Livro Tomate Incaper PDF
Livro Tomate Incaper PDF
Livro Tomate Incaper PDF
Tomate
Vitória, ES
2010
© 2010 - Incaper
Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural
Rua Afonso Sarlo, 160 - Bairro Bento Ferreira - CEP: 29052-010 - Vitória-ES - Brasil
Caixa Postal: 391 - Telefone geral: (27) 3137 9888 - Telefax DCM: (27) 3137 9868
[email protected] | www.incaper.es.gov.br
Todos os direitos reservados nos termos da Lei no 9.610, que resguarda os direitos autorais. É
proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou forma, sem a expressa autorização
do Incaper.
ISBN 978-85-89724-17-3
Editor: DCM/Incaper
Tiragem: 2.000
Junho 2010
Equipe de edição
Chefe do Departamento de
Comunicação e Marketing
| João Anselmo Molino
O texto desta obra foi composto na família de tipos Myriad Pro no corpo 11/16.
Miolo impresso em papel couché fosco 115 g.
ISBN 978-85-89724-17-3
Homenagem especial
À Associação Brasileira de Horticultura (ABH) e à sua atual diretoria,
liderada pelo Professor Paulo César Tavares de Melo e o Dr. Dimas Menezes,
que, juntamente com todos aqueles que a dirigiram com dedicação e
compromisso durante esses 50 anos, vêm contribuindo para a transformação
da olericultura neste país.
Agradecimentos
Ao Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural
(Incaper), pelo apoio técnico, financeiro e operacional para a confecção desta
obra, em especial aos seus servidores ligados direta ou indiretamente ao
Departamento de Comunicação e Marketing, pelo esforço e dedicação nos
serviços de editoração: Augusto Carlos Barraque, Dirley Paulina Nodari de
Castro, Laudeci Maria Maia Bravin e Liliâm Maria Ventorim Ferrão.
Ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) pela
coordenação dos trabalhos com a Produção Integrada (PI) e ao Conselho
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), pelo
financiamento do projeto da PI Tomate de Mesa no Espírito Santo, que
permitiram a retomada dos trabalhos com a cultura do tomate no Estado e
a reorganização de uma equipe multidisciplinar, o que motivou e resultou
na elaboração desta obra. Em especial agradecemos ao Dr. José Rozalvo
Andrigueto e ao Dr. Luiz Carlos Bhering Nasser pela liderança nesse processo
da PI no Brasil.
Aos autores e revisores pela dedicação, esforço e empenho na
elaboração e revisão dos capítulos, primando sempre pela qualidade técnica,
pela atualidade e veracidade das informações contidas em cada parte deste
livro.
A todas as instituições cujos profissionais participaram na elaboração e
no lançamento desta obra, que esperamos possa atender a sua finalidade de
contribuir para o desenvolvimento da tomaticultura, através da melhoria do
seu sistema de produção.
Autores
Antônio Alberto Silva
Engenheiro Agrônomo, D.Sc. Solos e Nutrição de Plantas, Professor da UFV
Viçosa/MG – [email protected]
Dirceu Pratissoli
Engenheiro Agrônomo, D.Sc. Entomologia, Professor CCA-UFES
Alegre/ES – [email protected]
Hélcio Costa
Engenheiro Agrônomo, D.Sc. Fitopatologia, Pesquisador do Incaper
CRDR-Centro Serrano, Domingos Martins/ES – [email protected]
Mário Puiatti
Engenheiro Agrônomo, D.Sc. Biologia Vegetal, Professor da UFV
Viçosa/MG – [email protected]
Tarcísio da Silva
Estatístico, CEASAMINAS
Contagem/MG – [email protected]
Revisores Técnicos
André Guarçoni Martins
Engenheiro Agrônomo, D.Sc. Solos e Nutrição de Plantas, Pesquisador do Incaper
CAPÍTULO 3
CARACTERÍSTICAS SOCIOECONÔMICAS DO CULTIVO DO
TOMATEIRO NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 69
2. MERCADO NACIONAL ......................................................................................... 71
3. PANORAMA DA TOMATICULTURA NO ESPÍRITO SANTO ..................... 73
3.1 CARACTERIZAÇÃO DO SISTEMA DE PRODUÇÃO ....................................... 76
3.1.1 Mão de obra e o uso de insumos ............................................................. 77
3.1.2 Arrendamento da terra ................................................................................ 79
3.2 COMERCIALIZAÇÃO E ORIGEM DOS RECURSOS ......................................... 80
4. CONCLUSÃO ............................................................................................................ 82
5. REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 83
CAPÍTULO 4
FISIOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO DO TOMATEIRO
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 85
2. INTERAÇÃO GENÓTIPO X AMBIENTE .......................................................... 86
3. GERMINAÇÃO ......................................................................................................... 87
4. CRESCIMENTO VEGETATIVO ............................................................................. 90
5. FLORESCIMENTO ................................................................................................... 91
6. ESTRUTURA REPRODUTIVA .............................................................................. 92
7. DESENVOLVIMENTO DA ESTRUTURA REPRODUTIVA ATÉ A
ANTESE ...................................................................................................................... 93
7.1 FATORES AMBIENTAIS .......................................................................................... 93
7.2 REGULADORES DE CRESCIMENTO ................................................................... 95
8. FRUTIFICAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO FRUTO ................................. 97
8.1 FATORES AMBIENTAIS .......................................................................................... 97
8.2 REGULADORES DE CRESCIMENTO ................................................................... 99
9. DESENVOLVIMENTO DO FRUTO ATÉ O INÍCIO DO
AMADURECIMENTO ............................................................................................. 99
10. AMADURECIMENTO DO FRUTO ................................................................... 101
11. DISTÚRBIOS FISIOLÓGICOS ........................................................................... 104
11.1 ABSCISÃO DE FLORES E DE FRUTOS ............................................................. 105
11.2 PODRIDÃO ESTILAR (PE) OU APICAL DE FRUTOS .................................... 106
11.3 RACHADURAS DE FRUTOS ............................................................................... 108
12. REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 109
CAPÍTULO 5
CLIMA, ÉPOCA DE PLANTIO E CULTIVAR
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 121
2. CLIMA ......................................................................................................................... 122
3. ÉPOCA DE PLANTIO .............................................................................................. 124
4. CULTIVARES ............................................................................................................. 125
4.1 VARIEDADE, CULTIVAR E HÍBRIDO ................................................................... 125
4.1.1 Grupo Santa Cruz ........................................................................................... 128
4.1.2 Grupo Caqui .................................................................................................... 129
4.1.3 Grupo Salada .................................................................................................... 129
4.1.4 Grupo Saladete ou Italiano ....................................................................... 129
4.1.5 Grupo Cereja .................................................................................................... 129
4.1.6 Grupo Holandês (tipo cacho ou penca) .................................................... 130
5. referências .......................................................................................................... 130
CAPÍTULO 6
PRÁTICAS CULTURAIS
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 133
2. LOCAL DE PLANTIO ................................................................................................ 135
3. PREPARO DO SOLO ............................................................................................... 136
4. PRODUÇÃO DE MUDAS ...................................................................................... 137
5. SUBSTRATO ............................................................................................................. 138
6. TRANSPLANTIO ...................................................................................................... 139
7. ESPAÇAMENTO ....................................................................................................... 140
8. TUTORAMENTO ...................................................................................................... 141
9. AMONTOA ................................................................................................................. 144
10. DESBROTA .............................................................................................................. 144
11. PODA OU CAPAÇÃO .......................................................................................... 145
12. PODA DE FOLHAS ............................................................................................... 145
13. RALEAMENTO DE PENCAS .............................................................................. 146
14. ROTAÇÃO DE CULTURA E ADUBAÇÃO VERDE ........................................ 146
15. COBERTURA DO SOLO ...................................................................................... 147
16. REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 147
CAPÍTULO 7
MANEJO DA ÁGUA PARA A CULTURA
1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 149
2. NECESSIDADE DE ÁGUA PARA A CULTURA ............................................... 151
3. DISPONIBILIDADE DE ÁGUA NO SOLO PARA AS PLANTAS ................ 153
3.1 CAPACIDADE DE CAMPO E PONTO DE MURCHA PERMANENTE ........... 154
4. A ÁGUA PARA A CULTURA DO TOMATE ....................................................... 155
5. SISTEMAS DE IRRIGAÇÃO PARA A CULTURA ............................................. 160
6. MÉTODOS PARA DETERMINAÇÃO DA IRRIGAÇÃO ................................. 161
7. ESTIMATIVA DE PARÂMETROS PARA O CÁLCULO DA IRRIGAÇÃO .. 162
7.1 EVAPOTRANSPIRAÇÃO ........................................................................................ 162
7.2 ÁGUA DISPONÍVEL NO SOLO ............................................................................. 163
8. DETERMINAÇÃO DA NECESSIDADE HÍDRICA EM
MICROIRRIGAÇÃO ................................................................................................ 165
8.1 CÁLCULO DO VOLUME DE ÁGUA POR GOTEJADOR .................................. 165
9. REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 166
CAPÍTULO 8
NUTRIÇÃO E ADUBAÇÃO DO TOMATEIRO
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 169
2. CALAGEM .................................................................................................................. 170
3. CÁLCULO DA QUANTIDADE DE NUTRIENTES A SER APLICADA ....... 171
4. ADUBAÇÃO ORGÂNICA ....................................................................................... 173
5. SINTOMAS DE DEFICIÊNCIAS E PARTICULARIDADES DOS
NUTRIENTES ............................................................................................................ 174
5.1 NITROGÊNIO ........................................................................................................... 174
5.2 FÓSFORO ................................................................................................................. 175
5.3 POTÁSSIO ................................................................................................................. 176
5.4 CÁLCIO ...................................................................................................................... 176
5.5 MAGNÉSIO ............................................................................................................... 178
5.6 ENXOFRE .................................................................................................................. 178
5.7 BORO ......................................................................................................................... 178
5.8 ZINCO ........................................................................................................................ 179
5.9 SILÍCIO ....................................................................................................................... 179
6. ANÁLISE FOLIAR .................................................................................................... 180
7. FERTIRRIGAÇÃO .................................................................................................... 180
8. QUALIDADE DA ÁGUA ........................................................................................ 182
9. SALINIZAÇÃO DO SOLO ..................................................................................... 183
10. REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 183
CAPITULO 9
PRINCIPAIS PRAGAS DA CULTURA DO TOMATEIRO ESTAQUEADO
NA REGIÃO DAS MONTANHAS DO ESPÍRITO SANTO
1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 185
2. VETORES DE VIROSES .......................................................................................... 188
2.1 TRIPES, LACERDINHA ........................................................................................... 188
2.2 MOSCA-BRANCA .................................................................................................... 190
2.3 PULGÃO-DA-BATATINHA ..................................................................................... 191
2.4 PULGÃO-VERDE ...................................................................................................... 192
3. TRAÇAS, MINADORES E BROCAS ................................................................... 194
3.1 TRAÇA DO TOMATEIRO ....................................................................................... 194
3.2 MOSCA-MINADORA, larva-minadora .................................................... 197
3.3 BROCA-PEQUENA; BROCA-PEQUENA-DO-TOMATEIRO; BROCA-
PEQUENA-DO-FRUTO .......................................................................................... 199
3.4 LAGARTA DA ESPIGA-DO-MILHO; BROCA-GRANDE-DO-TOMATE;
BROCA-GRANDE-DO-FRUTO; BROCÃO .......................................................... 202
4. MÉTODOS DE AMOSTRAGEM DAS PRINCIPAIS PRAGAS .................... 204
5. PRAGAS QUE OCORREM EM SURTOS ........................................................... 205
5.1 COLEÓPTEROS ......................................................................................................... 205
5.1.1 Desfolhadores .................................................................................................. 205
5.1.1.1 Larva alfinete; Vaquinha verde-amarela; Brasileirinho; Patriota .... 205
5.1.1.2 Vaquinha da batatinha; Burrinho da batatinha; Vaquinha das
solanáceas; Burrinho das solanáceas ...................................................... 206
5.1.2 Broqueadores de caule e raízes .............................................................. 206
5.1. 2.1 Bicho-de-tromba-do-elefante .................................................................... 206
5.1.2.2 Broca-do-caule-do-tomateiro; Bicho-de-tromba-de-elefante ........ 206
5.2 LEPIDÓPTEROS ...................................................................................................... 207
5.2.1 Pragas Iniciais ................................................................................................... 207
5.2.1.1 Lagarta rosca ................................................................................................... 207
5.2.2 Desfolhadores ................................................................................................. 207
5.2.2.1 Lagarta das solanáceas ................................................................................ 207
5.2.3 Brocas dos frutos ............................................................................................ 207
5.2.3.1 Lagarta-da-maça-do-algodoeiro .............................................................. 207
5.2.3.2 Brocão ................................................................................................................ 208
5.2.3.3 Falsa-medideira-da-couve .......................................................................... 208
5.2.3.4 Traça-da-batatinha ........................................................................................ 210
5.3 ORTÓPTEROS .......................................................................................................... 210
5.3.1 Pragas iniciais .................................................................................................. 210
5.3.1.1 Grilo preto .......................................................................................................... 210
5.3.1.2 Cachorrinho d´água; Grilo toupeira; Paquinha .................................... 210
5.4 HEMÍPTEROS/HETERÓPTEROS .......................................................................... 211
5.4.1 Percevejo ............................................................................................................ 211
5.4.1.1 Percevejo-do-tomate; Chupador-do-tomate ........................................ 211
5.4.1.2 Percevejo-de-renda; Mosquito-do-tomateiro ...................................... 211
5.5 ÁCAROS .................................................................................................................... 211
5.5.1 Ácaro ..................................................................................................................... 211
5.5.1.1 Ácaro rajado ...................................................................................................... 211
5.5.1.2 Ácaro-branco; Ácaro tropical; Ácaro da rasgadura; Ácaro da
queda do chapéu do mamoeiro ................................................................ 212
5.5.1.3 Microácaro; Ácaro do bronzeamento ..................................................... 212
6. CONTROLE DE VETORES ..................................................................................... 213
7. CONTROLE DE TRAÇAS E BROCAS ................................................................. 214
8. CONTROLE DA MOSCA-MINADORA ............................................................. 215
9. BIBLIOGRAFIAS CONSULTADAS ..................................................................... 226
CAPITULO 10
DOENÇAS DO TOMATEIRO NO ESTADO DO ESPIRITO SANTO:
RECONHECIMENTO E MANEJO
1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 227
2. DOENÇAS CAUSADAS POR FUNGOS ............................................................ 228
2.1 FUNGOS DA PARTE AÉREA ................................................................................. 228
2.1.1 Mela ou requeima .......................................................................................... 228
2.1.2 Pinta-preta ........................................................................................................ 233
2.1.3 Septoriose ......................................................................................................... 237
2.1.4 Mancha de estenfílio .................................................................................... 239
2.1.5 Oídio e mancha de oidiopsis ..................................................................... 242
2.1.6 Mancha de cladosporium ........................................................................... 245
2.2 FUNGOS DE SOLO ................................................................................................. 247
2.2.1 Murcha de fusarium ...................................................................................... 247
2.2.2 Murcha de verticillium ................................................................................. 253
2.2.3 Mofo cinzento .................................................................................................. 257
2.2.4 Podridão ou mofo de esclerotínia .......................................................... 261
2.2.5 Murcha de escleródio ou podridão do colo ...................... ................. 265
3. DOENÇAS CAUSADAS POR BACTÉRIAS ...................................................... 267
3.1 MURCHADEIRA ...................................................................................................... 267
3.2 TALO-OCO ................................................................................................................ 271
3.3 MANCHA BACTERIANA ....................................................................................... 274
3.4 PINTA BACTERIANA .............................................................................................. 277
3.5 CANCRO BACTERIANO ........................................................................................ 282
4. DOENÇAS CAUSADAS POR NEMATOIDES ................................................ 288
4.1 NEMATOIDES DAS GALHAS ................................................................................ 288
5. DOENÇAS CAUSADAS POR VIRUS E FITOPLASMAS ................................ 291
5.1 MOSAICO-AMARELO ............................................................................................ 291
5.2 VIRA-CABEÇA DO TOMATEIRO .......................................................................... 295
5.3 MOSAICO COMUM ................................................................................................ 297
5.4 RISCA OU MOSAICO Y .......................................................................................... 299
5.5 BROTO-CRESPO ...................................................................................................... 300
5.6 TOPO-AMARELO E AMARELO-BAIXEIRO ........................................................ 301
5.7 MOSAICO - Geminivirus (complexo de espécies) ....................................... 303
5.8 CÁLICE GIGANTE ................................................................................................... 306
7. referências ......................................................................................................... 314
CAPÍTULO 11
MANEJO DE PLANTAS DANINHAS NA CULTURA DO TOMATEIRO
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 317
2. MANEJO INTEGRADO DE PLANTAS DANINHAS ...................................... 318
3. CARACTERÍSTICAS DAS PLANTAS DANINHAS E SEUS
PREJUÍZOS AO TOMATEIRO .............................................................................. 319
4. ASPECTOS DA COMPETIÇÃO DE PLANTAS DANINHAS ........................ 322
5. PERÍODO CRÍTICO DE COMPETIÇÃO DAS PLANTAS DANINHAS ...... 323
6. MÉTODOS DE CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS .............................. 327
6.1 CONTROLE PREVENTIVO ..................................................................................... 327
6.2 CONTROLE CULTURAL ......................................................................................... 329
6.3 CONTROLE MECÂNICO ........................................................................................ 330
6.4 CONTROLE QUÍMICO ........................................................................................... 333
6.4.1 Principais herbicidas recomendados para a cultura do
tomateiro ........................................................................................................... 334
6.4.1.1 Clethodim ......................................................................................................... 334
6.4.1.2 Fluazifop-p-butil ............................................................................................. 335
6.4.1.3 Metribuzin ........................................................................................................ 336
6.4.1.4 Trifuralin ............................................................................................................ 337
7. DICAS PARA DETECÇÃO DE RESÍDUOS DE HERBICIDAS EM
ESTERCO BOVINO ................................................................................................. 340
8. REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 342
9. APENDICE ................................................................................................................. 347
CAPITULO 12
APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS NA CULTURA DO TOMATE
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 349
2. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL ........................................... 351
2.1 LUVAS ........................................................................................................................ 352
2.2 BOTAS IMPERMEÁVEIS ......................................................................................... 353
2.3 JALECO E CALÇAS ................................................................................................. 354
2.4 BONÉ ÁRABE ........................................................................................................... 354
2.5 VISEIRA FACIAL ...................................................................................................... 354
2.6 RESPIRADORES (MÁSCARAS) ............................................................................ 354
2.7 AVENTAL ................................................................................................................... 355
2.8 LIMPEZA DOS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL .................. 355
3. APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS ................................................. 355
4. EQUIPAMENTOS PARA APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS
NO TOMATEIRO ...................................................................................................... 356
4.1 PULVERIZADOR COSTAL MANUAL .................................................................. 356
4.2 PULVERIZADOR COSTAL MOTORIZADO ........................................................ 359
4.3 PULVERIZADOR ACOPLADO SOBRE RODAS ................................................ 359
4.4 PULVERIZADOR ESTACIONÁRIO ....................................................................... 360
4.5 PULVERIZADOR DE BARRA ACOPLADO AO TRATOR ................................. 362
5. PONTAS DE PULVERIZAÇÃO ............................................................................ 363
5.1 PONTAS DE JATO PLANO ....................................................................................... 364
5.2 PONTAS DE JATO CÔNICO ................................................................................... 366
6. TAMANHO DAS GOTAS ....................................................................................... 367
7. COBERTURA DO ALVO ......................................................................................... 369
8. USO DE SURFATANTES ........................................................................................ 370
9. SISTEMA DE CONDUÇÃO DA CULTURA ........................................................ 371
10. VOLUME DE CALDA ............................................................................................ 372
11. CALIBRAÇÃO DO PULVERIZADOR .............................................................. 373
12. AVALIAÇÃO DOS PULVERIZADORES ANTES DO INÍCIO DAS
OPERAÇÕES .......................................................................................................... 374
13. CONDIÇÕES AMBIENTAIS NA APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS
AGRÍCOLAS ........................................................................................................... 374
14. PRESSÃO DE TRABALHO ................................................................................. 376
15. MISTURA DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS NO TANQUE DO
PULVERIZADOR ................................................................................................... 376
16. DESTINO FINAL DAS EMBALAGENS VAZIAS .......................................... 377
17. REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 378
CAPITULO 13
MANEJO NA COLHEITA E PÓS-COLHEITA
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 381
2. PADRÃO DE QUALIDADE DO TOMATE .......................................................... 382
3. CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DA PERDA DO PADRÃO DE
QUALIDADE ............................................................................................................. 384
4. FISIOLOGIA DO AMADURECIMENTO DO TOMATE ................................. 385
4.1 DESORDENS FISIOLÓGICAS ............................................................................... 387
5. PONTO DE COLHEITA .......................................................................................... 388
6. CUIDADOS NA COLHEITA E PÓS-COLHEITA ............................................... 389
7. PROCEDIMENTOS E MANEJO EM PÓS-COLHEITA DOS FRUTOS ...... 392
7.1 SELEÇÃO E CLASSIFICAÇÃO .............................................................................. 392
7.1.1 Grupos ................................................................................................................. 394
7.1.2 Subgrupos ......................................................................................................... 394
7.1.3 Classes ou calibres ......................................................................................... 394
7.1.4 Tipos ou graus de seleção ou categoria ............................................... 395
7.1.5 Requisitos gerais ............................................................................................ 395
7.2 LAVAGEM DOS FRUTOS ....................................................................................... 396
7.2.1 Qualidade da água ........................................................................................ 397
7.2.2 Agentes químicos antimicrobianos ....................................................... 399
7.2.3 Saúde e higiene dos trabalhadores ....................................................... 399
7.3 INFRAESTRUTURA DA CASA DE EMBALAGEM ............................................ 400
7.4 EMBALAGEM ........................................................................................................... 401
7.5 ARMAZENAMENTO REFRIGERADO ................................................................. 405
7.6 TRANSPORTE .......................................................................................................... 409
8. RASTREABILIDADE ............................................................................................... 410
9. POSSIBILIDADE DE USO COMO PRODUTO MINIMAMENTE
PROCESSADO ......................................................................................................... 411
10. REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 411
CAPITULO 14
COMERCIALIZAÇÃO DO TOMATE
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 415
2. COMERCIALIZAÇÃO DE TOMATE SANTA CRUZ NAS CEASAS DA
REGIÃO SUDESTE .................................................................................................. 416
3. LEGISLAÇÃO NA COMERCIALIZAÇÃO DE PRODUTOS
HORTÍCOLAS ........................................................................................................... 420
3.1 A CLASSIFICAÇÃO DE PRODUTOS HORTÍCOLAS .......................................... 421
3.1.1 Embalagem ........................................................................................................ 421
3.1.2 Rotulagem .......................................................................................................... 422
4. UTILIZAÇÃO DO MARKETING NA COMERCILIZAÇÃO DE FRUTAS
E HORTALIÇAS ........................................................................................................ 425
5. REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 427
Capítulo 1
UTILIZAÇÃO DOS PRINCÍPIOS DA PRODUÇÃO
INTEGRADA NA TOMATICULTURA
José Mauro de Sousa Balbino
José Sérgio Salgado
David dos Santos Martins
1. INTRODUÇÃO
24
Utilização dos princípios da produção integrada na tomaticultura
2. DEMANDA MERCADOLÓGICA
25
Capítulo 1
26
Utilização dos princípios da produção integrada na tomaticultura
27
Capítulo 1
28
Utilização dos princípios da produção integrada na tomaticultura
• nutrição de plantas;
• manejo e conservação do solo;
• recursos hídricos e irrigação;
• manejo da parte aérea;
• proteção integrada da planta;
• colheita e pós-colheita;
• análise de resíduos;
• processo de empacotadoras (casas de embalagem);
• sistema de rastreabilidade e cadernos de campo e
• assistência técnica.
Com essas normas busca-se, com a integração, o envolvimento e a
organização da cadeia produtiva do tomate, visando desenvolver ações que
levem a atender aos objetivos e às metas da PI.
29
Capítulo 1
30
Utilização dos princípios da produção integrada na tomaticultura
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
31
Capítulo 1
8. REFERÊNCIAS
32
Utilização dos princípios da produção integrada na tomaticultura
NUNES, S.; scatoni, i.; leoni, c.; mondino, p.; tellis, v.; carrega, e.
Situación actual y perspectivas de la producción integrada frutícula en
Uruguay. In: SEMINÁRIO BRASILEIRO SOBRE PRODUÇÃO INTEGRADA DE
FRUTAS, 5;, 2003, Bento Gonçalves. Anais... Bento Gonçalves, RS: Embrapa
Uva e Vinho, 2003.
33
Capítulo 1
34
Sistema orgânico de produção de tomate
1. INTRODUÇÃO
35
Capítulo 2
2. O AGROECOSSISTEMA ORGÂNICO
36
Sistema orgânico de produção de tomate
37
Capítulo 2
manufaturados.
• Manejar pragas, doenças e ervas espontâneas, em vez de “controlá-
las”.
• Restabelecer as possíveis relações biológicas que possam ocorrer
naturalmente na unidade produtiva, em vez de reduzi-las ou simplificá-las.
• Estabelecer combinações mais apropriadas entre padrões de cultivo e
potencial produtivo e limitações físicas da paisagem agrícola.
• Usar uma estratégia de adaptação do potencial biológico e genético
das espécies de plantas agrícolas e animais às condições ecológicas da
unidade produtiva, em vez de modificá-la para satisfazer as necessidades das
culturas e animais.
• Enfatizar a conservação do solo, água, energia e recursos biológicos.
• Incorporar a ideia de sustentabilidade a longo prazo no desenho e
manejo geral do agroecossistema.
38
Sistema orgânico de produção de tomate
• Por fim, considerar que o processo deve ser conduzido segundo uma
sequência lógica e explícita, isto é, um projeto de conversão. Este projeto
basicamente constitui-se de um diagnóstico de toda a propriedade, levantando
todos os recursos disponíveis, além das relações sociais e comerciais que esta
mantém, assim como a ocupação da área e o seu respectivo rendimento físico
e econômico.
• Neste diagnóstico, são identificadas as principais dificuldades ou
entraves, assim como o potencial da propriedade. Nesta fase, também são
identificadas as necessidades do agricultor, incluindo a sua capacitação. O
projeto deve incluir um cronograma e um fluxograma entre as atividades,
estabelecendo-se metas claras e viáveis.
• O aspecto comercial é também extremamente importante neste
processo. Um projeto bem feito não poderá prescindir desta fase ou etapa.
Os “canais” de comercialização devem ser previamente identificados e
definidos.
• A certificação é uma opção para assegurar aos agricultores um
mercado diferenciado. A área ou propriedade estará convertida quando se
tiverem cumpridos os prazos e prescrições previstas nas normas, quando
somente então estará habilitada a receber o “selo de qualidade”.
39
Capítulo 2
40
Sistema orgânico de produção de tomate
41
Capítulo 2
Por meio da Teoria da Trofobiose sabe-se que todo ser vivo só sobrevive
se houver alimento adequado e disponível para ele. A planta ou parte dela
só será atacada por inseto, ácaro, nematóide ou micro-organismos (fungos
e bactérias) quando tiver na sua seiva o alimento que eles precisam,
principalmente aminoácidos (CHABOUSSOU, 1987).
Segundo Chaboussou (1987), o tratamento inadequado de uma planta,
especialmente com substâncias de alta solubilidade, conduz a uma elevação
excessiva de aminoácidos livres. Portanto, um vegetal saudável, equilibrado,
dificilmente será atacado por pragas e doenças. A explicação técnica do
processo se baseia em fatores ligados à síntese de proteínas (proteossíntese)
ou à decomposição das mesmas (proteólise). O metabolismo acelerado
pelos adubos de alta solubilidade ou qualquer outra desordem que interfira
nos processos de proteossíntese ou proteólise elevará a quantidade de
aminoácidos livres na seiva vegetal, servindo de alimento para alguns insetos
e micro-organismos.
42
Sistema orgânico de produção de tomate
43
Capítulo 2
44
Sistema orgânico de produção de tomate
45
Capítulo 2
46
Sistema orgânico de produção de tomate
47
Capítulo 2
48
Sistema orgânico de produção de tomate
49
Capítulo 2
50
Sistema orgânico de produção de tomate
51
Capítulo 2
52
Sistema orgânico de produção de tomate
53
Capítulo 2
Figura 5 - Leiras com adubação orgânica em sulco, para plantio de tomate em estufa
(à esquerda); leiras prontas para plantio de tomate orgânico, mostrando a
colocação das linhas de gotejamento e da cobertura plástica (à direita).
54
Sistema orgânico de produção de tomate
a) Irrigação
Neste sistema, tem-se verificado, nas propriedades que praticam a
agricultura orgânica, que o manejo da água de irrigação é de vital importância
para o sucesso da produção. Excesso de água neste sistema pode proporcionar
multiplicação excessiva de patógenos, que prejudicarão o adequado
desenvolvimento das plantas.
No dia seguinte ao plantio, é preciso iniciar a irrigação. Daí em diante,
o solo deve ser mantido com um nível adequado de água, úmido, mas sem
encharcar.
O sistema de aspersão é contraindicado porque molha as folhas e
umedece o ambiente em torno das plantas, o que favorece o aparecimento
de doenças, como a requeima. Assim, as melhores opções são o gotejamento
e a microaspersão, que molham apenas o solo em torno da planta (Figura 5).
Dessa forma, o tipo de irrigação é um bom aliado na prevenção de problemas
fitossanitários. A frequência de irrigações é variável conforme o tipo de solo
e o clima.
b) Cobertura morta
A cobertura com palha retém água no solo, diminui o crescimento de
ervas espontâneas, diminui o impacto da chuva e evita que o solo se aqueça
excessivamente, além de fornecer nutrientes, após a decomposição do
material. Recomenda-se optar por materiais de pequena granulometria ou
triturados, para não elevar a umidade das plantas novas, o que favorece a
incidência de doenças precocemente.
Pode-se empregar também a lona plástica preta, possibilitando as
vantagens em comum com a palha e, ainda, permite reduzir as perdas
de nitrogênio por lixiviação e volatilização, tornando esse nutriente mais
disponível para as culturas, além de não elevar a umidade relativa do ar, na
superfície do solo.
c) Capinas
No sistema orgânico, recomenda-se a capina em faixas, mantendo limpa
a área junto às plantas, para não haver competição das ervas espontâneas com
a cultura. No meio das linhas, deve ser deixada uma estreita faixa de mato,
55
Capítulo 2
d) Amontoa
É uma operação muito importante em plantios de tomate realizados em
covas. Constitui-se do “chegamento” de terra nas linhas de plantio, deslocando-
se a terra da entrelinha para próximo às plantas. Deve ser realizada logo após
a adubação em cobertura.
A altura da amontoa deve ser de, no mínimo, 20 cm de altura, permitindo
preservar a qualidade do adubo orgânico usado na cobertura, concentrar
nutrientes na zona de raiz, propiciar a emissão de raízes adventícias e, ainda,
melhorar a sustentação do tomateiro. Esses fatores, em conjunto, permitem
uma maior absorção de nutrientes e elevam a produtividade de frutos.
e) Tutoramento e amarrio
O tutoramento do tomateiro que produz frutos para consumo in natura
é necessário porque suas hastes são herbáceas e flexíveis. Ele pode ser feito
com taquara ou bambu, com arame e com fitas (Figura 6). O objetivo é manter
a planta ereta e afastada do solo. O fundamental é que este tutoramento seja
vertical, evitando-se a cerca cruzada, pois assim tem-se um melhor arejamento
dentro do plantio, diminuindo a umidade relativa e, consequentemente,
reduzindo problemas com doenças.
O amarrio acompanha o tutoramento. A planta deve começar a ser
amarrada no tutor quando tiver 30 cm de altura, em média. À medida que
a planta cresce é preciso fazer novos amarrios. Para isso, podem ser usadas
fibras naturais ou sintéticas existentes no mercado. Com as fibras, é melhor
fazer um amarrio na forma de “oito”, para evitar atrito das hastes com o tutor.
56
Sistema orgânico de produção de tomate
f) Adubação em cobertura
A adubação de cobertura visa, principalmente, ao fornecimento de
nitrogênio, que não se mantém no sistema por muito tempo, tornando
necessária uma reposição ou ciclagem constante.
A adubação de cobertura pode ser feita com composto orgânico, esterco
de aves, biofertilizante líquido, biofertilizante Supermagro ou chorume de
composto.
A recomendação de composto orgânico é de 10 t/ha (50% umidade), o
que dá 480 g/planta. O esterco de galinha pode ser usado na base de 3 t/ha
(30% de umidade), ou seja, 144 g/planta. Esses adubos orgânicos devem ser
colocados em torno da planta e, depois, cobertos com terra, o que pode ser
feito no momento da capina.
Uma alternativa, que tem se revelado muito eficiente, é a utilização de
biofertilizantes líquidos via solo, preparados especificamente para a cultura,
utilizando-se materiais orgânicos ricos em nitrogênio e potássio, como farelos
de soja e cacau, torta de mamona ou planta de mamona triturada, cinza
vegetal, dentre outros. Neste caso, fazer aplicações semanais a partir dos 30
dias após o plantio, até a fase de frutificação, na base de 200 ml por planta.
Veja, a seguir, o resumo do preparo desse biofertilizante.
Preparo de 1.000 litros de biofertilizante líquido enriquecido:
• Composto orgânico ou esterco bovino curtido ............................ 100 kg
• Mamona triturada (folhas, talos, bagas e astes tenras)*.............. 100 kg
• Cinza vegetal .............................................................................................. 20 kg
• Água .............................................................................................................. 700 L
*A mamona triturada pode ser substituída por outro resíduo vegetal na mesma quantidade ou resíduos
agroindustriais (torta de mamona, farelo de cacau etc. em quantidade menor: 50 kg).
57
Capítulo 2
g) Desbrota e capação
A desbrota ou poda de brotações consiste em eliminar todos os brotos
que saem das axilas das plantas, deixando apenas uma haste em cada planta,
para um melhor aproveitamento do adubo orgânico. Os brotos laterais
diminuem o vigor vegetativo da planta e consomem nutrientes que poderiam
ser conduzidos para a formação dos frutos.
A obtenção de frutos de melhor qualidade e maiores e a maior sanidade
do cultivo são alguns benefícios conseguidos com a poda.
Os brotos devem ser cortados quando ainda estão bem pequenos, para
58
Sistema orgânico de produção de tomate
59
Capítulo 2
60
Sistema orgânico de produção de tomate
61
Capítulo 2
1
Souza (2002).
* Avaliação por notas de 0 = ausência de sintomas e 10 = 100% das folhas com lesões.
62
Sistema orgânico de produção de tomate
63
Capítulo 2
preço de venda considerado nesta avaliação foi de R$ 2,00 por kg, que tem sido
o valor médio alcançado pelos agricultores com as empresas que procedem à
revenda do produto ao consumidor final. Por este motivo não se considerou
gastos com frete, que ficaria por conta dessas empresas.
Vale lembrar que a venda direta pelo agricultor poderia ser a melhor
opção econômica, elevando a lucratividade, uma vez que o produto pode
atingir uma média de R$ 4,00 por quilo no processo de venda direta.
Nas condições pré-estabelecidas, o total de despesas para produção de
1 ha de tomate em sistema orgânico foi de R$ 23.189,75, encerrando um custo
unitário de R$ 0,67 por quilo (Tabela 3). Estes custos estão muito abaixo de
sistemas convencionais, que pelo elevado aporte de insumos aumentam a pro-
dutividade, mas a custos médios de 1 ha ultrapassam R$ 30.000,00 atualmente.
1
Adaptado de Souza e Resende (2003).
64
Sistema orgânico de produção de tomate
1
Adaptado de Souza e Resende (2006).
2
Não há custos com frete, pois convencionou-se o sistema de produção com entrega do produto na
propriedade, diretamente à firma que comercializa produtos orgânicos.
4. REFERÊNCIAS
65
Capítulo 2
66
Sistema orgânico de produção de tomate
67
Capítulo 2
68
Capítulo 3
CARACTERÍSTICAS SOCIOECONÔMICAS DO
CULTIVO DO TOMATEIRO NO ESTADO DO
ESPÍRITO SANTO
Rosana Maria Altoé Borel
Maria Elizabete Oliveira Abaurre
Carlos Alberto Simões do Carmo
1. INTRODUÇÃO
70
Características socioeconômicas do cultivo do tomateiro no Estado do Espírito Santo
2. MERCADO NACIONAL
71
Capítulo 3
72
Características socioeconômicas do cultivo do tomateiro no Estado do Espírito Santo
de Janeiro e São Paulo, detectou que 87% das compras de tomate eram feitas
diretamente com o setor produtivo. Por outro lado, o aumento da produção,
a classificação e a padronização do produto e a redução das margens de
comercialização permitiram a redução da intermediação tradicional no setor.
No entanto, em regiões mais distantes dos grandes centros consumidores,
onde predominam pequenos produtores, o intermediário continua tendo um
papel importante na venda e distribuição da produção. Na realidade, “o uso
da classificação e a venda direta do produto é uma das formas encontradas
pelos agricultores para aumentar o valor recebido” (SILVA; MARTINI, 2006, p.
10).
Outro fator positivo resultante da modernização das lavouras de
tomate in natura foi a redução da volatilidade dos preços a partir de 1994. As
oscilações dos preços ao longo do ano aconteciam em função da sazonalidade
da oferta, considerando-se as safras de verão e de inverno. Historicamente,
os preços mais elevados ocorriam entre março e junho, e os menores níveis,
entre outubro e janeiro. Nos últimos anos, estas diferenças têm sido menores,
com a entrada de novas regiões produtoras, com produções em épocas
diferenciadas, além de novas cultivares e técnicas de manejo, o que permitiu
um calendário de colheita mais distribuído (SILVA; MARTINI, 2006).
Também no setor de distribuição tem havido transformações nas
estratégias de comercialização e nos padrões de classificação e embalagem,
principalmente em relação à caixa “K”, que vem sendo substituída por caixas
de plástico e papelão (MELO, 2003).
73
Capítulo 3
74
Características socioeconômicas do cultivo do tomateiro no Estado do Espírito Santo
75
Capítulo 3
76
Características socioeconômicas do cultivo do tomateiro no Estado do Espírito Santo
77
Capítulo 3
mínimo, cerca de 50 pulverizações em uma única safra. Por essa razão, houve
queda da rentabilidade na safra de 2005/06 devido à elevação dos custos de
produção.
Segundo relatos de agricultores, os defensivos representam o maior
custo de produção da lavoura, seguidos das sementes. Segundo o Centro de
Desenvolvimento do Agronegócio (Cedagro, 2007), o custo de produção
para uma lavoura com 13 mil plantas por hectare e produtividade de 60 mil kg/
ha é de R$ 32.468,43. A pesquisa da Hortifruti Brasil verificou o valor mínimo
para venda da produção, de forma a recuperar os gastos com a cultura, na
região de Venda Nova do Imigrante, como sendo de R$ 13,84 por caixa, bem
superior aos valores detectados para Caçador/SC (R$ 9,40/caixa) e Itapeva/
SP (R$ 9,90/caixa), principais regiões produtoras concorrentes. Silva e Martini
(2006) afirmam que o custo por caixa da região produtora capixaba, entre R$
9,40 e R$ 13,00 por caixa de 23 kg, está acima da média nacional.
Outro insumo frequentemente utilizado são as estacas (bambus ou
taquaras) para tutoramento da planta e que são adquiridas em diversas
regiões, inclusive de fora do Estado, podendo ser utilizadas por até três safras
consecutivas. A maioria dos agricultores adota o estaqueamento simples ou
vertical em sua lavoura, por diminuir custos e facilitar o manejo e os tratos
culturais. O estaqueamento cruzado, utilizado em menor proporção, predispõe
à maior incidência de doenças, pois aumenta a umidade do ambiente e
dificulta a pulverização correta.
As embalagens, por sua vez, têm o predomínio da caixa tipo “K”, porém já
estão sendo introduzidas caixas de plástico e papelão e embalagens menores,
principalmente com a venda direta às grandes lojas e redes de supermercados.
A pesquisa da Hortifruti Brasil aponta o uso médio de embalagens plásticas
para a região de Venda Nova do Imigrante e uso baixo e alto, respectivamente,
para as regiões produtoras concorrentes, como Itapeva/SP e Caçador/SC
(SILVA; MARTINI, 2006).
A água utilizada na lavagem dos frutos, quando da limpeza e classificação
via maquinário, pode gerar sérios problemas ambientais em decorrência de
uma possível presença de resíduos de agrotóxicos. É preciso monitorar a
quantidade e a composição química de possíveis contaminantes presentes e
verificar se a destinação desta água está sendo feita de forma correta.
O uso intensivo do solo, através de cultivos sucessivos, provoca
desbalanceamento nutricional, levando o agricultor a usar cada vez mais
78
Características socioeconômicas do cultivo do tomateiro no Estado do Espírito Santo
79
Capítulo 3
80
Características socioeconômicas do cultivo do tomateiro no Estado do Espírito Santo
1
Pessoas diretamente subordinadas ao responsável, que executam tarefas mediante recebimento de uma
cota-parte da produção obtida com seu trabalho (meia, terça, quarta, etc), e seus familiares que ajudam
na execução das tarefas” (INCRA, 2004).
81
Capítulo 3
4. CONCLUSÃO
82
Características socioeconômicas do cultivo do tomateiro no Estado do Espírito Santo
5. REFERÊNCIAS
83
Capítulo 3
84
Características socioeconômicas do cultivo do tomateiro no Estado do Espírito Santo
Capítulo 4
FISIOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO
DO TOMATEIRO
Mário Puiatti
José Mauro de Sousa Balbino
Marcos José de Oliveira Fonseca
Cláudio Pagotto Ronchi
1. INTRODUÇÃO
85
Capítulo 3
86
Fisiologia do desenvolvimento do tomateiro
al., 1995; KINET; PEET, 1997; WILLITS; PEET, 1998). Por sua vez, a temperatura
é importante para proporcionar a viabilidade de órgãos reprodutivos e
crescimento ótimo das plantas com maior taxa de assimilação líquida de
carbono (FERNANDEZ-MUÑOZ; CUARTERO, 1991; ERCAN; VURAL, 1994;
FERNANDEZ-MUÑOZ; GONZALES-FERNANDES, 1995; PEET; BARTHOLEMEW,
1996; KINET; PEET, 1997; WILLITS; PEET, 1998).
De maneira geral, a dificuldade no manejo da água é o fator cultural
que mais limita a obtenção de altas produtividade e a qualidade de frutos
(STEVENS, 1986, apud KINET; PEET, 1997), relacionando-se de forma estreita
com a disponibilidade de nutrientes às plantas e a desordens fisiológicas.
Apesar de o tomateiro ser uma planta C3 e, portanto, a concentração de
CO2 na atmosfera ser considerada limitante à fotossíntese, pouco sucesso tem
sido obtido com o enriquecimento do ar com CO2, uma vez que o tomateiro
é considerado planta que pouco responde ao incremento desse gás na
atmosfera, comparada a outras espécies C3. Sob alta concentração de CO2 há
redução do processo fotossintético (HICKLENTON; JOLLIFFE, 1980; YELLE et al.,
1989), em parte, em razão dos cloroplastos acumularem muito amido sob alta
concentração de CO2 (YELLE et al., 1989) e por decrescerem a razão de área
foliar e a taxa de crescimento relativo (HICKLENTON; JOLLIFFE, 1980). Além
disso, o tomateiro exige ar circulante (KITAYA et al., 2004) e longo período de
exposição ao CO2 (8-10 horas/dia), o que dificulta o manejo da cultura em
ambientes que não haja controle da atmosfera (WILLITS; PEET, 1989; TRIPP et
al., 1991; POORTER, 1993; CRAMER; OBERHOLZER; COMBRINK, 2001).
3. GERMINAÇÃO
87
Capítulo 4
88
Fisiologia do desenvolvimento do tomateiro
89
Capítulo 4
4. CRESCIMENTO VEGETATIVO
90
Fisiologia do desenvolvimento do tomateiro
91
Capítulo 4
6. ESTRUTURA REPRODUTIVA
92
Fisiologia do desenvolvimento do tomateiro
93
Capítulo 4
94
Fisiologia do desenvolvimento do tomateiro
95
Capítulo 4
96
Fisiologia do desenvolvimento do tomateiro
97
Capítulo 4
98
Fisiologia do desenvolvimento do tomateiro
1980, apud KINET; PEET, 1997). Existe forte competição por assimilados entre
cachos e entre frutos de uma mesma inflorescência, em que os distais são
inibidos pelos proximais (BANGERTH; HO, 1984), especialmente quando a luz
é limitante (KINET; PEET, 1997).
99
Capítulo 4
Figura 1 - Crescimento cumulativo (o; mL), taxa de crescimento (•; mL dia-1) e taxa de
crescimento relativo (∆; mL mL-1 dia-1) de frutos de tomate (Adaptado de
MONSELISE; VARGA; BRUINSMA, 1978).
100
Fisiologia do desenvolvimento do tomateiro
e crescem mais (BANGERTH; HO, 1984; KINET; PEET, 1997). Como no cacho
a sequência natural de abertura é da flor proximal para a distal, os frutos
proximais, via de regra, são maiores que os distais.
A quantidade de fotoassimilados disponíveis parece determinar o
tamanho final do fruto, uma vez que a produtividade relaciona-se de forma
positiva com a radiação solar recebida pela cultura, sendo que a insuficiência
de luz reduz o tamanho de fruto, a proporção de frutos de tamanho maior e
o acúmulo de açúcares nos frutos (MCAVOY et al., 1989; GUAN; JANES, 1991a,
1991b; JANES; MCAVOY, 1991; COCKSHULL; GRAVES; CAVE, 1992).
Apesar de a duração do desenvolvimento do fruto não ser afetada pelo
sombreamento, a exposição do fruto à radiação solar direta promove aumento
da temperatura do fruto e encurta o período de crescimento (HURD; GAVES,
1984). Portanto, a retirada de folhas, desde que não promova escaldadura de
frutos e redução da fonte, e/ou a escolha de cultivares com menor grau de
enfolhamento seria(m) interessante(s) em períodos frios e/ou no cultivo em
ambiente protegido.
O tamanho do fruto e a produtividade são, portanto, dependentes da
produção e distribuição de assimilados, que são controlados pelas atividades
da fonte, do dreno e pela vascularização (HO, 1979; KINET; PEET, 1997). Quando
a disponibilidade de assimilados é menor que a demanda, a competição
entre drenos torna-se o fator determinante para o controle da distribuição de
assimilados, existindo competição entre estruturas vegetativa e reprodutiva,
entre inflorescências e entre frutos dentro de um mesmo cacho (HO, 1979;
HAMMOND et al., 1984).
101
Capítulo 4
102
Fisiologia do desenvolvimento do tomateiro
103
Capítulo 4
104
Fisiologia do desenvolvimento do tomateiro
105
Capítulo 4
Os sintomas têm início nos frutos verdes com formação de áreas brancas
ou marrons no tecido locular. Eles progridem na placenta, no caso da PE
interna, ou no pericarpo na cicatriz floral, no caso da PE externa (ADAMS; HO,
1992). Externamente no fruto surge pequeno ponto encharcado na cicatriz
floral ou próximo dela. A mancha aumenta com o tempo, e os tecidos afetados
secam externamente, passando de marrom-claro a escuro, gradualmente
desenvolvendo uma mancha bem definida, deprimida e coriácea (KINET;
PEET, 1997).
Apesar de há cerca de 60 anos ser conhecida a relação da PE com a
deficiência de cálcio (FONTES, 2003), em função da baixa disponibilidade de
cálcio e/ou de água na zona do sistema radicular, somente recentemente foi
determinada a complexidade dos fatores genéticos, anatômicos e ambientais
que determina se um fruto irá ou não desenvolver a PE (KINET; PEET, 1997). A
causa básica da PE é a falta de coordenação entre o transporte de assimilados
via floema e de cálcio via xilema, durante a fase de rápida expansão das células
nos tecidos da porção distal da placenta, ou seja, a falta de interação entre
taxas de crescimento do fruto e de aquisição de cálcio pela porção distal do
fruto (ADAMS; HO, 1993).
Concomitantemente às alterações nos fatores do ambiente que
exercerem influência marcante na incidência da PE, a suscetibilidade genética
é a maior causa da desordem (ADAMS; HO, 1993). Assim, cultivares que
produzem frutos de tamanho grande apresentam taxa de expansão celular
rápida e inabilidade do sistema vascular em transportar cálcio rapidamente
para a porção distal dos frutos e são mais suscetíveis a PE (BROWN; HO, 1993;
106
Fisiologia do desenvolvimento do tomateiro
HO et al., 1993).
Em termos anatômicos, a deficiência de cálcio na porção distal do tecido
locular acarreta o rompimento dos tecidos (KINET; PEET, 1997). A insuficiência
de cálcio nessa região pode ser devido a várias razões, sendo que, em todas as
situações que ocorreram a PE, houve baixa deposição de frações de pectato e
de fosfato de cálcio (MINAMIDE; HO, 1993). Outro fator importante é a redução
no número de feixes vasculares da porção proximal para a distal do fruto
(BELDA; HO, 1993), ocorrendo queda acentuada desses feixes durante as duas
semanas seguidas à antese, quando há rápida expansão do fruto (KINET; PEET,
1997). Portanto, quando o suprimento de cálcio para os frutos é reduzido por
fatores externos, a demanda em cálcio pelas paredes e membranas celulares
pode não ser atendida. Desta forma, o extravasamento do conteúdo celular,
decorrente da perda de semipermeabilidade da membrana celular ou pelo
afrouxamento da parede celular, pode ser a causa direta dos sintomas da PE
(KINET; PEET, 1997).
Como o cálcio é transportado somente nos vasos do xilema, quando a
absorção de água e a transpiração pela planta forem reduzidas, a absorção de
cálcio será afetada de forma proporcional (KINET; PEET, 1997). A perda de água
pela transpiração é incrementada com a diminuição da umidade relativa do ar
(maior déficit de pressão de vapor), especialmente quando acompanhada por
altas temperaturas e irradiância, provocando competição entre folhas e frutos
por água. Como a superfície transpirante das folhas é muito maior do que a
dos frutos, sob condições deficitárias de água e de cálcio, proporcionalmente,
mais cálcio irá para as folhas do que para os frutos, instalando-se a PE (ADAMS;
HO, 1993). Portanto, disponibilidade de água para o sistema radicular e
umidade relativa do ar são fatores diretamente relacionados com a PE (PILL;
LAMBETH, 1980; BANUELOS; OFFERMANN; SEIN, 1985). Altas temperatura e
radiação solar podem também atuar incrementando a taxa de crescimento
dos frutos, levando a maior demanda por cálcio para a síntese da plasmalema
devido à alta taxa de expansão celular (HO et al., 1993).
A salinidade restringe a absorção de água e, consequentemente, a
absorção total de cálcio pela planta e seu conteúdo nos frutos, acentuando
a PE (ADAMS; HO, 1992; 1993). Além disso, sob condições salinas, o
desenvolvimento de vasos do xilema dentro do fruto é restrito (BELDA; HO,
1993), decrescendo ainda mais a habilidade do fruto em transportar o cálcio
para a porção distal (KINET; PEET, 1997).
107
Capítulo 4
108
Fisiologia do desenvolvimento do tomateiro
12. REFERÊNCIAS
109
Capítulo 4
BANGERTH, F.; HO, L. C. Fruit position and fruit set sequence in a truss as
factors determining final size of tomato fruits. Annals of Botany, v.53, p.315-
319, 1984.
BAR-TSUR, A.; RUDICH, J.; BRAVDO, B. High temperature effects on CO2 gas
exchange in heat-tolerant and sensitive tomatoes. Journal of the American
Society for Horticultural Science , v.110, n.4, p.582-586, 1985.
BELDA, R. M.; HO, L.C. Salinity effects on the network of vascular bundles
during tomato fruit development. Journal of Horticultural Science, v.68,
n.4, p.557-564, 1993.
BRADFORD, K. J.; CHEN, F.; COOLEY, M. B.; DAHAL, P.; DOWNIE, B.; FUKUNAGA,
K. K.; GEE, O. H.; GURUSINGHE, S.; MELLA, R. A.; MONOGAKI, H.; WU, C. T.;
110
Fisiologia do desenvolvimento do tomateiro
CHARLES, W.B.; HARRIS, R.E. Tomato fruit-set at high and low temperatures.
Canadian Journal of Plant Science, v.52, p.497-506, 1972.
111
Capítulo 4
DELLA VECCHIA, P.T.; KOCH, P.S. Tomates longa vida: o que são, como foram
desenvolvidos? Horticultura brasileira, v.18, n.1, p.3-4, 2000.
DINAR, M.; RUDICH, J.; ZAMSKI, E. Effect of heat stress on carbon transport
from tomato leaves. Annals of Botany, v.51, p.97-103, 1983.
GRAY, J. E.; PICTON, S.; SHABBEER, J.; SCHUCH, W.; GRIERSON, D. Molecular
112
Fisiologia do desenvolvimento do tomateiro
HAREVEN, D.; GUTFINGER, T.; PNUELI, L.; BAUCH, L.; COHEN, O.; LIFSCHITZ, E.
The floral system of tomato. Euphytica, v.79, p.235-243, 1994.
HO, L. C.; BELDA, R.; BROWN, M.; ANDREWS, J.; ADAMS, P. Uptake and
transport of calcium and the possible causes of blossom-end rot in tomato.
Journal of Experimental Botany, v.44, p.509-518, 1993.
113
Capítulo 4
HONG, S-B.; SEXTON, R.; TUCKER, M. L. Analysis of gene promoters for two
tomato polygalacturonases expressed in abscission zones and the stigma.
Plant Physiology, v.123, p.869-881, 2000.
KINET, J.M.; ZUNE, V.; LINOTTE, C.; JACQMARD, A.; BERNIER, G. Resumption of
cellular activity induced by cytokinin and gibberellin treatments in tomato
flowers targeted for abortion in unfavorable light conditions. Physiologia
Plantarum, v.64, p.67-73, 1985.
114
Fisiologia do desenvolvimento do tomateiro
KINET, J. M.; PEET, M. M. Tomato. In: WIEN, H.C. (Ed.). The physiology of
vegetables crops. New York: CAB International, 1997. p.207-258.
KITAYA, Y.; SHIBUYA, T.; YOSHIDA, M.; KIYOTA, M. Effects of air velocity on
photosynthesis of plant canopies under elevated CO2 levels in plant culture
system. Advances in Space Research, v.34, n.7, p.1466-1469, 2004.
LANAHAN, M. B.; YEN, H-C.; GIOVANNONI, J. J.; KLEE, H. J. The never ripe
mutation blocks ethylene perception in tomato. Plant Cell, v.6, p.521-530,
1994.
115
Capítulo 4
MAO, L.; BEGUM, D.; CHUANG, H-W.; BUDIMAN, M. A.; SZYMKOWIAK, E. J.;
IRISH, E. E.; WING, R. A. Jointless is a MADS-box gene controlling tomato
flower abscission zone development. Nature, v.406, n.24, p.910-913, 2000.
McAVOY, R. J.; JANES, H. W.; GODFRIAUX, B. L.; SECKS, M.; DUCHAI, D.;
WITTMAN, W. K. The effect of total available photosynthetic photon flux
on single truss tomato growth and production. Journal of Horticultural
Science, v.64, p.331-338, 1989.
116
Fisiologia do desenvolvimento do tomateiro
MOSTOFI, Y.; TOIVONEN, P. M. A.; LESSANI, H.; BABALAR, M.; LU, C. Effects of
1-methylcyclopropene on ripening of greenhouse tomatoes at three storage
temperatures. Postharvest Biology and Technology, v.27, p.285-292, 2003.
PILL, W. G.; LAMBETH, V. N. Effects of soil water regime and nitrogen form
on blossom-end rot, yield, water relations, and elemental composition of
tomato. Journal of the American Society for Horticultural Science, v.105,
p.730-734, 1980.
RICK, C.M. The tomato. Scientic American, v.239, n.8, p.67-76, 1978.
RICK, C. M. Tomato Genetics Resource Center- TGRC. Disponível em: < http://
tgrc.ucdavis.edu/ > Acesso em:18 abr 2005
117
Capítulo 4
SATO, S.; PEET, M .M.; THOMAS, J. F. Physiological factors limit fruit set of
tomato (Lycopersicon esculentum Mill.) under chronic, mild heat stress. Plant,
Cell and Environment, v.23, p.719-726, 2000.
TOOROP, P.E.; Van AELST, A.C.; HILHORST, H.W.M. The second step of the
biphasic endosperm cap weakening that mediates tomato (Lycopersicon
esculentum) seed germination is under control of ABA. Journal of
Experimental Botany, v.51, n.349, p.1371-1379, 2000.
TRIPP, K. E.; PEET, M. M.; PHARR, D. M.; WILLITS, D. H.; NELSON, P. V. CO2-
enhanced yield and foliar deformation among tomato genotypes in elevated
CO2 environments. Plant Physiology, v.96, p.713-719, 1991.
118
Fisiologia do desenvolvimento do tomateiro
119
Capítulo 4
120
Fisiologia do desenvolvimento do tomateiro
Capítulo 5
CLIMA, ÉPOCA DE PLANTIO E CULTIVAR
Carlos Alberto Simões do Carmo
Leonardo Falqueto Caliman
1. INTRODUÇÃO
121
Capítulo 5
2. CLIMA
122
Clima, época de plantio e cultivar
123
Capítulo 5
3. ÉPOCA DE PLANTIO
124
Clima, época de plantio e cultivar
4. CULTIVARES
125
Capítulo 5
podem ser ciclo, cor das sementes, caracteres morfológicos, reação a doenças,
produção, padrões isoenzimáticos ou de ácidos nucleicos. Segundo o autor, o
termo cultivar é utilizado como sinônimo de variedade e foi cunhado a partir
da contração das palavras inglesas cultivated variety (variedade cultivada).
Os híbridos são resultantes do cruzamento entre indivíduos
geneticamente distintos, visando à utilização prática da heterose, e podem
ser obtidos de duas linhagens endogâmicas (P1 x P2), os denominados híbridos
simples; de três linhagens endogâmicas [(P1 x P2) x P3], os híbridos triplos; ou
de quatro linhagens endogâmicas [(P1 x P2) x (P3 x P4)], os híbridos duplos. Na
obtenção de híbridos, além das linhagens endogâmicas, podem ser utilizadas
variedades de polinização aberta, clones ou linhas puras (BORÉM, 2004).
Tratando-se de variedade, o produtor pode aproveitar as sementes
colhidas numa safra para plantá-las e reproduzi-las nos cultivos subsequentes,
uma vez que se trata de indivíduos homozigotos e homogêneos, cujas
características são estáveis ao longo das gerações, excetuando-se a ocorrência
de misturas de sementes. Borém (2004) afirma que uma característica
importante para a identificação de uma variedade é a sua estabilidade geração
após geração.
Para as sementes colhidas de híbridos não se recomenda o seu replantio,
pois estas perdem seu vigor geração após geração, descaracterizando a
cultivar. A geração híbrida (F1) é constituída por indivíduos heterozigotos
e homogêneos, maximizando todo o vigor híbrido (heterose). Contudo,
a próxima geração (F2), originária da autofecundação ou cruzamento de
indivíduos F1, apresentará segregação, ou seja, indivíduos com diferentes
constituições genotípicas e heterogêneos, alguns mantendo características
desejáveis, outros não, comprometendo a produtividade, entre outras
características, tais como a resistência às pragas e doenças inerentes à
cultivar.
A produção de tomates para consumo in natura no mercado brasileiro
sofreu grandes transformações tecnológicas nas últimas décadas, dentre
elas a utilização de sementes híbridas de variedades que produzem frutos
do tipo “longa vida” (DELLA VECCHIA; KOCH, 2000). A terminologia longa
vida é designada aos frutos com características de maior conservação
pós-colheita, ou seja, demoram mais tempo para completar o processo de
amadurecimento, ao contrário das variedades tradicionais, que possuem uma
curta vida pós-colheita. A Tabela 2 apresenta a vida média pós-colheita, em
126
Clima, época de plantio e cultivar
127
Capítulo 5
128
Clima, época de plantio e cultivar
Clara VF 2000, Santa Clara Kada, Santa Fé, Santamélia, entre outras.
129
Capítulo 5
DELLA VECCHIA, P.T.; KOCH, P.S. Tomates longa vida: o que são, como foram
desenvolvidos? Horticultura Brasileira., v.18, n.1, p.3-4, mar. 2000.
130
Clima, época de plantio e cultivar
FIORINI, C.V.A.; MARIM, B.G.; RODRIGUES, G.; ZAPAROLI, M.R.; CASTRO, J.P.A.
de; SILVA, D.J.H. da. Cultivares. In: SILVA, D.J.H. da; VALE, F.X.R. do (Org.).
Tomate: tecnologia de produção. Viçosa,MG: UFV, Brasília, MDA, 2007. p. 65-
84.
131
Capítulo 5
132
Clima, época de plantio e cultivar
Capítulo 6
PRÁTICAS CULTURAIS
Maria Elizabete Oliveira Abaurre
1. INTRODUÇÃO
133
Capítulo 6
134
Práticas culturais
2. LOCAL DE PLANTIO
135
Capítulo 6
3. PREPARO DO SOLO
136
Práticas culturais
4. PRODUÇÃO DE MUDAS
A B
Figura 1 - Estufas de produção com sistema de irrigação (A); mudas em ponto de
transplantio (B).
137
Capítulo 6
5. SUBSTRATO
138
Práticas culturais
6. TRANSPLANTIO
139
Capítulo 6
7. ESPAÇAMENTO
140
Práticas culturais
8. TUTORAMENTO
141
Capítulo 6
A B
Figura 2 - Condução no sistema vertical com bambu (A); detalhe da condução da
planta (B).
142
Práticas culturais
A B
Figura 3 - Sistema de condução vertical com fitilhos vista geral (A) e detalhe da
condução da planta (B).
143
Capítulo 6
9. AMONTOA
10. DESBROTA
Ao crescer, o tomateiro emite brotos nas axilas das folhas que devem
ser eliminados. A operação de desbrota é feita paralelamente à amarração,
e esta continua durante todo o ciclo da planta. Na condução das cultivares
de crescimento indeterminado, quando se opta por conduzir as plantas com
duas hastes, deve-se selecionar, como sendo a segunda haste, o primeiro
broto imediatamente abaixo do primeiro cacho (MAKISHIMA, 1964).
Esta prática tem como objetivo diminuir o número de ramos por
planta; com isso, diminui o número de pencas e de frutos por planta e,
consequentemente, possibilita um aumento no peso médio dos frutos.
Além disso, a desbrota promove um maior arejamento, tornando a planta
menos compacta, com menos folhas, o que favorece o controle fitossanitário,
contribuindo para diminuir a demanda de defensivos e proporcionando uma
melhor qualidade dos frutos (ALVARENGA, 2004).
A desbrota deve ser realizada quando os brotos estiverem com 2 a 5 cm
de comprimento. A operação é realizada quebrando o broto, se possível rente
à axila da folha, retirando-o dela. O corte dos brotos não deve ser feito com
lâmina de canivete e nem com a unha, para evitar que haja contaminação,
principalmente em relação a viroses.
A desbrota é uma das operações mais onerosas na cultura do tomateiro
para consumo in natura, podendo atingir até 20% do gasto de mão de obra
na cultura, para as cultivares de crescimento indeterminado. A operação
deve ser feita pelo menos duas vezes por semana, durante toda a fase do
144
Práticas culturais
145
Capítulo 6
146
Práticas culturais
16. REFERÊNCIAS
147
Capítulo 6
148
Práticas culturais
Capítulo 7
MANEJO DA ÁGUA PARA A CULTURA
José Mauro de Sousa Balbino
Maria Elizabete Oliveira Abaurre
Lúcio Lívio Fróes de Castro
1. INTRODUÇÃO
149
Capítulo 7
(LARCHER, 2000).
Por outro lado, a água está se tornando rapidamente recurso escasso
em muitas áreas do mundo, exigindo-se cada vez mais sistemas de produção
que reduzam a sua utilização, o que pode ser obtido se o seu fornecimento
for adequadamente planejado e monitorado. Para tanto, o conhecimento e o
manejo adequado do sistema solo-água-planta-ambiente é de fundamental
importância para o sucesso do empreendimento.
A aplicação racional de água no solo, adotando-se a tecnologia de
irrigação adequada na quantidade e no momento certo com a finalidade de
proporcionar a umidade necessária ao pleno desenvolvimento da cultura,
contribui para a garantia da produtividade esperada e para o padrão de
qualidade desejado dos produtos, além de reduzir os riscos de perdas da
produção ocasionadas por períodos de estiagem (OLIVEIRA; TAGLIAFERRE,
2005).
O manejo da água em áreas irrigadas consiste em monitorar e quantificar,
periodicamente, o consumo de água das plantas, possibilitando determinar
o tempo de funcionamento do sistema de irrigação. A sua adoção poderá
ocasionar vários benefícios, destacando-se a economia de água e energia,
que possibilitam melhor aproveitamento dos recursos hídricos e aumento da
renda do agricultor (OLIVEIRA; TAGLIAFERRE, 2005).
Desse modo, ao se programar o cultivo das hortaliças, deve-se buscar
o planejamento da irrigação e adotar o cultivo em áreas próximas às fontes
de água, que devem ser abundantes e apresentar boa qualidade, e, nesse
planejamento, buscar adotar sistemas de irrigação que promovam o uso
sustentável da água.
O planejamento da irrigação é fundamental para qualquer cultura;
entretanto, para uma cultura tão exigente em água e de custo elevado como
o tomateiro, o seu manejo torna-se ainda mais importante, pois permite
minimizar os riscos do empreendimento.
O tomate é uma das hortaliças com consumo de água acima da média,
sendo, portanto, muito sensível à sua falta. No fruto maduro, a água participa
em cerca de 94% dos seus constituintes, sendo que o fornecimento insuficiente
de água à cultura prejudica o seu desenvolvimento vegetativo e reprodutivo,
culminando numa menor produtividade, e altera o padrão de qualidade dos
frutos (MANZAN, 1980; ALVARENGA, 2004).
Neste capítulo, busca-se destacar os principais parâmetros a serem
150
Manejo da água para a cultura
151
Capítulo 7
Relacionados à planta
• Extensão, profundidade e idade das raízes.
• Estádio de desenvolvimento vegetativo da planta associado à atividade
metabólica e às condições climáticas.
• Parte da planta ou órgão e a forma de ser colhido (fresco ou seco).
Relacionados ao solo
• Profundidade e estrutura associadas ao crescimento das raízes.
• Capacidade de infiltração, de drenagem e aeração.
• Condutividade hidráulica do solo.
• Temperatura do solo.
• Frequência de doenças no sistema radicular ou ocorrência de
nematoides no solo.
• Salinidade do solo e/ou da água de irrigação.
• Localização de nutrientes no perfil do solo.
Relacionados ao clima
• Demanda evaporativa (umidade relativa do ar, disponibilidade de
radiação solar, vento e temperatura do ar).
• Intensidade e frequência das precipitações.
Relacionados ao manejo
• Época de plantio.
• Densidade de plantio.
• Expectativa de produção.
• Aplicação de fertilizantes.
• Sistema de produção.
152
Manejo da água para a cultura
153
Capítulo 7
154
Manejo da água para a cultura
155
Capítulo 7
156
Manejo da água para a cultura
157
Capítulo 7
158
Manejo da água para a cultura
159
Capítulo 7
água. Assim como para qualquer cultura, a água a ser usada na irrigação do
tomateiro deve ser livre de contaminação, visando evitar que seja veículo de
transmissão de doenças ao consumidor. Esse cuidado deverá ser adotado
mesmo que o sistema de irrigação seja por infiltração em sulcos (MANZAN,
1980; ALVARENGA, 2004). Deve-se também considerar o teor de sais, que
deve ser inferior a 1,5 g/l (equivalente à condutividade elétrica inferior a 2,2
dS/m), e de íon (cloreto inferior a 200 mg/l) (ALVARENGA, 2004).
160
Manejo da água para a cultura
161
Capítulo 7
7.1 EVAPOTRANSPIRAÇÃO
162
Manejo da água para a cultura
1
Por R entende-se a menor distância (expressa em metros) do centro do tanque ao limite da bordadura
(grama ou solo nu).
Fonte: Doorenbos e Pruitt (1977).
163
Capítulo 7
164
Manejo da água para a cultura
165
Capítulo 7
9. REFERÊNCIAS
166
Manejo da água para a cultura
KINET, J.M.; PEET, M.M. Tomato. In: WIEN, H.C. (Ed.). The physiology of
vegetables crops. New York: CAB International, 1997. p.207-258.
KUDREV, T. G. Água: vida das plantas. In: RESENDE, J. G. de (Trad.). São Paulo:
Ícone, 1994. 178p.
LARCHER, W. Ecofisiologia vegetal. São Carlos, SP, Rima Artes e texto, 2000.
531p.
167
Capítulo 7
WINTER, E.J. A água, o solo e a planta. Trad Klaus Reichardt, Paulo L. Libardi.
São Paulo, SP: Nobel, 2..ed. 1988. 170p.
168
Manejo da água para a cultura
Capítulo 8
NUTRIÇÃO E ADUBAÇÃO DO TOMATEIRO
Luiz Carlos Prezotti
1. INTRODUÇÃO
169
Capítulo 8
2. CALAGEM
170
Nutrição e adubação do tomateiro
171
Capítulo 8
172
Nutrição e adubação do tomateiro
4. ADUBAÇÃO ORGÂNICA
173
Capítulo 8
5.1 NITROGÊNIO
174
Nutrição e adubação do tomateiro
5.2 FÓSFORO
175
Capítulo 8
5.3 POTÁSSIO
5.4 CÁLCIO
176
Nutrição e adubação do tomateiro
177
Capítulo 8
5.5 MAGNÉSIO
5.6 ENXOFRE
5.7 BORO
178
Nutrição e adubação do tomateiro
5.9 SILÍCIO
179
Capítulo 8
6. ANÁLISE FOLIAR
7. FERTIRRIGAÇÃO
180
Nutrição e adubação do tomateiro
181
Capítulo 8
8. QUALIDADE DA ÁGUA
182
Nutrição e adubação do tomateiro
9. SALINIZAÇÃO DO SOLO
10. REFERÊNCIAS
183
Capítulo 8
184
Principais pragas da cultura do tomateiro estaqueado na
região das montanhas do espírito santo
Capítulo 9
PRINCIPAIS PRAGAS DA CULTURA DO
TOMATEIRO ESTAQUEADO NA REGIÃO DAS
MONTANHAS DO ESPÍRITO SANTO
Maurício José Fornazier
Dirceu Pratissoli
David dos Santos Martins
1. introdução
185
Capítulo 9
186
Principais pragas da cultura do tomateiro estaqueado na
região das montanhas do espírito santo
187
Capítulo 9
2. VETORES DE VIROSES
Biologia
Os tripes são insetos de tamanho reduzido, o que dificulta a
sua visualização e, consequentemente, a sua identificação. O ciclo de
desenvolvimento é do tipo holometabolia (ovo, ninfa, pupa e adulto), sendo
os ovos depositados no interior da epiderme das folhas e ramos, tendo um
período de incubação em torno de 4 dias, de onde eclodem as ninfas, que são
ápteras (sem asas) e muitos ativas, permanecendo sempre junto aos adultos.
O período de desenvolvimento das ninfas dura de 5 a 10 dias. O período
de pupa ocorre no solo e é relativamente curto, variando de 1 a 4 dias.
Os adultos (Figura 1) apresentam asas delgadas e franjadas, as quais
permanecem apoiadas sobre o dorso do inseto quando estão em repouso.
Durante sua vida, as fêmeas podem colocar de 20 a 100 ovos.
As duas primeiras espécies são de menor tamanho, 1 mm de compri-
mento, tendo um ciclo biológico variando de 20 a 25 dias. F. schultzei pode
chegar a 3 mm de comprimento, com um ciclo biológico de 15 dias.
Descrição
Essas espécies de tripes abrigam-se nas flores e na face inferior das
folhas, de preferência nas mais novas, onde vivem em colônias. Por serem
polífagos, podem transferir-se de outras culturas ou de restos culturais para
os novos plantios de tomate, onde passam a raspar a epiderme dos tecidos, a
fim de alimentar-se da seiva.
A proliferação ocorre pelo vento ou por mudas, com maior intensidade
de infestação nos períodos quentes ou em períodos de baixa temperatura,
porém associadas à estiagem.
O número de plantas hospedeiras é relativamente grande, tendo sido
registrada a ocorrência em batata, amendoim, alface, berinjela, crisântemo,
188
Principais pragas da cultura do tomateiro estaqueado na
região das montanhas do espírito santo
dália, fumo, pimentão, melão, pepino, feijão, soja, batata-doce, algodão, além
de uma ampla gama de plantas daninhas.
Sintomas/Danos
Por terem preferência por tecidos mais tenros, o período crítico na
cultura do tomateiro ocorre até os 60 dias, quando raspam os tecidos para se
alimentar da seiva extravasada, caracterizando o dano direto. A consequência
indireta é a capacidade de transmissão de viroses, tanto pelas ninfas quanto
pelos adultos, que, ao se alimentar de plantas infectadas, passam a ser
veiculadores de um complexo de vírus, sendo os mais comuns denominados
de vira-cabeça do tomateiro.
Tanto a fase jovem como a fase adulta do tripes provocam numerosas
cicatrizes e, consequentemente, deformações, podendo acarretar até a morte
da planta. Quando ocorre a transmissão de virose, as plantas inicialmente
apresentam um escurecimento das folhas, de aspecto bronzeado, avançando
para o caule, onde ocorre o aparecimento de estrias escuras. Nos frutos
provocam manchas amareladas. Após a disseminação da virose por toda a
planta, percebe-se um curvamento da extremidade do ponteiro, de onde
provém o nome vulgar de vira-cabeça do tomateiro. Os critérios para
monitoramento de sua população são descritos na Tabela 1.
Foto: DPratissoli
189
Capítulo 9
2.2 Mosca-branca
Ordem/Sub-ordem: Hemiptera/Sternorrhyncha
Família: Aleyrodidae
Nome científico: Bemisia tabaci (Gennadius, 1889)
B. tabaci raça B (~ B. argentifolii Bellows & Perring, 1994)
Sinonímias: Aleyrodes tabaci (Gennadius, 1889); A. inconspicua (Quaintance &
Baker, 1914); B. inconspicua (Quaintance & Baker, 1914); B. costalimai (Bondar,
1928); B. signata (Bondar, 1928); B. bahiana (Bondar, 1928); B. gossypiperda
(Misra & Lamba); B. longispina (Priesner & Hosny, 1934); B. goldini (Corbertt,
1935); B. nigenieris (Corbertt, 1935); B. rhodesianensis (Corbertt, 1936)
Biologia
O desenvolvimento desta praga é do tipo hemimetabolia, ou seja,
engloba as fases de ovo, ninfa e adulto, tendo o ciclo biológico uma duração
média de 15 dias.
Os ovos possuem uma coloração amarelada e apresentam um formato
de pera, fixados por um pedúnculo curto na face inferior das folhas mais novas
e são depositados isoladamente. O estágio de ovo pode variar de 3 a 6 dias.
Após a eclosão, surgem as ninfas, sendo estas translúcidas, corpo com
formato ovalado, cuja coloração pode variar do amarelo ao amarelo-pálido.
Logo no início de seu desenvolvimento, possuem pernas, período no qual
saem à procura de um local na planta onde possam introduzir o estilete e
começar o processo de sucção de seiva. O ciclo ninfal apresenta uma duração
que pode variar de 12 a 15 dias, aproximadamente.
Descrição
Os adultos (Figura 2) apresentam o branco como cor predominante,
uma vez que suas asas são brancas e cobrem a maior parte do corpo,
entretanto, o dorso do corpo do inseto é amarelo-claro. Quanto ao tamanho,
são considerados pequenos com 1 mm de comprimento, contudo tem-se
verificado que os machos são menores que as fêmeas. O aparelho bucal é
do tipo “picador-sugador”. As fêmeas podem ovipositar em média 150 ovos.
No entanto, a raça B, considerada mais agressiva, pode colocar cerca de 300
ovos.
190
Principais pragas da cultura do tomateiro estaqueado na
região das montanhas do espírito santo
Foto: DPratissoli
Figura 2 - Adultos da mosca-branca em ponteiro, folha e fruto de tomateiro.
Sintomas/danos
É uma importante praga e por serem sugadores podem provocar
danos diretos e indiretos. Com a injeção de toxinas, induzem a alterações
no desenvolvimento vegetativo e reprodutivo da planta, debilitando-a
e reduzindo a produtividade e qualidade dos frutos, podendo provocar
sintomas de afilamento do ápice, manchas cloróticas, folhas encarquilhadas,
com aspecto coriáceo e o arqueamento dos folíolos. Em infestações intensas
podem, também, ocasionar murchamento das plantas e maturação forçada
dos frutos.
O segundo tipo de dano ocorre com a transmissão de viroses (Figura
3) do tipo geminivírus, conhecida por mosaico-dourado do tomateiro,
provocando nanismo das plantas infectadas, encarquilhamento severo das
folhas terminais, amarelecimento de toda a planta e o amadurecimento
irregular dos frutos.
Outro tipo de dano indireto ocorre pela excreção de suas fezes que
cobrem folhas e frutos, propiciando o aparecimento do fungo denominado
de fumagina, que interfere no processo de fotossíntese da planta. O período
crítico do ataque se dá até os 60 dias de desenvolvimento da cultura. Pode
ser, ainda, encontrada em outras solanáceas, em cucurbitáceas e em plantas
ornamentais. Os critérios para monitoramento de sua população são descritos
na Tabela 1.
2.3 pulgão-da-batatinha
Ordem/Sub-ordem: Hemiptera/Sternorrhyncha
Família: Aphididae
Nome científico: Macrosiphum euphorbiae (Thomas, 1878)
Sinonímias: Siphonophora solanifolii (Ashmead, 1881); Macrosiphum solanifolii
(Ashmead, 1881); Macrosiphum gei (Kock, 1857)
191
Capítulo 9
2.4 Pulgão-verde
Ordem/Sub-ordem: Hemiptera/Sternorrhyncha
Família: Aphididae
Nome científico: Myzus persicae (Sulzer, 1776)
Sinonímia: Aphis persicae (Sulzer, 1776); Myzodes persicae (Sulzer, 1776)
Biologia
M. euphorbiae: São insetos de comprimento que pode variar de 3 a 4
mm, tendo, tanto a forma jovem quanto a alada, uma coloração em geral
esverdeada, com cabeça e tórax amarelados, possuindo as antenas de
coloração escura. A forma alada dessa espécie diferencia-se das ápteras pelo
seu tamanho, sendo esta última, maior.
M. persicae: Possuem cerca de 2 mm de comprimento, tendo sua forma
áptera uma coloração de tonalidade verde-clara, e os de forma alada possuem
coloração verde, sendo a cabeça, antenas e tórax de cor mais escura.
Em ambas as espécies, a reprodução ocorre por partenogênese
telítoca, em que há a produção de descendentes sem haver o acasalamento.
O desenvolvimento ninfal apresenta quatro ínstares, o qual ocorre em um
período em torno de 10 dias. Os adultos podem viver entre 15 e 20 dias, sendo
que cada fêmea pode gerar até 80 descendentes.
Descrição
São pragas que vivem em colônias (Figura 3), sugando de forma
contínua as folhas e brotos terminais, considerados esses os danos diretos.
Os danos indiretos têm sido relatados para esses insetos por serem,
na forma adulta, transmissores de viroses (Figura 4), sendo responsáveis
por inocularem os vírus-do-topo-amarelo do tomateiro, vírus Y da batata e
do vírus-do-mosaico do tomateiro. O que propicia a disseminação dessas
infecções é a presença das formas aladas, que podem dispersar-se através do
vento, infestando um grande número de plantas.
Por serem pragas polífagas, essas espécies podem ainda ocorrer em
plantas de batata, berinjela, pimentão, alface, algodão, melancia, couve,
repolho, feijão e fumo, além de uma diversidade de plantas daninhas.
Sintomas/Danos
Com a injeção de toxina durante a sucção de seiva, os primeiros sintomas
192
Principais pragas da cultura do tomateiro estaqueado na
região das montanhas do espírito santo
Foto: DPratissoli
e ramos, com consequência na
qualidade e produção de frutos.
Foto: DPratissoli
193
Capítulo 9
Foto: DPratissoli
Figura 5 - Frutos de tomateiro verde e maduro com sintomas de viroses transmitidas
por mosca-branca, pulgões e tripes.
Biologia
São insetos holometabólicos, ou seja, apresentam metamorfose
completa, com as fases de ovo, larva, pupa e adulto.
Os ovos são minúsculos, elípticos e de cor amarelada, sendo depositados
isoladamente na face inferior e superior das folhas, próximos às nervuras,
ou em qualquer reentrância, nos brotos terminais, nas hastes, no cálice das
flores e nos frutos. A maior concentração de postura sempre ocorre no terço
194
Principais pragas da cultura do tomateiro estaqueado na
região das montanhas do espírito santo
Descrição
Esta é uma espécie cujas infestações podem ser fortemente influencia-
das pelas condições climáticas. A proliferação dessa praga tem sido favorecida
quando ocorrem períodos de baixa precipitação, com temperaturas elevadas
e veranicos na época chuvosa.
Em sua fase de lagarta possui grande capacidade de causar danos,
independente da idade das mesmas. Nos folíolos, penetram no parênquima
foliar, de onde passam a se alimentar, provocando minas. A maior concentração
de ataque pode ser verificada no terço médio das plantas. Nos ponteiros
(Figura 7), penetram na gema apical, onde, ao se alimentarem, fazem uma
galeria no sentido descendente, provocando a morte da mesma. No interior
das galerias, as lagartas, ao completarem seu ciclo larval, perfuram o colmo,
por onde saem. Penetram nos frutos, onde se alimentam da polpa, fazendo
galerias que apresentam uma coloração escura pela deposição de fezes em
seu interior.
Esta espécie tem grande preferência alimentar pelo tomateiro, porém
pode ocorrer em outras solanáceas de importância econômica, como berinjela,
batata e pimentão. Pode, entretanto, utilizar-se de hospedeiros alternativos,
como outras solanáceas silvestres.
195
Capítulo 9
Sintomas/Danos
Os sintomas da presença dessa praga na cultura podem ser observados
através das minas deixadas nos folíolos (Figura 8A). Nas vistorias de campo
deve-se observar inicialmente as folhas do terço superior. Nos ponteiros,
a constatação de sua presença é através das fezes escuras deixadas junto
aos folíolos da gema apical. Nos frutos (Figuras 8A e 8B) deve-se observar
pequenas perfurações de aspecto escuro, próximas às sépalas.
Os danos podem ser de característica quantitativa ou qualitativa, pela
redução da área foliar, o que irá interferir na taxa fotossintética da planta; pela
morte da gema, impedindo assim a formação de novos cachos de frutos e
atrasando o desenvolvimento da planta; e pela perfuração da polpa dos frutos,
tornando-os imprestáveis à comercialização. Os critérios para monitoramento
de sua população são descritos na Tabela 1.
Foto: DPratissoli
196
Principais pragas da cultura do tomateiro estaqueado na
região das montanhas do espírito santo
Foto: DPratissoli
Foto: MJFornazier
A B
Figura 8 - Sintoma da incidência de ataque da lagarta da traça do tomateiro em folhas
e frutos de tomate (A). Sintoma da infestação e dano da lagarta da traça do
tomateiro em frutos jovens e em frutos mais desenvolvidos (B).
Biologia
Apresenta um desenvolvimento holometabólico.
As posturas são feitas isoladamente, sendo os ovos depositados
endofiticamente através da introdução do ovipositor no interior do
parênquima foliar. O período de incubação pode variar de 2 a 4 dias.
As larvas, ao eclodirem, passam a se alimentar do parênquima foliar,
através do qual fazem galerias (Figura 9A). Inicialmente apresentam uma
coloração branco-hialina, e com o desenvolvimento tornam-se amareladas.
Esta fase possui uma duração que varia de 6 a 10 dias.
Foto: HCosta
Foto: DPratissoli
Foto: MJFornazier
A B C
Figura 9 - Galeria provocada no mesófilo foliar pela alimentação da larva de Liriomyza
spp. (A). Ataque severo da minadora das folhas em tomateiro (B). Infecção
de Pseudomonas seringae pv. tomato favorecida pela alta infestação da
larva minadora do tomateiro (C).
197
Capítulo 9
A fase pupal pode ocorrer no solo ou fixada na face inferior das folhas
mais velhas. Esta fase pode ter uma duração variando de 5 a 12 dias.
Os adultos são moscas de tamanho reduzido, medindo cerca de 2 mm
de comprimento, tendo seu corpo de coloração escura, porém com manchas
amareladas no tórax e na face superior da cabeça. Suas asas são transparentes.
Cada fêmea pode colocar de 500 a 700 ovos, cuja longevidade dura cerca de
26 dias.
O ciclo biológico tem uma duração de 17 a 30 dias, dependendo das
condições climáticas.
Descrição
As galerias deixadas pelas larvas são translúcidas, devido à destruição
do tecido parenquimatoso dos folíolos. O sentido de orientação das galerias é
aleatório, de forma irregular, podendo, algumas vezes, apresentar ramificações.
As larvas, quando bem desenvolvidas, podem ser visíveis no interior das
galerias pela tonalidade amarelada.
As pupas, quando aderidas na face inferior da folha, apresentam um
formato de barril, por serem do tipo denominado de coarctada.
Os adultos apresentam o hábito diurno e, por serem pequenos, são
facilmente dispersados pelo vento, podendo atingir longas distâncias. As
fêmeas fazem dois tipos de puncturas com seu ovipositor nas folhas. Cerca
de um quinto são feitas para oviposição e o restante, para alimentarem-se do
líquido extravasado.
No Brasil podem ocorrer várias espécies, sendo as mais comuns
Liriomyza huidobrensis, L. sativa e L. trifolii. Além do tomateiro, podem atacar
outras culturas, tais como batata, feijão, berinjela, couve, cucurbitáceas, feijão-
vagem, beterraba, fumo, pimentão, girassol, maracujá, couve-flor, algodão,
quiabo e alface, bem como podem utilizar inúmeras outras plantas silvestres
como hospedeiros alternativos.
Sintomas/Danos
A ocorrência dessa praga pode ser constatada pela observação das
galerias nos folíolos, que são visíveis ao olho humano. A maior incidência
do ataque ocorre nos folíolos do terço mediano da planta (Figura 9B). Outra
forma para a percepção da ocorrência dessa praga na cultura é a presença dos
adultos pousados sobre as folhas.
198
Principais pragas da cultura do tomateiro estaqueado na
região das montanhas do espírito santo
Biologia
O ciclo de desenvolvimento dessa praga é do tipo holometabólico e
pode chegar a 50 dias.
A fase de ovo apresenta uma duração média de 3 dias, podendo chegar
a 5 dias. As posturas são feitas no pericarpo do frutos, junto ao cálice ou nas
sépalas, sendo os ovos depositados em grupos, que normalmente são em
número de três, no entanto podem chegar a 10 ovos. Estes, apresentam um
formato globular, de coloração esbranquiçada, os quais mudam a coloração
para um amarelo-creme na medida em que avança o seu desenvolvimento.
As larvas, ao eclodirem, possuem, inicialmente, uma coloração cremosa,
porém quando mais desenvolvidas tornam-se rosadas, com o primeiro
segmento torácico amarelado, podendo medir de 11 a 13 mm. O ciclo larval
dura em média 30 dias.
As pupas possuem coloração marrom-clara, sendo que esta fase ocorre
no solo sob os detritos vegetais. O ciclo pupal dura em média 17 dias.
Descrição
Os adultos são mariposas, medindo cerca
de 25 mm de envergadura, e possuem o corpo de
coloração marrom, com as asas esbranquiçadas,
Foto: DPratissoli
199
Capítulo 9
Fotos: MJFornazier
A B
Figura 11 - Constatação de ovos da broca-pequena em frutos de tomateiro em dife-
rentes fases de desenvolvimento (A). Sintoma de entrada da lagarta da
broca-pequena no fruto de tomate - cicatriz deixada no pericarpo após
sua entrada (B).
200
Principais pragas da cultura do tomateiro estaqueado na
região das montanhas do espírito santo
Sintomas/Danos
Os sintomas da ocorrência dessa praga podem ser observados através
de um exame minucioso da presença de ovos ou da cicatriz de coloração
escura, deixada no pericarpo do fruto quando da penetração das lagartas.
Pelo fato do ataque ocorrer somente nos frutos, a broca-pequena tem
se tornado nociva, pois os prejuízos são sempre quantitativos, tornando-
os inaproveitáveis, tanto para o consumo in natura quanto para a indústria
de processamento. Os critérios para monitoramento de sua população são
descritos na Tabela 1.
Foto: DPratissoli
Foto: MJFornazier
201
Capítulo 9
Biologia
Apresenta um desenvolvimento holometabólico, cujo ciclo biológico
varia de 35 a 45 dias.
Os ovos apresentam formato hemisférico, de coloração esbranquiçada,
tornando-se escuros próximos à eclosão das larvas. As posturas são feitas de
forma isolada, tendo os ovos um período de incubação que dura de 3 a 5 dias
(Figura 14).
O ciclo larval apresenta uma duração que varia de 13 a 25 dias, e nesse
período passa por cinco ínstares. As lagartas apresentam cápsula cefálica
marrom e corpo de coloração esbranquiçada, que pode variar até verde-
escuro, com faixas longitudinais escuras e manchas pretas (Figura 15). Uma
lagarta, quando completamente desenvolvida, pode medir até 50 mm de
comprimento.
Foto: DPratissoli
202
Principais pragas da cultura do tomateiro estaqueado na
região das montanhas do espírito santo
Descrição
A ocorrência dessa praga na cultura do tomateiro pode ser constatada
durante todo o ano. As maiores incidências ocorrem quando coincide com o
período de cultivo de milho.
Por terem o hábito de voo noturno, os adultos passam o dia escondidos
sob as folhas das plantas. As posturas são feitas em qualquer parte da planta.
As lagartas recém-eclodidas raspam as folhas e posteriormente
deslocam-se para os frutos, onde, inicialmente, raspam o pericarpo e conse-
cutivamente alimentam-se da polpa, provocando grandes deformações.
A preferência alimentar é pela cultura do milho; no entanto, o tomateiro
tem-se tornado um alimento alternativo. Pode também ocorrer em outras
culturas, como a de sorgo, algodão, cucurbitáceas, alho, berinjela, cebola,
chuchu, feijão, fumo, girassol, pimenta, trigo e soja.
Sintomas/Danos
Os primeiros sintomas podem ser percebidos através das cicatrizes
deixadas quando esses insetos raspam a epiderme do fruto (Figura 16). Um
outro sintoma mais avançado é constatado quando percebe-se nos frutos
grandes perfurações irregulares na polpa.
Por causarem um dano direto nos frutos, o prejuízo advém da perda dos
mesmos para a comercialização (Figura 17). Os critérios para monitoramento
de sua população são descritos na Tabela 1.
203
Capítulo 9
Foto: MJFornazier
Foto: DPratissoli
Figura 16 - Dano externo ao fruto de Figura 17 - Descarte de frutos de tomate
tomate causado pelo ataque devido à infestação da broca-
de lagartas da broca-grande. pequena e da traça-do-toma-
teiro, ocasionando perda de
produtividade.
204
Principais pragas da cultura do tomateiro estaqueado na
região das montanhas do espírito santo
5.1 COLEÓPTEROS
5.1.1 Desfolhadores
205
Capítulo 9
Sintomas/Danos
Os insetos adultos, quando em alta população, perfuram as folhas
provocando redução da área foliar, com diminuição da taxa fotossintética,
causando perda de produção. As larvas, por possuírem hábito subterrâneo
alimentam-se das raízes, porém em tomateiro, não têm sido constatado
prejuízos.
Sintomas/Danos
Os adultos desses insetos são desfolhadores, causando grandes
prejuízos às várias culturas, por perfurarem intensamente as folhas.
5.1.2.1 Bicho-de-tromba-de-elefante
Ordem: Coleoptera
Família: Curculionidae
Nome científico: Phyrdenus sp.
Sintomas/Danos
Folhas e frutos são destruídos pelo ataque dos adultos enquanto que as
larvas danificam as raízes, podendo levar a planta à morte.
Sintomas/Danos
A alimentação dos adultos ocorre em plântulas e ramos mais tenros
206
Principais pragas da cultura do tomateiro estaqueado na
região das montanhas do espírito santo
5.2 LEPIDÓPTEROS
Sintomas/Danos
Tanto nos viveiros ou quando as plantas transplantadas encontram-se
com até 20 dias, as larvas seccionam as mesmas próximos ao solo, favorecendo
o tombamento. Uma lagarta pode atacar várias plantas durante uma visita
noturna à cultura.
5.2.2 Desfolhadores
5.2.3.1 Lagarta-da-maçã-do-algodoeiro
Ordem: Lepidoptera
Família: Noctuidae
Nome científico: Heliothis virescens (Fabr., 1781)
207
Capítulo 9
Sintomas/Danos
Perfuram os frutos quando estão nos primeiros ínstares e posteriormente
passam a alimentar-se da polpa deixando grandes orifícios nos mesmos
(Figura 19).
Foto: DPratissoli
Foto 19 - Lagarta de H. virescens em tomateiro.
5.2.3.2 Brocão
Ordem: Lepidoptera
Família: Noctuidae
Nome científico: Spodoptera eridania (Cramer, 1782)
Sinonímia: Prodenia eridania (Cramer, 1782); Xylomyges eridania (Cramer,
1782)
Sintomas/Danos
As lagartas quando novas raspam as folhas deixando-as rendilhadas.
Nos últimos ínstares atacam os frutos, de preferência os maiores, alimentando-
se do pericarpo e endocarpo, deixando grandes orifícios (Figura 20).
5.2.3.3 Falsa-medideira-da-couve
Ordem: Lepidoptera
Família: Noctuidae
Nome científico: Trichoplusia ni (Hüeb., 1802)
208
Principais pragas da cultura do tomateiro estaqueado na
região das montanhas do espírito santo
Foto: DPratissoli
B C
Figura 20 - Postura (A), lagarta (B) e dano foliar (C) de S. eridania em tomateiro.
Sintomas/Danos
As lagartas alimentam-se de todo o limbo foliar quando estão nos
primeiros ínstares. Posteriormente migram para os frutos, de preferências
os mais novos, perfurando-os e destruindo grande parte do pericarpo e
endocarpo (Figura 21).
Foto: DPratissoli
A B
Figura 21 - Lagartas de T. ni e danos em frutos novos (A) e mais desenvolvidos (B) de
tomateiro.
209
Capítulo 9
5.2.3.4 Traça-da-batatinha
Ordem: Lepidoptera
Família: Gelechiidae
Nome científico: Phthorimaea operculella (Zeller, 1983)
Sinonímia: Gnorimoschema operculella (Zeller, 1873)
Sintomas/Danos
Os danos causados por esta praga provêm da abertura de galerias
superficiais nos frutos e na região de inserção do pedúnculo, ocorrendo
principalmente na fase de maturação. Eventualmente ocorrem em folhas.
5.3 ORTÓPTEROS
Sintomas/Danos
Tanto a fase ninfal como a adulta pode se alimentar de plântulas
recém-transplantadas no campo, onde seccionam o colmo provocando o
tombamento das mesmas, além de destruir as raízes, causando a morte das
plantas.
Sintomas/danos
Tanto as ninfas quanto os adultos podem se alimentar de raízes,
através de galerias escavadas pelos mesmos, ou quando na superfície podem
210
Principais pragas da cultura do tomateiro estaqueado na
região das montanhas do espírito santo
5.4 HEMÍPTEROS/HETERÓPTEROS
5.4.1 Percevejo
Sintomas/Danos
As ninfas e adultos sugam os frutos, promovendo murchamento,
apodrecimento e a presença de áreas endurecidas internamente. Externamente
ocorrem pontuações esbranquiçadas em forma de mosaico em função das
suas picadas.
Sintomas/Danos
As ninfas e adultos sugam a seiva, preferencialmente, na face inferior
das folhas, promovendo a ocorrência de manchas cloróticas visíveis na parte
superior destas, com subsequente secamento foliar.
5.5 ÁCAROS
5.5.1 Ácaro
211
Capítulo 9
Ordem: Acari
Família: Tetranychidae
Nome científico: Tetranychus urticae (Koch, 1836)
Sinonímia: T. althaeae (Hanst.); Acarus telarius (L., 1758); T. cucumeris (Boisduval,
1867); T. cinnabarinus (Boisduval, 1867); T. bimaculatus (Harvey, 1839)
Sintomas/Danos
As colônias deste ácaro desenvolvem-se preferencialmente na face
inferior das folhas onde surgem pontuações cloróticas em função da
alimentação causando seu secamento e queda.
Sintomas/Danos
O ataque ocorre na região inferior das folhas onde o ácaro raspa as
células epidérmicas tornando-as verde-brilhantes, bronzeadas e com a
margem voltada para baixo.
Sintomas/Danos
Os principais sintomas são a produção exagerada de eríneos,
amarelecimento e bronzeamento de folhas que evoluem para um secamento
sem murcha; a região basal das hastes mostra bronzeamento com posterior
secamento e os frutos não se desenvolvam adequadamente; sua casca
apresenta textura áspera e queimada pela exposição ao sol.
212
Principais pragas da cultura do tomateiro estaqueado na
região das montanhas do espírito santo
6. CONTROLE DE VETORES
(tripes, moscas-brancas, pulgões)
Controle cultural
Restos culturais de tomateiro, bem como de plantas hospedeiras,
nativas ou cultivadas, devem ser eliminados sistematicamente, pois podem
servir de foco para a disseminação de vetores adultos para as lavouras novas.
As sementeiras devem ser feitas em locais mais isolados e, preferencial-
mente, em bandejas dentro de telados protegidos por telas anti-afídeos.
Dentro das lavouras de tomate, as plantas daninhas hospedeiras da
praga devem ser eliminadas. As plantas de tomateiro doentes, com sintomas
de viroses devem ser pulverizadas e em seguida eliminadas assim que os
mesmos sejam constatados, visando o controle dos vetores.
Em lavouras com histórico de ocorrência dessas pragas, deve-se
evitar o plantio de novas lavouras, próximos às mais velhas e/ou de lavouras
hospedeiras das pragas.
A rotação de cultura deve ser realizada evitando-se a sucessão de
plantios, uma vez que estes permitem significativo incremento populacional
dos vetores.
O uso de barreiras físicas por meio de plantios de culturas como sorgo
ou milheto, diminui a incidência da população dos vetores. O uso de cultivares
resistentes a viroses diminui o uso de agrotóxicos na lavoura.
Controle químico
O controle preventivo deve ser priorizado na etapa da produção de
mudas, para se evitar a presença dos vetores e de plantas com sintomas
de virose no tomateiro. São recomendados produtos químicos de baixa
toxicidade, podendo-se optar pelo grupo dos neonicotinóides, através
de duas aplicações nessa fase. O mesmo grupo químico pode ser utilizado
em aplicação de cova logo após o transplantio das mudas para o campo
comercial.
A aplicação de produtos químicos via foliar somente deverá ser realizada
se observado índice populacional em amostragem (Tabela 1), que justifique
a intervenção. Deve-se observar a rotação de grupos químicos e modos de
ação diferentes quando da necessidade de reaplicações para controle dos
vetores (Tabela 2).
213
Capítulo 9
Controle cultural
Um dos principais problemas do aumento dos índices populacionais
de traças e brocas dos frutos do tomateiro na região de montanha do
Espírito Santo está na concentração das áreas cultivadas por um só produtor
e no plantio seqüencial de lavouras durante a época de produção. Estes
fatos permitem a migração dos insetos adultos de uma lavoura para outra
durante toda a estação, tornando o controle dessas pragas difícil e oneroso,
principalmente nos últimos plantios, exigindo um número muito maior de
pulverizações.
Medidas como a interrupção desses plantios sequenciais de tomate em
áreas adjacentes e a destruição dos restos culturais logo após o término da
colheita comercial, devem ser práticas usuais entre os tomaticultores.
A implantação de barreiras físicas recomendadas para os vetores, com
antecedência mínima de 30 dias antes do plantio das lavouras de tomate
auxiliam na redução das populações de adultos, diminuindo sensivelmente
o fluxo entre plantios.
A limpeza das caixas e dos veículos utilizados na colheita e o
recolhimento e retirada sistemática das lavouras dos frutos brocados caídos
no chão ou descartados quando da colheita, devem ser realizados visando a
redução da fonte de infestação das traças e brocas.
Controle biológico
O controle biológico dessas pragas é realizado por um grande número
de vespas predadoras e por micro-himenópteros de ocorrência natural nas
lavouras de tomate, que agem sobre ovos e lagartas. O principal desses
inimigos naturais é um parasitóide denominado Trichogramma pretiosum
Riley, 1879 (Hymenoptera:Trichogrammatidae) já utilizado em liberações
inundativas para o parasitismo de ovos. Têm sido observadas eficiências de
controle, somente com o uso desse parasitóide, superiores a 80% para a traça
do tomateiro (T. absoluta).
Controle químico
Deve-se proceder à amostragem (Tabela 1) desses insetos para se
determinar o momento para a intervenção química, pois, são muitos os
214
Principais pragas da cultura do tomateiro estaqueado na
região das montanhas do espírito santo
8. CONTROLE DA MOSCA-MINADORA
Controle cultural
Evitar proximidade de plantios mais velhos e de lavouras hospedeiras,
eliminar plantas hospedeiras alternativas nativas como maria-pretinha, picão
e serralha, destruir os restos culturais e, em lavouras mais infestadas, promover
uma limpeza das folhas mais velhas à medida que sejam colhidas as primeiras
pencas de tomate.
Controle químico
Optar pela utilização de produtos fisiológicos e/ou biológicos. O uso de
inseticidas para controle da traça-do-tomateiro e da broca pequena, controla
eficientemente a mosca minadora. Proceder à amostragem da população de
larvas para tomada de decisão de intervenção química, antes da utilização de
agrotóxicos.
Isca atrativa alimentar misturada a inseticidas também podem
ser utilizadas para controle dos adultos, em caso de altas infestações,
principalmente em períodos secos prolongados.
215
216
Capítulo 9
Continua...
Principais pragas da cultura do tomateiro estaqueado na
região das montanhas do espírito santo
Continua...
Continuação...
217
Continuação...
218
Capítulo 9
Continua...
Principais pragas da cultura do tomateiro estaqueado na
região das montanhas do espírito santo
Continua...
Continuação...
219
Continuação...
220
Capítulo 9
Continua...
Principais pragas da cultura do tomateiro estaqueado na
região das montanhas do espírito santo
Continua...
Continuação...
221
Continuação...
222
Capítulo 9
Continua...
Principais pragas da cultura do tomateiro estaqueado na
região das montanhas do espírito santo
Continua...
Continuação...
223
Continuação...
224
Capítulo 9
Continua...
Conclusão
sr = sem restrições; nd = não determinado devido ao modo de aplicação; # Em adequação a lei nº 7.802/89
225
região das montanhas do espírito santo
Principais pragas da cultura do tomateiro estaqueado na
Capítulo 9
9. BIBLIOGRAFIAS CONSULTADAS
OLIVEIRA, J.S.; MAIA, J.R.S.; QUEIROZ, M.E.L.R.; MOREIRA, L.F.; PASCHOAL, A.D.
Pragas praguicidas e a crise ambiental. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio
Vargas, 1979. 102p.
SINIGAGLIA, C.; RODRIGUES NETO, N.; COLARICCIO, A.; VICENTE, M.; GROPPO,
G.A.; GRAVENA, S.; LEITE, D. Manejo integrado de pragas e doenças do
tomateiro. São Paulo: Secretaria de Agricultura e Abastecimento, 2000. 66p.
Capítulo 10
DOENÇAS DO TOMATEIRO
NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO:
RECONHECIMENTO E MANEJO
Hélcio Costa
José Aires Ventura
1. introdução
227
Capítulo 10
228
Doenças do tomateiro no Estado do Espírito Santo:
reconhecimento e manejo
229
Capítulo 10
230
Doenças do tomateiro no Estado do Espírito Santo:
reconhecimento e manejo
Manejo da doença
231
Capítulo 10
232
Doenças do tomateiro no Estado do Espírito Santo:
reconhecimento e manejo
2.1.2 Pinta-preta
Alternaria solani
233
Capítulo 10
234
Doenças do tomateiro no Estado do Espírito Santo:
reconhecimento e manejo
Manejo da doença
235
Capítulo 10
Figura 8 - Fruto com sintomas de pinta- Figura 9 - Folíolo com sintomas de pinta-
preta. preta nas folhas baixeiras.
236
Doenças do tomateiro no Estado do Espírito Santo:
reconhecimento e manejo
2.1.3 Septoriose
Septoria lycopersici
237
Capítulo 10
Manejo da doença
238
Doenças do tomateiro no Estado do Espírito Santo:
reconhecimento e manejo
239
Capítulo 10
240
Doenças do tomateiro no Estado do Espírito Santo:
reconhecimento e manejo
Manejo da doença
241
Capítulo 10
resistentes, que possuem o gene sm, mas recomenda-se sempre o uso daqueles
já testados na região. Em ensaios conduzidos, em 2007, no Estado do Espírito
Santo, com 14 híbridos em dois locais de cultivo (Caxixe e Fazenda Guandu),
observou-se uma variação muito grande com relação a suscetibilidade a esta
doença. O híbrido Dominador foi que apresentou a maior resistência, seguido
dos híbridos Donatto, Itaiba, Ty-75 e Nanda. Os híbridos Polyana, Styllus e
Império comportaram-se como muito suscetíveis. Os híbridos Forty, Thaty, TY
Fanny e Alambra apresentaram comportamento intermediário (COSTA et al.,
2007). Outras medidas importantes:
• Fazer a rotação de culturas por pelo menos um ano, e evitar o plantio
de pimentão e jiló nessas áreas.
• Evitar irrigação por aspersão, principalmente no período da tarde.
• Com relação ao controle químico, os fungicidas normalmente utilizados
para outras doenças na cultura do tomateiro no Estado são eficientes no
controle desta doença; contudo, em condições de alta severidade da doença,
se faz necessário o uso de produtos específicos complementares.
242
Doenças do tomateiro no Estado do Espírito Santo:
reconhecimento e manejo
243
Capítulo 10
244
Doenças do tomateiro no Estado do Espírito Santo:
reconhecimento e manejo
Manejo da doença
245
Capítulo 10
246
Doenças do tomateiro no Estado do Espírito Santo:
reconhecimento e manejo
Manejo da doença
247
Capítulo 10
248
Doenças do tomateiro no Estado do Espírito Santo:
reconhecimento e manejo
249
Capítulo 10
Figura 25 - Plantas com amarelecimento intenso das folhas e início de seca das folhas
baixeiras.
250
Doenças do tomateiro no Estado do Espírito Santo:
reconhecimento e manejo
251
Capítulo 10
Manejo da doença
252
Doenças do tomateiro no Estado do Espírito Santo:
reconhecimento e manejo
253
Capítulo 10
254
Doenças do tomateiro no Estado do Espírito Santo:
reconhecimento e manejo
al., 2007). Temperaturas entre 20o e 24oC e alta umidade do solo são muito
favoráveis ao desenvolvimento da doença.
Manejo da doença
255
Capítulo 10
256
Doenças do tomateiro no Estado do Espírito Santo:
reconhecimento e manejo
257
Capítulo 10
258
Doenças do tomateiro no Estado do Espírito Santo:
reconhecimento e manejo
por muitos anos, devido à formação de escleródios, bem como nos restos
culturais.
259
Capítulo 10
Manejo da doença
260
Doenças do tomateiro no Estado do Espírito Santo:
reconhecimento e manejo
261
Capítulo 10
262
Doenças do tomateiro no Estado do Espírito Santo:
reconhecimento e manejo
263
Capítulo 10
muito úmidos, compactados e com baixo teor de matéria orgânica são mais
propensos à doença.
Manejo da doença
264
Doenças do tomateiro no Estado do Espírito Santo:
reconhecimento e manejo
265
Capítulo 10
Manejo da doença
266
Doenças do tomateiro no Estado do Espírito Santo:
reconhecimento e manejo
3.1 MURCHADEIRA
Ralstonia solanacearum
267
Capítulo 10
268
Doenças do tomateiro no Estado do Espírito Santo:
reconhecimento e manejo
269
Capítulo 10
Manejo da doença
270
Doenças do tomateiro no Estado do Espírito Santo:
reconhecimento e manejo
3.2 TALO-OCO
Pectobacterium (sin.: Erwinia) spp.
271
Capítulo 10
272
Doenças do tomateiro no Estado do Espírito Santo:
reconhecimento e manejo
Manejo da doença
273
Capítulo 10
274
Doenças do tomateiro no Estado do Espírito Santo:
reconhecimento e manejo
275
Capítulo 10
Manejo da doença
276
Doenças do tomateiro no Estado do Espírito Santo:
reconhecimento e manejo
277
Capítulo 10
278
Doenças do tomateiro no Estado do Espírito Santo:
reconhecimento e manejo
Figura 53 - Lesões na parte inferior dos folíolos de folha de tomateiro causados pela
pinta bacteriana.
279
Capítulo 10
Manejo da doença
280
Doenças do tomateiro no Estado do Espírito Santo:
reconhecimento e manejo
281
Capítulo 10
282
Doenças do tomateiro no Estado do Espírito Santo:
reconhecimento e manejo
ocorre a rachadura do folíolo (Figura 60). Nos frutos verdes e/ou maduros
podem surgir pequenas manchas arredondadas, que passam de um verde-
escuro para o branco e vão necrosando do centro para a periferia (mancha
de “olho de perdiz” ou olho de passarinho) (Figura 61). O cálice dos frutos
também apresenta sintomas (microcancros) característicos em condições
de alta intensidade de doença. Uma necrose dos bordos dos folíolos é
comumente observada após a operação de desbrota. Contudo, cuidados
devem ser tomados para não confundir estes sintomas com fitotoxidez de
agrotóxicos, deficiências nutricionais ou outras bacterioses. Quando se inicia
a frutificação, a bactéria movimenta-se pelos vasos da planta, penetra nos
frutos e pode infectar as sementes, tanto externa quanto internamente. As
plantas infectadas, quando balançadas na fase de frutificação, apresentam
uma queda acentuada de frutos (Figura 62), e assim tem-se uma perda muito
grande nas lavouras (Figura 63).
283
Capítulo 10
284
Doenças do tomateiro no Estado do Espírito Santo:
reconhecimento e manejo
285
Capítulo 10
Manejo da doença
286
Doenças do tomateiro no Estado do Espírito Santo:
reconhecimento e manejo
287
Capítulo 10
288
Doenças do tomateiro no Estado do Espírito Santo:
reconhecimento e manejo
289
Capítulo 10
Manejo da doença
290
Doenças do tomateiro no Estado do Espírito Santo:
reconhecimento e manejo
5.1 MOSAICO-AMARELO
Pepper Yellow Mosaic Virus - PepYMV
291
Capítulo 10
292
Doenças do tomateiro no Estado do Espírito Santo:
reconhecimento e manejo
Manejo da doença
293
Capítulo 10
294
Doenças do tomateiro no Estado do Espírito Santo:
reconhecimento e manejo
295
Capítulo 10
296
Doenças do tomateiro no Estado do Espírito Santo:
reconhecimento e manejo
Manejo da doença
297
Capítulo 10
Manejo da doença
298
Doenças do tomateiro no Estado do Espírito Santo:
reconhecimento e manejo
299
Capítulo 10
5.5 BROTO-CRESPO
Geminivirus
300
Doenças do tomateiro no Estado do Espírito Santo:
reconhecimento e manejo
Manejo da doença
301
Capítulo 10
Manejo da doença
302
Doenças do tomateiro no Estado do Espírito Santo:
reconhecimento e manejo
303
Capítulo 10
Tomato Chlorosis virus - ToCV do gênero crinivirus (Figura 75). Deve-se ter
atenção para não se confundir o sintoma causado por este novo virus com os
provocados por deficiência de magnésio.
304
Doenças do tomateiro no Estado do Espírito Santo:
reconhecimento e manejo
305
Capítulo 10
Manejo da doença
306
Doenças do tomateiro no Estado do Espírito Santo:
reconhecimento e manejo
307
Capítulo 10
Manejo da doença
Medidas gerais que devem ser adotadas para o manejo das doenças do
tomateiro visando a uma maior sustentabilidade da cultura no Estado são:
• Ter conhecimento do histórico da área onde vai se fazer o plantio,
evitando, desta forma, solos contaminados com bactéria (ex.: Ralstonia
solanacearum), fungos (verticillium, fusarium, sclerotinia) e nematoides.
Fungos habitantes do solo, como fusarium e verticillium, têm como medida
de controle o uso de cultivares/híbridos resistentes. O uso de fungicidas em
aplicações, seja no solo, seja no colo da planta, é ineficiente.
• Evitar irrigação por aspersão que favorece a maioria das doenças
foliares, tais como bacterioses (pinta, cancro e mancha), septoriose, requeima,
mancha de estenfílio e pinta-preta, bem como a irrigação em períodos muito
quentes do dia. Lembrar-se de que quanto mais tempo a planta (folhas, hastes,
pecíolos, frutos) ficar molhada, mais chance de ocorrer as doenças.
• Não cultivar tomate onde outras solanáceas (batata, pimentão,
berinjela e jiló) tenham sido plantadas anteriormente, por pelo menos dois
anos. Fazer rotação com outras espécies, como inhame, cenoura, beterraba,
repolho, couve-flor etc. O produtor deve conhecer o seu terreno, ou seja, ter o
seu histórico (cuidado com solos contaminados com patógenos que causam
murcha).
• Utilizar cultivares e/ou híbridos resistentes às doenças predominantes
na área de plantio (ex.: murcha de fusarium e de verticillium, mancha de
estenfílio, pinta bacteriana e nematoide das galhas), mas que já tenham
sido testados na região. Consultar um agrônomo. Lembrar-se de que os
fungos e bactérias apresentam raças que atacam outros híbridos/cultivares.
Em função da constatação da raça 3 de fusarium no Estado, e uma vez que
todos os materiais até então são suscetíveis, cuidados devem ser tomados
nas áreas onde este fungo ocorreu. Deve-se evitar o trânsito de máquinas
308
Doenças do tomateiro no Estado do Espírito Santo:
reconhecimento e manejo
nestas áreas para diminuir a disseminação dos fungos para novas áreas. Em
relação à ocorrência da raça 2 de verticillium em algumas lavouras, o mesmo
procedimento deve ser adotado.
• Não plantar lavoura nova próxima das velhas ou abandonadas sem
antes eliminá-las. Enterrar e/ou queimar os restos culturais dessas lavouras,
que são responsáveis pela alta incidência de várias doenças na fase inicial de
cultivo, como é comum se verificar em diversas propriedades no Estado.
• Evitar ao máximo o plantio de tomate escalonado na mesma
propriedade e mesmo na própria lavoura.
• Proceder sempre à rotação de culturas com gramíneas (ex.: milho,
sorgo, arroz e/ou pastagens) e/ou leguminosas (ex.: mucunas e crotalárias),
por no mínimo um a dois anos, que são importantes para solos contaminados
com nematoides.
• Não fazer viveiros e/ou sementeiras abertas próximas de lavouras em
produção e abandonadas.
• Não reutilizar os bambus/estacas de lavouras onde ocorreram doenças
causadas por bactérias, principalmente a murchadeira e cancro bacteriano.
• Deve-se fazer o tratamento das estacas/bambus com hipoclorito
de sódio, água sanitária a 20%, amônia quaternária ou sulfato de cobre, por
imersão em caixas de amianto por duas a três horas, e deixar secar ao sol por
pelo menos dois a quatro dias.
• Evitar plantios em solos muito compactados, argilosos, esgotados,
encharcados e mal drenados; atentar para o uso de adubos verdes (ex.:
mucunas e crotalárias) nestes solos.
• Adicionar sempre matéria orgânica (composto orgânico, húmus) nas
áreas de plantio e nas covas.
• Dar atenção especial à utilização de esterco fresco e à origem do
mesmo, notadamente o de bovinos (resíduo de herbicidas).
• Empregar sempre sementes certificadas e mudas sadias. O produtor
deve exigir sempre a nota fiscal de compra para evitar possíveis problemas no
futuro (ex.: sementes com bactéria, fungos). Guardar um pouco de sementes,
bem como a embalagem por pelo menos um ano. Isto é muito importante para
um laudo que possa necessitar no futuro se qualquer problema de doenças
aparecer na lavoura. As sementes são importantes agentes de disseminação
e de introdução de novas doenças na propriedade. A produção de mudas em
estufas, cada vez mais frequente no Estado, tem contribuído para a diminuição
309
Capítulo 10
310
Doenças do tomateiro no Estado do Espírito Santo:
reconhecimento e manejo
311
Capítulo 10
312
Doenças do tomateiro no Estado do Espírito Santo:
reconhecimento e manejo
313
Capítulo 10
7. referências
314
Doenças do tomateiro no Estado do Espírito Santo:
reconhecimento e manejo
ECKSTEIN, B.; COSTA, H.; SILVA, E.G.; BEDENDO, I. P.; VENTURA,J. A. Ocorrência
do cálice gigante do tomateiro associado a fitoplasma no estado do Espírito
Santo. Fitopatologia Brasileira. Brasília, DF, v. 32 (Suplemento), p.261, 2007.
LOPES, C. A.; ÁVILA, A.C. de (Org.) Doenças do tomateiro. 2.ed. Brasília, DF:
Embrapa Hortaliças. 2005. 152p.
REIS, A.; COSTA, H.; BOITEUX, L. S.; LOPES, C. A. First report of Fusarium
oxysporum f.sp. lycopersici race 3 on tomato in Brazil. Fitopatologia
Brasileira. Brasília, v. 30, n. 4, p. 426- 428, 2005.
315
Capítulo 10
VALE, F. X. R.; ZAMBOLIM, L.; PAUL, P. A.; COSTA, H. Doenças causadas por
fungos em tomate. In: ZAMBOLIM, L.; VALE, F. X. R.; COSTA, H. (Eds.) Controle
de doenças de plantas: Hortaliças. Visconde do Rio Branco, MG: Suprema,
2000. p.699-755.
VALE, F. X. R.; JESUS JUNIOR,W. C.; RODRIGUES, F. A.; COSTA, H.; SOUZA,C.
A. Manejo de doenças fúngicas em tomateiro. In: SILVA.D. J. H. L.; VALE, F.
X. R. (Org.) Tomate: tecnologia de produção. Visconde do Rio Branco, MG:
Suprema, 2007,v., p.159-197
ZAMBOLIM, L.; VALE, F.X. R.; COSTA, H.; JULIATI, F.C. Manejo integrado:
medidas de controle. In:VALE, F.X. R.; JESUS JUNIOR, W. C..; ZAMBOLIM,
L.(Eds.). Epidemiologia aplicada ao manejo de doenças de plantas. Belo
Horizonte,MG: Editora Perfil, 2004, p. 465-526.
Capítulo 11
MANEJO DE PLANTAS DANINHAS NA
CULTURA DO TOMATEIRO
Cláudio Pagotto Ronchi
Antônio Alberto da Silva
1. introdução
317
Capítulo 11
318
Manejo de plantas daninhas na cultura do tomateiro
319
Capítulo 11
320
Manejo de plantas daninhas na cultura do tomateiro
321
Capítulo 11
322
Manejo de plantas daninhas na cultura do tomateiro
323
Capítulo 11
324
Manejo de plantas daninhas na cultura do tomateiro
325
Capítulo 11
326
Manejo de plantas daninhas na cultura do tomateiro
1). Isso ocorre devido à menor taxa de crescimento inicial da cultura quando
comparada a da planta daninha (WEAVER, 1984) e à elevada competição por
luz, ou seja, ao sombreamento causado à cultura pela planta daninha, além
da competição por água (WEAVER; SMITS; TAN, 1987). Segundo Weaver e Tan
(1983), os efeitos nocivos da competição sobre a produtividade do tomateiro
foram primariamente resultado do sombreamento e não da competição por
água. De qualquer forma, esses valores de períodos críticos de competição
não são fixos e variam com inúmeros fatores, devendo, portanto, serem
determinados para cada situação ou propriedade.
Num programa de manejo de plantas daninhas, é preciso ajustar o balanço
da interferência entre as plantas de modo a favorecer o desenvolvimento das
hortaliças e reduzir o crescimento das plantas daninhas e o banco de suas
sementes no solo. Dessa forma, em novos plantios na mesma área, o nível de
infestação ocorrerá em menor intensidade. Essas metas podem ser alcançadas
por meio do manejo integrado de plantas daninhas (SILVA, 2006)
327
Capítulo 11
328
Manejo de plantas daninhas na cultura do tomateiro
329
Capítulo 11
330
Manejo de plantas daninhas na cultura do tomateiro
331
Capítulo 11
332
Manejo de plantas daninhas na cultura do tomateiro
333
Capítulo 11
dentre outras.
6.4.1.1 Clethodim
O (E,E)-(+/-)-2-[1-[[(-cloro-2-propenil)oxi]imino]propil]-5-[2-(etiltio)propil]-
3-hidroxi-2-ciclohexeno-1-ona (clethodim) (Figura 2) apresenta solubilidade em
água de 5.520 mg L-1, kow: 15.000 e persistência muito curta no solo, dois a
três dias (RODRIGUES; ALMEIDA, 2005). É um herbicida graminicida, sistêmico,
altamente seletivo para culturas dicotiledôneas, como tomate, algodão,
amendoim, feijão, ervilha, cebola, cenoura, soja, tabaco, café, eucalipto, citros,
pinho e outras. Destaca-se pelo seu amplo espectro de ação no controle
de gramíneas anuais, perenes e tiguera de culturas gramíneas, comuns em
rotação de culturas. É recomendado para uso em pós-emergência, devendo
ser aplicado no início do desenvolvimento das plantas daninhas (quatro folhas
até seis perfilhos, quando provenientes de sementes). Deve ser aplicado com
as plantas daninhas em bom vigor vegetativo, evitando períodos de estiagem,
334
Manejo de plantas daninhas na cultura do tomateiro
6.4.1.2 Fluazifop-p-butil
335
Capítulo 11
6.4.1.3 Metribuzin
O 4-amino-6-(1,1-dimetiletil)-metiltio-1,2,4-triazina-5-(4H)-ona (metribuzin)
(Figura 4) apresenta solubilidade em água de 1.100 mg L-1; kow: 44,7; curta
persistência no solo (aproximadamente 30 dias) e koc médio de 60 mg g-1
de solo (RODRIGUES; ALMEIDA, 2005). É muito adsorvido em solos com alto
teor de matéria orgânica e/ou argila. É um herbicida muito dependente das
condições edafoclimáticas para seu bom funcionamento. Quando aplicado na
superfície de solo seco e persistir nesta condição por sete dias, é desativado por
fotodegradação (SILVA, 1989). O metribuzin é também facilmente lixiviado no
solo, não sendo recomendado seu uso em solo arenoso e/ou com baixo teor de
matéria orgânica. É absorvido tanto pelas folhas quanto pelas raízes. Controla
diversas espécies de dicotiledôneas e algumas gramíneas. É recomendado
para aplicação em pré-emergência nas culturas de tomate, batata, soja, café,
cana-de-açúcar e mandioca para o controle de diversas plantas daninhas
dicotiledôneas. Não apresenta nenhum controle sobre Euphorbia heterophylla
e espécies de plantas daninhas solanáceas (Solanum americanum – maria-
336
Manejo de plantas daninhas na cultura do tomateiro
6.4.1.4 Trifuralin
337
Capítulo 11
338
Manejo de plantas daninhas na cultura do tomateiro
339
Capítulo 11
340
Manejo de plantas daninhas na cultura do tomateiro
341
Capítulo 11
8. REFERÊNCIAS
BLANCO, H. G. A importância dos estudos ecológicos nos programas de
controle das plantas daninhas. Biológico, v. 38, p. 343-350, 1972.
342
Manejo de plantas daninhas na cultura do tomateiro
JAKELAITIS, A.; FERREIRA, L. R.; SILVA, A. A.; AGNES, E. L.; MIRANDA, G. V.;
MACHADO, A. F. L. Efeitos de sistemas de manejo sobre a população de
tiririca. Planta daninha, v. 1, n. 1, p. 89-95, 2003a.
343
Capítulo 11
344
Manejo de plantas daninhas na cultura do tomateiro
345
Capítulo 11
346
9. APÊNDICE
Quadro 1 - Ingrediente ativo ou nome comum, marca comercial, formulação, concentração em ingrediente ativo, empresa registrante e
mecanismo de ação dos herbicidas utilizados na cultura do tomate
347
Manejo de plantas daninhas na cultura do tomateiro
Capítulo 11
348
Manejo de plantas daninhas na cultura do tomateiro
Capítulo 12
APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS NA
CULTURA DO TOMATE
Francisco Cláudio Lopes de Freitas
Lino Roberto Ferreira
Luís Henrique Lopes de Freitas
Hélcio Costa
1. introdução
349
Capítulo 12
EA = (dt/dr)100 Equação 1
Em que, EA = eficiência de aplicação (%); dt = dose teórica requerida e dr = dose real empregada.
350
Aplicação de defensivos na cultura do tomate
351
Capítulo 12
2.1 LUVAS
352
Aplicação de defensivos na cultura do tomate
A B
Figura 1 - Aplicador de defensivos agrícolas usando adequadamente os equipamentos
de proteção individual para aplicação de agrotóxicos na cultura do tomateiro,
posicionado de frente (A) e de costas (B).
As botas são o EPI mais importante, uma vez que os pés são a parte do
corpo com maior exposição dérmica durante a aplicação de defensivos na
cultura do tomate (Tabela 1). Devem ser de cano alto e, preferencialmente,
de cor branca, devido ao maior conforto térmico para o aplicador, e
confeccionadas com material resistente aos solventes orgânicos.
353
Capítulo 12
As botas devem ser vestidas sempre por dentro das pernas das calças,
a fim de evitar respingos e/ou escorrimento de defensivos para dentro das
mesmas, que podem causar intoxicação severa no aplicador.
354
Aplicação de defensivos na cultura do tomate
355
Capítulo 12
356
Aplicação de defensivos na cultura do tomate
A B
357
Capítulo 12
Figura 3 - Válvula reguladora de pressão com molas amarela (1 bar) e azul (2 bar).
358
Aplicação de defensivos na cultura do tomate
359
Capítulo 12
A B
Figura 5 - Pulverizador acoplado sobre rodas, para aplicação em área total (A) e com
barra vertical (B) (Foto B: Knapik).
360
Aplicação de defensivos na cultura do tomate
A B
C D
361
Capítulo 12
362
Aplicação de defensivos na cultura do tomate
5. PONTAS DE PULVERIZAÇÃO
363
Capítulo 12
5.1 PONTAS DE JATO PLANO: que podem ser “de impacto” ou do tipo “leque”,
produzem jato em um só plano e o seu uso é mais indicado para alvos planos.
A B
Figura 9 - Pontas de jato leque de impacto: turbo Floodjet - TF (A) e turbo Teejet - TT (B).
364
Aplicação de defensivos na cultura do tomate
A B C
Figura 10 - Pontas de jato leque (A) e leque duplo (B) e leque com indução de ar (C).
365
Capítulo 12
5.2 PONTAS DE JATO CÔNICO: são tipicamente compostas por apenas dois
componentes denominados de ponta (disco) e núcleo (difusor, caracol, espiral
ou core). São mais frequentemente encontradas como peças separadas, mas
também podem ser encontradas incorporadas em uma única peça. O núcleo
possui um ou mais orifícios em ângulo, que fazem com que o líquido, ao
passar por eles, adquira um movimento circular ou espiral. Após tomar esse
movimento, o líquido passa através do orifício circular do disco, abrindo-se,
então, em um cone.
A B
366
Aplicação de defensivos na cultura do tomate
367
Capítulo 12
368
Aplicação de defensivos na cultura do tomate
7. COBERTURA DO ALVO
C = 15(VRK2)/AD Equação 2
Onde:
C = cobertura (% da área);
V = volume aplicado (L/ha);
R = taxa de recuperação (% do volume aplicado captado pelo alvo);
K = fator de espalhamento de gotas;
A = superfície vegetal existente por hectare e
D = diâmetro de gotas.
369
Capítulo 12
370
Aplicação de defensivos na cultura do tomate
Picanço et al. (1996), avaliando a adição de óleo mineral, que atua como
surfatante, à calda inseticida para o controle da traça e da broca-grande em
tomateiro, verificaram redução do número de minas nas folhas e de frutos
broqueados quando se adicionou óleo mineral (Tabela 4), por possibilitar
maior adesão da calda a órgãos cuja superfície é mais cerosa, como os frutos, e
maior translocação do produto para o interior das minas, no caso das folhas.
371
Capítulo 12
372
Aplicação de defensivos na cultura do tomate
373
Capítulo 12
374
Aplicação de defensivos na cultura do tomate
T = d2/80 ∆T Equação. 3
Em que,
T = tempo de “vida” da gota (s); d = diâmetro inicial da gota (μm); ∆T = diferença
de temperatura (oC) entre os termômetros de bulbo seco e bulbo úmido do
psicrômetro.
375
Capítulo 12
376
Aplicação de defensivos na cultura do tomate
377
Capítulo 12
17. REFERÊNCIAS
378
Aplicação de defensivos na cultura do tomate
379
Capítulo 12
380
Aplicação de defensivos na cultura do tomate
Capítulo 13
MANEJO NA COLHEITA E PÓS-COLHEITA
José Mauro de Sousa Balbino
Cláudio Pagotto Ronchi
Celso Luiz Moretti
Eveline Monteiro Cordeiro de Andrade
1. introdução
381
Capítulo 13
382
Manejo na colheita e pós-colheita
383
Capítulo 13
por fatores abióticos. Esses fatores podem se manifestar nos frutos, de forma
isolada ou em conjunto, proporcionando perdas quantitativas ou qualitativas,
nas diferentes fases da cadeia pós-colheita. Essas perdas podem ser parciais
ou totais e, neste caso, podem levar ao descarte do produto por falta de
alternativas de uso, alimentando o ciclo do desperdício.
384
Manejo na colheita e pós-colheita
385
Capítulo 13
386
Manejo na colheita e pós-colheita
387
Capítulo 13
5. PONTO DE COLHEITA
388
Manejo na colheita e pós-colheita
389
Capítulo 13
390
Manejo na colheita e pós-colheita
Figura 2 - Causa de danos nos frutos devido à compressão contra as paredes laterais
e superior da embalagem.
391
Capítulo 13
392
Manejo na colheita e pós-colheita
393
Capítulo 13
fruto), classes ou calibres (de acordo com o tamanho do fruto), tipos ou graus
de seleção ou categorias (de acordo com o padrão de qualidade do fruto).
7.1.1 Grupos
7.1.2 Subgrupos
394
Manejo na colheita e pós-colheita
395
Capítulo 13
Defeitos graves
Defeitos leves
396
Manejo na colheita e pós-colheita
A B C
397
Capítulo 13
398
Manejo na colheita e pós-colheita
399
Capítulo 13
400
Manejo na colheita e pós-colheita
7.4 EMBALAGEM
401
Capítulo 13
402
Manejo na colheita e pós-colheita
403
Capítulo 13
404
Manejo na colheita e pós-colheita
405
Capítulo 13
406
Manejo na colheita e pós-colheita
407
Capítulo 13
408
Manejo na colheita e pós-colheita
7.6 TRANSPORTE
409
Capítulo 13
8. RASTREABILIDADE
410
Manejo na colheita e pós-colheita
cultivar, grupo, classe, tipos, peso líquido, país de origem e zona de produção.
De acordo com os regulamentos de cada país, devem constar ainda nome e
domicílio do importador, nome e domicílio do embalador e do exportador e
a data do acondicionamento.
Em se tratando de produto para a comercialização no mercado interno,
as informações obrigatórias são as seguintes: identificação do responsável
pelo produto (nome, razão social e endereço), número do registro do
estabelecimento no MAPA, origem do produto, grupo, classe, tipo, peso
líquido e data do acondicionamento.
10. REFERÊNCIAS
411
Capítulo 13
GAYET, J. P.; BLEINROTH, E. W.; MATALLO, M.; GARCIA, E. E. C.; GARCIA, A. E.;
ARDITO, E. F. G.; BORDIN, M. R. Tomate para Exportação: Procedimentos de
Colheita e Pós-colheita. Brasília: Embrapa-SPI, 1995. 34p. Série Publicações
Técnicas FRUPEX, 13.
412
Manejo na colheita e pós-colheita
HORTI & FRUTI PADRÃO. Programa paulista para a melhoria dos padrões
comerciais e embalagens de hortigranjeiros: classificação de tomate. São
Paulo: Secretaria de Agricultura e Abastecimento, Governo do Estado de São
Paulo, s.d.(Folder).
MACLEOD, R.F.; KADER, A.A.; MORRIS. L.L. Stimulation of ethylene and CO2
production of mature-green tomatoes by impact bruising. HortScience
11(6):604-606, 1976.
413
Capítulo 13
1. introdução
415
Capítulo 14
416
Comercialização do tomate
417
Capítulo 14
418
Comercialização do tomate
419
Capítulo 14
420
Comercialização do tomate
3.1.1 Embalagem
3.1.2 Rotulagem
422
Comercialização do tomate
a) Identificação do responsável
• Nome do produtor/Atacadista/Associação/Cooperativa
• Endereço completo
423
Capítulo 14
c) Quantidade do produto
• Peso líquido
424
Comercialização do tomate
425
Capítulo 14
426
Comercialização do tomate
• regularidade na oferta;
• quantidade adequada;
• qualidade;
• preço compatível com o mercado.
Pode-se observar que para atingir esses quatros pontos fundamentais,
o ideal é que os produtores se associem. A cooperativa é uma organização
capaz de comercializar os produtos de seus cooperados em condições mais
vantajosas, a médio e longo prazo, do que aqueles que agem de forma
individual. Além disso, o poder de barganha é maior para comprar insumos,
pagar assistência técnica e vender o produto, alcançando melhores preços ao
longo de um ano agrícola.
Na França, essa profissionalização surgiu com um grupo de 80 produtores
de kiwi que se associaram e criaram a marca “Oscar”. Essa associação cresceu de
tal forma que o fruto está sendo distribuído para vários países do mundo. Para
atingir essa maturidade profissional, a associação conta com eficiente processo
de armazenamento que disponibiliza a distribuição de kiwi ao longo do ano,
além de receber parte da produção do Chile na época da entressafra francesa.
A associação garante ao consumidor que o fruto adquirido possui qualidade,
ou seja, é um fruto imaturo (azedo) ou com resíduos de agrotóxicos. Outro
exemplo de criação de marca própria foi a associação da marca da cebola
“Vidalia”. Um grupo de produtores de cebola do interior do Estado da Geórgia
(EUA), numa região denominada Vidalia, resolveu associar ao seu produto
a marca de origem. Em função de trabalhos de marketing e de gestão da
qualidade bem conduzidos, as cebolas com a marca Vidalia atingem cotações
até 30% superiores às demais existentes no mercado americano (CORTEZ;
HONORIO; MORETTI, 2002).
5. REFERÊNCIAS
427
Capítulo 14
428
Comercialização do tomate
Impressão
Departamento de Imprensa Oficial do Espírito Santo (DIO)
429
Capítulo 14
430