Natação
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Teoria da Natação
INTRODUÇÃO
O nado de costas, também conhecido como “crawl de frente”, é bastante similar ao nado crawl, com movimentos
alternados de braços e pernas, mas com a cabeça mantida fora da água pela posição de decúbito dorsal.
Perdendo em velocidade para os nados crawl e de borboleta, tem como limitação a impossibilidade de puxar
e cientemente a água sob o corpo e apresenta movimentos contínuos de braçadas e pernadas.
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Nesta aula, além de identi car como esse nado surgiu em competições, veri caremos as recomendações técnicas
para esse nado e os seus erros mais comuns, com a apresentação de exercícios educativos que podem corrigi-los.
OBJETIVOS
Identi car erros comuns na execução do nado de costas e sugestões de exercícios para correção.
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De acordo com Massaud (2008), o nado de costas foi uma evolução do nado de peito invertido, que era executado em
decúbito dorsal com os braços simultâneos.
Na busca pela redução da resistência, os nadadores identi caram que a alternância de braçadas, similarmente ao nado
crawl, tornaria o nado mais rápido.
Provavelmente, o homem experimentou o deslocamento na posição de costas ao longo da sua história, e há registros a
esse respeito.
Segundo Biró et al. (2015), Platão falou sobre o ato de nadar de costas, que ele achava pouco adequado por
impossibilitar a identi cação da direção que se estava seguindo. O poeta romano Manilius também fez uma referência
a esse tipo de estilo.
Em 1798
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O alemão Guts-Muths defendeu o nado na posição de costas, recomendando-o como o primeiro a ser ensinado pela facilidade da
respiração.
Em 1900
Desde as Olimpíadas de Paris, em 1900, o nado de costas esteve presente, com uma prova de 200 metros somente para homens.
Em 1904
Em St. Louis (EUA), a prova do nado foi de 100 jardas, ou seja, 91 metros (a piscina tinha 50 jardas de comprimento).
Em 1908 (Londres)
As distâncias foram de 100 metros e de 200 metros.
Em 1912
Quanto às pernadas, começam a ser alternadas a partir de 1912, quando o nadador americano Harry Hebner apresentou esse
estilo e venceu os demais competidores.
Na década de 1950
Começou a ser aplicado um leve giro dos ombros (rotação dos ombros) e a fase aquática da braçada se tornou mais profunda,
com a mão orientada para baixo na sua nalização, conforme Biró et al. (2015).
Além disso, a recuperação começou a ser feita acima da cabeça, e não mais para os lados.
Em treinamentos, seu técnico, Joe Bernal, chegou a cronometrar os tempos nas duas condições: nado submerso e nado de
costas na superfície, e ele era mais veloz embaixo d’água. Berkoff, em piscina de 50 metros, chegou a nadar 35 metros embaixo
d’água.
Em 1988
Nas Olimpíadas de Seul, em 1988, o nado de costas com a pernada de gol nho submersa rendeu a ele uma medalha de prata nos
100 metros, e o ouro no revezamento medley, além de quebra de recorde mundial.
Em 1991
Logo após os Jogos, a FINA delimitou a metragem para o nado submerso em até 10 metros, e, em 1991, para os atuais 15 metros.
Atualmente, esse nado é praticado nos Jogos Olímpicos nas distâncias de 100 metros e 200 metros e integra o nado medley
(individual e revezamento).
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VÍDEO
O nado costas, popularmente identi cado como “crawl de costas”, é realizado em decúbito dorsal com movimentos
alternados de braços e pernas combinados à respiração executada com a cabeça fora d’água.
São feitas seis pernadas a cada ciclo de braçadas, e este é constituído por um movimento completo de cada lado do
corpo.
A partir de agora, vamos identi car os principais pontos da técnica do nado de costas.
Posição do corpo
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Assim como no nado crawl, devem ser observados dois alinhamentos corporais: horizontal e lateral.
Leve afundamento dos membros inferiores para que os pés não saiam da água;
Quanto ao alinhamento lateral, os “rolamentos” dos ombros não podem ser demasiados, pois não é permitida a
mudança do corpo para decúbito lateral durante o nado. Segundo Maglischo (2010), quadris e pernas devem estar
dentro da largura da amplitude dos ombros.
Respiração
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A inspiração é sempre bucal e pela possibilidade de entrar água no nariz (pelos movimentos do próprio indivíduo ou de
outros nadadores) é interessante ensinar a expiração pelo nariz, mas ela também pode ser feita pela boca.
Nesse nado, há alunos que se adaptam e preferem usar os “grampos” ou protetores nasais, feitos geralmente de
silicone e que impedem a entrada de água pelos orifícios do nariz. Nesse caso, a expiração é sempre pela boca.
Atenção
,
Conforme citado por Soares (2016), há a crença de que não é necessário insistir em um padrão respiratório já que a cabeça está
fora da água, pois cada aluno/nadador acabará adotando um ritmo após executar o nado completo frequentemente.
Pernadas
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Exatamente como no nado crawl, o rolamento dos ombros, seguido por todo o corpo, gera pernadas não apenas para
cima e para baixo, mas também para os lados (pernadas de adejamento).
A força maior deve ser aplicada na fase ascendente da pernada, sempre com o movimento começando com uma leve
exão do quadril, seguido pela extensão dos joelhos com os tornozelos em exão plantar.
Os dedos dos pés rompem levemente a linha da superfície na fase ascendente (propulsiva) da pernada.
Braçadas
Fonte: Shutterstock
Neste nado, a maior força propulsiva também é obtida pelos movimentos dos braços. Dessa maneira, é importante que
desde a aprendizagem sejam feitos exercícios para o domínio de uma boa técnica.
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O braço deve estar completamente estendido e tocar a água imediatamente à frente da linha
do ombro, que estará em rotação medial, ou seja, a palma da mão direcionada para fora. O
dedo mínimo, portanto, tocará primeiro a água;
Esse movimento não é propulsivo e sua função é adotar um posicionamento correto para
aplicação de força a partir dele. O braço se movimenta para frente, para baixo e para fora até
que esteja direcionado para trás contra a água. O cotovelo é exionado aproximadamente
140° a 150°;
Agarre
Essa posição é de nida pelo ponto no qual o braço está direcionado para trás contra a água,
após ter se movimentado para baixo e para fora. A exão do cotovelo é de cerca de 90° e o
braço está a uma profundidade de 45 a 60cm abaixo da linha da superfície. Mão e antebraço
se alinham e a articulação do punho adota uma posição neutra;
A partir do agarre, em que o cotovelo está exionado a 90°, deve ser feito um movimento
para trás, para dentro e para cima com o braço, como uma adução. Todo o segmento
superior deve empurrar juntamente a água e acelerar a braçada a partir dessa varredura
(Maglischo, 2010). Mão e antebraço devem estar na mesma linha, conforme Massaud
(2008);
No nal da etapa anterior, o braço é levado para baixo e para trás, com a mão ultrapassando
a coxa e cando a cerca de 30cm da superfície com o cotovelo estendido. É importante que
o segmento superior nalize essa varredura abaixo da linha da coxa. Alguns atletas de alto
rendimento, após a extensão do cotovelo, ainda fazem uma varredura para cima,
empurrando um pouco mais a água antes de iniciar a recuperação;
Após completar a fase anterior, alguns indivíduos fazem um movimento com a mão para
cima, para trás e para dentro, com o cotovelo estendido, que termina quando o segmento
está próximo da coxa no seu deslocamento em direção à superfície. Essa varredura é a
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Com a mão voltada para a coxa, o polegar é o primeiro dedo a romper a linha da superfície.
Ao longo da fase aérea, o cotovelo permanece em extensão e a recuperação é feita por
sobre a cabeça.
Coordenação das braçadas
Fonte: Shutterstock
Idealmente, quando o braço direito está nalizando a segunda varredura para baixo, o esquerdo deve estar entrando na
água.
Ao concluir a segunda varredura para baixo e a segunda varredura para cima (se o nadador realizá-la) com o braço
direito, o esquerdo iniciará a fase de apoio até o agarre.
Coordenação de braçadas e pernadas
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O número de pernadas a cada ciclo de braçadas, conhecido como ritmo de pernadas, é de seis pernadas a cada ciclo.
Conforme citado por Massaud (2008), é interessante que coincidam o ponto máximo de uma pernada para cima com a
execução do empurrão nal do braço do mesmo lado.
Virada Olímpica
A virada do nado de costas também é realizada através do rolamento, na posição de decúbito ventral (igual ao nado
crawl).
Na última braçada próxima à borda, o indivíduo deve mudar de posição, de decúbito dorsal para decúbito ventral, ao
longo do movimento, ou seja, a braçada deve ser iniciada de costas e nalizada na posição do nado crawl.
Após o toque dos membros inferiores na parede, é dado o impulso submerso e o indivíduo adota a posição de
streamline, podendo executar gol nhadas por até 15 metros.
VÍDEO
Legenda: Nado de costas: fazer uma virada.
Saídas (entrada na água)
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VÍDEO
Legenda: As Saídas do estilo costas e nado livre.
A saída do nado de costas, realizada dentro d’água, é feita de dentro da piscina, com o indivíduo também agarrado ao
bloco.
Em uma competição, os atletas seguram nas alças laterais do bloco, de frente para a parede, até ouvirem o comando
“aos seus lugares”. Neste momento, os pés estão abaixo da linha da superfície e os joelhos exionados, com os
quadris dentro da água.
Quando o comando é dado, eles exionam os cotovelos e direcionam os braços para fora, mantendo a cabeça baixa e
o olhar voltado para a calha a sua frente, elevam os quadris ao máximo mantendo os pés submersos, e as nádegas
continuam próximas dos calcanhares.
Ao sinal de partida, deve-se empurrar para baixo e para trás a alça ou a barra de saída com as mãos para elevar um
pouco o tronco antes de afastar o corpo da parede.
A cabeça é lançada para cima e para trás e, conforme o corpo se afasta da parede, os braços são estendidos para
frente e lançados para cima e por sobre a cabeça.
Na fase aérea, a coluna faz uma hiperextensão. Neste momento, é importante que todo o corpo que fora da água.
Com os membros superiores unidos e estendidos, as mãos tocam primeiramente a água (entrada na água), seguidas
pela cabeça, tronco e membros inferiores, também estendidos.
VÍDEO
Legenda: Nado costas.
ERRO EDUCATIVO
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O aluno flexiona a coluna cervical, olhando Realizar o nado completo com um copo
para frente enquanto nada. de água sob a testa.
EXERCÍCIOS
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Fonte: THEVENOT, M. The art of swimming. London: Forty Proper Copper-Plate Cuts, 1789.
Justi cativa
I. Para o lósofo grego Platão, nadar na posição de costas não era muito indicado.
II. Nessa posição, não era possível ter precisão da direção para a qual se deslocava.
Justi cativa
Questão 3: A evolução mais recente nas provas do nado de costas aconteceu na década de 1980 e está relacionada à
(a):
a) Respiração lateral.
b) Gol nhadas submersas.
c) Pernadas de adejamento.
d) Coordenação de braços e de pernas.
e) Aproximação do corpo para a virada.
Justi cativa
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Glossário
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