Apostila+Auriculoterapia+2 0 PDF
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Olá a todos, tudo bom? Nesse vídeo a gente vai falar um pouco sobre o
Yin e o Yang e um conceito básico para a gente conseguir evoluir e levar isso para a
Medicina Tradicional Chinesa. Então essa vai ser uma das visões mais antigas da
Medicina Tradicional Chinesa, que é exatamente a explanação, a explicação do que
é do Yin, do que é o Yang.
Então, o conceito de Yin-Yang, a primeira vez que ele é visto de forma
escrita acontece nos Livros da Mutação, que é um livro escrito 720 anos a.C. O
primeiro conceito que se tem de Yin-Yang é exatamente um conceito quando um
monge observa um monte e dentro desse monte, ele vê um lado que está exposto
ao sol e um outro lado que não fica exposto ao sol. Então numa visão de uma
determinada época do ano, esse vale, esse lado posterior da colina, nunca pega sol,
enquanto o outro lado pega sol o tempo inteiro. E ele começou a observar
divergências de um lado em relação ao outro, e daí nasce o primeiro conceito
filosófico do Yin-Yang, que é a oposição do Yin e do Yang.
Então o conceito mais básico de Yin-Yang seria o lado claro da montanha
e o lado escuro da montanha, e o que de características têm para cada um. Então a
primeira coisa que a gente tem que pensar é o seguinte, o primeiro conceito é: o
lado claro da montanha tende a ter mais claridade, tende a ter mais energia, tende a
ter mais calor; enquanto o outro lado da montanha vai tender à escuridão, um pouco
mais frio, um pouco mais de densidade. Então a gente vai observar algumas dessas
características na montanha.
E aí esse livro, o Livro das Mutações, começa a trazer, na verdade, essa
visão, essa fisiologia, esse conceito para uma visão do corpo humano – o que, no
corpo humano, isso pode estar acontecendo. Então quando a gente olha o Yin-
Yang, a gente começa a ver a interrelação entre eles. Então na Medicina Tradicional
Chinesa, a gente pode classificar as patologias e/ou as pessoas como
características de Yin-Yang e as suas interrelações.
Então para a Medicina Tradicional Chinesa, o Yin e o Yang devem estar
equilibrados para que se haja harmonia e dentro da harmonia o corpo funcione de
uma forma ideal.
Então a oscilação de área entre o Yin e o Yang é comum dentro da gente,
assim como a noite e o dia. Então o dia é considerado o Yang, enquanto a noite é
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considerada o Yin. Então a gente tem essa diferença que acontece: metade do dia é
Yin e metade do dia é Yang, então a noite Yin e o dia Yang, ok?
E isso acontece também dentro do nosso corpo, então tem momentos em
que a gente está mais eufórico, tem momentos em que a gente está mais animado,
tem momentos em que a gente está mais enérgico, a gente está mais Yang; e tem
momentos em que a gente está mais introspectivo, a gente está com menos energia,
então nesses momentos a gente está um pouco mais Yin.
Isso são conceitos básicos de Yin-Yang, que dá para a gente levar para o
nosso cotidiano. Então, por exemplo, se visualmente, ao notar um paciente que está
mais apático, mais debilitado, ele tende a ser classificado como Yin; se ele é um
paciente mais agitado, mais explosivo, ele vai ser classificado como Yang, a
princípio através desses Livros das Mutações, que vêm há 720 anos a.C., ok?
Mas o conceito de equilíbrio entre isso vai evoluir um pouco mais, uns
anos um pouco mais à frente, cerca de 500 anos a.C., começa-se a classificar, na
verdade, que esse Yin-Yang pode ter alterações diferentes dentro dele, ok?
Então o Yin, que é a parte mais material, mais densa, mais escura, ela
pode ter dois quadros, principalmente. Na verdade, três, né? Primeiro, ela pode
estar normal, o que a gente não classificaria como patológica; ela pode estar num
quadro de excesso, que a gente classificaria como um excesso de Yin; ou ela pode
também, sim, estar num estado de deficiência, ok? Então a gente tem um excesso
de Yin e uma deficiência de Yin acontecendo. Vou explicar o que cada um desses
casos pode levar dentro do corpo da pessoa.
Já no Yang, eu posso também ter três classificações: eu posso ter o Yang
equilibrado, não causando nenhuma alteração, se tornando fisiológico; eu posso ter
um excesso de Yang, um excesso de energia dentro do corpo; ou posso também ter
uma deficiência de energia, uma deficiência de Yang acontecendo dentro do corpo,
ok? Então a gente pode ter essas prévias classificações entre as relações de Yin-
Yang.
Então essas interrelações de Yin-Yang, a gente vai entender um pouco
mais, até para conseguir classificar um pouco mais e na hora de tratar, a gente fazer
essa ligação do Yin-Yang, do excesso e da deficiência junto com os órgãos, com as
vísceras ou com as alterações patológicas que vão aparecer dentro do corpo do
paciente.
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Então o primeiro conceito que a gente vai ter, que a gente vai dividir, é o
seguinte: existe uma interrelação entre o Yin e o Yang. Então a gente vai começar
falando do Yang, que é muito mais simples e muito mais usual dentro do nosso dia a
dia.
Então a gente vai pensar no primeiro caso de lesão, que é uma
deficiência do Yang: então se eu tenho uma deficiência do Yang, o que há de
previsto como patologia no paciente? Então deficiência energética, tá? Então
deficiência de Yang você vai lembrar como deficiência energética. Então nessa
deficiência energética, o que a gente vai observar? Primeiro, o paciente tem um
cansaço que não passa, então um paciente que tem falta de energia, um paciente
sedentário, um paciente inerte, um paciente que não consegue tocar sua vida à
frente, um paciente que tem tudo para dar certo, mas o que falta é o combustível,
então esse tipo de paciente a gente vai classificar como uma deficiência de Yang
global do paciente.
Mas dentro das deficiências globais, eu posso ter também deficiências
energéticas localizadas. Por exemplo, eu posso ter uma deficiência no cérebro que
vai me dificultar em mexer o braço. Então vamos falar de um Acidente Vascular
Encefálico, por exemplo: um paciente que teve um derrame, que isso vai ser uma
deficiência de Yin, eu vou explicar um pouco mais à frente, leva a uma perda de
movimento no braço. Então a perda de movimento é classificada como uma
deficiência energética. Se é uma deficiência energética, é uma deficiência de Yang.
Então se está deficiente de Yang, o meu trabalho vai ser fazer o quê? Uma
ascensão desse Yang, o trabalho que, na auriculoterapia, na acupuntura, no shiatsu,
vai ser fazer com que essa energia que está muito baixa nesse membro superior se
eleve, fazendo com que a pessoa ganhe novamente movimentos dentro desse
braço.
O segundo quadro de interrelação entre Yin-Yang é o excesso do Yang.
Então o excesso do Yang o que seria? Quando o paciente apresenta alterações com
muita energia. Então vamos pensar num quadro muito clássico, que é, por exemplo,
um paciente hipertenso. Então o paciente hipertenso clássico, ele apresenta uma
vermelhidão facial, uma dor de cabeça, ele está angustiado, ele começa a ter uma
sudorese intensa, então os sinais são de calor intenso dentro do corpo, ele tem uma
taquicardia, o coração acelerando, então isso tudo faz com que apresentem sinais
de excesso de Yang. Por exemplo, o que é um excesso de Yang? Excesso de
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uma deficiência de Yin. E, dessa forma, a gente vai ter que tonificar esse Yin, para
fazer com que o paciente consiga, sim, voltar a melhorar o seu quadro clínico.
Será que existem deficiências que são, de alguma forma, impossíveis de
se retornar ao equilíbrio? Lógico, gente, tem patologias que são patologias crônicas
e que a gente não vai conseguir melhorar 100% o paciente. Então o paciente que já
está numa fila de cirurgia, que tem uma artrose já muito grave, muito degenerativa, e
ela já tem indicativo de protetização, qual seria o trabalho lá na auriculoterapia, na
acupuntura, no shiatsu, na Medicina Tradicional Chinesa como um todo? Não
visualizar a patologia.
Isso é o que eu falo muito para vocês: parem de pensar na lesão, vamos
pensar com o pensamento chinês, com o pensamento oriental, que é o quê? O meu
paciente precisa ter a melhor qualidade de vida para que ele tenha uma boa
sobrevida. Então não importa muito se o joelho dele está com degeneração, o que
me importa é: será que eu consigo fazer um trabalho na auriculoterapia para que
esse paciente sinta menos dor no joelho e eu consiga prorrogar essa patologia, eu
consiga prorrogar essa lesão, e, dessa forma, esse paciente, na verdade, ser levado
à cirurgia muito mais tarde, daqui a uns 10 ou 15 anos, ou quem sabe nem mais
precisar da cirurgia, ok?
Então, dessa forma, a gente pode trabalhar em cima da dor do paciente,
em cima da melhora do movimento do paciente, visando uma tonificação do Yin, que
vai fazer com que as sinóvias, as articulações sinoviais, melhorem sua liquefação e
façam com que esse paciente tenha uma melhor qualidade de vida.
E mesmo que depois ele faça um novo exame de imagem e ainda
apresente artrose: “ah, a acupuntura, auriculoterapia, shiatsu, não regrediu a
artrose”, mas a função do paciente melhorou? É isso que é muito importante. Por
isso que eu falo: na hora que a gente está avaliando o paciente, mais importante do
que a patologia são os sintomas que incomodam esse paciente. Se numa próxima
avaliação esse paciente relata que: “nossa, como eu estou conseguindo agora
sentar melhor e levantar da cadeira”, “como agora eu consigo limpar melhor minha
casa e não sinto tanta dor”, “nossa, como agora eu consigo pegar meu netinho e
antes eu tinha muita dor na coluna e não conseguia”. Sempre a melhora da função é
muito mais funcional para o terapeuta do que realmente tratar ou curar uma
patologia médica, tá?
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esse Yang está baixo. Sempre que eu aumento o Yang, eu acabo consumindo um o
Yin. Essa interrelação entre o Yin e o Yang é muito importante, por quê? Quando a
gente visualiza o símbolo do Yin-Yang, o símbolo do Yin-Yang é um símbolo... deixa
eu pegar aqui um símbolo para vocês, clássico, do Yin-Yang, que é esse símbolo
aqui. Esse símbolo do Yin-Yang, onde o escuro é o Yin e o claro é o Yang,
pensando lá no início do vídeo, que a gente falou sobre Yin-Yang, é exatamente
focando que o lado claro da montanha, ou seja, o lado claro da imagem que eu
mostrei para vocês é o Yang e o lado escuro é o Yin.
Mas a gente notou, dentro dessa imagem, que como se fossem duas
gotas, uma percorrendo a outra, ainda assim, dentro da imagem, você nota que
dentro do preto tem um branco e dentro do branco tem um preto. O que isso
mostra? Que mesmo o Yin sendo o mais puro, ele contém Yang; e mesmo o Yang
sendo o mais puro, ele contém o Yin. E por que essa imagem é colocada nesse
sentido, como se fosse uma gota seguindo a outra? Isso mostra que, na verdade, o
Yin serve de matéria para o Yang. Então é um consumindo o outro e essa energia
contínua é que gera harmonia. Se eu aumento muito o Yang, acaba que eu
consumo o Yin.
Então o que a gente vai observar de alterações patológicas? Geralmente
os excessos, tanto de Yang, quanto de Yin, tendem a gerar uma deficiência do seu
antagonista. Como assim? Se eu tenho um excesso de Yang, isso significa que eu
estou queimando muita energia. Se eu estou usando muita energia, eu estou muito
agitado, estou fazendo muito exercício físico, estou trabalhando em excesso e tudo
mais, o que acontece? Essa energia precisa vir de algum lugar e de onde ela vai vir?
A gente vai ver isso mais para frente, que são os Qis, que são as
energias. Essa energia tem que vir de algum lugar, então ou ela está vindo de uma
alimentação ou está vindo da respiração ou está vindo de uma energia que a gente
chama de energia ancestral, ou seja, eu estou consumindo meus próprios órgãos e
vísceras, consumindo meus próprios músculos, eu estou consumindo a minha
essência.
Então, logicamente, se eu tenho um Yang exacerbado, eu preciso dar
nutrição ideal para esse Yang, para ele se manter alto. Se eu não mantenho esse
Yang alto com alimentação, com uma respiração ideal, uma alimentação bem-feita,
o que acontece? Ele vai acabar consumindo a matéria. Então um excesso de Yang
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é Yin, ok? Então se eu estou com perda de função, “nossa, não consigo movimentar
o meu braço, não estou conseguindo escrever”, isso é uma lesão Yang. É diferente
de “nossa, minha mão perdeu a forma por uma artrite reumatoide e eu não estou
conseguindo escrever”, então essa perda de função está ligada à perda da estrutura.
Então se houve perda de estrutura, eu vou focar no Yin, ok?
Então outros aspectos que tem de estruturas e órgãos que a gente tem
dentro do Yang é o seguinte: o Yang é as costas, é a cabeça, é a parte externa, ou
seja, pele e músculos, é acima da cintura, é a parte Yang. Parte superficial,
posterolateral, os órgãos, que a gente ainda ver, o Zang Fu, os órgãos tendem a ser
Yang, tá? E a função dos órgãos, o Qi, o Qi defensivo, ele é Yang. Lembrando que
tudo o que eu estou citando aqui agora, a gente vai se aprofundar um pouco mais lá
na frente, ok?
Mas o Yin é a frente, é o abdômen, é o tórax, é o corpo como um todo, é
o interior, a parte dos órgãos. Então se eu tenho problemas dentro dos órgãos, eu
tenho problemas Yin, tá? A superfície anteromediana do meu corpo, então a parte
de defesa do meu corpo é Yin, os órgãos Yin, que a gente ainda vai falar sobre
órgãos e vísceras, as vísceras são Yang, os órgãos Yang e os órgãos Yin, a gente
vai visualizar isso mais para frente. O sangue, o Xue, é de representação do Yin. Os
fluídos corpóreos, então todas as secreções que acontecem no meu corpo, as linfas,
a sudorese, a salivação, isso tudo é Yin, ok? E o Yin Qi nutritivo, que é o que nutre
meus órgãos internos, também é de representação Yin, isso é bem interessante
para essa visualização, tá?
A gente tem também essa disparidade entre Yin e Yang bem
interessante, que é levando tanto para a parte do mundo, como a parte interna
nossa, o Yang tem características que são as seguintes: ele é fogo, ele é quente, ele
é agitação, ele é o seco, ele é duro, ele tem a parte da excitação, o Yang é rápido, e
Yang é não substancial, o Yang é transformação, a mudança.
Então isso é muito interessante quando a gente vai levar para o nosso dia
a dia. Se o Yang é quente, ele é agitação, ele é seco, ele tem estruturação dura, isso
tudo, ele tem uma visualização muito mais da energia, ele é a transformação. Então
eu tenho um paciente que está precisando transformar sua vida, eu estou
precisando que um paciente tenha mais agitação, eu estou precisando que um
paciente tenha mais excitação, eu vou trabalhar com o Yang do corpo do paciente.
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é a cobertura que tem, que comumente é mais esbranquiçada. Se ela começar a ter
uma coloração um pouco mais amarelada, já é um sinal muito grave de ascensão do
Yang, tá? E se a gente for fazer uma avaliação de pulso do paciente, seja na artéria
radial ou também pode ser na carótida, a gente vai observar um pulso sempre muito
cheio, tá?
Em alteração, o que a gente vai ver num paciente Yin? São membros e
organismos mais frios, face mais pálida, vai ter preferência por líquidos quentes,
então comumente vai tomar chás, chocolate quente, a comida tem que ser muito
quente, então, por exemplo, quando vai tomar um café – isso é muito comum dentre
os meus alunos – às vezes o café acabou de ser passado, está na garrafa térmica
com meia hora e ainda está bem quente, mas, não, tem paciente que tem
necessidade de tomar aquele café que está fervendo, porque ele precisa nutrir esse
Yin, o calor do Yang ajuda a tirar esse paciente do excesso de Yin que está presente
dentro dele. A voz fraca, a fala é bem pouca, bem contida, ele tem ausência de
sede, então é um paciente que às vezes passa o dia inteiro sem beber um líquido
sequer, ou então ele bebe apenas um chá ou um cafezinho durante o dia inteiro.
Lembra que ele vai dar preferência ao líquido quente, ok? A urina é protusa e pálida,
então esse paciente vai ter muita urina e vai ser pálida.
Olha que interessante! O paciente de Yang bebe muita água e mesmo
assim a urina dele é escura; enquanto o paciente de Yin, ele bebe pouca água, tem
pouca sede, e mesmo assim ele perde muito líquido, ele vai fazer uma urina muito
clara e com jatos muito longos.
Ele tem mais facilidade em perda de fezes, então ele tem, chega a ser
uma incontinência, uma tendência a uma incontinência, tanto fecal, quanto urinária.
Ele tem uma língua que tende a mais pálida, então a gente tende a fazer, na
Medicina Tradicional Chinesa, eu tenho essa tendência, de falar para os meus
alunos: “olham para a língua, a língua tem que ter um aspecto de carne viva, de uma
carne que acabou de ser abatida. Se a língua já tem um aspecto mais para pálido...
Eu diria que ela não chega a ser uma carne que acabou de sair do corte, mas ela
tem que ter um rosa para o vermelho, se ela tende a um rosa pálido, isso já é um
sinal de Yin acontecendo.
E o pulso, sempre que você for ver o pulso de uma pessoa de Yin, ela
tende a ter um pulso muito mais vazio, um pulso muito mais extinto, e isso são
características bem interessantes do Yin e do Yang.
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Bom, nesse vídeo eu vou dar uma ênfase maior ao que a gente estava
falando, sobre o Yin e o Yang, mas mais para a gente se situar, vai ser um vídeo um
pouco mais breve.
Então lembrando que na hora de classificar o paciente, a gente pode
classificá-lo como excesso de Yang ou deficiência de Yang, como a gente já viu
previamente, no vídeo anterior; ou classificá-lo como excesso de Yin ou deficiência
de Yin. Nos casos mais ímpares, a gente pode apresentar um excesso de Yin e
Yang e uma deficiência de Yin e de Yang também.
O que eu quero falar agora, a princípio, para vocês, é o seguinte, muito
importante: que mesmo dentro de um paciente que é excesso de Yang ou que é
deficiência de Yin, ele pode apresentar, em alguma parte do corpo, alguma alteração
que não tem a ver com o contexto do corpo dele.
Por exemplo, vamos supor que eu seja um excesso de Yang, estou
sempre hiperativo, vermelho, tudo mais, porém, eu tenho uma fragilidade no meu
joelho e meu joelho se degenerou e entrou numa deficiência de Yin.
Então o que a gente tem que notar é o seguinte, primeiro passo: eu vou
tratar o paciente como um todo ou vou focar primeiro no tratamento da doença?
Então são duas formas de você tratar, não existe a forma correta. Geralmente, eu
falo para os meus alunos: comece principalmente tratando a doença, para depois
equilibrar o corpo como um todo. Por que isso faz sentido? Porque para a gente
viver numa sociedade imediatista, que quer solução dos problemas de forma rápida
e emergencial, dê resultados, ok? Então se você já começa dando resultados,
tratando primeiro a patologia do paciente, então você trataria, nesse caso que eu
citei, a deficiência de Yin no meu joelho, enquanto que, na verdade, eu sou um
excesso de Yang, que posso estar consumindo esse Yin do joelho sim, tá?
Então, a gente tem, na verdade, três formas de tratamento, a gente vai
falar um pouco mais à frente do curso, mas só para exemplificar e ficar claro. Então
eu tenho o caso de que eu sou um excesso de Yang, com uma deficiência de Yin
local: o que tratar primeiro? Primeiro tratar o problema, ou seja, ir direto na lesão.
Segundo, tratar a raiz, ou seja, tratar a pessoa. E, terceiro, tratar a raiz junto com o
problema – muitas das vezes pode ser que você entre com muitos pontos e acaba
que não tem uma eficiência muito grande no tratamento.
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Aula 4. 5 Elementos
Bom, nesse vídeo a gente vai falar um pouco sobre os 5 elementos, uma
das formas que eu mais gosto de trabalhar na Medicina Tradicional Chinesa,
inclusive na auriculoterapia.
Em que consiste os 5 elementos? Da seguinte forma: todo o nosso corpo
vai ser dividido dentro de 5 elementos básicos da natureza. Então a gente tem o
elemento água, vou colocar uma imagenzinha aqui em cima, o elemento água, o
elemento madeira, o elemento fogo, o elemento terra e o elemento metal.
Existe um ciclo chamado Ciclo de Geração, então começa no elemento
água, depois vai para o elemento madeira... Melhor não, vamos tentar criar uma
narrativa: a água gera energia para a madeira, para as plantas; as plantas são quem
geram energia para o fogo; o fogo, das suas cinzas gera a terra; e a terra, com sua
sobreposição e pressão, gera o metal, os minerais; e os minerais são responsáveis
por segurar essa água, conter essa água. Então isso é chamado de Ciclo de
Geração. Então o Ciclo de Geração é: a água gera a madeira, que gera o fogo, que
gera o elemento terra, que gera o elemento metal, que vai gerar o elemento água
novamente, criando um ciclo infinito de geração de energia.
O que isso mostra para a gente? Que assim como acontece na natureza,
essa formação de energia, essa transformação de energia, ela também vai
acontecer dentro do nosso corpo. Então dentro desses elementos, a gente tem
órgãos que são Yin e vísceras que são Yang.
Mas além do Ciclo de Geração, também existe o Ciclo de Controle. O que
é um Ciclo de Controle? Então o Ciclo de Controle vai ficar como se fosse uma
estrela dentro desse ciclo dos 5 elementos. Vou mostrar aqui para vocês, eu vou
botar uma imagenzinha ali também no canto, mas só para ficar ilustrado para você.
Isso aqui são os 5 elementos, mostrando a água que gera o fogo, o fogo gera metal,
que gera o fogo, que gera a terra, que gera o metal, que gera a água, ok?
E aí existe o ciclo chamado de Ciclo de Controle, onde a água controla o
fogo, o fogo contra os metais, os metais controlam a madeira, a madeira controla o
elemento terra e o elemento terra contém a água, a controlando. E existe também o
ciclo chamado de Ciclo de Contracontrole, que a gente vai explicar detalhadamente
cada um desses ciclos.
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Qual é a minha segunda tentativa? É fazer com que o elemento que vem
antes dele, ou seja, o elemento que gera energia para ele, que ele seja tonificado.
Então ao tonificar o elemento antes dele, se eu tonifico o metal, eu vou gerar mais
energia para a água e, assim, o elemento água vai conseguir uma tonificação e vai
funcionar como uma forma melhor, ok?
Então dessa forma fica melhor o tratamento do elemento. Se eu tenho
uma deficiência, eu tonifico o elemento e também tonifico o elemento que gera
energia para o elemento. Então, no caso, madeira gera energia para o fogo, o fogo
gera energia para a terra, terra gera energia para o metal, metal gera energia para a
água e a água gera energia para a madeira. Dessa forma, eu vou trabalhar a
tonificação.
Então quais são as três formas de se trabalhar? Primeiro, se você tem um
paciente que tem uma deficiência em um elemento, o que você faz? Tonifica o
próprio elemento. Funciona? Funciona. Não funcionou muito bem, qual é a segunda
opção? Tonifica o elemento que gera energia para ele. Então não adianta eu chegar
numa pessoa que está desanimada, que está triste, que está sem energia, sacudi-la
e falar: “vamos embora, você precisa de energia”. Muitas vezes eu preciso de
alguém de fora, um pai, entre aspas, para falar: “vamos embora, que está na hora,
você está precisando trabalhar”, injetar um pouco mais de energia, injetar um pouco
mais de Red Bull nesse elemento para que ele funcione melhor, ok? E a terceira
possibilidade, qual é? É a mais funcional, é trabalhar a tonificação tanto do elemento
pai, que é o elemento anterior ao elemento afetado, trabalhando junto com o
elemento afetado.
Então um exemplo em que eu tenha uma deficiência no elemento água,
por exemplo: quem vem antes da água? Vem o metal. Então quais são as três
possibilidades? Primeiro, tonificar somente o elemento água. Eu vou lá e tonifico o
elemento água. Deu certo? Ótimo. Não deu certo? O paciente voltou na sessão
seguinte falando que ainda está sentindo deficiência, não está se dando bem com o
tratamento, o que eu posso fazer? Eu vou mudar a estratégia terapêutica. O que eu
vou fazer agora? Eu vou tonificar o elemento metal, para quê? Para que o elemento
metal forneça mais energia para o elemento água. Mesmo assim não foi suficiente,
porque é como se fosse o seguinte: você leva energia, leva energia, leva energia,
mas aquele elemento não está pronto para aflorar aquela energia, então
praticamente ele pega a energia e passa para o próximo, ele pega energia e passa
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para o próximo. Então o que é interessante? Além de tonificar o elemento pai, que é
o elemento que vem anterior a ele, tonifica também o elemento. Então imagina que
existe o elemento que está aqui do meu lado, que é o elemento metal, e eu estou
em deficiência, que sou a água. Eu não estou sendo tonificado, eu não estou sendo
trabalhado, está sendo tonificado só o elemento metal. Então, imagine, a força do
metal está subindo, está subindo, está vindo muita energia para o elemento água. O
elemento água não está pronto para receber tanta energia, então o que acaba que
ele faz? Ele pega essa energia e passa lá para a madeira, a madeira acaba
passando para os demais. Se houver algum patológico em excesso, vai acabar
criando um excesso consecutivo.
Então a gente tem que pensar o seguinte: a forma mais precisa de se
trabalhar com os 5 elementos, quando existe a deficiência, vai ser o seguinte: você
vai tonificar o elemento pai, ou seja, o elemento que vem antes do elemento que
você quer tratar, e vai fornecer energia para ele. Mas, ao mesmo tempo que você
está fornecendo energia para ele, ou seja, você está tonificando esse elemento,
você também vai ter que tonificar o elemento que está em deficiência.
Então é como se: eu estou tonificando aqui o elemento metal, né? Ele
está super enérgico e mandando muita energia para a água. Se a água está inerte,
ela pega essa energia e deixa passar. Então o que a gente faz? A gente vai acordar
esse elemento água e esse elemento água vai receber essa energia e vai
potencializar essa energia.
Então a melhor forma de se trabalhar quando eu tenho um quadro de
deficiência, tanto de Yang, quanto de Yin, é tonificação do elemento pai mais o
próprio elemento. Essa é a melhor estratégia terapêutica, pensando em 5
elementos, certo? Isso, logicamente, a gente está falando dos quadros de
deficiência, como a gente explicou o que são os quadros de deficiência
anteriormente.
Pensando no excesso, tem um excesso de Yang ou um excesso de Yin, o
que a gente vai ter que fazer? A gente vai ter que sedar. Aí existe outro controle, que
é o controle, como eu mostrei para vocês, que é o que está aqui dentro, como se
fosse fazendo o formato de um pentagrama, né? Em que a água controla o fogo, o
fogo controla o metal, o metal controla a madeira, a madeira controla a terra e a terra
controla a água.
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Então, dessa forma, quando a gente fala em controle, não faz muito
sentido, tipo: “ah, a pessoa está muito sem energia”, e aí chega alguém e fala: “bom,
é melhor aumentar o controle sobre essa pessoa, já que ela está dormindo demais”.
Não, a criança está quieta, para que ela precisa ser controlada? Então quando a
gente fala em segmento de controle, a gente vai pensar o seguinte: controle vai ser
principalmente trabalhado quando eu tenho um excesso tanto de Yin, quanto de
Yang. Então se eu tenho um excesso de Yin ou de Yang, em vez de eu trabalhar
com a geração, eu vou trabalhar com controle. Eu vou dar outras possibilidades,
mas esse é o raciocínio mais funcional que a gente pode ter, ok?
Então da seguinte forma: eu tenho lá um elemento em excesso. Vamos
pegar um elemento muito comum em excesso, que a gente vai se aprofundar um
pouco mais nesses 5 elementos, mas num elemento muito em excesso, que é o
elemento fogo. O elemento fogo já tende ao excesso, tanto por estar no ápice dos
elementos, como ele acende, né? Se pega fogo, ele tende a subir. Então a
ascendência do fogo é muito comum, os padrões de excesso são muito comuns. Por
exemplo, hipertensão é um quadro de excesso do elemento fogo. Mas não vamos
ainda entrar no quadro das patologias e associações, vamos deixar isso um pouco
mais para frente.
Então vamos entender o seguinte: o fogo está exacerbado, está pegando
fogo em tudo, o que eu vou pensar? Gere mais energia para o fogo? Não, lógico que
não! Posso trabalhar desligando a energia para o fogo? Sim, é uma possibilidade,
mas o que é mais importante é o seguinte: eu causar um controle nesse fogo, então
pegar essa água e jogar toda a energia dessa água em cima do fogo. Dessa forma,
na hora que eu tratar jogando a energia da água no fogo, o fogo vai diminuir o seu
Yin ou o seu Yang, principalmente o Yang, o fogo tende mais a Yang, vai tender a
descender.
Então é o seguinte: como a gente tem o Ciclo de Geração, a gente
também tem o Ciclo de Controle, que é como se fosse desenhar uma estrelinha.
Então é interessante você em casa, agora, desenhar cinco bolinhas. Tenta desenhar
essas cinco bolinhas, duas embaixo, duas no meio, um pouco mais afastadas, e
uma em cima, ok? Faça uma junção entre essas bolinhas, fazendo um círculo, isso
se chama Ciclo de Geração. Agora, pega lá do elemento água e liga elemento água
ao elemento fogo; elemento fogo ao elemento metal; elemento metal ao elemento
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Então qual é a via de regra? Anota isso, isso é importantíssimo! Pega seu
caderninho. Como eu falei na primeira aula: é importante que você tenha um
caderno em mãos. Por mais que a gente tenha apostila, eu gosto que o aluno, ao
assistir a aula, tenha sim um caderno de anotações do lado e vá fazendo as suas
anotações.
Então eu vou dar uma primeira regra a ser executada quando eu estou
trabalhando com os 5 elementos. O que é? Anota! Então, primeiro, se eu tenho um
quadro de deficiência em um elemento, o que eu vou fazer? Então vamos supor que
a água está em deficiência: eu vou fazer uma tonificação do elemento pai e vou
diminuir o elemento que controla, ok? Então ao aumentar a energia, se eu tenho
uma deficiência em água, eu aumento a energia do metal, para gerar mais energia
para chegar até a água, e está dormindo a água, ela precisa de controle? Não.
Então o que eu faço? Eu vou gerar uma deficiência no elemento que controla esse
elemento. Então eu acabo com o controle e aumento a geração.
Então via de regra, anota aí: se eu tenho um elemento em deficiência, eu
tonifico o elemento pai e sedo o elemento controle, ou seja, o avô. Anotou? Se não
anotou, dá pausa, volta, não tem problema nenhum. Há essa vantagem de assistir
gravado, tá?
Segunda regra qual é? Eu tenho um elemento... a gente estava usando o
fogo, né? Então eu tenho um elemento fogo que está em excesso, quais são as
regras para tratar o elemento em excesso? Primeiro, causar uma deficiência, causar
uma sedação no próprio elemento. Ou diminuir a geração, para que eu possa
diminuir o elemento. Ou eu aumento o controle e, ao aumentar o controle, eu gero
uma deficiência no elemento.
Então num quadro de excesso, eu sedo o elemento em excesso, eu vou
sedar o elemento pai, o elemento de geração, e vou tonificar o elemento direto,
certo?
Se eu tenho um quadro de deficiência, o que eu vou fazer? Eu vou
tonificar o elemento que está em deficiência, vou tonificar o elemento gerador e vou
sedar o elemento que está no controle. Simples, regrinha super resumida: se eu
tenho deficiência, eu gero tonificação no elemento que está deficiente, gero
tonificação no elemento que gera energia para ele e sedo o controle.
Então o elemento pai vai ser sempre diretamente proporcional e o
elemento avô vai ser sempre inversamente proporcional.
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Bom, gente, vamos lá. A gente vai falar um pouco mais sobre os 5
elementos e agora quais são os elementos que compõe os 5 elementos, quais são
os órgãos, as vísceras e tecidos, e o que eles afetam.
Então, a princípio, a gente tem o seguinte: lá no elemento água, lá
embaixo... lembra de pegar a apostila também e fazer sua anotação, isso é muito
importante, tá? O elemento água, que fica lá embaixo, é dividido em dois: metade
dele faz parte o rim e a outra metade, a bexiga. Sempre que houver um órgão, o
órgão vai ser a porção Yin. A porção Yang vai ser a víscera. Ou seja, dentro do
elemento água, a gente vai ter o rim como Yin e a bexiga como Yang. O que isso
quer dizer? Quando eu for trabalhar o Yang da água, eu vou trabalhar através da
bexiga; se eu for trabalhar o Yin da água, eu vou trabalhar através do rim.
Então logicamente a gente vai ver também que existem outras visões,
uma outra visão interessante que é chamada Visão do Zang Fu, que são órgãos e
vísceras, as suas funções separadas, fora dos 5 elementos.
Mas dentro dos 5 elementos, sempre que eu quiser, “nossa, o paciente
está apresentando um quadro de Yang na água”: eu já sei que eu vou ter que
trabalhar em cima da bexiga, ok?
Então sempre que eu olhar para um órgão, uma víscera, eu vou ter: o
órgão do elemento é a parte Yin e a parte Yang vai ser a víscera, ok?
Então vamos lá: na água eu tenho rim e bexiga; no elemento madeira eu
vou ter o fígado e a vesícula, ou seja, o fígado é Yin e a vesícula é Yang; no
elemento fogo, o que eu vou ter? O coração sendo o Yin e o intestino delgado sendo
o Yang. De novo: no elemento fogo, o coração é o Yin, que é o órgão, e o intestino
delgado vai ser o Yang.
Quando a gente parte para a terra: a terra a gente vai dividir em três, tá?
Para a Medicina Chinesa, ela se divide em dois, mas a gente separa os órgãos e
vísceras. Então a gente tem o baço/pâncreas, que é uma coisa só na Medicina
Chinesa, como a parte Yin; porém, quando a gente vai para a orelha, não existe
ponto baço/pâncreas, a gente vai ter que trabalhar sempre em conjunto o ponto do
baço e do pâncreas se eu quiser trabalhar a parte Yin do elemento, ok? E o
estômago é a parte Yang do elemento terra.
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Então o que eu vou fazer? Intestino grosso está sem energia, o que eu
vou fazer? O estômago está normal, mas o intestino grosso está precisando de
energia, o que eu vou fazer? Eu vou tonificar o estômago para que ele leve mais
energia ao intestino grosso. Ao mesmo tempo, eu vou gerar um estímulo de
tonificação no intestino grosso. E o que eu vou fazer com o intestino delgado? Eu
vou diminuir a energia do intestino delgado para diminuir o controle e deixar que
esse quadro, que era uma deficiência, se torne um excesso momentâneo, que vai
gerar uma normalização.
Então, dessa forma, a gente aprende como controlar ou como gerar uma
deficiência em órgãos e vísceras. E isso eu posso pensar para todas as vísceras.
Vamos falar de mais um que é muito, muito importante? Vamos pensar
em um ciclo Yin agora. Então vamos pensar, por exemplo, no coração em excesso.
A gente vai falar de cada órgão separadamente, tá? Mas o coração em excesso, ele
tende, por exemplo, que o paciente tenha hipertensão. Então a hipertensão pode ser
um sinal de um excesso do elemento fogo, ok? Então se eu tenho o elemento fogo
no coração, coração é a parte Yin do elemento fogo, enquanto o intestino delgado é
a parte Yang.
Então o que eu vou fazer? Se eu tenho um coração em excesso, eu vou
pensar no Ciclo de Geração Yin. Quem é que gera energia Yin para o coração Yin?
É o fígado, tá? Então se eu tenho um coração em excesso, a primeira coisa que eu
faço é o quê? Sedar o coração. Mas continua fornecendo energia, então eu também
preciso fazer o quê? Diminuir a formação de energia. Então eu sedo o elemento e
sedo o pai, ou seja, sedo a geração. E faço o que lá na água? Aumento o controle,
para que eu consiga controlar melhor e isso se mantenha em deficiência por um
período, para que se torne uma normalidade.
Então é dessa forma que se trata com os 5 elementos. Tratar sedação,
sedação e tonificação no mesmo dia, eu não gosto de fazer isso através de um
tratamento para casa. Eu vou mostrar para vocês um tratamento clínico. Então o que
eu faço? Em algumas agulhas eu vou fazer um bom estímulo manual ou um
estímulo elétrico de tonificação, enquanto em outros eu vou fazer um estímulo de
sedação. E, dessa forma, fica muito mais funcional, ok?
Então nesse vídeo, o que a gente resumiu? A gente resumiu quais são os
elementos, então a gente tem lá dentro de cada elemento, o elemento Yin e o
elemento Yang. Então eu tenho, na água, eu tenho o rim, que é Yin, a bexiga, que é
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Yang. No elemento madeira, o que eu vou ter? O fígado, como Yin, e a vesícula
como Yang. No fogo, o que eu vou ter? O coração como Yin e o intestino delgado
como Yang. Na terra, o que eu vou apresentar? Eu vou apresentar o baço e o
pâncreas como um elemento Yin e o estômago como um elemento Yang. E lá no
metal, o que eu vou apresentar? O pulmão como um órgão Yin e o intestino grosso
como um elemento Yang.
E, dessa forma, eu trabalho ou em Ciclo de Geração Yin, ou em Ciclo de
Geração Yang, e também trabalho com o Ciclo de Controle Yin, como também
trabalho em Ciclo de Controle Yang. Dessa forma fica muito mais fácil.
Porém, no próximo vídeo a gente vai focar um pouco mais em falar que
cada elemento rege algum tecido e algum sentimento dentro do corpo. E isso é
importantíssimo, porque a maior parte dos nossos pacientes não vem porque tem
uma dor de estômago, não vem porque tem uma constipação. A maior parte dos
nossos pacientes vem ou por causa de alguma dor ou então por alguma falha,
principalmente psico-comportamental.
E aí em cima disso que a auriculoterapia tem uma ênfase maior. Então a
gente vai focar, principalmente, nessa parte de trabalhar os 5 elementos com os
seus tecidos e órgãos, e, dessa forma, depois a gente vai evoluir para o pensamento
separado, que é um pensamento de trabalhar somente órgãos separados fora dos 5
elementos.
Então entenda bem: primeiro, você aprendeu sobre Yin-Yang. Ah, eu
preciso saber de Yin-Yang para tratar auriculoterapia? Não, mas se souber ajuda
muito. Eu preciso saber de 5 elementos para tratar auriculoterapia? Não, mas se
souber ajuda muito, tá?
Existem três formas de auriculoterapia de Medicina Tradicional Chinesa,
principais, que a gente vai focar aqui e que o ideal é que se você se dedica, você vai
conseguir entender tudo de Yin-Yang, vai conseguir entender tudo de 5 elementos e
vai conseguir entender tudo de órgãos, vísceras e tecidos, que é a próxima pegada,
o próximo vídeo, ok? Então eu vou juntar um pouco dos 5 elementos com os órgãos
e tecidos e depois eu vou separar os órgãos e tecidos em vídeos separados, em
elementos separados, porque também cada órgão pode apresentar uma patologia
diferente dentro de um organismo.
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Bom, gente, nesse vídeo a gente vai falar um pouco mais sobre os 5
elementos. Você tem uma tabela lá na sua apostila que te ajuda com isso. Isso te
ajuda muito a determinar, principalmente, qual é o tipo de paciente que você está
tratando, qual é o elemento de base dele, ou pode ser em um momento transitório,
então ele tinha determinadas características quando você pergunta, mas no
momento ele está apresentando outras características, ok?
Então algumas características são as seguintes, vamos começar falando
sobre o elemento madeira. Então o elemento madeira tem como prioridade, a
[estação] que mais potencializa ou mais danifica, isso é muito interessante para a
Medicina Chinesa, porque quando o elemento, ele está dentro do seu campo, ele
pode estar em sua plenitude, ou seja, num excesso, como também aquela estação,
aquele momento, aquele sabor, pode estar levando a uma deficiência. O mais
comum é que dentro das estações, dentro das cores, dentro dos tendões, dos
tecidos, propriamente ditos, dentro das cores, dos sabores, o quadro em si do
elemento tende a estar em deficiência, é o mais comum.
Mas pela literatura, quando você lê um quadro do paciente em que os
principais sintomas dele apresentam características mais do elemento madeira,
como a gente vai ver agora, ele pode estar tanto em excesso, como em deficiência.
Como que eu vou diferenciar se está em excesso ou se está em deficiência? Pelos
sinais da história-doença do paciente, né? Eu vou olhar e observar: os sinais estão
gritantes ou não? Os sinais estão deficitários? E isso vai me dizer mais ou menos se
ele se encontra em deficiência ou se ele se encontra em excesso.
Então você tem uma tabela na apostila, que é a tabela de
correspondência dos elementos, que diz lá, por exemplo, estações: o elemento
fogo... Vamos começar pelo elemento madeira que é melhor. O elemento madeira
vai ter como clima principal, que o afeta, a primavera. Ele tem como preferência o
direcionamento leste, isso aí a gente fala mais em Zang Fu, em harmonização de
ambientes, tá?
A coloração verde – isso pode ser preferência de roupa ou para...
terapeutas mais treinados conseguem observar tons de pele esverdeados. Então
quando a pessoa começa a apresentar tons de pele esverdeados, principalmente
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quando a gente começa a ver muita veia no paciente, que ele tem esse aspecto
verde, é um sinal também do elemento madeira acontecendo.
O elemento madeira prefere o sabor azedo, então frutas azedas, vai
preferir o limão, vai preferir coisas mais ácidas propriamente ditas, frutas mais
ácidas, comidas com tons mais ácidos. Então, por exemplo, quando ele vai fazer
uma salada, ele gosta de um tom de vinagres, vinagre balsâmico, ele gosta dessa
explosão do azedo dentro da boca dele, ok?
O que afeta muito o elemento madeira é o vento, é uma das
características mais comuns e mais clássicas – se você é de vento, você entende
isso – tipo: você pode ligar o ar condicionado no frio que for, mas se ligar o
ventilador de teto, se ligar o ventilador perto de você, acaba com o seu dia ou acaba
com sua noite, você se sente muito mal. Então isso é uma característica
principalmente do elemento madeira.
Ele tem principalmente a visão, os olhos, como órgãos dos sentidos,
então lembra sempre disso: a madeira se expressa pelos olhos. Então, por exemplo,
o paciente com uma hepatite apresenta uma icterícia ocular. Então todos os
problemas de visão, a gente vai classificar como elemento madeira, ok? “Ah, mas é
um problema estrutural do olho”, é a parte Yin da madeira. Se é a parte Yin da
madeira, com quem eu vou reclamar? Com o fígado. “Ah, não, é a parte energética,
ele não consegue manter os olhos abertos ou ele não tem uma pupila que fecha e
abre decentemente”, então é uma parte Yang da madeira, se é a parte Yang da
madeira, é a vesícula biliar. Então lembrando: elemento madeira Yin é o fígado e o
Yang, a vesícula biliar, ok? Então problemas de globo ocular, a gente vai focar
principalmente no fígado e na vesícula. Sendo um problema estrutural, a gente foca
mais no fígado; sendo um problema mais de abertura, fechamento, de energia,
propriamente dito, “nossa, preciso fazer muito esforço para eu conseguir ler”, então
isso já me mostra mais sinais propriamente ditos da vesícula.
Lesões em tendões: então qualquer tendinite vai ser de responsabilidade
do elemento madeira. “Ah, apresenta uma alteração tecidual no tendão”, como
assim? Ah, o paciente foi fazer um exame e ele tem uma deficiência de energia, ele
tem uma deficiência que ele não suporta força nesse tendão, ou seja, uma
deficiência de Yang. Vou focar aonde? Vesícula biliar. “Não, esse paciente tem
deficiência estrutural”, ele já não... num exame, numa ultrassonografia, numa
ressonância, aparece uma tendinose, lembra disso, tendinose – sempre que vem
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“ose”, no final vem alteração tecidual. Se tem alteração tecidual, eu vou pensar logo
no fígado. Geralmente, a tendinite tem o quadro tanto de excesso, quanto de
deficiência, então a gente pode ter um quadro misto, que é uma lesão crônica, ou
seja, uma deficiência de Yin, como um quadro exacerbado de dor, que é um
excesso de Yang. Se o foco principal for no Yang, eu vou sedar a vesícula biliar; se
o quadro principal que você quer tratar é a estrutura do tendão, ou seja, ir na raiz do
problema, eu vou focar principalmente em tonificar o Yin do fígado.
As emoções que mais afetam o fígado são a fúria, a raiva. A gente fala
muito que o elemento madeira... imagina uma árvore, né? O que afeta o elemento
madeira é exatamente o vento. Então a fúria, aquela coisa do vento que chega
derrubando, destruindo... É uma pessoa que tende a não guardar sentimentos, ela
explode com muita facilidade, mas ao mesmo tempo que vem essa fúria, ela passa
também. Então é como se a gente fosse (ininteligível – 00:08:45), um furacão
passando realmente. Isso é muito comum. E junto dessa emoção vem o grito, né?
Ele fala muito alto.
O paciente de madeira além de ter problema de tendões, ele tem
problemas de lidar com emoções e sentimentos, parte para uma fúria, parte para
uma raiva, e ele também vai falar muito alto, vai gritar. Então se você é desse jeito e
se você conhece alguém que é barraqueiro, exatamente é o elemento que está
presente. E pode estar presente... lembra, não necessariamente a gente é um
elemento, a gente pode ir para um determinado elemento, porque algo provou
aquilo. Então, por exemplo, eu sou de elemento fogo, mas se alguém furar a fila no
banco, pode ser que eu dê uma crise de elemento madeira e dê uma fúria e brigue
com a pessoa. Então isso é interessante, como a gente pode também migrar entre
os elementos. Mas com certeza você vai encontrar um elemento e vai deixar aqui
embaixo e também vai lá falar no grupo, principalmente qual é o seu elemento. É
bem interessante isso.
A gente tem o fogo que apresenta suas principais patologias no verão,
então a gente tem mais infartos no verão, a gente tem mais falências vasculares no
verão, tá? Então o verão sobrecarrega o sistema cardíaco. Então a gente tem o
fogo, que já é fogo, quando a temperatura aumenta, ele vai logicamente exacerbar,
né? Então o fogo tem essa tendência, a piorar principalmente no calor. Então o clima
que o mais afeta é o calor.
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né? Porque como ele atinge a alegria, o paciente de coração tem essa coisa do riso,
do risonho. Aí você pode ser a parte do riso simpática, a parte do riso verdadeira, se
o coração está harmonizado; como também pode ser um elemento fogo que está em
desarmonia e ser um falso riso, aquele sorriso que você vê que não está te
vendendo uma alegria. Então, na verdade, pode ser um sorriso apático, então
também mostra uma patologia.
O elemento terra, ele não sofre em nenhuma das estações, tá? Ele é mais
ou menos o centro ali das coisas.
Ele tem como tonalidade o amarelo, tanto o amarelado no rosto,
amarelado no corpo, como também escolher roupas mais amarelas, ok?
Esse é o campeão, e depois vocês vão entender quando eu for falar
principalmente dos órgãos e vísceras separadamente, vocês vão entender que o
sabor que mais afeta o elemento terra é o doce. E aí vocês vão entender por que a
mulherada cai tanto em cima do doce e na necessidade do doce, principalmente
porque o elemento terra é o elemento responsável por nutrir o sangue. E essa
nutrição do sangue, principalmente na mulher, que na Medicina Chinesa tem uma
deficiência contínua do sangue devido à menstruação, ela nutre essa deficiência
através do doce. Porém, na Medicina Chinesa, que doce que vai ser recomendado?
São os doces naturais, são as frutas, é o mel, melado, que são coisas que
comumente ninguém come um pote de mel, mas é diferente, muitas vezes, do
açúcar industrializado, refinado, ou uma barra de chocolate ou um potinho de leite
condensado. Porque você vai que num momento de desespero, numa TPM ou
durante uma menstruação, ela vai correr para o doce e vai atacar dessa forma.
Então tem como a gente controlar isso, principalmente nos pacientes que têm
alterações hormonais, essas alterações hormonais serem controladas através de
fitoterápicos, como, por exemplo, é maravilhoso para o paciente que tem problema
hemorrágico, que tem problema de perda de sangue em menstruação, porque tem
menstruações erradas, entrar com o mel. O mel ou o melado vai ser um tratamento
muito bom, ok?
Ele tem, como a parte Yin, o baço e o pâncreas e a parte Yang, o
estômago. O elemento terra se abre na boca, por quê? Gosta de comer. Então é um
elemento que vai favorecer muito à alimentação. Então pacientes de elemento terra
têm que tomar muito cuidado para não se tornarem obesos.
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Olá, nesse vídeo a gente vai falar um pouco sobre as substâncias vitais
na visão da Medicina Tradicional Chinesa e a primeira substância vital que a gente
vai abordar é a essência. O que seria a essência? Primeiro, a gente vai dividir a
essência em três: o que se chama de essência propriamente dito, a essência pré-
celestial e a essência pós-celestial.
Então, na verdade, qual é o conceito? Essência pré-celestial seria o
seguinte: depende muito do meu pai, da minha mãe, essa essência, essa energia. O
mais claro da essência seria uma tradução para a nossa visão mais ocidental, é que
a essência seria como se fosse o nosso DNA; seriam as nossas energias
guardadas, as substâncias do nosso sangue, da nossa medula, o quanto eu ainda
tenho de vida, tudo ligado muito ao DNA.
Então o que se fala muito na Medicina Tradicional Chinesa? Como você
foi concebido? Como é que veio a sua energia pré-celestial? Como assim? Por
exemplo, se meus pais estavam bem nutridos, eram jovens, não eram usuários de
droga, me fizeram e me constituíram com muito amor e tudo mais, isso, pela
Medicina Chinesa, faz com que essa criança já herde uma essência pré-celestial
muito boa. Então depende muito da saúde física, mental e espiritual do pai e da
mãe, e junção dessas duas energias daria a essência que a gente chama de
essência pré-celestial.
Essa energia ainda pode ser influenciada durante a gestação, então se
durante a gestão a mãe bebe, a mãe fuma ou ela sofre de depressão, se alimenta
mal, ela tem distúrbios dentro do trabalho, dentro de casa, isso tudo influencia em
como vai vir a energia, a essência de vida para essa criança. Então isso tudo
constitui a essência pré-celestial, ok?
O que constitui a essência pós-celestial? Acabou de nascer, você precisa
começar a se alimentar. Quando cortou o cordão umbilical, rapidamente o seu
sistema digestivo começa a funcionar. Então toda essência a partir do momento da
sua vida, que é chamada de pós-celestial... Então aí o que separa pré-celestial e
pós-celestial? Essa tradução celestial, na verdade, é o nascimento.
Então o que seria essência pré-nascimento, que depende do DNA dos
meus pais, de como eles estavam, a vida deles e tudo mais, se eles eram
portadores de doença ou não; e a essência pós-celestial é pós-nascimento – acabou
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de nascer, o que foi oferecido a essa criança. Então, por exemplo, a criança nasceu
e foi abandonada, não teve uma boa alimentação, ela não teve um bom
atendimento, não teve o envolvimento dos pais ali no momento, tudo mais, isso tudo
vai fazer com que a essência pós-celestial, ou seja, a essência pós-nascimento
decaia e faça com que essa pessoa, ao crescimento, se desenvolva de forma mais
fraca. Então a essência está muito ligada à força do ser, ok?
E o que seria a essência propriamente dita? Que a gente chama de
essência do rim? A essência do rim nada mais é do que a soma da essência pré-
celestial, ou seja, a essência que veio dos meus pais, que veio da gestação, somada
à essência pós-nascimento, você é o que você se alimenta, o que você respira
desde o momento em que você nasceu. E o meio influencia a essência, então, por
exemplo, posso gastar mais essência se eu sou uma pessoa muito agitada, durmo
pouco... A gente vai entender um pouco mais sobre essência e depois a gente vai
separar um pouco mais a essência da energia, ok?
Então a essência... vamos fazer como base o seguinte: a essência do rim
é como se fosse a quantidade de madeira que eu tenho para gerar o fogo da minha
vida. E o fogo da vida seria o Qi, a energia. Então a essência nada mais é do que o
que eu tenho de materiais biológicos dentro de mim que me dão energia para eu
funcionar. Então, por exemplo, eu preciso me alimentar, eu preciso respirar e eu
preciso dormir para que a minha essência seja restabelecida.
Então se a essência é desgastada... como é que eu gasto a essência?
Então exemplo: a gente tem... isso quando a gente for falar mais em energia, mas, a
princípio, a gente tem toda a nossa essência guardada no rim, essa é a visão da
Medicina Tradicional Chinesa. Como gastar essência? Eu fazer atividade física
excessiva, trabalhar excessivamente, estudar excessivamente, atividade sexual
excessiva, tudo em excesso faz com que eu desgaste a minha essência.
Como eu recupero a minha essência? Eu tenho três formas de recuperar
a essência e elas são individuais, uma não supre a outra. Por exemplo: eu preciso
me alimentar, mas de qualquer forma? Não, eu preciso saber quais são os
nutrientes que o meu corpo precisa, devido ao tipo de trabalho que eu exerço. Então
se eu tenho muito trabalho muscular, eu preciso ter uma nutrição mais voltada para
proteína e também com carboidrato para suprir isso – a gente vai entrar um pouco
mais lá em nutrição. Mas, a princípio, depende muito da vida da pessoa, ela vai ter
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que ter uma alimentação X. Ou seja, se ela se alimenta errado, ela não supre a
essência alimentar, ok?
A segunda essência é a essência respiratória. Como é que eu posso
dificultar uma essência respiratória? Principalmente o fumo. Mas hoje em dia, como
a gente vive em um mundo de combustível fóssil, ao andar na rua basicamente você
está destruindo a sua essência. Daí você tem uma visão muito... Se você olhar
China, principalmente os centros, as capitais, China, Japão, Coreia, eles têm uma
tendência muito grande a usar máscara. E aquela máscara que eles usam seria para
evitar a poluição no seu sistema cardiorrespiratório, que seria a essência
respiratória.
Então é essência alimentar, eu preciso me alimentar bem, me alimentar
de tantas em tantas horas, ter alimentação fisiológica acontecendo para nutrir minha
essência alimentar. Eu preciso respirar bem, ou seja, eu preciso de um ar não
poluído, de um ambiente que não seja salubre, que seja bom, para que eu tenha
essa nutrição respiratória, que entre oxigênio para metabolizar minhas células,
lembrando que somos seres que dependem do oxigênio para sobreviver.
E a terceira essência, que seria, na verdade, como meu corpo faz para
trabalhar e juntar essa essência respiratória junto com a essência alimentar – isso
vem dependendo do DNA e da minha constituição. Isso é essência de base, ok?
Então isso é essência pré-celestial somada com a essência pós-celestial, que vira a
essência do rim.
Então como é que eu posso nutrir minha essência? De forma alimentar,
posso nutrir minha essência de forma respiratória e posso nutrir minha essência do
rim, principalmente fazendo com que ele funciona com calma. Então a essência do
rim funciona muito bem quando eu consigo descansar e fazer com que meu corpo
recupere essa essência, para que um novo dia venha à frente.
Então o princípio é que eu preciso comer bem, respirar bem e descansar
bem, para que eu tenha as essências fundamentais no meu corpo funcionando.
E o que seria a essência? A essência... lembra que tudo o que a gente
fala a gente chama de Yin-Yang? A essência é a parte Yin, é a parte material, que é
produzida dentro do nosso corpo para preparar o nosso corpo para se movimentar.
Quando essa essência é queimada, ela é acendida, ela é usada, ela se transforma
em energia. Então a essência é a matéria, é o Yin para o Qi, para a energia, para o
meu movimento, para tudo acontecer na minha vida.
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Então uma das coisas que eu tenho que observar, quando eu estou
avaliando um paciente, é tentar entender um pouco mais da vida cotidiana dele, mas
também com o tempo tentar entender como foi a vida dessa pessoa e qual é a
relação dele com os pais, com que idade os pais o constituíram e tudo mais. Então
isso a gente tem que entender um pouquinho, porque muita gente pode pensar de
uma forma errada.
Então ter uma essência pré-celestial... o que é pré-celestial? É a essência
que veio antes do meu nascimento. Ruim, não significa que eu vou morrer cedo, é
que eu vou ter pouca essência de vida. Porque eu posso melhorar essa essência
pré-celestial fazendo o quê? Uma boa essência pós-celestial, pós-nascimento.
Então eu posso complementar essa essência pré-celestial que veio ruim,
por uma natureza ruim, nutrindo o meu corpo de forma decente, descansando de
forma decente e nutrindo também o cérebro com conhecimento e com descanso,
ok? Então isso é importante.
Porém, o inverso não acontece: por exemplo, a essência pré-celestial
seria como se fosse uma bateria, a gente vem com uma bateria X. Se eu tenho uma
baita essência – meus pais eram jovens, me criaram quando eles estavam no ápice
do amor, eles estavam muito bem nutridos, eu sou o primeiro filho, então isso tudo
tem muito peso na Medicina Tradicional Chinesa. Então significa que eu vim com
uma essência muito forte. Porém, eu posso destruir essa essência, como? Se a
partir do momento do meu nascimento eu começo a ser exposto a alimentos ruins,
gordurosos, com alto teor de sódio, a água com muito cloro, se eu começo a entrar
na vida moderna dos salgadinhos e tudo mais, e observei nas crianças hoje em dia,
elas estão destruindo a essência pré-celestial, porque não estão constituindo uma
base de essência pós-celestial para que essa energia se controle.
Então na Medicina Chinesa se diz o seguinte: que a energia vai estar
muito ligada, principalmente a energia, defesa, energia vital, a gente ainda vai falar
um pouco mais de energia, mas, tipo, como eu me defendo do mundo lá fora, como
eu lido com os problemas no entorno depende muito da saúde da minha essência,
que é a base para a minha energia. Se eu não tenho energia, eu posso ter uma
essência que não está gerando energia, mas se eu não tenho essência, eu nunca
vou ter energia. Então a energia de defesa, a energia de movimentação, a energia
do acordar, a energia do desligar para dormir, isso tudo está muito ligado à
essência. Então, muitas das vezes, a gente vai ver que o problema da pessoa é uma
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deficiência energética, mas às vezes ela é uma deficiência energética por falta de
essência.
Vamos fazer uma ligação entre essas duas formas de energia: essência e
Qi. Qi eu vou explicar no próximo vídeo e vou explicar detalhadamente cada Qi que
a gente tem. Mas juntando um pensamento que já veio das aulas anteriores, caso
você tenha dúvida, volta nessa aula para rever, tá? O Qi seria o Yang do nosso
corpo, ok? E as substâncias vitais, a essência, seria a parte mais Yin de todas do
nosso organismo. Ou seja, o Yin é a matéria para que o Yang existe. O Yang é a
energia para que a matéria se movimente. Então é necessário ter Yin para que eu
tenha Yang; é necessário Yang para que eu movimente o Yin, senão o Yin congela.
A mesma coisa com a essência: a essência é necessária para que eu tenha uma
saúde vital.
Então sempre que a gente for estudar um quadro de algum paciente e ele
tem alguma patologia crônica, eu vou dar uma olhada em como está a essência do
meu paciente, e a gente vai ter princípios de como está a essência desse paciente.
Como eu posso verificar a essência do meu paciente? A pré-celestial necessitaria do
meu paciente contar como foi a concepção dele. Na verdade, a maior parte dos
pacientes não têm essa ligação, tipo, com que idade seus pais te tiveram, se teve
algum problema na infância, durante a gestação se teve algum problema... isso me
daria o quanto a essência pré-celestial foi boa do meu paciente.
Mas a essência pós-celestial, eu consigo captar fazendo uma boa
avaliação do paciente. Como? Eu preciso saber três coisas do meu paciente:
primeiro, como é a alimentação dele. Uma coisa que você nunca deve perguntar
para o paciente é o seguinte: “como você se alimenta?”, ele sempre vai falar que se
alimenta muito bem. “Ah, eu me alimento bem” ou “eu me alimento como eu posso”.
Pergunta que tipo de alimento compõe a vida dele. Se você notar que existe uma
diferença, que essa alimentação não é boa de alguma forma, o recomende a buscar
uma nutricionista funcional, uma nutricionista clínica, para conseguir equilibrar,
porque a gente é o que a gente come. Isso é fundamental, tá?
A segunda forma de avaliar a essência do paciente é como ele respira, ou
seja, se ele é tabagista, ou, imagina, ele não é tabagista, mas vive num ambiente em
que todos fumam; ou outra coisa, ele não é tabagista, mas, vamos dar um exemplo,
ele é um guarda de trânsito, ele trabalha como um guarda municipal, no Rio de
Janeiro é uma coisa muito comum guarda municipal dentro do trânsito, ele ficar
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ajudando o trânsito ali o tempo inteiro. Então você vê que ele não tem nenhuma
proteção respiratória, é o tempo inteiro, ele passa ali cerca de 8 ou até 12 horas
respirando toda aquela poluição, ou seja, a essência respiratória desse paciente vai
estar muito debilitada, ok?
E a essência geral é a fusão dessas outras duas essências. Então dentro
da avaliação é importante a gente observar o quê? Como está a essência do meu
paciente. Por isso que lá você vai ter: “como você se alimenta?”, “quais são os
principais alimentos que constituem o seu dia?”, “você sente que a sua nutrição é
boa?”, pergunta isso para o paciente: “você sente que a sua alimentação é boa?”,
“você sente falta de colocar alguma coisa dentro da sua nutrição?”, “o que dificulta
você melhorar a sua nutrição, se é que você acha que precisa melhorar?”, “e se
você acha que isso pode melhorar sua nutrição, qual é o próximo passo para
introduzir esse alimento dentro da sua essência?”. Então é importante esses pontos
serem frisados, para a gente entender um pouco mais sobre a essência.
E, a princípio, a essência tem mais duas subdivisões importantes, que é o
seguinte: a essência tem uma importância fundamental, que é ela que constitui a
medula, ou seja, essa energia, esse Yin de energia, essa nutrição, substância vital,
chamada essência, é quem nutre o meu cérebro e todos os meus ossos. Ou seja,
por isso que a gente fala muito na importância do rim, isso você vai ver lá na frente,
da importância do rim na nutrição dos ossos, na nutrição do cérebro.
Então a forma como você se alimenta, a forma como você respira, a
forma como você é constituído, a forma como você descansa, diretamente está
ligado a como a sua mente vai funcionar. Então o rim vai ser responsável por levar
essa essência nutricional para o cérebro, ou seja, a essência constitui a medula.
Então se o meu paciente tem muitas dores de cabeça, se o meu paciente
tem muitos distúrbios mentais, psíquicos, psicossomáticos, tudo isso a gente vai dar
uma olhada na essência, para ver se não está faltando alguma coisa – alimentação,
respiração ou descanso, sempre foca nessas três coisas que são importantíssimas.
Então três pontos que são importantíssimos na constituição da essência:
alimentação, respiração e descanso. Isso faz a sua essência ser boa, isso faz você
ter energia diária para funcionar bem e lutar contra as patologias, ok?
E, além desse ponto fundamental da essência, existe um outro ponto na
Medicina Chinesa que é também que a essência tem ciclos de 7 a 8 anos. Isso é
muito interessante, né? Que é como se ela modificasse meu corpo a cada 7 ou 8
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anos. E isso é muito legal, porque diversas linhas têm esse pensamento de 7 em 7
anos a gente tem quebras de vida, né? Então primeira infância, segunda infância,
terceira infância e assim sucessivamente. Então, por exemplo, de 0 até 7 anos a
gente chama de primeira infância.
Aí a gente vai entender um pouquinho a diferença entre homem e mulher
na maturação, na Medicina Chinesa a mulher tem uma tendência a ter os ciclos de 7
anos; o homem tem a tendência de ter ciclos de 8 anos. Ah, um ano só de diferença.
Um ano só de diferença quando a gente está falando apenas de um ciclo, mas
quando a gente já está falando em três ciclos, por exemplo, então, imagina, na
primeira infância é a brincadeira, o lúdico, a constituição – e é o que se fala muito,
tanto na Medicina Ocidental, quanto na Oriental – é na primeira infância aonde o
Shen, o Shen nesse sentido não falando em alma, mas falando do cérebro, ele é
constituído. Então quem você é vem muito da primeira infância. Então tem a
segunda infância, que vai dos 7 aos 14, que é a hora em que desce a maturidade,
então é a hora que nasce a puberdade, em que aflora os hormônios sexuais. E a
maturação total, final, o ápice da maturação seria aos 21 para a mulher. Mas para o
homem, olha a diferença, seria 8, depois ao invés de ser 14, seria 16, que é a
puberdade do menino, e depois a maturação seria aos 24 anos. Então essa
diferença, que a gente vê mais ou menos, em jovens, meninos e meninas.
Então a gente vê: pô, a menina aos 21 anos já está muito mais madura e
às vezes o menino aos 21 anos ainda não está maduro o suficiente.
Lógico, isso depende muito não só da essência, mas depende da
constituição, da criação, da educação, entre outras coisas que vão repercutir pelo
corpo, ok? Mas o importante é que se você não tem uma boa essência, você jamais
terá uma boa defesa contra qualquer coisa na sua vida – isso falando em patologias
que tentem invadir meu corpo, patologias internas e também patologias
psicoemocionais, ok?
Então eu vir com uma falha no DNA, eu vir com uma falha orgânica, ou
seja, uma deficiência na essência pré-celestial, não significa que eu vá adoecer. Se
eu mantenho uma boa nutrição, se eu mantenho boa atividade física, se eu durmo
bem, se eu estudo e tudo mais, a minha essência pós pode congelar essa
deficiência na essência pré-celestial.
Então um conceito básico e muito importante na essência é: se a minha
essência é bem nutrida, eu tenho a tendência a não adoecer. Então isso ficou muito,
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Gente, essa aula é muito importante, a gente vai falar sobre Qi, que é
energia, e todas as subdivisões que existem do Qi. Assim, é muito importante
entender um pouco desse conceito Qi para poder entender o tratamento que a gente
faz com a Medicina Tradicional Chinesa, seja na auriculoterapia, seja no shiatsu, no
do-in, seja na acupuntura, na Moxabustão, é importantíssimo entender tudo isso.
Primeiro a gente viu o primeiro conceito básico de essência, que é a base
para o Qi existir. Então a essência é a madeira que, quando queimada, ela vira
energia, que é o Qi. Porém, a gente tem Qis diferentes e a gente tem que entender
cada nível de Qi para saber onde está o defeito nesse Qi, para poder nutrir.
Primeiro, Qi é imaterial, Qi é energia. Então imagina que você não
consegue ver por que meu músculo se mexe, mas está tendo uma energia sendo
gasta lá no meu músculo, que é o ATP, creatina, fosfato, tudo mais, que hoje em dia
a gente consegue analisar essa mecânica para poder falar o que está acontecendo,
mas durante a história da Medicina Tradicional Chinesa não houve essa observação
microscópica, devido à falta de métodos e materiais na época. Mas se observava
essas diferenças de energia.
Então a primeira energia que a gente tem, vamos falar da energia que a
gente já estava falando, que era a essência. A primeira energia é chamada de
energia original ou energia ancestral ou energia, que eu gosto mais de chamar,
energia genética. O que é isso? Isso vem da essência do rim. Então a gente tem a
primeira noção de que depende muito de como eu fui constituído, de como eu fui
criado, e tudo isso me dá uma energia que a gente chama de energia genética.
Então você vai ter filhos de mesmos pais, que tiveram genéticas diferentes, salvo os
gêmeos, que têm a mesma genética, mesmo assim o meio vai influenciar, mas não
vai influenciar o Qi genético deles. Mas, a princípio, a gente tem o Qi genético.
Eu gosto muito de explicar para os meus alunos como se fosse o
seguinte: esse Qi genético, esse Qi original, ele vem já com a gente. Então a gente
não consegue interferir, não consegue aumentar esse Qi, mas a gente consegue
proteger o uso dele, tá?
Que outros dois Qis importantes que a gente tem? Um outro Qi
importante que a gente tem é o Qi alimentar. Quem é responsável pelo Qi alimentar
vai ser o elemento terra, mas principalmente o órgão, que é o baço. Para a Medicina
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defesa, então eu vou colocar para melhorar o Yang naquela região, ou seja, o Qi de
defesa naquela região.
Então resumindo, vamos fazer um resumo rápido para você anotar, para
você fazer suas anotações. Temos alguns tipos de Qi, vamos lá. Quais são os tipos
de Qi? Primeiro, Qi genético ou Qi essencial, que é o Qi que eu chamo de Qi pré-
celestial, eu já venho com ele, eu herdei do meu pai e da minha mãe uma genética e
essa genética é chamada de Qi essencial ou de Qi genético.
Quando eu passo já para a parte do Qi pós-celestial, do Qi nutritivo, eu já
estou falando do que depende do que meu paciente come, que é o quanto ele vai ter
de energia. Então eu tenho que entender que meu paciente é o que ele come, ele é
o que ele vive, ele é o meio aonde ele sobrevive. Então se ele está se alimentando
de uma forma boa, ele vai ter um bom Qi nutritivo; se ele vive comendo besteira, o
Qi nutritivo vai danificar os outros Qis.
Então primeiro Qi? Qi genético. Segundo Qi? Qi alimentar. Terceiro Qi,
qual é? É o Qi respiratório, que vai vir do tórax, vai formar o Qi torácico. Então tem o
Qi alimentar, o Qi torácico e o Qi essencial. Esses são os três Qis de base, ok? Eles
vão se unificar para se transformarem no Qi verdadeiro.
Então o Qi verdadeiro se subdivide em Yin-Yang. Quando ele vai se
subdividir, ele vai gerar um Qi mais interno, um Qi chamado de Qi nutritivo, que vai
ser responsável por nutrir os órgãos e vísceras da parte interna, articulações,
medula, e tudo mais. E o Qi superficial, que é o Qi de defesa, que vai ser
responsável por sudorese, por movimento, por nutrir tendões, por qualidade de pele,
de cabelo, alergias, isso tudo vai ser o Qi de defesa. E ele também vai ser a primeira
barreira contra os antígenos, ou seja, qualquer patologia que tentar entrar no seu
corpo, a primeira coisa que ele vai tentar quebrar vai ser o Qi de defesa.
Então anota sempre a aula. Qis importantes a se saber: um, Qi ancestral
ou genético, que está aonde? No rim. Dois, Qi alimentar, que vem de onde? Do
baço/pâncreas, que vem da alimentação. Qi torácico, que vem do pulmão e do
coração. A unificação desses três Qis gera o Qi verdadeiro, que é o quanto eu tenho
de energia para o meu dia. E esse Qi verdadeiro se divide em dois: um, para defesa,
e outro para nutrição. O Qi de defesa vai ser a parte mais superficial, movimento, a
disposição, a blindagem contra resfriados, contra patologias e tudo mais, assim
como: nossa, como essa pessoa é forte, como essa pessoa tem disposição, isso é o
Qi de defesa. E o Qi nutritivo é como os órgãos internos lidam com os alimentos.
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Olá, nesse vídeo a gente vai falar sobre um ponto muito importante, que é
o sangue, também conhecido, na Medicina Tradicional Chinesa, como Xue.
A gente falou um pouco sobre essência e falou um pouco sobre Qi. A
essência seria a parte mais Yin, a parte mais de basal de todas as substâncias vitais
que a gente tem. O Qi a parte mais inorgânica, mais invisível, não é palpável, é
energético, então a gente não apalpa. O Xue está mais ou menos no meio do
caminho, entre a essência e a energia.
Então o sangue, na verdade, seria uma junção, uma fusão entre a
essência e também a energia. Então o sangue é formado, na Medicina Chinesa, no
encontro do Qi alimentar, Qi torácico, junto com a essência que vem lá do rim. Então
quando o Qi alimentar se junta ao Qi torácico e o Qi torácico se junta à essência do
rim, ali se funde e se chega ao sangue, se forma o sangue. E o sangue tem algumas
particularidades, que ele se relaciona de formas diferentes com determinados
órgãos e vísceras dentro do corpo.
Então a primeira relação que a gente vai ter seria qual é a relação do
sangue com o coração. A relação do sangue com o coração na Medicina Chinesa é
muito parecida com a relação do que a gente tem na Medicina Ocidental, salvo que,
na verdade, na Medicina Ocidental sabe-se que o sangue é formulado na medula.
Mas, na Medicina Tradicional Chinesa, ele formado meio que em uma junção ali
entre essência do rim com o Qi alimentar e com o Qi torácico. E, nessa explosão,
nasce... e essa explosão acontece dentro do coração, ok?
Então a função de criação de sangue vai estar muito ligado ao órgão
coração, então sempre que a gente for pensar num paciente que tem uma anemia,
que tem uma deficiência de sangue, a gente vai pensar no coração como um órgão
ali principal a ser trabalhado.
Um ponto importante entre o coração e o sangue é que o coração é o
responsável, dos elementos, como a gente já falou nos 5 elementos, ele é o
elemento fogo. Então o coração é a energia, ele é o Qi movedor do sangue, então
ele é a nossa bomba, sem ele o sangue não circula.
Então as duas funções principais que a gente vai ter do coração ligado ao
Xue, ao sangue, é o seguinte: um, ele é responsável pela formulação do sangue,
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pela criação do sangue; e, dois, o fogo do coração é quem faz o sangue se mover.
Então esses são os dois aspectos importantíssimos que a gente tem.
Por ser um elemento fogo, o coração vai ser responsável por manter o
sangue quente. Então aspectos que são muito ímpares, muito comuns de acontecer,
por exemplo, em idosos, ou em pacientes mais debilitados, acamados e tudo mais,
quando a gente pega as extremidades, a gente nota as extremidades frias.
Extremidades frias mostram uma deficiência do fogo do coração, porque o coração é
responsável pela nossa manutenção homeostática, nossa manutenção térmica,
manter a gente a 36,5°, tá? Então manter a gente com a temperatura ideal do
sangue é a responsabilidade do coração.
Ou seja, se a gente visualizar que o paciente está hipotérmico em alguma
região do corpo, isso mostra que aquela região do corpo está sofrendo uma
deficiência de sangue, que vem do coração. Então a gente teria que trabalhar tanto
coração, quanto um ponto ligado ao sangue também. Então essa função é
importante.
Três funções importantíssimas: controlar a temperatura do nosso corpo,
controlar o bombeamento, controlar a movimentação e também produzir o sangue,
esses são os aspectos importantes aí do Xue, do sangue, ligado ao coração.
Outros órgãos são muito importantes e aí a gente já vai entrar um pouco
na visão de Zang Fu, que a gente vai ter um pouco mais à frente, mas, por exemplo,
o baço tem duas importâncias para o sangue: uma é que se não houver o Qi
alimentar, se não houver uma boa alimentação, haverá, obviamente, uma deficiência
em formulação de sangue. Então a pessoa tem anemia, porque ela não come bem,
então ela precisa comer bem para não ter anemia. É diferente de: não, ela come
bem, mas o sangue não se forma bem, aí a gente vai ver se o sangue não está se
formando bem mesmo chegando uma boa energia, aí sim eu vou culpar o coração.
Mas se há uma má alimentação acontecendo, o Qi do baço tende a afundar. E o Qi
do baço sendo danificado, haverá uma má nutrição do sangue e o sangue não vai
receber o Qi alimentar. Ou seja, a gente vai ter uma relação de sangue pobre, uma
anemia, um paciente com pouca energia, com pouco sangue. Então a gente tem que
também observar os aspectos alimentares do paciente para notar essa deficiência
de sangue acontecendo.
Uma das funções do baço, e quando a gente for falar especificamente só
do baço eu vou bater muito nessa tecla, é que o baço é responsável por conter
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todas as estruturas. É como se ele fosse o colágeno, tá? Ele é responsável por
manter o vaso sanguíneo no seu calibre, manter os músculos com seu tamanho
correto... o baço controla as formas. Então anota isso, isso é importantíssimo: o
baço controla as formas. Ou seja, sempre que houver perda de sangue e que houver
hemorragias, a gente vai observar uma deficiência do baço acontecendo. Isso em
todos os aspectos, tá? A gente vai ver que vai ter algumas fusões, mas eu posso ter
uma hemorragia espontânea no meu estômago por uma gastrite, então é porque eu
tinha uma deficiência no estômago, sim, mas também havia uma deficiência do
baço. A pessoa tem uma menstruação que é excessiva, em dias ou em fluxo, tem
muito sangue, isso debilita muito essa mulher, então isso é uma deficiência do baço.
Então a gente vai ter que começar a trabalhar mais o baço dessa pessoa, ok?
Então o baço/pâncreas vai ser responsável no sangue principalmente por
levar o Qi alimentar até ele, para que seja bem feito esse sangue, mas também por
controlar as hemorragias. Essa é a função principal do baço lá em relação ao
sangue.
O terceiro órgão que a gente vai ter de muita importância no sangue vai
ser o fígado, tá? O fígado é conhecido como governante do sangue. O que isso
significa? Ele é um armazenador do sangue, ele vai guardar o sangue para que na
hora que for necessário, ele distribuir. Então o que isso me leva a pensar? Quando
eu não estou usando o meu sangue, todo o meu sangue vem e vai ser armazenado
lá no meu fígado, meu fígado guardou o sangue. Quando eu vou começar a fazer
exercícios com o braço, o que o fígado faz? Começa a distribuir. Primeiro, ele
manda o comando, ele solta o sangue e manda o comando para o coração, para o
coração distribuir. Então há uma interligação muito forte entre o fígado e o coração,
em gerenciar o sangue. Então eu acho que essa palavra se encaixa mais
perfeitamente, o fígado é o gerente do sangue. O que isso significa? Que se em
alguma parte do seu corpo está faltando sangue ou está com sangue em excesso,
quem está falhando é o fígado.
Ou seja, imagina que a pessoa... vamos levar aquela consideração
anterior que eu fiz, por exemplo, da hemorragia numa menstruação. Então uma
pessoa que tem uma menstruação excessiva, ela tem uma hemorragia, uma perda
de sangue muito grande. Bom, se está perdendo sangue, eu vou pensar em quem?
Quem contém as formas é o baço, quem contém o sangue é o baço, sim. Mas quem
está mandando muito sangue para a região também? Fígado. Então você vai ver
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intestinos, o rim, a bexiga e que serve mais para excreção. Então a gente tem aqui,
entre os pulmões e o coração, no mediastino, uma estrutura chamada timo, que é
responsável, ela é o duto central, é a centralização de todos os vasos linfáticos.
Para que serve o vaso linfático? O vaso linfático traz tudo que é de ruim
no nosso corpo que o vaso sanguíneo não conseguiu trazer. Então imagina que é o
nosso grande Comlurb, tá? Comlurb para quem é do Rio, logicamente, é uma
empresa de lixo. Então o sistema linfático vai estar ligado intimamente ao tórax, ao
aquecedor superior, porque ele está entre os pulmões. Então a respiração e o
batimento cardíaco aumentam e diminuem a pressão dentro do mediastino, que faz
com que essa estrutura, que se chama timo, também acabe gerando um
bombeamento passivo, ok? E esse bombeamento passivo vai fazer com que o
impuro caia dentro do tórax e esse impuro vai ser levado para o intestino e vai ser
levado para o rim. E, dessa forma, o rim vai filtrar o que é a água que não deve ser
eliminada e o que é impuro, que não fará bem para o corpo, que deve ser eliminado.
A mesma coisa no intestino: o intestino vai ver o que é líquido bom, volta para o
organismo, o que é proteína boa, o que é alimento bom, volta para o organismo; o
que é ruim e a gente não pode aproveitar, vai ser jogado para o impuro e vai ser
eliminado, ok?
Então, dessa forma, o sangue tem essa função importantíssima, que é
levar a nutrição, mas também ajudar a limpeza do organismo. Então não adianta eu
ter boa nutrição se eu não tenho uma boa limpeza. Então isso é um ponto muito
importante. E isso a gente nota principalmente quando o paciente está sofrendo por
alguma infecção, alguma inflamação, algum trauma em que a gente nota
principalmente nas articulações, a gente nota os gânglios infartados, a gente
observa nódulos acontecendo. Esses nódulos são exatamente aonde ficam
localizadas as cisternas linfáticas, que vão levar depois da articulação até o timo e o
timo vai ser responsável por levar lá para o rim para ser excretado.
Então vamos dar uma resumida rápida na aula de Xue. Então o que a
gente tem aí de importância no sangue: o sangue é gerado no coração graças ao Qi
nutritivo que vem no baço. O sangue, a homeostase, a temperatura do sangue, é
regulada pelo coração, então o coração tem essa função de manter o corpo com
uma temperatura ideal, então sinal de fogo do coração fraco são as extremidades
mais frias.
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sangue nessa aula. Faz as anotações, coloca em pauta, mantém seu caderninho
atualizado, faz o resumo da aula, reassiste uma ou duas vezes, que isso tudo que a
gente está falando vai ser muito importante para, lá na frente, entender como se
formula um protocolo.
Porque, lembrem, nesse curso a gente vai focar principalmente nas
pessoas que querem raciocinar e não simplesmente só tratar como todo mundo
trata. Lembra: quem faz sucesso é quem faz diferente, é quem raciocina, ok? Então
lembra de fazer suas anotações e qualquer dúvida entra lá no grupo de dúvidas ou
me chama no privado, que eu posso tirar sua dúvida, ok? Obrigado e até o próximo
vídeo.
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Olá, nesse vídeo a gente vai falar sobre fluidos corpóreos, ainda estamos
dentro de substâncias vitais. O que seriam os fluidos corpóreos, chamados de Jin
Ye? São todos os líquidos que não são compostos de sangue, ou seja, outros
líquidos que circulam dentro do nosso corpo.
Primeiro, a gente vai entender que existem fluidos corpóreos que são
mais líquidos e outros que são um pouco mais densos, e qual a função de cada um.
Primeiro, quem metaboliza esses líquidos, como acontece isso tudo? Então a gente
novamente vai falar do Triplo Aquecedor e como cada um trabalha com a sua
eliminação de excesso de líquido e para onde vai os líquidos bons ou ruins, ok?
Então primeiro a gente tem, no Triplo Aquecedor, primeiro a gente tem o
aquecedor superior, que é composto pelo coração e pulmão; aquecedor médio, que
é o alimentar, que é composto pelo estômago, baço/pâncreas, fígado e vesícula; e o
aquecedor inferior, que é formado pelo intestino grosso, delgado, o rim e a bexiga.
Primeiro, de onde vêm os líquidos? Vêm do Qi alimentar, então eu preciso
me alimentar. Então o primeiro estado dos fluidos, dos Jin Yes, dos fluidos
corpóreos, é com o estômago. O estômago vai ser responsável, num primeiro
momento, pela transformação dos líquidos corpóreos, ele já vai começar a fazer
uma pequena absorção. Então ele começa a destruir.
Nos livros antigos, essa fase no aquecedor médio, responsável do
estômago, era classificada como “poça de lama”. Mas fica meio estranho o nome.
Na verdade, é a destruição dos alimentos, né? Então a decomposição dos
alimentos, a decomposição dos líquidos que a gente ingere acontece no estômago,
criando esse líquido, que ainda não é puro nem impuro, simplesmente ele foi
totalmente destruído para ser absorvido.
E aí ele começa a descender, ele descende para o baço, ainda dentro do
aquecedor intermediário, e o baço vai ser responsável primeiro por captar os
alimentos e captar os açúcares e começar a jogar para o sangue.
Então o aquecedor médio vai ser responsável por fazer o quê? Primeiro,
tirar a primeira fase da nutrição, tirar os primeiros nutrientes que vão ser
responsáveis por formar duas coisas: Qi alimentar, e esse Qi alimentar vai ajudar a
nutrir o sangue, e a decomposição desses alimentos.
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Dr. Marcos Minello - Auriculoterapia 2.0
não pode falar: “ai, se eu fico no ar condicionado, eu fico com garganta seca”, todo
mundo vai ficar. Para não ficar, é necessário que você aumente a ingesta de
líquidos, para que essa vaporização, essa névoa, aconteça e o sistema respiratório
se mantenha umidificado.
Então, nesse caso, o pulmão tem duas visões: uma é a criação da névoa,
que vai umidificar todo o meu sistema respiratório, tanto inferior, como superior, ou
seja, quando a gente começa a apresentar muita coriza, quando essa coriza começa
a ficar mais espessa, tudo isso a gente vai interpretar como algumas patologias de
líquidos internos orgânicos acontecendo.
Por isso que a gente vai tratar, por exemplo, um paciente que tem uma
sinusite, você pensa assim: eu vou tratar o pulmão, porque é ele quem trata da
umidificação, de forma direta e indireta, dos seios da face. Então por isso que eu vou
precisar criar essa umidificação e trabalhar o pulmão, por exemplo quando o
paciente tem uma rinite, quando o paciente tem uma sinusite também.
Além disso, o excesso de líquido que o pulmão não consegue conter ou
vaporizar, o que ele faz? Ele joga para o timo, ele joga para uma estrutura, que fica
localizada dentro do nosso mediastino, que é o duto central, onde se junta todo o
nosso sistema linfático. E esse sistema linfático pega todos esses líquidos e leva lá
para o nosso rim.
Então por que isso é importante? O pulmão vai ser chamado de mestre
das águas, o controlador. A gente quando falou de sangue, o gerente do sangue, o
gerente do Qi, era o fígado; o gerente das águas, quem controla a via das águas é o
pulmão. Por quê? Por essa ligação do pulmão, da caixa torácica, com a pressão e
descompressão do timo. Quanto mais eu respiro de forma ideal, quanto mais
trabalho tem meu sistema cardiovascular, melhor eu dreno os excessos de líquido
do meu corpo.
Então sempre que a gente falar em edema corporal, a gente também vai
pensar no pulmão, por quê? Porque ele vai trabalhar diretamente em cima da
drenagem linfática. Então a drenagem linfática por via visceral depende de um
aumento de pressão e um aumento de descompressão torácica, para que esse duto
linfático junte todos os líquidos e os lixos orgânicos e seja levado para a filtragem. E
aí vai cair no mestre dos líquidos inferior. Quem é o mestre dos líquidos inferior?
Vão são os nossos rins.
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faz, o pulmão também vai ser responsável pela sudorese, ele também vai fazer essa
parte do controle, segundo a Medicina Tradicional Chinesa. Então se um paciente
não apresenta sudorese ou apresenta uma sudorese excessiva, a gente também vai
focar isso com o órgão pulmão, ok? Ela é quem vai controlar a via das águas. E lá
embaixo numa perda de urina. Lembra que perdas, a gente vai associar ao baço, tá?
Mas a coloração da urina vai ser importante, porque vai me mostrar exatamente se
esse paciente está com muita intoxicação ou se ele está bem nutrido de líquidos,
ok?
Então ensinar o paciente que está sendo tratado por você: ao primeiro
sinal de que a urina está amarelo escuro, comece a beber água. A princípio, todo
mundo deveria ingerir no mínimo uns 3 litros de água por dia, isso a gente ainda dá
uma variedade de acordo com o tamanho da pessoa, a quantidade de atividade
física que ela faz. Mas, a princípio, o que é interessante é que algumas pesquisas
mostram que mais de 80% da população ingere menos de 1 litro de água por dia,
ingere refrigerante, ingere sucos – e aí você vai ver que tem muita química envolvida
e pouco líquido puro sendo ingerido.
Então uma das condutas quando a gente fala muito em deficiência líquida
no paciente, então em língua, em respiração, em coriza, em sudorese, em excreção,
em eliminação de fezes e de líquidos, a gente questionar quantos copos de água por
dia o paciente está tomando. E é interessante que ele crie uma rotina, crie um hábito
de ter uma garrafinha térmica, que ele leve para qualquer lugar. E geralmente eu
peço que o paciente tenha uma garrafa de 500 ml, por quê? Fica mais fácil de ele
fazer a conta, então ele precisa tomar 6 dessa garrafa por dia, ou seja, duas na
parte da manhã, duas na parte da tarde e duas na parte da noite. Se a pessoa já
está um pouco mais velha, já tem um pouco de incontinência e tudo mais, leva três
garrafas para de manhã, duas garrafas durante a tarde e uma garrafa durante a
noite. E é simples, ele pode utilizar uma das coisas que eu falo para os meus
pacientes, que é: “pega seu celular e vamos juntos criar um alarme de beber água”,
sempre que esse alarme tocar, você vai ter que tomar todos os 500 ml programados
para você tomar. Por quê? O grande mediador químico, o grande responsável por
limpar o nosso corpo é a água, tá?
Então esse é o ponto importantíssimo, se o seu paciente tem qualquer
patologia, um ponto importante é: tentar regular os fluidos corpóreos do paciente.
Então ao regular os fluidos corpóreos do paciente, você tem uma facilidade muito
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Dr. Marcos Minello - Auriculoterapia 2.0
maior de retirar a dor, porque dor é química, tá? Dor é bioquímica, é alteração
bioquímica. Então se o meu paciente tem uma inflamação, como é que essa
inflamação vai sair dali? Ela precisa ser lavada. Como ela é lavada? Através dos
fluidos corpóreos. A gente vai falar um pouco mais quando a gente for entrar em
patologia, tá?
Mas essa é uma dica muito importante para você, assim como para o seu
paciente: tentar fazer com que ele tome a quantidade correta de água por dia e ver
como esse corpo lida com essa quantidade de água. Isso é importante também,
porque não adianta ele ingerir três litros e no total, na verdade, você visualizar que
ele está retendo água, ou seja, ele não está conseguindo lidar com esse excesso de
líquido. Por quê? Pode ser que, por muitos anos, esse paciente tenha se
acostumado a tomar 500 ml de água por dia, tem paciente que bebe 300 ml de
água. Logicamente que eu não estou falando aí de pacientes patológicos que não
podem beber água, como pacientes renais crônicos que têm limite, porque o rim não
filtra a água. Mas eu estou falando de pessoas ditas normais, que não bebem água
e de repente de um copo de água por dia, ela começa a tomar 10 vezes mais, ou
seja, ela começa a tomar 3 litros de água por dia, pode ser que o corpo de início não
consiga lidar bem com essa situação.
Então o que eu recomendo? Que comece devagar. Então dentro de uma
avaliação, você formular, dentro da sua avaliação, quantos copos de água você
toma por dia e qual o tamanho desse copo? Porque você tem que entender se é um
copo de 200, um copo de 300, um copo de 500 ml. Pergunta para o paciente:
“quanto mais ou menos de líquido você toma por dia?”. Dentro dessa quantidade de
líquido que você toma por dia, quanto desse líquido é água pura? E não vale suco,
não vale refrigerante, não vale refresco, o que é água. Você vai se assustar, vai ter
paciente que vai falar que toma zero de água. E aí você vai pedir para ele introduzir
três litros de água? Ele não vai conseguir.
Então é importante que na primeira sessão você peça para ele: “olha, ao
amanhecer, você vai começar a beber 500 ml de água. A primeira coisa que você
vai fazer”, e isso é muito importante, é como se acordasse o sistema gastrointestinal.
A primeira coisa que você vai fazer ao acordar é tomar 500 ml de água por dia e
pode continuar sua conduta diária, aos poucos a gente vai começar a introduzir mais
e mais água. Passou uma semana, duas semanas, conseguiu manter a rotina de
introduzir 500 ml de água por dia? Sim, conseguiu. Vamos passar para 1 litro? Agora
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Dr. Marcos Minello - Auriculoterapia 2.0
você vai tomar 500 de manhã e vai tomar 500 ml... aí é importante você pegar o
paciente num lance bem importante: comer e beber não faz bem para o estômago,
mas beber antes de comer faz bem para o estômago, é como se lavasse o impuro
para o alimento cair dentro de uma superfície já lavada, uma superfície limpa. Então
30 minutos antes do almoço você vai tomar mais 500 ml de água. E aí depois você
vai introduzindo aos poucos. Então o interessante é: sempre antes de uma
alimentação, o paciente ingerir, de 30 a 20 minutos, 500 ml de água.
Então se a gente fosse focar no protocolo final, qual seria? Acordou, 500,
aí toma café da manhã; antes do desjejum, que é entre o almoço e o café da manhã,
que é importante, vai tomar mais 500 ml; antes do almoço, mais 500 ml; só aí já foi
1,5 litro. Isso já faz com que ele esteja dentro de um percentual da população que
quase não existe, né? Depois: antes do café da tarde, antes da janta.
Se ele conseguir entrar nesse ritmo, ele vai fazer com que os líquidos
orgânicos dele funcionem melhor. E você vai ver como a sua terapia, seja auricular,
seja por acupuntura, seja por shiatsu, como ela vai caminhar muito melhor, porque a
retirada do lixo do corpo do paciente e a entrada de líquido de boa qualidade faz
com que Qi defensivo, o Qi nutritivo, a essência e o sangue funcionem melhor.
Fazendo tudo isso funcionar melhor, o organismo vai estar mais pronto.
Então a tendência dos pacientes ocidentais é ingerir mais química para
tentar resolver química, em vez de tentar entrar com mais líquido para retirar o
excesso de química. Então na Medicina Chinesa, um dos principais remédios é o
líquido, a água, ok?
Então foca nisso, foca isso no seu paciente, anota isso, grifa isso no seu
caderno, continua fazendo as suas anotações e [qualquer problema] em Jin Ye,
alguma coisa do tipo, reassista essa aula uma ou duas vezes e depois qualquer
dúvida me chama lá no WhatsApp, pode ser no privado ou pode ser no grupo, ok?
Então até o próximo vídeo!
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Dr. Marcos Minello - Auriculoterapia 2.0
Bom, agora a gente vai entrar em uma fase muito importante da Medicina
Tradicional Chinesa, que é exatamente a visão do Zang Fu. O que é Zang Fu? É a
visão dos elementos, na verdade dos órgãos e das vísceras de forma separada.
Então existe uma divisão muito clássica dentro da Medicina Tradicional
Chinesa que é: o tratamento do paciente, ter uma visão do Yin-Yang, que foi logo o
início que a gente começou a aula; tem a visão dos cinco elementos, que foi o que a
gente viu anterior agora a funções internas, e a terceira forma de trabalhar a
Medicina Tradicional Chinesa e a mais utiliza, a preferida pela grande maioria dos
médicos que trabalham com Tradicional Chinesa, é exatamente o método Zang Fu.
O que significa Zang Fu? Órgãos e vísceras.
A gente não entra muito em cinco elementos, mas diz exatamente que
cada órgão tem sua função dentro do corpo, ok? Então o primeiro órgão que a gente
vai começar a trabalhar – e quando eu falar no órgão, a gente vai pensar o seguinte:
se eu estou trabalhando com a auriculoterapia, minha visão é: todas as funções do
ponto, por exemplo, que a gente vai começar, do coração, tem essa função. Então
se o coração tem as funções A, B, C, D e E, sempre que meu paciente apresentar
problemas em A, B, C, D e E, eu vou usar o ponto do coração para tratar esses
problemas. Se eu estou trabalhando mais no shiatsu ou na acupuntura, eu vou
trabalhar no meridiano do coração, aí logicamente a gente vai ter que se aprofundar
um pouco mais na função de cada ponto e do meridiano propriamente dito.
Então a gente vai ver as primeiras funções do coração, ok? Então a
primeira função do coração é governar o sangue. O que significa isso, governar o
sangue? Isso a gente já viu um pouco quando a gente estava falando de Xue, de
sangue, anteriormente, mas ele é o órgão responsável por juntar o Qi do tórax junto
com o Qi do alimento, junto com a essência do rim e formular o sangue, preparar o
sangue. Então esse governar o sangue é: ele consegue dizer em que momento tem
que se criar mais sangue, em que momento tem que se gastar sangue, ele está
governando, ele está secretariando, ele está organizando o sangue dentro do corpo
humano. Então isso é uma função bem importante dentro do coração, do órgão
coração.
Então sempre que eu tiver qualquer tipo de problema em sangue no meu
paciente, uma anemia, uma deficiência de sangue, alguma alteração genética que
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gere alguma deficiência em sangue do tipo, eu vou usar o ponto do coração para
fazer esse tratamento do sangue.
Então uma visão de deficiência do sangue muitas vezes é a deficiência
energética, então por isso que muitas vezes se usa o ponto do coração, porque ele
vai dar uma tonificada no sangue e vai organizar esse Qi. Lembra também que nos
vídeos anteriores a gente falou muito intimamente a relação do Qi, que é a energia,
junto com o Xue, que é o sangue. Então o Qi está contido dentro do Xue, ou seja, a
energia está contida dentro do sangue, assim como o sangue contém a energia.
Então se eu governo bem o sangue, eu governo bem a energia. Então governar o
sangue é exatamente: é ele quem manda produzir, é ele quem manda gastar, é ele
que mantém os membros aquecidos, lembra, isso a gente também falou do Xue,
quando a gente estava falando em sangue, que o coração tem uma função muito
importante que é manter a homeostase térmica do corpo, manter os membros
aquecidos. Então um sinal de deficiência da governança do sangue e do coração
são membros frios. E isso acontece muito, por exemplo, em idosos, que já é uma
deficiência de essência, uma deficiência de Qi alimentar, uma deficiência de Qi
torácico. E se eu não tenho nenhum desses elementos que compõem o sangue,
logicamente vai falhar o coração quando ele precisar governar o sangue.
A segunda função importantíssima do órgão coração vai ser exatamente o
controlar os vasos sanguíneos, ou para quem gosta dos termos em chinês, Xue Mai,
tá? Então governar os vasos sanguíneos. Vasos a gente vai interpretar como artéria
e veias, então os vasos sanguíneos. Qualquer deficiência, alteração em vasos
sanguíneos, isso mostra uma deficiência do coração. E se eu tenho essa deficiência
no coração, é ele quem eu vou trabalhar tonificando.
Então, por exemplo, varizes, tromboses, arterioscleroses, aneurismas,
todas essas lesões, acidente vascular encefálico, um AVE, um derrame,
popularmente chamado, tudo isso é uma falha do elemento do coração e é em cima
dele, desse órgão coração, que eu vou trabalhar quando eu tiver essas alterações. A
gente vai ver um pouquinho mais à frente que o baço é responsável por manter as
formas, então se eu tenho, por exemplo, uma variz, se eu tenho uma trombose, eu
acabo tendo também uma perda de forma. Então além de trabalhar o vaso
sanguíneo com o coração, eu também vou trabalhar a forma através do
baço/pâncreas, que vai ser o órgão responsável por manter as formas, ok?
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a uma mente que está vazia e essa mente vazia demonstra uma fraqueza do órgão
coração.
Então sempre que eu focar em trabalho, estudo, estresse, ansiedade,
não, ansiedade já entra na parte mais emocional, mas pensamento mais na parte
racional aqui do cérebro, do computador central, eu vou trabalhar com o coração
focando em que ele é quem leva energia para a mente, para que o computador
central consiga funcionar. Então fazendo uma simplificação: se você notar que seu
computador central não está funcionando da forma que deveria ou vem falhando ao
longo do tempo, ou eu estou perdendo memória – então, por exemplo, um
Alzheimer, uma demência senil, uma demência juvenil, alguma coisa do tipo pode
estar acontecendo no seu paciente, eu vou olhar o seguinte: se o computador não é
emoção, mas sim o cérebro, as sinapses não estão com a velocidade que deveriam
estar – lembrando de nunca usar a forma comparativa com outras pessoas, porque
tem gente que pensa assim: se a gente começar a trabalhar o ponto do coração,
meu cérebro vai fazer muito mais sinapses, eu vou ficar muito mais esperto, vou
virar um Einstein, não é assim. Na verdade é: ele ajuda a equilibrar o seu próprio eu
como deveria ser.
Logicamente, assim como nutrir a mente através de estudo tonifica o
coração, a falta de nutrição também o debilita. Então, por exemplo, sabe-se que
para manter uma mente forte é necessário exercitar a mente. Então a mente é
abrigada pelo coração, mas o coração ele tem uma influência pela mente. Então é
necessário estudar, é necessário conhecer algo novo, é necessário fazer, como
vocês estão, um curso, estudar, isso tudo nutre o coração. Mas tudo o que é em
excesso ou em deficiência o danifica. Então, por exemplo, se eu deixar uma pessoa
estudar 12, 13, 16 horas por dia, pode ser que ela consiga um ano, dois anos, mas
vai chegar uma determinada hora da vida dessa pessoa que o computador vai estar
tão voltado só para o estudo, que ele vai começar a esquecer outras coisas
fundamentais da vida diária. Então tem pessoas que esquecem de comer, tem
pessoas que esquecem de tomar um remédio, que começam a viver uma vida só
para o estudo. Então sempre na Medicina Chinesa o equilíbrio é fundamental.
A visão muito ocidental da coisa é que você só fica bom se você fizer
muito, se você fizer 20 horas por dia. Na visão oriental, na verdade, é muito o oposto
disso, na verdade, quem chega na frente é muito a história da lebre e da tartaruga:
se você vai muito rápido, acaba que você gasta muito a sua energia e você tem que
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descansar. Quando você tem constância, você consegue ir muito mais longe. Então
isso também ajuda muito nessa visão do coração alimentando a mente.
Então se o seu paciente tem uma dificuldade de concentração, tem
distúrbio de déficit de atenção, falando aí nos adolescentes, se tem um Alzheimer
que está começando, uma demência senil, o ponto do coração deve ser trabalhado
de uma forma à tonificação, e a gente vai entender como tonifica mais à frente. Mas
é necessário ter calma, porque não adianta querer tonificar imensamente, de um dia
para o outro, pensando que no dia seguinte a pessoa tem uma prova e que, de um
dia para o outro, vai se ter resultado. A constância no tratamento vai fazer com que a
evolução dessa mente fique melhor e que ela progrida de uma forma positiva e não
de uma forma negativa.
Então o abrigar a mente, para mim, é um dos pontos mais importantes e
que no dia a dia, com os meus pacientes, é uma faz formas que eu mais uso o ponto
do coração.
Ele tem uma configuração... Todo órgão e víscera tende a se abrir em
algum lugar, ele se comunicar com o meio externo de alguma forma. Então, por
exemplo, o coração se abre na língua. Então o que isso quer dizer? Pessoas que
têm muita energia de coração vão tender a falar muito, ter uma língua muito solta. A
língua como aspecto de fala e também a língua com um aspecto até de percepção
de sabores, tá? Então são pessoas que vão ter um paladar muito apurado, pessoas
de coração, pessoas que têm uma boa energia de coração, e são pessoas muito
verborrágicas, são pessoas que gostam de falar abundantemente.
Então o que seria uma deficiência energética do coração? Bom, a pessoa
até falava durante a vida, ela tinha uma boa fala e de repente, por algum trauma, por
alguma coisa, ela parou de falar. Então os fonoaudiólogos usam muito o ponto do
coração associado ao ponto da língua, por exemplo no tratamento da fonia, de um
paciente que não consegue mais falar por algum motivo traumático, seja qual for.
Na Medicina Tradicional Chinesa, a visão é exatamente que há uma
deficiência energética do sangue, do coração. E, além dessa deficiência energética
do coração causar a dificuldade ou a ausência da fala, também vai gerar a
dificuldade ou a ausência do paladar. Então são aquelas pessoas que têm um
paladar que, na verdade, comem por necessidade, não têm gostos preferidos ou não
têm variação de paladar, preferem só apenas um paladar.
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Dr. Marcos Minello - Auriculoterapia 2.0
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racional e ele não tem controle total ainda sobre esse raciocínio, acaba que o fogo
do coração queima excessivamente, fazendo essa transpiração acontecer.
Então no momento em que a gente começa a fortalecer a mente, começa
a fortalecer o governo do coração sobre o sangue, eu vou começar a equilibrar essa
hiperidrose, principalmente as hiperidroses que são de vias racionais – quando o
paciente é colocado à prova. Então você pergunta ao paciente: “quando aparece
essa hiperidrose?”, “ah, quando eu tenho que fazer alguma coisa importante ou
quando eu tenho que explicar alguma coisa para o meu chefe ou quando eu tenho
que apresentar algum trabalho e isso me gera uma hiperidrose, eu começo a suar e
eu perco o controle sobre essa sudorese”, então é um ponto importante aí, ok?
Então as funções do coração: governar o sangue, controlar a mente,
manifestar-se na compleição, controlar os vasos sanguíneos, abrir-se na língua e
controlar também a sudorese.
Então anota isso, coloca isso no seu caderno de estudo, é
importantíssimo. E se você ainda assim, viu o vídeo uma vez, duas vezes, viu lá o
material todo, ainda está com dúvida, pode chamar lá no grupo que a gente vai te
ajudar a tirar todas as suas dúvidas, ok? Então até o próximo vídeo!
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Bom, nesse vídeo a gente vai falar um pouco sobre sistemas internos
ainda, agora falando do órgão fígado, um órgão importantíssimo na Medicina
Tradicional Chinesa.
Uma das principais características do fígado, que a gente está
trabalhando num paciente em Medicina Tradicional Chinesa, é que o fígado, ele é
responsável por manter, controlar o sangue do paciente, então a função principal
dele é de armazenar o sangue.
Então o que é “armazenar o sangue”? Então imagina o seguinte, que a
gente falou que o coração é quem governa o sangue, ele é quem manda fabricar,
ele é quem manda fazer e tudo mais, beleza, esse sangue está produzido, esse
sangue está pronto, mas ele precisa ser estocado em algum lugar.
Então pensa no sangue como se fosse um tesouro do governo: quem
controla onde vai gastar, com o que vai gastar e tudo mais, é o governador que vai
fazer isso. Porém, precisa-se de um local que seja o estoque, ou seja, aonde vai ser
guardado? Vai ser guardado lá no Banco Central, vai ser no Tesouro Nacional.
Então esse lance de ser o Tesouro Nacional, de ser o Banco Central, esse é o
fígado.
O fígado tem a função de armazenar o sangue, ou seja, ele é quem vai
ajudar o coração a assegurar o bom fluxo de sangue e de energia pelo corpo. Então
a função de armazenar é: bom, eu estou dormindo, o sangue que deveria estar nos
meus músculos não tem necessidade de estar lá, porque eu não estou fazendo
atividade física, o meu cérebro não está com raciocínio no ápice, ele está com uma
frequência mais baixa, então não precisa de muita oxigenação, então o que
acontece? Esse sangue vai ser todo direcionado e estocado lá no fígado. E a cada
momento em que o corpo precisar de sangue em algum lugar, esse sangue vai sair
desse Tesouro Nacional, desse Banco Central, e vai ser direcionado à região que
necessita desse sangue.
Então o que acontece é que além de armazenar o sangue, lembra que
quando a gente falou do sangue, que dentro do sangue está contido o Qi, está
contida a energia. Então se ele armazena o sangue, ele também armazena energia.
Daí a importância de muita gente focar, como está trabalhando na Medicina
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Tradicional Chinesa, focar que o Gan, o fígado, ele é quem controla também o fluxo
de energia e de sangue pelo corpo.
Então o que seria uma ausência ou uma deficiência de fluxo energético e
de fluxo de sangue? Todo excesso de fluxo vai causar... vamos pensar em fluxo
como se fosse um fluxo de via, de carros, ok? Então eu posso ter ou uma deficiência
ou um excesso de fluxo. O que seria um excesso de fluxo? Excesso de fluxo é: sai
todo mundo 7 horas da manhã para pegar a mesma via, o que acontece com aquela
via? Ela fica engarrafa e a pessoa que deveria conseguir chegar no horário, ela
acaba não chegando no horário, então isso seria um excesso, um [disparo], um
excesso de fígado sendo levado para uma determinada região.
O que isso pode causar? Principalmente o seguinte: a energia circula,
pela Medicina Tradicional Chinesa, dentro do nosso corpo por meridianos – são
trajetos que circulam energia – e o sangue circula pelos vasos sanguíneos, pelos
Xue Mais, ok?
Se numa determinada hora, eu preciso pegar alguma coisa e é levado
energia em excesso para esse local, pode ser que ele não chegue, por exemplo, eu
preciso pegar uma caneta, só que é levado muita energia para o local e engarrafa no
ombro, o que acontece? Na hora que eu vou fazer um movimento, eu tenho um
travamento, uma dor excessiva no local, eu acho que muitos de vocês já passaram
por isso, um bloqueio articular, um bloqueio muscular, e eu não consigo executar a
tarefa.
Então a visão, na Medicina Chinesa, é: esse momento em que você foi se
abaixar para pegar alguma coisa e travou o músculo da coluna, o que estava
acontecendo ali? Houve um fluxo de energia e esse fluxo de energia acabou
estagnando, ele acabou engarrafando, ele acabou bloqueando. E aí o que
acontece? Não chega energia até a determinada região e em uma parte do corpo se
[destaca] uma dor excessiva. Então essa dor instantânea que acontece quando eu
necessito de um movimento, se eu necessito de uma tarefa e vem uma dor muito
forte, isso eu falo que é o fluxo em excesso do fígado que está causando esse
problema. A gente vai ver algumas patologias mais clássicas de fígado, mas você já
pensa nisso, que ele é quem controla o Qi dentro de todos os meridianos, não
importa.
Então se eu estou me abaixando, é o meridiano da bexiga [que corre na
coluna], eu estou me abaixando, eu estou indo pegar alguma coisa no chão e de
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Dr. Marcos Minello - Auriculoterapia 2.0
repente trava a coluna, travou a coluna e houve uma dor muito forte, excessiva,
lancinante, uma dor com características de excesso, isso me demonstra que o
fígado falhou levando uma energia muito rápida e chegou em uma determinada
região e houve o engarrafamento. E isso causou uma dor lancinante.
E o que seria o oposto? Na verdade, o fígado, estando em deficiência de
controlar o fluxo de sangue, controlar o fluxo de energia, seriam principalmente as
parestesias ou perda de força. Então quando eu vou pegar um copo, quando eu vou
pegar o celular, eu não consigo manter por muito tempo, eu perco a força. Então
todas as braquialgias, as ciatalgias, vai ter muita interpretação na Medicina Chinesa
de que é o fígado que não está conseguindo enviar até o local a energia correta.
Então parestesias, deficiências de força, deficiências energéticas, locais
ou globais, deficiência de sangue, deficiência de fluxo de sangue, deficiência de...
você sabe que a pessoa tem essa energia, mas ela não consegue mover essa
energia, o fígado vai ser o ponto em que a gente vai tratar e, por isso, é um ponto
tão importante.
Na Medicina Chinesa, o equilíbrio entre o excesso e a deficiência é
causado pelo controle do fígado.
Tem alguns termos que, na tradução, ficam um pouco subjetivos demais e
o meu trabalho é exatamente esse, ajudar na compreensão de todos esses termos.
Então, por exemplo, tem um termo que é de responsabilidade do fígado, então a
gente já falou, primeiro, ele é quem armazena o sangue, ou seja, é o estoque
central, certo? Mas ele também é quem controla o quanto de sangue, o quanto de
energia vai sair para determinados locais. Se sai muito, há um quadro lancinante, há
um quadro de dor excessiva, e isso eu vou tratar sedando o fígado, diminuindo essa
energia do fígado. E se eu tenho um quadro oposto, ou seja, houve uma
necessidade de energia em tal lugar e simplesmente o fígado não leva a energia
para esse local, o que vai acontecer? Essa deficiência de energia vai aparecer como
fraqueza, como parestesia, como dormência.
Então uma das coisas que é interpretada com a junção desse
pensamento de armazenar e distribuir é um termo muito interessante, que é muito
confuso, porque algumas literaturas não traduzem da forma correta. Então o fígado
é responsável por abrigar e armazenar a alma etérea. O que seria isso?
A linguagem da Medicina Tradicional Chinesa é uma linguagem muito
subjetiva, então eles falam muito entrelinhas, tá? Então o que é a alma etérea numa
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tradução literal, o que é? A alma etérea é como se a pessoa que você lê nos livros
mais antigos, e tem relatos, o paciente perdeu sua alma etérea e começou a vagar
sem pensamentos. Então o que é a alma etérea? Seria exatamente... imagina um
corpo sem alma, né? Então um corpo sem mente, sem o Shen, o que acontece?
Essa pessoa passa a viver uma vida como se fosse um zumbi. Então a gente
interpreta muito essa perda da alma etérea de forma mais drástica, por exemplo,
infelizmente é muito comum a gente ver moradores de rua que você vê às vezes o
histórico e às vezes tinha tudo para dar certo, tinha um trabalho, alguma coisa, e
aconteceu algum problema na vida e simplesmente a pessoa perdeu a mente, a
mente desapareceu, o controle da mente, o controle do corpo desapareceu e
começa a vagar por aí, como se fosse Walking Dead, como se fosse um zumbi. E a
perda da mente, a perda do Shen, a mente ir embora, é como se perdesse a alma
etérea.
Então na visão da Medicina Tradicional Chinesa, quando eles viam
alguém vagando livremente, alguém vagando sem um porquê, executando tarefas
sem um porquê, aquela pessoa fica lá plantando arroz sem tem um porquê e olha na
mente daquela pessoa, ela está com a mente perdida, então esse “perder o porquê
da vida” está muito ligado à perda da alma etérea, que é a função do fígado.
Então a visão mais simplista que a gente pode falar, eu vou ter aqui dois
extremos, eu acho que um morador de rua, aquele morador de rua que está
vagando livremente ou então mais zumbi ainda, a gente pode falar numa visão que a
gente vive, principalmente Rio de Janeiro, São Paulo, é muito comum a gente ver os
usuários de droga, os cracudos, eles têm classicamente perda da alma etérea. Você
olha e praticamente você vê um corpo sozinho ali caminhando e que não tem mais
uma mente trabalhando ali dentro. A única função que eles têm é nutrir cada vez
mais aquele corpo com a droga para poder sobreviver. Isso é totalmente uma perda
de alma etérea.
Mas levando mais para o nosso cotidiano, não para esse extremo tão
forte, que é o uso excessivo de drogas, a perda por algum trauma da mente, mas
quando você começa a não ter mais um porquê da vida. Então quando você pega
um paciente e ele não sabe te explicar o porquê de estar vivendo, por quem está
vivendo, qual o objetivo de vida, ele não tem mais essa governança da sua mente, a
gente fala que ele está começando a perder a alma etérea, e aí o nosso trabalho é
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Dr. Marcos Minello - Auriculoterapia 2.0
exatamente buscar essa alma, trabalhar esse fígado para fazer essa ancoragem da
alma etérea e fazer com que o paciente consiga novamente ter um norte, ok?
Então isso é muito comum. Porque quando a gente falou dos viciados, a
gente falou dos moradores de rua, é um ápice muito distante talvez dessas pessoas
que estão aqui do outro lado assistindo, que: “ah, eu não vou trabalhar com um
drogado” ou “eu não vou trabalhar com moradores de rua” ou “vou trabalhar,
dependendo”, tem muitas pessoas que fazem o curso também para trabalhar em
comunidades carentes, tudo mais. Mas a princípio vocês não têm noção de quantas
pessoas vivem trabalhando, vivem a sua vida, e, na verdade, quando você pergunta,
num questionamento terapêutico, o porquê de ela estar vivendo, o como ela está
vivendo e qual é o seu grande porquê, ela se perde no objetivo e tenta se
[fundamentar]: “ah, eu estou trabalhando, porque eu preciso pagar as contas”. Mas
por que você precisa pagar as contas?
Então as pessoas perdem o porquê. Então a falta da alma etérea,
literariamente, eu falaria para vocês que é a perda de norte, do porquê você está
vivendo, por que você decidiu fazer essa profissão, por que você está trabalhando,
para quem você está vivendo? Pode ser um objetivo, pode ser uma pessoa, mas
existe um norte. E essa governança desse norte simplesmente é a presença da
alma etérea. Pode não existir um norte e a pessoa estar com uma boa alma etérea?
Sim, simplesmente a pessoa está em busca do porquê. Isso não é uma deficiência,
a pessoa não achou ainda o porquê, mas ela está procurando o porquê, então a
alma etérea ainda está presente.
Então cuidado para não confundir um pouco com espiritismo, essas
coisas, é só uma linguagem um pouco mais entrelinhas, para dizer exatamente que
a pessoa está perdendo a essência, está perdendo o porquê de vida e isso é
exatamente a perda da alma etérea, quando é falado do fígado.
O fígado tem sua manifestação nas unhas, então a gente consegue
observar, por exemplo, unhas quebradiças, unhas fracas, unhas que caem
facilmente ou que têm infecções, micoses muito comumente, então isso tudo mostra
a deficiência de energia do fígado. E o oposto, por exemplo, unhas que nunca
quebram, unhas que crescem muito rápido, são um demonstrativo da presença de
uma grande energia no fígado.
Lembrando que a gente sempre fala assim: “nossa, tem muita energia no
fígado”. Se você fala numa Medicina Tradicional Ortodoxa, uma Medicina ocidental,
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ter muito é bom. Lembra que na Medicina Chinesa ter muito não é bom, é excesso,
um excesso de qualquer órgão, excesso de qualquer energia está consumindo
alguma outra coisa, ok? Então se tem um excesso de fígado, em algum momento
vai ser cobrado esse excesso de energia que está sendo consumido de algum lugar.
E um outro ponto importante é que ele se abre exatamente nos olhos.
Então quando você observa a pessoa e elas tem olhos mais amarelados, olhos mais
secos, olhos profundos, ou então muitas vezes uma dificuldade de olhar no olho,
isso tudo é uma deficiência importante do fígado. Então olhar a pálpebra, como é
que está, a cor, se está uma coloração... um rosa claro ou um vermelho mais escuro,
isso tudo vai te dando um direcionamento de como está a energia do corpo desse
paciente e isso é importantíssimo para a gente ajudar na orientação.
Então logicamente que pessoas que têm alterações oculares, têm
deficiência do fígado? Sim, possivelmente isso pode ser genético ou constituído. Por
exemplo, se eu uso excessivamente meus olhos, com o tempo a tendência é: se eu
já não vim com uma energia de fígado muito boa, lembra que a gente falou muito em
essência, em essência pré-celestial ou pós-celestial? Ou seja, se eu vim com uma
boa genética de fígado ou se eu nutri bem meu fígado durante a vida, a tendência é
que eu tenha bons olhos. Então ter bons olhos, olhos de águia, dito na Medicina
Tradicional Chinesa, os olhos de águia são uma característica de um fígado muito
bem equilibrado, né?
Já alterações oculares que são congênitas, então herdadas, isso
demonstra uma deficiência principalmente de pré-celestial, essência pré-celestial, ou
seja, se foi herdado, essa deficiência no fígado, que essa pessoa vai ter, não foi
adquirida, a culpa não é dela, então a culpa foi da constituição que veio para ele, na
junção do pai com a mãe, na genética veio essa deficiência do fígado, que se abriu
nos olhos.
E necessariamente por isso que ele vai ter patologias do fígado? Não.
Exatamente é um norte para a gente trabalhar em cima desse paciente para evitar
que ele desenvolva. Porque se ele já tem sinais de alterações oculares, eu já
observo esse paciente com um olhar, assim, em algum momento esse elemento
madeira, o fígado desse paciente vai ter que ser trabalhado, porque ele tem
alterações visuais bem interessantes. Então ou a perda da visão... Logicamente que
se for por trauma, não vai ter uma influência tão direta, mas vai gerar uma influência
indireta sim.
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onde? Para a cabeça. Então, por exemplo, nossa, eu estava estudando, ou seja,
usando muito os olhos, ou vendo o computador, ou assistindo muito no celular, e de
repente veio uma dor de cabeça de forma rápida, bruta, lancinante. Isso a gente
chama, a gente vai ver mais em patologias do fígado, mas a gente chama de
ascensão do Yang do fígado. É como se o fígado subisse toda a energia com muita
velocidade. E aí esse paciente vai ter uma dor de cabeça latejante, fotofobia, ele vai
precisar ter um quarto fechado, sem nenhuma luz entrando, então isso tudo é um
excesso de energia do fígado.
O que seria deficiência da distribuição de energia? Seria a fraqueza.
Como eu falei em alguns exemplos, a paciente, principalmente quando tem a
cervicobraquialgia, as ciatalgias, as dores neurais, as parestesias, as dormências,
são muito características de deficiência do Qi do fígado, deficiência de energia e de
sangue do fígado, que não está chegando até a região, então a gente vai trabalhar
muito em cima do ponto do fígado.
Mas lembra que eu posso falar também na cabeça, então, por exemplo,
quando eu falo para o paciente que ao mudar de decúbito ele falta sangue na
cabeça, a gente vai falar um pouco da diferença entre distúrbio ortostático, um
distúrbio de falta de sangue por ficar em pé, e o distúrbio de ouvido interno, que é a
labirintite, isso vai ser do rim. A diferença é o seguinte: quando a pessoa muda de
decúbito, aquela tendência, está faltando sangue, ele quase desmaia e tem que se
segurar. É diferente da labirintite, que a labirintite é: ao movimentar minha cabeça
em algum plano, parece que eu estou bêbado e tomei várias tequilas, isso é a
labirintite. Então essa sensação de levantar e ter um apagão, isso é uma deficiência
energética do fígado, então é necessário trabalhar o fígado, principalmente se isso
acontece de forma crônica.
Lembrando que isso pode ser, simplesmente, uma deficiência de Qi
energético alimentar também: se o paciente fica sem se nutrir, quando ele se
levanta, ele tem pouca energia e ele tende a esse desmaio. Mas é uma patologia
que a gente tem que observar quando a gente olha o fígado.
Então a perda da alma etérea, que é a perda do porquê, a pessoa
começa a ficar desnorteada, então principalmente os psicólogos, os psiquiatras, eles
vão trabalhar muito com fígado, principalmente nessa perda da alma. E uma
característica que é importante é que essa alma etérea é responsável principalmente
por organizar os nossos sentimentos.
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gente vai fazer junto com a auriculoterapia ou com a acupuntura, ou com shiatsu,
usando a Medicina Tradicional Chinesa, a gente tem que fazer com que o próprio
paciente queira se tratar e que ele o convide para que esse corpo seja tratado.
Então se o paciente vem para um tratamento, por exemplo: “ah, eu quero
tratar um vício”, “ah, eu quero tratar minha fúria”, mas ao mesmo tempo ele não quer
tratar, ele está falando que quer tratar só porque seu cônjuge, seu familiar o está
empurrando para um tratamento, saiba que o insucesso vai ser não porque a
auriculoterapia não é eficaz e sim porque o corpo dele está combatendo o
tratamento, assim como seria se ele tomasse um medicamento.
Por exemplo, eu tenho um amigo, por exemplo, que faz um trabalho
antivício e vício está ligado muito a problema de alma etérea, principalmente quando
ele atinge um nível de necessidade, então ele é um tabagista por necessidade
absoluta, já está em dependência química, fuma dois maços de cigarro por dia. E
simplesmente ele foi no cardiologista e o cardiologista falou para ele que se ele não
parasse de fumar, ele ia acabar falecendo, porque o pulmão dele estava muito
debilitado, coisas do tipo. O que aconteceu? Rodrigo simplesmente comprou os
adesivos de nicotina e começou a colar os adesivos de nicotina. O que aconteceu?
Na verdade, o vício dele piorou, por quê? Ele não queria parar de fumar, ele
começou a ter o adesivo de nicotina no corpo, porém o vício físico não parou, então
ele continuou fumando cigarro e, ao mesmo tempo, ele continuou usando o adesivo.
Hoje em dia, ele fuma mais cigarros do que ele fumava antes. Então nunca partiu
dele a necessidade ou a vontade de parar de fumar, ele tomou um susto, o médico
achou que a melhor solução para ele era um adesivo de nicotina, e, na verdade, o
que ele precisava muito mais era um trabalho de auto entendimento, de que ele não
precisa daquilo para viver. Mas isso logicamente ele teria que tratar junto ao
psicólogo, a um psiquiatra, a um terapeuta holístico, um auriculoterapeuta, que vai
fazê-lo entender e vai ancorar um pouco essa alma etérea desse paciente, para que
ele possa se defender desse vício e, realmente, voltar a alma ao seu corpo e falar:
“por que eu estou me destruindo?”.
Então esse princípio da alma etérea do fígado é muito interessante, por
quê? É o princípio da autodefesa: por que eu estou fazendo isso comigo? Então
sempre que houver essa degradação interna ou externa, que é a fúria, eu fazendo
uma fúria comigo mesmo e me destruindo ou destruindo o próximo, você notar que
isso está acontecendo, o fígado é o ponto essencial que a gente vai tratar, ok?
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forma fisiológica, ou seja, a atividade física faz se criar novos vasos sanguíneos,
novas arteríolas e vinícolas dentro do músculo, isso quem faz é o coração. Mas
quem controla a quantidade, o fluxo de sangue que passa ali é o pulmão. Então a
gente vê ali a junção de três órgãos muito importantes para se equilibrar a energia
do paciente – o coração é o governante do sangue; o pulmão é o controlador dos
vasos sanguíneos e da energia; e o grande armazenador de energia e controlador
de energia é o fígado.
Então isso que é interessante entender, imagina o seguinte: o governante,
que é o coração, ele fica responsável por mandar – quantos vasos, quanto de
sangue – ele é o governador – quanto sangue a gente tem, quanto sangue a gente
precisa ter, manda sangue para não sei aonde, tal – então ele é quem governa
aquela região.
Para ele ser um bom governante, ele precisa ter um bom Tesouro, ou
seja, ele precisa ter um bom armazenamento, que é o fígado. Ou seja, ela chega lá
para o fígado e fala: “fígado, leve sangue lá para o pé do paciente, que ele vai
começar a correr”, “fígado, leve sangue para a coluna do paciente, que ele vai
segurar o filho dele no colo”. Então o coração passa a ordem para o fígado e o
fígado vai distribuir esse fluxo. E quem controla essa chegada de fluxo até o local e
depois a retirada desse excesso do local é o guarda de trânsito. Quem é esse
guarda de trânsito? É exatamente o pulmão.
O pulmão faz o direcionamento, ele ajuda a direcionar o fluxo e impedir
que haja um atropelamento, um engarrafamento de fluxo, então ele ajuda no
controle. Então enquanto o coração governa, o fígado armazena, o pulmão vai ser o
controlador geral, ele é quem vai ser o administrador das vias públicas, dos
meridianos e dos vasos sanguíneos, então ele vai controlar quem é que vai passar
por ali, quanto vai passar, já chega, para um pouquinho, vem no outro meridiano,
então ele vai estar mais ou menos fazendo esse trabalho de controle da energia.
Não só da energia, mas como também o pulmão é quem controla a via
das águas, então esse é um outro ponto importante. Os fluidos corpóreos são de
responsabilidade principalmente do pulmão. Entre os pulmões vai ficar o timo, que é
o duto central das nossas vias linfáticas, que são as nossas vias que pegam todo o
nosso lixo orgânico e centralizam, e ele vai ser responsável pela abertura e o
fechamento dos poros.
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Por exemplo, porque tem gente que pensa a ligação só entre pessoas,
mas tem pessoas que às vezes tem ligação com o seu carro, às vezes mais forte
que uma ligação com um ente querido. Então teve o carro roubado e aquilo dispara
uma tristeza, dispara uma depressão. E isso vai fazer com que a compleição
respiratória do paciente caia. E isso vai mostrar um abatimento geral e esse
abatimento geral do paciente, a gente vai observar, na Medicina Tradicional
Chinesa, sendo traduzida como uma alteração ou uma deficiência de alma corpórea
do paciente.
Ou seja, o paciente está sem energia, ele não respira bem, ou seja, ele
teve alguma perda e essas perdas, essas tristezas, por qualquer tipo de perda, não
podemos julgar que tipo de perda que vai disparar uma tristeza ou não no paciente,
simplesmente entender e trabalhar. Se houve uma tristeza ou uma depressão, se
houve uma perda em algum sentido e isso afetou o tempo respiratório e isso está
dificultando algum sistema do paciente, seja o sistema hídrico do paciente, de
edema, de pele, tudo mais, eu vou trabalhar o ponto do pulmão.
Então resumão dessa aula de pulmão, vamos lá. O pulmão governa a
respiração e governa a distribuição de energia. Ele é responsável pela dispersão do
Qi de defesa pelo corpo e também, quando ele não consegue dispersar os líquidos
corpóreos pelos poros e pela vaporização na respiração, ele vai ser responsável
pela descendência desse excesso de líquido, para ser eliminado pelo rim e pela
bexiga.
Ele também tem uma função importante, isso é um ponto importante, que
eu não tinha falado ainda: a respiração, quando é completa, ela aumenta muito a
pressão abdominal. Então a respiração completa, quando ela está com alma
corpórea completa, o paciente está com uma compleição energética muito intensa,
essa respiração é muito intensa e ela massageia muito as vísceras. E isso ajuda
muito a descendência da energia também para os intestinos. Então uma respiração
completa ajuda na eliminação da bexiga, da excreção de urina, mas também ajuda
na eliminação de fezes, tá? Então uma respiração completa leva a uma
potencialização do pulmão e ajuda no intestino grosso, a eliminação do intestino
grosso.
Por isso até, lembra lá nos cinco elementos? No elemento metal, o
acoplado do pulmão e o intestino grosso. Então ao tonificar o pulmão, eu estou
tonificando o intestino grosso. Então se o meu paciente tem uma dificuldade de
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constituição. Então isso tudo é interpretado, na literatura chinesa, como energia pré-
celestial, ou seja, antes do nascimento.
Então quando se fala em pós-celestial, na verdade, essa separação de
pré-celestial e pós-celestial é, na verdade, nascimento. Então toda energia pré-
nascimento é armazenada no rim.
A gente já falou sobre Qi também, e dentro do Qi, a gente dividiu o Qi em
três formas, né? O Qi alimentar, que o responsável principal é o aquecedor médio,
mas principalmente o baço, responsável pela formulação do Qi alimentar. O Qi
torácico, que é a junção do Qi alimentar junto com a respiração, que se forma o Qi
respiratório, que é o Qi envolvido no aquecedor superior, o Qi torácico, Qi da
respiração. E tem o Qi da essência, que é o Qi pré-celestial. Então a junção desses
três Qis gera o Qi verdadeiro.
Então, lembrando, esse Qi pré-celestial, pela Medicina Chinesa, não tem
como ser resposto. Então o que acontece? Na Medicina Chinesa se diz: o ideal é
que você tenha uma vida equilibrada, para que você não gaste a sua essência, para
que você tenha uma boa velhice. O que seria isso? Se você se alimenta bem
durante toda a vida ou você dá os seus escorregões, mas você compensa, então
lembra que a constância é muito mais importante do que a abstinência por completo.
Então em nenhum momento a Medicina Chinesa fala que é proibido o uso disso, é
proibido o uso daqui, mas sim que se haja o equilíbrio, ok? Não é contra você se
alimentar mal num determinado dia, que você vá para uma comemoração, mas o
equilíbrio dessa alimentação com o todo é muito bom. Então não tem problema
nenhum se um dia você vai em uma festa em que tem muita fumaça ou que você
inalou uma fumaça em um dia da sua vida, mas que nos restos dos dias você
procura inalar uma boa respiração. No resto da vida você tem uma boa respiração.
Então o que acontece é: se eu tenho uma boa constância de Qi alimentar,
se eu tenho uma boa constância de Qi respiratório, o Qi alimentar e o Qi respiratório
não necessariamente vão precisar do Qi de essência, ou seja, não vão precisar da
energia do rim para formular o Qi verdadeiro.
Simplificando: o rim serve como se fosse uma bateria. Então o que
acontece? Uma bateria reserva, um nobreak, então ele é uma bateria para que se
acabar a luz, você tem lá um gerador de energia. Então imagina o seguinte:
enquanto eu tenho alimentação e tenho respiração ideal para manter a minha
condição de vida normal, dependendo do que eu faço de esporte, do que eu faço de
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rim e não desgaste o Shen dessa pessoa, e não desgaste o Jing, a essência, dessa
pessoa, como a bateria dela.
E ele está muito ligado também à reprodução. Então o rim está ligado à
energia sexual, assim como o fígado. Então sempre que a gente tiver algum
distúrbio sexual, útero, ovário, genitais externos, sempre que a gente tiver um
problema de ereção, alguma coisa do tipo, eu vou pensar em dois órgãos
principalmente: um, é o rim, que controla a reprodução, ou seja, se eu tenho uma
dificuldade em reprodução, de nascimento, de gestação, de desenvolvimento, ou
seja, a pessoa até consegue ter o ato sexual, mas nesse ato sexual ela não
consegue gerar o nascimento, não consegue gerar um feto. Ou se tem uma
gestação, essa gestação é perdida, não consegue segurar, não consegue ovular
bem, não consegue... não tem um ciclo menstrual ideal, tudo isso está muito ligado
ao rim.
Porém, quem gerencia a energia, lembra sempre que a energia é
gerenciada pelo fígado. Então o fígado também é responsável por gerar energia
para o ato sexual. Então eu tenho que interpretar: se há uma dificuldade no ato de
reprodução ou se há uma dificuldade realmente em sustentação da gestação. Então
sempre que houver um problema em reprodução, eu entender que o fígado gera
energia e o rim dá sustentação a essa energia. Então eu preciso sempre trabalhar o
fígado junto com o rim quando eu estou pensando em algum distúrbio a nível sexual
do meu paciente.
O rim é responsável por produzir a medula óssea e também abastecer o
cérebro. Então o que é isso? Lembra que a gente falou que no coração a gente tem
uma importância muito grande, que o coração é responsável pelo raciocínio, pela
parte mecânica da coisa, então fazer a matemática, de desenvolver ali o raciocínio,
então o coração é responsável pelo aprendizado, pela parte racional.
A parte criacional, a gente observou que vem do baço, então quem é da
criatividade, quem me traz o lúdico, quem faz essa sustentação do raciocínio
também, ajuda no raciocínio, seria o baço/pâncreas.
E quem dá nutrição é o rim, ou seja, quando eu observo que meu
paciente tem alterações de nutrição no cérebro, que ele apresenta uma alteração
que ele não consegue sustentar pensamento, ele não consegue sustentar raciocínio,
ou, na verdade, você vê que falta energia para esse cérebro trabalhar, eu vou
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trabalhar com o rim. Então o rim vai estar muito associado quando eu faço trabalho
ou com o coração ou com o baço.
Então imagina o seguinte: a pessoa não está acostumada a trabalhar
muito o seu cérebro para estudar matemática, por exemplo. Minha filha está
aprendendo matemática agora no colégio e eu quero estimular um pouco mais o
raciocínio lógico. Raciocínio lógico: coração. Porém, esse cérebro não está tão
acostumado a ter tanto trabalho, então o que vai acontecer? Vai acontecer uma
fadiga e essa pessoa vai acabar, essa criança nesse caso que eu estou dando
exemplo, minha filha, vai acabar fadigando e se estressando e não conseguindo
resolver os problemas, muitas vezes por uma falta de nutrição desse cérebro. Então
sempre que a gente vai aumentar o gasto energético lá no cérebro, se for racional,
eu vou trabalhar o coração, mas eu preciso dar mais nutrição a esse cérebro. Então
o que eu vou fazer? Eu vou também favorecer o rim, então eu trabalho o coração
junto com o rim.
Não, eu vou fazer um trabalho de criatividade, então a gente vai fazer
uma maquete e essa maquete vai trabalhar... uma equipe vai trabalhar com a
criação de uma maquete de uma nova hidrelétrica, que tem que ser desenvolvida
com um novo pensamento, então essa equipe toda tem que ter uma criação. Então
eu vou trabalhar em cima do baço da minha equipe de trabalho. E como o baço vai
precisar de um trabalho nesse cérebro, ele também precisa de uma nutrição maior
nesse cérebro. Então sempre que eu colocar meu cérebro para trabalhar, eu vou
trabalhar a nutrição direta desse cérebro.
E também sempre que eu pensar em doenças de base de
envelhecimento do cérebro, ok? Então, por exemplo, um Parkinson, uma demência,
um Alzheimer, isso tudo pode estar faltando nutrição nesse cérebro, então o trabalho
do ponto do rim favorece muito a nutrição desse cérebro e a nutrição desse cérebro
precisa ser estimulada também junto com o coração ou com o baço. Então são três
pontos muito importantes para o trabalho do cérebro.
Lembrando: o rim abastece o cérebro, o coração diz para onde vai esse
cérebro, qual caminho ele tem que tomar, e o baço é a criação, ok? Então é a
criatividade.
Então focando nesses três órgãos, a gente consegue trabalhar muito bem
o nosso sistema cerebral. Então o rim tem essa importância dentro do cérebro e
também dentro da medula óssea.
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para o seu cérebro. Quando você começa a beber água, você começa a diluir esse
poluente e esse poluente vai ser eliminado mais facilmente. Então a indicação
gigantesca é: beba muita água para nutrir suas articulações e o seu rim.
Ele abre-se no ouvido, então qualquer problema de ouvido externo e
ouvido interno vai ser interpretado como alteração do rim. Então ouvido externo,
audição, então otite, audição, qualquer problema de zumbido eu vou interpretar
como uma dificuldade, uma degeneração do rim, uma alteração de destruição de
energia do rim, e isso vai ter que ser trabalhado com a tonificação desse elemento,
então eu vou tonificar o elemento do rim, colocar esfera, colocar a semente, a forma
que você preferir trabalhar a tonificação. E, dessa forma, trabalhando o ouvido
externo.
Mas o ouvido interno é a parte do equilíbrio. Então isso que a gente tem
que tomar um pouco de cuidado, porque a gente tem que entender o que é uma
labirintite, é uma alteração do ouvido interno. Então essa alteração de equilíbrio, a
perda de equilíbrio, o constantemente se sentir bêbado, lembrando que muita gente
confunde labirintite com baixa pressão por mudança ortostática. O que é isso? Se eu
estou sentado e me levanto rapidamente, eu então estou aqui sentado, eu me
levanto muito rápido e fico. Ao me levantar muito rápido, o que acontece? Eu fico
meio tonto e dá vontade de desmaiar. Sempre que houver esse apagão, a gente vai
falar que isso é uma hipotensão ortostática e muitas vezes isso é uma alteração
vascular. E aí se é uma alteração vascular, eu vou trabalhar principalmente com o
coração. Mas é uma falta de nutrição para o cérebro? Então eu também vou
trabalhar com o rim.
Mas isso não é um problema de ouvido interno. O problema de ouvido
interno é quando a pessoa tem movimentos acelerados da cabeça, flexão e
extensão, ou quando anda de carro ou quando desce em elevador, e isso gera uma
sensação de tontura, tá? Então quando o paciente se sente tonto e não apagando,
isso sim é labirintite. Aí a gente vai ter que trabalhar tanto o ponto do ouvido interno,
quanto o ponto do rim, para fazer um trabalho de nutrição dessa essência e
melhorar o equilíbrio desse paciente. A própria falta de equilíbrio como um todo, a
gente tem que observar também se não é um princípio de labirintite. A gente testar
movimentos mais rápidos da cabeça, existem testes específicos que vocês podem
procurar, testes de labirintite na internet, existem vários testes para vocês
conseguirem verificar realmente se o seu paciente tem uma alteração de
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é responsabilidade total do rim. Então veja quantos pontos importantes tem o rim, o
Shen.
Um dos pontos mais importantes, ao meu ver, lógico, isso é interpretação,
é abrigar a força de vontade. Então o que é a força vital? É o acordar, é ter o leão
dentro de si, é a força de vontade. Então é o que se fala ainda: o corpo ter vontade
de viver. Então o abrir a força de vontade é um ponto importantíssimo do rim e
demonstra a saúde real do rim. Então aquela pessoa que pode estar debilitada,
estar com os problemas articulares, mas ela ainda tem a vontade, ela ainda tem a
vontade de viver, a vontade de batalhar, de estar presente de verdade nessa
pessoa, isso é um ponto muito positivo. Como que um dos primeiros sinais de
desgaste inicial do rim, antes de começar a desgastar a articulação, antes de
começar a desgastar o ouvido, a pessoa começar a ficar surda, muitas vezes a
primeira coisa que começa a aparecer é a perda da força de vontade. Então você vê
que a pessoa vai desanimando e tudo mais.
Tanto que o principal sentimento que destrói o elemento água, que destrói
o rim, principalmente, é a depressão, o pânico e o medo. Então pânico, medo,
depressão, isso é uma ausência total da força de vontade ou é uma coisa que
superou a força de vontade, passou por cima da força de vontade da pessoa. Então
ela tem uma fobia de sair em público. Então ela perde a força interna de conseguir
expor-se ao público, tá? Então sempre que a gente observar uma depressão severa,
medos, pânicos, isso já é um engessamento, que a gente fala de congelamento da
água. O rim está entrando numa deficiência severa de Yin, ok? Então numa
depressão, a gente vai trabalhar muito o elemento rim, junto com o ponto do
cérebro, a gente vai trabalhar o ponto da alegria, então a gente vai ver isso um
pouco mais, interpretação de como formular um protocolo mais à frente, mas o rim
está muito ligado a essa parte da força de vontade e a perda da força de vontade é
uma ausência da energia do rim. E o sentimento lá de depressão, uma tristeza
severa.
Tristeza é um pouco mais para o pulmão, mas é o engessamento dessa
tristeza, uma tristeza que nunca passa. A tristeza é um sentimento, mas quando ele
se torna, na verdade, ele deixa de ser um sentimento passageiro e se torna um
sentimento enraizado, ele pode, na verdade, estar se tornando um engessamento da
água, um congelamento dessa água e ela se transformando num iceberg. Uma água
que deveria ser fluida, quando a gente fala, por exemplo, da força de vontade, qual o
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elemento mais forte que a gente tem? É a água, a água não encontra barreiras, ela
faz o seu caminho.
O maior problema da água, principalmente, não é quando ela evapora,
porque quando ela evapora, ela vai encontrar novamente um momento hipotérmico
e novamente ela vai cair como chuva e continua sendo muito forte. Porém, quando
ela congela, aí sim ela para, ela paralisa. Então quando você vê uma pessoa
paralisada na vida, ela perdeu a força de vontade, ela está estagnada, a gente a
interpreta como um iceberg e precisa religar, tonificar esse rim, para dar essa força
de vontade à pessoa e ela passar por essa fase transitória, que ela está passando.
Então vamos fazer um resumo rápido do rim. Então o rim armazena a
essência pré-celestial, ele é quem armazena a essência como um todo. Ele governa
o nascimento, o crescimento do corpo, a reprodução e também o desenvolvimento,
então qualquer alteração em nascimento, crescimento, reprodução e
desenvolvimento, eu vou utilizar o ponto do rim, o elemento rim aí como um ponto
fundamental. A medula, a nutrição cerebral e controlar os ossos e articulações
também é responsabilidade do rim. Ele vai se abrir no ouvido, então problemas tanto
de ouvido externo, quanto de ouvido interno, problema de audição, problema de
labirinto como um todo. Se manifesta na qualidade capilar, então a gente vai
observar a qualidade do cabelo do paciente para ver como é que está a energia
ainda desse rim. E ele controla os orifícios inferiores, o esfíncter anal, esfíncter de
uretra, então as incontinências, as dificuldades de ato sexual podem ser
trabalhadas, do genital, quanto do ânus, junto do ponto do rim para ou tonificar ou
sedar – se é um excesso ou uma deficiência. E ele abriga a força de vontade, sendo
que o sentimento que mais degrada é o pânico, o medo e a depressão severa.
Então faz as anotações aí no seu caderno, anota todos os pontos, faça
anotações, não fique preso somente ao material já pronto. Eu falo isso desde o
início: anote. Sempre que a gente faz uma anotação, a gente se compromete a
estudar. Então ler, reler. Eu vejo muita diferença dos alunos que fazem o trabalho de
casa e os alunos que ficam dependendo apenas de material, material, material.
Então faça o seu dever de casa e, por favor, tente responder as perguntas e também
se gerou alguma dúvida e você viu, reviu, e ainda não conseguiu interpretar direito,
pode me chamar lá no grupo, me chamar no privado, que a gente vai responder
precisamente a cada questão que você tenha, ok? Obrigado, até o próximo vídeo.
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fora da caixa de forma criativa, ele vai ter que utilizar o baço e o baço vai estar
ligado ao pensamento criativo.
Então é o que eu falo: se é para estudo, é o elemento coração; se é para
criar, se é para resolver problemas, é o baço. E quando eu consigo controlar esse
equilíbrio entre o racional e o criativo, eu tenho uma explosão muito boa, porque eu
tenho um criativo-racional. Porque não adianta nada eu ter ótima criatividade e criar
uma coisa que não tem sentido nenhum. Nossa, criei um objeto novo que faz uma
coisa que ninguém precisa. Tá, você teve uma criatividade maravilhosa, mas não
resolveu problema nenhum. Então é importante que se tenha um bom racional e que
você tenha um bom criacional, para que nessa explosão você seja um modulador de
novos pensamentos, de uma nova sociedade, um solucionador de problemas.
Então o baço tem uma qualidade interessante, que ele gosta de resolver
problemas quando ele está bem equilibrado. Quando ele não está bem equilibrado,
ele sofre pela principal sensação, principal emoção que o danifica e o destrói, que é
a ansiedade. A ansiedade e a preocupação é exatamente a falta de controle sobre
um problema que eu não consigo solucionar. Exemplo: meu filho vai sair de casa e
vai para uma festa longe e eu não sei que horas ele vai voltar, como ele vai voltar e
se ele vai voltar bem, porque a sociedade está muito violenta. Por mais que eu seja
criativo, por mais que eu seja racional, ou quanto mais criativo e mais racional eu for,
mais ainda eu vou ficar assustado e mais eu vou ficar ansioso. Então a ansiedade, a
preocupação, que hoje é um dos sentimentos mais aflorados na sociedade, tende a
danificar muito o elemento baço. E isso vai fazer com que a pessoa destrua o seu
elemento de criatividade e cada vez fique mais emotiva e mais desesperada.
Então o pensar e solucionar o problema qual seria? Então, por exemplo,
será que eu posso ir com meu filho junto na festa? Ou será que ele tem necessidade
realmente de ir nessa festa? Ou quem vai estar presente? Pensar junto talvez com
outros pais ou com outras situações para tentar gerar uma solução e entender que
em nenhum momento eu vou controlar totalmente a vida lá do meu filho, nesse
exemplo. Mas eu não posso deixar que isso afete diretamente minha saúde, porque
ao afetar diretamente a minha saúde, vai afetar diretamente a saúde de todos que
estão à minha volta.
Então o baço é a solução dos problemas, como ele pode ser a não
solução dos problemas, se ele não tiver equilibrado.
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Então resumão da aula de baço. Ele o baço tem uma função principal de
dar qualidade ao Qi. Primeiro, tudo o que eu como vai gerar energia, então
dependendo do que eu como, é a qualidade de energia que eu vou dar para o meu
sangue. Se eu só tomo refrigerante, se eu como comida industrializada, é essa
energia que eu vou dar para o meu sangue e é essa energia que eu vou dar para os
meus hormônios, para os meus músculos. Você é o que você come, eu adoro essa
frase dos nutricionistas, né? Então é necessário que você equilibre bem a sua
nutrição para que você tenha uma boa energia e que essa energia se transforme
num bom sangue e você tenha um bom sistema corpóreo trabalhando de uma forma
harmoniosa, ok?
Ele é quem controla os músculos e é ele quem controla o movimento dos
quatro apêndices. Então se eu tenho deficiência em movimentar algum apêndice,
um membro superior ou um membro inferior, eu vou trabalhar o baço. Ou se eu
tenho um paciente debilitado, que não consegue ter uma boa massa muscular, ou
teve perda de massa muscular por uma imobilização, um acidente vascular, ou
ficado acamado muito tempo, eu vou trabalhar o baço para tonificar o músculo. Ou
eu preciso trabalhar com um atleta e o atleta precisa ganhar mais força, ele precisa
ganhar mais explosão muscular, também vou trabalhar o baço em cima dessa
pessoa.
E, para fechar, é quem organiza os pensamentos, ou seja, é o criacional
dentro da nossa cabeça, é a criatividade. É o que eu falo: é a criança que está aqui
dentro do racional. Então quando a gente brinca com o nosso racional e transforma
os problemas em solução, quem faz isso é o baço/pâncreas. E quem afeta o
baço/pâncreas e destrói o baço/pâncreas? É principalmente a ansiedade. Então se
você pegar um paciente com ansiedade, você possivelmente vai estar lidando com
um paciente que está cheio de problemas e não consegue solucionar esses
problemas, porque ninguém é ansioso se não tem problema para ser resolvido.
Então a gente tem que entender qual é o problema e talvez direcionar,
jamais eu devo resolver o problema do paciente, ele tem que resolver ele mesmo.
Como? Eu tonificando o baço desse paciente de forma alimentar e de forma a
estimular, seja na auriculoterapia, seja na acupuntura, vai direcionar energia para o
baço e o baço vai conseguir resolver o problema de uma forma melhor.
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dentro daquela pessoa. Isso é interpretado como um excesso e a gente vai trabalhar
uma sedação no pericárdio, para que essa pessoa se sensibilize. É importante, por
mais que a gente ache que na sociedade a gente deve ser blindado das emoções,
não, na verdade, a gente tem que entender as emoções e interpretá-las, para que
elas façam sentido e não as evitar. Eu me olho no espelho, eu tenho que ter empatia
para que eu viva em sociedade, eu preciso sentir o que o outro sente, eu preciso
entender o que o outro está sentindo e isso depende muito da interpretação do
pericárdio, do coração, da parte racional no emocional. Então essa fusão do racional
com o emocional está muito ligada pelo transporte do próprio pericárdio, ok?
E aquela pessoa que qualquer coisa que aconteça, ela muitas vezes foi
criada numa redoma de vidro ou alguma situação na vida a transformou, uma
situação em que ela ficou muito sensível às emoções, então essa pessoa que
transita muito, muito interpretada como bipolar, mas não ainda classificada como,
mas é vulgarmente chamada de bipolar: “nossa, você estava alegre agora a pouco”,
“ah, mas eu vi um cachorrinho ali na rua, eu comecei a chorar, e levei uma tristeza
muito grande”. E daqui a pouco, no mesmo momento, ela vê uma piada e está
extremamente alegre, então você vê que há uma inconstância de sentimentos que
dificulta muito o entendimento do próximo com a vida dessa pessoa. Então muitas
vezes essa pessoa, ela mesma não tem esse entendimento de fragilidade
emocional, mas as pessoas que a cercam interpretam exatamente essa dificuldade
dessa pessoa de lidar com emoções, e que essa pessoa é uma pessoa diferente a
cada dia. E isso demonstra uma fragilidade, principalmente no órgão do pericárdio,
que está ligado ao coração.
E, se a gente for interpretar pelos cinco elementos, ele ainda faz parte do
fogo e da parte Yin do fogo do coração. Mas dentro de órgãos e vísceras, ele é
separado como uma sexta víscera complementar aí dentro disso, ok?
Então não tem muita coisa, o pericárdio, mas ele tem uma importância
muito grande, que é lidar com as emoções. E a gente pode ver que na maioria dos
pacientes que a gente pega, muitas vezes pode ser por dor, por perda de peso ou
qualquer coisa, hoje em dia a gente vive em uma sociedade em que a dificuldade
em lidar com emoções é uma coisa muito presente. Então vale a pena dar uma
investida e uma investigada para ver se tem alguma alteração aí no coração e no
pericárdio também.
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Então faz aí suas anotações, pericárdio foi o sexto órgão mais simples, e
agora a gente vai entrar nas vísceras para complementar todas as funções de
órgãos e vísceras, fechando o Zang Fu.
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fala que não consegue digerir, não consegue engolir aquilo que lhe foi falado por um
ente querido, por um cônjuge, por um familiar, por um parceiro de trabalho, a gente
vai trabalhar em cima do estômago, tonificando o estômago do paciente. Porque aí,
logicamente, o corpo do paciente vai aprender a lidar – ou ele vai defecar esse
sentimento ou ele vai regurgitar esse sentimento.
Então esse é um dos pontos que eu acho mais interessantes do
estômago. Tem o ponto direto, que é a digestão. Tem o ponto da absorção dos
fluidos, para a distribuição dos fluidos. E tem esse ponto que é muito interessante,
sobre emoção, que é a digestão da emoção. Então sobre todos esses aspectos, a
gente vai trabalhar o ponto do estômago para fazer um desses trabalhos, caso seja
o problema do seu paciente.
Então façam as anotações no seu caderno, continuem o estudo e até o
próximo vídeo!
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ser que a pessoa perca essa noção do julgamento, então a gente vai falar que
ela perdeu um pouco da lucidez mental. Quando ela começa a perder essa
lucidez, ela está ligada a uma interpretação de uma deficiência do intestino
delgado. E quando ela começa a criar um julgamento excessivo das pessoas,
isso pode ser interpretado também como uma alteração acontecendo no
intestino delgado.
Um excesso de julgamento é um excesso de intestino delgado. Uma
deficiência de julgamento, então não vê mal nenhum naquela pessoa que
roubou ou não vê mal nenhum naquela pessoa que parou em cima da calçada,
não vê problema nenhum em parar em uma vaga de deficiente físico quando
ele não é deficiente físico, então essa falta de julgamento, de autojulgamento
ou de julgamento ao próximo, vem muito da deficiência do intestino delgado.
A gente vive, por exemplo, em uma sociedade em que basicamente
você tem uma deficiência completa de intestino delgado. Então a gente vê,
principalmente no Brasil, essa separação do justo e do injusto, ao mesmo
tempo em que tem muita gente que julga, mas quando existe um
autojulgamento, essa pessoa não interpreta. Então essa dificuldade de
julgamento do próximo, dificuldade do autojulgamento, ela está muito ligada ao
intestino delgado.
E também quando o intestino delgado apresenta uma influência
sobre a nossa capacidade de tomar decisões lógicas. Então quando eu preciso
tomar decisões lógicas e eu não consigo decidir o que é o certo e o incerto,
qual caminho seguir, então essa dificuldade de tomar decisões na vida está
muito ligada ao intestino delgado. Isso também seria uma forma de separar o
puro do impuro. Então você está indo em um caminho, você sabe que você tem
que virar para a direita ou para a esquerda, senão você vai bater no poste.
Então essa indecisão e acaba freando o carro, ferrando a bicicleta e para de
andar porque não sabe qual caminho tomar, essa indecisão lógica, não
emocional, está muito ligada também à deficiência do intestino delgado.
Essas são as principais funções que a gente vai trabalhar. Ou seja,
se o paciente tiver uma dificuldade de digestão de proteínas, digestão geral, a
gente vai trabalhar lá o intestino delgado do paciente, ou se o paciente tem
uma dificuldade de separar o puro do impuro, no quesito também emocional, a
gente vai trabalhar o intestino delgado. Então essa dificuldade de julgamento
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outro”, essa descida rápida e momentânea da emoção e do botar para fora está
muito ligada ao ter que sair, senão vai me fazer muito mais.
Então pessoas que são abusadas emocionalmente, fisicamente, então
isso tudo tende a levar a um excesso no intestino grosso, ou seja, ele recebe muita
coisa ruim, e ao receber muita coisa ruim, ele tem que tomar uma decisão: ou ele
coloca para fora, ou ele guarda.
Então o paciente que tem uma maior facilidade de digestão, quando ele
recebe muita coisa ruim, muita emoção, muitos sentimentos ruins, o que ele faz? Ele
dispara uma diarreia e essa diarreia coloca tudo para fora. Então lembrando que não
estamos entrando na função de uma bactéria, de um vírus, e sim em uma função de
que já foi investigado a via alimentar, essa pessoa não tem um distúrbio alimentar,
não tem uma infecção alimentar, não tem uma água infeccionada, nem nada do tipo,
mas ela tem uma diarreia que não tem um propósito. Então ela pode estar, sim,
sofrendo essa diarreia por uma constante invasão de coisa ruim no seu entorno.
Então é muito comum a gente pegar nos pacientes: ele vivencia uma
enxurrada de emoções ou dentro de casa ou até mesmo no trabalho ou nos dois
locais ao mesmo tempo, ele sofre uma influência constante e isso vai ser
interpretado, para ele, como uma coisa muito ruim. E ele vai descender para o
intestino grosso, como um sentimento ruim e vai colocar para fora como uma forma
de diarreia.
Enquanto a interpretação oposta, na verdade, é a pessoa que guarda
muitos sentimentos, que guarda muita matéria, tende a gerar constipação. Então
isso é uma interpretação também da Medicina Chinesa: pessoas que guardam
emoções, isso está muito ligado, a gente vê muito mais constipação em mulheres
exatamente por isso, a mulher tem uma tendência muito maior a guardar as
emoções e a cicatrizar as emoções. Então esse ato de cicatrização das emoções
está muito ligado a prisão de ventre, ok? Então o paciente gerar uma prisão de
ventre, isso significa que ele está guardando algum sentimento.
Mas somente sentimento? Não. Isso pode estar envolvido também em
guardar coisas, ok? Então pessoas que são colecionadoras ou então acumuladoras,
você abre o armário da pessoa e ela tem roupa de quando ela tinha 3 anos de idade,
de quando ela tinha 5 anos de idade. Tudo ela tem um porquê de guardar. E, de
repente, metade da casa dela está tomada por objetos, porque todos os objetos têm
alguma ancoragem emocional, então ela precisa de um objeto para guardar uma
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emoção e isso vai fazendo com que ela gere uma constipação, que ela gere uma
prisão de ventre. E isso vai gerando uma dificuldade maior e cada vez mais
cumulativa. Então são pessoas que praticamente implodem de tanta emoção.
E quando bota para fora, logicamente que essa emoção, por estar
guardada muito tempo, vai ter um cheiro muito, muito ruim. Então elas guardam o
sentimento por muito tempo e quando conseguem a eliminação desse sentimento,
acaba afetando muito as pessoas à sua volta. E isso pensando tanto da forma
material das fezes, então as fezes tendem a ter um cheiro muito putrefato, muito de
substância em putrefação, assim como os sentimentos que ela bota para fora,
quando ela bota para fora, são putrefatos, são estragados, destrói muito o
sentimento de outras pessoas que estão à sua volta, que muitas vezes não tem a
ver com todo aquele sentimento, toda aquela emoção que foi jogada.
Então o intestino delgado é um ponto importante a ser trabalhado, essa
função desses aspectos psicossociais, psicológicos, mas também pela absorção e
alimentação.
Lógico que se o paciente ingere um alimento e esse alimento está
contaminado, logicamente vai sofrer uma destruição da sua flora intestinal e ele vai
ter uma diarreia. Então nem tudo é só sentimentos, a gente tem que interpretar
também as partes físicas e as partes constitucionais. A pessoa pode ter sim uma
flora intestinal mal regrada, mal feita e mal nutrida e, com isso, ele ter uma má
digestão, um excesso de gases e tudo mais.
Então tudo isso cabe interpretação, através de uma avaliação do que ele
come e do que ele recebe de emoção e do que ele guarda ou do que ele bota para
fora, isso tudo tem muito a ver com o intestino delgado.
Então faça a sua interpretação aí de intestino grosso. Desculpa, eu falei
delgado agora a pouco, é intestino grosso. Faça essa interpretação, coloque tudo
isso no papel. Sempre que você estiver fazendo essas aulas, tente, no seu
caderninho aí, se você conhece alguém que tenha esses sentimentos, tenta
começar a dar nome a essas pessoas. Então intestino delgado, eu vi que aquela
pessoa, intestino grosso, eu acho que aquela pessoa... Quando você começa a
fazer vínculos, vai ficando mais fácil de você gravar todas essas informações, que
são muito enriquecedoras e muito interessantes de serem trabalhadas também
dentro da auriculoterapia. Até o próximo vídeo!
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traz uma boa saúde para a vesícula biliar. Se ela cede muito e tudo bem para
ela, mas tudo bem entre aspas, aquilo acaba machucando, essa deglutição e a
não digestão dessa gordura emocional vai ser materializada dentro da vesícula,
gerando pedras na vesícula.
Então todo paciente que fez retirada de vesícula e todo paciente que
teve... logicamente existe a genética, existe a via alimentar, como a gente
falou, mas observa se não há essa alteração de tomada de decisão emocional
na vida do paciente, é muito legal como casa isso diretamente.
E a vesícula está muito ligada também, principalmente as pessoas
que têm distúrbios em vesícula biliar, são constantemente ligadas aos
bipolares. Então a pessoa uma hora toma decisões diretas e uma hora ela
cede completamente. Então você não entende muito bem, porque ora ela é
uma pessoa com altas decisões emocionais e, de repente, ela cai e dali ela
começa a não tomar mais decisões, você fala: “quem é essa pessoa?”, e daqui
a pouco ela volta a tomar decisões. Então essa inconstância emocional está
muito ligada a distúrbios de vesícula. E essa bipolaridade faz muito mal e pode
ser trabalhada tanto via alimentar, como também por via do trabalho da
auriculoterapia, mas ela primeiro precisa entender quem é ela, se é a pessoa
que toma decisões ou a pessoa que aceita as decisões. E talvez fazer com que
ela, em vez de ter picos tão intensos, tenha uma constância. Lembre-se que na
medicina tradicional chinesa, a constância é muito importante, então a tomada
de decisão deve ser sempre interpretada pelo bem que faz para a pessoa, mas
também pelo bem da comunidade e o bem a quem a decisão [acomete].
É importante e sempre que houver essa interpretação, a gente vai
trabalhar o ponto da vesícula biliar para fortalecer essa tomada de decisão do
paciente e também solucionar um problema alimentar ligado à gordura.
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gente vai trabalhar também sobre o rim e sobre a bexiga, para que aumente a
excreção de líquido, tanto por transpiração e o pulmão que vai fazer isso, como
vaporização, como também a excreção do líquido através de urina. Então essa
é a função principal da eliminação do líquido.
E o que acontece? A eliminação desse líquido, muitas vezes, a
gente trabalha quando a gente quer, entrando um pouco na função mais da
parte emocional, o trabalho de eliminação de líquidos também faz com que a
gente acabe movendo o rim. Ou seja, quando o rim está estagnado, é
interessante a gente forçar um pouco a função do rim, se esse rim não estiver
muito debilitado, para que ele descongele. Então lembra quando a gente falou
um pouco de rim, que uma das principais deficiências do rim leva à depressão,
leva o paciente ao pânico, ao medo e isso tudo tende a ser interpretado como
um iceberg, um congelamento do elemento água? Então uma das formas
interessantes de forçar o trabalho do rim é trabalhar o Yang do rim, ou seja,
lembra quando a gente estava falando em 5 elementos, a gente dividiu a água,
na parte Yin é o rim e a parte Yang é a bexiga. Então quando eu tonifico a
bexiga, eu forço essa pessoa a começar a excretar mais líquido. Ou seja, se
está saindo mais líquido, vai forçar a entrada de mais líquido. Então se eu forço
a saída e forço a entrada de mais líquido nesse iceberg, se eu molho esse
iceberg, eu forço o descongelamento dele.
Então, novamente, forçar um paciente que está em crise de pânico,
medo, depressão, forçar a entrada de líquido, fazer com que o estômago, o
intestino trabalhe para forçar esse líquido a entrar e também forçar a excreção
através da bexiga, faz com que eu ajude o rim a sair do quadro emotivo de
depressão, emotivo do pânico ou então de emoções muito aprofundadas, que
estão congeladas dentro do paciente. Então esse é um ponto importantíssimo,
quando a gente está trabalhando o ponto da bexiga.
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tonificando todos os aquecedores, ou seja, essa pessoa vai transpirar mais, vai
criar mais névoa respiratória, vai digerir melhor os alimentos, vai transportar
melhor os alimentos e vai excretar e eliminar o resto dos alimentos de forma
mais rápida e isso acaba acelerando o metabolismo.
Então, em conjunto, é muito comum usar o ponto do triplo aquecedor
sozinho quando eu quero que todos os aquecedores trabalhem de forma
acelerada. Se eu trabalhar todos de forma acelerada, acaba que o metabolismo
se acelera, então o triplo aquecedor, se aqueço todos os triplo aquecedores,
que eu ligo, se eu tonifico o ponto do Sanjiao, triplo aquecedor e não determino
qual órgão e víscera, ele vai trabalhar todos eles e, dessa forma, acaba
acelerando um pouco o metabolismo e a gente vai ver como conjugar com
outros pontos para facilitar o emagrecimento, como trabalhar junto com o ponto
da suprarrenal, que vai liberar mais adrenalina e o corpo vai acelerar um pouco
mais. Então a gente vai ver um pouco isso mais à frente em protocolos
funcionais, mas já é para ir abrindo a cabeça um pouco.
Pensou em triplo aquecedor, pensou principalmente em líquidos
corpóreos, parte superior, que é o coração e o pulmão, a gente foca
principalmente hidratação de vias aéreas superiores e transpiração, aquecedor
médio, principalmente digestão alimentar e o aquecedor inferior principalmente
a excreção do lixo orgânico, tanto líquido, quanto sólido. Assim fica mais fácil a
gente entender um pouco da função do triplo aquecedor.
E agora um ponto importante, você pegar seu caderno, sua folha de
anotação e fazer o resumo da aula para você entender e para você colocar em
suas palavras qual função tem o triplo aquecedor e quando vai ser usado.
Tendo dúvida, entre no grupo, coloque sua dúvida a respeito dessa aula, para
a gente responder e conseguir o grupo todo compartilhar esse conhecimento.
Até a próxima aula.
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que entre um pulmão e outro, um pouco à frente, tem o coração. Então quando
eu vou lá no mapa e vejo que entre os dois pulmões tem o coração, na
verdade, quando você está pegando o pulmão, acaba que você está pegando o
coração também, você está usando a energia de um e do outro.
A gente coloca pontos para ficar mais preciso, mas a gente tem que
entender que quando a gente está falando de uma orelha que tem uma
proximidade de pontos muito grande, quando eu coloco em uma região, eu
acabo influenciando regiões no entorno. E quando eu tenho essa mente de que
eu estou trabalhando em uma área e não em um ponto específico, isso me
ajuda muito a ficar mais tranquilo e, bom, eu só não posso errar por mais de
dois centímetros, porque se eu errar alguns milímetros, tudo bem. Então por
isso que é interessante a gente focar principalmente em um trabalho de
macrolocalização primeiro. E, com o tempo, você vai entendendo, vai
facilitando e vai ficando mais fácil a localização dos pontos.
O primeiro ponto é: você só vai ficar bom em localização quando
você estiver atendendo muitas pessoas. Então, no início, foque em
macrolocalização e, com o tempo, você vai refinando cada vez mais.
Mas vamos, principalmente, entender cada região do corpo, no que
consiste. Então tem áreas específicas do pavilhão auricular que são
determinadas e mais fáceis de localizar o que tem. Por exemplo, no lóbulo, que
é a partezinha mais molinha do pavilhão auricular, a gente tem a face. Então
tudo o que eu encontro de face, sempre vai ter um ponto ou outro perdido ali,
tudo bem, mas na macrolocalização, a região do lóbulo fica responsável pela
face. Então olho, nariz, boca, língua, dente, mandíbula, maxila, amígdala, tudo
isso está localizado no lóbulo.
Logo depois do lóbulo, a gente tem uma região chamada de
antitrago. Então o antitrago é uma região que vem logo depois da face. Então
logo depois da face, a gente tem o quê? O crânio. Então nessa regiãozinha
aqui, a gente vai ter localizado as coisas que estão no crânio, então a gente
tem o osso frontal, o osso temporal, o osso occipital, a gente tem o ápice da
cabeça, o vértex, em alguns mapas é localizado o vértex, ou o ápice da
cabeça. Dentro, na parte interna, a gente vai ter o cérebro, o tronco cerebral, a
gente vai ter as glândulas da hipófise, a gente vai ter o subcórtex, a gente vai
ter tálamo, essa região toda de cérebro vai estar localizada no antitrago. Então,
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preciso procurar um ponto do cérebro e não estou achando, bom, eu sei que o
cérebro fica no crânio, mas ele fica dentro do crânio, ou seja, na face interna eu
vou ter o cérebro.
É por isso que quando a gente tem uma noção de macrolocalização,
a microlocalização fica muito mais fácil, porque se eu não entendo o princípio
do feto invertido, eu fico muito perdido em localizar no mapa onde está o
cérebro, onde está a boca, onde está a perna, então com isso facilita muito.
Logo depois do trago, a gente tem uma peça chamada antihélix.
Toda essa parte aqui é a antihélix. Então do que é composta a antihélix? A
antihélix é logo depois da cabeça, e aí vem a coluna, então eu tenho a coluna.
Mas depois da cabeça vem que parte da coluna? A primeira parte é a cervical,
a parte intermediária é a região torácica e a parte um pouco mais grossinha é a
região lombar. Então, dessa forma, eu tenho exatamente essa localização.
Aqui eu tenho o trago, o antitrago, que é a cabeça. Aqui eu tenho a coluna toda
do paciente, começando na cervical, depois dorsal e, por último, a lombar.
E no final da lombar, o que a gente tem? A pelve. Então essa região
toda aqui que tem um furinho, esse furinho se chama fossa triangular. A fossa
triangular tem tudo o que eu tenho dentro da pelve. Então aqui eu vou ter o
ovário, o útero, no homem vai ser o testículo e a parte do corpo cavernoso do
pênis, que, histologicamente ou embriologicamente, eles vieram de uma
mesma forma, ovário é um testículo interno, na mulher e a parte do útero e o
canal vaginal nada mais é do tecido que foi feito para virar o pênis.
E aqui na face superior, a continuidade, a gente chama isso de cruz
superior, esse quadrado aqui dessa região, a gente vai ter o membro inferior,
onde está localizado o coxofemoral, quadríceps, ísquios, joelho, perna, pé, os
dedos do pé. Onde a gente vai tratar, então, ah, tem um problema no joelho,
tem um problema na coxofemoral, tem um problema no pé. Pense sempre o
seguinte: se a cabeça do feto está aqui, a coluna está aqui, o pé do feto vai
estar lá no final. Então se a gente fosse pensar do Oiapoque ao Chuí, se a
gente for pensar no início e no fim, o que eu tenho de mais baixo ponto aqui é a
amígdala, seria mais ou menos se o feto tivesse uma boca virada para nascer
e o ápice, por dentro, eu tenho, na verdade, o ponto do pé, pela parte de dentro
ainda da cruz superior. Então eu vou ter aqui localizado o pé.
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na região em que o paciente está sentindo algia, isso vai facilitar muito a sua
palpação e, com isso, vai fazer com que seu tratamento ganhe agilidade e ao
ganhar agilidade, se torne mais eficiente, principalmente em qualidade e
colocação de pontos e em velocidade de localização dos pontos.
Então siga anotando, lembre-se que isso aqui é um vídeo gravado,
então você pode ir pausando e fazendo as suas anotações, esse é um ponto
muito importante.
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vibração quando o paciente dorme com uma respiração local. E essa vibração
pode estar no nível de palato e pode estar no nível de faringe.
Então o ronco de palato é um ronco mais vivo dentro da boca. O
ronco mais ecoado vem da laringe e da faringe. Então o paciente com ronco de
boca, um ronco mais vivo, mais presente, vai ser um desses pontos que a
gente vai trabalhar, vai ser a região do palato. Ele não tem muita função de
diagnóstico em palpação.
O ponto da língua é um ponto importantíssimo, que a gente vai
utilizar o ponto da língua para problemas, por exemplo, de deglutição, para
problemas de fala, para desvios, para qualquer alteração de língua, então até,
por exemplo, um paciente que mordeu a língua e cortou a língua, um pós-
trauma, pode ser um ponto que a gente vai utilizar. Um ponto importante, a
perda de paladar também é um ponto que a gente vai utilizar e muito se utiliza,
é um caso muito comum em idosos, principalmente mulheres após a
menopausa, o critério da boca seca. A gente vai trabalhar o ponto da língua e
daqui a pouco a gente vai ver lá no antitrago o ponto da principal glândula
salivar, que se chama parótida. Então é um conjunto de pontos, isso a gente
vai ver a junção dos pontos um pouco mais à frente, mas o ponto da língua
também vai ser para essa função.
Indo mais para a parte externa da orelha, na mesma linha, a gente
tem o ponto da ATM, articulação temporomandibular, então paciente que tem
estalo, dor, bruxismo, bloqueio de abertura ou de fechamento da boca, rigidez,
edema, dor, tudo nessa região anterior do pavilhão auricular, muitas vezes
irradia para dentro da boca, então é um ponto que a gente vai utilizar então
para distúrbios da articulação temporomandibular. Ajuda muito nas analgesias,
acontece muito quando o paciente está fazendo o uso de órteses de correção,
os aparelhos de correção e principalmente quando você está trabalhando a
mordida cruzada, força-se muito o deslocamento de mandíbula e aí o paciente
também pode apresentar, sempre que ele vai no dentista fazer a correção, ou
que eles chamam de apertar o aparelho, essas artículas tendem a ficar
doloridas, então a gente pode trabalhar também ou em cima da articulação ou
se fica a dor só no dente, trabalhar lá com um ponto que anteriormente a gente
falou, o ponto do dente.
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Para o lado um pouco, embaixo, a gente tem dois pontos que estão
conjugados também para problemas odontológicos, que são a maxila e a
mandíbula. Então o meu paciente tem dor no dente, que ponto eu vou utilizar?
Ponto do dente. Mas aí eu posso dizer se o dente é na parte de cima, maxila,
ou se ele está na parte de baixo, a mandíbula. Então se eu tenho um paciente
com dor mais na parte de baixo dos dentes, eu vou além de colocar o ponto do
dente, também vou colocar o ponto da mandíbula. Não, a dor não é no dente,
na parte de baixo, é na parte de cima, então além do ponto do dente, eu
também vou botar o ponto da maxila e, assim, auxiliar no tratamento da
localização da lesão em si.
No finalzinho ali, onde fica a inserção entre o lóbulo e a hélice,
saindo dessa parte mais molinha e começando a cartilagem, a gente tem um
ponto ali muito importante, que é o ponto da ansiedade. A ansiedade vocês vão
ver que a gente tem dois pontos nesse mapa e esses dois pontos são bem
interessantes de serem trabalhados em conjunto com outros pontos, e aí a
gente vai ver o trabalho em conjunto. O que a gente tem que entender? A
ansiedade pode ser uma crise aguda ou pode ser uma ansiedade crônica.
Sempre que a gente pensar em um quadro agudo, o que é um
quadro agudo de ansiedade? Um ataque de ansiedade? O paciente vai ter
sintomas como tremor, sudorese intensa, dificuldade na fala, uma sensação de
frio no estômago, na barriga, então isso tudo vai ser de uma crise ansiosa.
Nessa crise ansiosa, é importante a gente vai fazer um trabalho de sedação.
Então nas crises ansiosas, a gente vai trabalhar mais a sedação.
Se for uma coisa mais crônica, o paciente tem uma ansiedade que é
mais cronificada, a gente vai trabalhar a tonificação. Lembre-se que a gente
não está tonificando a ansiedade, sempre que a gente fala em tonificação e em
sedação, vocês vão ver o vídeo só de tonificação e sedação, mas só para já ir
esclarecendo, a tonificação é do organismo do paciente, a sedação é do
organismo do paciente. Então quando eu falo que eu vou tonificar, eu não
estou tonificando a ansiedade, eu estou tonificando o corpo do paciente para
ficar mais forte e ele ficar com menos ansiedade, já que a ansiedade é uma
insegura, é uma deficiência.
Descendo um pouco ali abaixo da linha do dente, lobo abaixo da
linha do dente a gente tem um ponto chamado ponto da neurastenia.
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tenha que associar, por exemplo, em uma catarata existe uma alteração do
olho, do cristalino e também existe uma alteração da visão. Então auxilia muito
o paciente, logicamente a gente não vai pensar em curar a catarata, que é uma
alteração física ali e irreversível, a gente vai pensar, na verdade, em retardar o
progresso dessa catarata ou estabilizar, para que essa pessoa tenha uma vida
mais confortável e que ela precise talvez da cirurgia mais à frente, quando
necessário.
Do lado do ponto do olho, a gente tem um ponto chamado ouvido
interno. Ouvido interno, principalmente a gente vai utilizar para duas funções.
Primeira função e mais importante é que o ouvido interno vai ser responsável
principalmente pelo nosso equilíbrio, é chamado também de labirinto. Ou seja,
o meu paciente está com labirintite, então quando o paciente estiver em um
quadro da labirintite, a gente vai trabalhar esse ponto e se vocês notarem, lá
em cima, no triângulo em amarelo, tem ali também uma área da vertigem.
Então se o meu paciente tem alterações de equilíbrio, se ele tem a labirintite
diagnosticada, a sensação de que está tonto o tempo inteiro, principalmente
quando se move, ou quando anda de carro, anda de elevador, ou mudança de
decúbito bruta, tudo roda, os dois pontos que a gente vai trabalhar são o ponto
do ouvido interno junto com o ponto da vertigem.
E a segunda função importante, se vocês notarem nesse mapa que
a gente colocou, tem um sulco que vai aparecer na orelha do paciente, uma
dobra na orelha do paciente, que começa lá no ovário e termina lá no ouvido
interno. Esse sulco é um sulco que induz ao diagnóstico de que o paciente, se
não tem, ele está caminhando para ter uma perturbação auditiva de zumbido.
Então se o paciente apresenta zumbido no ouvido, ele possivelmente
apresenta essa dobra, esse sulco na orelha e o ponto onde termina é o ouvido
interno. Ou seja, é um dos pontos fundamentais que a gente vai trabalhar para
zumbido dentro do ouvido. Aí a gente vai conjugar junto com o ponto do ouvido
central e junto com o ponto do ouvido externo e aí a gente vai entender
também outros pontos importantes a serem tratados junto com esse ponto, na
formulação da patologia aí de zumbidos no ouvido.
Na parte mais baixa aqui do lóbulo, a gente vai ter o ponto da
ansiedade, que a gente já falou do ponto da ansiedade no final do lóbulo com o
final da hélix. Esses dois pontos são importantes para tratar um paciente que
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está muito próximo ao ponto do ombro, então o hélix 4 vai ser um ponto muito
importante para tratar dor no ombro, dor cervical.
Então, basicamente, o ponto da hélix é um ponto analgésico e
dependendo da lesão, do local da lesão, é um ponto que eu vou utilizar parar
tratar dor da região. Então eu coloco lá o ponto da mandíbula, o ponto da
maxila e coloco o ponto da hélix 5. Ah não, eu tenho uma amigdalite, então eu
boto o ponto da amígdala, em conjunto eu boto o ponto da hélix 6.
E sempre que o paciente tiver uma tumoração no corpo, um tumor,
um câncer no corpo, alguma coisa do tipo, a princípio, a área do tumor vai ficar
morfologicamente alterada. A gente pode palpar, caso a região da área do
tumor esteja mais sensível, eu posso trabalhar com pontos em cima para
ajudar no tratamento do paciente. Meu foco é principalmente em pacientes com
câncer, que estão em tratamentos de quimioterapia, de radioterapia, seja o que
for, eu foco muito, na verdade, no tratamento, muito mais nos sintomas do
paciente pós-quimio, pós-rádio, para ajudar esse paciente a diminuir enjoo, a
diminuir sensação de queimação e tudo mais. Então eu foco muito mais o
trabalho da auriculoterapia em melhorar a vida do paciente, do que ficar
tratando o tumor em si.
Então, muitas vezes, a gente já tem ótimos quimioterápicos, ótimos
radioterápicos, mas os tratamentos que ajudam nos sintomas da rádio e da
químio ainda não dão grandes efeitos e a auriculoterapia tem um efeito muito
bom sobre o efeito pós-rádio e pós-químio. Então eu foco principalmente em
um paciente que tem muito enjoo, a gente vai focar em um protocolo de enjoos,
se o meu paciente tem mais queimação na pele, a gente vai focar em um
protocolo de queimação da região da pele, dessa forma, a gente vai
trabalhando em cima do paciente e dos sintomas. Eu pergunto sempre ao
paciente com câncer, que está em tratamento, o que eu posso fazer para
melhorar a vida dele. Então: “ah, eu gostaria de dormir melhor”, “eu queria
diminuir um pouco a minha ansiedade”, porque eles entram em uma
ansiedade, em uma depressão. Então, muitas vezes, a gente focando
secundariamente, a gente dá uma qualidade de vida melhor e está intimamente
ligada a melhora da qualidade de vida à melhora dos quadros de câncer.
Então esses são os pontos principais que a gente tem na região do
lóbulo e agora a gente vai passar para uma outra parte do corpo também.
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junto com o ponto da visão, estava lá no lóbulo, que a gente viu o ponto do
olho.
O ponto temporal a gente vai utilizar muito para projetos, para
criatividade, para o paciente que está em uma fase de criação, criacional, a
gente usa muito o temporal e o ponto frontal principalmente quando o paciente
vai entrar na parte racional, a parte de estudos. Lembra quando a gente falou
também de função de órgãos e vísceras, se eu trabalho o occípito para visão,
visão é responsabilidade do órgão fígado, então eu posso conjugar, por
exemplo, olho, visão, occípito, fígado. Está feito o protocolo para melhora do
tratamento de visão.
Ah não, quero focar um tratamento, por exemplo, em parte racional,
o paciente quer estudar, quer ficar mais inteligente, ele está fazendo um curso
de aurículo, por exemplo, precisa estimular um pouco mais só a parte de
raciocínio. A gente falou, por exemplo, quando falou de órgãos e vísceras, que
o coração é o principal órgão pela parte racional do cérebro. Então eu posso
botar ponto do cérebro, ponto do coração e região da testa.
Se eu penso em criatividade, o paciente está precisando de uma
fase de criação, de inovação, ele perdeu o emprego, ele não sabe o que fazer
da vida, ele está precisando inventar, a gente pode trabalhar a criatividade, é
principalmente responsabilidade do órgão baço, como a gente já falou em
função de órgãos e vísceras, se você ainda está na dúvida, passe lá de novo
nesse vídeo, dê uma olhada em baço que você vai ver as responsabilidades.
Então eu colocaria temporal, têmpora, junto com o baço para estimular a
criatividade do paciente. Que são algumas das funções interessantes aí.
Logo em cima do occipital a gente tem um ponto chamado pituitária.
Pituitária é sinônimo também de hipófise, dependendo do autor, ele pode
chamar essa glândula, que é uma glândula muito no centro do nosso cérebro,
de pituitária ou de hipófise. O que é pituitária/hipófise? A hipófise, ou pituitária,
é uma glândula responsável por controlar toda a liberação endócrina no nosso
corpo. Então a liberação de endorfina, de dopamina, de serotonina. A liberação
de suco gástrico, a liberação de adrenalina, a liberação de cortisol, a liberação
de qualquer hormônio, testosterona, qualquer hormônio no nosso corpo,
depende de uma glândula. Porém existe a glândula que controla todas as
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vontade com o parceiro e o problema não está no parceiro, está nele, ele
perdeu a vontade e tudo mais, o que a gente pode trabalhar? Trabalhar a libido
junto com o ponto de um genital externo, trabalhar o ovário hormonal, esse que
a gente viu aqui no antitrago, que na mulher vai secretar os seus hormônios de
sexualidade e, no homem, também vai secretar os seus hormônios de
sexualidade, levando, assim, a um trabalho de libido.
Sempre que a gente pensa nos orifícios inferiores e em genital
externo, a gente tem que pensar no rim e no fígado. Eu falei nisso quando a
gente estava falando exatamente sobre esses órgãos, então lembre-se o
fígado é responsável por controlar a energia no corpo. Então jogar a energia
para o genital externo vai ser um ponto importante e também o rim controla as
essências, controla os esfíncteres inferiores. E os esfíncteres interiores, um
deles é o genital externo. Então eu colocaria o ponto da libido, o ponto da
pituitária, o ponto do ovário, que no homem seria o ponto do testículo
associado ao ponto do rim, do fígado e do genital externo. Olha, a gente já está
montando aí um protocolo de libido para o paciente.
O ponto nervo auricular magno, esse ponto é importantíssimo, vocês
vão ver depois quando a gente for falar em hélix, que existe o ponto do occipital
menor, então grave esses dois pontos, põe um asterisco, ilumine: nervo
auricular magno e nervo occipital menor são dois pontos que são pontos
analgésicos para o corpo inteiro. Então, por exemplo, patologias em que o
paciente sente dor no corpo inteiro, como fibromialgia, pós-chikungunya,
durante a dengue, em estado febril, em que o paciente está com dor em todo o
corpo, dor nas articulações. Ou um paciente poliqueixoso, que tem múltiplas
artrites, múltiplas queixas, o paciente mais idoso, que você pensa assim: eu
preciso tratar o ponto local da dor, mas o cara tem do no corpo inteiro, o que eu
vou fazer? Aí você pensa nesses dois pontos, nervo auricular magno e nervo
occipital menor, que são dois nervos, é o ponto principal que você pega esses
dois nervos, que são os nervos de pares cranianos, quando a gente falou da
anatomia ocidental e mostrou aí a anatomia ocidental dos pares cranianos que
chegam até a cervical, que são da cervical, que chegam até o pavilhão
auricular e que vão ter uma importante função de analgesia, anestesia e anti-
inflamatória para o corpo, como um todo.
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Bom, a região da antihélix é uma região muito simples, essa região toda
aqui mais exposta, mais cartilaginosa, ela é basicamente a nossa coluna.
Como o feto está em posição invertida, ou seja, a parte mais de baixo é a
cervical, a parte média é a região dorsal e a parte mais alta é a região lombar,
o sacro e cóccix. Ou seja, o feto está em posição invertida e, dessa forma, é
bem simples.
Mesmo sendo uma região muito simples, com poucos pontos de
discussão, é uma região que a gente vai utilizar muito, por quê? É muito
comum os pacientes buscarem o tratamento de auriculoterapia porque estão
sofrendo por alguma dor lombar ou alguma dor dorsal, alguma dor na coluna.
Por isso é um ponto importante, uma região importante da gente conhecer
bem.
Todas essas vértebras que estão nessa região são pontos que dão
diagnóstico da dor que a pessoa está sentindo. Ou seja, se a pessoa tem dor
lombar, eu vou pegar a palpação e vou fazer a palpação nessa região aqui e
com a palpação eu vou conseguir refinar se o paciente tem dor ou não tem dor,
ou, principalmente, se o paciente sente dor e a palpação ajuda a localizar o
ponto principal da dor. Então se a lombar é uma dor lombar mais alta, vai estar
mais para baixo. Se a dor lombar é mais para baixo, vai ficar mais para o alto.
Lembre-se sempre que a posição da pessoa está de cabeça para baixo. Então
quanto mais baixa for a dor na coluna, mais alto vai ficar o ponto e mais alto eu
vou localizar na palpação.
Ao achar o ponto, o paciente vai dar aquela reação de dor, você
localizou o ponto e é ali que você tem que trabalhar. Lembrando que a gente
está falando em palpação referente ao local da queixa do paciente.
Quando a gente palpa o local da dor do paciente, a gente está
refinando o ponto principal, que é o ponto da região de queixa do paciente. Não
significa que todos os pontos que eu palpar e doer eu vou colocar
auriculoterapia. Se o paciente tem lombalgia, eu vou localizar o ponto na
lombar do paciente na palpação e o ponto que ele tiver mais sensibilidade é o
ponto que eu vou utilizar para a auriculoterapia, principalmente com um
trabalho de sedação, que a gente vai explicar também mais lá na frente.
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Nesse vídeo a gente vai falar um pouco sobre anatomia e função dos
pontos na fossa triangular, a fossa triangular fica lá no finalzinho da antihélix e
se divide em cruz superior em cruz inferior e esse furinho, essa covinha aqui é
a fossa triangular.
A fossa triangular é, a princípio, a pelve, então a região da pelve do
paciente. Nesse ponto, bem lá no fundo, vamos começar do ponto mais
profundo que tem até o desenho, que é o ponto do útero. É melhor ser descrito
como ponto dos genitais internos, por quê? Se a gente coloca ponto do útero, a
gente acaba levando em consideração que todos os pacientes que vão ser
tratados por esse mapa são mulheres e não, então a gente tem que pensar
também na influência dos genitais, a parte externa e interna, no homem. Então
quando eu for tratar, eu tenho que pensar, por exemplo, a gente tem o ponto do
útero, o que seria o útero para o homem? Seria o corpo cavernoso. O que
seriam os ovários para o homem? Seriam os testículos. Então a gente tem
sempre que levar em consideração uma parte do masculino e do feminino ao
mesmo tempo.
Então esse ponto vai ser utilizado principalmente nas mulheres
quando a gente tem algum distúrbio a nível de menstruação, como algum
problema físico também no ovário, então é menstruação irregular, cólicas, a
dismenorreia em si, qualquer problema envolvido com a menstruação,
amenorreia, ausência da menstruação, o excesso da menstruação. Então tudo
a gente vai trabalhar nesse ponto, útero e ovário, assim como problemas para
gerar a gestação, como também em um pensamento ainda de função, em uma
endometriose, a algum problema ligado a essa víscera, a gente vai trabalhar
sempre essa região.
É utilizado também como ponto de diagnóstico, principalmente
quando fica muito sensível esse ponto, quando a mulher está no período pré-
menstrual ou no período menstrual. Então é comum também que essa área da
região do útero fique um pouco mais avermelhada, principalmente no pré e
durante a menstruação. Quando a pessoa tem alguma alteração de
menstruação, ela pode apresentar veias pequenininhas na região ou alguma
coloração mais cianótica ou até mesmo pólipos. Então pólipos no ovário,
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obrigatório, eu acho que nada serve para tudo, mas é um ponto muito
poderoso, então você vai ver muito ele aparecendo em protocolo, por quê? Ele
é um ponto que ajuda também em um quadro de diminuição de excessos,
então é um ponto muito comumente utilizado para diminuir dor, ou seja, se meu
paciente tem qualquer tipo de dor, é o ponto mais analgésico que a gente tem
na orelha, é o ponto Shen Men. E também é um ponto anti-inflamatório, então
sendo analgésico e anti-inflamatório, ele encaixa em diversos quadros do
paciente.
Além disso, ele é um ponto que ajuda muito a acalmar a mente, ele
diminui a pressão arterial, ele ajuda na insônia, ele ajuda na má digestão, então
todos os problemas cardiovasculares, pulmonares, digestivos, problemas no
cérebro, ele ajuda a diminuir quadros de excesso. Então ele é um ponto que
trabalha o corpo como um todo. A gente faz muito uma brincadeira com ele,
falando ele é o ponto Severino, é o ponto que sabe fazer tudo.
E qual o grande lance? Shen Men significa, para alguns autores, o
portão da alma, o portão do cérebro ou o portão do rim. Então depende muito
da ideia, mas não tem muita diferença não, a gente já viu quando a gente falou
em rim, a gente viu que o rim é que guarda a essência, é ele que nutre o
cérebro, ele que nutre a mente, então ser o portão do rim ou ser o portão do
cérebro, portão da alma, dá no mesmo, porque é o rim que guarda o cérebro,
que guarda a alma, ele é o ponto central.
Quando não utilizar esse ponto? É um ponto importante. O Shen
Men deve ser evitado principalmente para pacientes que estão debilitados, ou
seja, com a sua essência, a sua energia debilitada. Se ele já está com a sua
energia debilitada, se você começa a usar Shen Men, o que acontece? Ele vai
acabar usando a essência ou o Qi essencial, o Qi do rim, para gerar mais
energia. Qual o problema disso? Não sei se vocês lembram, mas quando eu
falei de rim, eu falei que a essência do rim não pode ser reabastecida, ou seja,
eu só uso o ponto do Shen Men quando eu encontro um paciente que se
encontra energeticamente equilibrado. Ou seja, o paciente pode estar com dor,
pode estar com febre, mas ele tem energia. Então se é um paciente acamado,
um paciente debilitado, é um paciente em CTI, eu evito usar o ponto do Shen
Men, a não ser que seja para tonificar esse ponto.
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Nesse vídeo a gente vai falar sobre uma região com poucos pontos, que
é a cruz inferior, que é exatamente essa bordinha aqui da antihélix que vai para
baixo. Cruz superior é essa que vai para cima. A gente tem a fossa triangular e
aqui é a cruz inferior.
A cruz inferior tem poucos pontos, na verdade, ela tem três a quatro
pontos ali. O ponto mais externo, que é exatamente uma divisão entre a
antihélix e a cruz inferior, alguns autores o colocam na antihélix e alguns
autores o colocam na cruz inferior, é indiferente, é mais ou menos uma zona de
transição entre um ponto, entre uma área e outra, que se chama ponto do
calor. O que isso significa? É um ponto que vai ser trabalhado principalmente
para pacientes que estão com aquele calor interno, que é muito comum
durante a fase da menopausa. Então, a princípio, ele é utilizado para aqueles
pacientes que estão sentindo um calor excessivo e é muito comum em
menopausa e também em alguns pacientes hipertensos, que sofrem durante
uma fase de hipertensão com calor excessivo.
Então, por exemplo, na fase da menopausa, a gente pode conjugar
além do ponto do calor, alguns pontos como o ponto da endócrina, que vai
regular os hormônios do corpo, a gente pode utilizar o ponto do ovário, tanto
aquele lá de baixo, que é o ovário hormonal, como aquele ponto aqui de cima,
que é o ovário físico. A gente pode trabalhar também a região da hipófise, que
fica ali ainda no antitrago, que é uma glândula que controla todas as outras
glândulas, então a gente consegue trabalhar esses pontos e pensando em
órgão e víscera, trabalhar o rim, por ser de elemento água, para ajudar a
acalmar esse calor e também trabalhar o fígado que ajuda a equilibrar as
energias.
A gente tem um outro ponto, que se chama ponto do quadril, então
dores da região glútea, esse ponto vai ser muito utilizado para síndrome do
piriforme, dores na articulação coxofemoral, na articulação sacroilíaca, na
região do glúteo, então esse ponto do quadril vai ser bastante utilizado para
esses quadros de dor.
Do lado do ponto do quadril a gente tem um ponto do nervo ciático,
que vai ser principalmente para o paciente que tem uma dor, ciatalgia. Qual a
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drenagem, o pulmão, que é o órgão que é responsável pelo controle da via das
águas. A gente pode trabalhar o rim e a bexiga para ajudarem na excreção e
trabalhar a tonificação de todos esses pontos, inclusive o do sistema
neurovegetativo, o SNV, também conhecido em alguns mapas como simpático.
Esse seria um protocolo muito bom para um paciente pós-operatório de
retirada de mama, principalmente para uma fase que ele ainda não pode fazer
uma drenagem na região, eu foco em trabalhar principalmente o pavilhão
auricular do lado oposto e assim a gente consegue melhorar a drenagem do
braço do paciente, que está afetado devido à cirurgia.
A gente tem o ponto do braço, principalmente para o paciente que
está com alguma lesão propriamente dita em bíceps, em tríceps ou pós-fratura
de úmero. A gente tem o ponto da articulação do cotovelo, então esse ponto
vai ser muito utilizado nas epicondilites mediais, nas epicondilites laterais, a
gente vai vasculhar ali aquela região para ver onde está mais sensível, ou
quando o paciente está apresentando tendinite de flexores ou tendinite de
extensores na região da articulação do cotovelo.
A gente tem o próprio ponto do antebraço, então se o paciente está
com uma tendinite mais próxima, chegando próxima da mão, a gente começa a
trabalhar mais a região do ponto do antebraço.
Logo em seguida tem o ponto do punho, então o paciente que tem
um cisto articular, o paciente que tem uma tendinite, o paciente que tem
síndrome do túnel do carpo, uma síndrome radial, uma tendinite de De
Quervain, então todas essas patologias mais localizadas em punho, a gente vai
utilizar o ponto do punho.
E ali entre o punho e o ponto dos dedos, dedos, para fechar essa
parte muscular, a gente vai falar de paciente que tem dedo em gatilho, paciente
que está sofrendo por artrose ou então por artrite reumatoide, em que vai ter os
dedos mais rígidos, é um ponto que a gente vai utilizar bastante para a
melhoria do quadro do nosso paciente.
Entre o punho e os dedos, a gente tem um ponto chamado alergia 1.
A gente vai ter dois pontos de alergia, esse ponto de alergia é um dos mais
poderosos, então alergia, a gente vai trabalhar qualquer tipo de alergia, a gente
vai focar sempre no seguinte: ah, o paciente tem uma alergia respiratória, bom,
ponto da alergia, porque ele está tendo uma alergia. É respiratória, então vou
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colocar nariz interno, nariz externo, ponto do pulmão, porque ele que controla a
respiração e tudo mais. Ah, não, meu paciente está tendo uma alergia cutânea,
em que região? Ele está tendo uma alergia no antebraço, então eu boto lá
ponto da alergia, o ponto do antebraço. É alergia na pele? Lembrando de
órgãos e vísceras, o órgão responsável por cuidar da pele também é o pulmão,
então eu vou lá e coloco o pulmão também.
Outra função desse ponto é que todas as doenças chamadas de
autoimune, artrite reumatoide, lúpus eritematoso, espondilite anquilosante,
todas as doenças que são consideradas congênitas ou genéticas,
reumatológicas, elas são, propriamente dito, que o corpo está combatendo o
próprio corpo. Então o que a maioria desses pacientes toma? Corticoide. Para
o que serve o corticoide? Para inibir o sistema imunológico do paciente e evitar
que o corpo combata o próprio corpo. Então o que eu posso entender dessa
forma? A alergia nada mais é do que isso, quando eu tomo o antialérgico, ele
inibe meu sistema imunológico para parar de reagir contra o antígeno. Então o
ponto da alergia vai ser um ponto importantíssimo para tratar problemas
reumatológicos, para artrite reumatoide, para lúpus eritematoso, para
espondilite anquilosante, entre outros problemas reumatológicos, os pontos da
alergia vão ser fundamentais.
E um outro ponto que ajuda muito nos reumatismos também, nas
linhas de reumatismos é o ponto da suprarrenal, a gente vai ver que fica aqui
no trago, é uma função muito importante, porque a liberação de adrenalina
ajuda muito nas patologias reumatológicas.
Então esses foram os pontos da fossa escafoide, que principalmente
só estão localizados pontos de lesão direta, salvando ali principalmente o ponto
da nefrite, que é uma inflamação nos rins e o outro ponto que é um ponto que
vai ser para as alergias respiratórias, alergias gerais, mas também como um
ponto que vai ser muito utilizado nas patologias reumatológicas.
Então lembre-se de já fazer as suas anotações, fazer o seu dever,
escrever a função de cada ponto, fazer suas anotações no seu caderno para a
gente dar seguimento. Se você tem alguma dúvida sobre algum ponto
específico, lembre-se de chamar no grupo, a gente responde o mais breve
possível. Até o próximo vídeo.
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Nesse vídeo a gente vai falar um pouco sobre a concha cava e a concha
cimba, é uma zona muito importante na auriculoterapia, a gente vai ter dentro
aqui do pavilhão, a parte de baixo se chama concha cava e aqui a parte de
cima se chama concha cimba.
Vamos começar lá de baixo, vindo rebatendo ponto por ponto. Então
o ponto mais baixo, que fica exatamente aqui bem próximo a incisura, entre o
trato e o antitrago, aqui dentro fica o ponto da endócrina ou endócrino. Esse
ponto é um ponto que a gente vai utilizar bastante, sempre que a gente pensar
em controle ou regulação de glândulas. Então quando eu penso em aumentar
ou diminuir a secreção glandular de algum hormônio, da tireoide ou da
suprarrenal, ou da vesícula biliar, seja o que for, então qualquer regulação
endócrina, a gente usa esse ponto. Por isso que é um ponto que a gente vai
utilizar muito também em emagrecimento, já que a gente visa a aceleração do
metabolismo, então a gente vai utilizar esse ponto da endócrino, uma das
funções mais utilizadas e ele é muito utilizado também quando a gente pensa
em estômago, por exemplo, aumentar a proteção do estômago, então a
liberação de proteção, de muco gástrico, a gente vai pensar na endócrina.
Ou quando eu quero uma liberação, por exemplo, de hormônio mias
de crescimento, do HGH, então eu vou sempre conjugar endócrina e glândula
que eu quero trabalhar a liberação. Então se eu quiser, por exemplo, trabalhar
um paciente com a liberação mais de dopamina, de endorfina, de serotonina,
hormônios opióides de boa qualidade, eu vou trabalhar a endócrina junto com
aquele ponto que a gente viu lá no antitrago, que é o hipófise, que vai liberar
todas essas substâncias.
Então sempre que eu pensar em liberação de substância, eu vou
pensar em endócrina. Muita gente faz uso, por exemplo, da endócrina, para
fortalecimento muscular propriamente dito. Então eu posso utilizar o ponto da
endócrina, aí eu utilizo aquele ponto do ovário, aqui na frente, que para o
homem é o ponto do testículo, mais o ponto do ovário lá em cima. Então eu vou
estar estimulando, no homem, a liberação da testosterona e eu posso conjugar
junto com o ponto da hipófise, que também controla a liberação da
testosterona.
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pela defesa do corpo, pela imunidade do corpo. Ele é o responsável pela pele,
pelas alergias de pele, pelas alergias respiratórias, ele é quem controla a
sudorese e também quem controla a vaporização dos líquidos puros.
O coração tem aquelas funções que a gente já viu, esse ponto vai
ser muito importante, que ele controla a razão, ele controla a parte racional do
cérebro, ele que controla as veias e artérias no nosso corpo. A gente pode
utilizar esse ponto também como um ponto local para problemas cardíacos
propriamente ditos, esses pontos são muito interessantes.
Embaixo do pulmão 2 tem o ponto do cérebro, que a gente já falou
que, na verdade, o desenho, a única forma que ele conseguiu colocar, na
verdade, o cérebro está aqui na face interna do trago, ele não faz parte da
concha cava. Ele é a parede interna do antitrago por isso que ele está
desenhado dessa forma.
A gente tem um ponto do lado do pulmão 2 chamado tuberculose, é
um ponto que ajuda nos sintomas da tuberculose. Um ponto acima, a gente vai
ter as coronárias, então para pacientes que sofreram infarto, para pacientes
que estão com entupimento ou aterosclerose das coronárias, a gente vai
trabalhar esse ponto diretamente. E em paciente que tenha alguma síndrome
da artéria, da aorta abdominal, algum entupimento da aorta abdominal, a gente
vai trabalhar aí esse ponto.
Do lado, a gente tem, para finalizar essa parte de baixo, o nervo
vago, então o ponto do nervo vago é um ponto que a gente vai trabalhar muito
em conjunto quando a gente for falar lá na hélix, então o ponto do nervo vago
está aqui e aqui no início da raiz da hélix, a gente tem um outro ponto chamado
ponto zero. Esses dois pontos, pontos do nervo vago e ponto zero são dois
pontos que são os locais onde eu consigo ter a maior sensibilidade do nervo
vago. O que é a responsabilidade do nervo vago? O controle da parte
simpática e parassimpática de todos os órgãos e vísceras. Então em conjunto
com eles, comumente eu vou trabalhar o ponto do simpático e parassimpático.
Para o que serve o simpático? Ou seja, quando eu tonifico o nervo vago,
quando eu tonifico o ponto zero, quando eu tonifico o SNV, eu estou fazendo
com que todos os sistemas cardiorrespiratórios e digestivos comecem a
trabalhar excessivamente. Então é um ponto que eu posso conjugar com algum
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em paciente que já tem histórico de pressão alta, a gente deve evitar e ir com
calma nesse ponto, mas se é um paciente que não tem problemas cardíacos, é
um ponto que eu posso utilizar bastante para dar força, vontade do paciente se
mexer, eu posso conjugar isso com o rim, com o coração e em conjunto
também com pontos da neurastenia, lembra que a neurastenia é o
esgotamento físico e mental? Então trabalhar esses pontos todos em
tonificação par ajudar esse paciente a se animar, agitar um pouco mais e
também posso tonificar o sistema neurovegetativo simpático para acelerar o
organismo desse paciente.
A gente pode sempre pensar em conjugar com outros pontos,
dependendo dos sintomas ou histórico de cada paciente e sempre cada
paciente é único, por isso que é tão difícil pensar em um protocolo. Qual é o
melhor protocolo de emagrecimento? Não sei, primeiro a gente precisa
entender o que, dentro do seu paciente, é responsável por transformá-lo em
um paciente obeso, é a ansiedade? É o sedentarismo? É a fome excessiva? É
o não se mover? Ou ele está com alteração de tireoide? Então isso tudo a
gente deve levar em consideração na hora que a gente vai fazer a formulação
de um protocolo.
Abaixo da suprarrenal, a gente tem um ponto chamado nicotina e,
logo abaixo, um ponto chamado vícios e manias. O ponto da nicotina é um
ponto que ajuda o paciente a diminuir a vontade de fumar, é um ponto
específico para trabalhar o tabagismo, em conjunto com vícios e manias, os
pacientes que já estão com transtorno obsessivo compulsivo, o TOC, a mania
de organização, que tudo tem que estar no lugar, não pode se mexer ou mania
de limpeza. Todas as manias e vícios, vícios por drogas, vício por bebida e
tudo mais, esses pontos vão ser utilizados.
O ponto do nariz interno, você pode ver que esse ponto é um ponto
que está circundado. Quando ele está circundado, significa que ele não fica na
parte da frente, ele fica na parte interna. Então aí o nariz interno vai estar na
parte de dentro do trago e a parte de nariz interna a gente vai pensar
principalmente em rinite e sinusite. Então os problemas respiratórios, a gente
está pensando mais em seios da face, na produção excessiva de muco ou
então o paciente já está com uma infecção, a gente vai trabalhar esse ponto do
nariz interno em sedação.
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Nesse vídeo a gente vai falar da parte mais externa aqui toda, o
bordo externo da orelha, que é chamado de helix ou hélice da orelha e nessa
região tem pontos bem interessantes e alguns pontos são, na verdade, a
continuação da parte interna.
Então, por exemplo, a gente tem logo no início aqui da orelha, seria
a raiz da hélice, onde começa a hélice, é o ponto do estômago. E logo em
seguida, quando a gente começa a entrar um pouco mais, você esteja com seu
mapa agora junto com você, porque principalmente agora, quando eu coloco
esse amplitude muito grande, se você estiver assistindo no celular, você não
vai conseguir ver os pontinhos específicos. Então é legal você estar junto com
seu mapa aí.
Começando logo aqui no início, a gente vai ter o ponto zero, que é
um ponto que eu já falei junto na hora que eu estava explicando a concha cava,
é um ponto em que eu tenho uma das maiores sensibilidades do nervo vago e
o nervo vago é responsável pela parte simpática e parassimpática das
vísceras. Ele ajuda no liga e desliga das vísceras, então esse ponto zero vai
ser muito utilizado quando a gente tiver uma hipofunção de uma víscera ou um
hiperfunção de uma víscera. Então sempre que eu tiver uma hipofunção de
uma víscera, quatro ponto que podem ser conjugados: uma víscera que vai ser
trabalhada, que é o ponto do local e três pontos que trabalham a parte
simpática e parassimpática. Um é o ponto zero, dois, o ponto do nervo vago,
que fica na concha cava e o ponto do simpático, que fica na cruz inferior.
Então são três pontos muito interessantes a serem trabalhados em
conjunto com o ponto da víscera, formando quatro pontos para fazer com que
aquela víscera volte a trabalhar ou pare de trabalhar excessivamente, se for o
quadro que está acontecendo no seu paciente.
Logo depois do ponto zero, a gente tem o ponto do diafragma, que
vai ser trabalhado principalmente com pacientes com distúrbios respiratórios,
com dificuldade respiratória, como também é um ponto que, em alguns mapas,
vai ser chamado de ponto do soluço, então é um ponto que é interessante a
gente trabalhar quando o paciente está com um soluço que é considerado um
espasmo no diafragma.
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em conjunto com esse ponto atrás aqui do lóbulo, que se chama também
sono profundo.
E outros dois pontos importantíssimos são o ponto da inteligência,
que é como se fosse a parte dorsal do ponto do dente, então atrás do ponto
do dente, então o ponto da inteligência é muito mais ligado, na verdade, ao
ponto da concentração, ajuda você a se concentrar mais no trabalho, então
sempre que eu quiser focar um pouco mais, eu preciso da minha parte mais
racional, eu preciso me dedicar um pouco mais aos estudos, esse é um
ponto muito utilizado em crianças com distúrbios de déficit de atenção e,
principalmente, para pacientes que estão precisando estudar ou passar para
concurso, fazer alguma prova, então a gente trabalha esse ponto em
tonificação, o ponto da inteligência.
E o ponto atrás do ponto da ansiedade é o ponto da alegria, é um
ponto muito trabalhado em pacientes com depressão, em pacientes com
apatia, em pacientes com distúrbios em que está faltando alegria na vida
dele, é um ponto que eu vou utilizar muito. Então o ponto da alegria,
conjugar esse ponto da alegria com a liberação da endócrina para ponto
endócrino e ponto da hipófise também. E a apatia, que é a ausência da
alegria, é um distúrbio do coração, então eu posso trabalhar o coração aqui
na concha cava e se você quiser também trabalhar o elemento fogo, o
coração lá em cima do dorso, como a gente viu.
Olho, ouvido interno, tudo isso é reflexo da frente, então como eu
falei, tem esses outros pontos que são importantíssimos aí na região dorsal
e aí a gente vai conjugar muito quando a gente entrar em formulação de
pontos, com criar uma boa receita, como entrar nessa parte de formulação
de pontos que a gente vai ver a seguir.
Lembre-se de fazer as suas anotações, para quem você vai usar,
por que você vai usar, em que outros pontos você conjugaria esses pontos,
vai trabalhando isso no seu caderno de estudo, nas suas anotações, para
cada vez ficar mais fácil o pensamento sobre a auriculoterapia e não ficar
focado tanto em copiar e colar protocolos, ficar sempre em busca de alguém
que formulou o protocolo. O intuito maior nosso aqui nesse curso é criar
alunos que raciocinem e que consigam sozinhos criar receitas e criar
protocolos individualmente para cada paciente. A gente vai focar agora, na
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esse nervo pelo pavilhão auricular e tem um grande sucesso sobre essas
patologias.
O quarto nervo, um dos mais importantes, todos são importantes,
lógico, mas o quarto nervo, que é importantíssimo, é o nervo vago, ele vai ser
responsável pela regulação da parte simpática e parassimpática dos órgãos e
vísceras. Como assim? A parte simpática e parassimpática. Simpático é
sempre quando eu estou ligando um órgão. Então, por exemplo, agora está
próximo do horário de almoço ou próximo do horário da janta e eu sinto um
cheiro bom, o que acontece? Na hora meu estômago começa a se movimentar,
eu sinto um borbulhismo, movimentação do meu estômago e essa
movimentação do meu estômago é dada por quê? Alguém foi lá e ligou meu
estômago, quem fez isso foi o nervo vago. Ao mesmo tempo, ele vai
preparando meu estômago com suco gástrico, que aumenta a proteção do meu
estômago. Em seguida, ele já sabe que vai ser digerida a comida e essa
comida vai passar pelo duodeno e o duodeno se comunica com a vesícula
biliar e a vesícula biliar vai ter que excretar bile ali para quebrar as gorduras.
Então ao começar a mastigar, o meu cérebro vai perceber se a
região da minha língua percebeu muita gordura, o nervo vago vai disparar
maior ou menor produção de bile para fazer a digestão e aí prepara o intestino,
aí prepara o intestino grosso, prepara os rins. Então o lance do nervo vago é
que ele liga e desliga as vísceras, fazendo com que elas funcionem mais ou
menos.
E qual é o nosso trabalho? É entender se alguém deixou a luz acesa
ou deixou apagada quando deveria estar acesa e a gente vai lá e regula.
Então, por exemplo, o paciente que não tem o movimento peristáltico no
intestino e não consegue evacuar, a gente vai lá e vai estimular um ponto do
nervo vago, um ponto em que ele esteja mais aflorado, a região do nervo vago,
são dois pontos, ponto nervo vago e ponto zero e junto eu vou lá e estimulo o
intestino e isso faz com que o intestino trabalhe mais. Ou se o meu paciente,
por exemplo, tem uma gastrite nervosa, ou seja, ele cria uma ansiedade, essa
ansiedade continua produzindo suco gástrico e isso causa um incômodo no
meu paciente, significa que o estômago está trabalhando em um momento que
não deveria. Então ao contrário do que eu fiz lá no intestino, que foi sedar o
meu intestino, diminuir a função do sistema simpático, ligando o sistema
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grave esses dois nomes, que vão ser importantíssimos na hora do tratamento,
nervo auricular magno ou maior, em alguns atlas anatômicos, o que dá no
mesmo, e nervo occipital menor. Esses dois nervos, o auricular magno e
occipital menor, são dois pontos na orelha, também tem esses dois pontos, e
eles inervam toda a parte externa, mas eles também têm um ponto de maior
sensibilidade.
Esses dois pontos vão ser responsáveis regular toda a parte motora
do meu corpo e parte muscular, articular, óssea e tudo mais. Então se eu
trabalho diretamente nesses dois pontos, eu vou estar trabalhando o corpo
como um todo. Então em um quadro de uma fibromialgia, num pós-dengue,
onde o paciente está com uma dor mais generalizada, esses dois pontos em
um local de maior sensibilidade do occipital menor e do auricular magno, eu
vou estar trabalhando o corpo como um todo e uma analgesia geral do
paciente. Ou não, eu vou trabalhar em determinadas regiões em que eles estão
divididos e que vão ser responsáveis mais pela cabeça, mais pela lombar ou
mais pelo joelho, isso a gente vai ver mais à frente a anatomia do pavilhão
auricular.
Então, resumindo, a gente tem 6 nervos chegando até o pavilhão
auricular: 4 são nervos cranianos e 2 são nervos medulares. Ou seja, dos
nervos cranianos, a gente tem o trigêmeo, glossofaríngeo, o facial e o nervo
vago, são os nervos cranianos, que vão até o pavilhão auricular. E a gente tem
2 nervos que são medulares: nervo occipital menor e auricular magno, que vão
ser responsáveis por toda a parte osteomuscular do nosso corpo.
Então faça suas anotações, faça seu deverzinho e coloque tudo no
caderno, isso vai te ajudar muito mais lá na frente, na hora da formulação de
pontos e por que utilizar cada ponto. Continue aí, qualquer dúvida, coloque lá
no grupo que a gente vai esclarecer. Até a próxima.
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possível, niquelado. O que é niquelado? Ele vai ser banhado em níquel, então
é uma outra proteção no ímã e evita que ele oxide. Então o ímã acaba sendo
um metal que é polarizado que sofre ali um polarização, o ímã pode ser um ímã
natural ou produzido, isso é indiferente, ele vai estar trabalhando o magnetismo
da mesma forma.
O potencial do ímã é que ele funciona sozinho, então ele
basicamente não precisa do estímulo, se eu quiser estimular, posso, mas o ímã
sozinho já gera um estímulo, vai ter uma aula só de magneto aí, mas o
estímulo do magneto, ele já trabalha basicamente sozinho, porque ele tem um
potencial de magnetismo e a gente tem, dentro do nosso organismo, uma
substância que é muito presente, que é a ferritina, um derivado do ferro, que
está presente dentro da hemácia. Então sempre que eu jogo magnetismo no
corpo, eu estou levando mais sangue, estou levando mais potencial elétrico
para o corpo do paciente, então é um trabalho muito eficiente, que pode ser
colocado esses magnetos de 1.500 Gauss, eles podem ser trabalhados tanto
no pavilhão auricular, quanto em pontos de dor também do paciente. Então
você tem o ponto de dor do paciente, você pode colocar o magneto, você vai
ter um efeito bem interessante no corpo do paciente também. Então o magneto
só é difícil de achar, peça para o paciente que se cair, para ele guardar, se
você achar um bom lugar ou onde você comprou está com preço em conta e
tudo mais, coloca lá no grupo que vale bem a pena.
E, para fechar, são os equipamentos de eletro e de laser. O de laser
é um utensílio um pouco mais caro, ele depende muito do local, então a gente
tem variações de 2 mil a 4 mil reais um laser, já é um investimento um pouco
mais top. Eu recomendo para quando você já estiver com uma cartela de
clientes bem cheia, está sobrando um dinheiro e você queira investir em algo
que vá potencializar ainda mais, por quê? O tratamento com eletro e o manual
não tem muita diferença para o tratamento de laser, qual é a vantagem do
laser? É que para o paciente que não suporta agulha, eu vou ter um efeito de
agulha sem utilizar a agulha, então o laser tem essa vantagem de trabalhar em
um paciente o pontos de auriculoterapia antes de colocar esfera, antes de
colocar semente, eu vou lá trabalhar com laser. E a outra vantagem do laser é
que cada ponto eu vou ficar por pouco tempo, então não vou precisar 20
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esse equipamento de eletro que eu vou mostrar para vocês já vem com uma
caneta de localização. Porém existem apenas canetas localizadoras, que eu
vou dar alguns exemplos para vocês e essas canetas localizadoras, o que elas
fazem? Elas vasculham onde está mais sensível. Regiões mais sensíveis do
corpo tendem a estar mais hidratadas, mais edemaciadas, então o que
acontece? Ela joga um pulso e recolhe esse pulso elétrico, um pulso elétrico
que o paciente não sente. Quando esse pulso elétrico cai em um local com
uma circulação sanguínea aumentada, o que acontece? Ou acende uma
luzinha ou apita.
Necessariamente todos os pontos sensíveis da palpação ou todos
os pontos que acendem a luz do equipamento, apitam, estão ligados ao
tratamento? Não, isso que é importante, por quê? Tem gente que fica
pensando que só de ter um equipamento de eletro já vai conseguir achar todos
os pontos. Não tem nada a ver. Por exemplo, eu posso ter uma paciente que
veio tratar, como exemplo, veio tratar um problema de dor de dente, ela está
com uma dor de dente, porque o siso está nascendo e, de repente, ela está em
uma fase menstrual, então é muito comum o útero estar mais sensível na
palpação e estar sensível na localização de pontos, por quê? A mulher ou está
preparando ou está com sangramento ou ela está se recuperando do
sangramento. Então possivelmente aí, 15 a 20 dias a paciente fica com o ponto
da fossa triangular, referente ao útero, que a gente já falou, mais sensível tanto
à palpação, quanto à localização de pontos. Então pode ser que meu paciente
esteja vindo tratar uma dor no dente, uma dor no siso e aí o localizador vai
apitar o útero e aí se o terapeuta não está preparado, ele começa a botar
pontos que não têm nada a ver. Por exemplo, imagina que o horário que a
minha paciente veio se tratar comigo foi um horário que ela acabou de se
alimentar, ou seja, todo sangue está aonde? Lá no estômago. Todo sangue,
entre aspas, uma quantidade grande de sangue foi lá para o estômago para
fazer a digestão. Ou seja, se eu passar o localizador no estômago nessa hora,
ele vai apitar, mas será que a dor no dente tem a ver com estômago?
Isso é importante, a gente correlacionar com que momento o
paciente está, porque senão acabo pegando todas as palpações positivas e
colocando semente. E, muitas vezes, não é assim, a gente tem que entender
quais pontos estão sensíveis, quais pontos o localizador apitou e agora sim,
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junto dessa aula, você anotar os materiais, quais te chamam atenção, quais
você vai querer trabalhar e quais você vai pesquisar, talvez, para no futuro
trabalhar com eles.
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perguntar: “como está sua dor?”. No momento em que você pergunta para o
paciente como está a sua dor no final do tratamento, o que acontece? Ele vai
acessar o sistema dele central, o sistema nervoso central para procurar o dor.
E se existe ainda alguma dor residual, ele vai acessar e, nesse momento, ele
vai conseguir lembrar da dor e aí possivelmente a dor dele volta praticamente
toda.
O tratamento, que é a dessensibilização, o alívio da dor, ele parte
não só da terapia física, mas também da terapia falada. Então vários estudos
demonstram que terapeutas positivos levam a pacientes com menos dor e isso
é um ponto muito importante. Então assim como eu evito falar sobre a dor do
paciente durante a sessão e no final da sessão, eu também recomendo aos
meus alunos que façam isso, esse é um ponto importante, porque isso está
ligado exatamente ao que o paciente está pensando. Então se durante a
sessão eu vou mostrando para o meu paciente como ele está melhor, como a
vida boa, como ele está muito bem, se é um terapeuta positivo, alivia a dor, por
quê? Um terapeuta positivo faz o paciente sorrir, faz o paciente se emocionar,
faz o paciente receber um abraço, um acalento, um aconchego, isso faz com
que o corpo do paciente libere hormônios de boa qualidade e isso também está
dentro da terapia. Então muitas vezes a gente vê alguns terapeutas que são
ótimos de terapia, mas são muito ruins de fala, são muito ruins de abordagem
terapêutica.
É importante escalonar a dor, principalmente no início, e durante
todas as sessões que seu paciente passar com você, você vai pedir para esse
paciente escalonar a dor novamente.
E uma outra coisa, quando a gente for fazer a palpação do pavilhão
auricular do paciente, é importante que a cada ponto de eu aperte, que o
paciente dê uma reação positiva, eu pergunte de zero a 10, quão positiva é
aquela palpação, quanto está sensível aquele ponto, por quê? Se o meu
paciente tem uma lombalgia e eu vou lá e pressiono o ponto da lombar e esse
ponto da lombar, o paciente relata que está em uma dor 7, essa dor 7 está
ligada possivelmente à dor 7 lá da lombar dele também.
Conforme o meu paciente for melhorando, comumente, ao melhorar
a dor lombar, no exemplo aqui que eu estou falando para vocês, também vai
melhorar a dor no pavilhão auricular.
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Então o que você vai fazer durante a avaliação? Você vai escalonar
duas coisas, primeiro, o paciente acabou de chegar, você conversa com ele,
boas vindas e tudo mais, na hora que você sentar para fazer a evolução do
paciente, o que você vai fazer? Você vai perguntar para o seu paciente como
está a dor em uma escala de zero a 10, sendo zero sem dor e 10 ele está
morrendo de dor. Aí ele vai lá e fala que está sentindo um 6, por exemplo. você
vai lá e marca um 6 para o seu paciente. Deite o paciente, após a conversa
inicial, antes de começar o tratamento e você vai fazer a palpação dos pontos
relativos à dor, ou seja, o ponto da lombar, se o paciente tem dor na lombar, o
ponto do joelho se o paciente tem dor no joelho, o ponto da cabeça se o
paciente tem dor na cabeça. Palpe os pontos locais de dor e também peça
para o paciente classificar a sensação que ele está tendo à palpação. Essa é
uma vantagem que a palpação tem em relação ao vasculhar o pavilhão
auricular eletricamente, então esse é um ponto importante.
Durante a evolução, a gente vai escalonar a dor duas vezes: uma,
uma subjetiva, que o paciente, “como está sua dor?” e aí vai dar o ponto e a
outra durante a palpação dos pontos referentes à dor, ele: “nossa, esse ponto
está bem sensível”, “que nota você daria para esse ponto?”. Você vai lá e vai
escalonar esse ponto.
Para que serve isso? Principalmente para a evolução, no vídeo de
evolução a gente também vai falar um pouquinho, eu vou falar um pouco sobre
a ficha de avaliação, como preencher a ficha de avaliação, mas um ponto
importante dentro da ficha de avaliação também é a evolução diária do seu
paciente. Então todo dia que seu paciente chegar ou que você chegar até a
casa do seu paciente, é importante fazer uma evolução do seu paciente, que é
um ponto importantíssimo.
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Se ele não conseguir identificar, a gente vai ter que usar outros filtros, como,
por exemplo: “qual dessas deixas que você me colocou gera mais disfunção
dentro do seu dia? Qual dessas queixas que você me colocou traz mais
aporrinhação? Traz mais desgaste para o seu dia? Demanda mais tempo seu
para melhorar disso, para você poder fazer suas tarefas?”. Então a gente vai
ter que passar outros filtros, até conseguir identificar a queixa principal, se a
principal é apenas uma queixa.
E aí depois que a gente identificar a queixa principal, a gente vai
construir a história da doença atual, ou seja, o HDA. O que é o HDA? É toda a
história, desde que começou até hoje. Então um paciente, “me conta do
primeiro dia que você descobriu que você tinha uma dor no joelho”, “ah, eu
descobri há 5 anos atrás, quando eu caí de bicicleta” e o terapeuta deve
escrever toda essa narrativa. Dentro da história da doença tem o início, o meio
e o fim. O fim é o dia que ele está com você, ou seja, dentro dessa história, o
que foi feito? Que tipos de tratamento? Que tipos de medicamento ele tomou?
O que ele sente que melhora, o que ele sente que piora? O que no cotidiano,
se está frio, se está calor, o que melhora, o que piora? O que ele já tomou de
medicamento, que ele sentiu alguma melhora, mas piorou em alguma outra
coisa?
O grande lance é o seguinte: dentro do HDA, quanto mais pergunta
o terapeuta fizer, a ver com a queixa principal, e quanto mais o paciente
espontaneamente narrar a sua queixa principal, é melhor para a evolução do
tratamento, por quê? Muitas das dificuldades do terapeuta estão na construção
do protocolo, por quê? Muitas vezes o paciente vem com uma queixa como,
por exemplo, vamos pensar em uma queixa que é comum, uma dor lombar.
Então o paciente vem com um diagnóstico ou de hérnia de disco ou de
lombalgia, diagnosticado por um médico ocidental, por um ortopedista, por um
exame de imagem. E o terapeuta, comumente, em vez de pegar a queixa do
paciente, ele pega o diagnóstico do médico. Não que eu não vá anotar o
diagnóstico do médico, também vou, mas é muito mais importante a forma com
que meu paciente relata a lesão do que como o médico relatou a lesão. “Qual é
a sua queixa principal?”, “a minha queixa principal é que meu joelho dói muito e
eu não consigo subir escada”, essa é a queixa principal, é dessa forma que eu
tenho que entender, porque quando eu entendo que ele sente dor quando ele
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sobe escada e não é uma gonalgia, ah, uma gonalgia, uma dor no joelho. Se é
uma dor no joelho, é muito inespecífico, a gente não entende se é uma dor
muscular, se é uma dor tendínea, se é uma dor articular, se é uma dor por
alguma lesão interna, ah, com alguns exames pode (ininteligível - 00:06:24),
sim, mas qual é o maior problema do paciente? É que ele tem uma dor no
joelho quando ele sobe escada, essa é a queixa principal dele. Então qual é a
solução do problema? É fazer de novo ele subir a escada.
Então a queixa principal, junto com o HDA, vai evoluir para uma
coisa que você vai colocar no final do seu HDA: qual é o objetivo do tratamento
do paciente. Ah, o objetivo é diminuir a dor no joelho. Não, não é, quando ele
falou explicitamente para você que ele tinha dor no joelho ao subir escada e ele
precisava subir escada porque onde ele trabalha tem escada, a função não era
diminuir a dor no joelho, a função era poder voltar a poder descer e subir
escada, mesmo que seja de uma forma adaptada.
A gente tem que ligar, muitas vezes, o filtro para entender o que o
paciente precisa dentro dessa história toda para conseguir transcrever isso em
um bom protocolo de tratamento. Então a princípio, quando você for construir o
HDA, terminou de construir a história da doença do paciente, pegou toda a
história do paciente, terminou a avaliação toda, que a gente ainda vai falar um
pouco mais dos outros pontos da avaliação, pega o HDA do paciente e dentro
do HDA você vai fazer o seguinte: todos os sintomas e sinais que o paciente
narrou, você vai tentar classificá-los como excesso ou deficiência de Yin,
excesso ou deficiência de Yang e tentar classificá-los dentro dos 5 elementos.
“Ah, eu sinto uma dor que lateja”, uma dor latejante é uma dor de excesso de
Yang. “Ah, é uma dor bem fininha, lá no final, que quase eu não percebo, mas
ela nunca me larga”, é uma dor de deficiência de Yin. “Ah, eu não consigo
movimentar o meu braço, eu não tenho mais força para levantar meu braço”,
deficiência de Yang. Então se você não lembra desses quadros de Yang, de
Yin, volta lá em uma das primeiras aulas de medicina tradicional chinesa, a
gente fala muito bem, explica muito bem o Yin e o Yang e faz toda a narrativa
de Yin e Yang, tirando também todas as suas dúvidas.
Mas é importante tentar encaixar essa queixa principal do paciente
junto com HDA dentro dos 5 elementos e dentro do Yin e Yang, por quê?
Dessa forma, na hora que a gente for construir o protocolo, a gente vai utilizar
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os pontos dos 5 elementos e se for excesso, a gente vai sedar e se for quadro
de ineficiência, a gente vai tonificar. Então, dessa forma, é muito importante o
HDA, porque em cima do HDA que eu vou construir um bom protocolo.
Terminou de construir a história toda do seu paciente, não coube lá
na janelinha disposta dentro da ficha, faz um apêndice, cola uma contracapa,
uma contrafolha e coloca lá no HDA: “continua na próxima folha” e continue
transcrevendo lá. Não importa quanto tempo você demore para a avaliação, a
avaliação é que leva a qual é o tratamento. Então chega de ter terapeutas que
ficam procurando protocolos, por quê? Não é todo mundo que vai ter o mesmo
tipo de lesão, então por isso os protocolos são falhos, porque não é todo
mundo que tem dor na lombar que vai ser tratado com os mesmos pontos. Não
é todo mundo que tem obesidade que vai ser tratado com os mesmos pontos,
porque você pode ter paciente que come muito e paciente que tem dificuldade
de perder peso por sedentarismo. Ou o outro tem um metabolismo mais
eficiente. É o mesmo protocolo? Não é, aí é importante entender: “eu quero
tratar minha obesidade”, “mas em que momento você se percebeu obeso? O
que te leva? Como é seu dia? Como é que é sua alimentação, descreva um
pouco mais. Se eu pudesse te ajudar, qual seria a ajuda? Seria na sua
alimentação? Seria em diminuir sua ansiedade? Seria o quê?”. Então a boa
conversa do terapeuta com o paciente ajuda muito na hora de formulação dos
pontos do protocolo. Por isso que protocolo, muitas vezes, é uma das coisas
mais procuradas pelos auriculoterapeutas.
Ao terminar o HDA, você vai partir para um ponto muito importante
que é entender quais são as doenças que o paciente tem, de base. O que é
isso? O paciente pode estar vindo tratar, como o exemplo que a gente está
dando, a dor no joelho, mas o que esse paciente tem de doença? Ah, o
paciente apresenta hipertensão, ele apresenta obesidade, ele é tabagista, ele é
etilista, ele bebe, então tudo isso eu vou colocar tanto em padrões sociais,
quanto doenças pré-existentes. Então a história de patologias pregressas,
HPP, é tudo o que o paciente traz de bagagem, a mochila dele, o que
aconteceu de importante, quais cirurgias você já passou, já fez cirurgia na
coluna? Já fez retirada de vesícula? Já teve infecção respiratória? Infecção
urinária?
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Um ponto importante que a gente tem que ter dentro dos atendimentos
de pacientes é a evolução. A evolução é uma ferramenta fundamental do
terapeuta e também para o paciente. Então o que é a evolução? A evolução se
baseia na seguinte forma: você vai pegar primeiro a ficha de avaliação do
paciente, você terminou a ficha de avaliação e aí você já vai colocar, no
primeiro dia, você vai determinar qual o protocolo que você vai fazer com o
paciente, então qual ponto eu vou utilizar, o que eu vou utilizar. Você fez
também a avaliação do pavilhão auricular do paciente, fez a palpação e
determinou quais os pontos a utilizar.
Na evolução é exatamente onde você descreve tudo isso: “então
foram palpados, positivamente, os pontos lombar, joelho, rim e tudo mais.
Ligado à queixa principal do paciente, utilizarei os pontos tal, tal e tal” e aí você
descreve o que foi feito. “Foi utilizada primeiro a agulha Ting e, posteriormente,
foram utilizadas esferas de cristal para o autotratamento do paciente durante a
semana, com a estimulação de sedação, foi informado ao paciente como ele
deve realizar o estímulo de sedação”. Então tudo o que você explicou para o
paciente, tudo o que você falou com ele, todas as informações é importante
estarem nessa evolução, tudo o que foi feito, que pontos foram utilizados.
Então se for pensar no que eu tenho que ter na evolução inicial do paciente,
primeiro: quais os pontos que foram utilizados, quais materiais foram utilizados
e que tipo de tratamento foi feito no paciente. E que tipo de informação foi dada
ao paciente, então o que você colocou, como você colocou, por que você
colocou, quando ele deve retornar e quando ele deve estimular.
Fez isso tudo do paciente, ele vai para a casa, ele vai ter um
próximo tratamento. De quanto em quanto tempo a gente deve fazer uma nova
auriculoterapia? No máximo de 7 em 7 dias, por que no máximo? Não é que a
eficácia, depois de 7 dias, ela caia não, já tem estudos que comprovam que o
paciente pode ficar com os mesmos pontos até 30 dias e que isso não causa
dessensibilização, isso é um mito, de que tem que ficar trocando a orelha. É
muito mais porque, às vezes, machuca a orelha do paciente, o esparadrapo cai
ou fica muito sensível a orelha tratada, por isso que, às vezes, a gente troca de
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deixo uma folha só para a evolução e vou grampeando essa folha e vai
crescendo o prontuário do paciente, eu deixo uma pastinha do paciente. Então
se essa pasta começar a ficar muito grande, o que você pode fazer? Você
pode digitalizar o início dela, escanear ou tirar foto com algum aplicativo de
scanner, digitaliza com o nome do paciente no Google Drive ou em alguma
nuvem qualquer e vai diminuindo a ficha desse paciente para não ficar tão
grande.
Mas o que é interessante de se ter a evolução diária do paciente e
que o paciente tenha ciência? Porque o que você falou, o paciente pode chegar
na semana seguinte e falar para você: “ah, mas você não me disse isso”. Então
tudo o que você fala para o paciente, você escreve de forma legível e pede
logo depois para o paciente tomar ciência: “assina para mim esse tratamento
que a gente fez e essa evolução, para você tomar ciência do que foi feito”. E,
com isso, o que é interessante? Quando o paciente se responsabiliza em
assinar alguma coisa, ele está se dedicando àquilo, ele está se entregando
mais àquilo, então quando ele assina alguma coisa, acabe que você está
jogando uma responsabilidade para ele também.
Então lá no final da ficha de evolução, onde tem nome do terapeuta,
você vai lá e coloca o seu nome, o seu carimbo, a sua assinatura e pede, logo
acima do texto, no final do texto da evolução, que o paciente dê uma rubrica e
essa rubrica você vai guardando junto com tudo do paciente, por quê? Isso é
uma forma até de comprovar que o paciente está em tratamento, é uma prova
sua, é uma prova documental de que o paciente está tendo ciência do que está
sendo feito e tudo o que você fizer está descrito ali.
Então esse é um ponto muito, muito importante, a evolução diária, a
evolução terapêutica diária, ou seja, a cada dia que você vai tratar o paciente
tem que ter uma evolução e essa evolução tem que ter ser bem descrita até
para ajudar no tratamento do seu paciente.
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representado pelo paciente. Pode ser mais de um elemento? Sim, pode, como
eu falei para vocês nesse vídeo sobre a hérnia de disco, então a hérnia de
disco é na coluna, se é na coluna, é o elemento água. Mas perdeu a forma o
disco, o disco herniou, então se ele herniou e perdeu a forma, talvez eu vá
pensar no elemento terra.
A princípio, eu já começo esse protocolo colocando rim, bexiga,
também baço e estômago, eu já tenho quatro pontos aí no meu protocolo,
então nesse primeiro passo, a gente começa com dois ou quatro pontos. Dois
pontos quando houver apenas um elemento presente na lesão do paciente e
quatro pontos quando houver dois elementos presentes. Sempre pensando em
focar tanto no órgão como na víscera. Se não houver a possibilidade de colocar
a víscera, porque vai ficar muito ponto, foca no órgão, que é o que tem mais
energia, mas, a princípio, sempre a gente vai trabalhar o elemento com o órgão
e a víscera propriamente dita.
O segundo passo vai ser o seguinte: focar no local da lesão, então
segundo passo na formulação do protocolo, qual é? Local da lesão. No
exemplo que a gente está dando aqui, formulação do protocolo para uma
hérnia de disco, então rim, bexiga, baço e estômago. Rim e bexiga porque é na
coluna. Baço e estômago porque houve perda de forma, já tem quatro pontos,
esse foi o passo um. Passo dois, onde é o local da dor? Minha hérnia de disco
é na lombar, ou seja, eu vou ter que achar alguma região aqui da lombar do
paciente que esteja mais sensível e esse vai ser o ponto local onde eu vou
focar em colocar uma agulha ou uma esfera, seja qual for o material que você
vai utilizar, mas é o ponto local. Então segundo passo: ponto local da lesão.
Ah, meu paciente tem dor de cabeça, então onde na cabeça ele está
sentindo? Meu paciente tem dor de estômago... pode ser que o elemento seja
o próprio ponto local? Sim, por exemplo, meu paciente está com dor de
estômago, estômago é do elemento terra, então eu vou lá no elemento terra e
coloco baço e estômago. Mas o estômago é o ponto do elemento e já é o ponto
local. Ótimo, matou dois em um, não tem problema nenhum.
E em terceiro lugar para a formulação do protocolo, você vai pensar
em dois pontos que fazem o que você deseja. Então vai ter tabela logo aqui
embaixo e tem também na apostila de vocês uma tabela com o resumo das
principais funções de pontos. Então tem pontos, por exemplo, que são anti-
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que você consiga começar a pensar em como gerar um tratamento e não ficar
focado somente em pedir tratamento para outros terapeutas. Então se você
não conseguiu ainda, não tem problema nenhum, não é vergonha nenhuma,
assista de novo, reassista quantas vezes for necessário à aula ou às aulas que
você ache que precisa reassistir, para que você, no final, consiga formular. Não
está conseguindo? Chame a gente, pode chamar no privado ou chamar no
grupo, seja no Facebook ou em qualquer outro lugar, no WhatsApp, pode
chamar a gente, que a gente consegue conversar e aí evoluir um pouco mais o
seu conhecimento em cima de como formular o protocolo. Mas faça seu dever
e, principalmente, faça as suas anotações no seu caderno de estudo. Muito
obrigado e até o próximo vídeo.
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muito barato, então hoje você entra no Mercado Livre ou no site da Dux ou em
outros sites especializados, a gente pode passar alguns sites lá no grupo
também para vocês, mas a princípio o que eu recomendo é: as placas
montadas têm custo muito barato, então tem placas com 60 sementes a 6
reais, a 5 reais, então, imagina, 60 sementes a 6 reais. Eu vou colocar 10
sementes em cada paciente ou 6 sementes, vamos colocar 6 sementes em
cada paciente, que é mais perto do número que eu trabalho, 5 a 6 sementes, a
média de pontos que eu recomendo, então entre 5 a 7 pontinhos já é suficiente.
Então em cada paciente eu gastei 6 sementes, a placa tem 60 sementes, dá
para atender 10 pacientes a 6 reais, isso é um custo muito, muito barato. E a
placa de produção é meio chatinha, você tem que colocar em cada buraquinho
um cristal, em cada buraquinho lá você vai colocar a semente, depois você tem
que passar o esparadrapo, vir passando o estilete.
Então, logicamente, é uma terapia, se você tem tempo e quer
fabricar as suas placas, você fica à vontade e compra material para a
fabricação de placas. Então você compra placa lá de acrílico, a placa de PVC,
compra esparadrapo e compra as sementes. No todo, o que você vai gastar
com placa, com esparadrapo e semente, você vê que vai dar para comprar,
muitas vezes, já uma caixa com 30 placas e você podia já ter atendido um
monte de gente e valeria muito mais a pena. Obviamente o custo-benefício vai
variar do tempo que você tem e do tipo de material que você quer utilizar, mas
eu recomendo, a princípio, começar com placa de cristal, depois, se você
quiser evoluir, você coloca lá uma placa dourada, uma placa prateada junto
com a placa de cristal, principalmente se você já atende em consultório, que aí
você pode ter 3 tipos de placa, isso valoriza um pouco o atendimento e também
potencializa o atendimento. Então: “hoje eu vou utilizar com você algumas
sementes de ouro, umas esferas de ouro” e o paciente até é estimulado por
isso, ele gosta bastante, o paciente gosta bastante disso.
Então esse é principalmente o foco das sementes e das esferas que
a gente vai trabalhar. Então faça as suas marcações, faça o seu dever, anote
no seu caderno de trabalho, para a gente tirar as dúvidas depois, vai lá no
grupo e tira as dúvidas.
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essa informação por 7 dias, pode ser que a orelha dele esteja bem inflamada e
aí ele vai ter que, talvez, fazer o uso de um anti-inflamatório ou um antibiótico,
propriamente dito, para trabalhar essa orelha.
Isso é muito raro de acontecer, mas é um malefício que, em
contrapartida, é muito raro de acontecer com a esfera. Pode ser que o paciente
tenha uma alergia a um esparadrapo, pode ser que o paciente tenha uma
alergia a alguma esfera ou então a alguma semente? Sim, mas também
geralmente é uma alergia mais tópica que tirou, acabou. Porém, da agulha, ela
está introduzida dentro do corpo do paciente, então uma reação alérgica a um
corpo estranho já dentro do paciente vai dar uma reação inflamatória interna,
então o que acontece é um quadro um pouco mais intenso no paciente.
Eu falei para vocês que a agulha semipermanente, o foco dela
principal é a sedação, salvo quando a gente usa magneto, então, o que
acontece? O magneto é um ímã que a gente recomenda, eu vou falar um
pouco mais na aula de ímã, especificamente, mas a gente recomenda o uso do
ímã para auriculoterapia de 500, pode ser até um pouco mais fraco, se você
não encontrar, de 500 até 1.000 Gauss, de 500 até 1.500 Gauss, Gauss é a
força magnética, o magneto, o ímã, para auriculoterapia. O que acontece? Ele
é exatamente do tamanho da agulha semipermanente, então qual o lance
desse trabalho? É o magneto é um ímã que atrai sangue, que atrai circulação
sanguínea. Então quando eu utilizo a agulha semipermanente perfurando a
pele e em cima eu coloco o ímã, dessa forma, eu estou potencializando a
função do ímã, por quê? O ímã, se eu coloco na pele, ele tem que atravessar a
pele para fazer efeito no sistema interno. Se eu já quebro a superfície da pele
com uma agulha semipermanente e coloco em cima dessa agulha
semipermanente um ímã, eu estou potencializando o efeito e, com isso, eu
estou gerando uma agulha semipermanente que tonifica, olha que interessante.
Então se você quiser usar uma super tonificação, em vez de você usar uma
esfera de ouro, você utilizar um combo, que é uma junção da agulha
semipermanente com o ímã em cima, então boto a agulha no paciente, depois
eu coloco um ímã em cima da agulha e depois fecho com esparadrapo. Com
isso vai ter um efeito extremamente tonificante e muito recomendado para se
tratar pacientes que estão com quadros muito debilitados, dessa forma eu
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pele, vai ser colocado contra a pele, dessa forma eu vou estar repelindo os
íons negativos que são responsáveis pela inflamação. Então o polo negativo,
quando eu coloco o polo negativo sobre o negativo, ele vai repelir negativo e
vai atrair positivo. A inflamação é ácida, então sempre que eu coloco um polo
negativo em cima de uma inflamação, eu vou estar repelindo essa inflamação e
a inflamação vai diminuir. Então para os quadros álgicos, para os quadros de
dor, para os quadros de maior intensidade de inflamação e até de infecção,
dor, inflamação e infecção, a gente vai usar o polo norte sobre a região.
A gente vai usar o polo sul principalmente quando a gente quiser
tonificar, então o polo sul é tonificante, o polo norte é sedante. Então o polo
norte vai ser utilizado para a dor e o polo sul vai ser utilizado para quadros de
deficiência, então um paciente que teve um acidente vascular e não está
conseguindo mexer o membro, um paciente debilitado, um paciente acamado,
um paciente sem energia, então eu vou colocar o polo positivo lá em cima da
região ou dos pontos todos a serem tratados do paciente, e, com isso, eu vou
ter um efeito mais de receber a energia ali para a região.
Então, lembre-se, o polo positivo adiciona, ele é positivo porque ele
adiciona ao local magnetismo. O polo negativo é negativo porque ele retira do
local a energia, o magnetismo e, com isso, se tem um quadro de excesso, eu
preciso retirar, então eu vou usar o polo negativo. E se o quadro for de
deficiência, ele requer energia, eu vou doar energia para a região, ou seja, eu
vou colocar um polo positivo.
Algumas linhas de pensamento trabalham que eu tenho sempre que
fechar a corrente, então é uma outra forma de pensamento, não é obrigatória,
eu posso trabalhar só com polos positivos ou só com polos negativos, eu vou
explicar o porquê dessa defesa, e também entender o outro.
Caso você leia um pouco mais sobre magnetismo, você vai ver que
alguns autores vão falar que sempre há a necessidade de se fechar um polo.
Como assim? Sempre que eu colocar um polo negativo, eu preciso colocar no
corpo do paciente um outro ímã positivo para quê? Para fazer como se fosse
uma pilha. Não adianta você pegar só um polo positivo e colocar em um
equipamento, ou só um polo negativo e colocar no equipamento, ele não vai
funcionar, então é necessário que eu coloque dois polos para que um doe
magnetismo e outro receba magnetismo.
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rim, ou jogar na lombar, ou jogar em uma zona adjacente e que vai receber
bem essa energia. Ou simplesmente eu só coloco o ponto de dispersão e aí vai
ser distribuído pelo corpo todo esse excesso de energia. Então você pode
direcionar, colocando um outro polo em uma outra região ou você
simplesmente está tirando e está indo para onde? Está distribuindo para o
corpo todo.
Você pode fazer um protocolo todo com pontos de sedação ou
distribuir, no ponto da dor eu coloco sedação e em um outro ponto do corpo do
paciente eu coloco tonificação.
É interessante que o magnetismo tem um efeito próprio, ou seja, o
paciente não necessariamente precisa estimular, porém se o paciente quiser
estimular e o terapeuta quiser ainda que o efeito, além da estimulação, tenha
um efeito de esfera, ou seja, o efeito mecânico, eu também posso. Então se eu
coloco o polo negativo, que é o polo sedante, eu ensino o meu paciente a
apertar e segurar lá por 10 segundos, fazendo com ele que tenha efeito tanto
do magnetismo, como também o efeito da esfera. E se eu coloco o polo
positivo, que é um polo tonificante, eu vou pedir para o paciente apertar e soltar
10 vezes o ímã, fazendo que eu tonifique também não só com o magnetismo,
mas também de forma mecânica.
Se eu quiser potencializar o efeito do magneto, o que eu posso
fazer? Uma outra dica: se eu quiser que o efeito do magnetismo se
potencialize, eu posso fazer o seguinte: em vez do magnetismo ter que passar
pela pele para chegar até a terminação neural ou as terminações energéticas,
o que eu vou fazer? Eu vou perfurar a pele do paciente e depois eu vou colocar
o polo que eu quero em cima da agulha. Então eu já trabalhei um pouco com
isso na agulha semipermanente e falei que agora eu ia me aprofundar, então,
por exemplo, agulha semipermanente, ela é uma técnica principalmente
sedante, certo? Então se ela está colocada sozinha, ela tem o efeito
principalmente de sedação, ela é utilizada principalmente para amenizar
sintomas de excesso. Porém eu expliquei lá quando estava falando da técnica
de agulha semipermanente que a gente podia transformar a agulha
semipermanente em uma técnica de sedante em super tonificante, como? A
gente coloca a agulha e colocava o ímã em cima, mas agora a gente vai refinar
um pouco mais, não vou colocar só o ímã, eu tenho que colocar o ímã com o
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polo positivo virado para agulha. Então se eu coloco o ímã com o lado positivo
virado para a agulha, eu estou fazendo o quê? Estou tonificando, estou levando
energia para aquela região, fazendo uma tonificação naquela região.
E se eu quero fazer com que o quadro do paciente diminua a dor, aí
agulha já é sedante, mas eu quero uma técnica super sedante, porque meu
paciente está com muita dor, o que eu posso fazer? Além de colocar a agulha,
eu posso colocar também um ímã como polo negativo, o polo negativo é o polo
sedante e já vai tirar a dor, além da agulha, eu vou ter o magnetismo e ainda
posso pedir para o paciente estimular mecanicamente, eu vou ter um efeito de
perfuração, eu vou ter um efeito de magnetismo e eu também vou ter um efeito
de mecânica, de estimular o paciente. Aí você tem uma super terapia, que é
uma terapia de perfuração, ou seja, de [puntura] junto com magnetismo, então
é uma auriculopuntura magnética, é um efeito muito grande e você potencializa
muito a auriculoterapia quando você usa o magnetismo e eu tenho resultados
surpreendentes.
Eu vou dar uma dica que já foge um pouco da auriculoterapia, mas
para a auriculoterapia você vai comprar ímãs que são quase do tamanho de
uma semente, você vai pedir ímãs para a auriculoterapia, que são ímãs
individuais, pequenininhos, que vão ser utilizados para a auriculoterapia e você
vai colocar em todo protocolo que você já sabe construir ou se não sabe, até o
final do curso você vai aprender a construir o seu protocolo e não mais precisar
de protocolos prontos.
Então para o corpo, eu posso dar uma recomendação, não pode
colocar o ímã em feridas abertas, mas em quadros de lesão, o paciente está
com uma dor lombar, está com uma dor no joelho, está com uma dor no
cotovelo, é uma inflamação, ou seja, um quadro de excesso, o que eu vou
fazer? Eu vou colocar o ímã no ponto de dor do paciente, eu posso utilizar esse
mesmo ímã da auriculoterapia, mas se você quiser ter um material extra, você
pode utilizar um ímã um pouco maior, você vai comprar um ímã como se fosse
uma moeda e aí você vai cortar um esparadrapo em volta dele, com mais ou
menos um dedo de largura sobrando do ímã para colar no corpo. E sempre que
for colar no corpo, é necessário fazer uma tricotomia superficial, tirar os pelos,
se tiver muitos pelos, porque senão acaba que o esparadrapo vai grudar nos
pelos e não vai grudar na pele e aí vai sair com muita facilidade. Então sempre
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eletroacupuntura são quatro agulhas no dia a dia, só uma vez ou outra que eu
coloco seis pontos, protocolo completo.
Então eu foco muito mais a eletroacupuntura principalmente para um
paciente que está em um quadro ou de uma deficiência muito grande ou um
excesso muito grande. Então a eletroacupuntura é, principalmente, um grande
potencializador da acupuntura auricular, você já faz uma acupuntura auricular e
aí você quer potencilaizar, você vai dar um upgrade e vai trabalhar agora com a
eletroacupuntura auricular.
Eu não recomendo muito o uso de canetas de eletro, por quê? É
necessário que, no mínimo, para se ter um bom resultado mesmo, que se
tenha, no mínimo, pelo menos 10 minutos para tonificação em cada ponto e 20
minutos, em cada ponto, para uma boa sedação. Ou seja, se você pegar uma
caneta de eletroestimulação e tiver que ficar lá naquele ponto por 20 minutos
segurando, não vale a pena. Então, a princípio, a caneta, às vezes, de
eletroestimulação é um pouco mais em conta que o equipamento de
eletroestimulação com agulha, porém na hora da prática clínica não é tão
vantajosa, por quê? Na hora da prática clínica, você coloca lá a agulha, coloca
o jacaré e deixa a corrente passando, essa corrente fica passando lá pelo
tempo determinado e o terapeuta fica livre para que ele possa estar fazendo a
sua outra terapia no corpo do paciente, seja uma terapia falada, ou se meu
terapeuta é um dentista, ele pode estar trabalhando o dente do paciente
enquanto ele está com uma analgesia, uma anestesia na orelha, referente ao
local que ele vai trabalhar. Ou se ele é fisioterapeuta ou terapeuta corporal,
massagem, trabalho de alguma outra forma com o corpo, reflexologia, alguma
outra coisa do tipo, está lá o pavilhão auricular sendo tratado e o terapeuta está
em outra parte do copo, fazendo o seu trabalho, potencializando e fazendo com
que haja, na verdade, às vezes até dois terapeutas atendendo ao mesmo
tempo. Ou seja, o equipamento de eletro está fazendo o estímulo lá no
pavilhão auricular do paciente e o terapeuta está em outra parte do corpo,
energizando, fazendo manipulação, mobilização, trabalho lá dentro da boca ou
se é um psicólogo, trabalhando uma conversa com o paciente, seja o que for,
essa é a grande vantagem do trabalho da eletro.
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uma dor muito intensa e eu preciso resolver essa dor o mais rápido possível. O
que eu vou fazer? Eu vou trabalhar com uma frequência intermediária, o que é
uma frequência intermediária? 100 Hertz, a literatura fala entre 80 e 120, para
arredondar, a gente vai trabalhar com 100 Hertz. Então 100 Hertz vai fazer com
que meu paciente diminua a sensação de dor no momento em que eu já
começo a passar a corrente, ou seja, começou o trabalho da frequência, o
paciente: “eu já estou sentindo alívio”, então é interessante porque o alívio é
instantâneo da dor, não é mágica, é alívio ou seja, não é eliminação total da
dor. Então um paciente que tinha uma escala 9 de dor, 10 de dor, ele vai para
uma escala 6, uma escala 4, então você diminui o efeito da dor no paciente
através do pulso elétrico.
Então uma frequência de 100 Hertz vai fazer com que o paciente
tenha uma analgesia instantânea, porém de curta duração, o que isso
significa? A partir do momento em que eu parar a eletroterapia, o corpo vai
voltar a sentir dor, então esse paciente vai ter uma analgesia por até uma hora
e depois volta a dor, então por que eu vou fazer essa frequência? Porque essa
frequência tira dor na hora, então pode ser que eu comece a trabalhar com
uma frequência de 100 Hertz e se eu sei que é uma dor transitória, se eu fizer
algum tratamento ali o paciente já vai melhorar, e eu só preciso fazer com que
esse paciente diminua a dor para que eu consiga fazer um bom tratamento ali
no paciente, é essa frequência que eu vou utilizar.
Se eu quero um efeito não momentâneo, mas sim duradouro, então,
muitas vezes, o paciente não vai ter um alívio muito grande durante a sessão,
porém o alívio vai ter um ápice uma hora depois do tratamento e vai perdurar
por até 6 horas ou até 12 horas, isso vai depender, logicamente, do reflexo do
corpo do paciente à eletroterapia, mas aí varia entre 6 a 12 horas esse pico de
analgesia, de diminuição da dor, a gente vai trabalhar com uma frequência
baixa, que aí a gente vai trabalhar entre 1 até 20 Hertz, aí para arredondar, a
gente vai trabalhar com 10 Hertz, fica mais fácil aí focar e gravar. Então 10
Hertz é a frequência que eu vou trabalhar para uma analgesia a longo prazo. O
paciente vai se sentir um pouquinho melhor durante a terapia, mas ele vai
passar o dia bem.
Então o que acontece? Muitas vezes que eu estou trabalhando com
a frequência 1, em um equipamento de eletroterapia, ele só me dá a chance de
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trabalhar com uma frequência, aí o que eu recomendo? Seu paciente está com
muita dor e eu quero manter essa analgesia por um longo período, o que eu
vou fazer? Eu vou começar o trabalhar com uns 100 Hertz e vou deixar 20
minutos a 100 Hertz, terminados esses 20 minutos, eu vou ligar novamente o
equipamento, só que eu vou ligar agora com 10 Hertz e vou deixar mais 20
minutos. Então, o que acontece? No total, esse paciente vai passar por 40
minutos de eletroterapia auricular, sendo 20 minutos em uma frequência de
analgesia instantânea, ou seja, o paciente vai melhorar no primeiro momento e
aí depois eu começo a jogar uma frequência de 10 Hertz, que vai fazer com
que ele libere outros opióides a longo prazo e faça com que ele sinta um alívio
da dor mais a longo prazo. Então é uma boa estratégia terapêutica para um
paciente que está com um quadro de excesso, começa 20 minutos com uma
frequência de 100 Hertz e depois finaliza com mais 20 minutos de 10 Hertz,
fazendo aí um total de terapia de 40 minutos. Isso além de potencializar o
efeito da auriculoterapia, a auriculoacupuntura, vai ser a
eletroauriculoacupuntura.
Então isso potencializa muito o efeito terapêutico e também valoriza
muito o atendimento do terapeuta. Porém um equipamento de eletro está em
torno de mil a 2 mil reais, então não é todo mundo que vai ter, de início, um
potencial financeiro para comprar um equipamento desse, mas a longo prazo
super vale a pena e você vai ver que tem um efeito muito bom.
Porém, se eu quiser uma anestesia, por que eu gostaria de fazer
uma anestesia? Então qual a diferença de analgesia? É tirar a dor. Anestesia é
fazer o paciente não sentir nada. Então anestesia geralmente serve
principalmente para quem vai trabalhar com algum tipo de cirurgia, algum tipo
de manipulação dolorosa, por exemplo, um fisioterapeuta que precisa fazer um
desbloqueio de uma articulação e o paciente está sentindo muita dor e não
está permitindo que o terapeuta faça esse desbloqueio, um pós-cirúrgico, ou
um ombro congelado, ou um pós-cirúrgico de ligamento cruzado anterior, ou o
terapeuta é um dentista e vai fazer uma retirada de um siso ou vai fazer uma
pequena cirurgia e que não precisa fazer uma anestesia de grande porte, ele
pode principalmente nos pacientes que têm alergia a anestésico, ele pode fazer
o efeito de anestesia nesse paciente. Porém a anestesia requer uma
frequência de 1000 Hertz ou mais, de 1000 a 2000 Hertz. Essa frequência
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vou para outro pavilhão auricular. Mas se não tiver acontecido isso, eu dou
preferência a colocar esfera, semente, agulha semipermanente ou magneto
nos mesmos pontos, por quê? Eu já potencializei o efeito desses pontos, eu já
trabalhei esses pontos, então energeticamente, ou neuralmente, eles já estão
sensibilizados. Então se eu coloco ali o dever de casa para o paciente ficar a
semana, eu estou potencializando ainda mais esse efeito na orelha do
paciente.
Dessa forma, eu posso fazer a eletroacupuntura, assim como a
acupuntura auricular, nas duas orelhas ao mesmo tempo. Se eu estiver
fazendo alguma terapia em que o paciente está com o dorso para cima, está
com a barriga para cima, está em decúbito dorsal, eu consigo trabalhar os dois
pavilhões auriculares ao mesmo tempo. Se o paciente estiver em decúbito
lateral, você vai optar por fazer a auriculoterapia, a eletroterapia auricular
apenas em um pavilhão auricular, geralmente o mais sensível na apalpação
que você fez a anamnese lá na ficha de avaliação.
Então essas são as recomendações de auricoloterapia, faça as suas
anotações e, dessa forma, você consegue tanto tonificar, quanto sedar. A
maioria dos pacientes, principalmente, por exemplo, por eu ser fisioterapeuta e
trabalhar muito com dor de coluna, a maior parte dos meus pacientes, eu
trabalho a eletroacupuntura para a sedação, mas isso é uma verdade dentro do
meu consultório, porque eu trabalho muito ligado a pacientes com dor. Então é
possível que você vá trabalhar mais tonificando, se você é um psicólogo, ou um
psiquiatra ou trabalha com pacientes idosos, acamados, você vai fazer mais o
trabalho de tonificação, mas a eletroacupuntura tem um efeito muito
potencializador da auriculoterapia e se você puder investir, vai ser um bom
investimento na sua terapia e vai fazer com que você consiga um sucesso
maior e um efeito maior da auriculoterapia. Sempre que você puder fazer um
atendimento clínico, antes de colocar a auriculoterapia de esfera, semente, seja
o que for, para casa, ele potencializa o efeito e, com isso, você tem um
sucesso maior na terapia e valoriza ainda mais o seu atendimento,
conseguindo, assim também cobrar um valor a mais pelo seu atendimento.
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A gente vai falar um pouco agora sobre o tratamento com laser, com
laserterapia, é um trabalho bem interessante, a gente tem basicamente dois
lasers terapêuticos, mais funcionais, mais usuais para a auriculoterapia,
também utilizados na acupuntura. Os lasers terapêuticos são arsenieto de gálio
e hélio-neônio. Então são dois tipos de gás, quando aquecidos, eles produzem
uma luz e essa luz é canalizada e é gerada uma frequência, uma radiação
luminosa e essa radiação luminosa gera calor, gera trabalho, ela gera reação
no nosso corpo.
O trabalho do laser é interessante principalmente para pacientes que
têm aversão à agulha, que não gostam de agulha. Então, a princípio, você
pode utilizar os dois tipos de laser, você pode ver qual o mais em conta para
você. Geralmente, o hélio-neônio tem uma penetração um pouco menor, mas
para a gente é suficiente, já que a gente está trabalhando com o pavilhão
auricular, que é extremamente fino, então não importa qual o laser que a gente
vai trabalhar, então você vai procurar o mais em conta e tudo mais.
O que varia muito é a potência do equipamento, então a potência do
equipamento variando pode ser que ele vá produzir um trabalho, o laser é
medido em trabalho e o trabalho do laser é medido em joule. Então essa
radiação em trabalho, essa radiação em joule, ele vai se diferenciar do
seguinte: quanto menos potente é seu equipamento, mais tempo ele vai levar
para atingir aquele trabalho, mas a gente está falando de poucos minutos,
então dependendo do equipamento, você vai ter um minuto ou três minutos
para executar o trabalho sobre aquele ponto.
O que é interessante é o seguinte: a maioria da acupuntura a gente
vai trabalhar com um trabalho de 2 até 4 Joules. A maioria dos acupunturistas
trabalha com 4 Joules fixo, já é suficiente e, geralmente, a gente regula para 2
para pavilhões auriculares mais fininhos, então para criança ou para idoso, que
está com o pavilhão auricular muito fino, a gente vai trabalhar com 2 Joules.
Para adulto, a gente já trabalha com 4 Joules. Então essa é diferenciação,
basicamente, do trabalho que a gente vai colocar no laser.
O laser então tem um benefício de não precisar trabalhar com
nenhum tipo de agulha, com nenhum tipo de pulsão, ou seja, não vai trabalhar
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tem todos os equipamentos, você quer uma coisa a mais, que vai valorizar
tanto o seu atendimento quanto também vai ter mais efeito no corpo do
paciente, você pode adquirir um desses lasers em alguma fábrica.
E depois se você tiver alguma dúvida quanto a equipamento
também, você pode colocar lá no grupo de ajuda, não sei se nesse grupo a
gente vai estar usando WhatsApp ou Facebook, mas você vai estar informado
no início ou no final do curso, você vai ter a informação de onde está sendo
trabalhada essa informação. E lá nesse grupo de ajuda você vai ter as
recomendações desse equipamento, se você tem dúvida ou não sobre esse
equipamento, se você vai adquirir ou não.
Então qualquer dúvida, faça lá a sua pergunta, mas é importante
você fazer. “Quais são os benefícios do laser?”, “por que eu vou utilizar o
laser?” e tudo mais.
A priori, o laser tem efeito principalmente anti-inflamatório e
analgésico, ou seja, tudo o que o nosso paciente precisa. Ele não tem o
princípio de tonificação e sedação, existe muito um trabalho em cima do laser
focado principalmente em harmonização, então quando eu trabalho o paciente,
eu não foco muito na tonificação e sedação na hora do laser, por isso que o
laser é meio que uma preparação para a auriculoterapia para a casa. Então o
laser tem uma função de gerar energia ali na região, seja de tonificação ou de
sedação, ele vai gerar uma energia na região e aí depois que eu dei uma
aflorada na energia na região, eu vou botar sedação ou a tonificação, seja o
que for, com agulha, com esfera, com o que for para casa e aí eu tenho uma
potencialização do tratamento que vai ser feito.
Então qualquer dúvida, tire aqui embaixo, coloque a sua dúvida lá no
grupo e também faça as suas anotações e faça seu dever respondendo as
perguntas que estão no material de apoio. Muito obrigado, qualquer dúvida é
só entrar em contato com a gente.
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Dr. Marcos Minello - Auriculoterapia 2.0
Então existe mais um tipo de tratamento que se chama sangria, que é muito
utilizado, muito difundido na auriculoterapia, é uma das principais técnicas que eu
acho que grande parte da população conhece, que: “ah, eu estava passando mal,
com uma pressão alta e aí veio um terapeuta lá, um acupunturista, um
auriculoterapeuta e fez uma sangria no ápice da minha orelha, a minha pressão
abaixou na hora”. É isso.
A sangria é uma técnica SOS, não é uma técnica que a gente vai utilizar
em todas as terapias, em todos os atendimentos, ela deve ser usada principalmente
em quadros de excesso absoluto, no momento em que o excesso está acontecendo.
Eu vou fazer a sangria e se ela não acontecer, eu não insisto, porque,
possivelmente, não é um quadro de excesso verdadeiro.
Então, o que acontece? Os dois pontos principais de sangria são o ápice
da orelha e o ápice do trago, são os dois pontos que comumente a gente vai utilizar
para a sangria. Então quais são os efeitos e para que servem esses pontos? Esse
pontos servem principalmente para retirar o excesso do corpo, o que isso significa?
Tudo o que eu encontrar de excesso, dor intensa, dor de dente, febre, hipertensão,
sudorese intensa, tudo o que esse paciente apresentar, parecendo que esse
paciente vai explodir, uma dor de cabeça lancinante, tudo isso eu vou fazer uma
perfuração com uma agulha, a que você já tem, de acupuntura, ou se você preferir,
você pode usar uma lanceta, dessas utilizadas para aferir glicose. Mas a princípio,
se você já vai fazer um trabalho de acupuntura auricular no seu paciente, a própria
agulha que você vai utilizar, você já vai fazer e já vai descartá-la, é só simplesmente
chegar nesses pontos, perfurar e deixar o sangue sair à vontade. A gente só vai
fazer uma proteção se o paciente estiver em decúbito lateral do meato auditivo, você
vai fazer uma bolinha de algodão e botar dentro do ouvido do paciente, porque pode
ser que a gente ao perfurar o trago, esse sangue caia para dentro do ouvido, não
tem muito problema, você só vai ter que limpar depois, mas dá um incômodo ao
paciente sentir o sangue escorrendo para dentro do ouvido, então não é interessante
isso. Então, para isso, eu vou tampar o meato auditivo do paciente para fazer essa
perfuração.
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Dr. Marcos Minello - Auriculoterapia 2.0
cima da veia e faço essa perfuração, e vou fazer a retirada desse sangue, vou
limpando até esse sangue parar de sangrar, esse sangue parar e gerar cicatrização
ali na região e parar. Essa forma é sempre recomendada em quadros de excesso.
Então, basicamente, resumindo sangria, a gente tem quatro opções.
Quando o paciente está em um quadro intenso de excesso de energia globalizada,
uma hipertensão, uma febre intensa, uma dor de cabeça, o sistema corpóreo todo
do paciente está com uma intensidade muito forte, o que a gente vai fazer? A gente
vai fazer uma sangria do ápice e uma sangria do trago. Ah, não é uma dor tão
intensa, não é uma dor tão global, uma dor mais localizada lá na lombar, vou lá e
vou sangrar a lombar. E se estiver passando uma veia na lombar, eu vou sangrar
essa veia da lombar, essa veia na cabeça, essa veia onde estiver, no estômago,
onde estiver eu vou fazer a sangria dessa veia.
Lembrando sempre que a gente for mexer com material perfurocortante,
mexer com material contaminado, principalmente na hora da retirada desse sangue,
eu tenho que estar com as minhas mãos calçadas de luvas e fazer a dispersão
conforme segue o manual de biossegurança que vocês têm acesso, que está no
material complementar, é obrigatório que você leia e siga todas as normas do
material do manual de biossegurança que está em anexo no material de vocês.
Mas é uma técnica bem utilizada, principalmente em quadros de excesso.
Na verdade, unicamente em quadros de excesso.
Faça suas anotações, escreva aí no seu caderno, faça os deveres
direitinho. Em caso de dúvida, procure a gente no grupo de ajuda, seja onde ele
esteja acontecendo, para tirar suas dúvidas referentes a essa aula e conseguir
caminhar para a próxima aula, conseguir, cada vez mais, progredir, conseguir o
sucesso da sua terapia.