Painel de Comando Da Locomotiva G8

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Painel de comando da locomotiva G8 4062

8 9 10 11 12 13

2
3
4 1
6

1 Chave faca da bateria


2 Fusível da partida 400A
3 Fusível do gerador auxiliar 150A
4 Fusível do campo da bateria 80A
5 Fusível do gerador auxiliar 30A
6 Teste do fusível
7 Relé de terra
8 Luzes externas
9 Luzes internas
10 Instrumentos
11 Farol
12 Comando
13 Bomba de Combustível
1 2 3 4 5 6 7

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

1 Falta de energia
2 Relé de terra
3 Motor quente
4 Deslizamentos de rodas
5 Chave de pc aberta
6 Excesso de freio dinamico
7 Baixa pressão de óleo

1 Relé de terra
2 Areeiro automático
3 Luz da capota
4 Luzes classif. trazeiro
5 Luzes classif. dianteiro
6 Luz dos números trazeiros
7 Luz dos números dianteiros
8 Fraco trazeiro
9 Fraco dianteiro
10 Luz de terra
11 Campo gerador
12 Comando da bomba de combustível
13 Motor trabalhando

EQUIPAMENTO DE FREIO 6-SL


No início da segunda década do século XX, foi criado um novo equipamento: o 6-ET e, em seguida, o 6-SL. A composição
desse equipamento era a seguinte:

 um manipulador para controlar o freio automático;

 um manipulador para o freio independente;

 uma válvula distribuidora, que era composta pelos seguintes elementos:

 uma válvula tríplice (parte equilibrante);

 uma válvula relé (parte equilibrante);

 uma câmara representando o volume do cilindro de freio (câmara de aplicação);

 uma válvula de segurança.

Em 1960 esse equipamento foi complementado e batizado como Equipamento de Freio 26-L. Ele tinha as seguintes
atribuições em relação ao equipamento 6-SL:

 mais compacto;

 de manutenção mais simples;

 automantenedor de pressão;

 auto-recobridor.

Nota: no Brasil ainda funcionam muitas locomotivas utilizando esse equipamento e suas variações.

O equipamento de freio 6-SL foi criado para adequar os dispositivos normais e, dessa forma, possibilitar sua utilização
em locomotivas a diesel, elétricas de manobra e de linha.

A base do manipulador é um corpo que se divide da seguinte maneira:

 manipulador de freio automático H6;

 manipulador de freio independente SA-6;

 válvula interruptora do encanamento geral;

 válvula de alimentação D-24 ou F-6-F.


A instalação básica do 6-SL foi desenhada para proporcionar uma operação de freio automática para apenas uma
cabine de locomotiva simples, com um comando ou comando duplo.

Os manipuladores independentes e do tipo auto-recobridor proporcionam um controle fácil e instantâneo dos freios
da locomotiva. Apenas um movimento do punho do manipulador regula os freios na pressão almejada.

Esse sistema permite a inclusão do controle para tração múltipla, que possibilita o comando de duas locomotivas de
uma cabine, desde que a válvula Relayir H-6B trabalhe conjuntamente com a válvula distribuidora 6-KR.

A válvula Relayir cumpre as funções de transferência e interrupção (para garantir a manutenção de uma aplicação do
freio sobre todas as unidades no caso de ruptura das mangueiras entre locomotivas).

Com a adição da válvula distribuidora 6-KR é possível tornar um sistema de entrelace dinâmico, garantindo que o freio
automático não seja aplicado no mesmo momento que o freio dinâmico. Dessa forma não há perigo de covas nas
rodas.

IMPORTANTE: para que seja possível o funcionamento em tração múltipla, deve ser adicionada a válvula
Realayir H-6-A.

O controle de segurança e o controle de sobrevelocidade podem ser obtidos usando-se dispositivos adequados.

COMPONENTES

A seguir estão os componentes básicos desse tipo de equipamento de freio.

Compressor

Leva o ar comprimido ao sistema de freio (e auxiliares).

Governador do compressor

Regula automaticamente o funcionamento dos compressores entre limites predeterminados.


 Dois reservatórios principais: servem para resfriar e armazenar o ar comprimido usado no recarregamento do
sistema de freio;

 Esfriador: serve para assegurar o esfriamento eficiente do ar armazenado e fica localizado no cano entre os
dois reservatórios principais;

 Duas válvulas automáticas de dreno: servem para descarregar a condensação do esfriado. Uma fica localizada
no primeiro reservatório principal e outra no cano entre o esfriador e o segundo reservatório principal;

 Duas válvulas de segurança E-7C: protegem os reservatórios principais contra pressão excessiva;

 Pedestal: localizado na cabine;

 Manipulador de freio automático: para controlar a operação dos freios da locomotiva e do trem;

 Válvula de alimentação: mantém a pressão de ar predeterminada no sistema dos freios;

 Torneira de duas posições: por ela o manipulador de freio automático da segunda locomotiva é desligado (se
estiver em tração múltipla);

 Manipulador de freio independente: controla o freio independente da locomotiva;

 Reservatório equilibrante: amplia o volume do espaço acima do êmbolo equilibrante (câmara D) do


manipulador automático, de maneira que as reduções de pressão no encanamento geral sejam efetuadas
durante as aplicações de serviço dos freios;

 Válvula distribuidora: controla automaticamente o fluxo de ar dos reservatórios para o cilindro de freio da
locomotiva durante as aplicações dos freios e dos cilindros de freio para a atmosfera quando se realiza o alívio
dos freios. Também mantém automaticamente a pressão nos cilindros de freio, compensando vazamentos e
sustentando a pressão constante quando se almeja manter os freios aplicados;

 Dois manômetros duplos de ar: um deles deve indicar as pressões dos reservatórios equilibrante e principal,
enquanto o outro aponta as pressões do encanamento geral e do cilindro de freio da locomotiva;

 Cilindro de Freio UAH com hastes ligadas às sapatas de freio pela ferragem;

 Válvula de emergência de 1 ¼: permite aplicar os freios caso seja necessário (localizada no encanamento
geral);

 Coletor centrífugo de pó: deve trabalhar em conjunto com uma torneira para proteger a válvula distribuidora
e tem a finalidade de impedir que a ferrugem do encanamento, cinzas ou quaisquer outras matérias estranhas
penetrem na válvula distribuidora. A torneira serve para isolar a válvula distribuidora do sistema, quando for
necessário removê-la para manutenção;

 Filtro de ar tipo H: tem a finalidade de impedir a entrada de pó no sistema. Localiza-se no cano do reservatório
principal. Uma torneira no fundo do filtro possibilita a drenagem de todos os resíduos;

 Dispositivo de locomotiva morta: permite que os freios de uma locomotiva “morta”, que esteja sendo
rebocada pelo encanamento geral, possam funcionar como os de qualquer vagão em um trem.
É composto pelos seguintes elementos:

 filtro;

 válvula de retenção;

 torneira.

 Válvula de descarga KM: garante a propagação da ação rápida ao longo do trem quando o encanamento geral
é descarregado para realizar uma aplicação de emergência.

Manipulador de freio automático

Existem vários tipos de manipuladores que podem ser utilizados no equipamento de freio 6-SL. O modelo H-6 é o mais
utilizado, mas também existem montagens com outros manipuladores, como:

 KH-6;

 KH-6B;

 LH-6B etc.

O manipulador de freio automático H-6 controla a operação dos freios da locomotiva e do trem. Ele é composto pelos
seguintes elementos:

 punho;

 haste do punho;

 mola de fixação da válvula rotativa;


 válvula rotativa;

 câmara D;

 pistão equilibrante;

 válvula de deslocamento do pistão equilibrante.

Pistão equilibrante

Há três tipos de pistão equilibrante:

 Pistão sólido: durante o carregamento, permite que haja uma sobrecarga na câmara D e no reservatório
equilibrante;

 Pistão telescópio;

 Pistão By pass de dupla passagem e válvula de desvio.


Posições do manipulador de freio automático H-6

São seis as posições assumidas pelo manipulador de freio automático H-6:

 soltura ou alívio;

 marcha;

 manter;

 recobrimento;

 serviço;

 emergência.

Soltura

Esta posição pode provocar uma sobrecarga no encanamento geral, proporcionando agarramento dos freios da
composição após as aplicações, por isso deve ser isolada por meio de uma trava colocada no punho do manipulador.

Marcha
Esta posição propicia o carregamento (ou recarregamento) do sistema de freio da locomotiva e do trem, gerando o
alívio dos freios.

A passagem direta é aberta na válvula rotativa, para alimentação do encanamento geral com a maior velocidade
consentida pela capacidade de instalação.

A pressão não pode ser superior àquela para o qual a válvula de alimentação foi regulada. O reservatório equilibrante
é carregado paralelamente com o encanamento geral, mantendo igual pressão de ambos os lados do êmbolo
equilibrante. O cano da válvula distribuidora fica em comunicação com a atmosfera.

Manter

Como o próprio nome indica, esta posição serve para manter o freio da locomotiva aplicado enquanto se alivia o freio
da composição. Os reservatórios auxiliares serão carregados à pressão da válvula de alimentação.

Se o uso dessa posição não for desejado, é possível remover o bujão da base da válvula rotativa, tornando o
funcionamento na posição manter igual ao da posição marcha.

Esse bujão é chamado bujão A e fica localizado na passagem entre a abertura 19 e o cano de alívio da válvula
distribuidora.

Recobrimento

Esta posição é usada se houver necessidade de conservar os freios aplicados após uma aplicação de serviço até que se
queira realizar uma redução adicional da pressão no encanamento geral ao aliviar os freios.

NOTA: todas as aberturas estarão cobertas.

Serviço

Esta posição propicia uma aplicação automática dos freios da locomotiva e da composição.

Emergência

Esta posição é usada quando se almeja uma aplicação dos freios imediata e intensa. Deve-se abrir a passagem direta
entre o encanamento geral e a atmosfera para provocar uma forte descarga de ar do encanamento geral, forçando as
válvulas a se deslocarem para a posição de emergência, gerando o máximo de esforço de frenagem em um curto
espaço de tempo.
ATENÇÃO: nesta posição os cilindros de freio devem ser mantidos para evitar vazamentos.

Válvula de alimentação

A válvula de alimentação D-24-B é utilizada normalmente nos equipamentos 6-SL, mas outras válvulas também podem
ser utilizadas, como:

 B-6;

 M-3;

 F-6-F etc.

Por meio dessa válvula é possível alcançar a regulagem da pressão do ar que vem do reservatório principal para
alimentação do encanamento geral do trem.

OBSERVAÇÃO: A regulagem utilizada no encanamento geral normalmente é de 90 psi.

A regulagem é composta pelos seguintes elementos:

 punho de ajustamento da pressão para a regulagem da mola;

 diafragma tipo fole para que a válvula reguladora de disco permita que o ar circule a pressão requisitada para
a parte de suprimento, controlando assim a pressão de ar fornecido pela válvula de alimentação.

Reservatório equilibrante

O reservatório equilibrante fica ligado ao suporte de encanamento do manipulador e em comunicação com a câmara
acima do êmbolo equilibrante.

A finalidade do volume adicional acima do êmbolo equilibrante é garantir uma redução gradual da pressão no
encanamento geral e uma suspensão gradual dessa redução, qualquer que seja a dimensão do trem.

Válvula distribuidora
Consiste em um mecanismo automático que atua os freios da locomotiva conforme os movimentos dos punhos dos
manipuladores dos freios independente e automático.
A válvula distribuidora possui cinco ligações de encanamento, efetuadas pela extremidade do reservatório duplo. A
disposição dessas ligações é a seguinte: três à esquerda e duas à direita.
Ligações à esquerda:

 superior (MR): suprimento do reservatório principal;

 intermediária (2): ligação do cano do cilindro de aplicação que conduz os manipuladores dos freios
independente e automático;

 inferior (4): ligação do cano de alívio da válvula distribuidora que conduz o manipulador de freio
automático, por meio do manipulador de freio independente. Para isso o punho do manipulador
independente deve ficar na posição de marcha.

Ligações à direita:

 inferior (BP): ligação do cano ramal do encanamento geral;

 superior (BC): ligação do cano ramal do cilindro de freio da locomotiva.

A válvula distribuidora divide-se em duas partes principais:

 parte equilibrante;

 parte de aplicação.

Componentes da parte equilibrante


 Pistão equilibrante com anel de seguimento. Tem 3 1/2” de diâmetro e pode ser autolubrificador por
copiladidade;

 Válvula graduadora com mola;

 Válvula de gaveta com mola;

 Haste de graduação;

 Mola da haste de graduação;

 Válvula de segurança;

 Ranhura de alimentação.

Veja a finalidade de dois elementos que compõem a parte equilibrante: a haste de graduação e a válvula de segurança.

Haste de graduação

Propicia estabilidade de serviço durante as aplicações de serviço. A mola da haste de graduação é comprimida, com 3
psi de pressão durante uma aplicação de emergência.
Válvula de segurança
Limita uma pressão máxima no cilindro de freio numa aplicação de emergência. Essa válvula é regulada para abrir com
68 psi, evitando uma sobrecarga na câmara de pressão durante as aplicações de emergência pelo manipulador
automático, o que poderia provocar o agarramento dos freios da locomotiva.

Componentes da parte de aplicação:

 Pistão de aplicação, com anel de segmento de 4” de diâmetro, que pode ser autolubrificador por capilaridade;

 Válvula de retenção de aplicação cilíndrica com mola, anel de segmento e sede da válvula piloto;

 Válvula de gaveta de descarga com mola;

 Válvula piloto de aplicação, com mola e guia;

 Câmara K – seu suporte se divide da seguinte forma:

o câmara de aplicação (volume de 400 pol³);

o câmara de pressão (volume de 1000 pol³).


A câmara de aplicação está normalmente ligada à parte de aplicação da válvula distribuidora de forma a aumentar o
volume do cilindro de freio.
NOTA: a relação entre elas é de 2,5 (a câmara de pressão é duas vezes e meia maior que a câmara de aplicação).

Imagine uma instalação de freio miniatura, em que a parte equilibrante simboliza a parte de serviço, e a câmara de
pressão, o reservatório auxiliar. A parte de aplicação tem sempre em sua câmara uma pressão igual à pressão dos
cilindros de freio.

IMPORTANTE: a parte equilibrante e a câmara de pressão são utilizadas somente nas aplicações automáticas.
Uma queda no encanamento geral levará a válvula de gaveta a pôr em comunicação a câmara de pressão com a câmara
de aplicação, possibilitando o fluxo de ar de uma para a outra. Como o ar admitido nos cilindros de freio procede
diretamente dos reservatórios principais, o suprimento é praticamente ilimitado.

Manipulador independente SA-6


A finalidade do manipulador independente é dominar as aplicações do freio da locomotiva e aliviar uma aplicação de
freio automática. Esse equipamento trabalha em conjunto com a válvula distribuidora.
O manipulador independente SA-6 possui duas posições:

 alívio ou marcha: posição utilizada para aliviar o freio independente da locomotiva;

 zona de aplicação: posição que oferece uma aplicação do freio da locomotiva, em que a intensidade da
aplicação é determinada pela extensão do movimento do punho da zona de aplicação.

Por meio do manipulador independente é possível realizar aplicações e alívio graduados. Esse equipamento possui um
dispositivo auto-recobridor, e se o punho for deixado em qualquer ponto da zona de aplicação, ocorre o recobrimento
automático.
Pressionando o punho do manipulador independente na posição de alívio ou marcha, alivia-se o freio da locomotiva
após uma aplicação de freio automática.

Instalação 6-SL adaptada para o funcionamento em tração múltipla

Instalação básica 6-SL que conta com os seguintes elementos:

 torneira de isolamento do encanamento geral em três posições;

 válvula Relayair H-6-B;


 válvula de retenção com orifício de 5/16” no tubo do reservatório principal.

Válvula Relayair H-6-B

É usada caso a locomotiva não possua freio dinâmico. Possui um suporte para encanamentos onde estão montadas
duas partes distintas:

 as válvulas de transferência: têm a finalidade de transferir as aplicações e o alívio dos freios da locomotiva
comandante para as locomotivas comandadas, quando em tração múltipla. Sua mola é comprimida com 25
psi de pressão;

 válvula interruptora: possui a finalidade de interromper a ligação de encanamento do cilindro de freio com o
encanamento equilibrante dos cilindros de freio se houver ruptura de mangueiras, por fracionamento, entre
duas locomotivas ou mais em tração múltipla, mantendo assim os freios das locomotivas aplicados. Tem duas
molas próprias para pressão de funcionamento de 50 psi.

NOTA: há uma terceira face de montagem que fica coberta apenas com uma tampa cega.

Torneira de três posições

Controla a ligação normal entre o encanamento geral e o manipulador, bem como a ligação do reservatório principal
à câmara do diafragma da válvula de transferência. Suas posições são:

 comandante;
 comandada;
 morta.

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