2 Coríntios

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Segunda Epístola de Paulo aos

Coríntios
Análise Autor
Nenhum esboço breve pode dar idéia da riqueza e do ca­ Não pode haver dúvida razoável sobre o fato que Paulo foi
lor dessa notável epístola. O principal objetivo de Paulo ao es­ o autor dessa epístola. A segunda epístola aos Coríntios foi es­
crever foi vindicar a sua autoridade apostólica, especialmente crita no mesmo ano, e provavelmente cerca de seis meses de­
em vista do fato que a igreja em Corinto fora invadida por após­ pois de 1 Coríntios..
tolos falsos que procuravam solapar a autoridade de Paulo e
desviar o povo do evangelho que dele haviam recebido. Ele
escreve, entretanto, não como um mero indivíduo autoritário, Esboço
mas antes, como o pai espiritual dos crentes de Corinto, aos SAUDAÇÕES ESPECIAIS, 1.1 -11
quais amava e ansiava para que demonstrassem amor recípro­ Saudação, 1.1,2
co e permanecessem fiéis à verdade que ele lhes havia trans­ Expressão de Agradecimento e Confiança, 1.3-11
mitido. A situação em Corinto era tal, que Paulo sentiu UMA RESPOSTA DE PAULO A SEUS CRÍTICOS,
necessidade de falar sobre si mesmo. Embora tivesse apelado 1.12— 7.16
para o próprio conhecimento pessoal e íntimo que os coríntios A Mudança em seu Plano de Visita a Corinto,
tinham dele e de seu caráter, e embora tivesse relembrado os I 1 2 - 2.4
Punição H Perdão ao Séno Ofensor, 2.5 11
grandes sofrimentos e privações por que havia passado, a fim
O Desapontamento de Paulo por não Encontrar Tito em
de apresentar-lhes a mensagem de salvação, ele o fez com
Trôade, 2 .1 2 -1 6
transparente humildade e sinceridade e, de fato, até mesmo A C jrta de Recomendação de Paulo, 2.17 - 3.5
sentindo-se embaraçado. Por toda a epístola, a dignidade, a de­ < omparação entre n Velho e o Novo Concerto, 3 .6 - 18
voção, a fé serena e a apaixonada dedicação do apóstolo Pau­ O Caratei do Ministério de Paulo, 4 1 -6
lo brilham com um intenso resplendor que aquece os corações A Cuntiança de Paulo em íai e da Aflição, 4 .7 — 5 10
de todos fora dos mais obstinados. Ele se apresenta aos seus O Ministeno da Recunciiiaçao, 5.11- 6 1 0
leitores como alguém que é de todo fraco e inútil, mas que, O Apelo de Paulo aos Corintios, 6 11 - 7.4
O Reertcontro tom Tito, na Macedônia, 7 .5 -1 6
através desta fraqueza, a graça e o poder de Deus são engran­
A COLE I A PARA OS SAM O S POBRES DE IERUSALÉM,
decidos. Em contraste com a estima aos próprios olhos e o in­
8.1 - 9 IS
teresse próprio dos falsos apóstolos, encontramos o PAULO AFIRMA SUA AUTORIDADE APOSTÓLICA,
auto-aviltamento de Paulo: tudo vem de Deus e visa à glória 1 0 .1 - 1 3 .1 4
de Deus. A nota chave, que soa docemente por toda a epísto­ Acusações de Covardia e Fraqueza Respondidas, 10 1-11
la é a da divina certeza que lhe foi dada: “A minha graça te A Invasão de Seu femtono poi Pessoas Não Auton/adas,
basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza” (12.9). A re- 10.12-18
descoberta dessa epístola em nossos dias, com sua doutrina da Vindiraçáo da Autenticidade de seu Apostolado,
reconciliação em Cristo e seu tema de glória através do sofri­ I I I - 12.18
Avisos a qualquer que Continuai a Opor-se a sua Autori­
mento, significaria uma renovação da visão e da vitalidade do
dade, 12.19- 13.10
povo de Deus, e, por meio deles, a bênção para multidões que
Exortação e Saudação, 13.11-14
ainda se encontram nas trevas espirituais.

Prefácio e saudação 1.1 oAt 18.1 A ção de graças de Paulo


Paulo, apóstolo de Cristo Jesus pela von­ pelo conforto divino

1 tade de Deus. e o irmão Timóteo, à igreja 1.2 *Rm 1.7;


ICo 1.3; Cl 1.2;
de Deus qué está em Corinto0 e a todos os2Tsl.2
santos em toda a Acaia2,
3 Bendito seja o Deus e Pai de nosso Se­
nhor Jesus Cristo, o Pai de misericórdias e
Deus de toda consolação!0
2 graça a vós outros e paz, da parte de 1.3 cEf1.3;
Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo.b IPe 1.3 aAcaia; a Grécia moderna

1.1 Apóstolo, Cf notas em Mc 3 .1 3 -1 9 e 1 Co 1.1. Paulo rei­ 1.3 Bendito. Deus não é mais desconhecido, mas revelado
vindica sua plena autoridade diante do desafio dos "falsos como Pai e Deus de |esus Cristo nosso Senhor. Pai de miseri­
apóstolos" em Corinto (1 1 .13 ). Igreja de Deus. Ekklêsia, sendo córdias. Expressão idiomática que significa: "Deus é fonte de
uma palavra secular ("clube", "assembléia"), é qualificada toda misericórdia". Consolação (gr paradèsis). "Encoraja­
pela frase "de Deus" (cf "Israel de Deus" em Gl 6.16). San­ mento", "conforto". A tradução, neste trecho, desta única
tos. . . fiéis. Cf nota em Ef 1.1. palavra no original é variada (Rm 12.1n).
1631 2 CORÍNTIOS 1.18
4 É ele que nos conforta em toda a nossa 1.5 dAt 9.4; pelo benefício que nos foi concedido por
2Co 4.10
tribulação, para podermos consolar os que es­ meio de muitos./
tiverem em qualquer angústia, com a consola­
ção com que nós mesmos somos 1.6 e2Co 4.15 A sinceridade de Paulo
contemplados por Deus. 12 Porque a nossa glória é esta; o testemu­
5 Porque, assim como os sofrimentos de nho da nossa consciência, de que, com santi­
1.7 IRm 8.17;
Cristo se manifestam em grande medida a 2Tm 2.12
dade e sinceridade de Deus, não com
nosso favor, assim também a nossa consola­ sabedoria humana, mas, na graça divina, te­
ção transborda por meio de Cristo.d mos vivido no mundo e mais especialmente
6 Mas, se somos atribulados, é para o 1.8 9 At 19.23; para convosco.*
1Co 15.32
vosso conforto e salvação; se somos conforta­ 13 Porque nenhuma outra coisa vos escre­
dos, é também para o vosso conforto, o qual vemos, além das que ledes e bem compreen­
se toma eficaz, suportando vós com paciência 1.9 4(8-9) deis; e espero que o compreendereis de todo,
os mesmos sofrimentos que nós também pa­ 1Co 15.32 14 como também já em parte nos com­
decemos. e preendestes, que somos a vossa glória, como
7 A nossa esperança a respeito de vós está igualmente sois a nossa no Dia de Jesus,
1.10 '2Pe 2.9
firme, sabendo que, como sois participantes nosso Senhor/
dos sofrimentos, assim o sereis da conso­
lação/ 1.11 /Rm 15.30; Paulo explica a sua demora
8 Porque não queremos, irmãos, que igno­ 2Co4.15 e m ir a Corinto
reis a natureza da tribulação que nos sobre­ 15 Com esta confiança, resolvi ir, pri­
veio na Ásia, porquanto foi acima das nossas 1.12 *1Co 2.4;
meiro, encontrar-me convosco, para que ti­
forças, a ponto de desesperarmos até da pró­ 2Co2.17 vésseis um segundo benefício;m
pria vida. 9 16 e, por vosso intermédio, passar à Ma-
9 Contudo, já em nós mesmos, tivemos a cedônia", e da Macedônia voltar a encontrar-
1.14'2Co5.12
sentença de morte, para que não confiemos me convosco, e ser encaminhado por vós para
em nós, e sim no Deus que ressuscita os a Judéia.
mortos ;h 1.15 "’ Rm 1.11; 17 Ora, determinando isto, terei, porven­
10 o qual nos livrou e livrará de tão 1Co 4.19 tura, agido com leviandade? Ou, ao deliberar,
grande morte; em quem temos esperado que acaso delibero segundo a carne, de sorte que
ainda continuará a livrar-nos,' haja em mim, simultaneamente, o sim e
1.16 "At 19.21
11 ajudando-nos também vós, com as o não?0
vossas orações a nosso favor, para que, por 18 Antes, como Deus é fiel, a nossa pala­
muitos, sejam dadas graças a nosso respeito, 1.17 °2Co 10.2 vra para convosco não é sim e não.

1.4 Tribulação. Uma das razões por que Deus manda tribula­ • N. Hom . 1.11 Benefícios da intercessão 1) É um verda­
ção para os crentes é que Ele quer que experimentem Seu deiro auxílio para quem é objeto de intercessão. 2) Produz
conforto (cf 12.9). ações de graça nos que vêem suas orações respondidas.
1.5 Sofrimentos de Cristo. Cf Cl 1.24. Todo verdadeiro crente, 3) Concede benefício para todos os que oram. Por muitos.
identificado com Cristo, deve esperar compartilhar do Seu Lit "muitas faces". A tradução de Rutherford, diz: " . . . Para
sofrimento. Assim unido com Ele contará com Seu conforto que haja um oceano de faces erguidas enquanto amplas
(cf Fp 3.10; 2 Ts 1.7) ações de graça se elevam para Deus a nosso favor pela ação
graciosa que Ele nos tem concedido".
1.6 Este versículo pressupõe a solidariedade da Igreja. Um
membro sofre e o grupo todo (o Corpo) compartilha 1.12 Sinceridade (gr eilikrineia). Refere-se ao processo de sa­
(cf Cl 1.24). É assim que os coríntios são participantes (gr cudir cereais numa peneira para separá-los de toda sujeira ou
koinõno) dos sofrimentos e consolação de Pauto (v 7). ao processo de declarar imaculado um artigo após ser exami­
nado à luz do Sol. Paulo não receia o exame perscrutador de
1.8 Acima das nossas forças. A idéia no original é de um ani­
Deus (S1139.23s).
mal cansado e sobrecarregado. Não se sabe que experiência
abalou tão profundamente o Apóstolo. Seria o tumulto de 1.13,14 Paulo foi alvo de acusações de ser irresponsável.
At 1 9 .2 3 -4 1 , ou uma cilada armada pelos seus inimigos, ou, 1.15,16 Segundo benefício. Outros bons manuscritos têm:
ainda, uma doença mortal (R. A. Knox)? "segundo prazer". Trata-se de duas visitas à igreja de Corinto.
1.9 Sentença. Lit "resposta". Ao indagar sobre o fim dessa 1.17 Duas falhas eram atribuídas a Paulo: 1) leviandade ou
tribulação, sua mente respondeu; "só a morte". inconstância; 2 ) inconsistência. Os artigos definidos que pre­
1.10 Grande morte. Seu presságio era de uma morte com cedem "leviandade", "sim " e "não" indicam que Paulo está
grandes torturas. citando o que se falava dEle.
2 CORINTIOS 1.19 1632
19 Porque o Filho de Deus, Cristo Jesus, 1.19PA118.5 dos, mas para que conhecêsseis o amor que
que foi, por nosso intermédio, anunciado en­ vos consagro em grande medida.*
tre vós, isto é, por mim, e Silvano, e Timó- 1.20
9Rm 15.8-9
teoP, não foi sim e não; mas sempre nele O penitente deve ser readm itido na igreja
houve o sim. 1.21 rijo 2.20 5 Ora, se alguém causou tristeza, não o fez
20 Porque quantas são as promessas de apenas a mim, mas, para que eu não seja
Deus, tantas têm nele o sim; porquanto tam­ 1.22 s2Co 5.5; demasiadamente áspero, digo que em parte a
bém por ele é o amém para glória de Deus, 2Tm 2.19; todos vós;)'
por nosso intermédio. 4 Ap 2.17
6 basta-lhe a punição pela maioria.*
21 Mas aquele que nos confirma convosco 7 De modo que deveis, pelo contrário,
em Cristo e nos ungiu é D eu s/ 1.23 tRm 1.9;
1Co 4.21; perdoar-lhe e confortá-lo, para que não seja o
22 que também nos selou e nos deu o pe­ 2Co 2.3 mesmo consumido por excessiva tristeza.“
nhor do Espírito em nosso coração.5
8 Pelo que vos rogo que confirmeis para
23 Eu, porém, por minha vida, tomo a 1.24 com ele o vosso amor.
Deus por testemunha de que, para vos poupar, "Rm 11.20;
1Co 3.5; 1Pe 5.3 9 E foi por isso também que vos escrevi,
não tomei ainda a Corinto/
para ter prova de que, em tudo, sois obe­
24 não que tenhamos domínio sobre a
dientes.11
vossa fé, mas porque somos cooperadores de 2.1 v2Co1.23
10 A quem perdoais alguma coisa, tam­
vossa alegria; porquanto, pela fé, já estais fir­
2.3 w2Co7.16 bém eu perdoo; porque, de fato, o que tenho
mados.“
perdoado (se alguma coisa tenho perdoado),
Isto deliberei por mim mesmo: não vol­
2 tar a encontrar-m e convosco em 2.4 x2Co 7.8-9
tristeza.v
por causa de vós o fiz na presença de Cristo;
11 para que Satanás não alcance vantagem
2.5 ylCo 5.1 sobre nós, pois não lhe ignoramos os de­
2 Porque, se eu vos entristeço, quem me
sígnios.
alegrará, senão aquele que está entristecido
2.6 M Co 5.4-5;
por mim mesmo? 1Tm 5.20
3 E isto escrevi para que, quando for, não A intranqiiilidade de Paulo
tenha tristeza da parte daqueles que deveriam 2.7 °GI 6.1 não encontrando Tito
alegrar-me, confiando em todos vós de que a 12 Ora, quando cheguei a Trôade para
minha alegria é também a vossa.w 2 .9 b2Co 7.15
pregar o evangelho de Cristo, e uma porta se
4 Porque, no meio de muitos sofrimentos me abriu no Senhor/
e angústias de coração, vos escrevi, com mui­ 2.12 cAt 16.8; 13 não tive, contudo, tranqüilidade no
tas lágrimas, não para que ficásseis entristeci- 1Co 16.9 meu espírito, porque não encontrei o meu ir-

1.19 Silvano. O companheiro de Paulo, denominado Silas em carta, aparentemente tão dura, houve lágrimas e amor
Atos. Sem pre.. . sim. Da integridade de Cristo e do evange­ (ogopê) transbordante.
lho, Paulo argumenta sua própria sinceridade. 2.5 Alguém. Este ofensor principal provavelmente insultou ao
1.20 Todas as promessas do AT feitas a respeito de Cristo grande Apóstolo. É pouco provável que seja o homem inces­
foram cum pridas. Amém significa "sim ", "de fato" tuoso de 1 Co 5.1 ss que Paulo não tolerou na igreja.
(cf Ap 1.7).
2.6 Uma minoria na igreja discordou da disciplina. Esta pas­
1.21,22 Muito mais séria que a inconstância nos planos sagem mostra que decisões eram tomadas democratica­
(1 5 -1 9 ) é a leviandade na fé. Deus, por intermédio do Espí­ mente.
rito, segura os crentes por Ele ungidos. Penhor. É o sinal que
garante o pagamento total no futuro (Ef 1.14n). 2 .7 ,8 Paulo aconselha perdoar e acolher em amor o ofensor
arrependido.
1.23 Paulo mudou de plano apenas para evitar experiências
amargas e aplicação da vara (cf 1 Co 4.21 ), enquanto os co- 2.9 Também. A carta severa (cf w 3,4) mandara a igreja pu­
ríntios ainda eram dominados por atitudes altivas e orgu­ nir o pecador. Perdoando o culpado, seria confirmada a ati­
lhosas. tude obediente da igreja.
1.24 Não quer a ditadura sobre a fé dos coríntios. Paulo quer 2.10 Presença. Lit "na face". Paulo, sendo apóstolo, age com
ser um ministro conselheiro promovendo a santificação e a a plena autoridade de um representante designado por
alegria. Cristo.
2.1 Não voltar. Paulo já fizera uma visita desagradável aos 2.11 Desígnios. Lit "pensamentos". Para não ser vencido pelo
coríntios (cf 1.23). A todo custo, não quer repeti-la. inimigo, é necessário saber còmo ele pensa. Neste caso, i. e.,
2 .3 ,4 Escrevi. Paulo escreveu uma carta severa que não foi se um verdadeiro irmão arrependido for recusado o diabo
preservada entre 1 Co e 2 Co (cf w 4 ,9 : 7 .8,12). Atrás dessa ganharia uma vantagem.
1633 2 CORINTIOS 3.14
mão Tito; por isso, despedindo-me deles, 2.11 4(12-13) 5 não que, por nós mesmos, sejamos capa­
At 20.1
parti para a Macedonia.d zes de pensar alguma coisa, como se partisse
de nós; pelo contrário, a nossa suficiência
2.14 *Ct 1.3
A vitória de Cristo no ministério apostólico vem de D eus/
14 Graças, porém, a Deus, que, em Cristo, 6 o qual nos habilitou para sermos minis­
2.15 OCO 1.18;
sempre nos conduz em triunfo e, por meio de 2Co4.3 tros de uma nova aliança™, não da letra, mas
nós, manifesta em todo lugar a fragrância do do espírito; porque a letra mata, mas o espí­
seu conhecimento.e 2.16 9ic 2.34; rito vivifica.
15 Porque nós somos para com Deus o 1Co 15.10; 7 E, se o ministério da morte, gravado
2Co 3.5-6; com letras em pedras, se revestiu de glória, a
bom perfume de Cristo, tanto nos que são IPe 2.7-8
salvos como nos que se perdem / ponto de os filhos de Israel não poderem fitar
16 Para com estes, cheiro de morte para a face de Moisés", por causa da glória do seu
2.17 P2Co 1.12;
morte; para com aqueles, aroma de vida para 2Pe 2.3 rosto, ainda que desvanecente,
vida. Quem, porém, é suficiente para estas 8 como não será de maior glória o minis­
coisas?9 1.1 'At 18.27; tério do Espírito!0
17 Porque nós não estamos, como tantos 20)5.12 9 Porque, se o ministério da condenação
outros, mercadejando a palavra de Deus; an­ foi glória, em muito maior proporção será
tes, em Cristo é que falamos na presença de 3.2)1 Co 9.2 glorioso o ministério da justiça. P
Deus, com sinceridade e da parte do próprio 10 Porquanto, na verdade, o que, outrora,
Deus.h 1.3 *1x24.12 foi glorificado, neste respeito, já não resplan­
dece, diante da atual sobreexcelente glória.
A excelência do ministério da nova aliança 3.5 í]o 15.5; 11 Porque, se o que se desvanecia teve sua
1Co 15.10;
Começamos, porventura, outra vez a re­ glória, muito mais glória tem o que é perma­
3 comendar-nos a nós mesmos? Ou temos
necessidade, como alguns, de cartas de reco­
2Co2.16
nente.
3.6
mendação para vós outros ou de vós?' -"Ir 31.31-34
Onde há o Espírito do Senhor,
2 Vós sois a nossa carta, escrita em nosso a í há liberdade
coração, conhecida e lida por todos os 3.7 "Êx 34.29 12 Tendo, pois, tal esperança, servimo-
homens,/ nos de muita ousadia no falar. 9
3 estando já manifestos como carta de 3.8 «Cl 3.5 13 E não somos como Moisés, que punha
Cristo, produzida pelo nosso ministério, es­ véu sobre a facer, para que os filhos de Israel
crita não com tinta, mas pelo Espírito do Deus 3.9 pRm 1.17 não atentassem na terminação do que se des­
vivente, não em tábuas de pedra*, mas em vanecia.
tábuas de carne, isto é, nos corações. 3.12 42Co 7.4 14 Mas os sentidos deles se embotaram.
4 E é por intermédio de Cristo que temos Pois até ao dia de hoje, quando fazem a lei­
tal confiança em Deus; 3.13 rÊx 34.32 tura da antiga aliança, o mesmo véu perma-

2.14 Triunfo. O vocábulo no original sugere os cortejos triun­ guiria (Ez 36.26). O coração era concebido como a fonte de
fais dos generais e imperadores trazendo seus cativos em toda ação, pensamento ou palavra.
grandes fileiras. Alguns seriam sacrificados aos deuses; outros 3.6 A letra mata. Meramente o guardar a lei não salvará nin­
galardoados com a vida. Fragrância e perfume (1 5) tem seu guém. A decepção no juízo final será horrenda.
pano de fundo nos sacrifícios aceitáveis a Deus no AT
3.9 Condenação. A lei, cerne da velha aliança, não foi desti­
(cf G n 8 .2 1 ; Êx 29.18). • N . Hom , O Cortejo triunfal de
nada a salvar mas a convencer os homens da necessidade de
Cristo. A vitória: 1) pertence a Deus; 2) foi ganha por Cristo;
Cristo (C l i.2 2 ). • N. Hom . Contrastes das alianças. 1) A ve­
3) os crentes participam dela; 4 ) sua notícia é divulgada.
lha foi promulgada pela letra - a nova pelo Espírito. 3) A
2.17 Mercadejando. O vocábulo gr inclui a idéia de adulterar. velha foi escrita ém pedra - a nova nos corações. 3) A velha
Frequentemente os caixeiros viajantes enganavam seus fre­ foi concedida com Glória desvanecente (7) - a nova com a
gueses. maior e permanente glória do Espírito (8,1 0,1 8 ). 4 ) A velha
3 .2 Em contraste com os mestres de fora que se apresentam ministrou condenação - a nova justificação (9 ). 5 ) Na velha,
à igreja com cartas de recomendação. Paulo tem um laço de a face de um homem brilhou - na nova, todas brilham (18).
amor tão profundo (que todo o mundo pode perceber. 3.12 Em 3 .1 2 -4 .1 1 , Paulo encara os dois principais proble­
3.3 Como carta de Cristo escrita nos corações dos coríntios mas do ministério; 1) a cegueira dos ouvintes e 2 ) a fraqueza
seria a transformação marcante nas vidas, em contraste com do ministro.
a incapacidade da lei escrita em tábuas de pedra. Deus, há 3.14 Israel não deparou nesta ação de Moisés uma indicação
muito tempo, prometera que a nova aliança assim se distin­ do caráter provisório da velha aliança. Antiga aliança. É o AT.
2 CORINTIOS 3.15 1634
nece, não lhes sendo revelado que, em Cristo, 3.14 sis 6.10; 6 Porque Deus, que disse: Das trevas res­
)o 12.40;
é removido.5 Rm 11.7-8,25; plandecerá a luzb, ele mesmo resplandeceu
15 Mas até hoje, quando é lido Moisés, o 2Co 4.4 em nosso coração, para iluminação do conhe­
véu está posto sobre o coração deles. 3.16 tÊx 34.34; cimento da glória de Deus, na face de Cristo.
Rm 11.23,26
16 Quando, porém, algum deles se con­
3.17
verte ao Senhor, o véu lhe é retirado. 1 U1Co 15.45; O poder de Paulo vem só de Deus
17 Ora, o Senhor é o Espírito; e, onde está 2Co 3.6
o Espírito do Senhor, aí há liberdade." 3 .1 8 '-Rm 8.29; 7 Temos, porém, este tesouro em vasos de
ICo 13.12; barro, para que a excelência do poder seja de
18 E todos nós, com o rosto desvendado, 2Co 4.4,6;
contemplando, como por espelho, a glória do 1Tml.11 Deus e não de nós.c
Senhor, somos transformados, de glória em 4.1 »•ICo 7.25; 8 Em tudo somos atribulados, porém não
glória, na sua própria imagem, como pelo Se­ 2Co 3.6; angustiados; perplexos, porém não desani­
1Tm 1.13
nhor, o Espírito.1' mados; d
4.2 *2Co 2.17;
ITs 2.3,5 9 perseguidos, porém não desamparados;
Paulo cumpre o seu ministério 4.3 r i Co 1,18; abatidos, porém não destruídos;e
com fidelidade 2Co2.15;
2Ts2.10
10 levando sempre no corpo o morrer de
Pelo que, tendo este ministério, segundo 4.4-05 6.10; Jesus, para que também a sua vida se mani­
4 a misericórdia que nos foi feita, não des­ 2Co 3.6,8-9,11,
falecemos; **■ 14,18; Ef 6.12;
feste em nosso corpo.f
17 Porque nós, que vivemos, somos sem­
Hb 1.3
2 pelo contrário, rejeitamos as coisas que, pre entregues à morte por causa de Jesus, para
4.5 °1Co 1.13;
por vergonhosas, se ocultam, n ã o ' andando 2Co 1.24 que também a vida de Jesus se manifeste em
com astúcia, nem adulterando a palavra de 4 .6 bCn1.3 nossa carne mortal.9
Deus; antes, nos recomendamos à consciência 4.7 cl Co 2.5;
12 De modo que, em nós, opera a morte,
de todo homem, na presença de Deus, pela 2Co 5.1
4.8 "2Co 7.5 mas, em vós, a vida.h
manifestação da verdade.*
4.9 eSl 37.24 13 Tendo, porém, o mesmo espírito da fé,
3 Mas, se o nosso evangelho ainda está 4.10 IRm 8.17; como está escrito:
encoberto, é para os que se perdem que está ICo 15.31;
2Co 1.5,9; Eu cri; por isso, é que falei'. Também nós
encoberto, v
4 nos quais o deus deste século cegou o
2Tm 2.11-12 cremos; por isso, também falamos,
4.11 9SI 44.22;
entendimento dos incrédulos, para que lhes ICo 15.31,49 14 sabendo que aquele que ressuscitou 0
não resplandeça a luz do evangelho da glória 4.12 62Co 13.9 Senhor Jesus também nos ressuscitará com
de Cristo, o qual é a imagem de Deus.* 4.13 'S I116.10 Jesus e nos apresentará convosco./
5 Porque não nos pregamos a nós mes­ 4 .1 4 /Rm 8.11; 15 Porque todas as coisas existem por
mos, mas a Cristo Jesus como Senhor e a nós K o 6 .1 4 amor de vós, para que a graça, multiplicando-
4.15 *1Co 3.21;
mesmos como vossos servos, por amor de 2Co 1.6,11; se, tome abundantes as ações de graças por
Jesus.° 2Tm 2.10 meio de muitos, para glória de Deus.k

Enquanto 0 leitor rejeitar a Cristo como o cumprimento das 4 .2 Paulo rejeita toda modificação da mensagem para con­
promessas, é impossível entender 0 AT. vencer melhor.

3.15 Moisés. São os primeiros cinco livros da Bíblia. 4 .4 O deus deste século. É 0 diabo. • N. Hom. O drama dos
séculos. 1) O diabo cega; 2) Deus ilumina; 3) Nós pregamos
3.16 Este versículo cita precisamente a tradução grega (LXX)
a Cristo como Senhor.
de 1 x3 4 .3 4 .
4 .7 Este tesouro. Refere-se à luz do conhecimento da glória
3.17 O Senhor é 0 Espírito. O Senhor (Jeová) no v citado de Deus na face de Cristo (6 ). Na antigüidade, os tesouros
(Êx 34.34) corresponde ao Espírito na nova aliança. Liberdade. eram guardados em vasos de barro. A fraqueza física do
Não é legalismo. A presença pessoal do Espírito Santo influen­ ministro inclui: "tem or e trem or" (1 Co 2 .3 ), doença
cia a própria vontade do crente (Rm 8.14). (2 Co 12.7) e perseguição ( w 8 ,9).
• N. h o m . 3.18 Santificação. 1) O que é? É a transformação 4.10,11 Paulo afirma 0 princípio do poder através da fra­
na imagem de Cristo (Cl 3.10). 2) Quando ocorre? Agora - queza nos w anteriores. Agora, declara que a vida de Cristo
"somos transformados" (Rm 12.2). 3) Como se dá? Pela con­ se manifesta por meio de uma entrega diária à morte.
templação da glória (vida, morte, ressurreição e pessoa de 4.13 Espírito da fé. Mais provável que a interpretação que vê
Cristo, )o 17.24). 4 ) Qual o agente? O Espírito Santo. uma referência ao espírito humano é aquela que vê uma refe­
4.1 Não desfalecemos. A despeito da espessura do véu e da rência ao Espírito Santo. Além de ser 0 Espírito da fé, também
dureza dos corações, Paulo não desanima. O poder de Deus é o "da adoção" (R m 8 .1 5 ), "da sabedoria" (Ef 1.17), "da
transforma o mais duro e cego coração (At 1 .8; Rm 1.16). graça" (Hb 10.29), "da glória" (1 Pe 4.14).
1635 2 CORINTIOS 5.14
O desígnio e efeito das aflições 4.16 'Rm 7.22; 6 Temos, portanto, sempre bom ânimo,
Cl 3.10; I Pe 3.4
16 Por isso, não desanimamos; pelo con­ sabendo que, enquanto no corpo, estamos au­
trário, mesmo que o nosso homem exterior se 4.17mMt5.12; sentes do Senhor;
corrompa, contudo, o nosso homem interior 1Pe 1.6 7 visto que andamos por fé e não pelo que
se renova de dia em dia.' vem os/
4.18 "Rm 8.24;
17 Porque a nossa leve e momentânea tri­ 2Co 5.7 8 Entretanto, estamos em plena confiança,
bulação produz para nós eterno peso de gló­ preferindo deixar o corpo e habitar com o
ria, acima de toda comparação,m 5.1 OJÓ4.19; Senhor.0
2Co 4.7;
18 não atentando nós nas coisas que se 2Pe 1.73-14 9 É por isso que também nos esforçamos,
vêem, mas nas que se não vêem; porque as quer presentes, quer ausentes, para lhe sermos
que se vêem são temporais, e as que se não 5.2 pRm 8.23 agradáveis.
vêem são eternas.” 10 Porque importa que todos nós compa­
5.3 9Ap 3.18
reçamos1' perante o tribunal de Cristo, para
Ausentes do corpo que cada um receba segundo o bem ou o mal
5.4
e presentes com o Senhor O Co 15.53-54 que tiver feito por meio do corpo.
Sabemos que, se a nossa casa terrestre
5 deste tabernáculo se desfizer, temos da
parte de Deus um edifício, casa não feita por
5.5 sls 29.23;
20)1.22;
Ef 1.14
O zelo apostólico de Paulo
11 E assim, conhecendo o temor do Se­
mãos, eterna, nos céus.0
2 E, por isso, neste tabernáculo, gememos, 5.7 nhor, persuadimos os homens e somos cabal­
tRm 8.24-25; mente conhecidos por Deus; e espero que
aspirando por sermos revestidos da nossa ha­ 1Co 13.12;
bitação celestial;? 2Co 4.18 também a vossa consciência nos reconheça.w
3 se, todavia, formos encontrados vestidos 12 Não nos recomendamos novamente a
5.8 "Fp 1.23 vós outros; pelo contrário, damo-vos ensejo
e não nus.?
4 Pois, na verdade, os que estamos neste de vos gloriardes por nossa causa, para que
5.10 PRm 14.10
tabernáculo gememos angustiados, não por tenhais o que responder aos que se gloriam na
querermos ser despidos, mas revestidos, para 5.11 w]ó 31.23; aparência e não no coração/
2Co 4.2; |d 1.23 13 Porque, se enlouquecemos, é para
que o mortal seja absorvido pela v id a /
5 Ora, foi o próprio Deus quem nos prepa­ Deus; e, se conservamos o juízo, é para vós
5.12 *2Co 1.14
rou para isto, outorgando-nos o penhor do ou tro s/
Espírito.5 5.13 v2Co 11.1 14 Pois o amor de Cristo nos constrange,

4.16 Por isso. Baseando-se na esperança segura da ressurrei- 5 .9 Esforçamos (gr philotimoumetha, "fazemos nossa ambi­
ção (1 4 ) e no fim dos seus sofrimentos (1 5 ), Paulo fica bem ção"). Em corpo ou fora do corpo, o alvo de Paulo seria de
animado (4.1; 5 .6). Estas aflições são temporárias e leves em agradar unicamente a Deus.
comparação com a glória eterna vindoura (1 7 ). • N. Hom .
5.10 Ainda que o crente se salve da condenação eterna pela
Contrastes na vida cristã. 1) Entre o corpo fraco e o espírito
justificação plena que a fé em Cristo alcança (R m 5 .1 ), ele
renovado (16). 2) Entre o presente dolorõsò e o futuro glo­
será julgado por suas ações (1 Co 3 .1 3 -1 5 ). Possivelmente,
rioso (1 7 ). 3) Entre as coisas visíveis, temporárias, e as coisas
veremos e lembraremos momentaneamente os nossos peca­
invisíveis, eternas.
dos e faltas, pará logo em seguida reconhecê-los apagados e
5.1 Casa terrestre. Nosso corpo físico. Se desfizer Trata-se
perdoados para sempre pelo sangue de Cristo. A Bíblia não dá
da morte. Um edifício. Nosso abrigo seguro na presença de
fundamento para a doutrina de um purgatório onde as almas
Cristo (Jo 14.2; Fp 1.23; L c 1 6 .9 ; 23.43; 2 Co 12.24), mas
dos cristãos devem ser purificadas.
não o corpo da ressurreição que teremos só na vinda de
Cristo. 5.11 O temor. • N. Hom. As duas fontes, neste versículo, de
5.3 Se, todavia, formos. O texto e a tradução mais seguros motivação para p ministério são: 1) o temor (reverência) para
são: "para que sejamos. . . " Paulo não duvida qúe será re­ com Deus; 2) o amor de Deus em Cristo por nós (14). Persua­
vestido. dimos. Todo e qualquer argumento lógico e válido deve ser
5 .4 Mortal seja absorvido. Estar com Cristo é o primeiro empregado para persuadir o homem intelectualmente.
estágio da im ortalidade que culm ina na ressurreição 5.14,15 Todos morreram. A solidariedade dos remidos com
(1 Co 1 5 .5 1 -5 4 ). Cristo assegura a participação na experiência do seu Chefe
5.5 A garantia da plena vitória sobre a morte é a presença do (cf Adão e seus descendentes em Rm 5.12). Essa morte com
Espírito no coração (Rm 8.11 ,1 7,2 0 —25). Ele é o sinal do pa­ (ou em) é o passo essencial para a nova vida para Cristo (15;
gamento (Ef 1.13,14). Gl 2 .20; Rm 6 .4 - 7 ). • N. Hom . O amor constrangedor pro­
5.7 Andamos por fé. A certeza que este futuro glorioso nos duz: 1) Uma nova ambição (1 5 ); 2 ) uma nova visão dos ou­
espera, controla todas as nossas ações e atitudes (Rm 8.24). tros (1 6 ); 3) uma nova criação (17).
2 CORINTIOS 5.15 1636
julgando nós isto: um morreu por todos; logo, 5.14 zRm 5.15 E nós, na qualidade de cooperadores
todos morreram.2
15 E ele morreu por todos, para que os que
5.15
°Rm 6.11-12;
6 com ele, também vos exortamos a que
não recebais em vão a graça de Deusb
1Co 6.19;
vivem não vivam mais para si mesmos, mas 2 (porque ele diz:
ITs 5.10;
para aquele que por eles morreu e ressus­ 1Pe 4.2 Eu te ouvi no tempo da oportunidade e te
citou.0 socorri no dia da salvação1; eis, agora,
5.16 9Mt 12.50;
16 Assim que, nós, daqui por diante, a Cl 5.6 o tempo sobremodo oportuno, eis,
ninguém conhecemos segundo a carne; e, se agora, o dia da salvação);
5.17 3 não dando nós nenhum motivo de escân­
antes conhecemos Cristo segundo a came, já cis 43.18-19;
agora não o conhecemos deste modo.b Cl 5.6; Ap 21.5 dalo em coisa alguma, para que o ministério
não seja censurado./
17 E, assim, se alguém está em Cristo, é 5.18 °Rm 5.10;
nova criaturab; as coisas antigas já passaram; Cl 1.20; 1|o 2.2
A abnegação de Paulo
eis que se fizeram novas.c 5.19 4 Pelo contrário, em tudo recomendando-
eRm 3.24-25
O ministério da reconciliação nos a nós mesmos como ministros de Deus:
5.20 f|ó 33.23; na muita paciência, nas aflições, nas priva­
18 Ora, tudo provém de Deus, que nos 2Co 3.6; Ef 6.20
ções, nas angústias/
reconciliou consigo mesmo por meio de 5 nos açoites, nas prisões/, nos tumultos,
5.21 dis 53.6;
Cristo e nos deu o ministério da reconci­ Rm 1.17; nos trabalhos, nas vigílias, nos jejuns,
lia ç ã o / IPe 2.22,24;
6 na pureza, no saber, na longanimidade,
IJo 3.5
19 a saber, que Deus estava em Cristo re­ na bondade, no Espírito Santo, no amor não
conciliando consigo o mundo, não imputando 6.1 61 Co 3.9; fingido,
aos homens as suas transgressões, e nos con­ 2Co 5,20
7 na palavra da verdade, no poder de
fiou a palavra da reconciliação.e 6.2 Os 49.8 Deus, pelas armas da justiça, quer ofensivas,
20 De sorte que somos embaixadores quer defensivas0;m
6 .3 /Rm 14.13;
em nome de Cristo, como se Deus exortasse 1Co9.12 8 por honra e por desonra, por infâmia e
por nosso intermédio. Em nome de Cristo, por boa fama, como enganadores e sendo ver­
6 .4 *1 0 )4 .1
pois, rogamos que vos reconcilieis com dadeiros;
D eus/ 6.5 'At 16.23 9 como desconhecidos e, entretanto, bem
21 Aquele que não conheceu pecado, ele o
6.7 " )l Co 2.4; bcriatura; ou criação »quer ofensivas, quer
fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos 2Co4.2; defensivas; no original, as da direita e as da
feitos justiça de Deus.9 2Tm 4.7 esquerda

5.16 Segundo a carne. I.e., segundo o ponto de vista hu­ pecar, de modo que pôde carregar na cruz nossa culpa e
mano, em contraste com o divino. castigo (Is 53.6 ). Em troca, os que nEle crêem participam da
5 .18 ,1 9 Tudo provém de Deus. É notável que Paulo emprega sua perfeita justiça.
oito verbos neste parágrafo tendo Deus como sujeito. Deus é 6 .2 Dia da salvação.. . agora. Refere-se ao período entre a
o Reconciliador. Aquele que une o pecador rebelde com seu morte de Cristo e Sua vinda em julgamento.
santo Criador. Cristo é o Agente dessa reconciliação (18,19). 6 .4 Paciência (gr hupomonê, "perseverança"). É o que Crisós­
Nós somos os embaixadores (19). Deus confiou nas mãos de
tomo chamou "a raiz de todos os bens". É o fundamento da
todos os reconciliados o privilégio de anunciar essa boa nova.
vida cristã. • N. Hom . Os sofrimentos que recomendaram
A palavra. É o evangelho. Inclui um apelo (20; 6 .1 ,2 ), sendo
a Paulo. 1) Sofrimentos gerais: aflições, privações, angústias.
essencial que o inimigo rebelde se submeta e se entregue ao
2) Provas particulares: açoites, prisões, tumultos. 3) Discipli­
Senhor.
nas auto-impostas: trabalhos, vigílias, jejuns. 4 ) As qualidades
5.20 Embaixadores. Juntamente com "apóstolo", "embaixa­ do coração: pureza, conhecimento, paciência com as pessoas
dor" sugere a idéia de alguém enviado no lugar do seu se­ difíceis, bondade, e amor (6 ). 5 ) Características do seu minis­
nhor ou rei e autorizado com a sua autoridade. Em nome. tério (7 ). 6) Sua reputação contrastada com a reali­
Quer dizer; "com autoridade d e .. . " • N. Hom. Embaixador dade (8 -1 0 ).
de Cristo: 1) É um cidadão do céu (Fp 3.21) enviado a ho­
6.5 Prisões. Clemente de Roma (96 d .C .) disse que foram
mens rebeldes. 2) No lugar do seu Rei, Cristo, oferece as con­
sete. Trabalhos. Lit esforço tão árduo que deixa o corpo, alma
dições de paz no evangelho. 3) A honra e a glória do seu
e espírito exaustos. Vigílias. Tanto noites de oração como noi­
Mestre dependem de suas palavras e comportamento. Recon­
tes de sofrimento sem dormir.
cilieis. O pecador precisa mudar da inimizade contra Deus
para o amor (1 Jo 4 .10 ). 6 .7 Ofensivas.. . defensivas. Devemos conquistar para Cristo
enquanto nos defendemos do inimigo (cf Ef 6.16s).
5.21 Cristo, o único embaixador perfeito do Seu Pai que O
enviou (Jo 20.21), se identificou com o nosso pecado, sem 6 .8 Desonra (gr atimia). Perder os direitos de cidadão.
1637 2 CORÍNTIOS 7.9
conhecidos; com o se estivéssem os morrendo 6.9 "SI ) 18,18; da carne com o do espírito, aperfeiçoando a
K o 4.9;
e, contudo, eis que vivem os; com o castiga­ 2Co 1.9 nossa santidade no temor de D e u s."
dos, porém não mortos;"
10 entristecidos, m as sem pre alegres; po­ 6.11 °2Co 7.3 O afeto de Paulo para com os coríntios
bres, m as enriquecendo a muitos; nada tendo,
6.12
2 A colh ei-n os em vosso coração; anin­
mas possuindo tudo.
p 2Co 12.15 guém tratamos com injustiça, a ninguém cor­
O amor com amor se paga rom pemos, a ninguém exploram os .x
6.13 410)4.14 3 N ão falo para vos condenar; porque já
11 Para v ó s outros, ó coríntios, abrem -se
v o s tenho dito que estais em nosso coração
os n ossos lábios, e alarga-se o nosso co­ 6.14 rDt 7.2-3;
1Sm 5,2-3; para, juntos, morrermos e viverm os. 7
ração.0
1Rs 18.21; 4 M ui grande é a minha franqueza para
12 N ã o tendes lim ites em nós; mas estais
ICo 5.9
lim itados em v o sso s próprios afetos .p con vosco, e m uito m e glorio por vossa causa;
13 Ora, co m o justa retribuição (fa lo -v o s sin to-m e grandemente confortado e transbor­
6.16 sICo 3.16;
com o a filh os), dilatai-vos também v ó s.1) 6.19 í Lv 26.12; dante de júbilo em toda a nossa tribulação.^
Ez 37.27
Nenhuma comunhão com os incrédulos A chegada de Tito
6.17 Uls 52.11
14 N ão vos ponhais em ju go desigual com 5 Porque, chegando nós à M acedônia",
os incrédulos; porquanto que sociedade pode 6.18 nenhum alívio tivem os; pelo contrário, em
haver entre a justiça e a iniqüidade? Ou que >-2Sm 7.14; tudo fom os atribulados: lutas por fora, tem o­
com unhão, da luz com as trevas?r 1Cr 17.13
res por dentro.
15 Q ue harmonia, entre Cristo e o M a­
7.1 6 Porém D eus, que conforta os abatidos,
ligno? Ou que união, do crente com o in­
»2Co 6.17-18; nos consolou com a chegada de T ito;b
crédulo? 1|o 3.3
7 e não som ente com a sua chegada, mas
16 Q ue ligação há entre o santuário de
7.2 *At 20.33;
também p elo conforto que recebeu de vós,
D eus e o s ídolos? Porque nós som os santuário
2Co12.17 referin d o -n o s a v o ssa saudade, o v o sso
do D eu s5 vivente, com o ele próprio disse;
pranto, o v osso zelo por m im , aumentando,
Habitarei e andarei entre eles; serei o seu
7.3 assim , m eu regozijo.
D eus, e eles serão o m eu p o vo'. r2Co 6.11-12
17 Por isso , retirai-vos do m eio deles, se­ 8 Porquanto, ainda que vos tenha contris­
parai-vos, diz p Senhor; não toqueis 7 .4 * ICo 1.4;.
tado com a carta, não m e arrependo; embora
em coisas impuras; e eu vos rece­ 2Co 1.4,14; já m e tenha arrependido (vejo que aquela
Cl 1.24 carta vos contristou por breve te m p o )/
berei",
18 serei v o sso Pai, e v ó s sereis para m im 9 agora, m e alegro não porque fostes con­
7.5 °2Co 2.13
filh os e filh as1', diz o Senhor Todo- tristados, m as porque fostes contristados para
Poderoso. 7.6 6 20)1.4 arrependimento; p ois fostes contristados se­

7
T endo, pois, ó am ados, tais promessas, gundo D eus, para que, de nossa parte, ne­
purifiquem o-nos de toda impureza, tanto 7.8*203 2.4 nhum dano sofrêsseis.

6.10 Enriquecendo. São bênçãos espirituais, não materiais. 6.16 Santuário. O templo cristão equivale ao corpo de Cristo.
6.12 Afetos (gr splagchna). São os órgãos superiores do • N. Hom . 7.1 Harmonia com Deus. 1) Seu incentivo:
tronco, inclusive o coração, fígado e pulmões. É o centro das as promessas (6 .1 6 b - 18). 2 ) Sua condição: separação de
emoções. toda imundícia contaminadora. 3) Seu aumento: maior san­
6.14 — 7.2 Muitos eruditos modernos acham que este pará­ tidade no crescente reconhecimento da Sua grandeza.
grafo está fora de lugar. Seria uma folha da carta perdida 7.6 Tito, voltando de Corinto, encontrou-se com Paulo na
mencionada em 1 Co 5 .9? Todas as perguntas dos w 1 4-1 6 Macedônia (norte da Grécia). Tito informou-lhe que a igreja
exigem uma resposta negativa. Não deve haver nenhuma li­ melhorara.
gação permanente entre o crente e o mundo controlado pelo
diabo que o comprometa na luta contra Deus. Na dinâmica 7.8 Contristado com a carta. Refere-se à chamada "carta se­
da vida cristã, qualquer ligação com incrédulos que tende a vera" (2 .3 ,4). Essa carta está perdida. Arrependido (gr meta-
diminuir o amor ou mudar a direção da peregrinação para melomai). Significa: "ter pesar" (10) ou arrepender-se de
Deus é um jugo desigual (1 Jo 2 .15; Dt 22.10). uma ação na qual saiu-se mal.

6.15 Maligno, (gr Belial). "Sem nenhum valor". Nome antigo 7.9,10 Arrependimento (gr metanoia). "M udar de atitude ou
de Satanás. cam inho". É necessário para a conversão (Lc 13.3,5).
2 CORINTIOS 7.10 1638
10 Porque a tristeza segundo D eus produz z.io A oferta das igrejas da Macedônia
tf2Sm 12.13;
arrependimento para a salvação, que a nin­ Mt 26.75 para os pobres da Judéia
guém traz pesar; m as a tristeza do mundo Tam bém , irmãos, v o s fazem os conhecer
produz morte .d
11 Porque quanto cuidado não produziu 7.12 *2 0 ) 2.4
8 a graça de D eu s concedida às igrejas da
M acedônia;
isto m esm o em vós que, segundo D eus, fostes 2 porque, no m eio de muita prova de tri­
contristados! Q ue defesa, que indignação, que bulação, manifestaram abundância de alegria,
temor, que saudades, que zelo, que vindita! 7 .1 3 'Rm 15.32 e a profunda pobreza deles superabundou em
Em tudo destes prova de estardes inocentes grande riqueza da sua generosidade.'
neste assunto. 3 Porque eles, testem unho eu, na medida
12 Portanto, embora vos tenha escrito, não 7.15 9 20)2.9 de suas p osses e m esm o acim a delas, se m os­
foi por causa do que fez o m al, nem por causa traram voluntários,
do que sofreu o agravo, m as para que a vossa 4 pedindo-nos, com m uitos rogos, a graça
solicitude a nosso favor fo sse m anifesta entre 7.16 l>2Ts 3.4 de participarem da assistência aos santos./
vós, diante de D eu s.e 5 E não som ente fizeram com o nós espe­
13 Foi por isso que nos sentim os conforta­ rávam os, m as também deram -se a si m esm os
dos. E, acim a desta nossa consolação, muito primeiro ao Senhor, depois a nós, pela von­
8.2 'Mc 12.44
m ais nos alegram os p elo contentam ento de tade de Deus;
T ito, cujo espírito fo i recreado por to ­ 6 o que nos levou a recomendar a Tito
dos v ó s.' que, com o com eçou, assim também com plete
8.4 /(I -4)
14 Porque, se nalguma coisa m e gloriei de Rm 15.26 esta graça entre v ó s .k
vós para co m ele, não fiquei envergonhado; 7 C om o, porém , em tudo, m anifestais su­
p elo contrário, com o, em tudo, vo s falam os perabundância, tanto na fé e na palavra com o
com verdade, também a nossa exaltação na 8 .6 *2 0 )8 .1 7 no saber, e em todo cuidado, e em n osso amor
presença de Tito se verificou ser verdadeira. para convosco, assim também abundeis nesta
15 E o seu entranhável afeto cresce mais e graça.'
m ais para con vosco, lem brando-se da ob e­ 8.7 H Co 1.5; 8 N ão vo s falo na forma de mandamento,
diência de todos vó s, de com o o recebestes 2 0 ) 9.8 m as para provar, pela diligência de outros, a
com temor e tremor. 9 sinceridade do v o sso am or;m
16 A leg ro -m e porque, em tudo, p osso 9 pois conheceis a graça de n osso Senhor
confiar em v ó s .h 8.8 ml Co 7.6 Jesus Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por

7.10 Tristeza segundo Deus. Trata-se da convicção de ter co­ 8 .4 Pedindo-nos. Quando a graça de Deus atua profunda­
metido pecado contra Deus. Quando for seguida de arrepen­ mente no coração, não é necessário que o crente seja pressio­
dimento e confissão, possibilita a salvação com pleno perdão nado a dar liberalmente.
(M t 11.28s). Tristeza do mundo. É o desânimo que provoca
desarranjo mental. Decepção profunda que pode resultar no 8.5 Primeiro. Antes da obrigação de amor que provoca ofer­
suicídio ou morte em contraste com a salvação (cf 2.16). tas materiais, temos a responsabilidade de dedicar-nos pes­
soalmente ao Senhor. Depois a nós. Os crentes também se
7.12 Talvez Paulo mesmo tenha sido insultado em Corinto
ofereceram ao Apóstolo para viajar com ele e participar da
por um membro (2 .5 ).
sua obra missionária desde que fosse da vontade do Senhor.
8.1 Os capítulos 8,9 apresentam os conceitos inspirados de As pessoas são mais importantes do que o dinheiro.
Paulo quanto à mordomia. Graça de Deus. A contribuição
para o sustento e avanço da obra do Senhor ou para o so­ 8 .7 Em 1 Co 12.8,9, "fé", "palavra" e "conhecimento" apa­
corro dos irmãos tem a sua. motivação na graça de Deus. E a recem na lista dos dons do Espírito. Dar com alegria é dom
mesma graça que levou o Senhor a se encarnar e a mor­ também (Rm 12.8).
rer (9).
8 .8 Mandamento. A contribuição não deve ser imposta ou
8 .2 As circunstâncias envolvidas na pobreza ou na abundân­
exigida. Deve surgir voluntariamente de um coração cheio de
cia não têm nada a ver com a liberalidade. Os macedônios
amor a Deus e ao próximo, cumprindo assim o primeiro e o
deram voluntariamente com alegria (3 ) ainda que eles mes­
segundo mandamentos (M c 12.33).
mos estivessem passando pela prova da pobreza. Generosi­
dade (gr haplotêtos), "singeleza". Em R m 1 2 .8 , descreve a • N. Hom. 8 .9 A oferta de Cristo. 1) Sua origem: graça de
maneira que se deve dar: "sem calcular", livre de motivos Deus (Hb 2 .9; Jo 3.16); 2) Sua qualidade: um esvaziamento
egoístas. da riqueza infinita (|o 17.S) para a pobreza completa (Fp 2.8);
8.3 Acima. Deram mais do que podiam. Pediam dinheiro em­ 3) Sua motivação: "por amor de vós" (9) e do mundo inteiro;
prestado de fora para aumentar a oferta de socorro aos cren­ 4) Seu fim : a troca da nossa miséria total por sua riqueza
tes da judéia. celestial (Rm 8.17).
1639 2 CORÍNTIOS 9.3
am or de vó s, para que, pela sua pobreza, vos 8.9 "Mt 8.20 desem penho desta graça ministrada por nós,
tom ásseis ricos." para a glória do próprio Senhor e para mostrar
10 E nisto dou minha opinião; pois a vós 8.10 °Pv 19.17; a nossa boa vontade ;1
1Co 7.25; 20 evitando, assim , que alguém n os acuse
outros, que, desde o ano passado, principias­
2Co 9.2;
tes não só a prática, m as também o querer, ITm 6.18-19; em face desta generosa dádiva administrada
convém isto .0 Hb 13.16 por nós;
11 Com pletai, agora, a obra com eçada, 21 pois o que nos preocupa é procedermos
para que, assim com o revelastes prontidão no 8.12 honestam enteu, não só perante o Senhor,
querer, assim a leveis a termo, segundo as p Mc 12.43-44 com o tam bém diante dos hom ens.
vossas posses. 22 Com eles, enviam os nosso irmão cujo
12 Porque, se há boa vontade, será aceita 8.15 9Êx 16.19 zelo, em muitas ocasiões e de m uitos m odos,
conform e o que o hom em tem e não segundo tem os experimentado; agora, porém, se m os­
o que ele não tem.P 8.17 r2Co 8.6 tra ainda m ais zelo so pela muita confiança
13 Porque não é para que os outros te­ em vós.
nham alívio, e vó s, sobrecarga; m as para que 23 Quanto a Tito, é m eu com panheiro e
8.18
haja igualdade, :2Co 12.18 cooperador convosco; quanto a n ossos ir­
14 suprindo a v ossa abundância, no pre­ m ãos, são m ensageiros das igrejas e glória de
sente, a falta daqueles, de m odo que a abun­ 8.19 Cristo .y
dância daqueles venha a suprir a vossa falta, í l Co 16.3-4; 24 M anifestai, pois, perante as igrejas, a
e, assim , haja igualdade, 2Co4.15 prova do v osso amor e da nossa exultação a
15 com o está escrito: vosso respeito na presença destes hom ens .w
O que m uito colheu não teve demais; e o 8.21 uPv3.4
que pouco, não teve falta'). Instruções de Paulo
8.23 vFp 2.25 em referência à grande coleta
O novo encargo de Tilo Ora, quanto à assistência a favor dos
16 M as graças a D eus, que pôs no coração
de Tito a m esm a solicitude por amor de vós;
8.24 w2Co 7.14 9 santos, é desnecessário escrever-v o s /
2 porque bem reconheço a vossa presteza,
17 porque atendeu ao nosso apelo e, m os- da qual m e glorio junto aos m acedônios, di­
9.1 M t 11.29;
trando-se m ais cuidadoso, partiu voluntaria­ 10)16.1; zendo que a A caia está preparada desde o ano
m ente para v ó s outros.r 2Co8.4; passado; e o vosso zelo tem estim ulado a mui­
Cl 2.10
18 E, com ele, enviam os o in n ão cujo lou ­ tíssim os. v
vor no evangelho está espalhado por todas as 3 Contudo, enviei os irmãos, para que o
igrejas.s 9.2 r2Co 8.10 n osso louvor a v o sso respeito, neste particu­
19 E não só isto, m as fo i também eleito lar, não se desm inta, a fim de que, com o ve­
pelas igrejas para ser nosso com panheiro no 9 .3i2 C o 8.6 nho dizendo, estivésseis p rep arad os/

8.11 Completai. Evidentemente os coríntios marcaram um especialmente em face das acusações irresponsáveis contra a
alvo para a coleta somando as quantias que os membros sen­ honestidade de Paulo. Evitando (gr stellomenoi). É uma metá­
tiram que Deus queria que ofertassem. Mas ainda não tinham fora naval. Muda-se a direção das velas para escapar-se do
levado a cabo as boas intenções. inimigo. É a maneira de proceder honestamente diante dos
8.12 Boa vontade. É tão importante para Deus como a pró­ homens (2 1 ). Generosa dádiva (gr hadrotês). Sá é usada aqui
pria oferta. no NT. Indica que Paulo espera uma oferta significativa.

8 .1 4 Os coríntios tinham mais abundância que os macedô­ 8.22 Nosso irmão. Desconhecido como aquele do v 18. Al­
nios. Paulo lembra que no futuro os crentes judeus (os desti­ guns peritos sugerem que foi Tíquíco (At 2 0.4 ; Ef 6.21;
natários da coleta) poderão suprir alguma necessidade dos Cl 4 .7).
coríntios (cf Rm 15.27). Igualdade. Não necessariamente em 8.23 Mensageiros (gr apostolos). Não no sentido técnico do
quantidade de posses, mas que todos os crentes devem ficar N T (cf Fp 2.25). Poucos irmãos são escolhidos como apósto­
igualmente livres da miséria e fome. los de suas igrejas, mas todo crente pode refletir a glória de
8 .16 ,1 7 O amor profundo de Tito para com os coríntios jun­ Cristo (3.18).
tou-se com o apelo de Paulo. Desse modo, ele partiu volunta­ 9.1 Desde que Paulo acaba de abordar o assunto da contri­
riamente. buição no cap 8, alguns acham que o cap 9 seria uma exorta­
8 .1 8 O irmão. Não é possível determinar quem acompanhou ção separada dirigida a todas as igrejas da Acaia (2 ). Corinto
Tito. era a principal.
8.20 A conveniência de ter irmãos eleitos pelas igrejas (19) 9.3 Enviei. Aoristo epistolar. Melhor tradução; "estou en­
para serem responsáveis pela segurança da coleta é óbvia; viando.
2 CORÍNTIOS 9.4 1640
4 para que, caso alguns m acedônios forem 9.6 oPv 11.24 generosidade, a qual faz que, por nosso inter­
com igo e v o s encontrem desapercebidos, não médio, sejam tributadas graças a D eus/
9.7 tÊx 25.2;
fiquem os nós envergonhados (para não dizer, Pv 11.25; 12 Porque o serviço desta assistência não
vós) quanto a esta confiança. 2Co 8.12 só supre a necessidade dos santos, m as tam­
5 Portanto, ju lgu ei conveniente recom en­ bém redunda em muitas graças a D eu s,9
dar aos irmãos que m e precedessem entre vós 9.8 13 visto com o, na prova desta ministra-
cPv 11.24-25 ção, glorificam a D eus pela obediência da
e preparassem de antemão a vossa dádiva já
anunciada, para que esteja pronta com o e x ­ v o ssa c o n fissã o quanto ao evan gelh o de
9.9 a s m 2.9
pressão de generosidade e não de avareza. Cristo e pela liberalidade com que contribuís
para eles e para t o d o s /
9.10 eis 55.10
A sementeira e a colheita 14 enquanto oram eles a v osso favor, com
6 E isto afirmo: aquele que sem eia pouco 9 .1 1 72Co 1.11 grande afeto, em virtude da superabundante
pouco também ceifará; e o que sem eia com graça de D eus que há em vós.'
15 Graças a D eus p elo seu dom inefável fi
fartura com abundância também ceifará.0 9.12 ?2Co 8.14
7 Cada um contribua segundo tiver pro­
Paulo defende a sua autoridade apostólica
posto no coração, não com tristeza ou por 9.13 1>Mt 5.16
1 f \ E eu m esm o, Paulo, vos rogo, pela
necessidade; porque D eu s ama a quem dá
9.14 '2Co 8.1 J. U m ansidão e benignidade de Cristo, eu
com alegria .b
que, na verdade, quando presente entre vós,
8 D eu s pode fa zer-vos abundar em toda
9 .1 5 /Stg 1.17 sou humilde; m as, quando ausente, ousado
graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo,
para c o n v o s c o /
ampla suficiência, superabundeis em toda boa
10.1 *Rml2.1; 2 sim, eu vos rogo que não tenha de ser
obra,c 2Co 12.5,7,9-10 ousado, quando presente, servin do-m e da­
9 com o está escrito: quela firm eza com que penso devo tratar al­
Distribuiu, deu aos pobres, a sua justiça 10.2 >1Co 4.21;
guns que nos julgam com o se andássem os em
2Co 13.2,10
perm anece para s e m p r e / disp osições de m undano p roced er/
10 Ora, aquele que dá sem ente ao que se ­ 3 Porque, em bora andando na carne, não
10.4 m|r 1.10;
m eia e p ãoe para alim ento tam bém suprirá e 1Co 2.5; m ilitam os segundo a carne.
aumentará a v ossa sementeira e multiplicará 2Co 6.7; Ef 6.13; 4 Porque as armas da nossa m ilícia não
1Ts 5.8;
os frutos da v ossa justiça, ITm 1.18; são carnais, e sim poderosas em D eus, para
11 enriquecendo-vos, em tudo, para toda 2Tm 2.3 destruir fortalezas, anulando nós sofismas™

9.5 Não de avareza. O ensino neotestamentário sobre a con­ • N. Hom. 9 .13 ,1 4 Três benefícios através das ofertas: 1) Be­
tribuição salienta os seguintes princípios: a) Voluntariedade neficia a nós os ofertantes - confirma nossa confissão do
(At 5 .4; 2 Co 8.11 ) e alegria (7 ); b ) Destina-se principal­ evangelho. 2 ) Beneficia aqueles que recebem a oferta - pro­
mente aos irmãos na fé (Gl 6 .10 ). É uma obrigação moral e duz oração e amor naqueles que recebem em favor dos que
sua falta mostra ausência do amor de Deus (1 ]o 3 .1 7 ; dão (1 4 ). 3) Suscita glória e graças a Deus (13).
Tg 2.15 ,1 6). c) A süa finalidade é o afastamento dos crentes
da miséria (8 .1 4 ) e a criação neles do espírito de gratidão 9.15 A salvação em Cristo é o dom inefável e motivação per­
(9.12); d) A responsabilidade de contribuir pertence aos feita para incentivar todo e qualquer sacrifício.
membros do Corpo de Cristo (M t 2 5 .3 4 -4 6 ); e) Os pobres
10.1 Muitos eruditos crêem que os caps 1 0-1 3 faziam parte
não têm direito sobre os bens dos ricos, evitando, assim, a originalmente da "carta severa" (cf 2 .4; 7.8). Não há todavia,
necessidade de trabalhar (2 Ts 3.10). Tanto o egoísmo como qualquer indicação nos manuscritos antigos para sustentar
a ociosidade são condenados sem exceção. esta sugestão. Mansidão. Característica do Messias (Z c 9 .9 e
9 .6 A lei da devolução opera tão certamente no mundo espi­ Mt 2 1.5 ) que de bom grado sofreu as afrontas dos homens
ritual e moral como no mundo físico (Lc 6.38). maus. Benignidade (g r epieikeia). Qualidade louvada por Aris­
tóteles. Indica o credor que não exige o último tostão.
• N . Hom . 9 .8 A suficiência da Graça divina. 1) Troca em
todas as áreas da vida (em tudo). 2 ) Opera em toda hora da 10.2 Alguns. Assim Paulo designa seus detratores sem men­
vida (sempre). 3) Destina-se a toda boa obra na vida (Ef 2.10). cioná-los por nome (3 .1 ; 1 Co 4 .18 ; 15.12). Mundano proce­
Suficiência (gr autarkeia). Esta palavra favorita dos estóicos de­ der. Lit "andando segundo a carne". Usada em contraste com
signava o homem completamente satisfeito com o mínimo "na carne" que apenas indica a vida humana.
das coisas materiais (cf Fp 4 .11 ). Tal homem contente seria
10.4 A rm as.. . poderosas, não em Deus, mas "para Deus" (o
também generoso.
"em " não consta no gr). Armas contaminadas com o mal são
9.10 Como todo capitalista espera seu lucro, aquele que dá incapazes de combater o pecado ou conquistar aimas para
aos filhos de Deus necessitados terá o lucro duplo do v 11. Deus. Cf Z c 4.6.
1641 2 CORÍNTIOS 11.4
5 e toda altivez que se levante contra o 10.5 "IC o 1.19 vós, posto que já chegam os até vós com o
conhecim ento de D eus, e levando cativo fodo evangelh o de Cristo;“
10.6 °2Co 2.9 15 não nos gloriando fora de m edida nos
pensam ento à obediência de C risto,n
6 e estando prontos para punir toda deso­ trabalhos alheios e tendo esperança de que,
10.7 p|0 7.24; crescendo a vossa fé, serem os sobremaneira
bediência, um a v ez com pleta a vossa sub­ ICo 3.23;
2Co 5.12; engrandecidos entre vós, dentro da nossa e s­
m issão.0
fera de a ç ã o /
7 Observai o que está evidente. Se alguém IJo 4.6
16 a fim de anunciar o evangelho para
confia em si que é de Cristo, pense outra vez
10.8 í2Co 7.14 além das vossas fronteiras, sem com isto nos
co n sigo m esm o que, assim com o ele é de
gloriarmos de coisas já realizadas em cam po
Cristo, também nós o so m o s .p
10.10 alheio.
8 Porque, se eu m e gloriar um pou co m ais rICo 1.17;
17 Aquele, porém, que se gloria, glorie-se
a respeito da nossa autoridade, a qual o S e­ 2Co 2.1
no Senhorw.
nhor nos conferiu para edificação e não para
10.12 >2Co 3.1
18 Porque não é aprovado quem a si
destruição vossa, não m e envergonharei,?
m esm o se louva, e sim aquele a quem o S e­
9 para que não pareça ser m eu intuito inti­
10.13 nhor lo u v a /
m idar-vos por m eio de cartas.
'20)10.15
10 A s cartas, com efeito, dizem , são gra­
Paulo continua a sua defesa
ves e fortes; m as a presença pessoal dele é 10.14 ulCo 3.5
Q uisera eu m e suportásseis um pou co
fraca, e a palavra, d e sp re z ív e l/
11 Considere o tal isto: que o que som os
na palavra por cartas, estando ausentes, tal vRm 15.20
serem os em atos, quando presentes.
10.15
n m ais na m inha loucura. Suportai-m e,
pois.K
2 Porque zelo por vó s com zelo de Deus;
visto que vos tenho preparado para vo s apre­
-

12 Porque não ousam os classificar-n os ou 10.17 w]r 9.24


sentar com o virgem pura a um só esposo, que
com parar-nos com alguns que se louvam a si
é C r is to /
m esm os; mas eles, m edindo-se consigo m es­ 10.18 *Pv 27.2;
ICo 4.5 3 M as receio que, assim com o a serpente
m os e com parando-se co n sigo m esm os, reve­
enganou a E va° com a sua astúcia, assim
lam insensatez.5
11.1 x2Co5.13 tam bém seja corrompida a vossa m ente e se
aparte da sim plicidade e pureza devidas a
A esfera da ação missionária de Paulo 11.2 H v 21.13; Cristo.
ICo 4.15;
13 N ó s, porém, não nos gloriarem os sem 4 Se, na verdade, vindo alguém , prega ou­
Cl 4.17-18
medida, m as respeitam os o lim ite da esfera de tro Jesus que não tem os pregado, ou se acei­
ação que D eus nos demarcou e que se estende tais espírito diferente que não tendes
11.3
até v ó s .1 "Gn 3.4-13 recebido, ou evangelho diferente que não ten­
14 Porque não ultrapassamos os n ossos li­ des abraçado, a esse, de boa m ente, o to­
m ites com o se não devêssem os chegar até 1 1.4 *0 1.7-8 lerais. b

10.5 Contra a especulação intelectual (cf 1 Co 2 .4). Paulo gou até à Espanha nos labores da evangelização, disse Cle­
apresenta a revelação divina. Aquele que conhece a Deus por mente de Roma.
meio de Sua revelação deve se tornar submisso a Cristo em
10.18 O que vale não é a auto-apreciação, mas a recomen­
tudo.
dação de Deus.
10.6 Paulo não quer chegar em Corinto antes que a igreja
manifeste sua submissão a ele como apóstolo. Os "desobe­ 11.1 Minha loucura. Paulo detestou a necessidade de apre­
dientes" restantes logo sentirão a força de sua disciplina apos­ sentar suas credenciais. Foi forçado a isso para manter a digni­
tólica (cf Mt 16.19b). dade de Cristo.

10.7 Observai. Pode ser traduzido: "Vós olhais para as coisas 11.2 Zelo. O ciúme de Deus para com Sua noiva, Israel, se
externas (aparência)". Cf v 12. Há indicações que os oponen­ destaca no AT (cf Is 5 4 .5 ; 6 2.5 ; Os 2 .1 9 - 2 0 ). Paulo, o
tes de Paulo faziam parte do grupo de Cristo em Corinto "amigo do noivo", (cf )o 3.29) tinha a responsabilidade de
(1 Co 1.12) alegando relações especiais com Ele. garantir a castidade e pureza da noiva (3) até ao casamento.
10.10 Palavra, desprezível. Cf 11.6n. Mesmo seus críticos não O crente fica desposado única e exclusivamente com Cristo.
podiam deixar de ficar impressionados com suas cartas. 11.4 Outro Jesus. Não outro Cristo. Os hereges concordavam
10.15 Trabalhos alheios. Como regra geral, Paulo desenvolvia que jesus era o Messias. Sua interpretação, entretanto, da
seu trabalho em regiões por ele mesmo desbravadas. vida, morte e ensino de Jesus contrariava fatalmente a dou­
10.16 Além. Cf At 19.21; Rm 1 .1 1 -1 5 ; 1 5 .2 3 -2 8 . Paulo che­ trina de Paulo (C l 1.8).
2 CORINTIOS 11.5 1642
5 Porque suponho em nada ter sido infe­ 11.5 14 E não é de admirar, porque o próprio
Cl Co 15.10;
rior a esses tais apóstolos.c ZCo 12.11 Satanás se transforma em anjo de luz.*
6 E, embora seja falto no falar, não o sou 11.6 4 10) 1.17; 15 Não é muito, pois, que os seus próprios
no conhecimento; mas, em tudo e por todos 2Co -4.2 ministros se transformem em ministros de
os modos, vos temos feito conhecer isto.d 11.7 cAt 18.3; justiça; e o fim deles será conforme as suas
1Co 9.6,12; obras.'
2CO10.1
O desprendimento do apóstolo
11.9
7 Cometi eu, porventura, algum pecado /Fp 4.15-18 Os sofrimentos de Paulo
pelo fato de viver humildemente, para que 11.10 sRm 9.1; por amor do evangelho
fôsseis vós exaltados, visto que gratuitamente 1Co 9.15 16 Outra vez digo: ninguém me considere
vos anunciei o evangelho de Deus?e 11.11 insensato; todavia, se o pensais, recebei-me
62Co6.l1
8 Despojei outras igrejas, recebendo salá­ como insensato, para que também me glorie
11.12 um pouco.m
rio, para vos poder servir, HCo 9.12
9 e, estando entre vós, ao passar priva­ 11.13 17 O que falo, não o falo segundo o Se­
nhor, e sim como por loucura, nesta confiança
ções, não me fiz pesado a ninguém; pois os i At 15.24;
2C0 2.17; de gloriar-me.n
irmãos, quando vieram da Macedônia, supri­ Cl 1.7;
18 E, posto que muitos se gloriam se­
ram o que me faltava^; e, em tudo, me guar­ Tt 1.10-11;
1|o 4.1 gundo a carne, também eu me gloriarei.0
dei e me guardarei de vos ser pesado.
19 Porque, sendo vós sensatos, de boa
10 A verdade de Cristo está em mim; por 11.14 *011.8
mente tolerais os insensatos.P
isso, não me será tirada esta glória nas regiões 11.15 '2Co 3.9
11.16 20 Tolerais quem vos escravize, quem vos
da Acaia.9 m2Co11.l devore, quem vos detenha, quem se exahe.
11 Por que razão? É porque não vos amo? 11.17 quem vos esbofeteie no rosto.9
Deus o sabe.'1 "1 Co 7.6;
21 Ingloriamente o confesso, como se fô­
12 Mas o que faço e farei é para cortar 2Co 6.4 ramos fracos. Mas, naquilo em que quakjuer
ocasião àqueles que a buscam com o intuito 11.18 oFp 3.3-4 tem ousadia (com insensatez o afirmo), ta a -
11.19
de serem considerados iguais a nós, naquilo AlCo 4.10 bém eu a tenho.r
em que se gloriam.1 11.20 9CI 2.4 22 São hebreus? Também eu. São i&raeb-
13 Porque os tais são falsos apóstolos, 11.21 tas? Também eu. São da descendência de
obreiros fraudulentos, transformando-se em r2Co 10.10 Abraão? Também eu.5
apóstolos de Cristo./ 11.22 sAt 22.3 23 São ministros de Cristo? (Falo como

11.5 Tais apóstolos. Lit "super-apóstolos". Quaisquer que fo­ 11.14 Anjo de luz. Luz e a metáfora bíblica que muitas w »
rem suas credenciais, aqueles que carecem de uma comissão se refere à natureza divina na Bíblia. Não se deve estranfa»
direta de Cristo não passam de falsos apóstolos. Estes eram que Satanás apela para as consciências de suas vítimas, #*-
autocomissionados (1 3 ). dindo-as a respeito da justiça.
11.6 Falto. Traduz a palavra idiotès, sem instrução formal 11.15 Seus próprios ministros. Provavelmente Paulo negam
(não quer dizer "estúpido" ou "insensato"). Paulo era sus­ que os judaizantes fossem crentes reais. Há casos de u u a s
peito porque não foi discípulo de |esus na Sua vida humana que, sendo iludidos, servem o diabo.
na Palestina (At 1.21 s). 11.16 Os w 1 6-3 3 apresentam as credenciais de P a *
11.7 Humildemente. C f fp 4 .12 , onde Paulo descreve com a como apóstolo. Ele mesmo achava tal comparação com m
mesma palavra grega sua atitude frente às ofertas das igrejas. falsos apóstolos uma loucura, mesmo sendo necessária mm
vista da atitude tomada pelos conntios.
11.8 Despojei (lit "roubei"). Está seguindo o princípio procla­
11.20 Aqui se vê com que autoridade e insolência os mestas
mado por Jesus (Lc 10.7) e que ele mesmo mandou (C l 6 .6).
falsos dominavam seus seguidores. Esbofetear o rosto era ttm
Paulo só aceitava ofertas das igrejas depois de ir embora
insulto degradante (M t 26.67; At 23.2).
delas.
11.22 Esses "mestres" faziam três reivindicações que Parifc
11.9 Fiz pesado. Representa uma palavra metafórica e rara no
também podia fazer. Eram hebreus - judeus que m oravas
grego. Trata-se de um peixe que paralisa sua vítima antes de
na Palestina e falavam a língua aramaica ("hebraico* evr
devorá-la. Assim procediam os mestres falsos.
At 21.40). Israelitas - com a conotação de "eleitos de D e «
11.10 Acaia. A província no sul da Grécia onde Corinto se na aliança". Descendência de Abraão - com direito às bênçã«
situava. a ele prometidas (cf Gn 12.1 - 3 ).
11.12 Iguais a nós. Os mestres que perturbavam os coríntios 11.23 Fora de mim. Isto é, "louco", palavra mais forte <fm
queriam muito que Paulo aceitasse sustento dessa igreja, co­ "insensato". Prisões. Atos relata apenas uma prisão: a de ( * -
locando-se assim em pé de igualdade com eles. p o s(A t1 6 ).
1643 2 CORINTIOS 12.8
fora de mim.) Eu ainda mais: em trabalhos, 11.23 (At 16.23 pQj. uma ja u e ia
da muralha abaixo, e assim me
muito mais; muito mais em prisões1; em ii.2 4 u D t2 5 .3 livrei das suas m ãos/
açoites, sem medida; em perigos de morte, 11.25 vAt 16.22
muitas vezes. wAt 14.19 As visões e revelações do Senhor
24 Cinco vezes recebi dos judeus uma 1 Se é necessário que me glorie, ainda
11.26 «At 9.23
quarentena de açoites menos um u; M t 14.5 JL Ád que não convém, passarei às visões e
25 fui três vezes fustigado com varasv; revelações do Senhor.
11.27
uma vez, apedrejado"; em naufrágio, três ve­ «At 20.31; 2 Conheço um homem em Cristo que, há
zes; uma noite e um dia passei na voragem 1Co 4.11; catorze anos, foi arrebatado até ao terceiro
do mar; 2Co 6.5
céu (se no corpo ou fora do corpo, não sei,
26 em jornadas, muitas vezes; em perigos 11.28 °At2Q.18 Deus o sabe) 9
de rios, em perigos de salteadores, em perigos 11.29 3 e sei que o tal homem (se no corpo ou
entre patrícios*, em perigos entre gentios/, *1Co8.13 fora do corpo, não sei, Deus 0 sabe)
em perigos na cidade, em perigos no deserto, 4 foi arrebatado ao paraíso e ouviu pala­
11.30
em perigos no mar, em perigos entre falsos c2Co 12.5
vras inefáveis, as quais não é lícito ao homem
irmãos;
11.31 °Rm 1.9; referir.6
27 em trabalhos e fadigas, em vigílias, 2Co 1.23;
5 De tal còisa me gloriarei; não, porém, de
muitas vezes; em fome e sede, em jejuns, 1Ts 2.5
mim mesmo, salvo nas minhas fraquezas.1
muitas vezes; em frio e nudez.* 11.32
6 Pois, se eu vier a gloriar-me, não serei
28 Além das coisas exteriores, há o que ®At 9.24-25
pesa sobre mim diariamente, a preocupação 11.33 '(32-33) néscio, porque direi a verdade; mas abs­
com todas as igrejas.0 tenho-me para que ninguém se preocupe
At 9.23-25
29 Quem enfraquece, que também eu não comigo mais do que em mim vê ou de mim
12.2 gAt 14.6; ouve./
enfraqueça? Quem se escandaliza, que eu não 2Co 5.17;
me inflame?6 GI1.22
O espinho na carne
30 Se tenho de gloriai-me, glóriar-me-ei 12.4 6Lc 23.43
no que diz respeito à minha fraqueza.0 7 E, para que não me ensoberbecesse com
12.5 '2Co 11.30 a grandeza das revelações, foi-me posto um
3 1 0 Deus e Pai do Senhor Jesus, que é
etemamente bendito, sabe que não minto.6 12.6 ;2Co 10.8 espinho na carne, mensageiro de Satanás,
32 Em Damasco, o governador preposto 12.7 *|ó 2.7; para me esbofetear, a fim de que não me
do rei Aretas montou guarda na cidade dos Lc 13.16 exalte/
damascenos, para me prender;0 12.8 8 Por causa disto, três vezes pedi ao Se­
33 mas, num grande cesto, me desceram 'Dt 3.23-27 nhor que o afastasse de mim.(

11.24 Quarentena. Trata-se de um castigo judeu que às ve­ Deus está (D t 10.14). Paulo não descreve a visão, nem aquilo
zes matava. C f Mt 10.17. que lhe foi revelado. Fica certo que ele foi profundamente
11.25 Varas. Era um castigo romano. Ainda que fosse ilícito encorajado a aceitar tranquilamente os sofrimentos que daí
para um cidadão romano, Paulo sofreu tal castigo em diante teria de enfrentar (cf Fp 1 .2 0 -2 3 ).
(At 16.22ss).
12.4 Paraíso. Palavra persa que significa "jardim cercado de
11.26 Na cidade. Os tumultos sempre ameaçavam o após­ muros", que muitas vezes pertencia a um rei ou a um fidalgo.
tolo como Atos relata; Icônio (1 4.5), Listra (14.19), Filipos
(1 6 .22 ), Tessalônica, (1 7.5), Éfeso (1 9.26ss). 12.7 Revelações. Paulo também foi convertido por meio de
11.28 Preocupação. O amor às igrejas muitas vezes levou uma revelação de Cristo (At 9; C l 1.12,16). Cspinho na carne.
Paulo à beira do desespero e à oração agonizante (Cl 2.1). As muitas especulações indicam a impossibilidade de se che­
Paulo que exorta aos crentes para não se preocuparem, preo­ gar a uma conclusão definida. Entre as idéias de sofrimento
cupou-se demais com seus filhos na fé (At 20.1 9ss). físico ou doença, salienta-se: malária (G I4 .1 3 s), problema
com os olhos (G I4 .1 5 ), epilepsia, frequente e forte dor de
12.1 Wsões e revelações. Sem dúvida, os oponentes de Paulo
cabeça, etc. Outros pensam que era tentação, tomando men­
alegaram revelações divinas para apoiar suas pretensões más.
sageiro de Satanás como "anjo" ou "dem ônio". Lutero pen­
Paulo (um homem em Cristo) sem querer, conta uma expe­
sava que eram as constantes perseguições, especialmente dos
riência de êxtase em que ouviu palavras inefáveis. Esta ma­
judeus que Paulo tanto amava (Rm 9 .3). No AT "espinhos" se
neira de falar indica que Paulo não acha que tenha recebido
referiam a inimigos (Nm 33.55; Js 23.13).
a visão por seu mérito.
12.2 Há catorze anos. Provavelmente quando Paulo estava 12.8 Pedi. Como |esus no jardim de Getsémani, Paulo insis­
em Tarso, logo antes da primeira viagem missionária (At 9.30; tentemente pediu três vezes que Deus 0 livrasse do espinho.
11.25). Terceiro céu. Ainda que alguns judeus cressem em sete Em vez de livrá-lo, Deus cobriu o sofrimento com Sua graça.
céus. Paulo aqui se refere ao Paraíso (4 ), 0 céu mais alto, onde É assim que Deus transforma dores e sofrimento em bênçãos.
2 CORINTIOS 12.9 1644
9 Então, ele me disse: A minha graça te 12.9 18 Roguei a Tito e enviei com ele outro
™2Co 11.30;
basta, porque o poder se aperfeiçoa na fra­ 1Pe4.14 irmão; porventura, Tito vos explorou? Acaso,
queza. De boa vontade, pois, mais me gloria­ não temos andado no mesmo espírito? Não
12.10 "Rm 5.3;
rei nas fraquezas, para que sobre mim repouse 2Co 7.4 seguimos nas mesmas pisadas?1'
o poder de Cristo.m 12.11 «ICO 3.7;
10 Pelo que sinto prazer nas fraquezas, 2Co 11.1,5, Paulo apela para o ju iz de todos
nas injúrias, nas necessidades, nas persegui­ 16-17; Ef 3.8 19 Há muito, pensais que nos estamos
ções, nas angústias, por amor de Cristo. Por­ 12.12 desculpando convosco. Falamos em Cristo
que, quando sou fraco, então, é que sou pRm 15.18-19; perante Deus, e tudo, 6 amados, para vossa
ICo 9.2;
forte.” 2Co 4.2 edificação.w
12.13 20 Temo, pois, que, indo ter convosco,
As credenciais de um apóstolo 4lCo1.7; não vos encontre na forma em que vos quero,
11 Tenho-me tomado insensato; a isto me 2Co 11.7,9
e que também vós me acheis diferente do que
constrangestes. Eu devia ter sido louvado por 12.14 esperáveis, e que haja entre vós contendas,
vós; porquanto em nada fui inferior a esses 'At 20.33;
ICO 4.14-15; invejas, iras, porfias, detrações, intrigas, or­
tais apóstolos, ainda que nada sou.0 2C0 13.1 gulho e tumultos.'1
12 Pois as credenciais do apostolado fo­
12.15 21 Receio que, indo outra vez, o meu
ram apresentadas no meio de vós, com toda a rfo 10.11; Deus me humilhe no meio de vós, e eu venha
persistência, por sinais, prodígios e poderes 2Co 1.6;
Cl 1.24;
a chorar por muitos que, outrora, pecaram e
miraculosos, p
2Tm2.10 não se arrependeram da impureza, prostitui­
13 Porque, em que tendes vós sido inferio­
12.16 ção e lascívia que cometeram, y
res às demais igrejas, senão neste fato de não
(2Co 11.9
vos ter sido pesado? Perdoai-me esta in­ Paulo promete investigar e castigar
12.17 u2Co 7.2
justiça. 9
12.18 ^ Co 8.6 1 O Èsta é a terceira vez que vou ter con-
Paulo deseja visitá-los JlJ vosco. Por boca de duas ou três teste­
12.19 »Rm 9.1;
ICo 10.33; munhas7, toda questão será decidida.
14 Eis que, pela terceira vez, estou pronto
2C0 5.12 2 Já o disse anteriormente e tomo a dizer,
a ir ter convosco e não vos serei pesado; pois
não vou atrás dos vossos bens, mas procuro a 12.20 como fiz quando estive presente pela segunda
«ICo 4.21; vez; mas, agora, estando ausente, o digo aos
vós outros. Não devem os filhos entesourar 2Co 10.2
para os pais, mas os pais, para os filhos/ que, outrora, pecaram e a todos os mais que,
12.21 y lC o S .I;
15 Eu de boa vontade me gastarei e ainda 2Co 2.1,4
se outra vez for, não os pouparei,0
me deixarei gastar em prol da vossa alma. Se 3 posto que buscais prova de que, em
13.1 «Dt 17.6;
mais vos amo, serei menos amado?5 19.15 mim, Cristo fala, o qual não é fraco para con­
16 Pois seja assim, eu não vos fui pesado; 13.2 «2Co 1.23
vosco; antes, é poderoso em vós.b
porém, sendo astuto, vos prendi com do lo / 4 Porque, de fato, foi crucificado em fra­
13.3 6 Mt 10.20;
17 Porventura, vos explorei por intermé­ ICo 5.4; queza; contudo, vive pelo poder de Deus. Por­
dio de algum daqueles que vos enviei?0 2Co2.10 que nós também somos fracos nele, mas

12.9 É a graça suficiente que pode agir no meio das fraque­ a igreja em Corinto foi Paulo inferior aos seus detratores
zas. Traz consigo alegria e poder. Repouse (gr episkênõsê). (cf v 11).
"fazer seu tabernáculo", assim como a glória shekinoh pou­ 12.17 Vos explorei. Paulo se refere à acusação de que ele não
sou no templo (cf jo 1.14; Ap 7.15). • N. Hom . Benefícios pediu dinheiro mas recebeu uma parte daquilo que seus
do espinho na carne: 1) Graça suficiente. 2 ) Poder aperfei­ agentes coletaram.
çoado. 3) Fraqueza substituída pelo poder de Cristo. 4 ) Or­
12.21 Deus me humilhe. A maior humilhação do pai é o
gulho substituído por humildade (7 ).
erro do filho. Assim também os pecados e soberba dos corín-
tios refletiram-se sobre Paulo, humilhando-o. Impureza. Pa­
12.10 O prazer que Paulo sentia nas experiências angustian­
rece que os falsos mestres apoiavam a imoralidade
tes veio diretamente da certeza que todas elas contribuiriam
(c fA p 2.14,20).
para o bem (Rm 8.28). Sou froco.. . )o 15.5b. Sou fo rte.. .
Fp 4 ,13. 13.4 Fraqueza. Não se explica a crucificação do Filho de Deus
senão pela fraqueza por Ele assumida voluntariam ente
12.12 Credendais. Neste v como em Rm 15.19, um dos sinais (Fp 2 .8; 1 Pe 3.18). O poder em que Cristo agora vive e a
do verdadeiro apóstolo é a operação de milagres. onipotência de Deus que se manifestou na ressurreição
(Rm 1.4; 6 .4). Seus discípulos também são fracos à vista do
12.13 Nem em sua pessoa nem em seu trabalho de fundar mundo, mas poderosos em Cristo (Fp 4 .13).
1645 2 CORINTIOS 13.13
viveremos, com ele, para vós outros pelo po­ 13.4 cRm 6.4; ausente, para que, estando presente, não ve­
2Co 10.3-1
der de Deus.5 nha a usar de rigor segundo a autoridade que
5 Examinai-vos a vós mesmos se real­ 13.5 4Rm 8.10; o Senhor me conferiu para edificação e não
1Co 9.27
mente estais na fé; provai-vos a vós mesmos. para destruir. 9
Ou não reconheceis que Jesus Cristo está em 13.7 «2Co 6.9
vós? Se não é que já estais reprovados.d 13.9HCo4.10;
Saudações
6 Mas espero reconheçais que não somos 2Co 11.30;
ITs 3.10
reprovados. 11 Quanto ao mais, irmãos, adeus! Aper­
7 Estamos orando a Deus para que não 913.10 1Co 4.21;
feiçoai-vos, consolai-vos, sede do mesmo pa­
façais mal algum, não para que, simples­ 2Co 2.3 recer, vivei em paz; e o Deus de amor e de paz
mente, pareçamos aprovados, mas para que 13.11 estará convosco.h
façais o bem, embora sejamos tidos como re­ 6Rm 12.16; 12 Saudai-vos uns aos outros com ósculo
provados.5 ICo 1.10 santo. Todos os santos vos saúdam.'
8 Porque nada podemos contra a verdade, 13.12
senão em favor da própria verdade. >'Rm 16.16;
ICo 16.20; A bênção
9 Porque nos regozijamos quando nós es­ ITs 5.26;
tamos fracos e vós, fortes; e isto é o que 1Pe 5.14 13 A graça do Senhor Jesus Cristo, e o
pedimos: o vosso aperfeiçoamento/ 13.13
amor de Deus, e a comunhão do Espírito
10 Portanto, escrevo estas coisas, estando /Rm 16.24 Santo sejam com todos vós./

13.5 Examinai-vos (gr peirazS). Testar, tentar; cf TS 1.12. Es­ contra Aquele que é a Verdade.
tais na fé. Fala do essencial do evangelho, o credo objetivo
13.9 Vós, fortes. Isto é, em graça e dons concedidos por
sem o qual não há salvação. Aquele que realmente está na fé
Deus. Aperfeiçoamento (cf Ef 4 .12 ). Aponta para a preparação
tem o Espírito e produz Seu fruto (C l 5 .22; Mt 7.16). Provai-
total para enfrentar toda necessidade e emergência. Este pre­
vos (gr dokimazõ). Trata-se de testar a autenticidade de uma
paro se adquire apenas por treinamento e experiência
moeda. Quando ela cai no mármore, indica se é composta de
(cf 2 Tm 2.15).
prata ou de chumbo. No julgamento final, Deus testará a fé e
se for genuína, salvará aquele que a tem. 13.13 A bênção apostólica aponta para a trindade. A graça
13.8 Nada podemos contra a verdade. O princípio geral, aqui de Cristo nos revela o amor de Deus (cf v i l ) que, por sua
reconhecido, é que a luta contra a verdade, seja científica, vez, nos dá a filiação por meio do Espírito Santo que produz
histórica ou em qualquer campo não deixa de ser uma luta comunhão fraternal entre os filhos de Deus.

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