Metodologias Ativas
Metodologias Ativas
Metodologias Ativas
METODOLOGIAS ATIVAS:
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
Organização:
Carlos Cecy
Geraldo Alécio de Oliveira
Eula Maria de Melo Barcelos Costa
Brasília - 2013
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
1. MISSÃO:
2. VISÃO:
3. VALORES
4. COMPROMISSOS DA ABENFARBIO
3
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
COLABORADORES
Ana Lúcia Faria Ribeiro: Farmacêutica, professora da Escola de Ciências de
Saúde da Universidade Anhembi Morumbi, Especialista em Educação em Saúde e
Mestre em Ensino Superior em Saúde pelo Centro de Desenvolvimento do Ensino
Superior em Saúde - CEDESS da Universidade Federal de São Paulo/UNIFESP.
Contato: [email protected]
Ângela Salvi: Pedagoga com Pós - graduação nas áreas de saúde e educação,
mestranda em Gestão de Sistemas de e.learning, servidora da Fundação Nacional
de Saúde, atualmente cedida a Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco, é
professora convidada dos Cursos de Pós - Graduação do IBPEX e SENAC.
4
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
5
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
6
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
SUMÁRIO
Prefácio ............................................................................................. 02
Capítulo 1
Uso de Metodologias Ativas em Educação Superior
1.1. Introdução ................................................................................. 00
1.2. Aprendizagem Baseada em Metodologias Ativas ............................... 00
1.3. O que é Metodologia Ativa de Aprendizagem? .................................. 00
1.4. Implantação de um Programa Baseado em Metodologias Ativas .......... 00
1.5. Metodologias Ativas .................................................................... 00
1.6. Uso de Metodologias Ativas em Educação Farmacêutica ..................... 00
1.7. Bibliografia Consultada ................................................................ 00
Capítulo 2
Currículo Integrado como Base para o Uso de Metodologias Ativas
2.1. Introdução ................................................................................. 00
2.2. Currículo Integrado ..................................................................... 00
2.3. Assuntos Integradores ................................................................. 00
2.4. Projetos Interdisciplinares ............................................................ 00
2.5. Fusão de Disciplinas .................................................................... 00
2.6. Temas Interdisciplinares ou Eixos Integradores ................................ 00
2.7. Currículos Modulares .................................................................... 00
2.8. Currículo Baseado em Competências ............................................... 00
2.9. O Uso de Ferramentas Ativas de Ensino como Estratégia .................... 00
de Interdisciplinaridade ............................................................... 00
2.10. Como Montar um Currículo Integrado? ............................................ 00
2.11. Considerações ............................................................................. 00
2.12. Bibliografia Consultada ................................................................ 00
Capítulo 3
Aprendizagem Baseada em Problemas
3.1. Introdução ................................................................................. 00
3.2. Estrutura Organizacional que Permite a Implantação da APB .............. 00
3.3. Características e Elementos Essenciais da ABP ................................. 00
3.4. A Organização do Processo de Aprendizagem na ABP ........................ 00
3.5. Os Sete Passos da ABP ................................................................. 00
3.6. Princípios Orientadores na Construção de Problemas Efetivos ............. 00
3.7. Avaliação na ABP ........................................................................ 00
3.8. Considerações Finais .................................................................... 00
3.9. Bibliografia Consultada ................................................................ 00
7
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
Capítulo 4
A Metodologia da Problematização e a Educação Farmacêutica
4.1. Introdução ................................................................................. 00
4.2. A Problematização e o Processo de Ensino-Aprendizagem .................. 00
4.3. Ambientes Autênticos de Aprendizagem e o Método da
Problematização ......................................................................... 00
4.4. A Problematização em Atividades Integradas de Ensino, Serviço
e Comunidade: Desafios na Formação do Farmacêutico ...................... 00
4.5. Estratégias de Ensino-Aprendizagem em Metodologias Ativas
de Problematização ..................................................................... 00
4.6. Avaliação do Estudante, do Docente e do Processo de
Ensino - Aprendizagem em Metodologias Ativas com Problematização . 00
4.7. Considerações Finais .................................................................... 00
4.8. Bibliografia consultada ................................................................... 00
Capítulo 5
Estudo de casos
5.1. Introdução ................................................................................. 00
5.2. O Estudo de Casos como Ferramenta de Aprendizagem ....................... 00
5.3. O Uso de Estudo de Casos em Educação na Área da Saúde .................. 00
5.4. O Uso de Estudo de Casos em Sala de Aula ...................................... 00
5.5. Planejamento e Avaliação ............................................................. 00
5.6. Considerações Finais .................................................................... 00
5.7. Exemplo de Estudos de Casos em Educação Farmacêutica ................... 00
5.8. Bibliografia Consultada ................................................................ 00
Capítulo 6
Aprendizagem Baseada em Projetos
6.1. Contextualizando ........................................................................ 00
6.2. Caminhos e Estratégias ................................................................ 00
6.3. Projetos Baseados no Arco de Maguerez .......................................... 00
6.4. Projetos como Metodologia de Ensino e Aprendizagem ...................... 00
6.5. Projetos no Contexto do Ensino Superior ......................................... 00
6.6. Considerações Finais .................................................................... 00
6.7. Bibliografia Consultada ................................................................ 00
Capítulo 7
Avaliação da Aprendizagem Baseada em Problemas
7.1. Introdução ................................................................................. 00
7.2. Avaliação da Aprendizagem nos Diferentes Ambientes do ABP ............ 00
8
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
9
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
10
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
PREFÁCIO
Em educação farmacêutica, ainda predominam modelos de ensino que se-
guem padrões tradicionais fruto de reprodução ao longo dos tempos, daque-
les que vivenciamos com nossos mestres. A sociedade mudou. Informações se
tornam obsoletas rapidamente, novas gerações de estudantes assumem novos
perfis, a cada ano surgem novas tecnologias e as relações humanas e sociais se
modificam no dia a dia. O mundo se tornou mais dinâmico e transformador, mas
os modelos de ensino ainda persistem tradicionais!
As relações sociais mudaram e o ensino, como forma de relação social, deve
seguir o mesmo caminho. Para acompanhar o movimento mundial de transfor-
mação da educação, é necessário revolucionar as salas de aula das universidades
brasileiras. A ABENFARBIO, atenta a essa realidade, iniciou um processo de sen-
sibilização nacional para este movimento, considerando que os professores do
ensino superior geralmente não passaram por processos de capacitação docente
e desconhecem técnicas de ensino mais modernas ou mais apropriadas, para
resultados significativos de aprendizagem. Na maioria das vezes, ainda adotam
práticas desconectadas com o mundo moderno, que não mais fazem parte do rol
das boas práticas de ensino e formação superior.
Esta inquietação não é exclusiva da educação farmacêutica. Em geral, os
cursos da área da saúde no Brasil enfrentam as mesmas angústias e passam pelos
mesmos debates. É premente a necessidade de inovar mas muitos de nós ainda
não sabem como.
O quadro atual da profissão farmacêutica, em parte, é resultado de décadas
de ensino e, portanto, nós educadores farmacêuticos somos também responsáveis
pelos acertos e erros ao longo dos anos. Se desejamos promover mudanças na
profissão para aumentar o seu prestígio diante da sociedade, não podemos nos
esquivar da responsabilidade de transformar. Faz-se necessário unir e viabilizar es-
tratégias para fortalecer a graduação e aprimorar a formação dos profissionais que
já estão no mercado, o que também deve ser uma verdade para a pós-graduação,
pois, esta é, na maioria das vezes, a grande fonte de novos professores.
Neste contexto, nos últimos anos, a ABENFARBIO apoiou e promoveu uma
série de eventos regionais, nacionais e até internacionais, participou de vários
encontros, levantou importantes discussões sobre a melhoria da qualidade da
educação farmacêutica, desenvolveu um programa de capacitação docente e por
fim, publicou diversos documentos na área, incluindo dois livros sobre educação
farmacêutica.
11
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
12
Capítulo 1
Metodologias Ativas em Educação Superior
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
1.1 Introdução
15
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
Muitas vezes alguns professores mencionam que “os estudantes atuais não
sabem nada, são despreparados para freqüentar uma universidade ou são ima-
turos”. Contudo, após uma avaliação crítica, pode-se afirmar que apenas são
“diferentes”, com uma diferença cultural média de duas décadas em relação aos
seus mestres. Vivem numa sociedade imediatista, dinâmica e apoiada em tecno-
logia, cujas informações estão disponíveis em vários meios de comunicação no
momento que desejarem. São criados com novos valores, com novas atitudes,
em busca de novos sonhos e expectativas. Estão num mundo em constantes
transformações, inseguro, competitivo, que exige uma grande capacidade de in-
teração pessoal e virtual. Aqui surge uma primeira reflexão: os estudantes devem
adaptar-se à cultura de seus mestres ou os mestres devem procurar adequar-se
ao mundo de seus aprendizes?
Enquanto ciência humana, a educação se caracteriza pela subjetividade,
pelo pensamento crítico e suas reflexões, pela discussão e compreensão dos
fatos, em busca da interpretação da realidade. Por outro lado, as ciências
biológicas procuram justificar fatos em busca da verdade e da objetividade.
O ensino universitário na área da saúde caracteriza-se pela sua rigidez e lin-
guagem especializada, pelo corte dos saberes em disciplinas reconhecidas,
pela obrigação de referir as suas idéias às de outros autores. Utiliza-se de
forma abundante de citação, ligando a autoridade intelectual à posição hie-
rárquica, produzindo um conhecimento predominantemente escrito, deixan-
do de lado os valores, as crenças, a cultura e especialmente as experiências e
as habilidades pessoais de cada indivíduo. No meio deste conflito ideológico
encontra-se o professor, formado em ciências outras que não as ciências hu-
manas, mas disposto a trabalhar com estas, buscando a objetividade numa
profissão naturalmente subjetiva.
16
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
17
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
Ciências Ciências
Ciências Básicas
Ciências Aplicadas
Ciências Básicas
Aplicadas Ciências
Básicas
Profissionalizantes Aplicadas Profissionalizantes
Profissionalizantes Atividades Comunitárias
Integração das Ciências Básicas e Profissionalizantes
18
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
19
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
de acordo com os níveis alcançados pelo estudante. Por exemplo, no nível cogni-
tivo, um estudante inicialmente deve conhecer e compreender uma informação,
para posteriormente aplicar aquele conhecimento. Numa etapa seguinte estaria
apto para analisar a situação, trabalhar com o procedimento e, finalmente, ava-
liar todos os processos envolvidos. Quando o estudante atinge o último domínio
que é a avaliação, significa que está apto para resolver problemas, interpretar,
comparar, escolher, criticar, validar, decidir e refletir. Assim, ao final de uma
disciplina ou módulo, ou ao final do curso, o estudante deve alcançar os níveis
cognitivos máximos para aquelas competências propostas. Este é o grande de-
safio de um planejamento acadêmico, garantir ao estudante alcançar os níveis
mais elevados de aprendizagem considerando os domínios cognitivo, psicomotor
e socioafetivo.
Seguindo este raciocínio, um estudante somente conseguirá analisar um
caso com profundidade se conhecer e compreender o assunto e se souber aplicar
o conhecimento. Se não passar por estes estágios cognitivos anteriores, poderá
até fazer uma análise, mas com grandes chances de não alcançar profundidade
na tarefa. Do mesmo modo, somente conseguirá tomar uma decisão mais asser-
tiva quem conhece, compreende, sabe aplicar o conhecimento, analisa, inter-
preta, compara, elabora propostas de solução e toma a decisão. Se não houver
este escalonamento de raciocínio, uma pessoa poderá tomar uma decisão, mas
existirá uma chance significativa de não ser a decisão mais adequada. Na figura
3 está demonstrada a hierarquização dos níveis de raciocínio de acordo com a
Taxonomia de Bloom.
Complexo dos
Processos Cognitivos
Avaliar
Sintetizar
Analisar
Aplicar
Compreender
Conhecer
Figura 3: Níveis de complexidade do domínio cognitivo de acordo com a Taxonomia de Bloom.
20
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
21
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
10% Leitura
22
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
23
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
24
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
25
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
26
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
27
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
isso, todo processo de implantação deve ter como principal pilar para o sucesso
um programa de capacitação e suporte ao docente.
Para reduzir o estresse, por exemplo, a instituição pode adotar um modelo
de transição começando pelo primeiro semestre ou ano do curso e, posteriormen-
te, estender para as demais séries. Para um curso que está iniciando, implantar
um programa baseado em metodologias ativas pode ser bem menos estressante,
pois os professores ainda não vivenciaram o modelo tradicional. Na prática, a
dificuldade está na percepção dos professores, não na aceitação e maturidade
dos estudantes. Apesar de alguns argumentarem que os estudantes não estão
preparados para trabalhar com as metodologias ativas, esta não é a realidade, a
dificuldade quase sempre está nos docentes.
Uma estratégia para reduzir o possível estresse é introduzir um primeiro
módulo, para os cursos modulares, ou uma disciplina, para as matrizes baseadas
em disciplinas, que abordará a aprendizagem baseada em metodologias ativas.
No módulo ou na disciplina, ou mesmo primeira semana ou quinzena de aulas,
serão abordados temas como a metodologia ativa de aprendizagem, o papel dos
estudantes, o papel do professor, as ferramentas de aprendizagem, os estilos de
aprendizagem, técnicas para potencializar a capacidade de aprender e pensar,
como aprender com mapas mentais, as atividades práticas, as atividades inter-
disciplinares, o estudo independente e em grupo, a biblioteca, as avaliações da
aprendizagem, a auto-avaliação e as vantagens para os estudantes.
Outro ponto essencial é a montagem da matriz curricular. Independente
se modular ou baseada em disciplinas, o primeiro passo é construir uma matriz
curricular que favoreça a interdisciplinaridade. Este processo deve ser iniciado,
no mínimo, um ano antes do início das aulas no novo formato. Durante a mon-
tagem da nova matriz deverão ser contempladas as definições das competências
que serão formadas em cada fase (série, período ou módulo), os assuntos inter-
disciplinares que serão desenvolvidos, os projetos interdisciplinares, a fusão de
disciplinas, as atividades integradoras, os seminários integrativos, as atividades
comunitárias e em campo, a organização dos estágios curriculares e os sistemas
de avaliação.
Essencial também é o planejamento da infraestrutura e biblioteca. Classifi-
ca-se como infraestrutura as salas de aula que devem ser revistas para contem-
plar as atividades de estudo em grupo, os laboratórios de atividades práticas, os
laboratórios de tecnologia da informação e softwares, os laboratórios de simu-
lação, dentre outros. A biblioteca deve ser ampliada, pois, a utilização de livros
também será ampliada, no mínimo, em duas vezes quando comparada ao modelo
tradicional. Ainda no item biblioteca, outro ponto importante é a assinatura de
parcerias com bibliotecas virtuais para consulta a periódicos, além da ampliação
de assinatura de revistas científicas.
28
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
Surge como ponto crítico de sucesso a capacitação docente. Uma vez defini-
do que o curso começará a trabalhar com metodologias ativas, deverá ser formu-
lado um projeto de capacitação docente. Este projeto deverá contemplar etapas
de sensibilização, capacitação, oficinas de metodologias e avaliação da apren-
dizagem, simulação de situações de aprendizagem. Somente deverão iniciar o
trabalho com metodologias ativas aqueles docentes devidamente preparados e
comprometidos com o projeto. O uso de metodologias ativas por docentes não
capacitados poderá comprometer todo o projeto, causando estresse e resistên-
cias entre os estudantes e nos demais membros da equipe de professores.
Uma vez decorridas as etapas anteriores, outra fase significativa para a im-
plantação do projeto educacional é o planejamento docente também chamado
de plano de ensino, ou plano de aprendizado, ou plano de aprendizagem. Este
planejamento deverá ser integrado com toda a equipe de professores. Aqui, não
cabe planejamento isolado de professores. Caso isto aconteça, será um forte
indicador de que o projeto não está bem estruturado e necessita ser revisto.
Deverão estar definidos os objetivos da aprendizagem, as competências, as ha-
bilidades, as atitudes e valores que cada disciplina ou módulo pretende formar,
as atividades integradoras, as metodologias utilizadas e as ferramentas de ava-
liação. Este planejamento minucioso deverá ser acompanhado de perto pelo
coordenador, apresentado e discutido com todos os docentes do curso.
O dimensionamento do quadro docente é outra etapa que também interfere
no processo de implantação. O aumento do número de docentes envolvidos,
como também, o aumento da dedicação centrada majoritariamente no processo
de avaliação formativa e da orientação aos estudantes, além do trabalho conjun-
to e integrado, atitude que não é tão evidente no modelo tradicional, é essencial
para o êxito do projeto educacional.
Com relação aos recursos humanos, estes sofrem interferência direta de-
pendendo do grau de implantação das metodologias ativas, se parcial, híbrido
ou integral. Neste item, existem duas correntes que se convergem com muitos
pontos em comum. Uma corrente que propõe um modelo integral de metodolo-
gias ativas como a Faculdade de Medicina de Marília (FAMEMA), a Universidade
Estadual de Londrina (UEL) e a Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS) em
Brasília e outras instituições que propõem um modelo parcial ou híbrido como a
Universidade Anhembi Morumbi em São Paulo e a Faculdade Suprema em Juiz de
Fora. Teoricamente, uma instituição que iniciar com um modelo parcial poderia
evoluir para um modelo mais avançado híbrido e, finalmente, alcançar o nível
máximo com um modelo integral. Contudo, um dos principais pontos limitantes
para a implementação do modelo integral é o investimento, tanto em infraestru-
tura quanto na ampliação do quadro docente, o que poderia inviabilizar a sus-
tentabilidade econômica de muitas instituições tanto públicas quanto privadas.
29
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
30
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
Currículo Metodologias
Tradicional Ativas
Quadro 2: Sugestão de cronograma para implantação de
metodologias ativas num currículo em andamento.
31
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
32
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
33
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
• Discussão em classe
• Seminários
• Mapas mentais e conceituais
34
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
35
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
Ainda como exemplo, do ponto de vista pedagógico, o uso dos mapas men-
tais e conceituais pode trazer grande benefício para a formação do egresso, pois,
é uma importante ferramenta de síntese e integração dos conhecimentos. É útil
para o estudante fazer anotações, criar soluções e resolver problemas, planejar
o estudo e/ou a redação de grandes relatórios, se preparar para avaliações e
identificar a integração dos tópicos. Podem ser usados em todas as etapas da
aprendizagem, mas para a formação generalista em Farmácia assumem grande
importância, pois, possibilitam ao estudante integrar os conhecimentos das di-
ferentes áreas: alimentos, medicamentos e análises clinicas. Podem ser cons-
truídos mapas de 1) Boas práticas profissionais integrando as boas práticas em
indústrias, laboratórios e farmácia; 2) Gestão da qualidade com a integração de
todas as áreas das ciências farmacêuticas; 3) Operações unitárias e tecnologia
nas diversas áreas de atuação; 4) Integração da ética e responsabilidade social
em todas as áreas de atuação; 5) Atenção farmacêutica.
Após conhecer algumas experiências com metodologias ativas em educação
farmacêutica e visitar instituições nacionais e internacionais que trabalham com
estas propostas, acredita-se que nem todos os métodos servem para ensinar tudo
a todos. Existem algumas particularidades em cada um deles que fazem com que
tenham melhores resultados na fase inicial ou final do curso, em disciplinas ou
módulos de ciências biológicas, exatas ou humanas, na área de saúde ou en-
genharia, no ensino de tecnologia ou no ensino de serviços. No quadro 4 está
disponível uma proposta de uso de metodologia ativa para o ensino farmacêutico
distribuída de acordo com o ano do curso. Observa-se, por exemplo, que a ABP
está amplamente citada, mas sem detrimento das demais. A escolha de um ou
outro método é multifatorial. Cada instituição deve construir o seu caminho
baseado na sua história, maturidade, inserção social e cultura educacional. A
adoção de modelos pré-determinados pode vir acompanhada de grandes chances
de insucesso.
36
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
37
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
38
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
ARAÚJO, U.L.; SASTRE, G. – Aprendizagem Baseada em Problemas no Ensino Superior. São Paulo,
Summus Editorial, 2009.
BREARLEY, M. – Inteligência Emocional na Sala de Aula. São Paulo, Editora Madras, 2004.
CASTANHO, S. - Temas e Textos em Metodologia do Ensino Superior. 4ª EDIÇÃO. São Paulo, Editora
Papirus, 2011.
CIMADON, A. – Ensino e Aprendizagem na Universidade: Um Roteiro de Estudo. 3ª edição, Joaçaba,
Editora Unoesc, 2008.
CYRINO, E.G.; TORALLES-PEREIRA, M.L. – Trabalhando com estratégias de ensino-aprendizado por
descoberta na área da saúde: a problematização e a aprendizagem baseada em problemas.
Cad. Saúde Pública, v.20(3), 2004, p.780-788.
DEMO, P. – Universidade, Aprendizagem e Avaliação: Horizontes Reconstrutivos. Porto Alegre,
Editora Mediação, 2004.
FERRAZ, A.P.C.M.; BELHOT, R.V. - Taxonomia de Bloom: Revisão Teórica e Apresentação das Ade-
quações do Instrumento para Definição de Objetivos Instrucionais. Gest. Prod., São Carlos,
2010, v. 17, p. 421-431.
FREIRE, P. – Pedagogia da Autonomia. Saberes Necessários à Prática Educativa. 39ª edição. São
Paulo, Editora Paz e Terra, 1996.
GIL, A.C. – Didática do Ensino Superior. São Paulo, Editora Atlas, 2008.
LEMOV, D. – Aula Nota 10. 4ª edição. São Paulo, Editora: Da Boa Prosa, 2010.
LOWMAN, J. – Dominando as Técnicas de Ensino. São Paulo, Editora Atlas, 2004.
MASETTO, M.T. – Competências Pedagógica do Professor Universitário. São Paulo, Summus Edito-
rial, 2003.
MITRE, S.M.; BATISTA, R.S.; MENDONÇA, J.M.G.; PINTO, N.M.M.; MEIRELLES, C.A.B.; PORTO, C.P.;
MOREIRA, T.; HOFFMANN, L.M.A. - Metodologias Ativas de Ensino-aprendizagem na Formação
Profissional em Saúde: Debates Atuais. Ciência & Saúde Coletiva, 2008, v.13, p.2133-2144.
MOESBY, E. – Reflections on Making a Change Toward POPBL. World Translactions on Engeneering
and Technology Education, v.3, n.2, 2004, p.269-278.
MOREIRA, M.A.; MASINI, E.F.S – Aprendizagem Significativa. A Teoria de David Ausubel. 2ª edição.
São Paulo, Editora Centauro, 2006.
MOURA, D.G.; BARBOSA, E.F. – Trabalhando com Projetos: Planejamento e Gestão de Projetos Edu-
cacionais. 4ª edição. Petrópolis, Editora Vozes, 2009.
RANGEL, M. – Métodos de Ensino para a Aprendizagem e a Dinamização das Aulas. 3ª edição,
Campinas, Papirus Editora, 2007.
RIBEIRO, L.R.C. – Aprendizagem Baseada em Problemas (PBL). Uma Experiência no Ensino Supe-
rior. São Carlos, Editora EdUFSCar, 2008.
39
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
40
Capítulo 2
Currículo Integrado como Base para o
Uso de Metodologias Ativas
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
2.1 Introdução:
43
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
44
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
45
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
46
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
47
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
Disciplina Projeto
Disciplina Projeto
Sobrecarga: Fator crítico é o tempo. Disciplinas diferentes com
projetos diferentes no mesmo semestre. Acontece uma sobrecarga para
o estudante, mas sem ganhos pedagógicos significativos.
Disciplina
Disciplina
O projeto é separado das disciplinas, mas está vinculado a elas.
Disciplina
Disciplina
Disciplina
Disciplina
Modelo 5 Disciplina
Integradora
Disciplina
Disciplina
Disciplina
Tema Integrador
48
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
49
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
Disciplina Assuntos
Princípios Farmacêuticos Uso de plantas medicinais em farmácia e a importância
da biodiversidade brasileira
Farmacobotânica Identificação, classificação e análise das plantas
medicinais
Estatística Estudo estatístico associado a plantas medicinais
Química Analítica Identificação e determinação do teor de ativos em drogas
vegetais de interesse farmacêutico
Farmacognosia Extração e caracterização de princípios ativos de drogas
vegetais
Farmacologia Ação dos princípios ativos de plantas medicinais e
interações com outros fármacos
Farmacotécnica Formas farmacêuticas com drogas vegetais
Química Farmacêutica Estrutura, relação estrutura-atividade e purificação de
princípios ativos de origem vegetal
Fitoterapia Atuação de fitoterápicos nos diferentes sistemas do
organismo
Toxicologia Toxicologia das drogas vegetais de interesse farmacêutico
Controle de Qualidade de Medicamentos Controle de qualidade da planta e insumos de origem
vegetal
Atenção Farmacêutica Atenção farmacêutica associada ao uso de drogas de
origem vegetal
Quadro 5- Proposta de integração vertical de assuntos associados à Farmacobotânica e à
Fitoterapia
50
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
51
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
Competências
Atitudes
Habilidades
Ano 5 Boas
Práticas
Profissionais
Ano 4
Práticas e
Habilidades
Ano 3
Saberes
Profissionais
Ano 2
Princípios e
Fundamentos
Farmacêuticos
Ano 1
Atenção
Farmacêutica
Promoção
de Saúde
Ética
Figura 6: Aprendizagem em espiral proposta para e educação farmacêutica.
52
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
53
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
54
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
55
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
56
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
57
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
58
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
59
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
Objetivos
Unidade I Conteúdos, assuntos ou temas
Metodologia
Objetivos
Competências,
habilidades e Unidade 2 Conteúdos, assuntos ou temas
atitudes
Metodologia
Objetivos
Unidade 3 Conteúdos, assuntos ou temas
Metodologia
Figura 7 - Proposta de modelo de organização do plano de aprendizagem.
2.11 Considerações
60
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
teúdos que irão compor uma disciplina é o uso não crítico de livros acadêmicos.
Geralmente, durante a montagem do plano de aprendizado, o professor abor-
da a seqüência de capítulos presentes nos livros acadêmicos mais conceitua-
dos naquela área, mas sem refletir que os conteúdos, muitas vezes, não foram
planejados com o enfoque na aprendizagem. Após uma avaliação crítica percebe-
se que os livros, via de regra, foram escritos por especialistas, que organizaram
os capítulos de acordo com a melhor seqüência de conteúdos, na sua percepção,
mas sem objetivar a formação de competências das profissões relacionadas. Por
isso, muitas vezes, após análise detalhada de alguns cursos, encontram-se planos
de aprendizagem sobrecarregados de conteúdos, mas muitos sem integração com
as competências que são necessárias para a respectiva formação profissional.
É importante que nas reuniões de planejamento ou replanejamento de um
novo mapa curricular, participem dos debates representantes da comunidade,
de empresas do ramo farmacêutico, do corpo discente, do corpo administrativo
da instituição, ex-alunos e profissionais que atuam no mercado, toda a equipe
de professores, coordenador e diretores. Esta abertura política é essencial para
permitir uma ampla discussão acerca do perfil profissiográfico definindo compe-
tências, habilidades, valores e atitudes do profissional em formação. Geralmente,
os currículos planejados essencialmente pelo corpo docente apresentam forte
tendência de corporativismo, negligenciando as reais necessidades da sociedade,
com intensa visão academicista e tecnicista.
As atividades de integração podem acontecer em qualquer momento do cur-
so, porém, devem acontecer, em especial, ao término de algumas aprendizagens
que formam um todo significativo, ou seja, quando se quer fixar uma competên-
cia. Por isso, além das situações de integração já citadas, também podem existir
outros momentos de interdisciplinaridade como um trabalho de produção sobre
um determinado tema, uma visita de campo ou visita técnica monitorada, um
estágio, uma pesquisa, o trabalho de conclusão de curso. Durante uma atividade
integradora um dos objetivos finais é sempre alcançar a metacognição.
A metacognição é uma reflexão que o estudante é conduzido a realizar na
tomada de consciência do trabalho de apropriação das aquisições; ele é levado
a refletir sobre a maneira como chega à sua resposta e sobre a qualidade de tal
resposta. Este trabalho pode ser diferente para cada aprendiz: cada um tem seu
sistema pessoal de condução da aprendizagem, isto é, suas próprias maneiras de
aprender que estão ligadas ao seu estilo cognitivo. Levar em conta a metacogni-
ção é permitir que o estudante reflita sobre suas condutas e sobre suas maneiras
de aprender.
Para integrar, ensino, pesquisa e extensão, graduação e pós-graduação, uma
estratégia que apresenta resultados bastante satisfatórios é o uso de metodolo-
gias como problematização e aprendizagem por projetos. O emprego destas me-
61
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
62
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
63
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
MASETTO, M.T. – Competências Pedagógica do Professor Universitário. São Paulo, Summus Edito-
rial, 2003.
MORAES, M.C.B.; MATTEI, R.A.; SANTOS, S.M. – Impactos na Gestão e na Docência com a Implan-
tação de Currículo Modularizado e por Competências em uma Instituição de Ensino Superior.
Recife - PB, V Colóquio Internacional Paulo Freire, 2005.
MOREIRA, M.A.; MASINI, E.F.S. – Aprendizagem Significativa. São Paulo, Centauro Editora, 2001.
PERRENOUD, P.; THURLER, M.G. – As competências para ensinar no século XXI: A formação dos
professores e o desafio da avaliação. Porto Alegre: Artmed Editora, 2002.
SANTOS, A. – Complexidade e transdisciplinaridade em educação: cinco princípios para resgatar o
elo perdido. Rev. Bras. Educ., v.13, p.71-83, 2008.
SOUZA. P.A.; ZEFERINO, A.M.B.; DA ROS, M.A. – Currículo integrado: entre o discurso e a prática.
Rev. Bras. Educ. Med., v.35, p.20-25, 2011.
TSUJI, H.; SILVA, R.H.A. – Aprender e Ensinar na Escola Vestida de Branco. São Paulo, Phorte
Editora, 2010.
ZABALA, M.A. – O Ensino Universitário: Seu Cenário e seus Protagonistas. Porto Alegre, Editora
Artmed, 2004.
64
Capítulo 3
Aprendizagem Baseada em Problemas
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
3.1 Introdução
67
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
Problema
Estudo
Idéias
Individual
ABP
Objetivos de
Conhecimento
Aprendizagem
68
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
69
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
SEMANA PADRÃO
2ª Feira 3ª Feira 4ª feira 5ª Feira 6ª Feira
Protegido Protegido Protegido IESC Protegido
Manhã
para estudo para estudo para estudo para estudo
Palestra e Grupos Habilidades Protegido Grupos
Tarde
Habilidades e Atitudes Tutoriais e Atitudes para estudo Tutoriais
70
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
Tutor
Estudantes
71
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
72
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
73
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
74
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
75
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
76
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
Complexo dos
Processos Cognitivos
Avaliar
Sintetizar
Analisar
Aplicar
Compreender
Conhecer
Figura 11 - Níveis de complexidade dos objetivos baseados na Taxonomia de Bloom.
77
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
78
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
Carol, 16 anos, cuja menarca foi aos 14 anos, apresentava ciclos menstruais
irregulares. Procurou uma Unidade Básica de Saúde para saber se isto era normal,
pois o ciclo menstrual das suas colegas era diferente. Ao realizar a anamnese e
exame físico, o ginecologista verificou que a adolescente estava obesa e apre-
sentava pelos no rosto. O médico solicitou a dosagem dos hormônios sexuais e
prescreveu anticoncepcional oral de baixa dosagem.
Conteúdo educacional
Objetivos educacionais:
Problema 2:
79
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
primeiras horas. Após dois dias é observada lesão hepática aguda que pode ser
acompanhada de icterícia. Dependendo da dosagem e sensibilidade individual, o
dano hepático torna-se irreversível, levando ao coma hepático, seguido de morte.
A hepatotoxicidade pode ser controlada pelo uso do antídoto n-acetilcisteína.
Comentários:
• Auto-avaliação
• Avaliação interpares
• Avaliação pelo tutor
• Teste progressivo
Essa avaliação deve ocorrer ao final das seções de tutoria e o retorno aos
estudantes deve ser imediato. Os estudantes têm a oportunidade de se auto-
-avaliar, avaliar seus pares e avaliar o tutor.
A avaliação formativa, sócio afetiva, deve contemplar:
1. Pontualidade e assiduidade;
2. Comprometimento e participação;
3. Comunicação;
80
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
4. Aprendizagem colaborativa;
5. Postura, ética e valores;
• Avaliação cognitiva/observacional
• Avaliação prática em múltipla escolha
• Avaliação baseada no desempenho clínico (OSCE)
• Resolução problema paciente (PMP)
• Questões ensaio modificadas(MEQ)
• Exercícios em três etapas (TJE)
81
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
ALMEIDA, A.L.A. Manual do tutor do módulo introdução ao estudo da medicina. Escola Superior de
Ciências da Saúde do Distrito Federal. Brasília, 2006.
BARROWS, H.S. Problem-based Learning in medicine and beyond: a brief overview. In: WILKERSON,
L GIJSELAERS, W. H. (Ed.). Bringing Problem-based Learning to higher education. San Fran-
cisco: Jossey-Bass Publishers, 1996. p.3-12.
BARROWS, H.S., TAMBLYN, R.M. Problem-Based Learning. An approach to Medical Education. Vol.
1, New York, NY: Springer; 1980.
BLIGH, J. Problem-based learning in medicine: an introduction. Postgrad Med J, n.71, p.323-6,
1995.
BLOOM, P. et al. Taxionomia de objetivos educacionais e domínio cognitivo. Porto Alegre: Globo,
1973.
CYRINO, E.G.; TORALLES-PEREIRA, M.L. – Trabalhando com estratégias de ensino-aprendizado por
descoberta na área da saúde: a problematização e a aprendizagem baseada em problemas.
Cad. Saúde Pública, v.20(3), 2004, p.780-788.
DIANA, H.J.M.; DOLMANS, H.S.B.; INEKE, H.A.P.; CEES, P. Sete princípios para construção de pro-
blemas efetivos para um curriculo tipo aprendizado baseado em problemas (PBL). Medical
Teacher 19 (3): 185-189, 1997.
KOMATSU, R.S.; ZANOLLI, M.; LIMA, V.V. Aprendizagem baseada em problemas. In: Marcondes E,
Gonçalves E, organizadores. Educação Médica. São Paulo: Sarvier; 1998. p. 223-237.
LIMA, G.Z.; LINHARES, R.E.C. – Escrever bons problemas. Revista Brasileira de Educação Médica,
2008, v.32 (2), p.197 – 201.
SAVERY, J.; DUFFY, T. The Problem based learning: an instructional model and its constructiv-
ist framework. In: WILSON, B., Designing constructivist learning environments. Englewood
Cliffs: Educational Technology Publications, p. 135-148, 1995.
SCHMIDT, R. Attention. Cognition and Second Language Instruction, 3-32, 2001.
SCHMIDT, R. Consciousness and foreign language learning: A tutorial on the role of attention and
awareness in learning. In R. Schmidt (Ed.). Attention and awareness in foreign language
learning. Manõa: Second Language and Curriculum Center, University of Hawai’i at Manõa,
1995, p. 1-63.
SCHMIDT, R. The role of consciousness in second language learning. Applied Linguistics, 11, 129-
158, 1990.
SCHMIDT, R.A. Aprendizagem e Performance Motora: dos princípios à prática. Tradução Flávia da
Cunha Bastos; Olívia Cristina Ferreira Ribeiro. São Paulo: Movimento. Cap. 19, p. 227-259:
Feedback para Aprendizagem de Habilidade, 1993.
RIBEIRO, L.R.C. – Aprendizagem Baseada em Problemas (PBL). Uma Experiência no Ensino Supe-
rior. São Carlos, EditoraEdUFSCar, 2008.
WESTBERG, J.; JASON, H. Collaborative Clinical Education. Springer. New York, 1993.
82
Capítulo 4
A Metodologia da Problematização
e a Educação Farmacêutica
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
4 - A Metodologia da Problematização
e a Educação Farmacêutica
Autora: Maria Rita Carvalho Garbi Novaes
1.1 Introdução
85
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
Para que ocorra aprendizagem na fase adulta, é necessário que haja signifi-
cado para a vida da pessoa e, principalmente, que tenha utilidade, isto é, aquilo
que aprende hoje e poderá aplicar com brevidade. Portanto, a pedagogia voltada
para adultos deve emergir na realidade, ativando experiências prévias que des-
pertam a curiosidade e a vontade de aprender.
As teorias atuais sobre aprendizagem, motivação e cognição enfatizam a
importância de uma aprendizagem ativa. Muitos pesquisadores indicaram que a
competência não é conseguida primariamente por uma transmissão passiva de
conhecimentos centrada no professor, mas por meio de uma educação que pri-
vilegia a busca constante de informações e que estimule os aspectos cognitivos
por meio de atividades práticas.
A aquisição de conhecimentos básicos e clínicos, fundamentais para a for-
mação do farmacêutico na área assistencial, neste modelo de ensino, é favore-
cida com a interação do estudante e os diversos cenários de ensino, de modo
que permita ao estudante conhecer a realidade dos serviços de saúde e as ne-
cessidades da população em ambientes autênticos de aprendizagem com níveis
técnicos, de assistência e complexidades diferentes.
Considerando os processos de mudança no ensino em saúde e a demanda por
novas formas de trabalhar com o conhecimento no ensino superior, discutem-se dois
caminhos metodológicos inovadores no ensino na área de saúde: a aprendizagem
baseada em problemas (ABP) e a problematização. Enquanto recursos pedagógicos,
ambos os métodos contribuem ativamente no processo de ensino-aprendizagem.
A problematização, objeto deste capítulo visa à construção do conhecimen-
to no contexto de uma formação crítica e a ABP, discutida em capítulo anterior,
objetiva analisar os aspectos cognitivos do processo de construção de conceitos
e apropriação dos mecanismos básicos da ciência.
Ambos os métodos, a problematização e a ABP, levam à ruptura com a
forma tradicional de ensinar e aprender, estimulando a gestão participativa
dos protagonistas da experiência e reorganização da relação teoria/prática.
A crítica às possibilidades e limites de cada proposta, valendo-se da análise
de seus fundamentos teórico-metodológicos, permite concluir que experiências
pedagógicas apoiadas na ABP e/ou na problematização, podem representar um
movimento inovador no contexto da educação na área da saúde favorecendo rup-
turas e processos mais amplos de mudança, cujos recursos e estratégias didáticas
serão discutidas neste capítulo.
86
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
Teorização
Observação da Aplicação à
Realidade (Problema) Realidade (Prática)
REALIDADE
87
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
88
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
89
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
90
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
para idosos, entre outros que ajudam a comunidade a resolver os seus problemas
sociais.
A construção de ações e estratégias de controle de doenças e promoção da
saúde, de formação de recursos humanos, de controle social, de educação e de
comunicação em saúde, de integralidade da atenção, de intersetorialidade e de
eqüidade passa a fazer parte das agendas e perspectivas de busca conjunta de
soluções para os problemas evidenciados contando com docentes, estudantes e
profissionais da saúde.
91
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
92
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
93
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
94
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
95
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
96
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
97
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
98
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
Cabe também ao docente dar o retorno aos estudantes sobre o seu desem-
penho e aprendizagem, focando no desenvolvimento de competências, conhe-
cimentos e habilidades de acordo com o perfil do egresso requerido para estes
estudantes. Este autoconhecimento (metacognição) poderá levar a um maior
engajamento dos estudantes a superar as suas dificuldades de aprendizagem. A
idade e o amadurecimento também influenciam o processo motivacional, além
da habilidade, esforço, inteligência, interesse e adaptação, e certamente in-
fluenciam o desempenho do estudante e afetam a aprendizagem de um conceito.
99
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
Pan American Health Organization. Competencies of the Pharmacist for the Development of Phar-
maceutical Services Based on Primary Health Care and Good Pharmacy Practice. Technical
Group for the Development of Competencies for Pharmaceutical Services; 2013. Disponível
em http://www.paho.org/hq/index.php?option=com_content&view=category&layout=blog&
id=1265&Itemid=1177&lang=en&limitstart=5. Acesso em 11/04/2013.
Novaes MRCG, Lolas F, Quezada A. Ética y Farmácia. Una perspectiva Latinoamericana. Monografias
de Acta Bioethica n° 02. Programa de Bioética da OPS/OMS, 2009.
Quirino BCT, Del Muro Delgado R, Noguez MNA, Macin CSA. La formación farmacéutica mediante el
modelo de enseñanza-aprendizaje por Objetos de Transformación (Problem-Based Learning).
Arq Pharmaceutica 2000; 41(3): 279-286.
100
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
Ceccim RB, Feuerwerker LCM. O Quadrilátero da Formação para a Área da Saúde: Ensino, Gestão,
Atenção e Controle Social PHYSIS: Rev Saúde Coletiva 2004;14(1):41- 65.
Pintrich PR. A Motivational Science perspective on the Role of Student Motivationin Learning and
Teaching Contexts. In: Journal of Educational Psychology 2003;95(4): 667-686.
Simons PRJ. Transfer of learning: paradoxes for learners. International Journal of Educational
Research 1999;31:557 – 589.
Berbel NAN. A problematização e a aprendizagem baseada em problemas. Interface Comun Saúde
Educ 1998; 2:139-54.
Cyrino EG, Toralles-pereira ML. Trabalhando com estratégias de ensino-aprendizado por descoberta
na área da saúde: a problematização e a aprendizagem baseada em problemas. Cad. Saúde
Pública, 2004, 20(3): 780-788.
Mamede S, Penaforte J, Schmidt H, Caprara A, Tomaz JB, Sá H. Aprendizagem baseada em proble-
mas: anatomia de uma nova abordagem educacional. Fortaleza: Escola de Saúde Pública/São
Paulo: Editora Hucitec; 2001.
Epstein RJ. Learning from the problems of problem-based learning. BMC Medical Education 2004.
Sitio en Internet. Disponível em http://www.biomedcentral.com/content/ pdf/1472-6920-
4-1.pdf. Acesso em 05/01/2011.
Vasconcellos MMM. Aspectos Pedagógicos e Filosóficos da Metodologia da Problematização. In:
Berbel NN. Metodologia da Problematização: fundamentos e aplicações. Londrina: EDUEL,
1999.
Bordenave JD, Pereira A. Estratégias de Ensino-Aprendizagem. 29ª ed., Petrópolis: Vozes, 2008.
NOVAES MRCG, Lima ACV, Nogueira DY, Cerqueira F, Mello GF, Souza HS, Chiari KD, Cotta Junior
L, Gueiros MV, Leão MA, Ribeiro VC. Estudo etnográfico e de satisfação de profissionais e
usuários do Programa de Saúde da Família em Samambaia, Distrito Federal. Comunicação em
Ciências da Saúde 2010;21:289-300.
Albuquerque VS, Gomes AP, Alves de Rezende CH, Sampaio MX, Dias OV, Lugarinho RM. A Integra-
ção Ensino-serviço no Contexto dos Processos de Mudança na Formação Superior dos Profis-
sionais da Saúde. RBEM 2008; 32 (3): 356–362.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde. Saúde da Família: uma estratégia
para a reorientação do modelo assistencial. Brasília. Ministério da Saúde, 1997.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. O trabalho do agente comunitário de
saúde / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, 2009
Novaes MRCG, Silva AP, Brito CHMG, Silva HLD; Araújo IO, Silvério JS, Feitosa JAS, Araújo MPB,
Gonçalves RC, Pinto SHM, Lima TSR, Barros TTA. Conflito intergeracional na família. Relato
de caso de um projeto terapêutico singular. Comunicação em Ciências da Saúde 2013. Prelo.
Silverthorn DU. Teaching and learning in the interactive classroom. Advanced Physiology Edu-
cation 2006. Sitio en Internet. Disponível em http://advan.physiology.org/cgi/ content/
full/30/4/135. Acesso em 18/12/2007.
101
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
Brasil. Ministério da Saúde. Clínica Ampliada e Compartilhada. Brasília: Ministério da Saúde, 2009.
Coelho FLG, Savassi LCM. Aplicação de Escala de Risco Familiar como instrumento de prioriza-
ção das Visitas Domiciliares. Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade 2004;
1(2):19-26.
Rebelo L. Genograma familiar. O bisturi do Médico de Família. Rev Port Clin Geral 2007; 23:309-17.
Athayde ES, Gil CRR. Possibilidades do uso do genograma no trabalho cotidiano dos médicos das
equipes de saúde da família de Londrina. Revista Espaço para a Saúde, Londrina 2005;6(2):13-
22.
Eva KW. What every teacher needs to know about clinical reasoning, in: Medical Education
2004;39:98-106.
Dunphy BC & Williamson SL. In Pursuit of Expertise. In: Advances in Health Science Education
2004;9:107,-127.
Gomes AJPS, Ortega LN, Oliveira D. Dificuldades da avaliação em um curso de farmácia. Avaliação
2010;15(3):203-221.
Gil AC. Didática do ensino superior. Ed Atlas, 2006.
102
Capítulo 5
Estudo de Casos
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
5 - Estudo de Casos
Autor: Geraldo Alécio de Oliveira
5.1 Introdução
105
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
106
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
Não é uma metodologia, mas uma ferramenta ou técnica didática que deve
ser alternada com outras metodologias ou técnicas de aprendizagem. Logo, pode
ser utilizada tanto num currículo tradicional quanto num currículo inovador ba-
seado em metodologias ativas. Para ser considerada uma técnica ativa de apren-
dizagem, deverá estar centrada no estudante que é o ator responsável pelo
estudo, análise da situação e resolução do problema.
Sempre que, no ensino, é preciso levar o estudante a compreender uma
situação e a interpretar fatos como fundamento para uma ação posterior,
o método de casos pode e deve ser usado. Por meio dele, estimula-se a
formação de juízos da realidade e de juízos de valores. O estudante pode
aperfeiçoar-se no âmbito da comunicação e das relações humanas, quando se
penetra na fase da discussão do caso. Deve-se, portanto, procurar desenvol-
ver o espírito de grupo, o trabalho em equipe, a aprendizagem colaborativa,
a aceitação da opinião dos colegas, favorecendo a participação do maior
número de educandos e orientando-os no processo interativo que está em
processo.
Apesar de ser uma excelente ferramenta de aprendizagem, um currículo in-
teiro ministrado por meio de estudo de casos raramente será integrado, comple-
to e com adequada fundamentação teórica. Por isso, geralmente, esta ferramenta
é utilizada intercalada com outras técnicas ou metodologias. Vale a pena lembrar
que a variedade no uso de técnicas pode criar uma motivação especial para a
aprendizagem e para o envolvimento dos discentes. Aprender a usar uma ampla
variedade de técnicas capacita também o professor a se adaptar a qualquer am-
biente de aprendizagem e qualquer tipo de público estudantil que possa encon-
trar em sala de aula.
O estudo de casos em grupo, por tratar-se de técnica coletiva de aprendiza-
gem, traz algumas vantagens diferentes das técnicas usadas para aprendizagens
individuais, pois colabora para outras aprendizagens que não serão possíveis de
acontecer individualmente. Um estudante ensinando os outros sempre é uma
forma eficiente de aprendizagem que deve ser explorada nos ambientes de ensi-
no. Como outras técnicas de aprendizagem colaborativa, o caso apresenta várias
justificativas positivas para seu uso em educação superior:
107
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
108
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
109
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
110
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
111
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
112
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
113
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
1. Questões hipotéticas
114
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
Solicita-se ao estudante que descreva uma situação ideal. Por exemplo: Qual
você acredita ser a forma (o procedimento) ideal para? Estas questões são muito
úteis para avaliação do nível cognitivo.
4. Questões interpretativas
Você poderia afirmar que a ....... Estas questões se constituem numa tenta-
tiva de confirmar a interpretação do que foi dito pelos estudantes.
Outros exemplos de perguntas que exigem menor grau de raciocínio também
podem estimular a discussão como: Poderia me contar um pouco mais a respei-
to? Qual a causa, no seu entender? Qual a sua ideia em relação a este ponto?
Em outros momentos quando o estudante responde “não sei”, mas na verdade
não se dispõe a pensar, pode-se usar de perguntas como “Entendo que este é um
problema que geralmente não preocupa as pessoas, mas gostaria que me falasse
um pouco mais a respeito”.
Estas são estratégias para manter um ambiente agradável e prazeroso dentro
de sala de aula, mas o professor não deve esquecer que todo este processo faz
parte de um modelo de avaliação e o estudante está sendo pontuado por suas
práticas.
A primeira etapa para quem vai trabalhar com estudo de casos é o treina-
mento docente. É necessário aprofundar no domínio da técnica de ensino para
alcançar os melhores resultados na aprendizagem.
Outro ponto importante é o planejamento dos objetivos de aprendiza-
gem. O professor deverá ter o controle da sequência dos objetivos alcançados
de acordo com o escalonamento dos níveis de raciocínio. É necessário que o
estudante conheça, compreenda, interprete, analise, compare, discuta, ela-
bore proposta de solução, tome decisões e reflita sobre as decisões tomadas.
Portanto, dentro da sala de aula, o encadeamento das atividades deve seguir
esta ordem de raciocínio.
Outro ponto essencial é a escolha do caso. Conforme já descrito, um estudo
de caso é uma situação real. Portanto, uma situação não deve ser alterada ou
adaptada para atender as necessidades do ensino. Se necessário, os ajustes de-
vem ser os mínimos possíveis para alcançar os objetivos propostos, sem perder a
veracidade do ocorrido. Se o caso sofrer muitas alterações, deixa de ser um caso
é passa a ser um problema construído artificialmente. Por isso, muitos casos dis-
115
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
116
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
117
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
O estudo de casos é uma das técnicas de ensino ativas que apresenta maior
interdisciplinaridade, contemplando a visão de formação de profissional gene-
ralista, crítico e reflexivo, pois permite analisar a situação de maneira integral.
Quando planejado adequadamente, estimula o estudante a usar o cérebro total
durante a aprendizagem, favorecendo ao aluno alcançar níveis máximos de ra-
ciocínio de acordo com a Taxonomia de Bloom, além de substanciar a formação
psicomotora e socioafetiva.
Além de provocar a participação ativa dos estudantes, também estimula a
capacidade de aprender a aprender. Mas, para tal, é necessário definir princípios
e regras a serem observados ao longo de todo o processo de aprendizagem. Al-
guns fatores que favorecem o uso do estudo de casos como ferramenta ativa de
ensino são: planejamento detalhado, discussão da metodologia com os estudan-
tes (Taxonomia de Bloom, objetivos, cronograma de ações, critérios de avaliação
118
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
Estudo de caso 1:
Trata-se de caso julgado pelo TJ/SP no qual uma usuária vinha efetuando
tratamento em estabelecimento farmacêutico com Noripurum injetável, sem re-
ceber orientação sobre os efeitos colaterais do medicamento.
Após certo tempo de uso, começou a surgir manchas nas nádegas da usuá-
ria, que continuou com o tratamento após ser informada pelo aplicador que as
manchas sumiriam com o tempo.
Como as manchas foram aumentando e não sumiram, ela ajuizou ação con-
tra a drogaria, sendo que na perícia realizada nos autos, ficou registrado que as
manchas surgiram pela não utilização da técnica de aplicação em “Z” conforme
disposto na bula, fato confirmado em prova testemunhal.
Este é um estudo de caso real que integra conhecimentos das áreas de mor-
fologia, bioquímica, fisiologia, patologia, farmacoterapia, atenção farmacêutica,
aplicação de injetáveis, ética, deontologia e legislação farmacêutica. Também
podem se discutidos temas relacionados a química orgânica, físico-química e
tecnologia farmacêutica.
Estudo de caso 2:
Em março de 2010, um farmacêutico responsável técnico por uma drogaria
de uma grande rede do estado de São Paulo deparou-se com a seguinte situação
profissional: Estava conferindo o estoque de sua loja quando entrou um cliente
do sexo masculino, funcionário de uma empresa de construção civil local, com
cerca de 45 anos, que procurou pelo farmacêutico. O farmacêutico dirigiu-se
até o balcão onde se identificou. O senhor, que estava impaciente, reclamou de
coceira e ardor na virilha. Relatou que teve estes sintomas a uns 2 anos e que
por indicação de um amigo tratou com uma pomada. “Não lembrava o nome da
pomada”. Após algumas perguntas para conhecer melhor a história do usuário,
o farmacêutico orientou-o a procurar um médico. Indeciso, o cliente reclamou
que não tinha plano de saúde e que o agendamento de uma consulta na unidade
de saúde de seu bairro demorava mais de 60 dias. Após um tempo em silêncio,
o usuário solicitou uma “pomada de miconazol” referindo-se ao nome comercial
de um medicamento antifúngico que havia visto num comercial de TV no ano
anterior. O farmacêutico dispensou miconazol creme e orientou o usuário sobre
o uso adequado do medicamento.
119
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
Estudo de Caso 3:
Na Indústria de laticínios:
Com o objetivo de fixar a identidade e os requisitos mínimos de qualidade
que deve ter o leite pasteurizado, a instrução normativa governamental nº 51,
de 18 de setembro de 2002 aprovou os regulamentos técnicos de produção,
identidade e qualidade do Leite tipo A, do Leite tipo B, do Leite tipo C, do Leite
Pasteurizado e do Leite Cru Refrigerado. Dentre as definições de qualidade esta-
belecidas nessa instrução, está a abaixo descrita:
“Definição 2.1.1.2: Imediatamente após a pasteurização o produto assim
processado deve apresentar teste negativo para fosfatase alcalina, teste positivo
para peroxidase e coliformes 30/35ºC (trinta/trinta e cinco graus Celsius) menor
que 0,3 NMP/mL (zero vírgula três Número Mais Provável /mililitro) da amostra”
Com base na informação anterior, analise o caso abaixo:
“A Empresa de Laticínios Queijão Ltda., pasteuriza o leite cru, tipo A desti-
nado ao preparo de seus queijos. Diariamente, amostras de leites pasteurizados
seguem para análise no laboratório. Em novembro/2009, durante a vistoria da
vigilância sanitária, ao pesquisar as enzimas fosfatase alcalina e peroxidase,
obteve o seguinte resultado: fosfatase alcalina (+), peroxidase (+), peróxido de
hidrogênio (+), hidróxido de sódio (-) e coliformes totais menor que 0,3 NMP/
mL. Na recepção do leite enviado pela cooperativa de produtores, o teste de
estabilidade ao alizarol 72 % (v/v) mostrou resultado estável. Outros aspectos
analisados foram:
120
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
Este caso permite discutir temas como bioquímica dos alimentos, controle
de microrganismos (limpeza, desinfecção e esterilização), metabolismo micro-
biano, tecnologia de alimentos, Boas Praticas de Fabricação, validação e con-
trole de qualidade de alimentos, erros analíticos, saúde coletiva, toxicologia,
resistência bacteriana e uso de antimicrobianos em medicina veterinária, e ética
profissional.
121
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
122
Capitulo 6
Aprendizagem Baseada em Projetos
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
6.1 Contextualizando
1. metodologias diversificadas
2. conteúdos relevantes
3. valorização do grupo
125
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
Trabalho em grupo
Confrontar-se com problemas inesperados
Ensinar o que aprendeu
126
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
127
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
128
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
Observação da Realidade;
Pontos-Chave;
Teorização;
Hipóteses de Solução e
Aplicação à Realidade.
129
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
130
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
Uma armadilha que deve ser evitada, pois condena a APP ao insucesso, é
nivelar a tarefa por baixo, julgando os estudantes pouco competentes ou des-
preparados para o trabalho. Quanto mais desafiador for o projeto melhores serão
os resultados.
A APP inova ao propor um planejamento que começa pelo fim. Para a cons-
trução do projeto precisamos pensar onde queremos chegar, com um olhar vol-
tado para a realidade profissional do estudante, para a comunidade e principal-
mente para a saúde do cidadão. Para a primeira aproximação é fundamental uma
postura empreendedora, que valoriza e estimula a proatividade, a autonomia e a
responsabilidade.
Alguns determinantes devem ser observados para que a APP traga os melho-
res resultados:
131
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
132
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
133
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
Na prática docente, projetos pode ser uma técnica educacional ou uma me-
todologia de ensino-aprendizagem. Enquanto técnica pode ser definida como
um instrumento ou ferramenta utilizada no processo de ensino e aprendiza-
gem. Como metodologia compreende o conjunto, quando define os tipos de
abordagens de conteúdo, as técnicas didáticas utilizadas, os recursos didáticos
envolvidos, a estrutura das aulas e do curso, as atitudes e postura do professor
ao organizar e acionar os referidos elementos, e as ferramentas de avaliação da
aprendizagem. Neste capítulo, projetos será considerada uma metodologia de
ensino-aprendizagem uma vez que compreende todas as etapas do processo de
aprendizagem, desde o planejamento até a avaliação educacional.
Promover a formação acadêmica e profissional por meio da APP é uma das
abordagens inovadoras surgidas nos últimos anos, que está ocupando cada vez
mais espaço no ensino. É uma metodologia condizente com as demandas e ne-
cessidades sociais, uma vez que, projetos como ferramenta de gestão é uma
técnica muito utilizada para formalizar processos administrativos em ambientes
empresariais e de negócios. Em ambientes empresariais qualquer alteração ou
implementação de rotina, aquisição de nova tecnologia, ampliação de quadro de
colaboradores, investimento para aumento de produtividade, dentre outras, deve
ser suportada por um projeto de gestão. Assim, a experiência de trabalhar com
APP em ambientes acadêmicos subsidia a preparação do egresso para atuar no
mercado profissional.
134
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
135
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
136
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
idealizado e desenvolvido por ele, muitas vezes aplicável à realidade, que po-
derá ser apreciado com muita expectativa pelo empregador. É comum o egresso
ser contratado baseado nos seus projetos desenvolvidos durante a vivência no
ensino superior. Para o estudante trabalhador, o projeto também pode ser uma
oportunidade de mostrar sua melhoria de formação, uma vez que pode usar de
assuntos associados ao seu ambiente profissional.
Além do viés empreendedor, a APP também pode ser uma metodologia re-
volucionária para aprimorar a formação profissional em saúde pública. Os pro-
jetos podem ter forte cunho social e contemplar, por exemplo, a melhoria dos
procedimentos e serviços em ambientes públicos. Alinhar a metodologia com as
orientações governamentais para a formação de profissional na área da saúde,
incluindo os programas Pró-Saúde, PET-Saúde e residências multiprofissionais,
pode permitir alcançar resultados mais promissores.
137
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
ARAÚJO, U.L.; SASTRE, G. – Aprendizagem Baseada em Problemas no Ensino Superior. São Paulo,
Summus Editorial, 2009.
Buck Institute for Education – Aprendizagem Baseada em Projetos, 2ª edição. Editora Artmed,
2008.
GRAFF, E.; KOLMOS, A. – Management of change – Implementation of problem-based and projet-
based learning in ingineering. Roterdã: Sense Publishers, 2007.
KRISTEN, W. - Project-Based Learning Around the World. Learning & Leading with Technology,
2007. Http://www.iste.org/Content/NavigationMenu/
EducatorResources/YourLearningJourney/ProjectBasedLearning/PBL-around-the-world.pdf. Aces-
so em 11/01/2010.
KURZEL, F.; RATH, M. - Project Based Learning and Learning Environments. Issues in Informing
Science and Information Technology, v.4, p.503-507, 2010.
MOESBY, E. – Implementing project oriented and problem-based learning - POPBL – in institu-
tions or sub-institutions. World Transactions on Engineering and technology Education, v.5,
p.45-52, 2006.
SANTORO, F,.M; BORGES, M.R.S.; SANTOS, N. - Modelo de Cooperação para Aprendizagem Baseada
em Projetos: Uma Linguagem de Padrões. http://equipe.nce.ufrj.br/mborges/publicacoes/
SLPlop.pdf. Acesso em 11/01/2010.
TEIXEIRA, S.G.; SILVA, R.P.; SILVA, T.L.K.; HOFFMAN, A.T. - Implementação da aprendizagem basea-
da em projetos na geometria descritiva. 2007. http://www.degraf.ufpr.br/artigos_graphica/
IMPLEMENTACAO.pdf. Acesso em 11/01/2010.
THOMAS, J. - A review of research on project-based learning. Relatório técnico. Autodesk Founda-
tion, 2000. http://www.autodesk.com/foundation Acesso em 18/07/2008.
138
Capítulo 7
Avaliação da Aprendizagem Baseada em Problemas
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
Paulo Freire
7.1 Introdução
a) Objetivo Geral
Promover o aprofundamento sobre a avaliação da aprendizagem da Ins-
tituição de Ensino Superior (IES), através de reflexões críticas sobre as
fundamentações teóricas que orientam a proposta ABP.
b) Objetivos Específicos
• Aprofundar os conhecimentos teórico-conceituais básicos na área de
avaliação;
141
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
Avaliamos para
conhecer a
realidade em foco.
Indo por esse caminho, com relação aos desenhos curriculares que tomam
como referência os princípios da metodologia ativa e, consequentemente, mu-
danças no perfil profissional dos estudantes, torna-se imprescindível ressaltar
que os pressupostos que fundamentam essa teoria devem conduzir os objetivos
de aprendizagem, os métodos de ensino-aprendizagem e as atividades de ava-
liação, para que de forma articulada possam dar suporte aos estudantes a fim de
que alcancem objetivos definidos, desenvolvendo, assim, atividades de avaliação
que possibilitem a obtenção dos resultados desejados.
É nesse cenário que a discussão acerca da avaliação do ensino e da aprendi-
zagem intensifica-se. Discussão essa que se insere no debate da crise do modelo
142
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
143
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
Quais as suas
Qual o seu
experiências
conceito de
como avaliado
avaliação?
e avaliador?
Reflita sobre isso, antes de seguir adiante, pois essas reflexões serão impor-
tantes para as suas atitudes diante do processo de avaliação dos seus estudan-
tes.
Dando continuidade ao nosso tema, por que avaliar? Será que é importante ava-
liar? Ou melhor, para que se avalia?
Se a avaliação da aprendizagem tem a finalidade de diagnosticar as fragilidades
e potencialidades na construção de conhecimento e, a partir das informações,
tomar a decisão de como ajudar a superar as possíveis fragilidades encontradas,
então, avaliar é uma das etapas mais importantes do processo ensino-aprendi-
zagem.
Ao se concordar que a finalidade do processo de ensino – aprendizagem é a
de que o estudante aprenda, vamos precisar de estratégias e instrumentos que
nos ajudem a identificar se eles estão aprendendo. E ao se escolher um método
de aprendizagem, baseado nos princípios da metodologia ativa, essas estraté-
gias e instrumentos precisam ser coerentes com essa opção.
Diante disso, será que essa é a finalidade das provas cognitivas? E se é, será
que ela nos oferece subsídios suficientes para saber como o estudante aprendeu
os conhecimentos e habilidades que ele precisa para aquela determinada fase/
período?
144
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
Desse modo, será que as provas, por si só, tem potencial para subsidiar de-
cisões no sentido de superar dificuldades e avaliar as habilidades e atitudes, que
articulados aos conhecimentos construídos de forma teórica, podem e devem
revelar o perfil de competência esperado para aquela área temática curricular?
Ao tentarmos responder essa pergunta, devemos considerar que as provas,
por elas, só podem avaliar uma parte da estrutura cognitiva que é o conhecimen-
to elaborado da forma escrita, por suas limitações (tempo e forma).
Então, é possível, que o leitor esteja se perguntando: como controlar os
estudantes para que estudem se não através das provas? Será que o estudante
estudará se não tiver prova?
Não se trata de abolir a prova ou teste cognitivo, mas de compreender que
estes não podem ser os únicos instrumentos de avaliação, quando a proposta é
de formação integral, baseada em princípios ativos de aprendizagem. Geralmen-
te, fazemos perguntas de controle para garantir que o estudante estude, mas
precisamos de novas perguntas para novas situações. Vejamos:
Será que as estratégias de avaliação planejadas, conseguem fornecer um
diagnóstico aproximado do quanto o estudante conseguiu aprender?
Será que os instrumentos estão elaborados de forma adequada para que se
possa identificar as dificuldades que ainda permanecem, a partir do que elabora-
mos, ao final de cada processo, e os quais julgamos pertinentes?
145
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
146
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
147
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
Os parâmetros são:
Muito satisfatório 5
Satisfatório 4
Pouco satisfatório 3
Insatisfatório 2
Muito insatisfatório 1
148
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
149
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
150
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
7.8 Autoavaliação
151
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
ser os mesmos para avaliação dos pares. No início, pode acontecer resistência
ou pouco comprometimento com uma avaliação responsável e construtiva, mas
com a orientação do tutor que deverá ter um papel importante em consolidar a
função e responsabilidade de cada membro ativo no processo, isso aos poucos
vai sendo superado.
Também ao final do módulo, os estudantes devem avaliar o coordenador
de tutor e o tutor, além do módulo (conteúdo, objetivos de aprendizagem, bi-
bliografia disponível), que são fundamentais para consolidar modificações nas
possíveis fragilidades identificadas.
152
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
153
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
154
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
155
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
Ela deve ser realizada pela Comissão Própria de Avaliação (CPA) que coor-
dena e articula o processo interno de avaliação. Para que haja uma participação
significativa nessa avaliação, devem ser definidas estratégias de mobilização
articuladas com o setor de marketing, que garantam envolvimento, interesse e
engajamento da comunidade acadêmica, pois ela deverá orientar o planejamento
e gestão da IES com vistas a atingir o que preconiza a missão institucional.
A análise dos resultados promove mudanças que influenciam o processo de
aprendizagem proporcionando melhorias institucionais. Para consolidar de todos
estes processos avaliativos, torna-se necessário a elaboração de um Manual de
Avaliação da IES.
156
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
BRASIL. MEC. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), nº 9.394. Estabelece as diretrizes da
educação nacional. In: Diário Oficial da União. Brasília, 20 de dezembro de 1996.
VIANNA, HERALDO MARELIM. Avaliação Educacional. São Paulo: IBRASA, 2000.
LUCKESI, CIPRIANO CARLOS. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez, 1996.
SCRIVEN, M.. The Methodology of Evaluation. In R. Stake, Monograph Series on Curriculum Evalu-
ation, 1. Chicago: Rand Macnally, 1967.
PERRENOUD, PHILLIPE. Avaliação: da excelência à regularização das aprendizagens: entre duas
lógicas. Porto Alegre, Artmed, 1998.
DEMO, PEDRO. Universidade, aprendizagem e Avaliação. Porto Alegre: Mediação, 2004.
SANTOS GUERRA, MIGUEL ÁNGEL (1996). In BOGGINO, NORBERTO. A avaliação como estratégia de
ensino. Avaliar processos e resultados. Revista de Ciências da Educação, nº 9, mai/ago, 2009.
MANUEL, JUAN; MÉNDEZ, ÁLVAREZ. Avaliar para conhecer. Examinar para excluir. São Paulo: Art-
med, 2002.
PERRENOUD, PHILIPE.. Avaliação. Da Excelência à Regulação das Aprendizagens. Porto Alegre:
Artmed, 1999.
PERRENOUD, PHILIPE.. Os Ciclos de Aprendizagem: Um Caminho para Combater o Fracasso Escolar.
Porto Alegre: Artmed, 2003.
RAMOS, MARISE NOGUEIRA. Avaliação por competências. Disponível em http://www.epsjv.fiocruz.
br/dicionario/verbetes/avacom.html. Acesso em fevereiro de 2013.
BRASIL. Ministério da Saúde. Profae. Formação: humanizar cuidados de saúde – uma questão de
competência. Brasília, 2001.
157
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
Considerações Finais
158
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
Carlos Cecy
Presidente da ABENFARBIO
159
Metodologias Ativas
Aplicações e Vivências em Educação Farmacêutica
160