Dólar Futuro - Apostila de Dúvidas

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Dólar Futuro - Operacionais

1. Do ponto de vista de price action, quais padrões funcionam mais no dólar futuro?
Resposta: O que tem maior grau de confiabilidade é suporte e resistência, pois esse
conceito independe de gráfico. Suporte é uma região a qual não há interesse
vendedor, ou esse, se existente, é superado pelo comprador. Resistência é o oposto.
As linhas de tendência também não deixam de ser interessante. Embora não possam
ser encaradas como uma regra rígida e um ponto exato, são excelentes balizadores se
há uma tendência ou não e, melhor ainda, se existe continuidade ou não.
Do ponto de vista de outros padrões gráficos, como figuras de candles, fica um tanto
quanto mais complicado, pois a confiabilidade seria maior se quem tem lote grande no
mercado, usasse gráfico e também operasse esses padrões, o que não é uma
realidade difundida.
Dessa forma, vale a pena focar sobretudo em suporte, resistência, LTA, LTB e canal
(que é o mercado trabalhando entre um suporte e uma resistência). As demais, não
vejo como tão importantes.

2. Opero mini-dólar. Assim como o recomendado no curso, opero o leilão observando o


cheio. Entretanto, em alguns dias, o mini abre antes do cheio, o que devo fazer? Não
operar esses dias ou continuar na operação olhando o cheio?
Resposta: Nos últimos dias, tem sido comum o mini abrir antes do cheio. O leilão abre
apenas quando o ritmo de adição de ordens diminui drasticamente. Alguns dias no
cheio, o interesse é enorme, retardando a abertura. De toda forma, é possível sim
operar no mini, atentando-se a alguns aspectos:
- Atuar a favor do desbalanço do cheio;
- Observar o preço atual do mini e o preço atual teórico do cheio;
- Se o mini estiver mais caro que o cheio, você deve estar vendido (caso contrário,
zere). Se o mini estiver mais barato que o cheio, você deve estar comprado (caso
contrário, zere);
- Observar se há desbalanço no mini também e se ele fomenta o que se vê no cheio;
- Em alguns momentos, você pode estar vendido no mini aberto enquanto o cheio
ainda está fechado, mas com desbalanço de venda. Pode ser que você observe que,
por conta do desbalanço, o preço teórico de abertura do cheio fique cada vez mais
para baixo (escorregando o preço) e isso possivelmente repercutirá no mini, valendo a
pena continuar vendido.
- Observe que se você vender por conta de desbalanço do cheio, o mini abrir e o cheio
não, você só deve permanecer vendido enquanto o desbalanço persistir. Caso ele se
desfaça, saia da operação.
Acima são algumas dicas que podem ser úteis a você.

3. Quais são os principais pontos importantes? O que você recomenda em relação a


eles?
Resposta: Recomendo que o iniciante abra operações sobretudo nas proximidades
desses pontos, pois o fluxo é mais claro e, portanto, mais fácil de operar. Dificilmente
alguém que está começando com fluxo terá resultados positivos se ficar girando no

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alguém que está começando com fluxo terá resultados positivos se ficar girando no
mercado sem referência. Os principais pontos são:
- VWAP (Mensal, Semanal e Diário)
- Ajuste
- Máxima e Mínima
- Região de maior volume do pregão anterior
- Pontos redondos
- Fechamento do pregão anterior
- Suportes e resistências notórios
- Pontos de grande volume (maior volume do dia, zonas de intensa absorção)

4. Quando o book de ofertas estiver com níveis de contratos inferiores a 100, quais os
tamanhos das agressões que são consideradas grandes?
Resposta: O conceito de agressão grande é sempre relativizado de acordo com a
profundidade do book de ofertas, conforme você perguntou. Se há mais ofertas no
book, consequentemente, precisa-se de agressões maiores para que o mercado ande.
Em um mercado no qual você bate o olho no book de ofertas e vê que quase todos os
níveis de preço possuem apenas 100 contratos cada, agressões acima de 30
contratos, sobretudo se persistentes, são notórias.
Eu não gosto de regras fixas, pois o mercado sempre muda, mas um valor de
referência é mais ou menos 25% da quantidade de contratos média em cada nível de
preço.
Portanto, se você tem um book com uma média de 200 ofertas em cada nível de
preço, agressões recorrentes acima de 50 são mais notórias.

5. Em relação ao volume profile, as marcações de regiões de briga devem ser feitas


apenas analisando o pregão anterior ou podem ser utilizados outros dias também?
Resposta: Sim, prioritariamente marco apenas as regiões de maior volume do pregão
anterior. Se você marcar de muitos outros pregões, ficará com o gráfico extremamente
poluído, cheio de linhas e ainda cairá no paradoxo do grafista que tem “pontos
importantes” em todos os lugares do gráfico. As VWAPs semanais e mensais já fazem
bem esse papel de compilar os dados de volume de outros pregões.

6. Como saber o momento certo de entrar em uma inversão de fluxo? No caso, quando
o mercado para de agredir em um sentido (dando a entender que é exaustão) e
começa a agredir no sentido contrário?
Resposta: Primeiramente, o momento certo não existe. Mercado é discricionário, fluxo
de ordens também. Entendo perfeitamente que sempre estejamos buscando forte
objetividade, algo que seja perfeito a ponto de ser altamente replicável, entretanto, no
mercado, e arrisco a dizer que na vida, isso não existe. Não são poucas as pessoas
que gastam muito tempo e dinheiro na busca do setup perfeito a fim de conter esse
anseio.
Indo ao que interessa em relação à pergunta: inversão de fluxo é um operacional que
tem a seguinte característica:
Mercado estava em um movimento de alta, por exemplo, com agressões recorrentes
na compra, preço piorado na compra e players largando saldo na compra. Chega em
um determinado nível de preço em que você sente que o tamanho das agressões está

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um determinado nível de preço em que você sente que o tamanho das agressões está
diminuindo, bem como a recorrência e o preço piorado. Você fica alerta para uma
eventual inversão de fluxo caso surja fluxo vendedor.
Entretanto, o cenário nem sempre é tão perfeito… Às vezes quando surge o fluxo
vendedor, o mercado já andou muitos pontos para baixo e não vale mais a pena entrar.
Assim, tem algumas coisas que podem ajudar:
Mercado subindo em direção a um ponto importante, por exemplo. Nesse ponto, há
forte profundidade na venda e você nota uma diminuição do ritmo de compra
(exaustão de fluxo). Por conta da exaustão, ponto importante e profundidade na venda,
vale a pena uma venda. Pense comigo: Se eu estou vendo uma exaustão de compra
na proximidade de um ponto importante, a probabilidade de um rompimento é baixa,
certo? Ao menos que entre algum player sozinho tentando forçar um rompimento, mas,
ainda assim, terei profundidade para absorver, pelo menos parcialmente, o impacto
dessas agressões.
Há ainda outro cenários:
Suponha que o mercado estava em uma determinada região sem muita dominância
nem de compra, nem de venda. Entretanto, surge um player que, sozinho, agride 800
contratos na compra. Com o book vazio, o mercado sobe 4 ou 5 pontos… A grande
tendência é que se esse player não atuar novamente com recorrência, o mercado
inverta. Você deve ficar ligado.
Resumo da ópera:
Idealmente, você deveria entrar quando parecesse de boletar em um sentido (de forma
grande e persistente) e começassem no outro (também de forma grande e
persistente). Nem sempre isso será fácil, daí a ideia de também trabalhar os pontos
importantes e a profundidade no book.

7. Em um ponto importante, o que ajuda a ter uma leitura de rompimento ou inversão?


Resposta: Vamos supor que o ajuste está no 3.775,00 e o mercado chegou (vindo de
baixo) no ponto, o que fala a favor de um rompimento?
- Preço piorado na compra
- Largada de saldo na compra
- Profundidade do book na compra
- Absorção de venda
- Rápido consumo de lotes grandes que surjam na venda
- Pouca profundidade na venda, ou se houver, que o mercado vá para cima e
faça uma agressão logo na compra, demonstrando que tem urgência e que se
aproveita da liquidez na compra
- A forma como o mercado chegou até o ponto: Com lotes grandes e
recorrência (cenário mais propício a rompimento) ou manipulado por um único
player deu duas ou três grandes boletadas (cenário mais propício a inversão)?
E o que fala a favor de uma inversão?
- Profundidade na venda e desinteresse comprador pelos lotes
- Exaustão de compra
- Mercado que foi até o ponto de forma “forçada” como explicado no último item
do tópico de rompimento
- Parceria na venda
- Absorção de compra e consequente exaustão de compra, mostrando que os
vendedores são mais fortes
- Constantes renovadas de fila na venda
- Lote escondido na venda
- Preço piorado na venda
- Largada de saldo na venda

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8. É recomendável fazer trades de escora?
Resposta: Tenho visto que muitos alunos buscam realizar trade de escora no dia a dia,
talvez por conta da simplicidade desse operacional. Basta, em tese, observar o book
de ofertas, posicionar-se sobre ele e usá-lo como defesa. Entretanto, a realidade não é
bem por aí...
Entendo que o tempo inteiro estejamos buscando padronizações e formulações, e o
operacional de escora se encaixa nisso, a questão é que seria trivial demais e
altamente replicável. Se algo altamente replicável e simples funcionasse no mercado,
todos seriam ganhadores.
A aula de escora está ali mais para você entender que em alguns momentos, grandes
lotes no book podem ter papel determinante na direcionalidade do mercado.
No entanto, o que noto, ao ver vídeos e planilhas, é que muitos de vocês veem um lote
grande e tchablau, entram! Esquecem-se do contexto, que é o mais importante.
Em um mercado altamente comprador, com parceria, preço piorado, boletas grandes e
recorrentes na compra, um grande lote na venda pode até ser bem vindo (afinal, ali os
compradores encontram liquidez em um único nível de preço). É óbvio que, nesse
contexto, o lote da venda será consumido brutalmente, valendo a pena até observar se
não ocorrerá um rompimento, sobretudo se colocarem um grande lote na compra no
nível de preço que tinha lote grande na venda.
Agora se você nota que o mercado está indo a uma região com dois ou três níveis de
preço carregados na venda e ao se aproximar diminuir o ritmo de compra, pode ser
interessante uma venda. Veja que não é nem um nível de preço específico apenas,
mas sim um contexto de um book naquela região mais vendedor que comprador.
Outra coisa... blefes... são extremamente comuns.
Supõe que sou um grande player que preciso comprar, mas não quero comprar em
diferentes níveis de preço. Posso, por exemplo, pendurar vendas a fim de atrair outros
vendedores e comprar deles. Entretanto, minhas ofertas de venda não são fatídicas e
não quero executá-las... Quando o mercado chegar perto do nível de preço em que
coloquei minha oferta fake de venda, o que farei? Tirarei o lote ou mudarei ele para um
nível de preço mais afastado do atual (observe esse comportamento).
Mercado não é trivial só porque você quer que seja, lembrem-se sempre disso.

Dólar Futuro - Teoria


1. No caso em dias de PTAX Oficial, isto é, vencimento do contrato, quais são os meus
pontos de referência? Devo marcar e observar os pontos do contrato anterior que era
operado na véspera ou, além de marcar, devo adicionar o juros do período?
Resposta: O melhor nesses casos é não adicionar nenhum ponto. Os dias de PTAX
oficial costumam ter grande volatilidade e respeitar muito pouco os pontos prévios, já
que há um interesse maior em defender as janelas e rolar contrato. Recomendo notar
apenas resistências e suportes muito importantes, como os pontos redondos
(atualmente R$ 3,70 e R$ 3,80). Eu, francamente, não sou fã de dia de PTAX oficial. É
um dia pouco direcional, muito imprevisível. Conheço traders profissionais que não
operam o dia pelo aumento da imprevisibilidade.

2. Quais são os contratos de dólar vigente em cada mês?


Resposta: Para nós que fazemos daytrade no dólar futuro, devemos operar sempre o
contrato mais negociado, que é aquele que vence no primeiro dia do mês subsequente
ao atual.
Lembrar que quando falamos de dólar ou mini-dólar, o código do ativo é o seguinte:

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Para dólar cheio: DOLX18
● DOL = Sigla para dólar
● X = Mês de vencimento do contrato (nesse caso, novembro)
● 18 = Dois últimos números do ano, em 2019, por exemplo, será 19
Para dólar mini: WDOX18
● WDO = Sigla para mini dólar
● X = Mês de vencimento do contrato (nesse caso, novembro)
● 18 = Dois últimos números do ano, em 2019, por exemplo, será 19

Sobre as letras de cada contrato, elas seguem a seguinte tabela:

Código Vencimento
F Janeiro
G Fevereiro
H Março
J Abril
K Maio
M Junho
N Julho
Q Agosto
U Setembro
V Outubro
X Novembro
Z Dezembro

Entretanto, tome cuidado!


Negociamos sempre o contrato que vence no primeiro dia útil do mês subsequente,
lembra? Logo, em setembro, por exemplo, operamos a letra V (que vencerá no
primeiro pregão de outubro). Essa letra será operada até o penúltimo pregão de
setembro, sendo que no último pregão, já se deve operar a próxima letra (no caso, X),
pois passará a ser o contrato mais negociado.
Portanto, para nós, do ponto de vista prático, um contrato de dólar tem vigência desde
o último pregão de um mês até o penúltimo pregão do mês subsequente.
Em novembro de 2018, por exemplo… No último pregão de outubro, você opera o
DOLZ18. E operará esse contrato até o penúltimo pregão de novembro. Sendo que no
último pregão de novembro de 2018, se operará o DOLF19.

Dinâmica de Mercado
1. Há alguma correlação entre índice e dólar?
Resposta: Não há uma correlação direta entre os dois ativos. Direta no sentido de, por

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Resposta: Não há uma correlação direta entre os dois ativos. Direta no sentido de, por
exemplo, uma operação estruturada de arbitragem de comprar um e vender o outro.
Entretanto, ambos têm alguns elementos incomum, como, por exemplo, o risco
intrínseco de operações no Brasil.
Em um eventual cenário de deterioração fiscal, por exemplo, o que você espera?
Saída de capital estrangeiro da bolsa e do país, desvalorização das ações e
consequente queda do Ibov. A própria saída de capital estrangeiro pressiona o dólar
para acima, pois aumenta a demanda pela moeda. Nesse caso, índice desce, dólar
sobe.
Imagine o contrário: uma situação boa para o país, como o aumento da nota por uma
agência de crédito/rating. É de se esperar uma valorização cambial não só por fins de
especulação, mas também porque o país se torna mais atrativo para investimentos,
portanto, mais entrada de capital estrangeiro (aumenta a oferta de dólar => valorização
do real). Esse capital tende também a se alocar em bolsa, logo, índice sobe. Nesse
cenário, índice subiu, dólar caiu.
De modo geral, portanto, observe que dólar e índice têm uma forte correlação pelos
fatores macro-econômico.
Entretanto, é plenamente possível que em algum cenário dólar e índice trabalhem em
alta, por exemplo. Imagine um dia com dois acontecimentos: a) balanço extremamente
positivo de empresas brasileiras; e b) presidente do FED, nos Estados Unidos, dizendo
que aumentará taxa de juros acima do esperado.
O evento A pode repercutir nos papéis à vista com forte alta, consequentemente
repassando para o índice.
Por outro lado, o evento B tende a pressionar o dólar para cima contra todas as
moedas, já que os treasuries estadunidenses são os títulos mais seguros do mundo.
Nesse cenário, a despeito do otimismo com os balanços, é provável que o dólar
trabalhe em alta.
Não é uma relação 100%, mas, claro, muitas vezes ambos adotam sentidos opostos.
Sugestão: Se você opera dólar, coloque, na grade de cotações, o índice futuro e
atente-se à variação. Use como um termômetro de mercado e não como um
operacional.

Agilidade Operacional e Montagem de Tela


2. Há alguma configuração que facilite a visualização do Times & Trades e book de
ofertas no dólar?
Resposta: As principais recomendações são:
- Focar sobretudo no Times & Trades agrupados;
- Filtrar para acima de 2 lotes (isto é, agressões maiores ou igual a 10 contratos);
- No book de ofertas aberto, pode filtrar para acima de 4 lotes (isto é, ofertas maiores
ou iguais a 20 contratos).
Esses filtros deixarão o fluxo mais limpo.
Ademais, é o tempo de tela e a prática.

3. Há alguma configuração que facilite a visualização do Times & Trades e book de


ofertas no índice?
Resposta: Sim, há uma configuração que facilita a visualização do contexto no
mercado.
Como se sabe, quando operamos índice, precisamos ficar mais atento tanto aos dados
do mini quanto do cheio, dessa forma, abaixo, faremos um overview pelas principais
ferramentas e seus respectivos filtros que tornam a leitura menos poluída:
● Cheio

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● Cheio
○ Times & Trades
■ Aba negócios agrupados (tryd) ou ordem original (profit)
■ Filtrar agressões maiores ou igual a 2 lotes (10 contratos)
○ Book de ofertas aberto
■ Filtrar ofertas maiores ou igual a 2 lotes (10 contratos)
● Mini
○ Times & Trades
■ Aba negócios agrupados (tryd) ou ordem original (profit)
■ Filtrar agressões maiores ou igual a 50 mini-contratos
○ Book de ofertas aberto
■ Filtrar ofertas maiores ou igual a 2 lotes (10 contratos)

Ansiedade e Comportamento
1. 1.Meu maior problema atualmente é a ansiedade. Além do TET (Tempo entre
trades) de 5 minutos, o que você recomenda?
Resposta: A ansiedade é um dos grandes problemas não só dos traders, mas de
quase toda população mundial. O tempo entre trades de 5 minutos é essencial, pois
lhe dá uma pausa para respirar, repensar e focar, alinhando-se para novas
oportunidades.
Por definição e simplificação, a ansiedade seria um forte anseio sobre o futuro. Evite
entrar no mercado já pensando em meta ou loss. Mantenha os pés nos chãos.
Crie um roteiro operacional, cheque algumas variáveis antes de entrar, como
profundidade, proximidade de ponto importante e se não há notícias no horário:
ajudará a evitar os trades por pura ansiedade.
Pratique a técnica da visualização. Se a ansiedade é provocada pela expectativa
criada no futuro, a visualização ajuda a tornar o dia a dia como trader algo mais
frequente e cotidiano, ajudando também a eliminar a carga de ansiedade.
Por fim, práticas alternativas como meditação, esportes e uma boa noite de sono
ajudam muito.
Quando o dia amanhecer, pegue uma folha e liste todas as suas atividades do dia.
Evite operar quando essa lista estiver muito cheia ou ainda atividades tiverem que ser
feitas simultaneamente ao mercado.
Por fim, acho sempre válido antes do mercado abrir fazer um checklist mental consigo
mesmo, refletindo sobre sua condição mental e psicológico: estou com sono? estou
preocupado?

Gerenciamento de Risco & Custos Operacionais


1. Quando eu estiver na conta real, você recomenda que qual porcentagem seja
destinado a orçamento pessoal, como uma espécie de salário?
Resposta: Enquanto você estiver na conta real construindo caixa para chegar ao
contrato cheio, não recomendo fazer retiradas de valores. Exceto por alguma
pontualidade ou outra a fim de se premiar por ter respeitado o plano, batido meta e etc
(reforço positivo).
Um bom caixa é extremamente importante para operar com maior tranquilidade.
Assim, deve, com toda certeza, ser prioridade do trader.
Após chegar ao contrato cheio, aí sim você pode começar em viver desses
rendimentos.
Se na fase de aprendizado e aumento de contratos você começar a retirar dinheiro do

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Se na fase de aprendizado e aumento de contratos você começar a retirar dinheiro do
mercado para pagar contas, por exemplo, criará uma grande pressão e não verá mais
os stops de forma natural, podendo prejudicar o aprendizado.

2. Não estou sabendo alongar os trades de forma correta. Muitas vezes, coloco o stop
no breakeven (ponto entrada) quando o mercado anda dois pontos a favor, mas
frequentemente depois disso o mercado vai até o ponto, aciona o stop e volta a andar
a favor. O que você sugere?
Resposta: Primeiro, quero começar desmistificando um mito muito comum por aí!
Costuma-se dizer que você deve sempre buscar fazer operações em que seu ganho
seja 3 para 1 (isto é, seu ganho deve ser 3x maior que o stop planejado). É uma
falácia, pois se esquece de um elemento muito importante: a taxa de acerto. Se você
tem uma taxa de acerto de 90%, por exemplo, pode tranquilamente ter uma relação
risco/ganho de 1:1, ou, dependendo, até menor. Vamos supor que você faça 10
operações e sua taxa de acerto seja 90%. Em 9, você pegou 1.5 pontos. Na que você
stopou, perdeu 3 pontos. Apesar disso, o seu saldo é de 10,5 pontos.
Note como um gerenciamento 1:2 com uma boa taxa de acerto funciona.
Estou falando desse ponto porque ele é importante para responder a pergunta. Noto
que muitas vezes vocês não se contentam com poucos pontos, querem buscar mais,
querem alongar e acabam minando a taxa de acerto por isso. Trades que poderiam dar
1,5 a 2 pontos tranquilamente, acabam sendo stopados porque simplesmente não quis
aceitar o que o mercado, naquele momento, deu.
Essa questão é extremamente importante. Notar que 4 trades de 1.5 pontos já é uma
meta!
Minha recomendação, a priori, é: No início, você vai ter dificuldades para alongar, pois
com um único contrato tudo é mais complicado. Conforme você tem mais contratos, vai
saindo com a maior parte quando o mercado “trava” e o resto, conforme o mercado dá
pequenos sinais, aposta no benefício da dúvida e tenta alongar. Com o tempo, esse
feeling fica mais purado em perceber sinais que falam a favor de alongar e quase
todas às vezes que você tentar segurar um pouco, terá sucesso.
Nesse início, entrou na operação, andou 1,5 pontos a favor e travou? Saia com esses
pontos. Lembre que mais três operações assim, é meta batida.
Convenhamos, é muito mais fácil acertar um trade de 1.5 pontos do que um trade de
10 pontos, não? Sobretudo operando fluxo.
Quando for olhar seus resultados, questione-se da seguinte maneira: Se eu tivesse
aceitado os pontos toda vez que mercado andou 1.5 ou 2 pontos a meu favor e travou,
eu teria ficado positivo ou negativo? Provavelmente, positivo.
Apostilavia
Entretanto, dedeDúvidas
regra, os pontos mais fáceis para alongar são os pontos importantes,
rompimento ou inversão principalmente em: VWAPs e ajuste.

3. No dólar, quando abrimos uma operação na conta real, quais são os custos?
Resposta: Os custos são, em média, 1 real por contrato, explicando melhor:
Custos B3 (Emolumentos + Registros): É a remuneração da bolsa de valores por você
utilizar a estrutura de negociação dela. O valor é variável de acordo com o nível de
preço que você abre e fecha a operação. Entretanto, essa variação é pequena e o
valor médio dos custos B3 é de 0,80 centavos por contrato operado.
Taxa de corretagem: Dependerá da sua corretora e a taxa acordada em seu plano.
Entretanto, não aceite pagar, de forma alguma, mais que 20 centavos de corretagem.
Lembrar que a taxa de corretagem é cobrada por ordem executada. Um contrato são
duas operações, uma de abertura (ex: compra) e outra de fechamento (ex: venda).
Assim, com uma corretagem de 0,15 centavos, seus custos seriam de 0,30 centavos.
ISS (Imposto sobre serviços): É calculado sobre o valor da corretagem. Algumas
corretoras não cobram ISS, outras cobram. Se a taxa de corretagem for zero,

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corretoras não cobram ISS, outras cobram. Se a taxa de corretagem for zero,
certamente não haverá cobrança de taxa de ISS. Entretanto, se cobrado, o valor é
baixo, no máximo 0,05 centavos.
Resumo:
Custos Operacionais = Custos B3 + (Taxa de Corretagem x 2) + ISS
Custos Operacionais = 0,80 + 0,30 + 0,05 = R$ 1,15 (aproximadamente).
PS: Mesmo que você feche a operação no zero a zero (isto é, sem ganhos ou perdas)
o valor será cobrado.
Lembrar que, além disso, 1% do lucro líquido (após descontar essas taxas), se houver,
será retido como forma de imposto de renda retido na fonte (IRRF).
Sendo obrigatório, caso você esteja positivo no daytrade, o recolhimento mensal de
DARF de 19% sobre o valor líquido de ganho. Explico melhor essa questão em vídeo,
clique aqui para assistir.

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