Tese Mest Jorge Dias Antunes
Tese Mest Jorge Dias Antunes
Tese Mest Jorge Dias Antunes
Orientadora:
Professora Doutora Cristina Faustino Agreira.
Agradecimentos
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Quero agradecer e expressar toda a minha admiração aos meus pais, por desde sempre
serem o exemplo ideal para mim e por terem sido os principais impulsionadores desta fase da
vida em que me encontro.
Por fim, mas certamente das pessoas mais importantes ao longo do período académico,
agradeço à Patrícia Onofre, que para além de namorada, é uma amiga excecional, e também
aos meus familiares e amigos, sem os quais seria impensável chegar ao fim desta etapa.
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Resumo
No relatório será feita uma pequena introdução a cada área de trabalho no qual foi
realizado o estágio e ainda a apresentação de alguns termos técnicos que foram tidos em conta
durante a execução das diversas tarefas.
No relatório está presente a análise das várias etapas da execução das linhas de média
tensão que se situam na vila de Oleiros e na aldeia de São João do Campo. Durante o
acompanhamento dos trabalhos nas linhas mencionadas foi possível ao autor analisar os
mapas de medições das obras acompanhadas, fazer o aprovisionamento do caderno de
encargos para o cliente (EDP) e proceder à receção do auto de medições dos projetos a
implementar.
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Página
vi
Abstract
This report represents the work done in the company Barata & Marcelino Engenharia
Energética S.A. which lasted 6 months.
It begins with a short introduction of the company where he held the stage, as well
with the presentation of his objectives
After that he made a small presentation of each one of the work areas in which he
inserted some technical terms taking into account when implementing the various tasks.
In this report, the analysis of the various stages of the implementation of medium
voltage lines that lie in the village of Oleiros and the village of São João do Campo. During
the follow up work mentioned the author was able to analyze the maps of measurements of
works accompanied, do supply specifications for the client (EDP) and proceed to the receipt
of the report of measurements of projects to implement.
Also, a study of the mechanical and electrical calculation of a 15kV overhead line that
serves to feed an urbanization located in São João do Campo is presented. The stage was held
in the operational area of Coimbra, where the company provides services to EDP Distribution
S.A. Much of the work done has as its central theme the distribution of electricity in low
voltage and medium voltage.
Attached to this report are presents the various documents and articles drawn up to
take into account during the stage that served as the basis for some conclusions.
Página vii
Índice
Agradecimentos ........................................................................................................................... i
Resumo ....................................................................................................................................... v
Abstract .....................................................................................................................................vii
Índice ......................................................................................................................................... ix
Índice de Figuras ...................................................................................................................... xv
Índice de Tabelas ..................................................................................................................... xix
Nomenclatura............................................................................................................................ xx
Abreviaturas: ..................................................................................................................... xx
Simbologia: .....................................................................................................................xxii
1-Introdução................................................................................................................................ 1
1.1-Enquadramento ................................................................................................................. 1
1.2-Objetivos........................................................................................................................... 2
1.3-Estrutura do Documento ................................................................................................... 3
2-Apresentação da empresa onde se realizou o estágio .............................................................. 5
3-Linhas de média tensão ........................................................................................................... 7
3.1-Elementos que constituem as linhas aéreas de média tensão ........................................... 7
3.1.1-Condutores ................................................................................................................. 7
3.1.2-Apoios utilizados em linhas de média tensão ............................................................ 8
3.1.2.1- Classificação de apoios ......................................................................................... 9
3.1.2.1.1-Apoios alinhamento ............................................................................................. 9
3.1.2.1.2-Apoios do tipo ângulo ........................................................................................ 10
3.1.2.1.3-Apoios do tipo alinhamento com derivação....................................................... 10
3.1.2.1.4-Apoios do tipo fim de linha ............................................................................... 10
3.1.2.1.5-Apoios do tipo reforço alinhamento .................................................................. 11
3.1.2.1.6-Apoios do tipo ângulo com derivação ............................................................... 11
3.1.3-Isoladores ................................................................................................................. 12
3.1.4-Armações ................................................................................................................. 14
3.1.5-Tipos de esforços ..................................................................................................... 16
3.1.5.1-Esforços Horizontais transversais ......................................................................... 16
3.1.5.2-Esforços Horizontais longitudinais ....................................................................... 16
3.1.5.3-Esforços Horizontais verticais .............................................................................. 16
3.2-Cálculo mecânico de linhas aéreas MT .......................................................................... 17
3.2.1-Fundações ................................................................................................................ 17
Página ix
3.2.2- Profundidade das fundações dos apoios ................................................................. 19
3.2.3-Verificação da estabilidade dos maciços ................................................................. 20
3.2.4-Distâncias regulamentares entre condutores e elementos exteriores à linha ........... 20
3.2.4.1-Distâncias minima dos condutores em relação as habitações .............................. 20
3.2.4.2-Distâncias dos condutores a obstáculos diversos ................................................. 20
3.2.4.3-Distâncias dos condutores em relação ao solo ..................................................... 20
3.2.4.4-Distâncias mínima entre os condutores e as árvores ............................................ 20
3.2.4.5-A distância estabelecida entre os condutores ....................................................... 20
3.2.5-Estados atmosféricos ............................................................................................... 20
3.2.6-Ação dos agentes atmosféricos sobre as linhas ....................................................... 25
3.2.7-Tensão máxima aplicada nos vãos de uma linha aérea de média tensão................. 25
3.2.8-Coeficientes de sobrecarga ...................................................................................... 26
3.2.9-Vão crítico ............................................................................................................... 27
3.2.10-A tensão de montagem .......................................................................................... 27
3.2.11-Determinação da regulação de flechas .................................................................. 28
3.3-Cálculo elétrico .............................................................................................................. 30
3.3.1-Dimensionamento da corrente de serviço ............................................................... 30
3.3.2-Dimensionamento das perdas de energia ................................................................ 31
3.3.3-Cálculo da máxima corrente de curto-circuito admissível ..................................... 32
3.3.4-Cálculo das quedas de tensão .................................................................................. 33
3.4-Conclusão ....................................................................................................................... 35
4-Rede de Baixa Tensão .......................................................................................................... 37
4.1-Introdução ...................................................................................................................... 37
4.2-Assistência à rede e a clientes ........................................................................................ 38
4.2.1-Ligação de um novo cliente BT .............................................................................. 39
4.2.2-Método de processamento de execução de projeto de remodelação de um ramal ou
ligação de um novo cliente a rede por parte da EDP ........................................................ 40
4.2.3-Níveis de tensão de ligação à rede........................................................................... 41
4.3-Tipos de Infraestruturas de Ligação à rede .................................................................... 43
4.3.1-Ligação de clientes a redes aéreas ........................................................................... 43
4.3.2-Ligação a redes subterrâneas ................................................................................... 43
4.3.3-Ligação a redes mistas ............................................................................................. 44
4.4-Equipamentos a utilizar em trabalhos de baixa e média tensão ..................................... 45
4.4.1-Caixa de portinhola ................................................................................................. 45
4.4.2-Fusíveis e respetivas bases ...................................................................................... 47
Página x
4.4.3-Caixas de contagem (caixa de contador) ................................................................. 47
4.4.4-Condutores utilizados nos ramais de BT ................................................................. 48
4.5-Exemplos de ligação de caixas de contador e portinhola ............................................... 48
4.5.1-Redes aéreas ............................................................................................................. 49
4.5.1.1-Ligação a edifícios com e sem pilar ...................................................................... 49
4.5.1.2-Edifício sem Muro ................................................................................................ 49
4.5.2-Redes subterrâneas ................................................................................................... 50
4.5.2.1- Edifício com Muro ............................................................................................... 50
4.5.2.2-Redes sem Muro ................................................................................................... 50
4.5.3-Ligação de edifícios coletivos .................................................................................. 51
4.6-Dimensionamento de rede BT ........................................................................................ 52
4.6.1-Cálculos elétricos para efetuar o dimensionamento de novos clientes .................... 52
4.6.1.1-Queda de tensão .................................................................................................... 52
4.6.1.2-Corrente de serviço ............................................................................................... 52
4.6.1.3-Proteção contra sobre cargas ................................................................................. 52
4.6.1.4.-Corrente de curto-circuito .................................................................................... 52
4.6.1.5-Comprimentos máximos protegidos contra curto-circuitos (Lmax) ..................... 52
4.6.1.6-Seletividade de Proteções ..................................................................................... 52
4.6.2-Redes iluminação pública ........................................................................................ 58
4.6.2.1-Método teórico ...................................................................................................... 58
4.6.2.2-Software INDALWIN ........................................................................................... 60
4.6.2.2.1-Método utilizado pelo INDALWIN para determinar as distâncias entre
luminárias .......................................................................................................................... 61
4.6.2.2.2-Exemplo de inserção de dados ........................................................................... 63
4.6.2.3-Distribuição dos pontos de luz nos cruzamentos .................................................. 64
4.6.2.4-Ligações dos circuitos de iluminação pública ...................................................... 65
4.6.2.5-Circuito terras da rede de iluminação pública....................................................... 66
4.7-Conclusão ....................................................................................................................... 67
5-Tarefas de manutenção acompanhadas durante o estágio .................................................... 69
5.1-Introdução ....................................................................................................................... 69
5.2-Manutençao das redes de iluminação pública (RIP´s).................................................... 69
5.3-Manutenção e implementação de postos de transformação ........................................... 70
5.3.1-Classificação dos postos de transformação: ............................................................. 71
5.3.1.1-Aéreos (tipo A, AS ou AI) .................................................................................... 71
5.3.1.2-Cabina Alta (tipo CA1 ou CA2) ........................................................................... 71
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5.3.1.3-Cabina Baixa/pré-fabricado .................................................................................. 71
5.3.2-Ações de inspeção em PT´s ..................................................................................... 74
5.3.3-Ações de manutenção de PT´s................................................................................. 74
5.3.4-Material de proteção individual utilizado pelos técnicos de limpeza dos postos de
transformação ................................................................................................................... 76
5.4-Trabalhos realizados nas redes em tensão...................................................................... 78
5.4.1-Abertura e fecho de circuitos elétricos .................................................................... 78
5.4.2-Abertura e fecho de circuitos elétricos em vazio .................................................... 78
5.4.3-Abertura e fecho de circuitos elétricos em carga .................................................... 78
5.4.4-Manutenção de seccionador .................................................................................... 79
5.4.5-Montagem de apoio em alinhamento ...................................................................... 80
5.5-Conclusão ....................................................................................................................... 82
6- Planificação, montagem e execução de trabalhos................................................................ 83
6.1-Dimensionamento da linha aérea de média tensão de S. João do Campo ..................... 83
6.1.1-Cálculo elétrico de São João do Campo .................................................................. 85
6.1.1.1-Dimensionamento da corrente de serviço ............................................................ 85
6.1.1.2-Perdas de energia .................................................................................................. 85
6.1.1.3-Derminação da intensidade da corrente de curto-circuito máxima admissível .... 85
6.1.1.4-Determinação das quedas de tensão ..................................................................... 85
6.1.2-Cálculo mecânico .................................................................................................... 91
6.1.2.1-Hipóteses de cálculo ............................................................................................. 91
6.1.2.1.1-Hipóteses de cálculo dos apoios de ângulo ....................................................... 91
6.1.2.1.2-Hipóteses de cálculo dos apoios de derivação................................................... 95
6.1.2.1.3-Cálculo dos esforços aplicados no apoio ângulo ............................................... 96
6.1.2.1.4-Cálculo dos esforços aplicados no apoio derivação .......................................... 98
6.1.2.2-Afastamento entre condutores ............................................................................ 102
6.1-Conclusão ..................................................................................................................... 107
7-Descriminação da execução de trabalhos ........................................................................... 109
7.1-Introdução .................................................................................................................... 109
7.2-Piquetagem ................................................................................................................... 109
7.3- Fundações.................................................................................................................... 110
7.4-Passagem de condutores............................................................................................... 113
7.5-Regulação de linhas (condutores) ................................................................................ 114
7.6-Ligações à terra ............................................................................................................ 115
7.6.1-Posto de transformação: ........................................................................................ 116
Página xii
7.9-Conclusão ......................................................................................................................... 118
8-Conclusão e perspetivas de desenvolvimentos futuros ....................................................... 119
9-Bibliografia ......................................................................................................................... 121
Anexo I ................................................................................................................................... 125
Perfil da linha (São João do Campo) .................................................................................. 125
Anexo II .................................................................................................................................. 127
Mapa de medições (São João do Campo) ........................................................................... 127
Anexo III ................................................................................................................................ 129
Cálculo mecânico. ............................................................................................................... 129
Determinação da tensão de montagem ............................................................................ 131
Determinação das flechas dos condutores ....................................................................... 138
Determinação das distâncias mínimas entre os condutores ............................................ 138
Anexo IV ................................................................................................................................ 139
Verificação da estabilidade dos apoios. .............................................................................. 139
Página xiii
Índice de figuras
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Figura 4.12-Ligação a partir de rede aérea de edifícios com uma instalação de utilização
dotados de muro com pilar à esquerda e sem pilar à direita da imagem .................................. 51
Figura 4.13-Ligações em instalações coletivas ........................................................................ 51
Figura 4.14-Método da determinação da iluminância utilizado pelo INDALWIN ................. 61
Figura 4.15-Método de pontos utilizado pelo INDALWIN ..................................................... 61
Figura 4.16-Inserção de dados no INDALWIN ....................................................................... 63
Figura 4.17-Dados obtidos sobre os níveis de iluminação do INDALWIN ............................ 63
Figura 4.18-Regras de disposição das armaduras num entroncamento ................................... 64
Figura 4.19-Regras de disposição das armaduras numa curva ................................................ 64
Figura 4.20-Ligação de rede aérea I.P. a um PT ...................................................................... 65
Figura 4.21-Ligação da rede aérea I.P. a infraestruturas já existentes ..................................... 65
Figura 4.22-Ligação de rede subterrânea I.P. a um PT ............................................................ 65
Figura 6.1-Localização da rede aérea de média tensão de São João do Campo ...................... 84
Figura 6.2-Levantamento topográfico da Bora de São João do Campo .................................. 85
Figura 6.3-Esquema representativo de uma armação GAN ..................................................... 89
Figura 6.4-Esquema representativo de uma armação HRF...................................................... 89
Figura 6.5-Representação dos esforços exercido num apoio em ângulo ................................. 96
Figura 6.6-Representação de um apoio derivação ................................................................... 99
Figura 7.1-Exemplo de piquetagem de uma linha Urbanização São João do Campo ........... 110
Figura 7.2-Exemplo de como devem ser executadas piquetagem ......................................... 110
Figura 7.3-Abertura de caboucos de um apoio metálico (Oleiros) ........................................ 111
Figura 7.4-Regulação das bases de um apoio metálico (Oleiros) .......................................... 111
Figura 7.5-Diversas etapas de betonagem de um apoio de betão .......................................... 112
Figura 7.6-Reposição pavimentos. ......................................................................................... 113
Figura 7.7- Determinação da flecha de montagem num vão nivelado................................... 114
Figura 7.8-Sistema de terras apoio MT .................................................................................. 115
Figura 7.9-LAMT ligação à terra ........................................................................................... 115
Figura 7.10-Sistema de terras de posto de transformação aéreo ........................................... 117
Página xvi
Página xvii
Índice de tabelas
Tabela AIV. 1-Dimensionamento dos esforços exercidos nos apoios ................................... 141
Tabela AIV. 2-Conversão de grados para ângulos ................................................................. 143
Tabela AIV. 3-Determinação dos ângulos β1,β2,βd .............................................................. 143
Tabela AIV. 4-Referência dos apoios MT implementados na obra de São João do Campo.. 144
Página xix
Nomenclatura
Abreviaturas:
AO - Área Operacional;
AT - Alta Tensão;
BT - Baixa Tensão;
DL - Decreto-lei;
IP - Iluminação Pública;
MT - Média Tensão;
PT - Posto de Transformação;
Página xx
TET - Trabalho em tensão;
Página xxi
Simbologia:
Cálculo elétrico:
W - Watt;
kW - Kilowatt
MW - Megawatt;
% - Percentagem;
Is - Corrente de serviço;
P - Potência;
Us - Tensão simples;
Uc - Tensão composta;
l - Distância;
X - Reactância;
L - Indutância;
h - Altura;
ΔU - Queda de tensão;
S - Secção do condutor;
R - Resistência do condutor;
r - raio do condutor;
- Resistividade do condutor;
Página xxii
Cálculo mecânico:
H - Altura;
D - distância;
Α - Coeficiente de redução;
c - Coeficiente que varia com os condutores e cabos de guarda nos apoios e travessas nos
isoladores;
Página xxiii
Página xxiv
Relatório de estágio de Final de Curso 2011/2012
1-Introdução
1.1-Enquadramento
Em Portugal, pode afirmar-se que existem quatro níveis de redes aéreas, sendo estas as
linhas de Baixa Tensão (BT) (400 V/230 V), Média Tensão (MT) (30kV, 15kV, 6 kV), Alta
Tensão (AT) (100 kV, 60 kV) e Muito Alta Tensão (MAT) (400kV, 220kV, 150 kV.
Página 1
Relatório de estágio de Final de Curso 2011/2012
Devido à riqueza e variedade das atividades e conceitos apreendidos nesta área o autor
optou por demonstrar as atividades dos técnicos durante todo o processo de instalação e
manutenção. Todas as atividades seguem um objetivo e nesse sentido, é necessária uma
análise e verificação permanente aos processos que diariamente são implementados, para
garantir os objetivos propostos.
1.2-Objetivos
No início do estágio foi elaborado uma lista de tarefas através das quais o autor
poderia contribuir, durante o mesmo, proporcionando o bom funcionamento da empresa
considerando as disponibilidades e necessidades da mesma.
Página 2
Relatório de estágio de Final de Curso 2011/2012
1.3-Estrutura do Documento
No terceiro capítulo, é abordado o tema das redes de Média Tensão, desde a sua
construção, passando pelos materiais utilizados. Neste capítulo são ainda apresentados os
métodos que permitem dimensionar o cálculo elétrico e mecânico de linhas aéreas de média
tensão.
Página 3
Relatório de estágio de Final de Curso 2012/2013
A empresa Barata & Marcelino Engenharia Energética S.A. foi fundada em 1985 e
encontra-se sedeada em Adémia de Cima, Coimbra. A empresa tem como missão a conceção,
execução e gestão de obras públicas e privadas, com a qualidade que é reconhecida por forma
a obter a satisfação e corresponder as exigências impostas pelos clientes, cumprindo as
normas de segurança e higiene no trabalho e o respeito pelo meio ambiente. A figura 2.1
representa o logotipo da empresa onde o autor realizou o estágio.
Página 5
Relatório de estágio de Final de Curso 2012/2013
Os procedimentos efetuados pela empresa “Barata & Marcelino SA“ quando tem
como tarefa a execução de um projeto de implementação de uma rede de média tensão são:
Receção do projeto e execução de um levantamento com os dados dos proprietários
dos terrenos onde está prevista a implementação da linha.
Execução da piquetagem do terreno.
Execução dos caboucos e dos maciços da fundação. O respetivo arvoamento de postes
situados nas marcações efetuadas na fase de piquetagem.
Execução dos trabalhos de passagem de linhas, amarrações e regulação de flechas.
Acompanhamento de auditorias por parte de técnicos responsáveis da EDP.
3.1.1-Condutores
Página 7
Relatório de estágio de Final de Curso 2012/2013
Os condutores de alumínio-aço são constituídos com uma alma-aço que é envolvida
por várias camadas de alumínio, sendo estas camadas enroladas em hélice.
Este tipo de condutores é constituído de forma multifilar o que torna este tipo de
condutor mais flexível. A tração mecânica é assegurada exclusivamente pela parte interior
(aço) do condutor e a passagem de corrente alternada é assegurada exclusivamente pelo
alumínio que se encontra na superfície do condutor. A figura 3.1 representa constituição física
do condutor alumino aço [Octávio Madureira, 2009].
Numa linha aérea um apoio é constituído pelo poste, fundação e pelos elementos que
suportam os condutores.
Na atualidade existem dois tipos de apoios nas redes aéreas de distribuição de energia,
os apoios de betão e os apoios metálicos, sendo os apoios de betão preferencialmente
Página 8
Relatório de estágio de Final de Curso 2012/2013
adotados porque apresentam um menor custo de implementação e têm também a vantagem de
possuírem uma menor área de fundações comparativamente aos postes metálicos.
3.1.2.1-Classificação de apoios
3.1.2.1.1-Alinhamento
Página 9
Relatório de estágio de Final de Curso 2012/2013
3.1.2.1.2-Apoios do tipo ângulo
Este tipo de apoios corresponde aos apoios situados num ângulo da linha [EDP,1992].
A figura 3.3, esboça os esforços que são exercidos num apoio em ângulo.
São apoios nos quais são estabelecidas uma ou mais derivações para outras linhas ou
para Postos de transformação [EDP, 1992]. A figura 3.4, esboça os esforços que são exercidos
num apoio em alinhamento com derivação.
Figura 3. 4-Representação dos esforços exercidos num apoio em alinhamento com derivação
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Relatório de estágio de Final de Curso 2012/2013
locais onde se efetua a passagem de rede aérea a subterrânea [EDP,1986]. A figura 3.5,
esboça o esforço que é exercido num apoio em fim de linha.
Este tipo de apoios têm a mesma função dos apoios em alinhamento mas é utilizado
quando suporta trações mais elevadas [EDP, 1992]. A figura 3.6, esboça os esforços que são
exercidos num apoio do tipo reforço em alinhamento.
São apoios nos quais são estabelecidas uma ou mais derivações para outras linhas ou
para Postos de Transformação, situados num ângulo da linha [EDP, 1992]. A figura 3.7,
esboça os esforços que são exercidos num apoio em ângulo com derivação.
Página 11
Relatório de estágio de Final de Curso 2012/2013
Figura 3. 7-Representação dos esforços exercidos num apoio em ângulo com derivação
3.1.3-Isoladores
Os isoladores têm como função evitar a passagem de corrente elétrica entre os condutores
e os apoios evitando deste modo um curto-circuito fase-terra. Os isoladores são utilizados nas
cadeias de amarração ou suspensão e suportam os esforços mecânicos exercidos pelos
condutores [EDP, 1992].
A figura 3.8 retrata os fatores que provocam o mau isolamento dos isoladores.
Página 12
Relatório de estágio de Final de Curso 2012/2013
verificar-se em dias de temporais ou sobretensões que transitam nas linhas [José Nunes,
2007].
Figura 3. 8-Fenómenos que provocam o mau isolamento dos isoladores [ José Nunes, 2007]
Como já foi mencionado anteriormente em linhas de alta e média tensão os isoladores são
utilizados em cadeias de amarração em apoios de ângulo, fim de linha e de reforço. Os
isoladores utlizados nas cadeias de suspensão utilizam-se em apoios de alinhamento. Esta
informação está referida no artigo 38º do R.S.L.E.A.T. (Regulamento de Segurança de Linhas
Elétricas de Alta Tensão).
Página 13
Relatório de estágio de Final de Curso 2012/2013
3.1.4- Armações
As armações são dispositivos metálicos que se colocam no topo de um apoio onde são
amarrados os condutores através dos isoladores. Existem diversas formas de armações sendo
este elemento alvo de normalização por parte da EDP Distribuição, S.A [EDP, 1992]. As
figuras 3.9; 3.10; 3.11; 3.12; 3.13; 3.14; 3.15 e 3.16 representam os vários tipos armações
observados pelo autor durante o período de estágio.
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Relatório de estágio de Final de Curso 2012/2013
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Relatório de estágio de Final de Curso 2012/2013
Figura 3. 16-HPT4 (Esteira Horizontal, utilizada em apoios fim de linha albergando PT aéreo)
3.1.5-Tipos de esforços
Os esforços transversais resultam da força exercida pelo vento quando este sopra em
sentido perpendicular aos traçados na linha elétrica, quando existe derivação ou quando os
condutores formam um ângulo no apoio .
3.1.5.3-Esforços verticais
Os esforços verticais exercidos nos apoios resultam do peso dos condutores, mas
também se podem verificar em determinadas zonas onde seja favorável a formação de gelo
nas linhas. O peso do gelo em vãos de grande comprimento também pode ser considerável
[Octávio Madureira, 2009]
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Relatório de estágio de Final de Curso 2012/2013
3.2-Cálculo mecânico de linhas aéreas MT
O cálculo mecânico tem como objetivo o dimensionamento dos apoios de modo a que estes
consigam suportar os esforços exercidos pelos condutores elétricos, tendo em conta as forças
resultantes dos fenómenos climatéricos mais adversos, garantido que os condutores se
encontram a uma altura de segurança de acordo com o Regulamento para Linhas Aéreas de
Alta Tensão ate 30kV -Edição DGE [R.L.A.A. T, 1986].
3.2.1-Fundações:
Segundo o artigo 74º do R.S.L.E.A.T o cálculo dos maciços deve ser feito com base
no método de Sulzberger .
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Relatório de estágio de Final de Curso 2012/2013
Para dimensionar os maciços da fundação dos postes é necessário ter em conta os
seguintes aspetos:
A figura 3.17 representa como são implementados os maciços nos apoios metálicos e
nos apoios de betão.
Figura 3. 17-Maciços para apoio de betão e para apoio metálico [Octávio Madureira,2009]
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Tabela 3. 1-Índices do coeficiente de compressibilidade a 2m de profundidade
[R.S.L.E.A.T, 1992]
Coeficiente de compressividade a 2 m
Tipo de terreno
de profundidade ( /cm3)
Lodo, turfa e terreno pantanoso em geral 0
Areia fina e média, até 1mm de grão 6a8
Areia grossa ate 3mm de grão com pelo menos 1/3 do
8 a 10
volume de calhau rolado com 70mm de diâmetro
Terreno mole 0
Mole facilmente amassável 2a4
Terreno coerente (barro, argila) Consistente amassável 5a7
Médio 8
Rijo 9
Onde:
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3.2.3-Verificação da estabilidade dos maciços
A verificação da estabilidade dos apoios utilizados numa linha LAMT (Linha Aérea de
Média Tensão) consiste em dimensionar o apoio tendo em conta todas as situações que podem
existir considerando os seguintes fatores:
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As situações apresentadas no presente ponto do relatório representam algumas das situações
encontradas durante o acompanhamento dos diversos trabalhos ao logo do período de estágio.
Em que:
o D representa a distância mínima entre os condutores e a habitação;
o U representa em kV a tensão nominal da linha em questão.
Quando a travessia dos condutores que não ocorre por cima da casa mas, próximo das
paredes laterais da habitação, a distância dos condutores desviados pelo vento deve
obedecer a distância mínima apresentada na figura 3.18, em que D representa a
distância apresentada na expressão anterior.
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3.2.4.4- Distância mínima entre os condutores e as árvores
No artigo 28º há uma cláusula onde é mencionado que a distância mínima entre os
condutores e as árvores deve ser de 2.5m.
√( )
Em que:
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d=Comprimento das cadeias de isoladores, tendo em conta possíveis oscilações
transversais da linha.
k=Coeficiente que está dependente da natureza dos condutores e tem os seguintes
valores:
1. 0.6 Para condutores de cobre e alumínio-aço;
2. 0.7 Para condutores de liga de alumínio;
3.2.5-Estados atmosféricos
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3.2.6-Ação dos agentes atmosféricos sobre as linhas
No cálculo das LAMT a ação do vento deverá considerar-se atuando numa direção
horizontal e a força resultante da sua ação deve considerar-se paralela àquela direção e será
determinada pela seguinte expressão R.S.L.E.A.T.
=α*c*q*s
Em que:
3.2.7-Tensão máxima aplicada nos vãos de uma linha aérea de média tensão
Onde :
Depois de analisados vários projetos executados pela empresa pode concluir-se que o
valor da tensão específica para linhas com uma tensão composta até 15kV e com
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comprimentos de vão inferiores a 50m tem um valor aproximado de 5 / e para os
restantes casos o valor da tensão especifica têm um valor aproximando de 9 / .
3.2.8-Coeficientes de sobrecarga
√( [ ])
Em que:
m= Coeficiente de sobrecarga
=Peso especifico do gelo (kg. )Art.16º do R.S.L.E.A.T;
=Peso especifico volumétrico do condutor (kg/m);
=Diâmetro Total (onde ) (mm2);
= Espressura da Manga de Gelo;
=Diâmetro do condutor (mm2);
=Força proveniente da ação do vento (N);
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3.2.9-Vão crítico
Designa-se como vão crítico, o vão de referência que está sujeito a uma determinada
tensão máxima no qual os condutores do referido vão são expostos a uma tensão máxima no
estado de inverno e no estado de primavera [R.S.L.E.A.T, 1992].
Em que:
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=Comprimento do vão (m);
= Peso especifico linear do condutor (kg.m-1).
=Coeficiente de dilatação térmica (ºC-1);
1, 2=Coeficientes de sobrecarga dos estados atmosféricos de inverno e de
primavera respetivamente;
Figura 3. 19-Fluxograma que permite determinar o estado mais desfavorável de montagem [J. M.
Forte,2006]
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O cálculo das flechas dos condutores em vão em patamar e vão desnivelado calcula-se
de modo diferente, mas segundo as indicações do documento ‘’Recomendações para linhas
aéreas de alta tensão até 30kV’’ editado pela EDP-Distribuição, utiliza-se para o cálculo das
flechas de regulação a expressão do vão em patamar independentemente da classificação do
vão [R.S.L.E.A.T, 1992].
Onde :
Para determinar o fecha dos condutores considera-se que a temperatura ambiente de 50ºC.
A regulação dos vãos é feira através da porção da linha que está compreendida entre os
apoios que se pretende efetuar a regulação dos condutores.
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3.3-Cálculo elétrico
O cálculo elétrico aplicado a uma rede de média tensão têm como objetivo
dimensionar a corrente de serviço de um linha de transporte de energia com o intuito de obter
a secção transversal dos condutores a utilizar, tendo em conta as limitações técnicas e
mecânicas dos condutores. As componentes a dimensionar no cálculo elétrico consistem na
corrente de curto-circuito admissível, corrente de serviço, quedas de tensão e perdas de
energia.
O valor do fator de potência utilizado é igual a 0,85, porque as linhas de média tensão
analisadas durante o estágio alimentam na grande maioria instalações tipicamente de uso
doméstico ou com baixo consumo de energia elétrica por parte de clientes industriais.
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3.3.2-Dimensionamento das perdas de energia
[ ]
= Resistividade do condutor;
= Resistividade do condutor a 20ºC.
= Coeficiente de termo-resistividade.
=Temperatura ambiente do local (ºC)
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3.3.3-Cálculo da máxima corrente de curto-circuito admissível
Cobre 4,419
Alumínio-Aço 6,902
Ligas de alumínio 6,981
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Para determinar o valor da indutância é inevitável saber qual o tipo de armação que é
utilizado na linha, porque o tipo armação está diretamente relacionado com as distâncias dos
condutores entre si.
[ ]
No cálculo da indutância deve-se optar pela maior distância entre condutores, porque
corresponde ao maior valor da indutância e por sua vez existe uma maior queda de tensão.
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Por fim a expressão que permite determinar a queda de tensão nos condutores de uma
linha aérea é:
√ [ ](V)
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3.4-Conclusão
As linhas aéreas de média tensão são compostas por apoios, armações, isoladores e
condutores elétricos. Para determinar a secção dos condutores elétricos a utilizar num ramal
aéreo de média tensão é necessário efetuar o dimensionamento das correntes de serviço e de
curto-circuito, o cálculo das perdas de energia e quedas de tensão.
Fundações dos apoios tendo em conta o tipo de solo no qual se pretende inserir
um apoio.
Distâncias regulamentares entre condutores e elementos exteriores à linha
tendo em conta a ação dos fenómenos atmosféricos, como o calor que interfere
com a flecha máxima dos condutores e o vento que pode fazer com que os
condutores entrem com contacto entre si provocando um curto-circuito.
A estabilidade dos apoios tendo em conta os fenómenos atmosféricos mais
adversos como o gelo que fica acumulado nos condutores aumentando assim o
esforço de tração dos condutores exercidos nos apoios.
Tração máxima aplicada aos vãos de uma linha aérea de média tensão.
Ação dos agentes atmosféricos sobre as linhas.
A regulação de flechas.
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4.1-Introdução
As redes elétricas de baixa tensão, são designadas por redes de distribuição em BT.
Este tipo de rede está frequentemente sujeito a alterações, modificações e expansões. As
inúmeras modificações das redes de baixa tensão devem-se essencialmente à necessidade de
alimentação de novos clientes, mas também à necessidade de garantir um bom funcionamento
da rede, uma vez que redes existentes de baixa tensão, se encontram muito degradadas
existindo deste modo a necessidade de melhorar a qualidade de serviço.
Na presente data as redes de baixa tensão tem uma topologia radial como demostra a
figura 4.1.
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4.2-Assistência à rede e a clientes
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4.2.1-Ligação de um novo cliente BT
Depois de analisados os requisitos da rede para que se possa proceder a execução dos
trabalhos e de estarem garantidas todas as condições, para que seja possível conceber as novas
instalações de forma a não causar perturbações ao normal funcionamento da rede a empresa
prestadora de serviços terá um prazo de vinte dias úteis para executar os trabalhos, caso não
seja cumprido o prazo de entrega a empresa responsável pela execução dos trabalhos sofre
uma penalização por parte da EDP Distribuição. A figura 4.3 representa o processo necessário
para que seja possível ser feita uma nova ligação a rede de baixa tensão por parte de um novo
cliente.
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Figura 4. 3-O resumo do processo necessário para se efetuar uma ligação à rede de baixa tensão
[EDP,2011]
Numa segunda fase dos trabalhos depois de recolhidas as informações necessárias para
o projeto, procede-se então com o dimensionamento das redes elétricas.
Numa última etapa deverão contactar-se, no caso das câmaras municipais, as pessoas
responsáveis pelas infraestruturas elétricas do município com intuito de discutir o projeto
realizado e esclarecer eventuais aspetos não considerados no mesmo.
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São identificados os tipos de condutores utilizados nas chegadas bem como os apoios
onde essas são efetuadas;
São identificados os postos de transformação que alimentam a rede existente;
BTN BTE MT
BT≤1Kv 1kv<MT≤45kV
P≤41,4KVA P>41,4KVA P≤10MVA
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Tabela 4. 2-Escalões de potência contratável em baixa tensão normal [ EDP,2011]
Monofásico Trifásico
P (kVA) In (A) P (kVA) In (A)
1,15 5 6,9 3*10
2,3 10 10,35 3*15
3,45 15 13,8 3*20
4,6 20 17,25 3*25
5,75 25 20,7 3*30
6,9 30 27,6 3*40
10,35 15 34,5 3*50
13,8 60 41,4 3*60
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4.3-Tipos de Infraestruturas de Ligação à rede
As ligações através de redes aéreas são concebidas por condutores que são suportados
por apoios. Os materiais aplicados devem obedecer as regras técnicas dos materiais. A rede
aérea, poderá ser estabelecida através de terrenos de particulares desde que exista uma
autorização por parte dos proprietários em questão.
Este tipo de ligação tem a vantagem de ter custos de implementação mais baixos, mas
apresenta a desvantagem de estar exposta a agentes externos (fenómenos climatéricos, queda
de árvores) que põe em causa o bom funcionamento da rede. A figura 4.4 representa a ligação
de clientes a partir de uma rede aérea.
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que ponham em causa o bom funcionamento da rede exceto quando existem danos
provocados por escavações.
O estabelecimento das redes subterrâneas está limitado a caminho púbicos, uma vez
que não podem existir travessias em propriedades privadas. A figura 4.5 representa uma
ligação a clientes através de uma rede subterrânea.
A figura 4.6 está representada a ligação de um cliente através de uma ligação mista.
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Em seguida serão apresentados alguns dos materiais a utilizar nas ligações de um novo
cliente.
4.4.1-Caixa de portinhola
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consiga ter acesso através da via pública [EDP Anexo III-GO PT_BT_IP, 2009]. Na figura 4.7
está representado o esquema de ligação de um cliente a rede de baixa tensão.
Assegurar a proteção das pessoas contra os contatos indiretos por meio da proteção
por isolamento total (esta medida de proteção, aplicável aos conjuntos de
equipamentos elétricos montados em fábrica, é equivalente à classe II de isolamento
definida para os equipamentos elétricos);
Garantir os graus de proteção mínimos IP45 e IK10 para as portinholas dos tipos P50,
P100 e P400, e IP 32D e IK09 para a portinhola P25 [EDP,2005];
Ter um sistema de fecho normalizado de acordo com as indicações da EDP
Distribuição e conforme o definido no documento acima referido;
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As bases que equipam as caixas de portinhola P25, P50 e P100 devem ser adequadas à
colocação de fusíveis cilíndricos. As bases que equipam a portinhola P400 devem ser
adequadas à colocação de fusíveis de facas. O dispositivo de neutro das portinholas P50, P100
e P400 deve ser constituído por uma barra amovível de cobre eletrolítico, assente sobre uma
base isolante [EDP Anexo III-GO PT_BT_IP, 2009].
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4.4.4-Condutores utilizados nos ramais de BT
Uma vez que a entrada dos cabos (ramais) é sempre feita pela parte inferior da
portinhola, os condutores desses cabos devem ser ligados aos terminais inferiores do
dispositivo de neutro e/ou das bases de fusíveis. A tabela 4.4 representa as características dos
condutores a utilizar em linhas de aéreas e subterrâneas de baixa tensão.
Em seguida será feita uma descrição dos vários exemplos de ligação das caixas de
contador e portinhola.
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4.5.1-Redes aéreas
Figura 4. 9-Ligação a partir de rede aérea de edifícios com uma instalação de utilização dotados de muro
com pilar à esquerda e sem pilar à direita da imagem [EDP,2007]
A ligação com pilar está representada na figura 4.9, esta situação aplica-se aos casos
em que os edifícios dispõem de muro e pilar com altura suficiente para que o ramal,
proveniente do poste relativamente próximo, possa amarrar à ferragem de rabo de porco (J) e,
daí, entrar na portinhola (B) através de um tubo (C).
Figura 4. 10-Ligação a partir de rede aérea de edifícios com uma instalação de utilização sem muros ou
pilar [EDP,2007]
A figura 4.10 representa a ligação a rede aérea de edifícios com uma instalação sem
muro ou pilar. Esta solução aplica-se aos casos de edifícios que não dispõem de um muro e
quando a fachada do edifício é acessível a partir da via pública, ficando a portinhola e a caixa
de contagem situadas uma por cima da outra respetivamente.
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4.5.2-Redes subterrâneas
Este tipo solução representada na figura 4.11, executa-se quando estamos perante
edifícios unifamiliares que dispõem de um muro com altura suficiente para que a portinhola e
a caixa de contagem fiquem situadas uma por cima da outra, entrando o cabo subterrâneo na
portinhola. Quando o muro não tem altura suficiente a caixa de contagem é colocada ao lado
da portinhola.
Figura 4. 11-Ligação a partir de rede aérea de edifícios com uma instalação de utilização dotados de muro
com pilar à esquerda e sem pilar à direita da imagem [EDP, 2007]
Esta solução representada na figura 4.12, aplica-se aos casos de edifícios que não
dispõem de um muro e quando sua fachada é acessível a partir da via pública, ficando a
portinhola e a caixa de contagem situadas uma por cima da outra sendo que o cabo
subterrâneo entra pela portinhola [EDP,2007].
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Figura 4. 12-Ligação a partir de rede aérea de edifícios com uma instalação de utilização dotados de muro
com pilar à esquerda e sem pilar à direita da imagem [EDP, 2011]
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4.6-Dimensionamento de rede BT
Sendo:
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4.6.1.1-Queda de tensão
A queda de tensão máxima num circuito não deve ser superior a 8% da tensão
nominal, ou seja a queda de tensão total desde o posto de transformação até ao cliente que se
situa no ponto mais distante do P.T. não deve ser superior a 8%.
Sabendo que a queda máxima ideal numa urbanização é de 5%, podendo assim ter um
máximo 8% segundo o regulamento de ligação de clientes de baixa tensão [EDP, 2005].
l
√
S
Considerando cos (φ) = 0.8,e sin (φ) = 0.6;
= Queda de tensão (V);
= Coeficiente de resistividade a 20ºC (2,82*10-8);
= Comprimento do cabo (m);
= Secção do cabo (mm2);
= Corrente de serviço (A);
=Reatância do condutor (Ω);
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4.6.1.2-Corrente de serviço
P.total
Is = ;
3 * U C * cos( )
Onde:
=Corrente de serviço (A);
C
=Tensão composta (V);
IB In I Z;
I (s) In e I2 1,45*I z;
Onde:
IB: Corrente de Serviço na canalização (A);
In: Corrente estipulada do fusível (A);
I 2: Corrente de fusão do circuito (A);
In : Corrente máxima admitida no circuito em condições permanentes (A);
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4.6.1.4-Corrente de curto-circuito
O valor de Icc obtido deve ser superior ao valor indicado na tabela dos fusíveis pois
abaixo do valor indicado o fusível não tem sensibilidade para atuar [J. M. Forte, 2006].
A tabela 4.5 representa características dos fusíveis de proteção utilizados nas redes de
baixa tensão.
A tabela 4.6 indica quais as distâncias máximas protegidas pelos respetivos fusíveis.
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Tabela 4. 5-Características dos fusíveis de proteção [EDP, 2005]
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4.6.1.5-Comprimentos máximos protegidos contra curto-circuitos (Lmax)
4.6.1.6-Seletividade de Proteções
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Tabela 4. 7-Características dos condutores normalizados pela EDP utilizados em redes subterrâneas e
aéreas [EDP, 2005]
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implementados os trabalhos, tendo em conta as algumas normas que definem classes de
iluminação, parâmetros recomendados e métodos de medida das ‘‘performances’’
fotométricas.
Por forma a executar os trabalhos apresentados com o maior rigor possível em relação à
localização dos apoios e dos respetivos pontos de luz, o autor teve em conta duas
metodologias para determinar o cálculo da iluminância e a disposição das armaduras. O
primeiro método utilizado foi através do software INDALWIN e o segundo através de um
método teórico. Em seguida serão apresentados as das metodologias mencionadas [Manuel
Matos, 1996], [Paulo Santos, 2007].
4.6.2.1-Método Teórico
Disposição das armaduras: o espaço que deve existir entre duas armaduras numa via
de circulação está dependente de vários fatores, como por exemplo se a via se situa numa
zona urbana ou rural, se é ou não uma via muito movimentada e o número de faixas de
rodagem que contém. O espaço entre duas armaduras consecutivas é definido como a
distância e. Sabendo que o fator de uniformidade é determinado através do quociente e/h,
quanto menor for este último, maior será a uniformidade. Se o valor do quociente e/h for
reduzido o numero de armaduras será elevado.
Sabendo que o quociente e/h para uma via com duas faixas de circulação com
aproximadamente 7m e uma altura da coluna metálica é de 10m, está situado no intervalo 2,5
a 3. Deste modo sabendo que e/h = 2,5 é possível obter a distância entre as colunas metálicas,
isto é, 10*2,5= 25m que é a distância pretendida. Isto pode ser verificado na tabela 4.8 [Paulo
Santos, 2007].
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Tabela 4. 8-Representação das várias classes de iluminância para os vários tipos de via [Paulo Santos,
2007]
4.6.2.2-Software INDALWIN
Ao utilizar o software INDALWIN o autor tem de ter em conta o tipo de via em que
vai efetuar o projeto de iluminação. Existe a necessidade de classificar o tipo de via, ou seja,
se é uma autoestrada, uma via rápida, uma estrada nacional, uma estrada urbana ou uma
estrada rural. O autor tem também de ter em conta a intensidade de tráfego e a velocidade
máxima permitida nessa mesma estrada [Manual do Indalwin, 2009].
∑[ ]
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Transversalmente, dos 10 pontos existentes, estes são divididos por 5 pontos
em cada faixa de rodagem, sendo que um dos pontos se deve situar no centro
dessa mesma faixa. Dois dos 10 pontos, os dos extremos, devem estar nos
passeios a uma distância de 1/6 do valor total da largura da via [Manual
Indalwin, 2009].
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4.6.2.2.2-Exemplo de inserção de dados
Gráficos obtidos:
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4.6.2.3-.Distribuição dos pontos de luz nos cruzamentos
O projetista tem de ter em conta alguns critérios sobre a disposição das armaduras em
cruzamentos ou entroncamentos no momento da realização do projeto [Manual Indalwin,
2009].
Figura 4. 18-Regras de disposição das armaduras num entroncamento [Manual Indalwin, 2009]
Figura 4. 19-Regras de disposição das armaduras numa curva [Paulo Santos, 2007]
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As curvas de grande raio, da ordem dos 300 m, deverão ser tratadas como estradas
retilíneas. No que respeita a estradas estreitas ilumina-se apenas a parte exterior da curva.
Quando as curvas apresentam um raio menor colocam-se as armaduras no exterior da curva,
reduzindo os intervalos de 1/2 a 2/3 da distância entre armaduras na parte retilínea da estrada
[Manual do Indalwin, 2009]. A figura 3.19 representa a disposição das armaduras numa curva
com um raio menor a 300m.
A alimentação de uma rede de iluminação pública pode ser feita a partir de um posto
de transformação, através de redes subterrânea /aérea ou através de infraestruturas de
iluminação pública já existentes. As três figuras seguintes representam os condutores
utilizados nos vários tipos de alimentação, bem como a forma como as ligações se processam.
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As redes de iluminação pública podem ser executadas por colunas ou por apoios com
armaduras. Nos locais onde a iluminação pública é concebida através de colunas (zonas
urbanas, jardins, etc) e, segundo o guia técnico de terras, o condutor neutro da rede é ligado a
terra de serviço no primeiro e no último apoio de cada circuito de IP.
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4.7-Conclusão
Para dimensionar uma rede de baixa tensão é necessário obter a potência total da
infraestrutura a projetar através da determinação das cargas dos consumidores que se vão ligar
a rede e o número de consumidores para determinar o fator de simultaneidade. Depois de
determinada a potência total e a localização das cargas e o fator de simultaneidade, pode-se
determinar o número de circuitos a implementar distribuindo as cargas pelos vários circuitos,
e determinar a secção dos condutores e respetivas proteções.
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5.1-Introdução
As ordens de serviço mencionadas são emitidas pelo Call Center da EDP e são
identificadas através de um número referente à ordem de serviço em questão onde é
mencionado o número do posto de transformação, a localidade e a área operacional onde o
posto de transformação se encontra. As ordens de trabalho são rececionadas pelo software
GME (gestão móvel de empresas), e posteriormente são encaminhadas para o PDA
(dispositivo de dados móvel ) da equipa que executa o serviço. Este procedimento permite
controlar em tempo real o número de serviços executados e a localização exata de cada
equipa, porque o sistema operativo do PDA cria um registo com hora e data do início dos
trabalhos e posteriormente é criado outro registo com a hora e data que indica o fim dos
trabalhos. A figura 5.1 indica as várias etapas que traduzem a introdução de dados por parte
das equipas no PDA durante a execução dos trabalhos.
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Relatório de estágio de Final de Curso 2012/2013
Durante o período de estágio foi ainda possível ao autor acompanhar alguns trabalhos
de manutenção/inspeção de postos de transformação, implementação e aumento de potência
de postos de transformação. De seguida serão apresentados os tipos de postos de
transformação implementados na rede de distribuição, ações de manutenção e prevenção,
tipos de ligação a rede de transporte e elementos que constituem um posto de transformação.
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Relatório de estágio de Final de Curso 2012/2013
Os postos de transformação classificam-se através das seguintes características:
Se a ligação à rede de média tensão se fizer através de seccionador (não permite a ligação à
rede em tensão), teremos um tipo AS e se essa ligação for estabelecida mediante interruptor-
seccionador (permite a rede em tensão) será um postos de transformação A.I. A tabela 5.1
representa o tipo de ligação e a respetiva potência dos postos de transformação aéreos. A
figura 5.2 representa os seccionadores utilizados nos postos de transformação AS e AI.
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Este tipo de postos de transformação são concebidos para que alimentação seja feita
através de uma linha aérea com tensões até 15kV e com uma potência máxima de 630kVA.
O posto de transformação CA está a cair em desuso uma vez que é muito fácil
proceder-se à passagem da linha aérea a cabo subterrâneo e alimentar-se uma cabine baixa
com uma arquitetura modular de posto de transformação. Os trabalhos executados durante o
período de estágio neste tipo de posto de transformação apenas foram de manutenção e
inspeção.
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5.3.1.3-Cabina Baixa/pré-fabricado:
Os PT’s cabine baixa são utilizados em redes urbanas ou loteamentos. São dotados de
celas SF6 com equipamento modular compacto. A alimentação do mesmo é feita através de
uma linha subterrânea com tensões até 36kV. Este tipo de posto de transformação tem uma
potência máxima de 630kVA. A figura 5.5 representa um posto de transformação de cabine
baixa.
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As tarefas de manutenção de um posto de transformação consistem em [EDP,2009]:
Por vezes os trabalhos de manutenção dos postos transformação têm necessidade de ser
executados em tensão sendo este tipo de serviço executado por equipas TET (trabalho em
tensão) de baixa tensão e média tensão. O trabalho TET denomina-se como todas as ações em
que o trabalhador entra em contacto com peças em tensão ou entra na zona de trabalho em
tensão com partes do corpo ou com ferramentas, equipamentos ou dispositivos que ele
manipule. Para realizar trabalhos em tensão é necessário criar automatismos programados e
proteções reguladas para regime especial de exploração [EDP, 2009].
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5.3.4-Material de proteção individual utilizado pelos técnicos de limpeza dos
postos de transformação
Neste tópico será apresentado uma lista de material que os técnicos que executam tarefas
em tensão devem utilizar, sendo estes elementos alvo de avaliação feita através de auditorias
executadas pelo Departamento Gestão de Materiais e Equipamentos (DGF) [José Silva, 2012].
Para a realização das tarefas mencionadas é importante garantir que a tensão nos
barramentos da entrada do posto de transformação seja nula. A figura 5.6 representa as
condições de trabalho e as infraestruturas de rede existentes no PT 33 em Vila Nova de
Poiares.
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Com a execução da tarefa dos pontos (1.) e (2.) salientados anteriormente, é possível criar
um bypass através do paralelo do circuito compreendido entre as saídas da rede aérea de baixa
tensão e o vão dos apoios um e dois.
No momento em que se executa tarefa indicada no ponto quatro, os clientes que estão
a ser abastecidos pelo PT 33 apenas ficam sem energia elétrica um ou dois segundos, tempo
de manobrar os interruptores do posto de transformação e do móvel pack.
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cargo de iniciação destes trabalhos, não poderá dar início à execução dos mesmos sem a
autorização do Agente de Exploração.
Como já foi mencionado no ponto 5.3.3 do presente relatório onde são referidas
algumas das tarefas de manutenção de postos de transformação, para que a execução de
determinados trabalhos seja possível é necessário recorrer a equipas especializadas de
trabalho em tensão de forma a garantir a qualidade e continuidade de serviço. Assim sendo,
neste tópico serão apresentadas algumas tarefas executadas pelas equipas TET durante o
período de estágio.
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manobra em carga, vulgarmente designados por DMC’s, cujo exemplo se mostra na figura 5.7
[José Silva, 2012].
Acima dos limites dos DMC’s (equipamentos utilizado para abrir ou fechar circuito da
rede aérea em carga), o desligar e o ligar de um condutor não podem ser feitas em tensão.
Antes da realização de uma operação de abertura ou fecho de um circuito elétrico, o individuo
responsável pelos trabalhos deve certificar-se que os executantes estão prontos e nas melhores
condições para a concretização de tal trabalho. Esta tarefa só pode ser efetuada pelos
executantes depois de receberem uma ordem verbal e explícita da pessoa responsável por tais
trabalhos [José Silva, 2012] [EDP,2009].
5.4.4-Manutenção de seccionador
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7. Escovar condutores da linha;
8. Ligação dos novos arcos;
9. Remoção de curto-circuitadores (malhas de Terra);
Por norma, a montagem do novo apoio pode ser feita junto ao apoio antigo (apoio a
substituir) ou a meio vão.
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5.5Conclusão
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A execução de trabalhos de uma linha de aérea de média tensão está faseada em várias
etapas. A primeira fase dos trabalhos consiste em elaborar um levantamento das propriedades
e dos proprietários onde está prevista a implementação da rede aérea de média tensão em
estudo.
Na segunda fase dos trabalhos, o empreiteiro que executa os trabalhos tem como tarefa
deslocar-se ao terreno para executar a seleção do local onde será implementado o estaleiro de
obras bem como a picagem do terreno.
Nos tópicos seguintes será apresentado de forma mais detalhada cada uma das tarefas
descriminadas.
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aérea com uma tensão nominal de 15kV com o objetivo de fornecer energia elétrica ao posto
de transformação a implementar na nova urbanização. O Posto de Transformação mencionado
classifica-se como A.I. e tem uma potência nominal de 160kVA. Depois de efetuado um
levantamento do local e das características da rede existente, verificou-se que o apoio onde se
iria localizar a derivação na linha aérea existente, para a linha área mencionada seria no apoio
D0934. A linha a projetar terá um comprimento de 0.6km.
Como se pode ver na figura 6.1 o traçado a vermelho representa a rede aérea projetada
e o traçado a azul representa a rede aérea existente.
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√ √
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Tabela 6. 1-Características dos condutores de alumínio de alma de aço (solidal) [Guia
Técnico Solidal, 2010]
A secção do condutor determinado pelo método anterior por vezes não é a mais
precisa no plano económico.
Com base na lei de Kelvin secção económica dos condutores determina-se através da
seguinte expressão:
Em que:
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infraestruturas, segundo o R.S.L.E.A.T. têm um valor mínimo de 50mm2, e na atualidade a
EDP recomenda a utilização de condutores com uma secção de 50mm 2. O condutor a
implementar na presente obra terá uma secção de 50mm2.
6.1.1.2-Perdas de Energia
[ ]
[ ]
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6.1.1.3-Determinação da intensidade de corrente de curto-circuito máxima admissível
√ √
[ ]
Em que :
Para se poder efetuar o cálculo da indutância deve-se optar pela maior distância
compreendida entre os condutores, o que corresponde a um valor maior de indutância e
consequentemente por sua vez corresponde a uma maior queda de tensão.
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A distância entre os condutores é igual em todo o comprimento do vão;
A distância entre condutores igual em todo o comprimento do vão;
A distância entre os condutores na armação HRF é 88.5cm verificar figura 6.4;
A distância entre os condutores na armação GAN é 1.85m;
Como se pode verificar na figura 6.3, o traçado a verde representa o comprimento
entre condutores no eixo dos XX (D1),o traçado a vermelho no eixo do YY transcreve
a distância em altura dos condutores (D2) e o traçado a azul (D3) representa a
distância efetiva entre os condutores;
Assim √ = √ .
Assim sendo:
[ ]
= .
√ [ ]
√ [ ]=
.
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As quedas de tensão na rede correspondem a 0.062283% da tensão composta o que
representa um valor insignificante.
6.1.2-Cálculo mecânico
6.1.2.1-Hipóteses de cálculo
De acordo com o transcrito no R.S.L.E.A.T. nomeadamente nos artigos 56.º e 62.º, são
consideradas, de acordo com a função do apoio, duas hipóteses de cálculo que diferem
conforme a direção do vento à incidir na linha. Nas Recomendações para Linhas Aéreas de
Alta Tensão até 30kV, segundo o art.º 21º os condutores nus deverão ser calculados para a
mais desfavorável das hipóteses seguintes.
Hipótese 1:
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Simultaneamente, o peso próprio do apoio, das travessas, dos isoladores, dos
condutores e dos cabos de guarda.
Hipótese 2:
De acordo com as Recomendações para Linhas Aéreas de Alta Tensão Até 30kV,
capítulo 9, quadro 9.10.
[∑ [|∑ |]]
[∑ ]
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Hipótese 2 sem vento:
Hipótese 1:
Hipótese 2:
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De acordo com as Recomendações para linhas de alta tensão até 30kV capitulo 9
quadro 9.12.
[∑ [|∑ |]]
[ ]
[ ]
Neste momento irá proceder-se à determinação dos esforços aplicados aos apoios que
constituem a rede a projetar.
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Apoio derivação: no apoio onde se procederá a derivação (apoio D0934) da linha
existente é necessário efetuar um estudo, que consiste em determinar a tensão mecânica tendo
em conta os esforços exercidos no apoio, com o objetivo de apurar se é necessário proceder à
substituição do apoio.
A linha principal (rede existente), bem como a nova linha (derivação) são constituídas,
respetivamente, por condutores em Al-Aço de 90 mm2 e 50mm2. A linha principal chega ao
apoio com uma tensão máxima de montagem de 9daN/mm2. O traçado da rede aérea que
fornece energia elétrica à urbanização vai ter uma tensão máxima de montagem de 9daN/mm2
com exceção do vão entre ao apoio 7 e o PT. O vão referido terá uma tensão máxima de
montagem de 8daN/mm2 (o valor da tensão de montagem é imposto pelo R.S.L.E.A.T.).
.
Simbologia das expressões apresentadas:
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6.1.2.1.3-Cálculo dos esforços aplicados no apoio de ângulo
Figura 6. 5-Representação dos esforços exercido num apoio em ângulo [Cláudio Galvão, 2010]
S1:
Vão: 60.31m;
Condutor: Alumino-Aço 50mm2;
Tensão de montagem:9daN/mm2, 1ºEscalão;
S2:
Vão: 89.67m;
Condutor: Alumino-Aço 50mm2;
Tensão de montagem:9daN/mm2, 1ºEscalão;
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O estado de montagem do local em questão insere-se no 1º escalão, o que implica que
o elemento da linha sobre o qual se pretende calcular a ação do vento se encontre a uma altura
igual ou inferior a 30m e a pressão dinâmica do vento assuma um valor de 750Pa.
[ | |];
[ |
| ];
[ ];
[ ];
[ ];
[ ];
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Hipótese 2: Sem vento
[ ]
[ ]
Hipótese 1: FT= =
Deste modo:
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S1:
Vão: 80m;
Condutor: Alumino-Aço 90mm2;
Tensão de montagem:9 2
, 1ºEscalão;
S2:
Vão: 90m;
Condutor: Alumino-Aço 90mm2;
Tensão de montagem:9 1ºEscalão
Vão: 12m;
Condutor: Alumino-Aço 50mm2;
Tensão de montagem:9 , 1ºEscalão;
;
;
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Os valores do Peso especificam do condutor:
( )
Hipótese 1:
[ |
| ];
[
| | ];
1026,20 ;
[ ];
[ ];
985,26 ;
[ ];
[ ];
= 351,14 ;
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Hipótese 2:
[ ] ;
[ ] ;
= 904,11 ;
= [ |
|];
= *[
| |]
1040,85 ;
Depois de obtidos os valores dos esforços solicitados ao apoio, o apoio terá de resistir
as solicitações das hipóteses 1 e 2 verificadas não simultaneamente.
O caso mais crítico verifica-se para a hipótese 1 pois como o apoio existente só têm
capacidade para resistir a um esfoço com um valor de 600 e o esforço exigido ao mesmo
é 2011.46 . Pode assim concluir-se que a estabilidade do apoio não se verifica.
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Relatório de estágio de Final de Curso 2012/2013
Como as duas opções apresentadas não solucionaram o problema optou-se por
substituir o apoio por outro que suporte os esforços anteriormente dimensionados no presente
caso (2011.46daN). Depois de consultado o catálogo de apoios que contêm os diagramas de
esforços úteis, pode-se concluir que o Poste 20MP00-2250 da Cavan adapta-se perfeitamente
às exigências dos esforços.
Os restantes apoios existentes na linha em estudo, exceto o apoio onde se situa o PT,
são apoios de ângulo e derivação. Uma vez que já foi dimensionado o processo de cálculo
para um apoio de ângulo e derivação serão apresentados apenas os valores necessários para
efetuar o dimensionamento dos esforços dos respetivos apoios. Os resultados finais dos
esforços e dos ângulos exercidos nos apoios serão apresentados na tabela AIV1 e do anexo IV
do presente relatório.
O afastamento entre condutores da linha a projetar deve ser calculado em cada vão da
linha. O valor do afastamento entre condutores está dependente do comprimento do vão, da
tensão mecânica máxima aplicada aos condutores associados a cada vão, das características
dos condutores e o tipo de armações aplicadas em cada apoio.
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Determinação do estado atmosférico mais desfavorável.
Estado Inverno:
F= =0.6*1.2*300*0.009=1.944N/m=0.1983kgf/m
Em que:
√( [ ])
√( [ ])
Em que:
= Diâmetro do condutor;
=Toma como o valor 0.9kg/dm3;
=0.1724;
=dc+2* =9+2*12=34;
=9mm;
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Estado primavera:
F=
Vão crítico:
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Relatório de estágio de Final de Curso 2012/2013
-2
;
;
;
;
;
=1;
-6
;
Para o estado de flecha máxima, tendo em conta que se considera a ausência tanto de
manga de gelo como de vento, o coeficiente de sobrecarga não representa nenhum
agravamento teórico do peso do condutor, pelo que assume o valor =1.
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Relatório de estágio de Final de Curso 2012/2013
Sendo:
;
;
√( )
;
;
√( )
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Relatório de estágio de Final de Curso 2012/2013
6.2-Conclusão
A linha aérea de S. João do Campo tem um comprimento de 0.6km e tem uma tenção
nominal de 15kV. O vão com maior comprimento na linha em estudo está compreendido entre
apoio 4. e o apoio 5. Para o vão compreendido entre o apoio derivação e o apoio 1. é utilizado
o estado atmosférico de inverno porque o coeficiente de sobrecarga de inverno é maior que o
estado de sobrecarga de primavera e o resultado do Cálculo do vão critico é imaginário.
Na opinião do autor foi um capítulo que enriqueceu muito o seu conhecimento uma
vez que o cálculo mecânico de uma linha de média tensão era um assunto que nunca antes
tinha sido tratado. Foi permitido assim ao autor perceber como fazer a determinação de alguns
processos que levam à seleção dos apoios e aos tipo de ferragens a utilizar numa linha aérea
de média tensão.
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Relatório de estágio de Final de Curso 2012/2013
7.1-Introdução
7.2-Piquetagem
A Piquetagem tem como função sinalizar o terreno por meio de estacas ou marcas, os
pontos de implantação dos apoios e o respetivo alinhamento dos mesmos.
No caso de apoios metálicos é colocada uma estaca de centro no ponto central da torre
(figura 7.1) bem como as estacas que definem a bissetriz do poste.
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7.3- Fundações
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Relatório de estágio de Final de Curso 2012/2013
Deve-se ainda referir que alguns dos proprietários são reembolsados por danos
causados durante os trabalhos. A figura 7.3 representa a abertura de caboucos de um apoio
metálico na obra de Oleiros.
Montagem de bases (Caso seja necessário): nas obras em que se utilizem apoios
metálicos é necessário a montagem de lajetas e verificação das características das bases dos
apoios, tendo em conta as distâncias frontais, laterais e diagonais e os ângulos laterais em
relação ao centro do apoio. A figura 7.4 representa a regulação das bases de um apoio
metálico.
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Betonagem: Durante os trabalhos fiscalizados os tipos de betão utilizado na
betonagem dos apoios, segundo o caderno de encargos, deve ser do tipo C20-25.
Antes de se executar a betonagem terá que ser apresenta uma lista com relatórios de
ensaios referentes ao fornecedor de betão.
No ato da betonagem do apoio serão retiradas amostras do betão e será também
realizado um controlo ao mesmo ao fim de 7 e 28 dias, de acordo com o regulamento de
betões de ligantes hidráulicos. A figura 7.5 demostra as diversas etapas de betonagem de um
apoio de betão.
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Relatório de estágio de Final de Curso 2012/2013
7.4-Passagem de condutores
Este tipo de desenrolamento deve ser feito com atenção e a tarefa deve ser executada
com o máximo de cuidado para que não provoque danos na constituição física ou mecânica do
cabo.
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7.5-Regulação de linhas (condutores)
A regulação dos condutores da linha pode ser feita através da análise dos valores da
flecha das respetivas linhas nas condições de temperatura no momento da montagem.
O método mais usado é aquele que é apresentado em seguida. Este método é aplicável
em vãos nivelados, considerando o vão de regulação semelhante ao representado na figura
7.7, para o qual se conhece o valor da flecha, nas condições de temperatura no momento da
montagem.
Figura 7. 7- Determinação da flecha de montagem num vão nivelado [Luís Silva, 2006]
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7.6-Ligações à terra
Todos os apoios deverão ser ligados à terra, bem como armações, aparelhagem de
corte ou de manobra (seccionadores), bainhas metálicas dos condutores, descarregadores de
sobretensões (DST), ferragens de suporte e dispositivos metálicos, instalados nos apoios
[EDP DRE-C11-040/N , 2009] . A figura 7.8 representa a implementação do sistema de terras
num apoio de betão.
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Relatório de estágio de Final de Curso 2012/2013
As armações em postes de betão de linhas aéreas de MT devem ser ligadas à terra
através de fio de cobre de 16 mm2 de secção. O fio de cobre de 16 mm2 deve interligar todas
as ferragens constituintes da armação nos pontos de ligação à terra, existentes em todas as
ferragens. Depois de interligar todas as ferragens, o fio de cobre de 16 mm2 deve ligar ao
terminal de terra superior do poste, através de um terminal apropriado [EDP DRE-C11-040/N
, 2009].
7.6.1-Posto de transformação:
Terra de proteção:
A ligação deve ser feita sem interrupções e será estabelecida entre o terminal de terra
inferior do poste de betão do PT e o elétrodo de terra. O valor da resistência da terra de
proteção não deverá exceder 20 Ohm [EDP DRE-C11-040/N, 2009].
Terra de serviço:
Nos PT’s que apenas alimentam redes aéreas BT, a terra de serviço será feita nos
primeiros postes de cada uma das saídas [EDP DRE-C11-040/N , 2009].
Nos PT´s que alimentam redes subterrâneas, caso dos de tipo AI, a terra de serviço
pode ser feita no PT, sendo a ligação ao elétrodo feita a partir do barramento de neutro do
QGBT, a cabo VV 1G35 mm2, com bainha exterior preta e isolamento azul [EDP DRE-C11-
040/N , 2009].
A resistência global da terra de serviço não deverá exceder 10 Ohm. A figura 7.10
representa o sistema de terras de posto de transformação aéreo.
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Relatório de estágio de Final de Curso 2012/2013
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Relatório de estágio de Final de Curso 2012/2013
7.9-Conclusão
Página 118
Relatório de estágio de Final de Curso 2012/2013
No futuro próximo o autor tem com o objetivo seguir carreira onde tenha como
funções o acompanhamento e planificação de obras de infraestruturas de transporte e de
distribuição de energia elétrica.
Página 119
Relatório de estágio de Final de Curso 2012/2013
9-Bibliografia
[Cláudio Galvão, 2010] - Cláudio Daniel de Brito Sousa Galvão, Redes elétricas de média e
baixa tensão. Aspetos de projeto, licenciamento e exploração em contexto operacional.
Relatório Estagio versão provisório FEUP,2010. (03/2012);
[EDP, 1986] - Recomendações para linhas Aéreas de Alta Tensão até 30kv - Edição DGE;
[J. M. Forte, 2006] - J. M. Forte, Projeto e construção de redes MT/PT/BT/IP - relatório final
de estágio. Porto: FEUP, 2006. (03/2010);
[José Nunes, 2007] - José Manuel Carreira Nunes, Projeto de Linhas de Média Tensão, redes
de Baixa Tensão, Iluminação Pública e Postos de Transformação. Relatório de estágio
curricular Porto: FEUP, 2007 (disponível em 01/2012);
Página 121
Relatório de estágio de Final de Curso 2012/2013
[José Rui Ferreira, 2003] - Sistemas de Elétricos Energia /Transmissão de Energia (disponível
em 02/2012: http://paginas.fe.up.pt/~mam/Linhas-1.pdf)
[José Silva, 2012] - José Alberto da Silva dos Santos Sargaço, Trabalhos Em Tensão,
Relatório final de estágio, 2007 (disponível em 04/20012);
[Nelson Brás, 2012] - Nelson caldeira Brás Intervenção em Redes Elétricas de Distribuição de
Energia, Relatório de Estágio ISEC 2011 (08/2012);
[Octávio Madureira, 2009] - Octávio Filipe das Neves Madureira, Redes de Distribuição de
energia de Média Tensão, Dissertação para obtenção do grau de Mestre em Engenharia
Industrial Ramo Engenharia Eletrotécnica, Instituto politécnico de Bragança 2009, (03/2012);
[Paulo Santos, 2007] - Projeto de uma instalação de iluminação pública, I Instituto politécnico
de Leiria 2007 (02/2010);
[Luís Silva, 2006] - Luís Gonçalo Oliveira Silva, Fases de Instalação de uma Linha Aérea de
Transmissão de Energia, Projeto seminário ou Trabalho de final de curso (disponível em
3/2012);
[R.L.A.A. T,1986] - Regulamento para Linhas Aéreas de alta Tensão ate 30KV -Edição DGE
(disponível em 2/2012);
Página 122
Relatório de estágio de Final de Curso 2012/2013
[Ribeiro da Silva, 2010] - H. Ribeiro da Silva, - “Projeto de Postos de Transformação” O
Eletricista, vários nºs (02/2012);
Página 123
Anexo I
Página 125
Anexo II
Página 127
Anexo III
Cálculo mecânico.
Página 129
Relatório de estágio de Final de Curso 2012/2013
Determinação da tensão de montagem
;
;
-2
;
;
2
;
;
;
;
-6
;
Para o estado de flecha máxima, como se considera a ausência tanto de manga de gelo
como de vento, o coeficiente de sobrecarga não representa nenhum agravamento teórico
do peso do condutor, pelo que assume o valor =1.
Página 131
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;
;
-2
;
;
2
;
;
W
;
;
-6
;
Para o estado de flecha máxima, como se considera a ausência tanto de manga de gelo
como de vento, o coeficiente de sobrecarga não representa nenhum agravamento teórico
do peso do condutor, pelo que assume o valor =1.
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Relatório de estágio de Final de Curso 2012/2013
θ1=50ºC;
;
-2
;
;
2
;
;
;
;
-6
;
Para o estado de flecha máxima, como se considera a ausência tanto de manga de gelo
como de vento, o coeficiente de sobrecarga não representa nenhum agravamento teórico
do peso do condutor, pelo que assume o valor =1.
Página 133
Relatório de estágio de Final de Curso 2012/2013
Página 134
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;
;
-2
;
;
2
;
;
;
-6
;
Para o estado de flecha máxima, como se considera a ausência tanto de manga de gelo
como de vento, o coeficiente de sobrecarga não representa nenhum agravamento teórico
do peso do condutor, pelo que assume o valor =1.
Página 135
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;
;
-2
;
;
2
;
;
;
;
-6
;
Para o estado de flecha máxima, como se considera a ausência tanto de manga de gelo
como de vento, o coeficiente de sobrecarga não representa nenhum agravamento teórico
do peso do condutor, pelo que assume o valor =1.
Página 136
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;
;
-2
;
;
2
;
;
;
-6
;
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Determinação das flechas dos condutores
Tabela AIII. 2- Determinação da distância mínima entre condutores no estado de flecha máxima
Página 138
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Anexo IV
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Tnº apoio β1 β2 βd1 T1 T2 S=90mm S=50mm Wi´1 Wi´2 Wi´3 Td1 S1 S2 Sd1 Ws1 Ws2 Wd1 Fy Fx Fz FT=Fx+Fz
Hipótese 1 1026,20 985,26 351,14 2011,46
0 0,10 179,90 42,53 9,00 9,00 88,00 49,50 0,15 1,15 0,09 9,00 80,00 90,00 12,00 0,32 0,32 2,38
Hipótese 2 904,11 1040,85 351,14 1040,85
Hipótese 1 1344,86 0,02 26,03 1344,88
1 28,30 151,70 9,00 9,00 88,00 49,50 0,09 0,09 12,00 60,81 0,24 0,24 0,00
Hipótese 2 0,00 44,06 18,89 44,06
Hipótese 1 1612,93 1,20 53,81 1614,12
2 34,20 145,80 9,00 9,00 88,00 49,50 0,09 0,09 60,81 89,67 0,24 0,24
Hipótese 2 0,00 50,71 39,05 50,71
Hipótese 1 352,30 0,16 58,88 352,45
3 4,23 175,77 9,00 9,00 88,00 49,50 0,09 0,09 89,67 75,00 0,24 0,24
Hipótese 2 0,00 59,42 42,73 59,42
Hipótese 1 468,84 0,24 67,12 469,08
4 6,41 173,59 9,00 9,00 88,00 49,50 1,00 0,09 75,00 112,72 0,24 0,24
Hipótese 2 0,00 62,51 254,25 62,51
Hipótese 1 475,08 0,23 78,31 475,31
5 6,06 173,94 9,00 9,00 88,00 49,50 0,09 0,09 112,72 106,28 0,24 0,24
Hipótese 2 0,00 66,97 56,83 66,97
Hipótese 1 195,81 148,51 64,11 344,32
6 0,67 179,33 9,00 8,00 88,00 49,50 0,09 0,09 106,28 73,00 0,24 0,24
Hipótese 2 0,00 61,64 46,52 61,64
Hipótese 1 88,21 0,00 0,00 88,21
7 0,00 0,00 0,00 8,00 88,00 49,50 73,00 0,00 0,24
Hipótese 2 0,00
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Relatório de estágio de Final de Curso 2012/2013
A tabela AVI.1 representa a determinação dos esforços exercidos nos diversos apoios
do traçado da rede em estudo.
α1 α2
nº Apoio Grados Ângulos Grados Ângulos
Derivação 199,78 179,80 105,49 94,94
1 137,11 123,40
2 124,01 111,61
3 190,60 171,54
4 185,76 167,18
5 186,53 167,88
6 198,50 178,65
7 0,00
β1 β2 βd
nº Apoio Ângulos Ângulos Ângulos
Derivação 0,10 179,90 42,53
1 28,30 151,70
2 34,20 145,80
3 4,23 175,77
4 6,41 173,59
5 6,06 173,94
6 0,67 179,33
7 0,00 0,00
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Relatório de estágio de Final de Curso 2012/2013
Depois de determinado o esforços exercido, o próximo passo consiste em consultar as
tabelas técnicas dos apoios em estudo e selecionar o apoio que corresponda aos requisitos
técnicos exigidos.
Tabela AIV. 4-Referência dos apoios MT implementados na obra de São João do Campo
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