Avaliacao
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Avaliacao
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METODOLOGIA ASSTI
Ficha Catalográfica
S491m SESI/PB.
Metodologia ASSTI – Avaliação da saúde e segurança em trabalhadores
da indústria: técnico. /Serviço Social da Indústria – Departamento Regional
da Paraíba. – Campina Grande: SESI-PB/SESI-DN, 2018.
113 p.: il. color. (Metodologia ASSTI)
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METODOLOGIA ASSTI
Equipe Técnica
Georgia Antony Gomes de Mattos
Gestora do Projeto SESI Departamento Nacional
Consultor
Mauro Virgílio Gomes de Barros
Fernanda Cunha Soares
Jorge Bezerra
Rodrigo Antunes Lima
Universidade de Pernambuco
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METODOLOGIA ASSTI
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METODOLOGIA ASSTI
Sumário
1. APRESENTAÇÃO ................................................................................................................... 9
2. OBJETIVOS ......................................................................................................................... 11
3. CENÁRIO, MODELO LÓGICO E FUNDAMENTOS .................................................................... 12
Cenário e Diretrizes Nacionais ..................................................................................................... 12
Modelo Lógico .............................................................................................................................. 14
Modelo de Atuação SESI em Soluções Integradas (SST e PS) ...................................................... 16
Avaliação e o Modelo de Atuação SESI em Soluções Integradas (SST e PS) ................................ 17
4. O MACROPROCESSO AVALIAÇÃO........................................................................................ 20
O Que é Avaliação? ...................................................................................................................... 20
Níveis, Modelos e Modalidades ................................................................................................... 21
Avaliação: Etapas Principais ......................................................................................................... 24
Planejamento ............................................................................................................................... 25
Coleta de Dados ........................................................................................................................... 31
Análise de Dados .......................................................................................................................... 32
Elaboração de Relatórios ............................................................................................................. 37
Aplicação dos Resultados ............................................................................................................. 39
5. METODOLOGIA ASSTI ......................................................................................................... 42
Breve Histórico de Iniciativas Anteriores ..................................................................................... 42
Objetivo ........................................................................................................................................ 43
Instrumentação ............................................................................................................................ 44
Matriz Analítica ............................................................................................................................ 47
Índices .......................................................................................................................................... 49
Descrição dos Indicadores ........................................................................................................... 53
Elaboração de Relatórios ............................................................................................................. 71
Fontes Adicionais de Consulta ..................................................................................................... 73
6. INTEGRAÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROCESSO .......................................................................... 74
Avaliação de Processo .................................................................................................................. 75
REFERÊNCIAS ......................................................................................................................... 77
APÊNDICE 1 ........................................................................................................................... 79
Relatório Estudo-Piloto – Validação Do Instrumento .................................................................. 79
APÊNDICE 2 ........................................................................................................................... 82
Questionário ASSTI – Diagnóstico ................................................................................................ 82
APÊNDICE 3 ........................................................................................................................... 90
Questionário ASSTI – Impacto...................................................................................................... 90
APÊNDICE 4 ........................................................................................................................... 98
Instrumento de Avaliação de Processo ........................................................................................ 98
APÊNDICE 5 ........................................................................................................................... 99
Modelo de Relatório Diagnóstico ................................................................................................ 99
APÊNDICE 6 ......................................................................................................................... 106
Modelo de Relatório de Impacto ............................................................................................... 106
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Lista de Figuras
Figura 1. SESI Unidade de Saúde e Segurança na Indústria - Modelo Lógico................................... 15
Figura 2. Modelo de Atuação SESI em Soluções Integradas (SST e PS) ............................................ 18
Figura 3. Fluxograma dos processos de gestão no atendimento em saúde e segurança. ............... 19
Figura 4. Modalidades de avaliação e seus objetivos....................................................................... 23
Figura 5. Etapas do processo de avaliação ....................................................................................... 24
Figura 6. Nomograma para estimativa do tamanho da amostra em populações com até 2.000
trabalhadores. ................................................................................................................... 28
Figura 7. Determinação do tamanho da amostra para uma população com mil trabalhadores em
duas situações hipotéticas: “A”, na qual o erro foi estabelecido em 2 pontos percentuais;
e, “B”, na qual o erro foi estabelecido em 5 pontos percentuais. .................................... 29
Figura 8. Croqui de uma empresa hipotética com delimitação e identificação dos setores. .......... 30
Figura 9. Cenário de priorização para a situação diagnóstica observada em uma empresa
hipotética. ......................................................................................................................... 36
Figura 10. Ferramenta no Microsoft Excel para apoiar o atendimento consultivo, com módulo
específico para priorização de necessidades (seta). ......................................................... 37
Figura 11. Ilustração do processo de construção da matriz analítica e desenvolvimento do
instrumento de coleta de dados. ...................................................................................... 47
Figura 12. Dimensões avaliativas resultantes do agrupamento de indicadores de saúde, segurança
e produtividade. ................................................................................................................ 47
Figura 13. Ilustração do uso da lista de checagem para fins de identificação de pontos de atenção
(em amarelo) e ou críticos (em vermelho) durante avaliação de processo. .................... 76
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METODOLOGIA ASSTI
Lista de Quadros
Quadro 1. Níveis de avaliação e os seus objetivos .......................................................................... 21
Quadro 2. Matriz analítica do questionário de avaliação do trabalhador ....................................... 48
Quadro 3. Exemplo hipotético da observação dos dez indicadores de estilo de vida em três
trabalhadores de uma empresa ....................................................................................... 52
Quadro 4. Modalidades de avaliação e nível de informação (individual e organizacional) ............ 74
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METODOLOGIA ASSTI
1.
APRESENTAÇÃO
Em 2015 e 2016, o Departamento Nacional do Serviço Social da Indústria
liderou um processo de síntese das iniciativas relacionadas à avaliação em saúde e
segurança. Tal esforço resultou na publicação do documento intitulado “Diretrizes e
Procedimentos SESI em avaliação de promoção da Saúde e Produtividade” (SESI,
2016a). Neste documento, apresenta-se uma proposta revisada que procura integrar as
dimensões avaliativas em saúde e segurança com foco no trabalhador industrial. Trata-
se, portanto, de uma ferramenta complementar em relação a outras metodologias
avaliativas como o “Benchmarking Empresarial em Saúde e Segurança”.
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METODOLOGIA ASSTI
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2.
OBJETIVOS
Ao apresentar este documento o SESI Departamento Regional da Paraíba
empreende esforços para garantir que alguns objetivos sejam alcançados. Em especial, a
publicação deste documento visa apresentar as diretrizes técnicas do macroprocesso
monitoramento e avaliação em saúde e segurança, detalhando procedimentos
operacionais previstos no modelo lógico da área de Saúde e Segurança na Indústria e no
Modelo de Atuação SESI em Soluções Integradas (SST e PS). De modo específico, o
conteúdo apresentado no presente documento permitirá:
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METODOLOGIA ASSTI
3.
CENÁRIO, MODELO LÓGICO E FUNDAMENTOS
CENÁRIO E DIRETRIZES NACIONAIS
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MODELO LÓGICO
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PROBLEMA: Os acidentes e as lesões, as afecções musculoesqueléticas e os transtornos mentais e comportamentais são as principais causas de afastamento por incapacidade e aposentadoria
precoce em trabalhadores. Também contribui para este cenário as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). Todas essas enfermidades, afecções e transtornos relacionados ou não ao
trabalho e a incidência de acidentes têm elevada prevalência e/ou incidência, gerando aumento do Seguro de Acidente de Trabalho devido pelas empresas, além dos custos não percebidos e
que são gerados por tais processos. Os acidentes com maior incidência na realidade brasileira têm causas relacionadas à organização do trabalho e aos sistemas produtivos que, em alguns
setores, ainda podem ser insalubres e inseguros. Fatores comportamentais, ambientais e da cultura organizacional são determinantes de um quadro de adoecimento, incapacidade e redução
de desempenho, além de repercutirem na dificuldade de atração e retenção de mão de obra. Por fim, nota-se que o investimento em proteção e promoção da saúde não é visto como valor do
negócio industrial.
RESULTADOS RESULTADOS RESULTADOS
INPUTS (RECURSOS) INTERVENÇÕES/SOLUÇÕES OUTPUTS
CURTO PRAZO MÉDIO PRAZO LONGO PRAZO
Modelo de atuação em rede 50% de participação nos Melhorar o estilo de vida Reduzir a incidência de Reduzir o FAP/SAT
Tecnologias e metodologias serviços oferecidos da força de trabalho do doenças e acidentes Reduzir custos com
para intervenção em saúde e SOLUÇÕES EM 80% de taxa de satisfação entre setor industrial ocupacionais saúde
segurança SEGURANÇA E beneficiários/usuários Melhorar o ambiente de Reduzir a rotatividade Mudar a percepção do
Metodologia para aferição do 60% das empresas atendidas trabalho nas indústrias na força de trabalho empresário em relação
SAÚDE PARA
ROI desenvolvendo soluções em Aumentar o atendimento Controlar fatores de ao “valor” do
Disponibilidade e qualificação INDÚSTRIA ao cumprimento da risco para DCNT investimento em
Segurança e Saúde para
técnica da rede SESI de Indústria legislação em SST Reduzir o absenteísmo Segurança e Saúde
recursos humanos 34 mil empresas atendidas com Melhorar indicadores de por motivos de saúde (mudança de cultura)
Capilaridade regional do SESI serviços de vida saudável presenteísmo (dor e
e do Sistema Indústria 60 mil empresas atendidas com desconforto, concentração,
Infraestrutura física disposição e motivação
serviços de SST
disponível para o trabalho)
8 milhões de trabalhadores
Sistemas integrados de
informação e apoio à gestão ARTICULAÇÃO atendidos
Recursos financeiros (SESI, E INFLUÊNCIA 24 DRs atendendo a indústria
com soluções integradas em OBJETIVO:
empresas e parceiros)
Plano de negócios e de Segurança e Saúde para Contribuir para redução de custos com acidentes no trabalho, absenteísmo
comunicação Indústria por problemas de saúde e presenteísmo, assim como para atração e
Cadernos técnicos e relatórios 10 DRs com atuação integrada retenção do capital humano e aumento da competitividade da indústria.
Estudos e pesquisas sobre do Sistema (Senai, SESI, IEL)
saúde do trabalhador 24 DRs mantendo um plano de
Plano de desenvolvimento de desenvolvimento de
BENEFÍCIOS (RESULTADOS INTANGÍVEIS/DIFÍCIL MONITORAMENTO)
competências INOVAÇÃO EM competências para a rede SESI
Melhoria imagem da empresa
Parcerias com Universidades, SEGURANÇA E de profissionais
Retenção da mão de obra de qualificada
Sindicatos, Planos de Saúde e SAÚDE PARA 7 DRs mantendo pesquisas em
outras entidades Atração de recursos humanos
INDÚSTRIA processos inovadores em
Pesquisas de efetividade e Segurança e Saúde para Redução de custos com ações judiciais e multas referentes a acidentes e
monitoramento Indústria doenças do trabalho
MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO
FATORES INFLUENCIADORES
Figura 1. SESI Unidade de Saúde e Segurança na Indústria - Modelo Lógico
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NÃO NÃO
INICIAR
A Empresa tem CONSULTORIA EM
interesse em um Programa SIM PROMOÇÃO DA
Estruturado de Promoção da SAÚDE
Saúde?
NÃO
A Empresa tem
interesse em ter o apoio NÃO Analisar razões para
do SESI a partir de outros descontinuidade do atendimento
produtos?
SIM
SIM
PLANEJAMENTO DO
ATENDIMENTO
Há necessidade
de mais dados para apoiar o SIM
planejamento do
atendimento? SIM
NÃO
Há necessidade
de rever o planejamento?
ATENDIMENTO NÃO
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METODOLOGIA ASSTI
4.
O MACROPROCESSO AVALIAÇÃO
O QUE É AVALIAÇÃO?
Há, no senso comum, o conceito de que “avaliar” é medir ou aplicar testes. Não é
incomum que ao se perguntar a um profissional como ele faz a avaliação de sua
intervenção ou dos serviços oferecidos aos seus clientes, as respostas fazem referência,
quase que exclusivamente, a procedimentos e instrumentos utilizados a fim de coletar
dados sobre um conjunto, na maioria das vezes, muito específico de fatores (i.e., estresse,
satisfação em relação aos serviços oferecidos, entre outros), variáveis estas que nem
sempre são adequadas ou suficientes para que se possa efetivamente avaliar a
intervenção ou os serviços.
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Decorrido tempo suficiente para que os resultados esperados possam ter sido
alcançados, deve-se realizar avaliações de impacto (curto prazo) e de resultado (longo
prazo). Neste caso, o que se quer é saber se o programa ou os serviços fizeram diferença
na vida dos seus beneficiários e, além disso, tomar decisões quanto à necessidade de
redirecionamento das ações. Esta é a modalidade de avaliação na qual se materializa a
análise da efetividade ou, em outras palavras, das mudanças que ocorreram em
decorrência da execução do plano de ação estabelecido. Os indicadores de impacto são
definidos a partir dos fatores identificados como prioritários para intervenção (exemplo:
aumentar nível de atividade física, melhorar a qualidade dos relacionamentos, entre
outros), ou ainda, pela análise de um conjunto de fatores organizados na forma de um
índice. Os indicadores numa avaliação de resultado são, por conseguinte, aqueles que
demandam maior tempo para sua verificação e estão diretamente associados às metas de
longo prazo do programa/intervenção. Uma melhoria no nível de qualidade de vida, a
redução na incidência de danos à saúde ou a diminuição dos episódios de violências
representam exemplos de metas de longo prazo que constituem o foco em avaliações de
resultado.
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METODOLOGIA ASSTI
PLANEJAMENTO
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METODOLOGIA ASSTI
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METODOLOGIA ASSTI
Mas nas empresas de grande porte, o esforço de avaliação precisa ser bem
dimensionado. Nestas situações determinar um tamanho amostral mínimo pode ser uma
necessidade porque a participação de todos os trabalhadores poderia demandar muito
tempo e não acrescentaria mais informação do que aquela oferecida pela amostra. Surge
então a seguinte pergunta: é preciso obter medidas e informações de quantos
trabalhadores para que os resultados retratem razoavelmente a realidade da empresa?
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METODOLOGIA ASSTI
Esta é uma dúvida frequente e que termina por conduzir os profissionais a dois
tipos de erros: coletar dados de todos os trabalhadores quando isto não seria necessário,
aumentando bastante o custo de avaliação; ou, em outras ocasiões, dimensionar
inadequadamente o tamanho da amostra comprometendo a precisão dos resultados. A
fim de auxiliar os profissionais do SESI a estimarem com razoável precisão o tamanho da
amostra, apresentam-se duas estratégias. A primeira seria recorrer a programas de
computador que permitem estimar o tamanho de amostras. Há vários programas como
esse que são de domínio público (freeware) e podem ser obtidos através da Internet
(exemplos: EpiInfo, EpiCalc e SampleXS). Outra opção é fazer a estimativa a partir de
nomogramas como o que está apresentado na Figura 6.
Figura 6. Nomograma para estimativa do tamanho da amostra em populações com até 2000 trabalhadores.
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METODOLOGIA ASSTI
Figura 7. Determinação do tamanho da amostra para uma população com mil trabalhadores em duas
situações hipotéticas: “A”, na qual o erro foi estabelecido em 2 pontos percentuais; e, “B”, na qual o erro foi
estabelecido em 5 pontos percentuais
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METODOLOGIA ASSTI
seleção dos sujeitos será necessário aumentar o tamanho da amostra em, no mínimo,
mais 50% em relação ao tamanho mínimo. Esta correção é chamada de ajuste para efeito
de delineamento amostral ou simplesmente deff.
Todavia, usualmente é mais comum e mais fácil do ponto de vista operacional que
os colaboradores do SESI recorram a uma amostragem de “setores” ou de conglomerados.
O termo setor aqui não é o equivalente ao setor físico da empresa, por exemplo, setor de
produção ou setor de logística. O termo setor, neste caso, é usado para definir um
pequeno agrupamento de trabalhadores, muito similar ao que os profissionais do SESI
fazem quando vão delimitar, por exemplo, grupos de trabalhadores que constituirão as
turmas a serem atendidas pelo Ginástica na Empresa ou por outros serviços congêneres.
Neste caso, ao invés de recorrer ao sorteio de trabalhadores, efetua-se o sorteio de setores
(ou de turmas) da empresa e, em seguida, todos os trabalhadores deste setor (ou turma)
passam a compor a amostra e são convidados a participar. Para realizar uma amostra de
setores é preciso, inicialmente, identificar e delimitar os setores existentes dentro de cada
empresa. Pode-se, para tanto, elaborar um croqui (esboço) da planta da empresa e ir
delimitando neste desenho os diferentes setores existentes. No exemplo da Figura 8,
ilustra-se uma empresa cuja planta se subdivide em três áreas físicas distintas, cada
uma com um conjunto de setores. Observe-se ainda que os setores têm tamanhos
diferentes, recurso utilizado para indicar que, neste caso hipotético, o número de
trabalhadores por setor é variável. Não há regra para delimitação dos setores. Pode ser
usado um parâmetro ambiental ou da estrutura física do local, assim o setor pode ser
uma sala ou um conjunto de postos de trabalho que estão fisicamente mais próximos.
Figura 8. Croqui de uma empresa hipotética com delimitação e identificação dos setores
30
METODOLOGIA ASSTI
A estratégia adotada para coleta de dados não exerce qualquer interferência nas
questões de dimensionamento amostral. Assim, não importa se os participantes estão
sendo entrevistados ou se estão respondendo a um questionário do tipo papel-caneta ou
mesmo se estão respondendo ao questionário via formulário eletrônico no computador,
pois o número de trabalhadores que devem ser avaliados não se altera pelo modo como os
dados foram ou serão coletados.
Instrumentos
Outro importante aspecto que precisa ser definido ainda na etapa de
planejamento é o instrumento que será utilizado para coleta de dados. Esta definição
deve levar em consideração a natureza dos problemas que se quer monitorar e sobre os
quais irá se intervir. Via de regra, devido à forte inter-relação com eventos de saúde e
com indicadores de produtividade, tais instrumentos recaem na medida de fatores que
expressam estilos de vida e indicadores psicossociais. Medidas de parâmetros fisiológicos
de risco à saúde como a pressão arterial, a glicemia capilar, a massa (peso) corporal e a
estatura podem ser obtidos por meio de instrumentação relativamente simples e de baixo
custo e fornecem indicadores de triagem que podem ser úteis no planejamento do
atendimento às empresas. A morbidade referida também é aceita como medida de
utilidade e que pode ser obtida em avaliações de saúde realizadas em ambiente laboral.
COLETA DE DADOS 5
5 11
Aplicação
Avaliar odos Planejamento
Mobilizar a
Resultados
programa comunidade
Após a etapa de planejamento chega então a fase
2
2
operacional propriamente dita, que consiste na coleta de dados 44
Desenvolver
Coletar e
Coleta de
Elaboração organizar
o plano de de Dados
que irão subsidiar as tomadas de decisões e a aplicação dos
dados
Relatórios
interven ç ão 33
Selecionar
Análise as
de
achados na realidade concreta de intervenção. É importante
prioridades
Dados
31
METODOLOGIA ASSTI
ANÁLISE DE DADOS
Desenvolver Coleta de
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METODOLOGIA ASSTI
O IGEV (Índice Geral de Estilo de Vida) é um bom exemplo de índice, sendo que o
seu computo deriva da integração das medidas relativas a vários indicadores de estilo de
vida e de estresse psicossocial. Um tópico que detalharemos em capítulo seguinte deste
Caderno. A ideia de monitorar a situação de saúde da força de trabalho das empresas a
partir deste índice é de utilidade na gestão de programas corporativos de promoção da
saúde porque temos num único “número” uma síntese de várias informações importantes
para apoiar o planejamento do atendimento e determinar, futuramente, a efetividades
das intervenções realizadas.
Priorização de Necessidades
Uma das principais dúvidas entre profissionais envolvidos em programas de
promoção da saúde é entender como eles podem e devem priorizar aqueles problemas que
devem ser considerados como prioridades, como alvos principais das intervenções a serem
desenvolvidas. Na literatura especializada, há diferentes propostas e critérios que podem
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METODOLOGIA ASSTI
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METODOLOGIA ASSTI
intervenções disponíveis para lidar com os problemas são bem aceitas pela clientela
potencial e pela cultura social ou corporativa onde a solução será implantada.
Uma estratégia que pode ser utilizada é a de listar todos os indicadores que
expressam problemas potenciais que foram identificados no contexto de intervenção e, a
partir daí, começar a analisar cada um destes indicadores à luz dos critérios
supramencionados. Mediante análise dos indicadores o gestor do programa ou a equipe
envolvida no planejamento do atendimento poderá estabelecer uma hierarquia entre os
problemas que precisam ser enfrentados num dado contexto. Uma opção prática que já
foi testada com colaboradores internos do SESI e que parece funcionar bem é o de usar
um sistema de cruzes para atribuir o grau de importância aos indicadores considerando
cada um dos critérios de priorização acima listados, conforme ilustrado na Figura 9. Ao
fim, considera-se como fator com maior prioridade aquele que apresentou maior número
de cruzes.
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METODOLOGIA ASSTI
Critério de priorização
Eficiência das
intervenções
Prevalência/
Importância
Gravidade/
Situação
incidência
Indicador na
empresa
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METODOLOGIA ASSTI
Figura 10. Ferramenta no Microsoft Excel para apoiar o atendimento consultivo, com módulo específico para
priorização de necessidades (seta)
ELABORAÇÃO DE RELATÓRIOS
A elaboração dos relatórios poderá ser efetuada de modo mais rápido e seguro
mediante sistemas informatizados, como aqueles que estão previstos na Metodologia
ASSTI.
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METODOLOGIA ASSTI
linguagem mais simples e objetiva, pois gestores das empresas podem ter tempo e
interesse limitados para a leitura de relatórios com muitos detalhes técnicos.
Outro ponto que deve ser considerado nesta etapa é a definição da estratégia
adequada de comunicação dos resultados. Na maior parte das vezes, gestores e executivos
de empresas não estão interessados ou não tem o tempo necessário para ler extensos
relatórios, mas podem ter interesse num sumário apresentado numa reunião ou em uma
mídia eletrônica bem elaborada. Há, portanto, várias estratégias que podem ser
utilizadas e os profissionais envolvidos devem lançar mão daquelas que são viáveis
dentro do contexto de atuação no qual estão inseridos, considerando as características e
expectativas dos interlocutores nas empresas atendidas. No capítulo subsequente deste
Caderno Técnico há um detalhamento da Metodologia ASSTI, a qual foi desenvolvida a
fim de apoiar profissionais para avaliar programas de saúde e segurança na empresa.
38
METODOLOGIA ASSTI
Um relatório, portanto, não deve ser visto pelos profissionais do SESI somente
como um documento para comunicação de resultados, mas como uma fonte de
informações através das quais ele poderá qualificar ainda mais a sua atuação nas
empresas. Nesse cenário, aplicar os resultados é tomar decisões sobre o atendimento e
sobre as suas condições de oferta e funcionamento mediante análise dos indicadores
diagnósticos, processuais e de impacto disponíveis.
O Avaliador
Ainda sobre o tema da avaliação de programas/intervenções, um tópico que
merece alguma reflexão é analisar quem irá realizar a avaliação. Isto é importante
porque o avaliador deve ser o mais objetivo possível e não deve ter nada a perder ou
ganhar com os resultados da avaliação, caso contrário, a credibilidade do seu trabalho
poderá ser afetada. Assim, seria desejável a atuação de avaliadores externos, o que por
razões logísticas e práticas é quase sempre inviável.
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METODOLOGIA ASSTI
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METODOLOGIA ASSTI
Usando uma metáfora para exemplificação do que ocorre na prática, uma situação
em que apenas os resultados ou impactos são verificados corresponde à situação de um
viajante que compra uma passagem de ônibus para certo destino, mas que não pode
alterar o trajeto, se isto for necessário, ou que não sabe se o trajeto que está sendo
percorrido o levará ao destino pretendido. Mas então, como saber se o destino escolhido é
o desejado? Como saber se o trajeto escolhido é o mais apropriado ou mesmo se o
transporte escolhido o conduzirá ao destino desejado? Para isto é de fundamental
importância que o sistema de avaliação compreenda, além da avaliação de impacto e de
resultados, estratégias de avaliação diagnóstica (avaliação de necessidades e interesses) e
de avaliação do processo.
41
METODOLOGIA ASSTI
5.
METODOLOGIA ASSTI
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METODOLOGIA ASSTI
OBJETIVO
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METODOLOGIA ASSTI
INSTRUMENTAÇÃO
Desenvolvimento dos Instrumentos
Os instrumentos propostos para utilização na Metodologia ASSTI são
questionários que foram construídos especificamente para utilização neste sistema de
avaliação, conforme recomendado na literatura especializada (Hill e Hill, 2008). No
Apêndice 1 está apresentado um relatório descrevendo o processo de validação do
instrumento de medida, desde a fase de revisão da literatura até a análise dos dados
coletados no estudo-piloto. No teste de campo, foram observados aspectos relacionados à
aplicabilidade e às características psicométricas (reprodutibilidade, objetividade e
consistência interna) do instrumento. Validade de face e conteúdo foram estabelecidos
pela consulta a especialistas.
44
METODOLOGIA ASSTI
fábrica) ou via preenchimento digital de formulários enviados por e-mail (em setores
administrativos). Testou-se também a utilização do preenchimento digital de formulários
off-line em setores de chão de fábrica mediante uso de tablets, uma estratégia de
aplicação que demonstrou ser eficiente e garantir a obtenção de dados válidos e
consistentes. Por fim, os questionários foram parametrizados para serem aplicados de
três formas:
(1) Em papel, com posterior entrada de dados via leitura óptica ou tabulados
diretamente em software específico;
45
METODOLOGIA ASSTI
entre outras questões. Considerando-se os elementos reunidos nos grupos focais, partiu-
se, então, para a construção da matriz analítica do instrumento e, por fim, à formatação
do questionário que foi submetido à testagem em estudo- piloto. A versão final do
instrumento a ser empregado na coleta de dados está apresentada no Apêndice 2. Esta
versão deverá ser usada tanto na avaliação diagnóstica quanto na avaliação de impacto,
acrescentando-se ao instrumento de avaliação de impacto somente uma questão
demográfica relativamente à frequência de participação do trabalhador em atividades de
saúde e segurança.
46
METODOLOGIA ASSTI
MATRIZ ANALÍTICA
Ao final do processo, definiu-se um modelo com seis dimensões (Figura 12), o qual
orientou, então, a construção da matriz analítica. Para a construção do instrumento,
recorreu-se à definição de um conjunto de indicadores considerados prioritários para cada
uma dessas dimensões avaliativas.
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METODOLOGIA ASSTI
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METODOLOGIA ASSTI
ÍNDICES
Não se trata de indicadores para uso clínico ou individual como outras escalas
disponíveis, ao contrário, as medidas visam quantificar em nível coletivo a “quantidade”
de absenteísmo e de presenteísmo, sendo que a partir da combinação destes indicadores é
possível gerar um índice que estima a redução ou perda de produtividade. As perguntas
são bastante simples e objetivas e em todas as respostas são atribuídas considerando
uma escala de frequência com quatro categorias: 0 dias/semana; 1-2 dias/semana; 3-7
dias/semana; e 8+ dias/semana. Além das faltas ao trabalho por motivo de saúde
(indicador de absenteísmo), recorre-se às medidas dos seguintes indicadores de
presenteísmo: falta de vontade de vir ao trabalho; falta de disposição ou de ânimo para
realizar as tarefas laborais; dificuldade para se concentrar no trabalho; e dores ou
desconforto ao realizar as tarefas que o seu trabalho exige.
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METODOLOGIA ASSTI
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METODOLOGIA ASSTI
Indicador
Percepção
negativa em Muito Pouco Sem importância
Importante
relação ao uso importante importante nenhuma
(2)
de EPIs (3) (1) (0)
Percepção de Muito
insegurança Seguro Inseguro Muito inseguro
seguro
no trabalho (2) (1) (0)
(3)
Percepção de Risco muito
elevada Risco muito
Risco elevado Risco moderado Risco baixo baixo ou
exposição a elevado
(1) (2) (3) inexistente
riscos físicos (0)
(4)
Percepção de
elevada Risco muito
Risco muito
exposição a Risco elevado Risco moderado Risco baixo baixo ou
elevado
riscos (1) (2) (3) inexistente
(0)
químicos (4)
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METODOLOGIA ASSTI
Quadro 3. Exemplo hipotético da observação dos dez indicadores de estilo de vida em três trabalhadores de
uma empresa
Sujeito
Indicador
A B C
Tabagismo Sim Não Não
Abuso de bebidas alcoólicas Sim Não Não
Relacionamentos interpessoais de baixa qualidade Não Não Sim
Baixa frequência de consumo de frutas ou hortaliças Sim Sim Não
Inatividade física no lazer Não Não Sim
Excessivo tempo de TV Sim Sim Não
Percepção de exposição a elevado nível de estresse Não Sim Não
Consumo excessivo de refrigerantes ou sucos artificiais Sim Sim Não
Percepção negativa de saúde Sim Não Sim
Percepção negativa da qualidade do sono Não Sim Não
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METODOLOGIA ASSTI
Tabagismo
Definição Cálculo
Será considerado tabagista o trabalhador que
referir fumar independentemente do tempo, da N° trabalhadores que relataram ser fumantes
regularidade (ocasional/regular) e da Total de trabalhadores avaliados na empresa
intensidade (quantidade de cigarros) de
exposição a esta conduta de risco à saúde.
Fundamentação
O tabagismo é o principal fator modificável de risco para doenças cardiovasculares, doença
arterial periférica e doença cardíaca congestiva. Aproximadamente 6,4 milhões de pessoas
morrem anualmente devido ao tabagismo, representando 4,7% de todas as mortes no mundo
(GBD 2015 Tobacco Collaborators, 2017). O tabagismo é o principal responsável pelos casos de
câncer de pulmão e de doença respiratória crônica registrados no mundo (Forouzanfar et al,
2016). Tabagismo também aumenta o risco de algumas doenças transmissíveis como a
tuberculose e as infecções respiratórias baixas (GBD 2015 Tobacco Collaborators, 2017). Além
das repercussões em termos de morbidade e mortalidade, a exposição ao tabagismo também
provoca redução da produtividade no trabalho (Centers For Disease Control and Prevention,
2017; Instituto Nacional do Câncer, 2017). O Brasil tem prejuízo anual de R$ 56,9 bilhões com o
tabagismo, sendo que desse total R$ 39,4 bilhões são gastos com despesas médicas e R$ 17,5
bilhões com custos indiretos ligados à perda de produtividade decorrente da incapacitação ou
morte prematura de trabalhadores (INCA, 2017).
Situação atual no setor industrial
Prevalência entre os trabalhadores da indústria é de 9,6% (11,5% entre os homens e 6,4% entre
as mulheres).
53
METODOLOGIA ASSTI
54
METODOLOGIA ASSTI
55
METODOLOGIA ASSTI
Fundamentação
Funcionários com boas oportunidades de atividade física no lazer faltam menos ao trabalho devido à
proteção que a prática de atividades físicas no lazer tem nas doenças cônicas não transmissíveis:
hipertensão, diabetes, acidente vascular cerebral (AVC), cardiopatias e depressão, que são as maiores
responsáveis por absenteísmo no trabalho (CDC, 2017). Neste sentido, trabalhadores praticantes de
atividades físicas regulares apresentam maior capacidade para o trabalho (Raffone e Hennington,
2005), além de uma percepção mais positiva de saúde (Fonseca et al, 2008) e maiores habilidades
relacionadas ao trabalho (Arvidson et al, 2013). Apesar das evidências dos benefícios da prática de
atividade física, pesquisa realizada no Brasil observou que 45% dos trabalhadores da indústria eram
fisicamente inativos (Nahas, 2009; Del Duca et al, 2011).
Situação atual no setor industrial
Prevalência entre os trabalhadores da indústria é de 41,7% (36,7% entre os homens e 50,5% entre as
mulheres).
Excessivo Tempo de TV
Definição Cálculo
Será considerado como exposto a excessivo N° trabalhadores que assistem em média mais de
tempo de TV o trabalhador que referir que três horas de TV/dia
assiste, em média, mais de três horas/dia. Total de trabalhadores avaliados na empresa
Fundamentação
O tempo gasto em comportamentos sedentários está fortemente relacionado ao aumento do risco de
se contrair doenças, havendo múltiplas evidências de que o número de horas diárias que o indivíduo
despende vendo televisão aumenta sua exposição à obesidade e, consequentemente, a outras
doenças. Tempo de TV é o comportamento sedentário mais comum e tem sido constantemente
ligado a consequências adversas à saúde. Pessoas com alto tempo de TV (> 2 horas) tem maior
chance de desenvolver distúrbios alimentares, obesidade, despender menor tempo em atividades
físicas e consequentemente desenvolverem doenças com alto impacto na saúde (CDC, 2017; Hobbs et
al, 2015). Demasiado tempo de TV aumenta o risco em desenvolver diabetes, câncer, doenças
cardiovasculares e respiratórias (Biaswas et al, 2015). Pessoas que assistem duas horas de TV por dia
tem 13% maior risco de morte por qualquer causa (Grøntved e Hu, 2011). Entretanto, pessoas com
altos níveis de atividade física moderada, superior a 60 minutos ao dia, diminuem o risco de
mortalidade associada ao tempo elevado de TV (Ekelund et al, 2016). Trabalhadores com maior
tempo sedentário, entre eles tempo de TV, apresentaram duas vezes maior chance de relatarem
perda na produtividade (Brown et al, 2013). Redução no tempo em atividades sedentárias provocaria
um aumento de faturamento de bilhões de reais decorrente da diminuição de absenteísmo e
presenteísmo (Bounajm et al, 2015).
Situação atual no setor industrial
Estima-se que aproximadamente 29% da população adulta no Brasil assistem televisão por três ou
mais horas diárias (Fonte: PNS, 2013).
56
METODOLOGIA ASSTI
Fundamentação
O pensamento positivo reflete de que maneira as pessoas mantêm expectativas positivas acerca do
seu futuro, potencializando aspectos pessoais relativos ao bom-humor, perseverança, realização e
saúde física (Peterson, 2000). Aspectos primordiais em ambiente de trabalho. Pessoas com
pensamento positivo têm demonstrado maiores níveis de bem-estar em tempos de adversidades ou
dificuldades (Carver, 2014; Reed, 2016), além de maior eficiência na solução de problemas, sucesso e
realização pessoal, aspectos intimamente relacionados à produtividade (Nes e Segerstrom, 2006).
Pessoas com pensamento positivo apresentam menores níveis de estresse (Ng et al, 2014; Reed,
2016) e satisfação com a vida (Reed, 2016), que são aspectos geradores de absenteísmo e
presenteísmo.
Situação atual no setor industrial
Prevalência entre os trabalhadores da indústria é de 12% (Fonte: estudo-piloto do desenvolvimento
da Metodologia ASSTI).
57
METODOLOGIA ASSTI
Fundamentação
O sono é um estado físico que permite o repouso do organismo, para o qual dormir é tão necessário
como a própria alimentação, permitindo a recuperação mental e física, durante o período de vigília
(Guimarães, 2012). Pessoas com menos de 5 horas de sono por dia têm 50% maior risco de
desenvolver diabetes (Gangwisch, 2007) e apresentam duas vezes mais chance de desenvolverem
doenças cardiovasculares (Sabanayagam e Shankar, 2010). Trabalhadores que relataram enfrentar
problemas para dormir em algum momento, apresentaram três vezes maior chance de faltar mais de
uma semana de trabalho, reconhecem diminuição na performance que trabalhadores que não
relataram problemas para dormir, além de maior custo com saúde (Hui et al, 2015). A insônia é um
fator de risco para doenças físicas (hipertensão, infarto agudo do miocárdio), mentais (depressão) e
ocupacionais (Morin e Jarrin, 2013; Silvertsen, 2014) e tem considerável repercussão financeira. Entre
os trabalhadores com insônia, 25% relataram faltas no trabalho e 41% produtividade reduzida (Daley,
2009).
Situação atual no setor industrial
Prevalência entre os trabalhadores da indústria é de 4% (3,9% entre os homens e 4,2% entre as
mulheres).
58
METODOLOGIA ASSTI
Fundamentação
Entende-se por lazer o tempo que as pessoas despendem fora dos momentos de trabalho
(produtivos). O momento de lazer é a oportunidade para que o indivíduo socialize com os amigos,
tenha momentos de prazer com a família e consigo mesmo (Bramante, 2008). Contudo, o nível
socioeconômico é a barreira que mais dificulta as pessoas a terem oportunidades de lazer. O tempo
de lazer tem impacto significativo na percepção de bem-estar, felicidade e satisfação com a vida
(Payne, 2010) bem como com a percepção subjetiva de saúde (Yang, 2012). Pessoas com maiores
oportunidades de lazer apresentam menor quantidade de sintomas depressivos (Goodman et al,
2017) e maior qualidade de vida (Lloyd, 2002). Trabalhadores que aproveitam os feriados e finais de
semana para relaxar, tendem a ser mais inspiradas e criativas do que as que focam seus dias apenas
em trabalhar, assim como os funcionários que “vendem” as férias são menos produtivos do que os
funcionários que as usufrem (Silveira, 2016). Na década de 90, 20 mil organizações passaram a
oferecer programas de lazer para seus funcionários, com vistas à melhoria da produtividade (Durães,
1998). No Brasil, essa atividade vem sendo desenvolvida, em grandes empresas, desde a década de
70 (Aguiar, 2000).
Situação atual no setor industrial
Prevalência entre os trabalhadores da indústria ainda não é conhecida. Dados do estudo-piloto
sugerem que a prevalência entre os trabalhadores seja de aproximadamente 10-15% (Fonte: estudo
piloto da Metodologia ASSTI).
59
METODOLOGIA ASSTI
Fundamentação
A percepção da saúde é uma medida subjetiva que indica o nível global de saúde, refletindo a
percepção das pessoas sobre suas condições de saúde (WHO, 2008). A autoavaliação de saúde está
associada a indicadores de morbimortalidade (WHO, 2008), comportamentos de risco à saúde (Lock e
Possamai, 2007) e condições adversas de vida (Aarnio et al, 2002). Ser fisicamente inativo, ter excesso
de peso, alimentar-se com menor frequência e apresentar um nível elevado de pressão arterial e de
estresse contribuiu para uma percepção de saúde desfavorável (Santos e Marques, 2013). Indivíduos
com valores baixos de estado de saúde autoperceptivo podem usar serviços médicos mais
frequentemente e têm maior ausência do trabalho (absenteísmo) em comparação com aqueles com
percepção positiva em relação à sua saúde (Miilunpalo et al, 1997). No brasil, 33,9% da população
relataram ter uma percepção de saúde regular ou ruim (IBGE, 2013).
Situação atual no setor industrial
Prevalência entre os trabalhadores da indústria é de 13,9% (12,3% entre os homens e 16,9% entre as
mulheres).
60
METODOLOGIA ASSTI
Fundamentação
A cárie é o principal problema bucal dos brasileiros. Nos adultos, praticamente 100% das pessoas
possuem cárie ou restauração dentária realizada (OMS, 2015). Por outro lado, apenas 60% das
pessoas têm acesso a cuidados bucais (OMS, 2015). Funcionários que trabalham em ambientes com
exposição crônica a ruído tem três vezes maiores chances de desenvolver bruxismo (Kovacevic e
Belojevic, 2006). O bruxismo é popularmente conhecido como ranger dos dentes ao dormir e tem
sido associado a estresse psicológico relacionado ao trabalho (Alajbeg et al, 2012). Pessoas com
problemas bucais e cardiopatia tem 19% maiores chances de desenvolver complicações cardíacas
(Dhadse et al, 2010). Problemas de saúde bucal na família também afetam trabalhadores. Em trono
de 9% dos pais precisaram se ausentar do trabalho por conta de problemas dentários dos filhos
(Ribeiro et al, 2015). A dor de dente é a principal razão pelas quais 75-80% das pessoas procuram
serviço de saúde, resultando em importante fator para absenteísmo no trabalho (Brasil, 2002).
Situação atual no setor industrial
Estima-se que aproximadamente 20% da população adulta no Brasil referem uma percepção de
saúde bucal negativa (Fonte: PNS, 2013).
Hipertensão Referida
Definição Cálculo
Será considerado como caso de hipertensão
referida quando o trabalhador referir que um N° trabalhadores que referiram hipertensão ou
médico ou profissional de saúde tenha informado uso de medicação para controle da pressão
que o mesmo é portador desta condição e/ou arterial
quando o trabalhador tiver referido uso de Total de trabalhadores avaliados na empresa
medicação para controle da pressão arterial.
Fundamentação
Pressão arterial elevada por um período do tempo danifica as paredes dos vasos sanguíneos e o
coração e aumenta o risco de desenvolver doenças cardiovasculares e acidente vascular cerebral
(Kochanek, 2011). Doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no Brasil (Sociedade
Brasileira de Cardiologia [SBC], 2016) e no Mundo (OMS, 2015). Estima-se que 10% dos jovens (< 18
anos), 30% dos adultos e 50% dos idosos são hipertensos (SBC, 2016). Sedentarismo, estresse, maus
hábitos alimentares, excesso de peso e tabagismo são os principais fatores de risco para o
desenvolvimento de quadro hipertensivo (Sociedade Brasileira de Hipertensão [SBH], 2010; IBGE,
2014). Trabalhadores com hipertensão geram elevados custos com assistência médica, maior
quantidade de ausências no trabalho (absenteísmo), comprometimento da concentração
(presenteísmo), além de queda na produtividade e na qualidade de vida (SBH, 2010).
Situação atual no setor industrial
Estima-se que aproximadamente 21,4% da população adulta no Brasil referem diagnóstico de
hipertensão arterial (Fonte: PNS, 2013).
61
METODOLOGIA ASSTI
Diabetes Referida
Definição Cálculo
Será considerado como caso de diabetes referida
quando o trabalhador referir que um médico ou N° trabalhadores que referiram diabetes ou uso
profissional de saúde tenha informado que o de medicação para controle da diabetes
mesmo é portador desta condição e/ou quando o Total de trabalhadores avaliados na empresa
trabalhador tiver referido uso de medicação para
controle da diabetes.
Fundamentação
Em torno de 422 milhões dos adultos têm diabetes. Todos os anos, 1 milhão de pessoas morrem
devido a esta doença, caracterizada por um aumento nos níveis de açúcar no sangue. Com o passar
do tempo, pessoas com diabetes não controlada sofrem sérios danos no coração, vasos sanguíneos,
olhos, rins e nervos (Organização Mundial de Saúde, 2017). No Brasil, em 2013, foram gastos 1.500
dólares por pessoa devido ao diabetes (International Diabetes Federation, 2013). Pessoas acima do
peso, inativas fisicamente (menos de três dias na semana praticando atividades físicas moderadas a
vigorosas), acima de 45 anos ou pessoas com histórico familiar com diabetes apresentam risco
aumentado para apresentar esta doença. Pessoas com diabetes param de trabalhar mais cedo
(Herquelot et al, 2011), além de serem despedidas (Yassin et al, 2002). Também há relato de perda de
produtividade decorrente da enfermidade (Vijan et al, 2004; Tunceli et al, 2005).
Situação atual no setor industrial
Estima-se que aproximadamente 6,2% da população adulta no Brasil referem diagnóstico de diabetes
(Fonte: PNS, 2013).
62
METODOLOGIA ASSTI
AVC Referido
Definição Cálculo
Será considerado como caso de AVC referido
quando o trabalhador referir que um médico ou N° trabalhadores que referiram AVC ou derrame
profissional de saúde tenha informado que o Total de trabalhadores avaliados na empresa
mesmo sofreu um AVC ou derrame.
Fundamentação
O acidente vascular cerebral (AVC) é a segunda principal causa de morte no mundo, acometendo
mais de seis milhões de pessoas (OMS, 2015). A hipertensão é a principal causa de AVC. Do mesmo
modo, pessoas com colesterol alto, doenças coronárias, diabetes, obesidade e anemia falciforme tem
maior risco em sofrer AVC, principalmente em pessoas com idade mais avançada. Pesquisa que
avaliou 138.782 trabalhadores observou que pessoas em empregos estressantes tinham 22% maior
chance de sofrerem AVC que trabalhadores com empregos pouco estressantes (Huang et al, 2015).
Estilo de vida saudável é um forte aliado na prevenção do AVC. Pessoas que praticam atividade física,
não fumantes, com alimentação balanceada e que não abusam do consumo de álcool tem menor
risco de sofrerem AVC.
Situação atual no setor industrial
Estima-se que aproximadamente 1 a 2% da população adulta no Brasil referem diagnóstico de AVC ou
derrame (Fonte: PNS, 2013).
63
METODOLOGIA ASSTI
Depressão Referida
Definição Cálculo
Será considerado como caso de depressão
quando o trabalhador referir que um médico ou N° trabalhadores que referiram depressão
profissional de saúde mental tenha informado Total de trabalhadores avaliados na empresa
que o mesmo é portador desta condição.
Fundamentação
Depressão é a maior causa de incapacidade no mundo (Murray et al, 2010), afetando 350 milhões de
pessoas. Sendo o maior responsável pela diminuição da produtividade, impactando na economia das
empresas e países (Burton et al, 2004; Henderson et al, 2011). Por exemplo, 30% dos trabalhadores
brasileiros relataram faltar ao trabalho ao menos um dia devido a sintomas depressivos (Evans-Lacko
e Knapp, 2016). Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde, 2011), a depressão será a segunda
principal causa de afastamento de profissionais no mundo até 2020. A previdência social registrou,
em 2016, o afastamento de 75,3 mil trabalhadores por causa de quadros depressivos, sendo o quinto
país em número de casos depressivos, resultando em 206 bilhões de reais em perdas relacionadas à
depressão no trabalho (Evans-Lacko e Knapp, 2016).
Situação atual no setor industrial
Estima-se que aproximadamente 7,6% da população adulta no Brasil referem diagnóstico de
depressão (Fonte: PNS, 2013).
64
METODOLOGIA ASSTI
Fundamentação
Absenteísmo é usado para designar a soma dos períodos de ausência de um funcionário de seu
ambiente de trabalho. As principais causas do absenteísmo são: estresse, depressão, assédio moral,
doenças, lesões corporais – muitas vezes causadas no emprego (lesões por esforço repetitivo e
acidentes) (Vargas-Prada et al. 2016). A perda excessiva de dias de trabalho ocasiona diminuição da
produtividade, podendo impactar nas finanças das empresas e também do país por perda na recolha
de impostos. Por exemplo, empresas americanas gastam em média 1.685 dólares por funcionário por
ano decorrente do absenteísmo (CDC, 2015). De acordo com a Confederação Nacional da Indústria
(CNI), se somados os dias de afastamento e faltas de todos os trabalhadores em 2014, o Brasil teve 35
milhões de dias parados. A prevenção e tratamento das condições de saúde existentes e
engajamento dos funcionários são os principais meios de prevenir absenteísmo nas empresas (CDC,
2017).
Situação atual no setor industrial
Prevalência entre os trabalhadores da indústria é de 4,5% (4,2% entre os homens e 4,9% entre as
mulheres).
Fundamentação
Presenteísmo é a relação existente entre a enfermidade e a perda de produtividade no ambiente
laboral (Paschoalin, 2012; Rojas, 2007). O profissional está no local de trabalho, mas por apresentar
problemas de saúde físico ou psicológico, não consegue cumprir suas atividades laborais
satisfatoriamente, diminuindo a produtividade (Martinez et al, 2007). Segundo a International Stress
Management Association (ISMA-BR, 2009), 89% das pessoas que relataram presenteísmo apresentam
sintomas físicos como dores musculares, incluindo dor de cabeça; 72% sentem cansaço; 39% sofrem
de distúrbio de sono e 28% têm doenças gastrointestinais. Problemas de saúde (doenças agudas ou
crônicas), contexto de trabalho (demandas, estabilidade/tipo de contrato, sistema de recompensa) e
os fatores pessoais ou individuais (atitude em relação ao trabalho, personalidade e excesso de
comprometimento com o trabalho) são os principais fatores causadores do presenteísmo (Pérez-
Nebra, 2016). A Organização Mundial de Saúde em parceria com Global Corporate Challenge
estimaram que as empresas podem perder até três meses ao ano de produtividade decorrentes do
presenteísmo. No Brasil, estima-se que os custos relativos ao presenteísmo são da ordem de 42
bilhões de dólares por ano (ISMA, 2009). Entretanto, empresas que avaliam os fatores causadores do
presenteísmo e submetem seus funcionários a um programa de treinamento têm observado
resultados promissores de recuperação de até 10 dias de trabalho produtivo ao ano (Sackett, 2016).
Situação atual no setor industrial
Prevalência entre os trabalhadores da indústria é de 11,3% (10,3% entre os homens e 13,2% entre as
mulheres).
65
METODOLOGIA ASSTI
Fundamentação
A dificuldade de concentração limita a produtividade não só em termos de quantidade de trabalho,
mas também em termos de qualidade do trabalho produzido (Hemp, 2004; Shamansky, 2002).
Quanto menor é a concentração no trabalho, menor estado psicológico para desempenhar as suas
funções no seu local de trabalho (Koopman, et al., 2002). Em relação a qualidade da produção, a
dificuldade de concentração reflete essencialmente em erros e omissões nos procedimentos de
trabalho, em relação à quantidade, a produção não corresponde aquilo que é esperado em termos de
objetivos de trabalho (Martinez et al., 2007). A falta de concentração é um dos maiores problemas do
mundo corporativo. Uma das principais causas de falta de concentração é a sonolência diurna
excessiva, levando a um aumento no absenteísmo (a ausência no trabalho é 2,8 vezes maior) e no
número de acidentes de trabalho (700% maior) devido à falta de concentração (Fundação Nacional
do Sono, 2010).
Situação atual no setor industrial
Prevalência entre os trabalhadores da indústria é de 9,2% (8,3% entre os homens e 10,8% entre as
mulheres).
66
METODOLOGIA ASSTI
Fundamentação
Desordens musculoesqueléticas, como dores e desconforto, representam uma proporção
considerável de lesões ocupacionais em diversos países e tem sido reconhecida pelas Nações Unidas
e a Organização Mundial de Saúde como o maior custo para o indivíduo, a indústria e a comunidade
(Woolf e Pfleger, 2003). Entre 1/3 a 1/5 dos indivíduos convive com dores e incapacitantes condições
musculoesqueléticas (Organização Mundial da Saúde [OMS], 2018). Boa parte das dores e
desconfortos relatados pelos trabalhadores está relacionada a tarefas repetitivas (lesões de esforço
repetitivo), falta de ergonomia e uso de forças extremas (Bernard, 1997). Riscos relacionados ao
trabalho, como lesões e falhas na estrutura ergonômica no trabalho são responsáveis por 37% de
todas as dores nas costas e 8% das lesões nos trabalhadores (OMS, 2017).
Situação atual no setor industrial
Prevalência entre os trabalhadores da indústria é de 15,7% (13,7% entre os homens e 19,4% entre as
mulheres).
67
METODOLOGIA ASSTI
Fundamentação
Segurança no trabalho lida com todos os aspectos de saúde e segurança no ambiente de trabalho e
seu foco principal é a prevenção de acidentes (Organização Mundial de Saúde [OMS], 2015). A OMS
destaca que a maioria das condições de segurança oferecidas nas empresas é inadequada (OMS,
2015). Acidente de trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo
exercício do trabalho, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a
perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho (Brasil, 1991 - Lei nº
8.213/91). Em 2013, foram registrados 717.911 acidentes de trabalho. Cerca de sete brasileiros
perdem a vida todos os dias em acidentes de trabalho no Brasil, totalizando uma média de 2.500
óbitos a cada ano no país (Ministério da Previdência Social, 2013). Deste modo, o Brasil é o 4° país
com o maior número de morte no trabalho, atrás apenas da China, Estados Unidos e Rússia
(Organização Internacional do Trabalho, 2012). Além de representar um custo estimado de 16 bilhões
de reais anuais para a Previdência Social, 12 bilhões de reais a cada ano para as empresas privadas do
país, devido à perda de produtividade, absenteísmo e presenteísmo (INSS, 2009).
Situação atual no setor industrial
Prevalência entre os trabalhadores da indústria ainda não é conhecida. Dados do estudo-piloto
sugerem que a prevalência entre os trabalhadores seja de aproximadamente 8-12% (Fonte: estudo-
piloto da Metodologia ASSTI).
68
METODOLOGIA ASSTI
69
METODOLOGIA ASSTI
Fundamentação
Desordens musculoesqueléticas estão no topo das causas de incapacidade temporária ou definitiva
ao trabalho. Ao menos em parte, posturas corporais inadequadas ou compensatórias às demandas
laborais estão entre as principais causas de tais desordens (Comper, Macedo e Padula, 2012). Estudos
revelaram que a exposição a posturas inadequadas está prospectivamente associada à dor lombar
crônica (van Oostrom et al, 2012; Soe et al, 2015). Trabalhadores que conhecem os riscos associadas
à realização de tarefas com postura corporal inadequada tendem a estar mais protegidos em relação
às desordens musculoesqueléticas. Acredita-se que o desenvolvimento de intervenções capazes de
aumentar o conhecimento dos trabalhadores sobre questões relacionadas à ergonomia e equilíbrio
postural são fundamentais para aumentar a percepção de segurança no ambiente de trabalho,
inclusive atenuando a incidência de desordens musculoesqueléticas.
Situação atual no setor industrial
Prevalência entre os trabalhadores da indústria brasileiros ainda é desconhecida.
70
METODOLOGIA ASSTI
ELABORAÇÃO DE RELATÓRIOS
71
METODOLOGIA ASSTI
Um relatório, portanto, não deve ser visto pelos profissionais do SESI somente
como um documento para comunicação de resultados, mas como uma fonte de
informações por meio da qual ele poderá qualificar ainda mais a sua atuação nas
empresas industriais. Nesse cenário, aplicar os resultados é tomar decisões sobre o
atendimento e sobre as suas condições de oferta e funcionamento mediante análise dos
indicadores diagnósticos, processuais e de impacto disponíveis.
72
METODOLOGIA ASSTI
73
METODOLOGIA ASSTI
6.
INTEGRAÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROCESSO
74
METODOLOGIA ASSTI
AVALIAÇÃO DE PROCESSO
75
METODOLOGIA ASSTI
amarela) ou críticas (cor vermelha) são suficientes para orientar uma tomada de decisão
e o redirecionamento ou modificação das ações em curso. Por exemplo, na pergunta “há
subgrupos de trabalhadores da população-alvo que não estão sendo alcançados pelas
ações/serviços?”, se a resposta para for “em parte” ou “sim”, alguma ação deverá ser
adotada para corrigir o problema que foi identificado (Figura 13).
Figura 13. Ilustração do uso da lista de checagem para fins de identificação de pontos de atenção (em
amarelo) e ou críticos (em vermelho) durante avaliação de processo
76
METODOLOGIA ASSTI
REFERÊNCIAS
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77
METODOLOGIA ASSTI
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•GUERRA, HL.; LOPES, LG. Referencial teórico para estruturação do Gerenciamento do Risco
Saúde na Indústria (GRSI). Brasília: Serviço Social da Indústria/Departamento Nacional; 2007.
78
METODOLOGIA ASSTI
APÊNDICE 1
Métodos
O instrumento proposto foi testado em estudo-piloto que consistiu de duas aplicações
experimentais realizadas por colaboradores do SESI-DR PB em empresas industriais que já
são clientes atendidos pelo SESI com serviços da área de promoção da saúde. Os
profissionais que participaram dessa fase do estudo-piloto foram orientados a realizar a
aplicação do instrumento reproduzindo procedimentos padronizados que culminaram com
a metodologia proposta neste Caderno Técnico.
Aplicabilidade
Diferentes estratégias de administração do instrumento foram testadas nestas fases do
estudo-piloto, observando-se que os melhores resultados (compreensão dos itens, tempo de
preenchimento e adesão dos trabalhadores ao procedimento) foram alcançados mediante
uso de uma estratégia de aplicação denominada de “entrevista coletiva”, na qual um pequeno
grupo de trabalhadores (8-10) recebia orientação de um instrutor para preenchimento do
questionário, podendo e sendo estimulado a esclarecer dúvidas com o mesmo.
Observou-se que trabalhadores com menor grau de escolaridade e com limitação funcional
no uso de tecnologias digitais (tablets) podem necessitar de maior tempo para
preenchimento e, no caso dos primeiros, entrevista individual (face a face) é requerida. O
tempo despendido pelos trabalhadores para participação na entrevista foi de
aproximadamente 20 minutos, em média. De modo geral, não se observou dificuldade de
compreensão dos itens do questionário e quando as dúvidas surgiam a presença do
aplicador permitia o esclarecimento das mesmas.
79
METODOLOGIA ASSTI
Consistência de medidas
O instrumento foi testado simultaneamente para verificação da consistência de medidas
teste-reteste, com verificação de duas características psicométricas relevantes
(reprodutibilidade e objetividade). Esta análise foi efetuada tanto na primeira quanto na
segunda fase do piloto, sendo que na primeira serviu à identificação de itens do
questionário que precisaram ser suprimidos devido à baixa consistência de medidas. Em
relação ao observado na segunda fase do piloto, todos os itens do questionário permitiram
gerar indicadores de saúde e segurança razoavelmente consistentes em réplicas da
aplicação do instrumento. O menor coeficiente de concordância ajustado para prevalência e
viés (PABAK, uma variação do coeficiente Kappa) foi de 0,70 (percepção de elevada
exposição a riscos físicos), ainda assim aceitável para medidas autorreferidas.
Tabela 1. Coeficientes Kappa para os indicadores de saúde e segurança que podem ser obtidos a partir da
aplicação da Metodologia ASSTI
Dimensão Indicador Kappa
Estilo de vida Tabagismo 1,00
Abuso de bebidas alcoólicas 0,94
Baixa frequência de consumo de frutas ou hortaliças 0,79
Consumo excessivo de refrigerantes ou sucos artificiais -
Elevado consumo de sal -
Inatividade física no lazer 0,91
Excessivo tempo de TV (comportamento sedentário) 0,95
Estresse Percepção de exposição a elevado nível de estresse 1,00
Pensamentos negativos e pessimistas 0,99
Percepção negativa quanto aos relacionamentos interpessoais 0,97
Percepção negativa da qualidade do sono 0,98
Dificuldade de relaxar e usufruir do lazer -
Insatisfação com as condições de trabalho na empresa 0,96
Morbidade e Excesso de peso corporal 0,98
percepção de Percepção negativa de saúde 0,99
saúde Percepção negativa de saúde bucal 1,00
Hipertensão referida 0,97
Diabetes referida 0,99
Colesterol alto referido 0,91
AVC referido 1,00
Artrite ou reumatismo referido 0,97
Asma ou bronquite asmática referido 1,00
Depressão referida 1,00
Produtividade Faltas por motivos de saúde 0,97
Falta de vontade de vir ao trabalho 0,97
Falta de disposição (ânimo ou energia) 0,94
Dificuldade para se concentrar 0,99
Dores/desconforto na realização de tarefas 0,90
Segurança no Percepção negativa em relação ao uso de EPIs 0,92
trabalho Percepção de insegurança no trabalho 1,00
Percepção de elevada exposição a riscos físicos 0,70
Percepção de elevada exposição a riscos químicos 0,82
Percepção de iluminação precária ou insuficiente 0,86
Percepção de elevada exposição a riscos de queimaduras, cortes ou choques 0,83
Percepção de risco associado à postura corporal inadequada -
80
METODOLOGIA ASSTI
Análise fatorial
O segundo parâmetro psicométrico observado foi a análise fatorial, que, resumidamente,
consiste na avaliação de dois componentes: (1) analisar a contribuição de cada item do
questionário na formação de um respectivo constructo (dimensão), quantificada por meio
da carga fatorial (CF). Adotou-se como critério que itens com valores de CF menores que 0,4
indicavam baixa contribuição para medida do constructo (dimensão). Este procedimento
serviu, num primeiro momento, para identificação de itens (questões) que mesmo exibindo
boa consistência de medidas teste-reteste contribuíam pouco para a medida de uma dada
dimensão avaliativa. Nestas análises, adotou-se como critério mínimo de ajustamento que
cada dimensão deveria alcançar um índice de qualidade do constructo (QC) de, no mínimo,
0,5. A qualidade de alguns constructos melhorava ao se recorrer à subdivisão de alguns
domínios, por exemplo, o domínio “morbidade e percepção de saúde” parece agrupar dois
domínios distintos “morbidade” e “percepção de saúde”, mas, optou-se por manter
inalterada a proposta já que a qualidade mínima de constructo havia sido alcançada.
Tabela 2. Qualidade do constructo resultante da análise fatorial e número de itens que compõem cada
dimensão avaliativa na Metodologia ASSTI
Conclusões
Diante dos dados supramencionados, conclui-se que o instrumento proposto para utilização
na Metodologia ASSTI apresenta, de modo geral, excelentes indicadores de consistência de
medidas teste-reteste, além de evidência de validade de face e conteúdo. A análise fatorial
demonstrou que as medidas dos itens apresentam carga fatorial na medida dos respectivos
constructos (dimensões avaliativas). Some-se a isto a observação em campo de que o
instrumento permite a obtenção de grande quantidade de informação sobre indicadores de
saúde e segurança em tempo de aplicação relativamente curto (~20 minutos em média).
81
METODOLOGIA ASSTI
APÊNDICE 2
QUESTIONÁRIO ASSTI – DIAGNÓSTICO
Avaliação de Saúde e Segurança na Indústria - Diagnóstico
Atenção:
As informações fornecidas neste questionário são confidenciais (sigilosas) e
anônimas, de modo que você não precisa e não deve incluir qualquer tipo de
identificação pessoal.
Os dados serão analisados somente de modo coletivo, servindo ao planejamento e
avaliação de serviços de saúde e segurança que estão sendo ou podem ser
oferecidos a você nesta empresa.
Por se tratar de uma ação avaliativa é muito importante que você responda com a
máxima exatidão e muita sinceridade a este questionário.
Não há respostas erradas! Você deve apenas procurar ser coerente e o mais
preciso possível em suas respostas.
Se você sentir dificuldades para responder qualquer uma das perguntas, por favor,
peça auxílio ao aplicador!
3. Qual das opções melhor descreve a sua situação conjugal, o seu estado civil?
Solteiro(a)
Casado(a) ou vivendo com parceiro(a)
Viúvo(a), desquitado(a) ou divorciado(a)
82
METODOLOGIA ASSTI
9. Nos últimos 30 dias, você tomou mais de cinco (5) doses de bebidas alcoólicas
numa mesma ocasião? (Atenção: considere que 1 dose = 1/2 garrafa de
cerveja, 1 latinha de cerveja, 1 copo de vinho ou 1 dose comercial de qualquer
bebida destilada como cachaça, vodca, uísque ou conhaque)
Não
Sim
9. Nos últimos 30 dias, você tomou mais de quatro (4) doses de bebidas
alcoólicas numa mesma ocasião? (Atenção: considere que 1 dose = 1/2
garrafa de cerveja, 1 latinha de cerveja, 1 copo de vinho ou 1 dose comercial
de qualquer bebida destilada como cachaça, vodca, uísque ou conhaque)
Não
Sim
10. Durante uma semana normal, com que frequência você come frutas ou toma suco
de frutas natural? [Atenção: não considerar o consumo de sucos artificiais]
Nunca
1 a 3 vezes por semana
4 a 6 vezes por semana
Diariamente, 1 vez por dia
Diariamente, 2 ou mais vezes por dia
83
METODOLOGIA ASSTI
11. Durante uma semana normal, com que frequência você come verduras, hortaliças,
saladas verdes ou legumes crus ou cozidos? [Atenção: não considerar o consumo de
batata, mandioca ou inhame]
Nunca
1 a 3 vezes por semana
4 a 6 vezes por semana
Diariamente, 1 vez por dia
Diariamente, 2 ou mais vezes por dia
12. Durante uma semana normal, com que frequência o(a) senhor(a) toma refrigerantes
ou sucos artificiais?
Nunca
1 a 3 vezes por semana
4 a 6 vezes por semana
Diariamente, 1 vez por dia
Diariamente, 2 ou mais vezes por dia
13. Somando a comida preparada na hora e os alimentos industrializados você acha que
seu consumo de sal é:
Muito alto
Alto
Adequado
Baixo
Muito baixo
14. No seu tempo de lazer, você realiza regularmente algum tipo de atividade física,
como esportes, exercícios físicos (ginástica, caminhada, corrida), danças ou artes
marciais?
NÃO, e não estou interessado(a) em realizar atividades físicas no meu tempo
de lazer num futuro próximo
NÃO, mas estou interessado(a) em realizar atividades físicas no meu tempo
de lazer num futuro próximo
SIM, participo de atividades físicas 1 ou 2 vezes por semana
SIM, participo de atividades físicas 3 ou 4 vezes por semana
SIM, participo de atividades físicas 5 ou mais vezes por semana
84
METODOLOGIA ASSTI
15. Em média, quantas horas por dia você costuma gastar assistindo televisão?
Não assiste televisão
Menos de 1 hora
Entre 1 e 2 horas
Entre 2 e 3 horas
Entre 3 e 4 horas
Entre 4 e 5 horas
Entre 5 e 6 horas
Mais de 6 horas
17. Com que frequência você pensa de forma negativa e pessimista em relação ao
futuro?
Nunca
Raramente
Algumas vezes
Na maior parte das vezes
Sempre
18. De uma maneira geral, como você classifica a qualidade dos relacionamentos que
mantém com outras pessoas (amigos, colegas de trabalho, chefes)?
Excelente
Bom
Regular
Ruim
85
METODOLOGIA ASSTI
20. Com que frequência você é capaz de relaxar e aproveitar o seu tempo de lazer?
Nunca
Raramente
Algumas vezes
Na maior parte das vezes
Sempre
21. Qual o seu nível de satisfação em relação às condições de trabalho que você tem nesta
empresa [caracterizam a condição de trabalho fatores como remuneração, jornada de
trabalho, percepção de segurança, relação com a chefia, entre outros fatores?
Muito satisfeito
Satisfeito
Nem satisfeito/nem insatisfeito
Insatisfeito
Muito insatisfeito
23. Você saber informar qual é a sua altura atual? |__| metro |__||__| centímetros
24. De um modo geral, como você classifica o seu estado de saúde atual?
Muito bom
Bom
Regular
Ruim
Muito ruim
25. De um modo geral, como você avalia a sua saúde bucal (dentes e gengivas)?
Muito boa
Boa
Regular
Ruim
Muito ruim
26. Por favor pense sobre a sua condição atual de saúde e responda às seguintes
perguntas:
Não sabe
Sim Não ou não
lembra
Algum médico ou profissional de saúde já lhe disse que
você tem ou teve hipertensão arterial ou pressão alta?
Algum médico já lhe receitou um medicamento para
pressão alta?
Algum médico ou profissional de saúde já lhe disse que
86
METODOLOGIA ASSTI
28. Nos últimos 30 dias, em quantos dias você NÃO sentiu vontade de vir ao trabalho?
Nenhum Sinto sempre vontade de vir o trabalho
1 a 2 dias
3 a 7 dias
8 dias ou mais
29. Nos últimos 30 dias, em quantos dias você se sentiu indisposto ou sem ânimo
(energia) para realizar tarefas que o seu trabalho exige?
Nenhum Sinto-me sempre com bom ânimo para o trabalho
1 a 2 dias
3 a 7 dias
8 dias ou mais
30. Nos últimos 30 dias, em quantos dias você sentiu dificuldade para se concentrar no
trabalho?
Nenhum Consigo sempre manter bom nível de concentração
1 a 2 dias
3 a 7 dias
8 dias ou mais
87
METODOLOGIA ASSTI
31. Nos últimos 30 dias, em quantos dias você sentiu dores ou desconforto ao realizar as
tarefas que o seu trabalho exige?
Nenhum Não sinto dores/desconforto ao realizar as minhas tarefas
1 a 2 dias
3 a 7 dias
8 dias ou mais
34. Em sua percepção, qual o grau de risco ao qual você está exposto pelo contato com
agentes físicos (calor, frio, vibração ou ruído em excesso) no seu ambiente de
trabalho?
Risco muito elevado
Risco elevado
Risco moderado
Risco baixo
Risco muito baixo ou inexistente
35. Em sua percepção, qual o grau de risco ao qual você está exposto pelo contato com
agentes químicos (poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores) no seu
ambiente de trabalho?
Risco muito elevado
Risco elevado
Risco moderado
Risco baixo
Risco muito baixo ou inexistente
88
METODOLOGIA ASSTI
36. Em sua percepção, qual o grau de risco ao qual você está exposto pela realização de
atividades em ambiente com iluminação precária ou insuficiente?
Risco muito elevado
Risco elevado
Risco moderado
Risco baixo
Risco muito baixo ou inexistente
37. Em sua percepção, qual o grau de risco de você sofrer queimaduras, cortes ou
choques decorrentes da realização de trabalho com manipulação de ferramentas e
máquinas?
Risco muito elevado
Risco elevado
Risco moderado
Risco baixo
Risco muito baixo ou inexistente
38. Em sua percepção, qual o grau de risco ao qual você está exposto pela realização de
tarefas com postura corporal inadequada?
Risco muito elevado
Risco elevado
Risco moderado
Risco baixo
Risco muito baixo ou inexistente
89
METODOLOGIA ASSTI
APÊNDICE 3
QUESTIONÁRIO ASSTI – IMPACTO
Avaliação de Saúde e Segurança na Indústria - Diagnóstico
Atenção:
As informações fornecidas neste questionário são confidenciais (sigilosas) e
anônimas, de modo que você não precisa e não deve incluir qualquer tipo de
identificação pessoal.
Os dados serão analisados somente de modo coletivo, servindo ao planejamento e
avaliação de serviços de saúde e segurança que estão sendo ou podem ser
oferecidos a você nesta empresa.
Por se tratar de uma ação avaliativa é muito importante que você responda com a
máxima exatidão e muita sinceridade a este questionário.
Não há respostas erradas! Você deve apenas procurar ser coerente e o mais
preciso possível em suas respostas.
Se você sentir dificuldades para responder qualquer uma das perguntas, por favor,
peça auxílio ao aplicador!
Masculino
Feminino
3. Qual das opções melhor descreve a sua situação conjugal, o seu estado civil?
Solteiro(a)
Casado(a) ou vivendo com parceiro(a)
Viúvo(a), desquitado(a) ou divorciado(a)
90
METODOLOGIA ASSTI
9. Nos últimos 30 dias, você tomou mais de cinco (5) doses de bebidas alcoólicas
numa mesma ocasião? (Atenção: considere que 1 dose = 1/2 garrafa de
cerveja, 1 latinha de cerveja, 1 copo de vinho ou 1 dose comercial de qualquer
bebida destilada como cachaça, vodca, uísque ou conhaque)
Não
Sim
9. Nos últimos 30 dias, você tomou mais de quatro (4) doses de bebidas
alcoólicas numa mesma ocasião? (Atenção: considere que 1 dose = 1/2
garrafa de cerveja, 1 latinha de cerveja, 1 copo de vinho ou 1 dose comercial
de qualquer bebida destilada como cachaça, vodca, uísque ou conhaque)
Não
Sim
91
METODOLOGIA ASSTI
10. Durante uma semana normal, com que frequência você come frutas ou toma suco
de frutas natural? [Atenção: não considerar o consumo de sucos artificiais]
Nunca
1 a 3 vezes por semana
4 a 6 vezes por semana
Diariamente, 1 vez por dia
Diariamente, 2 ou mais vezes por dia
11. Durante uma semana normal, com que frequência você come verduras, hortaliças,
saladas verdes ou legumes crus ou cozidos? [Atenção: não considerar o consumo de
batata, mandioca ou inhame]
Nunca
1 a 3 vezes por semana
4 a 6 vezes por semana
Diariamente, 1 vez por dia
Diariamente, 2 ou mais vezes por dia
12. Durante uma semana normal, com que frequência o(a) senhor(a) toma refrigerantes
ou sucos artificiais?
Nunca
1 a 3 vezes por semana
4 a 6 vezes por semana
Diariamente, 1 vez por dia
Diariamente, 2 ou mais vezes por dia
13. Somando a comida preparada na hora e os alimentos industrializados você acha que
seu consumo de sal é:
Muito alto
Alto
Adequado
Baixo
Muito baixo
14. No seu tempo de lazer, você realiza regularmente algum tipo de atividade física,
como esportes, exercícios físicos (ginástica, caminhada, corrida), danças ou artes
marciais?
NÃO, e não estou interessado(a) em realizar atividades físicas no meu tempo
de lazer num futuro próximo
NÃO, mas estou interessado(a) em realizar atividades físicas no meu tempo
de lazer num futuro próximo
SIM, participo de atividades físicas 1 ou 2 vezes por semana
SIM, participo de atividades físicas 3 ou 4 vezes por semana
SIM, participo de atividades físicas 5 ou mais vezes por semana
92
METODOLOGIA ASSTI
15. Em média, quantas horas por dia você costuma gastar assistindo televisão?
Não assiste televisão
Menos de 1 hora
Entre 1 e 2 horas
Entre 2 e 3 horas
Entre 3 e 4 horas
Entre 4 e 5 horas
Entre 5 e 6 horas
Mais de 6 horas
17. Com que frequência você pensa de forma negativa e pessimista em relação ao
futuro?
Nunca
Raramente
Algumas vezes
Na maior parte das vezes
Sempre
18. De uma maneira geral, como você classifica a qualidade dos relacionamentos que
mantém com outras pessoas (amigos, colegas de trabalho, chefes)?
Excelente
Bom
Regular
Ruim
93
METODOLOGIA ASSTI
20. Com que frequência você é capaz de relaxar e aproveitar o seu tempo de lazer?
Nunca
Raramente
Algumas vezes
Na maior parte das vezes
Sempre
21. Qual o seu nível de satisfação em relação às condições de trabalho que você tem nesta
empresa [caracterizam a condição de trabalho fatores como remuneração, jornada de
trabalho, percepção de segurança, relação com a chefia, entre outros fatores?
Muito satisfeito
Satisfeito
Nem satisfeito/nem insatisfeito
Insatisfeito
Muito insatisfeito
23. Você saber informar qual é a sua altura atual? |__| metro |__||__| centímetros
24. De um modo geral, como você classifica o seu estado de saúde atual?
Muito bom
Bom
Regular
Ruim
Muito ruim
25. De um modo geral, como você avalia a sua saúde bucal (dentes e gengivas)?
Muito boa
Boa
Regular
Ruim
Muito ruim
26. Por favor pense sobre a sua condição atual de saúde e responda às seguintes
perguntas:
Não sabe
Sim Não ou não
lembra
Algum médico ou profissional de saúde já lhe disse que
você tem ou teve hipertensão arterial ou pressão alta?
Algum médico já lhe receitou um medicamento para
pressão alta?
Algum médico ou profissional de saúde já lhe disse que
94
METODOLOGIA ASSTI
28. Nos últimos 30 dias, em quantos dias você NÃO sentiu vontade de vir ao trabalho?
Nenhum Sinto sempre vontade de vir o trabalho
1 a 2 dias
3 a 7 dias
8 dias ou mais
29. Nos últimos 30 dias, em quantos dias você se sentiu indisposto ou sem ânimo
(energia) para realizar tarefas que o seu trabalho exige?
Nenhum Sinto-me sempre com bom ânimo para o trabalho
1 a 2 dias
3 a 7 dias
8 dias ou mais
30. Nos últimos 30 dias, em quantos dias você sentiu dificuldade para se concentrar no
trabalho?
Nenhum Consigo sempre manter bom nível de concentração
1 a 2 dias
3 a 7 dias
8 dias ou mais
95
METODOLOGIA ASSTI
31. Nos últimos 30 dias, em quantos dias você sentiu dores ou desconforto ao realizar as
tarefas que o seu trabalho exige?
Nenhum Não sinto dores/desconforto ao realizar as minhas tarefas
1 a 2 dias
3 a 7 dias
8 dias ou mais
34. Em sua percepção, qual o grau de risco ao qual você está exposto pelo contato com
agentes físicos (calor, frio, vibração ou ruído em excesso) no seu ambiente de
trabalho?
Risco muito elevado
Risco elevado
Risco moderado
Risco baixo
Risco muito baixo ou inexistente
35. Em sua percepção, qual o grau de risco ao qual você está exposto pelo contato com
agentes químicos (poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores) no seu
ambiente de trabalho?
Risco muito elevado
Risco elevado
Risco moderado
Risco baixo
Risco muito baixo ou inexistente
96
METODOLOGIA ASSTI
36. Em sua percepção, qual o grau de risco ao qual você está exposto pela realização de
atividades em ambiente com iluminação precária ou insuficiente?
Risco muito elevado
Risco elevado
Risco moderado
Risco baixo
Risco muito baixo ou inexistente
37. Em sua percepção, qual o grau de risco de você sofrer queimaduras, cortes ou
choques decorrentes da realização de trabalho com manipulação de ferramentas e
máquinas?
Risco muito elevado
Risco elevado
Risco moderado
Risco baixo
Risco muito baixo ou inexistente
38. Em sua percepção, qual o grau de risco ao qual você está exposto pela realização de
tarefas com postura corporal inadequada?
Risco muito elevado
Risco elevado
Risco moderado
Risco baixo
Risco muito baixo ou inexistente
97
METODOLOGIA ASSTI
APÊNDICE 4
INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO DE PROCESSO
98
METODOLOGIA ASSTI
APÊNDICE 5
MODELO DE RELATÓRIO DIAGNÓSTICO
99
METODOLOGIA ASSTI
100
METODOLOGIA ASSTI
101
METODOLOGIA ASSTI
102
METODOLOGIA ASSTI
103
METODOLOGIA ASSTI
104
METODOLOGIA ASSTI
105
METODOLOGIA ASSTI
APÊNDICE 6
MODELO DE RELATÓRIO DE IMPACTO
106
METODOLOGIA ASSTI
107
METODOLOGIA ASSTI
7.1. No último ano, com que frequência você participou de atividades de promoção à saúde e segurança
o, com que
oferecidas aos trabalhadores desta empresa?
participou de
romoção à 5,2%
urança
abalhadores 10,5%
resa? 15,2%
8,7%
17,6%
19,3%
10,0%
13,5%
108
METODOLOGIA ASSTI
109
METODOLOGIA ASSTI
110
METODOLOGIA ASSTI
111
METODOLOGIA ASSTI
112
METODOLOGIA ASSTI
113
METODOLOGIA ASSTI
114
METODOLOGIA ASSTI
115