Concessão de Auxílio

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EXCELENTÍSSIMO JUIZ...

(juízo competente para apreciar a demanda


proposta)

EMENTA: PREVIDENCIÁRIO. CONCESSÃO DE


BENEFÍCIO. AUXÍLIO-DOENÇA. PEDIDO DE TUTELA
ANTECIPADA.

PARTE AUTORA, (nacionalidade), (estado civil – inclusive


indicar se há união estável), (profissão), portador(a) do
documento de identidade sob o n.º..., CPF sob o n.º..., e-
mail…, residente e domiciliado(a) na rua..., bairro..,
cidade.., estado.., CEP..., vem a presença de Vossa Excelência
propor a presente

AÇÃO JUDICIAL PARA CONCESSÃO DE BENEFÍCIO


PREVIDENCIÁRIO

contra o INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL


(INSS), pessoa jurídica de direito público, na pessoa do
seu representante legal, domiciliado na rua..., bairro...,
cidade..., estado..., CEP..., pelos fatos e fundamentos que
a seguir aduz.

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1. FATOS

A Parte Autora sofre de... (descrever a doença ou lesão que torna a


Parte Autora incapaz para o trabalho) desde... (data do inicio da
incapacidade laborativa), o que a torna incapaz para o seu trabalho habitual
na função de... (profissão).

Diante do seu quadro clínico, postulou, em... (data do requerimento


administrativo do benefício), a concessão de benefício por incapacidade, o
qual restou indeferido pelo Instituto Nacional do Seguro Social, por entender
que não foi constatada a incapacidade para o trabalho.

Porém, conforme se extrai dos atestados e exames anexos e,


segundo informações da Parte Autora, esta continua doente e sem condições
de trabalho. Assim, busca a tutela jurisdicional para ver garantido o seu
direito de receber o beneficio de auxílio-doença.

2. FUNDAMENTAÇÃO DE MÉRITO

A pretensão que fundamenta a presente ação judicial vem


amparada no art. 59 da Lei n.º 8.213/91, que dispõe:

Art. 59. O auxílio-doença será devido ao segurado que, havendo


cumprido, quando for o caso, o período de carência exigida nesta Lei,
ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade
habitual; por mais de 15 (quinze) dias consecutivos.

De acordo com os atestados e exames anexos, a Parte Autora sofre


de... (descrever a doença ou lesão que torna a Parte Autora incapaz para o
trabalho), impossibilitando o seu retorno ao trabalho.

Também, in casu, não se pode perder de vista o parecer técnico do


médico assistente da Parte Autora, indicando que, atualmente, está
incapacitado(a) temporariamente para o trabalho. Tudo isto é o que se pode
extrair do laudo médico anexo.

Atestado/ Laudo médico – Doutor... (nome do médico, especialidade e


número do CRM)

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Conclusão:... (extrair do atestado/laudo médico o trecho que destaca
a incapacidade temporária da Parte Autora para a sua atividade
habitual)

O diagnóstico feito pelos peritos médicos do INSS foi realizado de


forma superficial e, inobstante o conhecimento profissional destes
profissionais, não é crível que uma mera análise superficial da pessoa
periciada dê elementos suficientes para fins de deferimento ou indeferimento
do benefício postulado.

Ressalta-se que o posicionamento administrativo da autarquia-ré,


dando alta, por reiteradas vezes, ao segurado sabidamente doente,
apresenta-se desarrazoado e descampado do direito em vigor escoltado na
Carta Magna de 1988 que, dentre outros, assegura a todos os cidadãos
brasileiros um mínimo de “dignidade humana” e, em especial, “cobertura
plena” aos inscritos no Regime Geral de Previdência Social quando na
ocorrência de eventos de “doença” e de “incapacidade laboral”.

Nada disso restou observado pelo INSS no presente caso!

Portanto, é certo que o diagnóstico médico da Parte Autora,


impede, sem sombras de dúvidas, que exerça sua atividade laborativa, sob
pena de agravamento das moléstias, uma vez que para se curar necessita de
tratamento médico adequado, fazendo jus ao benefício de auxílio-doença.

Nesse sentido:

PREVIDENCIÁRIO. CONCESSÃO DE AUXÍLIO-DOENÇA.


ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.
TUTELA ESPECÍFICA. 1. É de ser mantida a sentença que
concedeu à parte autora o benefício de auxílio-doença desde a
DER, pois comprovada a incapacidade laborativa temporária. 2.
Atualização monetária na forma da Lei 11.960/09. 3. Nas ações
previdenciárias, os honorários advocatícios devem ser fixados no
percentual de 10% (dez por cento) sobre o valor das parcelas devidas
até a data da sentença, em consonância com as Súmulas 76 desta
Corte e 111 do STJ. 4. Determina-se o cumprimento imediato do
acórdão naquilo que se refere à obrigação de implementar o
benefício, por se tratar de decisão de eficácia mandamental que
deverá ser efetivada mediante as atividades de cumprimento da
sentença stricto sensu previstas no art. 461 do CPC, sem a
necessidade de um processo executivo autônomo (sine intervallo).
(TRF4, APELREEX 0014702-50.2015.404.9999, Sexta Turma,
Relator João Batista Pinto Silveira, D.E. 03/02/2016, sem grifo no
original)

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Assim sendo, o indeferimento do benefício previdenciário não
encontra suporte na legislação pátria, uma vez que a Parte Autora preenche
todos os requisitos necessários à concessão do benefício de auxílio-doença,
tendo em vista que não possui condições de exercer seu labor
temporariamente.

3. ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA

Para a concessão da antecipação dos efeitos da tutela pretendida


pela Parte Autora devem estar presentes alguns requisitos, que encontram
previsão nos arts. 300 e 303 do NCPC, in verbis:

Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver


elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de
dano ou o risco ao resultado útil do processo.

Art. 303. Nos casos em que a urgência for contemporânea à


propositura da ação, a petição inicial pode limitar-se ao
requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de tutela
final, com a exposição da lide, do direito que se busca realizar e do
perigo de dano ou do risco ao resultado útil do processo.

Logo, a tutela antecipada será concedida caso restem


demonstradas: a) a probabilidade do direito e; b) perigo de dano ou risco ao
resultado útil do processo.

Na hipótese, a probabilidade do direito resta demonstrada


porquanto a Parte Autora goza da carência necessária para a concessão do
benefício, bem como encontra-se incapacitada para exercer suas atividades,
preenchendo, assim, os requisitos para o deferimento da benesse, nos
termos do art. 59 da Lei 8.213/91.

O perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo, por sua


vez, também resta caracterizado pelos documentos juntados com a inicial, os
quais demonstram, sem sombra de dúvidas, que a situação física da Parte
Autora resta seriamente comprometida em razão das inúmeras doenças e
moléstias por ela sofridas e que a cessação/indeferimento do benefício de

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auxílio-doença pretendido irá deteriorar ainda mais sua saúde, já que se
verá obrigada a retornar ao labor para sua sobrevivência e de sua família.

Desta forma, é certo que o receio de dano irreparável é claro na


hipótese e decorre diretamente da condição de incapacidade da parte
segurada para o exercício de atividade laborativa remunerada, circunstância
geradora de risco de lesão de difícil reparação, porquanto relacionada
diretamente com a sua subsistência, a qual, aliás, é o propósito dos
proventos pagos pela Previdência Social, os quais têm caráter alimentar.

Assim, a situação de perigo na demora está devidamente


demonstrada pela Parte Autora, pois não possui qualquer outro tipo de
rendimento, e, além disso, foi tolhida de um benefício que lhe é de direito,
sem dispor de meio de prover o sustento próprio e de sua família, o que
somente ocorrerá após uma longa e conhecida batalha jurídica.

Assim, este risco não está num simples receio subjetivo, sendo fato
reiterado em todo país a situação do cidadão que, sendo beneficiário da
Previdência Social, com todos os requisitos para a concessão do benefício é
prejudicado pela autarquia que aplica critérios próprios, indefere benefícios,
locupletando-se à custa alheia, além do profundo desrespeito ao exercício da
cidadania.

A Autarquia-ré, como é evidente, tem muito mais condições de


suportar o ônus da demora natural em face da tramitação do feito do que a
Parte Autora, pessoa de saúde debilitada e de conhecimentos técnicos que a
desqualificam para o mercado de trabalho.

Acerca da singularidade do provimento liminar em matéria


previdenciária, leciona o Eminente Juiz Federal Paulo Afonso Brum Vaz:

Os proventos previdenciários, todos sabem, têm realçado caráter


alimentar, máxime porque, via de regra, visam a substituir a renda
salarial e atender às necessidades vitais do segurado e de sua família
(alimentação, habitação, vestuário, educação e saúde). Não se pode
negar que esta natureza alimentar da prestação buscada, acoplada à
hipossuficiência do segurado, e até a possibilidade de seu óbito no
curso do processo, em razão da sensibilidade ou do próprio estado
mórbido, patenteia um fundado receio de dano irreparável, ou de

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difícil reparação, recomendando concessão de tutela
antecipadamente. (in Antecipação da Tutela em Matéria
Previdenciária. ST 73.5. p. 24)

Destarte, a concessão, de forma imediata, do benefício de auxílio-


doença à Parte Autora, em sede de tutela antecipada, é medida de imperiosa
justiça.

4. REQUERIMENTOS

Diante do exposto, requer:

1. A antecipação dos efeitos da tutela a fim de ser


restabelecido/concedido, imediatamente, o benefício de auxílio-doença
pleiteado pela Parte Autora e indevidamente cessado pela autarquia ré;

2. A citação do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, na


pessoa do seu representante legal, para que responda a presente demanda,
no prazo legal, sob pena de revelia;

3. A concessão do benefício da justiça gratuita em virtude da Parte


Autora não poder arcar com o pagamento das custas processuais e
honorários advocatícios sem prejuízo do seu sustento ou de sua família,
condição que expressamente declara, na forma do art. 4º da Lei n.º
1.060/50;

4. A condenação do Instituto Nacional do Seguro Social para


conceder o benefício de auxílio-doença desde a data do requerimento
administrativo ou desde a constatação da incapacidade para atividade
habitual, bem como pagar as parcelas atrasadas, monetariamente corrigidas
desde o respectivo vencimento e acrescidas de juros moratórios, ambos
incidentes até a data do efetivo pagamento;

5. A condenação do Instituto Nacional do Seguro Social para arcar


com as custas processuais e honorários advocatícios;

6. Requer, ainda, provar o alegado por todos os meios de prova


admitidos em direito, especialmente pela via documental anexa e mediante a

6
realização de perícia judicial, caso necessário, com médico especializado na
área... (indicar a especialidade médica do perito judicial de acordo com a
doença incapacitante da Parte Autora), a ser designado por Vossa Excelência.

7. Informa, por fim, não ter interesse na realização de audiência de


conciliação/mediação, nos termos do art. 319, VII, do CPC.

Dá-se à causa o valor de R$... (valor da causa)

Pede deferimento.

(Cidade e data)

(Nome, assinatura e número da OAB do advogado)

Rol de documentos:

...

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