago? Exatamente, o que eu preciso é diminuir a geração do intestino
delgado, para que ele diminua a geração de energia no estômago. Posso ao mesmo
tempo sedar o estômago e ao mesmo tempo sedar o intestino delgado? Sim, seria
ótimo. E se você puder, clinicamente, a gente vai ver uma abordagem clínica com
estímulo elétrico ou com estímulo de agulha, sedar o estômago, sedar o intestino
delgado, e ainda assim tonificar o controle, ou seja, quem controla o estômago vai
ser quem? A vesícula biliar, ok? Isso a gente está pensando em um Ciclo de
Controle e Geração Yang.
Então na Geração está em excesso o estômago, o que eu faço? Eu vou
sedar o intestino delgado, vou sedar o estômago e aumentar o controle. Então eu
vou sedar o estômago, sedar intestino delgado e tonificar a vesícula biliar, certo?
Isso num exemplo de uma dor visceral, de um problema gástrico.
Vamos pensar num oposto: em vez de a gente pensar no excesso, vamos
pensar numa deficiência, uma deficiência muito comum. Por exemplo, vamos pensar
na deficiência de intestino grosso, uma constipação. Então se o paciente apresenta
uma constipação, as fezes não saem, o intestino não tem movimento peristáltico,
não tem vontade de sair, ou até tem, mas não tem força para sair. Ou seja, é um
clássico de deficiência. Mas é um quadro de deficiência Yin ou Yang? Bom, intestino
grosso e pulmão, pulmão é Yin, intestino grosso é Yang. Então eu vou pensar num
Ciclo de Geração e num Ciclo de Controle Yang, tá?
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Dr. Marcos Minello - Auriculoterapia 2.0

Então o que eu vou fazer? Intestino grosso está sem energia, o que eu
vou fazer? O estômago está normal, mas o intestino grosso está precisando de
energia, o que eu vou fazer? Eu vou tonificar o estômago para que ele leve mais
energia ao intestino grosso. Ao mesmo tempo, eu vou gerar um estímulo de
tonificação no intestino grosso. E o que eu vou fazer com o intestino delgado? Eu
vou diminuir a energia do intestino delgado para diminuir o controle e deixar que
esse quadro, que era uma deficiência, se torne um excesso momentâneo, que vai
gerar uma normalização.
Então, dessa forma, a gente aprende como controlar ou como gerar uma
deficiência em órgãos e vísceras. E isso eu posso pensar para todas as vísceras.
Vamos falar de mais um que é muito, muito importante? Vamos pensar
em um ciclo Yin agora. Então vamos pensar, por exemplo, no coração em excesso.
A gente vai falar de cada órgão separadamente, tá? Mas o coração em excesso, ele
tende, por exemplo, que o paciente tenha hipertensão. Então a hipertensão pode ser
um sinal de um excesso do elemento fogo, ok? Então se eu tenho o elemento fogo
no coração, coração é a parte Yin do elemento fogo, enquanto o intestino delgado é
a parte Yang.
Então o que eu vou fazer? Se eu tenho um coração em excesso, eu vou
pensar no Ciclo de Geração Yin. Quem é que gera energia Yin para o coração Yin?
É o fígado, tá? Então se eu tenho um coração em excesso, a primeira coisa que eu
faço é o quê? Sedar o coração. Mas continua fornecendo energia, então eu também
preciso fazer o quê? Diminuir a formação de energia. Então eu sedo o elemento e
sedo o pai, ou seja, sedo a geração. E faço o que lá na água? Aumento o controle,
para que eu consiga controlar melhor e isso se mantenha em deficiência por um
período, para que se torne uma normalidade.
Então é dessa forma que se trata com os 5 elementos. Tratar sedação,
sedação e tonificação no mesmo dia, eu não gosto de fazer isso através de um
tratamento para casa. Eu vou mostrar para vocês um tratamento clínico. Então o que
eu faço? Em algumas agulhas eu vou fazer um bom estímulo manual ou um
estímulo elétrico de tonificação, enquanto em outros eu vou fazer um estímulo de
sedação. E, dessa forma, fica muito mais funcional, ok?
Então nesse vídeo, o que a gente resumiu? A gente resumiu quais são os
elementos, então a gente tem lá dentro de cada elemento, o elemento Yin e o
elemento Yang. Então eu tenho, na água, eu tenho o rim, que é Yin, a bexiga, que é
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Dr. Marcos Minello - Auriculoterapia 2.0

Yang. No elemento madeira, o que eu vou ter? O fígado, como Yin, e a vesícula
como Yang. No fogo, o que eu vou ter? O coração como Yin e o intestino delgado
como Yang. Na terra, o que eu vou apresentar? Eu vou apresentar o baço e o
pâncreas como um elemento Yin e o estômago como um elemento Yang. E lá no
metal, o que eu vou apresentar? O pulmão como um órgão Yin e o intestino grosso
como um elemento Yang.
E, dessa forma, eu trabalho ou em Ciclo de Geração Yin, ou em Ciclo de
Geração Yang, e também trabalho com o Ciclo de Controle Yin, como também
trabalho em Ciclo de Controle Yang. Dessa forma fica muito mais fácil.
Porém, no próximo vídeo a gente vai focar um pouco mais em falar que
cada elemento rege algum tecido e algum sentimento dentro do corpo. E isso é
importantíssimo, porque a maior parte dos nossos pacientes não vem porque tem
uma dor de estômago, não vem porque tem uma constipação. A maior parte dos
nossos pacientes vem ou por causa de alguma dor ou então por alguma falha,
principalmente psico-comportamental.
E aí em cima disso que a auriculoterapia tem uma ênfase maior. Então a
gente vai focar, principalmente, nessa parte de trabalhar os 5 elementos com os
seus tecidos e órgãos, e, dessa forma, depois a gente vai evoluir para o pensamento
separado, que é um pensamento de trabalhar somente órgãos separados fora dos 5
elementos.
Então entenda bem: primeiro, você aprendeu sobre Yin-Yang. Ah, eu
preciso saber de Yin-Yang para tratar auriculoterapia? Não, mas se souber ajuda
muito. Eu preciso saber de 5 elementos para tratar auriculoterapia? Não, mas se
souber ajuda muito, tá?
Existem três formas de auriculoterapia de Medicina Tradicional Chinesa,
principais, que a gente vai focar aqui e que o ideal é que se você se dedica, você vai
conseguir entender tudo de Yin-Yang, vai conseguir entender tudo de 5 elementos e
vai conseguir entender tudo de órgãos, vísceras e tecidos, que é a próxima pegada,
o próximo vídeo, ok? Então eu vou juntar um pouco dos 5 elementos com os órgãos
e tecidos e depois eu vou separar os órgãos e tecidos em vídeos separados, em
elementos separados, porque também cada órgão pode apresentar uma patologia
diferente dentro de um organismo.

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Dr. Marcos Minello - Auriculoterapia 2.0

Aula 6. 5 Elementos - Tecidos e Emoções - parte 3

Bom, gente, nesse vídeo a gente vai falar um pouco mais sobre os 5
elementos. Você tem uma tabela lá na sua apostila que te ajuda com isso. Isso te
ajuda muito a determinar, principalmente, qual é o tipo de paciente que você está
tratando, qual é o elemento de base dele, ou pode ser em um momento transitório,
então ele tinha determinadas características quando você pergunta, mas no
momento ele está apresentando outras características, ok?
Então algumas características são as seguintes, vamos começar falando
sobre o elemento madeira. Então o elemento madeira tem como prioridade, a
[estação] que mais potencializa ou mais danifica, isso é muito interessante para a
Medicina Chinesa, porque quando o elemento, ele está dentro do seu campo, ele
pode estar em sua plenitude, ou seja, num excesso, como também aquela estação,
aquele momento, aquele sabor, pode estar levando a uma deficiência. O mais
comum é que dentro das estações, dentro das cores, dentro dos tendões, dos
tecidos, propriamente ditos, dentro das cores, dos sabores, o quadro em si do
elemento tende a estar em deficiência, é o mais comum.
Mas pela literatura, quando você lê um quadro do paciente em que os
principais sintomas dele apresentam características mais do elemento madeira,
como a gente vai ver agora, ele pode estar tanto em excesso, como em deficiência.
Como que eu vou diferenciar se está em excesso ou se está em deficiência? Pelos
sinais da história-doença do paciente, né? Eu vou olhar e observar: os sinais estão
gritantes ou não? Os sinais estão deficitários? E isso vai me dizer mais ou menos se
ele se encontra em deficiência ou se ele se encontra em excesso.
Então você tem uma tabela na apostila, que é a tabela de
correspondência dos elementos, que diz lá, por exemplo, estações: o elemento
fogo... Vamos começar pelo elemento madeira que é melhor. O elemento madeira
vai ter como clima principal, que o afeta, a primavera. Ele tem como preferência o
direcionamento leste, isso aí a gente fala mais em Zang Fu, em harmonização de
ambientes, tá?
A coloração verde – isso pode ser preferência de roupa ou para...
terapeutas mais treinados conseguem observar tons de pele esverdeados. Então
quando a pessoa começa a apresentar tons de pele esverdeados, principalmente

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Dr. Marcos Minello - Auriculoterapia 2.0

quando a gente começa a ver muita veia no paciente, que ele tem esse aspecto
verde, é um sinal também do elemento madeira acontecendo.
O elemento madeira prefere o sabor azedo, então frutas azedas, vai
preferir o limão, vai preferir coisas mais ácidas propriamente ditas, frutas mais
ácidas, comidas com tons mais ácidos. Então, por exemplo, quando ele vai fazer
uma salada, ele gosta de um tom de vinagres, vinagre balsâmico, ele gosta dessa
explosão do azedo dentro da boca dele, ok?
O que afeta muito o elemento madeira é o vento, é uma das
características mais comuns e mais clássicas – se você é de vento, você entende
isso – tipo: você pode ligar o ar condicionado no frio que for, mas se ligar o
ventilador de teto, se ligar o ventilador perto de você, acaba com o seu dia ou acaba
com sua noite, você se sente muito mal. Então isso é uma característica
principalmente do elemento madeira.
Ele tem principalmente a visão, os olhos, como órgãos dos sentidos,
então lembra sempre disso: a madeira se expressa pelos olhos. Então, por exemplo,
o paciente com uma hepatite apresenta uma icterícia ocular. Então todos os
problemas de visão, a gente vai classificar como elemento madeira, ok? “Ah, mas é
um problema estrutural do olho”, é a parte Yin da madeira. Se é a parte Yin da
madeira, com quem eu vou reclamar? Com o fígado. “Ah, não, é a parte energética,
ele não consegue manter os olhos abertos ou ele não tem uma pupila que fecha e
abre decentemente”, então é uma parte Yang da madeira, se é a parte Yang da
madeira, é a vesícula biliar. Então lembrando: elemento madeira Yin é o fígado e o
Yang, a vesícula biliar, ok? Então problemas de globo ocular, a gente vai focar
principalmente no fígado e na vesícula. Sendo um problema estrutural, a gente foca
mais no fígado; sendo um problema mais de abertura, fechamento, de energia,
propriamente dito, “nossa, preciso fazer muito esforço para eu conseguir ler”, então
isso já me mostra mais sinais propriamente ditos da vesícula.
Lesões em tendões: então qualquer tendinite vai ser de responsabilidade
do elemento madeira. “Ah, apresenta uma alteração tecidual no tendão”, como
assim? Ah, o paciente foi fazer um exame e ele tem uma deficiência de energia, ele
tem uma deficiência que ele não suporta força nesse tendão, ou seja, uma
deficiência de Yang. Vou focar aonde? Vesícula biliar. “Não, esse paciente tem
deficiência estrutural”, ele já não... num exame, numa ultrassonografia, numa
ressonância, aparece uma tendinose, lembra disso, tendinose – sempre que vem
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Dr. Marcos Minello - Auriculoterapia 2.0

“ose”, no final vem alteração tecidual. Se tem alteração tecidual, eu vou pensar logo
no fígado. Geralmente, a tendinite tem o quadro tanto de excesso, quanto de
deficiência, então a gente pode ter um quadro misto, que é uma lesão crônica, ou
seja, uma deficiência de Yin, como um quadro exacerbado de dor, que é um
excesso de Yang. Se o foco principal for no Yang, eu vou sedar a vesícula biliar; se
o quadro principal que você quer tratar é a estrutura do tendão, ou seja, ir na raiz do
problema, eu vou focar principalmente em tonificar o Yin do fígado.
As emoções que mais afetam o fígado são a fúria, a raiva. A gente fala
muito que o elemento madeira... imagina uma árvore, né? O que afeta o elemento
madeira é exatamente o vento. Então a fúria, aquela coisa do vento que chega
derrubando, destruindo... É uma pessoa que tende a não guardar sentimentos, ela
explode com muita facilidade, mas ao mesmo tempo que vem essa fúria, ela passa
também. Então é como se a gente fosse (ininteligível – 00:08:45), um furacão
passando realmente. Isso é muito comum. E junto dessa emoção vem o grito, né?
Ele fala muito alto.
O paciente de madeira além de ter problema de tendões, ele tem
problemas de lidar com emoções e sentimentos, parte para uma fúria, parte para
uma raiva, e ele também vai falar muito alto, vai gritar. Então se você é desse jeito e
se você conhece alguém que é barraqueiro, exatamente é o elemento que está
presente. E pode estar presente... lembra, não necessariamente a gente é um
elemento, a gente pode ir para um determinado elemento, porque algo provou
aquilo. Então, por exemplo, eu sou de elemento fogo, mas se alguém furar a fila no
banco, pode ser que eu dê uma crise de elemento madeira e dê uma fúria e brigue
com a pessoa. Então isso é interessante, como a gente pode também migrar entre
os elementos. Mas com certeza você vai encontrar um elemento e vai deixar aqui
embaixo e também vai lá falar no grupo, principalmente qual é o seu elemento. É
bem interessante isso.
A gente tem o fogo que apresenta suas principais patologias no verão,
então a gente tem mais infartos no verão, a gente tem mais falências vasculares no
verão, tá? Então o verão sobrecarrega o sistema cardíaco. Então a gente tem o
fogo, que já é fogo, quando a temperatura aumenta, ele vai logicamente exacerbar,
né? Então o fogo tem essa tendência, a piorar principalmente no calor. Então o clima
que o mais afeta é o calor.

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Ele tem como coloração preferida ou aparente, ou ele veste vermelho ou


ele é vermelho, então aquela pessoa que vive vermelha, ela tem uma tendência a ter
um fogo. Ou, por exemplo, quando alguém fala alguma coisa para você e você fica
tímida e fica vermelha, isso é uma ascensão de fogo também do coração, tá? Então
você pode estar passando por um momento de ascensão de fogo do coração ou
você ser de coração, ok?
O paladar é o amargo, então o elemento fogo gosta muito do café, ele
gosta muito do chocolate amargo, então ele tem essa preferência por esse paladar,
propriamente dito.
A parte Yin do elemento fogo é o coração, a parte Yang é o intestino
delgado. Ele se abre na língua. O que é isso, se abrir na língua? São pessoas que
falam muito, né? A tendência é que a pessoa tenha uma boa fala, ele goste de ser
professor, ele goste de ser orador, ele goste de, num grupo de amigos, ser o que
mais fala. Então o elemento fogo tem essa preferência pela fala, muito mais do que
da audição. Então não espere, de alguém de elemento fogo, que ele te escute,
porque a partir do momento em que você começar a falar com ele, ele vai começar a
responder e ele vai começar a falar sobre a sua vida, em vez de escutar sobre a sua
vida, ok?
O tecido que coordena o elemento é fogo são os vasos sanguíneos.
Então qualquer alteração de vaso sanguíneo, sejam as varizes, sejam as tromboses,
sejam as arterioscleroses, seja um Acidente Vascular Cerebral, então tudo isso é de
responsabilidade do coração. Então sempre que houver algum problema de
vascularização, de edema, alguma coisa do tipo, eu vou optar em tratar o elemento
fogo.
Se for estrutural, é Yin, eu vou tratar o coração; se for energético, Yang,
eu vou tratar o intestino delgado. Mas, geralmente, quando o problema é vascular, a
gente tem uma tendência a trabalhar sempre com, tanto o Yin, como o Yang,
trabalhando o fortalecimento de todo o elemento.
A emoção é a alegria ou a falta da alegria, ou seja, a apatia. Então a
apatia é um sentimento muito presente, que vai acontecer num paciente que é de
elemento fogo. Mas a apatia ou a alegria patológica. O que seria a alegria
patológica? Aquele paciente que tem a sua alegria no momento que não deveria,
vive alegre e, na verdade, não faz sentido aquela alegria – dá até um pouco de
medo desse tipo de paciente. [E os sons], quando ele está no auge, são os risos,
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né? Porque como ele atinge a alegria, o paciente de coração tem essa coisa do riso,
do risonho. Aí você pode ser a parte do riso simpática, a parte do riso verdadeira, se
o coração está harmonizado; como também pode ser um elemento fogo que está em
desarmonia e ser um falso riso, aquele sorriso que você vê que não está te
vendendo uma alegria. Então, na verdade, pode ser um sorriso apático, então
também mostra uma patologia.
O elemento terra, ele não sofre em nenhuma das estações, tá? Ele é mais
ou menos o centro ali das coisas.
Ele tem como tonalidade o amarelo, tanto o amarelado no rosto,
amarelado no corpo, como também escolher roupas mais amarelas, ok?
Esse é o campeão, e depois vocês vão entender quando eu for falar
principalmente dos órgãos e vísceras separadamente, vocês vão entender que o
sabor que mais afeta o elemento terra é o doce. E aí vocês vão entender por que a
mulherada cai tanto em cima do doce e na necessidade do doce, principalmente
porque o elemento terra é o elemento responsável por nutrir o sangue. E essa
nutrição do sangue, principalmente na mulher, que na Medicina Chinesa tem uma
deficiência contínua do sangue devido à menstruação, ela nutre essa deficiência
através do doce. Porém, na Medicina Chinesa, que doce que vai ser recomendado?
São os doces naturais, são as frutas, é o mel, melado, que são coisas que
comumente ninguém come um pote de mel, mas é diferente, muitas vezes, do
açúcar industrializado, refinado, ou uma barra de chocolate ou um potinho de leite
condensado. Porque você vai que num momento de desespero, numa TPM ou
durante uma menstruação, ela vai correr para o doce e vai atacar dessa forma.
Então tem como a gente controlar isso, principalmente nos pacientes que têm
alterações hormonais, essas alterações hormonais serem controladas através de
fitoterápicos, como, por exemplo, é maravilhoso para o paciente que tem problema
hemorrágico, que tem problema de perda de sangue em menstruação, porque tem
menstruações erradas, entrar com o mel. O mel ou o melado vai ser um tratamento
muito bom, ok?
Ele tem, como a parte Yin, o baço e o pâncreas e a parte Yang, o
estômago. O elemento terra se abre na boca, por quê? Gosta de comer. Então é um
elemento que vai favorecer muito à alimentação. Então pacientes de elemento terra
têm que tomar muito cuidado para não se tornarem obesos.

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Mas, ao mesmo tempo, é um elemento que é responsável por um tecido


muito querido por todos, que é responsável pelo músculo. Então se bem equilibrado
no elemento terra, tende a criar mais massa muscular. Porém, se mal alimentado,
tende muito mais à obesidade, porque ao mesmo tempo em que ele sente muita
fome, ele gosta também de trabalhar muito os seus músculos, ok?
E ele tem como emoção, aí é um ponto fundamental no momento em que
a sociedade vive, que é a preocupação e ansiedade. Então se você tem um paciente
que sofre de preocupação, sofre de ansiedade, esse elemento vai ser o elemento
principal, você vai tratar o baço e o estômago. Você vai tratar e também vai tratar,
medicamentosa, todo dia tomar uma colherzinha de chá, uma colherzinha de café,
de mel, todo dia pela manhã e ao dormir. E depois escovar os dentes, tá? Mas é
necessário esse trabalho também junto com esse fitoterápico, que é o mel, que vai
ajudar muito esse paciente.
E é um paciente que gosta muito de cantarolar. O paciente de elemento
terra é bem legal, porque ele não pode escutar uma música que ao mesmo tempo
ele começa a cantar aquela música, principalmente se ele conhece ou se ele tem
afinidade por aquela música, ele vai ter a preferência em cantar, mesmo que seja
em um tom baixo, mas é aquela pessoa que canta constantemente.
O metal sofre muito no outono, que é aonde a gente tem o pulmão e o
intestino grosso. Então o outono é a fase em que dispara mais os problemas
respiratórios. Tem como coloração o branco, então pessoas mais pálidas tendem a
ser de metal. E, para suprir isso, eles tendem a gostar ou necessitam de alimentos
picantes, ok? Isso é muito importante.
O que afeta principalmente o elemento metal é a secura. Então, por
exemplo, se ele for morar em Brasília, ele não lida muito bem. Ou, por exemplo, ele
até gosta do ar condicionado, mas ele liga o ar condicionado e junto com o ar
condicionado, ele bota uma bacia de água dentro do quarto, ou ele liga um
umidificador perto do rosto dele, porque a secura do ar condicionado lhe faz muito
mal, por ser responsável por essa via respiratória.
Então a gente tem como órgão o pulmão e o intestino grosso. Ele se abre
no nariz, então qualquer problema que se encontre em sistema respiratório, em via
aérea superior e inferior, vai ser de responsabilidade do elemento metal, ok?
E um ponto importante: ele é responsável pela pele. Ou seja, alergias,
acnes, todas as alterações, psoríase, todas as alterações que a gente vai apresentar
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em pele, vão ser de responsabilidade principalmente do elemento metal. Então,


dessa forma, a gente consegue controlar um pouco mais, principalmente se o
paciente já vem com esse histórico, que comumente ele... Você vai ver que o
paciente é alérgico respiratório, às vezes alérgico a tópico, ele vai ter alterações
constantes de alergia. Então o metal é muito comum apresentar alergia.
O principal sentimento que afeta e que dispara os problemas do elemento
metal é a tristeza, tá? Então a tristeza, a perda de alguém, a tristeza do trabalho não
bem-feito, a não realização, a tristeza dele com ele mesmo ou a tristeza do outro
que o afeta. Então isso vira uma bola de neve e vai afetando, vai disparar os
resfriados, vai disparar as alergias, tá? Isso é bem comum de acontecer no elemento
metal, ok?
E o som que vai aparecer principalmente é o choro, né? Então são
pessoas que com facilidade vão chorar.
Então pode ser que no momento eu esteja em fogo, em euforia, e tudo
mais, e num outro momento, quando eu recebo uma má notícia, eu migro para um
elemento metal e começo a chorar, e tenho alergias sim. Isso é interessante, porque
na saúde da Medicina Chinesa, você tem um elemento que te rege, mas o ideal é
que você migre por esses elementos. Então logicamente, numa perda de um ente
querido, a gente vai estar mais triste, a gente vai chorar e a gente vai criar
problemas no nosso elemento metal. Mas se eu tenho um bom elemento metal, ele
suporta bem essa queda e depois ele devolve para o elemento que você é regido.
Então, a princípio, ele migra, mas ao mesmo tempo ele preserva, dependendo da
energia, se está equilibrado ou não, do paciente.
E uma coisa que me perguntaram uma vez no curso foi o seguinte: será
que é possível uma pessoa ter todos os elementos ruins ou todos os elementos
bons? Sim. É raro? Muito raro, principalmente paciente com todos os elementos
bons. Muitas vezes a gente tem dois ou três elementos que são mais... que a gente
consegue classificar como bons. E tem dois ou três elementos que a gente classifica
como mais fracos.
Então junto dessa narrativa, junto da sua apostila aí que você está vendo
o quadro de referência do elemento, tenta ir se encaixando e anotando, tipo: “nossa,
cor eu prefiro essa aqui, alimentação eu prefiro isso aqui”. E aí mais ou menos no
total da pontuação você vai ver se você tende a mais um elemento do que outro, ok?

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Para fechar a referência dos elementos, a gente vai para o elemento


água. O elemento água, ele sofre mais durante a fase do inverno, inverno é o que o
danifica mais. O frio tende a gerar mais deficiência no nosso sistema do trato
urinário, então a gente usa mais, porque a gente vai ter menos sudorese, então a
gente usa mais o rim, usa mais a bexiga, usa mais a uretra, então a tendência
realmente é que, durante a fase do inverno, a gente tenha uma deficiência maior ou
uma tendência a uma deficiência maior do elemento água.
Como eu falei, a gente vai ter o rim como a parte Yin e a bexiga como a
parte Yang.
A preferência é do preto, então o preto vai ser a referência do elemento
água. Então um dos meus elementos é a água. A água também é poderosa se ela
for bem tratada, ok? Então depois a gente vai falar no ápice de cada elemento e da
deficiência de cada elemento, o que pode te proporcionar como personalidade. Ele
tem o frio como a principal coisa que o afeta.
Nas tabelas comumente a gente vai ver uma má tradução, como se a
água preferisse o salgado. Não é em si o salgado. Assim como no baço/pâncreas lá
no elemento terra, lembra que eu falei para vocês que era o doce? Então a gente
tem que entender bem o que é o doce e o que é o salgado. Então o doce
propriamente dito é amida, açúcar. Então eu gosto de pizza: pizza vai ser
classificado como doce, porque é carboidrato, carboidrato é açúcar puro. É diferente
quando eu falo que eu gosto de proteína, eu gosto de carne. Então as proteínas vão
ser classificadas como o salgado, enquanto os carboidratos todos, inclusive os
açúcares, vão ser classificados como doce e vão afetar o elemento terra. Então
doce, para a Medicina Chinesa, é carboidrato, tá? Fruta, macarrão, açúcar,
propriamente dito. O salgado o que é? Não é só sal na comida, mas sim as
proteínas em si. Então o elemento água tem a tendência à preferência de proteína,
ok?
Ele vai ter como ponto de abertura o ouvido. Então os problemas de
ouvido em geral... assim como ele gosta muito de escutar, mas o tinido, aquele ruído
auricular, a diminuição de audição, isso tudo mostra deficiência do elemento água.
Ele tem como referência os ossos, então problemas ósseos e articulares,
coluna, crânio, cotovelo, joelho, tudo é de responsabilidade do elemento água, que
vai ser representado pelo rim e pela bexiga.

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O principal sentimento que afeta o elemento água é o medo e o pânico.


Então a chave para tratar pânico e medo é potencializar ou tonificar o elemento
água, para conseguir combater o pânico, o medo, as fobias em geral. Lembre que
tristeza é uma coisa, deficiência muito maior é o pânico, medo. Tristeza é uma coisa
que eu tenho, eu comigo mesmo, eu estou triste, mas eu consigo ir à rua, eu estou
triste, mas eu consigo fazer qualquer coisa, toca-se a vida. O pânico, o medo, não,
ele evita esse (ininteligível – 00:29:30) de algumas atitudes. Então o pânico vai ser
muito mais ligado a uma atitude eu lidando com o mundo externo. E a tristeza sou
eu lidando comigo mesmo. Então tem essa grande diferença entre um e outro.
E os sons vindo são os gemidos, né? As pessoas com pânico tendem a
gemer, aquela tristeza, entre aspas, porque na verdade, quando você vai ver, a
pessoa tem pânico. Ela não tem tristeza de uma barata, ela tem pânico de uma
barata, isso sim. Ela não tem tristeza de andar de avião, ela tem pânico de andar de
avião. Então quando você coloca em uma devida ação, perde-se o sentido, tristeza,
pânico e medo. Então pânico e medo vai ser ligado ao elemento água, que está
presente no rim e na bexiga.
Então resumindo, o que a gente precisa gravar aqui, muito, muito
importante: são os órgãos dos sentidos, os tecidos e as emoções. Então a gente vai
ter na madeira, que é fígado e vesícula, principal órgão dos sentidos? O olho.
Tecido? Tendões, tendinites em geral. Emoção: a fúria. Isso é o elemento madeira.
No fogo, o que a gente vai ter, que é o coração e o intestino delgado:
problemas de vaso sanguíneo, de vascularização, seja vascularização periférica ou
central, um Acidente Vascular Encefálico, uma esclerose arterial, uma esclerose de
coração, então isso tudo está ligado ao elemento fogo. Sentimento: alegria ou a
apatia.
O elemento terra, que é do baço/pâncreas e do estômago, tem como
sentimento a preocupação e a ansiedade. Os tecidos são os músculos, então as
lesões musculares, as contraturas musculares, a gente vai focar no elemento terra.
E o que mais danifica o elemento terra é a ansiedade, a preocupação, por isso que a
gente fala que o mal da sociedade hoje em dia é de elemento terra, porque quem
não vive ansioso hoje em dia ao sair de casa, deixar um filho para ir para a escola,
alguma coisa do tipo, se vai ter dinheiro para pagar as contas, isso tudo gera muita
ansiedade e gera problemas musculares e tudo mais, ok?

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O elemento metal, a gente vai ter as alterações de pele, as alterações de


trato respiratório, as corizas, as sinusites, os problemas respiratórios em si.
E o elemento água vai ser problemas de ouvido, otite, perda de visão,
zumbido no ouvido, tinido, isso tudo são problemas do elemento água, que é
composto pelo rim e pela bexiga. Vai ter responsabilidade pelas lesões ósseas e
articulares, então as artrites, artroses, osteopenia, osteoporose, bico de papagaio,
que são osteófitos, isso tudo vai ser responsabilidade do elemento água, que é vindo
do rim e da bexiga. E lembrando que o sentimento principal que tonifica a água é a
bexiga e também o medo, está ok?
Então pensando nisso, a gente vai levar isso para o tratamento, na hora
que construir. Ver e rever essa aula quantas vezes forem necessárias para você
entender, porque na hora que eu for construir o protocolo, por exemplo, eu vou
construir um protocolo para pânico: que elemento eu vou usar? Bom, pânico, medo,
eu vou pegar pontos do rim. Eu tenho problemas vasculares, que pontos que eu vou
pegar? Problemas vasculares eu vou pegar o coração, então eu vou pegar o fogo,
eu vou tratar tanto o coração, quanto o intestino delgado.
Então essa tabela é uma tabela importantíssima que você tem na sua
apostila, que vai ser referência para você tratar e gerar um protocolo lá na frente,
porque lá na frente eu vou falar: “uma das formas do protocolo é utilize os pontos,
segundo os 5 elementos”, e aí você vai ficar desesperado: “nossa, que 5
elementos?”. Volta para essa aula de 5 elementos, tecidos e sentimentos, e aqui
você vai se fundar novamente, em cima dessa aula. Ok?
Então grava isso e isso vai ser muito importante para você daqui para
frente.

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Aula 7. Substâncias Vitais - Essência

Olá, nesse vídeo a gente vai falar um pouco sobre as substâncias vitais
na visão da Medicina Tradicional Chinesa e a primeira substância vital que a gente
vai abordar é a essência. O que seria a essência? Primeiro, a gente vai dividir a
essência em três: o que se chama de essência propriamente dito, a essência pré-
celestial e a essência pós-celestial.
Então, na verdade, qual é o conceito? Essência pré-celestial seria o
seguinte: depende muito do meu pai, da minha mãe, essa essência, essa energia. O
mais claro da essência seria uma tradução para a nossa visão mais ocidental, é que
a essência seria como se fosse o nosso DNA; seriam as nossas energias
guardadas, as substâncias do nosso sangue, da nossa medula, o quanto eu ainda
tenho de vida, tudo ligado muito ao DNA.
Então o que se fala muito na Medicina Tradicional Chinesa? Como você
foi concebido? Como é que veio a sua energia pré-celestial? Como assim? Por
exemplo, se meus pais estavam bem nutridos, eram jovens, não eram usuários de
droga, me fizeram e me constituíram com muito amor e tudo mais, isso, pela
Medicina Chinesa, faz com que essa criança já herde uma essência pré-celestial
muito boa. Então depende muito da saúde física, mental e espiritual do pai e da
mãe, e junção dessas duas energias daria a essência que a gente chama de
essência pré-celestial.
Essa energia ainda pode ser influenciada durante a gestação, então se
durante a gestão a mãe bebe, a mãe fuma ou ela sofre de depressão, se alimenta
mal, ela tem distúrbios dentro do trabalho, dentro de casa, isso tudo influencia em
como vai vir a energia, a essência de vida para essa criança. Então isso tudo
constitui a essência pré-celestial, ok?
O que constitui a essência pós-celestial? Acabou de nascer, você precisa
começar a se alimentar. Quando cortou o cordão umbilical, rapidamente o seu
sistema digestivo começa a funcionar. Então toda essência a partir do momento da
sua vida, que é chamada de pós-celestial... Então aí o que separa pré-celestial e
pós-celestial? Essa tradução celestial, na verdade, é o nascimento.
Então o que seria essência pré-nascimento, que depende do DNA dos
meus pais, de como eles estavam, a vida deles e tudo mais, se eles eram
portadores de doença ou não; e a essência pós-celestial é pós-nascimento – acabou

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de nascer, o que foi oferecido a essa criança. Então, por exemplo, a criança nasceu
e foi abandonada, não teve uma boa alimentação, ela não teve um bom
atendimento, não teve o envolvimento dos pais ali no momento, tudo mais, isso tudo
vai fazer com que a essência pós-celestial, ou seja, a essência pós-nascimento
decaia e faça com que essa pessoa, ao crescimento, se desenvolva de forma mais
fraca. Então a essência está muito ligada à força do ser, ok?
E o que seria a essência propriamente dita? Que a gente chama de
essência do rim? A essência do rim nada mais é do que a soma da essência pré-
celestial, ou seja, a essência que veio dos meus pais, que veio da gestação, somada
à essência pós-nascimento, você é o que você se alimenta, o que você respira
desde o momento em que você nasceu. E o meio influencia a essência, então, por
exemplo, posso gastar mais essência se eu sou uma pessoa muito agitada, durmo
pouco... A gente vai entender um pouco mais sobre essência e depois a gente vai
separar um pouco mais a essência da energia, ok?
Então a essência... vamos fazer como base o seguinte: a essência do rim
é como se fosse a quantidade de madeira que eu tenho para gerar o fogo da minha
vida. E o fogo da vida seria o Qi, a energia. Então a essência nada mais é do que o
que eu tenho de materiais biológicos dentro de mim que me dão energia para eu
funcionar. Então, por exemplo, eu preciso me alimentar, eu preciso respirar e eu
preciso dormir para que a minha essência seja restabelecida.
Então se a essência é desgastada... como é que eu gasto a essência?
Então exemplo: a gente tem... isso quando a gente for falar mais em energia, mas, a
princípio, a gente tem toda a nossa essência guardada no rim, essa é a visão da
Medicina Tradicional Chinesa. Como gastar essência? Eu fazer atividade física
excessiva, trabalhar excessivamente, estudar excessivamente, atividade sexual
excessiva, tudo em excesso faz com que eu desgaste a minha essência.
Como eu recupero a minha essência? Eu tenho três formas de recuperar
a essência e elas são individuais, uma não supre a outra. Por exemplo: eu preciso
me alimentar, mas de qualquer forma? Não, eu preciso saber quais são os
nutrientes que o meu corpo precisa, devido ao tipo de trabalho que eu exerço. Então
se eu tenho muito trabalho muscular, eu preciso ter uma nutrição mais voltada para
proteína e também com carboidrato para suprir isso – a gente vai entrar um pouco
mais lá em nutrição. Mas, a princípio, depende muito da vida da pessoa, ela vai ter

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que ter uma alimentação X. Ou seja, se ela se alimenta errado, ela não supre a
essência alimentar, ok?
A segunda essência é a essência respiratória. Como é que eu posso
dificultar uma essência respiratória? Principalmente o fumo. Mas hoje em dia, como
a gente vive em um mundo de combustível fóssil, ao andar na rua basicamente você
está destruindo a sua essência. Daí você tem uma visão muito... Se você olhar
China, principalmente os centros, as capitais, China, Japão, Coreia, eles têm uma
tendência muito grande a usar máscara. E aquela máscara que eles usam seria para
evitar a poluição no seu sistema cardiorrespiratório, que seria a essência
respiratória.
Então é essência alimentar, eu preciso me alimentar bem, me alimentar
de tantas em tantas horas, ter alimentação fisiológica acontecendo para nutrir minha
essência alimentar. Eu preciso respirar bem, ou seja, eu preciso de um ar não
poluído, de um ambiente que não seja salubre, que seja bom, para que eu tenha
essa nutrição respiratória, que entre oxigênio para metabolizar minhas células,
lembrando que somos seres que dependem do oxigênio para sobreviver.
E a terceira essência, que seria, na verdade, como meu corpo faz para
trabalhar e juntar essa essência respiratória junto com a essência alimentar – isso
vem dependendo do DNA e da minha constituição. Isso é essência de base, ok?
Então isso é essência pré-celestial somada com a essência pós-celestial, que vira a
essência do rim.
Então como é que eu posso nutrir minha essência? De forma alimentar,
posso nutrir minha essência de forma respiratória e posso nutrir minha essência do
rim, principalmente fazendo com que ele funciona com calma. Então a essência do
rim funciona muito bem quando eu consigo descansar e fazer com que meu corpo
recupere essa essência, para que um novo dia venha à frente.
Então o princípio é que eu preciso comer bem, respirar bem e descansar
bem, para que eu tenha as essências fundamentais no meu corpo funcionando.
E o que seria a essência? A essência... lembra que tudo o que a gente
fala a gente chama de Yin-Yang? A essência é a parte Yin, é a parte material, que é
produzida dentro do nosso corpo para preparar o nosso corpo para se movimentar.
Quando essa essência é queimada, ela é acendida, ela é usada, ela se transforma
em energia. Então a essência é a matéria, é o Yin para o Qi, para a energia, para o
meu movimento, para tudo acontecer na minha vida.
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Então uma das coisas que eu tenho que observar, quando eu estou
avaliando um paciente, é tentar entender um pouco mais da vida cotidiana dele, mas
também com o tempo tentar entender como foi a vida dessa pessoa e qual é a
relação dele com os pais, com que idade os pais o constituíram e tudo mais. Então
isso a gente tem que entender um pouquinho, porque muita gente pode pensar de
uma forma errada.
Então ter uma essência pré-celestial... o que é pré-celestial? É a essência
que veio antes do meu nascimento. Ruim, não significa que eu vou morrer cedo, é
que eu vou ter pouca essência de vida. Porque eu posso melhorar essa essência
pré-celestial fazendo o quê? Uma boa essência pós-celestial, pós-nascimento.
Então eu posso complementar essa essência pré-celestial que veio ruim,
por uma natureza ruim, nutrindo o meu corpo de forma decente, descansando de
forma decente e nutrindo também o cérebro com conhecimento e com descanso,
ok? Então isso é importante.
Porém, o inverso não acontece: por exemplo, a essência pré-celestial
seria como se fosse uma bateria, a gente vem com uma bateria X. Se eu tenho uma
baita essência – meus pais eram jovens, me criaram quando eles estavam no ápice
do amor, eles estavam muito bem nutridos, eu sou o primeiro filho, então isso tudo
tem muito peso na Medicina Tradicional Chinesa. Então significa que eu vim com
uma essência muito forte. Porém, eu posso destruir essa essência, como? Se a
partir do momento do meu nascimento eu começo a ser exposto a alimentos ruins,
gordurosos, com alto teor de sódio, a água com muito cloro, se eu começo a entrar
na vida moderna dos salgadinhos e tudo mais, e observei nas crianças hoje em dia,
elas estão destruindo a essência pré-celestial, porque não estão constituindo uma
base de essência pós-celestial para que essa energia se controle.
Então na Medicina Chinesa se diz o seguinte: que a energia vai estar
muito ligada, principalmente a energia, defesa, energia vital, a gente ainda vai falar
um pouco mais de energia, mas, tipo, como eu me defendo do mundo lá fora, como
eu lido com os problemas no entorno depende muito da saúde da minha essência,
que é a base para a minha energia. Se eu não tenho energia, eu posso ter uma
essência que não está gerando energia, mas se eu não tenho essência, eu nunca
vou ter energia. Então a energia de defesa, a energia de movimentação, a energia
do acordar, a energia do desligar para dormir, isso tudo está muito ligado à
essência. Então, muitas das vezes, a gente vai ver que o problema da pessoa é uma
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deficiência energética, mas às vezes ela é uma deficiência energética por falta de
essência.
Vamos fazer uma ligação entre essas duas formas de energia: essência e
Qi. Qi eu vou explicar no próximo vídeo e vou explicar detalhadamente cada Qi que
a gente tem. Mas juntando um pensamento que já veio das aulas anteriores, caso
você tenha dúvida, volta nessa aula para rever, tá? O Qi seria o Yang do nosso
corpo, ok? E as substâncias vitais, a essência, seria a parte mais Yin de todas do
nosso organismo. Ou seja, o Yin é a matéria para que o Yang existe. O Yang é a
energia para que a matéria se movimente. Então é necessário ter Yin para que eu
tenha Yang; é necessário Yang para que eu movimente o Yin, senão o Yin congela.
A mesma coisa com a essência: a essência é necessária para que eu tenha uma
saúde vital.
Então sempre que a gente for estudar um quadro de algum paciente e ele
tem alguma patologia crônica, eu vou dar uma olhada em como está a essência do
meu paciente, e a gente vai ter princípios de como está a essência desse paciente.
Como eu posso verificar a essência do meu paciente? A pré-celestial necessitaria do
meu paciente contar como foi a concepção dele. Na verdade, a maior parte dos
pacientes não têm essa ligação, tipo, com que idade seus pais te tiveram, se teve
algum problema na infância, durante a gestação se teve algum problema... isso me
daria o quanto a essência pré-celestial foi boa do meu paciente.
Mas a essência pós-celestial, eu consigo captar fazendo uma boa
avaliação do paciente. Como? Eu preciso saber três coisas do meu paciente:
primeiro, como é a alimentação dele. Uma coisa que você nunca deve perguntar
para o paciente é o seguinte: “como você se alimenta?”, ele sempre vai falar que se
alimenta muito bem. “Ah, eu me alimento bem” ou “eu me alimento como eu posso”.
Pergunta que tipo de alimento compõe a vida dele. Se você notar que existe uma
diferença, que essa alimentação não é boa de alguma forma, o recomende a buscar
uma nutricionista funcional, uma nutricionista clínica, para conseguir equilibrar,
porque a gente é o que a gente come. Isso é fundamental, tá?
A segunda forma de avaliar a essência do paciente é como ele respira, ou
seja, se ele é tabagista, ou, imagina, ele não é tabagista, mas vive num ambiente em
que todos fumam; ou outra coisa, ele não é tabagista, mas, vamos dar um exemplo,
ele é um guarda de trânsito, ele trabalha como um guarda municipal, no Rio de
Janeiro é uma coisa muito comum guarda municipal dentro do trânsito, ele ficar
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ajudando o trânsito ali o tempo inteiro. Então você vê que ele não tem nenhuma
proteção respiratória, é o tempo inteiro, ele passa ali cerca de 8 ou até 12 horas
respirando toda aquela poluição, ou seja, a essência respiratória desse paciente vai
estar muito debilitada, ok?
E a essência geral é a fusão dessas outras duas essências. Então dentro
da avaliação é importante a gente observar o quê? Como está a essência do meu
paciente. Por isso que lá você vai ter: “como você se alimenta?”, “quais são os
principais alimentos que constituem o seu dia?”, “você sente que a sua nutrição é
boa?”, pergunta isso para o paciente: “você sente que a sua alimentação é boa?”,
“você sente falta de colocar alguma coisa dentro da sua nutrição?”, “o que dificulta
você melhorar a sua nutrição, se é que você acha que precisa melhorar?”, “e se
você acha que isso pode melhorar sua nutrição, qual é o próximo passo para
introduzir esse alimento dentro da sua essência?”. Então é importante esses pontos
serem frisados, para a gente entender um pouco mais sobre a essência.
E, a princípio, a essência tem mais duas subdivisões importantes, que é o
seguinte: a essência tem uma importância fundamental, que é ela que constitui a
medula, ou seja, essa energia, esse Yin de energia, essa nutrição, substância vital,
chamada essência, é quem nutre o meu cérebro e todos os meus ossos. Ou seja,
por isso que a gente fala muito na importância do rim, isso você vai ver lá na frente,
da importância do rim na nutrição dos ossos, na nutrição do cérebro.
Então a forma como você se alimenta, a forma como você respira, a
forma como você é constituído, a forma como você descansa, diretamente está
ligado a como a sua mente vai funcionar. Então o rim vai ser responsável por levar
essa essência nutricional para o cérebro, ou seja, a essência constitui a medula.
Então se o meu paciente tem muitas dores de cabeça, se o meu paciente
tem muitos distúrbios mentais, psíquicos, psicossomáticos, tudo isso a gente vai dar
uma olhada na essência, para ver se não está faltando alguma coisa – alimentação,
respiração ou descanso, sempre foca nessas três coisas que são importantíssimas.
Então três pontos que são importantíssimos na constituição da essência:
alimentação, respiração e descanso. Isso faz a sua essência ser boa, isso faz você
ter energia diária para funcionar bem e lutar contra as patologias, ok?
E, além desse ponto fundamental da essência, existe um outro ponto na
Medicina Chinesa que é também que a essência tem ciclos de 7 a 8 anos. Isso é
muito interessante, né? Que é como se ela modificasse meu corpo a cada 7 ou 8
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anos. E isso é muito legal, porque diversas linhas têm esse pensamento de 7 em 7
anos a gente tem quebras de vida, né? Então primeira infância, segunda infância,
terceira infância e assim sucessivamente. Então, por exemplo, de 0 até 7 anos a
gente chama de primeira infância.
Aí a gente vai entender um pouquinho a diferença entre homem e mulher
na maturação, na Medicina Chinesa a mulher tem uma tendência a ter os ciclos de 7
anos; o homem tem a tendência de ter ciclos de 8 anos. Ah, um ano só de diferença.
Um ano só de diferença quando a gente está falando apenas de um ciclo, mas
quando a gente já está falando em três ciclos, por exemplo, então, imagina, na
primeira infância é a brincadeira, o lúdico, a constituição – e é o que se fala muito,
tanto na Medicina Ocidental, quanto na Oriental – é na primeira infância aonde o
Shen, o Shen nesse sentido não falando em alma, mas falando do cérebro, ele é
constituído. Então quem você é vem muito da primeira infância. Então tem a
segunda infância, que vai dos 7 aos 14, que é a hora em que desce a maturidade,
então é a hora que nasce a puberdade, em que aflora os hormônios sexuais. E a
maturação total, final, o ápice da maturação seria aos 21 para a mulher. Mas para o
homem, olha a diferença, seria 8, depois ao invés de ser 14, seria 16, que é a
puberdade do menino, e depois a maturação seria aos 24 anos. Então essa
diferença, que a gente vê mais ou menos, em jovens, meninos e meninas.
Então a gente vê: pô, a menina aos 21 anos já está muito mais madura e
às vezes o menino aos 21 anos ainda não está maduro o suficiente.
Lógico, isso depende muito não só da essência, mas depende da
constituição, da criação, da educação, entre outras coisas que vão repercutir pelo
corpo, ok? Mas o importante é que se você não tem uma boa essência, você jamais
terá uma boa defesa contra qualquer coisa na sua vida – isso falando em patologias
que tentem invadir meu corpo, patologias internas e também patologias
psicoemocionais, ok?
Então eu vir com uma falha no DNA, eu vir com uma falha orgânica, ou
seja, uma deficiência na essência pré-celestial, não significa que eu vá adoecer. Se
eu mantenho uma boa nutrição, se eu mantenho boa atividade física, se eu durmo
bem, se eu estudo e tudo mais, a minha essência pós pode congelar essa
deficiência na essência pré-celestial.
Então um conceito básico e muito importante na essência é: se a minha
essência é bem nutrida, eu tenho a tendência a não adoecer. Então isso ficou muito,
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muito, muito preciso, principalmente na época do imperador amarelo, na China, que


foi o imperador que desenvolveu o exército de terracota, não sei se vocês lembram,
mas ele buscava vida eterna, ele foi quem unificou a China, ele que evoluiu mais o
crescimento da muralha da China, foi um grande momento da evolução da China
como um todo, assim como da Medicina Tradicional Chinesa.
E o princípio, naquela época, era que o imperador, assim como a
imperatriz e seus filhos, não podia adoecer de forma nenhuma. Então para que eles
não adoecessem, qual era o foco principal da Medicina Tradicional Chinesa?
Prevenção. E aí a importância da prevenção de doença caía principalmente em cima
das essências. Então se eles tinham um dos filhos lá do imperador que não veio
com uma boa essência, eles davam uma importância maior à parte alimentar dele, à
parte constitucional, aos exercícios físicos, para que ele não adoecesse. Já aquele
filho que veio com uma pré-celestial mais bem nutrida, eles não davam tanta
importância no trabalho da Medicina Tradicional Chinesa.
O que resumidamente a gente pode notar? Que se seu paciente tem uma
essência vital baixa ou já gasta, o foco do seu tratamento muitas vezes é nutrir a
essência. E aonde está a essência? No rim.
Daí você nota que em quase todos os protocolos você tem lá o rim como
um ponto fundamental. Por quê? Porque o rim nutre a essência e a essência é a
base da vida, é a base da energia vital do corpo. A gente vai lá frente falar o porquê
usar ou o porquê não usar, mas vai ser um ponto que a gente vai utilizar bastante.
Então esse vídeo sobre essência é um vídeo um pouco complexo, eu
gostaria que você assistisse uma ou duas vezes, para depois você fazer suas
anotações. Lembrando: toda aula é importante que você tenha um caderno em
mãos e vá assistindo, vá dando pause e vá anotando e fazendo as suas anotações.
Não adianta você ter livros, ter apostila, se você não faz suas anotações. Suas
anotações são muito importantes. A partir do momento em que você pega uma
caneta e você escreve, você está se comprometendo junto ao seu cérebro com o
seu conhecimento, ok?
Então como eu já expliquei anteriormente, faça as anotações agora sobre
a aula de essência, beleza? Então no próximo vídeo a gente vai falar um pouco mais
sobre como essa essência se transforma em Qi, se transforma em energia.

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Aula 8. Substâncias Vitais - Qi

Gente, essa aula é muito importante, a gente vai falar sobre Qi, que é
energia, e todas as subdivisões que existem do Qi. Assim, é muito importante
entender um pouco desse conceito Qi para poder entender o tratamento que a gente
faz com a Medicina Tradicional Chinesa, seja na auriculoterapia, seja no shiatsu, no
do-in, seja na acupuntura, na Moxabustão, é importantíssimo entender tudo isso.
Primeiro a gente viu o primeiro conceito básico de essência, que é a base
para o Qi existir. Então a essência é a madeira que, quando queimada, ela vira
energia, que é o Qi. Porém, a gente tem Qis diferentes e a gente tem que entender
cada nível de Qi para saber onde está o defeito nesse Qi, para poder nutrir.
Primeiro, Qi é imaterial, Qi é energia. Então imagina que você não
consegue ver por que meu músculo se mexe, mas está tendo uma energia sendo
gasta lá no meu músculo, que é o ATP, creatina, fosfato, tudo mais, que hoje em dia
a gente consegue analisar essa mecânica para poder falar o que está acontecendo,
mas durante a história da Medicina Tradicional Chinesa não houve essa observação
microscópica, devido à falta de métodos e materiais na época. Mas se observava
essas diferenças de energia.
Então a primeira energia que a gente tem, vamos falar da energia que a
gente já estava falando, que era a essência. A primeira energia é chamada de
energia original ou energia ancestral ou energia, que eu gosto mais de chamar,
energia genética. O que é isso? Isso vem da essência do rim. Então a gente tem a
primeira noção de que depende muito de como eu fui constituído, de como eu fui
criado, e tudo isso me dá uma energia que a gente chama de energia genética.
Então você vai ter filhos de mesmos pais, que tiveram genéticas diferentes, salvo os
gêmeos, que têm a mesma genética, mesmo assim o meio vai influenciar, mas não
vai influenciar o Qi genético deles. Mas, a princípio, a gente tem o Qi genético.
Eu gosto muito de explicar para os meus alunos como se fosse o
seguinte: esse Qi genético, esse Qi original, ele vem já com a gente. Então a gente
não consegue interferir, não consegue aumentar esse Qi, mas a gente consegue
proteger o uso dele, tá?
Que outros dois Qis importantes que a gente tem? Um outro Qi
importante que a gente tem é o Qi alimentar. Quem é responsável pelo Qi alimentar
vai ser o elemento terra, mas principalmente o órgão, que é o baço. Para a Medicina

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Tradicional Chinesa, o baço é o principal órgão responsável pela energia alimentar.


Sempre que falar baço, acaba lembrando de baço/pâncreas, porque na Medicina
Tradicional Chinesa, eles são unificados. Se você quiser ter um pensamento um
pouco mais ocidental, trazer um pouco para o ocidente esse pensamento do Qi
alimentar, o Qi alimentar nada mais é do que o açúcar entrando no sangue, ok?
Então eu preciso de glicose, eu preciso de glicogênio, eu preciso de ATP, eu preciso
de nutrientes e esses nutrientes vão vir diretamente pelo baço e pelo pâncreas.
Existe um conceito, que a gente vai falar um pouco mais à frente também,
que se chama Triplo Aquecedor. O que é isso? Nossa parte visceral é dividida em
três: a parte de cima, aquecedor superior; a parte do meio, aquecedor médio; e a
parte de baixo, aquecedor inferior. O aquecedor superior é o pulmão e o coração,
que fica responsável pela parte cardiorrespiratória; o aquecedor médio é a nossa
parte digestiva, ou seja, o nosso sistema digestório – dependendo do que eu como,
de como eu como ou o quanto eu como, é como vai funcionar esse meio; e o
aquecedor inferior é o de excreção, o de eliminação – intestino grosso, intestino
delgado, rim, bexiga, então vão fazer a filtragem e vão fazer a [eliminação] dos
impuros, seja a parte líquida, como a parte sólida.
Mas a formação do Qi, vamos voltar lá na formação do Qi, primeiro a
gente tem o Qi, o primeiro Qi que eu falei qual é? O Qi do rim, o Qi que é o original
ou, como eu gosto de chamar, Qi genético. O segundo Qi qual é? O Qi alimentar –
depende muito do que eu como para a minha nutrição ser transformada em energia.
Então na Medicina Chinesa, você depende de uma boa alimentação para ter
energia, para você poder ir trabalhar, para você poder constituir seu dia. Então se
você para de se alimentar, logicamente sua energia vai cair e você não vai ter
energia para continuar sua vida, para continuar seu trabalho. Então esse Qi é
chamado de Qi alimentar, o Qi que vem pela alimentação, que vai ser digerido, vai
ser transformado pelo estômago e vai ser jogado em corrente sanguínea pelo baço e
pelo pâncreas.
Esse Qi alimentar tem uma tendência a ascender do aquecedor médio
para o aquecedor superior. Então o que ele vai fazer? Ele está lá, entrou em
corrente sanguínea e é levado para o Qi do tórax – aí é o terceiro Qi, chamado Qi
torácico ou Zhong Qi.
O Qi torácico vai fazer o seguinte: o sangue está lá, já está com açúcar, já
está com ATP, já está com a nutrição alimentar, mas o nosso meio de vida depende
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da oxigenação, eu preciso de oxigênio para viver. Então o metabolismo desse


açúcar, o metabolismo dessa energia do Qi do tórax, que vai vir tanto do pulmão,
quanto do coração, ou seja, o coração é a bomba e o pulmão é o mecanismo que
consegue captar o ar, o oxigênio, e jogar dentro da minha corrente sanguínea.
Então quando o Qi alimentar está subindo e encontra com o Qi
respiratório, um Qi produzido do pulmão e do coração, esse Qi vai se transformar em
Qi torácico, ok? Então o Qi alimentar se junta com o Qi torácico e, nesse decorrer,
ele vai se encontrar com o primeiro Qi de todos, que é o Qi da essência, o Qi
genético.
Então o Qi verdadeiro é a soma de três Qis, de três energias: a energia
ancestral, ou seja, a genética; segundo, o Qi alimentar, o que eu como vai ser
produzido energia; e depois como eu metabolizo [oxidativamente] esse alimento. A
junção desses três vira o Qi verdadeiro, então é o Qi que eu tenho para a minha vida
depende dessas três energias.
Então eu posso influenciar isso? Sim, se eu não comer bem, se eu não
respirar bem, eu vou ter que usar mais energia do primeiro Qi, que é o Qi ancestral,
é o Qi genético. Ah, se eu como muito bem, mas não respiro tão bem, eu vou ter que
comer melhor, comer às vezes mais para tentar nutrir essa falta de uma boa
respiração. E aí falando: ninguém respira errado, a não ser que tenha alguma
doença cardiorrespiratória de base. Mas, a princípio, o principal influenciador no Qi
respiratório, no Qi torácico, é a poluição propriamente dita – ou alergias, antígenos.
Então a junção desses três Qis – o Qi que vem da essência, o Qi que vem
da alimentação e o Qi que vem da respiração – se juntam e se tornam o Qi
verdadeiro.
E esse Qi verdadeiro vai se dividir em dois: um vai para a superfície e um
vai para o interior. Então a gente vai transformar esse Qi em dois Qis: Qi de defesa e
Qi nutritivo.
O Qi nutritivo vai ser responsável por nutrir todos os meus órgãos
internos. Ele que vai nutrir os meus órgãos, meu cérebro, meu olho, minha boca, ele
vai criar nutrição interna para que tudo funcione – as articulações estejam nutridas,
os ossos estejam nutridos.
Então o princípio de entender o Qi é importante exatamente para
entender: a deficiência do meu paciente está em que nível de Qi – Qi genético, Qi
alimentar, Qi respiratório, juntou, virou o Qi verdadeiro, né? Esse Qi verdadeiro se
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divide em Qi nutritivo e Qi de defesa. Qi nutritivo vai fazer a alimentação de órgãos


internos e todas as estruturas profundas dentro do meu corpo.
Enquanto o Qi de defesa vai ser responsável pela parte superficial, pela
movimentação, ele é quem vai me movimentar, ele é quem vai me dar nutrição para
o músculo mexer, ele vai dar nutrição para o tendão ficar forte, ele é que faz com
que no calor, eu transpire, ele é que faz com que no frio, minhas células se
comprimam, diminuam de tamanho para tentar deter temperatura. Então tudo o que
é mais superficial, vai estar ligado ao Qi de defesa. Enquanto tudo que é mais
interno vai ser parte do Qi nutritivo.
Então sempre que eu pensar em patologias, eu posso pensar em qual
profundidade estão essas patologias. Meu paciente está com problema em tendão:
opa, eu posso trabalhar para nutrir melhor o Qi de defesa, porque o Qi de defesa é o
Qi que vai fazer o movimento do corpo, é o Qi que nutre os tecidos mais superficiais.
Ah, não, meu paciente está com uma deficiência importante no intestino,
meu paciente está com uma deficiência cardíaca... exemplo: uma hipertensão
arterial, que o paciente já tenha um problema cardíaco, um problema respiratório,
um paciente que tenha uma bronquite, uma asma, ou seja, já é um problema do Qi
nutritivo.
Então, dessa forma, a gente pode estimular mais a criação do Qi e depois
definir que Qi que a gente quer mais. Ou seja, o Qi de defesa é mais superficial,
então se a gente for classificar o Qi verdadeiro, que se divide... Se você notar bem,
tudo sempre se divide em duas formas. Se o Qi verdadeiro se divide em duas
formas, ele se divide em duas formas como? Um Qi que vai para dentro e um Qi que
vai para fora.
O Qi que vai para dentro, tende a ser o Qi mais Yin; o Qi que vai para fora
tende a ser o Qi mais Yang. Então novamente a visão Yin-Yang se encaixa
novamente dentro da energia. Então sempre a gente vai ter essa visualização do
Yin-Yang acontecendo dentro do organismo.
Então o Qi de defesa, defende meu organismo, é o Qi Yin, eu vou nutrir o
Yin daquela região para que o Qi nutritivo fortaleça ali. Se o paciente precisa nutrir
mais o seu Qi defensivo, porque ele está com problema no músculo, ele está com
problema no tendão, ele está com um problema de hiperidrose, está com uma
alergia na pele, ou seja, tudo o que é mais superficial, vai estar mais ligado ao Qi de

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defesa, então eu vou colocar para melhorar o Yang naquela região, ou seja, o Qi de
defesa naquela região.
Então resumindo, vamos fazer um resumo rápido para você anotar, para
você fazer suas anotações. Temos alguns tipos de Qi, vamos lá. Quais são os tipos
de Qi? Primeiro, Qi genético ou Qi essencial, que é o Qi que eu chamo de Qi pré-
celestial, eu já venho com ele, eu herdei do meu pai e da minha mãe uma genética e
essa genética é chamada de Qi essencial ou de Qi genético.
Quando eu passo já para a parte do Qi pós-celestial, do Qi nutritivo, eu já
estou falando do que depende do que meu paciente come, que é o quanto ele vai ter
de energia. Então eu tenho que entender que meu paciente é o que ele come, ele é
o que ele vive, ele é o meio aonde ele sobrevive. Então se ele está se alimentando
de uma forma boa, ele vai ter um bom Qi nutritivo; se ele vive comendo besteira, o
Qi nutritivo vai danificar os outros Qis.
Então primeiro Qi? Qi genético. Segundo Qi? Qi alimentar. Terceiro Qi,
qual é? É o Qi respiratório, que vai vir do tórax, vai formar o Qi torácico. Então tem o
Qi alimentar, o Qi torácico e o Qi essencial. Esses são os três Qis de base, ok? Eles
vão se unificar para se transformarem no Qi verdadeiro.
Então o Qi verdadeiro se subdivide em Yin-Yang. Quando ele vai se
subdividir, ele vai gerar um Qi mais interno, um Qi chamado de Qi nutritivo, que vai
ser responsável por nutrir os órgãos e vísceras da parte interna, articulações,
medula, e tudo mais. E o Qi superficial, que é o Qi de defesa, que vai ser
responsável por sudorese, por movimento, por nutrir tendões, por qualidade de pele,
de cabelo, alergias, isso tudo vai ser o Qi de defesa. E ele também vai ser a primeira
barreira contra os antígenos, ou seja, qualquer patologia que tentar entrar no seu
corpo, a primeira coisa que ele vai tentar quebrar vai ser o Qi de defesa.
Então anota sempre a aula. Qis importantes a se saber: um, Qi ancestral
ou genético, que está aonde? No rim. Dois, Qi alimentar, que vem de onde? Do
baço/pâncreas, que vem da alimentação. Qi torácico, que vem do pulmão e do
coração. A unificação desses três Qis gera o Qi verdadeiro, que é o quanto eu tenho
de energia para o meu dia. E esse Qi verdadeiro se divide em dois: um, para defesa,
e outro para nutrição. O Qi de defesa vai ser a parte mais superficial, movimento, a
disposição, a blindagem contra resfriados, contra patologias e tudo mais, assim
como: nossa, como essa pessoa é forte, como essa pessoa tem disposição, isso é o
Qi de defesa. E o Qi nutritivo é como os órgãos internos lidam com os alimentos.
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Então se o meu paciente tem um problema de uma alergia alimentar, se tem


intestino preguiçoso, uma constipação, tudo isso eu vou pensar no Qi nutritivo, ok?
Então qualquer coisa, se você tem sua dúvida sobre Qi, sobre qualquer
coisa, primeiro, faça suas anotações, reassista a aula e depois, qualquer coisa, vai
lá no grupo de ajuda, que a gente responde todas as suas dúvidas, ok? Então tudo
isso sobre Qi e a gente vai falar um pouco mais à frente sobre algumas substâncias
vitais, próxima aula falando sobre o sangue.

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Aula 9. Substâncias Vitais - Sangue (Xue)

Olá, nesse vídeo a gente vai falar sobre um ponto muito importante, que é
o sangue, também conhecido, na Medicina Tradicional Chinesa, como Xue.
A gente falou um pouco sobre essência e falou um pouco sobre Qi. A
essência seria a parte mais Yin, a parte mais de basal de todas as substâncias vitais
que a gente tem. O Qi a parte mais inorgânica, mais invisível, não é palpável, é
energético, então a gente não apalpa. O Xue está mais ou menos no meio do
caminho, entre a essência e a energia.
Então o sangue, na verdade, seria uma junção, uma fusão entre a
essência e também a energia. Então o sangue é formado, na Medicina Chinesa, no
encontro do Qi alimentar, Qi torácico, junto com a essência que vem lá do rim. Então
quando o Qi alimentar se junta ao Qi torácico e o Qi torácico se junta à essência do
rim, ali se funde e se chega ao sangue, se forma o sangue. E o sangue tem algumas
particularidades, que ele se relaciona de formas diferentes com determinados
órgãos e vísceras dentro do corpo.
Então a primeira relação que a gente vai ter seria qual é a relação do
sangue com o coração. A relação do sangue com o coração na Medicina Chinesa é
muito parecida com a relação do que a gente tem na Medicina Ocidental, salvo que,
na verdade, na Medicina Ocidental sabe-se que o sangue é formulado na medula.
Mas, na Medicina Tradicional Chinesa, ele formado meio que em uma junção ali
entre essência do rim com o Qi alimentar e com o Qi torácico. E, nessa explosão,
nasce... e essa explosão acontece dentro do coração, ok?
Então a função de criação de sangue vai estar muito ligado ao órgão
coração, então sempre que a gente for pensar num paciente que tem uma anemia,
que tem uma deficiência de sangue, a gente vai pensar no coração como um órgão
ali principal a ser trabalhado.
Um ponto importante entre o coração e o sangue é que o coração é o
responsável, dos elementos, como a gente já falou nos 5 elementos, ele é o
elemento fogo. Então o coração é a energia, ele é o Qi movedor do sangue, então
ele é a nossa bomba, sem ele o sangue não circula.
Então as duas funções principais que a gente vai ter do coração ligado ao
Xue, ao sangue, é o seguinte: um, ele é responsável pela formulação do sangue,

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pela criação do sangue; e, dois, o fogo do coração é quem faz o sangue se mover.
Então esses são os dois aspectos importantíssimos que a gente tem.
Por ser um elemento fogo, o coração vai ser responsável por manter o
sangue quente. Então aspectos que são muito ímpares, muito comuns de acontecer,
por exemplo, em idosos, ou em pacientes mais debilitados, acamados e tudo mais,
quando a gente pega as extremidades, a gente nota as extremidades frias.
Extremidades frias mostram uma deficiência do fogo do coração, porque o coração é
responsável pela nossa manutenção homeostática, nossa manutenção térmica,
manter a gente a 36,5°, tá? Então manter a gente com a temperatura ideal do
sangue é a responsabilidade do coração.
Ou seja, se a gente visualizar que o paciente está hipotérmico em alguma
região do corpo, isso mostra que aquela região do corpo está sofrendo uma
deficiência de sangue, que vem do coração. Então a gente teria que trabalhar tanto
coração, quanto um ponto ligado ao sangue também. Então essa função é
importante.
Três funções importantíssimas: controlar a temperatura do nosso corpo,
controlar o bombeamento, controlar a movimentação e também produzir o sangue,
esses são os aspectos importantes aí do Xue, do sangue, ligado ao coração.
Outros órgãos são muito importantes e aí a gente já vai entrar um pouco
na visão de Zang Fu, que a gente vai ter um pouco mais à frente, mas, por exemplo,
o baço tem duas importâncias para o sangue: uma é que se não houver o Qi
alimentar, se não houver uma boa alimentação, haverá, obviamente, uma deficiência
em formulação de sangue. Então a pessoa tem anemia, porque ela não come bem,
então ela precisa comer bem para não ter anemia. É diferente de: não, ela come
bem, mas o sangue não se forma bem, aí a gente vai ver se o sangue não está se
formando bem mesmo chegando uma boa energia, aí sim eu vou culpar o coração.
Mas se há uma má alimentação acontecendo, o Qi do baço tende a afundar. E o Qi
do baço sendo danificado, haverá uma má nutrição do sangue e o sangue não vai
receber o Qi alimentar. Ou seja, a gente vai ter uma relação de sangue pobre, uma
anemia, um paciente com pouca energia, com pouco sangue. Então a gente tem que
também observar os aspectos alimentares do paciente para notar essa deficiência
de sangue acontecendo.
Uma das funções do baço, e quando a gente for falar especificamente só
do baço eu vou bater muito nessa tecla, é que o baço é responsável por conter
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todas as estruturas. É como se ele fosse o colágeno, tá? Ele é responsável por
manter o vaso sanguíneo no seu calibre, manter os músculos com seu tamanho
correto... o baço controla as formas. Então anota isso, isso é importantíssimo: o
baço controla as formas. Ou seja, sempre que houver perda de sangue e que houver
hemorragias, a gente vai observar uma deficiência do baço acontecendo. Isso em
todos os aspectos, tá? A gente vai ver que vai ter algumas fusões, mas eu posso ter
uma hemorragia espontânea no meu estômago por uma gastrite, então é porque eu
tinha uma deficiência no estômago, sim, mas também havia uma deficiência do
baço. A pessoa tem uma menstruação que é excessiva, em dias ou em fluxo, tem
muito sangue, isso debilita muito essa mulher, então isso é uma deficiência do baço.
Então a gente vai ter que começar a trabalhar mais o baço dessa pessoa, ok?
Então o baço/pâncreas vai ser responsável no sangue principalmente por
levar o Qi alimentar até ele, para que seja bem feito esse sangue, mas também por
controlar as hemorragias. Essa é a função principal do baço lá em relação ao
sangue.
O terceiro órgão que a gente vai ter de muita importância no sangue vai
ser o fígado, tá? O fígado é conhecido como governante do sangue. O que isso
significa? Ele é um armazenador do sangue, ele vai guardar o sangue para que na
hora que for necessário, ele distribuir. Então o que isso me leva a pensar? Quando
eu não estou usando o meu sangue, todo o meu sangue vem e vai ser armazenado
lá no meu fígado, meu fígado guardou o sangue. Quando eu vou começar a fazer
exercícios com o braço, o que o fígado faz? Começa a distribuir. Primeiro, ele
manda o comando, ele solta o sangue e manda o comando para o coração, para o
coração distribuir. Então há uma interligação muito forte entre o fígado e o coração,
em gerenciar o sangue. Então eu acho que essa palavra se encaixa mais
perfeitamente, o fígado é o gerente do sangue. O que isso significa? Que se em
alguma parte do seu corpo está faltando sangue ou está com sangue em excesso,
quem está falhando é o fígado.
Ou seja, imagina que a pessoa... vamos levar aquela consideração
anterior que eu fiz, por exemplo, da hemorragia numa menstruação. Então uma
pessoa que tem uma menstruação excessiva, ela tem uma hemorragia, uma perda
de sangue muito grande. Bom, se está perdendo sangue, eu vou pensar em quem?
Quem contém as formas é o baço, quem contém o sangue é o baço, sim. Mas quem
está mandando muito sangue para a região também? Fígado. Então você vai ver
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que, por exemplo, quando uma menstruação excessiva, ou de muitos dias, ou de um


sangue muito intenso, esses dois casos vão ser uma soma de uma deficiência tanto
do baço, como uma deficiência do fígado, do Gan, porque se o fígado simplesmente
guardasse e falasse: “chega de levar sangue”, o baço poderia estar aberto lá na
vulva, no útero, que se não chegasse mais sangue, não teria problema. Então
sempre que há um excesso de sangue em algum lugar, ou uma deficiência de
sangue em algum lugar, um excesso de energia, uma deficiência de energia
chegando em algum lugar, a gente pensa no fígado.
Por isso que o fígado vai ser um órgão que a gente vai trabalhar muito,
principalmente quando a gente está falando em levar energia ou diminuir a chegada
de energia a determinada região. Por exemplo, um excesso de dor de cabeça
lancinante: isso pode ser interpretado como uma ascensão do Yang do fígado, que a
gente vai ver isso mais detalhadamente quando a gente for falar especificamente do
fígado sozinho.
Mas então qual é a influência principal do fígado no sangue? É que ele é
o gerente do sangue, ele coordena: “oh, sangue, vai para o bíceps; olha, sangue, vai
lá para o intestino, porque está chegando comida e daqui a pouco está na hora de
evacuar, você tem que ir lá”. Então ele faz esse metabolismo do sangue e controla
aonde ele deve ir e aonde ele não deve ir.
Existe um ponto de influência do sangue muito importante, que é o
sangue ter uma influência com o Qi. Então, imagina, o sangue é um pouco mais
material, então ele é um pouco mais Yin, mas ele precisa se movimentar. Então
quem movimenta o sangue é o Qi, mas, ao mesmo tempo, quem guarda o Qi é o
sangue. Então novamente a gente entra na visão do Yin-Yang, do símbolo do Yin-
Yang, onde o sangue é o Yin e o Qi é o Yang. Então a gente tem o sangue como
contendo... o Qi contém os nutrientes para que a energia exista, mas é necessário
que ele liberte essa energia, para que ele consiga se movimentar. Então a
deficiência de movimentação de sangue, de circulação sanguínea em determinadas
regiões, pode ser por uma deficiência de Qi.
Isso, logicamente, vai estar ligado diretamente ao fígado, porque o fígado
vai controlar e gerenciar tanto o Qi, quanto o Xue.
Mas o que eu quero dizer com isso? Porque a pessoa pode até ter um
bom sangue, mas se ela não está com boa energia, o sangue não vai conseguir
circular. Então aí o que a gente nota? Por exemplo, o sangue muito mais escuro.
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Então, por exemplo, se você está fazendo pulsões no corpo do paciente


com acupuntura ou com a auriculoterapia, e quando sai o sangue, o sangue está
muito escuro, o sangue mais de aspecto venoso mesmo, é um sangue muito escuro,
a gente fala que esse sangue estava estagnado, ou seja, ele estava parado, ele não
estava se movimentando. Então quanto mais escuro for o sangue, mais deficiência
de Qi ele tinha para ele não se movimentar. Quanto mais claro e mais vivo for o
sangue, mais fogo ele contém, mais energia ele contém.
Então o sangue depende do Qi para se movimentar, mas o Qi depende
do sangue para se nutrir. Então aí novamente a gente cai no equilíbrio entre o Yin e
o Yang, de forma precisa, ok?
Então o Qi existe a relação da essência também com o sangue, porque a
essência do rim é que vai nutrir o sangue lá no coração para a produção do sangue.
Então, na verdade, o que a gente pode interpretar como sangue? O sangue é, como
eu falei no início do sangue, uma fusão do Qi verdadeiro, Qi nutritivo principalmente,
com a essência. Quando o Qi nutritivo se junta com a essência lá no coração, é
formulado o sangue para o paciente.
Então o que o sangue de função no nosso corpo? É levar nutrição, levar o
Qi nutritivo, levar hormônios, levar oxigenação, mas também, quando ele chega na
periferia e que ele tem que retornar, ele é responsável também pela retirada do
impuro, tá? Então o sangue ao mesmo tempo que ele é um grande carreador de
nutrição, ele é um carreador de nutrição e de energia enquanto ele é um sangue
arterial. Quando ele começa a ser um sangue venoso, que ele começa a retornar,
ele deixa de ser um carreador de Qi nutritivo e começa, na verdade, a ser um
retirante, um eliminador de metabólicos. Então o sangue tem essa dupla função:
quando ele vai, ele é uma coisa; quando ele volta, ele é outra coisa. E essa
transformação acontece no Qi torácico.
Então o sangue tem uma qualidade muito boa quando ele está indo,
quando ele está voltando, ele está trazendo toda a sujeira do seu corpo. E aí dentro
do corpo, dentro do tórax, é onde ele vai ser purificado e ser jogado para o
aquecedor inferior.
Lembra que eu falei anteriormente, vai ter um momento em que a gente
vai falar só sobre o Triplo Aquecedor, mas a gente tem três aquecedores: superior,
que é o coração e o pulmão; o aquecedor médio, que é o baço/pâncreas, o
estômago, o fígado e a vesícula, e a gente tem o aquecedor inferior, que são os
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intestinos, o rim, a bexiga e que serve mais para excreção. Então a gente tem aqui,
entre os pulmões e o coração, no mediastino, uma estrutura chamada timo, que é
responsável, ela é o duto central, é a centralização de todos os vasos linfáticos.
Para que serve o vaso linfático? O vaso linfático traz tudo que é de ruim
no nosso corpo que o vaso sanguíneo não conseguiu trazer. Então imagina que é o
nosso grande Comlurb, tá? Comlurb para quem é do Rio, logicamente, é uma
empresa de lixo. Então o sistema linfático vai estar ligado intimamente ao tórax, ao
aquecedor superior, porque ele está entre os pulmões. Então a respiração e o
batimento cardíaco aumentam e diminuem a pressão dentro do mediastino, que faz
com que essa estrutura, que se chama timo, também acabe gerando um
bombeamento passivo, ok? E esse bombeamento passivo vai fazer com que o
impuro caia dentro do tórax e esse impuro vai ser levado para o intestino e vai ser
levado para o rim. E, dessa forma, o rim vai filtrar o que é a água que não deve ser
eliminada e o que é impuro, que não fará bem para o corpo, que deve ser eliminado.
A mesma coisa no intestino: o intestino vai ver o que é líquido bom, volta para o
organismo, o que é proteína boa, o que é alimento bom, volta para o organismo; o
que é ruim e a gente não pode aproveitar, vai ser jogado para o impuro e vai ser
eliminado, ok?
Então, dessa forma, o sangue tem essa função importantíssima, que é
levar a nutrição, mas também ajudar a limpeza do organismo. Então não adianta eu
ter boa nutrição se eu não tenho uma boa limpeza. Então isso é um ponto muito
importante. E isso a gente nota principalmente quando o paciente está sofrendo por
alguma infecção, alguma inflamação, algum trauma em que a gente nota
principalmente nas articulações, a gente nota os gânglios infartados, a gente
observa nódulos acontecendo. Esses nódulos são exatamente aonde ficam
localizadas as cisternas linfáticas, que vão levar depois da articulação até o timo e o
timo vai ser responsável por levar lá para o rim para ser excretado.
Então vamos dar uma resumida rápida na aula de Xue. Então o que a
gente tem aí de importância no sangue: o sangue é gerado no coração graças ao Qi
nutritivo que vem no baço. O sangue, a homeostase, a temperatura do sangue, é
regulada pelo coração, então o coração tem essa função de manter o corpo com
uma temperatura ideal, então sinal de fogo do coração fraco são as extremidades
mais frias.

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A gente tem o fígado sempre o grande gerente do sangue, que ele é o


grande responsável por: “cara eu vou começar a pensar, vou começar a estudar”, ou
seja, meu cérebro começa a trabalhar. O que o fígado faz? Leva sangue lá para o
meu cérebro. Ou eu vou começar a fazer uma atividade física, tem que chegar
sangue no meu membro inferior. Se não chega sangue no meu membro inferior,
meu membro não consegue trabalhar. Então por isso que a gente fala: o fígado é o
rei do metabolismo, ele é que vai controlar o Qi ali e também o Xue.
O baço controla as formas, ou seja, ele evita os sangramentos. Na visão
da intimidade do sangue com o baço, a função principal dele é conter os
extravasamentos de sangue, as hemorragias, as espontâneas ou traumáticas. Então
mesmo que eu tenha tido um trauma, torci o tornozelo, começou a fazer um
hematoma no tornozelo, eu posso trabalhar o baço exatamente para conter esse
sangue e evitar que esse sangue extravase ainda mais.
A gente viu a relação do Qi com o Xue. O Qi é a energia que move o
sangue, porém, o sangue guarda o Qi para se movimentar. Então é como se fosse
um carro: o carro é o sangue, mas dentro do carro tem um combustível, que eu
quando eu ligo o motor eu consigo movimentar. Então é necessário ter combustível
no carro para o carro andar. Se eu tiver sangue e não tiver combustível, ou seja, não
tiver Qi, o sangue não se move. Quais são os aspectos de um sangue que não está
se movimentando? O sangue está mais escuro, o sangue está com uma coloração
mais para roxa, quase preta, isso mostra estase sanguíneo. E um excesso de
energia mostra o quê? Um sangue mais vivo.
Então se você tivesse que fazer uma pulsão na orelha, estiver
trabalhando com agulha, estiver trabalhando com acupuntura, e de repente você
tirou uma das agulhas ou da orelha ou do corpo do paciente e você vê um sangue
muito vivo, você sabe que ali estava com excesso de energia. Se quando você tira o
sangue e há extravasamento de sangue e esse sangue está púrpura, está roxo, a
visão na Medicina Chinesa é que esse sangue está com deficiência de energia, e aí
a gente tem que tonificar para elevar essa energia. Como a gente tonifica energia?
Ou alimentar, ou respiratória, ou a essência – a gente vai focar em trabalhar esses
pontos. Então na hora de formulação de protocolo, a gente vai ter uma visão um
pouco melhor sobre isso, ok?
Então essa é toda a visão que a gente precisa ter de sangue, de Xue.
Então você, nesse momento, vai observar, vai anotar tudo o que você captou sobre
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sangue nessa aula. Faz as anotações, coloca em pauta, mantém seu caderninho
atualizado, faz o resumo da aula, reassiste uma ou duas vezes, que isso tudo que a
gente está falando vai ser muito importante para, lá na frente, entender como se
formula um protocolo.
Porque, lembrem, nesse curso a gente vai focar principalmente nas
pessoas que querem raciocinar e não simplesmente só tratar como todo mundo
trata. Lembra: quem faz sucesso é quem faz diferente, é quem raciocina, ok? Então
lembra de fazer suas anotações e qualquer dúvida entra lá no grupo de dúvidas ou
me chama no privado, que eu posso tirar sua dúvida, ok? Obrigado e até o próximo
vídeo.

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Aula 10. Substâncias Vitais - Fluidos Corpóreos (Jin Ye)

Olá, nesse vídeo a gente vai falar sobre fluidos corpóreos, ainda estamos
dentro de substâncias vitais. O que seriam os fluidos corpóreos, chamados de Jin
Ye? São todos os líquidos que não são compostos de sangue, ou seja, outros
líquidos que circulam dentro do nosso corpo.
Primeiro, a gente vai entender que existem fluidos corpóreos que são
mais líquidos e outros que são um pouco mais densos, e qual a função de cada um.
Primeiro, quem metaboliza esses líquidos, como acontece isso tudo? Então a gente
novamente vai falar do Triplo Aquecedor e como cada um trabalha com a sua
eliminação de excesso de líquido e para onde vai os líquidos bons ou ruins, ok?
Então primeiro a gente tem, no Triplo Aquecedor, primeiro a gente tem o
aquecedor superior, que é composto pelo coração e pulmão; aquecedor médio, que
é o alimentar, que é composto pelo estômago, baço/pâncreas, fígado e vesícula; e o
aquecedor inferior, que é formado pelo intestino grosso, delgado, o rim e a bexiga.
Primeiro, de onde vêm os líquidos? Vêm do Qi alimentar, então eu preciso
me alimentar. Então o primeiro estado dos fluidos, dos Jin Yes, dos fluidos
corpóreos, é com o estômago. O estômago vai ser responsável, num primeiro
momento, pela transformação dos líquidos corpóreos, ele já vai começar a fazer
uma pequena absorção. Então ele começa a destruir.
Nos livros antigos, essa fase no aquecedor médio, responsável do
estômago, era classificada como “poça de lama”. Mas fica meio estranho o nome.
Na verdade, é a destruição dos alimentos, né? Então a decomposição dos
alimentos, a decomposição dos líquidos que a gente ingere acontece no estômago,
criando esse líquido, que ainda não é puro nem impuro, simplesmente ele foi
totalmente destruído para ser absorvido.
E aí ele começa a descender, ele descende para o baço, ainda dentro do
aquecedor intermediário, e o baço vai ser responsável primeiro por captar os
alimentos e captar os açúcares e começar a jogar para o sangue.
Então o aquecedor médio vai ser responsável por fazer o quê? Primeiro,
tirar a primeira fase da nutrição, tirar os primeiros nutrientes que vão ser
responsáveis por formar duas coisas: Qi alimentar, e esse Qi alimentar vai ajudar a
nutrir o sangue, e a decomposição desses alimentos.

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E aí o que acontece? Esses líquidos, depois de absorvidos, uma parte


desse líquido vai subir para o aquecedor superior e uma parte desses líquidos que
estão caindo em corrente sanguínea, ou continuando dentro do trato digestivo, vai
ser absorvido. Então conforme vai sendo absorvido, cai em corrente sanguínea.
Uma parte vai para o pulmão e uma parte vai para o rim. Então o alimento foi
absorvido e outra parte do alimento não foi absorvida. O que não foi absorvida,
continua indo lá, duodeno, vai entrar no intestino delgado, vai entrar em intestino
grosso, até ser excretado.
Então vamos falar primeiro dessa parte que não foi absorvida. Então o
que não é absorvido, continuamente vai passando pelo nosso intestino, pelo nosso
intestino grosso, que têm a função de quê? Absorver o que é bom e eliminar o
impuro. Então a função, que é uma função normal, que a gente conhece, uma
função orgânica do intestino, que é eliminação do impuro. Então ele vai criando uma
absorção máxima e tentando absorver todo o líquido e jogando para a corrente
sanguínea. Beleza. Esse líquido, que passou pelo nosso trato digestivo, ele caiu na
corrente sanguínea, ele está junto do sangue.
Aí a importância também do Jin Ye, dos fluidos corpóreos estarem muito
intimamente ligados com o sangue. Ele não faz parte da hemácia, mas ele está ali
no plasma, ele faz parte da composição do sangue propriamente dito.
E aí o que acontece: esses líquidos começam a tomar caminhos
diferentes. Primeiro é o seguinte: existe uma parte da eliminação do impuro que é
eliminada por meio de vaporização. Como assim? Você sabe disso quando está
muito frio. Se está muito frio você pega e faz um bafo, ao fazer um bafo, você vê que
existe uma névoa. Então há uma eliminação do líquido impuro por vias de
vaporização.
Daí chamado o pulmão de o criador de névoa do impuro. Ou seja, o
pulmão começa a fazer uma limpeza, mas essa limpeza não é simplesmente só do
impuro. Ele também necessita, na verdade, de um pouco de líquido para se manter
nutrido, para se manter umidificado. Então a umidificação das vias aéreas, tanto
inferiores, como superiores, ela depende de um bom líquido orgânico estar sendo
absorvido. Ou seja, se a pessoa não bebe água, é lógico que ela vai ter uma
garganta seca, ela vai ter uma respiração seca. Ou se ela se expõe a ambientes
mais secos, por exemplo, passa o dia inteiro dentro do ar condicionado, ela tem que
compensar isso com o quê? Com uma nutrição maior de líquido orgânico. Então ela
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não pode falar: “ai, se eu fico no ar condicionado, eu fico com garganta seca”, todo
mundo vai ficar. Para não ficar, é necessário que você aumente a ingesta de
líquidos, para que essa vaporização, essa névoa, aconteça e o sistema respiratório
se mantenha umidificado.
Então, nesse caso, o pulmão tem duas visões: uma é a criação da névoa,
que vai umidificar todo o meu sistema respiratório, tanto inferior, como superior, ou
seja, quando a gente começa a apresentar muita coriza, quando essa coriza começa
a ficar mais espessa, tudo isso a gente vai interpretar como algumas patologias de
líquidos internos orgânicos acontecendo.
Por isso que a gente vai tratar, por exemplo, um paciente que tem uma
sinusite, você pensa assim: eu vou tratar o pulmão, porque é ele quem trata da
umidificação, de forma direta e indireta, dos seios da face. Então por isso que eu vou
precisar criar essa umidificação e trabalhar o pulmão, por exemplo quando o
paciente tem uma rinite, quando o paciente tem uma sinusite também.
Além disso, o excesso de líquido que o pulmão não consegue conter ou
vaporizar, o que ele faz? Ele joga para o timo, ele joga para uma estrutura, que fica
localizada dentro do nosso mediastino, que é o duto central, onde se junta todo o
nosso sistema linfático. E esse sistema linfático pega todos esses líquidos e leva lá
para o nosso rim.
Então por que isso é importante? O pulmão vai ser chamado de mestre
das águas, o controlador. A gente quando falou de sangue, o gerente do sangue, o
gerente do Qi, era o fígado; o gerente das águas, quem controla a via das águas é o
pulmão. Por quê? Por essa ligação do pulmão, da caixa torácica, com a pressão e
descompressão do timo. Quanto mais eu respiro de forma ideal, quanto mais
trabalho tem meu sistema cardiovascular, melhor eu dreno os excessos de líquido
do meu corpo.
Então sempre que a gente falar em edema corporal, a gente também vai
pensar no pulmão, por quê? Porque ele vai trabalhar diretamente em cima da
drenagem linfática. Então a drenagem linfática por via visceral depende de um
aumento de pressão e um aumento de descompressão torácica, para que esse duto
linfático junte todos os líquidos e os lixos orgânicos e seja levado para a filtragem. E
aí vai cair no mestre dos líquidos inferior. Quem é o mestre dos líquidos inferior?
Vão são os nossos rins.

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Então o pulmão vai ter essa coisa da vaporização do excesso, da


umidificação da via aérea superior, vai fazer esse bombeamento que vai ajudar a
drenar o excesso de líquido do corpo, então se eu tenho um edema em membro
inferior, se eu tenho edema em membro superiores, idiopáticos, eu vou trabalhar
muito o pulmão para que ele consiga captar esse excesso de líquido e jogar para a
filtragem.
E aí, o mestre inferior das águas, que é o rim, ele vai fazer o quê? Ele vai
fazer a filtragem, ele vai falar: “não, isso aqui é bom, volta para o corpo, volta para o
sangue, não, não tenho o que fazer com isso, vai para a excreção”. E aí vai cair na
víscera de excreção, que é realmente a excretora máxima, que é a bexiga.
Então a bexiga vai captar todo o impuro e aí ela vai armazenar até o
momento de sua soltura. Então, sempre que a gente observa um paciente, então na
Medicina Chinesa é muito comum a gente perguntar para o paciente... não é uma
obrigatoriedade, mas é interessante ter essa informação, de como é a coloração da
urina do paciente. Por quê? Quanto mais clara a urina, a tendência é de que esse
paciente está bem nutrido hidricamente e está com pouca poluição interna. Quanto
mais escuro ou quanto mais espumoso é a urina do paciente, mais proteína, que
gera espuma na urina é a proteína, é a perda proteica, ou essa pessoa está
comendo muita proteína ou ela está perdendo muita proteína, então isso é
importante, porque algumas patologias geram perda de proteína, destruição de
tecido corpóreo, então a gente tem que observar. E também o cheiro da urina, então
se o cheiro está muito forte e não está condizendo com a alimentação que a pessoa
está gerando, pode ser que exista alguma toxicidade interna no corpo do paciente.
Então quanto mais clara a urina, mais hidratado está o corpo do paciente; quanto
mais escura está a urina, menos hidratado está.
E qual o problema? Quanto menos hidratado, mais sobrecarga e maior
poluição interna é gerada dentro do corpo. Então se eu não tenho líquidos corpóreos
suficientes, eles vão faltar como? Eu não vou ter sudorese suficiente para fazer a
minha homeostase térmica, eu não vou conseguir controlar bem a minha
temperatura. Então ou eu fico com muito frio ou eu fico com muito calor.
É muito princípio de meio concentrado e não concentrado, né? Se eu
tenho bastante líquido dentro do corpo, os tóxicos internos, gerados pelo nosso
metabolismo, facilmente são excretados, são excretados por sudorese, que também
essa vaporização que vai pela via aérea superior, que eu falei que é o pulmão que
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faz, o pulmão também vai ser responsável pela sudorese, ele também vai fazer essa
parte do controle, segundo a Medicina Tradicional Chinesa. Então se um paciente
não apresenta sudorese ou apresenta uma sudorese excessiva, a gente também vai
focar isso com o órgão pulmão, ok? Ela é quem vai controlar a via das águas. E lá
embaixo numa perda de urina. Lembra que perdas, a gente vai associar ao baço, tá?
Mas a coloração da urina vai ser importante, porque vai me mostrar exatamente se
esse paciente está com muita intoxicação ou se ele está bem nutrido de líquidos,
ok?
Então ensinar o paciente que está sendo tratado por você: ao primeiro
sinal de que a urina está amarelo escuro, comece a beber água. A princípio, todo
mundo deveria ingerir no mínimo uns 3 litros de água por dia, isso a gente ainda dá
uma variedade de acordo com o tamanho da pessoa, a quantidade de atividade
física que ela faz. Mas, a princípio, o que é interessante é que algumas pesquisas
mostram que mais de 80% da população ingere menos de 1 litro de água por dia,
ingere refrigerante, ingere sucos – e aí você vai ver que tem muita química envolvida
e pouco líquido puro sendo ingerido.
Então uma das condutas quando a gente fala muito em deficiência líquida
no paciente, então em língua, em respiração, em coriza, em sudorese, em excreção,
em eliminação de fezes e de líquidos, a gente questionar quantos copos de água por
dia o paciente está tomando. E é interessante que ele crie uma rotina, crie um hábito
de ter uma garrafinha térmica, que ele leve para qualquer lugar. E geralmente eu
peço que o paciente tenha uma garrafa de 500 ml, por quê? Fica mais fácil de ele
fazer a conta, então ele precisa tomar 6 dessa garrafa por dia, ou seja, duas na
parte da manhã, duas na parte da tarde e duas na parte da noite. Se a pessoa já
está um pouco mais velha, já tem um pouco de incontinência e tudo mais, leva três
garrafas para de manhã, duas garrafas durante a tarde e uma garrafa durante a
noite. E é simples, ele pode utilizar uma das coisas que eu falo para os meus
pacientes, que é: “pega seu celular e vamos juntos criar um alarme de beber água”,
sempre que esse alarme tocar, você vai ter que tomar todos os 500 ml programados
para você tomar. Por quê? O grande mediador químico, o grande responsável por
limpar o nosso corpo é a água, tá?
Então esse é o ponto importantíssimo, se o seu paciente tem qualquer
patologia, um ponto importante é: tentar regular os fluidos corpóreos do paciente.
Então ao regular os fluidos corpóreos do paciente, você tem uma facilidade muito
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maior de retirar a dor, porque dor é química, tá? Dor é bioquímica, é alteração
bioquímica. Então se o meu paciente tem uma inflamação, como é que essa
inflamação vai sair dali? Ela precisa ser lavada. Como ela é lavada? Através dos
fluidos corpóreos. A gente vai falar um pouco mais quando a gente for entrar em
patologia, tá?
Mas essa é uma dica muito importante para você, assim como para o seu
paciente: tentar fazer com que ele tome a quantidade correta de água por dia e ver
como esse corpo lida com essa quantidade de água. Isso é importante também,
porque não adianta ele ingerir três litros e no total, na verdade, você visualizar que
ele está retendo água, ou seja, ele não está conseguindo lidar com esse excesso de
líquido. Por quê? Pode ser que, por muitos anos, esse paciente tenha se
acostumado a tomar 500 ml de água por dia, tem paciente que bebe 300 ml de
água. Logicamente que eu não estou falando aí de pacientes patológicos que não
podem beber água, como pacientes renais crônicos que têm limite, porque o rim não
filtra a água. Mas eu estou falando de pessoas ditas normais, que não bebem água
e de repente de um copo de água por dia, ela começa a tomar 10 vezes mais, ou
seja, ela começa a tomar 3 litros de água por dia, pode ser que o corpo de início não
consiga lidar bem com essa situação.
Então o que eu recomendo? Que comece devagar. Então dentro de uma
avaliação, você formular, dentro da sua avaliação, quantos copos de água você
toma por dia e qual o tamanho desse copo? Porque você tem que entender se é um
copo de 200, um copo de 300, um copo de 500 ml. Pergunta para o paciente:
“quanto mais ou menos de líquido você toma por dia?”. Dentro dessa quantidade de
líquido que você toma por dia, quanto desse líquido é água pura? E não vale suco,
não vale refrigerante, não vale refresco, o que é água. Você vai se assustar, vai ter
paciente que vai falar que toma zero de água. E aí você vai pedir para ele introduzir
três litros de água? Ele não vai conseguir.
Então é importante que na primeira sessão você peça para ele: “olha, ao
amanhecer, você vai começar a beber 500 ml de água. A primeira coisa que você
vai fazer”, e isso é muito importante, é como se acordasse o sistema gastrointestinal.
A primeira coisa que você vai fazer ao acordar é tomar 500 ml de água por dia e
pode continuar sua conduta diária, aos poucos a gente vai começar a introduzir mais
e mais água. Passou uma semana, duas semanas, conseguiu manter a rotina de
introduzir 500 ml de água por dia? Sim, conseguiu. Vamos passar para 1 litro? Agora
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Dr. Marcos Minello - Auriculoterapia 2.0

você vai tomar 500 de manhã e vai tomar 500 ml... aí é importante você pegar o
paciente num lance bem importante: comer e beber não faz bem para o estômago,
mas beber antes de comer faz bem para o estômago, é como se lavasse o impuro
para o alimento cair dentro de uma superfície já lavada, uma superfície limpa. Então
30 minutos antes do almoço você vai tomar mais 500 ml de água. E aí depois você
vai introduzindo aos poucos. Então o interessante é: sempre antes de uma
alimentação, o paciente ingerir, de 30 a 20 minutos, 500 ml de água.
Então se a gente fosse focar no protocolo final, qual seria? Acordou, 500,
aí toma café da manhã; antes do desjejum, que é entre o almoço e o café da manhã,
que é importante, vai tomar mais 500 ml; antes do almoço, mais 500 ml; só aí já foi
1,5 litro. Isso já faz com que ele esteja dentro de um percentual da população que
quase não existe, né? Depois: antes do café da tarde, antes da janta.
Se ele conseguir entrar nesse ritmo, ele vai fazer com que os líquidos
orgânicos dele funcionem melhor. E você vai ver como a sua terapia, seja auricular,
seja por acupuntura, seja por shiatsu, como ela vai caminhar muito melhor, porque a
retirada do lixo do corpo do paciente e a entrada de líquido de boa qualidade faz
com que Qi defensivo, o Qi nutritivo, a essência e o sangue funcionem melhor.
Fazendo tudo isso funcionar melhor, o organismo vai estar mais pronto.
Então a tendência dos pacientes ocidentais é ingerir mais química para
tentar resolver química, em vez de tentar entrar com mais líquido para retirar o
excesso de química. Então na Medicina Chinesa, um dos principais remédios é o
líquido, a água, ok?
Então foca nisso, foca isso no seu paciente, anota isso, grifa isso no seu
caderno, continua fazendo as suas anotações e [qualquer problema] em Jin Ye,
alguma coisa do tipo, reassista essa aula uma ou duas vezes e depois qualquer
dúvida me chama lá no WhatsApp, pode ser no privado ou pode ser no grupo, ok?
Então até o próximo vídeo!

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Aula 11. Funções dos Órgãos e Vísceras - Coração (Xin)

Bom, agora a gente vai entrar em uma fase muito importante da Medicina
Tradicional Chinesa, que é exatamente a visão do Zang Fu. O que é Zang Fu? É a
visão dos elementos, na verdade dos órgãos e das vísceras de forma separada.
Então existe uma divisão muito clássica dentro da Medicina Tradicional
Chinesa que é: o tratamento do paciente, ter uma visão do Yin-Yang, que foi logo o
início que a gente começou a aula; tem a visão dos cinco elementos, que foi o que a
gente viu anterior agora a funções internas, e a terceira forma de trabalhar a
Medicina Tradicional Chinesa e a mais utiliza, a preferida pela grande maioria dos
médicos que trabalham com Tradicional Chinesa, é exatamente o método Zang Fu.
O que significa Zang Fu? Órgãos e vísceras.
A gente não entra muito em cinco elementos, mas diz exatamente que
cada órgão tem sua função dentro do corpo, ok? Então o primeiro órgão que a gente
vai começar a trabalhar – e quando eu falar no órgão, a gente vai pensar o seguinte:
se eu estou trabalhando com a auriculoterapia, minha visão é: todas as funções do
ponto, por exemplo, que a gente vai começar, do coração, tem essa função. Então
se o coração tem as funções A, B, C, D e E, sempre que meu paciente apresentar
problemas em A, B, C, D e E, eu vou usar o ponto do coração para tratar esses
problemas. Se eu estou trabalhando mais no shiatsu ou na acupuntura, eu vou
trabalhar no meridiano do coração, aí logicamente a gente vai ter que se aprofundar
um pouco mais na função de cada ponto e do meridiano propriamente dito.
Então a gente vai ver as primeiras funções do coração, ok? Então a
primeira função do coração é governar o sangue. O que significa isso, governar o
sangue? Isso a gente já viu um pouco quando a gente estava falando de Xue, de
sangue, anteriormente, mas ele é o órgão responsável por juntar o Qi do tórax junto
com o Qi do alimento, junto com a essência do rim e formular o sangue, preparar o
sangue. Então esse governar o sangue é: ele consegue dizer em que momento tem
que se criar mais sangue, em que momento tem que se gastar sangue, ele está
governando, ele está secretariando, ele está organizando o sangue dentro do corpo
humano. Então isso é uma função bem importante dentro do coração, do órgão
coração.
Então sempre que eu tiver qualquer tipo de problema em sangue no meu
paciente, uma anemia, uma deficiência de sangue, alguma alteração genética que

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gere alguma deficiência em sangue do tipo, eu vou usar o ponto do coração para
fazer esse tratamento do sangue.
Então uma visão de deficiência do sangue muitas vezes é a deficiência
energética, então por isso que muitas vezes se usa o ponto do coração, porque ele
vai dar uma tonificada no sangue e vai organizar esse Qi. Lembra também que nos
vídeos anteriores a gente falou muito intimamente a relação do Qi, que é a energia,
junto com o Xue, que é o sangue. Então o Qi está contido dentro do Xue, ou seja, a
energia está contida dentro do sangue, assim como o sangue contém a energia.
Então se eu governo bem o sangue, eu governo bem a energia. Então governar o
sangue é exatamente: é ele quem manda produzir, é ele quem manda gastar, é ele
que mantém os membros aquecidos, lembra, isso a gente também falou do Xue,
quando a gente estava falando em sangue, que o coração tem uma função muito
importante que é manter a homeostase térmica do corpo, manter os membros
aquecidos. Então um sinal de deficiência da governança do sangue e do coração
são membros frios. E isso acontece muito, por exemplo, em idosos, que já é uma
deficiência de essência, uma deficiência de Qi alimentar, uma deficiência de Qi
torácico. E se eu não tenho nenhum desses elementos que compõem o sangue,
logicamente vai falhar o coração quando ele precisar governar o sangue.
A segunda função importantíssima do órgão coração vai ser exatamente o
controlar os vasos sanguíneos, ou para quem gosta dos termos em chinês, Xue Mai,
tá? Então governar os vasos sanguíneos. Vasos a gente vai interpretar como artéria
e veias, então os vasos sanguíneos. Qualquer deficiência, alteração em vasos
sanguíneos, isso mostra uma deficiência do coração. E se eu tenho essa deficiência
no coração, é ele quem eu vou trabalhar tonificando.
Então, por exemplo, varizes, tromboses, arterioscleroses, aneurismas,
todas essas lesões, acidente vascular encefálico, um AVE, um derrame,
popularmente chamado, tudo isso é uma falha do elemento do coração e é em cima
dele, desse órgão coração, que eu vou trabalhar quando eu tiver essas alterações. A
gente vai ver um pouquinho mais à frente que o baço é responsável por manter as
formas, então se eu tenho, por exemplo, uma variz, se eu tenho uma trombose, eu
acabo tendo também uma perda de forma. Então além de trabalhar o vaso
sanguíneo com o coração, eu também vou trabalhar a forma através do
baço/pâncreas, que vai ser o órgão responsável por manter as formas, ok?

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O terceiro ponto fundamental do coração é um ponto que ajuda muito a


visualizar como é que está a energia do coração, se o fogo do coração, a energia do
coração está latente. Então o termo que se usa é: o coração se manifesta na
compleição. O que é compleição? No visual do paciente, na aparência do paciente.
Então quando eu olho o rosto do paciente, eu tenho que ver uma pele com brilho,
hidratada, olhos brilhantes, uma cor... isso lógico que vai depender de cada raça,
mas a cor do paciente está demonstrando que está saudável. Isso é uma avaliação
apenas visual.
Então como está a compleição do paciente, ou seja, como está a
aparência do paciente? Ele demonstra uma palidez, ele demonstra uma secura de
pele, ele demonstra olhos secos, profundos? Isso tudo mostra muito a deficiência
energética do coração. E aí em cima disso a gente vai trabalhar. Esse “manifestar-se
na compleição” ajuda muito mais a gente na avaliação da energia do coração, do
que realmente o tratamento para.
Mas, por exemplo, se o paciente... tem muita gente que trabalha
auriculoterapia ou Medicina Tradicional Chinesa também entrando um pouco na
parte da estética, porque a estética também acaba ajudando muito os pacientes na
parte psicoemocional, psicossocial e tudo mais. Então se aquela pessoa tem uma
compleição muito pálida, olhos muito profundos, pele muito seca e isso a incomoda,
acaba que tratar a compleição através do aumento da energia do coração faz com
que eu melhore o aspecto psico-comportamental, psicossocial do meu paciente.
Então assim como visualizar a manifestação na compleição é
basicamente, pela Medicina Chinesa, uma avaliação da energia do coração, mas
também, se eu tenho uma visão estética não só voltada para a parte de beleza, mas
sim a estética voltada para a parte psíquica, me ajuda muito também a tratar essas
deficiências e fazer com que a energia do coração se ascenda e, assim, o brilho na
pele, o brilho nos olhos do paciente apareçam novamente.
Tem o quarto ponto, que para mim é fundamental, um dos que por que a
gente usa mais o ponto do coração, o ponto que ele abriga a mente. O que é isso? É
a mente, principalmente a parte racional da coisa. Então quando a gente fala que o
coração abriga a mente, é o coração que é responsável pela parte racional do meu
cérebro – não a emocional. Então, por exemplo, se o meu paciente tem dificuldade
em se concentrar, dificuldade em estudar, em aprender, isso tudo está muito ligado

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a uma mente que está vazia e essa mente vazia demonstra uma fraqueza do órgão
coração.
Então sempre que eu focar em trabalho, estudo, estresse, ansiedade,
não, ansiedade já entra na parte mais emocional, mas pensamento mais na parte
racional aqui do cérebro, do computador central, eu vou trabalhar com o coração
focando em que ele é quem leva energia para a mente, para que o computador
central consiga funcionar. Então fazendo uma simplificação: se você notar que seu
computador central não está funcionando da forma que deveria ou vem falhando ao
longo do tempo, ou eu estou perdendo memória – então, por exemplo, um
Alzheimer, uma demência senil, uma demência juvenil, alguma coisa do tipo pode
estar acontecendo no seu paciente, eu vou olhar o seguinte: se o computador não é
emoção, mas sim o cérebro, as sinapses não estão com a velocidade que deveriam
estar – lembrando de nunca usar a forma comparativa com outras pessoas, porque
tem gente que pensa assim: se a gente começar a trabalhar o ponto do coração,
meu cérebro vai fazer muito mais sinapses, eu vou ficar muito mais esperto, vou
virar um Einstein, não é assim. Na verdade é: ele ajuda a equilibrar o seu próprio eu
como deveria ser.
Logicamente, assim como nutrir a mente através de estudo tonifica o
coração, a falta de nutrição também o debilita. Então, por exemplo, sabe-se que
para manter uma mente forte é necessário exercitar a mente. Então a mente é
abrigada pelo coração, mas o coração ele tem uma influência pela mente. Então é
necessário estudar, é necessário conhecer algo novo, é necessário fazer, como
vocês estão, um curso, estudar, isso tudo nutre o coração. Mas tudo o que é em
excesso ou em deficiência o danifica. Então, por exemplo, se eu deixar uma pessoa
estudar 12, 13, 16 horas por dia, pode ser que ela consiga um ano, dois anos, mas
vai chegar uma determinada hora da vida dessa pessoa que o computador vai estar
tão voltado só para o estudo, que ele vai começar a esquecer outras coisas
fundamentais da vida diária. Então tem pessoas que esquecem de comer, tem
pessoas que esquecem de tomar um remédio, que começam a viver uma vida só
para o estudo. Então sempre na Medicina Chinesa o equilíbrio é fundamental.
A visão muito ocidental da coisa é que você só fica bom se você fizer
muito, se você fizer 20 horas por dia. Na visão oriental, na verdade, é muito o oposto
disso, na verdade, quem chega na frente é muito a história da lebre e da tartaruga:
se você vai muito rápido, acaba que você gasta muito a sua energia e você tem que
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descansar. Quando você tem constância, você consegue ir muito mais longe. Então
isso também ajuda muito nessa visão do coração alimentando a mente.
Então se o seu paciente tem uma dificuldade de concentração, tem
distúrbio de déficit de atenção, falando aí nos adolescentes, se tem um Alzheimer
que está começando, uma demência senil, o ponto do coração deve ser trabalhado
de uma forma à tonificação, e a gente vai entender como tonifica mais à frente. Mas
é necessário ter calma, porque não adianta querer tonificar imensamente, de um dia
para o outro, pensando que no dia seguinte a pessoa tem uma prova e que, de um
dia para o outro, vai se ter resultado. A constância no tratamento vai fazer com que a
evolução dessa mente fique melhor e que ela progrida de uma forma positiva e não
de uma forma negativa.
Então o abrigar a mente, para mim, é um dos pontos mais importantes e
que no dia a dia, com os meus pacientes, é uma faz formas que eu mais uso o ponto
do coração.
Ele tem uma configuração... Todo órgão e víscera tende a se abrir em
algum lugar, ele se comunicar com o meio externo de alguma forma. Então, por
exemplo, o coração se abre na língua. Então o que isso quer dizer? Pessoas que
têm muita energia de coração vão tender a falar muito, ter uma língua muito solta. A
língua como aspecto de fala e também a língua com um aspecto até de percepção
de sabores, tá? Então são pessoas que vão ter um paladar muito apurado, pessoas
de coração, pessoas que têm uma boa energia de coração, e são pessoas muito
verborrágicas, são pessoas que gostam de falar abundantemente.
Então o que seria uma deficiência energética do coração? Bom, a pessoa
até falava durante a vida, ela tinha uma boa fala e de repente, por algum trauma, por
alguma coisa, ela parou de falar. Então os fonoaudiólogos usam muito o ponto do
coração associado ao ponto da língua, por exemplo no tratamento da fonia, de um
paciente que não consegue mais falar por algum motivo traumático, seja qual for.
Na Medicina Tradicional Chinesa, a visão é exatamente que há uma
deficiência energética do sangue, do coração. E, além dessa deficiência energética
do coração causar a dificuldade ou a ausência da fala, também vai gerar a
dificuldade ou a ausência do paladar. Então são aquelas pessoas que têm um
paladar que, na verdade, comem por necessidade, não têm gostos preferidos ou não
têm variação de paladar, preferem só apenas um paladar.

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O órgão coração, quando ele está na sua compleição energética


equilibrada, ele tem uma preferência, na verdade, por todos os gostos. Ele gosta do
paladar muito bem trabalhado, então ele vai migrar para o doce, ele vai migrar para
o amargo e tudo mais.
Pensando nos cinco elementos, logicamente o coração sempre vai
preferir um pouco mais o tom amargo.
Então é clássico uma pessoa de coração o seguinte: ela é verborrágica,
ela tem uma mente muito racional, é uma pessoa que a maioria das suas atitudes
são racionais, são pessoas que gostam muito de estudo, são pessoas que gostam
de manter a sua mente muito ativa, pessoas que falam excessivamente, são
pessoas que têm uma compleição avermelhada, rosa, com brilho, gostam da sua
compleição bem trabalhada, e isso tudo mostra que a pessoa tem uma tendência
muito a ter o órgão coração regendo o seu corpo.
Então tem isso de você estar presente mais em um órgão do que em
outro e isso ajuda a gente até a entender um pouco mais o paciente. Porque o
paciente pode ter sinais e sintomas de um órgão ou de uma víscera, mas, na
verdade, está muito mais presente na sua vida pertencer a um outro órgão, então
isso a gente vai aprender a identificar, de que órgão essa pessoa pertence mais.
Dentro das classificações dos cinco elementos, já ajuda muito a colocar o
paciente em qual elemento ele está. E depois, dentro do elemento, eu vou entender
se ele está mais, por exemplo, se ele é de elemento fogo, porque ele gosta do
amargo, ele gosta do vermelho e ele tem todas essas características Zang Fu que
eu estou falando, eu já sei que além do elemento fogo, ele já é um órgão coração e
é em cima disso que eu vou trabalhar em cima desse paciente.
E uma última característica é que ele ajuda a controlar a sudorese, ok?
Então a sudorese excessiva é controlada através do coração, logicamente junto com
o pulmão – lembra que quando a gente falou em fluidos orgânicos, os fluidos
orgânicos que são do tórax, do aquecedor superior, que são eliminados de duas
formas, o pulmão junto com o coração são a parte superior do triplo aquecedor, é o
aquecedor superior, ele vai ser responsável por fazer dois tipos de eliminação de
fluidos, uma é através dos vapores, como a gente falou, que umidifica e mantém a
lubrificação dos órgãos, da fala, da respiração, de via aérea superior e via aérea
inferior, e retira esse excesso como forma de vapor. A gente vê muito isso

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principalmente quando está em um ambiente muito frio, que a gente, ao falar,


visualiza a vaporização desse vapor sendo eliminada.
E a segunda forma de eliminação do aquecedor superior, através da pele,
é a sudorese. Então o coração ajuda a controlar, junto com o pulmão, a sudorese.
Então se eu tenho um paciente, por exemplo, com hiperidroses na mão, no pé, nas
axilas, eu tenho que pensar que, principalmente se é em membro superior, eu vou
focar muito no aquecedor superior – pulmão, porque o pulmão controla as vias das
águas, a gente vai explicar isso um pouquinho mais à frente, e o coração, porque ele
ajuda a controlar a sudorese. Por quê? Porque o coração é o fogo do tórax, ele é
quem vai aquecer o tórax.
Exemplo: um sinal de um paciente que está passando por uma
hipertensão, logicamente se é um pico hipertensivo, um dos sinais é compleição
muito avermelhada e muita sudorese, então um pico de sudorese pode estar
mostrando para a gente que o paciente está passando por um aumento de energia
cardíaca naquele momento e esse aumento de energia cardíaca pode estar
vaporizando muito fluido para a pele e essa pele transparecer aí, ela se transformar,
na verdade, numa sudorese intensa.
Então vamos juntar tudo um pouquinho rápido para a gente entender.
Então quais são as principais funções do ponto do coração ou meridiano do coração
ou coração, órgão em si, na Medicina Tradicional Chinesa?
Primeiro, ele governa o sangue, ou seja, ele é quem controla a produção,
a eliminação, para onde vai, por que vai, quando vai, ele quem controla a
temperatura corpórea, então isso é uma função importantíssima dele.
Segundo ponto importante: ele quem controla os vasos sanguíneos, ou
seja, todas as patologias que envolvam artéria e vaso nos meus pacientes, eu vou
utilizar o ponto do coração para ajudar no controle dessas patologias. Seja desde
uma variz até um acidente vascular encefálico, o coração vai ser o responsável por
tratar esse tipo de patologia.
Ele se manifesta na compleição, é a terceira característica, o que é a
compleição pela Medicina Chinesa? É a aparência. Então uma aparência saudável
demonstra boa energia no coração; uma aparência debilitada demonstra a
deficiência do órgão coração.
Quarto: ele abriga a mente, abriga a mente racional. Então tudo o que for
de raciocínio, estudo, eu vou focar no trabalho em cima do elemento coração. Até se
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tiver, por exemplo, eu estou com um problema em casa, um problema no trabalho, e


eu não sei que decisão tomar – você, como terapeuta, pergunta para o paciente:
“você quer tomar essa decisão de forma racional ou de forma emocional?”, se o
paciente falar: “lógico que racional”, você vai tonificar o coração desse paciente,
para que ele tome a decisão mais racional. E, assim, eu estou fortalecendo a mente
na parte racional. Ou distúrbios de memória, distúrbios de concentração, isso tudo
eu vou focar no ponto do coração também.
Ele abre-se na língua, então um paciente que tem um excesso do
elemento coração tende a ser mais verborrágico, falar excessivamente e ter um
paladar muito bem apurado. E se ele estiver em deficiência, esse paciente tende a
se calar, a não conseguir colocar seus sentimentos, suas razões, não consegue se
comunicar, ok? Então isso é uma deficiência do elemento coração e isso pode estar
sendo causado por um ambiente, por um problema emocional ou simplesmente por
um problema racional, por exemplo, o paciente tem uma deficiência no coração
principalmente quando ele vai apresentar um trabalho ou quando ele vai conversar
com o chefe, ele precisa falar e não consegue. Então esse precisar falar e ele não
consegue é uma trava exatamente muitas vezes do coração e é em cima dele que
eu vou trabalhar.
E, para fechar esse resumo final, ele controla a sudorese junto com o
pulmão, porque eles controlam o aquecedor superior e o fogo do aquecedor superior
vem do Yang do coração. Então ele ajuda na transpiração, por quê? Se você pegar
o primeiro passo, que eu falo lá quando ele governa o sangue e, ao governar o
sangue, ele ajuda na homeostase, que é manter a temperatura corpórea lá em
36,5°, que são os seres quentes, de corpo quente, ele, para controlar a temperatura,
ele precisa, junto com o pulmão, aumentar ou diminuir a sudorese. Para quê? A
sudorese é um meio de diminuir a nossa temperatura.
Porém, existem patologias, como por exemplo – muito comum de ser
tratada na auriculoterapia com grande sucesso – as hiperidroses, a sudorese
excessiva, principalmente quando a pessoa fica nervosa. E olha que interessante:
ela não fica nervosa emocionalmente, ela pode até disparar uma ansiedade
emocional, mas principalmente é quando ela é cobrada sobre o seu racional. Então
chega um professor e pergunta para um aluno o seguinte: “me explique tudo o que
você sabe sobre coração aqui na frente da sala”, pronto, começa a ficar com a mão
suando, começa a ter sudorese nas axilas. Ou seja, quando o paciente é jogado no
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racional e ele não tem controle total ainda sobre esse raciocínio, acaba que o fogo
do coração queima excessivamente, fazendo essa transpiração acontecer.
Então no momento em que a gente começa a fortalecer a mente, começa
a fortalecer o governo do coração sobre o sangue, eu vou começar a equilibrar essa
hiperidrose, principalmente as hiperidroses que são de vias racionais – quando o
paciente é colocado à prova. Então você pergunta ao paciente: “quando aparece
essa hiperidrose?”, “ah, quando eu tenho que fazer alguma coisa importante ou
quando eu tenho que explicar alguma coisa para o meu chefe ou quando eu tenho
que apresentar algum trabalho e isso me gera uma hiperidrose, eu começo a suar e
eu perco o controle sobre essa sudorese”, então é um ponto importante aí, ok?
Então as funções do coração: governar o sangue, controlar a mente,
manifestar-se na compleição, controlar os vasos sanguíneos, abrir-se na língua e
controlar também a sudorese.
Então anota isso, coloca isso no seu caderno de estudo, é
importantíssimo. E se você ainda assim, viu o vídeo uma vez, duas vezes, viu lá o
material todo, ainda está com dúvida, pode chamar lá no grupo que a gente vai te
ajudar a tirar todas as suas dúvidas, ok? Então até o próximo vídeo!

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Aula 12. Funções dos Órgãos e Vísceras - Fígado (Gan)

Bom, nesse vídeo a gente vai falar um pouco sobre sistemas internos
ainda, agora falando do órgão fígado, um órgão importantíssimo na Medicina
Tradicional Chinesa.
Uma das principais características do fígado, que a gente está
trabalhando num paciente em Medicina Tradicional Chinesa, é que o fígado, ele é
responsável por manter, controlar o sangue do paciente, então a função principal
dele é de armazenar o sangue.
Então o que é “armazenar o sangue”? Então imagina o seguinte, que a
gente falou que o coração é quem governa o sangue, ele é quem manda fabricar,
ele é quem manda fazer e tudo mais, beleza, esse sangue está produzido, esse
sangue está pronto, mas ele precisa ser estocado em algum lugar.
Então pensa no sangue como se fosse um tesouro do governo: quem
controla onde vai gastar, com o que vai gastar e tudo mais, é o governador que vai
fazer isso. Porém, precisa-se de um local que seja o estoque, ou seja, aonde vai ser
guardado? Vai ser guardado lá no Banco Central, vai ser no Tesouro Nacional.
Então esse lance de ser o Tesouro Nacional, de ser o Banco Central, esse é o
fígado.
O fígado tem a função de armazenar o sangue, ou seja, ele é quem vai
ajudar o coração a assegurar o bom fluxo de sangue e de energia pelo corpo. Então
a função de armazenar é: bom, eu estou dormindo, o sangue que deveria estar nos
meus músculos não tem necessidade de estar lá, porque eu não estou fazendo
atividade física, o meu cérebro não está com raciocínio no ápice, ele está com uma
frequência mais baixa, então não precisa de muita oxigenação, então o que
acontece? Esse sangue vai ser todo direcionado e estocado lá no fígado. E a cada
momento em que o corpo precisar de sangue em algum lugar, esse sangue vai sair
desse Tesouro Nacional, desse Banco Central, e vai ser direcionado à região que
necessita desse sangue.
Então o que acontece é que além de armazenar o sangue, lembra que
quando a gente falou do sangue, que dentro do sangue está contido o Qi, está
contida a energia. Então se ele armazena o sangue, ele também armazena energia.
Daí a importância de muita gente focar, como está trabalhando na Medicina

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Tradicional Chinesa, focar que o Gan, o fígado, ele é quem controla também o fluxo
de energia e de sangue pelo corpo.
Então o que seria uma ausência ou uma deficiência de fluxo energético e
de fluxo de sangue? Todo excesso de fluxo vai causar... vamos pensar em fluxo
como se fosse um fluxo de via, de carros, ok? Então eu posso ter ou uma deficiência
ou um excesso de fluxo. O que seria um excesso de fluxo? Excesso de fluxo é: sai
todo mundo 7 horas da manhã para pegar a mesma via, o que acontece com aquela
via? Ela fica engarrafa e a pessoa que deveria conseguir chegar no horário, ela
acaba não chegando no horário, então isso seria um excesso, um [disparo], um
excesso de fígado sendo levado para uma determinada região.
O que isso pode causar? Principalmente o seguinte: a energia circula,
pela Medicina Tradicional Chinesa, dentro do nosso corpo por meridianos – são
trajetos que circulam energia – e o sangue circula pelos vasos sanguíneos, pelos
Xue Mais, ok?
Se numa determinada hora, eu preciso pegar alguma coisa e é levado
energia em excesso para esse local, pode ser que ele não chegue, por exemplo, eu
preciso pegar uma caneta, só que é levado muita energia para o local e engarrafa no
ombro, o que acontece? Na hora que eu vou fazer um movimento, eu tenho um
travamento, uma dor excessiva no local, eu acho que muitos de vocês já passaram
por isso, um bloqueio articular, um bloqueio muscular, e eu não consigo executar a
tarefa.
Então a visão, na Medicina Chinesa, é: esse momento em que você foi se
abaixar para pegar alguma coisa e travou o músculo da coluna, o que estava
acontecendo ali? Houve um fluxo de energia e esse fluxo de energia acabou
estagnando, ele acabou engarrafando, ele acabou bloqueando. E aí o que
acontece? Não chega energia até a determinada região e em uma parte do corpo se
[destaca] uma dor excessiva. Então essa dor instantânea que acontece quando eu
necessito de um movimento, se eu necessito de uma tarefa e vem uma dor muito
forte, isso eu falo que é o fluxo em excesso do fígado que está causando esse
problema. A gente vai ver algumas patologias mais clássicas de fígado, mas você já
pensa nisso, que ele é quem controla o Qi dentro de todos os meridianos, não
importa.
Então se eu estou me abaixando, é o meridiano da bexiga [que corre na
coluna], eu estou me abaixando, eu estou indo pegar alguma coisa no chão e de
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repente trava a coluna, travou a coluna e houve uma dor muito forte, excessiva,
lancinante, uma dor com características de excesso, isso me demonstra que o
fígado falhou levando uma energia muito rápida e chegou em uma determinada
região e houve o engarrafamento. E isso causou uma dor lancinante.
E o que seria o oposto? Na verdade, o fígado, estando em deficiência de
controlar o fluxo de sangue, controlar o fluxo de energia, seriam principalmente as
parestesias ou perda de força. Então quando eu vou pegar um copo, quando eu vou
pegar o celular, eu não consigo manter por muito tempo, eu perco a força. Então
todas as braquialgias, as ciatalgias, vai ter muita interpretação na Medicina Chinesa
de que é o fígado que não está conseguindo enviar até o local a energia correta.
Então parestesias, deficiências de força, deficiências energéticas, locais
ou globais, deficiência de sangue, deficiência de fluxo de sangue, deficiência de...
você sabe que a pessoa tem essa energia, mas ela não consegue mover essa
energia, o fígado vai ser o ponto em que a gente vai tratar e, por isso, é um ponto
tão importante.
Na Medicina Chinesa, o equilíbrio entre o excesso e a deficiência é
causado pelo controle do fígado.
Tem alguns termos que, na tradução, ficam um pouco subjetivos demais e
o meu trabalho é exatamente esse, ajudar na compreensão de todos esses termos.
Então, por exemplo, tem um termo que é de responsabilidade do fígado, então a
gente já falou, primeiro, ele é quem armazena o sangue, ou seja, é o estoque
central, certo? Mas ele também é quem controla o quanto de sangue, o quanto de
energia vai sair para determinados locais. Se sai muito, há um quadro lancinante, há
um quadro de dor excessiva, e isso eu vou tratar sedando o fígado, diminuindo essa
energia do fígado. E se eu tenho um quadro oposto, ou seja, houve uma
necessidade de energia em tal lugar e simplesmente o fígado não leva a energia
para esse local, o que vai acontecer? Essa deficiência de energia vai aparecer como
fraqueza, como parestesia, como dormência.
Então uma das coisas que é interpretada com a junção desse
pensamento de armazenar e distribuir é um termo muito interessante, que é muito
confuso, porque algumas literaturas não traduzem da forma correta. Então o fígado
é responsável por abrigar e armazenar a alma etérea. O que seria isso?
A linguagem da Medicina Tradicional Chinesa é uma linguagem muito
subjetiva, então eles falam muito entrelinhas, tá? Então o que é a alma etérea numa
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tradução literal, o que é? A alma etérea é como se a pessoa que você lê nos livros
mais antigos, e tem relatos, o paciente perdeu sua alma etérea e começou a vagar
sem pensamentos. Então o que é a alma etérea? Seria exatamente... imagina um
corpo sem alma, né? Então um corpo sem mente, sem o Shen, o que acontece?
Essa pessoa passa a viver uma vida como se fosse um zumbi. Então a gente
interpreta muito essa perda da alma etérea de forma mais drástica, por exemplo,
infelizmente é muito comum a gente ver moradores de rua que você vê às vezes o
histórico e às vezes tinha tudo para dar certo, tinha um trabalho, alguma coisa, e
aconteceu algum problema na vida e simplesmente a pessoa perdeu a mente, a
mente desapareceu, o controle da mente, o controle do corpo desapareceu e
começa a vagar por aí, como se fosse Walking Dead, como se fosse um zumbi. E a
perda da mente, a perda do Shen, a mente ir embora, é como se perdesse a alma
etérea.
Então na visão da Medicina Tradicional Chinesa, quando eles viam
alguém vagando livremente, alguém vagando sem um porquê, executando tarefas
sem um porquê, aquela pessoa fica lá plantando arroz sem tem um porquê e olha na
mente daquela pessoa, ela está com a mente perdida, então esse “perder o porquê
da vida” está muito ligado à perda da alma etérea, que é a função do fígado.
Então a visão mais simplista que a gente pode falar, eu vou ter aqui dois
extremos, eu acho que um morador de rua, aquele morador de rua que está
vagando livremente ou então mais zumbi ainda, a gente pode falar numa visão que a
gente vive, principalmente Rio de Janeiro, São Paulo, é muito comum a gente ver os
usuários de droga, os cracudos, eles têm classicamente perda da alma etérea. Você
olha e praticamente você vê um corpo sozinho ali caminhando e que não tem mais
uma mente trabalhando ali dentro. A única função que eles têm é nutrir cada vez
mais aquele corpo com a droga para poder sobreviver. Isso é totalmente uma perda
de alma etérea.
Mas levando mais para o nosso cotidiano, não para esse extremo tão
forte, que é o uso excessivo de drogas, a perda por algum trauma da mente, mas
quando você começa a não ter mais um porquê da vida. Então quando você pega
um paciente e ele não sabe te explicar o porquê de estar vivendo, por quem está
vivendo, qual o objetivo de vida, ele não tem mais essa governança da sua mente, a
gente fala que ele está começando a perder a alma etérea, e aí o nosso trabalho é

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exatamente buscar essa alma, trabalhar esse fígado para fazer essa ancoragem da
alma etérea e fazer com que o paciente consiga novamente ter um norte, ok?
Então isso é muito comum. Porque quando a gente falou dos viciados, a
gente falou dos moradores de rua, é um ápice muito distante talvez dessas pessoas
que estão aqui do outro lado assistindo, que: “ah, eu não vou trabalhar com um
drogado” ou “eu não vou trabalhar com moradores de rua” ou “vou trabalhar,
dependendo”, tem muitas pessoas que fazem o curso também para trabalhar em
comunidades carentes, tudo mais. Mas a princípio vocês não têm noção de quantas
pessoas vivem trabalhando, vivem a sua vida, e, na verdade, quando você pergunta,
num questionamento terapêutico, o porquê de ela estar vivendo, o como ela está
vivendo e qual é o seu grande porquê, ela se perde no objetivo e tenta se
[fundamentar]: “ah, eu estou trabalhando, porque eu preciso pagar as contas”. Mas
por que você precisa pagar as contas?
Então as pessoas perdem o porquê. Então a falta da alma etérea,
literariamente, eu falaria para vocês que é a perda de norte, do porquê você está
vivendo, por que você decidiu fazer essa profissão, por que você está trabalhando,
para quem você está vivendo? Pode ser um objetivo, pode ser uma pessoa, mas
existe um norte. E essa governança desse norte simplesmente é a presença da
alma etérea. Pode não existir um norte e a pessoa estar com uma boa alma etérea?
Sim, simplesmente a pessoa está em busca do porquê. Isso não é uma deficiência,
a pessoa não achou ainda o porquê, mas ela está procurando o porquê, então a
alma etérea ainda está presente.
Então cuidado para não confundir um pouco com espiritismo, essas
coisas, é só uma linguagem um pouco mais entrelinhas, para dizer exatamente que
a pessoa está perdendo a essência, está perdendo o porquê de vida e isso é
exatamente a perda da alma etérea, quando é falado do fígado.
O fígado tem sua manifestação nas unhas, então a gente consegue
observar, por exemplo, unhas quebradiças, unhas fracas, unhas que caem
facilmente ou que têm infecções, micoses muito comumente, então isso tudo mostra
a deficiência de energia do fígado. E o oposto, por exemplo, unhas que nunca
quebram, unhas que crescem muito rápido, são um demonstrativo da presença de
uma grande energia no fígado.
Lembrando que a gente sempre fala assim: “nossa, tem muita energia no
fígado”. Se você fala numa Medicina Tradicional Ortodoxa, uma Medicina ocidental,
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ter muito é bom. Lembra que na Medicina Chinesa ter muito não é bom, é excesso,
um excesso de qualquer órgão, excesso de qualquer energia está consumindo
alguma outra coisa, ok? Então se tem um excesso de fígado, em algum momento
vai ser cobrado esse excesso de energia que está sendo consumido de algum lugar.
E um outro ponto importante é que ele se abre exatamente nos olhos.
Então quando você observa a pessoa e elas tem olhos mais amarelados, olhos mais
secos, olhos profundos, ou então muitas vezes uma dificuldade de olhar no olho,
isso tudo é uma deficiência importante do fígado. Então olhar a pálpebra, como é
que está, a cor, se está uma coloração... um rosa claro ou um vermelho mais escuro,
isso tudo vai te dando um direcionamento de como está a energia do corpo desse
paciente e isso é importantíssimo para a gente ajudar na orientação.
Então logicamente que pessoas que têm alterações oculares, têm
deficiência do fígado? Sim, possivelmente isso pode ser genético ou constituído. Por
exemplo, se eu uso excessivamente meus olhos, com o tempo a tendência é: se eu
já não vim com uma energia de fígado muito boa, lembra que a gente falou muito em
essência, em essência pré-celestial ou pós-celestial? Ou seja, se eu vim com uma
boa genética de fígado ou se eu nutri bem meu fígado durante a vida, a tendência é
que eu tenha bons olhos. Então ter bons olhos, olhos de águia, dito na Medicina
Tradicional Chinesa, os olhos de águia são uma característica de um fígado muito
bem equilibrado, né?
Já alterações oculares que são congênitas, então herdadas, isso
demonstra uma deficiência principalmente de pré-celestial, essência pré-celestial, ou
seja, se foi herdado, essa deficiência no fígado, que essa pessoa vai ter, não foi
adquirida, a culpa não é dela, então a culpa foi da constituição que veio para ele, na
junção do pai com a mãe, na genética veio essa deficiência do fígado, que se abriu
nos olhos.
E necessariamente por isso que ele vai ter patologias do fígado? Não.
Exatamente é um norte para a gente trabalhar em cima desse paciente para evitar
que ele desenvolva. Porque se ele já tem sinais de alterações oculares, eu já
observo esse paciente com um olhar, assim, em algum momento esse elemento
madeira, o fígado desse paciente vai ter que ser trabalhado, porque ele tem
alterações visuais bem interessantes. Então ou a perda da visão... Logicamente que
se for por trauma, não vai ter uma influência tão direta, mas vai gerar uma influência
indireta sim.
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Então, por exemplo, sinais de problemas de visão são sinais de problema


do órgão do fígado, mas não só do órgão, mas da energia geral e do controle que é
estabelecido. Então o fígado tem esse trabalho também de se abrir nos olhos, então
a gente sempre vai ter que olhar o paciente, assim, no global.
Em um trabalho sobre patologias gerais, o fígado é responsável por
controlar os tendões. Então todas as tendinites, tendinopatias, vão ser trabalhadas,
além do ponto local da região aonde o paciente está apresentando a patologia, ele
também vai ser associado ao ponto do fígado. Então repetindo: se meu paciente tem
uma tendinite, uma tendinose, uma tendinopatia, uma ruptura parcial, uma ruptura
total de uma estrutura de tensão, o ponto que vai ser trabalhado como base central
vai ser o ponto do fígado e também o ponto do local da lesão. Então se eu tenho
uma tendinite no ombro, os dois pontos que eu já penso logo em usar no protocolo...
tendinite no ombro, tendinite, já penso logo em quem? No fígado. E é no ombro,
coloco no ponto do ombro. Pronto, isso aí já é um protocolo muito bom e a gente vai
entender como acrescentar mais pontos nesse protocolo. Mas se eu entendo a
função do órgão, eu consigo trabalhar melhor o meu paciente.
Então lembre o seguinte: todas as patologias em tendões vão ser de
responsabilidade do fígado. Mas outras patologias que podem apresentar, que estão
ligadas à perda da alma etérea, quando o paciente começa a vagar, perder o
porquê, eu também vou ter que trabalhar.
Então vamos fazer agora o resumo dessa aula, então são os pontos
fundamentais: então armazenar o sangue e distribuir de forma uniforme. Então eu
falei que, por exemplo, se eu tenho... Eu falei mais de uma forma traumato-
ortopédica, né? Então eu dei exemplos, por exemplo, quando eu fui me abaixar, eu
dei uma dor na coluna lancinante, muito forte, e isso significa que o fígado mandou a
energia ou o sangue de forma muito rápida para a região e essa região não suportou
essa quantidade de sangue e de energia e gerou um trauma.
Então todo trauma idiopático, sem causa, o paciente gerou um
travamento muscular, um travamento articular, isso tudo possivelmente foi por causa
do fígado. O fígado é responsável por controlar o fluxo de sangue e de energia. E se
há uma energia, uma quantidade de sangue excessivamente chegando até a região
e essa região não suporta, não tem calibre para receber tanta energia, com tanta
velocidade, há ali um disparo de uma lesão, de um trauma, de uma dor lancinante.
Isso eu falei para a coluna, falei para o meu ombro, mas, lembre, isso pode ser para
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onde? Para a cabeça. Então, por exemplo, nossa, eu estava estudando, ou seja,
usando muito os olhos, ou vendo o computador, ou assistindo muito no celular, e de
repente veio uma dor de cabeça de forma rápida, bruta, lancinante. Isso a gente
chama, a gente vai ver mais em patologias do fígado, mas a gente chama de
ascensão do Yang do fígado. É como se o fígado subisse toda a energia com muita
velocidade. E aí esse paciente vai ter uma dor de cabeça latejante, fotofobia, ele vai
precisar ter um quarto fechado, sem nenhuma luz entrando, então isso tudo é um
excesso de energia do fígado.
O que seria deficiência da distribuição de energia? Seria a fraqueza.
Como eu falei em alguns exemplos, a paciente, principalmente quando tem a
cervicobraquialgia, as ciatalgias, as dores neurais, as parestesias, as dormências,
são muito características de deficiência do Qi do fígado, deficiência de energia e de
sangue do fígado, que não está chegando até a região, então a gente vai trabalhar
muito em cima do ponto do fígado.
Mas lembra que eu posso falar também na cabeça, então, por exemplo,
quando eu falo para o paciente que ao mudar de decúbito ele falta sangue na
cabeça, a gente vai falar um pouco da diferença entre distúrbio ortostático, um
distúrbio de falta de sangue por ficar em pé, e o distúrbio de ouvido interno, que é a
labirintite, isso vai ser do rim. A diferença é o seguinte: quando a pessoa muda de
decúbito, aquela tendência, está faltando sangue, ele quase desmaia e tem que se
segurar. É diferente da labirintite, que a labirintite é: ao movimentar minha cabeça
em algum plano, parece que eu estou bêbado e tomei várias tequilas, isso é a
labirintite. Então essa sensação de levantar e ter um apagão, isso é uma deficiência
energética do fígado, então é necessário trabalhar o fígado, principalmente se isso
acontece de forma crônica.
Lembrando que isso pode ser, simplesmente, uma deficiência de Qi
energético alimentar também: se o paciente fica sem se nutrir, quando ele se
levanta, ele tem pouca energia e ele tende a esse desmaio. Mas é uma patologia
que a gente tem que observar quando a gente olha o fígado.
Então a perda da alma etérea, que é a perda do porquê, a pessoa
começa a ficar desnorteada, então principalmente os psicólogos, os psiquiatras, eles
vão trabalhar muito com fígado, principalmente nessa perda da alma. E uma
característica que é importante é que essa alma etérea é responsável principalmente
por organizar os nossos sentimentos.
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Então, resumidamente, uma característica quando a gente falou em


elemento madeira, que é do Gan, do fígado, ele tem o sentimento que mais o agride,
que mais o destrói, é exatamente a fúria. Então a fúria é a perda do controle total
dos sentimentos. Então aquele ataque de furacão, de destruir tudo, sair quebrando
tudo, que pode chegar à agressão em um outro ser humano ou não, a pessoa tem
ainda um pouco de alma etérea e ela não agride o ser humano, mas ela quebra tudo
à sua volta e muitas vezes as suas coisas de valor. Então essa coisa da fúria, do
ataque de fúria, isso está muito ligado também à perda da alma etérea, então o
controle de sentimentos, a gente vai ver que vai estar muito ligado a tanto ao fígado,
quanto à vesícula biliar, eles controlam muito as emoções.
Então o fígado mais a essência, essa alma etérea, que é uma coisa bem
pesada, é a mente mesmo, né? Então a pessoa começa a perder a mente, a gente
falar no fígado. E a vesícula, que é acoplado do fígado, que é o Zang do fígado, o
Zang Fu ali, o Fu, na verdade, do fígado, vai ser responsável pelas emoções do dia
a dia a dia: “eu estou triste, eu estou alegre, eu estou bravo com aquela pessoa”,
então são sentimentos, são emoções, não são patologias psicológicas,
psicossociais, psico-comportamentais. Quando se torna um nível acima, se torna
uma patologia que vai gerar alguma destruição interna ou uma destruição externa,
isso já se toma como um problema de alma etérea, e aí a gente vai trabalhar em
cima do Gan.
Outras duas características, para finalizar o resumo final, é que se abre
nos olhos, então quaisquer problemas oculares, a gente vai trabalhar o fígado
também, e também se manifesta nas unhas, então observar se seu paciente tem
unhas quebradiças, se tem unhas com infecções. Só de olhar, olhar duas
características, olhar os olhos do seu paciente, olhar as unhas do seu paciente.
Ah, tudo bem, muitas vezes hoje as mulheres pintam as unhas ou
colocam unhas falsas, de acrigel, sei lá o que, e, com isso, você acaba não
conseguindo observar bem as características da unha, mas você pode perguntar:
“quando você não usava esse tipo de unha, você tem que usar um esmalte para
proteger a unha, porque ela quebra com facilidade?”, tudo mais.
E lembra que sempre que a gente entra em questionamentos emocionais,
há sempre um certo afastamento, o paciente não consegue ir, às vezes é difícil para
o paciente, numa primeira consulta, se abrir totalmente para o terapeuta. Então
lembra sempre de que numa terapia corporal, emocional, social, tudo mais, que a
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gente vai fazer junto com a auriculoterapia ou com a acupuntura, ou com shiatsu,
usando a Medicina Tradicional Chinesa, a gente tem que fazer com que o próprio
paciente queira se tratar e que ele o convide para que esse corpo seja tratado.
Então se o paciente vem para um tratamento, por exemplo: “ah, eu quero
tratar um vício”, “ah, eu quero tratar minha fúria”, mas ao mesmo tempo ele não quer
tratar, ele está falando que quer tratar só porque seu cônjuge, seu familiar o está
empurrando para um tratamento, saiba que o insucesso vai ser não porque a
auriculoterapia não é eficaz e sim porque o corpo dele está combatendo o
tratamento, assim como seria se ele tomasse um medicamento.
Por exemplo, eu tenho um amigo, por exemplo, que faz um trabalho
antivício e vício está ligado muito a problema de alma etérea, principalmente quando
ele atinge um nível de necessidade, então ele é um tabagista por necessidade
absoluta, já está em dependência química, fuma dois maços de cigarro por dia. E
simplesmente ele foi no cardiologista e o cardiologista falou para ele que se ele não
parasse de fumar, ele ia acabar falecendo, porque o pulmão dele estava muito
debilitado, coisas do tipo. O que aconteceu? Rodrigo simplesmente comprou os
adesivos de nicotina e começou a colar os adesivos de nicotina. O que aconteceu?
Na verdade, o vício dele piorou, por quê? Ele não queria parar de fumar, ele
começou a ter o adesivo de nicotina no corpo, porém o vício físico não parou, então
ele continuou fumando cigarro e, ao mesmo tempo, ele continuou usando o adesivo.
Hoje em dia, ele fuma mais cigarros do que ele fumava antes. Então nunca partiu
dele a necessidade ou a vontade de parar de fumar, ele tomou um susto, o médico
achou que a melhor solução para ele era um adesivo de nicotina, e, na verdade, o
que ele precisava muito mais era um trabalho de auto entendimento, de que ele não
precisa daquilo para viver. Mas isso logicamente ele teria que tratar junto ao
psicólogo, a um psiquiatra, a um terapeuta holístico, um auriculoterapeuta, que vai
fazê-lo entender e vai ancorar um pouco essa alma etérea desse paciente, para que
ele possa se defender desse vício e, realmente, voltar a alma ao seu corpo e falar:
“por que eu estou me destruindo?”.
Então esse princípio da alma etérea do fígado é muito interessante, por
quê? É o princípio da autodefesa: por que eu estou fazendo isso comigo? Então
sempre que houver essa degradação interna ou externa, que é a fúria, eu fazendo
uma fúria comigo mesmo e me destruindo ou destruindo o próximo, você notar que
isso está acontecendo, o fígado é o ponto essencial que a gente vai tratar, ok?
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Aula 13. Funções dos Órgãos e Vísceras - Pulmão (Fei)

Agora falando das funções dos órgãos e vísceras, entrando


principalmente no pulmão, a gente vai falar das características do ponto do pulmão,
para que serve trabalhar o pulmão, funções fisiológicas dele e as funções do ponto
do pulmão na auriculoterapia ou do meridiano do pulmão, junto à Medicina
Tradicional Chinesa.
A principal característica, a primeira característica, não a principal, é que
ele governa o Qi, ele governa a energia e a respiração. O que é isso? Bom, quando
a gente estava falando em coração, o coração junto com o pulmão, os dois são
responsáveis pelo aquecedor superior, né? Então a gente tem três aquecedores: o
superior, o médio e o inferior. O aquecedor superior é o pulmão junto com o coração.
O coração, ele governa o sangue, e o pulmão governa o Qi, governa a energia. Ele,
junto com o coração... então é muito difícil separar as funções, tá?
Mas aqui o pulmão, junto com o coração, eles vão trabalhar um auxiliando
o outro. Então o que é governar o Qi e a respiração? É óbvio, a respiração é o órgão
responsável por trazer o ar de fora para dentro, devido a uma descompressão,
causada pelo diafragma, por todas as musculaturas respiratórias, toda a cadeia
respiratória vai expandir meu tórax e ao expandir meu tórax, meu pulmão enche de
ar e lá dentro dos alvéolos pulmonares há a troca – o ar entra e vai fazer a troca de
CO2 por oxigênio, né?
Então o pulmão fica responsável pela respiração. E o que se considera
Qi? É sempre a energia imaterial. Então qual é a nossa maior energia imaterial que
a gente tem? É o oxigênio, o O2. Todo o nosso organismo funciona na base
oxidativa, então quase todos os nossos sistemas, existem os sistemas não
oxidativos, mas a maior parte da nossa vida é oxidativa primária – a gente tem
meios ácidos, meios não oxidativos de metabolismo, mas não sistemas que não
perduram por muitos períodos. Então, por exemplo, tem atividades físicas de alta
intensidade, em que você além da quantidade de oxigênio que você consegue
suportar. Porém, você não consegue manter essa atividade física por um longo
período, ela se extingue e você vai ter que começar a trabalhar de forma oxidativa.
Então o oxigênio é, para o sistema respiratório, para o aquecedor
superior, o Qi principal. Então quando eu entendo que eu consigo jogar o CO2 para
fora e colocar o oxigênio para dentro, isso, na Medicina Chinesa, diz que o pulmão é

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quem vai exatamente governar a qualidade do Qi e o Qi torácico. Ou seja, eu


consigo colocar o impuro para fora e trazer o puro para dentro.
Então muitas das vezes, na Medicina Tradicional Chinesa, tem muito
trabalho, no (ininteligível – 00:03:38), no trabalho de ioga, no trabalho corpóreo,
assim, a própria Medicina Tradicional Chinesa na acupuntura, na auriculoterapia,
tem muito trabalho e a gente vai falar um pouquinho ainda nesse vídeo sobre a
interpretação da respiração.
Então muitas das vezes até de forma... de quem não é formado, a
primeira coisa quando você vê alguém que está triste ou que está fora de si ou que
está com algum problema, a primeira coisa que você faz, você segura a pessoa e
você pede uma coisa: respira bem forte. Por quê? Esse lance da respiração ajuda
exatamente a controlar o puro e o impuro dentro do organismo.
Então a respiração intensa, o puxar muito o ar, o soltar muito o ar, é como
se eu tivesse trazendo todo o puro para dentro do meu corpo e soltando todo o
impuro. Então umas das formas que você tem de potencializar o trabalho dentro da
clínica, já que a gente está trabalhando com o Qi, a gente está trabalhando com
energia, a gente está trabalhando com sangue, a gente está trabalhando com
metabolismo, e uma das coisas que eu posso fazer para o paciente, de uma forma
muito simples, para melhorar a qualidade da energia dele é tentar, durante a fase
que eu estou com ele dentro da clínica, fazer com que ele tenha um trabalho
respiratório de maior intensidade.
Então além de observar a respiração, eu vou conduzir essa respiração
para o paciente. Então geralmente, durante a hora que eu estou aplicando a
auriculoterapia, eu peço para o paciente se ele tem condições respiratórias de
inspirar contando até três, até quatro, até cinco, chegando no máximo até cinco, e
expirar com o mesmo tempo. Então inspira um, dois, três, expira, três, dois, um.
Tenta manter essa respiração enquanto eu estou aplicando as sementes, as
agulhas.
Então enquanto eu estou fazendo isso, o que eu estou fazendo? Uma
troca de Qi impuro dentro do corpo do paciente, liberando muito CO2... lembra?
Toda inflamação, toda infecção, ela gera um excesso de carbono dentro da gente,
um excesso de hidrocarboneto, que é uma ligação de um hidrogênio da água junto
com o CO2. Então sempre que eu lavo o CO2, que eu faço com que o paciente

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respire mais, eu estou ajudando exatamente nesse processo antimetabólico contra a


doença do paciente, ok?
E eu posso utilizar isso também como uma forma de atividade para o
paciente diária. Então, olha, você vai fazer esse trabalho de respiração diariamente,
pela manhã, ou sempre que você se encontrar com uma certa dificuldade
respiratória, ou com algum sentimento que não lhe cause bem, você vai parar e vai
fazer esse trabalho respiratório.
Esse trabalho respiratório pode ser variado em tempo, isso não tem uma
regra absoluta, mas geralmente eu trabalho por um a dois minutos com um paciente.
Então eu peço muitas vezes. Isso aqui é um dos benefícios do celular é esse, pedir
para o paciente: se você tem um tempinho para ir ao banheiro, dentro do seu
trabalho, e de repente alguém te perturbou, tirou sua calma, mexeu com a sua
energia, pede para ir ao banheiro, vai lá no cronômetro, coloca um minutinho, senta
lá no vaso do banheiro, se fecha naquela cabinezinha, e simplesmente faça um
trabalho de respiração – 5 segundos inspirando, 5 segundos expirando. Isso vai
ajudar muito na energia do pulmão, que é um órgão fundamental para controlar o Qi
e controlar também os vasos sanguíneos.
Lembra que a gente falou que dentro do sangue é contido o Qi, então o
sangue contém a energia, ou seja, o oxigênio, o ATP, a nutrição toda, que é a parte
material, ainda está material dentro do sangue e, quando ela vai ser metabolizada,
ela vira imaterial e a gente não consegue visualizar.
Então uma das características é que o coração, ele é o governante dos
vasos sanguíneos, mas quem ajuda nesse controle é também o pulmão. Então é
muito difícil separá-los. Por quê? Porque eu não tenho controle dos vasos
sanguíneos se eu não tiver uma boa oxigenação, se eu não tiver um bom trabalho
no meu diafragma, um bom trabalho dentro da minha caixa torácica. Então quando a
gente fala de coração, a gente está falando de uma ligação muito importante:
coração-pulmão, pulmão-coração. E eles dois trabalham intimamente em governar –
o coração governa os vasos sanguíneos – e o pulmão vai controlar o fluxo dentro
desses vasos sanguíneos, tanto da energia, quanto do sangue.
Então enquanto um governa o tamanho, o coração vai governar se o vaso
vai dilatar, vai constringir, se ele vai ter uma esclerose, se ele vai perder a forma e
tudo mais, quantos vasos eu vou ter lá no lugar, então eu posso ter uma formação
de novos vasos, uma neoangiogênese em algum lugar, de forma patológica ou de
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forma fisiológica, ou seja, a atividade física faz se criar novos vasos sanguíneos,
novas arteríolas e vinícolas dentro do músculo, isso quem faz é o coração. Mas
quem controla a quantidade, o fluxo de sangue que passa ali é o pulmão. Então a
gente vê ali a junção de três órgãos muito importantes para se equilibrar a energia
do paciente – o coração é o governante do sangue; o pulmão é o controlador dos
vasos sanguíneos e da energia; e o grande armazenador de energia e controlador
de energia é o fígado.
Então isso que é interessante entender, imagina o seguinte: o governante,
que é o coração, ele fica responsável por mandar – quantos vasos, quanto de
sangue – ele é o governador – quanto sangue a gente tem, quanto sangue a gente
precisa ter, manda sangue para não sei aonde, tal – então ele é quem governa
aquela região.
Para ele ser um bom governante, ele precisa ter um bom Tesouro, ou
seja, ele precisa ter um bom armazenamento, que é o fígado. Ou seja, ela chega lá
para o fígado e fala: “fígado, leve sangue lá para o pé do paciente, que ele vai
começar a correr”, “fígado, leve sangue para a coluna do paciente, que ele vai
segurar o filho dele no colo”. Então o coração passa a ordem para o fígado e o
fígado vai distribuir esse fluxo. E quem controla essa chegada de fluxo até o local e
depois a retirada desse excesso do local é o guarda de trânsito. Quem é esse
guarda de trânsito? É exatamente o pulmão.
O pulmão faz o direcionamento, ele ajuda a direcionar o fluxo e impedir
que haja um atropelamento, um engarrafamento de fluxo, então ele ajuda no
controle. Então enquanto o coração governa, o fígado armazena, o pulmão vai ser o
controlador geral, ele é quem vai ser o administrador das vias públicas, dos
meridianos e dos vasos sanguíneos, então ele vai controlar quem é que vai passar
por ali, quanto vai passar, já chega, para um pouquinho, vem no outro meridiano,
então ele vai estar mais ou menos fazendo esse trabalho de controle da energia.
Não só da energia, mas como também o pulmão é quem controla a via
das águas, então esse é um outro ponto importante. Os fluidos corpóreos são de
responsabilidade principalmente do pulmão. Entre os pulmões vai ficar o timo, que é
o duto central das nossas vias linfáticas, que são as nossas vias que pegam todo o
nosso lixo orgânico e centralizam, e ele vai ser responsável pela abertura e o
fechamento dos poros.

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Então o pulmão ajuda a controlar a sudorese, junto com o coração. Ah,


mas ele é quem controla muito mais a quantidade de líquido que vai sair ou a
quantidade de líquido que vai ficar armazenado. Então ele faz o seguinte com os
líquidos, o pulmão: por ele ser esse grande guarda de trânsito, ele é o guarda de
trânsito também dos fluidos corpóreos.
O líquido, a água dentro da gente, então se a gente é composto de 70%,
ou mais ou menos dependendo da sua quantidade de líquido que você bebe, mas
em média a gente é 70% água, imagina o poder do pulmão sobre o nosso corpo.
Então o pulmão pode fazer três coisas principais: uma, ascender o
líquido. O que ele faz? Ele vai levar para a via aérea superior e vai vaporizar, então
eu vou ter uma eliminação excessiva como vapor, eu vou perder água através da
fala, através da respiração, então isso comumente acontece quando eu estou numa
atividade física um pouco mais intensa, quando eu estou com os meus poros muito
tampados e estou com calor, por exemplo, eu posso estar com uma roupa de lycra,
por exemplo, porque eu estou mergulhando, mas a água não ficou mais tão fria,
ficou aquecida. Mas, ao mesmo tempo, a lycra está impedindo minha transpiração, e
aí o que acontece? Eu começo a ter que eliminar muito mais meu calor pela
transpiração.
Então a gente consegue controlar a nossa temperatura por três vias
principais: uma é a vaporização pela via aérea superior; dois, a gente controla a
nossa temperatura corpórea através da sudorese, a principal delas; e, três, a gente
controla a eliminação de líquidos excessivos pelo aquecedor inferior.
Então um excesso que o pulmão não consegue eliminar pela sudorese ou
pela vaporização, ele vai jogar para o aquecedor inferior, jogar nas mãos dos rins e
falar: “filtra o que é bom e traz de novo para o corpo. O que for ruim, que eu não
estou conseguindo eliminar através da transpiração, que eu não estou conseguindo
eliminar através da vaporização, elimine através da excreção”.
Então o que acontece é que o pulmão fica responsável principalmente por
esse controle hídrico. Então ele se torna um ponto fundamental quando a gente está
trabalhando pacientes que têm quadro de edema, edemas gerais ou localizados.
Pode ser um edema traumático, pode ser um edema idiopático, qualquer tipo de
edema de excesso de balanço hídrico, o paciente está com uma deficiência, ele não
consegue eliminar esse excesso de líquido, ele tem sinal de cacifo positivo, aquele
que você aperta por três segundos e você solta, se a pele não voltar
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instantaneamente, isso é um sinal que o paciente está edemaciado. Então ele é


quem vai controlar.
Então sempre que você tiver uma deficiência em controle de balanço
hídrico, ou seja, edemas dentro do seu corpo, você vai optar em trabalhar com um
ponto do pulmão, como uma forma de eliminar esse excesso. A gente vai tonificar o
pulmão e o pulmão vai começar a trabalhar para ajudar na eliminação.
Logicamente, a gente pensa o seguinte: quando está calor, é muito mais
fácil vaporizar. Ou seja, se eu estou num ambiente de verão, se eu estou num
ambiente mais aquecido, eu vou ter menos excreção por eliminação de urina e vou
ter muito mais eliminação por sudorese e por vaporização de via aérea superior.
Por isso é mais comum a gente ver uma sobrecarga maior sobre os rins
no inverno, a gente vai ver que ele tem muito mais patologias quando a gente tem
princípios de frio. O frio danifica muito o rim, mas também o frio não só danifica o
rim, como também ele danifica o pulmão. Mas o pulmão, principalmente, não sofre
tanto com o frio puro.
O principal clima que danifica o sistema respiratório é a secura, né? Então
o ambiente seco, então um ambiente, por exemplo, que no Brasil a gente vê muitos
problemas respiratórios, por exemplo, quando a gente vai observar o Planalto
Central, Brasília, por exemplo, tem muita queixa lá pela baixa umidade, ou no centro
do Nordeste, a gente vê uma baixa de umidade muito grande e pessoas com
sangramento nasal, com a bronquite, problemas respiratórios. Aquelas
recomendações médicas de colocar bacias de água dentro da sua sala, molhar
cortina, molhar toalha e pendurar dentro da sala para umidificar o ambiente.
Então o pulmão controla a via das águas, mas se não houver água, ele
entra numa deficiência e começa a sofrer. Então ele, por controlar a via das águas,
ele precisa ter água, mas precisa estar com controle sobre ela. E uma patologia, por
exemplo, que pode acontecer, como a gripe, a gripe acaba afetando o pulmão e
acaba fazendo com que os líquidos que ele facilmente vaporizava, esses líquidos
vão se densificar e vão ficar cada vez mais espessos e mais difíceis de serem
eliminados. E, dessa forma, o que acontece? Uma simples infecção em uma via
aérea superior vai danificar toda a distribuição de energia no corpo. Por exemplo,
uma gripe faz com que a energia do corpo como um todo caia. E olha que
interessante: você está com um problema local, que sistematicamente te dificulta. E
aí o que acontece numa gripe severa? Um outro problema causado pelo pulmão, já
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que o pulmão é responsável pelo controle da temperatura corpórea, você começa a


apresentar febre. Então um paciente que está com gripe, sinusite, rinite, edemas,
tudo isso, eu vou focar no ponto do pulmão para trabalhar.
Um outro ponto importante quando a gente fala do pulmão é que ele
controla a pele e os pelos corpóreos. Então o que isso significa? Qualquer tipo de
alergia, qualquer tipo de infecção em pele, vai ser de responsabilidade do pulmão.
Então desde vitiligo a alergia tópica, todas essas alergias e alterações em pele e
pelos vão ser de responsabilidade do pulmão.
Por quê? Vamos retornar um pouco à aula de essência e de Qi. Vocês
lembram que a energia vem por três vias: alimentar, respiratória, do pulmão, e o Qi
da essência, que é o Qi do rim. Eles se fundem no tórax, formando o Qi torácico. O
Qi torácico se junta ao Qi essencial, que é o Qi que vem do rim, para formar dois
Qis, um Qi que vai para a superfície, que quem controla é o pulmão, que é Qi
defensivo, e o Qi nutritivo vai ser responsável por controlar e mandar energia para
os órgãos e vísceras. Então esse Qi, o Qi defensivo, ele é o controle da pele, do
músculo e das fáscias. Então quando eu tenho uma má nutrição, uma irritação em
pele, uma urticária, qualquer tipo dessa de alteração, a responsabilidade vai ser do
pulmão.
Então edemas em geral, problemas de via aérea superior e problemas de
pele, a gente vai focar muito no trabalho do ponto do pulmão, para a gente conseguir
uma melhora do nosso paciente.
Outra característica é que ele se abre no nariz, então fica claro, via aérea
superior, então o pulmão se abre no nariz e a gente vai ver a qualidade da
respiração do paciente para ver como é que está a energia do pulmão. Ou seja, se
eu noto que o paciente tem uma respiração mais ofegante, o tempo inteiro cansado,
e você auscultar essa respiração é importante, você notar que essa respiração é
curta, então respirações curtas e ofegantes mostram uma deficiência de energia do
pulmão.
Então se essa pessoa tem um edema global, tem sinusites recorrentes,
tem alergias utópicas e, ao notar a respiração do paciente, ao auscultar a respiração
do paciente, você nota que essa respiração é ofegante, é baixa, pequena, com
pouco fluxo, nota-se que a energia do pulmão é deficitária.
Então o que me mostra uma energia de pulmão forte? Se eu chego perto
do paciente e eu vejo que o tempo inspiratório, o tempo expiratório do paciente
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basicamente fica de um a dois segundos o tempo inspiratório e um a dois segundos


o tempo expiratório. Então eu paro perto do paciente, quando o paciente está calmo,
e eu noto que ele demora. Então um, dois, dois, um, o tempo respiratório. Isso
mostra que ele tem uma respiração que está com uma boa qualidade.
Então é muito bom de observar a respiração é no momento da avaliação
em que você meio que se fecha para fazer alguma anotação. Porque se você falar:
“deixa eu ver como está a sua respiração”, comumente o paciente já tende a meio
que, naquele padrão médico, fazer uma inspiração forçada, uma expiração forçada.
E aí você vai ter um entendimento de que a respiração do paciente está completa e,
na verdade, não está.
Ou na hora em que ele estiver deitado para você fazer o seu tratamento,
ou sentado, na hora de fazer o tratamento, você ficar calmo e observar exatamente
como está presente a respiração do paciente, se está completa ou se está
deficitária. E, dessa forma, também a gente deve trabalhar em cima disso, para
gerar mais energia.
Então esse lance de observar a respiração é muito interessante, porque
quando a gente observa na Medicina Tradicional Chinesa, nos livros antigos, eles
falam que a qualidade da respiração está intimamente ligada à qualidade da alma
corpórea do paciente.
O que é alma corpórea? Alma corpórea é a qualidade de energia que tem
dentro de mim. Então a alma corpórea é a materialização, ou seja, eu como estou
aqui, então ao notar Marcos no vídeo, não dá para vocês notarem a respiração dele,
então eu teria que ficar parado e vocês notarem a minha respiração. Então uma
respiração completa e profunda mostra uma qualidade energética boa. E essa
qualidade energética boa diz que a alma corpórea do paciente está em compleição
completa, ou seja, o paciente está bem energeticamente do pulmão.
Quais os principais sentimentos que a gente vai ver que danificam o
pulmão e que a gente vai ter que trabalhar o pulmão se essa pessoa apresentar
essas alterações psíquicas? Então é muito ligado à tristeza. Então a tristeza
comumente vai danificar muito o tempo respiratório do paciente. Então você vai ver
pacientes com respirações muito curtas, muito debilitadas. A tristeza, a perda de um
ente querido, a depressão, a perda de um cônjuge, seja por morte ou por separação,
a perda por uma ligação emocional.

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Dr. Marcos Minello - Auriculoterapia 2.0

Por exemplo, porque tem gente que pensa a ligação só entre pessoas,
mas tem pessoas que às vezes tem ligação com o seu carro, às vezes mais forte
que uma ligação com um ente querido. Então teve o carro roubado e aquilo dispara
uma tristeza, dispara uma depressão. E isso vai fazer com que a compleição
respiratória do paciente caia. E isso vai mostrar um abatimento geral e esse
abatimento geral do paciente, a gente vai observar, na Medicina Tradicional
Chinesa, sendo traduzida como uma alteração ou uma deficiência de alma corpórea
do paciente.
Ou seja, o paciente está sem energia, ele não respira bem, ou seja, ele
teve alguma perda e essas perdas, essas tristezas, por qualquer tipo de perda, não
podemos julgar que tipo de perda que vai disparar uma tristeza ou não no paciente,
simplesmente entender e trabalhar. Se houve uma tristeza ou uma depressão, se
houve uma perda em algum sentido e isso afetou o tempo respiratório e isso está
dificultando algum sistema do paciente, seja o sistema hídrico do paciente, de
edema, de pele, tudo mais, eu vou trabalhar o ponto do pulmão.
Então resumão dessa aula de pulmão, vamos lá. O pulmão governa a
respiração e governa a distribuição de energia. Ele é responsável pela dispersão do
Qi de defesa pelo corpo e também, quando ele não consegue dispersar os líquidos
corpóreos pelos poros e pela vaporização na respiração, ele vai ser responsável
pela descendência desse excesso de líquido, para ser eliminado pelo rim e pela
bexiga.
Ele também tem uma função importante, isso é um ponto importante, que
eu não tinha falado ainda: a respiração, quando é completa, ela aumenta muito a
pressão abdominal. Então a respiração completa, quando ela está com alma
corpórea completa, o paciente está com uma compleição energética muito intensa,
essa respiração é muito intensa e ela massageia muito as vísceras. E isso ajuda
muito a descendência da energia também para os intestinos. Então uma respiração
completa ajuda na eliminação da bexiga, da excreção de urina, mas também ajuda
na eliminação de fezes, tá? Então uma respiração completa leva a uma
potencialização do pulmão e ajuda no intestino grosso, a eliminação do intestino
grosso.
Por isso até, lembra lá nos cinco elementos? No elemento metal, o
acoplado do pulmão e o intestino grosso. Então ao tonificar o pulmão, eu estou
tonificando o intestino grosso. Então se o meu paciente tem uma dificuldade de
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eliminação de fezes e tem também uma dificuldade de eliminação de urina, uma


retenção de fezes ou retenção hídrica, eu vou também trabalhar o ponto do pulmão.
Ele vai se abrir no nariz, então qualquer dificuldade respiratória eu vou
trabalhar no ponto do pulmão. E assim também como qualquer alteração em pele,
desde alergias a infecções, alteração de cor de pele e pelos corpóreos, eu vou
trabalhar em cima do ponto do pulmão.
Então fica aí o grande resumo. Pega de novo, faz as anotações todas no
final da aula, faz o seu caderninho de estudo e tendo qualquer dúvida, chama a
gente lá no grupo do WhatsApp, que a gente vai conseguir tirar todas as suas
dúvidas. Mas é importante: assiste e reassiste a aula de pulmão, porque é um órgão
muito importante para a gente conseguir ter um sucesso na hora da formulação de
protocolos lá na frente.

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Aula 14. Funções dos Órgãos e Vísceras - Rim (Shen)

Bom, entrando na função principalmente dos órgãos e das vísceras, para


fechar principalmente os órgãos, os órgãos Yin, a gente vai falar do rim, que é um
dos elementos bases, dentro dos cinco elementos ele é a água, ele é a essência,
então ele tem um valor muito importante na Medicina Tradicional Chinesa. Não
desmerecendo, logicamente, nenhum outro órgão, mas ele é como se fosse a
essência, o pai de todos, é ele quem guarda a essência da vida.
Então na Medicina Tradicional Chinesa, o Shen, o próprio nome dele,
Shen, o Shen é alma, o Shen é mente, o Shen é o rim. Então cérebro e rim têm o
mesmo nome, tá? Então dependendo da forma que é traduzido, rim, cérebro, mente
e alma têm uma tradução muito similar. Então eles unificam tudo isso como se fosse
uma coisa só. Então a gente tem que tomar muito cuidado nas traduções, para
quando ler Shen achar que é rim e, na verdade, é mente. Então você tem que estar
dentro de um contexto para você entender mais ou menos o que está se dizendo ali
dentro da explicação da literatura. Por isso que a gente tem que tomar muito cuidado
com as traduções e interpretar um pouco melhor as traduções, principalmente
quando estão vindo diretamente de uma retradução, como muitas vezes é traduzido
um livro do chinês para o inglês e depois é traduzido para o português, e muito se
perde da essência dessa literatura.
Então a gente vai entender um pouco mais o que é o rim, o Shen, e quais
são suas principais funções.
A princípio, o rim é, como a gente já falou lá em essência, em Jing, o rim é
quem guarda a essência da vida – a essência da vida que a gente chama de energia
pré-celestial. Então o que significa uma energia pré-celestial? É basicamente o DNA.
Então o rim seria responsável por armazenar toda a herança do meu pai e da minha
mãe, que foram juntadas, numa determinada hora da concepção, foi entregue,
dentro do ventre da minha mãe, e dentro do ventre da minha mãe houve o
crescimento – durante esse crescimento também é considerado uma energia pré-
celestial. Então tudo que envolve como foi a vida dos meus pais, como eles me
conceberam, como foi a minha geração e como foi o meu nascimento – se foi
prematuro, se não foi, se é uma gestação traumática, se minha mãe teve doenças
durante a gestação, isso tudo pode influenciar na minha genética e na minha

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constituição. Então isso tudo é interpretado, na literatura chinesa, como energia pré-
celestial, ou seja, antes do nascimento.
Então quando se fala em pós-celestial, na verdade, essa separação de
pré-celestial e pós-celestial é, na verdade, nascimento. Então toda energia pré-
nascimento é armazenada no rim.
A gente já falou sobre Qi também, e dentro do Qi, a gente dividiu o Qi em
três formas, né? O Qi alimentar, que o responsável principal é o aquecedor médio,
mas principalmente o baço, responsável pela formulação do Qi alimentar. O Qi
torácico, que é a junção do Qi alimentar junto com a respiração, que se forma o Qi
respiratório, que é o Qi envolvido no aquecedor superior, o Qi torácico, Qi da
respiração. E tem o Qi da essência, que é o Qi pré-celestial. Então a junção desses
três Qis gera o Qi verdadeiro.
Então, lembrando, esse Qi pré-celestial, pela Medicina Chinesa, não tem
como ser resposto. Então o que acontece? Na Medicina Chinesa se diz: o ideal é
que você tenha uma vida equilibrada, para que você não gaste a sua essência, para
que você tenha uma boa velhice. O que seria isso? Se você se alimenta bem
durante toda a vida ou você dá os seus escorregões, mas você compensa, então
lembra que a constância é muito mais importante do que a abstinência por completo.
Então em nenhum momento a Medicina Chinesa fala que é proibido o uso disso, é
proibido o uso daqui, mas sim que se haja o equilíbrio, ok? Não é contra você se
alimentar mal num determinado dia, que você vá para uma comemoração, mas o
equilíbrio dessa alimentação com o todo é muito bom. Então não tem problema
nenhum se um dia você vai em uma festa em que tem muita fumaça ou que você
inalou uma fumaça em um dia da sua vida, mas que nos restos dos dias você
procura inalar uma boa respiração. No resto da vida você tem uma boa respiração.
Então o que acontece é: se eu tenho uma boa constância de Qi alimentar,
se eu tenho uma boa constância de Qi respiratório, o Qi alimentar e o Qi respiratório
não necessariamente vão precisar do Qi de essência, ou seja, não vão precisar da
energia do rim para formular o Qi verdadeiro.
Simplificando: o rim serve como se fosse uma bateria. Então o que
acontece? Uma bateria reserva, um nobreak, então ele é uma bateria para que se
acabar a luz, você tem lá um gerador de energia. Então imagina o seguinte:
enquanto eu tenho alimentação e tenho respiração ideal para manter a minha
condição de vida normal, dependendo do que eu faço de esporte, do que eu faço de
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atividade sexual, do que eu faço de atividade mental, se eu tenho uma alimentação


que supre isso e eu tenho uma respiração que supre isso, em nenhum momento eu
estou desgastando a minha energia de essência. Porém, se eu começo a fazer
dietas loucas, se eu começo a virar noites sem dormir, fazer muito plantão noturno,
eu começo a trocar a noite pelo dia, se eu começo a estudar [demasiadamente], isso
tudo, o excesso de alguma forma, seja mental, espiritual, corporal, físico, sexual,
consome a essência e vai desgastar essa bateria.
Só que essa bateria que é o rim, que é a essência pré-celestial, ela não
tem como ser recarregada. Então o importante é entender que o rim deve ser visto
como a essência da nossa vida. E eu devo preservar o máximo possível para que eu
tenha uma boa saúde e que eu mantenha o equilíbrio até o final da minha vida.
Então o rim guarda o nosso DNA e, dentro desse DNA, está escrito como
eu vou ser, como eu tenho que ser. Mas nem todo mundo que tem escrito no seu
DNA que vai ter que ter uma doença, essa doença aparecerá. Isso que é importante:
não é uma coisa obrigatória, ok? Então é importante a gente entender isso, nessa
visão do rim. Então o rim guarda a nossa essência. O que é essência? É o nosso
DNA. Se eu vou destruir o meu DNA ou se eu vou usar o melhor do meu DNA, tem
muito a ver com a forma que eu toco a minha vida.
Um outro ponto importante é que além de ele guardar essa essência, ele
governa o nascimento, o crescimento, a reprodução e o desenvolvimento. O que é
isso? Então ele consegue fazer com que eu tenha um bom crescimento, então
qualquer tipo de retardo de crescimento, crescimento ósseo, crescimento intelectual,
se a pessoa está tendo uma dificuldade [de crescimento], maturação, eu vou
trabalhar o rim como um órgão principal. Nascimento também, ou seja, sempre que
eu precisar de uma ajuda para o nascimento, esse nascimento tem tanto uma visão
do nascimento, da fisiologia mesmo do parto, como o nascimento também é
interpretado na Medicina Chinesa como... morte e nascimento são fases de troca.
Então, por exemplo, quando eu saio da infância para a puberdade, quando eu saio
da puberdade para a vida adulta, isso também é interpretado como um nascimento e
desenvolvimento. Então sempre que eu tenho um atraso motor desse nível, um
atraso intelectual desse nível, é interessante a gente observar e trabalhar em cima
do rim, para que ele mande energia para que esse desenvolvimento aconteça.
Mas lembrando: sempre é importante interpretar como é que está
acontecendo a alimentação e a respiração, para que eu não use energia demais do
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rim e não desgaste o Shen dessa pessoa, e não desgaste o Jing, a essência, dessa
pessoa, como a bateria dela.
E ele está muito ligado também à reprodução. Então o rim está ligado à
energia sexual, assim como o fígado. Então sempre que a gente tiver algum
distúrbio sexual, útero, ovário, genitais externos, sempre que a gente tiver um
problema de ereção, alguma coisa do tipo, eu vou pensar em dois órgãos
principalmente: um, é o rim, que controla a reprodução, ou seja, se eu tenho uma
dificuldade em reprodução, de nascimento, de gestação, de desenvolvimento, ou
seja, a pessoa até consegue ter o ato sexual, mas nesse ato sexual ela não
consegue gerar o nascimento, não consegue gerar um feto. Ou se tem uma
gestação, essa gestação é perdida, não consegue segurar, não consegue ovular
bem, não consegue... não tem um ciclo menstrual ideal, tudo isso está muito ligado
ao rim.
Porém, quem gerencia a energia, lembra sempre que a energia é
gerenciada pelo fígado. Então o fígado também é responsável por gerar energia
para o ato sexual. Então eu tenho que interpretar: se há uma dificuldade no ato de
reprodução ou se há uma dificuldade realmente em sustentação da gestação. Então
sempre que houver um problema em reprodução, eu entender que o fígado gera
energia e o rim dá sustentação a essa energia. Então eu preciso sempre trabalhar o
fígado junto com o rim quando eu estou pensando em algum distúrbio a nível sexual
do meu paciente.
O rim é responsável por produzir a medula óssea e também abastecer o
cérebro. Então o que é isso? Lembra que a gente falou que no coração a gente tem
uma importância muito grande, que o coração é responsável pelo raciocínio, pela
parte mecânica da coisa, então fazer a matemática, de desenvolver ali o raciocínio,
então o coração é responsável pelo aprendizado, pela parte racional.
A parte criacional, a gente observou que vem do baço, então quem é da
criatividade, quem me traz o lúdico, quem faz essa sustentação do raciocínio
também, ajuda no raciocínio, seria o baço/pâncreas.
E quem dá nutrição é o rim, ou seja, quando eu observo que meu
paciente tem alterações de nutrição no cérebro, que ele apresenta uma alteração
que ele não consegue sustentar pensamento, ele não consegue sustentar raciocínio,
ou, na verdade, você vê que falta energia para esse cérebro trabalhar, eu vou

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trabalhar com o rim. Então o rim vai estar muito associado quando eu faço trabalho
ou com o coração ou com o baço.
Então imagina o seguinte: a pessoa não está acostumada a trabalhar
muito o seu cérebro para estudar matemática, por exemplo. Minha filha está
aprendendo matemática agora no colégio e eu quero estimular um pouco mais o
raciocínio lógico. Raciocínio lógico: coração. Porém, esse cérebro não está tão
acostumado a ter tanto trabalho, então o que vai acontecer? Vai acontecer uma
fadiga e essa pessoa vai acabar, essa criança nesse caso que eu estou dando
exemplo, minha filha, vai acabar fadigando e se estressando e não conseguindo
resolver os problemas, muitas vezes por uma falta de nutrição desse cérebro. Então
sempre que a gente vai aumentar o gasto energético lá no cérebro, se for racional,
eu vou trabalhar o coração, mas eu preciso dar mais nutrição a esse cérebro. Então
o que eu vou fazer? Eu vou também favorecer o rim, então eu trabalho o coração
junto com o rim.
Não, eu vou fazer um trabalho de criatividade, então a gente vai fazer
uma maquete e essa maquete vai trabalhar... uma equipe vai trabalhar com a
criação de uma maquete de uma nova hidrelétrica, que tem que ser desenvolvida
com um novo pensamento, então essa equipe toda tem que ter uma criação. Então
eu vou trabalhar em cima do baço da minha equipe de trabalho. E como o baço vai
precisar de um trabalho nesse cérebro, ele também precisa de uma nutrição maior
nesse cérebro. Então sempre que eu colocar meu cérebro para trabalhar, eu vou
trabalhar a nutrição direta desse cérebro.
E também sempre que eu pensar em doenças de base de
envelhecimento do cérebro, ok? Então, por exemplo, um Parkinson, uma demência,
um Alzheimer, isso tudo pode estar faltando nutrição nesse cérebro, então o trabalho
do ponto do rim favorece muito a nutrição desse cérebro e a nutrição desse cérebro
precisa ser estimulada também junto com o coração ou com o baço. Então são três
pontos muito importantes para o trabalho do cérebro.
Lembrando: o rim abastece o cérebro, o coração diz para onde vai esse
cérebro, qual caminho ele tem que tomar, e o baço é a criação, ok? Então é a
criatividade.
Então focando nesses três órgãos, a gente consegue trabalhar muito bem
o nosso sistema cerebral. Então o rim tem essa importância dentro do cérebro e
também dentro da medula óssea.
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Então a medula óssea e o lipo também são de responsabilidade do rim.


Então um paciente com meningite, um paciente com uma debilidade de crescimento
ósseo, e a influência sobre as articulações como um todo. Tem um entendimento
muito forte dentro da Medicina Tradicional Chinesa, que é que o rim mora na coluna,
principalmente na lombar, e ele se fixa nos joelhos. Então, assim, problemas de
coluna como um todo, todos os problemas ósseos, problemas articulares, a gente
vai trabalhar com rim como um todo.
Mas o clássico é o paciente que desenvolve lombalgia de idade, de
degeneração, e ao mesmo tempo está desenvolvendo uma artrose de joelho, isso é
um clássico na Medicina Chinesa, falar que a moradia e o alicerce dos rins estão
debilitados. Então ele mora onde? Na lombar. E ele se fixa nos seus pés, sobre o
joelho.
Então é uma visão muito clássica, quando o paciente está com uma
lombalgia e ao mesmo tempo uma gonalgia, e quando eu vou ver em imagens, eu
vejo que ali existe uma degeneração articular, uma degeneração de disco, desgaste
da cartilagem, ou seja, um envelhecimento ali, isso já demonstra, já são sinais de
que está havendo ali também uma alteração no rim e já um desgaste de essência.
Mas, a princípio, o rim, o ponto do rim, também vai ser muito utilizado para tratar
dores articulares como um todo.
Então pensou: eu estou com no cotovelo, eu estou com dor no punho,
estou com dor no dedo, eu estou com dor nas costas, eu estou com dor no joelho,
mas é na parte óssea? Eu vou pensar no rim. Não é a parte óssea, é mais parte
muscular, músculo: baço. Ah, é músculo e osso: então eu vou trabalhar tanto o
baço, quanto o rim, ao mesmo tempo. Então você vai ter que sempre fazer essas
associações, lembra sempre que a gente tem aquela tabela dos elementos e cada
elemento tem a sua responsabilidade.
Então, lembrando, o principal do rim é: que ele é responsável pela
nutrição do cérebro, da medula e das articulações como um todo. Então qualquer
problema articular, a gente vai trabalhar o rim.
O rim é responsável por governar a água. Lembra que quem controla a
via das águas é o pulmão, mas o pulmão, quando ele pega o excesso de água, ele
manda descender o excesso de água para o rim decidir o que vai fazer com essa
água. Então o rim é responsável pela filtragem do puro e do impuro.

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Então o que desgasta mais o rim: quando mais eu faço a ingestão de


líquidos puros, mais eu vou nutrir o meu rim e vou nutrir minha essência – nutrir a
essência no sentido de evitar gastar essa essência. Ou seja, lembra que eu falei um
pouco para vocês sobre líquidos corpóreos? Se não, dá uma relembrada lá em Jin
Ye, sobre fluidos corpóreos. Nos fluidos corpóreos, eu falei uma indicação muito
forte, que é: o líquido necessário por dia, mínimo, é de 3 litros. Então 3 litros de água
por dia seria o necessário, que o rim precisa para conseguir separar de forma a sem
se desgastar, o puro do impuro. Quando começa a chegar água muito lodosa, ou
seja, na verdade, quando o líquido, que descende do timo para o rim, chega muito
espesso, acaba que a filtragem fica muito dificultada. Entendam isso: o rim filtra o
sangue, ele tem uma responsabilidade de filtragem de líquidos, certo? Se você tem
um filtro na sua casa, você entende que se você botar uma água muito poluída
dentro do seu filtro, vai acabar com o seu filtro muito rapidamente. Então quanto
mais eu diluir essa água que não está pura, quanto mais eu diluo o impuro, mais
fácil fica a filtragem e menos eu desgasto os meus rins. Ou seja, por mais que você
tenha optado num momento: ah, eu vou tomar um refrigerante, eu vou tomar uma
cerveja, eu vou tomar alguma coisa, você tem sempre essa visão de que quando eu
estou tomando algum líquido e esse líquido tem muitos componentes, esses
componentes vão ter que ser filtrados por alguém. Qual vai ser responsável por essa
filtragem? O rim. E também os alimentos, todos os alimentos vão cair em corrente
sanguínea, o que é sólido vai ser interpretado pela digestão gastrointestinal, o que
for líquido vai ser filtrado para o sangue e depois do sangue o rim vai decidir o que é
puro e impuro para ser excretado o impuro.
Então sempre que eu tenho muita química sendo jogada dentro do
organismo, eu vou ter um desgaste maior do meu paciente. Então para um paciente
que tem muitos problemas articulares, uma das dicas grandes é aumentar esse
líquido, ok? Passar de 3 litros para 4 litros por dia. Então qualquer paciente que
tenha uma lesão articular, tem uma lesão de coluna, a principal indicação é qual
remédio eu devo tomar: água. Esse é o principal, quando a gente fala em lesão de
rins, quando a gente fala em lesão articular, quando a gente fala em nutrição
cerebral, a primeira coisa que a gente fala, por exemplo, é que você tem que ingerir
água para poder tirar o impuro de dentro do corpo. Qual a melhor receita para uma
ressaca? Beber muita água. Porque seu sangue está poluído, seu sangue está
conseguindo passar a barreira hematoencefálica e está passando muita poluição
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para o seu cérebro. Quando você começa a beber água, você começa a diluir esse
poluente e esse poluente vai ser eliminado mais facilmente. Então a indicação
gigantesca é: beba muita água para nutrir suas articulações e o seu rim.
Ele abre-se no ouvido, então qualquer problema de ouvido externo e
ouvido interno vai ser interpretado como alteração do rim. Então ouvido externo,
audição, então otite, audição, qualquer problema de zumbido eu vou interpretar
como uma dificuldade, uma degeneração do rim, uma alteração de destruição de
energia do rim, e isso vai ter que ser trabalhado com a tonificação desse elemento,
então eu vou tonificar o elemento do rim, colocar esfera, colocar a semente, a forma
que você preferir trabalhar a tonificação. E, dessa forma, trabalhando o ouvido
externo.
Mas o ouvido interno é a parte do equilíbrio. Então isso que a gente tem
que tomar um pouco de cuidado, porque a gente tem que entender o que é uma
labirintite, é uma alteração do ouvido interno. Então essa alteração de equilíbrio, a
perda de equilíbrio, o constantemente se sentir bêbado, lembrando que muita gente
confunde labirintite com baixa pressão por mudança ortostática. O que é isso? Se eu
estou sentado e me levanto rapidamente, eu então estou aqui sentado, eu me
levanto muito rápido e fico. Ao me levantar muito rápido, o que acontece? Eu fico
meio tonto e dá vontade de desmaiar. Sempre que houver esse apagão, a gente vai
falar que isso é uma hipotensão ortostática e muitas vezes isso é uma alteração
vascular. E aí se é uma alteração vascular, eu vou trabalhar principalmente com o
coração. Mas é uma falta de nutrição para o cérebro? Então eu também vou
trabalhar com o rim.
Mas isso não é um problema de ouvido interno. O problema de ouvido
interno é quando a pessoa tem movimentos acelerados da cabeça, flexão e
extensão, ou quando anda de carro ou quando desce em elevador, e isso gera uma
sensação de tontura, tá? Então quando o paciente se sente tonto e não apagando,
isso sim é labirintite. Aí a gente vai ter que trabalhar tanto o ponto do ouvido interno,
quanto o ponto do rim, para fazer um trabalho de nutrição dessa essência e
melhorar o equilíbrio desse paciente. A própria falta de equilíbrio como um todo, a
gente tem que observar também se não é um princípio de labirintite. A gente testar
movimentos mais rápidos da cabeça, existem testes específicos que vocês podem
procurar, testes de labirintite na internet, existem vários testes para vocês
conseguirem verificar realmente se o seu paciente tem uma alteração de
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Dr. Marcos Minello - Auriculoterapia 2.0

posicionamento e falência vascular ou se realmente ele está com uma alteração do


labirinto. Então o ponto é: se você tem uma perda auditiva, zumbido, alteração de
equilíbrio, isso tudo já demonstra uma deficiência de nutrição do rim e da essência
do rim, ok?
Ele se manifesta nos cabelos, então cabelos brancos, a calvície, a
fragilidade capilar, a nutrição do cabelo como um todo, porque você pode falar
assim: calvície é genética. Tá, mas você pode ter uma fraqueza de rim de forma
genética, uma constituição genética que vem sendo herdada. Mas além da
constituição genética, é importante você interpretar, por exemplo, a qualidade ainda
do tecido que sobra. Se eu tenho uma calvície que é genética, mas olhar o cabelo e
o cabelo é forte, é espesso, é brilhoso, então a qualidade dessa fibra do cabelo é
boa, isso demonstra uma boa energia ainda do rim, tanto Yin quanto Yang do rim
ainda estão preservados. A partir do momento em que você olha cabelos
quebradiços, mais fragilidade capilar, muito mais envolvido isso do que a calvície em
si. A calvície tem muito da função genética, mas a qualidade do tecido capilar em si
é uma visão muito clara.
Logicamente que hoje em dia a gente tem muita química sendo jogada no
cabelo, tanto para destruir o cabelo, para clarear e tudo mais, como também tem as
químicas que ajudam a mascarar e parecer que o cabelo tem uma saúde muito boa,
quando na verdade não tem. Então é muito difícil hoje a interpretação,
principalmente falando do público feminino. Mas é uma observação a se fazer na
hora da avaliação do paciente.
O rim tem uma função muito importante, que é controlar os orifícios
inferiores, então a gente vai pensar em incontinências como um todo, são de
responsabilidade do rim – incontinências e alterações como hemorroidas. Então
hemorroida, por exemplo, é uma perda de esfíncter e ainda de uma artéria, então eu
tenho que pensar o rim junto com o coração, ok? Então se é vascular, é coração, e
se é um problema esfíncter, eu vou ter um problema no rim. Então qualquer
problema de orifícios inferiores ou genital, eu vou pensar no rim – incontinências ou
até dificuldade em ato sexual, uma dificuldade em penetração ou uma dificuldade de
expulsão de fezes e tudo mais, pode ser interpretada como uma dificuldade do rim
em equilibrar o esfíncter. Então tanto para deixá-lo fechado, como também para abrir
na hora certa. Então esse controle de abertura e fechamento dos orifícios inferiores

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é responsabilidade total do rim. Então veja quantos pontos importantes tem o rim, o
Shen.
Um dos pontos mais importantes, ao meu ver, lógico, isso é interpretação,
é abrigar a força de vontade. Então o que é a força vital? É o acordar, é ter o leão
dentro de si, é a força de vontade. Então é o que se fala ainda: o corpo ter vontade
de viver. Então o abrir a força de vontade é um ponto importantíssimo do rim e
demonstra a saúde real do rim. Então aquela pessoa que pode estar debilitada,
estar com os problemas articulares, mas ela ainda tem a vontade, ela ainda tem a
vontade de viver, a vontade de batalhar, de estar presente de verdade nessa
pessoa, isso é um ponto muito positivo. Como que um dos primeiros sinais de
desgaste inicial do rim, antes de começar a desgastar a articulação, antes de
começar a desgastar o ouvido, a pessoa começar a ficar surda, muitas vezes a
primeira coisa que começa a aparecer é a perda da força de vontade. Então você vê
que a pessoa vai desanimando e tudo mais.
Tanto que o principal sentimento que destrói o elemento água, que destrói
o rim, principalmente, é a depressão, o pânico e o medo. Então pânico, medo,
depressão, isso é uma ausência total da força de vontade ou é uma coisa que
superou a força de vontade, passou por cima da força de vontade da pessoa. Então
ela tem uma fobia de sair em público. Então ela perde a força interna de conseguir
expor-se ao público, tá? Então sempre que a gente observar uma depressão severa,
medos, pânicos, isso já é um engessamento, que a gente fala de congelamento da
água. O rim está entrando numa deficiência severa de Yin, ok? Então numa
depressão, a gente vai trabalhar muito o elemento rim, junto com o ponto do
cérebro, a gente vai trabalhar o ponto da alegria, então a gente vai ver isso um
pouco mais, interpretação de como formular um protocolo mais à frente, mas o rim
está muito ligado a essa parte da força de vontade e a perda da força de vontade é
uma ausência da energia do rim. E o sentimento lá de depressão, uma tristeza
severa.
Tristeza é um pouco mais para o pulmão, mas é o engessamento dessa
tristeza, uma tristeza que nunca passa. A tristeza é um sentimento, mas quando ele
se torna, na verdade, ele deixa de ser um sentimento passageiro e se torna um
sentimento enraizado, ele pode, na verdade, estar se tornando um engessamento da
água, um congelamento dessa água e ela se transformando num iceberg. Uma água
que deveria ser fluida, quando a gente fala, por exemplo, da força de vontade, qual o
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elemento mais forte que a gente tem? É a água, a água não encontra barreiras, ela
faz o seu caminho.
O maior problema da água, principalmente, não é quando ela evapora,
porque quando ela evapora, ela vai encontrar novamente um momento hipotérmico
e novamente ela vai cair como chuva e continua sendo muito forte. Porém, quando
ela congela, aí sim ela para, ela paralisa. Então quando você vê uma pessoa
paralisada na vida, ela perdeu a força de vontade, ela está estagnada, a gente a
interpreta como um iceberg e precisa religar, tonificar esse rim, para dar essa força
de vontade à pessoa e ela passar por essa fase transitória, que ela está passando.
Então vamos fazer um resumo rápido do rim. Então o rim armazena a
essência pré-celestial, ele é quem armazena a essência como um todo. Ele governa
o nascimento, o crescimento do corpo, a reprodução e também o desenvolvimento,
então qualquer alteração em nascimento, crescimento, reprodução e
desenvolvimento, eu vou utilizar o ponto do rim, o elemento rim aí como um ponto
fundamental. A medula, a nutrição cerebral e controlar os ossos e articulações
também é responsabilidade do rim. Ele vai se abrir no ouvido, então problemas tanto
de ouvido externo, quanto de ouvido interno, problema de audição, problema de
labirinto como um todo. Se manifesta na qualidade capilar, então a gente vai
observar a qualidade do cabelo do paciente para ver como é que está a energia
ainda desse rim. E ele controla os orifícios inferiores, o esfíncter anal, esfíncter de
uretra, então as incontinências, as dificuldades de ato sexual podem ser
trabalhadas, do genital, quanto do ânus, junto do ponto do rim para ou tonificar ou
sedar – se é um excesso ou uma deficiência. E ele abriga a força de vontade, sendo
que o sentimento que mais degrada é o pânico, o medo e a depressão severa.
Então faz as anotações aí no seu caderno, anota todos os pontos, faça
anotações, não fique preso somente ao material já pronto. Eu falo isso desde o
início: anote. Sempre que a gente faz uma anotação, a gente se compromete a
estudar. Então ler, reler. Eu vejo muita diferença dos alunos que fazem o trabalho de
casa e os alunos que ficam dependendo apenas de material, material, material.
Então faça o seu dever de casa e, por favor, tente responder as perguntas e também
se gerou alguma dúvida e você viu, reviu, e ainda não conseguiu interpretar direito,
pode me chamar lá no grupo, me chamar no privado, que a gente vai responder
precisamente a cada questão que você tenha, ok? Obrigado, até o próximo vídeo.

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Aula 15. Funções dos Órgãos e Vísceras - Baço-Pâncreas (Pi)

Bom, então entrando em função de órgãos e vísceras, agora falando


sobre o baço/pâncreas. Ele é um elemento que vai estar localizado no aquecedor
médio, no intermediário, aquecedor intermediário ou aquecedor médio, que é
responsável pela alimentação.
Então quem está presente no aquecedor médio: fígado, vesícula,
baço/pâncreas, sempre eles vão estar unidos, e o estômago.
Então o que é o baço/pâncreas? Ele vai ser responsável por organizar,
por transformar e por transmitir, ele vai ser responsável por pegar todo o alimento e
jogar na corrente sanguínea. Então o pâncreas, o baço, eles são a energia
alimentar, o Qi alimentar. Então a transformação e o transporte do meio externo, do
alimento, para cair na corrente sanguínea, isso é responsabilidade do
baço/pâncreas.
O baço vai estar sempre ligado muito à alimentação. O elemento baço,
que vai estar ligado à terra, ele gosta muito... o que ajuda muito na nutrição do baço
são as raízes em si ou os açúcares não metabolizados, não refinados, melhor
dizendo.
Então, por exemplo, as pessoas que são do elemento terra, que têm uma
deficiência de baço, elas tendem a gostar muito de doce. Porém, o corpo não vai
querer se nutrir do doce natural, muitas das vezes as pessoas buscam o doce
refinado. Então se você é uma dessas pessoas, que tem uma necessidade
excessiva por doce, possivelmente você está sofrendo por uma deficiência de
sangue. E aí o que acontece? Porque a principal função do baço é transformar o
alimento externo em energia e transmitir isso de duas formas: em Xue, em sangue, e
no Qi. Então ele pega o alimento para transformar esse alimento em sangue e
transformar esse alimento em energia. Se a gente consome muito a nossa energia
no dia a dia, se a gente consome muito o nosso sangue no dia a dia, é muito fácil
entender por que tantas pessoas têm uma deficiência muito grande do baço. Então o
baço vai estar ligado à transformação, ao transporte e à formulação do sangue. Por
quê? Direta ou indiretamente, a gente não consegue influenciar muito no como a
gente respira ou o que a gente respira, melhor dizendo, tá? A gente está num
ambiente que está poluído ou não está poluído, e eu, assim como todos que estão à
volta, vou trabalhar a mesma respiração. Mas não necessariamente está todo

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mundo comendo o mesmo tipo de comida e no mesmo horário. Então a influência


direta da qualidade energética de cada um está ligada ao que ele come.
Então a qualidade do seu Qi, a qualidade do teu sangue, vai estar ligada
principalmente ao que você come ou como você gasta a sua energia. Então eu
posso ter, por exemplo, um gasto energético muito excessivo com atividade física,
com atividade sexual, com atividade mental.
Ou eu posso ter muito gasto de sangue, por exemplo, o que acontece
muito são as mulheres terem alterações menstruais e perderem muito sangue. E aí
por isso que é tão comum a mulher ter uma preferência absoluta pelo doce – por
uma necessidade mensal de suprir uma deficiência de sangue contínua. Mas essa
deficiência de sangue não deveria ser nutrida por um chocolate, por um biscoito, e
sim ser nutrida por um mel, por uma raiz, por algo integral, que logicamente não é o
que o seu paladar está pedindo naquele momento.
Mas muitas das vezes é interessante exatamente entrar com um doce
natural na hora da alimentação, uma fruta um pouco mais doce, mel, melado, um
caldo de cana, isso... ninguém toma um pote de mel, você se sente empapuçado
naquele momento, porque já supriu a necessidade.
Então uma das formas fitoterápicas mais simples de se tonificar o
baço/pâncreas é exatamente a colherzinha de café com mel todo dia de manhã. Isso
é um grande tonificador do baço.
Então o baço tem uma função direta de gerar qualidade de energia dentro
da gente. Então a gente já viu que um governa o sangue, um armazena o sangue e
distribui o sangue, o outro é o guarda de trânsito, que é o pulmão, que fala para
onde vai, mas governar, guardar e controlar, que é do coração, do fígado e do
pulmão, não adianta eu governar, eu guardar e eu controlar se o Qi não tem
qualidade. Então para o Qi ter qualidade, é necessário que se tenha uma boa
alimentação e que o baço esteja bem nutrido, ok? Senão você acaba governando
coisa ruim, acaba guardando coisa ruim e distribuindo coisa ruim.
Então o baço precisa ser a base de sustentação, por isso o elemento terra
muitas vezes é interpretado como o centro de todos os elementos, porque ele é a
base para todos, ok? Se eu não tenho uma boa alimentação, eu não vou conseguir
controlar bem, eu não vou conseguir distribuir bem, eu não vou conseguir conter
bem a energia. E, dessa forma, se perde. Então o baço tem essa função

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importantíssima de dar a extrema qualidade ao Qi, a extrema qualidade ao meu


corpo do sangue.
Então se eu tenho uma deficiência de sangue, eu tenho que entender:
essa deficiência está sendo por via alimentar ou por via de fabricação? É por via
alimentar, então eu vou trabalhar o baço/pâncreas do meu paciente, para ele nutrir
melhor esse corpo e até diminuir essa ansiedade do paciente pelo doce. Isso é
importantíssimo.
Então a fome do doce é um sinal importantíssimo de deficiência de
energia geral do paciente. E o paciente, quanto mais doce industrializado e refinado
ele consome, mais ele destrói a energia dele, porque ele vai fazer picos glicêmicos e
depressões glicêmicas e, com isso, ele não vai equilibrar bem o organismo dele.
Então uma distribuição de nutrientes mais integrais e mais naturais possíveis nutrem
melhor o baço/pâncreas.
Uma função também do baço/pâncreas, além de dar essa qualidade do Qi
e melhorar o tipo de energia que eu tenho dentro de mim, é que ele é responsável
pelos músculos e pelo movimento dos quatro apêndices, ou seja, o movimento dos
membros superiores e dos membros inferiores.
Então a força, o músculo, qualquer patologia de músculo, qualquer
alteração em músculo, eu vou pensar em trabalhar o ponto do baço. Se eu tenho
uma dificuldade de movimentar um dos braços, então por exemplo, vamos dar um
quadro um pouco misto aí: então um paciente que teve um acidente vascular
encefálico, como acidente vascular eu já penso em coração, por quê? É o coração
que controla os vasos sanguíneos. Sim, mas aí como padrão o que aconteceu? A
pessoa perdeu a mobilidade em dois apêndices, geralmente o membro superior e
inferior do mesmo lado, do lado afetado do acidente vascular encefálico, é o mais
comum. E aí o que a gente vai notar? Essa deficiência de mobilidade, além de eu
trabalhar o cérebro do paciente, o encéfalo do paciente, junto com o ponto do
coração, eu vou trabalhar o baço, tonificando também o braço e a perna do paciente.
Então uma coisa é trabalhar a causa e outra coisa é trabalhar a
consequência. Eu posso trabalhar as duas coisas ao mesmo tempo? Sim, pode
trabalhar as duas coisas ao mesmo tempo. Isso é bem interessante, a gente
começar a raciocinar um pouco mais dentro dessa visão das funções dos órgãos e
das vísceras.

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Então uma deficiência muscular, por exemplo, um paciente que ficou


acamado muito tempo, no CTI, ou uma paciente de asilo que ficou acamada muito
tempo sem tratamento e que você pega para começar a tratar, porque agora a
família tem uma condição melhor, o asilo trocou a gerência, ou até mesmo um
familiar que está lá debilitado, não se movimenta muito e cada vez foi se
movimentando menos, porque os familiares vão o protegendo: “não, não lava a
louça, deixa que eu lavo, porque senão você pode se machucar; não varre a casa,
senão você pode cair”. Então essa autodefesa que a família vai gerando para o
familiar mais velho, o ancião da família, vai fazendo com que esse ancião vá tendo
menos energia e menos força.
Então um dos pontos principais para voltar a ter força muscular e a voltar
a movimentar os membros e ganhar força no corpo é a tonificação do órgão baço.
Então um ponto importante é que eu trabalho isso de forma patológica ou eu
trabalho até de forma estética e de forma funcional. Por exemplo, ao trabalhar com
uma atleta, em que eu sei que ela vai precisar de uma performance muscular melhor
para um levantamento de peso, para uma corrida, para uma luta. Eu sei que ela vai
precisar ter uma qualidade de energia e uma qualidade muscular maior, eu vou focar
muito em trabalhar a tonificação do órgão do baço, porque o baço é quem vai dar
qualidade do Qi, ele que vai dar a qualidade do sangue e ele é quem gera a força,
quem gera nutrição para os músculos e quem gera também movimentação de
qualidade nos membros. Então isso é uma qualidade importantíssima do baço.
Qualquer patologia muscular você vai focar no baço, em cima dele, para trabalhar.
Um ponto importante dele também é que ele se abre na boca e se
manifesta nos lábios. Ou seja, as pessoas de baço, elas têm uma tendência a
gostarem muito de comer. Então abrir-se na boca e manifestar-se no lábio,
manifestar-se no lábio é um lábio de qualidade, carnudo, com uma coloração viva,
isso mostra uma qualidade de baço boa, ok? E a tendência é que essa pessoa goste
muito de comer. Que paladar ela vai preferir? O doce. Só que lembra o seguinte:
doce é açúcar, açúcar pode vir de carboidrato. Então muita gente, quando a gente
pensa em açúcar, pensa em carboidrato e esquece das massas. As massas são
açúcar, ok? Então um arroz, um macarrão, a pizza, tudo isso é açúcar, ok? Então
quando a pessoa fala: “não gosto muito de açúcar não, mas eu adoro uma
macarronada”, é baço, né? Fica claro para essa pessoa que o paladar que ela
prefere é o baço. Então ela se manifesta na boca, tem a preferência pelo paladar do
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doce e os lábios mostram a qualidade da manifestação energética do elemento. Se


esse lábio está muito quebradiço, muito rachado, está começando a aparecer
feridas, isso mostra uma danificação, uma deficiência do baço acontecendo. Ou uma
pessoa que sempre teve lábios carnudos, intensos, e de repente começa a ter uma
perda de massa de lábios, isso é comum acontecer com a idade, porque o baço vai,
assim como todo o nosso sistema corpóreo, vai diminuindo sua energia ao longo da
vida. Então são pontos importantes.
E um aspecto importantíssimo é que ele é o responsável por abrigar o
pensamento. O que isso significa? Eu já falei para vocês que o coração é a parte
racional. O que é a parte racional? É o chegar e saber: eu tenho gravar um vídeo
falando sobre o baço e eu vou ter que gastar tanto de tempo, tudo mais, isso é a
parte racional, ok? Então essa parte é de constituição do coração. Porém, eu preciso
organizar o racional, eu preciso organizar o pensamento. Então a diferença entre
racional e a parte de pensamento, uma visão mais (ininteligível – 00:13:49) seria o
seguinte: enquanto o coração resolve os problemas, o baço gera criatividade de
como gerar os problemas.
É muito interessante entender o seguinte: eu posso ser um ótimo
pensador e eu posso ser muito inteligente, a inteligência está ligada ao elemento
coração, mas como Einstein diz: é muito importante a criatividade. A criatividade é
exatamente a inteligência brincando. Então quando a inteligência brinca, quando a
gente pensa fora da caixa, a gente pensa fora do quadrado, quando a gente
consegue resolver problemas de uma forma que ninguém estava conseguindo
resolver, esse é o baço apresentando a sua essência maior dentro do Shen, dentro
da mente, ok?
Então o fortalecimento do baço, ajuda muito a gente a pensar em
soluções, ou seja, ser criativo. Então se você tem uma dificuldade em criatividade,
em que você está passando por um problema e que você não sabe como resolver, e
você ou seu paciente, ele não sabe como resolver, como lidar com aquele problema,
principalmente um problema de forma racional. Pode ser emotivo? Pode também,
mas em que ele está com deficiência em criatividade de como solucionar aquele
problema, de como dar um norte àquele problema, ele já pensou dentro da caixa de
todas as formas e ele chega para você e fala: “olha, de tudo o que eu já li e já tentei,
nada resolve”. Ou seja, ele está pensando dentro da caixa, ele está usando muito só
o racional, só o coração, ele precisa sair da caixa. Quando ele precisa sair e pensar
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fora da caixa de forma criativa, ele vai ter que utilizar o baço e o baço vai estar
ligado ao pensamento criativo.
Então é o que eu falo: se é para estudo, é o elemento coração; se é para
criar, se é para resolver problemas, é o baço. E quando eu consigo controlar esse
equilíbrio entre o racional e o criativo, eu tenho uma explosão muito boa, porque eu
tenho um criativo-racional. Porque não adianta nada eu ter ótima criatividade e criar
uma coisa que não tem sentido nenhum. Nossa, criei um objeto novo que faz uma
coisa que ninguém precisa. Tá, você teve uma criatividade maravilhosa, mas não
resolveu problema nenhum. Então é importante que se tenha um bom racional e que
você tenha um bom criacional, para que nessa explosão você seja um modulador de
novos pensamentos, de uma nova sociedade, um solucionador de problemas.
Então o baço tem uma qualidade interessante, que ele gosta de resolver
problemas quando ele está bem equilibrado. Quando ele não está bem equilibrado,
ele sofre pela principal sensação, principal emoção que o danifica e o destrói, que é
a ansiedade. A ansiedade e a preocupação é exatamente a falta de controle sobre
um problema que eu não consigo solucionar. Exemplo: meu filho vai sair de casa e
vai para uma festa longe e eu não sei que horas ele vai voltar, como ele vai voltar e
se ele vai voltar bem, porque a sociedade está muito violenta. Por mais que eu seja
criativo, por mais que eu seja racional, ou quanto mais criativo e mais racional eu for,
mais ainda eu vou ficar assustado e mais eu vou ficar ansioso. Então a ansiedade, a
preocupação, que hoje é um dos sentimentos mais aflorados na sociedade, tende a
danificar muito o elemento baço. E isso vai fazer com que a pessoa destrua o seu
elemento de criatividade e cada vez fique mais emotiva e mais desesperada.
Então o pensar e solucionar o problema qual seria? Então, por exemplo,
será que eu posso ir com meu filho junto na festa? Ou será que ele tem necessidade
realmente de ir nessa festa? Ou quem vai estar presente? Pensar junto talvez com
outros pais ou com outras situações para tentar gerar uma solução e entender que
em nenhum momento eu vou controlar totalmente a vida lá do meu filho, nesse
exemplo. Mas eu não posso deixar que isso afete diretamente minha saúde, porque
ao afetar diretamente a minha saúde, vai afetar diretamente a saúde de todos que
estão à minha volta.
Então o baço é a solução dos problemas, como ele pode ser a não
solução dos problemas, se ele não tiver equilibrado.

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Então resumão da aula de baço. Ele o baço tem uma função principal de
dar qualidade ao Qi. Primeiro, tudo o que eu como vai gerar energia, então
dependendo do que eu como, é a qualidade de energia que eu vou dar para o meu
sangue. Se eu só tomo refrigerante, se eu como comida industrializada, é essa
energia que eu vou dar para o meu sangue e é essa energia que eu vou dar para os
meus hormônios, para os meus músculos. Você é o que você come, eu adoro essa
frase dos nutricionistas, né? Então é necessário que você equilibre bem a sua
nutrição para que você tenha uma boa energia e que essa energia se transforme
num bom sangue e você tenha um bom sistema corpóreo trabalhando de uma forma
harmoniosa, ok?
Ele é quem controla os músculos e é ele quem controla o movimento dos
quatro apêndices. Então se eu tenho deficiência em movimentar algum apêndice,
um membro superior ou um membro inferior, eu vou trabalhar o baço. Ou se eu
tenho um paciente debilitado, que não consegue ter uma boa massa muscular, ou
teve perda de massa muscular por uma imobilização, um acidente vascular, ou
ficado acamado muito tempo, eu vou trabalhar o baço para tonificar o músculo. Ou
eu preciso trabalhar com um atleta e o atleta precisa ganhar mais força, ele precisa
ganhar mais explosão muscular, também vou trabalhar o baço em cima dessa
pessoa.
E, para fechar, é quem organiza os pensamentos, ou seja, é o criacional
dentro da nossa cabeça, é a criatividade. É o que eu falo: é a criança que está aqui
dentro do racional. Então quando a gente brinca com o nosso racional e transforma
os problemas em solução, quem faz isso é o baço/pâncreas. E quem afeta o
baço/pâncreas e destrói o baço/pâncreas? É principalmente a ansiedade. Então se
você pegar um paciente com ansiedade, você possivelmente vai estar lidando com
um paciente que está cheio de problemas e não consegue solucionar esses
problemas, porque ninguém é ansioso se não tem problema para ser resolvido.
Então a gente tem que entender qual é o problema e talvez direcionar,
jamais eu devo resolver o problema do paciente, ele tem que resolver ele mesmo.
Como? Eu tonificando o baço desse paciente de forma alimentar e de forma a
estimular, seja na auriculoterapia, seja na acupuntura, vai direcionar energia para o
baço e o baço vai conseguir resolver o problema de uma forma melhor.

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Então essas são as características principais do baço. E é importante


você pegar lá no seu caderninho, anotar todas essas características, por quê? É
dentro dessas características que a gente vai trabalhar o baço.
Para fechar o baço, ele é o responsável por conter as formas. Pensa o
conjuntivo, o tecido conjuntivo, qualidade do tecido conjuntivo: sempre que eu tiver
qualquer perda de forma, alteração de um tecido que está perdendo forma, uma
tumoração ou uma alteração numa hérnia de disco, uma veia que está perdendo sua
forma, está virando uma variz, tudo isso é também de responsabilidade do baço.
Então para fechar, a última característica do baço é que ele tem que
manter todas as formas. Então vocês vão ver, por exemplo, ah, eu tenho um
problema na coluna, eu tenho uma hérnia de disco. Então o disco que deveria ter um
formato X, ele perdeu o formato, criou uma herniação e o núcleo começou a se
projetar. Coluna, coluna a gente vai ver no próximo vídeo que é de responsabilidade
do rim, tá? Mas o disco perdeu a forma, então além do ponto do rim, eu vou associar
um ponto do baço/pâncreas.
Então eu estou com um edema no membro inferior esquerdo. Eu falei que
edema, se é um edema é responsabilidade da via das águas, que é
responsabilidade do pulmão, o pulmão é quem trata dos edemas. Mas o membro
inferior perdeu a forma. Se ele perdeu a forma, ele perdeu o continente, ele perdeu a
terra. Então o que eu vou fazer? Vou tonificar também o baço.
Então sempre que houver perda ou alteração de forma de alguma
estrutura, o baço vai ser trabalhado para fortalecer o conjuntivo daquela região e
ajudar na tonificação, junto do outro organismo que vai ser responsável pelo tecido
que a gente está trabalhando.
Então faz essas anotações para finalizar o baço que é tão importante e
entrar no último elemento de órgão, que é o rim, para depois entrar nas vísceras e
entender todo esse sistema que trabalha o Zang Fu dentro da Medicina Tradicional
Chinesa.

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Aula 16. Funções dos Órgãos e Vísceras - Pericárdio (Xinbao)

Bom, vamos ao sexto órgão do sistema de órgãos e vísceras, que é


conhecido como pericárdio. O pericárdio é interpretado na Medicina Tradicional
Chinesa como o sexto órgão, tá? Então para a gente, na Medicina Ocidental, na
verdade nada mais é do que o invólucro do coração, o tecido que envolve ali o
coração, mas ele tem uma interpretação e uma função muito interessante para a
Medicina Tradicional Chinesa. Ela vai ser trabalhada na auriculoterapia com o
próprio ponto do coração. Alguns mapas têm o pericárdio, que está ali bem próximo,
abaixo do coração, e outros a gente vai trabalhar em cima do próprio coração. Tanto
que a maior parte da interpretação, do meridiano e da Medicina Tradicional Chinesa,
fala que, na verdade, eles são uma coisa só, mas nada mais é do que o Yang
máximo do coração é a superfície do pericárdio.
Então qual é a função principal do pericárdio? A função principal dele
seria a proteção do cérebro. A proteção do cérebro sobre o quê? Bom, para evitar
que o cérebro entre em colapso, a principal interpretação feita pela Medicina
Tradicional Chinesa é que o pericárdio serve para bloquear as más emoções do
externo para o interno, assim como facilitar a esterilização dessas emoções. Ou
seja, a digestão da emoção é feita exatamente pelo pericárdio.
Então qualquer tipo de emoção transitória, então eu briguei com um
amigo no trabalho e isso virou uma emoção e eu não estou conseguindo lidar com
essa emoção, o ponto do pericárdio é trabalhado. Eu tive uma discussão com...
Então é muito mais uma coisa transitória do que ainda se fundiu com algum órgão e
se transformou em alguma patologia.
Geralmente, o pericárdio vai ser muito trabalhado em pessoas que têm
dificuldade em lidar com emoções, ok? Então o fortalecimento do coração e o
fortalecimento do pericárdio são naquelas pessoas extremamente ou insensíveis,
que visivelmente parece que nenhuma emoção a toca, então isso seria uma
deficiência do pericárdio, então uma ausência total de emoção, isso é interpretado
como uma patologia muito séria, como também aquela pessoa que não pode ver um
comercial de margarina que começa a chorar.
Então essa inconstância tanto de excesso, ou seja, nada me toca, eu vejo
um ente querido morrer e aquilo para mim não tem interpretação nenhuma, ou
roubam meu carro e eu não estou nem aí, então você vê que não existe emoção

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dentro daquela pessoa. Isso é interpretado como um excesso e a gente vai trabalhar
uma sedação no pericárdio, para que essa pessoa se sensibilize. É importante, por
mais que a gente ache que na sociedade a gente deve ser blindado das emoções,
não, na verdade, a gente tem que entender as emoções e interpretá-las, para que
elas façam sentido e não as evitar. Eu me olho no espelho, eu tenho que ter empatia
para que eu viva em sociedade, eu preciso sentir o que o outro sente, eu preciso
entender o que o outro está sentindo e isso depende muito da interpretação do
pericárdio, do coração, da parte racional no emocional. Então essa fusão do racional
com o emocional está muito ligada pelo transporte do próprio pericárdio, ok?
E aquela pessoa que qualquer coisa que aconteça, ela muitas vezes foi
criada numa redoma de vidro ou alguma situação na vida a transformou, uma
situação em que ela ficou muito sensível às emoções, então essa pessoa que
transita muito, muito interpretada como bipolar, mas não ainda classificada como,
mas é vulgarmente chamada de bipolar: “nossa, você estava alegre agora a pouco”,
“ah, mas eu vi um cachorrinho ali na rua, eu comecei a chorar, e levei uma tristeza
muito grande”. E daqui a pouco, no mesmo momento, ela vê uma piada e está
extremamente alegre, então você vê que há uma inconstância de sentimentos que
dificulta muito o entendimento do próximo com a vida dessa pessoa. Então muitas
vezes essa pessoa, ela mesma não tem esse entendimento de fragilidade
emocional, mas as pessoas que a cercam interpretam exatamente essa dificuldade
dessa pessoa de lidar com emoções, e que essa pessoa é uma pessoa diferente a
cada dia. E isso demonstra uma fragilidade, principalmente no órgão do pericárdio,
que está ligado ao coração.
E, se a gente for interpretar pelos cinco elementos, ele ainda faz parte do
fogo e da parte Yin do fogo do coração. Mas dentro de órgãos e vísceras, ele é
separado como uma sexta víscera complementar aí dentro disso, ok?
Então não tem muita coisa, o pericárdio, mas ele tem uma importância
muito grande, que é lidar com as emoções. E a gente pode ver que na maioria dos
pacientes que a gente pega, muitas vezes pode ser por dor, por perda de peso ou
qualquer coisa, hoje em dia a gente vive em uma sociedade em que a dificuldade
em lidar com emoções é uma coisa muito presente. Então vale a pena dar uma
investida e uma investigada para ver se tem alguma alteração aí no coração e no
pericárdio também.

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Então faz aí suas anotações, pericárdio foi o sexto órgão mais simples, e
agora a gente vai entrar nas vísceras para complementar todas as funções de
órgãos e vísceras, fechando o Zang Fu.

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Aula 17. Funções dos Órgãos e Vísceras - Estômago (Wei)

Entrando agora nas vísceras, das funções principais das vísceras,


vísceras são um pouco mais simples do que os órgãos, os órgãos compõem uma
quantidade imensa de funções. As vísceras são chamadas de complementos, elas
são o Yang da víscera, elas são o complemento, lembra, quando a gente falou em
cinco elementos, a gente tinha na água o rim, depois o fígado, o coração, o
baço/pâncreas, o pulmão, que voltava para o rim. Então água, madeira, fogo, terra,
metal e volta para a água. Aí o complemento do rim quem é? A bexiga. O acoplado
ou complemento do fígado quem é? A vesícula. O complemento do coração é o
intestino delgado. O complemento do baço/pâncreas é o estômago. E o
complemento do pulmão é o intestino grosso.
Então, dessa forma, a gente fala sempre que o acoplado, pensando em
cinco elementos, ele tem menos função do que o Yin. Então o Yin tem muito mais
funções e o Yang muito mais execuções, ok? Então ele é mais para o trabalho
direto, do que por escritos entrelinhas.
Então a gente vai começar a falar um pouco sobre a principal função do
estômago. Então a principal função do estômago, mais clara e clássica, é a
transformação, a destruição e a transformação do alimento. Então quando o
paciente tem um problema em transformar o alimento, em digerir o alimento, isso já
é um problema diretamente do estômago. Claramente é exatamente o que a gente
interpreta como uma gastrite propriamente dita. Então uma dor e queimação após se
alimentar, após tomar um café, após ingestão de um alimento X, Y, Z, então a gente
vai interpretar que a pessoa tem uma fragilidade em destruir o alimento e
transformar esse alimento.
Então a destruição e o transporte desse alimento para o baço, para o
baço transformar em energia, é fundamental. Então sempre que eu tiver um paciente
que tenha um quadro de empanzinamento, o que é isso? O paciente come e ele
sente que o alimento não desce, ele come e, ao comer, ele fica com muita vontade
de vomitar, ou simplesmente fica com o abdômen distendido. Então logicamente a
gente tem que ver qual é a qualidade alimentar desse paciente, o que ele está se
alimentando é importantíssimo, mas também observar que pode estar havendo uma
fragilidade do estômago, ok? E aí a gente vai fortalecer esse estômago como um
ponto de base ali no paciente.

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Se o paciente tem dificuldade, então, por exemplo, o paciente tem uma


boa ingestão de líquidos, mas no final ele não tem uma boa produção de líquido
corpóreo. Como assim? Vamos fingir que o paciente acaba de beber um copo
d’água e ele faz que dá 10 minutos ele vai e urina esse copo d’água. E você vê que
ele tem pele seca, ele tem vias aéreas ressecadas, ele tem pele ressecada, unha
ressecada, cabelo ressecado, então você vê que o paciente até tem a ingestão de
água, mas ele não tem uma boa absorção de Jin Ye, de fluidos corpóreos.
Então a segunda função importantíssima do estômago é exatamente
conseguir controlar, botar para dentro os fluidos corpóreos. Ele é a origem dos
fluidos corpóreos. Ou seja, se o paciente ingere líquidos e mesmo assim, ele fala
para você que bebe seis litros de água por dia e quando você vai analisar, ele tem
problemas de fluidos corpóreos, tem fluidos corpóreos espessos ou está fazendo
muito edema, ele tem muito ressecamento, então ele tem uma dificuldade em
absorver e ter origem de fluidos corpóreos, é exatamente no estômago que a gente
vai trabalhar, porque é o estômago, na visão da Medicina Chinesa, que faz a boa
absorção de líquidos, ok?
Um outro ponto importante do estômago é que se não houver um bom
trabalho sobre a destruição do alimento, não haverá um bom Qi alimentar. Então
lembra que a necessidade de o alimento ser bem digerido pelo estômago é
fundamental para que o paciente tenha uma boa absorção do Qi e esse Qi seja
elevado para o Qi torácico e transformado lá.
Então o estômago é a base do Qi alimentar. Se essa pessoa não tem
uma boa mastigação, se ela não tem uma deglutição e se ela não tem uma boa
destruição do alimento, para esse alimento entrar dentro do organismo dele, ele não
vai ter um bom Qi alimentar.
Como é que a gente observa isso? Por dois sinais: primeiro, o paciente
que não tem uma boa mastigação. Se ele simplesmente engole o alimento, o
alimento precisa ser... Muitos livros são muito interessantes, porque eles falam entre
30 até 80 mastigações de alimento, antes de ele ser ingerido. Então, na verdade, o
que acontece? Existe lá dentro da nossa boca a necessidade da mastigação até
pela mecânica, para facilitar que o estômago faça a digestão, assim como na saliva
existe lá a ptialina, uma substância que destrói também o amido e ajuda a absorção.
Então como a gente observa que o paciente não tem uma boa digestão?
Quando o paciente reclama após a alimentação ou quando a gente observa a
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evacuação desse paciente. Na evacuação desse paciente ou ele apresenta muitos


gases, isso é uma interpretação de uma má digestão, e isso a gente vai trabalhar em
cima do estômago também, talvez junto com o intestino grosso, mas a gente vai
observar a forma de saída desse alimento.
Então quando o paciente tem um relato de que ao ir ao banheiro, ele
sente que ele evacua alimento ainda em pedaços, isso acontece, isso é
impressionante, ou seja, isso significa que o alimento está passando pelo trato
gastrointestinal e esse paciente não está absorvendo nada de bom, possivelmente
ele está absorvendo só a toxina do alimento e não está absorvendo a base
fundamental do alimento.
Um ponto interessante do estômago é a parte sobre sentimento. Então,
por exemplo, o estômago tem uma função muito importante, que é a digestão...
Assim como ele faz a digestão do alimento, ele também faz a digestão dos
sentimentos. Ou seja, aquilo que te falaram e você fala assim: aquilo não desceu,
está engasgado, eu não consegui digerir aquilo que me foi falado, não me pareceu
saudável aquilo que a pessoa falou para mim, isso quem faz é exatamente o
estômago. Então esse não descer o sentimento é uma coisa que deve ser
trabalhada exatamente no estômago.
Então a digestão das emoções também é de função do estômago, tá?
Então é importante que a pessoa faça a digestão dos sentimentos? Sim, de alguma
forma: ou que ela não aceite aquela emoção e coloque para fora, como se você
tomar um veneno, o seu corpo vai tentar vomitar aquele veneno, então uma emoção
que foi jogada para você, você pode devolver essa emoção. Você não pode deixá-la
parada dentro de você. Ou se você tem um bom estômago, ou como se diz por aí,
eu tenho estômago de avestruz, você pode receber um baita tiro de canhão
emocional, e se você tem um bom estômago, você pega aquilo, faz a digestão
daquilo e evacua aquilo. É o que as pessoas falam: entrou por um ouvido e saiu pelo
outro. Mas é necessário que haja uma digestão. Ou essa digestão é regurgitada,
porque se é um veneno muito forte, ela não pode me fazer mal internamente; ou que
eu faça passar direto, ou seja, que a emoção entre, mas que ela saia direto, sem me
envenenar.
Então a gente tem que interpretar isso quando o paciente tem algum
problema emocional, se, na verdade, o problema dele é na emoção ou na
interpretação da emoção ou na digestão dessa emoção. Então quando essa pessoa
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fala que não consegue digerir, não consegue engolir aquilo que lhe foi falado por um
ente querido, por um cônjuge, por um familiar, por um parceiro de trabalho, a gente
vai trabalhar em cima do estômago, tonificando o estômago do paciente. Porque aí,
logicamente, o corpo do paciente vai aprender a lidar – ou ele vai defecar esse
sentimento ou ele vai regurgitar esse sentimento.
Então esse é um dos pontos que eu acho mais interessantes do
estômago. Tem o ponto direto, que é a digestão. Tem o ponto da absorção dos
fluidos, para a distribuição dos fluidos. E tem esse ponto que é muito interessante,
sobre emoção, que é a digestão da emoção. Então sobre todos esses aspectos, a
gente vai trabalhar o ponto do estômago para fazer um desses trabalhos, caso seja
o problema do seu paciente.
Então façam as anotações no seu caderno, continuem o estudo e até o
próximo vídeo!

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Aula 18. Funções dos Órgãos e Vísceras - Intestino Delgado (Xiaochang)

Entrando um pouco na função do intestino delgado, que é o


acoplado do coração, nos 5 elementos, lembrando que as vísceras têm um
pouco menos de função, então são mais simples de entender, mas a função do
intestino delgado é muito importante, ela separa o puro do impuro. Isso é uma
interpretação literal, como também emocional.
Então dentro da medicina tradicional chinesa, o intestino delgado é
que dá uma continuidade à absorção de líquidos que vêm do estômago e ele
vai ser quem vai dizer o que vai cair para a corrente sanguínea e o que vai ser
transformado em fezes. Então, basicamente, é o órgão responsável pela
absorção maior, absorção proteica, absorção de proteínas do corpo, enquanto
no pâncreas, no estômago, vai ser mais a absorção de açúcares, então é onde
acontece a maior absorção de proteínas. E esse lance de separar o puro do
impuro está muito ligado também à parte emocional, principalmente.
Pode ser porque o meu paciente tenha problemas diretamente
ligados ao intestino delgado, então você vai ver patologias de absorção de
proteínas, então o paciente que tem uma sensibilidade maior à lactose, ou
alguma proteína qualquer, que seja, ele vai apresentar diretamente diarreias e,
muitas vezes, até com sangue, e isso vai ser trabalhado diretamente com o
meu intestino delgado, o fortalecimento desse intestino delgado, a tonificação
desse intestino delgado, mas eu acho que a maior interpretação e mais bonita
interpretação, porque é muito simplista falar diretamente: “tenho problema no
intestino delgado”, “eu vou colocar o ponto do intestino delgado”. É meio óbvio,
mas o grande lance do trabalho da medicina chinesa é fazer a interpretação
desse puro, do impuro, na medicina tradicional chinesa, quanto à parte
psicológica.
Então o intestino delgado tem uma influência sobre a lucidez mental
e o julgamento, o que é isso? Quando a pessoa começa a perder o julgamento
ou a lucidez mental, a gente vai falar muito que ela está perdendo Shen e isso
começa muito pela manifestação no intestino delgado. Então ela tem uma
dificuldade em dizer o que é certo e o que é o errado. Ou ela começa a ser
dona da verdade, ela começa a julgar, quer dizer, quem não conhece ninguém
assim? O intestino delgado vai ser o responsável pelo julgamento, então pode

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ser que a pessoa perca essa noção do julgamento, então a gente vai falar que
ela perdeu um pouco da lucidez mental. Quando ela começa a perder essa
lucidez, ela está ligada a uma interpretação de uma deficiência do intestino
delgado. E quando ela começa a criar um julgamento excessivo das pessoas,
isso pode ser interpretado também como uma alteração acontecendo no
intestino delgado.
Um excesso de julgamento é um excesso de intestino delgado. Uma
deficiência de julgamento, então não vê mal nenhum naquela pessoa que
roubou ou não vê mal nenhum naquela pessoa que parou em cima da calçada,
não vê problema nenhum em parar em uma vaga de deficiente físico quando
ele não é deficiente físico, então essa falta de julgamento, de autojulgamento
ou de julgamento ao próximo, vem muito da deficiência do intestino delgado.
A gente vive, por exemplo, em uma sociedade em que basicamente
você tem uma deficiência completa de intestino delgado. Então a gente vê,
principalmente no Brasil, essa separação do justo e do injusto, ao mesmo
tempo em que tem muita gente que julga, mas quando existe um
autojulgamento, essa pessoa não interpreta. Então essa dificuldade de
julgamento do próximo, dificuldade do autojulgamento, ela está muito ligada ao
intestino delgado.
E também quando o intestino delgado apresenta uma influência
sobre a nossa capacidade de tomar decisões lógicas. Então quando eu preciso
tomar decisões lógicas e eu não consigo decidir o que é o certo e o incerto,
qual caminho seguir, então essa dificuldade de tomar decisões na vida está
muito ligada ao intestino delgado. Isso também seria uma forma de separar o
puro do impuro. Então você está indo em um caminho, você sabe que você tem
que virar para a direita ou para a esquerda, senão você vai bater no poste.
Então essa indecisão e acaba freando o carro, ferrando a bicicleta e para de
andar porque não sabe qual caminho tomar, essa indecisão lógica, não
emocional, está muito ligada também à deficiência do intestino delgado.
Essas são as principais funções que a gente vai trabalhar. Ou seja,
se o paciente tiver uma dificuldade de digestão de proteínas, digestão geral, a
gente vai trabalhar lá o intestino delgado do paciente, ou se o paciente tem
uma dificuldade de separar o puro do impuro, no quesito também emocional, a
gente vai trabalhar o intestino delgado. Então essa dificuldade de julgamento

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ou lucidez mental, a perda da lucidez mental é diretamente interpretada pelo


intestino delgado e a gente vai ter que trabalhar tonificando esse intestino.

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Aula 19. Funções dos Órgãos e Vísceras - Intestino Grosso (Dachang)

Bom, entrando agora no intestino grosso, a parte do intestino grosso


também é bem interessante. É uma víscera, então por ser víscera, novamente tem
menos funções que os órgãos. Lembrando que o intestino grosso vai ser o acoplado
do pulmão, então é a parte Yang do pulmão e lembra que uma das funções do
pulmão também era a dispersão.
Então bem ou mal, a função do intestino grosso é concluir o que o
estômago e o intestino delgado fizeram, ou seja, terminar de separar o puro do
impuro, ou seja, fazer o final da absorção de líquido.
Então o intestino grosso, principalmente essa função da alça ascendente
para transversa é dificultar o líquido a subir e simplesmente subir somente o sólido,
forçando a entrada de líquido dentro do corpo. Então a absorção ainda dos fluidos
corpóreos, ainda vai ser uma função também do Dachang, do intestino grosso.
Então a gente tem aí uma função de absorção de líquido primeiro pelo estômago,
depois, segundo, pelo intestino delgado, e, terceiro, pelo intestino grosso.
Lembrando que o intestino grosso vai ter uma função de... o intestino
delgado separa o puro do impuro. Quando ele separa o puro, ele joga para a
corrente sanguínea e o que é impuro ele joga para o intestino grosso.
Então a função do intestino grosso é a eliminação do que não presta para
o nosso corpo, ok? Então basicamente a interpretação é: logicamente que
alterações intestinais, como um todo, eu vou trabalhar o ponto do intestino grosso,
numa visão mais direta, então numa diarreia, uma constipação, mas vamos entender
esse lance da diarreia e constipação. Pode ser transitório, porque você ingeriu uma
bactéria, ingeriu um vírus, alguma coisa, teve uma infecção alimentar, mas também
a gente pode ter uma interpretação muito mais subjetiva, ok? Então, por exemplo,
pessoas que têm diarreias constantes, pensando na visão da Medicina Tradicional
Chinesa, que vai no emocional do que a víscera é responsável, o intestino grosso
serve exatamente para botar para fora o que não presta no corpo. Então o que
acontece? Pessoas que têm diarreias constantes, ou elas estão sofrendo algum
abuso emocional constante e esse corpo elimina em forma de diarreia, então pode
ser um abuso físico, um abuso psíquico, um abuso emocional, e isso ele consegue...
Lembra aquilo que o estômago ou vai regurgitar ou ele vai jogar para
fora? Entrou num ouvido saiu no outro? Então, esse “entrou num ouvido e saiu no

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outro”, essa descida rápida e momentânea da emoção e do botar para fora está
muito ligada ao ter que sair, senão vai me fazer muito mais.
Então pessoas que são abusadas emocionalmente, fisicamente, então
isso tudo tende a levar a um excesso no intestino grosso, ou seja, ele recebe muita
coisa ruim, e ao receber muita coisa ruim, ele tem que tomar uma decisão: ou ele
coloca para fora, ou ele guarda.
Então o paciente que tem uma maior facilidade de digestão, quando ele
recebe muita coisa ruim, muita emoção, muitos sentimentos ruins, o que ele faz? Ele
dispara uma diarreia e essa diarreia coloca tudo para fora. Então lembrando que não
estamos entrando na função de uma bactéria, de um vírus, e sim em uma função de
que já foi investigado a via alimentar, essa pessoa não tem um distúrbio alimentar,
não tem uma infecção alimentar, não tem uma água infeccionada, nem nada do tipo,
mas ela tem uma diarreia que não tem um propósito. Então ela pode estar, sim,
sofrendo essa diarreia por uma constante invasão de coisa ruim no seu entorno.
Então é muito comum a gente pegar nos pacientes: ele vivencia uma
enxurrada de emoções ou dentro de casa ou até mesmo no trabalho ou nos dois
locais ao mesmo tempo, ele sofre uma influência constante e isso vai ser
interpretado, para ele, como uma coisa muito ruim. E ele vai descender para o
intestino grosso, como um sentimento ruim e vai colocar para fora como uma forma
de diarreia.
Enquanto a interpretação oposta, na verdade, é a pessoa que guarda
muitos sentimentos, que guarda muita matéria, tende a gerar constipação. Então
isso é uma interpretação também da Medicina Chinesa: pessoas que guardam
emoções, isso está muito ligado, a gente vê muito mais constipação em mulheres
exatamente por isso, a mulher tem uma tendência muito maior a guardar as
emoções e a cicatrizar as emoções. Então esse ato de cicatrização das emoções
está muito ligado a prisão de ventre, ok? Então o paciente gerar uma prisão de
ventre, isso significa que ele está guardando algum sentimento.
Mas somente sentimento? Não. Isso pode estar envolvido também em
guardar coisas, ok? Então pessoas que são colecionadoras ou então acumuladoras,
você abre o armário da pessoa e ela tem roupa de quando ela tinha 3 anos de idade,
de quando ela tinha 5 anos de idade. Tudo ela tem um porquê de guardar. E, de
repente, metade da casa dela está tomada por objetos, porque todos os objetos têm
alguma ancoragem emocional, então ela precisa de um objeto para guardar uma
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Dr. Marcos Minello - Auriculoterapia 2.0

emoção e isso vai fazendo com que ela gere uma constipação, que ela gere uma
prisão de ventre. E isso vai gerando uma dificuldade maior e cada vez mais
cumulativa. Então são pessoas que praticamente implodem de tanta emoção.
E quando bota para fora, logicamente que essa emoção, por estar
guardada muito tempo, vai ter um cheiro muito, muito ruim. Então elas guardam o
sentimento por muito tempo e quando conseguem a eliminação desse sentimento,
acaba afetando muito as pessoas à sua volta. E isso pensando tanto da forma
material das fezes, então as fezes tendem a ter um cheiro muito putrefato, muito de
substância em putrefação, assim como os sentimentos que ela bota para fora,
quando ela bota para fora, são putrefatos, são estragados, destrói muito o
sentimento de outras pessoas que estão à sua volta, que muitas vezes não tem a
ver com todo aquele sentimento, toda aquela emoção que foi jogada.
Então o intestino delgado é um ponto importante a ser trabalhado, essa
função desses aspectos psicossociais, psicológicos, mas também pela absorção e
alimentação.
Lógico que se o paciente ingere um alimento e esse alimento está
contaminado, logicamente vai sofrer uma destruição da sua flora intestinal e ele vai
ter uma diarreia. Então nem tudo é só sentimentos, a gente tem que interpretar
também as partes físicas e as partes constitucionais. A pessoa pode ter sim uma
flora intestinal mal regrada, mal feita e mal nutrida e, com isso, ele ter uma má
digestão, um excesso de gases e tudo mais.
Então tudo isso cabe interpretação, através de uma avaliação do que ele
come e do que ele recebe de emoção e do que ele guarda ou do que ele bota para
fora, isso tudo tem muito a ver com o intestino delgado.
Então faça a sua interpretação aí de intestino grosso. Desculpa, eu falei
delgado agora a pouco, é intestino grosso. Faça essa interpretação, coloque tudo
isso no papel. Sempre que você estiver fazendo essas aulas, tente, no seu
caderninho aí, se você conhece alguém que tenha esses sentimentos, tenta
começar a dar nome a essas pessoas. Então intestino delgado, eu vi que aquela
pessoa, intestino grosso, eu acho que aquela pessoa... Quando você começa a
fazer vínculos, vai ficando mais fácil de você gravar todas essas informações, que
são muito enriquecedoras e muito interessantes de serem trabalhadas também
dentro da auriculoterapia. Até o próximo vídeo!

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Aula 20. Funções dos Órgãos e Vísceras - Vesícula Biliar (Dan)

A vesícula biliar é um órgão muito importante, uma víscera muito


importante, lembrando que ela está acoplada da madeira, no elemento madeira
e ela é acoplada do fígado. Ela tem uma função muito direta sobre a
alimentação, que ela ajuda na digestão principalmente de gorduras, através da
excreção da bile. Então a excreção de bile está ligada diretamente à
quantidade de gordura que você ingere. Se a pessoa está acostumada a fazer
uma ingesta muito grande de gordura, lembrando que a gordura não
propriamente dita é a gordura natural, mas ela pode ser a saturada, insaturada,
a gente pensa na carne com a gordura, a pessoa não come a carne com
gordura, mas come o arroz do restaurante que está brilhando, ou seja, tem
muita gordura envolvida. Então a gente tem que tomar cuidado porque, muitas
vezes, os alimentos, principalmente os alimentos que são industrializados, eles
têm muita gordura embutida dentro deles, porque a gordura traz ao paladar, ela
envolve a língua. Então sempre que você quer transformar um alimento em um
alimento mais palatável, os químicos que estão produzindo o alimento, eles
colocam, embutem a gordura, para a gordura conseguir saturar ali, abrir as
suas papilas gustativas e você sentir mais vontade de comer aquele alimento.
Então a gordura tem esse poder, esse poder não é à toa, porque
passamos, na evolução, por milhares de anos, buscando a gordura, por ser
uma alimentação importantíssima na sobrevivência, porque é uma forma que a
gente conseguia estocar alimento e é o alimento com maior poder energético
que tem, superando o carboidrato, o carboidrato dá energia mais rápida, a
proteína é a constituição do nosso corpo e a gordura, na verdade, é
alimentação de bateria, a sua última reserva energética é a gordura e durante a
nossa evolução, em que caçávamos, a gordura tinha um papel muito
importante. Esse papel foi sendo trabalhado dentro da evolução e foi fazendo
com que a gente tivesse um apetite cada vez maior por gordura. Logicamente a
gente está sofrendo uma outra evolução agora, que a gente está se tornando
mais racional, entendendo que a gente não precisa estocar mais tanto
alimento, porque o alimento já está disponível para a gente, só que nessa
brincadeira de evolução, os químicos trabalham em cima da nossa língua,

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fazendo a gente ingerir constantemente muita gordura, sem a gente entender


que tem ali gordura.
Ao observar a quantidade de nutrientes que tem dentro do que você
está desembalando, você observa ali a quantidade de gordura saturada,
insaturada.
Isso tudo vai fazer com que a vesícula biliar trabalhe mais ou menos.
E isso vai fazer com que você tenha um problema maior na vesícula ou menor
na vesícula. Então a vesícula trabalha excessivamente, pode acabar
disparando, esse trabalho excessivo, a formulação de pedras pela ingestão de
gorduras. Essa é a visão direta e alimentar da coisa, então se eu tenho um
problema na vesícula, eu vou trabalhar o ponto da vesícula, se eu tenho uma
digestão de gordura, eu vou trabalhar a vesícula ou se eu tenho uma
dificuldade em controlar o colesterol, também pode ser um ponto importante a
se trabalhar a vesícula biliar.
Mas também tem um ponto importantíssimo da vesícula, que é a
questão emocional. esse é sempre, para mim, assim, o ponto mais interessante
da medicina tradicional chinesa, que é: a vesícula é responsável pela decisão
emocional do que a gente vai fazer da nossa vida. Então o julgamento, a
tomada de decisão, principalmente emocional, do que eu vou fazer e do que eu
não vou fazer. E aí você vê isso exatamente acontecendo, principalmente em
paciente quando a gente vai fazer a avaliação no paciente e ele fez retirada de
vesícula, ou tem pedras na vesícula e tudo mais, quando você faz a
interpretação da vida dessa pessoa, você vê que ela cedeu muito,
emocionalmente.
Não que a vida não seja um jogo de ceder e não ceder, isso é uma
decisão. O problema é quando essa decisão passa por cima, muitas vezes, do
julgamento do que é o correto ou incorreto de vida emocional dessa pessoa.
Então ela deixa de confrontar um cônjuge ou um ente querido, ou um colega de
trabalho, para não bater de frente e aquilo acaba, dentro dela, se
materializando. Então pela visão da medicina tradicional chinesa, a formulação
de pedras na vesícula tem muito a ver com a indecisão ou a não digestão de
uma decisão emocional que deveria ter sido tomada. Então em um
determinado momento, ela bate de frente com alguma tomada de decisão e se
ela tem uma vesícula forte, ela toma uma decisão e segue em frente. E isso

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traz uma boa saúde para a vesícula biliar. Se ela cede muito e tudo bem para
ela, mas tudo bem entre aspas, aquilo acaba machucando, essa deglutição e a
não digestão dessa gordura emocional vai ser materializada dentro da vesícula,
gerando pedras na vesícula.
Então todo paciente que fez retirada de vesícula e todo paciente que
teve... logicamente existe a genética, existe a via alimentar, como a gente
falou, mas observa se não há essa alteração de tomada de decisão emocional
na vida do paciente, é muito legal como casa isso diretamente.
E a vesícula está muito ligada também, principalmente as pessoas
que têm distúrbios em vesícula biliar, são constantemente ligadas aos
bipolares. Então a pessoa uma hora toma decisões diretas e uma hora ela
cede completamente. Então você não entende muito bem, porque ora ela é
uma pessoa com altas decisões emocionais e, de repente, ela cai e dali ela
começa a não tomar mais decisões, você fala: “quem é essa pessoa?”, e daqui
a pouco ela volta a tomar decisões. Então essa inconstância emocional está
muito ligada a distúrbios de vesícula. E essa bipolaridade faz muito mal e pode
ser trabalhada tanto via alimentar, como também por via do trabalho da
auriculoterapia, mas ela primeiro precisa entender quem é ela, se é a pessoa
que toma decisões ou a pessoa que aceita as decisões. E talvez fazer com que
ela, em vez de ter picos tão intensos, tenha uma constância. Lembre-se que na
medicina tradicional chinesa, a constância é muito importante, então a tomada
de decisão deve ser sempre interpretada pelo bem que faz para a pessoa, mas
também pelo bem da comunidade e o bem a quem a decisão [acomete].
É importante e sempre que houver essa interpretação, a gente vai
trabalhar o ponto da vesícula biliar para fortalecer essa tomada de decisão do
paciente e também solucionar um problema alimentar ligado à gordura.

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Aula 21. Funções dos Órgãos e Vísceras - Bexiga (Pangguang)

A bexiga, que é acoplada do rim, talvez pelo rim ter aquela


enormidade de funções, ter uma quantidade enorme de funções, tenha sobrado
poucas funções para o seu acoplado, que é a bexiga. Então a bexiga vai ser
trabalhada principalmente na auriculoterapia, pelo visão da medicina tradicional
chinesa para dois motivos: um é incontinência ou retenção hídrica, então se o
paciente tem muita retenção de líquido, a gente vai trabalhar. Lembra que o
que controla a via das águas é o pulmão? Quem faz a descendência, a
filtragem é o rim, mas quem faz a eliminação nesse excesso de líquido é a
bexiga. Então, por exemplo, se o meu paciente tem retenções hídricas, eu
trabalho o local da retenção hídrica, o pulmão por ser o controlador da via das
águas, o rim por ser a filtragem, mas quem vai eliminar é a bexiga, então um
ponto fundamental também é a tonificação da bexiga para que ela consiga
fazer a eliminação da retenção hídrica. Ou se o paciente tem uma
incontinência, a gente vai trabalhar tanto o assoalho pélvico dele, o genital
externo dele, o ponto do genital externo, mais o ponto da bexiga, propriamente
dito.
E um ponto importante, uma terceira função importantíssima é que a
gente trabalha muito o ponto da bexiga com pacientes para controle de
temperatura. Então a gente tonifica muito, ou seda muito, a gente vai entender
a sedação e tonificação, quando eu quero fazer com que ele faça mais
excreção de líquido, eu vou aumentar a função desse órgão. Então aumentar a
função desse órgão, eu vou ter que estar trabalhando principalmente para
eliminação do excesso de líquido e é uma forma perfeita de diminuir a
temperatura corpórea do paciente.
Então a gente entende, por exemplo, quando o paciente está febril, a
gente tem que deixar a transpiração acontecer, por quê? A transpiração é uma
das melhores formas de troca gasosa, mas a eliminação de líquido através da
urina também é uma eliminação de calor. A gente vai trabalhar também a
bexiga quando a gente estiver trabalhando com pacientes com uma hipertermia
ou paciente com hipotermia, mas muito mais comum a gente trabalhar com
pacientes com hipertermia, com febre e aí a gente vai trabalhar fazendo com
que o paciente faça mais sudorese, a gente vai trabalhar lá sobre o pulmão, a

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gente vai trabalhar também sobre o rim e sobre a bexiga, para que aumente a
excreção de líquido, tanto por transpiração e o pulmão que vai fazer isso, como
vaporização, como também a excreção do líquido através de urina. Então essa
é a função principal da eliminação do líquido.
E o que acontece? A eliminação desse líquido, muitas vezes, a
gente trabalha quando a gente quer, entrando um pouco na função mais da
parte emocional, o trabalho de eliminação de líquidos também faz com que a
gente acabe movendo o rim. Ou seja, quando o rim está estagnado, é
interessante a gente forçar um pouco a função do rim, se esse rim não estiver
muito debilitado, para que ele descongele. Então lembra quando a gente falou
um pouco de rim, que uma das principais deficiências do rim leva à depressão,
leva o paciente ao pânico, ao medo e isso tudo tende a ser interpretado como
um iceberg, um congelamento do elemento água? Então uma das formas
interessantes de forçar o trabalho do rim é trabalhar o Yang do rim, ou seja,
lembra quando a gente estava falando em 5 elementos, a gente dividiu a água,
na parte Yin é o rim e a parte Yang é a bexiga. Então quando eu tonifico a
bexiga, eu forço essa pessoa a começar a excretar mais líquido. Ou seja, se
está saindo mais líquido, vai forçar a entrada de mais líquido. Então se eu forço
a saída e forço a entrada de mais líquido nesse iceberg, se eu molho esse
iceberg, eu forço o descongelamento dele.
Então, novamente, forçar um paciente que está em crise de pânico,
medo, depressão, forçar a entrada de líquido, fazer com que o estômago, o
intestino trabalhe para forçar esse líquido a entrar e também forçar a excreção
através da bexiga, faz com que eu ajude o rim a sair do quadro emotivo de
depressão, emotivo do pânico ou então de emoções muito aprofundadas, que
estão congeladas dentro do paciente. Então esse é um ponto importantíssimo,
quando a gente está trabalhando o ponto da bexiga.

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Aula 22. Funções dos Órgãos e Vísceras - Triplo Aquecedor (Sanjiao)

O triplo aquecedor é considerada a sexta víscera e ela tem uma


função muito importante, que é agrupar alguns órgãos e vísceras e trabalhar
em cima deles. Principalmente na medicina tradicional chinesa, o triplo
aquecedor é trabalhado, utilizado ou ativando, principalmente quando a gente
encontra problemas de líquidos corpóreos. Então a função principal do triplo
aquecedor é o metabolismo de líquidos.
Então a gente tem três aquecedores, como diz o nome triplo
aquecedor, lembrando que em auriculoterapia, em alguns mapas, o nome triplo
aquecedor aparece com o seu nome tradicional lá em mandarim, que é
Sanjiao, ele fica próximo das endócrinas, a hora que a gente for para a
localização de pontos, você vai ver direitinho o ponto.
Então o triplo aquecedor vai ter a função de trabalhar os líquidos
corpóreos e a dificuldade do corpo de lidar com esses líquidos corpóreos.
Então principalmente o aquecedor superior, ele ganha uma nomenclatura
chamada de névoa, o que é isso? Qual a função dos líquidos no triplo
aquecedor? O pulmão, com ajuda do coração, mas principalmente o pulmão,
ele que é o mestre das águas, ele que trabalha o excesso de líquido corpóreo,
no aquecedor superior, ele vai ter a função de névoa, o que é isso? De pegar o
líquido puro e levar esse líquido puro para as vias aéreas superiores e para a
pele, transformando em vapor, na via aérea superior e transformando em
transpiração na pele. Então o que acontece? Se o meu paciente tem ou uma
dificuldade de sudorese, ou uma dificuldade de controle de homeostasia, de
temperatura corpórea, ou se o meu paciente se encontra com febre, eu quero
fazer ele ter mais sudorese. Ou se o mais paciente tem, às vezes, um excesso
de sudorese, uma hiperhidrose em uma determinada região, é exatamente o
ponto do triplo aquecedor que eu vou trabalhar.
Mas como eu vou saber se eu vou trabalhar o triplo aquecedor
superior, médio ou inferior? Aí é que está o lance. Quando a gente for trabalhar
o triplo aquecedor, a gente coloca lá no ponto do triplo aquecedor, só que para
o corpo entender qual é a região do triplo aquecedor que ele deve tratar, em
conjunto eu devo colocar os órgãos e as vísceras que compõem aquela região
do triplo aquecedor.

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Por exemplo, o aquecedor superior é composto pelo pulmão e pelo


coração. Então se eu quero trabalhar essa parte de hidratação de vias aéreas
superiores ou transpiração, seja por excesso ou por deficiência, eu vou
trabalhar o ponto do triplo aquecedor e vou colocar em conjunto o ponto do
coração e o ponto do pulmão, associando os três e aí você coloca lá no ponto
local, referente a onde está tendo problema. Ah, meu paciente tem uma
hiperhidrose principalmente em axila, então além dos pontos que eu vou
colocar triplo aquecedor, coração, pulmão, eu também coloco lá o ponto da
axila. Ou não, não é axila, é mão, então você troca o ponto axila pelo ponto da
mão. Mas sempre trabalhando em conjunto, explicando para o triplo aquecedor
qual região do triplo aquecedor ele deve tratar.
O triplo aquecedor na região média, ou seja, o aquecedor médio do
nosso corpo, ele é chamado de piscina de lama, o que isso significa? A piscina
de lama nada mais é do que a parte digestiva, como se a gente observasse o
estômago digerindo os alimentos e aquilo ali é considerado uma piscina de
lama. Então o aquecedor médio tem a função principalmente de transportar e
transformar os fluidos corpóreos. Então a gente vai focar no aquecedor médio
principalmente quando a gente estiver com um paciente que tem dificuldade
em digestão. Então em transformar e transportar os alimentos. O paciente que
come e, ao comer, sente a barriga muito inchada, se sente empanzinado ou ele
tem uma dificuldade de digestão, com muita vontade de vomitar após a
alimentação. Ou ele sente que o fluxo alimentar não desce. Isso tudo a gente
vai trabalhar em cima do triplo aquecedor e o triplo aquecedor médio é
composto pelo estômago, pelo baço, pela vesícula e pelo fígado, são os órgãos
que compõem o aquecedor médio.
Nesse caso que o paciente tem essa dificuldade de alimentação, de
transformação do Qi alimentar, de digestão dessa alimentação, ou uma
queimação, uma gastrite, qualquer coisa ligada à alimentação, se eu quero
regular, eu vou usar o ponto do triplo aquecedor, que em alguns mapas é
chamado de Sanjiao e vou associar esses outros quatro pontos, que são: baço,
estômago, vesícula biliar e fígado. Então são cinco pontos fundamentais para
trabalhar a parte digestiva, qualquer dificuldade de digestão ou até mesmo a
falta de fome e aí a gente vai trabalhar, em vez de sedar, a tonificação e esse
critério de tonificação e sedação a gente vai explicar um pouco mais à frente.

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Dr. Marcos Minello - Auriculoterapia 2.0

Mas a princípio, se está em deficiência, eu vou ter que tonificar. Ou seja, se o


corpo não está conseguindo, não está com vontade de se alimentar, eu
tonifico. Se, na verdade, ele não está conseguindo lidar com excesso, o quadro
está de excesso, eu vou ter que sedar, isso a gente vai explicar um pouco mais
à frente.
E, por último, o aquecedor inferior que é considerado o aquecedor
responsável pela excreção do excesso de líquido, excesso de lixo orgânico.
Então vai ficar ali no aquecedor inferior o rim, a bexiga, o intestino delgado e o
intestino grosso. Então a dificuldade de evacuação e a dificuldade de urinar, a
gente vai trabalhar o triplo aquecedor como um ponto fundamental e vou
associar os pontos que estão em dificuldade, então, por exemplo, se o meu
paciente tem uma certa dificuldade na via urinária, na via de excreção de
líquidos, eu vou trabalhar com o rim e a bexiga. Se o meu paciente tem a
dificuldade de evacuação de fezes, eu vou trabalhar com o intestino grosso e o
intestino delgado, em conjunto com o ponto do triplo aquecedor.
Caso no paciente esteja acontecendo um quadro de excesso, a
gente também pode trabalhar o triplo aquecedor, só que agora sedando. Então
se o meu paciente, por exemplo, tem incontinência urinária ou tem
incontinência fecal ou está sofrendo uma diarreia, eu também vou trabalhar o
ponto do triplo aquecedor e vou associar e vou trabalhar junto com o rim e junto
com a bexiga. Se o problema está principalmente na parte intestinal, na parte
de excreção de fezes, que está em excesso uma diarreia, eu também vou
trabalhar o Sanjiao, triplo aquecedor, associando intestino grosso junto com
intestino delgado. Logicamente, se está em um quadro de excesso, um quadro
de diarreia ou um quadro de incontinência urinária ou até mesmo infecção
urinária, aí a gente vai fazer um quadro de sedação para o corpo parar um
pouco a função e, com isso, amenizar os sintomas do paciente.
Então o triplo aquecedor vai ser sempre um ponto que vai ser
tratado em conjunto com outro órgão e víscera, para que o corpo entenda o
que fazer. Algumas pessoas trabalham muito o triplo aquecedor também com
uma função de metabolismo, então você vai ver alguns protocolos em que se
usa o triplo aquecedor para ajudar no emagrecimento, então eu posso tonificar
tanto o aquecedor superior, como o aquecedor médio, como o aquecedor
inferior. Dessa forma, como eu estou trabalhando todos os aquecedores,

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tonificando todos os aquecedores, ou seja, essa pessoa vai transpirar mais, vai
criar mais névoa respiratória, vai digerir melhor os alimentos, vai transportar
melhor os alimentos e vai excretar e eliminar o resto dos alimentos de forma
mais rápida e isso acaba acelerando o metabolismo.
Então, em conjunto, é muito comum usar o ponto do triplo aquecedor
sozinho quando eu quero que todos os aquecedores trabalhem de forma
acelerada. Se eu trabalhar todos de forma acelerada, acaba que o metabolismo
se acelera, então o triplo aquecedor, se aqueço todos os triplo aquecedores,
que eu ligo, se eu tonifico o ponto do Sanjiao, triplo aquecedor e não determino
qual órgão e víscera, ele vai trabalhar todos eles e, dessa forma, acaba
acelerando um pouco o metabolismo e a gente vai ver como conjugar com
outros pontos para facilitar o emagrecimento, como trabalhar junto com o ponto
da suprarrenal, que vai liberar mais adrenalina e o corpo vai acelerar um pouco
mais. Então a gente vai ver um pouco isso mais à frente em protocolos
funcionais, mas já é para ir abrindo a cabeça um pouco.
Pensou em triplo aquecedor, pensou principalmente em líquidos
corpóreos, parte superior, que é o coração e o pulmão, a gente foca
principalmente hidratação de vias aéreas superiores e transpiração, aquecedor
médio, principalmente digestão alimentar e o aquecedor inferior principalmente
a excreção do lixo orgânico, tanto líquido, quanto sólido. Assim fica mais fácil a
gente entender um pouco da função do triplo aquecedor.
E agora um ponto importante, você pegar seu caderno, sua folha de
anotação e fazer o resumo da aula para você entender e para você colocar em
suas palavras qual função tem o triplo aquecedor e quando vai ser usado.
Tendo dúvida, entre no grupo, coloque sua dúvida a respeito dessa aula, para
a gente responder e conseguir o grupo todo compartilhar esse conhecimento.
Até a próxima aula.

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Aula 23. Anatomia do Pavilhão Auricular e o Feto Invertido

Para entender um pouco mais sobre anatomia, localização dos


pontos, primeiro a gente precisa se familiarizar e essa visão que a gente tem,
por exemplo, do feto invertido na orelha é uma visão muito interessante que
ajuda muito na aula de localização de pontos, principalmente quando eu não
estou com um mapa na hora que eu vou fazer a auriculoterapia. Então muitas
pessoas ficam preocupadas principalmente em gravar todos os pontos da
auriculoterapia e isso é praticamente impossível, logicamente vocês vão gravar
os principais pontos, mas o que é mais importante do que gravar? É entender a
anatomia e o posicionamento do corpo e o que tem em cada região do pavilhão
auricular.
Então, por exemplo, a visão da orelha é que ela é um feto em
posicionamento de nascimento, ou seja, um feto em posição invertida, que já
está pronto para nascer. Ou seja, a cabeça está virada para baixo e os pés
estão virados para cima. O que acontece? Dessa forma, você mesmo sem um
mapa de auriculoterapia, você consegue nortear muito e entender muito bem o
mapa e até formular o mapa na sua cabeça, porque, na verdade, o pavilhão
auricular não tem pontos, ele tem áreas, assim como no nosso corpo. Eu não
tenho um ponto da cervical, na verdade, entre a minha cabeça e o meu tronco,
existe a cervical, existe o pescoço, existe a traqueia, existe a laringe, está tudo
interligado.
Quando a gente tem essa noção, a gente tem uma noção, na
verdade, que a gente está trabalhando áreas do corpo e não pontos
específicos. E sempre que eu trabalho um ponto, eu tenho uma margem de
sensibilidade regional, então o que é importante é... muitas vezes as pessoas
pensam: “será que eu peguei o ponto milimetricamente perfeito?”, isso é
indiferente, por quê? A gente tem uma área de sensibilização de um raio de
mais ou menos um centímetro em torno do ponto que a gente colocou. Então
por mais que eu tenha um ponto muito próximo do outro, por mais que eu
coloque um ponto, eu influencio os pontos que estão no entorno mais ou
menos um centímetro de circunferência. Então as pessoas, às vezes, ficam
muito presas em um detalhezinho de localização perfeita do ponto. A gente não
é feito de pontinhos, a gente é feito de regiões. Então tem a região do pulmão,

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que entre um pulmão e outro, um pouco à frente, tem o coração. Então quando
eu vou lá no mapa e vejo que entre os dois pulmões tem o coração, na
verdade, quando você está pegando o pulmão, acaba que você está pegando o
coração também, você está usando a energia de um e do outro.
A gente coloca pontos para ficar mais preciso, mas a gente tem que
entender que quando a gente está falando de uma orelha que tem uma
proximidade de pontos muito grande, quando eu coloco em uma região, eu
acabo influenciando regiões no entorno. E quando eu tenho essa mente de que
eu estou trabalhando em uma área e não em um ponto específico, isso me
ajuda muito a ficar mais tranquilo e, bom, eu só não posso errar por mais de
dois centímetros, porque se eu errar alguns milímetros, tudo bem. Então por
isso que é interessante a gente focar principalmente em um trabalho de
macrolocalização primeiro. E, com o tempo, você vai entendendo, vai
facilitando e vai ficando mais fácil a localização dos pontos.
O primeiro ponto é: você só vai ficar bom em localização quando
você estiver atendendo muitas pessoas. Então, no início, foque em
macrolocalização e, com o tempo, você vai refinando cada vez mais.
Mas vamos, principalmente, entender cada região do corpo, no que
consiste. Então tem áreas específicas do pavilhão auricular que são
determinadas e mais fáceis de localizar o que tem. Por exemplo, no lóbulo, que
é a partezinha mais molinha do pavilhão auricular, a gente tem a face. Então
tudo o que eu encontro de face, sempre vai ter um ponto ou outro perdido ali,
tudo bem, mas na macrolocalização, a região do lóbulo fica responsável pela
face. Então olho, nariz, boca, língua, dente, mandíbula, maxila, amígdala, tudo
isso está localizado no lóbulo.
Logo depois do lóbulo, a gente tem uma região chamada de
antitrago. Então o antitrago é uma região que vem logo depois da face. Então
logo depois da face, a gente tem o quê? O crânio. Então nessa regiãozinha
aqui, a gente vai ter localizado as coisas que estão no crânio, então a gente
tem o osso frontal, o osso temporal, o osso occipital, a gente tem o ápice da
cabeça, o vértex, em alguns mapas é localizado o vértex, ou o ápice da
cabeça. Dentro, na parte interna, a gente vai ter o cérebro, o tronco cerebral, a
gente vai ter as glândulas da hipófise, a gente vai ter o subcórtex, a gente vai
ter tálamo, essa região toda de cérebro vai estar localizada no antitrago. Então,

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preciso procurar um ponto do cérebro e não estou achando, bom, eu sei que o
cérebro fica no crânio, mas ele fica dentro do crânio, ou seja, na face interna eu
vou ter o cérebro.
É por isso que quando a gente tem uma noção de macrolocalização,
a microlocalização fica muito mais fácil, porque se eu não entendo o princípio
do feto invertido, eu fico muito perdido em localizar no mapa onde está o
cérebro, onde está a boca, onde está a perna, então com isso facilita muito.
Logo depois do trago, a gente tem uma peça chamada antihélix.
Toda essa parte aqui é a antihélix. Então do que é composta a antihélix? A
antihélix é logo depois da cabeça, e aí vem a coluna, então eu tenho a coluna.
Mas depois da cabeça vem que parte da coluna? A primeira parte é a cervical,
a parte intermediária é a região torácica e a parte um pouco mais grossinha é a
região lombar. Então, dessa forma, eu tenho exatamente essa localização.
Aqui eu tenho o trago, o antitrago, que é a cabeça. Aqui eu tenho a coluna toda
do paciente, começando na cervical, depois dorsal e, por último, a lombar.
E no final da lombar, o que a gente tem? A pelve. Então essa região
toda aqui que tem um furinho, esse furinho se chama fossa triangular. A fossa
triangular tem tudo o que eu tenho dentro da pelve. Então aqui eu vou ter o
ovário, o útero, no homem vai ser o testículo e a parte do corpo cavernoso do
pênis, que, histologicamente ou embriologicamente, eles vieram de uma
mesma forma, ovário é um testículo interno, na mulher e a parte do útero e o
canal vaginal nada mais é do tecido que foi feito para virar o pênis.
E aqui na face superior, a continuidade, a gente chama isso de cruz
superior, esse quadrado aqui dessa região, a gente vai ter o membro inferior,
onde está localizado o coxofemoral, quadríceps, ísquios, joelho, perna, pé, os
dedos do pé. Onde a gente vai tratar, então, ah, tem um problema no joelho,
tem um problema na coxofemoral, tem um problema no pé. Pense sempre o
seguinte: se a cabeça do feto está aqui, a coluna está aqui, o pé do feto vai
estar lá no final. Então se a gente fosse pensar do Oiapoque ao Chuí, se a
gente for pensar no início e no fim, o que eu tenho de mais baixo ponto aqui é a
amígdala, seria mais ou menos se o feto tivesse uma boca virada para nascer
e o ápice, por dentro, eu tenho, na verdade, o ponto do pé, pela parte de dentro
ainda da cruz superior. Então eu vou ter aqui localizado o pé.

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Nessa região mais fininha, então a gente vê aqui que a fossa


triangular se divide em cruz superior e uma cruz inferior, essa partezinha mais
delgada e fininha aqui da orelha se chama cruz inferior. Na cruz inferior,
basicamente a gente tem três pontos, na aula que a gente for por ponto, a
gente vai falar, mas ali vai ter localizado um ponto de glúteo, quadril, um ponto
de nervo ciático e um ponto muito utilizado na auriculoterapia que é o SNV, que
em alguns mapas vai ser colocado como sistema neurovegetativo. Então é um
ponto que ou é conhecido como simpático ou como SNV, sistema
neurovegetativo.
Nessa região interna, que se chama concha cava e concha cimba, é
onde estão localizados todos os órgãos e vísceras. Então nessa parte de baixo,
onde tem coração, pulmão, no entorno aqui a gente tem toda a parte digestiva,
começando com a boca, a gente vai ter aqui língua, a gente tem palato
superior, inferior, mais a parte externa e aqui a parte mais digestiva, onde
começa a boca. A gente tem aqui no ápice da raiz da hélix o estômago e no
final aqui a ampola retal. Então a gente vai ver essa ferradurazinha
gastrodigestiva um pouco mais quando a gente for falar de pontos específicos
diretamente.
A gente tem essa fissurazinha aqui, esse sulco mais profundo, que
fica atrás da antihélix e anterior à antihélix, essa dobradiça aqui é onde está
localizado todo o meu membro superior. Como o feto está invertido, onde
começa a fossa vai ser a região do ombro, a parte média, mais ou menos, a
região do cotovelo e a parte final a parte da ponta dos dedos. Então o meu
paciente tem uma tendinite de punho, tem uma epicondilite, tem uma tendinite
de ombro, então são regiões que a gente vai localizar. Pense sempre: membro
superior está dentro dessa fossa aqui, fossa escafoide.
O trago, que é essa região anterior e a hélix, toda essa região
externa aqui da orelha, todo o bordo externo da orelha, que começa desde
aqui, então aqui é a raiz da hélix e ela vem subindo e contorna tudo e o trago,
ela não tem localização específica do que tem ali. Então é um pouco mais
bagunçado os pontos que estão localizados ali, a gente não pode falar que é
uma zona X ou Y da orelha. Mas zonas chaves que a gente vai, na hora da
localização dos pontos, determinar, mas é uma zona um pouco mais mista, que
tem um pouco de cada ponto, então não é uma região toda da orelha.

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Mas vamos lá rapidinho fazer o resumo, o que a gente tem? A gente


vai ter aqui no lóbulo os pontos da face. A gente vai ter aqui na região do trago
pontos do crânio. A gente vai ter toda essa parte aqui mais larguinha, a coluna,
começando da cervical, dorsal e lombar, que se divide para formar a fossa
triangular, onde a gente tem tudo o que tem dentro da pelve. Essa parte mais
larga que continua subindo se chama cruz superior, onde a gente vai ter os
pontos de membro inferior e a cruz inferior, que vai ter três pontinhos
importantes: quadril, o simpático e o nervo ciático.
A gente tem aqui a fossa escafoide, que são todos os pontos de
membro superior, começando do ponto mais baixo clavícula, ombro e o ponto
mais alto a ponta dos dedos. Dentro da concha cimba e concha cava, a gente
vai ter todos os pontos de órgãos e vísceras, aqui no talo e na hélix, a gente
não vai ter nenhuma zona específica de região do corpo do paciente, por ser
uma zona um pouco mais bagunçada, mas a gente vai ter localização de
pontos importantes lá também.
Então faça as suas anotações referentes à anatomia, foque em
olhar, principalmente quando for olhar a orelha de um paciente, olhar como se
estivesse olhando para o feto daquele paciente, por quê? Quando a gente olha
dessa forma, facilita, porque quando a gente olha o mapa de orelha e olha a
minha orelha, por exemplo, ela vai ser diferente de um paciente ou vai ser
diferente da sua orelha. Então você fala: “o mapa tem uma orelha perfeita, mas
quando eu saio do mapa e vou para outro paciente, que tem uma orelha mais
quadrada, tem uma orelha mais esticada, tem uma orelha mais larga, mais de
abano”, então conforme a gente vai vendo orelhas de tipos diferente, a gente
pode ficar um pouco mais perdido em relação ao mapa, mas se eu olhar a
macrolocalização como um feto, as localizações, se eu focar nessas
localizações como regionais, fica muito mais fácil o entendimento e a
localização do ponto em si.
Essa é uma coisa que parece boba no início, mas quando você for
focar em localização de pontos, essa localização vai facilitar muito e,
principalmente, quando você fala assim: “nossa, eu não lembro onde é o ponto
do joelho”, bom, você já sabe que membro inferior está na cruz superior, com
isso, se o paciente está com dor no joelho, basta você palpar essa região aqui
e não precisa palpar a orelha inteira e ficar perdido, você palpa simplesmente

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na região em que o paciente está sentindo algia, isso vai facilitar muito a sua
palpação e, com isso, vai fazer com que seu tratamento ganhe agilidade e ao
ganhar agilidade, se torne mais eficiente, principalmente em qualidade e
colocação de pontos e em velocidade de localização dos pontos.
Então siga anotando, lembre-se que isso aqui é um vídeo gravado,
então você pode ir pausando e fazendo as suas anotações, esse é um ponto
muito importante.

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Aula 24. Função dos Pontos Auriculares

A gente vai entrar em um ponto muito importante agora da aula, do


curso, que é a função, tanto a função de tratamento, como a função de
diagnóstico na hora da palpação dos pontos segundo os mapas. Então a gente
vai começar primeiro com o mapa que está aqui abaixo, junto do material
complementar e é importante você ou imprimir esse mapa, ou colocá-lo na tela
do computador, aberto junto da aula e você ir fazendo as suas anotações,
referentes a cada ponto.
É importante entender e passar bem por essa parte da aula, de
função dos pontos, por quê? Na hora que a gente for montar um protocolo, eu
preciso entender cada ponto e qual a função de cada ponto na hora da
montagem de um protocolo, por quê? Para montar uma receita de um
protocolo, eu preciso entender muito bem a função de cada ingrediente, o que
um ponto X é capaz de fazer e se eu palpá-lo, o que significa em um
diagnóstico?
Então é um ponto muito importante da aula. É preciso que você
gaste um tempo anotando, vendo e revendo, porque a gente vai explicar cada
ponto do pavilhão auricular e qual a sua função. Lá na frente, na hora que a
gente for juntar o pensamento de como formular no protocolo, é fundamental
que você tenha pelo menos já embasado, lógico que você não vai gravar todos
os pontos, mas que você tenha em sua cabeça os principais pontos já bem
elaborados para a hora da formulação de protocolos.
Então nessa parte da aula seguinte, é importante que você tenha ou
o mapa já impresso na sua mão, ou um caderno e eu prefiro que você tenha o
mapa impresso mais o caderno, para você ir fazendo as anotações. O
importante é: a aula é gravada, então você pode ir dando pause conforme eu
for falando, para você ir fazendo as suas anotações. Lembre-se que um ponto
importantíssimo é você fazer anotações, isso faz com que seu cérebro se
comprometa mais com os estudos.
Então qualquer dúvida a respeito de cada aula dessa, se você tiver
alguma dúvida a respeito, coloque lá no grupo, que a gente responde e vai
tirando as dúvidas individualmente ou o grupo todo conversa com o aluno que

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está com a dúvida e isso é interessante do grupo, que serve principalmente


para o crescimento intelectual da turma.
Então pegue o caderno, o mapa e siga aí na aula.

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Aula 25. Função dos Pontos Auriculares - Lóbulo

A gente vai entrar em localização de pontos agora e a gente vai começar


pela região do lóbulo, tratar do lóbulo auricular e na região do lóbulo auricular,
a gente tem alguns pontos que são bem simples de se entender a função, o
porquê desses pontos.
A gente vai começar com um ponto que está bem no canto superior,
bem próximo à região do trago, que é o lóbulo, essa parte mais molinha,
conforme está na imagem aí para vocês. E a gente vai começar por um ponto
que é conhecido como ponto do dente. Esse ponto do dente tem uma função,
principalmente, para analgesia, anestesia, para problemas odontológicos,
então quando o paciente está sofrendo de dor, seja de siso ou de qualquer
outro tipo, muito utilizado pelos dentistas, já muito utilizado pela odonto para
também anestesia e analgesia durante procedimentos a serem realizados em
consultório, ou simplesmente serve para amenizar a dor enquanto o seu
paciente ainda não consegue ir a um dentista. Então um paciente que está
sofrendo por uma infecção, por uma inflamação, por um siso nascendo, algum
tipo dessa dor, você vai utilizar esse ponto e ele serve também como ponto de
diagnóstico.
Ou seja, nem todos os pontos, quando você pressiona, eles dão
reação, mas esse sim dá uma reação e a reação é direta à odontalgia. Então
uma dor de dente, eu posso comprovar se o paciente realmente está sentindo
palpando esse ponto, a gente vai explicar um pouco mais sobre a palpação em
uma aula somente de palpação, e ao palpar esse ponto, o diagnóstico é sim, o
paciente está sofrendo de dor de dente ou também pode estar reativo quando o
paciente tem síndrome do nervo trigêmeo, então também pode estar presente
essa sensibilidade acontecendo, já que o trigêmeo vai ser responsável pela
inervação dessa parte do rosto e de dentro da boca.
O segundo ponto que a gente vai falar é do palato superior e palato
inferior. Então, na verdade, seria a parte anterior e parte posterior do palato,
parte do céu da boca. A gente vai utilizar esses pontos, eles são principalmente
utilizados para problemas de ronco, é a principal utilização dele, então a
flacidez do palato, principalmente a parte posterior do palato causa uma

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vibração quando o paciente dorme com uma respiração local. E essa vibração
pode estar no nível de palato e pode estar no nível de faringe.
Então o ronco de palato é um ronco mais vivo dentro da boca. O
ronco mais ecoado vem da laringe e da faringe. Então o paciente com ronco de
boca, um ronco mais vivo, mais presente, vai ser um desses pontos que a
gente vai trabalhar, vai ser a região do palato. Ele não tem muita função de
diagnóstico em palpação.
O ponto da língua é um ponto importantíssimo, que a gente vai
utilizar o ponto da língua para problemas, por exemplo, de deglutição, para
problemas de fala, para desvios, para qualquer alteração de língua, então até,
por exemplo, um paciente que mordeu a língua e cortou a língua, um pós-
trauma, pode ser um ponto que a gente vai utilizar. Um ponto importante, a
perda de paladar também é um ponto que a gente vai utilizar e muito se utiliza,
é um caso muito comum em idosos, principalmente mulheres após a
menopausa, o critério da boca seca. A gente vai trabalhar o ponto da língua e
daqui a pouco a gente vai ver lá no antitrago o ponto da principal glândula
salivar, que se chama parótida. Então é um conjunto de pontos, isso a gente
vai ver a junção dos pontos um pouco mais à frente, mas o ponto da língua
também vai ser para essa função.
Indo mais para a parte externa da orelha, na mesma linha, a gente
tem o ponto da ATM, articulação temporomandibular, então paciente que tem
estalo, dor, bruxismo, bloqueio de abertura ou de fechamento da boca, rigidez,
edema, dor, tudo nessa região anterior do pavilhão auricular, muitas vezes
irradia para dentro da boca, então é um ponto que a gente vai utilizar então
para distúrbios da articulação temporomandibular. Ajuda muito nas analgesias,
acontece muito quando o paciente está fazendo o uso de órteses de correção,
os aparelhos de correção e principalmente quando você está trabalhando a
mordida cruzada, força-se muito o deslocamento de mandíbula e aí o paciente
também pode apresentar, sempre que ele vai no dentista fazer a correção, ou
que eles chamam de apertar o aparelho, essas artículas tendem a ficar
doloridas, então a gente pode trabalhar também ou em cima da articulação ou
se fica a dor só no dente, trabalhar lá com um ponto que anteriormente a gente
falou, o ponto do dente.

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Para o lado um pouco, embaixo, a gente tem dois pontos que estão
conjugados também para problemas odontológicos, que são a maxila e a
mandíbula. Então o meu paciente tem dor no dente, que ponto eu vou utilizar?
Ponto do dente. Mas aí eu posso dizer se o dente é na parte de cima, maxila,
ou se ele está na parte de baixo, a mandíbula. Então se eu tenho um paciente
com dor mais na parte de baixo dos dentes, eu vou além de colocar o ponto do
dente, também vou colocar o ponto da mandíbula. Não, a dor não é no dente,
na parte de baixo, é na parte de cima, então além do ponto do dente, eu
também vou botar o ponto da maxila e, assim, auxiliar no tratamento da
localização da lesão em si.
No finalzinho ali, onde fica a inserção entre o lóbulo e a hélice,
saindo dessa parte mais molinha e começando a cartilagem, a gente tem um
ponto ali muito importante, que é o ponto da ansiedade. A ansiedade vocês vão
ver que a gente tem dois pontos nesse mapa e esses dois pontos são bem
interessantes de serem trabalhados em conjunto com outros pontos, e aí a
gente vai ver o trabalho em conjunto. O que a gente tem que entender? A
ansiedade pode ser uma crise aguda ou pode ser uma ansiedade crônica.
Sempre que a gente pensar em um quadro agudo, o que é um
quadro agudo de ansiedade? Um ataque de ansiedade? O paciente vai ter
sintomas como tremor, sudorese intensa, dificuldade na fala, uma sensação de
frio no estômago, na barriga, então isso tudo vai ser de uma crise ansiosa.
Nessa crise ansiosa, é importante a gente vai fazer um trabalho de sedação.
Então nas crises ansiosas, a gente vai trabalhar mais a sedação.
Se for uma coisa mais crônica, o paciente tem uma ansiedade que é
mais cronificada, a gente vai trabalhar a tonificação. Lembre-se que a gente
não está tonificando a ansiedade, sempre que a gente fala em tonificação e em
sedação, vocês vão ver o vídeo só de tonificação e sedação, mas só para já ir
esclarecendo, a tonificação é do organismo do paciente, a sedação é do
organismo do paciente. Então quando eu falo que eu vou tonificar, eu não
estou tonificando a ansiedade, eu estou tonificando o corpo do paciente para
ficar mais forte e ele ficar com menos ansiedade, já que a ansiedade é uma
insegura, é uma deficiência.
Descendo um pouco ali abaixo da linha do dente, lobo abaixo da
linha do dente a gente tem um ponto chamado ponto da neurastenia.

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Neurastenia é quando a gente se encontra com um esgotamento físico e


mental, muito ao contrário do estresse, então seria exatamente o estresse do
lado oposto. O estresse é quando a pessoa está muito agitada, grita com todo
mundo, briga com todo mundo e tudo mais e a neurastenia é exatamente o
oposto, esgotamento físico e mental, está mais associada, talvez, a um início
de depressão do que a realmente um estresse. Então a pessoa está cansada,
está no automatismo, ela não tem mais pique mental para nada, mais pique
físico para nada, ela chega do trabalho e quer deitar e dormir somente, então
ela tem um cansaço mental, um cansaço físico. Você nota que diminui a
produção dessa pessoa.
Então a neurastenia é uma patologia muito comum, que afeta
milhões de pessoas e que, muitas vezes, as pessoas só vão procurar uma
ajuda quando essa neurastenia se torna uma coisa mais grave, que é uma
depressão. Então é importante a gente focar isso, a gente vai ter o ponto da
neurastenia aqui embaixo e lá em cima tem uma região verde, que já está
abaixo do antitrago e abaixo da antihélix, que é uma área verde que se chama
área da neurastenia também. Então em conjunto a gente vai trabalhar esses
dois pontos e junto com outros pontos, quando a gente for falar em formulação
de protocolo.
Do lado do ponto da neurastenia, a gente tem o ponto do olho. A
gente vai ver que a gente tem o ponto do olho aí no centro do lóbulo, mas se a
gente olhar lá em cima, próximo da incisura entre o trago e o antitrago, a gente
tem o ponto da visão 1 e da visão 2. Então qual a diferença de ponto da visão e
ponto olho? O ponto olho vai ser para trabalhar, tratar, principalmente
patologias que estão ligadas diretamente a problemas físicos no olho. Então eu
apresento uma catarata, eu apresento uma hiperemia ocular, olhos secos ou
lacrimejando em excesso, tudo isso são problemas físicos. Diferente de o
paciente apresentar uma visão turva, uma visão dobrada ou então um cansaço
visual. Quando eu penso que o paciente tem uma alteração no campo de visão,
os dois pontos que eu vou utilizar são os pontos lá em cima , perto da incisura,
entre o trago e o antitrago, dois pontos em pretinho lá, que vão se chamar
ponto da visão 1 e visão 2.
Quando o problema é diretamente na estrutura do olho, a gente vai
colocar o ponto do olho propriamente dito. Pode ser que comumente a gente

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tenha que associar, por exemplo, em uma catarata existe uma alteração do
olho, do cristalino e também existe uma alteração da visão. Então auxilia muito
o paciente, logicamente a gente não vai pensar em curar a catarata, que é uma
alteração física ali e irreversível, a gente vai pensar, na verdade, em retardar o
progresso dessa catarata ou estabilizar, para que essa pessoa tenha uma vida
mais confortável e que ela precise talvez da cirurgia mais à frente, quando
necessário.
Do lado do ponto do olho, a gente tem um ponto chamado ouvido
interno. Ouvido interno, principalmente a gente vai utilizar para duas funções.
Primeira função e mais importante é que o ouvido interno vai ser responsável
principalmente pelo nosso equilíbrio, é chamado também de labirinto. Ou seja,
o meu paciente está com labirintite, então quando o paciente estiver em um
quadro da labirintite, a gente vai trabalhar esse ponto e se vocês notarem, lá
em cima, no triângulo em amarelo, tem ali também uma área da vertigem.
Então se o meu paciente tem alterações de equilíbrio, se ele tem a labirintite
diagnosticada, a sensação de que está tonto o tempo inteiro, principalmente
quando se move, ou quando anda de carro, anda de elevador, ou mudança de
decúbito bruta, tudo roda, os dois pontos que a gente vai trabalhar são o ponto
do ouvido interno junto com o ponto da vertigem.
E a segunda função importante, se vocês notarem nesse mapa que
a gente colocou, tem um sulco que vai aparecer na orelha do paciente, uma
dobra na orelha do paciente, que começa lá no ovário e termina lá no ouvido
interno. Esse sulco é um sulco que induz ao diagnóstico de que o paciente, se
não tem, ele está caminhando para ter uma perturbação auditiva de zumbido.
Então se o paciente apresenta zumbido no ouvido, ele possivelmente
apresenta essa dobra, esse sulco na orelha e o ponto onde termina é o ouvido
interno. Ou seja, é um dos pontos fundamentais que a gente vai trabalhar para
zumbido dentro do ouvido. Aí a gente vai conjugar junto com o ponto do ouvido
central e junto com o ponto do ouvido externo e aí a gente vai entender
também outros pontos importantes a serem tratados junto com esse ponto, na
formulação da patologia aí de zumbidos no ouvido.
Na parte mais baixa aqui do lóbulo, a gente vai ter o ponto da
ansiedade, que a gente já falou do ponto da ansiedade no final do lóbulo com o
final da hélix. Esses dois pontos são importantes para tratar um paciente que

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se encontra em um quadro de ansiedade. Lembrando que quando a gente


falou de órgãos e de 5 elementos, o elemento que se prejudica muito com a
ansiedade e preocupação é o elemento terra. Se a gente pensar principalmente
em órgão e víscera, a gente vai falar que o baço é o principal órgão a ser
trabalhado, principal afetado pela ansiedade, então em conjunto com esses
dois pontos da ansiedade, a gente já conjugaria o ponto do baço para associá-
lo.
A gente tem um ponto do lado da ansiedade, que se chama ponto da
amígdala, a gente vai focar principalmente quando o paciente se encontra em
um quadro de amigdalite ou quando o paciente tem dificuldade de deglutição.
Então, muitas vezes, na dificuldade de deglutição, a gente trabalha tanto o
ponto da língua, quanto o ponto da amígdala e também possivelmente o ponto
da faringe também. Então a gente vai ver mais ou menos em que região o
paciente tem mais dificuldade de deglutição. Se for mais, realmente, na parte
da boca, a gente vai trabalhar língua e amígdala. Se ele sente um desconforto
de deglutição mais realmente no pescoço, a gente vai focar mais na laringe e
faringe, o ponto que vai trabalhar mais essa região anterior do pescoço.
Aqui no finalzinho a gente tem uma borda chamada área do tumor
com dois pontos, que são os pontos da hélix 5 e da hélix 6. Ou seja, no bordo
da orelha, a gente tem um total de seis pontos, que são chamados pontos da
hélix. Então a hélix nada mais é do que todo o contorno da orelha. E para o que
serve o ponto da hélix? O ponto da hélix é um ponto que, a princípio, não tem
diagnóstico em palpação, mas ele é um ponto que auxilia muito na analgesia
por área. O que isso significa? Por exemplo, o ponto hélix 6 está muito próximo
ali da amígdala, do olho, do dente, então é o ponto da hélix mais próximo
dessas regiões. Então se eu tenho uma inflamação no olho, uma inflamação na
amígdala, uma inflamação no dente, ele é um ponto que ajuda tanto na parte
analgésica, quanto anti-inflamatória, por proximidade. Se eu tenho mais um
problema na ATM, na maxila, na mandíbula, a gente vai para o ponto hélix 5,
ele é mais próximo da mandíbula e da maxila. Então se eu quiser colocar mais
um ponto de analgesia e de anestesia, de anti-inflamatório para alguma
alteração na mandíbula, na maxila ou na ATM, eu posso utilizar o ponto da
hélix 5. Então o ponto de hélix vai por proximidade, então a gente ver o hélix 4,
que ainda está aparecendo aqui no lóbulo, mas ele já faz parte da antihélix, ele

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está muito próximo ao ponto do ombro, então o hélix 4 vai ser um ponto muito
importante para tratar dor no ombro, dor cervical.
Então, basicamente, o ponto da hélix é um ponto analgésico e
dependendo da lesão, do local da lesão, é um ponto que eu vou utilizar parar
tratar dor da região. Então eu coloco lá o ponto da mandíbula, o ponto da
maxila e coloco o ponto da hélix 5. Ah não, eu tenho uma amigdalite, então eu
boto o ponto da amígdala, em conjunto eu boto o ponto da hélix 6.
E sempre que o paciente tiver uma tumoração no corpo, um tumor,
um câncer no corpo, alguma coisa do tipo, a princípio, a área do tumor vai ficar
morfologicamente alterada. A gente pode palpar, caso a região da área do
tumor esteja mais sensível, eu posso trabalhar com pontos em cima para
ajudar no tratamento do paciente. Meu foco é principalmente em pacientes com
câncer, que estão em tratamentos de quimioterapia, de radioterapia, seja o que
for, eu foco muito, na verdade, no tratamento, muito mais nos sintomas do
paciente pós-quimio, pós-rádio, para ajudar esse paciente a diminuir enjoo, a
diminuir sensação de queimação e tudo mais. Então eu foco muito mais o
trabalho da auriculoterapia em melhorar a vida do paciente, do que ficar
tratando o tumor em si.
Então, muitas vezes, a gente já tem ótimos quimioterápicos, ótimos
radioterápicos, mas os tratamentos que ajudam nos sintomas da rádio e da
químio ainda não dão grandes efeitos e a auriculoterapia tem um efeito muito
bom sobre o efeito pós-rádio e pós-químio. Então eu foco principalmente em
um paciente que tem muito enjoo, a gente vai focar em um protocolo de enjoos,
se o meu paciente tem mais queimação na pele, a gente vai focar em um
protocolo de queimação da região da pele, dessa forma, a gente vai
trabalhando em cima do paciente e dos sintomas. Eu pergunto sempre ao
paciente com câncer, que está em tratamento, o que eu posso fazer para
melhorar a vida dele. Então: “ah, eu gostaria de dormir melhor”, “eu queria
diminuir um pouco a minha ansiedade”, porque eles entram em uma
ansiedade, em uma depressão. Então, muitas vezes, a gente focando
secundariamente, a gente dá uma qualidade de vida melhor e está intimamente
ligada a melhora da qualidade de vida à melhora dos quadros de câncer.
Então esses são os pontos principais que a gente tem na região do
lóbulo e agora a gente vai passar para uma outra parte do corpo também.

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Aula 26. Função dos Pontos Auriculares - Antitrago

Então a gente vai falar agora da região do antitrago da orelha,


começando ali pela parte mais proximal à incisura, a gente tem aí um ponto
que o ponto do ovário, o que é importante? O ovário vai estar localizado lá na
fossa triangular, que a gente vai ver daqui a pouco, mas esse ovário a gente
chama de ovário hormonal, uma função, na verdade, de controle do cérebro
sobre o ovário.
Então a gente determina dois tipos de ovário ou testículo, isso é
importante. A mesma função que a gente vai falar do ovário, a gente vai falar
no homem uma função do testículo. A função hormonal do ovário, a excreção
de progesterona, de gonadotrofina, a liberação de estrógeno, então isso tudo,
quando eu tenho alterações ou dificuldades na relação do ovário com a função
hormonal dele, esse ponto localizado logo no início da região do antitrago é o
que eu vou utilizar. Ah não, a pessoa tem um problema físico no ovário, então
eu vou utilizar lá da parte superior. Então pensou sempre na parte hormonal, a
gente vai utilizar esse parte lá embaixo, do antitrago. Se o problema é na parte
física, estrutural, do ovário, aí a gente vai utilizá-la na parte de cima.
Logicamente, é comum quando a gente vai fazer um trabalho em
paciente tenha alterações, por exemplo, o mais comum, dificuldade para
gestação ou alterações menstruais, dismenorreia ou alguma coisa do tipo, a
gente costuma associar tanto o ovário aqui de baixo, quanto o ovário de cima.
No homem, a gente tem a função principalmente de liberação da
testosterona, então se eu tenho um foco principalmente em uma pessoa que
está muito apática, que está sem disposição, sem vontade de treinar, sem
vontade de fazer atividade física, eu quero fazer um trabalho de aumento de
ganho de massa muscular, eu vou focar em uma ativação do testículo, que é o
ovário no homem, ou no caso também do homem que está entrando em
andropausa.
Um ponto logo abaixo desse ovário, no antitrago, é o ponto da
gonadotrofina, também conhecido como HCG, que é um hormônio comumente
utilizado para verificação, para saber se a mulher está ou não em gestação.
Mas qual é a função, principalmente, que a gente vai trabalhar a liberação
desse hormônio? Esse hormônio tem uma função muito importante, que é a

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fixação do óvulo na parede do útero, a manutenção de uma não próxima


menstruação, uma não ovulação. Então o que acontece? Esse hormônio,
gonadotrofina, ele é, em alguns mapas, colocado como ponto da gravidez,
principalmente para aquelas pessoas que a maior dificuldade é a sustentação
da gestação. Então quando eu tenho uma paciente que está tendo o ato
sexual, está havendo a concepção, mas logo em seguida vem a menstruação,
ou seja, ela não está conseguindo ter uma sustentação dessa gestação, ela
perde nos primeiros meses ou no segundo, ou no terceiro mês, então essa
fixação nos três primeiros meses, antes da placenta ser fixada no útero, ela é
determinada pelo hormônio HCG, que é a gonadotrofina.
Então a gente pode estimular tonificando esse ponto em mulheres
para a gestação, então é um ponto muito importante e, principalmente, vai de
encontro com mitos que envolvem a auriculoterapia e medicina tradicional
chinesa, que é exatamente o oposto, tem muita gente que fala que a
auriculoterapia deve ser evitada em gestantes, não, não deve ser evitada, a
gente vai falar um pouco mais sobre isso quando a gente falar principalmente
em indicações e contraindicações, que não há uma contraindicação absoluta, a
auriculoterapia. Na verdade, a auriculoterapia pode ser um coadjuvante muito
importante no trabalho da gestação.
A gente tem um ponto, subindo um pouco o ovário, ponto do
subcórtex, o ponto do subcórtex é um ponto que vai ser utilizado principalmente
nas alterações motoras dos pacientes, então o paciente que tem alterações
cerebrais, alterações gastrointestinais, principalmente para pacientes com
alguma doença em nível cerebral, que ele tem dificuldade de controle do corpo,
o subcórtex vai ser um ponto muito importante a ser trabalhado. Então o
subcórtex faz uma função muito parecida, que a gente vai ver do sistema
neurovegetativo ou simpático, o controle do ligar e desligar. O subcórtex faz o
ligar e desligar da parte cerebral. Ou seja, transformar a automação, religar o
cérebro quanto a uma função que não está acontecendo no corpo. Então
comumente a gente conjuga, por exemplo, ah, eu tenho um intestino ou um
coração que não está funcionando da forma que deveria, por exemplo, uma
hipertensão cardíaca. Eu posso trabalhar o ponto do sistema neurovegetativo
para trabalhar a parte simpática, parassimpática, que a gente vai falar um
pouco mais à frente, quando entrar no SNV, fazendo com que o coração

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trabalhe de forma mais regular e eu boto o ponto do coração porque é onde eu


quero influenciar o sistema neurovegetativo e coloco o ponto do subcórtex para
o cérebro trabalhar também na sua parte autônoma o controle e o acordar,
dentro desse cérebro, desse sistema cardíaco dentro do corpo.
Então o subcórtex vai ser um ponto que a gente vai utilizar bastante
em conjunto com o SNV, principalmente que o SNV a gente pensa em uma
regulação do pescoço para baixo, de uma víscera, de um órgão, de um
membro. E na regulação da parte de cima, ou seja, a ligação dos cabos
elétricos com o computador central faz parte, o ponto do subcórtex vai entrar.
Seguindo essa borda ainda do antitrago, a gente vai ter um outro
ponto chamado parótida. Parótida é a principal glândula responsável pela
salivação. Ela vai ser utilizada principalmente quando eu tenho dois distúrbios,
um, o principal, que acomete muitos idosos, principalmente, não é só idoso,
mas acomete mais idoso que é uma patologia chamada de patologia da boca
seca. Então por mais que a pessoa beba água, ela vai ficar sempre com a boca
seca, com essa sensação de boca seca, então a gente vai tonificar a parótida
e, com isso, a gente vai estimular a salivação.
E quando o paciente tem dificuldade de deglutição, ele pode ter
dificuldade de deglutição exatamente por falta de saliva, então é um ponto que
a gente pode utilizar, principalmente em tonificação e a gente vai pedir para o
paciente estimular principalmente alguns minutos antes da alimentação. Então
meia hora antes de se alimentar, ele vai estimular, ele vai começar um
processo de salivação e isso vai facilitar a digestão e vai facilitar a deglutição
também do paciente.
Como pode ser utilizado em um quadro de excesso também, um
paciente que tem muita produção de saliva e isso o incomoda, ele tem muita
salivação e acaba que é daquelas pessoas que acabam falando cuspindo em
excesso, um mau controle da salivação, então a gente pode trabalhar esse
ponto também, sedando esse ponto para diminuir um pouco a salivação do
paciente.
Logo abaixo da parótida tem um ponto chamado Ping Suan, em
alguns mapas. Esse mapa que vocês estão vendo já está (ininteligível -
00:09:00) com a tradução. Ping Suan significa ponto antiasma. Então é um
ponto para asma, para bronquite, para dificuldade principalmente respiratória.

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Então o paciente que tem uma dificuldade em inspirar, uma dificuldade de


entrada de ar, de saída ar, seria um ponto que ajudaria na abertura dos
alvéolos. Então é um ponto muito interessante de ser trabalhado, de ser
estimulado, para pacientes com asma.
A gente vai ter um outro Ping Suan lá localizado na pelve também, é
o segundo ponto. Então a gente conjugaria Ping Suan 1, Ping Suan 2, para
problemas de asma. Asma onde? No pulmão, então iria conjugar o ponto do
pulmão. A gente já começa a entender um pouco o raciocínio da formulação de
pontos, sendo que a gente vai ter uma aula só para isso, para entender
realmente como eu junto os pontos todos. Mas para aprender a juntar os
pontos, é importante eu entender o princípio de cada ingrediente, de cada
ponto, para conseguir formular uma receita ideal lá na frente.
Abaixo do Ping Suan, notem que tem uma curvinha onde começa
testa, têmpora, vértex e occipital. Então se a gente tem essa testa, vértebra e
occipital, é exatamente a calota craniana. Esses pontos vão ser muito utilizados
principalmente para dor de cabeça. Então o ponto testa, têmpora, vértex e
occipital vão ser utilizados para dor de cabeça na região da dor de cabeça.
Estou com dor de cabeça na frente, ponto da testa. Ou em alguns mapas vai
ser chamado de ponto do frontal.
Ponto da têmpora, para dor de cabeça mais comum, na zona
temporal, dor de cabeça na lateral da cabeça. Ponto de dor de cabeça no
ápice, vértex é o ponto ápice da cabeça. E dor de cabeça na região posterior,
occipital.
A gente pode utilizar esses pontos também como pontos de
palpação para o diagnóstico de dor de cabeça. Então se o paciente apresenta
dor de cabeça, ele vai estar com esses pontos sensíveis.
O ponto occipital é um ponto também muito utilizado para analgesia
geral do corpo do paciente, então é um ponto também conhecido como
analgesia global. O paciente que tem uma dor generalizada, uma dor muito
forte, o occipital vai ser muito utilizado.
Outras funções que a gente pode ter, por exemplo, o occipital
também aqui na parte posterior do cérebro, é a parte responsável
principalmente pela parte de visão, interpretação de visão. Então é comum eu
utilizar o ponto do occípito para distúrbios oculares, eu posso trabalhar também

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junto com o ponto da visão, estava lá no lóbulo, que a gente viu o ponto do
olho.
O ponto temporal a gente vai utilizar muito para projetos, para
criatividade, para o paciente que está em uma fase de criação, criacional, a
gente usa muito o temporal e o ponto frontal principalmente quando o paciente
vai entrar na parte racional, a parte de estudos. Lembra quando a gente falou
também de função de órgãos e vísceras, se eu trabalho o occípito para visão,
visão é responsabilidade do órgão fígado, então eu posso conjugar, por
exemplo, olho, visão, occípito, fígado. Está feito o protocolo para melhora do
tratamento de visão.
Ah não, quero focar um tratamento, por exemplo, em parte racional,
o paciente quer estudar, quer ficar mais inteligente, ele está fazendo um curso
de aurículo, por exemplo, precisa estimular um pouco mais só a parte de
raciocínio. A gente falou, por exemplo, quando falou de órgãos e vísceras, que
o coração é o principal órgão pela parte racional do cérebro. Então eu posso
botar ponto do cérebro, ponto do coração e região da testa.
Se eu penso em criatividade, o paciente está precisando de uma
fase de criação, de inovação, ele perdeu o emprego, ele não sabe o que fazer
da vida, ele está precisando inventar, a gente pode trabalhar a criatividade, é
principalmente responsabilidade do órgão baço, como a gente já falou em
função de órgãos e vísceras, se você ainda está na dúvida, passe lá de novo
nesse vídeo, dê uma olhada em baço que você vai ver as responsabilidades.
Então eu colocaria temporal, têmpora, junto com o baço para estimular a
criatividade do paciente. Que são algumas das funções interessantes aí.
Logo em cima do occipital a gente tem um ponto chamado pituitária.
Pituitária é sinônimo também de hipófise, dependendo do autor, ele pode
chamar essa glândula, que é uma glândula muito no centro do nosso cérebro,
de pituitária ou de hipófise. O que é pituitária/hipófise? A hipófise, ou pituitária,
é uma glândula responsável por controlar toda a liberação endócrina no nosso
corpo. Então a liberação de endorfina, de dopamina, de serotonina. A liberação
de suco gástrico, a liberação de adrenalina, a liberação de cortisol, a liberação
de qualquer hormônio, testosterona, qualquer hormônio no nosso corpo,
depende de uma glândula. Porém existe a glândula que controla todas as

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glândulas. A glândula que controla todo mundo é chamada de hipófise ou


pituitária.
Ou seja, se eu estou trabalhando um paciente com depressão, se eu
estou trabalhando com um paciente que precisa emagrecer, sempre que eu
penso em alguma alteração hormonal no corpo do paciente, que precisa ser
regulada, principalmente no sistema nervoso central, eu vou pensar na
pituitária ou na hipófise para fazer esse trabalho.
Então eu quero uma regulação do hormônio da felicidade, da
endorfina, da dopamina. Existe o ponto, que a gente vai ver no dorso, que se
chama o ponto da alegria, mas, ao mesmo tempo, eu tenho que vir aqui na
hipófise para estimular a secreção glandular da dopamina e da endorfina nesse
paciente, tonificar esse hormônio da alegria.
Ou, por exemplo, eu posso pegar o ponto da hipófise, o meu
paciente, por exemplo, foi diagnosticado com uma gastrite, em que o médico
falou que principalmente ele tem uma baixa produção de proteção gástrica. O
estômago dele não tem uma boa proteção e, por isso, ele precisa tomar um
medicamento ou precisa tomar um cuidado com certas alimentações. Eu posso
trabalhar, por exemplo, o ponto da hipófise junto com o ponto do estômago.
Muitas vezes as pessoas pensam assim: quantos pontos são necessários? Por
exemplo, se eu focasse só em uma gastrite de um paciente que tem uma
dificuldade em excreção de proteção contra suco gástrico, eu poderia focar
somente nos pontos hipófise, estômago e talvez o SNV, o sistema nervoso
simpático, três pontos já seriam o suficiente para tratar o meu paciente. Vocês
vão ver que, muitas vezes, menos é mais. Quanto mais eu coloco ponto, mais
eu, às vezes, disperso o meu corpo e menos ele fica focado no que tratar.
Então esse é um ponto importante.
A gente tem logo do lado da pituitária e do occipital, uma área
triangular em amarelo, que se chama área da vertigem. Então essa área da
vertigem a gente vai focar principalmente quando a gente tem um paciente com
alterações de equilíbrio, quando esse paciente apresenta alterações de
labirintite, esse ponto eu vou trabalhar junto com o que a gente já viu, com o
ponto do ouvido interno, lá embaixo, vai ser um ponto muito importante.
Essa área em verde, área da neurastenia, a gente já viu que tem um
ponto lá no lóbulo chamado ponto da neurastenia, o que significa neurastenia?

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O esgotamento físico e o esgotamento mental. Então sempre que eu tenho um


esgotamento físico e mental, eu vou ter um paciente que vai ter uma vontade
de não viver. O paciente só quer dormir, só quer descansar, ele não quer fazer
mais nada na vida e, muitas vezes, ele está no automatismo, é um distúrbio
que a gente pode falar que é do coração, porque um dos sintomas que vai
aparecer, principalmente psíquico, vai ser uma apatia. Então esse paciente não
tem mais sorriso, não tem mais graça de viver e a apatia é uma das principais
sensações, como a gente viu nos 5 elementos e na função dos órgãos e
vísceras do coração, função do elemento fogo e do coração.
A gente tem aqui do lado do ponto da vertigem e do ponto da
neurastenia o ponto do tronco cerebral, que vai ser tratado principalmente para
pacientes com distúrbios de patologias de base de cérebro. Então é muito
utilizada, por exemplo, para Parkinson, para distúrbios de Coréia, atetose,
distúrbios de equilíbrio por um acidente vascular encefálico, então é um ponto
muito utilizado para esses distúrbios.
E logo em cima do ponto cerebral, a gente tem o ponto da tireoide.
Então se o paciente tem distúrbios de hipotireoidismo diagnosticado, a gente
vai trabalhar tireoide sedando-a, lembra? Tireoide é uma glândula e aí se eu
quero controlar uma glândula, junto da tireoide eu vou utilizar o ponto da
pituitária ou ponto da hipófise, que é a mesma coisa. Então para controlar essa
tireoide que está ou em hipo, aí eu tonifico, ou se ela está em hiper, eu vou
sedar, sedando todos os pontos no corpo do paciente.
Abaixo ali da neurastenia, tem um ponto chamado antidepressivo.
Esse ponto vai ser muito utilizado em conjunto, muitas vezes, com o ponto da
alegria. Então a gente vai trabalhar o ponto antidepressivo junto com o ponto
da pituitária, junto com o ponto da alegria e se é depressão, medo e pânico são
sensações do elemento água. Então a gente vai ter que tonificar principalmente
o órgão rim. Então a função do rim é exatamente trabalhar esses distúrbios de
depressão, então é o ponto que a gente vai trabalhar nesse paciente.
Tem um ponto ali logo no inicinho da fossa escafoide, bem logo no
início, que se chama ponto da libido. Esse ponto é muito interessante para
colocar em paciente que está sofrendo por alguma doença que inibe a libido
ou, por exemplo, o paciente pode te procurar exatamente por esse distúrbio,
falar que não tem mais vontade, está se sentindo assexuado, não tem mais

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vontade com o parceiro e o problema não está no parceiro, está nele, ele
perdeu a vontade e tudo mais, o que a gente pode trabalhar? Trabalhar a libido
junto com o ponto de um genital externo, trabalhar o ovário hormonal, esse que
a gente viu aqui no antitrago, que na mulher vai secretar os seus hormônios de
sexualidade e, no homem, também vai secretar os seus hormônios de
sexualidade, levando, assim, a um trabalho de libido.
Sempre que a gente pensa nos orifícios inferiores e em genital
externo, a gente tem que pensar no rim e no fígado. Eu falei nisso quando a
gente estava falando exatamente sobre esses órgãos, então lembre-se o
fígado é responsável por controlar a energia no corpo. Então jogar a energia
para o genital externo vai ser um ponto importante e também o rim controla as
essências, controla os esfíncteres inferiores. E os esfíncteres interiores, um
deles é o genital externo. Então eu colocaria o ponto da libido, o ponto da
pituitária, o ponto do ovário, que no homem seria o ponto do testículo
associado ao ponto do rim, do fígado e do genital externo. Olha, a gente já está
montando aí um protocolo de libido para o paciente.
O ponto nervo auricular magno, esse ponto é importantíssimo, vocês
vão ver depois quando a gente for falar em hélix, que existe o ponto do occipital
menor, então grave esses dois pontos, põe um asterisco, ilumine: nervo
auricular magno e nervo occipital menor são dois pontos que são pontos
analgésicos para o corpo inteiro. Então, por exemplo, patologias em que o
paciente sente dor no corpo inteiro, como fibromialgia, pós-chikungunya,
durante a dengue, em estado febril, em que o paciente está com dor em todo o
corpo, dor nas articulações. Ou um paciente poliqueixoso, que tem múltiplas
artrites, múltiplas queixas, o paciente mais idoso, que você pensa assim: eu
preciso tratar o ponto local da dor, mas o cara tem do no corpo inteiro, o que eu
vou fazer? Aí você pensa nesses dois pontos, nervo auricular magno e nervo
occipital menor, que são dois nervos, é o ponto principal que você pega esses
dois nervos, que são os nervos de pares cranianos, quando a gente falou da
anatomia ocidental e mostrou aí a anatomia ocidental dos pares cranianos que
chegam até a cervical, que são da cervical, que chegam até o pavilhão
auricular e que vão ter uma importante função de analgesia, anestesia e anti-
inflamatória para o corpo, como um todo.

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E aí um ponto aqui final, para a gente fechar, porque aqui a gente já


fugiu um ponto do antitrago, mas está dentro da janela que a gente está vendo,
um ponto do finalzinho da cartilagem da hélix, a gente tem um ponto que se
chama compulsão sexual. Então principalmente quando o paciente estiver
relatando a você uma vontade excessiva de atividade sexual, que está fugindo
ao controle, geralmente não é tão comum um paciente buscar a gente, em um
primeiro momento, para isso, mas conforme a gente vai conversando, pode ser
que ele esteja com uma necessidade muito grande e não esteja conseguindo
controlar essa compulsão sexual e a gente ajuda o paciente exatamente
sedando esse ponto aí.
Então esses são os pontos gerais que a gente tem por essa região
do antitrago, pegando um pouquinho ali da borda da hélix e antihélix, também
aproveitando a janela de recorte que a gente fez. Tendo dúvida sobre cada um,
é importante voltar, passar para frente, para trás, dar um pause e ir anotando
ponto por ponto. Faça o seu trabalho de casa, escreva um pouco sobre cada
ponto, que aí isso te ajuda muito a evoluir na auriculoterapia.

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Aula 27. Função dos Pontos Auriculares - Antihelix

Bom, a região da antihélix é uma região muito simples, essa região toda
aqui mais exposta, mais cartilaginosa, ela é basicamente a nossa coluna.
Como o feto está em posição invertida, ou seja, a parte mais de baixo é a
cervical, a parte média é a região dorsal e a parte mais alta é a região lombar,
o sacro e cóccix. Ou seja, o feto está em posição invertida e, dessa forma, é
bem simples.
Mesmo sendo uma região muito simples, com poucos pontos de
discussão, é uma região que a gente vai utilizar muito, por quê? É muito
comum os pacientes buscarem o tratamento de auriculoterapia porque estão
sofrendo por alguma dor lombar ou alguma dor dorsal, alguma dor na coluna.
Por isso é um ponto importante, uma região importante da gente conhecer
bem.
Todas essas vértebras que estão nessa região são pontos que dão
diagnóstico da dor que a pessoa está sentindo. Ou seja, se a pessoa tem dor
lombar, eu vou pegar a palpação e vou fazer a palpação nessa região aqui e
com a palpação eu vou conseguir refinar se o paciente tem dor ou não tem dor,
ou, principalmente, se o paciente sente dor e a palpação ajuda a localizar o
ponto principal da dor. Então se a lombar é uma dor lombar mais alta, vai estar
mais para baixo. Se a dor lombar é mais para baixo, vai ficar mais para o alto.
Lembre-se sempre que a posição da pessoa está de cabeça para baixo. Então
quanto mais baixa for a dor na coluna, mais alto vai ficar o ponto e mais alto eu
vou localizar na palpação.
Ao achar o ponto, o paciente vai dar aquela reação de dor, você
localizou o ponto e é ali que você tem que trabalhar. Lembrando que a gente
está falando em palpação referente ao local da queixa do paciente.
Quando a gente palpa o local da dor do paciente, a gente está
refinando o ponto principal, que é o ponto da região de queixa do paciente. Não
significa que todos os pontos que eu palpar e doer eu vou colocar
auriculoterapia. Se o paciente tem lombalgia, eu vou localizar o ponto na
lombar do paciente na palpação e o ponto que ele tiver mais sensibilidade é o
ponto que eu vou utilizar para a auriculoterapia, principalmente com um
trabalho de sedação, que a gente vai explicar também mais lá na frente.

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Basicamente a parte mais baixa é a cervical, a parte do meio é a


dorsal e a parte da curva final é a lombar.
O que a gente tem de diferente, um pouco, nessa região? A gente
vai ter também dois pontos aqui mais para medial e mais para lateral, mais no
centro, que são considerados pontos de glândula mamária. A gente vai utilizar
principalmente em mulheres que estão amamentando e que têm uma dor na
região dos seios muito intensa, principalmente na fabricação do leite ou quando
o neném está mamando, ou quando está empedrando o leite e tudo mais, a
gente vai trabalhar nessa região.
Ou também mulheres que têm muita displasia mamária quando
sofrem de TPM. Então quando eu tenho TPM, eu tenho uma sensibilidade
muito grande na região dos meus seios, então é um ponto que a gente vai
trabalhar no nosso paciente para ajudar a regular e evitar que ela fique
sentindo essa dor constante e quando eu trabalhar isso, eu vou trabalhar de
uma forma a sedar esse ponto na fase em que ela está em menstruação,
quando passar a dor, eu vou tonificar as glândulas mamárias, para evitar essa
dor na próxima menstruação, quando ela vier.
Então eu posso sedar durante a fase da dor, quando a dor sumir, eu
vou tonificar as glândulas mamárias da paciente para que ela fique mais forte
quando volte a menstruação da paciente, ela não sinta tantas dores assim.
A gente tem também ali na parte de baixo a zona de pescoço, então
esse paciente que tenha dores musculares, eu vou procurar aqui na região um
pouco mais anterior, mas é bem por palpação mesmo. Então mais para trás
seriam mais as vértebras e mais para frente seria mais a parte muscular e a
gente tem três pontos principais aí que são os seguintes: a gente tem o ponto
abdômen 1, abdômen 2 e abdômen externo. Esses pontos abdômen 1,
abdômen 2 e abdômen externo são três pontos em que eu vou utilizar
principalmente para cólicas abdominais, que podem ser utilizados em bebê, em
criança, em gestante que está com dor ou distensão abdominal. Ou após uma
alimentação muito pesada, uma distensão abdominal por alimentação, eu
posso utilizar também esses pontos. Então, basicamente, eles são pontos de
cólica.
A princípio dá até para utilizar como pontos de cólica menstrual
também. Então junto, por exemplo, eu coloco abdômen, vejo qual desses

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pontos está mais dolorido, abdômen 1, abdômen 2 ou abdômen externo, vejo


os pontos dessa região, qual desses três está mais dolorido, se os três
estiverem doloridos, eu posso utilizar os três, não tem problema nenhum. E no
caso de uma dor por cólica uterina, eu posso utilizar, lógico, o ponto do útero, o
ponto do ovário e sempre que a gente falar em útero, ovário, a gente vai estar
trabalhando também dois pontos importantes na regulação do útero, que são o
ponto do fígado e do rim.
Essa zona então é a zona da região toda da coluna, que tem alguns
pontos de abdômen e alguns pontos de glândula mamária também, mas
basicamente vai servir para a coluna.

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Aula 28. Função dos Pontos Auriculares - Fossa Triangular

Nesse vídeo a gente vai falar um pouco sobre anatomia e função dos
pontos na fossa triangular, a fossa triangular fica lá no finalzinho da antihélix e
se divide em cruz superior em cruz inferior e esse furinho, essa covinha aqui é
a fossa triangular.
A fossa triangular é, a princípio, a pelve, então a região da pelve do
paciente. Nesse ponto, bem lá no fundo, vamos começar do ponto mais
profundo que tem até o desenho, que é o ponto do útero. É melhor ser descrito
como ponto dos genitais internos, por quê? Se a gente coloca ponto do útero, a
gente acaba levando em consideração que todos os pacientes que vão ser
tratados por esse mapa são mulheres e não, então a gente tem que pensar
também na influência dos genitais, a parte externa e interna, no homem. Então
quando eu for tratar, eu tenho que pensar, por exemplo, a gente tem o ponto do
útero, o que seria o útero para o homem? Seria o corpo cavernoso. O que
seriam os ovários para o homem? Seriam os testículos. Então a gente tem
sempre que levar em consideração uma parte do masculino e do feminino ao
mesmo tempo.
Então esse ponto vai ser utilizado principalmente nas mulheres
quando a gente tem algum distúrbio a nível de menstruação, como algum
problema físico também no ovário, então é menstruação irregular, cólicas, a
dismenorreia em si, qualquer problema envolvido com a menstruação,
amenorreia, ausência da menstruação, o excesso da menstruação. Então tudo
a gente vai trabalhar nesse ponto, útero e ovário, assim como problemas para
gerar a gestação, como também em um pensamento ainda de função, em uma
endometriose, a algum problema ligado a essa víscera, a gente vai trabalhar
sempre essa região.
É utilizado também como ponto de diagnóstico, principalmente
quando fica muito sensível esse ponto, quando a mulher está no período pré-
menstrual ou no período menstrual. Então é comum também que essa área da
região do útero fique um pouco mais avermelhada, principalmente no pré e
durante a menstruação. Quando a pessoa tem alguma alteração de
menstruação, ela pode apresentar veias pequenininhas na região ou alguma
coloração mais cianótica ou até mesmo pólipos. Então pólipos no ovário,

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pólipos no útero vão apresentar ovário policístico e vai formar pequenos


pontinhos lá na região do útero.
E no homem, problemas de impotência, problemas sexuais,
disfunções sexuais em si, ou problemas físicos realmente, alguma dor em
genital, a gente vai tratar nessa região a infecção.
Um ponto acima do ovário, do útero, a gente vai ter um ponto que é
um ponto de emergência, que a gente vai utilizar muito para pacientes com
hipertensão, que é o ponto da redução da pressão arterial.
Junto com esse ponto tem um ponto logo ali do lado, também
chamado ponto hipotensor. Qual a diferença de um ponto para outro? A
princípio os dois pontos vão ajudar a reduzir, um está lá mais dentro, o ponto
da redução da pressão arterial e o outro está mais na bordinha ali, em cima do
Shen Men. O ponto hipotensor, eu vou menos efeito momentâneo, mas mais
efeito a longo prazo. Então o que eu prefiro fazer? O paciente está hipertenso,
eu já penso, quando vocês forem ver técnica, eu já penso logo em realizar uma
sangria no ponto da redução da pressão arterial, para ajudar a abaixar.
Sangria é uma técnica que a gente vai fazer uma pulsão e deixar o
ponto sair o sangue espontaneamente, isso já vai fazer com que o paciente
abaixe a pressão, comumente a gente vai usar os ápices da orelha, a gente
ainda vai ver os ápices, que vocês ainda não viram, que são pontos que
ajudam muito a eliminar o excesso do corpo, então são pontos que ajudam
muito a diminuir a pressão, diminuir febre, diminuir dor, então pontos de ápice,
ápice da orelha e ápice do trago são dois pontos que eu vou falar ainda, mas
são pontos que ajudam muito a drenar o excesso do corpo, seja dor, febre,
pressão alta, qualquer quadro que esteja exacerbado.
Entre o ponto da redução arterial, da pressão arterial e do ponto
hipotensor, tem um ponto chamado hepatite, ele serve como ponto para tratar
os sintomas de hepatite, de cirrose, de gordura dentro do fígado. Então todas
essas alterações de fígado, a gente vai trabalhar também com esse ponto da
hepatite, ele ajuda bastante.
Tem um ponto lá na ponta final da fossa triangular que se chama
Shen Men, ele fica bem na bordinha final ali da fossa triangular e esse ponto é
um ponto muito utilizado na auriculoterapia, tido como alguns autores como um
dos pontos principais e obrigatórios. Eu não acho que ele seja sempre

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obrigatório, eu acho que nada serve para tudo, mas é um ponto muito
poderoso, então você vai ver muito ele aparecendo em protocolo, por quê? Ele
é um ponto que ajuda também em um quadro de diminuição de excessos,
então é um ponto muito comumente utilizado para diminuir dor, ou seja, se meu
paciente tem qualquer tipo de dor, é o ponto mais analgésico que a gente tem
na orelha, é o ponto Shen Men. E também é um ponto anti-inflamatório, então
sendo analgésico e anti-inflamatório, ele encaixa em diversos quadros do
paciente.
Além disso, ele é um ponto que ajuda muito a acalmar a mente, ele
diminui a pressão arterial, ele ajuda na insônia, ele ajuda na má digestão, então
todos os problemas cardiovasculares, pulmonares, digestivos, problemas no
cérebro, ele ajuda a diminuir quadros de excesso. Então ele é um ponto que
trabalha o corpo como um todo. A gente faz muito uma brincadeira com ele,
falando ele é o ponto Severino, é o ponto que sabe fazer tudo.
E qual o grande lance? Shen Men significa, para alguns autores, o
portão da alma, o portão do cérebro ou o portão do rim. Então depende muito
da ideia, mas não tem muita diferença não, a gente já viu quando a gente falou
em rim, a gente viu que o rim é que guarda a essência, é ele que nutre o
cérebro, ele que nutre a mente, então ser o portão do rim ou ser o portão do
cérebro, portão da alma, dá no mesmo, porque é o rim que guarda o cérebro,
que guarda a alma, ele é o ponto central.
Quando não utilizar esse ponto? É um ponto importante. O Shen
Men deve ser evitado principalmente para pacientes que estão debilitados, ou
seja, com a sua essência, a sua energia debilitada. Se ele já está com a sua
energia debilitada, se você começa a usar Shen Men, o que acontece? Ele vai
acabar usando a essência ou o Qi essencial, o Qi do rim, para gerar mais
energia. Qual o problema disso? Não sei se vocês lembram, mas quando eu
falei de rim, eu falei que a essência do rim não pode ser reabastecida, ou seja,
eu só uso o ponto do Shen Men quando eu encontro um paciente que se
encontra energeticamente equilibrado. Ou seja, o paciente pode estar com dor,
pode estar com febre, mas ele tem energia. Então se é um paciente acamado,
um paciente debilitado, é um paciente em CTI, eu evito usar o ponto do Shen
Men, a não ser que seja para tonificar esse ponto.

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Então evite o uso do Shen Men em pacientes debilitados, fora isso


ele é um ponto que pode ser utilizado praticamente para quase todos os
protocolos, é um ponto que vai abranger muitos protocolos, principalmente no
início, quando a gente fica muito na dúvida, que ponto utilizar para a dor? O
Shen Men vem logo na cabeça.
Abaixo do Shen Men tem um ponto que ajuda a abaixar a febre,
ponto de febre. Logo do ladinho, indo para dentro, tem o ponto da pelve, é um
ponto que trata dores osteoarticulares na pelve, então uma dor na articulação
sacroilíaca, uma dor no púbis, uma dor na articulação coxofemoral, tem um
ponto mais para quadril e tudo mais, mas esse ponto também pode estar
sensível nas dores osteoarticulares da pelve como um todo, ou até mesmo
quando a paciente está sofrendo de constipação ou está sofrendo de uma
tensão pré-menstrual, algum problema de víscera que pode estar causando
uma dor na pelve. A princípio, é um ponto principalmente para tratar dor na
região da pelve como um todo.
O último na borda é o ponto da constipação, então vai ser muito
utilizado esse ponto junto com o intestino grosso, junto com o sistema
neurovegetativo, por quê? O ponto da constipação vai ajudar, ele fica logo
acima do simpático, você vai vê-lo quando a gente for para cruz inferior, ele
está logo em cima do sistema neurovegetativo ou simpático. Então o ponto da
constipação vai ajudar o intestino a ter motilidade. Então em um paciente com
constipação, que pontos a gente pode utilizar? A gente pode utilizar o ponto da
constipação, o ponto do intestino grosso, o ponto do simpático, parassimpático,
que serve para ligar e desligar a víscera, então a gente vai tonificar essas
vísceras para que elas comecem a trabalhar um pouco mais. Posso trabalhar
também a região do ânus e a ampola retal, isso faz com que o paciente tenha
mais facilidade de evacuação.
Ou eu posso utilizar todos esses pontos em um critério oposto,
posso sedar esses pontos, quando? Principalmente quando o paciente se
encontra em uma diarreia e que eu quero conter essa diarreia, o paciente está
perdendo muito líquido e aí eu vou, na verdade, pegar todos esses pontos e
vou trabalhar uma sedação para diminuir a função desses órgãos e vísceras,
fazendo com que eles trabalhem menos e consigam conter um pouco mais
esse líquido que está saindo em excesso do corpo.

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No centro ali de todos esses pontos a gente tem um segundo ponto


que a gente já viu lá no antitrago, que se chama Ping Chuan, só que esse é o
Ping Chuan superior. Ping Chuan é o ponto antiasma, então comumente ele vai
ser conjugado Ping Chuan lá no antitrago, aí tem o Ping Chuan na fossa
triangular, aí eu trabalho junto pontos do pulmão, que a gente vai ver na
concha cava, para o paciente conseguir respirar melhor e como um ponto
também que ajuda muito na parte cardiorrespiratória, o Shen Men também
pode ser conjugado durante uma crise asmática.
Então esses são os pontos da região da fossa triangular e a função
de todos eles para você aprender e juntar na hora da formulação com o
protocolo.
Lembrando bem, siga com seu caderninho, fazendo as anotações,
vá pausando, vá fazendo as suas anotações ponto por ponto, por que utilizar,
quando utilizar, vai tentando fazer ligações de pacientes ou de familiares que
precisam desse ponto, que isso ajuda muito a gente a fixar na cabeça a função
principal de cada ponto. Então qualquer dúvida que você tenha, que não tenha
sido esclarecida diretamente aqui por esse vídeo, você pode entrar em contato
pelo Whataspp, pelo grupo de ajuda e, assim, a gente tirar suas dúvidas. Então
mantenha os estudos, continue fazendo as suas anotações e seus deveres.

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Aula 29. Função dos Pontos Auriculares - Cruz Inferior

Nesse vídeo a gente vai falar sobre uma região com poucos pontos, que
é a cruz inferior, que é exatamente essa bordinha aqui da antihélix que vai para
baixo. Cruz superior é essa que vai para cima. A gente tem a fossa triangular e
aqui é a cruz inferior.
A cruz inferior tem poucos pontos, na verdade, ela tem três a quatro
pontos ali. O ponto mais externo, que é exatamente uma divisão entre a
antihélix e a cruz inferior, alguns autores o colocam na antihélix e alguns
autores o colocam na cruz inferior, é indiferente, é mais ou menos uma zona de
transição entre um ponto, entre uma área e outra, que se chama ponto do
calor. O que isso significa? É um ponto que vai ser trabalhado principalmente
para pacientes que estão com aquele calor interno, que é muito comum
durante a fase da menopausa. Então, a princípio, ele é utilizado para aqueles
pacientes que estão sentindo um calor excessivo e é muito comum em
menopausa e também em alguns pacientes hipertensos, que sofrem durante
uma fase de hipertensão com calor excessivo.
Então, por exemplo, na fase da menopausa, a gente pode conjugar
além do ponto do calor, alguns pontos como o ponto da endócrina, que vai
regular os hormônios do corpo, a gente pode utilizar o ponto do ovário, tanto
aquele lá de baixo, que é o ovário hormonal, como aquele ponto aqui de cima,
que é o ovário físico. A gente pode trabalhar também a região da hipófise, que
fica ali ainda no antitrago, que é uma glândula que controla todas as outras
glândulas, então a gente consegue trabalhar esses pontos e pensando em
órgão e víscera, trabalhar o rim, por ser de elemento água, para ajudar a
acalmar esse calor e também trabalhar o fígado que ajuda a equilibrar as
energias.
A gente tem um outro ponto, que se chama ponto do quadril, então
dores da região glútea, esse ponto vai ser muito utilizado para síndrome do
piriforme, dores na articulação coxofemoral, na articulação sacroilíaca, na
região do glúteo, então esse ponto do quadril vai ser bastante utilizado para
esses quadros de dor.
Do lado do ponto do quadril a gente tem um ponto do nervo ciático,
que vai ser principalmente para o paciente que tem uma dor, ciatalgia. Qual a

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característica da dor, a ciatalgia? É a dor irradiada pela região posterior da


coxa. Então uma dor que vem da coluna e desce exatamente pelo centro da
região posterior da coxa, vindo de uma dor lombar ou de uma síndrome do
piriforme. Se essa ciatalgia está vindo de uma patologia lombar, a gente pode
associar também junto o rim, sempre que a gente pensa em coluna, a gente vai
pensar em rim e se tiver alterações musculares, alguma contratura muscular, a
gente vai associar tanto o ponto do relaxamento muscular, quanto o ponto do
baço, que é o órgão que é responsável pelos músculos. Então a gente pode
conjugar dessa forma.
E, por último, um ponto muito importante, que a gente vai ver
bastante a utilização dele, que é o simpático, ou, em alguns mapas, ele vai
estar descrito como SNV, sistema neurovegetativo. O que é isso? O simpático
e o parassimpático são o liga e desliga do nosso corpo. Então sempre que eu
quero que algum órgão, alguma víscera, alguma articulação, algum músculo,
alguma artéria, alguma veia, ela funcione mais, eu vou tonificar o simpático, eu
vou tonificar o SNV.
E sempre que eu quiser que diminua a função, então, por exemplo, o
músculo está em contratura, ou eu estou com uma gastrite por excesso de
produção de ácido. Ou então eu estou com uma dor de cabeça muito intensa e
eu quero diminuir a vasodilatação das veias da minha cabeça. Sempre que eu
quiser que uma função do meu corpo diminua, eu vou sedar o SNV.
Então o SNV, o sistema neurovegetativo vai ser sempre um ponto
secundário, nunca um ponto primário, mas vai ser sempre pensando o
seguinte: eu quero aumentar a função, eu vou tonificar esse ponto, eu quero
diminuir função, eu vou sedar esse ponto. Então sempre que eu achar um
quadro de excesso no corpo, eu vou pensar em sedação do SNV. E sempre
que eu tiver uma deficiência energética, de movimento, de função no corpo, eu
vou tonificar o SNV.
Então é por isso que ele é considerado, por alguns autores, um dos
pontos principais, que compõe o triângulo cibernético, descrito nacionalmente,
essa é uma descrição nacional no Brasil, não é uma descrição internacional,
que é a função de ligar o Shen Men, o simpático e o rim em todos os
protocolos.

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Eu não sou a favor, eu acho que todo protocolo requer um


raciocínio, mas sempre que a gente utiliza esses três pontos, Shen Men,
simpático e o rim, a gente faz com que o corpo tenha uma função aumentada
ou diminuída em excesso. Então eu posso utilizar esses três pontos, sendo que
o Shen Men é o portão do rim, o rim é o que guarda a essência e o SNV é o
grande liga e desliga do nosso corpo, então por isso são três pontos
fundamentais, que comumente as pessoas, quando estão perdidas, já
começam diretamente a trabalhar por esses três pontos antes de colocar
qualquer outro ponto.
Mas não é obrigatório o uso deles e eu peço principalmente para
vocês que estão estudando, que estudem e utilizem de acordo com a
necessidade, não como uma regra absoluta.
Esses são os pontos da cruz inferior, é uma zona que tem poucos
pontos, a gente só falou em quatro pontos nessa zona, mas é uma zona que
guarda um ponto importantíssimo, que é o SNV. E a gente vai estudar um
pouco mais sobre outras regiões, agora a gente vai para a cruz superior, mas
você, lá no seu caderno, faça a anotação de cada ponto, por que, quando usar
e lembre se você tiver algum familiar ou algum paciente que já precisa desse
ponto, já vá lá assimilando, colocando em lápis, que isso te ajuda muito a
gravar os pontos.

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Aula 30. Função dos Pontos Auriculares - Cruz Superior

Falando um pouco sobre acima da fossa triangular, onde a gente tem a


cruz superior, a cruz superior é responsável principalmente por pontos do
membro inferior. Então o que a gente vai encontrar ali? Lembrando do feto em
posição invertida, a gente tem da articulação coxofemoral indo para o pé.
Esses pontos da cruz superior estão muito ligados a serem pontos
locais de lesão, então a gente não vai trabalhar muito esses pontos como
pontos secundários de associação. São pontos em que o paciente tem uma
lesão propriamente dita.
Então a gente tem, ali da parte de baixo, começando na articulação
do quadril, então indicado para pacientes que tenham uma coxartrose, uma
artrose na articulação coxofemoral, uma degeneração ou uma queda, ou uma
pós-fratura de fêmur, muito comum em idoso, a gente pode trabalhar esse
ponto. Então se eu tenho uma lesão crônica, a gente vai trabalhar a tonificação
e se eu tenho uma lesão aguda, a gente vai trabalhar uma sedação desse
ponto.
A gente tem logo do lado da articulação do quadril, um ponto
referente à fossa poplítea, a fossa poplítea é a região posterior do joelho,
comumente a gente vai utilizar para pacientes que tenham cisto de Baker, que
fica uma sinovite posterior do joelho, fica uma região aumentada na região
posterior do joelho, chamada de fossa poplítea. Pode ser para um paciente que
tenha uma dor posterior de joelho por uma lesão de menisco ou por uma
artrose, então qualquer dor nessa região posterior de joelho, esse ponto fossa
poplítea vai ser trabalhado.
A gente tem o ponto da coxa, esse ponto da coxa, indo um pouco
mais para fora, um pouco mais para dentro, você vai ter ali a região anterior
trabalhando mais quadríceps ou posterior trabalhando mais a parte dos ísquios,
então principalmente quando o paciente tiver um estiramento muscular, ou
contratura. Ou, por exemplo, eu posso tonificar essa área quando eu estou
fazendo um trabalho de recuperação muscular após uma imobilização, ou após
uma fratura ou pós-cirúrgico e eu quero levar mais sangue para essa região, eu
posso trabalhar uma tonificação sobre essa área, o que vai ajudar no trabalho
junto, logicamente, da reabilitação e do fortalecimento dessa área. Ou trabalhar

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a sedação se o paciente tem um quadro de excesso nessa região, como um


estiramento de grau 1, grau 2, grau 3, uma lesão muscular propriamente dita, a
gente vai trabalhar sedando esse ponto.
O joelho tem dois pontos, o ponto chamado joelho, que fica bem no
centro dessa cruz superior e tem o joelho externo. O que seria joelho e joelho
externo? Joelho é mais para problemas intra-articulares e joelho externo é mais
para problemas de patela. Então o joelho externo vai ficar mais ativo
principalmente quando a gente tem problemas como condromalácia. E o ponto
do joelho, em si, ele vai ser para problemas de artrose, sinovites, uma lesão de
ligamentos internos, aí a gente vai trabalhar esse ponto do joelho.
O ponto da perna vai estar ligado à panturrilha, aos gastrocnêmios,
ao solear, ao tibial, ao fibular, essas musculaturas todas em volta, que ficam
entre o tornozelo e o joelho, é chamado de ponto da perna. Então pode ser que
um paciente que teve uma síndrome da pedrada, um paciente que tem uma
canelite, pode ser um ponto muito comum para corredores, para ser trabalhado
em conjunto com outros pontos de relaxamento muscular.
A gente tem, indo mais para cima, o ponto do tornozelo, que a
principal função dele, a gente vai trabalhar muito para entorses de tornozelo.
Calcanhar, um ponto muito utilizado para fascite plantar, para esporão de
calcâneo. Então fascite plantar e esporão de calcâneo, a gente vai trabalhar
associando muito... se é esporão, já é osso, então a gente vai trabalhar junto
com o rim. Se é só uma fascite, é fáscia, é considerado tendão, então a gente
vai trabalhar fígado. Ou se é uma dor mais muscular na sola do pé, a gente vai
trabalhar baço. Então o que a gente pode conjugar ali, entre uma fascite e um
esporão, além do ponto do calcanhar, onde houver esses três pontos: fígado,
rim e baço, principalmente se for fechar um diagnóstico, se é muscular, se é
mais tendínea ou se é mais óssea a dor do paciente, ou se está associada aos
três, eu somo esses três pontos, o que já vai me dar uma boa analgesia para
essa região e um bom trabalho completo.
E artelhos, os dedos do pé, a gente vai trabalhar muito para paciente
com neuroma de Morton, a gente pode ter pacientes com pressão sobre os
dedos, a gente pode ter pacientes com artroses ou, por exemplo, hálux valgo,
também chamado de joanete, vai ser trabalhado em cima desse ponto também.

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A cruz superior se torna muito simples, porque não tem pontos de


função secundária, são pontos que eu vou utilizar principalmente como pontos
primários de lesão do meu paciente.
E lembrando também que o paciente, por exemplo, que passou ou
está passando por uma dengue, uma chikungunya, que tem dores articulares e
ele apresentar uma dor articular no joelho, posso botar no ponto direto do
joelho. Ou não, ele apresenta uma dor no quadril, eu vou lá e coloco na
articulação do quadril.
Então esses pontos podem ser conjugados a outras patologias, não
somente a traumas, mas patologias, até mesmo as reumatológicas, que são
migratórias, que a gente chama de dor em vento, uma dor migratória, cada dia
o paciente acorda com uma dor em uma articulação diferente. E aí é
interessante porque a cada trabalho que eu fizer com o paciente, eu vou estar
colocando um ponto de local de dor diferente, se a dor dele é de migração. Se
a dor dele é fixa, eu deixo só no ponto da dor local da região propriamente dita.
Então é uma região bem simples, mas, mesmo assim, faça as suas
anotações nas principais patologias e se você pensou em alguma outra
patologia que não tenha sido dita aqui, faça a sua anotação e se você tem
dúvidas se encaixa essa patologia ou não, você pode perguntar lá no grupo,
que será respondido o mais breve possível. Muito obrigado e até o próximo
vídeo.

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Dr. Marcos Minello - Auriculoterapia 2.0

Aula 31. Função dos Pontos Auriculares - Fossa Escafoide

A fossa escafoide é uma região que vai ficar exatamente entre a


hélix e a antihélix, toda essa parte mais comprida, fininha e dentro da fossa
escafoide é onde está localizado o membro superior do paciente. Então
começando na clavícula e o ponto final vai ser o dedo. Igual à cruz superior, a
maior parte desses pontos são utilizados principalmente como pontos de local
de lesão, então, não são pontos que guardam muitas funções, propriamente
dito.
Então clavícula, logo lá embaixo, é o primeiro ponto, que a gente vai
focar principalmente em paciente que tenha bloqueio na clavícula, ou teve uma
fratura na região da clavícula, ou está passando por uma cirurgia, é um pós-
operatório na clavícula, ou está passando por uma cirurgia, um pós-operatório
na clavícula, mesma coisa a articulação do ombro, propriamente dito, a gente
vai ter ali uma zona que a gente precisa localizar bem, porque a gente tem um
paciente que tem uma tendinite, tem uma síndrome do impacto, então esse
ponto do ombro a gente vai trabalhar muito bem.
Logo ali do lado da articulação do ombro, tem o nefrite, esse ponto é
um ponto que está localizado dentro do membro superior, porém ele é um
ponto de trabalho em cima de uma inflamação, principalmente dos néfrons, ou
seja, uma nefrite é uma inflamação do rim. Então quando eu penso em uma
infecção renal, em uma infecção urinária, um ponto que a gente vai trabalhar
muito vai ser o nefrite. Então é um ponto que fica logo localizado do lado do
ponto da articulação do ombro.
A gente tem a região da axila, a gente vai utilizar esse ponto,
principalmente duas funções, ou o paciente que apresenta hiperhidrose, então
o paciente tem muita sudorese quando ele fica nervoso, quando ele fica
ansioso, ele apresenta uma sudorese intensa nessa região, ou principalmente
quando a gente está fazendo um trabalho de drenagem de membro superior.
Quando o paciente, por exemplo, passou por um pós-operatório de mama e, às
vezes, ele ainda não pode fazer um trabalho de drenagem linfática no membro
superior. Porém onde ficam localizados os nódulos de dreno é exatamente
nessa região axilar, então a gente pode trabalhar o ponto, por exemplo, para
drenar o membro superior, um bom protocolo seria: axila, como um ponto de

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drenagem, o pulmão, que é o órgão que é responsável pelo controle da via das
águas. A gente pode trabalhar o rim e a bexiga para ajudarem na excreção e
trabalhar a tonificação de todos esses pontos, inclusive o do sistema
neurovegetativo, o SNV, também conhecido em alguns mapas como simpático.
Esse seria um protocolo muito bom para um paciente pós-operatório de
retirada de mama, principalmente para uma fase que ele ainda não pode fazer
uma drenagem na região, eu foco em trabalhar principalmente o pavilhão
auricular do lado oposto e assim a gente consegue melhorar a drenagem do
braço do paciente, que está afetado devido à cirurgia.
A gente tem o ponto do braço, principalmente para o paciente que
está com alguma lesão propriamente dita em bíceps, em tríceps ou pós-fratura
de úmero. A gente tem o ponto da articulação do cotovelo, então esse ponto
vai ser muito utilizado nas epicondilites mediais, nas epicondilites laterais, a
gente vai vasculhar ali aquela região para ver onde está mais sensível, ou
quando o paciente está apresentando tendinite de flexores ou tendinite de
extensores na região da articulação do cotovelo.
A gente tem o próprio ponto do antebraço, então se o paciente está
com uma tendinite mais próxima, chegando próxima da mão, a gente começa a
trabalhar mais a região do ponto do antebraço.
Logo em seguida tem o ponto do punho, então o paciente que tem
um cisto articular, o paciente que tem uma tendinite, o paciente que tem
síndrome do túnel do carpo, uma síndrome radial, uma tendinite de De
Quervain, então todas essas patologias mais localizadas em punho, a gente vai
utilizar o ponto do punho.
E ali entre o punho e o ponto dos dedos, dedos, para fechar essa
parte muscular, a gente vai falar de paciente que tem dedo em gatilho, paciente
que está sofrendo por artrose ou então por artrite reumatoide, em que vai ter os
dedos mais rígidos, é um ponto que a gente vai utilizar bastante para a
melhoria do quadro do nosso paciente.
Entre o punho e os dedos, a gente tem um ponto chamado alergia 1.
A gente vai ter dois pontos de alergia, esse ponto de alergia é um dos mais
poderosos, então alergia, a gente vai trabalhar qualquer tipo de alergia, a gente
vai focar sempre no seguinte: ah, o paciente tem uma alergia respiratória, bom,
ponto da alergia, porque ele está tendo uma alergia. É respiratória, então vou

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colocar nariz interno, nariz externo, ponto do pulmão, porque ele que controla a
respiração e tudo mais. Ah, não, meu paciente está tendo uma alergia cutânea,
em que região? Ele está tendo uma alergia no antebraço, então eu boto lá
ponto da alergia, o ponto do antebraço. É alergia na pele? Lembrando de
órgãos e vísceras, o órgão responsável por cuidar da pele também é o pulmão,
então eu vou lá e coloco o pulmão também.
Outra função desse ponto é que todas as doenças chamadas de
autoimune, artrite reumatoide, lúpus eritematoso, espondilite anquilosante,
todas as doenças que são consideradas congênitas ou genéticas,
reumatológicas, elas são, propriamente dito, que o corpo está combatendo o
próprio corpo. Então o que a maioria desses pacientes toma? Corticoide. Para
o que serve o corticoide? Para inibir o sistema imunológico do paciente e evitar
que o corpo combata o próprio corpo. Então o que eu posso entender dessa
forma? A alergia nada mais é do que isso, quando eu tomo o antialérgico, ele
inibe meu sistema imunológico para parar de reagir contra o antígeno. Então o
ponto da alergia vai ser um ponto importantíssimo para tratar problemas
reumatológicos, para artrite reumatoide, para lúpus eritematoso, para
espondilite anquilosante, entre outros problemas reumatológicos, os pontos da
alergia vão ser fundamentais.
E um outro ponto que ajuda muito nos reumatismos também, nas
linhas de reumatismos é o ponto da suprarrenal, a gente vai ver que fica aqui
no trago, é uma função muito importante, porque a liberação de adrenalina
ajuda muito nas patologias reumatológicas.
Então esses foram os pontos da fossa escafoide, que principalmente
só estão localizados pontos de lesão direta, salvando ali principalmente o ponto
da nefrite, que é uma inflamação nos rins e o outro ponto que é um ponto que
vai ser para as alergias respiratórias, alergias gerais, mas também como um
ponto que vai ser muito utilizado nas patologias reumatológicas.
Então lembre-se de já fazer as suas anotações, fazer o seu dever,
escrever a função de cada ponto, fazer suas anotações no seu caderno para a
gente dar seguimento. Se você tem alguma dúvida sobre algum ponto
específico, lembre-se de chamar no grupo, a gente responde o mais breve
possível. Até o próximo vídeo.

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Aula 32. Função dos Pontos Auriculares - Conchas Cava e Cimba

Nesse vídeo a gente vai falar um pouco sobre a concha cava e a concha
cimba, é uma zona muito importante na auriculoterapia, a gente vai ter dentro
aqui do pavilhão, a parte de baixo se chama concha cava e aqui a parte de
cima se chama concha cimba.
Vamos começar lá de baixo, vindo rebatendo ponto por ponto. Então
o ponto mais baixo, que fica exatamente aqui bem próximo a incisura, entre o
trato e o antitrago, aqui dentro fica o ponto da endócrina ou endócrino. Esse
ponto é um ponto que a gente vai utilizar bastante, sempre que a gente pensar
em controle ou regulação de glândulas. Então quando eu penso em aumentar
ou diminuir a secreção glandular de algum hormônio, da tireoide ou da
suprarrenal, ou da vesícula biliar, seja o que for, então qualquer regulação
endócrina, a gente usa esse ponto. Por isso que é um ponto que a gente vai
utilizar muito também em emagrecimento, já que a gente visa a aceleração do
metabolismo, então a gente vai utilizar esse ponto da endócrino, uma das
funções mais utilizadas e ele é muito utilizado também quando a gente pensa
em estômago, por exemplo, aumentar a proteção do estômago, então a
liberação de proteção, de muco gástrico, a gente vai pensar na endócrina.
Ou quando eu quero uma liberação, por exemplo, de hormônio mias
de crescimento, do HGH, então eu vou sempre conjugar endócrina e glândula
que eu quero trabalhar a liberação. Então se eu quiser, por exemplo, trabalhar
um paciente com a liberação mais de dopamina, de endorfina, de serotonina,
hormônios opióides de boa qualidade, eu vou trabalhar a endócrina junto com
aquele ponto que a gente viu lá no antitrago, que é o hipófise, que vai liberar
todas essas substâncias.
Então sempre que eu pensar em liberação de substância, eu vou
pensar em endócrina. Muita gente faz uso, por exemplo, da endócrina, para
fortalecimento muscular propriamente dito. Então eu posso utilizar o ponto da
endócrina, aí eu utilizo aquele ponto do ovário, aqui na frente, que para o
homem é o ponto do testículo, mais o ponto do ovário lá em cima. Então eu vou
estar estimulando, no homem, a liberação da testosterona e eu posso conjugar
junto com o ponto da hipófise, que também controla a liberação da
testosterona.

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Dessa forma, a gente consegue conjugar alguns pontos e melhorar a


performance do paciente ou entender para o que servem as endócrinas. Eu
vejo que esse ponto vai me ajudar em vários protocolos, então é um ponto
muito importante.
Subindo da endócrina, a gente tem um ponto chamado San Jiao,
nesse mapa que eu estou mostrando para vocês e muitos dos mapas
apresentam esse nome também. Esse nome é a não-tradução, como eu
expliquei para vocês anteriormente lá no ‘Órgãos e Vísceras’, do triplo
aquecedor, que ele tem a função principalmente de metabolismo dos líquidos
corpóreos. Então sempre que eu pensar em retenção líquida, eu posso
trabalhar o San Jiao, o metabolismo dos líquidos corpóreos e também da
excreção da digestão e da sudorese e vaporização. Então se eu quero
trabalhar, por exemplo, um paciente que está com problema de sudorese, falta
ou excesso, eu tenho que pensar no aquecedor superior, então eu vou lá e
coloco no San Jiao, quais são os órgãos do aquecedor superior? Pulmão e
coração, então eu coloco San Jiao, pulmão e coração. Ah não, o meu paciente
está com problema de digestão, então é no aquecedor médio, é na
transformação e no transporte de alimentos e líquidos, então eu vou conjugar o
ponto do San Jiao junto com os órgãos que estão no aquecedor médio, quais
são? Estômago, baço, fígado e a vesícula biliar.
E se eu tenho um problema de excreção, de eliminação ou líquido
ou de fezes, eu vou trabalhar com San Jiao e vou colocar os órgãos e as
vísceras do aquecedor inferior, quais são eles? Rim, bexiga, intestino delgado
e intestino grosso. Então, com isso, eu conjugo o ponto do aquecedor junto
com os órgãos e as vísceras do aquecedor que eu quero trabalhar. Então, com
isso, ele trabalha o metabolismo dos líquidos corpóreos.
Se o paciente está fazendo retenção líquida, eu posso trabalhar
tanto aquecedor superior, quanto aquecedor inferior, posso trabalhar a parte de
excreção. Então, por exemplo, um protocolo que funciona muito bem para
pacientes que estão fazendo uma retenção hídrica ou então se quer fazer um
trabalho de drenagem linfática no paciente e quer potencializar o efeito, então
você vai fazer o seguinte: você vai tonificar o San Jiao, vai tonificar o pulmão, o
coração, para que ele elimine mais superfície da pele e pela vaporização e
também vou no aquecedor inferior para potencializar tanto a excreção por

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fezes e líquidos também, então eu vou no intestino grosso, intestino delgado,


rim e bexiga e, com isso, você fez um protocolo muito funcional para a
eliminação de excessos de líquido no corpo, potencializando, tonificando esses
pontos.
Em cima do San Jiao, a gente tem um ponto que se chama glote,
glote é exatamente aquele sininho que a gente tem lá atrás na garganta e que
a gente vai utilizar principalmente para pacientes que tenham dificuldade de
deglutição, geralmente paciente idoso ou paciente de quadro neurológico que,
ao deglutir, faz muito refluxo ou então ele, ao deglutir, ele acaba não fazendo o
fechamento da glote, acaba não fechando a traqueia e esse paciente faz uma
broncoaspiração. Então paciente que comumente tem broncoaspiração ao
deglutir, ao engolir, é um ponto que eu vou trabalhar bastante, esse ponto da
glote.
Subindo a gente vai ter a traqueia, então a traqueia e o ponto acima,
faringe e laringe, comumente são pontos em que eu vou trabalhar em paciente
que tenha, por exemplo, a laringite, a faringite, eu vou trabalhar o ponto de
cima. A traqueia está muito ligada ao ponto principalmente das cordas vocais,
então traqueia, em alguns mapas, vai estar localizada como ponto das cordas
vocais. Então quando o meu paciente tem algum problema na corda vocal, ele
está com uma rouquidão ou tem um nódulo na corda vocal, ele está passando
por um pós-cirúrgico da corda vocal ou tem dificuldade em fala, em que o
fonoaudiólogo já diagnosticou que é, na verdade, um mau controle das cordas
vocais e não da língua.
A gente tem ali o ponto dos brônquios, que serve principalmente
para um paciente que está com uma bronquite, então é um ponto que a gente
vai conjugar muito com outros dois pontos que a gente viu, um aqui no trago e
um lá dentro da fossa triangular, que são o Pingchuan, que são pontos
antiasma, então a bronquite, a asma, a gente vai trabalhar esses pontos em
conjunto.
Ponto pulmão 1 e pulmão 2 são dois pontos muito próximos e a dica
é o seguinte, o centro, o lugar mais cavo, a região mais profunda, o centro da
concha cava é o coração, um ponto acima e um ponto abaixo, o ponto do
pulmão. Lembrando as funções de órgãos do pulmão, o pulmão é a via das
águas, o pulmão é quem cuida da parte respiratória, o pulmão é o responsável

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pela defesa do corpo, pela imunidade do corpo. Ele é o responsável pela pele,
pelas alergias de pele, pelas alergias respiratórias, ele é quem controla a
sudorese e também quem controla a vaporização dos líquidos puros.
O coração tem aquelas funções que a gente já viu, esse ponto vai
ser muito importante, que ele controla a razão, ele controla a parte racional do
cérebro, ele que controla as veias e artérias no nosso corpo. A gente pode
utilizar esse ponto também como um ponto local para problemas cardíacos
propriamente ditos, esses pontos são muito interessantes.
Embaixo do pulmão 2 tem o ponto do cérebro, que a gente já falou
que, na verdade, o desenho, a única forma que ele conseguiu colocar, na
verdade, o cérebro está aqui na face interna do trago, ele não faz parte da
concha cava. Ele é a parede interna do antitrago por isso que ele está
desenhado dessa forma.
A gente tem um ponto do lado do pulmão 2 chamado tuberculose, é
um ponto que ajuda nos sintomas da tuberculose. Um ponto acima, a gente vai
ter as coronárias, então para pacientes que sofreram infarto, para pacientes
que estão com entupimento ou aterosclerose das coronárias, a gente vai
trabalhar esse ponto diretamente. E em paciente que tenha alguma síndrome
da artéria, da aorta abdominal, algum entupimento da aorta abdominal, a gente
vai trabalhar aí esse ponto.
Do lado, a gente tem, para finalizar essa parte de baixo, o nervo
vago, então o ponto do nervo vago é um ponto que a gente vai trabalhar muito
em conjunto quando a gente for falar lá na hélix, então o ponto do nervo vago
está aqui e aqui no início da raiz da hélix, a gente tem um outro ponto chamado
ponto zero. Esses dois pontos, pontos do nervo vago e ponto zero são dois
pontos que são os locais onde eu consigo ter a maior sensibilidade do nervo
vago. O que é a responsabilidade do nervo vago? O controle da parte
simpática e parassimpática de todos os órgãos e vísceras. Então em conjunto
com eles, comumente eu vou trabalhar o ponto do simpático e parassimpático.
Para o que serve o simpático? Ou seja, quando eu tonifico o nervo vago,
quando eu tonifico o ponto zero, quando eu tonifico o SNV, eu estou fazendo
com que todos os sistemas cardiorrespiratórios e digestivos comecem a
trabalhar excessivamente. Então é um ponto que eu posso conjugar com algum

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outro órgão e víscera, que não estejam funcionando bem. Ou estão


funcionando muito, em excesso, ou estão funcionando pouco.
É muito comum a gente utilizar em, por exemplo, um paciente que
esteja com uma diabete do tipo 2, então o paciente tem uma hipofunção do
pâncreas, que precisa liberar mais insulina, então a gente vai lá no pâncreas e
coloca o ponto do pâncreas, que está lá em cima, daqui a pouco a gente vai
falar dele. E junto eu coloco o ponto da SNV, ponto do nervo vago e ponto
zero. Com isso, eu estou fazendo tudo o seguinte: pâncreas, trabalhe mais.
Lógico, isso se eu estiver fazendo um trabalho de tonificação.
Em um quadro oposto, vamos pensar em uma gastrite nervosa, que
o estômago está trabalhando em excesso, a gente vai trabalhar, na verdade,
em vez de tonificar, a gente vai trabalhar sedando esse estômago, diminuindo
a energia desse estômago. Então eu vou sedar o estômago, vou sedar o nervo
vago, vou sedar o zero, ponto zero e vou sedar o SNV, fazendo com que ele
diminua a sua função. Então sempre a gente vai pensar no excesso e na
deficiência, o que a gente vai fazer.
Também muito comum utilizar o nervo vago, ponto zero e SNV em
conjunto, por exemplo, com o coração para um paciente com hipertensão, para
regular e dar uma baixa na pressão e a frequência cardíaca diminuir, porque o
paciente também está com taquicardia.
Acima do ponto do nervo vago, tem um ponto chamado ponto do
sangue, esse ponto do sangue serve para pacientes que sofrem de anemia,
então uma fraqueza no sangue, o paciente precisa aumentar a quantidade de
hemácias, hemoglobinas, a gente vai trabalhar esse ponto do sangue para
tonificar o organismo do paciente.
Saindo lá do nervo vago, do ponto do sangue, vindo aqui para cima,
a gente vai focar ali onde tem a parte do hipno, veja se você localiza, boca,
esôfago, cárdia, estômago. Então se você observar bem, a gente tem ali um
desenho que faz como se fosse uma ferradura, onde começa na boca e
termina lá no intestino grosso. Esses pontos são pontos mais diretos. Ponto da
boca, principalmente o ponto ligado à via alimentar, então o paciente que tem
algum problema em dente, em língua, a gente viu que está lá no lóbulo, o
trabalho de face. Esse boca, a gente já começa a ver a entrada da comida.

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Então o paciente que tem uma dificuldade de deglutição, de mastigação, a


gente vai trabalhar esse ponto da boca.
Esse ponto acima da boca, chamado hipno é um ponto que ajuda o
paciente a relaxar, a relaxar a parte intestinal, a parte gástrica, relaxar o corpo
como um todo, vem de hipnotizar, então esse hipno é um ponto que vai ajudar
muito o paciente no relaxamento geral do corpo dele.
Tian Shu, logo do lado da boca tem um ponto vermelho chamado
Tian Shu. Todos esses pontos que são vermelhos são pontos mais recentes.
Então se você ficou na dúvida pela coloração, pontos vermelhos são pontos
mais novos, pontos pretos são pontos mais clássicos. Então Tian Shu é um
ponto que exatamente na medicina tradicional chinesa é o nome do ponto E-
25, estômago 25. Ele é um ponto responsável por acalmar o estômago,
acalmar a gastrite, acalmar o calor do estômago. Então se o seu paciente tem
aquela queixa de que está com um dragão no estômago, que está pegando
fogo, que está queimando todo o estômago, esse ponto entre o esôfago e a
boca é um ponto que vai ser utilizado e vai dar ótimos resultados na gastrite de
excesso, aquela gastrite de queimação e que parece que está pegando fogo e
tudo mais.
Esôfago, um problema de esofagite, propriamente dito, cárdia é a
válvula cárdia por onde ela fica aberta, por onde passa o esôfago e ali tem o
estômago. Então pode ser que o paciente tenha uma hérnia de hiato, então o
hiato vai ficar mais ou menos nessa região aí da cárdia. Então o hiato fecha, o
hiato esofágico fecha e a cárdia fica aberta, que é um buraco entre o
diafragma, o tórax e o abdômen, para passar o esôfago até o estômago. Então
o estômago já faz parte da parte abdominal e os outros fazem parte da parte
torácica, essa passagem se chama cárdia. Também em muitos mapas ele vai
ser exatamente o hiato esofágico, o esfíncter do estômago, então tem muito
paciente que tem uma hérnia no hiato, tem uma deficiência no hiato e esse
hiato esofágico fica aberto, esse esfíncter fica aberto. Então quando o paciente
come muito ou então ele come e deita, o que acontece é que esse esôfago não
fecha, esse hiato, esse esfíncter não fecha e o suco gástrico sobe para o
esôfago, o paciente comumente tem queimação no esôfago, com vontade de
vomitar, com tosse, então o paciente depois é diagnosticado com esofagite,
que a gente vai tratar exatamente esse ponto da cárdia.

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A gente tem o estômago, para problema de gastrite propriamente


dito, entre o estômago, descendo na diagonal, a gente tem o baço, que é o
elemento que vai ser responsável pelo Qi alimentar, vai ser responsável pelos
músculos, ele serve para tratar ansiedade, mas ele também sofre da
ansiedade.
Entre o estômago e o baço, a gente tem um ponto que a gente vai
utilizar muito, que é o ponto do relaxamento muscular. Então quando o
paciente tiver alguma contratura muscular, alguma dor muscular, alguma coisa
desse tipo, a gente vai trabalhar exatamente nesse ponto do relaxamento, que
vai dar uma função muito importante para relaxar a musculatura que esse
ponto está contraído.
No estômago, voltando para o estômago e subindo, a gente tem ali o
intestino delgado, o apêndice e o intestino grosso. Então se meu paciente
apresentar alguma má digestão, alguma dificuldade de... alguma diarreia, a
gente vai trabalhar em cima desse intestino delgado, intestino grosso, por
exemplo, se o paciente apresenta uma constipação, também vou trabalhar
esses pontos.
Vindo pelo baço agora, a gente sai do estômago e vai para o baço.
Do baço, a gente segue com uma outra ferradura, então a gente tem ali boca,
Tian Shu, estômago, cárdia, aí a gente tem intestino delgado, apêndice e
intestino grosso. Pela borda de fora, a gente tem ponto do sangue, baço, logo
acima a gente tem o fígado, fígado que aí vai ser responsável pelo controle das
energias, lembra? Ele é quem regula a energia no nosso corpo, regula os
tendões. Ele que sofre e controla a fúria, a raiva, ele é um ponto que vai ser
muito utilizado tanto nas tendinites, quanto nas alterações psicológicas e
comportamentais de fúria, de crises, então é um ponto bem importante.
Logo acima, tem o ponto da vesícula biliar, que é responsável pelo
controle emocional também. A gente falou muito da vesícula. Lembre-se
sempre, se não estiver lembrando, de voltar à aula dos órgãos e vísceras, que
é muito importante para a gente ter a utilização completa dos pontos e
entender a função completa de todos os pontos. Mas a vesícula, propriamente
dita, vai ser responsável pela excreção de bile, para controle da parte de
gordura, então os pacientes que têm deficiência em vesícula biliar não digerem
bem a gordura e passam mal ao se alimentar com o excesso de gordura, mas

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também é uma víscera que é responsável pelo controle emocional. Então a


digestão dos sentimentos vai pela vesícula biliar.
A gente tem o pâncreas, que é uma glândula muito importante na
excreção da insulina, que vai ajudar o controle do açúcar, então a gente vai
utilizar muito esse ponto tanto para um paciente diabético, como também para
pacientes que têm falta energética. Então a gente pode conjugar, por exemplo,
o ponto da disposição, que o ponto da suprarrenal, que dá adrenalina, mas não
adianta você jogar adrenalina se o paciente não tem açúcar, então é importante
trabalhar também o pâncreas para produzir mais ATP, para produzir mais
energia, é um ponto interessante para utilizar em atletas ou quem está
começando atividade física, para regular o açúcar e a queima do açúcar.
Continuando nessa circunferência, a gente vai para o rim, o rim,
pensando mais no elemento água e também no rim propriamente dito, então o
rim vai ser responsável por filtrar as impurezas do sangue, ele é quem vai
ajudar a separar o puro do impuro, para levar o impuro para a bexiga e
eliminar, ele ajuda na nutrição do cérebro, na nutrição dos ossos, então
qualquer problema osteoarticular, problema de coluna, problema no cérebro, a
gente vai sempre focar em trabalhar o ponto do rim. A gente tem a ureter, que
é caminho entre o rim e a bexiga, então esse ponto é muito clássico para ser
utilizado em paciente com pedra nos rins, que a pedra se deslocou pelo ureter,
aí o paciente tem uma dor intensa, lombar, diagnosticada e a gente, às vezes,
vai usar o ureter para ajudar na dispersão dessas pedras no rim.
Ponto da bexiga, a gente vai utilizar a bexiga principalmente quando
o paciente tiver excesso de líquido e a gente quer que ele gere mais urina, ou
na regulação térmica do paciente, é um ponto que eu utilizo bastante em
tonificação, quando o paciente está com febre, fazendo com que ele faça mais
urina, quanto mais urina ele fizer, mais troca de temperatura ele faz. Mas
também pode ser um ponto em que a gente vai trabalhar em tonificação
também, então o paciente que tem uma dificuldade em segurar a urina, então
um paciente com incontinência, eu não vou trabalhar só a bexiga, eu vou
trabalhar também o genital externo, vou trabalhar o genital interno, mas é
interessante também trabalhar a bexiga em paciente que tem uma
incontinência urinária.

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E para finalizar essa circunferência, a gente tem a próstata, que


principalmente quando o homem tiver alguma alteração de próstata, é um
ponto que a gente vai utilizar como ponto local.
Entre a bexiga, o rim e a uretra, intestino grosso, intestino delgado e
apêndice, a gente tem 3 pontos ali interessantes. Um ponto se chama diabetes,
então um ponto para pacientes com diabetes, a gente vai trabalhar diretamente
esse ponto. O segundo é distensão abdominal, então quando o paciente comer
em demasia, ou está com muitos gases e o paciente relata uma distensão da
parede abdominal, quando ele apresentar essa distensão de parede
abdominal, a gente vai trabalhar esse ponto aí que está em vermelho.
Ou quando o paciente quer parar de fazer a ingesta de álcool, o
paciente etilista que precisa parar com o seu alcoolismo e ele quer parar com o
alcoolismo, a gente vai trabalhar esse ponto do alcoolismo, a gente vai
conjugar esse ponto do alcoolismo junto com o ponto dos vícios e manias, vai
ser um ponto importante. Trabalhar o fígado, trabalhar o cérebro, lembre-se
que a gente tem que trabalhar a parte racional e a parte emocional do paciente,
porque ao tirar um elemento como o fumo, que a gente falou da nicotina, ou o
álcool, a gente vai criar um vazio nesse cérebro e a gente tem que pensar
também que esse paciente pode sofrer de abstinência, então é um ponto que
trabalha bastante tanto a vontade de beber, como também a gente vai entender
que vai trabalhar a abstinência do paciente. E quando o paciente está sem
bebida, a gente tem que notar qual é o sentimento que o toma, se é ansiedade,
se é a preocupação, se é a raiva, se é a fúria, para quê? Para conseguir
conjugar o elemento em conjunto com o trabalho da retirada do alcoolismo
desse paciente.
Então essa zona de baixo chamada de concha cava, a zona de cima
chamada de concha cimba e dentro da concha cava e da concha cimba,
basicamente a gente tem todos os órgãos e vísceras e dentro dos órgãos e
vísceras a gente tem os elementos, como a gente falou a função de cada
elemento, nós ficamos um bom tempo descrevendo cada elemento. Então cada
ponto desses de órgãos e vísceras vai ter a função de trabalhar o elemento
propriamente dito.
Então faça todas as anotações de todos esses pontos, descreva
com seu próprio punho, faça seu dever de casa, que é escrever no seu

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caderno ou escrever no seu computador, no seu notebook, onde você tiver a


preferência ou faça anotações verbais onde você preferir, mas é importante
sempre, ao término de cada aula, tentar realizar uma tarefa de fixação do que
foi aprendido. Então a princípio, o que a gente aprendeu nessa aula? Qual a
função e localização dos pontos, dos órgãos e das vísceras.

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Aula 33. Função dos Pontos Auriculares - Trago

Entrando agora em um local importante, que é essa região aqui de


fora chamada trago. É interessante a gente observar o seguinte: o ponto mais
alto do trago, o trago tem uma cartilagem, então o que determina o início dela,
dessa região do trago é exatamente o início da cartilagem. Então o ponto mais
alto, exatamente onde cruza a hélice com o trago, esse ponto mais alto aqui é
considerado o ponto do ouvido externo.
O que eu vou trabalhar no ponto do ouvido externo? Problemas de
audição, problemas de ouvido perfurado, tímpano perfurado, zumbidos, surdez
transitória, não de nascença, não que eu não possa trabalhar também, mas
uma surdez transitória vai ter um resultado muito mais interessante, após uma
explosão ou alguma coisa do tipo, ou após um mergulho. E infecções, otites
propriamente ditas, no ouvido externo, a gente vai trabalhar esse ponto,
zumbido. Então é um ponto que a gente vai utilizar bastante. Principalmente
esse ponto pode ser utilizado até como precaução para quem sofre muito de
descompressão timpânica durante viagens de voo, então eu posso trabalhar
esse ponto para ajudar meu paciente que tem aquele tamponamento timpânico
quando a aeronave sobe, ou quando ele está subindo serra e ele não
consegue descomprimir, esse ponto ajuda bastante a aliviar esses sintomas.
Logo abaixo do ouvido externo, a gente tem um ponto chamado
coração 2, ele vai ser um coadjuvante, ele vai ser um auxiliar do ponto do
coração 1, que fica no centro da concha cava, que a gente ainda vai ver. O
coração 2 tem todas as funções do coração 1, só que quando eu vou utilizá-lo?
Principalmente quando eu tiver problemas realmente cardíacos. Então eu
quero trabalhar o coração porque eu já vi lá na aula de órgãos e vísceras que o
coração tem função sobre as veias e o paciente está com problema de
trombose venosa no membro inferior. Só utilize o ponto do coração 1, que fica
no centro da concha cava. Ah não, o meu paciente está com problema na
coronária, está com hipertensão, algum problema na bomba cardíaca,
propriamente dita, esse ponto coração 2 deve ser utilizado, deve ser conjugado
junto com o ponto do coração 1.

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Então problemas físicos, estruturais no coração, um problema


cardíaco, um coração grande, uma pressão arterial alterada, a gente vai
trabalhar diretamente com esse ponto também.
Ápice do trago, isso depende muito, então a gente tem um paciente
que pode ter um trago simples ou um trago duplo, como uma imagem que
vocês têm. Se o paciente tem um trago triangular, que faz apenas uma ponta, o
ápice fica nessa ponta. Se o paciente tem um trago duplo, em um formato de P,
ele faz uma dupla corcova, esse ápice vai ficar na crista da parte de cima, na
primeira crista, na superior.
O ápice do trago, assim como o ápice da orelha, que a gente ainda
vai ver, o ápice do trago é um ponto fundamental para dispersar excessos,
como assim? Paciente com febre alta, com pico hipertensivo, com dor, falando
em escala de dor, de zero a 10, sendo zero não tenho dor e 10 tenho dores
imensas, quando um paciente se encontra num quadro de 8, 9 ou 10, em uma
escala analógica de dor, que a gente ainda vai falar um pouco mais sobre essa
escala de dor, que é importante na hora da avaliação, se o paciente se
encontra em um quadro muito intenso de dor, uma das coisas que a gente vai
fazer é sangrar tanto o ápice do trago, quanto o ápice da orelha e isso ajuda a
dispersar dor, hipertensão, dermatites, diarreia intensa, febre muita alta. Então
todos os quadros que parece que o paciente vai explodir, ou seja, o excesso
está tomando conta dentro do corpo desse paciente, os ápices podem ser
furados para que o excesso seja dispersado.
E sempre que houver sangria, a mão calçada de luva, a gente vai
deixar sangrar abundantemente. Se eu fizer a perfuração e não sair sangue,
isso possivelmente é porque o paciente não se encontrava em um quadro de
excesso. No quadro de excesso, quando eu perfurar com a lanceta, vai ter
sangue em demasia, a gente vai observar esse sangue e deixar extravasar
esse sangue até parar. Não tem problema nenhum, o paciente não vai ter
hemorragia por um sangramento mínimo acontecendo no pavilhão auricular.
Na hora da prática eu vou mostrar para vocês, a gente deve, no meato auditivo,
sempre tamponar o buraco da orelha para evitar que caia sangue lá dentro, por
quê? O maior problema é que depois vai secar, vai fazer uma sujeira, depois
vai começar a descamar, não vai ter nenhum problema muito sério, é mais por
questões de higiene mesmo.

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Descendo na direção da face, a gente vai ter um ponto logo em


seguida, um pontinho ali muito interessante, que é o ponto da sede. Esse ponto
eu costumo estimular bastante, principalmente em pacientes com quadro de
infecção ou com quadro de inflamação, por quê? Vários estudos já
demonstraram que a maioria das pessoas bebe menos água do que o
necessário, porém água é o principal carregador de lixo no nosso corpo, dos
metabólicos, catabólicos do nosso corpo. Então a única forma que eu tenho de
tirar infecção, de tirar inflamação do meu corpo é lavando-o. Então é
necessário que o paciente faça a ingestão de mais líquido para que eu consiga
retirar a inflamação do corpo do paciente. Então eu digo que um dos melhores
remédios para dor é beber muita água. Um dos melhores remédios para
infecção é o aumento de líquidos.
Então se eu noto que o meu paciente, eu pergunto para ele e ele me
diz que bebe menos de dois copos, o ideal é beber em torno de 3 litros, a gente
falou um pouco disso quando a gente estava falando de líquidos corpóreos lá
na aula sobre Jin Ye, sobre fluidos corpóreos, mas é interessante para todos os
pacientes que se encontraram ou com inflamação ou com infecção, ou até
mesmo precisando emagrecer, um dos pontos fundamentais para o
emagrecimento, acelera o metabolismo, é beber água.
Geralmente eu tonifico esse ponto, quando eu vou sedar esse
ponto? Principalmente para pacientes renais crônicos que têm limite de ingesta
de água por dia, então para o paciente não sofrer, às vezes ele pode beber
200mL, 300mL de água por dia, o máximo de líquido que ele pode beber,
porque senão o rim, que está em falência, acaba por não conseguir drenar e
vai ter uma falência renal. Então, por isso, é necessário, às vezes, sedar esse
ponto da sede, não é tão comum isso acontecer, mas no paciente renal crônico
é um ponto que eu vou utilizar.
Continuando, descendo, do ponto da sede a gente chega no
finalzinho aqui do trago, bem onde quando eu abro a boca, eu sinto a
articulação temporomandibular, esse é o ponto do nariz externo, que vai ser um
ponto muito utilizado para coriza, para resfriado, para nariz entupido, para
problemas na via aérea superior, a parte mais externa propriamente dita. Então
rinite, sinusite, a gente vai utilizar esse ponto, assim como nariz entupido,
alergias respiratórias, é um ponto bem utilizado.

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Logo em seguida, fazendo um triângulo, descendo agora em direção


ao meato auditivo, pensando que o nariz externo está bem exatamente na
direção do centro do meato auditivo, agora eu vou descer um pouquinho, ao
descer um pouquinho eu vou para um ponto muito queridinho, das pessoas que
querem emagrecer, que é o ponto da fome. Então lembrando, esse ponto só é
um ponto interessante de ser trabalhado no paciente de emagrecimento se
esse paciente realmente tenha a ingesta ou a fome como principal causa da
sua obesidade.
Então é um ponto que eu posso estimular em crianças que não têm
fome, que não comem ou que estão com crescimento afetado pela vontade de
não comer, então isso é muito comum, principalmente hoje que a gente tem
muita dispersão, então a criança não come simplesmente com o prato de
comida, tem sempre um celular, tem sempre um tablet, uma televisão
distraindo, então, muitas vezes, a pessoa nem se concentra ou come sem ter o
paladar ali aguçado.
É importante trabalhar esse ponto da fome em tonificação em
crianças ou em pessoas em inanição, que precisam comer e não têm vontade
de comer. E trabalhar esse ponto em sedação em pessoas que comem em
demasia. Então, por exemplo, pessoas que comem por ansiedade, então eu
vou trabalhar os pontos da ansiedade 1 e 2, associados com o ponto da fome,
sempre que pensar em fome, em comida, a gente tem que pensar no baço,
pâncreas e no estômago, que são os órgãos ali que vão estar responsáveis
pela alimentação também, então sedando também esses pontos paciente que
está comendo em excesso.
Logo em seguida, a gente tem um ponto da suprarrenal, aí eu entro
exatamente em contrapartida com o paciente no ponto da fome, por quê? A
suprarrenal é uma glândula que libera um hormônio que é bom e tem um outro
hormônio ruim. O hormônio bom é o hormônio da adrenalina, que está ligado
ao stress, mas está ligado também à disposição, então quando eu penso em
um paciente que não emagrece porque ele não tem disposição para começar
uma atividade física, ele até tem vontade, mas está faltando a força de
vontade, o ponto da suprarrenal vai ser fundamental, porém esse ponto é um
ponto que a gente tem que tomar cuidado, porque adrenalina é um hormônio
que, ao ser liberado, pode aumentar a pressão arterial. Então é um ponto que

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em paciente que já tem histórico de pressão alta, a gente deve evitar e ir com
calma nesse ponto, mas se é um paciente que não tem problemas cardíacos, é
um ponto que eu posso utilizar bastante para dar força, vontade do paciente se
mexer, eu posso conjugar isso com o rim, com o coração e em conjunto
também com pontos da neurastenia, lembra que a neurastenia é o
esgotamento físico e mental? Então trabalhar esses pontos todos em
tonificação par ajudar esse paciente a se animar, agitar um pouco mais e
também posso tonificar o sistema neurovegetativo simpático para acelerar o
organismo desse paciente.
A gente pode sempre pensar em conjugar com outros pontos,
dependendo dos sintomas ou histórico de cada paciente e sempre cada
paciente é único, por isso que é tão difícil pensar em um protocolo. Qual é o
melhor protocolo de emagrecimento? Não sei, primeiro a gente precisa
entender o que, dentro do seu paciente, é responsável por transformá-lo em
um paciente obeso, é a ansiedade? É o sedentarismo? É a fome excessiva? É
o não se mover? Ou ele está com alteração de tireoide? Então isso tudo a
gente deve levar em consideração na hora que a gente vai fazer a formulação
de um protocolo.
Abaixo da suprarrenal, a gente tem um ponto chamado nicotina e,
logo abaixo, um ponto chamado vícios e manias. O ponto da nicotina é um
ponto que ajuda o paciente a diminuir a vontade de fumar, é um ponto
específico para trabalhar o tabagismo, em conjunto com vícios e manias, os
pacientes que já estão com transtorno obsessivo compulsivo, o TOC, a mania
de organização, que tudo tem que estar no lugar, não pode se mexer ou mania
de limpeza. Todas as manias e vícios, vícios por drogas, vício por bebida e
tudo mais, esses pontos vão ser utilizados.
O ponto do nariz interno, você pode ver que esse ponto é um ponto
que está circundado. Quando ele está circundado, significa que ele não fica na
parte da frente, ele fica na parte interna. Então aí o nariz interno vai estar na
parte de dentro do trago e a parte de nariz interna a gente vai pensar
principalmente em rinite e sinusite. Então os problemas respiratórios, a gente
está pensando mais em seios da face, na produção excessiva de muco ou
então o paciente já está com uma infecção, a gente vai trabalhar esse ponto do
nariz interno em sedação.

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Dr. Marcos Minello - Auriculoterapia 2.0

Esses são os pontos da região do trago, é importante que você faça


anotações sobre cada ponto no seu caderno de anotações e que você faça o
estudo em cima de cada ponto, lembrando sempre de tentar ir colocando
considerações em cada ponto, em quem você colocaria, que paciente, se você
consegue dar nome aos pacientes que você vai utilizar o ponto, isso ajuda
bastante na fixação, na localização e no porquê de cada ponto.
Então aguarde até a próxima aula, a gente vai esclarecer um pouco
mais sobre outras regiões da orelha.

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Dr. Marcos Minello - Auriculoterapia 2.0

Aula 34. Função dos Pontos Auriculares - Helix

Nesse vídeo a gente vai falar da parte mais externa aqui toda, o
bordo externo da orelha, que é chamado de helix ou hélice da orelha e nessa
região tem pontos bem interessantes e alguns pontos são, na verdade, a
continuação da parte interna.
Então, por exemplo, a gente tem logo no início aqui da orelha, seria
a raiz da hélice, onde começa a hélice, é o ponto do estômago. E logo em
seguida, quando a gente começa a entrar um pouco mais, você esteja com seu
mapa agora junto com você, porque principalmente agora, quando eu coloco
esse amplitude muito grande, se você estiver assistindo no celular, você não
vai conseguir ver os pontinhos específicos. Então é legal você estar junto com
seu mapa aí.
Começando logo aqui no início, a gente vai ter o ponto zero, que é
um ponto que eu já falei junto na hora que eu estava explicando a concha cava,
é um ponto em que eu tenho uma das maiores sensibilidades do nervo vago e
o nervo vago é responsável pela parte simpática e parassimpática das
vísceras. Ele ajuda no liga e desliga das vísceras, então esse ponto zero vai
ser muito utilizado quando a gente tiver uma hipofunção de uma víscera ou um
hiperfunção de uma víscera. Então sempre que eu tiver uma hipofunção de
uma víscera, quatro ponto que podem ser conjugados: uma víscera que vai ser
trabalhada, que é o ponto do local e três pontos que trabalham a parte
simpática e parassimpática. Um é o ponto zero, dois, o ponto do nervo vago,
que fica na concha cava e o ponto do simpático, que fica na cruz inferior.
Então são três pontos muito interessantes a serem trabalhados em
conjunto com o ponto da víscera, formando quatro pontos para fazer com que
aquela víscera volte a trabalhar ou pare de trabalhar excessivamente, se for o
quadro que está acontecendo no seu paciente.
Logo depois do ponto zero, a gente tem o ponto do diafragma, que
vai ser trabalhado principalmente com pacientes com distúrbios respiratórios,
com dificuldade respiratória, como também é um ponto que, em alguns mapas,
vai ser chamado de ponto do soluço, então é um ponto que é interessante a
gente trabalhar quando o paciente está com um soluço que é considerado um
espasmo no diafragma.

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Dr. Marcos Minello - Auriculoterapia 2.0

A gente tem, continuando ali do diafragma, se a gente for observar


bem a exteriorização do intestino grosso, ele bate exatamente ali no ponto do
reto, então quando tiver algum problema de saída realmente de fezes, o
paciente tem muita dor ao evacuar ou ele tem hemorroidas e tudo mais, então
vai trabalhar tanto o reto, quanto um ponto mais em cima, que a gente vai ver
daqui a pouco, que é ânus, que em alguns mapas é considerado o ponto das
hemorroidas. Acima do reto tem a uretra, que é um ponto que é muito utilizado
principalmente nas incontinências ou nas infecções urinárias. Acima da uretra
tem o ponto do genital externo, principalmente utilizado para distúrbios sexuais
e distúrbio de incontinência, então é muito comum a gente trabalhar a
incontinência, o ponto da uretra junto com o genital externo.
A gente tem, acima do genital externo, a gente tem o ponto do ânus,
que vão ser trabalhadas principalmente as constipações, as hemorroidas, as
dificuldades de evacuação, as dificuldades físicas, tem paciente que consegue
evacuar, mas ele tem dor no esfíncter, é o esfíncter que não consegue fazer a
abertura, esse é um ponto que a gente vai utilizar.
Lá em cima da orelha, a gente tem um ponto que é chamado ápice
da orelha, não tem dificuldade não, é o ponto mais alto da sua orelha. Então
você vai olhar o seu paciente e vai ver, o ponto mais alto da orelha do paciente
é onde fica localizado o ápice da orelha. O que é o ápice da orelha? A gente
vai trabalhar sempre que o paciente tiver um quadro de excesso, então é
recomendado para um paciente que está com uma crise álgica muito intensa,
um paciente que está com uma hipertensão descontrolada, eu preciso abaixar
essa hipertensão, o paciente que está com uma febre muito alta, uma dor
exacerbante, dor de cabeça que lateja, então todo o quadro de excesso, a
gente vai fazer uma sangria. Você vai ver na hora da prática, que eu vou
mostrar para vocês, a gente vai pegar uma lanceta ou uma agulha de
acupuntura ou uma agulha qualquer que seja de perfuração, seja limpa, e a
gente vai fazer um furo nessa orelha e vai sair um sangue exatamente por essa
região de cima da orelha e se o paciente estiver em um quadro de excesso,
comumente vai ter um sangramento abundante. Deixe sangrar, você só vai
aparando o sangue, você com a mão calçada com luva e vai aparando o
sangue com uma bolinha de algodão para não sujar a roupa do paciente, para
não sujar o cabelo dele.

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Embaixo do ápice da orelha tem um ponto chamado reflexos


cerebrais, é o ponto do reflexo cerebral. O que isso significa? Se o paciente
apresentar reflexos primitivos ou tanto hiporreflexivos, ou seja, o paciente que
está demorando a ter reflexos ou ele está com excesso de reflexo,
hiperreflexia, esse ponto pode ser trabalhado e vai ajudar bastante o paciente.
Então tanto o paciente neurológico, o paciente acamado, que sofreu trauma,
alguma coisa do tipo, como pacientes neurológicos crônicos, é um ponto que a
gente vai utilizar bastante.
Começando a descida aqui, a gente tem dois pontos bem próximos,
um é o ponto da amígdala, a gente tem um ponto da amígdala que é lá
embaixo, no lóbulo e tem um outro ponto que fica aqui em cima, esse ponto da
amígdala para as amigdalites, propriamente ditas, de infecção, inflamação da
amígdala e logo um pouquinho abaixo desse ponto da amígdala 1, a gente tem
o ponto da alergia 2, a gente viu que aqui na fossa escafoide, entre o punho o
dedo, a gente tinha o ponto da alergia 1, e agora a gente tem o ponto da
alergia 2. Então se o meu paciente apresenta alergias ou apresenta alguma
doença autoimune, eu posso utilizar esses pontos, alergia 1 e alergia 2 em
conjunto com os outros pontos. Então se é uma alergia respiratória, vou colocar
nariz interno, nariz externo, pulmão, junto com alergia 1 e 2. O meu paciente
apresenta uma alergia cutânea no peitoral, eu coloco peitoral, coloco alergia 1,
alergia 2, é alergia na pele? Então é pulmão também, vou colocar.
Logo em seguida, descendo, a gente vai ter aqui uma zona que é
chamada área do tumor 2, a gente já viu área do tumor 1 aí embaixo, no lóbulo,
que eu vou explicar novamente. Então área do tumor 1 e área do tumor 2,
comumente quando o paciente está sofrendo por algum câncer, alguma
tumoração, essas regiões tendem a se alterar morfologicamente, a coloração
dessa região e são pontos em que a gente vai procurar zonas sensíveis para
apagar o tumor do paciente. Lembre-se que eu falei lá quando a gente estava
falando de lóbulo, eu, Marcos, não gosto de trabalhar diretamente o tumor,
principalmente se ele já está em tratamento com quimioterapia e radioterapia.
Meu foco principalmente é com a sobrevida do paciente, dar qualidade de vida
ao paciente, se ele está conseguindo dormir, se ele está ansioso, se ele está
preocupado, como é que está a parte gastrointestinal dele, eu foco muito mais
nisso do que, propriamente dito, no tumor, tá?

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Dr. Marcos Minello - Auriculoterapia 2.0

A gente tem o Yang do fígado 1 e 2, para o que serve o Yang do


fígado? A patologia chamada ascensão do Yang do fígado é uma patologia
muito clássica e é nessa patologia que você vai utilizar esses dois pontos que
estão aqui na região da hélix do paciente. Então Yang do fígado 1 e 2, eles
tratam a ascensão do Yang do fígado. Então Yang do fígado tem que descer,
ele foi feito para mandar energia par baixo. De repente, principalmente ou
quando o paciente ficar muito irritado ou quando ele come muita gordura, que
afeta muito o fígado ou as duas coisas ao mesmo tempo, esse Yang, que
deveria descer, ele vem para cima e aumenta a dor do paciente e os sinais
clássicos são os seguintes: o paciente vai ter aquela dor de cabeça
insuportável, uma dor de cabeça em facada, latejante. Geralmente, fotofobia, o
paciente... se é rim, vai afetar os olhos também, então ele vai apresentar uma
fobia à claridade. Ele vai apresentar uma dor de cabeça principalmente, pode
ser lateral, mas principalmente no ápice, um aumento da pressão arterial e a
sensação de fúria, tipo: “eu quero ficar sozinho, ninguém fala comigo, preciso
de um quarto escuro”, então essa ascensão do Yang do fígado, ela é tratada
exatamente com esses dois pontos.
Quando a gente está falando de antitrago, eu falei de um ponto
muito importante e pedi para vocês gravarem esse ponto, que a gente ia
conjugar com outro ponto. Lá embaixo, no final da antihélix aqui, a gente tem
um ponto entre a antihelix e a fossa escafoide, no finalzinho delas, ali entre o
glóbulo, antitrago, helix, ali nessa triangulação, nessa zona, a gente tem um
ponto que se chama auricular magno, lembra que eu falei para vocês? Que é
uma região onde há maior sensibilidade desse nervo, é um nervo medular, ele
é localizado. Então eu tenho aqui o nervo auricular magno e aqui, por ser
vazado esse pontinho, ele vai ser por dentro desse tuberculozinho, dessa zona
[oquinha], diferente da orelha, ele vai ser na face interna, então ela vai pegar
aqui nessa região. Então essa região fica bem sensível, principalmente se o
paciente está com alguma dor corporal e ela serve para tratar dores
generalizadas. Então vou utilizar com a chikungunya, ou durante a dengue, ou
em um paciente com fibromialgia. Utilizar, conjugar esse ponto, o occipital
menor, nervo occipital menor junto com o nervo auricular magno lá embaixo.
Occipital menor aqui no tubérculo auricular e o auricular magno aqui no
finalzinho da antihélix com escafoide, onde a gente já viu anteriormente quando

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Dr. Marcos Minello - Auriculoterapia 2.0

a gente estava falando de antitrago. Se você não lembra, volte lá na aula de


antitrago, que você vai ver, está quase no final da aula de antitrago.
E aí o que é interessante depois é que daqui de cima até aqui
embaixo, a gente tem helix 1, 2, 3, 4, 5 e 6. Então a gente tem 6 pontos que
são chamados de helix. Lembrando que o ponto da helix é um ponto que serve
para tratar, ele é um ponto analgésico e anti-inflamatório.
Quando eu vou utilizar o 1, 2, 3, 4, 5 ou 6? Geralmente a gente vai
utilizá-lo por proximidade, o que significa? Por exemplo, o hélix 1 vai ajudar
bastante nos problemas de lombalgia, de dor, porque a lombar está aqui, então
o membro inferior está aqui, a mão está aqui. Então se eu tenho um problemas
no punho, mão, eu tenho problemas em membro inferior e problemas na
lombar, o helix 1 é o mais próximo no mapa, então é ele que eu vou utilizar.
O helix 2 já está mais próximo da região dorsal e região do cotovelo
e ombro, mais cotovelo. Helix 3 está mais próximo da cervical e mais próximo
do ombro. Helix 4, mais próximo do crânio. Helix 5, mais próximo da face e
helix 6, mais próximo da boca, da língua e da amígdala.
Então eles servem para tratar diretamente os locais que estão
afetados. São pontos em que a gente vai conjugar para fazer um efeito anti-
inflamatório e analgésico, potencializando o tratamento e amenizando mais
ainda a dor do paciente.

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Aula 35. Função dos Pontos Auriculares - Dorso

Na região do dorso da orelha do paciente tem pontos bem


interessantes e alguns pontos que nada mais são do que referência à frente.
Então existe uma técnica na auriculoterapia que se chama técnica ponto a
ponto. O que isso significa? Toda a parte osteomuscular, ou seja, onde está o
ombro, onde está o cotovelo, onde está o dedo, onde está a lombar, a gente
pode colocar um ponto na região da lesão e a parte osteomuscular atrás é
espelhada na parte de trás. Então quando a gente olha o dorso da orelha, que
a gente vê: dorsalgia, lombalgia, região posterior da perna, cotovelo de tenista,
então tudo mais, esses pontos nada mais são do que referentes à frente.
Então comumente, quando eu pego algum ponto de dor, ah, eu
tenho uma dor lombar, então esse ponto da lombar meu está sensível, eu
coloco o ponto aqui e eu quero potencializar o efeito, vou falar um pouco mais
disso quando a gente estiver falando em técnicas de colocação de semente ou
de agulha, a gente pode colocar um ponto exatamente atrás, isso se chama
técnica ponto a ponto, porque eu tenho a mesma referência da parte
osteomuscular, eu tenho referida na parte de trás, assim eu potencializo o
efeito analgésico. Mas tem alguns pontos que só tem atrás, então é importante
a gente entender. Eu vou começar de cima para baixo.
A gente tem um ponto lá em cima, bem próximo ao ápice da orelha,
mas mais na parte dorsal do ápice da orelha, que se chama ponto do encéfalo.
Esse ponto serve principalmente para dores de cabeça, comumente, se você
olhar aí no dorso, tem um ponto logo abaixo que também se chama cefaleia,
ele já vai ficar um pouco mais encostado na região do dorso ali da concha. Ele
já encosta um pouco, ele sai dessa parte da hélix e começa a encostar um
pouco mais na concha cimba, na parte de cima da orelha, da concha,
encostando um pouco mais na cartilagem do paciente.
Então esses dois pontos, encéfalo e cefaleia são dois ótimos pontos
para tratar dor de cabeça do paciente. Tem um outro ponto aqui na parte de
trás da hélix, que é antipirético, que é um ponto que eu posso conjugar com o
ponto que a gente viu aqui na fossa triangular, esse ponto da fossa triangular
se chama ponto da febre e antipirético nada mais é do que ponto que controla
a febre, então esse ponto aqui no dorso pode ser sangrado ou colocado uma

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agulha ou uma esfera sedando quando o paciente encontra-se em um quadro


febril, para controlar a febre do paciente.
Se a gente olhar aqui bem na raiz de cima, no meio e embaixo,
exatamente onde a gente tem os ligamentos, a gente tem alguns pontos aí que
são uns pontos vermelhos bem grandes no mapa, que se chamam raiz
superior, raiz média da orelha, raiz central e raiz inferior do dorso da orelha.
Raiz superior, média e inferior é onde a orelha cola com o crânio, é onde ficam
os ligamentos auriculares.
Esses pontos de inserção da orelha no crânio são pontos bem
interessantes quando eu tenho quadros bem clássicos. Então raiz superior trata
todo o terço superior da orelha, o que isso significa? Quando o paciente tem,
por exemplo, uma dor lombar irradiada para membro inferior, radiculites, dor de
hérnia de disco, essa dor que vem para baixo, pegando as duas pernas, um
quadro muito intenso, um ponto que eu vou utilizar é o ponto da raiz superior.
Raiz central trata mais de centro da orelha. Então raiz central,
quando eu tenho paciente com problemas gastrointestinais ou problemas
cardiorrespiratórios conjugados com gastrointestinais muito intensos e eu
preciso tratar com muitos pontos, em vez de eu tratar com muitos pontos em
todos os órgãos e vísceras que estão afetados, eu vou lá atrás e coloco na raiz
central do pavilhão auricular.
E se meu paciente tem algum problema mais localizado em face,
crânio, então um problema de paralisia facial, uma dor de cabeça, uma dor
facial, um problema de nervos trigêmeos, uma síndrome dos trigêmeos, que é
uma dor muito intensa, que vai para a cabeça, para a boca, para dente, então
dores muito intensas na cabeça, na face, um ponto que eu vou utilizar é a raiz
inferior do dorso da orelha, o que vai ajudar muito no tratamento do paciente.
Se vocês olharem o dorso, ele tem uma simbologia de 5 elementos
muito interessante, então os 5 elementos podem ser vistos como a gente viu
anteriormente, como eu falei, em 5 elementos, em que a água gera a madeira,
a madeira gera o fogo, o fogo gera a terra, a terra gera o metal, os minerais e
os minerais seguram a água, esse é o ciclo de geração, lembra que a gente
falou sobre isso? No dorso da orelha, a gente tem um ideograma, a gente tem
uma formulação, um posicionamento dos 5 elementos que é o posicionamento
em cruz, que seria o fogo como se fosse o sol, ou seja, o coração fica lá no

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ápice da orelha, a terra fica no centro, ou seja, o baço centralizado. A gente


tem a parte mais externa, a madeira, ou seja, a madeira fica acima um pouco
da terra, então fica mais para externa, enquanto o pulmão, que é o metal, ele
fica para dentro da terra.
Então a gente o fogo acima, no centro, a terra, para externo, a
gente tem o fígado, que é a madeira e para a parte interna da orelha, mais
para dentro, a gente vai ter o metal. E na parte mais baixa da orelha, a gente
vai ter o rim.
Essa orientação no dorso da orelha serve principalmente quando
eu quiser tratar os órgãos e as vísceras pensando nos 5 elementos. Então,
cara, eu adorei os 5 elementos e eu vou tratar a auriculoterapia sempre com
5 elementos, você vai ter que dominar esse posicionamento dos pontos na
zona posterior do dorso da orelha e isso vai te ajudar muito a trabalhar em
conjunto com os pontos da frente.
Então, comumente, ah, vou trabalhar fogo com o coração lá atrás,
trabalha lá atrás e na frente. Eu vou trabalhar o rim, o rim localizado aqui
dentro e, ao mesmo tempo, eu vou colocar o rim lá embaixo. Então eu
preciso focalizar exatamente quando eu quiser trabalhar com os 5
elementos, olhar esse dorso da orelha com essa orientação em cruz que a
gente tem.
A gente tem de importantíssimo, aqui no dorso da orelha, mais
localizado na parte debaixo, a gente tem um ponto acima um pouquinho da
raiz interior, um pouquinho aí em cima, a gente tem o ponto da anorexia,
então o paciente que tem dificuldade de se alimentar, não gosta de se
alimentar, não quer ou então ainda coloca para fora após se alimentar, então
o paciente anoréxico, a gente vai trabalhar esse ponto aqui na orelha.
E tem dois pontos muito utilizados que são a área do distúrbio do
sono e que tem um bonequinho desenhado dormindo, que fica logo abaixo
aqui, a gente tem essa zona da hélix atrás e logo que que acabar a zona da
hélix, então a gente pode observar aí quando acaba a área do triângulo
cervical, triangular cervical, aparece um bonequinho dormindo. Então essa
zona é uma zona da área do distúrbio do sono, então o paciente que tem
sonos com muita movimentação, sonos muito perturbados, se mexe muito
ou então tem insônia, a gente vai trabalhar esse ponto de distúrbio do sono

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em conjunto com esse ponto atrás aqui do lóbulo, que se chama também
sono profundo.
E outros dois pontos importantíssimos são o ponto da inteligência,
que é como se fosse a parte dorsal do ponto do dente, então atrás do ponto
do dente, então o ponto da inteligência é muito mais ligado, na verdade, ao
ponto da concentração, ajuda você a se concentrar mais no trabalho, então
sempre que eu quiser focar um pouco mais, eu preciso da minha parte mais
racional, eu preciso me dedicar um pouco mais aos estudos, esse é um
ponto muito utilizado em crianças com distúrbios de déficit de atenção e,
principalmente, para pacientes que estão precisando estudar ou passar para
concurso, fazer alguma prova, então a gente trabalha esse ponto em
tonificação, o ponto da inteligência.
E o ponto atrás do ponto da ansiedade é o ponto da alegria, é um
ponto muito trabalhado em pacientes com depressão, em pacientes com
apatia, em pacientes com distúrbios em que está faltando alegria na vida
dele, é um ponto que eu vou utilizar muito. Então o ponto da alegria,
conjugar esse ponto da alegria com a liberação da endócrina para ponto
endócrino e ponto da hipófise também. E a apatia, que é a ausência da
alegria, é um distúrbio do coração, então eu posso trabalhar o coração aqui
na concha cava e se você quiser também trabalhar o elemento fogo, o
coração lá em cima do dorso, como a gente viu.
Olho, ouvido interno, tudo isso é reflexo da frente, então como eu
falei, tem esses outros pontos que são importantíssimos aí na região dorsal
e aí a gente vai conjugar muito quando a gente entrar em formulação de
pontos, com criar uma boa receita, como entrar nessa parte de formulação
de pontos que a gente vai ver a seguir.
Lembre-se de fazer as suas anotações, para quem você vai usar,
por que você vai usar, em que outros pontos você conjugaria esses pontos,
vai trabalhando isso no seu caderno de estudo, nas suas anotações, para
cada vez ficar mais fácil o pensamento sobre a auriculoterapia e não ficar
focado tanto em copiar e colar protocolos, ficar sempre em busca de alguém
que formulou o protocolo. O intuito maior nosso aqui nesse curso é criar
alunos que raciocinem e que consigam sozinhos criar receitas e criar
protocolos individualmente para cada paciente. A gente vai focar agora, na

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próxima aula, principalmente em como juntar as peças, como criar o


protocolo e depois o que fazer com esse protocolo, como aplicar esse
protocolo no paciente.

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Aula 36. Anatomia dos Nervos Presentes no Pavilhão Auricular

Uma das principais defesas, principalmente da visão ocidental da


auriculoterapia, é o seguinte: os nervos que chegam até o pavilhão auricular
são de grande importância e de grande poder. Então muitas das pessoas que
têm um certo bloqueio quando a gente fala em auriculoterapia, é muito
importante a gente fazer a abordagem e explicar, e também até para a gente
entender na visão ocidental da coisa, por que a auriculoterapia funciona.
Existem quatro nervos cranianos que terminam na orelha e dois nervos
cervicais, ou seja, dois nervos medulares, que chegam até o pavilhão auricular.
Então a gente vai citar e vai explicar cada um desses nervos e suas funções.
O primeiro deles é o nervo trigêmeo, o nervo trigêmeo que leva à
face, pegando parte de dentes, parte dos músculos da face, ajuda na
mastigação e tudo mais, o nervo trigêmeo, um ramo dele vai para a orelha.
Então a gente consegue fazer um trabalho de controle sobre o nervo trigêmeo.
Se eu trabalhar a área do nervo trigêmeo, eu vou trabalhar a analgesia, a
anestesia de dente, de boca, salivação, então a gente tem essa inervação aí
responsável por essa função.
Um segundo nervo que a gente tem, que chega até o pavilhão
auricular é o nervo glossofaríngeo. O que é isso? Glossofaríngeo significa
língua e faringe. Então o nervo responsável pela deglutição, pelo paladar, pela
salivação, pela fala, pelo movimento peristáltico de engolir, isso tudo é
responsabilidade do nervo glossofaríngeo. Então a gente pode entender que na
região onde eu tenho esse nervo glossofaríngeo, ao estimular o nervo
glossofaríngeo, eu estou causando uma regulação direta sobre esse nervo e
sobre as funções desse nervo.
O terceiro nervo que a gente tem, que chega até o pavilhão
auricular, é o nervo facial, ou seja, qualquer alteração de sensibilidade,
qualquer alteração de tônus, de expressão, de oleosidade, de sensação, então
para paralisia facial, para dificuldade de expressão ou a alteração de
movimento de face ou dificuldade em fala, principalmente na gesticulação da
boca, na movimentação da boca, dificuldade em fechar o olho, a gente vai ver
muito isso em paciente com acidente vascular encefálico, AVC, o famoso
derrame, paciente com paralisia facial, a gente consegue estimular diretamente

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esse nervo pelo pavilhão auricular e tem um grande sucesso sobre essas
patologias.
O quarto nervo, um dos mais importantes, todos são importantes,
lógico, mas o quarto nervo, que é importantíssimo, é o nervo vago, ele vai ser
responsável pela regulação da parte simpática e parassimpática dos órgãos e
vísceras. Como assim? A parte simpática e parassimpática. Simpático é
sempre quando eu estou ligando um órgão. Então, por exemplo, agora está
próximo do horário de almoço ou próximo do horário da janta e eu sinto um
cheiro bom, o que acontece? Na hora meu estômago começa a se movimentar,
eu sinto um borbulhismo, movimentação do meu estômago e essa
movimentação do meu estômago é dada por quê? Alguém foi lá e ligou meu
estômago, quem fez isso foi o nervo vago. Ao mesmo tempo, ele vai
preparando meu estômago com suco gástrico, que aumenta a proteção do meu
estômago. Em seguida, ele já sabe que vai ser digerida a comida e essa
comida vai passar pelo duodeno e o duodeno se comunica com a vesícula
biliar e a vesícula biliar vai ter que excretar bile ali para quebrar as gorduras.
Então ao começar a mastigar, o meu cérebro vai perceber se a
região da minha língua percebeu muita gordura, o nervo vago vai disparar
maior ou menor produção de bile para fazer a digestão e aí prepara o intestino,
aí prepara o intestino grosso, prepara os rins. Então o lance do nervo vago é
que ele liga e desliga as vísceras, fazendo com que elas funcionem mais ou
menos.
E qual é o nosso trabalho? É entender se alguém deixou a luz acesa
ou deixou apagada quando deveria estar acesa e a gente vai lá e regula.
Então, por exemplo, o paciente que não tem o movimento peristáltico no
intestino e não consegue evacuar, a gente vai lá e vai estimular um ponto do
nervo vago, um ponto em que ele esteja mais aflorado, a região do nervo vago,
são dois pontos, ponto nervo vago e ponto zero e junto eu vou lá e estimulo o
intestino e isso faz com que o intestino trabalhe mais. Ou se o meu paciente,
por exemplo, tem uma gastrite nervosa, ou seja, ele cria uma ansiedade, essa
ansiedade continua produzindo suco gástrico e isso causa um incômodo no
meu paciente, significa que o estômago está trabalhando em um momento que
não deveria. Então ao contrário do que eu fiz lá no intestino, que foi sedar o
meu intestino, diminuir a função do sistema simpático, ligando o sistema

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parassimpático no intestino, desculpa, eu estava ligando o simpático e


desligando o parassimpático para funcionar mais o intestino, no estômago eu
vou fazer exatamente o oposto. Eu vou ligar o sistema simpático, ou seja,
acender a luz no estômago, que está trabalhando em excesso, que está com a
luz acesa, eu vou apagar essa luz e fazer com que ele funcione menos.
Então em um momento pode ser que eu precise dar mais função, ou
seja, ligar o sistema simpático ou pode ser que eu precise diminuir a função, ou
seja, ligar o sistema parassimpático, ou seja, desligar o sistema simpático.
O sistema simpático é o sistema que liga as vísceras e o sistema
parassimpático é o sistema que desliga as vísceras.
Quando eu estou trabalhando com ponto SNV, que vocês vão ver
mais à frente, sistema neurovegetativo, junto com o ponto zero ou o ponto do
vago, eu vou ter uma regulação exatamente de ligar e desligar as vísceras, de
tonificação, eu vou interpretar que a tonificação, o estímulo de tonificação, que
vocês vão ver melhor mais à frente, o estímulo de tonificação faz com que eu
ligue as vísceras. O sistema de sedação faz com que eu ligue o sistema
parassimpático, ou seja, desligue o simpático, ou seja, desligue a víscera.
Então se uma víscera está funcionando muito, o que eu faço? Desligo a
víscera, o ponto da víscera, mais o ponto do nervo vago, mais o ponto SNV.
Está feito o protocolo. Ou se a víscera está trabalhando em excesso, o que eu
faço? Desligo a víscera, desliga o SNV e desligo o nervo vago e, com isso, eu
faço a regulação desse sistema.
Então é interessante a gente entender isso, que a gente tem um
nervo muito importante dentro da nossa orelha, uma terminação muito
importante na orelha, que é o nervo vago.
Os outros dois nervos que são medulares, eles vêm aqui da raiz de
C2 e C3, que é o nervo occipital menor e o nervo auricular magno. São dois
pontos importantíssimos, que chegam pelo pavilhão auricular, todos os outros
vêm pela frente, que chegam pelo pavilhão auricular por trás e enervam mais a
parte externa da orelha. E por ser serem medulares, eles é que vão ser os
nervos que vão estar intimamente ligados à região de sensibilidade do resto do
corpo. Até então a gente estava falando em face, boca, órgão e víscera, e os
músculos, tecidos e tudo mais? Isso está na parte mais superficial da pele, isso
está ligado intimamente aos nervos medulares. Então o nervo auricular maior,

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Dr. Marcos Minello - Auriculoterapia 2.0

grave esses dois nomes, que vão ser importantíssimos na hora do tratamento,
nervo auricular magno ou maior, em alguns atlas anatômicos, o que dá no
mesmo, e nervo occipital menor. Esses dois nervos, o auricular magno e
occipital menor, são dois pontos na orelha, também tem esses dois pontos, e
eles inervam toda a parte externa, mas eles também têm um ponto de maior
sensibilidade.
Esses dois pontos vão ser responsáveis regular toda a parte motora
do meu corpo e parte muscular, articular, óssea e tudo mais. Então se eu
trabalho diretamente nesses dois pontos, eu vou estar trabalhando o corpo
como um todo. Então em um quadro de uma fibromialgia, num pós-dengue,
onde o paciente está com uma dor mais generalizada, esses dois pontos em
um local de maior sensibilidade do occipital menor e do auricular magno, eu
vou estar trabalhando o corpo como um todo e uma analgesia geral do
paciente. Ou não, eu vou trabalhar em determinadas regiões em que eles estão
divididos e que vão ser responsáveis mais pela cabeça, mais pela lombar ou
mais pelo joelho, isso a gente vai ver mais à frente a anatomia do pavilhão
auricular.
Então, resumindo, a gente tem 6 nervos chegando até o pavilhão
auricular: 4 são nervos cranianos e 2 são nervos medulares. Ou seja, dos
nervos cranianos, a gente tem o trigêmeo, glossofaríngeo, o facial e o nervo
vago, são os nervos cranianos, que vão até o pavilhão auricular. E a gente tem
2 nervos que são medulares: nervo occipital menor e auricular magno, que vão
ser responsáveis por toda a parte osteomuscular do nosso corpo.
Então faça suas anotações, faça seu deverzinho e coloque tudo no
caderno, isso vai te ajudar muito mais lá na frente, na hora da formulação de
pontos e por que utilizar cada ponto. Continue aí, qualquer dúvida, coloque lá
no grupo que a gente vai esclarecer. Até a próxima.

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Dr. Marcos Minello - Auriculoterapia 2.0

Aula 37. Materiais Fundamentais e Complementares

Nessa aula a gente vai falar um pouco mais sobre os materiais


necessários, o material obrigatório que o terapeuta tem que ter e os materiais
complementares, que complementam, mas não são, na verdade, necessários
para que se tenha um bom tratamento.
Então, a princípio, qual é o material mais fundamental que o
terapeuta tem que ter no início, principalmente, quando ele vai começar o
atendimento. O principal material é a pinça de ponta arredonda, eu recomendo
aí entre 10 a 15 centímetros, então uma pinça serrilhada de ponta
arredondada, essa é uma pinça que eu utilizo, como também uma placa de
semente ou de cristal, à sua preferência. Então tem uma aula falando só sobre,
individualmente, cada tipo de material, para que serve, mas muitas a gente fica
focado em comprar tudo e, às vezes, fica excessivo o material. Por exemplo, a
própria pinça, para mim, ela já funciona como... eu a mantenho apertada e ela
mesmo já funciona como equipamento de palpação.
No dia a dia, nos atendimentos, posso falar que 80% dos meus
pacientes de atendimento, o material que eu utilizo é uma pinça e uma placa de
esfera. Eu dou preferência à esfera do que à semente, já expliquei um pouco
mais sobre isso ou se você ainda não assistiu o vídeo, ele está lá na frente, vou
explicar um pouco mais sobre isso quando eu falar especificamente de cada
material. Não é que a semente dê menos resultado, mas a esfera, por ser de
um material inorgânico, ela tende a não sofrer as intempéries, não sofrer com
aumento de oleosidade, de hidratação, então por ser um material orgânico, se
o paciente tem uma sudorese excessiva, se ele toma muito banho e tudo mais,
essa semente seca, molha, seca, molha, às vezes antes dos 7 dias essa
semente já se destruiu e aí você perde a eficiência. Então muitas vezes a gente
não sabe qual é a qualidade ou quanto tempo aquela semente já foi exposta ao
tempo, enquanto um material inorgânico não tem esse problema. Então
basicamente é por causa disso e a eficiência, na verdade, de semente e esfera
é praticamente a mesma, só esse quesito que eu acho que peca a semente, já
que ela pode sofrer uma destruição durante o atendimento do paciente e aí
você perde a eficiência de alguns dias de tratamento. Por isso que eu dou
preferência a trabalhar mais com as esferas.

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Das esferas, qual eu recomendo como material fundamental? Ter


uma placa de cristal, cristal básico, não precisa ser radioma, nem quântico,
nada disso, o cristal inerte, o cristal sem energização, que vai trabalhar com a
própria energia do paciente e a própria estimulação do ponto já vai ser
fundamental para conseguir um equilíbrio do sistema do paciente.
Para começar, material fundamental qual é? Eu preciso ter uma
pinça e uma placa de sementes ou de esfera. Se for escolher esfera, qual eu
escolheria? A de cristal, por quê? Porque a de cristal pode fazer tanto
tonificação quanto sedação, depende muito mais do estímulo, como já foi
explicado, o estímulo de tonificação e sedação, se eu quiser sedar, eu aperto e
seguro lá por 10 segundos e se eu quiser, eu aperto e solto 10 vezes. Dessa
forma, eu consigo com o cristal fazer tanto a tonificação, quanto sedação.
Então esse é um material fundamental e inicial, por quê? Se eu
penso em ter muitos materiais, acaba que para começar fica caro. Ah, mas eu
tenho condições de investir, beleza, ou já estou atendendo e já estou tendo
retorno, o que comprar em seguida? Outra coisa que compreende muito os
meus tratamentos, às vezes eu uso a esfera muito para sinal de tratamento.
Mas durante o meu tratamento, em que eu estou fazendo alguma terapia física
com o paciente, um trabalho no ombro dele, um trabalho no joelho dele, seja o
que for, qual a terapia que eu esteja fazendo, e nesse tempo que eu estou na
clínica com o paciente, fazendo um trabalho físico com o paciente, eu também
já estou fazendo um trabalho na orelha do paciente com agulha. Então eu
recomendo o uso de agulha de acupuntura, que pode ser uma agulha sistêmica
de acupuntura, 25x30 ou 25x40, mas como eu já trabalho com acupuntura, já
trabalho com dry needling, um agulhamento de pontos de dor, eu tenho
comumente agulhas de acupuntura, então eu não compro agulhas pequenas
para a orelha, porque eu já trabalho com agulhamento no corpo do paciente.
Então eu acabo pegando algumas agulhas que sobraram do corpo do paciente,
que eu não utilizei, quer dizer, eu utilizei 5 no corpo do paciente, ainda tem 5 na
embalagem, que cada embalagem de agulha vem com 10 agulhas, então
comumente eu pego o que sobrou e faço uma auriculoterapia com uma agulha
no paciente e essa agulha eu vou manipular durante o tratamento, que eu
estou fazendo o tratamento físico no paciente.

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Eu conjugo um tratamento físico junto com um tratamento clínico


auricular. Então o material que eu recomendo, o segundo material que eu
recomendo é que você tenha alguma agulha de tratamento clínico, ou a agulha
25x30, ou 25x40, se você já faz acupuntura no paciente, ou também comprar a
agulha chamada agulha Ting, que é uma agulha menorzinha, que tem um
centímetro somente e se eu for trabalhar só em face, se eu for trabalhar só no
pavilhão auricular, eu recomendo mais o uso dessa agulha, porque ela é menor
e causa menos peso no pavilhão auricular do paciente e dá uma sensação
menor para o paciente, de estímulo, não fica aquela agulha grande, pesada, na
orelha do paciente, com chance de cair durante o tratamento. Então uma
agulha mais recomendada para o uso da auriculoterapia é a agulha Ting.
Outro material que eu recomendo para vocês também,
principalmente para quem for trabalhar com quadros de dor intensa, então eu
trabalho muito com paciente com crise. Em paciente de crise, eu tento fazer um
estímulo maior no pavilhão auricular para diminuir a crise dele, crise de dor,
crise de ansiedade, crise de depressão, tudo o que for uma crise, que for uma
intensidade muito grande, eu coloco agulha semipermanente. Também
algumas pessoas chamam de rabinho de porco, é aquela agulhinha
pequenininha, que a gente coloca na orelha do paciente e pode ficar até 7 dias
lá dentro do pavilhão auricular do paciente.
Essa agulha, que é a semipermanente, ela pode estimular ou não,
por quê? Como eu tenho uma perfuração na orelha do paciente, essa
perfuração já e um estímulo contínuo, já vai fazer a sedação do corpo do
paciente. Porém um paciente que o corpo acostuma muito facilmente, então
questiono o paciente, ligo para ele ou falo com ele no WhatsApp: “e aí, como
está o tratamento? Como está a sensação na orelha?”, ele: “ah não, não estou
sentindo mais nada, mesmo com a agulha”. Então é necessário que esse
paciente também gere o estímulo de sedação. Se eu estou usando agulha
semipermanente, ela é mais recomendada para, principalmente, fazer a
sedação do corpo do paciente. Então por ser um estímulo contínuo, eu vou
pedir para o paciente apertar e segurar por 10 segundos aquela agulha,
fazendo uma pequena massagem, para estimular de novo a agulha a
machucar ali e gerar um novo estímulo no pavilhão auricular.

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Dessa forma, eu vou ter um estímulo um pouco mais intenso do que


as esferas. Então o trabalho das agulhas semipermanentes é um trabalho de
casa, não é um trabalho de atendimento clínico, é um trabalho feito para casa,
mas com potencial maior do que as esferas. Eu vou utilizar em todo mundo?
Não, a agulha semipermanente é uma agulha que faz sedação, então utilize
principalmente em pacientes que estão com quadro de excesso, que estão com
inflamação, com infecção, com uma dor muito intensa e aí vou utilizar a agulha
semipermanente.
Então aí eu já falei: ter uma pinça, em primeiro, pinça com uma
placa, para começar, é o que eu tenho de dinheiro para investir. Tenho um
pouco mais de dinheiro, o que eu compro? Agulhas: agulha ou sistêmica, de
acupuntura, ou agulha Ting, também conhecida como agulha facial e também a
agulha semipermanente, que é para quadros mais intensos, em que os
pacientes estejam em crise. Então aí eu vou utilizar o trabalho da agulha
semipermanente.
Materiais complementares. A própria agulha já serve como um
material para fazer sangria, então não preciso ter, pode ser recomendado o uso
de lanceta, eu vou mostrar para vocês que facilita na hora do manuseio, mas
se eu não quiser comprar uma lanceta, que é aquele material utilizado para a
perfuração do dedo do paciente para aferir a glicose, um material que não é tão
caro, não é a fitinha, é a lanceta que perfura o dedo, é um material que pode
ser utilizado para fazer a sangria da orelha do paciente, mas não
necessariamente, se eu tiver uma agulha que eu vá fazer um tratamento
sistêmico, essa própria agulha que eu estou utilizando, mas lógico, limpa, eu
vou utilizar para fazer a sangria do ápice, a sangria do trago para dar um efeito
de analgesia maior, de anestesia maior para o paciente.
Então o material para sangria pode ser o próprio material que eu já
tenho, as agulhas que eu já recomendei ou se você quiser comprar um material
extra, você compra as lancetas, que vão complementar o seu trabalho.
Além das lancetas, o que a gente pode trabalhar para ter mais
material diversificado ali dentro do seu consultório? Se você preferir materiais
orgânicos, você vai investir em sementes. Então as sementes amarelas, as
sementes de cor intensa são sementes tonificantes. Se eu olhar a semente e
ela tiver um aspecto mais claro, se ela tiver um aspecto mais irritativo, então

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principalmente a mostarda amarela é a mais tonificante. E a semente de colza,


em alguns lugares é chamada de vacaria, que é a semente pequenininha,
preta, ela serve principalmente para sedação. Só para sedação e só para
tonificação? Não, elas têm um potencial maior para a tonificação, a mostarda
amarela e a colza tem potencial maior para sedação, é o próprio princípio
fitoterápico da semente. Mas, a princípio, o estímulo manual é maior do que o
estímulo fitoterápico, porém se eu quiser trabalhar com diversidade, eu vou ter
as duas sementes, a semente de mostarda amarela e a semente de vacaria,
sendo a de mostarda amarela para tonificar e a de vacaria para sedar.
Se eu for preferir trabalhar com esferas e quiser ter mais material,
quais são os materiais extras que eu vou ter? Primeiro, o principal eu já falei
que é ter uma placa de esferas de cristal. Ah, eu quero diversificar, você pode
diversificar devido ao potencial elétrico de cada metal. Os metais que tendem a
uma coloração mais escura, mais amarelada, então, por exemplo, muitas vezes
você compra uma esfera de ouro, nem ouro tem ali, é muito mais, às vezes,
uma raspa de estanho ou de cobre, alguma coisa do tipo, então como
comprar? Se você notar que a esfera é mais para amarelo, ela tem uma
coloração mais escurecida, essa esfera tem um potencial de tonificação. Então
pela medicina tradicional chinesa, o ouro faz a tonificação do organismo, então
todos os metais escuros, os metais mais para amarelo, tendem à tonificação.
Quanto mais claro é o metal, mais para prata é o metal, mais sedação ele
causa. Então eu tenho esferas de aço inox ou esferas de prata. Veja qual é a
mais em conta, muitas vezes eu prefiro trabalhar com aço inox porque ele não
oxida e, muitas vezes, está mais em conta do que a de prata. Então as esferas
de aço inox são muito utilizadas para sedação. Comumente eu prefiro usar,
como eu falei para vocês, a própria esfera de cristal, porque ela é neutra, ou
seja, ela consegue tanto fazer a tonificação, quanto a sedação. Vai depender
muito mais do estímulo do próprio paciente.
E para fechar, assim, os outros dois materiais, um muito bom, mas
que é difícil de achar, é o magneto, o ímã. Ímã para orelha é um ímã muito
pequenininho, é um ímã difícil de encontrar, porque ele tem quase o tamanho
de uma esfera de cristal e você consegue comprá-lo, muitas vezes, até em
sites estrangeiros, porque nacionalmente é difícil de encontrar. Mas se você
conseguir encontrar, tente comprar entre 500 até 1.500 gauss, 1.500 gauss, se

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possível, niquelado. O que é niquelado? Ele vai ser banhado em níquel, então
é uma outra proteção no ímã e evita que ele oxide. Então o ímã acaba sendo
um metal que é polarizado que sofre ali um polarização, o ímã pode ser um ímã
natural ou produzido, isso é indiferente, ele vai estar trabalhando o magnetismo
da mesma forma.
O potencial do ímã é que ele funciona sozinho, então ele
basicamente não precisa do estímulo, se eu quiser estimular, posso, mas o ímã
sozinho já gera um estímulo, vai ter uma aula só de magneto aí, mas o
estímulo do magneto, ele já trabalha basicamente sozinho, porque ele tem um
potencial de magnetismo e a gente tem, dentro do nosso organismo, uma
substância que é muito presente, que é a ferritina, um derivado do ferro, que
está presente dentro da hemácia. Então sempre que eu jogo magnetismo no
corpo, eu estou levando mais sangue, estou levando mais potencial elétrico
para o corpo do paciente, então é um trabalho muito eficiente, que pode ser
colocado esses magnetos de 1.500 Gauss, eles podem ser trabalhados tanto
no pavilhão auricular, quanto em pontos de dor também do paciente. Então
você tem o ponto de dor do paciente, você pode colocar o magneto, você vai
ter um efeito bem interessante no corpo do paciente também. Então o magneto
só é difícil de achar, peça para o paciente que se cair, para ele guardar, se
você achar um bom lugar ou onde você comprou está com preço em conta e
tudo mais, coloca lá no grupo que vale bem a pena.
E, para fechar, são os equipamentos de eletro e de laser. O de laser
é um utensílio um pouco mais caro, ele depende muito do local, então a gente
tem variações de 2 mil a 4 mil reais um laser, já é um investimento um pouco
mais top. Eu recomendo para quando você já estiver com uma cartela de
clientes bem cheia, está sobrando um dinheiro e você queira investir em algo
que vá potencializar ainda mais, por quê? O tratamento com eletro e o manual
não tem muita diferença para o tratamento de laser, qual é a vantagem do
laser? É que para o paciente que não suporta agulha, eu vou ter um efeito de
agulha sem utilizar a agulha, então o laser tem essa vantagem de trabalhar em
um paciente o pontos de auriculoterapia antes de colocar esfera, antes de
colocar semente, eu vou lá trabalhar com laser. E a outra vantagem do laser é
que cada ponto eu vou ficar por pouco tempo, então não vou precisar 20

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minutos, o tempo, às vezes, que eu preciso de retenção da agulha, eu não vou


precisar trabalhar esse tempo todo com o paciente.
Cada laser vai depender do potencial do laser, mas o laser, em si, já
vai ter seu tempo pré-programado, de acordo com a quantidade de joules que
você vai jogar. A gente vai trabalhar entre 2 e 4 joules, a gente vai uma aula só
de laser para quem quiser, mais à frente, comprar um equipamento de laser, já
vai saber trabalhar também com laser.
E o equipamento de eletro, também vai ter uma aula só sobre o
equipamento de eletro, mas o equipamento de eletro eu acho que é um passo
antes do equipamento de laser, mas isso vai, logicamente, da clínica de cada
um, da vontade de cada um, mas eu recomendaria, primeiro, na evolução, ter
um equipamento de eletro antes de ter um equipamento de laser.
O equipamento de eletro vai ser utilizado principalmente quando eu
faço atendimento clínico com o paciente, ou seja, vai ser necessário eu colocar
uma agulha sistêmica, uma agulha Ting na orelha do paciente, e após colocar
essa agulha, eu vou colocar o jacarezinho na orelha do paciente, vai ter uma
aula prática sobre isso e aí eu vou configurar lá, ou eu configuro, só para ir já
colocando na cabeça, ou eu configuro com uma frequência baixa para gerar
uma tonificação ou eu coloco uma frequência alta para gerar uma sedação.
Mas aí também depende do tipo de frequência, se eu coloco uma frequência
intermitente, que ora dá um pulso, ora para, ora dá um pulso, ora para, vai ficar
como se fosse o estímulo intermitente da tonificação. Se eu coloco uma
frequência que fica 20 minutos direto, é 20 minutos sedando, então eu tenho
um potencial de sedação enorme, então eu consigo potencializar o que eu
tenho de efeito já com agulha, eu vou potencializar com a eletroterapia. Os
equipamentos de eletro giram em torno de mil, mil e poucos reais, dependendo
da classe do equipamento de eletro que você vai ter.
E um outro equipamento também que, no início, é bem interessante,
mas, com o tempo, ele vai ficando em desuso, mas no início pode ser que você
tenha interesse, são as canetas de localização de pontos. Muitas vezes, para
mim a melhor caneta de localização de pontos é a própria pinça, porque a
localização de pontos pode ser com palpador, com uma pinça ou com uma
caneta de localização de pontos. Eu vou mostrar uma caneta de localização de
pontos que eu tenho, que é agregada ao meu equipamento de eletro, então

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esse equipamento de eletro que eu vou mostrar para vocês já vem com uma
caneta de localização. Porém existem apenas canetas localizadoras, que eu
vou dar alguns exemplos para vocês e essas canetas localizadoras, o que elas
fazem? Elas vasculham onde está mais sensível. Regiões mais sensíveis do
corpo tendem a estar mais hidratadas, mais edemaciadas, então o que
acontece? Ela joga um pulso e recolhe esse pulso elétrico, um pulso elétrico
que o paciente não sente. Quando esse pulso elétrico cai em um local com
uma circulação sanguínea aumentada, o que acontece? Ou acende uma
luzinha ou apita.
Necessariamente todos os pontos sensíveis da palpação ou todos
os pontos que acendem a luz do equipamento, apitam, estão ligados ao
tratamento? Não, isso que é importante, por quê? Tem gente que fica
pensando que só de ter um equipamento de eletro já vai conseguir achar todos
os pontos. Não tem nada a ver. Por exemplo, eu posso ter uma paciente que
veio tratar, como exemplo, veio tratar um problema de dor de dente, ela está
com uma dor de dente, porque o siso está nascendo e, de repente, ela está em
uma fase menstrual, então é muito comum o útero estar mais sensível na
palpação e estar sensível na localização de pontos, por quê? A mulher ou está
preparando ou está com sangramento ou ela está se recuperando do
sangramento. Então possivelmente aí, 15 a 20 dias a paciente fica com o ponto
da fossa triangular, referente ao útero, que a gente já falou, mais sensível tanto
à palpação, quanto à localização de pontos. Então pode ser que meu paciente
esteja vindo tratar uma dor no dente, uma dor no siso e aí o localizador vai
apitar o útero e aí se o terapeuta não está preparado, ele começa a botar
pontos que não têm nada a ver. Por exemplo, imagina que o horário que a
minha paciente veio se tratar comigo foi um horário que ela acabou de se
alimentar, ou seja, todo sangue está aonde? Lá no estômago. Todo sangue,
entre aspas, uma quantidade grande de sangue foi lá para o estômago para
fazer a digestão. Ou seja, se eu passar o localizador no estômago nessa hora,
ele vai apitar, mas será que a dor no dente tem a ver com estômago?
Isso é importante, a gente correlacionar com que momento o
paciente está, porque senão acabo pegando todas as palpações positivas e
colocando semente. E, muitas vezes, não é assim, a gente tem que entender
quais pontos estão sensíveis, quais pontos o localizador apitou e agora sim,

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depois que eu vi todos os pontos, aí eu tenho que correlacionar para formular o


meu protocolo de tratamento, porque não é porque eu tenho dor de siso que eu
vou ter que colocar no ponto do útero, no ponto do estômago, lembre-se, essa
menina só estava na fase menstrual e tinha acabado de se alimentar. E você
acabou cometendo o erro de colocar em pontos que não tinham nada a ver
com a dor do siso dela.
Então basicamente esses são os materiais mais fundamentais e
complementares que a gente tem dentro da auriculoterapia e você pode fazer
uma lista desses materiais e ir pesquisando aos poucos esses materiais.
Logicamente, hoje em dia, devido à quantidade de produtos que têm na
internet, hoje em dia você acha kits, assim, muito vantajosos, como, por
exemplo, no Mercado Livre. Então hoje em dia um dos locais que eu mais
recomendo de pesquisa e de procura é o Mercado Livre.
Tendo dúvida sobre algum material ou não, lembre-se: todos os
materiais que a gente trabalha devem ter o selo da ANVISA, por isso que a
gente tem que tomar cuidado com produtos que eu esteja comprando na
China, por quê? Esses materiais não têm o selo da ANVISA, então eu não
posso colocar dentro do meu consultório, porque se bater uma fiscalização e
eu não tiver material com selo da ANVISA ou do Inmetro, esse material é ilegal
e não pode estar dentro do consultório. Por mais que seja tentador comprar um
equipamento, comprar um material lá no sitezinho da China, a gente tem que
lembrar que eu estou tratando de pacientes e eu não estou sabendo a
procedência. Quando eu tenho o selo da ANVISA, o selo do Inmetro, ele está
me dizendo qual é a procedência daquele material, que é seguro eu trabalhar
com aquele material. Então o recomendado é que você compre produtos e ao
comprar o produto, na imagem do produto lá no Mercado Livre, lá no site de
algum fabricante, você vai lá e observa, tem o selinho? Tem, beleza, ou
pergunta lá no chat para o vendedor se tem a liberação ou selo da ANVISA,
tendo selo da ANVISA, você pode comprar com segurança, que esse material
é bom.
Mas tendo dúvida ou nunca ouviu falar desse material, coloca aqui
para a gente, ou no grupo do WhatsApp ou no grupo do Facebook, onde que a
gente esteja trabalhando a conversa do grupo e lá a gente consegue
solucionar, dizendo se o material é bom ou não, mas é importante também,

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Dr. Marcos Minello - Auriculoterapia 2.0

junto dessa aula, você anotar os materiais, quais te chamam atenção, quais
você vai querer trabalhar e quais você vai pesquisar, talvez, para no futuro
trabalhar com eles.

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Aula 38. Quantificando a Dor do Paciente

A gente vai falar um pouco agora sobre como interpretar a dor do


paciente e como quantificar essa dor e, principalmente, a queixa principal do
paciente é dor. Por que a gente precisa quantificar a dor? O primeiro passo que
acontece com o paciente, principalmente com paciente de dor crônica, é ele
achar que não está melhorando, por quê? O paciente comumente não tem a
memória passada da dor que ele estava sentindo. Então como é que a gente
pode quantificar, como é que a gente pode melhorar a cada sessão o
atendimento e mostrar para o paciente também que ele está melhorando?
Existe uma ferramenta que vai estar na ficha de avaliação que vocês
têm no material de vocês, que se chama escala visual analógica da dor, é
conhecida como EVA. Ela é uma régua e dentro dessa régua, tem números de
zero a 10, com imagenzinhas da face do paciente. A classificação de dor vai
ser da intensidade da dor do paciente, lembrando que dor é sempre subjetiva,
esse é um ponto importante. Ou seja, eu não posso classificar a dor do
paciente, é o próprio paciente que vai dar a nota da dor dele. Zero significa que
o paciente não está sentindo dor nenhuma e 10 significa que o paciente está
com uma dor ao ponto de que ele preferia estar morto a estar sentindo aquela
dor.
É importante a gente falar isso para o paciente, “de zero a 10,
quanto está intensa a sua dor? Sendo zero, você não está sentindo dor
nenhuma e 10 você está quase morrendo de dor. Qual seria a nota que você
daria para a sua dor nesse exato momento?”. E aí você vai conseguir colocar
essa quantificação. O que eu recomendo para vocês? Escalonar a dor no início
da sessão e depois que você fizer todo o seu tratamento de auriculopuntura ou
auriculoterapia, você, no final, tenta não perguntar ao paciente se ele está
sentindo dor, a não ser que ele esboce que ele está sentindo dor, por quê? A
dor, muitas vezes a gente faz um trabalho maravilhoso de terapia e o paciente,
acabou que durante a terapia ele esqueceu da dor. Ele não está mais sentindo
a dor, ele chamou a atenção para outras coisas e te mostrou que ele está
melhor, que ele está conseguindo fazer isso, aquilo, e, de repente, ele
simplesmente esqueceu da dor. E aí chega o terapeuta no final da dor e
comete um crime muito ruim que é simplesmente chegar ao paciente e

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perguntar: “como está sua dor?”. No momento em que você pergunta para o
paciente como está a sua dor no final do tratamento, o que acontece? Ele vai
acessar o sistema dele central, o sistema nervoso central para procurar o dor.
E se existe ainda alguma dor residual, ele vai acessar e, nesse momento, ele
vai conseguir lembrar da dor e aí possivelmente a dor dele volta praticamente
toda.
O tratamento, que é a dessensibilização, o alívio da dor, ele parte
não só da terapia física, mas também da terapia falada. Então vários estudos
demonstram que terapeutas positivos levam a pacientes com menos dor e isso
é um ponto muito importante. Então assim como eu evito falar sobre a dor do
paciente durante a sessão e no final da sessão, eu também recomendo aos
meus alunos que façam isso, esse é um ponto importante, porque isso está
ligado exatamente ao que o paciente está pensando. Então se durante a
sessão eu vou mostrando para o meu paciente como ele está melhor, como a
vida boa, como ele está muito bem, se é um terapeuta positivo, alivia a dor, por
quê? Um terapeuta positivo faz o paciente sorrir, faz o paciente se emocionar,
faz o paciente receber um abraço, um acalento, um aconchego, isso faz com
que o corpo do paciente libere hormônios de boa qualidade e isso também está
dentro da terapia. Então muitas vezes a gente vê alguns terapeutas que são
ótimos de terapia, mas são muito ruins de fala, são muito ruins de abordagem
terapêutica.
É importante escalonar a dor, principalmente no início, e durante
todas as sessões que seu paciente passar com você, você vai pedir para esse
paciente escalonar a dor novamente.
E uma outra coisa, quando a gente for fazer a palpação do pavilhão
auricular do paciente, é importante que a cada ponto de eu aperte, que o
paciente dê uma reação positiva, eu pergunte de zero a 10, quão positiva é
aquela palpação, quanto está sensível aquele ponto, por quê? Se o meu
paciente tem uma lombalgia e eu vou lá e pressiono o ponto da lombar e esse
ponto da lombar, o paciente relata que está em uma dor 7, essa dor 7 está
ligada possivelmente à dor 7 lá da lombar dele também.
Conforme o meu paciente for melhorando, comumente, ao melhorar
a dor lombar, no exemplo aqui que eu estou falando para vocês, também vai
melhorar a dor no pavilhão auricular.

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Então o que você vai fazer durante a avaliação? Você vai escalonar
duas coisas, primeiro, o paciente acabou de chegar, você conversa com ele,
boas vindas e tudo mais, na hora que você sentar para fazer a evolução do
paciente, o que você vai fazer? Você vai perguntar para o seu paciente como
está a dor em uma escala de zero a 10, sendo zero sem dor e 10 ele está
morrendo de dor. Aí ele vai lá e fala que está sentindo um 6, por exemplo. você
vai lá e marca um 6 para o seu paciente. Deite o paciente, após a conversa
inicial, antes de começar o tratamento e você vai fazer a palpação dos pontos
relativos à dor, ou seja, o ponto da lombar, se o paciente tem dor na lombar, o
ponto do joelho se o paciente tem dor no joelho, o ponto da cabeça se o
paciente tem dor na cabeça. Palpe os pontos locais de dor e também peça
para o paciente classificar a sensação que ele está tendo à palpação. Essa é
uma vantagem que a palpação tem em relação ao vasculhar o pavilhão
auricular eletricamente, então esse é um ponto importante.
Durante a evolução, a gente vai escalonar a dor duas vezes: uma,
uma subjetiva, que o paciente, “como está sua dor?” e aí vai dar o ponto e a
outra durante a palpação dos pontos referentes à dor, ele: “nossa, esse ponto
está bem sensível”, “que nota você daria para esse ponto?”. Você vai lá e vai
escalonar esse ponto.
Para que serve isso? Principalmente para a evolução, no vídeo de
evolução a gente também vai falar um pouquinho, eu vou falar um pouco sobre
a ficha de avaliação, como preencher a ficha de avaliação, mas um ponto
importante dentro da ficha de avaliação também é a evolução diária do seu
paciente. Então todo dia que seu paciente chegar ou que você chegar até a
casa do seu paciente, é importante fazer uma evolução do seu paciente, que é
um ponto importantíssimo.

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Aula 39. Ficha de Avaliação

Um ponto importantíssimo que se tem que ter dentro de um bom


tratamento é sempre a ficha de avaliação. A ficha de avaliação é basicamente
o ponto principal, o ponto inicial para o sucesso da terapia. O que consiste uma
ficha de avaliação? A primeira coisa que a gente tem que ter em uma boa ficha
de avaliação é identificação do paciente, então parece uma coisa boba, mas eu
já peguei fichas de avaliação em que não se tinha a identificação do paciente,
no final, quem era aquele paciente? Como entrar em contato com ele. Então
um ponto importante é sempre coletar todos os dados de identificação do
paciente: nome, documento, telefone, como entrar em contato com ele, contato
de algum parente próximo, ou seja, caso aconteça alguma coisa com esse
paciente ou no seu consultório, ou você tome ciência de que aconteceu alguma
coisa com o seu paciente indo ou saindo do seu consultório, para quem eu
devo ligar, isso é importante também.
Um dos passos mais importantes da ficha de avaliação vem logo
abaixo da identificação, que se chama HDA, história da doença atual. Então o
que é o HDA? É identificar, primeiro, o seguinte... Antes do HDA, melhor
dizendo, vem a queixa principal, queixa principal, a gente comumente pede
para o paciente qual é a principal queixa que o aflige. Então é muito comum os
meus alunos chegarem para mim por algum grupo ou mesmo dentro da sala de
aula e me perguntarem como tratar 10 doenças ao mesmo tempo. Então,
comumente, as terapias não vão tratar 10 doenças ao mesmo tempo,
principalmente se essas doenças não tiverem ligação entre si. A gente só trata
doenças secundárias e terciárias quando elas estão envolvidas com a queixa
principal do paciente.
Então qual é a queixa principal do paciente, antes de entender o
HDA? Queixa principal do paciente, comumente, eu falo para o meu paciente
da seguinte forma: “se eu fosse um gênio mágico e pudesse resolver apenas
um problema da sua vida terapeuticamente, qual seria?”. Aí o paciente que tem
uma dor em vários lugares, ele vai optar em tratar uma ou então: “eu não vou
tratar dor, acho que a ansiedade, para mim, é o pior problema”. Então na
queixa principal, a gente tem que conseguir passar um filtro pelo paciente e,
nesse filtro, identificar qual é uma queixa que é a mais importante na vida dele.

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Se ele não conseguir identificar, a gente vai ter que usar outros filtros, como,
por exemplo: “qual dessas deixas que você me colocou gera mais disfunção
dentro do seu dia? Qual dessas queixas que você me colocou traz mais
aporrinhação? Traz mais desgaste para o seu dia? Demanda mais tempo seu
para melhorar disso, para você poder fazer suas tarefas?”. Então a gente vai
ter que passar outros filtros, até conseguir identificar a queixa principal, se a
principal é apenas uma queixa.
E aí depois que a gente identificar a queixa principal, a gente vai
construir a história da doença atual, ou seja, o HDA. O que é o HDA? É toda a
história, desde que começou até hoje. Então um paciente, “me conta do
primeiro dia que você descobriu que você tinha uma dor no joelho”, “ah, eu
descobri há 5 anos atrás, quando eu caí de bicicleta” e o terapeuta deve
escrever toda essa narrativa. Dentro da história da doença tem o início, o meio
e o fim. O fim é o dia que ele está com você, ou seja, dentro dessa história, o
que foi feito? Que tipos de tratamento? Que tipos de medicamento ele tomou?
O que ele sente que melhora, o que ele sente que piora? O que no cotidiano,
se está frio, se está calor, o que melhora, o que piora? O que ele já tomou de
medicamento, que ele sentiu alguma melhora, mas piorou em alguma outra
coisa?
O grande lance é o seguinte: dentro do HDA, quanto mais pergunta
o terapeuta fizer, a ver com a queixa principal, e quanto mais o paciente
espontaneamente narrar a sua queixa principal, é melhor para a evolução do
tratamento, por quê? Muitas das dificuldades do terapeuta estão na construção
do protocolo, por quê? Muitas vezes o paciente vem com uma queixa como,
por exemplo, vamos pensar em uma queixa que é comum, uma dor lombar.
Então o paciente vem com um diagnóstico ou de hérnia de disco ou de
lombalgia, diagnosticado por um médico ocidental, por um ortopedista, por um
exame de imagem. E o terapeuta, comumente, em vez de pegar a queixa do
paciente, ele pega o diagnóstico do médico. Não que eu não vá anotar o
diagnóstico do médico, também vou, mas é muito mais importante a forma com
que meu paciente relata a lesão do que como o médico relatou a lesão. “Qual é
a sua queixa principal?”, “a minha queixa principal é que meu joelho dói muito e
eu não consigo subir escada”, essa é a queixa principal, é dessa forma que eu
tenho que entender, porque quando eu entendo que ele sente dor quando ele

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sobe escada e não é uma gonalgia, ah, uma gonalgia, uma dor no joelho. Se é
uma dor no joelho, é muito inespecífico, a gente não entende se é uma dor
muscular, se é uma dor tendínea, se é uma dor articular, se é uma dor por
alguma lesão interna, ah, com alguns exames pode (ininteligível - 00:06:24),
sim, mas qual é o maior problema do paciente? É que ele tem uma dor no
joelho quando ele sobe escada, essa é a queixa principal dele. Então qual é a
solução do problema? É fazer de novo ele subir a escada.
Então a queixa principal, junto com o HDA, vai evoluir para uma
coisa que você vai colocar no final do seu HDA: qual é o objetivo do tratamento
do paciente. Ah, o objetivo é diminuir a dor no joelho. Não, não é, quando ele
falou explicitamente para você que ele tinha dor no joelho ao subir escada e ele
precisava subir escada porque onde ele trabalha tem escada, a função não era
diminuir a dor no joelho, a função era poder voltar a poder descer e subir
escada, mesmo que seja de uma forma adaptada.
A gente tem que ligar, muitas vezes, o filtro para entender o que o
paciente precisa dentro dessa história toda para conseguir transcrever isso em
um bom protocolo de tratamento. Então a princípio, quando você for construir o
HDA, terminou de construir a história da doença do paciente, pegou toda a
história do paciente, terminou a avaliação toda, que a gente ainda vai falar um
pouco mais dos outros pontos da avaliação, pega o HDA do paciente e dentro
do HDA você vai fazer o seguinte: todos os sintomas e sinais que o paciente
narrou, você vai tentar classificá-los como excesso ou deficiência de Yin,
excesso ou deficiência de Yang e tentar classificá-los dentro dos 5 elementos.
“Ah, eu sinto uma dor que lateja”, uma dor latejante é uma dor de excesso de
Yang. “Ah, é uma dor bem fininha, lá no final, que quase eu não percebo, mas
ela nunca me larga”, é uma dor de deficiência de Yin. “Ah, eu não consigo
movimentar o meu braço, eu não tenho mais força para levantar meu braço”,
deficiência de Yang. Então se você não lembra desses quadros de Yang, de
Yin, volta lá em uma das primeiras aulas de medicina tradicional chinesa, a
gente fala muito bem, explica muito bem o Yin e o Yang e faz toda a narrativa
de Yin e Yang, tirando também todas as suas dúvidas.
Mas é importante tentar encaixar essa queixa principal do paciente
junto com HDA dentro dos 5 elementos e dentro do Yin e Yang, por quê?
Dessa forma, na hora que a gente for construir o protocolo, a gente vai utilizar

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os pontos dos 5 elementos e se for excesso, a gente vai sedar e se for quadro
de ineficiência, a gente vai tonificar. Então, dessa forma, é muito importante o
HDA, porque em cima do HDA que eu vou construir um bom protocolo.
Terminou de construir a história toda do seu paciente, não coube lá
na janelinha disposta dentro da ficha, faz um apêndice, cola uma contracapa,
uma contrafolha e coloca lá no HDA: “continua na próxima folha” e continue
transcrevendo lá. Não importa quanto tempo você demore para a avaliação, a
avaliação é que leva a qual é o tratamento. Então chega de ter terapeutas que
ficam procurando protocolos, por quê? Não é todo mundo que vai ter o mesmo
tipo de lesão, então por isso os protocolos são falhos, porque não é todo
mundo que tem dor na lombar que vai ser tratado com os mesmos pontos. Não
é todo mundo que tem obesidade que vai ser tratado com os mesmos pontos,
porque você pode ter paciente que come muito e paciente que tem dificuldade
de perder peso por sedentarismo. Ou o outro tem um metabolismo mais
eficiente. É o mesmo protocolo? Não é, aí é importante entender: “eu quero
tratar minha obesidade”, “mas em que momento você se percebeu obeso? O
que te leva? Como é seu dia? Como é que é sua alimentação, descreva um
pouco mais. Se eu pudesse te ajudar, qual seria a ajuda? Seria na sua
alimentação? Seria em diminuir sua ansiedade? Seria o quê?”. Então a boa
conversa do terapeuta com o paciente ajuda muito na hora de formulação dos
pontos do protocolo. Por isso que protocolo, muitas vezes, é uma das coisas
mais procuradas pelos auriculoterapeutas.
Ao terminar o HDA, você vai partir para um ponto muito importante
que é entender quais são as doenças que o paciente tem, de base. O que é
isso? O paciente pode estar vindo tratar, como o exemplo que a gente está
dando, a dor no joelho, mas o que esse paciente tem de doença? Ah, o
paciente apresenta hipertensão, ele apresenta obesidade, ele é tabagista, ele é
etilista, ele bebe, então tudo isso eu vou colocar tanto em padrões sociais,
quanto doenças pré-existentes. Então a história de patologias pregressas,
HPP, é tudo o que o paciente traz de bagagem, a mochila dele, o que
aconteceu de importante, quais cirurgias você já passou, já fez cirurgia na
coluna? Já fez retirada de vesícula? Já teve infecção respiratória? Infecção
urinária?

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Então, muitas vezes, o paciente, conforme você peça quais são


todas as patologias importantes que já aconteceram, quais as doenças
importantes que já aconteceram na sua vida, aí a gente coleta, por quê? Muitas
das vezes, esse HPP, essa história da doença pregressa ajuda a gente em
duas coisas, primeiro: evitar o uso de alguns pontos que possam piorar outras
coisas do paciente, por exemplo, eu posso utilizar um ponto de suprarrenal,
que é um ponto que ajuda a patologias autoimunes, porém se o paciente for
hipertenso, a suprarrenal libera adrenalina, ou seja, ela vai fazer a hipertensão
do paciente subir, então eu não vou poder usar o ponto da suprarrenal, como a
gente falou lá em pontos e funções.
A gente tem que entender quais são as patologias de base do
paciente para evitar o uso de pontos que não façam sentido ou até que piorem
outras patologias do paciente. O que é importante também é que algumas
doenças podem levar a algumas alterações, por exemplo: a paciente já se
encontra em menopausa, teve uma menopausa bem jovem e ela está agora
com 60 anos, ela teve uma menopausa aos 40 anos, ou seja, ela tem 20 anos
de menopausa, nunca fez uso de reposição hormonal, ela é sedentária e está
com muita dor no joelho e dor na coluna. Aí você pergunta: “paciente, você já
fez alguma densitometria óssea?”, ou seja, pode ser que essa paciente esteja
com uma doença comum na menopausa evoluída de sedentarismo sem o uso
de hormônio, que é a osteopenia, osteoporose. Então a gente tem que
entender um pouco mais de todas as doenças, para conseguir entender o que
está acontecendo com o paciente.
Então a história de patologias pregressas dá um pouco de base, às
vezes, para a gente fundamentar a história da doença atual, o que aconteceu
no passado pode estar refletindo no futuro ou simplesmente não foi nada a
ver? Foi um trauma, ela caiu, machucou o joelho e não tem nada a ver com as
outras doenças, mas na hora de colocação de pontos, eu vou ter que tomar o
cuidado no HPP, principalmente nas patologias que ainda estão presentes no
paciente, para evitar piora de quadro secundário do paciente.
Esses são os pontos mais importantes e também entender que
exames já foram feitos, que tratamentos já foram colocados nesse paciente,
que tipo de medicamento ele toma hoje e o que fazem esses medicamentos,
para que ele toma esses medicamentos, qual é o ciclo que ele toma esses

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medicamentos? Um ponto importante, quantidade de água que esse paciente


bebe. Quantas horas de sono. Esses são pontos importantíssimos, então não
adianta a gente tentar trabalhar, por exemplo, um paciente que tenha
problemas emocionais, um paciente que tenha problemas psíquicos, um
paciente com dores crônicas, se o paciente não dorme, ele não tem um bom
nível de hormônios no corpo. Então muitas vezes a gente vai trabalhar o sono
como um trabalho principal nesse tipo de paciente. Ou então um paciente que
não bebe água. Ou então um paciente que vive em stress. A gente tem que
entender um pouco da vida do paciente para conseguir, a cada sessão,
construir uma terapia mais fundamentada.
Esses são os pontos mais importantes, a gente coleta outras
informações, sempre que aparecer uma informação nova que, para você, lhe
parece importante, coloque, anote na evolução do paciente também. E dentro
do quadro do seu paciente, sempre faça uma escala visual analógica de dor,
de preocupação, de ansiedade. A escala visual analógica comumente é
utilizada para dor, mas ela pode ser utilizada para tudo, para o paciente dar
uma nota para a lesão dele. Então, ah, o paciente veio por insônia, “o quanto,
hoje, essa insônia causa problema na sua vida, de zero a 10? Sendo zero não
causa problema nenhum e 10 é o maior problema da sua vida e você não vê
solução?”.
Então a gente pode usar uma escala visual analógica não só para
dor, mas para classificar qualquer problema na vida do paciente e a gente
tendo uma nota, a gente tem uma quantificação e com essa quantificação, a
gente entende muito bem como é que está acontecendo a vida do paciente, o
que fazer para melhorar e, nas próximas sessões, entender como é que está
essa insônia, como é que está essa preocupação, essa ansiedade e classificar,
a cada sessão, na evolução, a vida do paciente.

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Dr. Marcos Minello - Auriculoterapia 2.0

Aula 40. Ficha de Evolução

Um ponto importante que a gente tem que ter dentro dos atendimentos
de pacientes é a evolução. A evolução é uma ferramenta fundamental do
terapeuta e também para o paciente. Então o que é a evolução? A evolução se
baseia na seguinte forma: você vai pegar primeiro a ficha de avaliação do
paciente, você terminou a ficha de avaliação e aí você já vai colocar, no
primeiro dia, você vai determinar qual o protocolo que você vai fazer com o
paciente, então qual ponto eu vou utilizar, o que eu vou utilizar. Você fez
também a avaliação do pavilhão auricular do paciente, fez a palpação e
determinou quais os pontos a utilizar.
Na evolução é exatamente onde você descreve tudo isso: “então
foram palpados, positivamente, os pontos lombar, joelho, rim e tudo mais.
Ligado à queixa principal do paciente, utilizarei os pontos tal, tal e tal” e aí você
descreve o que foi feito. “Foi utilizada primeiro a agulha Ting e, posteriormente,
foram utilizadas esferas de cristal para o autotratamento do paciente durante a
semana, com a estimulação de sedação, foi informado ao paciente como ele
deve realizar o estímulo de sedação”. Então tudo o que você explicou para o
paciente, tudo o que você falou com ele, todas as informações é importante
estarem nessa evolução, tudo o que foi feito, que pontos foram utilizados.
Então se for pensar no que eu tenho que ter na evolução inicial do paciente,
primeiro: quais os pontos que foram utilizados, quais materiais foram utilizados
e que tipo de tratamento foi feito no paciente. E que tipo de informação foi dada
ao paciente, então o que você colocou, como você colocou, por que você
colocou, quando ele deve retornar e quando ele deve estimular.
Fez isso tudo do paciente, ele vai para a casa, ele vai ter um
próximo tratamento. De quanto em quanto tempo a gente deve fazer uma nova
auriculoterapia? No máximo de 7 em 7 dias, por que no máximo? Não é que a
eficácia, depois de 7 dias, ela caia não, já tem estudos que comprovam que o
paciente pode ficar com os mesmos pontos até 30 dias e que isso não causa
dessensibilização, isso é um mito, de que tem que ficar trocando a orelha. É
muito mais porque, às vezes, machuca a orelha do paciente, o esparadrapo cai
ou fica muito sensível a orelha tratada, por isso que, às vezes, a gente troca de

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pavilhão auricular de um lado para o outro, mas isso não é uma


obrigatoriedade.
O importante é que o paciente, a cada momento que ele tenha
contato comigo, eu possa trocar essa auriculoterapia, se necessário, e se eu
achar que está importante para o paciente a troca desse material, porque está
descolando, porque está sujo, porque ele não está mais sentindo aquele
quadro, seja o que for.
Eu tenho paciente que eu atendo 3 vezes por semana, eu tenho
paciente que eu atendo uma vez por semana. Então nesses pacientes que eu
atendo 3 vezes por semana, eu busco sempre trabalhar junto com a
auriculoterapia de esferas, que o paciente vai para casa, eu também trabalho
muito a auriculoterapia com agulha sistêmica, com agulha Ting, com agulha
sistêmica, que são tratamentos em que a gente vai utilizar clinicamente com o
paciente, dentro do consultório. Então eu o atendo com a acupuntura auricular
e depois, no final, eu faço a auriculoterapia com esferas, o paciente vai para
casa e continua o seu tratamento em casa.
Então esse trabalho é todo descrito: quais foram os pontos que eu
utilizei agulha, quanto tempo de retenção da agulha, por que eu utilizei aqueles
pontos e quais pontos foram utilizados, muitas vezes você pode utilizar os
mesmos pontos que você fez a punção com agulha de acupuntura, você pode
colocar lá também a esfera, que não vai ter problema nenhum. Você coloca lá
a esfera, você fez assepsia, o material da esfera também é asséptico, então
não tem problema nenhum, você vai colocar lá o material e até essa
hipersensibilização devido à acupuntura auricular antes de colocar a esfera,
potencializa o efeito durante a semana.
Depois que você anotou tudo isso e o paciente foi para casa, quando
o paciente volta na outra sessão, é importante, de novo, fazer uma mini-
avaliação, o que é essa mini-avaliação? Pegar, de novo, a informação do
paciente, “como está a sua dor?”, escalonar a dor, como a gente já explicou na
escala de EVA, zero o paciente sem dor e 10 o paciente está morrendo, então,
de zero a 10, qual é a dor do paciente. E os pontos que você for utilizar, a
queixa do paciente, também, que sensibilidade está naquele ponto, de zero a
10. “Ah, o ponto da lombar está com uma nota 6, o rim está com uma nota 4. O
ponto do baço está com uma nota 3”.

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Conforme você vai palpando, você pede para o paciente ir dando


uma nota de sensibilidade para cada ponto, então isso ajuda muito na
evolução.
E aí na hora da evolução da segunda sessão em diante, eu vou ter
sempre o seguinte: “como foi a sua semana?”, “ah, nos dois primeiros dias a
orelha estava doendo bastante, assim como a minha lombar e aí durante o
terceiro dia, a dor diminuiu”. Tem paciente que vai ter uma memória muito boa
da sua semana e tem paciente que vai ter essa narrativa muito pequena, “ah,
foi tudo bem”, mas esse paciente que tem uma narrativa pequena, você tem
que falar: “tá, você saiu daqui, a partir do momento em que você saiu daqui,
como você se sentiu”, se você o atendeu na quinta, por exemplo, “como foi
sexta? Como foi sábado? Como foi segunda? Caiu alguma semana? Caiu
alguma esfera, algum ponto te incomodou mais?”, isso tudo você deve anotar
na sua ficha de evolução, porque se alguns pontos estão caindo, talvez eu vá
ter que fazer alguma limpeza melhor da orelha do paciente, secar um pouco
mais essa orelha do paciente ou então utilizar esparadrapo de melhor
qualidade para conseguir fazer com que permaneça por mais tempo. Ou se
realmente o paciente, por exemplo, toma muito banho ou quando é muito ativo,
faz muita atividade física ou tem a pele muito oleosa, ou vive em um ambiente
com muito calor, essa transpiração em excesso, isso tudo ajuda muito a cair a
semente com mais facilidade, a esfera com mais facilidade, o esparadrapo.
Com isso, você talvez vá ter que marcar duas vezes por semana com esse
paciente.
Se as esferas caem antes do tempo, você vai ter que conversar com
seu paciente e indicar para ele que talvez seja necessário fazer mais
abordagens durante a semana, porque se ele está ficando sem as esferas, ele
está ficando sem um tratamento.
E depois que você fez a evolução do que aconteceu depois do seu
último tratamento até hoje, aí você vai na evolução novamente descrever o que
você vai fazer, o que você fez e o que você recomenda ao paciente. Então
tudo o que você recomendar ao paciente, deixe escrito.
Um ponto importante é o seguinte: alguns conselhos pedem que na
evolução o paciente tome ciência da evolução, ou seja, o que é isso? Eu acho
isso muito interessante. A ficha de evolução é sempre uma folha por dia, eu

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deixo uma folha só para a evolução e vou grampeando essa folha e vai
crescendo o prontuário do paciente, eu deixo uma pastinha do paciente. Então
se essa pasta começar a ficar muito grande, o que você pode fazer? Você
pode digitalizar o início dela, escanear ou tirar foto com algum aplicativo de
scanner, digitaliza com o nome do paciente no Google Drive ou em alguma
nuvem qualquer e vai diminuindo a ficha desse paciente para não ficar tão
grande.
Mas o que é interessante de se ter a evolução diária do paciente e
que o paciente tenha ciência? Porque o que você falou, o paciente pode chegar
na semana seguinte e falar para você: “ah, mas você não me disse isso”. Então
tudo o que você fala para o paciente, você escreve de forma legível e pede
logo depois para o paciente tomar ciência: “assina para mim esse tratamento
que a gente fez e essa evolução, para você tomar ciência do que foi feito”. E,
com isso, o que é interessante? Quando o paciente se responsabiliza em
assinar alguma coisa, ele está se dedicando àquilo, ele está se entregando
mais àquilo, então quando ele assina alguma coisa, acabe que você está
jogando uma responsabilidade para ele também.
Então lá no final da ficha de evolução, onde tem nome do terapeuta,
você vai lá e coloca o seu nome, o seu carimbo, a sua assinatura e pede, logo
acima do texto, no final do texto da evolução, que o paciente dê uma rubrica e
essa rubrica você vai guardando junto com tudo do paciente, por quê? Isso é
uma forma até de comprovar que o paciente está em tratamento, é uma prova
sua, é uma prova documental de que o paciente está tendo ciência do que está
sendo feito e tudo o que você fizer está descrito ali.
Então esse é um ponto muito, muito importante, a evolução diária, a
evolução terapêutica diária, ou seja, a cada dia que você vai tratar o paciente
tem que ter uma evolução e essa evolução tem que ter ser bem descrita até
para ajudar no tratamento do seu paciente.

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Aula 41. Como e Quando Tonificar e Sedar

A grande dúvida da maior parte dos terapeutas dentro da medicina


tradicional chinesa é entender um pouco mais sobre a tonificação e sedação,
então a gente fica muito na dúvida sobre quando tonificar e quando sedar, essa
é uma dúvida muito recorrente e eu peço que você assista algumas vezes e
faça as suas anotações sobre esse vídeo, porque é exatamente nesse vídeo
onde a gente vai entender em que momento eu devo tonificar e em que
momento eu devo sedar e como a gente realiza isso dentro da auriculoterapia.
O primeiro passo é o seguinte: o que é a tonificação e o que é a
sedação? A tonificação é sempre que eu quiser que o meu organismo aumente
o seu sistema. É como se eu quisesse ligar o meu organismo. Para todos os
quadros de deficiência, o tratamento vai ser sempre uma tonificação. Por
exemplo, paciente prostrado, paciente com doenças crônicas, paciente
debilitados, acamados, paciente sem força, paciente com deficiência de Yin,
deficiência de Yang, paciente que não tem motivação, quadros com presença
de deficiência energética, falta de ânimo, falta de vontade de viver.
Quando a gente avalia isso, são sintomas e sinais de nomes que
levam a gente a interpretar que o paciente está debilitado. Então se ao avaliar
o paciente, no HDA, você nota muitos adjetivos que estão colocando o paciente
em depreciação, que o corpo está em deficiência, isso mostra que a gente vai
ter que tonificar. E como a gente leva à tonificação? É como se a gente
quisesse acordar, então a gente vai irritar o pavilhão auricular, como assim? Os
estímulos intermitentes tendem a ser mais irritantes do que estímulos contínuo,
como assim? Se você está com uma dor de cabeça e essa dor de cabeça está
latejando, você não vai batucar na sua cabeça, porque senão isso vai irritar
mais ainda a sua cabeça e vai doer mais ainda. Porém se você quiser acordar
alguém, não adianta você apertar e segurar esse alguém, você vai ter que
bater nessa pessoa, estimular, irritar essa pessoa para que esse corpo da
pessoa acorde.
A mesma coisa a gente vai fazer no pavilhão auricular. Sempre que
eu quiser acordar, ou seja, tonificar o sistema do paciente, a gente vai utilizar
estímulos intermitentes: apertar e soltar, apertar e soltar, causar uma irritação e
soltar. Fazendo isso, eu vou gerar 9 estímulos, se a gente quiser usar a

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Dr. Marcos Minello - Auriculoterapia 2.0

numerologia chinesa, se a gente quiser arredondar, a gente vai fazer 10


estímulos. Quantas vezes por dia? Sempre que o paciente achar necessário,
no mínimo, 3 vezes por dia. Eu peço para o paciente realizar 10 estímulos por
dia, por quê? Quando eu peço 10 estímulos por dia, pelo menos ele lembra de
3 vezes. Mas se ele fizer 10 vezes por dia tem problema? Não, não tem
problema. Na verdade, quanto mais estímulo o paciente fizer, mais irritação no
sistema corpóreo dele vai acontecer e mais tonificação vai acontecer. Mas
também não é necessário que o paciente passe o dia inteiro estimulando esse
pavilhão auricular.
Então como eu devo realizar a tonificação? Eu vou apertar e soltar,
apertar e soltar por 10 vezes. Lembrando que se você quiser usar a
numerologia chinesa, você vai fazer 9 vezes, mas fica mais fácil o paciente
gravar lá as 10 vezes.
E o que é a sedação? Imagine o seguinte, você está com dor de
cabeça, o que você faz? Você aperta e massageia, um estímulo contínuo. Você
está com uma dor no músculo, você aperta, mantém e massageia. Então o
estímulo contínuo tende a diminuir o estímulo neural, tende a diminuir a
resposta neurológica. Então esse impulso tátil que a gente dá, esse impulso
sensitivo que a gente dá no nervo, no sistema do paciente, tende a diminuir o
sistema dele. Ou seja, o que é sedação? É desligar o corpo do paciente. O que
é sedação? É acalmar, é diminuir os sintomas.
Então quando eu penso em tonificação, o que eu penso? Em
acordar o sistema do paciente. Quando eu penso em sedação, eu penso em
diminuir a resposta do corpo do paciente àqueles sintomas e sinais, por
exemplo: dor de cabeça lancinante, febre alta, dores intensas, crises
convulsivas, hipertensão, são quadros que têm adjetivos de elevação, quadros
de excesso. Então quando a gente está escrevendo HDA do paciente, você vai
coletando sintomas, você nota que os sintomas são latejante, intenso, em
fisgada. Quando você vai lendo, você vai vendo sinais clássicos de que esses
sintomas são um excesso.
Quando você está formulando o seu HDA, você vai fazer o seguinte
no seu HDA, pegue duas cores, isso pode ser nos seus primeiros pacientes,
pegue duas cores de canetinha, de marca-texto, você vai pegar uma canetinha
verde para todos os quadros de deficiência e uma canetinha amarela para

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Dr. Marcos Minello - Auriculoterapia 2.0

todos os quadros de tonificação. Ou seja, todos os sintomas que aparecerem


no seu paciente, você vai ver o que é sinal de excesso e o que é sinal de
deficiência. Se for sinal de deficiência, você marca com uma cor e se for sinal
de excesso, você marca com outra cor. No final, você vai ver, tem mais sinais
de excesso ou mais sinais de deficiência? Dessa forma, se ficar claro na sua
avaliação, na sua ficha, que os sinais são mais de tonificação, você vai fazer o
estímulo de apertar e sedar. Se você está com deficiência e precisa tonificar,
aperte e solte, aperte e solte, pela numerologia chinesa, 9 vezes. Se você
quiser fazer mais fácil para o seu paciente gravar, peça para ele apertar e
soltar 10 vezes.
Se são quadros de excesso, o que a gente vai ter que fazer? Sedar
o corpo do meu paciente, então uma sinusite, uma tontura muito forte, uma dor
de cabeça, vômitos, febre alta, tudo isso são sinais de excesso, então o que a
gente vai fazer? Uma sedação. Quando eu sedar o corpo do meu paciente, eu
vou apertar o ponto e manter apertado por 12 segundos. Isso vai ser um
estímulo de sedação.
Geralmente, o que você vai focar? Eu não faço no mesmo pavilhão
auricular alguns pontos para tonificação e alguns pontos para sedação, não,
por quê? Na hora que for construir um protocolo, você vai entender que o
protocolo é uma junção de ingredientes, ou seja, de pontos, que, no final, dão
uma receita. Ou seja, você não vai tonificar uns e sedar outros, jamais. Você
vai tonificar todos naquele pavilhão auricular, por quê? Principalmente porque o
paciente não vai gravar quais são os pontos que ele tem que tonificar e quais
pontos ele tem que sedar. E também, na maioria das vezes, eu tenho que
sedar todo o organismo do paciente, eu tenho que tonificar todo o organismo
do paciente. A não ser quadros que sejam quadros meio mistos, que a gente
vai falar um pouco mais à frente, mas, a princípio, se houver em algum quadro
a necessidade de tonificar alguns pontos e sedar outros, separe por pavilhão
auricular. Aí você fala o seguinte: “eu vou tonificar o seu pavilhão auricular no
lado esquerdo e vou sedar do lado direito”.
Dessa forma, você vai entender e vai explicar para o paciente,
“sempre que você for lá para o pavilhão desse lado, você vai tonificar, então
você vai apertar e soltar. Do outro lado, você vai apertar e segurar”. Essa forma
não é a forma que eu mais gosto, gosto de fazer um protocolo em apenas um

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pavilhão auricular e o pavilhão unicamente ser ou de tonificação ou de


sedação, salvo algumas vezes que eu vou fazer isso, que aí eu divido o
pavilhão por tonificação e por sedação, mas focando apenas em uma patologia
de cada vez. Dessa forma, quando a gente foca em uma patologia de cada
vez, a gente tende a ter muito mais sucesso, porque o que acontece? Muitas
vezes a terapia é como se fosse a gente ter que atirar em alguma coisa, um
exemplo bobo. Então se eu miro em 3 patos e tenho apenas um tiro, qual é a
chance de eu matar os 3 patos com o tiro? Acaba que eu vou ficar confuso e
não vou saber em quem atirar. Então às vezes é desnecessário o uso
excessivo de pontos e até mais confunde do que faz o paciente melhorar.
O intuito maior desse vídeo é entender quando eu vou tonificar e
quando eu vou sedar. Resumo: se eu notar sinais de excesso, eu vou causar
uma deficiência, eu vou gerar uma sedação para levar a uma deficiência. Se
está em excesso, eu quero deficiência, eu gero uma harmonização. Se o
quadro do paciente é uma deficiência, eu quero gerar um excesso para haver
uma normalização. Ou seja, se está em deficiência, eu vou tonificar o
organismo do paciente para responder com uma elevação de energia, uma
elevação do sistema imunológico, uma elevação da atenção do paciente e,
com isso, melhorar o quadro dele.
Então assista, faça as suas anotações, essa é uma aula muito
importante, que é exatamente quando tonificar e quando sedar, esse é um
ponto que separa muito o sucesso do insucesso dentro da auriculoterapia.

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Aula 42. Como Construir um Protocolo na Auriculoterapia

Uma das maiores dificuldades que os alunos encontram,


principalmente quando eles estão fazendo uma formação em auriculoterapia,
seja qual for a terapia, muitas vezes é a construção de um protocolo. Muito
aluno acaba focando muito mais em colocar semente, em colocar agulha, ele
fica muito mais focado, muitas vezes, em qual material ele vai usar e, logo em
seguida, ele começa a procurar sugestão em livros ou em questionários, seja
onde for, na internet, protocolo pronto para o tratamento que ele está fazendo.
A base principal dessa formação em auriculoterapia é tentar fazer
com que você, terapeuta, consiga construir o seu próprio protocolo, por que é
importante isso? Nem todo paciente que tem a mesma patologia tem os
mesmos sintomas. Então quando algum aluno chega para mim, por exemplo, e
me pergunta: “qual o protocolo para dor de cabeça?”. Bom, só para dor de
cabeça, existem mais de 300 tipos de dor de cabeça, então quais são os
sintomas? Onde está localizada? Qual é o tipo de queixa? Dor retro-ocular?
Dor na lateral da cabeça? Tem paciente que vai ter aquela dor bem fininha,
incômoda, lá no occipital. Então cada paciente vai ter um tipo de patologia com
suas particularidades. Pode ser sim que o paciente tenha o mesmo quadro de
outros pacientes, mas por isso que é importante, na montagem do protocolo
tem que ter havido uma boa avaliação.
Então como eu falei para vocês lá em ficha de avaliação, na aula
Ficha de Avaliação, eu expliquei muito bem sobre HDA, a história da doença
atual do paciente e é em cima da história da doença atual do paciente que a
gente vai construir o protocolo.
Primeiro passo, anote, isso é importante, você fazer o dever dessa
aula é importantíssimo. Então o primeiro passo para você construir um bom
protocolo é tentar identificar qual é... ou se você for seguir pelos 5 elementos
ou se for seguir o tratamento pelos órgãos e vísceras, fluidos, sangue, não
importa muito qual é o pensamento que você vai seguir. Os dois pensamentos
que eu mais gosto de seguir são os 5 elementos e os órgãos e as vísceras em
conjunto com os 5 elementos. Então a gente vai focar principalmente esse
trabalho em 5 elementos e órgãos e vísceras.

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O primeiro passo é identificar o que o meu paciente está sentindo, é


de que elemento, é de que órgão, é de que víscera? Então lembre-se de
revisar todos os órgãos e vísceras, revisar a aula de 5 elementos, colocar no
papel, porque é importante a gente entender o que cada elemento representa,
cada parte do corpo é representada por que elemento. Então, ah, o paciente
tem problema na pele, eu já sei que é pulmão, que é do elemento metal. Meu
paciente tem problema muscular, eu já sei que é do baço, que é do elemento
terra. Então é importantíssimo você ter muito bem estabelecido na cabeça a
aula de 5 elementos e de órgãos e vísceras, por quê? É em cima desse
pensamento que a gente vai construir os dois primeiros pontos de qualquer
protocolo. Ou seja, o ponto do órgão e da víscera que está afetado, o ponto do
elemento que está afetado.
Então o primeiro passo é: qual é o elemento afetado? Ah, o
elemento afetado é a água, é o metal, é o fogo, é a terra ou é a madeira? Qual
é o elemento que ali está afetado? Pensou no elemento que está afetado,
primeira coisa, qual é o órgão ou a víscera que ali representa? Então, ah, o
paciente tem problemas ósseos, então um problema articular. Se é ósseo, se é
articular, eu já sei que é o elemento água. Quais são os órgãos do elemento
água? Rim e bexiga.
Fazendo um resumo, lembre-se: água, rim e bexiga. Quais as
responsabilidades, de forma super resumida, porque o ideal é você assistir à
aula toda, mas eu vou passar um resumo aqui. Quais são os tecidos principais
que o elemento água vai ter de representação, que é representado pelo ponto
do órgão rim e da bexiga? O rim e a bexiga representam a água.
Então a gente vai ter todas as articulações, todos os ossos,
problemas de coluna, nutrição do cérebro, então qualquer problema que meu
paciente apresente articular ou neural, então, ah, o paciente tem uma certa
braquialgia, uma irradiação para o membro superior ou tem uma ciatalgia. É
ósseo, articular ou neural, eu penso diretamente no elemento água. Se meu
paciente apresenta sintomas de depressão, sintomas de medo, também
representa a água. Lembre-se que tem uma tabela no seu material de estudo
de representação de tecidos, de sentimentos e tudo mais.
E o principal paladar que representa o elemento água é o salgado,
então a preferência pelo salgado, principalmente pelas proteínas, isso que é

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importante. Porque muita gente confunde que o paladar salgado é do elemento


água e o paladar doce é do elemento terra, porém se você entender bem a
digestão, não é porque eu botei um sal em uma coisa que é feita de açúcar,
que aquele paladar se transforma em salgado. Como assim? Deixa eu explicar
para vocês. Por exemplo, as massas, em geral, pães, salgados, coxinha,
joelho, seja o que for que vende na padaria, aqueles salgados são feitos de
carboidratos. Os carboidratos nada mais são do que açúcares. Então tome
cuidado com isso, por quê? A preferência da digestão do carboidrato pode
estar te enganando por um paladar salgado, mas aí o que acontece? O
paciente tem uma preferência por paladar salgado, mas ele só atira no açúcar,
ou seja, ele só come carboidrato. Diferente da pessoa que: “não, realmente eu
prefiro salgado”, quando você vai ver: “que salgado você come?”, “carne,
frango, peixe”, então ele come muita proteína e o excesso de proteína que vai
danificar o elemento água, mas a preferência da proteína já te dá um norte de
que o paciente está ali dentro do elemento água e por ali eu tenho que dar uma
vasculhada para ver se o meu paciente não está apresentando uma patologia
ou se é o elemento de preferência, propriamente dito, dele.
O que é interessante também é a gente observar o próximo
elemento de geração que é a madeira. Então a madeira, a gente vai ter o
fígado e a vesícula biliar. Quando eu vou usar o ponto do fígado e da vesícula
biliar? Principalmente quando o meu paciente tiver problemas de tecido
tendíneo, problemas de tendão, problemas de falta de energia, então o fígado
vai ser responsável por concentrar as energias, problemas de visão. Ah, o
água, também problemas de audição, na água. Então problemas de visão no
fígado, ele e a vesícula e o principal sentimento que o deprime, que o destrói é
exatamente a fúria, a raiva. Então a fúria e a raiva são as que destroem o
elemento madeira e o paladar preferido é o azedo. Então o paladar azedo é da
preferência do fígado.
A gente tem o elemento fogo, o fogo vai ser representado pelo
coração e pelo intestino delgado, que vai representar a parte racional do
cérebro, responsável pelas veias, artérias e a circulação do sangue e o
principal sentimento que o afeta é a apatia, a falta de alegria, então a ausência
da felicidade é o principal sentimento que está ali presente e afeta o elemento
fogo. E o paladar preferido é o amargo, então vai ter uma preferência pelo

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chocolate amargo, lembrando que chocolate também é doce, pode estar


migrando um pouco para terra. Um café, principalmente não muito adoçado,
quase sem açúcar. Então tem essa preferência de chás amargos, o coração
gosta muito disso. Você tem a ligação, por exemplo, do café com a parte do
estudo, do raciocínio, da atenção, isso está muito ligado ao elemento fogo.
O elemento terra, a gente vai pensar sempre, principalmente quando
a gente tiver problemas musculares e também quando a gente tiver problemas
de formas, perdas de forma, então, por exemplo, ah, o paciente teve uma
hérnia de disco, eu já falei que coluna é do rim, mas a hérnia é a perda da
forma do disco, ou seja, perdeu a forma o disco, eu vou pensar também em
entrar com um baço, pâncreas aí. O baço, pâncreas e o estômago, que
compõem o elemento terra. Então o meu paciente está perdendo forma, está
ficando obeso, a perda de forma, baço, pâncreas e estômago. Meu paciente
está com um edema na perna, edema eu já falei para vocês que é do pulmão,
quando a gente falou sobre órgãos e vísceras. Então edema é pulmão, mas
está perdendo a forma. Perna, eu também penso no baço e no estômago,
elemento terra. Então sempre que houver perda de continente, perda de forma,
a gente vai pensar no elemento terra também. O principal sentimento que
afeta, ou que está presente nas patologias do elemento terra é a ansiedade, a
preocupação. Então ansiedade e preocupação afetam muito o baço, pâncreas,
a terra. Ele também vai ser responsável pela criatividade. Então a criatividade
também está presente como uma característica do elemento terra.
E, para fechar, o elemento metal tem o pulmão e o intestino grosso,
que vão ser responsáveis pela pele, pelas vias respiratórias, então qualquer
alergia de pele, respiratória e tudo mais, a gente vai pensar no pulmão e no
intestino grosso, o principal sentimento que afeta é a tristeza.
Eu tentei fazer um resumão das aulas de 5 elementos e de órgãos e
vísceras, mas as aulas de 5 elementos e de órgãos e vísceras são muito mais
completas e estou só fazendo uma revisão aqui na sua cabeça, para a gente
conseguir entender a formulação do protocolo.
Então primeiro passo, de novo, voltando ao início da aula, primeiro
passo na formulação do protocolo, o que a gente tem que fazer? A gente tem
que raciocinar qual elemento. Então o primeiro passo vai ser escolher dois
pontos, quais os dois pontos que eu vou escolher? Os que têm o elemento

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representado pelo paciente. Pode ser mais de um elemento? Sim, pode, como
eu falei para vocês nesse vídeo sobre a hérnia de disco, então a hérnia de
disco é na coluna, se é na coluna, é o elemento água. Mas perdeu a forma o
disco, o disco herniou, então se ele herniou e perdeu a forma, talvez eu vá
pensar no elemento terra.
A princípio, eu já começo esse protocolo colocando rim, bexiga,
também baço e estômago, eu já tenho quatro pontos aí no meu protocolo,
então nesse primeiro passo, a gente começa com dois ou quatro pontos. Dois
pontos quando houver apenas um elemento presente na lesão do paciente e
quatro pontos quando houver dois elementos presentes. Sempre pensando em
focar tanto no órgão como na víscera. Se não houver a possibilidade de colocar
a víscera, porque vai ficar muito ponto, foca no órgão, que é o que tem mais
energia, mas, a princípio, sempre a gente vai trabalhar o elemento com o órgão
e a víscera propriamente dita.
O segundo passo vai ser o seguinte: focar no local da lesão, então
segundo passo na formulação do protocolo, qual é? Local da lesão. No
exemplo que a gente está dando aqui, formulação do protocolo para uma
hérnia de disco, então rim, bexiga, baço e estômago. Rim e bexiga porque é na
coluna. Baço e estômago porque houve perda de forma, já tem quatro pontos,
esse foi o passo um. Passo dois, onde é o local da dor? Minha hérnia de disco
é na lombar, ou seja, eu vou ter que achar alguma região aqui da lombar do
paciente que esteja mais sensível e esse vai ser o ponto local onde eu vou
focar em colocar uma agulha ou uma esfera, seja qual for o material que você
vai utilizar, mas é o ponto local. Então segundo passo: ponto local da lesão.
Ah, meu paciente tem dor de cabeça, então onde na cabeça ele está
sentindo? Meu paciente tem dor de estômago... pode ser que o elemento seja
o próprio ponto local? Sim, por exemplo, meu paciente está com dor de
estômago, estômago é do elemento terra, então eu vou lá no elemento terra e
coloco baço e estômago. Mas o estômago é o ponto do elemento e já é o ponto
local. Ótimo, matou dois em um, não tem problema nenhum.
E em terceiro lugar para a formulação do protocolo, você vai pensar
em dois pontos que fazem o que você deseja. Então vai ter tabela logo aqui
embaixo e tem também na apostila de vocês uma tabela com o resumo das
principais funções de pontos. Então tem pontos, por exemplo, que são anti-

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inflamatórios e analgésicos. Por exemplo, meu paciente que tem hérnia de


disco, ele tem uma dor na coluna. Quais são os principais pontos lá de
analgesia? A gente vai pensar no Shen Men, na occipital, nos pontos da Hélix,
pontos de genital e externo, então tem pontos que auxiliam a diminuir a dor do
paciente. Ponto da hipófise... então são pontos bem interessantes, que são
pontos que liberam uma analgesia para dentro do corpo. Ah não, não quero
ponto de analgesia, quero ponto para enjoo, quero ponto para coceira, vocês
vão ter uma tabela aqui embaixo que tem a função e do lado da função tem os
pontos que fazem essa função. Então são pontos analgésicos, pontos anti-
inflamatórios, antieméticos, ponto antipirético, pós-febre, então pontos com
diversas funções.
São três passos só que você precisa sim pensar na hora da
formulação do protocolo, para você ter uma boa receita de pontos. Ponto um,
ache o elemento da lesão, então qual é o elemento? Vasculhe o HDA que você
construiu e tente localizar aí junto à tabela e junto com o HDA quais são os
principais sintomas que o paciente está sentindo e observa se esses sintomas
são mais para terra, mais para metal, vá tentando distribuir esses sintomas,
esses sinais do paciente dentro dos elementos e veja que elemento está mais
presente dentro da lesão do paciente. Depois, ponto local e, em terceiro, qual é
ponto com função desejada. Então se o paciente está com dor, eu vou focar
em pontos analgésicos. Se o paciente está com uma inflamação, pontos anti-
inflamatórios. Se o paciente está com uma infecção, pontos antibióticos.
A gente tem que pensar em várias funções dos pontos e utilizar isso
como protocolo. Dessa forma, você não precisa ter protocolo de todas as
lesões, basicamente você tem que ter em mãos principalmente a tabela de
órgãos e vísceras e a tabela de função dos pontos. Você precisa ter apenas
duas tabelas na sua mão e, com isso, você formula qualquer protocolo que
você quiser.
Espero ter esclarecido um pouco mais sobre o protocolo e peço, por
favor, que vocês façam os deveres e que a gente faça um trabalho em
conjunto. Se você tem dúvida ainda em como formular protocolo, primeiro
passo: não peça protocolo, peça ajuda na montagem do protocolos. A função
principal desse curso e dessa aula é você terminar essa aula raciocinando em
cima das lesões, raciocinando em cima dos protocolos. Eu realmente espero

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que você consiga começar a pensar em como gerar um tratamento e não ficar
focado somente em pedir tratamento para outros terapeutas. Então se você
não conseguiu ainda, não tem problema nenhum, não é vergonha nenhuma,
assista de novo, reassista quantas vezes for necessário à aula ou às aulas que
você ache que precisa reassistir, para que você, no final, consiga formular. Não
está conseguindo? Chame a gente, pode chamar no privado ou chamar no
grupo, seja no Facebook ou em qualquer outro lugar, no WhatsApp, pode
chamar a gente, que a gente consegue conversar e aí evoluir um pouco mais o
seu conhecimento em cima de como formular o protocolo. Mas faça seu dever
e, principalmente, faça as suas anotações no seu caderno de estudo. Muito
obrigado e até o próximo vídeo.

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Aula 43. Localização dos Pontos x Protocolos de Tratamento

A localização de pontos é uma técnica muito importante, que se


baseia na evolução do tratamento, então o primeiro passo é fazer a ficha de
avaliação do paciente, coletar todos os dados, coletar todas as informações e,
assim, antes de formular o protocolo de tratamento, eu vou vasculhar o
pavilhão auricular do paciente, por quê? Eu acho interessante o seguinte: faça
o seu HDA, pense no protocolo, você pode criar um protocolo a lápis, primeiro
quais são os pontos ali, que pelo raciocínio, eu vou utilizar?
Após criar o ponto pelo raciocínio, você vai vasculhar o pavilhão
auricular do paciente com uma palpação através do uso ou de uma pinça, ou
de um palpador, ou de um localizador de pontos, a gente tem essas três formas
aí de trabalhar a localização dos pontos do paciente.
A importância da localização é refinar onde eu vou colocar a esfera,
então principalmente para pontos locais e pontos relacionados à dor do
paciente ou à lesão do paciente propriamente dita, a patologia dele, tendem a
estar mais sensíveis, preste atenção na palavra, tendem a estar mais
sensíveis, principalmente quando o quadro do paciente é um quadro de
excesso.
Então isso é importantíssimo: se seu paciente apresenta quadros de
deficiência, possivelmente a palpação vai estar negativa, então você não vai
conseguir uma boa palpação, uma boa localização de pontos, por quê? A
localização de pontos, lembre-se, o corpo do paciente está representado no
pavilhão auricular. Se eu estou com dor no cotovelo, quando você for palpar a
região do cotovelo, vai estar sensível. Se eu estou com dor de estômago,
quando você palpar meu estômago, ele vai estar sensível. Porém se
simplesmente meu intestino não está funcionando, ou seja, a energia dele está
depreciada, está deficiente, não tem energia nenhuma, ele não está doendo,
ele simplesmente está desligado. Quando você for palpar no pavilhão auricular,
não vai estar positivo ou ao contrário, vai estar hipossensível, então isso é
importante, por quê? Se é um quadro de deficiência, o localizador elétrico, a
caneta de localização não vai ter função nenhuma, você vai ter que ir na função
mapa, olhar o mapa e correlacionar com a orelha do paciente.

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Então na palpação basicamente vai estar positiva hiperálgica, ou


seja, você vai lá com a pinça ou com o localizador, seja o que for e aí o
paciente dá aquela reação de dor, ele dá aquela reação de dor quando existe
um quadro de dor ou um quadro de excesso, eu estou com dor de cabeça,
você vai vasculhar lá na região do antitrago, nossa, aí está doendo, eu já sei
que é o local da calota craniana do paciente que está sensível e
correlacionando com o quadro do paciente, eu vou colocar.
O que a gente tem que tomar cuidado? A palpação tem que ser
correlacionada com a avaliação para se gerar um bom protocolo de tratamento,
porque se não tem nada a ver o ponto, eu posso até anotar que ele estava
hiper álgico para que, lá na frente, a gente converse sobre aquele ponto, mas,
cuidado, porque senão você pode começar a tratar pontos que não têm a ver
com a queixa principal do paciente. Então vamos dar um exemplo: eu estou
com uma dor lombar, eu vim tratar a dor lombar, é o principal, é o que eu estou
querendo resolver. E aí o cara vai lá, vasculhando e, de repente, ele: “nossa,
esse ponto aqui está sensível, o que é esse ponto aqui?”, “ah, esse ponto aqui
é do estômago”, aí você começa a questionar: “você sentiu alguma coisa no
estômago?”, aí o paciente começa assim: “é, realmente eu tenho tido uma dor
no estômago bem fraquinha, um dia sim, um dia não e tal, eu também sinto
sim”. E aí o que acontece? O terapeuta começa a encher o pavilhão auricular
do paciente de agulha ou de semente, seja o que for, e começa a desvirtuar o
tratamento, começa, em vez de tratar uma coisa, tratar diversas coisas.
Qual é o problema de tratar diversas coisas ao mesmo tempo? Uma
coisa que eu bato muito na tecla com vocês pacientes, com vocês alunos.
Pense sempre da seguinte forma: o meu cérebro não entende de
auriculoterapia, cada semente que eu coloco no meu pavilhão auricular dá um
comando para o meu cérebro, qual é o comando? Então primeiro, vamos lá, eu
falo para o meu corpo o seguinte: corpo, eu quero trabalhar dor, ou seja, pego
um ponto lá, sei lá, o Shen Men, que é um ponto anti-inflamatório, boto o Shen
Men, falo assim: “vou liberar anti-inflamatório”, aí ele começa a liberar anti-
inflamatório. Aí depois eu coloco um outro ponto, que é o lombar, aí o que eu
falei para o meu corpo? Libera anti-inflamatório na lombar. E aí depois eu
coloco um terceiro ponto, que é do baço, que é um ponto que ajuda a trabalhar

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os músculos, então o que eu falei para o meu cérebro? Libera anti-inflamatório,


onde? Na lombar, em que região? Nos músculos.
Olha o que eu estou fazendo, eu estou dizendo para o meu cérebro
todas as informações necessárias para ele reagir da forma ideal. E aí imagina o
seguinte, eu estou fazendo isso e, de repente, eu falo assim: “vou tratar
ansiedade junto”, do paciente. Então você falou: libera anti-inflamatório na
lombar, nos músculos e ansiedade, nossa, o que esse cara está falando?
Então quando a gente começa a confundir ou misturar tratamento, acaba que
eu em vez de ter um resultado potencializado por poucos pontos, eu vou dividir
o resultado.
Eu faço uma brincadeira que é a seguinte: imagina que o protocolo
ou a geração de protocolo é como se fosse você criar uma receita de um
alimento, de uma comida qualquer. Então o que faz de você um bom
terapeuta? Você ter uma boa audição, para captar o HDA, você ter um bom
raciocínio clínico para conseguir do HDA construir um protocolo e você ter a
seriedade, a paciência de tratar a patologia do paciente, uma de cada vez.
Salvo algumas, que a gente pode trabalhar os dois pavilhões
auriculares, qual orelha eu devo escolher do meu paciente? A orelha mais
sensível é a que eu vou utilizar. Então qual é a que está mais sensível? Eu
utilizo, salvo o seguinte: qual é o lado que o seu paciente dorme, isso é
importantíssimo, por quê? Se o meu paciente só dorme com o pavilhão
auricular do lado direito na cama, e eu coloco um monte de agulha e o paciente
fica com aquela orelha vermelha e ele não consegue mais deitar essa orelha,
você criou um outro problema, você criou uma insônia para o paciente.
Então cuidado com isso, muitas vezes as pessoas focam na orelha
mais sensível, essa é a primeira recomendação, qual é a orelha mais sensível?
Ah, eu vou lá e vou palpar, eu achei o ponto da lombar, eu verifico lá na direita
e depois verifico na esquerda, nossa, minha direita é muito mais sensível do
que a minha esquerda, então eu vou na direita. Mas aí eu pergunto ao
paciente: “que lado você dorme?”, “nossa, eu só durmo do lado direito”.
Esquece a orelha mais sensível, as duas orelhas conversam com o corpo, aí
eu vou tentar trabalhar do lado esquerdo. Se meu paciente falar assim: “ah,
não tem lado, eu deito para os dois lados e não tenho problema nenhum com
isso”, aí você pode escolher a orelha mais sensível.

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Dr. Marcos Minello - Auriculoterapia 2.0

Então o primeiro passo é descobrir qual é o pavilhão auricular que o


paciente dorme . Do lado que ele dorme, eu vou evitar fazer a auriculoterapia,
principalmente se meu paciente tem quadro de excesso. Não tendo lado que
dorme, eu vou utilizar a orelha mais sensível na palpação. Ah, não tem
sensibilidade, porque o paciente, na verdade, está com quadro de deficiência,
pode escolher a orelha de um lado e depois alterar de um lado para o outro.
O problema de trabalhar uma patologia em cada orelha é, muitas
vezes, se eu estou trabalhando quadro de excesso, o paciente vai ficar sem
lado para ficar na cama e isso é um problema muito grande, a não ser que ele
durma de decúbito dorsal ou de ventral, se ele dorme de barriga para cima ou
de barriga para baixo.
Mas levando em consideração a palpação, então a palpação com a
pinça, ou com o palpador ou com o localizador elétrico, a gente tem que
entender que a gente tem que juntar as peças, como? Então o HDA tem que
gerar um protocolo, que é o raciocínio clínico, que aí depois em cima desses
pontos, se meu paciente tem um quadro de excesso, eu vou vasculhar o
pavilhão auricular do paciente, a hora que: “nossa, esse ponto está sensível”, é
da lombar? É. É na lombar? É, esse ponto eu vou utilizar. Ah, o paciente está
tratando dor de cabeça, doeu a lombar, correlacione, escreva que está
hipersensível lá na sua avaliação, mas se não tem a ver com o tratamento do
paciente, esse ponto não vai ser utilizado.
Então isso é importante, eu vejo muito terapeuta cometer esse erro,
que é: todos os pontos que apitarem, todos os pontos que a caneta
localizadora acender, todos os pontos que eu achar sensíveis, eu coloco. Não,
senão não era necessário fazer um curso, era simplesmente aprender a
localizar por palpação e não ter raciocínio nenhum e sair colocando semente.
Então, foque, localizar de pontos só auxilia a refinar o local que você
vai colocar a sua semente ou a sua agulha, ele não dá protocolo, isso é um
ponto fundamental. Então foque em: a construção do protocolo não é dita por
uma caneta, é dita pelo cérebro do terapeuta. Foque no seu raciocínio, foque
no seu estudo, faça as suas anotações no caderno e, com isso, eu creio que
você vai evoluir muito o seu tratamento de auriculoterapia, terminando esse
curso.

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Aula 44. Tipos de Tratamentos - Sementes e Esferas

Um ponto muito importante nos tratamentos, nos tipos de


tratamento, é começar principalmente com o que a gente mais trabalha. Então
a maior parte da auriculoterapia conhecida é composta pelas sementes e
esferas. Antigamente se usava muito mais as sementes. As sementes mais
comuns utilizadas na auriculoterapia são dois tipos: uma é a semente amarela,
que é conhecida como semente de mostarda amarela, ela é um pouquinho
maior e ela é mais irritativa, o que é isso? Significa que ela vai estimular o
nosso sistema orgânico um pouco mais. Então a semente de mostarda amarela
é principalmente utilizada para tonificação. Então se ela é utilizada para
tonificação, eu vou colocá-la no pavilhão auricular, mas mesmo ela já tendo
esse princípio de tonificação, é necessário também que o paciente faça o
estímulo. Como realizar o estímulo de tonificação? A gente aperta e solta,
aperta e solta por 10 vezes cada ponto. Quantas vezes por dia? No mínimo 3
vezes por dia. No máximo? Não tem máximo, mas também não precisa passar
o dia inteiro. Então 10 vezes, por exemplo, como máximo é o suficiente.
Comumente eu peço para o paciente correlacionar com alguma
coisa do dia a dia dele, então em que momentos do dia eu vou fazer o estímulo
do meu pavilhão auricular? Então eu peço ao paciente, por exemplo: acordou,
ao tomar café, estimula. Está no transporte público ou no seu transporte
particular, indo para o trabalho, estimula. Então primeira coisa a entender é o
seguinte: “qual é a sua rotina diária, paciente? Então o que você faz de manhã,
de tarde, de noite?”. Sem entrar em particularidades, mas entender a rotina do
paciente nos ajuda a correlacionar com ele o que ele vai fazer e aí talvez
colocar junto com ele, no celular dele, alguns alarmes. Então hoje o dia o
celular vive com a gente o tempo inteiro, pega com o paciente junto e pede
para ele: “você sabe colocar alarme?”, “sei”, “não sabe? Posso te ajudar?”,
pega o celular do paciente e o ajude a colocar alguns alarmes. No alarme,
coloque o nome lá: “estimular a auriculoterapia”. E aí, com isso, faz com que
ele tenha um alarme de 10 vezes por dia ou de 5 vezes por dia, o que for mais
funcional para o seu paciente e aí ele faz o estímulo.
Então a semente de mostarda amarela tem a função principalmente
de tonificação. A segunda semente mais utilizada, que é para sedação, aí você

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encontra com dois nomes, dependendo da localização no Brasil, então a gente


tem mais no Rio de Janeiro, em São Paulo o nome mais comum é colza, mas
em outras partes do Brasil é vacaria, então semente de vacaria ou semente de
colza são os nomes mais comuns de uma semente, que é uma semente
pequenininha, é uma semente preta que tem uma função de sedação. Ela é
uma semente que pela fitoterapia é uma semente que tem a função de sedar o
corpo, de acalmar o corpo, então para os quadros de excesso, a gente vai
utilizar vacaria e qual o estímulo que a gente vai dar? O estímulo contínuo,
apertar e segurar por 10 segundos. Quantas vezes? De 3 a 10 vezes por dia,
igualmente à quantidade de estímulo que a gente vai utilizar no paciente.
O importante é entender o seguinte: as sementes eram muito
utilizadas antigamente e tem sido utilizada menos semente e mais esfera, por
quê? Vem-se questionando muito o princípio da semente ser uma ferramenta
orgânica. Qual o problema disso? Na maioria das vezes não há problema e, às
vezes, eu até acho interessante, só que o grande problema é o seguinte: na
minha prática clínica, eu já notei que essa semente, por ser orgânica, muitas
das vezes ela se destrói durante a semana de tratamento. Como assim? A
semente pode estar mais seca ou sofrer as intempéries ali no corpo do
paciente, a chuva, o sol, o calor, a sudorese, o banho e tudo mais e aí ela seca,
molha, seca, molha ou se o paciente tem uma pele muito oleosa ou muita
sudorese, essa semente fica o tempo inteiro hidratada e o que pode acontecer
é que a hora que a hora que o seu paciente vai estimulá-la, acaba quebrando-
a. Isso é muito comum na utilização de sementes. Muitos dos pacientes: “a
semente do Shen Men quebrou”, ou: “ela desapareceu, quando eu vou tirar o
esparadrapo, ela está destruída”, na verdade ela foi apertada e se destruiu.
Então por isso cada vez mais eu tenho tido a preferência, não é uma
obrigatoriedade, é uma preferência de trabalhar com esferas. E eu recomendo,
realmente, o trabalho com esferas, até porque se tem algumas conversas em
ANVISA e tudo mais, para a proibição do uso dos materiais orgânicos, porque
muitas das vezes não se tem o controle de quando foi fabricado, quando foi
feito, como foi armazenado, então você não sabe se ali tem uma bactéria, se ali
não tem, então não é legal e a esfera, em si, é de um material muito mais fácil
de fazer assepsia do que uma esfera propriamente dita, uma semente.

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As esferas são divididas em 3: esferas de tonificação, esfera de


sedação e esfera neutra. As esferas de tonificação são as esferas em que eu
encontro um material metálico e mais dourado, então estanho, cobre, ouro,
logicamente que essas esferas são sutilmente banhadas, elas não são de ouro,
de estanho, não são. São esferas que têm ali uma raspa de metal, são esferas
douradas, é melhor levar assim do que esfera de ouro. Você compra como
esfera de ouro, mas as esferas douradas servem como tonificação. Então elas
têm um princípio de tonificação e a gente vai estimular apertando e soltando,
apertando e soltando, porque se apertar e soltar, cria muito mais o estímulo
irritativo de “acorda”. Então esse estímulo de irritação, esse estímulo de
hiperativação do sistema neurológico.
A prata, ou seja, as prateadas, os metais prateados são de sedação,
então eles têm a função principalmente de sedação, então eu vou colocar em
um paciente, vou colocar, apertar e soltar.
De todas as três, qual é a minha preferida? A minha preferida, não é
uma obrigatoriedade, é o terceiro tipo, é a esfera neutra, ou seja, a esfera de
cristal. Ela é feita de cristal de quartzo, um cristal neutro, que trabalha com o
próprio potencial elétrico do paciente e tende a equilibrar o potencial elétrico do
paciente, então ele não dispersa e nem atrai a eletricidade, como o de
tonificação e o de sedação. Esse mineral, o quartzo, tem a preferência, na
verdade, de neutralidade, então o que é interessante é que ele pode ser
trabalhado tanto para a tonificação, quanto para a sedação, é um grande
coringa, então eu com apenas uma placa posso atender vários pacientes,
indiferente de ser tonificação ou sedação. O que vai mudar é a orientação que
eu vou dar ao paciente, então coloco em um paciente que eu preciso sedar, se
eu preciso sedar, é só eu colocar o cristal e pedir para esse paciente apertar e
sustentar esse cristal. E se o paciente precisar tonificar, eu coloco lá o cristal e
peço para ele apertar e soltar, apertar e soltar.
Dessa forma, utilizando o cristal, fica muito mais fácil e menos
custoso. Então se for focar, principalmente no início, em ter menos material e
gastar menos, eu recomendo que você tenha, inicialmente, uma placa de
cristal.
Você pode comprar esses materiais soltos, como placas para
montar, o que eu não recomendo, hoje em dia o custo de uma placa montada é

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Dr. Marcos Minello - Auriculoterapia 2.0

muito barato, então hoje você entra no Mercado Livre ou no site da Dux ou em
outros sites especializados, a gente pode passar alguns sites lá no grupo
também para vocês, mas a princípio o que eu recomendo é: as placas
montadas têm custo muito barato, então tem placas com 60 sementes a 6
reais, a 5 reais, então, imagina, 60 sementes a 6 reais. Eu vou colocar 10
sementes em cada paciente ou 6 sementes, vamos colocar 6 sementes em
cada paciente, que é mais perto do número que eu trabalho, 5 a 6 sementes, a
média de pontos que eu recomendo, então entre 5 a 7 pontinhos já é suficiente.
Então em cada paciente eu gastei 6 sementes, a placa tem 60 sementes, dá
para atender 10 pacientes a 6 reais, isso é um custo muito, muito barato. E a
placa de produção é meio chatinha, você tem que colocar em cada buraquinho
um cristal, em cada buraquinho lá você vai colocar a semente, depois você tem
que passar o esparadrapo, vir passando o estilete.
Então, logicamente, é uma terapia, se você tem tempo e quer
fabricar as suas placas, você fica à vontade e compra material para a
fabricação de placas. Então você compra placa lá de acrílico, a placa de PVC,
compra esparadrapo e compra as sementes. No todo, o que você vai gastar
com placa, com esparadrapo e semente, você vê que vai dar para comprar,
muitas vezes, já uma caixa com 30 placas e você podia já ter atendido um
monte de gente e valeria muito mais a pena. Obviamente o custo-benefício vai
variar do tempo que você tem e do tipo de material que você quer utilizar, mas
eu recomendo, a princípio, começar com placa de cristal, depois, se você
quiser evoluir, você coloca lá uma placa dourada, uma placa prateada junto
com a placa de cristal, principalmente se você já atende em consultório, que aí
você pode ter 3 tipos de placa, isso valoriza um pouco o atendimento e também
potencializa o atendimento. Então: “hoje eu vou utilizar com você algumas
sementes de ouro, umas esferas de ouro” e o paciente até é estimulado por
isso, ele gosta bastante, o paciente gosta bastante disso.
Então esse é principalmente o foco das sementes e das esferas que
a gente vai trabalhar. Então faça as suas marcações, faça o seu dever, anote
no seu caderno de trabalho, para a gente tirar as dúvidas depois, vai lá no
grupo e tira as dúvidas.

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Dr. Marcos Minello - Auriculoterapia 2.0

Aula 45. Tipos de Tratamentos - Agulhas: Semipermanentes e Sistêmicas

O trabalho, na prática, de agulha, a gente tem dois tipos de agulha,


principalmente, a gente divide em agulha semipermanente e agulha sistêmica,
qual é a diferença entre agulha semipermanente e agulha sistêmica? A agulha
semipermanente é uma agulha que o paciente vai colocar no ato de ir para
casa e vai permanecer com essa agulha até o próximo atendimento, então
necessariamente é uma agulha que vai ficar no corpo do paciente por até 7
dias. Então de 3 a 7 dias é o recomendado para o paciente.
Só o que seguinte: o estímulo da agulha semipermanente é um
estímulo um pouco mais poderoso do que o estímulo das esferas. A agulha
semipermanente basicamente é um estímulo sedante, principalmente sedativo,
ou seja, para quadros de excesso. Algumas literaturas, principalmente
literaturas muito sem embasamento, colocam que tamanhos de agulha
tonificam ou sedam, isso não tem muito a ver com o tamanho da agulha e sim
muito mais, o tamanho da agulha tem a ver com a espessura da cartilagem do
paciente. Então quando encontro lá agulhas de 1 milímetro, de 1,5 ou de 2
milímetros, essas agulhas têm muito mais a ver com a espessura do pavilhão
auricular do meu paciente do que a quantidade de estímulo dado ao paciente.
Porque, a princípio, se eu pego um pavilhão auricular muito fino ou se eu pego
um pavilhão auricular muito largo, colocar uma agulha de 1 milímetro ou de 2
milímetros vai ser indiferente da tonificação e sedação, por quê? A princípio, é
um estímulo de perfuração e esse estímulo de perfuração vai ser um estímulo
contínuo.
Então a princípio, a agulha semipermanente serve como estímulo de
sedação. Então eu vou colocar esse tratamento principalmente em pacientes
que estão em quadro de excesso, a agulha semipermanente, quero que o
paciente fique com ela e essa agulha semipermanente, ela vai permanecer por
até 7 dias, o paciente pode ou não estimular, como assim? Se eu sei que esse
paciente não estimula, ele não tem uma rotina de estimular, o uso da agulha é
muito interessante por quê? O corpo da agulha está dentro da cartilagem do
paciente, é um corpo estranho e vai ser acionado o sistema imunológico, vai
gerar uma inflamação no pavilhão auricular do paciente. Dessa forma, o que
acontece? É um estímulo que é independente do paciente manipular ou não,

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ele vai estar acontecendo, principalmente se o paciente tem um sistema


imunológico funcional, ou seja, o corpo dele reage a um corpo estranho? Se ele
não for um paciente imunodeprimido, é logicamente que ele vai reagir, é como
se tivesse uma farpa, como se tivesse uma agulha dentro do seu corpo, é uma
agulha dentro do seu corpo, então ele vai estar reagindo constantemente.
Então qual é a vantagem de usar agulha, em vez de usar semente?
É que ela é um estímulo contínuo e independe do estímulo do paciente para
dar continuidade ao tratamento. Isso é um ponto positivo.
Ponto negativo é que só serve para sedação, ou seja, na tonificação
eu não vou ter um bom resultado, salvo, o que eu vou falar daqui a pouco, com
o uso do magneto, mas, a princípio, o uso da agulha é somente sedante. Então
quando o paciente precisa de tonificação em algum quadro, não dá para usar a
agulha semipermanente. E tomar cuidado com pacientes que tem uma reação
muito forte à agulha. Então se eu, ao colocar a agulha, logicamente a orelha do
paciente, na hora que você coloca a agulha, ela fica um vermelho muito
intenso, isso é bom, significa que o corpo está reagindo. Porém, você tem que
pedir para o paciente o seguinte: “me mande informação diária de como está a
sua orelha”, porque tem pacientes, é raro, é 1 a cada 1000, que acontece isso,
tem pacientes que têm uma reação como se fosse uma reação inflamatória ou
uma reação alérgica à agulha, principalmente se o paciente já tem histórico,
mas isso é mais comum em mulheres, histórico de uso de brinco que causa
alergia e tudo mais, mas se é um homem que nunca usou brinco,
possivelmente ele não vai ter essa informação para você e acaba que ele
descobre essa hipersensibilidade ou essa alergia ao metal quando é utilizada a
auriculoterapia. Então passa para o paciente que você colocou agulha
semipermanente que: “qualquer reação muito forte que você esteja sentindo na
orelha, você me avisa, tira uma foto, me chama no WhatsApp, que a gente vai
conversar”. Caso esteja hiperemiando muito intensamente, edemaciando a
orelha, a gente vai tirar esse quadro. Não é comum de acontecer, então é mais
informativo do que para aterrorizar o paciente. Então: “caso você tenha uma
sensibilidade aumentada e sua orelha fique muito inchada, você me avisa,
porque em casos muito raros”, fale dessa forma, “em casos muito raros, pode
ser que gere uma inflamaçãozinha e é necessário que a gente tire, então eu
preciso que você me dê um feedback”. Porque se depois do paciente ficar com

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essa informação por 7 dias, pode ser que a orelha dele esteja bem inflamada e
aí ele vai ter que, talvez, fazer o uso de um anti-inflamatório ou um antibiótico,
propriamente dito, para trabalhar essa orelha.
Isso é muito raro de acontecer, mas é um malefício que, em
contrapartida, é muito raro de acontecer com a esfera. Pode ser que o paciente
tenha uma alergia a um esparadrapo, pode ser que o paciente tenha uma
alergia a alguma esfera ou então a alguma semente? Sim, mas também
geralmente é uma alergia mais tópica que tirou, acabou. Porém, da agulha, ela
está introduzida dentro do corpo do paciente, então uma reação alérgica a um
corpo estranho já dentro do paciente vai dar uma reação inflamatória interna,
então o que acontece é um quadro um pouco mais intenso no paciente.
Eu falei para vocês que a agulha semipermanente, o foco dela
principal é a sedação, salvo quando a gente usa magneto, então, o que
acontece? O magneto é um ímã que a gente recomenda, eu vou falar um
pouco mais na aula de ímã, especificamente, mas a gente recomenda o uso do
ímã para auriculoterapia de 500, pode ser até um pouco mais fraco, se você
não encontrar, de 500 até 1.000 Gauss, de 500 até 1.500 Gauss, Gauss é a
força magnética, o magneto, o ímã, para auriculoterapia. O que acontece? Ele
é exatamente do tamanho da agulha semipermanente, então qual o lance
desse trabalho? É o magneto é um ímã que atrai sangue, que atrai circulação
sanguínea. Então quando eu utilizo a agulha semipermanente perfurando a
pele e em cima eu coloco o ímã, dessa forma, eu estou potencializando a
função do ímã, por quê? O ímã, se eu coloco na pele, ele tem que atravessar a
pele para fazer efeito no sistema interno. Se eu já quebro a superfície da pele
com uma agulha semipermanente e coloco em cima dessa agulha
semipermanente um ímã, eu estou potencializando o efeito e, com isso, eu
estou gerando uma agulha semipermanente que tonifica, olha que interessante.
Então se você quiser usar uma super tonificação, em vez de você usar uma
esfera de ouro, você utilizar um combo, que é uma junção da agulha
semipermanente com o ímã em cima, então boto a agulha no paciente, depois
eu coloco um ímã em cima da agulha e depois fecho com esparadrapo. Com
isso vai ter um efeito extremamente tonificante e muito recomendado para se
tratar pacientes que estão com quadros muito debilitados, dessa forma eu

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consigo potencializar o efeito e ter um efeito potencializador de tonificação da


auriculoterapia, usando a agulha semipermanente.
Então, a princípio, a agulha semipermanente sozinha faz o quê?
Sedação. Porém a agulha semipermanente junto com o ímã, junto com o
magneto, ela vai fazer o quê? Vai fazer a tonificação. Então eu transformo o
que era um tratamento super sedante em um tratamento tonificador, apenas
colocando um magneto em cima dessa agulha, que vai atrair mais sangue, vai
atrair tonificação para a região.
E aí a gente chega na segunda parte que é o princípio das agulhas
sistêmicas, ou seja, as agulhas de acupuntura. Então a gente pode trabalhar
com dois tipos de agulha, a agulha propriamente dita, da acupuntura, que tem
a 25x30, 25x40. 0,25 vai ser sempre a espessura da agulha e o 40 é o
tamanho em milímetros. Então se é 0,25, significa que ela tem uma espessura
de 0,25 milímetros, é uma agulha bem fininha. Em contrapartida, ela tem 40
milímetros de tamanho, ou seja, 4 centímetros. 4 centímetros para fazer
apenas uma pulsão na orelha, acaba que você está usando metal demais
desnecessariamente.
Se você já trabalha com acupuntura ou visa trabalhar com
acupuntura, ou se você já trabalha com agulhamento a seco (dry needling), ou
visa trabalhar com agulhamento a seco, você pode trabalhar com a agulha de
acupuntura, por quê? Acaba que você vai usar alguns pontos lá no corpo do
paciente e aí sobrou duas ou três agulhas, você vai e faz a auriculoterapia em
conjunto com a agulha sistêmica.
A princípio, a agulha sistêmica é uma agulha utilizada clinicamente
com o paciente, o paciente não vai levar para casa. É uma agulha que eu vou
colocar na orelha do paciente e vou estimular. Como é feito o estímulo da
agulha sistêmica? Eu coloco a agulha e depois que eu coloco a agulha, eu vou
estimular essa agulha fazendo semicírculos. Então a gente vai utilizar o tempo
como principal fator de tonificação e de sedação. Então eu coloco todo o
protocolo de tratamento primeiro. Eu vou utilizar lá 5 pontos de auriculoterapia
e aí eu coloco para dor lombar: coloco no rim, Shen Men, então utilizei o
elemento ferro, o elemento água, porque é uma hérnia de disco, então o
paciente está com dor articular e muscular, por isso que eu utilizei a terra junto
com a água e eu coloquei esses pontos com agulha sistêmica, porque ao

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mesmo tempo eu estou fazendo um tratamento na lombar com o paciente, uma


manipulação, uma massagem, alguma coisa que eu estou fazendo lá
clinicamente com o paciente na lombar, enquanto eu estou fazendo lá na
lombar, eu estou fazendo acupuntura auricular no paciente.
Então você pode falar que você faz uma acupuntura auricular, uma
auriculopuntura, ok? A auriculoterapia a gente vai falar mais quando a gente
coloca a esfera, a gente coloca a semipermanente, quando a gente faz um
tratamento com agulhas de acupuntura no consultório ou na casa do paciente,
a gente está fazendo uma auriculopuntura. Então a auriculopuntura é um
atendimento de auriculoterapia com agulha de acupuntura. E aí a gente coloca
a agulha e permanece o seguinte: colocou todo o protocolo de agulha, aí a
gente vai colocar e fazer um semicírculo, o que é um semicírculo? Eu vou girar
para um lado e depois para o outro. Eu giro para um lado e depois para o outro.
Eu vou fazer 9 semicírculos ou se você quiser arredondar, você faz 10, mas na
numerologia chinesa 9 é o estímulo para a tonificação e se você quiser fazer
um estímulo para sedação, vão ser 12 semicírculos. Então 9 vão fazer a
tonificação e 12 semicírculos fazem a sedação.
Quanto tempo eu deixo a agulha? Seguinte, colocou o protocolo, eu
vou pegar todos os pontos que eu utilizei, que eu coloquei agulha e vou fazer lá
a tonificação, vamos dar exemplo da tonificação. Eu vou lá e vou fazer 9
semicírculos em todas as agulhinhas que eu coloquei na orelha do paciente.
Acabei de colocar o protocolo, faço o estímulo. Espero 5 minutos, coloco lá o
cronômetro, quando der 5 minutos, eu vou lá, enquanto isso eu posso estar
fazendo outro atendimento ou conversando com o paciente, se eu trabalho
mais com psicologia, ou fazendo outras coisas no paciente, aromaterapia,
reflexologia, fisioterapia, você pode, nesse momento, estar fazendo o seu
atendimento clínico com o paciente ou deixando-o só descansar, a
auriculopuntura que já é um tratamento sempre 10. Depois que deu 5 minutos,
eu faço 9 semicírculos novamente. Descanso mais 5 minutos e faço mais 9
semicírculos e tiro.
Então o que aconteceu? Acabei de colocar, fiz 9 semicírculos. Deu 5
minutos, 9 semicírculos. Deu mais 5 minutos, 9 semicírculos e retiro e vou jogar
a agulha lá no descarte funcional, lembre-se de ler o manual de biossegurança,
esclareci como descartar agulha, por que descartar agulha, onde descartar

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agulha, então isso é fundamental lá, o manual de leitura, manual de


biossegurança, que você tem no seu material complementar, é obrigatório que
você tenha a leitura desse material e entenda como trabalhar com a agulha.
Sempre que você focar em trabalhar com a agulha, é importante que você
tenha ciência desse manual de biossegurança nacional dado pelo governo e
faça o descarte desse material.
Então para tonificação, a gente vai trabalhar 9 semicírculos em um
total de 10 minutos. Coloquei, faço o estímulo de 9 semicírculos, depois de 5
minutos, 9 semicírculos, depois de mais 5 minutos, 9 semicírculos e retiro essa
agulha, dando um total de 10 minutos para tonificação.
No quadro de sedação, o que a gente vai fazer? A gente vai reter
por 20 minutos, fazendo estímulos a cada 5 minutos de 12 semicírculos. Então
coloquei todo o protocolo, 12 semicírculos em cada agulhinha ali colocada no
paciente. Depois deu 5 minutos, 12 semicírculos em cada agulha, mais 5
minutos, 12 semicírculos, agora já deu 15 minutos, 9 semicírculos, quando der
20 minutos, faço mais 12 semicírculos, retire a agulha e faço o descarte
funcional das agulhas.
Importante: agulha do paciente deve ser descartada e é individual,
porque tem gente, ainda hoje, que faz um uso como se usava muito
antigamente, que cada paciente tinha seu conjuntinho de agulhas guardadas.
Isso é proibido. A agulha, uma vez contaminada, deve ser descartada. Existe o
princípio da autoinfecção, quando eu tiro uma agulha, ela tem material orgânico
que teve contato com ar e no ar tem a proliferação de bactérias, vírus e tudo
mais e quando eu guardo eu estou criando uma infecção para depois colocar
no paciente. Então não guarde agulha, é proibido, descarte agulha.
Então tem lá tudo no manual, como descartar, como trabalhar com
agulha, tudo direitinho. Pegue todas as informações lá, coloque aqui embaixo
ou faça a descrição das suas dúvidas lá no caderno ou no grupo de ajuda, que
a gente vai te ajudar o máximo possível e, se necessário, a gente faz uma live,
faz o que for preciso para vocês. O grupo está lá para tirar suas dúvidas, tire
suas dúvidas e cada vez você vai se transformando em um auriculoterapeuta,
em um auriculopunturista melhor.

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Dr. Marcos Minello - Auriculoterapia 2.0

Aula 46. Tipos de Tratamento - Magnetoterapia

Nessa aula a gente vai falar um pouco sobre magnetismo, sobre a


terapia magnética, que é a utilização de ímãs em pontos de auriculoterapia ou
de acupuntura, seja o que for, ou até em partes do corpo com inflamação.
Então ela vai ser utilizada tanto para auriculoterapia, como para pontos locais
de dor, você vai poder aproveitar para fazer esse tratamento também.
Então a primeira recomendação é o seguinte: para tratamento em
auriculoterapia, a gente vai recomendar o uso de ímãs de 500 até 1500 Gauss,
Gauss é a nomenclatura usada para medir a força magnética. Então quando
você for comprar um ímã, ele vai te perguntar quantos Gauss você precisa e
você vai falar: “entre 500 e 1500”, sempre lembrando que quanto maior o
número de Gauss, mais força magnética esse ímã vai ter, ou seja, maior efeito
sobre o corpo do paciente. Então entre 500 e 1500, eu recomendaria para você
comprar o de 1500. Por que eu dou uma janela tão grande aí? É porque nem
sempre a gente encontra no mercado magnetos de 1500, às vezes está tendo
no mercado uma oferta maior de 1000 Gauss, ou de 1200 Gauss, ou de 800
Gauss, então compre o que você conseguir comprar. Não é tão fácil de
localizar, felizmente hoje em dia a gente tem uma oferta maior graças à
internet, Mercado Livre, Aliexpress, então a gente tem esses sites de compras
nacionais e internacionais, em que a gente consegue comprar ímãs. E eles são
relativamente baratos e podem ser reutilizados no paciente, porque ele não tem
contato com substância orgânica do paciente, ele vai ficar somente na pele,
então é somente a gente fazer uma assepsia com álcool, para esse paciente,
ou a gente deixa para o próprio paciente ir sempre limpando e fica um ímã só
dele, é mais recomendado, até pelo custo do material.
Então, como age o magnetismo dentro do corpo do paciente? Tem
duas vertentes de trabalho, uma é mais simples e se baseia no seguinte: todo o
magnetismo, seja o polo sul ou polo norte, ou seja, o polo norte é o polo
negativo, é aquele que repele e magnetiza, repele íons, que vão ser absorvidos
pelo polo sul, que é o polo positivo. Ou seja, ele adiciona nele os íons. Então o
polo norte vai doar e o polo sul vai receber. Dessa forma, a gente entende um
pouco mais, só que a gente vai trabalhar um pouco mais em cima disso para
entender o que no organismo isso vai significar.

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Mas a princípio, o pensamento mais básico é o seguinte: não


importa qual o polo, sul ou o norte, os dois polos atraem ferro, então qual é o
conceito mais básico que você tem no magnetismo? É o seguinte: se eu
colocar o polo sul ou o polo norte na pele do paciente, ele vai atrair ferro, a
composição da nossa hemoglobina, da célula sanguínea, ela é composta de
ferritina, que é um derivado do ferro, então ela seria atraída pelo magnetismo.
Ou seja, se eu quiser aumentar a circulação de sangue naquele local, eu vou
colocar um ímã naquele local. Qual é o benefício disso? Sempre que eu coloco
um magnetismo sobre a pele do paciente, eu estou levando mais hemácia,
levando mais hemácia, eu estou levando mais sangue, eu estou levando mais
nutrientes, eu estou levando mais oxigênio. E assim que o sangue larga o
oxigênio, ele pega o CO2 e leva o CO2 embora. Ou seja, ele está tirando
também o lixo orgânico da região, então ele vai causar um aumento da
vascularização, ele vai causar um aumento da nutrição local e vai fazer a
retirada de metabólitos e catabólitos daquela região. Isso de forma sem
estimular, então o paciente não precisa estimular, se ele quiser estimular, ele
pode? Pode estimular e aí além do efeito magnético, ele vai ter um efeito como
se fosse de uma esfera. Então você pode ter o efeito mecânico de apertar ou
apertar e segurar, ou então você ter o efeito só do magnetismo. Geralmente, eu
potencializo o efeito do magnetismo ensinando o meu paciente a estimular a
sedação ou a tonificação.
O segundo conceito que a gente tem que ter é o seguinte, que é um
que eu trabalho mais, que é em cima dos polos, não vou pensar só em levar
sangue para a região, a não ser que o meu paciente esteja com uma
deficiência e eu queira somente levar sangue até a região, mas cada polo vai
ter uma particularidade individual. Então, por exemplo, o polo negativo, que é
representado pela cor preta, então possivelmente seu ímã vai ter duas formas
de identificar: ou ele vai vir marcado com uma cor preta, uma linhazinha preta
ou uma linha vermelha. Se for a linha preta, é o polo norte, vai lembrar que
norte, com N, que é negro, negro, preto, então um risco preto, um risco negro
no ímã vai ser a identificação. Se o risco for vermelho, ele é um polo sul.
O polo norte vai ser usado principalmente para repelir inflamações e
diminuir quadros álgicos, a princípio. Toda a inflamação vai ser combatida com
o polo norte, então o polo norte, o risquinho preto, vai ser colocado em cima da

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pele, vai ser colocado contra a pele, dessa forma eu vou estar repelindo os
íons negativos que são responsáveis pela inflamação. Então o polo negativo,
quando eu coloco o polo negativo sobre o negativo, ele vai repelir negativo e
vai atrair positivo. A inflamação é ácida, então sempre que eu coloco um polo
negativo em cima de uma inflamação, eu vou estar repelindo essa inflamação e
a inflamação vai diminuir. Então para os quadros álgicos, para os quadros de
dor, para os quadros de maior intensidade de inflamação e até de infecção,
dor, inflamação e infecção, a gente vai usar o polo norte sobre a região.
A gente vai usar o polo sul principalmente quando a gente quiser
tonificar, então o polo sul é tonificante, o polo norte é sedante. Então o polo
norte vai ser utilizado para a dor e o polo sul vai ser utilizado para quadros de
deficiência, então um paciente que teve um acidente vascular e não está
conseguindo mexer o membro, um paciente debilitado, um paciente acamado,
um paciente sem energia, então eu vou colocar o polo positivo lá em cima da
região ou dos pontos todos a serem tratados do paciente, e, com isso, eu vou
ter um efeito mais de receber a energia ali para a região.
Então, lembre-se, o polo positivo adiciona, ele é positivo porque ele
adiciona ao local magnetismo. O polo negativo é negativo porque ele retira do
local a energia, o magnetismo e, com isso, se tem um quadro de excesso, eu
preciso retirar, então eu vou usar o polo negativo. E se o quadro for de
deficiência, ele requer energia, eu vou doar energia para a região, ou seja, eu
vou colocar um polo positivo.
Algumas linhas de pensamento trabalham que eu tenho sempre que
fechar a corrente, então é uma outra forma de pensamento, não é obrigatória,
eu posso trabalhar só com polos positivos ou só com polos negativos, eu vou
explicar o porquê dessa defesa, e também entender o outro.
Caso você leia um pouco mais sobre magnetismo, você vai ver que
alguns autores vão falar que sempre há a necessidade de se fechar um polo.
Como assim? Sempre que eu colocar um polo negativo, eu preciso colocar no
corpo do paciente um outro ímã positivo para quê? Para fazer como se fosse
uma pilha. Não adianta você pegar só um polo positivo e colocar em um
equipamento, ou só um polo negativo e colocar no equipamento, ele não vai
funcionar, então é necessário que eu coloque dois polos para que um doe
magnetismo e outro receba magnetismo.

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Se você for pensar dessa forma, o que é interessante? Sempre que


eu tiver um quadro de excesso, no local do quadro de excesso, eu vou colocar
o polo que vai tirar energia do lugar. Você está tirando energia do lugar e vai
colocar onde? Se você não colocar um segundo polo para receber energia, ou
seja, um polo positivo para receber energia, o próprio corpo vai absorver, mas
essa ideia de que eu tenho que fechar o polo é interessante. Então, por
exemplo, eu tenho uma coluna lombar, um quadro de excesso na minha
lombar, o que eu vou fazer? Eu vou lá no ponto da lombar e eu vou colocar um
polo para retirar a energia, então se eu quero retirar, eu vou fazer o sinal de
menos, então eu vou colocar o polo negativo lá na região lombar. E a minha
região dorsal está saudável, então o que eu vou fazer? Eu vou fazer com que a
minha região dorsal, ou a região do meu quadril, que está saudável, eu pego
uma região adjacente saudável e nessa região adjacente, eu vou colocar um
polo positivo para fechar sinal e aí eu crio como se fosse uma pilha, porque o
que acontece?
Quando eu boto um polo positivo e um polo negativo, para criar um
eletromagnetismo, é necessário que além do magnetismo, eu tenha uma
eletricidade correndo e onde está essa eletricidade? A nossa pele tem uma
eletricidade natural, que se chama bioeletricidade, então existe uma
eletricidade, que é medida em microvolts, são microvolts o que a gente tem,
então se baseia, por exemplo, para quem já entende um pouco mais de
eletroterapia, a microcorrente, que é uma corrente utilizada para cicatrização e
tudo mais, ela se baseia em forçar essa eletricidade, essa bioeletricidade para
aumentar a circulação sanguínea no local e aumentar a produção de colágeno
e cicatrização.
Então, por exemplo, na fisioterapia é muito utilizada uma corrente
em atletas para recuperação tecidual, então, dessa forma, a gente pode
trabalhar com a própria eletricidade do paciente. Então eu colocando, por
exemplo, em cima da lesão do paciente, lá no pavilhão auricular eu coloco um
polo que vai retirar o excesso e aí depois eu coloco em uma zona adjacente o
polo positivo para receber esse excesso. Por exemplo, o paciente tem dor no
joelho, eu coloco lá no joelho, é um quadro de excesso, eu coloco um polo
negativo no joelho e eu coloco em outro local para receber essa energia, por
exemplo, é uma dor articular, eu posso pensar em jogar essa energia para o

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rim, ou jogar na lombar, ou jogar em uma zona adjacente e que vai receber
bem essa energia. Ou simplesmente eu só coloco o ponto de dispersão e aí vai
ser distribuído pelo corpo todo esse excesso de energia. Então você pode
direcionar, colocando um outro polo em uma outra região ou você
simplesmente está tirando e está indo para onde? Está distribuindo para o
corpo todo.
Você pode fazer um protocolo todo com pontos de sedação ou
distribuir, no ponto da dor eu coloco sedação e em um outro ponto do corpo do
paciente eu coloco tonificação.
É interessante que o magnetismo tem um efeito próprio, ou seja, o
paciente não necessariamente precisa estimular, porém se o paciente quiser
estimular e o terapeuta quiser ainda que o efeito, além da estimulação, tenha
um efeito de esfera, ou seja, o efeito mecânico, eu também posso. Então se eu
coloco o polo negativo, que é o polo sedante, eu ensino o meu paciente a
apertar e segurar lá por 10 segundos, fazendo com ele que tenha efeito tanto
do magnetismo, como também o efeito da esfera. E se eu coloco o polo
positivo, que é um polo tonificante, eu vou pedir para o paciente apertar e soltar
10 vezes o ímã, fazendo que eu tonifique também não só com o magnetismo,
mas também de forma mecânica.
Se eu quiser potencializar o efeito do magneto, o que eu posso
fazer? Uma outra dica: se eu quiser que o efeito do magnetismo se
potencialize, eu posso fazer o seguinte: em vez do magnetismo ter que passar
pela pele para chegar até a terminação neural ou as terminações energéticas,
o que eu vou fazer? Eu vou perfurar a pele do paciente e depois eu vou colocar
o polo que eu quero em cima da agulha. Então eu já trabalhei um pouco com
isso na agulha semipermanente e falei que agora eu ia me aprofundar, então,
por exemplo, agulha semipermanente, ela é uma técnica principalmente
sedante, certo? Então se ela está colocada sozinha, ela tem o efeito
principalmente de sedação, ela é utilizada principalmente para amenizar
sintomas de excesso. Porém eu expliquei lá quando estava falando da técnica
de agulha semipermanente que a gente podia transformar a agulha
semipermanente em uma técnica de sedante em super tonificante, como? A
gente coloca a agulha e colocava o ímã em cima, mas agora a gente vai refinar
um pouco mais, não vou colocar só o ímã, eu tenho que colocar o ímã com o

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polo positivo virado para agulha. Então se eu coloco o ímã com o lado positivo
virado para a agulha, eu estou fazendo o quê? Estou tonificando, estou levando
energia para aquela região, fazendo uma tonificação naquela região.
E se eu quero fazer com que o quadro do paciente diminua a dor, aí
agulha já é sedante, mas eu quero uma técnica super sedante, porque meu
paciente está com muita dor, o que eu posso fazer? Além de colocar a agulha,
eu posso colocar também um ímã como polo negativo, o polo negativo é o polo
sedante e já vai tirar a dor, além da agulha, eu vou ter o magnetismo e ainda
posso pedir para o paciente estimular mecanicamente, eu vou ter um efeito de
perfuração, eu vou ter um efeito de magnetismo e eu também vou ter um efeito
de mecânica, de estimular o paciente. Aí você tem uma super terapia, que é
uma terapia de perfuração, ou seja, de [puntura] junto com magnetismo, então
é uma auriculopuntura magnética, é um efeito muito grande e você potencializa
muito a auriculoterapia quando você usa o magnetismo e eu tenho resultados
surpreendentes.
Eu vou dar uma dica que já foge um pouco da auriculoterapia, mas
para a auriculoterapia você vai comprar ímãs que são quase do tamanho de
uma semente, você vai pedir ímãs para a auriculoterapia, que são ímãs
individuais, pequenininhos, que vão ser utilizados para a auriculoterapia e você
vai colocar em todo protocolo que você já sabe construir ou se não sabe, até o
final do curso você vai aprender a construir o seu protocolo e não mais precisar
de protocolos prontos.
Então para o corpo, eu posso dar uma recomendação, não pode
colocar o ímã em feridas abertas, mas em quadros de lesão, o paciente está
com uma dor lombar, está com uma dor no joelho, está com uma dor no
cotovelo, é uma inflamação, ou seja, um quadro de excesso, o que eu vou
fazer? Eu vou colocar o ímã no ponto de dor do paciente, eu posso utilizar esse
mesmo ímã da auriculoterapia, mas se você quiser ter um material extra, você
pode utilizar um ímã um pouco maior, você vai comprar um ímã como se fosse
uma moeda e aí você vai cortar um esparadrapo em volta dele, com mais ou
menos um dedo de largura sobrando do ímã para colar no corpo. E sempre que
for colar no corpo, é necessário fazer uma tricotomia superficial, tirar os pelos,
se tiver muitos pelos, porque senão acaba que o esparadrapo vai grudar nos
pelos e não vai grudar na pele e aí vai sair com muita facilidade. Então sempre

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Dr. Marcos Minello - Auriculoterapia 2.0

a gente faz uma assepsia, tirando toda a oleosidade do corpo do paciente,


colocando ímã e depois colocando esparadrapo lá na região. Se é um quadro
inflamatório, eu vou colocar um ponto no polo negativo. Se é um lugar que o
paciente perdeu força, perdeu energia, não está conseguindo movimentar, eu
coloco o polo positivo em cima dessa região. Lembrando sempre que o ímã
tem que ser colocado na pele íntegra, não pode ser colocado em nenhuma
zona infecciosa ou em feridas de pele.
E aí o ímã para o corpo pode chegar até a 6.000 Gauss, aí você
pode variar desde os 500 até 6.000 Gauss, eu recomendo em torno de 3.000
Gauss, já é um magneto interessante para você ter. É legal você ter em torno
de uns 10 ímãs, isso vai depender muito da quantidade de pacientes que você
atende e aí você pode também vender para o próprio paciente ou se você já
tem um valor de atendimento agregado bem interessante, você inclui: “estou te
dando esse ímã aqui, então você vai utilizar e quando você terminar de utilizar,
você vai me devolver”.
É interessante fazer um trabalho desse em pacientes em pós-
operatório, em pacientes traumáticos, em pacientes com dores crônicas,
porque além de estar fazendo a auriculoterapia, você vai estar fazendo um
trabalho de terapia magnética no corpo do paciente e, com isso, você vai ter
um efeito sistêmico no corpo do paciente surpreendente, então é interessante.
Então, o seguinte: faça as suas anotações, eu quero que você
coloque todos os seus pontos de vista lá no seu caderno, lembre de fazer os
deveres direitinho e, em caso de dúvida, procure o grupo de ajuda, seja no
Facebook, seja no WhatsApp, onde estiver acontecendo o grupo de ajuda
desse curso, ok? Então muito obrigado e continue fazendo a sua aula.

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Dr. Marcos Minello - Auriculoterapia 2.0

Aula 47. Tipos de Tratamento - Eletroacupuntura

A eletroterapia, a eletroacupuntura auricular que a gente vai


trabalhar, ela pode trabalhar com diversos equipamentos, eu vou passar uma
lista de alguns equipamentos que vocês podem utilizar no material de apoio,
aqui junto. E, na verdade, o que interessa é que esse equipamento de
eletroacupuntura trabalhe com uma frequência de 1 Hertz até 1000 Hertz ou de
um 1 Hertz até 500 ou 200 Hertz, já é suficiente. E 1000 Hertz é principalmente
para quem for trabalhar com anestesia. Então, a princípio, a gente precisa
pegar um equipamento que trabalhe de 1 Hertz até 100 ou até 200 Hertz já é
suficiente. Se você quiser trabalhar com anestesia momentânea, você vai
trabalhar até 1000 Hertz, eu vou explicar cada frequência o que a gente tem
que trabalhar.
Mas a princípio, principalmente fisioterapeutas que já, às vezes, têm
TENS, têm FES ou têm corrente russa, muitas vezes esses equipamentos já
podem ser trabalhados com a eletroacupuntura, eles só precisam ser
adaptados. Hoje em dia, no mercado, existem adaptadores de eletrodo, basta
você entrar em contato com o seu fabricante ou você buscar eletrodos em
jacaré para o seu equipamento. Caso não tenha, você pode gerar adaptação
indo em algum fabricante ou, às vezes, até algum local que faça manutenção
de equipamentos, você pode comprar eletrodos de jacaré no Mercado Livre e
tudo mais e mandar adaptar para o seu pino uma adaptação em jacaré, aí ele
já funciona para fazer a eletroacupuntura.
Então, principalmente, para a gente trabalhar a eletroacupuntura, a
primeira base que a gente tem que ter é sempre trabalhar com números
ímpares, a princípio, é uma técnica clínica, ou seja, vou estar presente com o
paciente no momento em que a eletroacupuntura está acontecendo. Então não
é uma coisa que o paciente vai fazer para casa, ao contrário do ímã, da esfera,
da agulha semipermanente.
Então para a eletroacupuntura acontecer é necessário que eu tenha,
pelo menos, um par de agulha sistêmica na orelha do paciente. Então a eletro
sempre vai trabalhar com um fechamento de corrente, ou seja, eu sempre
tenho que trabalhar, no mínimo, com duas agulhas e, no máximo, com seis
agulhas, não mais do que isso no pavilhão auricular. O máximo que eu uso na

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eletroacupuntura são quatro agulhas no dia a dia, só uma vez ou outra que eu
coloco seis pontos, protocolo completo.
Então eu foco muito mais a eletroacupuntura principalmente para um
paciente que está em um quadro ou de uma deficiência muito grande ou um
excesso muito grande. Então a eletroacupuntura é, principalmente, um grande
potencializador da acupuntura auricular, você já faz uma acupuntura auricular e
aí você quer potencilaizar, você vai dar um upgrade e vai trabalhar agora com a
eletroacupuntura auricular.
Eu não recomendo muito o uso de canetas de eletro, por quê? É
necessário que, no mínimo, para se ter um bom resultado mesmo, que se
tenha, no mínimo, pelo menos 10 minutos para tonificação em cada ponto e 20
minutos, em cada ponto, para uma boa sedação. Ou seja, se você pegar uma
caneta de eletroestimulação e tiver que ficar lá naquele ponto por 20 minutos
segurando, não vale a pena. Então, a princípio, a caneta, às vezes, de
eletroestimulação é um pouco mais em conta que o equipamento de
eletroestimulação com agulha, porém na hora da prática clínica não é tão
vantajosa, por quê? Na hora da prática clínica, você coloca lá a agulha, coloca
o jacaré e deixa a corrente passando, essa corrente fica passando lá pelo
tempo determinado e o terapeuta fica livre para que ele possa estar fazendo a
sua outra terapia no corpo do paciente, seja uma terapia falada, ou se meu
terapeuta é um dentista, ele pode estar trabalhando o dente do paciente
enquanto ele está com uma analgesia, uma anestesia na orelha, referente ao
local que ele vai trabalhar. Ou se ele é fisioterapeuta ou terapeuta corporal,
massagem, trabalho de alguma outra forma com o corpo, reflexologia, alguma
outra coisa do tipo, está lá o pavilhão auricular sendo tratado e o terapeuta está
em outra parte do copo, fazendo o seu trabalho, potencializando e fazendo com
que haja, na verdade, às vezes até dois terapeutas atendendo ao mesmo
tempo. Ou seja, o equipamento de eletro está fazendo o estímulo lá no
pavilhão auricular do paciente e o terapeuta está em outra parte do corpo,
energizando, fazendo manipulação, mobilização, trabalho lá dentro da boca ou
se é um psicólogo, trabalhando uma conversa com o paciente, seja o que for,
essa é a grande vantagem do trabalho da eletro.

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Dr. Marcos Minello - Auriculoterapia 2.0

E o que acontece? A eletro é um potencializador da acupuntura


auricular, então quando eu já faço acupuntura auricular e quero potencializar,
eu vou utilizar o equipamento de eletro.
Basicamente todos os equipamentos de eletroacupuntura têm duas
frequências, uma frequência que é a frequência contínua e uma frequência que
é uma frequência intermitente. Então, o que acontece? A frequência contínua
vai ser utilizada para sedação, vamos lá entender como eu faço ela
eletroterapia para sedação. Eu tenho basicamente o seguinte: regulação da
frequência, se a frequência é contínua ou se a frequência é intervalada, que é
chamada de intermitente. Se a frequência é contínua, o que isso significa? Que
eu vou determinar um tempo, o tempo de sedação vai ser de 20 a 40 minutos,
quando eu vou optar por 20 minutos e quando eu vou optar por 40 minutos?
Sempre que o quadro do meu paciente for de uma intensidade
maior e eu tiver mais tempo terapêutico com o paciente, eu vou optar por fazer
entre 30 a 40 minutos. Não é um quadro tão importante de dor para o
paciente? Lembre sempre que a gente vai ver dor, a quantificação de dor a
gente faz pela escala visual analógica de dor, a escala EVA, que já foi falada
em ficha de avaliação, evolução do paciente, então sempre que o paciente
atingir uma nota 8 para cima, eu vou trabalhar com um tempo maior, 40
minutos. Se a escala de dor do paciente é abaixo de 8, eu vou trabalhar com
20 minutos. Isso, logicamente, é subjetivo, a dor é subjetiva, a dor é individual,
a dor é uma interpretação da lesão do paciente pelo cérebro do paciente, então
pode ser que o paciente tenha uma lesão pequena, mas que causa uma dor de
grande intensidade. Ou pode ser que o paciente tenha uma lesão de grande
intensidade, mas ele não tem uma dor de grande intensidade, por isso que é
importante que a escala de dor seja dada pelo paciente e não interpretada pelo
terapeuta.
Então 40 minutos quando for uma dor muito intensa, 30 minutos
quando for uma dor intermediária e 20 minutos quando for uma dor um pouco
mais branda e mais crônica. Dessa forma, a gente vai trabalhar sempre com o
tempo entre 20 e 40 minutos.
A frequência vai estar ligada também ao tipo de dor do paciente.
Então, o seguinte, se eu quero um efeito anti-inflamatório e analgésico de curta
duração, quando eu vou optar por fazer isso? Quando o paciente está com

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uma dor muito intensa e eu preciso resolver essa dor o mais rápido possível. O
que eu vou fazer? Eu vou trabalhar com uma frequência intermediária, o que é
uma frequência intermediária? 100 Hertz, a literatura fala entre 80 e 120, para
arredondar, a gente vai trabalhar com 100 Hertz. Então 100 Hertz vai fazer com
que meu paciente diminua a sensação de dor no momento em que eu já
começo a passar a corrente, ou seja, começou o trabalho da frequência, o
paciente: “eu já estou sentindo alívio”, então é interessante porque o alívio é
instantâneo da dor, não é mágica, é alívio ou seja, não é eliminação total da
dor. Então um paciente que tinha uma escala 9 de dor, 10 de dor, ele vai para
uma escala 6, uma escala 4, então você diminui o efeito da dor no paciente
através do pulso elétrico.
Então uma frequência de 100 Hertz vai fazer com que o paciente
tenha uma analgesia instantânea, porém de curta duração, o que isso
significa? A partir do momento em que eu parar a eletroterapia, o corpo vai
voltar a sentir dor, então esse paciente vai ter uma analgesia por até uma hora
e depois volta a dor, então por que eu vou fazer essa frequência? Porque essa
frequência tira dor na hora, então pode ser que eu comece a trabalhar com
uma frequência de 100 Hertz e se eu sei que é uma dor transitória, se eu fizer
algum tratamento ali o paciente já vai melhorar, e eu só preciso fazer com que
esse paciente diminua a dor para que eu consiga fazer um bom tratamento ali
no paciente, é essa frequência que eu vou utilizar.
Se eu quero um efeito não momentâneo, mas sim duradouro, então,
muitas vezes, o paciente não vai ter um alívio muito grande durante a sessão,
porém o alívio vai ter um ápice uma hora depois do tratamento e vai perdurar
por até 6 horas ou até 12 horas, isso vai depender, logicamente, do reflexo do
corpo do paciente à eletroterapia, mas aí varia entre 6 a 12 horas esse pico de
analgesia, de diminuição da dor, a gente vai trabalhar com uma frequência
baixa, que aí a gente vai trabalhar entre 1 até 20 Hertz, aí para arredondar, a
gente vai trabalhar com 10 Hertz, fica mais fácil aí focar e gravar. Então 10
Hertz é a frequência que eu vou trabalhar para uma analgesia a longo prazo. O
paciente vai se sentir um pouquinho melhor durante a terapia, mas ele vai
passar o dia bem.
Então o que acontece? Muitas vezes que eu estou trabalhando com
a frequência 1, em um equipamento de eletroterapia, ele só me dá a chance de

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trabalhar com uma frequência, aí o que eu recomendo? Seu paciente está com
muita dor e eu quero manter essa analgesia por um longo período, o que eu
vou fazer? Eu vou começar o trabalhar com uns 100 Hertz e vou deixar 20
minutos a 100 Hertz, terminados esses 20 minutos, eu vou ligar novamente o
equipamento, só que eu vou ligar agora com 10 Hertz e vou deixar mais 20
minutos. Então, o que acontece? No total, esse paciente vai passar por 40
minutos de eletroterapia auricular, sendo 20 minutos em uma frequência de
analgesia instantânea, ou seja, o paciente vai melhorar no primeiro momento e
aí depois eu começo a jogar uma frequência de 10 Hertz, que vai fazer com
que ele libere outros opióides a longo prazo e faça com que ele sinta um alívio
da dor mais a longo prazo. Então é uma boa estratégia terapêutica para um
paciente que está com um quadro de excesso, começa 20 minutos com uma
frequência de 100 Hertz e depois finaliza com mais 20 minutos de 10 Hertz,
fazendo aí um total de terapia de 40 minutos. Isso além de potencializar o
efeito da auriculoterapia, a auriculoacupuntura, vai ser a
eletroauriculoacupuntura.
Então isso potencializa muito o efeito terapêutico e também valoriza
muito o atendimento do terapeuta. Porém um equipamento de eletro está em
torno de mil a 2 mil reais, então não é todo mundo que vai ter, de início, um
potencial financeiro para comprar um equipamento desse, mas a longo prazo
super vale a pena e você vai ver que tem um efeito muito bom.
Porém, se eu quiser uma anestesia, por que eu gostaria de fazer
uma anestesia? Então qual a diferença de analgesia? É tirar a dor. Anestesia é
fazer o paciente não sentir nada. Então anestesia geralmente serve
principalmente para quem vai trabalhar com algum tipo de cirurgia, algum tipo
de manipulação dolorosa, por exemplo, um fisioterapeuta que precisa fazer um
desbloqueio de uma articulação e o paciente está sentindo muita dor e não
está permitindo que o terapeuta faça esse desbloqueio, um pós-cirúrgico, ou
um ombro congelado, ou um pós-cirúrgico de ligamento cruzado anterior, ou o
terapeuta é um dentista e vai fazer uma retirada de um siso ou vai fazer uma
pequena cirurgia e que não precisa fazer uma anestesia de grande porte, ele
pode principalmente nos pacientes que têm alergia a anestésico, ele pode fazer
o efeito de anestesia nesse paciente. Porém a anestesia requer uma
frequência de 1000 Hertz ou mais, de 1000 a 2000 Hertz. Essa frequência

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continua, pelo tempo que durar a manipulação, então a partir do momento em


que eu desligar o equipamento, para a anestesia. Então a anestesia não tem
tempo, o tempo é o tempo necessário que eu preciso para fazer a intervenção,
a manipulação ou a microcirurgia ou alguma coisa do tipo que eu quero que o
paciente não sinta nada.
Então pode ser em um paciente que esteja com um quadro de dor
muito intenso, eu começar com uns 10 minutos de anestesia, aí depois eu vou
migrar para 20 minutos de analgesia instantânea, ou seja, eu começo com
1000 Hertz, migro para 100 Hertz e finalizo com 10 Hertz. Então eu faço 10
minutos de anestesia, 20 minutos de frequência intermediária, 100 Hertz, e
depois mais 20 minutos de 10 Hertz para fazer uma terapia auricular de eletro
de 50 minutos.
A princípio, essa corrente é uma corrente apolar, ela vai variar entre
polo positivo e negativo, então ela não tem efeitos acumuladores, ela não vai
acumular, não tem efeitos cumulativos, assim não gera potencial elétrico de
queima, não é, por exemplo, como uma corrente galvânica, que é uma corrente
contínua. Os equipamentos de eletro são correntes alternadas, então ele vai
alternar entre o polo positivo e negativo, dessa forma você tem uma frequência
que pode ficar um tempo indeterminado lá no paciente, que não tem problema
nenhum, através de um eletrodo que é jacaré pinçado em uma agulha.
Lembrando sempre que quando colocar o jacaré, colocar o mais
próximo possível da pele, dessa forma você tem um efeito de menos peso na
agulha, simplesmente por isso. E lembrar sempre, os eletrodos não podem se
encostar, porque se os eletrodos se encostam, se alguma agulha de eletro se
encosta, ela fecha o circuito antes do paciente e o paciente não sente. Então
se eu fecho o circuito, se eu faço um curto-circuito, o equipamento prefere
passar pelo metal do que passar pelo corpo do paciente, a eletricidade sempre
vai preferir o menor caminho. Então é necessário que eu observe, se as
agulhas estiverem muito próximas, eu posso separá-las por uma bolinha de
algodão. Então se os eletrodos ficaram muito próximos, se eu peguei uma
dorsal e uma lombar, ou um Shen Men e essas agulhas ficaram quase se
encostando, separe-as por uma bolinha de algodão, um esparadrapo, alguma
coisa do tipo, fazendo com que elas não se encostem e, dessa forma, vai
passar pelo corpo do paciente.

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Dr. Marcos Minello - Auriculoterapia 2.0

Quando ligar, eu sempre vou ter uma intensidade, eu vou ligar o


equipamento e conforme eu for ligando o equipamento, eu vou vendo a
intensidade que o paciente tolera. Ou seja, a sensação das frequências é uma
sensação de formigamento, é uma sensação de peso, cada ponto vai ter uma
sensação, mas a sensação deve ser tátil e não dolorosa. Ou seja, aquele
paciente que tem um limiar de dor maior, ele vai falar: “pode aumentar, que eu
aguento”, não é isso. A partir do momento que o paciente está sentindo a
corrente elétrica, no primeiro momento que já está passando a sensação pela
orelha do paciente, já é suficiente ali o que tem que ficar.
Caso o paciente, durante a terapia, para de sentir, então a cada 5
minutos, vá lá, não precisa ser 5 minutos redondos, mas a cada tempo que o
seu paciente está lá na terapia, você vai lá e pergunta para ele, questiona:
“está sentindo? Se você parar de sentir, me avisa”. Parou de sentir, o terapeuta
vai lá e dá um toquinho na intensidade e ao subir a intensidade, o paciente
volta a sentir. É o princípio da acomodação neural, então tem uma hora que o
nosso corpo acostuma com o estímulo e para de sentir. E aí, o que eu preciso?
Aumentar um pouquinho o estímulo e, com isso, a gente volta a sentir a
terapia.
Para fazer uma terapia de eletro de tonificação, ou seja, se eu quiser
pegar um paciente que não está conseguindo se movimentar, está com o
metabolismo lento, teve um AVC, um quadro que eu precise tonificar, a gente
já falou sobre tonificação e sedação, ou você ainda vai ver o vídeo, eu não sei
se você pulou o vídeo, se ele está mais à frente, mas a princípio, se eu preciso
tonificar, eu vou fazer a opção da frequência intermitente, ou seja, uma
frequência que tem intervalos. Então a frequência, comumente tem
equipamentos que já vêm pré-programados e têm equipamentos que você
consegue programar o tempo. O tempo utilizado comumente na auriculoterapia
é de 10 minutos de tonificação, ou seja, o estímulo de tonificação deve
perdurar por 10 minutos, no total da terapia, porém ele vai te perguntar na hora
que você está regulando o equipamento, qual o tempo on e qual o tempo off, o
que é isso? Tempo on é o tempo que a corrente vai passar lá no paciente,
medido em segundos. E qual o tempo off? É o tempo que está desligado.
Então você liga o equipamento e coloca lá: frequência intermitente, a
frequência geralmente é sinal 2, é frequência 2. Você vai ver, geralmente, em

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Dr. Marcos Minello - Auriculoterapia 2.0

um desenho a corrente que é contínua, ela vai estar desenhada com um


desenho de ondas sem parar e a intermitente vai ter uma onda e um traço, uma
onda e um traço, então a intermitente, visualmente você vai visualizar que ela
tem um tempo que para de passar no paciente. O tempo mais utilizado, mais
recomendado é de 3 segundos on e 3 segundos off. Então o mesmo tempo que
eu dou de pulso, eu dou de descanso. A frequência que vai ser utilizada para
tonificação vai ser de 10 Hertz, é utilizada comumente para tonificação.
Eu vou utilizar da seguinte forma: frequência intermitente, tempo de
corrente total: 10 minutos, tempo on, ou seja, tempo ligado: 3 segundos e
tempo da corrente desligada: 3 segundos. Então o que vai acontecer?
Comumente esses equipamentos têm um LED que avisa o tempo on e o tempo
off. Na hora que a frequência está ligada, a luzinha vai acender, na hora que a
frequência estiver desligada, ela vai apagar. Por que é importante a gente
visualizar se a corrente está passando ou não? Porque no momento em que eu
estou ligando, o paciente ainda não está sentindo a corrente e o recomendado
é só aumentar a intensidade da corrente quando o LED estiver aceso, por quê?
Se você está subindo a intensidade no momento em que o LED está desligado,
a corrente não está passando e pode ser que na hora que chegue a corrente,
ela já chegue com uma intensidade muito forte e aí pode ser que o paciente
sinta dor na chegada dessa corrente. Então o recomendado é: quando o LED
estiver aceso, o terapeuta sobe a frequência. Parou de acender o LED, eu paro
a intensidade. O paciente ainda não sentiu, quando voltar o LED a acender
novamente, eu subo novamente a intensidade até o momento em que o
paciente sinta. Começou a sentir, eu vou deixar correr essa frequência
intermitente por 10 minutos, com tempo on 3 segundos e tempo off 3
segundos, terminou, o paciente está tonificado e aí eu posso, após a
eletroterapia, colocar qualquer terapia para casa.
Ou seja, eu posso botar magneto, eu posso botar esfera, eu posso
botar semente, eu posso botar agulha semipermanente. Qualquer das terapias
que sejam domiciliares, que sejam deveres de casa, podem ser colocadas nos
mesmos pontos que passou a eletroterapia. Ou seja, você não precisa colocar
em outra orelha ou em outros pontos, salvo quando eu fiz a estimulação no
pavilhão auricular e ficou muito, muito sensível o pavilhão auricular e quando
eu fui tentar colocar a semente, ficou muito sensível e ficou muito irritado. Eu

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Dr. Marcos Minello - Auriculoterapia 2.0

vou para outro pavilhão auricular. Mas se não tiver acontecido isso, eu dou
preferência a colocar esfera, semente, agulha semipermanente ou magneto
nos mesmos pontos, por quê? Eu já potencializei o efeito desses pontos, eu já
trabalhei esses pontos, então energeticamente, ou neuralmente, eles já estão
sensibilizados. Então se eu coloco ali o dever de casa para o paciente ficar a
semana, eu estou potencializando ainda mais esse efeito na orelha do
paciente.
Dessa forma, eu posso fazer a eletroacupuntura, assim como a
acupuntura auricular, nas duas orelhas ao mesmo tempo. Se eu estiver
fazendo alguma terapia em que o paciente está com o dorso para cima, está
com a barriga para cima, está em decúbito dorsal, eu consigo trabalhar os dois
pavilhões auriculares ao mesmo tempo. Se o paciente estiver em decúbito
lateral, você vai optar por fazer a auriculoterapia, a eletroterapia auricular
apenas em um pavilhão auricular, geralmente o mais sensível na apalpação
que você fez a anamnese lá na ficha de avaliação.
Então essas são as recomendações de auricoloterapia, faça as suas
anotações e, dessa forma, você consegue tanto tonificar, quanto sedar. A
maioria dos pacientes, principalmente, por exemplo, por eu ser fisioterapeuta e
trabalhar muito com dor de coluna, a maior parte dos meus pacientes, eu
trabalho a eletroacupuntura para a sedação, mas isso é uma verdade dentro do
meu consultório, porque eu trabalho muito ligado a pacientes com dor. Então é
possível que você vá trabalhar mais tonificando, se você é um psicólogo, ou um
psiquiatra ou trabalha com pacientes idosos, acamados, você vai fazer mais o
trabalho de tonificação, mas a eletroacupuntura tem um efeito muito
potencializador da auriculoterapia e se você puder investir, vai ser um bom
investimento na sua terapia e vai fazer com que você consiga um sucesso
maior e um efeito maior da auriculoterapia. Sempre que você puder fazer um
atendimento clínico, antes de colocar a auriculoterapia de esfera, semente, seja
o que for, para casa, ele potencializa o efeito e, com isso, você tem um
sucesso maior na terapia e valoriza ainda mais o seu atendimento,
conseguindo, assim também cobrar um valor a mais pelo seu atendimento.

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Dr. Marcos Minello - Auriculoterapia 2.0

Aula 48. Tipos de Tratamentos - Laser

A gente vai falar um pouco agora sobre o tratamento com laser, com
laserterapia, é um trabalho bem interessante, a gente tem basicamente dois
lasers terapêuticos, mais funcionais, mais usuais para a auriculoterapia,
também utilizados na acupuntura. Os lasers terapêuticos são arsenieto de gálio
e hélio-neônio. Então são dois tipos de gás, quando aquecidos, eles produzem
uma luz e essa luz é canalizada e é gerada uma frequência, uma radiação
luminosa e essa radiação luminosa gera calor, gera trabalho, ela gera reação
no nosso corpo.
O trabalho do laser é interessante principalmente para pacientes que
têm aversão à agulha, que não gostam de agulha. Então, a princípio, você
pode utilizar os dois tipos de laser, você pode ver qual o mais em conta para
você. Geralmente, o hélio-neônio tem uma penetração um pouco menor, mas
para a gente é suficiente, já que a gente está trabalhando com o pavilhão
auricular, que é extremamente fino, então não importa qual o laser que a gente
vai trabalhar, então você vai procurar o mais em conta e tudo mais.
O que varia muito é a potência do equipamento, então a potência do
equipamento variando pode ser que ele vá produzir um trabalho, o laser é
medido em trabalho e o trabalho do laser é medido em joule. Então essa
radiação em trabalho, essa radiação em joule, ele vai se diferenciar do
seguinte: quanto menos potente é seu equipamento, mais tempo ele vai levar
para atingir aquele trabalho, mas a gente está falando de poucos minutos,
então dependendo do equipamento, você vai ter um minuto ou três minutos
para executar o trabalho sobre aquele ponto.
O que é interessante é o seguinte: a maioria da acupuntura a gente
vai trabalhar com um trabalho de 2 até 4 Joules. A maioria dos acupunturistas
trabalha com 4 Joules fixo, já é suficiente e, geralmente, a gente regula para 2
para pavilhões auriculares mais fininhos, então para criança ou para idoso, que
está com o pavilhão auricular muito fino, a gente vai trabalhar com 2 Joules.
Para adulto, a gente já trabalha com 4 Joules. Então essa é diferenciação,
basicamente, do trabalho que a gente vai colocar no laser.
O laser então tem um benefício de não precisar trabalhar com
nenhum tipo de agulha, com nenhum tipo de pulsão, ou seja, não vai trabalhar

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com líquido, com fluido orgânico do paciente, com contaminação. Então se eu


não quero trabalhar com agulha, mas eu quero potencializar o meu trabalho da
auriculoterapia, o laser se torna um benefício muito grande. Então o primeiro
benefício do laser é que eu não vou precisar trabalhar com agulha,
principalmente se eu tenho aversão à agulha ou se eu tenho paciente que tem
aversão à agulha.
Outro benefício é o seguinte: a agulha, por mais que o paciente
goste ou que o terapeuta goste, gera dor no pavilhão auricular, porque é uma
perfuração, estou gerando uma destruição celular e tudo mais e diversos
estudos já foram feitos e o trabalho feito com agulha, basicamente você tem o
mesmo resultado com trabalho feito com o laser. O benefício do laser é que o
paciente não sente dor alguma, então esse é o benefício do paciente.
Lembrando sempre que junto, quando você comprar o equipamento,
vai vir um óculos para o paciente e um óculos para o terapeuta. O laser não
pode ser visto a olho nu, porque ele tem um potencial de queimar a retina.
Então se você está com um paciente e você dentro da sala, beleza, cada um
tem seu óculos. Porém se está um acompanhante, um filho, uma mãe, um avô,
alguém está junto ali, cubra esse laser com a sua mão e peça para que a
pessoa não olhe diretamente para o laser na hora que você estiver aplicando,
ok? Então sempre com uso do óculos, é fundamental tanto o terapeuta, quanto
o paciente ali, por mais que o paciente esteja de lado, não esteja direto, mas a
radiação, o terapeuta pode sem querer ou se descuidar e o paciente tem que
estar com o olho coberto ali na hora da terapia.
Existem diversas marcas no mercado, sendo uma marca que tenha
liberação da ANVISA e do Inmetro, você está resguardado que é um produto
de boa qualidade e aí você pode trabalhar com diversos fabricantes. Ele é um
pouco mais caro, ele vai estar ali em torno de 4 mil reais um laser, 3 mil reais,
vai variar. Você também pode pegar material de segunda mão, mas se você
pegar material usado é sempre recomendado você também passar por uma
revisão desse equipamento, porque pode ser que ele não esteja mais emitindo
laser e aí você está fazendo laser ali, não está tendo resultado nenhum no seu
paciente.
Como eu vou aplicar o laser? Você vai fazer o seu protocolo como
se você fosse fazer aplicação de agulha. Então o laser vai ser um tratamento

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clínico, eu vou estar com o paciente na hora do atendimento. Determinei os


pontos pela avaliação, pela interpretação do HDA, pela montagem de
protocolo, pelo fechamento de raciocínio e pela palpação ou simplesmente pelo
mapa, se ele não tem palpação positiva, o paciente. Fechou o protocolo, aí sim
você vai aplicar o laser na região referente aos pontos do corpo do paciente
que você trataria com a semente, com a agulha, seja com o que for.
O que é interessante é o seguinte: se eu usei o laser, eu não vou
usar agulha? Não necessariamente, você pode potencializar o seu tratamento
ainda mais. Junto do laser eu posso utilizar o agulhamento sozinho? Sim,
sempre um antes do outro. Em quem eu utilizaria antes? Se eu quero
potencializar o efeito da agulha, eu primeiro faço o laser, depois a agulha. Se
eu quero potencializar o efeito do laser, eu faço a agulha primeiro e depois eu
faço o laser. Qual é o que eu recomendaria? Na verdade, tanto faz, porque o
efeito que você quer não é potencializar a agulha, não é potencializar o laser,
você quer potencializar o seu tratamento, então é indiferente o que você faz
primeiro. Geralmente, eu deixaria o laser para finalizar.
Como você pode fazer também só o laser e finalizar com alguma
coisa para casa, você fez o laser e coloca uma agulha semipermanente, você
fez um laser e coloca um magneto, você fez um laser e coloca uma esfera.
Então o trabalho que você vai colocar para casa não vai ser negado devido ao
laser, porém na hora de fazer a auriculoterapia, é muito importante que o
paciente já esteja sem nada na orelha, então, por exemplo, eu não posso fazer
o laser em cima de alguma superfície que não transmite o laser. Então não
posso fazer em cima do esparadrapo do paciente, que não vai ter efeito
nenhum. Então você tem que tirar, fazer limpeza, deixar a pele bem limpa e aí
sim entrar com o laser bem coaptado na orelha do paciente.
Aí você faz jogando 4 Joules, o tempo é determinado pelo
equipamento. A vantagem é que às vezes o que você vai fazer com a
eletroterapia, que vai demorar 20, 30, 40 minutos, você consegue às vezes em
6 minutos, em 7 minutos, dependendo da potência do seu laser ali, terminar
todo o tratamento e conseguir um grande sucesso.
Então o laser logicamente é um investimento bem mais à frente,
então eu recomendo que você tenha primeiro uma grande cartela de clientes,
ou se você já tem uma grande cartela de clientes, já fez a auriculoterapia, já

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tem todos os equipamentos, você quer uma coisa a mais, que vai valorizar
tanto o seu atendimento quanto também vai ter mais efeito no corpo do
paciente, você pode adquirir um desses lasers em alguma fábrica.
E depois se você tiver alguma dúvida quanto a equipamento
também, você pode colocar lá no grupo de ajuda, não sei se nesse grupo a
gente vai estar usando WhatsApp ou Facebook, mas você vai estar informado
no início ou no final do curso, você vai ter a informação de onde está sendo
trabalhada essa informação. E lá nesse grupo de ajuda você vai ter as
recomendações desse equipamento, se você tem dúvida ou não sobre esse
equipamento, se você vai adquirir ou não.
Então qualquer dúvida, faça lá a sua pergunta, mas é importante
você fazer. “Quais são os benefícios do laser?”, “por que eu vou utilizar o
laser?” e tudo mais.
A priori, o laser tem efeito principalmente anti-inflamatório e
analgésico, ou seja, tudo o que o nosso paciente precisa. Ele não tem o
princípio de tonificação e sedação, existe muito um trabalho em cima do laser
focado principalmente em harmonização, então quando eu trabalho o paciente,
eu não foco muito na tonificação e sedação na hora do laser, por isso que o
laser é meio que uma preparação para a auriculoterapia para a casa. Então o
laser tem uma função de gerar energia ali na região, seja de tonificação ou de
sedação, ele vai gerar uma energia na região e aí depois que eu dei uma
aflorada na energia na região, eu vou botar sedação ou a tonificação, seja o
que for, com agulha, com esfera, com o que for para casa e aí eu tenho uma
potencialização do tratamento que vai ser feito.
Então qualquer dúvida, tire aqui embaixo, coloque a sua dúvida lá no
grupo e também faça as suas anotações e faça seu dever respondendo as
perguntas que estão no material de apoio. Muito obrigado, qualquer dúvida é
só entrar em contato com a gente.

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Aula 49. Tipos de Tratamento - Sangria

Então existe mais um tipo de tratamento que se chama sangria, que é muito
utilizado, muito difundido na auriculoterapia, é uma das principais técnicas que eu
acho que grande parte da população conhece, que: “ah, eu estava passando mal,
com uma pressão alta e aí veio um terapeuta lá, um acupunturista, um
auriculoterapeuta e fez uma sangria no ápice da minha orelha, a minha pressão
abaixou na hora”. É isso.

A sangria é uma técnica SOS, não é uma técnica que a gente vai utilizar
em todas as terapias, em todos os atendimentos, ela deve ser usada principalmente
em quadros de excesso absoluto, no momento em que o excesso está acontecendo.
Eu vou fazer a sangria e se ela não acontecer, eu não insisto, porque,
possivelmente, não é um quadro de excesso verdadeiro.
Então, o que acontece? Os dois pontos principais de sangria são o ápice
da orelha e o ápice do trago, são os dois pontos que comumente a gente vai utilizar
para a sangria. Então quais são os efeitos e para que servem esses pontos? Esse
pontos servem principalmente para retirar o excesso do corpo, o que isso significa?
Tudo o que eu encontrar de excesso, dor intensa, dor de dente, febre, hipertensão,
sudorese intensa, tudo o que esse paciente apresentar, parecendo que esse
paciente vai explodir, uma dor de cabeça lancinante, tudo isso eu vou fazer uma
perfuração com uma agulha, a que você já tem, de acupuntura, ou se você preferir,
você pode usar uma lanceta, dessas utilizadas para aferir glicose. Mas a princípio,
se você já vai fazer um trabalho de acupuntura auricular no seu paciente, a própria
agulha que você vai utilizar, você já vai fazer e já vai descartá-la, é só simplesmente
chegar nesses pontos, perfurar e deixar o sangue sair à vontade. A gente só vai
fazer uma proteção se o paciente estiver em decúbito lateral do meato auditivo, você
vai fazer uma bolinha de algodão e botar dentro do ouvido do paciente, porque pode
ser que a gente ao perfurar o trago, esse sangue caia para dentro do ouvido, não
tem muito problema, você só vai ter que limpar depois, mas dá um incômodo ao
paciente sentir o sangue escorrendo para dentro do ouvido, então não é interessante
isso. Então, para isso, eu vou tampar o meato auditivo do paciente para fazer essa
perfuração.

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Salvo esses quadros de excesso global, se eu tiver apenas um excesso


local, exemplo: “ah, eu estava passando e bati meu cotovelo, ele inchou, porque eu
fiz uma batida muito forte”, está com um quadro de excesso, mas eu não tenho um
excesso globalizado. Se eu não tenho um excesso globalizado, eu não vou utilizar o
ápice do trago e nem o ápice da orelha, eu vou utilizar o ponto local da lesão, ou
seja, se eu bati o cotovelo, eu vou lá no meu cotovelo e vou fazer uma perfuração lá
do cotovelo e vou deixar sangrar. Depois que sangrar, aí sim eu posso colocar a
agulha de novo e fazer uma acupuntura auricular ou, se você quiser já finalizar e
mandar esse paciente para casa, você pode botar uma agulha semipermanente ou
colocar um esfera de cristal estimular a sedação. Esse ponto, em conjunto com
outros pontos que são pontos analgésicos que vão ajudar a analgesia do paciente.
Então o que a gente tem principalmente de sangria: o ápice do trago,
ápice da orelha, para alterações globais. A gente tem um ponto local que é o ponto
da lesão, “estou com uma dor lombar, uma crise lombar, que eu fui pegar minha filha
no colo e eu travei a coluna”, eu vou lá na lombar e vou sangrar essa lombar para
começar. É o primeiro atendimento, é o SOS, mas eu não vou fazer isso em todas
as sessões, porque ao sangrar eu estou perdendo sangue, ao perder sangue, eu
estou perdendo energia e estou dispersando energia, mas se essa energia está em
excesso, está acumulada no local, é funcional, vai ser benéfico para o paciente essa
dispersão. Porém se o paciente tem uma dor crônica, possivelmente essa dor
crônica vai ser recomendada ficar sempre drenando energia do paciente e sim
reorganizar esse corpo do paciente, eu vou dar prioridade a trabalhar com agulha,
principalmente agulha sistêmica, antes de trabalhar a agulha semipermanente. Se
for um quadro de deficiência, uma dor por deficiência, que aí vai ser uma dor mais
branda, uma dor que foi por um desgaste da articulação, não está em crise, aí sim a
gente vai trabalhar a tonificação utilizando uma esfera de ouro, de cristal ou até
mesmo um magneto com polo positivo sobre a região.
Então dessa forma, é importante a gente entender a sangria, mas a
sangria também pode ser feita em veias da orelha. Então eu estou olhando a orelha
do paciente, o paciente tem uma dor lombar e essa dor lombar, tem uma veia
passando pela lombar, sempre que eu tiver uma veia seja na frente ou na parte de
trás da orelha do paciente. Eu vou perfurar essa veia na região da dor do paciente,
ah, tem uma veia passando lá pelo joelho, ele fez um trauma no joelho, eu vou lá no
ponto do joelho onde está passando a veia e tento associar o ponto do joelho em
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cima da veia e faço essa perfuração, e vou fazer a retirada desse sangue, vou
limpando até esse sangue parar de sangrar, esse sangue parar e gerar cicatrização
ali na região e parar. Essa forma é sempre recomendada em quadros de excesso.
Então, basicamente, resumindo sangria, a gente tem quatro opções.
Quando o paciente está em um quadro intenso de excesso de energia globalizada,
uma hipertensão, uma febre intensa, uma dor de cabeça, o sistema corpóreo todo
do paciente está com uma intensidade muito forte, o que a gente vai fazer? A gente
vai fazer uma sangria do ápice e uma sangria do trago. Ah, não é uma dor tão
intensa, não é uma dor tão global, uma dor mais localizada lá na lombar, vou lá e
vou sangrar a lombar. E se estiver passando uma veia na lombar, eu vou sangrar
essa veia da lombar, essa veia na cabeça, essa veia onde estiver, no estômago,
onde estiver eu vou fazer a sangria dessa veia.
Lembrando sempre que a gente for mexer com material perfurocortante,
mexer com material contaminado, principalmente na hora da retirada desse sangue,
eu tenho que estar com as minhas mãos calçadas de luvas e fazer a dispersão
conforme segue o manual de biossegurança que vocês têm acesso, que está no
material complementar, é obrigatório que você leia e siga todas as normas do
material do manual de biossegurança que está em anexo no material de vocês.
Mas é uma técnica bem utilizada, principalmente em quadros de excesso.
Na verdade, unicamente em quadros de excesso.
Faça suas anotações, escreva aí no seu caderno, faça os deveres
direitinho. Em caso de dúvida, procure a gente no grupo de ajuda, seja onde ele
esteja acontecendo, para tirar suas dúvidas referentes a essa aula e conseguir
caminhar para a próxima aula, conseguir, cada vez mais, progredir, conseguir o
sucesso da sua terapia.

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