Entrevista Familiar Estruturada PDF
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TEREZlNHA FERES-CARNEIRO
PomljIc!i1 Universidade Católico do Rio de Janeiro
Tema.~ml's;colog;a(J997j. n03
Familiar (K wialkowska.1967). a um grupo dc vinte famílias que procuraram o
Serviço de Psicologia Apli cada do Departamento de Psicologia da PUClRio.
ao longodoano de 1978. A proposta inicial dessecstudocra a validação da EFE
através da comparação dos resu Itados obtidos no mesmo grupo de famílias com
os dois métodos de avaliação familiar, Questões metodológicas relacionadas
sobretudo com os critérios de avaliação (as próprias pesquisadoras realizaram
as entrevistas e avaliaram o material) e em mudanças no perfil sociocultural da
população atend ida no Serviço de I'sicologia Aplicada da PUCfRio. transfor-
maram o objetivo inicial desse traba lho - validaç~o da EFE - em um estudo-
piloto de uma pesquisa de validação a ser realizadH posleriormenle. Este
estudo-piloto permitiu que importantes modificações fossem introduzidas na
EFE (Féres-Carneiro. 1979)
TemaremP,icologia(J997}.n· J
seja, como 11 família alua como grupo. rodemos observar. a panir da dinâmica
estabelecida. de que malleird se processa 11 comunicação na fam ilia. cumu c~da
mcmbro assume seu papel familiar, como são as regras familiares sobre
semc1hançase diferellças. comoa família lida com oeonflilO quando este surge,
se surgem e como surgem as lideranças e em que medida a integração grupal é
capazde levaro grupo familiara serprodulivo e chegar a conclusões conjuntas,
respeitando a individualização dc cada membro
Tarefa 2: "Quando você e.uáfa::endo uma coisa qualquer. mas fica difícil
laminar essa lurefa ~'uzinlw, o que você fá::}'
Essa tarefa pretende avaliar em que medida os membros da família são
capazes de bllscar ajuda sem desmerecer sellS pr6prios recursos e. a partir dai,
fornecer dados sobre a auto-estima de eada membro. Indivíduos autodcsvalo-
rizados podem ter dificuldade em pedir ajuda e, quando o falem. podem niío
conseguir explicitar claramente seu pedido. que nem chega 11 ser entemlidu pelo
outro. Pode ocorrer também que indivíduos muito autovalorizados não peçam
ajuda por serem auto-suficientes. O importante. nessa tarefa. nào e investigar
apenas se os membros da família pedem ou não pedem ajuda, mas sobretudo
verificar em qu e postura o fazem - quando. como e a quem dirigcm seu pedido
de ajuda - c. sc não o fal.em. por quê
Além de especificamente obtermos dados sobre a auto-estima de cada
membro da família, através dessa proposta poderemos observar também, de
maneira geral. como são as regras familiares sobre auto-valorização. como os
membros da familia interagem para resolver os seus problemas, como são
desempenhados os papéis falniliares, SObrelUdo os papéis de pai e mãe.
r..",,, rmPr'colagia(1997}.,,· J
Tarefa 4: "Como e um dia de feriado nafamília?"
Um dosobjctivoscspedfieosdessatarefaé fazcr uma avaliação da rc1a -
ção conjugaL Caso não surja espontaneamente, nas respostas da fami lia,nada
de espt:cífico sobre o casul, o entrevistador pergunta explieitamente sobre as
atividades do mesmo, l'retende-se verifieareom essa tarefa se os rnemb rosdo
casal intcragem como marido e mulher, ou seja, se o subsistema conjugal está
presente na família, se nesse subsistema os membros do cas3l se individualizam
e se funcionam como modelo de uma relação homem-mulher gratificante,
Essa tarefa pcnnitc-nos também obter dados importantes sobre as regras
familiares relacionados ao la7.ereà tomada de decisõcs, sobreoman ejodas
semelhanças e diferenças, sobre a maneira como os membros da família se
agrupameseindividualizam,
ranra 5: "Jmagme que "ocê eItá em sua casa, dÍ!;cutindo com uma pesIOa
qualquer de sua família, e alguem bale à porIa. Quando você I'oi atender, a
pessoa com qllem você estavadiIculindulhe dei umempllrrão.Oque vocêfaz?"
Nessa situação, rodemos observar sc as regras tamiliarcs pcmlitem a
cxpressãodesclltimcntosagrcssi\loscscaa~ressãopodcscrli\lremcntccxpressa
em relação a ql.lalquer membro da ramília, E importante verificar se há espaços
na família para que seus membros possam vivenciar sentimentos de raiva, sem
aamcaçadadestruiçào,c possam usarsuaagrcssividadcdefomlacon struti va,
Alémdisso,cssa tarcfapossibilitaumaavaliaçãodcinteraçãoconjugalc
da interação do grupo familiar, atra\'és do rornecimento de dados importantes
relacionados ao mancjodasdi5eordânciasedoseonl1itos, eàsregrassohre
autoridade e poder familiar.
Tarefa 6: "Cada um d~ "O,:'Ó w,; e~'co/l1l!r 11"10 011 \'(írios p~ssoas dofomiliu,
pude ,I'" qualquer pe,u(Ja, e vai fa::er algu/1/(j cuisa para mostrar a essa pen'Ua
que KrJ,rlu dela, selll di:l!r nenhuma pa/m'ro "
Essa tarefa. na medida em que impede que a palavra seja utilizada,
pretende verificar principalmente se as regras familiares permitem o contato
fisico como manifestação da afeição_ F. imponante observar se ocorrem, ccomo
ocorrem, os contatos fisicos entre os membros do casal. entrcos paise os filhos,
c entrc os irmãos
Ao mesmo tempo em que essa tarefa possibilita uma avaliação sobre as
trocas afetivas elltre os membros da raruilia, romece também dados significa-
tivos sobre a comunicação não-verbal e sobre os processos de iodividu alizaçào
e integração no grupu f~miliar.
Ttmu •• mPsicologi(J(1997).,,· J
APUCAOUJDADE DA El'E COMO MÉTODO DE
DI AGNÓSTICO PS ICOLÓGICO
TemaumPsu,oJogia(1997) ...·;
O entrevistador deverá cnccrraroatcndimentodi7.cndoà família que, no
próxirnoencontro,elcsconversaràosobretudoqueaconteceunaqucla sessão
Ca tl'gorias tl c An liação
I. Comunicação - A comunicação entre os mcmbros da f.1mília é consi-
derada, por diferentes autores, como fator de grande importância na detenni-
nação da saúde emocional no grupo familiar.
A partird1.' Bateson, Jackson, Haley e Weakland (1956)1.' dc Watzlawick,
Beavin c Jackson (1967), definiremos comunicação como qualquer çomporta-
mento, verbal ou nllo-vcrbal, manifestado por uma ]>Cssoa - çmissor - em pre-
sçnça dc outra(s) - rcceptor(es). A cada unidade comunicacional çhamaremos
demensagcm
Ao mcsmo tempo em quc a comunicação transmite uma infonnaçllo, ela
dcfinca nlllurcza das relaçõcs entre os comunicantes e, segundo Bateso n,essas
duas operaçõcsconstituem, respectivamcnte, os nÍ\eis dc rclato cdeordcm
presentcs cm qualquer comunicação. O nivel de rcl~to tnmsmite o contcúdo da
comunicação (comunicllção propriamcrltedita)eo nivcl deordcm mostra
como essa çomunicação deve ser entendida (metaCOlllunicaçllo)
2. Regras - As regr1ls do Cuncionamcnto Camiliar, para Jackson e Riskin
(1963),Satir(1967),Minuçhin(1974)çváriosoutrosautorcsestãocstreita-
mentc relacionadas com o desenvolvimen to emocional sadio dos membros da
família
Todo grupo social possui normas que regulam o comportamento do grupo.
lbibaut e Kelley (1959) ddincm nonna como uma regrn comportamental aceita,
ao menos em algum grau, pela maior par1c dos membros do grupo.
Em relação ao grupo familiar, definiremos regras, segundo Jackson e
Riskin (1963), como os tipos de interação pennitidos entre os membros da
T~Ma.fn"Psic"'ogia(l997).,, · J
familia. devendo ser compartilhados por. pelo menos, dois membros. Uma
regras.eriaumindicadorestabeleçidOOllllmreguladorparaacondutadafamilia
Avali;,remos as regras familiaresdo ponto de vista de suaexplicitaçào,
coerência. nexibilidade e democracia.
3. Papéis. Paraalgunsautores.oquedt:tcrnünaounãoasaúdeemocionalna
familia c o desempenho no cumprimento das funções familiares essenciais, re13'
cionadas aos papéis de marido. mulher, pai. mãe. filho, filha. innão. innà. A familia é
facilitadoradc saúde emocional na medidacm queeada membro conhece c dcsem·
penha sei. papel especifico (Ackennan. 1958; f>ichon-Ri\'iere.1965, Minu-
chin.1974). Para Minllchin, mais importante ainda que a composição de
subsistemas familiares organizados em tomo dos papéis é a dareza dos limites de
tais subsistemas, ou seja, que cada subsistema - o conjugal, o parenta!. o fraterno
etc.- se diferencie do sistema mais amplo, embora sem rigidel'..
No grupo familiar. definiremos papel como as funçõcsde cada mcmbroa
partir das posiçõcsque ocupa nos subsistemas conjug31. parentaL fraterno e
filial. Os papéis familiares serão 3valiados segLIIldo sua presença o un~oesuas
possibilidadesdedcfinição.adequaçãoenexibilidadenosistemaf3miliar.
4. Liderança - Alguns autores enfatizam queo funcionamemo eficaz de
umil filmíliarequerquepaise filhos aceitem o fato de queo usodifeH:nciadoda
autoridade é necessário no sistema familiar (Lidz.. 1963; Satir.1972; Minuchin.
1974; Stachowiaek.l97S). Minuchin rcssalta que o ideal familiar é muitas
vezesdescritocomournademocracia.masqucscriaumequívococollsidcrar
que uma socicdadedemocrática é uma sociedade sem líderes, ou que uma fami-
liaé urna sociedade de iguais. Slachowiack, enfatizando a imponância dosurgi-
mcnto da liderança no gwpo familiar, postula que é ineficaz o funcionamento
da fami lia em que os pais assumem uma posição autocrática ou uma posição
inadcquadamenTe igualitãria. deixando o grupo familiar sem lidcr ança.
Dcfutircmos liderança, a partir de Cart\\Tigh c Zander (1972). como fenô-
meno resultante da interação estabelecida entre os membros de um grupo. em que
um dos participantes, o lider. innucncia os outros membros mais doqu eéinnucn-
ciado por eles, c tem as funçõcs de organizador e oriclllador da atividade gnlpal
A presença ou não da liderança e sua possibilidade de diferenciação.
assim como sua rOl1na autocrática ou democrática serão por nós avaliadas na
dinâmica das relações fami liares.
5. Connitos - Os conflitos na interação familiar sAo vistos por Ackennan
(1976) como benignos ou malignos, na medida em que estimulem o crescimento
oupredisponhamaodesequilíbrioemodollal. Paraele,afamiliadcveprQver
vias de solução para oconflito,SClldocapaz de cnnter os efeitos dcstrutivosdo
Tt m(;U~mP.lc ologia(l997). n · 3
mesmo. Para Stachowiaek (1975). o mais importante não é a quantidade de
conflito existente no grupo familiar. maso fato de que. nas famílias com funcio-
namento adequado, as diferenças e os eonflitos podem ser expressos. e os
membros da família possuem recursos para lidar ce>m eles
Analismemos os conflitos segundo suas possibilidades de expressão,
\'alorizaç~o positiva e busca de soluçãon3 dinâmi~adasrelaçOes familiares.
r~"'<1S.",PJkolog;a(1997).n ·3
mesmos c valorizam o crcscimcnlo, a, novas aquisições e as realiza çõesdos
filhos. pennitindo assim que tambem eles se autovalorizem positivamente, ou
seja, tenham alta auto-esTima.
lI. InTeração familiar faeilitadora de saúde emocional - Essa categoria
de avaliação engloba todas as outras foca1izada.~ anteriornlente c que se
constituem em dinamismos básicus d", interação da t:1mília, responsáveis pela
promoçno do desenvolvimento emocional sadio de seus membros
Definiremos, portanto, interação familiar faeilitadora de saúde emocio-
nai como aquela em que a comunicação entre os membros da família é
cungruente,elara, com direcionalidade e carga elllocional adequad as:asregras
são cxplícítas, eocrentcs, ne:.;ívcise democráticas: os papéis familiares sil.u
definidos. diferenciados e nexiveis: a liderança está presente, se ndodifcrcncia-
da e dem ocrática; os connitos podem ser expressos, sem desvalorização e ,-,om
busea de solução; a agrcssividadc [XXIesermanifestadadefonnacunstru tivae
sem diserilllinação em suauirecionalidade:aafeição fisica está p resente.sendo
aceita pelos membros da família e possuindo carga emocional adequada: a
interaçiioconjllgf,lé,aomcsmoTempo.diferenciadaeindividualizada, sendo
capaz de gratificar a ambos os membros do casaL a individualização se faz
presente, através da preservação das identidades de cada um , ao mesmo tempo
em que a identidade gmpal promove a integraçãu da família permitindo assim a
fonnaçãoe a expliciTação de scntirncl1Ios de altaauto-estimaem seus membros
~, O pólo esoo1hido. 'e""" em ... , • • ma"" foelli"","e de defi";~Jo. foi o," oql><le ,ol""i"".oo com • ;nle..
~loofaclh'adora,"'."lu<ltrdoe "",O<locorn. m'traçkld,r,c"lI"do... de'aódee"""'lOnal""rllnll,.
"""lJemPsicoiogia(1'J97).,," ]
I. Comunicação
Congruente :_ :_ :_:_ :_ :_:_ : Incongru ente
Confusa Clara
Semdirecionalidade Comdirecionalidade
adequada "_:_ :_ :_:_ :_ : adequada
Comcargacmocional Sem carga emocional
adequada adequada
- -- - - - -
" " " " " " " "
2" Regras
Explicitas Implícitas
Coerentes Incoerentes
Rígidas Flexíveis
Democráticas N~n-democrática~
3" Papéis
Indefinidos Definidos
Diferenciados Indiferenciados
RIgido,
"
- - - - - -"-- -
" " " " "
Ausentes
4" Liderança
Ausente :_ :_ :_ :_ :_ :_ :_ : Presente
Fixa Difer~nciada
Democrática Autocrática
5" Conflitos
Expressos :_:_:_:_:_:_"_" Nao-expressos
P05itiy.unClUevalcriúldos "_ "_ "_ "_ "_ "_ "_ Negativamente
valorizados
Com busca de solução Sem lJusca de SOlUÇa0
6" ManifestaçãodaAgressividade
Presente :_ :_ :_ :_ :_ :_ :_ :
Destrutiva :_ :_ : _ : _ :_ :_ " _ Construtiva
Comdirecionalidadc Semdirecionalidade
adequada adequada
7" AfciçãoFísica
Ausente :_:_ : _ "_:_ "- "- Presente
Recusada Aceita
Com carga emocional Sem carga emocional
adequada :_ :_:_ :_ :_ :_:_ " adequada
9. Individualização
i'rc~ente
10. Integração
. ,- . Ausente
Presente - - - -- - -
li. Auto-c,;tima
Alta Flaixa
12. IntcraçãoFamiliar
Faólitadoradesaúde Dificultadoradc
emocional ~aoidcemocional
Suj eit os
Foram estudadas 111 famílias pertencentes a dois grupos:
Grupo A: familiasque procuraram atendimento psicológico, ao longode
um ano. no Serviço de I'sicologia Aplicada do Dcpartamentode Psicologia da
PUClRio, tendo uma queixa da escola dos filhos inc1l1ída no motivo dessa pro-
T""".uIltPJiroJogio(/997).n "1
Famili~ 12: Nivel soeioceonômico baixo; pai, 28 anos. pedreiro; mãe, 30 anos.
faxineira: filhoA. 6 anos; escola publica.
Família I J: Nível sociocconômico baixo; pai, 37 anos. ajudantedeeami nhão: mãc,
31 ano~ empregada dom~stica: filho A. 8 anos; filho B. 7 unos; e.>cola pública.
Família 14: Nivel socioeconômico médio-baixo; pais, 27 anos, motorista de
ônibus: mãe, 27 anos, profcssoraprimária; filhoA. 5 anos; cscola pública
Família 15: Nivcl socioceonômieobai:w; pai. 49an05. bombeiro hidráulico
(nãomoracomaramilia.nàocomparcceuàentrcvista):mãe,35anos. faxineira
dehotd: filho A, 10 anos; tilho B. 9 anos: filhoC. 7 anos; cscolapublica
Família 16: Nível socioeconômicornédio: pai,41 anos, vendedor: rnãc,26 anos.
recepcionista. filho A, 9 anos. filho B. 7 anos; filho C, 5 anos: escola pílblica.
Familia 17: Nivel socioeconômico baixo; pai. 37 anos. motorista particular;
mãe.31 an[)s, dona-de-cas.a (nilo mora com afamilia: nilocompareceu à entrc-
vista); filho A. 10 anos; filha B, 8 anos: filha C, 7an05: filhaD. 6 anos: escola
pública.
Família 18: Nível socioeconômieo médio-baixo: pai. 49 anos. porteiro e
motori~la de táxi; mãe. 43 anos, dona-de-casa: filho A. 26 anos: filho B. 24
anos; escola pÚbJica.
OgmpoAficouconstituidodasfamilias 1.3,4.7.9,10,12.15,16,17 e I 8,
das quais as sete primeiras foram empMelhadas com as famílias 2.5,6.8.1 1,13 e
14. que constituiram o grupo R Os critérios considerados para o cmparclha·
IlIcntoforam: nívcl socioecollômico: número de tilhos; faixa ehi.riados filbos;
separação ou não dos pais, morando eom a família; prcsença ou não de ambos
os pais na entrevista; tilhosem escola pllblicaoll particular.
COllloveremos pustcriornlen1C, nas escolas esludadas não foi poss ível
emparelhar as famílias, 15.16,17 c 18. tendo cm vista a constituição das
mesmas, Portanto, para alglJmas análises do Ilossoestudo - aquelaselll que
comparamos as tll1nílias do grupo A com as do grupo B -, utilizarnos apenas as
familiasde 1 a 14: para as análises em que a di,tinção das famílias em dois
grupos nào sc fez necessária, utiliwmos o total das familiascstudadas
Material
I'araarcalizaçãodotrabalhoempírico,oseguintcmalcrial foi utiliza do:
a. li Entrevista Familiar Estru1urada em sua ver~ão fina!, aplicada aos
grupos A e B de famílias. com o ohjetivo de avaliar a dinâmica das relações
familiares em eada família estudada.
Proced iml'ntos
Aplicação
Oito membros que constituíram a Equipe d~ Avaliação Familiar do
Serviçode Psicologia Aplicada do Departamentode l'sicologia da rue/Rio. no
ano de 1980, participaram da, entrevistas de aplicação da pesquisa. Desses
membros. dois - a autora deste trabalho e a estagiária avançada da equipe -
tivcram o papel de entrcvistadorc~ nas aplicações da Entrevista Familiar Estru-
lUfada. c os outros seis - as estagiárias da Equipe - tiveram o papel de observa-
dores na Entrevista Familiar Estruturada e de entrevistadores nas entrevistas
realizadas com os casais nas escolas.
Grupo A - As famílias do grupo A procuraram o Serviço de Psicologia
Aplicada através de um de seus membros - na maior parte dos casos, através da
mãe - que era atendido neste. individualmente. por um membro de uma das
equipes que funcionavam no Serviço, e que se encontrava de plantão. O caso
era discutido pela equipe responsavcl pelo plantilo e. na medida em que a rcali-
zaçiio de urna avaliação lamilillr cra cOllsiderada necessária por essa equipe, o
casoeraencmninhadoà Equipe de Avaliação Familiar, com a solicitaçãode que
todos os membros da família vicssem para uma entrevista conjunta.
remas<mp.icolagla(J991).,,'J
LComunicaçâo
Congruente ._ :_:_ :_ :_ :_ :_: Incongruente
Confusa Cl=
Scmdirecionalidadc Comdireçionalidade
adequada _ :_ :_ :_ :_ :_ :_ : adequada
Comcargaemocion~1 Sem carga emocional
~dequada _ :_ :_ :_:_ : _:_ . adequada
2. Papeis
Indefinidos
Diferenciados
3. Lidcrança
Ausente :_:_ :_:_ :_ :_ :_ . Pre~ente
Fixa :_ :_ :_ :_ :_ :_ :_ : Diferenciada
Democrática :_._:_:_ :_ :_ :_. Autocrática
4. Manifestaç!odaAgre5sividade
Presente :_:_:_:_:_ :_ :_ : Ausente
Destrutiva Construtiva
Comdirecionalidade Semdire<:Íonalidade
adequada adequada
5. AreiçloFisica
Ausente ._ :_ :_ :_ :_ :_ :_ : Presente
Recusada ._ :_ :_ :_ :_ :_:_ . Aceita
Com carga emocional Sem carga emocional
adequada ._:_:_ :_ :_ :_:_ : adequada
6.lmeraç1o Conjugal
Indiferenciada _ :_:_:_:_ :_ :_ : Diferenciada
Gratificante ._ :_ :_ :_ :_ :_ :_ : Nao-gratificante
7.lndividualizaç1o
Ausente ._ :_ :_ :_ :_ :_ :_: Pre!óCnte
8. Inte~lraçllo
Presente ._:_:_:_:_ :_ :_ :
9. Auto-estima
Alta _ :_ :_:_ ._:_ :_: Bai~a
10.lnleraç30Familiar
Facilitadoradesaúde Dificulladorade
emocional _ :_ :_:_ :_:_ :_ : saudeemocional
h",ar .",Psko/ogid(I997).~ · J
b. Rcs ultados obtidos
Para o cálculo dos resultad05, os dados das avaliações foram processa-
dos, utilizando-se os programas do Statistical package for the Social Scicnces-
SPSS (Nie el ~L, 1975),
'"
19
0,85
0,80
0,80
0,95
0,97
2J 0,95
Categoria CoeficiemeCorrclaçlo
Item-Tolal
0,91
0,97
0,98
0,95
0,8 1
0,89
0,87
0,71
0,83
10 0,87
0,69
0,95
"
II 0,89
0,86
0,81
"
17
0,85
0,9(\
18 0,85
I'
20
0,87
0,90
21 0,96
0,96
Com 3 categoria 23 inclulda. (/ CoefIciente d. COiT<']açlo hem-rolal
encO/luaoo para a mesma fo; dc:O.98
Tabela 3. Avaliaçõcs medias das calegorias (excluindo-se a ealCgoria 23)
concedidas pelo juiz I c pelo juiz 2, e a média dos dois juizes t:m
cada familiaestudada
Tnnuum Psicologia(J997),~' J
T1llJcla 4. Avaliações concl!didas pclojuiz I e pelo juiz 2. na calegoria 23.
às famílias do grupo ,\ e às famílias do grupo B
Grupo A
Familiasem arelhada.~
Juizl Juiz 2
10
12
Famfliasnfto-cmparclhadas
"
16
17
GrupoB
2
r~mrue", Ps;co/ag;a(J997)."" 3
É realmente raro encontrar, na mesma família, membros mu ito faeilita-
dores e membros muito dificultadoTes da saúde emocional. De fato, nas 18
famílias estudadas, tanto na opinião do juiz I como na dojui.: 2, isso não
ocorreu,nãotelldo, portanto, nenhom dos dois utiliz.ado as avaliações discur-
sivas sugeridas por nós para tal situação.
A fidedignidade do avaliador fo i verificada através da correlação das
avaliações do juiz 1 edojuiz2.crncadaumadascategoriasdeavaliação,eos
coeficientes de correlação de Pearson encontrados estão na Tabela I (p.84). Os
coeficicntcsmaisbaixosobtidosforamO.56paraacategoriaI3("manifestação
da agressividadc scm direcionalidad e adequadalcorn direcional idade ade-
quada"). 0,66 para a categoria 12 ("manifestação da agressividnd e destrut iva/
construtiva") e 0,67 para a categoria 3 ("comunicação sem direcionalidade
adequada/com direcionalidade adequada"). Todos os outros coeficientes
ficaram entre 0,70 e 0,97. Oscocficielllcs mais altos obtidos roram 0.95 para as
categorias 21 ("integração ausente/presente") e 23 ("promoção de saúde
emocional dificultadalf:1cilitada"), 0.96 paTa a categoria 2 ("comunicação
confusa/clara") e 0.97 para a eategoria 22 ("auto-estima baixa/aha" ),
TaisresultadoS11lostrammenorCOllcordânciadosjuízesnaavaliaçãoda
"direcional idade" tanto da "agressividade" como da "comunicação" - o que
pode estar re lacionado com o fato de o conceito de "direcionalidade" pennitir
maior subjetividade por parte do avaliador. Ainda em relação à "agressivi-
dadc", os doisjoizcs concordaram mllis ao llvaliarem sua "ausência" ou
"prcscnça"nadinâmicafamiliar(clltcgoriall:0,84)doqueaoavaliarcmsecla
é "dcstrutiva" ou "construtiva " (catcgoria 12:0,66),
Entre as categorias cm que osjuizcs tivcram maior grau de concordância
encontra-se a categoria 23 ("promoçãodc saúde emocional dificultada/facilita-
da":0.95) que. pela própria definição. contem as demais categorias, pemlitindo
assim uma avaliao;;ão gcral dafamilill, Essaal1acorrclaçãocntre asavali açõcs
do juiz I edojuiz2,nacategoria23,indicaqueaEFEpemrileumaavaliação
global da familia. avaliação essa que se mOSlra consistentequandorealiz.ada
por dois avaliadores distintos.
A Tabela 2 mostra as cOlTelações existentes entre cada item ou categoria
e o total dos itens, Todas as eom.:laçÕCs item-total ficaram acima de 0.81. com
exceção novamcnte daquclasobtidas para as categorias 8 ("liderança ausente/
presente":0,71)ell("manifestaçãodaagrcssividadeausente/presente": 0,69).
Esscs dados nos mostram. mais uma vez, que a fonna como a "liderança" e a
"agrcssividade" se manirestam tem maior relação com a determinação da
"saúde emocional"doque suasimples"presença"ou"ausência" nad inâmica
dllsrelaçõesramiliares
Tem/JumPric<JIogia(l997),n"J
Os coeficientes de eOlTelaçllo item-total mais altos (entre 0,90 e 0,98)
foram obtidos para aseategorias 1 ("comunicação ineongrul11c/congruente'":
0,91),1("comunicaçãoconfusalclara":0,97",3("comunicaçãosemdireciona-
lidadeadeqllada/corn direcionalidadeadcquada": 0,98), 4 ("co lIlunicaçllosem
carga emocional adequada/com carga emocionaladeqllada": 0,9;),12 ('"mani-
festaçãodaagrcssividadedestrotivalconstrotiva":0,95),17("afeiçãofisica
sem expressilo fisica ~dcquadalcom expressão fisica adequada'": 0,90), 20
("illdividuali~ação ausente/presente": 0,90), 21 ("integração ausente/pre-
sente": 0,96) c 22 ("auto-estima baixa/alta": 0,96). Podemos, portanto, dizer
que essas silo as categorias que estão mais estreitamente relacionadas com °
conceilode "promoçllodc saúde emocional"na f3m ilia adotado nest eestudoe
cuja a\"aliaçãoa EFE pretende realizar.
As altas cOlTclaçôcs cxistcntes cn tre a maioria clas categorias e o total
delas indicam uma grande consistência interna das escalas deavaliação da EFE.
°
Além disso, fato de a categoria lJ tcrtidoum cocficiente decorrelaçi'l.o itern-
tolal de 0,98 indica que o esta sendo a\llliado pelas 22 categorias, em seu
conjunto, esta altamente relacionado com o que est~moschamaJldode "promoção
desaúdcelllocional'"equeacatcgorialJpretcnde,dernaneiraglobal,avaliar
A TabelaJ mostra as a\'aliaçôcsmédias das categorias (exc1uindo-se a
categoria13)conccdidasporcadajllize,alcmdisso,amédiadasavaliaç3esdos
dois juízes em cada família. As médias das 14 familias emparelhadas foram
cOlTelacionadas, através do Coeficiente de COlTclação Ponto Bisserial, com a
variável grupo A ou grupo B dc familias. c o coeficiente de correlação encon·
trado foi de 0,93. Esse coeficiente é um~ medida da validade da EFE, como
mctododcava1iaçllopsicológica, tendo em vista quc diz respcito às relações
existentes entre os dados obtidos com a utiliwçãoda entrevista. avaliados
atravésdeSllasescalas,eosdados docritérioexternoàentrevista.ouseja,o rato
de as famílias pertcncerem ao grupodc familias "dificllhadoras" ou ao grupo de
famílias "facilitadoras" do desenvolvimento emocional, de acordo \:Om a
indicação das instituiçõcsque participaram da pesquisa.
Os dados da Tabela 4 mostram as a\"a!iaçõcsconcedidas pelo juiz 1 e
pelojuiz2,nacatcgoria23,ás 18familiasestudadas. Podemos\erificarnessa
tabela que, em relação às famílias do grupo B - "famílias facil Íladoras da saúdc
emocional" - as avaliações concedidas por ambos os juízes ficaram todas
acimadaavaliaçãomédia(4).ouseja,apcnasafamiliallfoiavaliadapelojuiz
2 no ponto 5 da cscala c todas as oUlras famílias desse grupo foram avaliadas
nos pontos 6 ou 7. Todavia, em relação ás famílias emparelhadas do grupo A-
" f3lnílias dificul tadoras da saúde ernoeional"-, duas farnílias foram ava liadas
pelo juiz I no ponto méd io ou acima dele, ou seja. a familia 7 Coi aval iada no
Tt "'rut",P,icologi"f/99J),n' J
ponto 4, e a Hlmília 4. no ponto 5. Também nas litntilias n~o-cmparelh:\das do
grupo A ("dificultadoras"). um caso - família 18 - foi avaliado tanlo pelo juiz I
comopelojuiz 2 no pomo médio(4). Essesdados nos pcnnitcm dizer que houve
maior concordància entre as in,titlliçi3es (clínica c escola) ~ o~ juizes, ~ entre os
próprios juizes - quando estes avaliaram de maneira global a tend"'llcia para a
fncilitação ou nào da saúde emociollal - em rc laçàoàs famílias "facílitadoras"
do (Iue cm relação às família, "dificllltadoras" da salíde emocional.
CONCLUSÕES
('"familias facililadoras ~
SlIllde emocional") e, pam a an:ilise do material clínico obtido através da aplica-
ção da EFE. uti lil.ilmos os julgamentos de doisjllizes - duas psicólogas clinicas
com experi"'llcia em <lvaliação e tempia fanliliar.
A fidedignidade foi verificad:\ alr,lI'es de dois metodos: consistência do
ava liador e dn consistência interitens
A fid~dign idade do avaliador, calcu !ada atmvcs da corre lação das aval ia-
çõcs dojuiz 1 c dojuiz2, em cada lima dns 23 catcgoriasdeavaliaçãu, aprcs~fI
tou Coeficientes de Correlação de Perusoll q1le variaram entre 0,56 e 0.97. O
coeficiente geral de fidedignidade do nvalbdorencontrado foi de 0,85. em rela-
ção 3S 23 categorias de ava liação. c de 0.84 excluindo-sc li catcgorb 23. o que
pode sercOllsidcrado um bom nível de consistência cntrcos dois :\valiadcxe,.
Tendo eru ~' ista que as correlaçõcs iteru - tot~1 encontradas para as cate-
gorias de avaliação da EFE estão todas entre 0,69 e 0,98 e que tais nÍ\eis de
corrclaç.ào sào satisfatórios, podemos conclu ir que a EI'E també m pode ser
cOl1sider~da como um instrumento de avali:lçJo fidedigno pelo método da
fidedignidade interitens
A validade simll ltãnea da EFE. tcndoeomo medida de critério externo o
mélodo dos grupos contl"llstantes, foi calculada através da correlação en tre as
avaliações concedidas por ambos os jUí7CS a cada urna das 1..\ famílias empare-
Ihada5 c a med ida de critério ("famílias fnciHtadoras" c "fam ilias dificlilla-
doras"), e o coeficiente gera l dc validade encolltrado foi de 0,93
Tnnaru,Psicologia(l9.Q7),n· J
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