Alimentação e Bioetica
Alimentação e Bioetica
Alimentação e Bioetica
e escolhas em
Alimentação
e Bioética
Caroline Filla Rosaneli
(ORGANIZAÇÃO)
Contextos, conflitos e escolhas em Alimentação e Bioética
Caroline Filla Rosaneli
Organizadora
Curitiba | 2016
© 2016, Caroline Filla Rosaneli
2016, PUCPRess
Este livro, na totalidade ou em parte, não pode ser reproduzido por qualquer meio sem autorização expressa
por escrito da Editora.
Varios autores
Inclui bibliografia
ISBN 978-85-68324-50-9
PREFÁCIO........................................................... 11
Contextos
AMAMENTAÇÃO NA ADOÇÃO:
potencializando a beneficência......................219
10
Prefácio
12
Contextos
BIOÉTICA E O DIREITO HUMANO
À ALIMENTAÇÃO ADEQUADA
Caroline Erhardt
Carla Corradi Perini
Os direitos humanos são aqueles que todo ser humano possui pelo
simples fato de ser parte da espécie humana e são inerentes à própria
existência. São direitos inalienáveis e independem de legislação nacio-
nal, estadual ou municipal específica. Asseguram às pessoas o direito
de levar uma vida digna, objetivando a harmonia e o bem estar. Os
direitos humanos e o reconhecimento que a dignidade é inerente a
toda pessoa humana avançam à medida que avança a humanidade,
de acordo com os conhecimentos e consciência construídos e com a
organização da sociedade e do Estado (BRASIL, 2013; ONU, 1948).
Os direitos humanos tratam sobre condições básicas de vida que
todos os seres humanos devem ter para viver com dignidade, e para
tanto, o direito à vida, à liberdade, acesso à saúde, educação, mo-
radia, informação e alimentação adequada são alguns exemplos de
direitos que devem ser contemplados de forma universal, indivisível,
inalienável, inter-dependentes e inter-relacionados (LEAO et al, 2013;
SIQUEIRA et al, 2014).
Caroline Erhardt e Carla Corradi Perini
16
Bioética e o direito humano à alimentação adequada
Nesse sentido, este texto tem como objetivo refletir sobre o Di-
reito Humano à Alimentação Adequada (DHAA) como um direito so-
cial dentro do contexto da SAN, evidenciando a necessidade do Estado
Brasileiro assegurar à população este direito, que é fundamental para
a dignidade humana, levando em consideração que uma alimentação
adequada é aquela que colabora para a construção de seres humanos
saudáveis, conscientes de seus direitos e deveres, enquanto cidadãos
do Brasil e do mundo.
17
Caroline Erhardt e Carla Corradi Perini
18
Bioética e o direito humano à alimentação adequada
19
Caroline Erhardt e Carla Corradi Perini
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Bioética e o direito humano à alimentação adequada
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Caroline Erhardt e Carla Corradi Perini
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Bioética e o direito humano à alimentação adequada
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Caroline Erhardt e Carla Corradi Perini
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Bioética e o direito humano à alimentação adequada
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Caroline Erhardt e Carla Corradi Perini
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Bioética e o direito humano à alimentação adequada
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Caroline Erhardt e Carla Corradi Perini
28
Bioética e o direito humano à alimentação adequada
29
Caroline Erhardt e Carla Corradi Perini
Considerações finais
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Bioética e o direito humano à alimentação adequada
Referências
31
Caroline Erhardt e Carla Corradi Perini
32
Bioética e o direito humano à alimentação adequada
33
Caroline Erhardt e Carla Corradi Perini
34
TRANSFORMAÇÕES NO ESPAÇO
RURAL E A INSEGURANÇA
ALIMENTAR NO VALE DO RIBEIRA:
descrevendo as práticas alimentares
de agricultores caboclos
Daniela Ferron Carneiro
Maisa dos Santos
Alessandro Donasolo
Rubia Carla Formighieri Giordani
36
Transformações no espaço rural e a insegurança alimentar no Vale do Ribeira
37
Daniela Ferron Carneiro, et al.
38
Transformações no espaço rural e a insegurança alimentar no Vale do Ribeira
39
Daniela Ferron Carneiro, et al.
40
Transformações no espaço rural e a insegurança alimentar no Vale do Ribeira
41
Daniela Ferron Carneiro, et al.
as práticas alimentares
42
Transformações no espaço rural e a insegurança alimentar no Vale do Ribeira
“É...o trigo aqui não existia... de manhã era revirado de feijão com café, depois
quando começou a surgir o trigo no mercado foi que a gente começou a fazer
o pão”.
43
Daniela Ferron Carneiro, et al.
“A farinha de biju, essa é só comprada. A gente come com leite, é a preferida pra
comer com leite. Qualquer vizinho que você vai aí tomar um chimarrão, já sai
um descartável de leite com bacia de farinha pra comer. E com melado junto.”
44
Transformações no espaço rural e a insegurança alimentar no Vale do Ribeira
“A gente usa o que é mais prático né? No lanche, a gente sempre vê na comu-
nidade café e massa (frita). Eles chamam aí de bolinho de ‘virar cambota’,
‘ceroula virada’... pastelzinho com carne ou de repente com queijo... o que eu
vejo o povo gosta dessa massinha feita assim na hora”.
45
Daniela Ferron Carneiro, et al.
46
Transformações no espaço rural e a insegurança alimentar no Vale do Ribeira
“Quando a gente era pequena era quase tudo plantado né... Mas agora os
homens trabalham quase tudo no pinus, quase não plantam... É bem pouca
plantação! Agora, tem que comprar.”
“As crianças têm dinheiro pra comprar balas, doces... antes não tinha isso, o
máximo de doce que tinha era uma canjica com melado.”
47
Daniela Ferron Carneiro, et al.
“Ela (a esposa) vai pra um lado, os piá vão pra outro... daí ninguém mais chega
junto numa hora só, não senta na mesa... não lava a louça numa hora só... Tem
que manter fogo no fogão porque um vem meio dia, um vem duas horas, outro
vem cinco horas... As consequências do trabalho tirou a tradição da família...
por um lado humanizou, por outro desumanizou um pouquinho”.
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Transformações no espaço rural e a insegurança alimentar no Vale do Ribeira
49
Daniela Ferron Carneiro, et al.
50
Transformações no espaço rural e a insegurança alimentar no Vale do Ribeira
51
Daniela Ferron Carneiro, et al.
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Transformações no espaço rural e a insegurança alimentar no Vale do Ribeira
53
Daniela Ferron Carneiro, et al.
Considerações finais
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Transformações no espaço rural e a insegurança alimentar no Vale do Ribeira
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Daniela Ferron Carneiro, et al.
Referências
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Transformações no espaço rural e a insegurança alimentar no Vale do Ribeira
57
Daniela Ferron Carneiro, et al.
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RESPONSABILIDADE
COMPARTILHADA PARA
GARANTIA DE UMA ALIMENTAÇÃO
ESCOLAR DE QUALIDADE
Anabelle Retondario
Patrícia Fernanda Ferreira Pires
Sila Mary Rodrigues Ferreira
60
Responsabilidade compartilhada para garantia de uma alimentação
escolar de qualidade
61
Anabelle Retondario, Patrícia Fernanda Ferreira Pires e Sila Mary Rodrigues Ferreira
62
Responsabilidade compartilhada para garantia de uma alimentação
escolar de qualidade
63
Anabelle Retondario, Patrícia Fernanda Ferreira Pires e Sila Mary Rodrigues Ferreira
64
Responsabilidade compartilhada para garantia de uma alimentação
escolar de qualidade
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Anabelle Retondario, Patrícia Fernanda Ferreira Pires e Sila Mary Rodrigues Ferreira
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Responsabilidade compartilhada para garantia de uma alimentação
escolar de qualidade
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Anabelle Retondario, Patrícia Fernanda Ferreira Pires e Sila Mary Rodrigues Ferreira
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Responsabilidade compartilhada para garantia de uma alimentação
escolar de qualidade
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Anabelle Retondario, Patrícia Fernanda Ferreira Pires e Sila Mary Rodrigues Ferreira
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Responsabilidade compartilhada para garantia de uma alimentação
escolar de qualidade
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Anabelle Retondario, Patrícia Fernanda Ferreira Pires e Sila Mary Rodrigues Ferreira
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Responsabilidade compartilhada para garantia de uma alimentação
escolar de qualidade
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Anabelle Retondario, Patrícia Fernanda Ferreira Pires e Sila Mary Rodrigues Ferreira
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Responsabilidade compartilhada para garantia de uma alimentação
escolar de qualidade
Considerações Finais
Referências
75
Anabelle Retondario, Patrícia Fernanda Ferreira Pires e Sila Mary Rodrigues Ferreira
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Responsabilidade compartilhada para garantia de uma alimentação
escolar de qualidade
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Anabelle Retondario, Patrícia Fernanda Ferreira Pires e Sila Mary Rodrigues Ferreira
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Responsabilidade compartilhada para garantia de uma alimentação
escolar de qualidade
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Anabelle Retondario, Patrícia Fernanda Ferreira Pires e Sila Mary Rodrigues Ferreira
80
CÓDIGO DE ÉTICA DO NUTRICIONISTA:
um processo de construção coletiva
Thais Salema Nogueira de Souza
Maria Adelaide Wanderley Rego
Samanta Winck Madruga
Carmen Franco
Elenice Costa
Leonardo Agostini
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Código de ética do nutricionista
83
Thais Salema Nogueira de Souza, et al.
84
Código de ética do nutricionista
85
Thais Salema Nogueira de Souza, et al.
86
Código de ética do nutricionista
87
Thais Salema Nogueira de Souza, et al.
Esta escuta on-line ficou disponível no site por nove meses, ob-
tendo a contribuição de 1637 respostas da categoria. A CECEt-CFN
realizou uma análise criteriosa dos dados com o cuidado de considerar
todas as informações obtidas. As respostas foram sistematizadas em
nove categorias, de forma a considerar a ocorrência e a especificidade
das situações relatadas. As categorias de análise estão apresentadas a
seguir:
1) Direitos e deveres: situações que decorrem do rol de direitos e
deveres associados aos princípios e valores, individuais e coleti-
vos, que não devem ser violados enquanto profissional e cidadão.
Ex: autonomia profissional, sigilo profissional, desvio de função, assédio
(moral, sexual, de gênero, de raça e cor, de estado civil, etc.).
2) Atribuições nas áreas de atuação: considerar as atribuições pre-
vistas em leis e resoluções que definem as atividades básicas e
complementares da atuação do nutricionista. Ex: responsabilidade
técnica, gerenciamento de unidades, etc.
3) Condutas e práticas profissionais: questões técnicas e práticas
vivenciadas no cotidiano profissional, não previstas ou detalha-
das nas atribuições. Ex: tempo de consulta, limites e situações para
prescrição (suplementos, fitoterápicos, medicamentos, probiótico), formas
de atendimento (presencial, a distância, individual, coletiva), autonomia
na elaboração do cardápio (cardápio comercial x cardápio saudável).
4) Comunicação: estratégias para comunicação com o público e
divulgação de serviços prestados pelo profissional. Ex: uso de redes
sociais, imagem dos pacientes (antes e depois), marketing pessoal, etc.
5) Vinculação a produtos, marcas e empresas: associação, di-
vulgação, indicação, venda de produtos e marcas específicas
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Código de ética do nutricionista
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Thais Salema Nogueira de Souza, et al.
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Código de ética do nutricionista
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Thais Salema Nogueira de Souza, et al.
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Código de ética do nutricionista
Próximos passos
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Thais Salema Nogueira de Souza, et al.
Considerações Finais
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Código de ética do nutricionista
Referências
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Thais Salema Nogueira de Souza, et al.
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Transformações no espaço rural e a insegurança alimentar no Vale do Ribeira
97
Daniela Ferron Carneiro, et al.
98
Conflitos
AUTONOMIA E CIRURGIA
BARIÁTRICA NA ADOLESCÊNCIA
Magda Rosa Ramos da Cruz
Carla Corradi Perini
Antônio Carlos Ligocki Campos
102
Autonomia e cirurgia bariátrica na adolescência
103
Magda Rosa Ramos da Cruz, Carla Corradi Perini e Antônio Carlos Ligocki Campos
104
Autonomia e cirurgia bariátrica na adolescência
105
Magda Rosa Ramos da Cruz, Carla Corradi Perini e Antônio Carlos Ligocki Campos
106
Autonomia e cirurgia bariátrica na adolescência
107
Magda Rosa Ramos da Cruz, Carla Corradi Perini e Antônio Carlos Ligocki Campos
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Autonomia e cirurgia bariátrica na adolescência
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Magda Rosa Ramos da Cruz, Carla Corradi Perini e Antônio Carlos Ligocki Campos
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Autonomia e cirurgia bariátrica na adolescência
111
Magda Rosa Ramos da Cruz, Carla Corradi Perini e Antônio Carlos Ligocki Campos
112
Autonomia e cirurgia bariátrica na adolescência
deve ser obtido separadamente dos pais para evitar a coação; que o
conhecimento dos riscos e benefícios do procedimento e da impor-
tância do seguimento pós-operatório do paciente deve ser formal-
mente avaliado e que o processo de autorização dos pais deve incluir
a discussão dos riscos da obesidade no adulto, os tratamentos mé-
dicos disponíveis, alternativas cirúrgicas e os riscos específicos e os
resultados da cirurgia proposta.
Caniano (2009) ainda ressalta a importância de certificar-se
de que os pacientes e os pais compreendem "a irreversibilidade e
possibilidade de consequências negativas imprevistas até anos mais
tarde".
Nós sugerimos o modelo deliberativo de Diego Gracia (1998)
para a tomada de decisões sobre a cirurgia bariátrica para o ado-
lescente. Para o autor, a tomada de decisão deve ser compartilhada,
considerando a contribuição da equipe multiprofissional com o
conhecimento necessário sobre técnicas alternativas, procedimento
cirúrgico proposto, mudanças comportamentais, riscos e bene-
fícios, e também considerando o paciente e seu responsável, que
contribuem com o esclarecimento de seus legítimos valores e neces-
sidades. Nesse sentido, a autonomia do paciente adolescente estará
sendo respeitada e o mesmo terá condições de tomar a decisão mais
adequada juntamente com seus pais ou responsáveis.
A tomada de decisões a partir deste modelo deve envolver
oito etapas:
1. Estabelecer a pergunta-problema:
Para cada caso, caberia uma pergunta específica, adequada ao
contexto de cada paciente. Para essa discussão, tomaremos como base
um caso real, um paciente de 17 anos, que realizou a cirurgia em uma
113
Magda Rosa Ramos da Cruz, Carla Corradi Perini e Antônio Carlos Ligocki Campos
114
Autonomia e cirurgia bariátrica na adolescência
"não achou algo que lhe agrade e que lhe dê prazer". Atualmente
encontra-se com 120Kg e 1,70m, ou seja, apresenta obesidade mór-
bida (IMC=41,52 kg/m2).
Apresenta histórico de ter usado na infância o medicamento
metilfenidato, uma droga psicoestimulante, por suposto quadro de
transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), mas que não foi
detectado em avaliação. Informa ainda que realizou psicoterapia por
diversos anos.
Além do pai que era psiquiatra, apresenta um irmão psiquiatra
que é a favor da realização da cirurgia (segundo a mãe, este seu filho
psiquiatra nunca detectou nada de anormal no irmão).
Em sua avaliação, o médico cirurgião não identifica nenhum
transtorno psiquiátrico, mas afirma que o paciente tem dificuldades
em lidar com perdas e frustrações e, ainda, refere leve postura pueril
do adolescente.
O médico não verificou contraindicações, do ponto de vista psi-
quiátrico, para o paciente ser submetido a tratamento cirúrgico, e
sugere a técnica sleeve, onde não há desvio intestinal, como acontece
no bypass gástrico em Y-de-Roux (BGYR), explicado anteriormente,
e por isso associa-se a melhor preservação do estado nutricional a
longo prazo.
Do ponto de vista nutricional, as principais alterações necessá-
rias no pós-cirúrgico são a restrição do consumo de refrigerantes e
salgados, que atualmente é diário; além do aumento da frequência
e a redução do volume das refeições realizadas e a suplementação
de vitaminas.
115
Magda Rosa Ramos da Cruz, Carla Corradi Perini e Antônio Carlos Ligocki Campos
116
Autonomia e cirurgia bariátrica na adolescência
117
Magda Rosa Ramos da Cruz, Carla Corradi Perini e Antônio Carlos Ligocki Campos
O outro ponto que merece destaque é que Pedro afirma que sua
decisão será pautada na decisão médica, sem deliberar. É importante
ressaltar que exercer a autonomia implica em um julgamento sobre a
informação (fornecida pela equipe multidisciplinar) à luz de seus pró-
prios valores. E apenas após a adequada análise dessas informações a
decisão é tomada pelo paciente.
8. Tomada de decisão
A tomada de decisão deverá ser baseada no curso ótimo de ação
definido no item 7 “Deliberar sobre o conflito fundamental”.
118
Autonomia e cirurgia bariátrica na adolescência
Considerações finais
Referências
119
Magda Rosa Ramos da Cruz, Carla Corradi Perini e Antônio Carlos Ligocki Campos
120
Autonomia e cirurgia bariátrica na adolescência
121
Magda Rosa Ramos da Cruz, Carla Corradi Perini e Antônio Carlos Ligocki Campos
122
Autonomia e cirurgia bariátrica na adolescência
123
INTERVENÇÃO DIETÉTICA NAS
DOENÇAS NEUROLÓGICAS NA
INFÂNCIA: conflitos éticos e bioéticos
Claudia Seely Rocco
Ida Gubert
126
Intervenção dietética nas doenças neurológicas na infância
Dilemas
127
Claudia Seely Rocco e Ida Gubert
ética
128
Intervenção dietética nas doenças neurológicas na infância
129
Claudia Seely Rocco e Ida Gubert
130
Intervenção dietética nas doenças neurológicas na infância
Bioética
Beneficênca e Maleficênca
131
Claudia Seely Rocco e Ida Gubert
Autonomia
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Intervenção dietética nas doenças neurológicas na infância
133
Claudia Seely Rocco e Ida Gubert
Justiça
134
Intervenção dietética nas doenças neurológicas na infância
Profissional
135
Claudia Seely Rocco e Ida Gubert
Paciente e familiares
136
Intervenção dietética nas doenças neurológicas na infância
Considerações Finais
137
Claudia Seely Rocco e Ida Gubert
Referências
138
Intervenção dietética nas doenças neurológicas na infância
MULLOY, A.; LANG, R.; O’REILLY, M., SIGAFOOS, J.; LANCIONI, G.,
RISPOLI, M. Gluten-free and casein-free diets in the treatment of autism
spectrum disorders: a systematic review. Research in Autism Spectrum
Disorders, v. 4, n.3, 2010, p. 328-339.
139
Claudia Seely Rocco e Ida Gubert
140
ABORDAGEM NUTRICIONAL
EM CUIDADOS PALIATIVOS
Ana Cláudia Thomaz
Carolline Ilha Silvério
Fernanda Pires Resende
Letícia Hacke
Maryanne Zilli Canedo da Silva
Natali Carol Fritzen
Maria Eliana Madalozzo Schieferdecker
Cuidados paliativos
142
Abordagem nutricional em cuidados paliativos
143
Ana Cláudia Thomaz, et al.
144
Abordagem nutricional em cuidados paliativos
145
Ana Cláudia Thomaz, et al.
146
Abordagem nutricional em cuidados paliativos
147
Ana Cláudia Thomaz, et al.
148
Abordagem nutricional em cuidados paliativos
149
Ana Cláudia Thomaz, et al.
150
Abordagem nutricional em cuidados paliativos
151
Ana Cláudia Thomaz, et al.
152
Abordagem nutricional em cuidados paliativos
Referência
153
Ana Cláudia Thomaz, et al.
154
Abordagem nutricional em cuidados paliativos
155
Ana Cláudia Thomaz, et al.
WHO - World Health Organization. Better palliative care for older people.
Report. Geneva, 2004.
156
ALIMENTAÇÃO DO PACIENTE
ONCOLÓGICO NO FIM DA VIDA:
a autonomia em debate
158
Alimentação do paciente oncológico no fim da vida
159
Fabiane de Cássia Savi Tomasiak e Anor Sganzerla
160
Alimentação do paciente oncológico no fim da vida
161
Fabiane de Cássia Savi Tomasiak e Anor Sganzerla
162
Alimentação do paciente oncológico no fim da vida
163
Fabiane de Cássia Savi Tomasiak e Anor Sganzerla
164
Alimentação do paciente oncológico no fim da vida
165
Fabiane de Cássia Savi Tomasiak e Anor Sganzerla
166
Alimentação do paciente oncológico no fim da vida
167
Fabiane de Cássia Savi Tomasiak e Anor Sganzerla
168
Alimentação do paciente oncológico no fim da vida
fazendo com que este não se sinta impotente”, como citado por Raji-
makers et al. (2013, p.668) em seu estudo qualitativo que evidenciou
algumas percepções por parte do familiar em relação a alimentação,
como: “ o prazer atribuído ao alimento era maior na fase terminal,
uma vez que muitos prazeres desaparecem no fim da vida”, “ remete a
memórias felizes e/ou ocasiões especiais”, “ o ato de se alimentar com
o familiar como convívio social”, “ as refeições deram ritmo aos dias,
levando o paciente a se vestir, a realizar rituais, rotinas e hábitos, como
uma tentativa de voltar à vida normal”.
Qualquer decisão sobre a alimentação deve considerar os aspectos
simbólicos expostos acima, portanto, ser discutida com toda a equipe
multiprofissional, pacientes (sempre que possível) e seus familiares
(VATHORST, 2014). Há também que considerar os conflitantes pontos
de vista entre os médicos e cuidadores leigos, quanto ao que seria a
melhor escolha para o paciente e a proximidade potencial do fim da
vida, levando a implicações importantes para a expectativa de vida e
sobrevida do paciente (CLARKE, 2014).
A tomada de decisão envolvendo a alimentação em cuidados
paliativos é abordada por Chai et al. (2013) em um estudo realizado
em Singapura com 38 pacientes e 62 cuidadores, buscando compre-
ender a complexa interação de fatores que influenciam o continuar
alimentando. Evidenciou-se que os participantes tendiam a responder
afirmativamente para as perguntas referentes aos benefícios à saúde,
psicológicos e emocionais. Entre outros fatores observados está a
piedade filial, definida como uma obrigação de cuidar de seus pais
ou membros mais velhos do ciclo familiar, ofertando alimentação a
todo custo, mesmo quando o prognóstico é ruim, exemplificando que
o valor da nutrição, alimentação e comer também parece ser cultural-
mente determinado (SILVA et al., 2010). Outro termo encontrado por
169
Fabiane de Cássia Savi Tomasiak e Anor Sganzerla
170
Alimentação do paciente oncológico no fim da vida
Referências
171
Fabiane de Cássia Savi Tomasiak e Anor Sganzerla
172
Alimentação do paciente oncológico no fim da vida
173
Fabiane de Cássia Savi Tomasiak e Anor Sganzerla
174
Escolhas
COMUNICAÇÃO DE RISCO REFERENTE
AO CONSUMO DE ALIMENTOS
INDUSTRIALIZADOS NO BRASIL
178
Comunicação de risco referente ao consumo de alimentos industrializados no Brasil
179
André Godoy Ramos
Risco à saúde
Entender o risco é de importância basilar e tem suscitado grande
número de produções acadêmicas nos campos da sociologia e da saúde.
A prática de Vigilância Sanitária, no Brasil e no mundo, deve ter como
180
Comunicação de risco referente ao consumo de alimentos industrializados no Brasil
181
André Godoy Ramos
182
Comunicação de risco referente ao consumo de alimentos industrializados no Brasil
183
André Godoy Ramos
vale por um bifinho”, frase proibida pela então SNVS, com base no
artigo 12° e 23° do Decreto-Lei 986/69 (BRASIL, 1969), ainda em vigor.
184
Comunicação de risco referente ao consumo de alimentos industrializados no Brasil
185
André Godoy Ramos
para lidar com fatores de risco, de forma efetiva e continuada. Por esse
motivo, a partir da II Conferência Nacional de Segurança Alimentar e
Nutricional, as questões nutricionais foram incluídas nos debates e no
conceito de Segurança Alimentar no Brasil. Quanto à indivisibilidade
dos Direitos Humanos, mais exatamente do DHAA, podemos dizer
que o direito à alimentação de qualidade não pode ser separado dos
direitos à moradia, educação, serviços de saúde e lazer.
A vulnerabilidade à insegurança alimentar deve-se a inabilidade
de enfrentar fatores de riscos outros além do puramente sanitário.
Podemos nos lembrar da vulnerabilidade pela necessidade de matar a
fome sem perder tempo em preparar o alimento e comer. É aqui que
entra o ataque midiático para a aquisição dos alimentos industriali-
zados e das comidas prontas para rápido consumo. Poder aquisitivo
e condições socioeconômicas não são mais barreiras de acesso. As
famílias que recebem, por exemplo, o Bolsa Família, programa de
transferência de renda do atual Governo Brasileiro, têm consumido
mais alimentos industrializados, ou seja, melhoraram o acesso aos ali-
mentos, no entanto, a qualidade do que comem é relativamente ques-
tionável. Não por culpa delas, mas porque vivem na mesma sociedade
que nos invoca a valorizar e consumir os produtos industrializados.
Além disso, a lógica neoliberal impede, em particular, o Estado de
intervir nas regras do mercado (LARA CORTÉS, 2001).
O artigo 8° da Declaração Universal sobre Bioética e Direitos
Humanos preconiza o respeito pela vulnerabilidade humana e pela
integridade individual. O artigo 14° preconiza o acesso à alimentação
adequada, e no artigo 20 reforça ao explicitar que: deve-se promo-
ver a avaliação e o gerenciamento adequado de riscos relacionados
à medicina, às ciências da vida e às tecnologias associadas (ONU,
2005). O gerenciamento de risco depende da comunicação de risco,
186
Comunicação de risco referente ao consumo de alimentos industrializados no Brasil
187
André Godoy Ramos
188
Comunicação de risco referente ao consumo de alimentos industrializados no Brasil
189
André Godoy Ramos
190
Comunicação de risco referente ao consumo de alimentos industrializados no Brasil
Referências
191
André Godoy Ramos
192
Comunicação de risco referente ao consumo de alimentos industrializados no Brasil
193
André Godoy Ramos
194
ÉTICA E REGULAMENTAÇÃO DA
PUBLICIDADE DE ALIMENTOS
DIRECIONADA A CRIANÇAS
E ADOLESCENTES
Dillian Adelaine Cesar Da Silva
Antonio Carlos Rodrigues Da Cunha
196
Ética e regulamentação da publicidade de alimentos direcionada
a crianças e adolescentes
197
Dillian Adelaine Cesar da Silva e Antonio Carlos Rodrigues da Cunha
198
Ética e regulamentação da publicidade de alimentos direcionada
a crianças e adolescentes
199
Dillian Adelaine Cesar da Silva e Antonio Carlos Rodrigues da Cunha
200
Ética e regulamentação da publicidade de alimentos direcionada
a crianças e adolescentes
201
Dillian Adelaine Cesar da Silva e Antonio Carlos Rodrigues da Cunha
202
Ética e regulamentação da publicidade de alimentos direcionada
a crianças e adolescentes
203
Dillian Adelaine Cesar da Silva e Antonio Carlos Rodrigues da Cunha
204
Ética e regulamentação da publicidade de alimentos direcionada
a crianças e adolescentes
205
Dillian Adelaine Cesar da Silva e Antonio Carlos Rodrigues da Cunha
206
Ética e regulamentação da publicidade de alimentos direcionada
a crianças e adolescentes
207
Dillian Adelaine Cesar da Silva e Antonio Carlos Rodrigues da Cunha
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Ética e regulamentação da publicidade de alimentos direcionada
a crianças e adolescentes
209
Dillian Adelaine Cesar da Silva e Antonio Carlos Rodrigues da Cunha
210
Ética e regulamentação da publicidade de alimentos direcionada
a crianças e adolescentes
Considerações Finais
Por não estar a serviço do grande capital, diferentemente de ou-
tras áreas da ciência e do desenvolvimento tecnológico, em diversos
momentos a Bioética depara-se com dificuldade de avançar como
produtora de sentidos para a gestão de políticas de saúde e da área
social como um todo. No Brasil, ainda se encontra distante de ter uma
fundamentação legal servindo como embasamento a tantas políticas
públicas para as quais pode oferecer contribuição e trazer o avanço
necessário. Mas a Bioética segue crescendo, dialogando e intervindo
211
Dillian Adelaine Cesar da Silva e Antonio Carlos Rodrigues da Cunha
212
Ética e regulamentação da publicidade de alimentos direcionada
a crianças e adolescentes
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Dillian Adelaine Cesar da Silva e Antonio Carlos Rodrigues da Cunha
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Ética e regulamentação da publicidade de alimentos direcionada
a crianças e adolescentes
Referências
215
Dillian Adelaine Cesar da Silva e Antonio Carlos Rodrigues da Cunha
216
Ética e regulamentação da publicidade de alimentos direcionada
a crianças e adolescentes
217
Dillian Adelaine Cesar da Silva e Antonio Carlos Rodrigues da Cunha
218
AMAMENTAÇÃO NA ADOÇÃO:
potencializando a beneficência
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Amamentação na adoção
221
Caroline Filla Rosaneli, et al.
222
Amamentação na adoção
A partir do momento que uma mulher que irá adotar uma criança
decide que irá amamentar, é possível iniciar um processo de indução
para produção de leite, podendo chegar até mesmo à amamentação
exclusiva (GOFFMAN; BERNSTEINS, 2005), ainda que a mulher não
tenha passado por todas as transformações e estímulos prévios que
ocorrem durante a gravidez (CARVALHO, 2003; ARANDA, 2010). Po-
rém, para isso acontecer é necessário primeiramente que sejam repas-
sadas todas as informações, métodos, dificuldades e, principalmente,
que ela esteja motivada e que tenha o apoio de seu companheiro e
familiares, pois este processo tomará tempo e necessita de muita per-
severança (CARVALHO, 2003; SZUCS et al., 2010).
Segundo Delton (2010), para criar um plano de ação com uma mãe
adotiva devem-se definir as razões pelas quais ela deseja amamentar.
Nos estudos realizados os dois principais objetivos são conseguir
desenvolver um relacionamento com a criança, incentivando o desen-
volvimento do vínculo afetivo e oferecendo os benefícios nutritivos
do leite materno (BRIERVLIET et al., 2001; BRYANT, 2006). Existem
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O ato de amamentar
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Considerações finais
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Referências
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Caroline Filla Rosaneli, et al.
______. The protocols for induced lactation: a guide for maximizing breast
milk production. Canadian breastfeeding foundation. Disponível
em: <http://www.canadianbreastfeedingfoundation.org/induced/
induced.shtml#toc_protocols>. Acesso em: 9 jul. 2012.
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Sobre os autores
Alessandro Donasolo
Engenheiro agrônomo e especialista em Educação do Campo e Agricultura Familiar
Camponesa pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Tem experiência profissional
em Extensão rural, Educação do campo e Cooperativismo solidário.
Anabelle Retondario
Nutricionista formada pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e mestre em Segu-
rança Alimentar e Nutricional pela mesma Universidade. É doutoranda em Nutrição
na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e professora adjunta do curso de
graduação em Nutrição nas Faculdades Ponta Grossa.
Anor Sganzerla
Doutor em Filosofia pela Universidade Federal de São Carlos. Professor do Programa
de Pós-Graduação em Bioética da PUCPR. Tem priorizado suas pesquisas com temas
relacionados à Ética e tecnociência, Bioética e biotecnologias, Bioética ambiental, Pós-
-humanismo e Transhumanismo, entre outros. Presidente em exercício da Sociedade
Brasileira de Bioética regional Paraná (gestão 2015-2017).
Sobre os autores
Carmen Franco
Graduada em Nutrição. Especialista em Nutrição Clínica e Administração Hospitalar.
Mestre em Ciências Médicas (UFRGS). Atua em Nutrição clínica, com 15 anos de experiên-
cia em hospitais, e em consultório desde 1997. Docente do Centro Universitário La Salle
desde 2002. Conselheira do CRN-2 em quatro gestões (2001-2004, 2004-2007, 2010-2013
e 2013-2016), sempre compondo sua diretoria, e como presidente nos períodos 2006-2007,
2011-2013 e 2014-2015.
Caroline Erhardt
Mestranda em Bioética pela PUCPR, onde estuda Direito humano a alimentação e os
princípios da Bioética. Nutricionista formada pela PUCPR.
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Sobre os autores
Elenice Costa
Nutricionista. Mestre em Nutrição e Saúde Publica pela UFPE. Exerceu cargos de coor-
denação de graduação e residência em nutrição na UFPE. Foi e está como presidente
do Conselho Regional de Nutricionistas /6ª Região - Gestões: 1980/1983, 1999/2002,
2002/2005 e 2015/2017. Foi presidente do Conselho Federal de Nutricionistas – Gestão
1989/1990. Atuou como membro do Conselho Fiscal da ASBRAN, Gestão 2010/2013.
245
Sobre os autores
Fabiane de Cássia Savi Tomasiak
Mestre em Bioética pela PUCPR. Graduada em Nutrição. Docente do curso de graduação
em Nutrição da PUCPR. Desenvolve pesquisas relacionadas com Bioética, alimentação
e nutrição e câncer.
Leonardo Agostini
Licenciado, mestre e doutorando em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do
Rio Grande do Sul, na linha de pesquisa Ética e Filosofia Política. Professor do curso de
Filosofia da Escola de Humanidades da PUCRS. Coordenador do curso de Especialização
em Direitos Humanos na PUCRS. Supervisor de Pastoral na Gerência Educacional da
Rede Marista de Colégios e Unidades Sociais. Consultor do Conselho Federal de Nutri-
cionistas para a construção do Novo Código de Ética dos Nutricionistas.
Letícia Hacke
Nutricionista formada pela Universidade Federal de Santa Catarina. Possui Residência
Integrada Multiprofissional em Atenção Hospitalar, com Ênfase em Saúde do Adulto
e Idoso - HC/UFPR. Mestranda em Alimentação e Nutrição da Universidade Federal
do Paraná.
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Sobre os autores
Maria Adelaide Wanderley Rego
Formada em Nutrição pela Universidade Federal de Pernambuco. Especialista em
Alimentação Institucional e em Gestão Pública pela UFPE. Presidente do Conselho
Regional de Nutricionistas da 6ª Região no período de 2010 a 2013. Chefe da Unidade de
Produção de Refeições do Hospital das Clínicas da UFPE.
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Sobre os autores
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O livro Contextos, conflitos e escolhas em Alimentação e Bioética consubs-
tancia-se, sobretudo, em discussões e reflexões sobre alimentação em
diferentes cenários. Traz esclarecimentos sobre alimentação incorporada
ao diálogo da Bioética nos temas abordados, que envolvem o direito
humano à alimentação adequada, práticas e escolhas alimentares,
responsabilidades, vulnerabilidade, autonomia, conflitos e condutas
éticas, cuidados paliativos, comunicação de risco e beneficência. Além
disto, aportam aspectos legais, nutricionais, familiares, sociais e
antropológicos que transmutam pelos ciclos da vida, desde a infância,
adolescência, fim da vida e em doenças específicas.
ISBN 978-85-68324-50-9
ISBN 978-85-68324-40-0
9 7 8 8 5 6 8 3 2 4 5 09
9 7 88568 32 4400