Cabista de Sistemas de Telecom

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CABISTA DE SISTEMAS DE

TELECOMUNICAÇÕES
Sumário
INTRODUÇÃO .................................................................................................... 3
1 - SISTEMA TELEFÔNICO ................................................................................. 4
1.1 – CENTRAL E COMUTAÇÃO TELEFÔNICA. .............................................. 4
1.2 – CENTRAIS TELEFÔNICA DE COMUTAÇÃO ANALÓGICA. ..................... 4
1.3 – UNIDADE REMOTA DE ACESSOS (URA ). ............................................. 5
1.4 – CENTRO DE FIOS................................................................................... 7
1.5 – DISTRIBUIDOR GERAL. ......................................................................... 8
1.6 – CABOS TELEFÔNICOS MULTIPARES..................................................... 9
1.7 – CÓDIGO DE CORES DOS CONDUTORES DO CABO............................ 12
1.8 – GRUPOS DE PARES EM CABOS TELEFÔNICOS. ................................. 14
1.9 – FORMAÇÃO DOS CABOS CTP – APL. ................................................. 15
1.10 – CABO TELEFÔNICO CTS – APL. ........................................................ 16
1.11 – CABO TELEFÔNICO CT – APL. .......................................................... 16
1.12 – REDES TELEFÔNICAS. ....................................................................... 19
2 DESCRIÇÃO DE SERVIÇOS ............................................................................ 25
2.1 - EMENDA EM CABOS NA REDE AÉREA................................................ 25
2.2 – TIPOS DE CONECÇÃO DE PARES. ....................................................... 25
2.3 – TIPOS DE EMENDAS DE CABOS NO AÉREO....................................... 26
2.4 – PROCEDIMENTO PARA EXECUÇÃO DE EMENDA EM PARES NO
AÉREO. ......................................................................................................... 27
2.5 - EMENDA DE PARES CABO SUBTERRÂNEO......................................... 29
2.6 – EMENDAS DE CONDUTORES DIRETAS .............................................. 30
2.7 – TIPOS DE EMENDAS DE CABOS NO SUBTERRÂNEO. ........................ 30
3 – PROCEDIMENTO E TRATAMENTO DE SERVIÇO....................................... 32
3.1 - INSTALAÇÃO E MONTAGEM DE CAIXA DE EMENDA E CAIXA
TERMINAL EM POSTES E FACHADAS. ......................................................... 32
3.2 – PROCEDIMENTO PARA EXECUÇÃO DE EMENDA EM PARES NO
AÉREO. ......................................................................................................... 33
3.3– INSTALAÇAO DE BLOCOS NO QUADRO INTERNO DO PRÉDIO. ........ 35
3.4 – PINTURAS E IDENTIFICAÇÃO DE CAIXAS TERMINAIS. ...................... 36
4 – CONCEITOS DE TELEFONIA PÚBLICA: GENERALIDADES DO
FUNCIONAMENTO .......................................................................................... 37
4.1 - ELEMENTOS......................................................................................... 37
4.2 - CLASSIFICAÇÃO ................................................................................... 38
4.3 - REDES RÍGIDAS .................................................................................... 39

1
4.4 - REDES FLEXÍVEIS[ ................................................................................ 40
4.5 - DISTRIBUIÇÃO ..................................................................................... 40
4.6 - ACESSO ................................................................................................ 40
5 – EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO .............................................................. 40
5.1 APRESENTAÇÃO .................................................................................... 40
5.2 A PORTARIA 3214/78 DO MTE, DETERMINA: ...................................... 40
5.3 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL ........................................ 40
5.4 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA (EPC)................................ 44
6 - NOÇÕES BÁSICAS DE ELETRICIDADE......................................................... 47
6.1 CIRCUITO ELÉTRICO .............................................................................. 48
6.2 PREFIXOS MÉTRICOS ............................................................................. 48
7 - INSTALAÇÃO E REPARAÇÃO EM REDE DE TELEFONIA FIXA..................... 49
7.1 - ENTRADA TELEFÔNICA RESIDENCIAL ................................................. 50
7.2- ENTRADA TELEFÔNICA COMERCIAL ................................................... 51
7.3 - ATERRAMENTO: .................................................................................. 53
8 – VISÃO GERAL SOBRE TELEFONIA ............................................................. 54
8.1 D. PEDRO II E A TELEFONIA................................................................... 56
8.2 - HISTÓRICO DA TELEFONIA NO BRASIL ............................................... 57
8.3 – PADRONIZAÇÃO E NORMAS .............................................................. 58
9 - CONFIGURAÇÕES DE CABOS EXISTENTES NA REDE ................................ 60
9.1 - FIOS DE COBRE .................................................................................... 61
9.2 - PAR TRANÇADOS................................................................................. 61
9.3 - CABOS COAXIAIS ................................................................................. 63
9.4 - FIBRAS ÓPTICAS .................................................................................. 63
10 – CONEXÃO DE CABOS – TESTES ELÉTRICOS............................................ 64
10.1 – INSTRUMENTOS PARA REALIZAÇÃO DE TESTES ELÉTRICOS .......... 65
10.2 – EXECUÇÃO DO TESTE ABERTO ........................................................ 65
10.3 – REALIZAÇÃO DE TESTES PARA TERRA. ............................................ 66
10.4 – EXECUÇÃO DO TESTE PARA CURTO-CIRCUITO E CRUZADO. ......... 66
10.5 – EXECUÇÃO DOS TESTES DE LINHA INVERTIDA, LINHA TROCADA E
PAR TROCADO. ............................................................................................ 67
10.6 – EXECUÇÃO DE TESTE DE BAIXO ISOLAMENTO ............................... 67
10.7 – EXECUÇÃO DE TESTE DE DIAFÔNIA................................................. 67
10.8 – Existem outros testes. ..................................................................... 67
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ...................................................................... 68

2
INTRODUÇÃO
Através dos conteúdos deste material, vamos orientar na realização das tarefas
e procedimentos necessários à execução das atividades do Cabista do Sistema
de Telecomunicações, serão abordados assuntos relevantes quanto aos
princípios das comunicações, segurança no trabalho, noções básicas de
eletricidade, simbologia da rede telefônica, cabos subterrâneos, etc.
Após o estudo dos conteúdos teóricos e práticos o aluno estará apto a
desenvolver ações nesta área.
O objetivo é qualificar profissionais na área de telecomunicações para atender
as demandas do mercado, que a cada dia evolui mediante as novas tecnologias
e precisa de pessoas capacitadas e preparadas para novos desafios.
Bom estudo!

3
1 - SISTEMA TELEFÔNICO
O Sistema Telefônico é complexo e composto por vários equipamentos internos
e externos, distintos e distribuídos em vários setores da Estação Telefônica, tais
como: central de comutação, sistema de transmissão, sistema de energia, rede
telefônica interna e rede telefônica externa, uras, infraestrutura, equipamentos e
acessórios, para juntos possibilitarem a interligação entre as Centrais distintas,
locais, nacionais e internacionais e seus respectivos assinantes (telefones).

1.1 – CENTRAL E COMUTAÇÃO TELEFÔNICA.


1.1.1 – As Centrais de Comutação Telefônica (C.C.T); são conjuntos de
equipamentos eletrônicos capazes de proporcionar as conversações de
assinantes, locais ou à distância, assim como serviços suplementares. Está
localizada e instalada em ambiente do prédio da Estação Telefônica.
1.1.2 – A Central de Comutação Telefônica tem como finalidade efetuar a
comutação, que é um conjunto de operações de sistemas digitais, envolvidas na
interligação de circuitos para o estabelecimento de uma comunicação entre dois
ou mais equipamentos de assinantes.
1.1.3 – Para explicar como o sistema opera de um ponto a outro, suponhamos
que os assinantes pertençam as Centrais de Comutação diferentes, então
ambas as Centrais necessitam que seus órgãos inteligentes, troquem
informações entre si. As interligações serão efetuadas por meio físico ou por
equipamentos específicos de transmissão ou ainda por ambos.
1.1.4 – As informações contidas nos tráfegos irão ocupar os circuitos digitais
envolvidos na ligação, e a partir dessas ocupações, podem ser obtidos os dados
de tráfego para a supervisão do desempenho do sistema.
1.1.5 – Atualmente em operação existem dois sistemas de comutação telefônica.
As Centrais de Comutação analógicas e as centrais de comutação digitais.

1.2 – CENTRAIS TELEFÔNICA DE COMUTAÇÃO ANALÓGICA.


São as mais antigas, sua comutação é realizada através de encadeamento de
relés, capazes de identificar e interligar dois assinantes (A para B), seus órgãos
são de dimensões e pesos muito elevados e ocupam espaço físico muito grande,
já estão em processo de substituição pelos sistemas modernos digitais, que são
incomparavelmente mais ágeis e mais modernos e de um tráfego que oferece
muito mais serviços.
Serviços oferecidos: bloqueador de Interurbanos e identificador de Chamadas
(bina).
1.2.1 – Central
Centrais Telefônica de Comutação Digital.
As Centrais CPA’S são as mais modernas, a operacionalização dos serviços é
comandada por sistema avançado de computação, suas unidades básicas estão
contidas em placas de circuito impresso, e seus órgãos inteligentes são de
pequeno porte, o que reduz muito o espaço ocupado, além de ser mais rápida
4
que a analógica. As CPA’S disponibilizam velocidade, qualidade e agilidade no
tráfego telefônico.

Figura 1 - Centrais Telefônica de Comutação Digital

1.3 – UNIDADE REMOTA DE ACESSOS (URA ).


As URAS são equipamentos eletrônicos digitais, que contêm no seu conjunto
operacional os sistemas de Comutação, Transmissão, Energia e Rede. E são
instaladas em local externo, proporcionando o atendimento aos assinantes, com
seus próprios números, comutados na própria URA, pois possuem um plano de
numeração próprio. É parte integrante de uma Central Telefônica denominada
mãe, por estar dentro da área geográfica do centro de fios da Estação Telefônica,
a interligação entre a URA e a Estação Telefônica é realizado com Cabo Tronco
Óptico, por onde é escoado o tráfego dos assinantes da URA. Podemos
denominar a URA como uma mimi central telefônica.
Existem algumas características para funcionamento da rede de URA. Pode
funcionar com rede distribuidora aérea própria. Sendo como uma rede
alimentadora para armários de distribuição, e com rede distribuidora aérea, mas
dentro da área da rede distribuidora do armário de distribuição. São classificadas
em: rede normal, rede mista, rede sobreposta.

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Figura 2 – Unidade Remota de Acesso (URA)

1.3.1 – REDE NORMAL


É quando a URA possui rede distribuidora aérea própria e utiliza para instalação
de seus terminais, sua própria rede, não existindo na área rede distribuidora de
armário.

Figura 3 – Esquema de uma rede normal

1.3.2 – REDE SOBREPOSTA


É quando a URA, utiliza para a instalação dos seus circuitos, sua própria rede
distribuidora aérea/interna, podendo ocorrer a invasão de parte da área já
atendida por um armário de distribuição, neste caso, na mesma área geográfica
vai existir prefixo/número, da Central Mãe e da URA.

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Figura 4 – Rede Sobreposta

1.4 – CENTRO DE FIOS


Centro de Fios é uma determinada área geográfica atendida por uma Estação
Telefônica cujo atendimento está restrito a uma ou mais Centrais de Comutação
Telefônica.
O Centro de fios ou área da Estação Telefônica é dividido em seções de
Serviços, onde está contido o armário de distribuição, e são identificados pelas
rotas dos Cabos Alimentadores. A rota de um cabo Alimentador é identificada e
numerada no Distribuidor Geral (DG), da Estação Telefônica, para definir com
clareza qual será a distribuição ao longo da rede de cabos, os cabos
alimentadores recebem no DG, um número a partir do primeiro e assim
sucessivamente, sempre em ordem crescente, estes números são substituídos
por letras do alfabeto também em ordem crescente.
Os Armários de Distribuição são identificados na planta, a partir da distribuição
das contagens do cabo telefônico; sempre a primeira contagem distribuída
receberá a letra A, e assim sucessivamente, o que formará a identificação do
armário com duas letras uma do cabo e outra da distribuição da contagem.
Vejamos abaixo como se obtém a identificação exata dos cabos e armários:
1.4.1 – CABOS ALIMENTADORES.
(Cabo 01 letra A), (Cabo 02 letra B), (Cabo 03 letra C), (Cabo 04 letra D) etc.
1.4.2 – DISTRIBUIÇÃO DAS CONTAGENS.
(1 – 300p letra A), (301 – 700 p letra B), (701 – 1.100 p letra C)
Identificação de um armário que pertence ao cabo 01/A, na Contagem de 1 –
300 p, SERÁ, SS – AA.
Identificação de um armário que pertence ao cabo 02/B, na Contagem de 501 –
900 p, SERÁ, SS – BB.

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Identificação de um armário que pertence ao cabo 05/E, na Contagem de 1.201
– 1.700 p, SERÁ, SS – ED.

1.5 – DISTRIBUIDOR GERAL.


O Distribuidor Geral da Estação Telefônica é um equipamento metálico
construído para suportar a instalação de Blocos de Rede ou de Assinantes, está
localizado em sala/compartimento do prédio da Estação Telefônica.
O Distribuidor Geral se divide em:
1.5.1 – D G, LADO HORIZONTAL.
Onde podem ser instalados os blocos de pinos sem corte, provenientes da
central de comutação, nestes blocos estão inseridos os terminais de assinantes
da central de comutação.
1.5.2 – DG, LADO VERTICAL.
Onde podem ser instalados os Blocos de pinos do tipo COOK, para uso com
módulos de proteção, provenientes da Rede Externa de Cabos de Pares, nestes
Blocos são montados os pares de Cabos Telefônicos que vem da rede
alimentadora.
1.5.3 – TIPOS DE DISTRIBUIDOR GERAL.
Os DG’S são disponibilizados no mercado com duas características; DG de
Parede e DG de Centro, o uso dos tipos depende do Cliente, que obtém pela
quantidade de pares da Estação Telefônica a ser implantada.

Figura 5 – DG de parede Figura 6 – DG de centro

No sub-solo da sala de D.G. fica localizado o túnel de cabos ou galeria, onde é


feita a emenda da cabeação do D.G., com cabos da Rede Externa. Esse tipo de
emenda é chamado de MUFLA.

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Figura 7 Sala do DG no subsolo

1.6 – CABOS TELEFÔNICOS MULTIPARES.


Os cabos telefônicos são materiais de fundamental importância para formação
da rede, que podem ser: internas, externas, aéreas, subterrâneas e enterradas,
possuindo quantidades de pares diversas, assim como de cores, diâmetro de
condutores e tipos construtivos e tem por função conduzir sinais na faixa de
frequência de voz, dados e óptico.
1.6.1 – A transmissão por pares simétricos nos cabos e largamente utilizado nas
redes urbanas, interligando os assinantes com as Centrais Telefônicas.
Comumente cada par de fios de um cabo está destinado a prover um único
circuito de Voz ou Dados, sendo possível nos cabos a transmissão de Sistemas
Multiplex FDM, porém, com equipamentos que disponibilizam transmissão para
poucos assinantes.
1.6.2 – Os cabos para redes de assinantes são confeccionados com condutores
metálicos (cobre ou alumínio), assim como os cabos ópticos, com condutores
em fibra de vidro, é necessário ser lembrado que os cabos metálicos, não
possuem o mesmo desempenho de transmissão dos cabos fibra óptica, que já
constituem bom percentual da rede, quer seja urbana ou interurbana.
1.6.3 – Os condutores dos cabos telefônicos possuem diâmetro de condutores
que são construídos mundialmente como mostrado a baixo:
0,40 mm 0,50 mm 0,65 mm 0,90 mm
1.6.4 – Para os cabos com revestimento dos condutores em plástico (polietileno,
polipropileno), foi desenvolvido cores para melhor identificação individual dos
pares, com isto houve a necessidade de ser estabelecido a Planilha Padrão de
Código de Cores.
1.6.5 – O par do cabo telefônico é formado de duas linhas, uma identificada como
linha A e outra como linha B, com cores diferenciadas para melhor entendimento,

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as linhas (A, B), vêm torcidas entre si (uma sobre a outra) para diminuir o efeito
capacitivo entre os condutores.

Figura 8 – Cabo Telefônico Multipares

1.6.6 – Abaixo, mostraremos planilhas de cabos telefônicos com tipos


construtivos, capacidades de pares, capa de PVC, isolamento dos condutores,
características físicas e locais de aplicação, para rede aérea e subterrânea.

Tabela 1 – Cabos usados na Rede Aérea

Obs.: O cabo CTP-APL no projeto de rede é denominado de CA, quando o


diâmetro dos condutores são 0,40 mm. Exemplo: CTP-APL, 0,40mm x 100 p =
CA-100 p.

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Tabela 2 – Cabos usados na Rede Subterrânea

1.6.7 – CAPA A P L (Alumínio Politenado)


Chama-se capa APL o conjunto composto por uma fita lisa de alumínio,
politenada em ambas as faces, aplicadas longitudinalmente sobre o núcleo do
cabo e uma camada externa de polietileno extrusada sobre a fita, de maneira
que fiquem perfeitamente ligadas, resultando uma verdadeira blindagem contra
a penetração de umidade para o interior do cabo.
Características construtivas dos cabos telefônicos:
• Número de pares.
• Diâmetro externo nominal (mm).
• Peso nominal (kg/km).
• Embalagem em bobina (m).
• Diâmetro dos condutores (mm).

As características elétricas dos cabos telefônicos


• Resistência elétrica máxima dos condutores em CC a 20ºc (OHMS/KM).
• Desequilíbrio resistivo dos condutores em CC a 20ºc (OHMS/KM).
• Capacitância mútua nominal a 800Hz (NF/KM).
• Resistência de isolamento mínimo a 20º (MOHMS/KM).
• Atenuação máxima a 800Hz e a 20ºc (DB/KM).
• Resíduo de telediafonia a 150Khz - R.M.S. - (DB/KM).

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1.7 – CÓDIGO DE CORES DOS CONDUTORES DO CABO.
É utilizado para identificar os pares no cabo, direcionar a mão-de-obra quanto ao
uso e manuseio dos pares, na distribuição em emendas e locais de conexão,
dentro de uma sequência lógica e ordenada dos pares do cabo telefônico, os
cabos que utilizam o código de cor são CTP-APL, CTS-APL, CCE-APL, CI e
CCI.
As cores que formam o código de cores são 10 (dez). São constituídas de 05
(cinco) PRINCIPAIS, que identificam as Linhas A (BRANCO, VERMELHO,
PRETO, AMARELO e LILÁS) e 05 (cinco) SECUNDÁRIAS, que identificam as
linhas B (AZUL, LARANJA, VERDE, MARROM e CINZA), a junção das linhas
A e B formam o par telefônico, e estes obedecerão ao código de cor da Tabela
Padrão, conforme mostrado abaixo:

Tabela 3 Tabela padrão de código de cores

OBS 1: A Tabela Padrão norteia a contagem dos pares em relação ao código de


cores, ela é repetida quantas vezes forem necessárias em função da quantidade
de pares no cabo, isto é, para os cabos do tipo CTP/CTS- APL.
OBS 2: A tabela abaixo faz uma demonstração de como são divididas as caixas
terminais em um cabo CTP-APL de 200 pares, demonstrando inclusive a
distribuição das cores dos pares nas caixas terminais e as contagens dos pares.
EXEMPLO de distribuição de pares em caixas, e seus respectivos códigos de
cores e contagens de pares, nas tabelas a seguir:

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Tabela 4 - Distribuição de pares em caixas

Tabela 5 - - Distribuição de pares em caixas

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1.8 – GRUPOS DE PARES EM CABOS TELEFÔNICOS.
É o ajuntamento ordenado de quantidades determinada de pares na fabricação
dos cabos, os grupos de pares em cabos do tipo CTP-APL, contêm 25 (vinte e
cinco) pares cada, havendo uma contagem crescente do primeiro ao último
grupo do cabo, os grupos são separados entre si, por cordões que os envolvem
obedecendo a ordem do código de cores padrão.
1.8.1 - Na regra de formação dos grupos de pares, existe uma exceção que é o
cabo CTP-APL 50 pares, sua formação é com 02 subgrupos de 12 pares e 02
subgrupos de 13 pares.
1 subgrupo – 13p, 01 a 13.
2 subgrupo – 12p, 14 a 25.
3 subgrupo – 13p, 26 a 38.
4 subgrupo – 12p, 39 a 50.
1.8.2 - Os cabos telefônicos possuem quantidades de pares denominados
EXTRA, na quantidade de 1% (1 por centro), dos pares do cabo, para serem
utilizados em alguma eventualidade (geralmente na manutenção). Estes pares
não possuem numeração definida e são formados com a junção de duas linhas
A (cor principal).
1.8.3 – A identificação dos grupos de pares dos cabos do tipo CTP-APL, é feita
através de cordões que envolvem os grupos, com as cores da tabela padrão,
conforme tabela abaixo:
Exemplo: CABOS DE 202, 303, 404 e 606 PARES

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Tabela 6 – Quantidade de pares por cabo

1.9 – FORMAÇÃO DOS CABOS CTP – APL.


Os cabos com capacidade de 50 pares em diante, apresentam formações
múltiplas (ou de grupos) de acordo com a figura abaixo:

Figura 9 – Formação dos cabos CTP – APL

Os cabos a partir de 100 pares são de formações múltiplas, ou seja, em grupos


completos de 25 pares.
Cabos CTP-APL de 300, 400, 600 pares são considerados de capacidades
especiais, podendo serem utilizados tanto no aéreo como no subterrâneo.

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Figura 10 – Cabos de capacidades especiais

1.10 – CABO TELEFÔNICO CTS – APL.


Os novos desafios, expansões e necessidades da Rede Telefônica Externa,
imprimiu a necessidade de serem desenvolvidos novos cabos em condutores
metálicos para redes subterrâneas alimentadoras e com características que
facilitassem o uso em redes subterrâneas que são expostas a muitos riscos e
degradações. Com esta perspectiva foi desenvolvido e colocado no mercado o
cabo telefônico CTS – APL e CTS – APL G, mantendo as mesmas características
elétricas e em geral dos cabos CTP – APL, assim como se fosse norteado seus
pares e grupos pelo código de cores padrão. O cabo CTS – APL é formado por
grupos de 100 (cem) pares, agrupando 04 (quatro) subgrupos de 25 pares, sem
alterar nenhuma formação anterior dos grupos de 25 pares.
Os grupos de 25 pares (agora designados subgrupos) que formam o grupo de
100 pares são sempre os 04 (quatro) primeiros grupos de 25 pares (do cabo CTP
– APL), ou seja, primeiro grupo fio de separação branco azul, segundo grupo fio
de separação branco laranja, terceiro grupo fio de separação branco verde,
quarto grupo fio de separação branco e marrom. O cabo CTS – APL somente
usa estes quatro grupos em todo o cabo.

Figura 11 – Cabo CTS-APL

1.11 – CABO TELEFÔNICO CT – APL.


O cabo CT – APL foi desenvolvido para redes no subterrâneo como cabo para
rede alimentadora e rede tronco, com o surgimento dos cabos em fibras ópticos,
ficou quase que exclusivamente para rede alimentadora, tem características

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especiais e fragilidade elétrica, pois seus condutores metálicos são isolados em
papel, assim como também a cobertura do núcleo.
O cabo CT-APL foi utilizado largamente por muitos anos na rede telefônica
alimentadora subterrânea, ultimamente está sendo substituído pelo cabo CTS –
APL, apresentando melhor resistência contra a umidade, assim como melhor
resistência elétrica, sendo os condutores isolados em plástico.

Figura 12 - Cabo CTS-APL, par de condutores

1.11.1 – Formação de Grupos em Cabo CT-APL. A formação dos grupos do cabo


CT – APL são de 100 pares dispostos em coroas de pares, com quantidades
designadas em cada coroa. As cores são: condutor A é o principal e todos são
da cor BRANCA. Os condutores B que são secundários, as cores são
VERMELHO, VERDE e AZUL.

Tabela 7 – Abreviatura de cores do cabo CT-APL

1.11.2 – Cores dos Fios de Separação de Grupos.


Os fios têxtis que fazem a separação dos grupos são de 02 (duas) cores;
A – Grupos Marca ou Piloto – cor VERDE.
B – Grupos Comuns – cor BRANCA.
1.11.3 – Divisão dos Grupos em Coroas de Pares.
Os grupos de 100 pares são divididos em coroas de grupos e cada coroa tem
quantidade definida de pares que são:

Tabela 8 - Divisão dos Grupos em Coroas de Pares.

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1.11.4 – Pares Extras em Cabo CT-APL.
Os Pares Extras no Cabo CT-APL, são como em outros cabos, 1% (um por
centro) dos pares do cabo e estão localizados na 6ª Coroa de pares, são Branco
e Vermelho.
1.11.5 – Resistência de Isolamento dos Cabos Telefônicos.
A resistência de isolamento em cabos se caracteriza pela condição de proteção
ao vazamento de corrente elétrica que trafega em um condutor, a um
determinado comprimento da linha ou do par, acima da normalidade para o qual
foi construído. Abaixo, mostraremos os valores de resistência para cabos novos
e usados, com isolamento em papel e plástico.

Tabela 9 - Resistência de Isolamento dos Cabos Telefônicos

1.11.6 – Distribuição por Grupo de Cabo de 2.400 pares

Tabela 10 - Distribuição por Grupo de Cabo de 2.400 pares

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OBS.: Na tabela acima é mostrado como os grupos de pares são distribuídos no
cabo telefônico, levando-se em consideração a cor do fio de separação de cada
grupo, assim como a contagem de pares de cada grupo.

1.12 – REDES TELEFÔNICAS.


Denomina-se de Rede Telefônica: o conjunto de equipamentos, acessórios, fios,
ferragens, postes, caixas, telefones, blocos, cabos, (aéreo, subterrâneo e
enterrado), internos, metálicos, ópticos e outros objetos que proporcionem o
atendimento de uma determinada área geográfica pré-determinada para uma
estação telefônica denominada centro de fios ou uma seção de serviço,
destinada a interligar a Central de Comutação aos assinantes (telefones).
Com o aumento constante do número de telefones, surgiu a necessidade de
construir redes de tamanhos maiores, com isso, também surgiu a necessidade
de serem construídos cabos com capacidades maiores de pares foi neste estudo
que se desenvolveu a fabricação dos Cabos Telefônicos Multipares Metálicos, a
partir daí, surgiram vários tipos característicos de Redes, entre outras vamos nos
reportar a duas, por serem as mais utilizadas, que são: REDES DE CABOS
RIGIDOS e REDES DE CABOS FLEXÍVEIS.
Quanto a suas estruturas as redes são classificadas em:
• Rede Interna.
• Rede Externa.

1.12.1 – REDE INTERNA


Denomina-se de Rede Telefônica Interna, aos conjuntos de equipamentos que
juntos proporcionarão a interligação com a rede externa. Como cabos
telefônicos, blocos, caixas, fios, conectores e outros acessórios. Localizam-se
em edificações como: edifícios, prédios, casas, condomínios e outros. As redes
internas merecem tratamento semelhante às redes externas, pois fazem parte
do todo.

19
Figura 13 – Esquema de Rede Interna

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1.12.2 – REDE EXTERNA
Denomina-se de Rede Telefônica Externa ao conjunto de cabos telefônicos,
ferragens, postes, isoladores, armários, blocos, conectores, caixa de emendas
(aérea e subterrânea), fios, equipamentos e outros materiais e acessórios,
externos as Estações Telefônicas, destinadas a proporcionar conversação entre
os assinantes de uma Central Local ou Distante.

Figura 14 – Esquema de Rede Externa

As Redes Múltiplas e Redes Mistas são pouco usadas no sistema telefônico


atual, por esse motivo não estaremos falando sobre as mesmas.

21
1.12.3 – REDE RIGIDA
É aquela onde os Cabos Alimentadores, que saem do Distribuidor Geral da
Estação Telefônica, vão distribuir suas contagens direto nas Caixas Terminais
ou Caixas de Distribuição (ponto terminal de rede), em rede aérea, rede
subterrânea e rede interna, dentro da área da Estação Telefônica, não sendo
necessária a utilização do armário de distribuição.
A rede rígida é usada geralmente em redes de pequeno porte, como por
exemplo, em localidades com poucos assinantes, Estações Telefônicas com até
300 assinantes ou em subidas de laterais geralmente próximas à estação
telefônica, ou quando for conveniente.
1.12.4 – REDE FLEXÍVEL
Ê aquela em que os cabos alimentadores que saem do Distribuidor Geral da
Estação Telefônica, vão distribuir suas contagens nos Armários de Distribuição
ou Distribuidores Gerais do Prédio, dentro da área de abrangência da Estação
Telefônica, obedecendo sempre uma ordem pré-determinada de distribuição de
contagens de pares do cabo, e a rede normalmente usada em todas as
prestadoras de serviços de Telefonia Fixa Nacional.

Figura 15 – Rede flexível

22
1.12.5 – CARACTERÍSTICAS DE REDES DE CABOS.
A rede telefônica levando-se em consideração os cabos é classificada em três
tipos: rede de cabos tronco, rede de cabos Alimentadores, rede de cabos
distribuidores.
1.12.5.1 – Rede de Cabos Tronco.
E aquela que os cabos fazem a interligação entre as Estações Telefônicas em
uma mesma localidade atendida por um sistema de Telecomunicações, isto é,
entre uma e outra estação, ou entre uma estação e uma URA. Os cabos que
atendem podem ser metálicos ou ópticos. Ex: cabos CT-APL, CTS-APL CFOA.
Conforme mostrado na figura abaixo.

Figura 16 – Rede de cabos tronco

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1.12.5.2 – Redes de Cabos Alimentadores.
É a rede que contém os cabos telefônicos metálicos com maior capacidade de
pares, instalada em canalização subterrânea, e faz a interligação entre o
Distribuidor Geral da Estação Telefônica e os armários de distribuição externos.
Ex: CT-APL, CTS-APL.

Figura 17 – Redes de Cabos Alimentadores

1.12.5.3 – Redes de Cabos Distribuidores.


A rede de cabos distribuidores é aquela que interliga o Armário de Distribuição
as caixas terminais aéreas, subterrâneas ou em distribuidores gerais de prédio
(caixas de distribuição), em uma área atendida por rede de um armário, os
cabos, desta rede, são cabos de pequena capacidade de pares do tipo CTP-
APL.

Figura 18 – Redes de cabos distribuídos

1.12.5.4 – Rede de Fios de Assinantes.


A rede de fios de assinantes é aquela que é constituída dos fios FE (fio externo),
que se iniciam nas caixas terminais e vão até a tomada do assinante, sendo a
parte final da rede.

24
Figura 19 – Rede de fios de assinantes

2 DESCRIÇÃO DE SERVIÇOS
2.1 - EMENDA EM CABOS NA REDE AÉREA.
As emendas de condutores na rede aérea é o método normal para junção de
condutores utilizando conectores mecânicos, seguindo o código de cores dos
pares (condutores) e a ordem dos grupos e código de cores dos cabos
telefônicos.
Faz-se necessário levarmos em consideração que em se falando de emendas
aéreas precisamos esclarecer que existem duas situações, que são:
A – Emenda de Condutores de Cabos no Aéreo.
É a maneira como os pares (condutores) são emendados um ao outro, podendo
ser uma conecção direta ou uma conecção derivada.
B - Caixa de Emenda em uso no aéreo.
A caixa de emenda serve para proteger os pares emendados contra as
intempéries em campo aberto, como: o sol, chuva e outros.

2.2 – TIPOS DE CONECÇÃO DE PARES.


Tipos de conecção (emendas) de condutores utilizados em emenda aérea
quanto à visualização de entrada ou saída dos condutores no conector metálico.
2.2.1 – EMENDAS DE CONDUTORES DIRETAS
São aquelas em que os condutores se emendam em conectores Mecânicos, isto
é, em uma face do conector entra um condutor ou um par e na outra face do
conector sai somente um condutor ou um par.

Figura 20 – Emenda de cabos

25
2.2.2 – EMENDAS DE CONDUTORES DERIVADAS
São aquelas em que os condutores se emendam com conectores mecânicos,
onde de um lado do conector emenda-se só um condutor e do outro lado do
conector emenda-se mais de um condutor, isto mostra que os dois condutores
que se emendaram juntos estão em paralelo, com a mesma contagem.

Figura 21 – Emendas derivadas

2.3 – TIPOS DE EMENDAS DE CABOS NO AÉREO.


Levando-se em consideração a quantidade de cabos que estão entrando ou
saindo do conjunto de fechamento para emendas no aéreo.
2.3.1 – Emendas de Cabos Diretos.
São aquelas que na caixa de emenda aérea, entra somente um cabo e da caixa
de emenda sai somente um cabo, que foi emendado.

Figura 22 – Emenda de cabos aéreo de maneira direta

2.3.2 – Emendas de Cabos Derivados.


São aquelas que na caixa de emenda aérea está entrando um ou mais cabos e
saindo da caixa, depois de emendado, dois ou mais cabos, isto caracteriza o
conjunto caixa emenda é derivado de cabos.

Figura 23 - Emenda de cabos aéreo de maneira derivada

26
2.3.3 – Emenda (Sangria)
Este tipo de local de emenda é especial, dado a maneira como ela está colocada
na rede, é um tipo de derivação de cabos, onde só parte dos pares são desviados
para o outro cabo, o restante continua passando direto, isto é, sem emendar o
condutor.

Figura 24 - Emenda de cabos aéreo por sangria

2.4 – PROCEDIMENTO PARA EXECUÇÃO DE EMENDA EM PARES NO AÉREO.


As emendas de pares devem ser realizadas obedecendo os procedimentos para
essas tarefas, ou seja, o grupo com o outro grupo correspondente; 1 com 1, 2
com 2 e assim sucessivamente, observado também o código de cores dos pares
e a cor dos fios de separação dos grupos e a ordenação das contagens dos
pares.
As emendas com derivações devem obedecer a distribuição de contagens de
acordo com o projeto de rede.
Se o projeto não detalhar as contagens e os grupos a serem emendados, a
emenda deverá ser executada de modo convencional, obedecendo a sequência
original do cabo principal de acordo com as contagens especificadas em projeto.
Deste modo, sempre que houver um cabo secundário deverá ser emendado a
partir de seu primeiro par, mesmo que não haja combinação de cores, pois quem
determina é o cabo principal.
A rede telefônica é formada por 3 três tipos de pares na emenda:
Par Convencional é aquele que está numerado e ligado em blocos terminais,
quer seja entre DG/Caixa terminal rede rígida, DG/Armário rede flexível,
Armário/Caixa terminal, Armário/Caixa terminal interna.
Par Reserva é aquele que mesmo não estando sendo usado, tem contagem
definida e pode ser usado a qualquer momento, está ligado no alimentador no
bloco do DG, no distribuidor no bloco do armário. Nas emendas aéreas deve
estar esteirado para diferenciar dos mortos.
Par Morto, são aqueles que não tem contagem definida e não estão sendo
usados, é uma sobra de pares por algum motivo. Podem até serem usados no
futuro, é necessário que estes tenham comprimento adequado para serviço
futuro.

27
Em emendas seladas o par morto do cabo, deve ser emendado para possibilitar
a continuidade elétrica deste par, assim, como evitar a abertura de conjuntos de
fechamento de emendas, quando houver uma necessidade de uso.
Os pares mortos em um cabo, devem ser sempre os últimos pares do cabo.
Exemplo: Cabo 100 p, contagem 1 a 80 + 20 xm, mortos de 81 a 100.
Cabo 900 p, contagem 1 a 840 + 60 xm, mortos de 841 a 900

2.4.1 – Procedimentos para execução de emenda aérea e suas Etapas.


A – A primeira providência é usar os equipamentos de proteção individual e
coletivo, em seguida verificar se a cordoalha (cabo de aço) está ou não
energizada.
B – Providenciar a instalação do tubo TIM (tubo isolante de mensageiro) com um
comprimento de 2 (dois) metros, que fará o revestimento da cordoalha de aço,
partindo do poste para o lance. A finalidade do TIM é dar proteção ao operador
como também aos materiais ali instalados como caixa e cabo.
C – Determinar as medidas para localização da emenda, sempre a partir do
poste. Com a escala ou fita métrica mede-se 80 cm do pino do isolador até a
face da caixa de emenda.
D – Na sequência é efetuada as amarrações provisórias ou definitivas dos cabos
nos devidos lugares e nas distâncias exatas, nos cabos que estão nos dois lados
da caixa de emenda.
E – Após a medida de localização da emenda são realizadas as medidas e as
marcações para a abertura dos cabos. Dos cabos deve ser retirada a capa (pvc)
com no mínimo 50 (cinquenta) cm, isto é, para cada cabo na emenda aérea.
F – Inicia-se a retirada das capas (pvc) dos cabos, tendo sempre o cuidado de
não ferir o isolamento dos condutores e não deixar que a binagem (torção) dos
pares se desfaçam.
G – Após a retirada da capa o primeiro cuidado é amarrar a ponta dos condutores
para que os pares não se desfaçam, após isto, identificar os grupos e amarrá-
los com o próprio cordão que os envolve.
H – Abrir a capa do cabo com dois cortes longitudinais em uma extensão de 4
cm, como se fosse uma lapela para ser instalado o conector de blindagem e
continuidade, CBCT/CBVT.
I – Para a realização de emendas em cabos com condutores de isolamento
plástico (CTP-APL) são recomendados Conectores do tipo Linear Impregnado
(geleado). Estes conectores possuem a vantagem de realizar o contato elétrico

28
dos condutores sem a retirada dos isolantes, possuem ainda impregnação como
selante o que assegura uma maior proteção contra umidade e corrosão.
J – A distância entre os cabos em locais de emenda de condutores no aéreo,
deverá ser buscada no manual da caixa fornecido pelo fabricante ou medindo a
área interna da caixa e descontando mais ou menos 04 (quatro) centímetros de
cada lado da área medida. Isto porque existe variação de tamanho de caixas de
emenda.
K – Na área da emenda de condutores, o primeiro e o último conector será
instalado a uma distância de 05 (cinco) centímetros da abertura do cabo. Entre
os conectores deverá ter uma distância de 01 (um) centímetro. Instalada a
primeira carreira completa de conectores, os demais serão instalados sempre
pelo alinhamento do anterior.
L – Realizada a emenda de condutores, coloca-se os fios CBCT ou CBVT, nos
terminais que darão continuidade elétrica à capa do cabo. Os conectores
deverão ser isolados com fitas de telecomunicação.
M – Com todas as etapas concluídas faz-se a instalação e montagem do
conjunto de fechamento da emenda aérea, podendo ser ventilada ou selada,
fazendo o fechamento final da emenda. O tamanho do conjunto da emenda
depende da capacidade do cabo, sendo que já vem definido em projeto.
N – Os cabos telefônicos emendados nos pontos escolhidos, deverão ser
amarrados definitivamente e em distâncias determinadas para sua sustentação
e segurança, obedecendo o padrão Protel, com fio espinar isolado.
O – No teste de pares em local da emenda, deverá ser usando obrigatoriamente
o testador de conectores. O uso da tesoura é expressamente proibido, pois
provoca a degradação do isolamento dos condutores ocasionando oxidação.
P – Instalação de Caixas Terminais de Poste ou Fachadas.
As caixas terminais de poste ou fachadas, podem vir com ou sem coto, e servem
para a distribuição dos pares da rede. É instalada em poste ou em fachada de
edificações, ligada ao cabo principal através de seu coto. Podendo ser de 10
pares ou 20 pares.
A fixação da TPF ao poste dar-se através de fita de aço inoxidável, conhecida
como fita eriband, com 1 (uma) ou 2 (duas) sustentações. A TPF permite a
ligação do fio FE do assinante com a rede distribuidora.

2.5 - EMENDA DE PARES CABO SUBTERRÂNEO


As emendas de condutores na rede subterrânea é o método normal para junção
de condutores utilizando conectores mecânicos, seguindo o código de cores dos
pares (condutores), e a ordem dos grupos e código de cores dos cabos
telefônicos.
Se faz necessário levarmos em consideração que, em se falando de emendas
subterrâneas, precisamos esclarecer que existem duas situações que são:

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2.5.1 – Emenda de Condutores de Cabo no Subterrâneo.
É a maneira como os pares (condutores) são emendados um ao outro, podendo
ser uma conexão direta ou uma conexão derivada.
2.5.2 - Caixa de Emenda para guarda dos condutores emendados.
É o receptáculo onde são guardados os pares dos cabos após serem
emendados.
2.5.3 – Tipos de Conexão de Pares.
Tipos de conexões (emendas) de condutores utilizados em emenda subterrânea
quanto à visualização de entrada ou saída dos condutores no conector metálico.

2.6 – EMENDAS DE CONDUTORES DIRETAS


São aquelas em que os condutores se emendam em conectores mecânicos, isto
é, por uma face do conector entra um condutor ou um par e na outra face do
conector sai somente um condutor ou um par.

Figura 25 – Emenda de cabos subterrâneo de maneira direto

2.6.1 – Emendas de condutores derivadas


São aquelas em que os condutores se emendam com conectores mecânicos,
onde de um lado do conector emenda-se só um condutor e do outro lado do
conector emenda-se mais de um condutor, isto mostra que os dois condutores
que se emendaram, juntos estão em paralelo, com a mesma contagem.

Figura 26 – Emenda de condutores derivadas

2.7 – TIPOS DE EMENDAS DE CABOS NO SUBTERRÂNEO.


As emendas de cabos na rede subterrânea, como na aérea são de dois tipos, as
emendas diretas e as emendas derivadas de cabos, isto porque leva-se em
consideração a quantidade de cabos que estão entrando ou saindo do conjunto
caixa emenda do subterrâneo.

30
2.7.1 – Emendas de Cabos Diretos.
São aquelas emendas em que os cabos são emendados uns nos outros somente
(cabo principal com cabo secundário).

Figura 27 – Emenda de cabos subterrâneos de forma direta

2.7.2 – Emenda de Cabos Derivada.


São aquelas em que um cabo principal distribui sua contagem, após emendado
para mais de um cabo que está saindo no outro lado da caixa de emenda, desta
maneira fica claro que o conjunto emenda é derivado de cabos.

Figura 28 - Emenda de cabos subterrâneos de forma derivada

2.7.3 – Emenda (Sangria)


Este tipo de emenda em cabos é especial, dado a maneira como ela está
colocada na rede, é um tipo de derivação de cabos, em que só parte dos pares
são desviados para o outro cabo, o restante continua passando direto, isto é,
sem emenda.

Figura 29 - Emenda de cabos subterrâneos através de sangria

31
3 – PROCEDIMENTO E TRATAMENTO DE SERVIÇO
3.1 - INSTALAÇÃO E MONTAGEM DE CAIXA DE EMENDA E CAIXA TERMINAL EM
POSTES E FACHADAS.
As caixas de emendas aéreas são instaladas com a finalidade de guardar a
emenda dos condutores dos cabos telefônicos e possibilitar a preservação física
dos condutores e conectores. Tornando assim, mais longa a vida útil da rede.

Figura 30 - Instalação e montagem de caixa de emenda e caixa terminal em postes e fachadas

32
3.2 – PROCEDIMENTO PARA EXECUÇÃO DE EMENDA EM PARES NO AÉREO.
As emendas de pares devem ser realizadas obedecendo os procedimentos para
essas tarefas, ou seja, o grupo com o outro grupo correspondente; 1 com 1, 2
com 2 e assim sucessivamente, observado também o código de cores dos pares
e a cor dos fios de separação dos grupos e a ordenação das contagens dos
pares.
As emendas com derivações devem obedecer a distribuição de contagens de
acordo com o projeto de rede.
Se o projeto não detalhar as contagens e os grupos a serem emendados, a
emenda deverá ser executada de modo convencional, obedecendo a sequência
original do cabo principal de acordo com as contagens especificadas em projeto.
Deste modo, sempre que houver um cabo secundário deverá ser emendado a
partir de seu primeiro par, mesmo que não haja combinação de cores, pois quem
determina é o cabo principal.
A rede telefônica é formada por 3 três tipos de pares na emenda:
Par Convencional é aquele que está numerado e ligado em blocos terminais,
quer seja entre DG/Caixa terminal rede rígida, DG/Armário rede flexível,
Armário/Caixa terminal, Armário/Caixa terminal interna.
Par Reserva é aquele que mesmo não estando sendo usado, tem contagem
definida e pode ser usado a qualquer momento, está ligado no alimentador no
bloco do DG, no distribuidor no bloco do armário. Nas emendas aéreas deve
estar esteirado para diferenciar dos mortos.
Par Morto, são aqueles que não tem contagem definida e não estão sendo
usados, é uma sobra de pares por algum motivo. Podem até serem usados no
futuro, é necessário que estes tenham comprimento adequado para serviço
futuro.
Em emendas seladas o par morto do cabo, deve ser emendado para possibilitar
a continuidade elétrica deste par, assim, como evitar a abertura de conjuntos de
fechamento de emendas, quando houver uma necessidade de uso.
Os pares mortos em um cabo, devem ser sempre os últimos pares do cabo.
Exemplo: Cabo 100 p, contagem 1 a 80 + 20 xm, mortos de 81 a 100.
Cabo 900 p, contagem 1 a 840 + 60 xm, mortos de 841 a 900.

3.2.1 – Procedimentos para execução de emenda aérea e suas Etapas.


A – A primeira providência é usar os equipamentos de proteção individual e
coletivo, em seguida verificar se a cordoalha (cabo de aço) está ou não
energizada.

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B – Providenciar a instalação do tubo TIM (tubo isolante de mensageiro) com um
comprimento de 2 (dois) metros, que fará o revestimento da cordoalha de aço,
partindo do poste para o lance. A finalidade do TIM é dar proteção ao operador
como também aos materiais ali instalados como caixa e cabo.
C – Determinar as medidas para localização da emenda, sempre a partir do
poste. Com a escala ou fita métrica mede-se 80 cm do pino do isolador até a
face da caixa de emenda.
D – Na sequência é efetuada as amarrações provisórias ou definitivas dos cabos
nos devidos lugares e nas distâncias exatas, nos cabos que estão nos dois lados
da caixa de emenda.
E – Após a medida de localização da emenda é realizada as medidas e as
marcações para a abertura dos cabos. Dos cabos deve ser retirada a capa (pvc)
com no mínimo 50 (cinquenta) cm, isto é, para cada cabo na emenda aérea.
F – Inicia-se a retirada das capas (pvc) dos cabos, tendo sempre o cuidado de
não ferir o isolamento dos condutores e não deixar que a binagem (torção) dos
pares se desfaçam.
G – Após a retirada da capa o primeiro cuidado é amarrar a ponta dos condutores
para que os pares não se desfaçam, após isto, identificar os grupos e amarrá-
los com o próprio cordão que os envolve.
H – Abrir a capa do cabo com dois cortes longitudinais em uma extensão de 4
cm, como se fosse uma lapela para ser instalado o conector de blindagem e
continuidade, CBCT/CBVT.
I – Para a realização de emendas em cabos com condutores de isolamento
plástico (CTP-APL) são recomendados Conectores do tipo Linear Impregnado
(geleado). Estes conectores possuem a vantagem de realizar o contato elétrico
dos condutores sem a retirada dos isolantes, possuem ainda impregnação como
selante o que assegura uma maior proteção contra umidade e corrosão.
J – A distância entre os cabos em locais de emenda de condutores no aéreo,
deverá ser buscada no manual da caixa fornecido pelo fabricante ou medindo a
área interna da caixa e descontando mais ou menos 04 (quatro) centímetros de
cada lado da área medida. Isto porque existe variação de tamanho de caixas de
emenda.
K – Na área da emenda de condutores, o primeiro e o último conector será
instalado a uma distância de 05 (cinco) centímetros da abertura do cabo. Entre
os conectores deverá ter uma distância de 01 (um) centímetro. Instalada a
primeira carreira completa de conectores, os demais serão instalados sempre
pelo alinhamento do anterior.
L – Realizada a emenda de condutores, coloca-se os fios CBCT ou CBVT, nos
terminais que darão continuidade elétrica à capa do cabo. Os conectores
deverão ser isolados com fitas de telecomunicação.

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M – Com todas as etapas concluídas faz-se a instalação e montagem do
conjunto de fechamento da emenda aérea, podendo ser ventilada ou selada,
fazendo o fechamento final da emenda. O tamanho do conjunto da emenda
depende da capacidade do cabo, sendo que já vem definido em projeto.
N – Os cabos telefônicos emendados nos pontos escolhidos, deverão ser
amarrados definitivamente e em distâncias determinadas para sua sustentação
e segurança, obedecendo o padrão Protel, com fio espinar isolado.
O – No teste de pares em local da emenda, deverá ser usando obrigatoriamente
o testador de conectores. O uso da tesoura é expressamente proibido, pois
provoca a degradação do isolamento dos condutores ocasionando oxidação.
P – Instalação de Caixas Terminais de Poste ou Fachadas.
As caixas terminais de poste ou fachadas, podem vir com ou sem coto, e servem
para a distribuição dos pares da rede. É instalada em poste ou em fachada de
edificações, ligada ao cabo principal através de seu coto. Podendo ser de 10
pares ou 20 pares.
A fixação da TPF ao poste dar-se através de fita de aço inoxidável, conhecida
como fita eriband, com 1 (uma) ou 2 (duas) sustentações. A TPF permite a
ligação do fio FE do assinante com a rede distribuidora.

Figura 31 Caixa de emenda aérea tipo cev-30

3.3– INSTALAÇAO DE BLOCOS NO QUADRO INTERNO DO PRÉDIO.


A – Os blocos são extremidades da rede telefônica, que facilitam as conexões
entre as partes distintas do sistema.
B – Os blocos terminais da rede distribuidora internos, ficam localizados nos
quadros internos dos prédios (distribuidores gerais), os blocos podem ser secos
ou geleados, assim como sem e com proteção elétrica. Os blocos com proteção
só funcionam corretamente se o aterramento estiver dentro do padrão exigido
pelo Protel.
C – Os blocos BLI e M10B são instalados em canaletas apropriadas para cada
tipo de bloco, fixadas no fundo de madeira do quadro interno.
D – A ocupação dos blocos internos no espaço do fundo de madeira, na caixa
de distribuição interna deverá ser de cima para baixo, sempre obedecendo a

35
linha divisória da caixa e instalando blocos em fileiras verticais em quantidades
determinadas.
E – Na OI MA o quadro interno do prédio DG, os blocos são posicionados no
fundo da caixa da seguinte maneira, divide-se a área interna da caixa na
horizontal em duas metades, uma superior e outra inferior.
- Na metade superior, ficará instalado os blocos de rede distribuidora da OI.
- Na metade inferior, ficará instalado os blocos de rede interno de prédio.
F – É importante considerar a capacidade final do cabo para determinar a altura
de fixação dos blocos, a partir do centro da caixa para cima.
G – O bloqueio de umidade deve ser executado, no mínimo 10 cm, antes da
descida do cabo para os blocos, qualquer que seja o tipo do bloco.
H – Antes da execução do bloqueio deve ser instalado o conector CBVT.
I – A entrada dos cabos na caixa DG, deverá ser vedada com estopa e parafina,
com a finalidade de impedir a penetração de água e umidade.

Figura 32 - um quadro interno de prédio DG

3.4 – PINTURAS E IDENTIFICAÇÃO DE CAIXAS TERMINAIS.


As caixas terminais aéreas, subterrâneas, quadros internos de prédios, armários
de distribuições. Deverão ser identificados conforme o padrão da localidade,
existe modos diferentes de identificação quando observamos a rede em cada
Estado da Federação.

36
4 – CONCEITOS DE TELEFONIA PÚBLICA: GENERALIDADES DO
FUNCIONAMENTO
A rede pública de telefonia comutada ou RPTC (do inglês Public switched
telephone network ou PSTN) é o termo usado para identificar a rede telefônica
mundial comutada por circuitos destinada ao serviço telefônico, sendo
administrada pelas operadoras de serviço telefônico. Inicialmente foi projetada
como uma rede de linhas fixas e analógicas, porém atualmente é digital e inclui
também dispositivos móveis como os telefones celulares.
A rede pública de telefonia está para a comutação por circuitos como a Internet
está para o IP e a comutação por pacotes. O uso de comutação por circuitos
provê a qualidade de serviço necessária para transmissão de voz pois o circuito
é reservado durante toda a ligação, mesmo havendo silêncio, e é liberado
apenas quando a chamada é desligada. Esta rede dá suporte restrito para
comunicação de dados.
A rede de telefonia pública comutada existe desde o começo do século XX. Um
sistema de telefonia fixa é constituído por centrais de comutação telefônica,
terminais de serviço telefônico, rede de cabos de interligação entre os assinantes
do serviço de telefonia pública e a central pública de comutação telefônica e por
entroncamentos de transmissão entre as várias centrais telefônicas.
Os padrões da rede pública de telefonia são ditados em sua maior parte pelo
ITU-T seguindo o padrão de endereçamento E.163/E.164 conhecidos
popularmente como os números dos telefones.

4.1 - ELEMENTOS
As centrais telefônicas são constituídas de várias posições, denominadas
terminais telefônicos. Elas têm a função de gerenciar e efetuar a comutação de
conexões entre estes terminais telefônicos. A quantidade de terminais
telefônicos instalados em uma central pública varia, dependendo do tipo de
central, desde algumas centenas de terminais até várias dezenas de milhares de
terminais.
O terminal telefônico é uma posição de comutação da central pública. Os
terminais telefônicos são identificados por um número que é único dentro da
central a que pertence. Para que os terminais de uma central telefônica possam
ser diferenciados de outra central e acessados de todo o mundo, foi criado um
plano de numeração universal:
00 XX PP AA CCCC MCDU
• 00 - Prefixo para ligações internacionais;
• XX – Código da operadora;
• PP – Código do país;
• AA – Código de área do telefone;
• CCCC – Prefixo da central telefônica;
• MCDU – número do terminal telefônico.

37
As centrais públicas de comutação telefônica são responsáveis pela realização
das conexões telefônicas. Define-se por conexão telefônica, o circuito estendido
entre dois terminais telefônicos para transmissão de uma conversação. A central
pública identifica os terminais originador (assinante A) e chamado (assinante B).
Procura um caminho livre para conectá-los. Sinaliza o terminal chamado com o
toque de campainha (ring). Quando o assinante B retira o fone do gancho,
completa-se a ligação, ou estabelece-se uma conexão telefônica. A conexão
será desfeita quando qualquer um dos terminais desligar.

4.2 - CLASSIFICAÇÃO
Para permitir a instalação do aparelho telefônico na residência do assinante
(linha telefônica), existem as redes de distribuição telefônicas. Uma rede
telefônica é, fundamentalmente, uma malha de cabos que interligam as centrais
telefônicas e os assinantes. Em detalhes, veremos que a rede telefônica possui
outros elementos além dos cabos telefônicos.
A rede telefônica pode ser classificada, segundo sua abrangência, em rede de
assinantes, rede local e rede interurbana. Rede de Assinantes é a rede de
acesso que liga os assinantes até a central de comutação. Rede Local é a rede
de entroncamento entre centrais, no âmbito de uma cidade. Rede Interurbana é
a rede de entroncamento entre centrais de diferentes cidades.
A rede telefônica urbana pode também ser classificada em:
• Planta externa: rede de acesso e rede de distribuição de acesso;
• Planta interna: de central e de assinante;
• Rede de transporte: transmissão e entroncamento.
4.2.1 - Planta interna
Entre o equipamento da central telefônica e a saída dos cabos para a rua, existe
a planta interna de central. Os cabos saem da central telefônica, passam pelo
distribuidor geral, descem para a galeria de cabos e ganham a rua. Cabe
diferenciar rede interna de planta interna: planta interna envolve tudo o que está
dentro do prédio da central telefônica e rede interna é a interligação entre a
central e o distribuidor geral. A interligação entre o distribuidor geral e a galeria
de cabos, embora seja da planta interna, pertence a rede externa.
4.2.2 - Distribuidor geral
Os terminais telefônicos das centrais são disponibilizados no Distribuidor Geral
(DG). O cabo que interliga o DG e a central é a rede interna de central. Muitas
vezes existem várias centrais dentro do mesmo prédio. Todas têm seus terminais
terminados no DG. O DG é constituído de uma estrutura de metal que suporta
blocos para a terminação de cabos, permitindo a interligação entre os cabos
provenientes da central e os cabos provenientes da rua. Do lado da central, os
blocos de conexão são organizados em uma sequência horizontal. Do lado da
rua, os blocos são organizados na sequência vertical. Nos blocos terminais no
lado da rede externa, existem as proteções de rede contra descargas elétricas.

38
Os dispositivos responsáveis pela proteção são chamados de módulos de
proteção. Antigamente esta proteção era feita separadamente através de
fusíveis associados com centelhadores. Os módulos de proteção atuais
protegem a planta interna contra surtos de tensão (descargas elétricas) e
sobrecorrentes, através de um único dispositivo. Existem módulos que operam
por bobinas térmicas, por centelhadores a gás e por dispositivos de estado sólido
(PTC).
4.2.3 - Galeria de cabos
Normalmente está abaixo do nível do solo e imediatamente abaixo do DG. Os
cabos que chegam da rua são de elevada capacidade – da ordem de 2.400 pares
– e as colunas do DG onde são terminados, normalmente, têm capacidade para
800 pares. Na galeria de cabos, o cabo que chega da rua é distribuído em outros
cabos de menor capacidade, que sobem diretamente para as colunas verticais
do DG. Na terminação do cabo, denominada de cabeçote, existe a pressurização
do cabo e os medidores de pressão interna. A pressurização com ar seco evita
infiltração de água no cabo, nos casos de defeito na camada isolante externa do
cabo ou de alguma emenda subterrânea. Existe uma monitoração de
bombeamento específica para cada cabo. Se o bombeamento de ar para um
determinado cabo começar a subir, significa que há vazamento. Este vazamento
precisa ser localizado e reparado antes que aumente e produza consequências
mais graves.
4.2.4 - Planta externa
Entende-se por planta externa como sendo toda a porção da rede entre o prédio
da central telefônica e a edificação do cliente. Quanto a concepção, podemos
identificar dois tipos de redes de distribuição externa: redes rígidas e redes
flexíveis.

4.3 - REDES RÍGIDAS


As redes rígidas saem da central e chegam diretamente no cliente, sendo
também chamadas de redes dedicadas. Esta rede é empregada para o
atendimento de grandes edifícios que, em razão da demanda de terminais
telefônicos a serem instalados no mesmo endereço, justifica uma grande
quantidade de pares (facilidades de rede) dedicados a ele. Algumas vezes, o
cabo todo é dedicado a um único endereço. O cabo que sai do centro telefônico
é denominado cabo alimentador e suas ramificações são chamadas de cabos
laterais. As redes rígidas têm seus pontos positivos e negativos. Entre os
positivos está o fato de dispensar qualquer trabalho na rua, por ocasião de
instalação de um terminal no endereço. Em consequência, ganha-se na
agilidade, na redução da mão de obra e na segurança, pois a rede não é
facilmente acessível externamente. Mas esta vem também a ser a desvantagem.
Quando existe falta de facilidades de rede nas imediações do trajeto do cabo,
para atendimento de outros assinantes, mas existe abundância de facilidades
vagas no cabo direto, elas não podem ser utilizadas. É necessário o lançamento,
ou ampliação, de outro cabo.

39
4.4 - REDES FLEXÍVEIS[
As redes flexíveis se caracterizam pela subdivisão em duas redes: rede de
distribuição de acesso e rede de acesso.

4.5 - DISTRIBUIÇÃO
Também conhecida como rede primária, é uma rede composta por cabos de alta
capacidade, conhecidos como cabo primário, que levam as facilidades do DG
até pontos de distribuição denominados de Armários de Distribuição. Um cabo
primário pode alimentar vários armários de distribuição. Em geral, deixa uma
contagem de 600 pares primários em cada armário.

4.6 - ACESSO
Também conhecida como rede secundária, ela começa no armário de
distribuição e é terminada na casa do cliente. Geralmente o seu trajeto é aéreo.
Composta de cabos de menor capacidade, geralmente de 200 pares, conhecidos
por cabos secundários. A rede de acesso pulveriza o atendimento até os
assinantes.

5 – EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO
5.1 APRESENTAÇÃO
Os equipamentos de proteção Individual e Coletivo (EPI e EPC) são
fundamentais para garantir a segurança pessoal do trabalhador e do grupo como
um todo no exercício das atividades laborais, prevenindo possíveis acidentes.

5.2 A PORTARIA 3214/78 DO MTE, DETERMINA:


Ao empregador:
• Adquirir o tipo de equipamento adequado à atividade do empregado;
• Treinar o empregado de como usá-lo;
• Tornar obrigatório o uso do equipamento;
• Substituí-lo imediatamente quando danificado ou extraviado.
Ao empregado:
• Uso obrigatório;
• Usar o equipamento apenas para a finalidade a que se destina;
• Responsabilizar-se pela sua guarda e conservação;
• Comunicar ao empregador caso haja qualquer alteração no equipamento
que o torne impróprio para o uso.

5.3 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL


É todo equipamento de uso pessoal destinado a preservar e proteger a
integridade física do trabalhador contra eventuais acidentes.
5.3.1 – Capa impermeável com capuz contra chuva:

40
• Proteger o corpo do trabalhador contra chuva e locais úmidos.
• Para uso em trabalho externo.
• Após o uso pendurar em cabide para secar na sombra.

Figura 33 – EPI Capa de chuva

5.3.2 - Calçado de segurança sem componente metálico:


• Finalidade: proteger os pés e tornozelos do trabalhador para evitar e/ou
reduzir o grau das lesões provocadas por pequenos impactos, prevenir
quedas em superfícies escorregadias e eventuais torções, propiciar
resistência de isolamento em casos de choque elétrico.
• Área de uso: instalação e reparo de linhas em rede de acessos.
• Conservação: limpar e engraxar periodicamente.

Figura 34 – EPI Calçado de segurança sem componente metálico

41
5.3.3 - Capacete de segurança:
• Finalidade: proteger da cabeça do trabalhador, contra impactos;
• Projeção de objetos, choque elétrico (baixa tensão) e intempéries (raios
solares);
• Área de uso: instalação e reparo de linhas em rede de acesso;
• Utilização: a jugular do capacete deve ser utilizada em todas as situações;
• Conservação: limpe periodicamente com água e sabão neutro.

Figura 35 – EPI Capacete de segurança

5.3.4 - Cinturão leve com talabarte.


• Finalidade: proteção do trabalhador a fim de evitar ou minimizar os efeitos
de quedas nas realizações de serviços em planos elevados.
• Área de uso: toda a rede externa.
• Conservação: evitar umidade e intempéries e guardá-lo em local seco e
isento de substância corrosiva.

Figura 36 – EPI Cinturão leve com talabarte

42
5.3.5 - Cinturão tipo alpinista/ paraquedista.
• Finalidade: proteção do trabalhador a fim de evitar ou minimizar os efeitos
de quedas acidentais, em escadas, plataformas e outros.
• Área de uso: toda a rede externa.
• Conservação: evitar umidade e intempéries guardá-lo em lugar seco e
isento de substâncias corrosivas.

Figura 37 – EPI Cinturão tipo alpinista/ paraquedista

2.3.6 - Luva de vaqueta fina com reforço.


• Finalidade: proteger das mãos contra riscos leves de pequenos
ferimentos como arranhões, contusões, cortes e etc.
• Área de uso: nos trabalhos em rede externa e é aplicável em tarefas que
exijam tato mais apurado.
• Conservação: evitar que as luvas sejam molhadas ou entrem em contato
com produtos químicos.

Figura 38 – EPI Luva de vaqueta fina com reforço

43
5.3.7 - Óculos de proteção.
• Finalidade: proteger dos olhos contra impactos de pequenos objetos
projetados, partículas mecânicas volantes, poeira e borrifos químicos.
• Área de uso: instalação e reparo em redes de acesso.
• Conservação: não danificar sua armação ou riscar suas lentes, que
devem estar sempre limpas.

Figura 39 – EPI Óculos de proteção

5.4 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA (EPC)


É todo equipamento ou dispositivo de uso comum, destinado a proteger todo o
grupo contra possíveis acidentes de trabalho.
5.4.1 - Bandeira de sinalização.
• Finalidade: serve para sinalizar o local de trabalho, realizado em vias
públicas onde haja fluxo de veículos e transeuntes.
• Área de uso: toda rede externa

Figura 40 – EPC Bandeira de sinalização

44
5.4.2 - Cone de sinalização.
• Finalidade: proteger, através da sinalização, os trabalhos realizados em
vias públicas onde haja fluxo de veículos e transeuntes.
• Área de uso: toda rede externa (mínimo três –3).

Figura 31 – EPC Cone de sinalização

5.4.3 – Gradil.
• Finalidade: proteger, sinalizar e isolar os trabalhos realizados em CSs e
locais abertos de grande fluxo de veículos e transeuntes.
• Área de uso: caixas subterrâneas e locais de grande fluxo.

Figura 32 – EPC Gradil

45
5.4.4 - Caneta de teste de tensão elétrica.
• Finalidade: Identificar de energia acidental na rede telefônica.
• Área de uso: rede externa. Pode ser estendida a outras atividades.

Figura 33 – EPC Caneta de teste de tensão elétrica

5.5 - UTILIZANDO ESCADAS


Durante as etapas onde utiliza-se a escada deve-se tomar alguns cuidados:
• Sempre estar com o equipamento de segurança individual e coletivo
quando manusear a escada;

Figura 34 - EPC Uso de escada

5.5.1 – Transportando a escada:


Ao transportar a escada deve-se ter cuidado com os pedestres e obstáculos na
via, evitando acidentes.

46
5.5.2 – Sinalizando a escada:
Após posicionar a escada, o operador deverá sinalizá-la com cones ou outros
materiais adequados, como será mostrado em aula prática.
5.5.3 – Subindo na escada:
O operador deverá estar equipado com seus EPI’s (cinto e talabarte, capacete,
luvas e óculos) e seguir os seguintes procedimentos:
1º - Na posição de trabalho (poste, mensageiro, etc.) colocar a escada de
maneira firme.
2º - Subir na escada segurando-se pelas suas laterais (montante) da
escada e nunca pelos degraus.
De acordo com o local de trabalho, proceder da seguinte maneira:
Poste:
1º – Amarrar a escada ao poste (quando for o caso).
2º - Colocar o talabarte em volta do poste e acima do mensageiro.
Caixa Terminal em poste:
Quando a caixa terminal estiver muito abaixo do mensageiro, o talabarte deverá
ter uma extremidade presa ao mensageiro e a outra presa em uma das argolas
“D” do cinto de segurança, e esta deverá ser virada para trás na direção da
coluna do operador.
OSB.: Só nesta condição será permitida a utilização de argola “D”.
5.5.4 – Descendo da escada:
1º - Desamarrar a escada (quando for o caso);
2º - Retirar o talabarte;
3º - Descer da escada, segurando pelas laterais.

6 - NOÇÕES BÁSICAS DE ELETRICIDADE


O objetivo deste estudo é repassar um conhecimento sucinto sobre o conceito
de eletricidade inerente ao nosso sistema, baseado na lei de Ohm.

Onde:
I – Corrente elétrica, tendo como unidade “ampère” e símbolo “A”.
E – Potencial Elétrico (tensão) tendo como unidade volt e símbolo “V”.

47
R – Resistência elétrica, tendo como unidade Ohm e símbolo “Ω” (Ômega – letra
grega).

6.1 CIRCUITO ELÉTRICO


Um circuito elétrico completo consiste numa fonte de força eletromotriz (F.E.M.).
Pode ser um jogo de baterias, um condutor (pode ser o cabo telefônico, fio FE e
fio FDG) e uma carga (que é a resistência que o fio oferece a passagem da
corrente elétrica e o aparelho telefônico).
Diz-se que o circuito está “fechado”, quando a corrente elétrica pode fazer um
percurso de ida e volta, a través do fio, à fonte de F. E.M.
6.1.1 - F.E.M. – é a capacidade de se deslocar um elétron através de um
condutor para se realizar um trabalho, cuja unidade é o volt (V) e o símbolo usado
é o “V”, que é chamado de tensão.
6.1.2 - Corrente Elétrica – é o movimento ou fluxo de elétrons através do fio pelo
efeito da F.E.M. A corrente elétrica é representada pela letra I. A unidade que se
mede a corrente é o ampère, símbolo “A”.
6.1.3 - Resistência elétrica – é a oposição ao fluxo da corrente elétrica. É medida
em Ohms e seu símbolo é “Ω”, representada pela letra “R”.
6.1.4 - Lei de Ohm – a intensidade da corrente elétrica num condutor é
diretamente proporcional à força eletromotriz e inversamente proporcional à sua
resistência elétrica.
I = E/R (A) E = I.R (V) R = E/I (Ohm)

6.2 PREFIXOS MÉTRICOS


No estudo da eletricidade algumas unidades elétricas são pequenas ou grandes
demais para serem expressas convenientemente. No caso da resistência
elétrica, frequentemente utilizamos valores em milhões ou milhares de Ohms
“Ω”. O prefixo kilo (designado pela letra K, mostrou-se uma forma conveniente
de se representar mil (1.000). Assim, em vez de dizer que R =10.000 Ω, referimo-
nos a ele como um resistor de 10 Kilohms (10 K Ω).

48
No caso da corrente elétrica, frequentemente utilizamos valores de milésimos ou
milionésimos de ampères. Utilizamos então expressões como miliampères e
microampères. O prefixo mili é uma forma abreviada de se escrever milésimo e
micro é uma abreviação de milionésimo.
Assim, 0,012 A, torna-se 12 miliampères (12mA) e 0,000005A torna-se 5
microampères (5 µA)
Obs.: O equipamento para medir estas grandezas é o multímetro.
Observe a tabela:

Tabela 11 – Grandezas

Exemplos:

7 - INSTALAÇÃO E REPARAÇÃO EM REDE DE TELEFONIA FIXA


As Linhas Telefônicas Residências são instaladas em tomadas padrão conforme
mostra a figura abaixo:

49
Figura 35 – Tomada padrão para telefonia

Observar que elas devem ficar a 30cm do piso e a 10cm de cantos e quinas. Os
fios da linha telefônicas devem ser conectados no borne L1 e L2 conforme
mostra a figura.
O local onde deverá ser instalado deverá ser o mais próximo possível do móvel
onde estará situado o aparelho telefônico residencial ou comercial.
Caso o aparelho telefônico possua o conector RJ-11 para ligação na tomada,
deverá ser providenciado um adaptador para o mesmo.
Estas linhas podem estar embutidas nas paredes através de dutos
preferencialmente metálicos ou fixadas externamente nas paredes através de
canaletas quando a construção já estiver pronta.

7.1 - ENTRADA TELEFÔNICA RESIDENCIAL


-Poste Particular: - É o poste que está sendo utilizado para a entrada de energia
elétrica e será utilizado para entrada telefônica sendo constituído de concreto
armado com 76 mm (3“) de diâmetro. Ele deve ser utilizado sempre que não
houver recuo do imóvel ou não for possível assegurar as alturas mínimas do fio
telefônico em relação ao fio acabado da rua.
As alturas mínimas do poste são:
L= 4,80m do piso acabado, quando a posteação da concessionária de
energia elétrica estiver do mesmo lado da via pública (poste de 6,00 m
com engastamento E=1,20 m).
L= 6,15 m do piso acabado, quando a posteação da concessionária de
energia elétrica estiver do lado oposto da via pública (poste de 7,50 m com
engastamento E= 1,35 m).

50
Figura 36 – Poste particular

7.2- ENTRADA TELEFÔNICA COMERCIAL


Se acaso em um estabelecimento comercial ou mesmo residencial for instalada
seis ou mais linhas telefônicas, as operadoras de serviços telefônicos solicitam
ao proprietário ou ao interessado, a confecção de uma entrada telefônica
apropriada para uma quantidade maior de linhas telefônicas.
A empresa cliente da operadora após a solicitação, receberá uma vistoria local
através de um técnico da operadora, onde serão esboçados um desenho com
algumas informações relevantes como mostrado na figura 37.

Figura 37 – Entrada telefônica comercial

51
A ligação só será efetuada quando:
1- For executada a instalação do cabo de entrada e/ou canalização
subterrânea através de uma empresa credenciada através de um projeto
fornecido pela própria operadora.
2- For executada a instalação do cabo interno de acordo com a portaria
nº 175 de 23/08/91 do Ministério da infra-estrutura na qual especifica que
a instalação dos cabos telefônicos, fiação das tomadas são da
responsabilidade do construtor, proprietário ou interessado.
Algumas Instruções Gerais:
1- As tubulações telefônicas são de uso exclusivo da Operadora.
2- Deverá ser usada tubulações de ferro esmaltado, galvanizado ou PVC rígido.
As tubulações de PVC semi-rígido (embutidas ou aparentes) não podem ser do
tipo corrugada e devem ter espessura de 2mm e diâmetro interno de 19 ou 25
mm.
3- Toda tubulação deve ter em seu interior arame-guia galvanizado de diâmetro
1,5 mm.
4- As caixas devem ter porta com fechadura e o fundo de madeira compensada
de 16 mm para dimensões até 80x80x12 cm e 19 mm para dimensões a partir
de 120x120x12 cm.
5- As portas das caixas devem ter orifícios de ventilação.
6- O distribuidor geral, caixas de distribuição e de passagem deve ser instalada
a 130 cm do piso acabado, distância esta medido do centro da caixa ao piso. O
distribuidor geral deve ter ligação de linha de terra com fio de diâmetro de 10 mm
e resistência igual ou menor do que 15 Ohms.

Figura 38 Caixa de distribuição geral

52
7- As tomadas telefônicas localizadas em copa ou cozinha devem ser instaladas
a 130 cm do piso acabado e as demais a 30 cm. Estas distâncias são medidas
do centro da tomada ao piso.
8- Só devem ser utilizadas curvas do tipo pré-fabricada com ângulo igual ou
menor a 90º.
9- Nas caixas, as tubulações devem ser posicionadas com as extremidades
salientes até 5 a 10 mm de base, isentas de rebarbas e alinhadas corretamente,
conforme exemplificado na figura 38. Nas tubulações de PVC semi-rígido não é
necessária a colocação de buchas de acabamento.
10- O comprimento máximo das tubulações telefônicas primárias, secundárias e
da entrada subterrânea é determinado em função da quantidade de curvas
existentes, conforme especificado na tabela acima.
11- No trecho entre 2 (duas) caixas quaisquer podem ter no máximo 2 duas)
curvas de 90º. A distância mínima permissível entre duas curvas de 90º é de 2
(dois) metros.
12- Os fundos das caixas devem ser pintados com tinta opaca de cor cinza claro.

Figura 39 – Tubulação de entrada aérea e subterrânea

7.3 - ATERRAMENTO:
Deverá existir o aterramento no local com uma resistência não superior a 5
Ohms.
Para se conseguir estes valores próximos, recomenda-se inserir Hastes de
Aterramento — COPPERWELD“, cobreado de diâmetro de 16m mm (5/8“) e
comprimento de 2,50m, em locais mais próximos possíveis do ponto de
terminação de aterramento, de preferência onde haja muita umidade e que possa
receber águas pluviais ou irrigação. (Jardins, por exemplo).
A figura 40 exemplifica um tipo de aterramento.

53
Figura 40 – Exemplificação de aterramento

8 – VISÃO GERAL SOBRE TELEFONIA


A História das comunicações está fortemente relacionado com o progresso da
civilização do homem, pois em todas as épocas, o homem tem procurado
aprimorá-lo, principalmente para escrever a sua própria História. Nos tempos
mais remotos, a linguagem na forma dos sons guturais foi o único meio existente
de exprimir ideias e pensamentos de uma pessoa para outra. Essa forma de
comunicação foi desenvolvendo-se com o tempo, criando-se várias línguas
distintas, algumas em uso até hoje sendo a mais importante forma da
comunicação existente.
Naquela época, a única maneira de ampliar a voz era colocando as mãos ao
redor da boca, em forma de cone. Foi daí que surgiu a ideia construção
Megafone, em forma de um grande cone, muito usado na comunicação de curta
distância, um outro aparelho inventado, baseado nos mesmos princípios, foi a
Trombeta de duvido. Esse aparelho captava as ondas de uma área relativamente
extensa e concentra no ouvido. Os esforços do homem para vencer a dissipação
das ondas sonoras levaram-no a construção dos túneis sonoros entre prédios
medievais. Um moderno avanço dessa ideia é o Tubo Falante, usado em muitas
casas e prédios de apartamentos. Com a evolução foi necessário que a voz fosso
transmitida entre cidades. O meio científico percebeu que a resposta do
problema não estava na utilização da força bruta, num esforço poro ampliar o
campo de ação da comunicação da voz.

54
Muitos estudiosos, cientistas e inventores tiveram ideia do que seria necessário
para providenciar a resposta à procura de um melhor meio de transmitir a
comunicação de voz. A invenção do Telefone é atribuída a Alexandre Graham
Bell (1847-1922) que em 1876 requereu a patente de sua invenção, denominada
na época de Melhoramento da Telegrafia. Mas 20 anos antes, o francês Charles
Bourseul (1829 - 1912), já havia mostrado o Princípio da Telefonia Elétrica: uma
placa móvel interposta num circuito cortado por suas vibrações acústicas,
poderia gerar uma corrente que, agindo à distância sobre outra placa móvel,
poderia reproduzir a voz que fizesse vibrar a primeira placa.
Em 1861, o físico alemão Philip Reis (1834-1874) construiu uma engenhoca
baseada no princípio anunciado anteriormente, mas que só transmitia tons
musicais, mas não era capaz de produzir a intensidade ou o timbre voz humana,
O transmissor consistia de um diafragma que vibrava com pressão sonora. No
centro se diafragma havia um contato de platina que fechava ou abria de acordo
as vibrações. Em série com esse contato era colocada uma bateria e uma
espécie de bobina enrolada num material previamente magnetizado que a
variação da corrente elétrica produzia fenômeno chamado de Page Effect. Nesse
fenômeno, as linhas da força‘ campo magnético do material são alongadas
quando o sentido do campo elétrico na bobina é um.

Figura 41 – Fenômeno de Page Effect

Quando o sentido é outro, o campo magnético é comprimido. Com o


alongamento e a compressão, produzia-se sons fracos no material magnetizado,
na verdade a invenção serviu apenas para produzir musicais.
Porém, só Bell conseguiu a primeira mensagem telefônica em 14 de fevereiro
1876, na cidade de Washington, um procurador seu deu entrada no pedido da
patente, na United States Patent Office, poucas horas antes de Elisha Gray
(1836-1901) que também requereu patente de outro Invento contendo a mesma
finalidade. Outros inventores e Gray entraram na justiça contra Bell e depois de
longa batalha judicial, o nosso precursor levou a melhor e ganhou a causa. Foi
o primeiro a utilizar uma corrente contínua cuja intensidade variava de acordo
com as vibrações de uma membrana. Seu aparato, era transmissor e receptor

55
ao mesmo tempo, sendo constituído por um ímã permanente sobre o qual se
enrolava uma bobina e cuja armadura era formada por uma membrana de ferro
doce. Ligando-se por meio de um fio as bobinas dos eletroímãs dos dois
aparelhos, tinha se um Telefone. O alcance que se tinha era mais ou menos 200
metros.
Bell tentou vender sua patente para Western Telegraph Company por 100.000
dólares e não conseguiu: a empresa recusou sua oferta, porém um ano depois
reconsideraram e ofereceram ao inventor a quantia de 25 milhões de dólares a
vista, prontamente recusada por Bell, que levantou um investimento alto junto
aos bancos e criou uma das maiores empresas do mundo, a BELL TELEFHONE
CO. Esta empresa tornou-se mais tarde em AT&T American Telephone and
Telegraphic, a única estatal a explorar os serviços de telefonia nos Estados
Unidos, tornando-se atualmente após a sua privatização, Lucent Tecnologies
Co.

Figura 42 - Alexandre Graham Bell em seu Laboratório

8.1 D. PEDRO II E A TELEFONIA


D. Pedro II quando em visita a uma exposição na Philadélfia em 1.876, teve o
prazer de ser o primeiro Chefe de Estado a falar num telefone e em 1677, ao
voltar de uma viagem aos Estados Unidos e Europa mandou instalar um telefone
no Palácio de São Cristóvão. Era uma linha telefônica entre as Forças Armadas
e o Quartel dos Bombeiros. Em 15 de novembro de 1879, D. Pedro II criou a
Companhia Telephonica do Brasil, cujas ações eram controladas pela Western
Telegraph Company, a primeira concessionária da Telefonia Brasileira.

56
8.2 - HISTÓRICO DA TELEFONIA NO BRASIL
1987 - D. Pedro II manda trazer dos Estados Unidos o primeiro telefone para ser
instalado no Palácio Imperial de São Cristóvão, após tê-lo visto na Exposição
Centenário da Philadélfia onde Bell expôs sua invenção.
1869 - É dada a primeira concessão de uma linha telefônica no Brasil, sendo
instaladas também linhas telefônicas de aviso de incêndio com a Central de
Bombeiros.
1893 - Já existiam no Rio de Janeiro 5 centrais telefônicas com 1.000 assinantes
cada uma, e viabilizaram a primeira linha telefônica interurbana interligando o
Rio com Petrópolis.
1822 - O Rio já dispunha de 30.000 linhas instaladas, para uma população de
1.200.000 habitantes.
1923 - É constituída a primeira Cia. Telefônica a CTB (Companhia Telefônica
Brasileira).
1939 - É inaugurada a primeira estação telefônica automática, tendo sido
instaladas até então um total de 100.000 linhas.
1945 - Já havia cerca de 1.000.000 terminais no Brasil, operados por 800
empresas particulares, onde 75% dos serviços eram prestados pela CTB nos
estados do Rio, São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo.
Até 1962 - O Brasil sofreu uma estagnação no crescimento da Telefonia, com
pouca oferta de linhas para população. Eram muitos os congestionamentos dos
serviços de telefonia, horas se passavam até se conseguir fazer uma ligação
interurbana. Neste período, as concessões eram distribuídas indistintamente
pelos governos federal, estaduais e municipais, propiciando que empresas
operadoras surgissem e expandissem de forma desordenada, com custos
onerosos e sem qualquer compromisso com qualidade. Existiam até então, cerca
de 1000 companhias telefônicas em todo o Brasil.
1962 - Cria-se o CONTEL (Conselho Nacional de Telecomunicações), órgão
subordinado diretamente à
Presidência da República, destinado a coordenar, supervisionar e regulamentar
as telecomunicações no país.
1965 - Cria-se a EMBRATEL (Empresa Brasileira de Telecomunicações) com a
finalidade de implantar e implementar os sistemas de longa distância no Brasil,
para interligar as capitais e grandes cidades entre si, criadas também o DENTEL
(Departamento Nacional de Telecomunicações), tendo como função a execução
e fiscalização das normas e diretrizes editadas pelo CONTEL. Estabeleceu-se
uma sobretaxa de 30% nas tarifas normais com o propósito de se financiar a
EMBRATEL através do Fundo Nacional de Telecomunicações.
1967 - O governo cria através do Decreto Lei nº 200 o Ministério das
Comunicações para fixar e política nacional das telecomunicações, assumindo

57
a coordenação central do crescimento de toda a Rede Nacional de Telefonia,
dos Correios e da Radiodifusão.
1972 - O Serviço de longa distância apresentava um bom nível de qualidade e a
telefonia urbana era deficiente. Como solução foi autorizada a criação através
do Ministério das Comunicações uma sociedade de economia mista através da
Lei 5792, 11 de julho de 1972, a Telecomunicações Brasileiras S.A. -
TELEBRAS, reduzindo o número de empresas prestadoras de serviços para 26,
praticamente uma para cada estado e território do país. Com sua criação, o
TELEBRAS começou a contribuir de forma expressiva para o crescimento do
plano de expansão nacional.
1985 - O setor das comunicações tem uma taxa de crescimento econômico da
ordem de 7,5%, sendo considerada por especialistas corno a maior do mundo
atingindo um índice de 96% na nacionalização dos equipamentos
industrializados por empresas do setor.
1990 - Tem início o primeiro Serviço Móvel Celular no país, no Rio do Janeiro.
1992 - O Brasil chega a instalar 14 milhões das linhas telefônicas, atingindo a
proporção de 10 telefones para cada 100 habitantes e a TELEBRAS é afiliada
como membro internacional do CTIA.
1994 - A TELEBRAS consegue cobrir com Telefonia Celular todas as capitais
dos Estados e cerca de 250 cidades do pais.
1997 - O Brasil fecha o ano com cerca de 4,3 milhões de terminais celulares em
operação.
1998 - A TELEBRAS privatizada. É criada a ANATEL - Agência Nacional de
Telecomunicações. Órgão Governamental regulamentador e Fiscalizador das
novas operadoras e as que foram privatizadas.

8.3 – PADRONIZAÇÃO E NORMAS


8.3.1 Normalização
Atividade que estabelece, em relação a problemas existentes ou potenciais,
prescrições destinadas à utilização comum e repetitiva com vistas à obtenção do
grau ótimo de ordem em um dado contexto.
Os Objetivos da Normalização são:

• Proporcionar a redução da crescente


Economia variedade de produtos e
procedimentos
• Proporcionar meios mais eficientes
na troca de informação entre o
Comunicação fabricante e o cliente, melhorando a
confiabilidade das relações
comerciais e de serviços
Segurança • Proteger a vida humana e a saúde

58
• Prover a sociedade de meios eficazes
Proteção do Consumidor
para aferir a qualidade dos produtos
• Evitar a existência de regulamentos
Eliminação de Barreiras Técnicas conflitantes sobre produtos e serviços
e Comerciais em diferentes países, facilitando
assim, o intercâmbio comercial
Na prática, a Normalização está presente na fabricação dos produtos, na
transferência de tecnologia, na melhoria da qualidade de vida através de normas
relativas à saúde, à segurança e à preservação do meio ambiente.
8.3.2 - Benefícios da Normalização
Numa economia onde a competitividade é acirrada e onde as exigências são
cada vez mais crescentes, as empresas dependem de sua capacidade de
incorporação de novas tecnologias de produtos, processos e serviços. A
competição internacional entre as empresas eliminou as tradicionais vantagens
baseadas no uso de fatores abundantes e de baixo custo. A normalização é
utilizada cada vez mais como um meio para se alcançar a redução de custo da
produção e do produto final, mantendo ou melhorando sua qualidade.
Os benefícios da Normalização podem ser:
Qualitativos, permitindo:
• Utilizar adequadamente os recursos (equipamentos, materiais e mão-de-
obra).
• Uniformizar a produção.
• Facilitar o treinamento da mão-de-obra, melhorando seu nível técnico.
• Registrar o conhecimento tecnológico e;
• Facilitar a contratação ou venda de tecnologia.
Quantitativos, permitindo:
• Reduzir o consumo de materiais.
• Reduzir o desperdício.
• Padronizar componentes.
• Padronizar equipamentos.
• Reduzir a variedade de produtos.
• Fornecer procedimentos para cálculos e projetos.
• Aumentar a produtividade.
• Melhorar a qualidade.
• Controlar processos.

59
É ainda um excelente argumento para vendas ao mercado internacional como,
também, para regular a importação de produtos que não estejam em
conformidade com as normas do país importador.
Algumas Normas Utilizadas na Telefonia:
Norma Nº NBR13726 -Redes telefônicas internas em prédios - Tubulação de
entrada telefônica - Projeto - 31/10/1996
Resumo - Fixa condições exigíveis para o estudo e/ou elaboração de projetos de
tubulação de entrada telefônica aérea e subterrânea para prédios com mais de
cinco pontos telefônicos. Aplica-se às instalações novas e às reformas em
instalações existentes.
Norma Nº NBR13301 - Redes telefônicas internas em prédios - 31/03/1995
Resumo - Estabelece os símbolos gráficos a serem usados em projetos de redes
telefônicas internas em prédios.
Norma Nº NBR13300 - Redes telefônicas internas em prédios - 31/03/1995
Resumo -Relaciona e define os termos que devem ser utilizados nas atividades
de projeto e execução de redes telefônicas internas, compreendendo a parte das
tubulações e da rede de cabos e fios telefônicos.
Norma Nº NBR13727 - Redes telefônicas internas em prédios - Plantas/partes
componentes de projeto de tubulação telefônica - 31/10/1996
Resumo - Estabelece condições exigíveis para a confecção das plantas a serem
utilizadas na elaboração de projetos (estudo ou desenho) de tubulação telefônica
em prédios. Estabelece também as partes componentes de um projeto de
tubulação telefônica.
Norma Nº NBR13822 - Redes telefônicas em edificações com até cinco pontos
telefônicos - Projeto (NOTA: ERRATA A INCORPORAR) - 30/05/1997
Resumo - Estabelece padrões e procedimentos, que devem ser seguidos para a
elaboração de projetos de redes telefônicas internas com até cinco pontos
telefônicos. Aplica-se às instalações novas e às reformas em instalações
existentes. Não se aplica às edificações de interesse social, assim
caracterizadas quando enquadradas na Legislação Municipal que estabelece
sua política.

9 - CONFIGURAÇÕES DE CABOS EXISTENTES NA REDE


Podemos observar que os meios de transmissão são divididos em meios guiados
e não guiados:
– Ex. meios guiados: fios, cabo coaxial, fibra de vidro;
– Ex. meios não guiados: rádio, microondas, infravermelho,etc.

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A qualidade dos sinais numa transmissão de dados em telecomunicações é
determinada ambos pelas características do meio e do próprio sinal.
Nos meios guiados, as limitações são mais influenciadas pelo tipo de meio
utilizado;
Enquanto que nos meios não guiados, a largura de banda produzida pela antena
pode determinar a qualidade de uma transmissão.
Na prática, em um projeto de um sistema de transmissão, o que é desejável é
que os dados tenham alta taxa de transferência e alcance grandes distâncias.
Desta forma, deve se observar os seguintes fatores em projeto:
- Largura de Banda (Bandwidth);
- Limitações físicas;
- Interferências;
- Excesso de receptores ou repetidores;

9.1 - FIOS DE COBRE


– É considerado o meio primário de transmissão de dados através de
sinais elétricos para computadores;
Vantagens:
– É barato e fácil de encontrar na natureza e tem uma boa condutividade
elétrica, somente a prata e o ouro superam no quesito condutividade
(baixa resistência elétrica);
Desvantagens:
– Interferência elétrica:
– Na verdade qualquer tipo de fiação baseada em metal, tem este tipo de
problema: interferência – cada fio elétrico acaba funcionando como uma
miniestação de rádio;
– Fios paralelos tem grande influência;

9.2 - PAR TRANÇADOS


Cabo com fios de par trançados:
– Fios torcidos entre si, mudam as propriedades elétricas dos fios,
reduzindo as emissões de ondas eletromagnéticas;
– Reduzem também a influências causadas pelos outros fios.
O par trançado pode ser agrupado em cabos com dezenas ou centenas de fios
de pares trançados. Neste caso, para diminuir mais ainda as interferências com
os outros pares adjacentes, os fios têm diferentes comprimentos de trancados,
variando entre 5 a 15 cm para longas distâncias.
Aplicações:
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Podem ser utilizados para sistemas analógicos com digitais:
– Sistemas telefônicos: Nas residências e no loop local;
– Redes locais de computadores: Redes locais de 10 e 100Mbps;
– Em PBX, sistemas de redes domésticas ou escritórios de trabalho.
– Taxas de dados:
– Curtas distâncias ->1Gbps;
– Longas distâncias -> 4Mbps.
Vantagens e Desvantagens:
– Barato;
– Fácil de trabalhar;
– Baixa capacidade de taxa de dados;
– Curto alcance;
Características de transmissão:
– Aplicações analógicas: Amplificado a cada 5Km
– Aplicações digitais: Amplificado a cada 2 Km ou 3 Km
– Alcance Limitado
– Largura de Banda Limitada (1Mhz)
– Taxa de dados limitada (100Mhz)
– Sensível a ruídos
Fios de pares trançados também podem ser envoltos em materiais metálicos.
Nesse caso, os fios ficam bem mais protegidos devido a ação protetora do metal,
evitando que sinais magnéticos entre ou saiam do fio.
-UTP (Unshielded Twisted Pair) – Par trançado não protegido:
– Usando em cabeamento simples de telefone;
– Barato;
– Fácil de instalar;
– Sofre com interferências de FM;
– STP – (Shielded Twisted Pair) – Par trançado protegido:
– Possui proteção adicional a ruídos;
– Mais caro;
– Grosso e mais pesado;

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9.3 - CABOS COAXIAIS
Os cabos coaxiais são bem mais protegidos contra interferências magnéticas:
A proteção é quase total, pois existem apenas um único fio em seu interior que
fica envolto a uma proteção metálica que a isola praticamente de qualquer onda
eletromagnética externa, não recebe nem emite sinais de interferência de outros
fios.
Aplicações:
-Um dos meios mais versáteis de transmissão de dados;
-Usados em sistemas de distribuição de TVs, TV à cabo;
-Usados em transmissão de voz de telefones
-Pode transportar mais de 10000 vozes simultaneamente
-Pode ser substituído por fibra ótica
-Aplicações em redes locais de computadores;
Características de transmissão:
– Analógicos:
-Deve ser amplificado a cada pouco Kms;
-Aplicados em altas frequências, acima de 500Mhz.
– Digital:
-Necessita de repetidores a cada 1 Km;
-Mantêm altas taxas de dados.

9.4 - FIBRAS ÓPTICAS


As fibras de óticas são muito utilizadas pelos computadores para a transmissão
de dados.
Os dados são convertidos em luz através de diodos emissores de luz ou laser
para a transmissão;
O recebimento é realizado por transistores sensíveis a luz;
Vantagens:
– Não sofre interferência eletromagnética;
– Consegue transferir mais longe e em maior quantidade as informações
que um fio de cobre faz com um sinal elétrico. É necessário o uso de
repetidores acima de 10Kms, apenas;
– Pode codificar mais informações que os sinais elétricos (centenas de
Gbps);
– Não requer dois fios de fibra de vidro para transmitir dados;

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– Sofre baixa atenuação.
Desvantagens:
– Requer equipamentos especiais para polimento e instalação das
extremidades do fio;
– Requer eq. Especiais para unir um cabo partido;
– Dificuldade de descobrir onde a fibra se partiu dentro do revestimento
plástico.
Aplicações:
– Usados em troncos de comunicação;
– Troncos metropolitanos;
– Alterações de conexões troncos rurais;
– Loops Locais;
– LANs.
Atua nas faixas de frequências entre 1014 até 1015 Hz -
– Porção infravermelha e luz visível;
Emissor usado: LED (Light Emitting Diode)
– Barato;
– Suporta funcionamento com temperaturas elevadas;
– Vida útil maior.
ILD (Injection Laser Diode)
– Maior eficiência;
– Maior quantidade de dados pode ser transmitida;
Transmissão por Multiplexação por Divisão de Onda.

10 – CONEXÃO DE CABOS – TESTES ELÉTRICOS


A realização dos Testes Elétricos é de suma importância no trato da rede
telefônica, realiza-se para verificação ou confirmação de problemas que possam
estar ocorrendo na rede telefônica, os defeitos a serem pesquisados poderão
estar localizados em rede aérea, em rede subterrânea ou em rede enterrada.
Os testes elétricos, também são realizados em rede nova, quando ainda não
está em operação, para verificação e confirmação dos serviços realizados. Não
sendo direcionado para a pesquisa de defeitos, mas para a verificação dos
parâmetros elétricos da rede recém construída.
Os testes podem ser realizados em:

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• Cabos individuais.
• Rede Aérea emendada.
• Rede Subterrânea emendada.
• Rede enterrada.
Os tipos de defeitos geralmente encontrados na rede telefônica são:
Em linhas ou pares:
• Aberto.
• Aterrado.
• Curto Circuito.
• Invertido.
• Perna pulada.
• Trocado.
• Diafonia, (causado por invertido, linha A emendado na B, perna pulada,
linha de um par com linha de outro, trocado, um par emendado com outro
par).
• Baixo Isolamento.

10.1 – INSTRUMENTOS PARA REALIZAÇÃO DE TESTES ELÉTRICOS


Apresentamos alguns instrumentos para realização de testes em rede telefônica,
envolvendo quase todos os testes.
a.- Multímetro;
b.- Megômetro;
c.- Terrômetro;
d.- Ponte de watstone;
e.- Localizador de falhas;
f.- Medidor psofômétrico;
g.- Monofone.

10.2 – EXECUÇÃO DO TESTE ABERTO


Liga-se um fio da bateria em um condutor do cabo, o outro no monofone, o fio
que sobrou do monofone é ligado na tesoura. O teste consiste em tocar com a
tesoura, um a um, dos condutores, que por estarem em massa na outra
extremidade do cabo retorna a corrente configurando assim a continuidade do
condutor. Quando o monofone não emite o sinal da corrente este par está Aberto.
Preparação do cabo e ligação do equipamento para teste de aberto (figura 43)

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Figura 43 - Preparação do cabo e ligação do equipamento para teste de aberto

10.3 – REALIZAÇÃO DE TESTES PARA TERRA.


Coloca-se um dos fios da bateria ligado à capa do cabo e o outro fio ao
monofone; o fio disponível do monofone será ligado à tesoura, que deverá ser
tocada nos condutores da massa. Caso haja um retorno da corrente, será
identificado o defeito. Coloca-se uma etiqueta no condutor defeituoso.

Figura 44 – Esquema de teste para terra

10.4 – EXECUÇÃO DO TESTE PARA CURTO-CIRCUITO E CRUZADO.


Liga-se um fio da bateria na massa, o outro no monofone e o fio que sobrou do
monofone é ligado na tesoura. O teste consiste em retirar cada condutor da
massa e verificar se não há retorno da corrente, caso seja constatada a emissão
da corrente, se configurará o defeito. Coloca-se uma etiqueta no condutor
defeituoso.
Preparação do cabo e preparação do equipamento para os testes de curto-
circuito e cruzado (figura 45).

Figura 45 – Esquema de teste para curto circuito e cruzado

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10.5 – EXECUÇÃO DOS TESTES DE LINHA INVERTIDA, LINHA TROCADA E PAR
TROCADO.
Os defeitos: linha invertida, linha trocada e par trocado, só poderão ser testados
quando o cabo já estiver emendado e numerado ou quando da ligação dos
blocos nos DG’s, ARD’s, CX’s e BLI’s.
Coloca-se a garra do gerador de sinal do analisador de linha ou psofometro no
par 01 do bloco do DG (Distribuidor Geral) e a garra (medidor de sinal) no par
seguinte do mesmo bloco. Injeta-se uma frequência de 1.6 KHz no primeiro par
com atenuação de 0,0 dB e executa-se a leitura, conforme parâmetro descrito
no formulário específico. Caso algum defeito seja evidenciado, o mesmo será
registrado em formulário existente.

10.6 – EXECUÇÃO DE TESTE DE BAIXO ISOLAMENTO


Teste: injeta-se uma tensão de 500 V (cc) na linha “A” do par a ser medido e o
R do Megohmetro coloca-se na linha “B” desse mesmo para no DG, jampeando-
se esta linha (Linha B) para a capa do cabo (APL – Aluminium Politenado) e vice-
versa.
O teste é iniciado com o primeiro par até o término da contagem. Caso se
confirme algum defeito, deverá ser informado através de relatório em formulário
específico.

10.7 – EXECUÇÃO DE TESTE DE DIAFÔNIA


Coloca-se a garra do gerador de sinal do analisador de linha ou psofometro no
par 01 do bloco do DG (Distribuidor Geral) e a garra (medidor de sinal) no par
seguinte do mesmo bloco. Injeta-se uma frequência de 1.6 KHz no primeiro par
com atenuação de 0,0 dB e executa-se a leitura, conforme parâmetro descrito
no formulário específico. Caso algum defeito seja evidenciado, o mesmo será
registrado em formulário existente.

10.8 – Existem outros testes.


- Ruído para a terra.
- Ruído metálico.
- Desequilíbrio resistivo.
- Telediafonia.
- Paradiafonia

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
Apostila de Operador de Redes de Acessos/Telemar. 2006
Apostila Fibra Óptica e Transmissão SENAI – RJ - 2007
Apostila Sistema de Telecomunicações – SENAI – SP - 2009

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