Universidade Federal Do Amazonas Faculdade de Ciências Agrárias Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS

FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS


PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA ANIMAL

UTILIZAÇÃO DE LEVEDURA VIVA NA DIETA DE BUBALINOS EM


CONFINAMENTO

MAIARA DOS SANTOS FERREIRA

Manaus - Amazonas
Maio – 2018
MAIARA DOS SANTOS FERREIRA

UTILIZAÇÃO DE LEVEDURA VIVA NA DIETA DE BUBALINOS EM


CONFINAMENTO

Orientador: Ronaldo Francisco de Lima, Dr.

Dissertação apresentada à Universidade


Federal do Amazonas - UFAM como
parte das exigências do Programa de
Pós-Graduação em Ciência Animal –
PPGCAN, para obtenção do título de
Mestre em Ciência Animal.

Manaus - Amazonas
Maio – 2018
MAIARA DOS SANTOS FERREIRA

UTILIZAÇÃO DE LEVEDURA VIVA NA DIETA DE BUBALINOS EM


CONFINAMENTO

Aprovada em 21 de maio de 2018


Dr. Ronaldo Francisco de Lima - UFAM / Manaus
Dr. Carlos Victor Lamarão Pereira - UFAM / Manaus
Dr. Jomel Francisco dos Santos – IFAM / Manaus

Dissertação apresentada à Universidade


Federal do Amazonas - UFAM como
parte das exigências do Programa de
Pós-Graduação em Ciência Animal –
PPGCAN, para obtenção do título de
Mestre em Ciência Animal.

Dr. Ronaldo Francisco de Lima


Orientador

Manaus - Amazonas
Maio – 2018
Scanned with
CamScanner
Ficha catalográfica
Ficha catalográfica elaborada automaticamente de acordo com os dados fornecidos
pelo (a) autor (a).

Ferreira, Maiara dos Santos


F383u Utilização de levedura viva na dieta de bubalinos em
confinamento / Maiara dos Santos Ferreira. 2018
67 f.: 31 cm.

Orientador: Ronaldo Francisco de Lima


Dissertação (Mestrado em Ciência Animal) - Universidade
Federal do Amazonas.

1. bezerros búfalos. 2. desempenho. 3. probiótico. 4.


Saccharomyces cerevisiae. I. Lima, Ronaldo Francisco de II.
Universidade Federal do Amazonas III. Título
Com todo meu amor à minha mãe, Maria Francimara, que não poupou esforços para
me ajudar a realizar este feito.
Ao meu amado irmão Rodrigo, a quem nutro um amor incondicional.
A meus avós maternos: Maria (que sempre me incentivou a estudar) e José (minha
inspiração por estudar os animais).
A minha querida tia Fernanda, que mais do que uma tia, foi minha segunda mãe e
sempre me apoiou, e, que juntamente com seus filhos (Érika, Rafael e Daniel) me deram o
prazer de sua companhia.
Ao meu adorável cão “Alemão” pela sua estimável companhia.
E a todos os familiares e amigos que compartilharam este desafio do mestrado.

Dedico

À Deus

Ofereço
AGRADECIMENTOS

À Universidade Federal do Amazonas (UFAM), e ao Instituto de Ciências Sociais,


Educação e Zootecnia (ICSEZ), pela oportunidade concedida para a realização do mestrado.

A CAPES, pela concessão da bolsa de estudos.

Ao professor Ronaldo Francisco de Lima, pela confiança em mim depositada, pelos


ensinamentos sobre o mundo dos ruminantes e pela orientação e contribuição para minha
formação profissional.

Aos alunos de graduação do curso de Zootecnia da Universidade Federal do Amazonas


(UFAM) os quais contribuíram diretamente neste trabalho, em especial à Ercvania Rodrigues
Costa e Dannielly Pimentel de Oliveira, pelo companheirismo, amizade sincera, apoio e
incentivo durante a realização deste trabalho.

Às amigas: Kaila de Assis Cerdeira, por cuidar de mim como uma irmã no momento
que eu mais precisei, Catarina Labourè Picanço e Sabrina Vergínia da Silva Hollerverger, as
quais me abrigaram sempre que precisei.

A todos os amigos da primeira turma do Programa de Pós-Graduação em Ciência


Animal (PPGCAN), em especial à André Ferreira e Naiara Dantas, os quais junto comigo
vivenciaram tantas descobertas e experiências inesquecíveis (em especial ao episódio do
elevador).

E, por último, mas não menos importante, aos babies buffaloes, (meus bezerros búfalos),
os quais foram instrumentos deste trabalho.

A todos vocês minha eterna gratidão!


Você não sabe o quanto eu caminhei pra chegar até aqui,
Percorri milhas e milhas antes de dormir,
Eu não cochilei.
Os mais belos montes escalei,
Nas noites escuras de frio chorei.
(Cidade Negra)
RESUMO
As leveduras vivas reúnem características favoráveis ao emprego na alimentação animal, em
especial de ruminantes, podendo se tornar uma ferramenta benéfica sobre a eficiência digestiva
em bubalinos. Diante do exposto objetivou-se avaliar o desempenho produtivo, eficiência
alimentar e digestibilidade da dieta de bubalinos em regime de confinamento, suplementados
com levedura Saccharomyces cerevisiae, cepa KA500. Dezoito búfalos, da raça Murrah,
machos inteiros, com peso inicial 250 ± 31 Kg (média ± desvio padrão), e idade aproximada de
12 meses, formaram nove blocos com base no peso vivo, aleatoriamente alocados a um de dois
tratamentos em delineamento em blocos ao acaso, ajustado para covariável e com estrutura de
medidas repetidas no tempo. Os animais foram individualmente alimentados diariamente
(2x/dia) em confinamento tipo Tie Stall, recebendo água ad libitum. Os tratamentos foram: a
utilização de levedura viva (10g do produto capaz de formar 2x1010 UFC) e controle. A dieta
experimental foi composta com base na matéria seca (%MS) de 29,2% de silagem de capim-
Elefante (Pennisetum purpureum), 23,1% de milho moído, 21,8% de torta de cupuaçu, 16,3%
de casca de soja ,7,2% de farelo de soja, 1,6% de mistura mineral e vitamínica e 0,8% de ureia.
Sendo a mesma dieta utilizada para ambos os tratamentos. Os dados coletados ao longo do
tempo foram analisados no pacote estatístico SAS utilizando o procedimento Mixed com efeito
de covariável, bloco, tratamento, tempo e interação de tratamento com o tempo. Os dados
avaliados uma única vez durante o experimento foram analisados pelo mesmo modelo
estatístico, porém sem efeito de covariável, tempo e interação tempo e tratamento. De acordo
com os resultados, o ganho de peso diário apresentou uma tendência de redução (P=0,07) com
a adição de leveduras vivas. Observou-se redução numérica de CMS diário e em % de peso
vivo. Não houve resposta da suplementação com leveduras vivas sobre as variáveis de
eficiência alimentar em ganho de peso por quilograma de consumo de matéria seca,
mensurações morfológicas de altura de cernelha, garupa, escore de condição corporal,
nitrogênio uréico no plasma, derivados de purinas, níveis de glicose plasmática, ganho de peso
total e rendimento de carcaça. A digestibilidade de MS e MO foram menores (P<0,05) com a
suplementação de leveduras vivas. Enquanto que a digestibilidade da FDN e digestibilidade de
MO não-FDN não foram afetadas com a suplementação de leveduras vivas. Concluiu-se que a
cepa e dosagem de levedura viva utilizada não mostrou efeito positivo sobre o desempenho de
bubalinos e digestibilidade de nutrientes da dieta.

Palavras Chave: bezerros búfalos, desempenho, probiótico, Saccharomyces cerevisiae


ABSTRACT
Live yeasts have favorable characteristics for use in animal feed, in particular of ruminants,
being able to become a beneficial tool to improve digestive efficiency in buffaloes. In view of
the above, the objective was to evaluate the performance productive, feed efficiency, and
digestibility of buffaloes diet in confinement, supplemented with Saccharomyces cerevisiae
yeast strain KA500. Eighteen buffaloes of Murrah race, whole males, with initial weigthing 250
±31kg (average ± desvio padrão), and age ±12 months, formed tem blocks based on live weigth,
randomly allocated to one of two treatments in design blocks at random, adjusted to covariate
and with structure of repeat measures in time. The animals were individually fed daily (2x/day)
in tie stall confinement, receiving water ad libitum. The treatments were: use of live yeast (10g
of product be able to form 2x1010 UFC) and control treatments. The experimental diet was
composed based on dry matter (%DM) of 29,2% silage elephant grass, 23,1% ground corn,
7,2% soybean meal, 2,0%, 16,3% soybean hull, 21,8% cupuassu cake, 1,6% vitamin and
mineral complex and 0,8% urea. Being the same diet for both treatments. The dados evaluated
only once during the experiment were analyzed by same statistical model, but with no covariate
effect, time and interaction treatment over time. The daily weight gain showed a reduction
tendency (P = 0.07) with the addition of live yeasts. There was a numerical reduction of CMS
daily and in% of live weight. There was no response from live yeast supplementation on the
variables of gain / kg feed efficiency, morphological measurements of height of withers, croup,
ECC, plasma ureic nitrogen, purine derivatives - allantoin and creatinine, plasma glucose levels,
total weight gain and carcass yield. The digestibility of DM and OM were lower (P <0.05) with
the supplementation of live yeasts. While digestibility of NDF and digestibility of non-NDF
MO were not affected by the supplementation of live yeast. It was concluded that the strain
and dosage of live yeast used did not show a positive effect on the performance of buffaloes
and the nutrient digestibility of the diet.

Keywords: calves buffaloes, performance, probiotic, Saccharomyces cerevisiae.


LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Consumo de matéria seca (CMS) em quilogramas por dia ao longo do período
de comparação de búfalos confinados suplementados ou não com leveduras vi
vas .....................................................................................................................37

Figura 2. Nitrogênio uréico no plasma (NUP) de búfalos confinados suplementados ou


não com leveduras vivas ...................................................................................38

Figura 3. Glicose plasmática de búfalos confinados suplementados ou não com leveduras


vivas ................................................................................................................. 39
LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Composição das dietas oferecidas em ingredientes e das consumidas em nu-


trientes............................................................................................................. 32

Tabela 2. Consumo de matéria seca (CMS), eficiência alimentar, nitrogênio uréico no


plasma (NUP), glicose plasmática, concentração de derivados purínicos, re-
lação alantoína: creatinina e morfometria de búfalos suplementados (S.
cerevisiae) ou não (controle) com leveduras vivas.......................................... 36

Tabela 3. Digestibilidade aparente dos nutrientes no trato digestivo total de búfalos


confinados suplementados ou não (controle) com leveduras vivas ................ 40

Tabela 4. Desempenho de búfalos confinados suplementados ou não (controle) com


levedura viva ................................................................................................... 41

Tabela 5. Atividade mastigatória de búfalos confinados e suplementados com levedu-


ras vivas .......................................................................................................... 43
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 13
2. OBJETIVOS ......................................................................................................................... 15
2.1. Objetivo Geral....................................................................................................................15
2.2. Objetivos Específicos.........................................................................................................15
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA..............................................................................................16
3.1. Caracterização da criação de bubalinos..............................................................................16
3.2. Requerimentos nutricionais de bubalinos...........................................................................17
3.3. Eficiência digestiva de bubalinos.......................................................................................20
3.4. Probióticos..........................................................................................................................23
3.4.1. Leveduras........................................................................................................................23
3.4.2. Saccharomyces cerevisiae...............................................................................................24
3.4.3. Efeito e ação da Saccharomyces cerevisiae na nutrição de ruminantes..........................25
3.4.4. Efeito da suplementação de levedura em bubalinos.........................................................29
4. MATERIAL E MÉTODOS .................................................................................................. 31
4.1.Análise estatística................................................................................................................34
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO .......................................................................................... 35
6. CONCLUSÕES.....................................................................................................................44
7. REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 45
Dissertação – Maiara dos Santos Ferreira 13

1. INTRODUÇÃO

As leveduras vivas são utilizadas na alimentação animal há mais de 60 anos, tendo seu
uso intensificado nos últimos anos. Estas são classificadas como organismos eucariontes
unicelulares do reino dos fungos. Existe mais de 500 espécies de leveduras catalogadas, dentre
elas a mais estudada em nutrição animal é a Saccharomyces cerevisiae, apresentando cerca de
2 terços, das 6.000 cepas, registradas (AA et al., 2006). As respostas observadas quanto à sua
utilização dependem da dosagem (nível de inclusão), cepa, dieta do animal, manejo alimentar
e características fisiológicas dos animais (NEWBOLD et al.; 1996; CHAUCHEYRAS-
DURAND et al.; 1997).
Apesar de haver inúmeros mecanismos de ação na tentativa de explicar seus efeitos no
desempenho de ruminantes, a ação de leveduras ainda não é clara o suficiente. Efeitos positivos
da suplementação com levedura viva sobre o ambiente ruminal, de modo geral, têm sido
atribuídos a mudanças na população microbiana, proporcionando aumento de bactérias
celulolíticas e bactérias consumidoras de ácido láctico (NEWBOLD et al., 1995;
CHAUCHEYRAS-DURAND; WALKERA; BACH, 2008), e também aumento na população
de protozoários no líquido ruminal (MIRANDA et al.,1996; CHUNG et al., 2011).
A suplementação com cepas específicas de leveduras vivas pode aumentar o consumo
de matéria seca (WOHLT et al., 1991; ERASMUS et al., 1992), a produção de leite
(WILLIAMS et al., 1991; PIVA et al., 1993), melhorar a colonização de partículas alimentares
no rúmen, acelerar o crescimento de bactérias celulolíticas e das utilizadoras de lactato
(CHAUCHEYRAS-DURAND; WALKER; BACH, 2008), estabilizar o pH ruminal (BACH et
al., 2007) e em digestibilidade da fibra (BITENCOURT et al., 2011), principalmente fibras de
baixa qualidade (GUEDES et al., 2008).
Chaucheyras- Durand et al. (2012), relatam que o principal fator benéfico de leveduras
vivas na digestibilidade fibra é a capacidade das células de levedura viva de reduzir o oxigênio
ruminal, fato esse que melhora o ambiente ruminal para outros microrganismos colonizarem e
realizarem a degradação de fibras. Desse modo, a adição de levedura viva estimula o
crescimento de bactérias que digerem carboidratos fibrosos no rúmen.
A maioria das pesquisas sobre a inclusão de leveduras vivas na dieta foram realizadas
em bovinos em crescimento e vacas em lactação. Muitos delas com resultados contraditórios
(WILLIAMS et al., 1991; WALLACE AND NEWBOLD, 1995; LESMEISTER et al., 2004;
BRUNO et al., 2009; BITENCOURT et al., 2011; SALVATI et al., 2015). Dentre os efeitos
Dissertação – Maiara dos Santos Ferreira 14

positivos mais consistentes do uso da S. cerevisiae está relaciona a melhoria na eficiência da


degradabilidade das fibras pelas bactérias ruminais (DANN et al., 2000; DESNOYERS et al.,
2009; YUAN et al., 2015).
Uma série de estudos têm investigado o efeito de culturas de leveduras em pré-
ruminantes (bezerros). Wagner et al., (1990); Quigley et al., (1992); Seymour et al., (1995); e
Agarwal et al., (2002), não observaram nenhum efeito da cultura de levedura no crescimento
de bezerros bovinos ou na população microbiana ruminal e fermentação ruminal destes. Em
contrapartida, Kumar et al. (1994), Kumar et al. (1997), usando levedura na suplementação de
bezerros búfalos, constataram maior números de bactérias ruminal e a modificação na produção
de ácidos graxos voláteis . Di Francia et al., (2007), reportaram que a utilização de levedura (S.
cerevisiae – Diamond V XP TM
LS) pode ter melhorado a eficiência digestiva de bezerros
búfalos com feno na dieta.
Zeoula et al. (2011), analisaram a adição de levedura ou monensina na dieta de bovinos
e bubalinos sobre a fermentação ruminal e eficiência microbiana, e constataram que a
suplementação com levedura não foi capaz de promover maior eficiência de síntese microbiana.
Entretanto, independentemente da espécie (bovino ou bubalino), a levedura reduziu a relação
acetato: propionato. A relação acetato: propionato reduzida é importante para redução da
produção de metano ruminal. Os efeitos da S. cerevisiae sobre a proporção de ácidos graxos
voláteis (AGV) no rúmen têm sido variáveis. Apesar disto, para o pH do líquido ruminal se
apresentou de forma estabilizada - bubalinos de 6,74 e os bovinos de 6,40).
Todavia, as leveduras parecem reunir características favoráveis ao emprego na
alimentação de animais, em especial de ruminantes, devido principalmente a riqueza em
proteínas de alta qualidade, carboidratos, lipídios, vitaminas do complexo B e minerais,
especialmente selênio e zinco. O que pode tornar a suplementação com leveduras uma
ferramenta benéfica para melhorar a eficiência digestiva em bubalinos, haja vista que esses
animais apresentam mecanismos fisiológicos como maior atividade celulolítica,
consequentemente, melhor aproveitamento dos componentes fibrosos (KENNEDY, 1995;
TEWATIA; BHATIA, 1998; CALABRO et al., 2004).
Dissertação – Maiara dos Santos Ferreira 15

2. OBJETIVOS

2.1. Objetivo geral


Objetivou-se neste trabalho avaliar o efeito da suplementação de Saccharomyces
cerevisiae cepa KA500 sobre o desempenho produtivo, eficiência alimentar e digestibilidade
na dieta de bubalinos em regime de confinamento.

2.2. Objetivos específicos


 Avaliar o ganho de peso dos animais;
 Avaliar escore de condição corporal;
 Avaliar rendimento de carcaça;
 Avaliar a atividade mastigatória dos animais;
 Determinar digestibilidade aparente no trato digestivo total;
 Analisar o Nitrogênio Uréico no Plasma (NUP) e glicose no plasma dos búfalos ao
longo do dia;
 Avaliar a síntese relativa de proteína microbiana através da excreção diária de alantoína
na urina.
Dissertação – Maiara dos Santos Ferreira 16

3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

3.1. Caracterização da Criação de Bubalinos

Os búfalos (Bubalus bubalis) são originários do continente asiático, levados


posteriormente à Europa, Oceania e Américas, habitando, hoje em dia, os mais variados
ecossistemas, uma vez que são considerados animais extremamente rústicos e de alta
capacidade de adaptação, podendo sobreviver em diversos ambientes de grandes variações de
clima, relevo e vegetação.
Na Índia existem 19 raças de búfalos reconhecidas e várias raças ainda não
reconhecidas que tenham importância econômica (KUNDU et al., 2004). No Brasil, são
reconhecidas, pela Associação Brasileira de Criadores de Búfalos (ABCB), quatro raças:
Mediterrâneo, Murrah, Jafarabadi (búfalo-do-rio) e Carabao (búfalo-do-pântano) (ABCB,
2008).
Os búfalos foram introduzidos no Brasil há mais de 100 anos, na Ilha de Marajó, pelo
fazendeiro Vicente Chermont de Miranda em 1895 (MARQUES; CARDOSO, 1997). São
animais portadores de características peculiares como docilidade, rusticidade, precocidade,
longevidade, conferindo-lhes a anedota de alternativa para a produção de proteína nobre a baixo
custo, haja vista que, são animais pouco seletivos em relação à forrageiras, e conseguem
aproveitar melhor os componentes fibrosos, aproveitamento melhor as forragens de baixa
qualidade nutricional (BASTIANETTO, 2005; RODRIGUES, 2014).
No Brasil, grande parte das propriedades criam os animais exclusivamente em
pastagem (ANDRIGHETTO, 2011). De maneira geral são poucas as propriedades que adotam
o sistema intensivo de criação com algum tipo de suplementação ou mesmo confinados.
Gonçalves (2008) constatou em uma pesquisa no estado de São Paulo que o sistema de
confinamento total é pouco empregado para machos (6%), como para fêmeas (2%).
A bubalinocultura na Amazônia é uma atividade bastante expressiva, na qual os
búfalos encontraram um ambiente propício para o seu desenvolvimento, com resultados
surpreendentes diante da pecuária local, tendo em vista a sua satisfatória rentabilidade. Esses
animais são criados principalmente em áreas de várzea, onde predominam pastagens nativas.
No entanto, há necessidade do desenvolvimento de tecnologias produtivas e alternativas de
desenvolvimento para tornar a atividade mais rentável (BERNARDES, 2007).
Dissertação – Maiara dos Santos Ferreira 17

3.2. Requerimentos Nutricionais de Bubalinos

O búfalo (Bubalus bubalis) é uma das poucas espécies domésticas que não apresenta
tabelas bem estruturadas com as próprias exigências nutricionais, fato este que dificulta a
elaboração de dietas específicas para as diversas fases de produção que maximizem os
resultados produtivos.
Ao se tratar de requerimentos nutricionais de búfalos, as informações existentes na
literatura ainda são limitadas e muitas vezes desencontradas. As poucas referências disponíveis,
na maioria das vezes, acabam por basear-se em estudos realizados com bovinos
(BERNARDES, 2010). Grande parte de estudos a respeito da alimentação dos búfalos advém
de criações existentes em outros países, como a Itália (ZICARELLI, 2001), onde os animais
são criados em sistema intensivo, consumindo alimentos de alta qualidade nutricional, tendo
uma dieta composta com altos níveis de concentrados e volumosos à base de silagens de milho,
feno e azevém, e, através de estudos realizados na Ásia (PAUL; LAUL, 2010), onde a oferta
alimentar é muitas vezes a base de subprodutos agrícolas, entre os quais se destacam a palha de
arroz e trigo, e somente durante curtos períodos inclui-se os trevos nessa dieta (BERNARDES,
2010; BERNARDES, 2014). Atrelado a esse fato, os valores de exigências nutricionais podem
se apresentar de forma muito específica.
Os requisitos de nutrientes e consumo de matéria seca (CMS) de bubalinos, segundo
El-Nenaey et al. (1996) e Borghese et al. (2005), são influenciados diretamente por fatores:
Inerentes ao animal – idade, peso corporal e estado fisiológico (crescimento, gestação, lactação
etc.), e estado de saúde; Inerentes a dieta: alimentos utilizados na dieta e conteúdo nutricional
desses alimentos, estado físico, químico, qualidade higiênica e características de apresentação,
granulometria; e Inerentes ao ambiente: clima, temperatura, umidade do ar, horas de luz natural,
estresse, o sistema de alimentação e de água potável e higiene e estrutura do alojamento.
O CMS dos animais apresenta variação em relação ao teor de energia da dieta. O teor
de fibra de uma dieta pode alterar seu teor de energia e consequentemente consumo dos animais
através de limitação física e metabólica de consumo (ALLEN, 2000). Assim, as diferenças no
consumo individual dos alimentos refletem as variações na capacidade de uso desses alimentos,
sendo o consumo de matéria seca usualmente utilizado como consumo de energia bruta
(KEARL, 1982). Estudos indicaram que o CMS diário foi de 2.5-3.0% do peso corporal na
engorda de búfalos (STÅHL-HÖGBERG, 2003; ZICARELLI, 2004). Segundo LORENZONI
et al. (1986) o CMS para bezerros bubalinos é de aproximadamente 2,5% do PV. Ao comparar
Dissertação – Maiara dos Santos Ferreira 18

o desempenho de bezerros bubalinos da raça Mediterrâneo com bezerros Nelore, VELLOSO et


al. (1994) concluíram que os búfalos apresentaram maior CMS (91,39 g/kg0,75) contra 84,56
g/kg0,75 dos bovinos. Já para o consumo de PB, os mesmos autores não encontraram diferença
(1,098 versus 1,065 kg/dia, respectivamente).
PAUL (2011), estimou a IMS para búfalos em 2,2 a 3,15% do peso vivo (PV),
contudo, sabe- se que diversos fatores podem interferir no consumo de matéria seca, dentre eles
a idade, o peso corporal, o sexo, o estado fisiológico, o tipo de produção, a sanidade, além das
características físicas e químicas do próprio alimento. Em geral, o consumo de matéria seca de
búfalos não apresenta grandes variações, com exceção do período gestacional, que no seu terço
final promove acentuada queda na capacidade de ingestão de alimentos em função do maior
desenvolvimento fetal, podendo resultar em redução no consumo de matéria seca em até 1,8 –
2,5% do PV (SINGHAL et al., 2005).
Bubalinos produzem menos calor em jejum que bovinos (15,47 g NDT/kgPV0,75 vs.
18,59 g NDT/kgPV0,75), segundo estudos calorimétricos de KHAN et al. (1988), trabalhando
com búfalas em jejum, o que sugere que a exigência de energia para mantença destes animais é
menor que a de bovinos. Requisitos de energia estão estreitamente associados com o tipo,
quantidade, qualidade e métodos de apresentação de alimentos consumidos pelos búfalos
(BULBUL, 2010).
PAUL; LAL, (2010), encontraram exigências de energia para mantença para
diferentes categorias de búfalos, sendo: 27-29,78g (adultos); 27,5-52g (crescimento) e 35,3-49,2
g NDT/kgPV0,75 (fêmeas lactantes). Valores equivalentes foram relatados por PAUL (2011),
que após realizar meta- análise de dados oriundos apenas de trabalhos de exigências de energia
por meio de ensaio de longa duração, constatou requerimentos de crescimento iguais a 35 a 39,9
g NDT/kgPV0,75 (UDEYBIR; MANDAL, 2001), e para lactantes de 35,3 g NDT/kgPV0,75
(PAUL et al., 2002). Para o autor, estes valores podem ser adotados com segurança na
alimentação de búfalos. As estimativas de exigência energia de ganho de peso em fase de
crescimento citados na literatura variam de 1,44 a 2,10 kg de NDT/kg (UDEYBIR;
MANDAL, 2001). Valor intermediário a estes foi estimado por PAUL et al. (2003), que
relataram 1,97 kg NDT /kg ganho. No entanto, Paul e Lal, (2010) encontraram variações de
energia para ganho de 0,78 a 2,23 kg NDT/kg.
Requisito de proteínas mudam em relação ao peso metabólico e/ou ganho de peso
corporal e a produção de leite, dependendo do estado fisiológico do animal (BULBUL, 2010).
A necessidade para a manutenção aumenta com o tamanho do corpo, mas decresce com a
Dissertação – Maiara dos Santos Ferreira 19

maturidade animal. Sendo assim, a manutenção do balanço de nitrogênio nos búfalos deve ser
proporcional à quantidade que permita o processo metabólico, a perda de fezes, crescimento,
produção e reprodução, devendo cada uma destas funções serem tratadas separadamente
(KEARL, 1982). Paengkoum et al. (2013), reportaram que a exigência de N para mantença de
búfalos em crescimento é de 0,75 g de N/kgPV0,75 (4,69 g de PB/kgPV0,75). Resultados
semelhantes a este tinham sido relatados em pesquisas anteriores (PAENGKOUM,2010;
TATSAPONG et al., 2010; TATSAPONG, 2009; PAUL; LAL, 2010; CHANTIRATIKUL et
al., 2009). Estudando a inclusão de níveis de PB nas dietas de búfalas em crescimento,
MACHADO et al., (2015) verificaram que o requerimento para mantença de búfalas em
crescimento nas condições brasileiras foi de 4,63 g PB/PV0,75 ou 0,74 g N/PV0,75.
Recentemente Prusty et al. (2016), ao avaliarem o efeito de níveis de proteína e energia
sobre a utilização dos nutrientes, encontraram por meio de equação de regressão exigências
diárias de PB para mantença de machos Murrah de 0,463 g/g GMD/kg PV0,75 e proteína
metabolizável igual a 3,95 g/kg PV0,75. Os autores ainda estimaram para mantença a exigência
de EM = 133,1 kcal g/kg PV0,75. Búfalos são capazes de utilizar de forma mais eficiente o
nitrogênio do que os bovinos, fazendo com que seus requerimentos proteicos para mantença
sejam menores.
Os búfalos sintetizam as vitaminas hidrossolúveis como B e C e vitaminas
lipossolúveis como a K, não havendo necessidade de suplementar. Entretanto, vitaminas A, D
e E devem ser obtidos externamente, pois não são sintetizadas no corpo, devendo assim serem
adicionadas à ração diária (FIEST, 1999; STÅHL-HÖGBERG, 2003). As vitaminas possuem
estreita relação com a vida reprodutiva dos bubalinos, como verificado por EZZO, (1995). O
fornecimento de 1000 UI de vitamina E, a partir de 30 a 60 dias pós-parto, já apresenta melhora
no desempenho reprodutivo (PANDA et al.; 2006).
Búfalos exigem pelo menos quinze minerais. Estes minerais são macrominerais como
cálcio (Ca), fósforo (P), magnésio (Mg), sódio (Na), cloro (Cl), potássio (K) e enxofre (S) e
microminerais como cobalto (Co), cobre (Cu), iodo (I), ferro (Fe), manganês (Mn), molibdénio
(Mo), o selênio (SE) e zinco (Zn). O nível de suplementação de minerais para a ração deverá
ser definido com base na qualidade, quantidade e tipos de fibras (BULBUL, 2010). De acordo
com Kearl (1982), o sódio e o cloro são elementos essenciais na nutrição de búfalos, e podem
ser economicamente utilizados pela simples adição do sal comum na dieta. Os requerimentos
de Ca e P que são altamente dependentes da produção de leite, demandando 5,2 – 5,8 g de Ca
e 2,1 – 2,3 g de P para cada kg de leite produzido/dia (ZICARELLI, 1999). Durante a lactação,
Dissertação – Maiara dos Santos Ferreira 20

a relação Ca: P deve ser de 2:1, devido à grande perda de Ca por meio do leite (STÅHL-
HÖGBERG e LIND, 2003). Por falta de informações suficientes a respeito das exigências de
minerais para búfalos, com frequência, são adotadas as exigências descritas pelo NRC (2001)
para bovinos.

3.3. Eficiência digestiva de bubalinos

A distribuição geográfica e o longo tempo de evolução dos búfalos no mundo nos mais
diversos sistemas de manejo e alimentação influenciaram as características comportamentais,
fisiológicas e microbiológicas peculiares existentes em todo o trato digestório desses animais
(FRANZOLIN; ALVES, 2010).
Os bubalinos apresentam um trato gastrointestinal anatomicamente semelhante ao da
espécie bovina, mas com modificações no volume e proporção de cada segmento. O
comprimento total do trato digestivo dos búfalos tipo rio (2n=50) é de 60 metros
(BASTIANETTO; BARBOSA, 2009). Leao et al, (1985), Bastianetto; Barbosa, (2009) revelam
que o volume do complexo rúmen, retículo, é consideravelmente maior em relação aos bovinos,
onde o rúmen ocupa 88% do volume total do estômago. Esta característica lhes permite uma
maior capacidade de armazenamento ruminal até 10% a mais em relação a bovinos, já o omaso
e abomaso são menores em relação aos bovinos (LEAO et al., 1985; KENNEDY, 1995;
CALABRO et al., 2004, BASTIANETTO; BARBOSA, 2009). O intestino, mede em torno de
40 metros, e o ceco se apresenta em tamanho menor no búfalo (LEAO et al., 1985),
proporcionando maior taxa de passagem pós ruminal.
A frequência de movimentos ruminais nos búfalos é menor quando comparado aos
bovinos (BASTIANETTO; BARBOSA, 2009), o que determina uma lenta taxa de passagem
do alimento no rúmen (BARTOCCI et al., 1997; TERRAMOCCIA et al., 2000;
BASTIANETTO; BARBOSA, 2009; PAUL; LAL, 2010) com menor número de bolos
regurgitados por ruminação, maior tempo de retenção do alimento, maior ruminação
(KENNEDY, 1995; CALABRO et al., 2004) e maior ação da população microbiana sobre a
fibra alimentar que compõem as forragens (BASTIANETTO; BARBOSA, 2009).
A ingestão mais lenta, assim como a lenta taxa de passagem do alimento no rúmen,
promovem a atividade mastigatória mais eficiente, e, independentemente de seu estado
fisiológico, búfalos comem mais lentamente (PRADHAN; BHATIA; SANGWAN, 1997),
favorecendo a alta taxa de degradação da fração fibrosa no rúmen (JALALUDIN et al., 1992;
Dissertação – Maiara dos Santos Ferreira 21

SINGH et al., 1992; PUPPO; GRANDONI 1993; SETTINERI et al., 1993; FRANZOLIN;
DEHORIT, 1999). Bubalinos realizam a mastigação de forma demorada e intensa, exercendo
grande força sobre o alimento apreendido, promovendo maior fragmentação e exposição do
conteúdo celular vegetal, potencializando a ação microbiana enzimática. Isto é decorrente da
musculatura das bochechas (VEGA et al., 2010), mais desenvolvida que nos bovinos.
A população de determinadas espécies de bactérias no rúmen de búfalos tem sido
estudada, apresentando elevadas quantidades em diferentes condições de alimentação
(WANAPAT et al., 2000; PUPPO et al., 2002; WANAPAT; CHANTHAKHOUN, 2009).
Wanapat et al. (2000) estudaram a população microbiana no rúmen de bubalinos, e relataram
elevada população bacteriana (1,6 x108 células/mL), e elevada concentração de zoósporo de
fungos (7,30 x 106 células/mL). O número total de protozoários apresentou-se menor em búfalos
na maioria dos casos observados (FRANZOLIN; FRANZOLIN, 2000; WANAPAT et al.,
2000; WANAPAT, 2009; FRANZOLIN et al., 2010b). Bubalinos apresentaram maior
concentração de protozoários do gênero Diplodiniiae e menor do gênero Entodinium quando
foram alimentados com Panicum maximum (FRANZOLIN; DEHORIT,1999).
Wanapat; Pilajun (2009) observaram maior concentração da população de bactérias da
espécie Fibrobacter succinogenes que das espécies Ruminococus flavefacieus e Ruminococus
albus em búfalos do pântano recebendo dietas com duas fontes de energia e dois níveis de ureia
e Wanapat e Cherdthong, (2009) observaram o mesmo efeito em búfalos com dietas com quatro
níveis diferentes de relação volumoso: concentrado. A prevalência de bactérias produtoras de
gás é menor em búfalos (10%), o que significa uma menor produção de metano em búfalos
(SAINI; RAY, 1964; SEBASTIAN et al.,1970, RANJAN; KRISHNAMOHAN, 1977) e
consequentemente maior eficiência energética.
Os búfalos exibem um sistema digestivo contendo uma rica flora bacteriana,
apresentando alta capacidade de usar alimentos fibrosos (5 a 8%) maior que bovinos
(BASTIANETTO; BARBOSA, 2009), ou seja, maior atividade celulolítica (MUDGAL, 1988;
KENNEDY, 1995; TEWATIA; BHATIA, 1998; SEKERDEN, 2001; WANAPAT, 2001,
CALABRO et al., 2004). Isso representa maior capacidade fermentativa, que é resultado
adaptativo de anos de alimentação com dietas fibrosas e de baixa qualidade (SARWAR et al.,
2005). Esses animais possuem papilas ruminais mais desenvolvidas, aspecto que aumenta a
superfície de absorção dos produtos de fermentação ruminal (SIDENEY; LYFORD ,1993).
O pH ruminal de búfalos gira em torno de 6,28 e 6,78 (FRANZOLIN NETO et al.,
1990; SOUZA et al., 2000) quando búfalos são alimentados com dietas ricas em volumosos,
Dissertação – Maiara dos Santos Ferreira 22

podendo apresentar variação em função da alimentação oferecida ao animal. Alves et al. (2009)
observaram pH médio de 6,70 em búfalos recebendo níveis crescentes de milho na dieta,
variando de 0 a 49%, demonstrando um bom efeito tampão existente no rúmen. Esses mesmos
autores relataram que o pH no rúmen de bubalinos geralmente alcança o nível mais baixo entre
duas a seis horas após a alimentação, dependendo da natureza da dieta e da rapidez com que ela
é ingerida. O alto valor de pH ruminal em bubalinos é em decorrência da secreção salivar mais
intensa, maior poder tampão da saliva que flui para o rúmen (SIVKOVA et al., 1997). Esse pH
ruminal, próximo a neutralidade proporciona um ambiente ruminal adequado para o
desenvolvimento de bactérias celulolíticas.
As concentrações de ácidos graxos voláteis (ácidos acético, propiônico e butírico),
nitrogênio amoniacal, nitrogênio bacteriano e certos eletrólitos, como o potássio e cálcio,
apresentaram-se maiores no liquido ruminal de búfalos que no de bovinos submetidos à mesma
dieta na maioria dos estudos (TANDON et al.,1972; LUDRI; RAZDAN, 1982; PUNIA;
SHARMA, 1988; FRANZOLIN, 1994; FRANZOLIN, 2002). A maioria dos estudos
indicaram que a retenção de nitrogênio é maior em búfalos do que em bovinos no mesmo
nível de ingestão de N e de energia (SEBASTIAN et al., 1970; RANJHAN;
KRISHNAMOHAN, 1977; KENNEDY et al., 1992; HAYASHI et al., (2005).
Kurar e Mudgal, (1981), Kennedy et al. (1992), Souza et al. (2000) verificaram que
bubalinos apresentam melhor balanço de N, principalmente, quando estes foram alimentados
com dieta de qualidade inferior, indicando uma maior taxa de reciclagem de nitrogênio no
rúmen, sugerindo uma maior eficiência na utilização de nitrogênio. Segundo esses autores, os
bubalinos exigem menor quantidade de proteína para manutenção devido à baixa perda de
nitrogênio endógeno.
A produção de nitrogênio amoniacal no rúmen de búfalos depende principalmente da
quantidade e qualidade da proteína ingerida pelo animal associadas à disponibilidade de energia
da dieta e do tempo após a alimentação. Dessa forma, ampla variação tem sido determinada em
bubalinos nos mais diversos sistemas de alimentação. Valores ao redor de 7 mg/100 mL até
acima de 33 mg/100 mL foram relatados (MISRA; RANHOTRA, 1969; WANAPAT; PIMPA,
1999; MAEDA et al., 2007; ALVES et al., 2009). O pico da concentração de amônia no líquido
ruminal de búfalos tem sido observado de duas horas até 3,42 horas após o fornecimento da
dieta (SOUZA et al., 2000; MAEDA et al. 2007; ALVES et al., 2009). A concentração mínima
de N-NH3 para não limitar a síntese microbiana, observada por SATTER; SLYTER (1974), foi
de 5 mg/100 mL de líquido ruminal.
Dissertação – Maiara dos Santos Ferreira 23

3.4. Probióticos

Os probióticos são os aditivos alimentares constituídos por leveduras ou lactobacilos,


classificados pelo FDA (Food and Drug Administration – Administração de medicamentos e
alimentos dos Estados Unidos da América), como Direct Feed Microbials – microrganismos
para alimentação direta (DFM), e definido como “fonte natural de microrganismos vivos
(viáveis). Por solicitação do FDA, os fabricantes de tais aditivos passaram a usar a denominação
DFM em substituição ao termo probiótico (FRANÇA; RIGO, 2012). São considerados
microrganismos vivos, que quando adicionados em número suficiente, têm a capacidade de
alterar a microbiota do trato digestivo do hospedeiro (ROOK; BURNET, 2005), de forma que
resulta em melhoria da saúde e na produção animal.
Resposta aos aditivos disponíveis, a base de levedura, variam amplamente quanto a
espécie, cepa e viabilidade das células (ERASMUS; BOTHA; KISTNER, 1992). Segundo
Wallace (1994) o uso desses microrganismos vivos, como aditivo microbiano na alimentação,
pode aumentar a eficiência digestiva de ruminantes, fazendo com que ocorra maior colonização
de bactérias nas partes fibrosas do alimento, melhorando a degradação, e consequentemente,
tendo melhorias na fermentação ruminal, digestibilidade dos nutrientes e desempenho dos
animais. Em termos gerais, afetam de maneira benéfica o animal hospedeiro, melhorando sua
flora microbiana do trato gastrointestinal (FULLER, 1989).

3.4.1. Leveduras

Leveduras são organismos eucariotos unicelulares do reino dos fungos que fermentam
carboidratos e se reproduzem por brotamento ou esporulação (SANTOS; GRECO, 2012).
Inicialmente, a utilização de leveduras vivas na nutrição animal foi voltada exclusivamente para
suínos. O primeiro relato da utilização de levedura como suplemento alimentar para bovinos
data de 1925, em um experimento para aumentar a produção de leite, ofertando cerca de 25 g
de levedura por quilograma de leite produzido diariamente. Os autores do referido experimento
não constataram aumento da produção do leite (ECKLES; WILLIAMS, 1925). Desde então,
vários estudos têm sido realizados na busca de resultados positivos, que ainda é motivo de
discussão sobre os efeitos. O efeito da levedura parece estar mais relacionado ao tipo cepa
utilizada (NEWBOLD et al.; 1996; CHAUCHEYRAS-DURAND et al.; 1997). Atualmente,
Dissertação – Maiara dos Santos Ferreira 24

existem mais de 2000 cepas registradas no Instituto Louis Pasteur (França) para as mais diversas
funções (FRANÇA; RIGO, 2011).
Comumente, os produtos comerciais contendo leveduras podem apresentar sua
composição uma concentração superior de leveduras vivas em relação às mortas, ou mesmo
apresentar-se numa combinada mistura de proporções diferente de leveduras vivas e mortas
num meio de cultivo denominado de meio de cultura de leveduras (CHAUCHEYRAS-
DURAND, WALKER, BACH, 2008). Esse meio de cultura contém leveduras viáveis,
representando menor quantidade de células metabolicamente ativas em comparação com
produtos contendo leveduras vivas (LYNCH; MARTIN, 2002).
As culturas de leveduras têm a capacidade de alterar a fermentação ruminal,
principalmente pelo fornecimento de fatores estimulantes do crescimento e metabolismo
bacteriano (ácidos dicarboxílicos, principalmente o ácido málico) e pelo consumo do oxigênio
do ambiente ruminal (MARTIN; NISBET, 1992).

3.4.2. Saccharomyces cerevisiae

A espécie de levedura mais utilizada em experimentos com nutrição de ruminantes é


a Saccharomyces cerevisiae. Seu efeito no desempenho animal se dá por alterações no ambiente
ruminal, entre as quais se destaca o aumento da população de bactérias celulolíticas e aquelas
consumidoras de ácido lático (SANTOS; GRECO, 2012).
De acordo com Tortora et al. (2000), a S. cerevisiae apresentam-se nas formas de
células alongadas ou ovaladas, encontradas na natureza em frutas cítricas, cereais e vegetais.
Comercialmente, produtos contendo S. cerevisiae são probióticos que denotam algumas
características interessantes de serem exploradas, como resistência e alta viabilidade sob uma
variedade de condições ambientais, podendo ser facilmente cultivadas (TRIPATHI et al., 2008)
por se tratar de um aditivo reconhecidamente seguro pela FDA.
Considerada como um produto natural, a S. cerevisiae, conquistou espaço nos
mercados mais exigentes do mundo (CHUNG et al., 2011). Uma vez que combina
características nutricionais favoráveis como teor proteico de 30 a 70%, ricas em vitaminas do
complexo B (Tiamina, Riboflavina, Niacina, Ácido Pantotênico, Piridoxina, Biotina, Ácido
fólico) e minerais como o selênio, além de possuir alta concentração de ácidos nucléicos
(YAMADA et al., 2003; SGARBIERI et al.,1999).
Dissertação – Maiara dos Santos Ferreira 25

A S. cerevisiae apresenta uma espessa parede celular, contendo carboidratos


(YAMADA et al., 2003; SGARBIERI et al., 1999), destacando-se os glucanos e os
mananoligossacarídeos (MOS), os quais são imunomoduladores causando efeito positivo sobre
o sistema imunológico, prevenindo à colonização de bactérias patogênicas no trato
gastrointestinal (NOCEK; HOLT; OPPY, 2011).
Produtos comerciais disponíveis no mercado contendo leveduras utilizadas na
nutrição de ruminantes compõem-se de uma mistura de células vivas ou então misturas em
diferentes proporções de leveduras vivas e mortas na presença do meio de cultivo, denominada
cultura de leveduras (SANTOS; GRECO, 2012). Estes produtos têm como base a S. cerevisiae,
diferindo quanto às cepas elegidas e demais características peculiaridades, como a concentração
(Unidade formadora de colônia por grama de produto – UFC/g), viabilidade de células,
processamento, etc. Tais características corroboram para efeitos discrepantes nos resultados de
pesquisas encontradas. Ainda assim, são reconhecidas como seguras na alimentação animal,
pois não liberam resíduos no tecido animal (SILVA et al., 2012), por se tratarem de um produto
natural (CHUNG et al., 2011).
Em virtude da temperatura, pH e da composição química do líquido ruminal, o
crescimento de S. cerevisiae é inibido (ARAMBEL; TUNG, 1987; NEWBOLD, 1995), assim,
passaram a ser incorporadas na alimentação animal como fonte direta de proteína, geralmente
a partir de resíduos de fermentados industriais ou então como probióticos a partir da ingestão
direta de células viáveis, estimulando a microbiota ruminal, e, consequente eficiência digestiva.
Mas, com resposta influenciada pela dieta básica do animal hospedeiro (WILLIAMS et al.,
1991; FIEMS et al., 1993) e dependente da cepa de levedura utilizada (NEWMAN; SPRING,
1993; NEWBOLD et al., 1996; CHAUCHEYRAS-DURAND et al., 1997).

3.4.3. Efeitos e ação da Saccharomyces cerevisiae na produção de ruminantes

Os estudos referindo-se ao modo de ação das leveduras vivas como aditivos


suplementares para ruminantes é bastante amplo. Os efeitos causados com o uso das leveduras
S. cerevisiae se apresentam de forma variada e dependem do tipo de substrato utilizado,
condição fisiológica do animal, estratégia de alimentação, e níveis de concentrado
(WALLACE, 1994). Alguns resultados do uso desse aditivo estão bem caracterizados, e muitos
Dissertação – Maiara dos Santos Ferreira 26

são os mecanismos de ação propostos para explicar os efeitos da sua adição à dieta de
ruminantes sobre a melhora do desempenho animal (SANTOS; GRECO, 2012).
Vários produtos à base de levedura S. cerevisiae suplementados na alimentação de
ruminantes têm mostrado impacto como aumentos na produção de leite, ingestão de alimentos
(LEHLOENYA et al., 2008; WILLIAMS et al.,1991), digestão, ganho de peso, valor de pH
ruminal (JOUANY et al., 1998; BACH et al., 2007; MARSOLA et al., 2010; MORAIS et al.,
2011) no ecossistema ruminal, concentração de ácidos graxos voláteis (KUMAR et al., 1994;
KUMAR et al., 1997; DENEV, 2006; SINGH et al., 2008; ULLAH, 2017; RABEEB, 2017),
pode provocar alterações na razão acetato/propionato (PIVA et al., 1993; ZEOULA et al.,
2008), aumentar o fluxo de proteína microbiana para o intestino delgado (ERASMUS et al.,
1992; WALLACE, 1992; KAMALAMMA et al., 1996) e ainda, sendo benéfica em condições
de estresse fisiológico, como no início da lactação ( DANN et al. 2000; WOHLT;
FINKELSTEIN; CHUNG, 1991), ou durante estresse térmico (BRUNO et al., 2009;
MOALLEM et al., 2009), reduzindo a temperatura retal de vacas leiteiras, atuando como um
mecanismo de ação sobre a função termorregulatória (SHWARTZ et al., 2009), e atuar com
resposta imune (FRANKLIN et al., 2005; GALVÃO et al., 2005).
Trabalhos publicados relatam efeitos benéficos da utilização de leveduras na nutrição
de ruminantes entre 7 e 8% (DAWSON, 2000), chegando até 8,4%, de aumentos em ganho de
peso e produção de leite, como relatado por Gunter (1989), em um experimento com vacas
leiteiras alimentadas com silagens de milho.
Segundo Santos e Greco (2012), o efeito das leveduras vivas é dado por alterações no
ambiente ruminal, modificando a população microbiana, promovendo o crescimento de
microrganismos celulolíticos e de consumidores de ácido lático. Estas últimas apresentam
efeito com a presença direta de S. cerevisiae no líquido ruminal (CHAUCHEYRAS et. al.,
1996). Efeito este preventivo à acidose ruminal (BERCHIELLI et al., 2011), pois, normalmente,
a acidose ruminal é desencadeada em pH abaixo de 5,8 (PLAIZIER et al., 2009) e associada ao
aumento de lactato, e, como a ação das leveduras estimula o crescimento de bactérias
utilizadoras de ácido lático, estas bactérias reduzem a produção de lactato até a sua conversão
a propionato, mudando as proporções de ácidos graxos de cadeia curta, diminuindo a produção
de metano. Desse modo, o seu uso pode ocasionar a estabilização do pH ruminal (NEWBOLD
et al., 1995; BACH et al., 2007) e, consequentemente, reduzindo a incidência de acidose
ruminal.
Dissertação – Maiara dos Santos Ferreira 27

A utilização de leveduras pode ainda apresentar habilidade de prevenção na


colonização do intestino por microrganismos patogênicos (DAWSON, 2000), promovendo
imunização sobre as células intestinais em bezerros (FRANKLIN et al., 2005) e melhorar a
digestibilidade de nutrientes (BITENCOURT et al; 2011; FERRARETO et al; 2012). De acordo
com Santos e Greco (2012), a parede celular da S. cerevisiae apresenta camadas de quitina
(cadeia reta de N-acetil-D-glucosamina), uma de beta-1,3 glucana e uma de mananos
glicolisada com proteína na fração externa de sua parede celular. Assim, Zabek et al., (2014)
afirmam que glucana e complexos de manose são capazes de interagir com receptores celulares
influenciando respostas imunológicas, reduzindo assim os riscos de doenças gastrointestinais.
Durand et al. (2012) relatam que o principal fator benéfico de leveduras vivas na
digestibilidade fibra é a capacidade das células de levedura viva de reduzir o oxigênio ruminal.
Assim, o consumo de oxigênio realizado pelas leveduras no ambiente ruminal condiciona um
ambiente favorável para outros microrganismos colonizarem e realizarem a degradação de
fibras. Algumas bactérias ruminais exigem um ambiente estritamente anaeróbico, ocorre
entrada de oxigênio, pela alimentação, ingestão de água, ruminação e pela mucosa, o que se
torna prejudicial à fermentação ruminal, pois bactérias ruminais não toleram nem mesmo
pequenas quantidades de oxigênio (WALLACE, 1996), o que prejudicaria o crescimento de
bactérias estritamente anaeróbicas (ROSE, 1987). Dessa forma, a adição de levedura viva
estimula o crescimento de bactérias estritamente anaeróbicas, em especial, as celulolíticas
(NEWBOL, WALLACE, MCINTOSH, 1996; WALLACE; NEWBOLD, 2007). Esses autores,
relatam em experimento in vitro a eficiente capacidade de algumas cepas de S. cerevisiae em
consumir até 89% do oxigênio em relação ao tratamento controle. No entanto, mais
recentemente, esta teoria baseada na remoção do O2 parece ser inconsistente. A conclusão mais
plausível de sustentar seria de que a inclusão de leveduras ativas no rúmen, demonstraria muito
mais um efeito indireto do que um efeito direto das leveduras, estimulando o crescimento de
populações capazes de metabolizar O2, e que, o aumento na concentração de bactérias
celulolíticas se deva ao ambiente ruminal mais propício ao seu desenvolvimento (SANTOS;
GRECO, 2012).
Guedes et al. (2008) relataram que as leveduras são capazes de potencializar a
degradação de fibras, quando estas são fibras de baixa qualidade. Esses autores avaliaram duas
doses S. cerevisiae (Levucell SC 10 ME – 1x1010 UFC/g) 0,3g e 1,0 g/animal/dia - e constataram
que a degradabilidade da fibra em detergente neutro foi maior para os animais que receberam
forragem de baixa qualidade acrescida de 1,0 g de levedura viva diariamente. Bitencourt et al.
Dissertação – Maiara dos Santos Ferreira 28

(2011), em estudo com vacas em lactação, avaliaram o efeito da suplementação de 10g/dia de


leveduras vivas (Natucell®. 1 x 1010 UFC de Saccharomyces cerevisiae/g, cepa CNCM I –
1077), em dietas com 30% de FDN e observaram tendência (P=0,08) de aumento na
digestibilidade do FDN no trato digestivo total.
Alguns trabalhos reportaram aumento da síntese de proteína (CHAUCHEYRAS-
DURAND, WALKER, BACH, 2008) com a suplementação de leveduras. Fereli et al. (2010);
Erasmus et al. (1992) observaram maior fluxo de proteína microbiana para o duodeno em vacas
leiteiras suplementadas com levedura. No entanto, Putnam et. al., (1997) não relataram
mudanças no fluxo duodenal de proteína microbiana. Oliveira et al. (2010) e Bitencourt et al.
(2011), não reportaram efeitos claros sobre o metabolismo de nitrogênio através da ausência de
diferença nas concentrações de nitrogênio uréico no plasma. Além disso, GUIMARÃES et al.
(2015) não obtiveram respostas da suplementação com levedura sobre o metabolismo de
compostos nitrogenado. Em suma, boa parte dos estudos têm demonstrado pequeno impacto no
fluxo de proteína microbiana (SANTOS; GRECO, 2012), de modo que estes dados ainda são
pouco discutidos. Porém, se tratando da concentração de amônia no rúmen, Erasmus et al.
(1992) relataram redução de 10% nos animais suplementados com cultura de levedura. Este
episódio pode ser atribuído a utilização deste metabólito pelas bactérias, sendo então,
incorporado à proteína microbiana. Franzolin, Costa e Fernandes (2004) não relataram
diferenças significativas nos valores médios da concentração de amônia ruminal (15,25 mg/100
mL), com o acréscimo de leveduras numa dieta com 75% de feno de gramínea. Chaucheyras-
Durand, Masseglia e Fonty (2005), evidenciaram que a atividade proteolítica de Proventella
albensis, Streptococcus bovis e Butyrivibrio fibrisolvens foi reduzida quando cultivadas com
leveduras vivas (S. cerevisiae cepa CNCM I-1077).
Alguns trabalhos têm relacionado a eficácia de leveduras em estabilizar o pH ruminal
no decorrer do dia, principalmente em dietas ricas em concentrado (MARTIN & NISBET,
1992), de modo que impede oscilações do pH ruminal pela presença do ácido málico
(dicarboxílicos fornecido pela levedura) que estimula o crescimento de bactérias utilizadoras
de ácido lático, o qual é convertido a propionato, reduzindo a perda energética na forma de
metano (BERCHIELLI et al., 2011), já que o ácido lático não é usado como substrato pelas S.
cerevisiae para o seu crescimento (PANCHAL et al., 1984). . Williams et al., (1992), relataram,
em um experimento com garrotes, que a suplementação com levedura (S. cerevisiae- cepa 1026
- dose de 7,5g/dia – 5x109 UFC) aumentou o pH, resultado este atribuído a redução na
concentração do teor de lactato ruminal. Possenti et al. (2008) e McGinn et al. (2004),
Dissertação – Maiara dos Santos Ferreira 29

observaram que o pH ruminal foi mais estável na ausência da levedura, dietas exclusivas em
forragens. Entretanto, Al Hibraim et al., (2010), utilizando leveduras vivas para suplementar
vacas leiteiras, não obtiveram influências sobre o pH médio e nem sobre a concentração de
ácido lático ruminal.
Estudos têm relacionado a suplementação de S. cerevisiae à estabilização do pH
ruminal, ou seja, prevenindo oscilações de pH ruminal, principalmente em ditas ricas em
concentrado (WALLACE, 1994). Enquanto que os efeitos de S. cerevisiae sobre o pH em dietas
contendo alta inclusão de forragem parecem ser mais discretos, uma vez que essas dietas não
promovem grandes oscilações de pH ao longo do dia (GUIMARÃES et al., 2015).

3.4.4. Efeito da suplementação de leveduras em Bubalinos

Trabalhos com suplementação de leveduras em bubalinos no Brasil são escassos. Koul


et al. (1998) observaram redução numérica do N-NH3 ruminal de búfalos um estudo com doze
animais utilizando 5g/dia de cultura de leveduras vivas de Saccharomyces cerevisiae cepa 1026
(Altech, Nicholasville, EUA). Kumar et al. (1994), Kumar et al. (1997) constataram maior
números de bactérias ruminais – bactérias totais e celulolíticas - e a produção de ácidos graxos
voláteis modificada quando uma cultura de levedura viva – S. cerevisiae - foi adicionado na
dieta de búfalos bezerros. Singh et al.; (1997) relatam aumento de pH de búfalos vitelos
suplementados com levedura entre 2 e 12 horas após a refeição.
No entanto, Zeoula et al. (2011), analisaram a adição de levedura ou monensina na
dieta de e bubalinos sobre a alta fermentação ruminal e eficiência microbiana, e constataram
que a suplementação com levedura não foi capaz de promover maior eficiência de síntese
microbiana. Mas, houve redução da relação acetato: propionato, efeito importante para redução
da produção de metano ruminal. Com relação a proporção de ácidos graxos voláteis (AGV) no
rúmen foram variáveis. Apesar disto, para o pH do líquido ruminal foi observado efeito
estabilizante, sendo a média dos bubalinos de 6,74.
Kumar; Prassad; Prassad, (2013) relataram aumento significativo da média de
contagem de protozoários (P<0,05) e a contagem bacteriana total (P<0,01) em búfalos Murrah
suplementados com a cultura de levedura (Saccharomyces cerevisiae- cepa - CNCM I-1077) a
uma taxa de 0,5 g/animal/dia.
Dissertação – Maiara dos Santos Ferreira 30

Ullah et al., (2017), utilizando diferentes níveis de cultura de levedura viva na dieta
de búfalos não reportaram aumento da ingestão de matéria seca, mas reportaram maior
digestibilidade de Matéria seca, Proteína Bruta, Fibra em detergente neutro e Fibra em
detergente ácido, com consequente aumento de microrganismos benéficos ao rúmen.
Outras pesquisas têm relacionado benefícios da suplementação de levedura no âmbito
fisiológico de búfalos, promovendo aumento significativo dos níveis dos hormônios T3 e T4,
que levam ao aumento de síntese de proteína corporal e de biossíntese de gordura (HABEEB,
2017). Esse autor relacionou melhoria na fertilidade, redução da incidência de retenção de
placenta, (ABDEL-KHALEK et al., 2009), maior taxa de concepção, refletindo em menor
intervalos entre partos, maior resposta imune, alta síntese de vitaminas do complexo B,
oligoelementos, melhorando o ganho de peso e utilização de alimentação.
Dissertação – Maiara dos Santos Ferreira 31

4. MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi realizado em concordância com os princípios éticos da


experimentação animal, adotados pela Comissão de Ética no Uso de Animais – CEUA /UFAM
(Protocolo nº 014/2017).
Dezoito búfalos da raça Murrah, machos, não castrados e com peso vivo inicial de 250
± 31 Kg (média ± desvio padrão), com 12 meses de idade, foram alimentados individualmente
as 6:00 h e 17:00 h, em regime de confinamento total do tipo Tie stall, com camas de serragem,
cochos individuais e acesso irrestrito a água. O período experimental teve duração de 52 dias
sendo 14 dias de padronização e 38 dias de comparação entre os tratamentos.
Os animais foram blocados em 9 grupos de dois animais com base no peso vivo, e
aleatoriamente alocados a um de dois tratamentos, em delineamento em blocos ao acaso,
ajustados para covariável e com estrutura de medidas repetidas no tempo. Os tratamentos foram:
10 g de levedura e tratamento controle. A levedura era composta pela cepa de Saccharomyces
cerevisiae KA 500 capaz de proporcionar consumo de 2x1010 UFC de microrganismos por
búfalo.
Os animais receberam dieta única em um período pré-experimental de padronização
por 14 dias. A dieta da padronização foi composta, com base na matéria seca, por 60% de
silagem de capim elefante variedade Cameron (Pennisetum purpureun Schum), 12% de farelo
de soja, 13% de milho moído, 13% de torta de cupuaçu e 2% de complexo mineral e vitamínico.
Durante o período de comparação, os animais foram alimentados com uma dieta contendo, com
base na matéria seca, 29.2% de silagem de capim elefante variedade Cameron (Pennisetum
purpureun Schum) e 70,8% de concentrado (Tabela 1). O capim foi colhido manualmente e
triturado em picadeira ensiladeira estacionária, ajustada para tamanho de corte de 4,5mm. A
silagem ficou vedada por 30 dias antes do fornecimento aos animais. A mistura dos ingredientes
da dieta foi executada imediatamente antes de cada refeição contendo quantidade ofertada
suficiente para prover 10 % de sobra.
O consumo diário de matéria seca e nutrientes dos animais foi calculado mensurando-
se o oferecido e descontando-se as sobras diárias durante os dias 10 a 14 da padronização e
diariamente ao longo da comparação. Amostras dos ingredientes e das sobras alimentares de
cada animal foram coletadas diariamente e congelados. Quantidades idênticas de matéria
natural das amostras diárias formaram compostas por semana, as quais foram pré-secas em
estufa ventilada por 72h a 55oC, triturados em peneira com crivo de 1mm em moinho do tipo
Dissertação – Maiara dos Santos Ferreira 32

Thomas-Willey, e sub-amostras desidratadas a 105ºC por 24h para determinação do teor de


MS.

Tabela 1. Composição das dietas oferecidas em ingredientes e das consumidas em nutrientes


% da MS
Silagem de capim elefante 29,2
Milho moído 23,1
Torta de cupuaçu 21,8
Casca de soja 16,3
Farelo de soja 7,2
1 1,6
Minerais e vitaminas
Ureia 0,8
Proteína Bruta 15,6
FDN 36,8
EE 6,4
Cinzas 3,4
CNF2 37,8
% na MN
Matéria Seca 50,1
1
Minerais e vitaminas: 18,5% Ca; 15,0% P; 3,0 de Mg; 3,0% de S; 240 ppm de Co; 3.000ppm de Cu; 8.000ppm
de Mn; 12000ppm de Zn; 90 ppm de Se; 180ppm de I; 8.000.000UI/kg de Vit. A.; 2.000.000UI/kg de Vit. D;
50.000UI/kg de Vit.E.
2
CNF= Carboidratos não fibrosos = 100 - (PB+FDN+EE+cinzas)

A proteína bruta (PB) foi analisada por um destilador a vapor do tipo Micro Kjeldhal
(AOAC,1975), o extrato etéreo (EE) segundo o AOAC (1990), e as cinzas por incineração da
amostra a 550ºC por 8h. O teor de FDN foi analisado por um determinador de fibra TE-149
(Tecnal Equipamentos para Laboratórios, Piracicaba, SP), utilizando sulfito de sódio e amilase.
O peso vivo, o escore de condição corporal (ECC), o perímetro torácico e as alturas na
cernelha e na garupa dos bubalinos foram determinados nos dias 13 e 14 da padronização e a
cada sete dias da comparação. O ganho diário de peso foi calculado semanalmente no período
de comparação pela diferença entre os pares de determinações intervaladas de sete dias. O ECC
foi avaliado visualmente em escala de 1 a 5, sendo 1 representativo de magro e 5 de gordo
(WILDMAN et al., 1982), por três avaliadores independentes para obtenção da média por
animal.
Dissertação – Maiara dos Santos Ferreira 33

O perímetro torácico foi determinado caudalmente aos membros torácicos. As alturas


foram determinadas com auxílio de bengala graduada do tipo Lydtin na extremidade dorsal do
processo espinhoso da terceira vértebra torácica (na região da cernelha) e no ponto mais alto do
osso sacro.
O desempenho animal foi avaliado até 35º dia do período de comparação, sendo
avaliados parâmetros de digestão e sanguíneos de amostragem intensa nos dias 36 a 38 da
comparação.
Determinou-se a digestibilidade aparente no trato digestivo total da matéria seca, da
matéria orgânica, do FDN e da matéria orgânica não-FDN no 36º dia do período de comparação
por mensuração da produção fecal por coleta total de fezes, realizada durante 24 horas. As fezes
foram recolhidas em baldes ou diretamente do piso. As fezes de cada animal foram pesadas e
uma amostra congelada.
Após o término da coleta de fezes, as amostras fecais foram desidratadas e o teor de
FDN e cinzas determinado como descrito anteriormente. A digestibilidade em porcentagem
desses componentes foi calculada através da quantidade consumida subtraída a quantidade
excretada nas fezes, dividido pela quantidade consumida multiplicado por 100.
Realizou-se a coleta total de urina por 24 horas, simultaneamente a coleta total de
fezes, em baldes e armazenadas em um recipiente plástico de 20 Litros contendo 200 mL de
ácido sulfúrico a 20%. Ao término de 24 horas, a quantidade de urina foi mensurada e uma sub-
amostra de aproximadamente 50 mL foi formada e posteriormente diluída em solução de ácido
sulfúrico a 4% (4:1, ácido: urina) sendo congelada a -20oC para determinação dos teores de
alantoína e creatinina. Para a análise de alantoína o procedimento adotado foi de acordo com o
de Chen e Gomes (1995). Para a análise de creatinina foi utilizado um kit laboratorial
(Creatinina. Doles Reagentes para Laboratório Ltda., Goiânia, GO).
Amostras de sangue foram coletadas por venopunção jugular no dia 30 do período de
comparação. As amostras foram obtidas imediatamente antes da alimentação, considerado
tempo zero, e a cada 3 horas por período de 24 horas. O sangue foi amostrado em tubos a
vácuo contendo EDTA a 10% para análise de nitrogênio uréico no plasma (NUP) e fluoreto de
potássio para análise de glicose plasmática. O plasma foi obtido por centrifugação a 2118xg por
10min e armazenado a -20ºC em ultra freezer. O teor de NUP e glicose foram mensurados por
método colorimétrico-enzimático (Ureia 500 e Glicose Enzimático Doles Reagente para
Laboratórios Ltda., Goiânia, GO).
Dissertação – Maiara dos Santos Ferreira 34

A atividade mastigatória, realizada no dia 28 do período de comparação, foi mensurada


por observação visual da atividade bucal de cada animal a cada cinco minutos por 24h. As
atividades bucais consideradas foram de ingestão de alimento, de ruminação e de ócio. O
tempo de mastigação em minutos por dia foi definido como a soma dos tempos de ingestão e
de ruminação. Também, no dia 28 do período de comparação foi avaliado o tempo de primeira
ingestão.
No dia 38 do período de comparação os animais foram submetidos por 12 horas de
jejum, pesados e em seguida abatidos no abatedouro municipal da cidade. A mensuração do
rendimento de carcaça em porcentagem de cada animal foi calculada através da relação entre
peso da carcaça e peso vivo dos animais e multiplicado por 100.

3.5. Análise Estatística

As variáveis mensuradas ao longo do tempo foram analisadas como medidas repetidas


pelo procedimento MIXED do SAS (LITTEL et al., 1996). A estrutura de covariância utilizada
foi definida pelo critério de informação de Akaike, dentre auto regressivo de ordem 1, simetria
composta e não estruturada. O modelo estatístico foi: Yijk = µ + CV + Bi + Trj + Tk + TrTjk +
eijk. Onde: µ=média geral; CV=covariável (medição da mesma variável no final da
padronização); Bi=efeito de bloco (i=1 a 9); Trj=efeito de tratamento (j=com ou sem levedura);
Tk=efeito de tempo (k=dias 1 a 112); TrTjk=interação entre tratamento e tempo; eijk=erro
residual. O quadrado médio para o efeito de animal aninhado em tratamento foi utilizado como
medida de erro para testar o efeito de tratamento. O ganho de peso por semana experimental e
o teor de NUP foram analisados pelo mesmo modelo, mas sem o termo covariável. As variáveis
mensuradas uma vez durante o período experimental foram analisadas pelo mesmo modelo sem
os efeitos de covariável, tempo e sua interação com tratamento. Valores de probabilidade abaixo
de 0,05 foram considerados como significativos, abaixo de 0,10 como tendência e abaixo de
0,15 como tendência fraca.
Dissertação – Maiara dos Santos Ferreira 35

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os dados de consumo de matéria seca (CMS), eficiência alimentar em quilograma de


ganho por quilograma de consumo de matéria seca, nitrogênio uréico no plasma (NUP), glicose,
concentração alantoína creatinina, relação alantoína creatinina da urina e morfometria de
búfalos suplementados ou não (controle) com leveduras vivas (S. cerevisiae) são apresentados
na Tabela 2. Apesar de não diferir estatisticamente, a suplementação com levedura reduziu
numericamente o consumo de matéria seca diária (Figura 2) e em porcentagem do peso vivo.
Malik; Bandla, (2010); Rajesh et al., (2014); Ullah et al., (2017) reportaram redução no
consumo de MS suplementando bezerros búfalos com leveduras vivas (S. cerevisiae). Já,
Kumar; Prasad; Prasad, (2013), ao suplementarem touros búfalos com S. Cerevisiae reportam
aumento numérico da ingestão de matéria seca 3,29 kg e 3,44 kg (1,29%PV e 1,35% PV) para
os grupos de tratamento e controle, respectivamente, não havendo diferença significativa
(P>0,05). Entretanto, Di Francia et al., (2007) não reportaram influência sobre o consumo de
matéria seca em bezerros de búfalos com a utilização de levedura. No entanto, o CMS com a
adição de levedura (2,59%PV) e no tratamento controle (2,62%PV) está dentro do reportado
para bezerros búfalos por LORENZONI et al., (1986); STÅHL-HÖGBERG, (2003);
ZICARELLI, (2004); PAUL (2011) que foi 2,2% PV a 3,15%PV.
A eficiência em ganho/Kg CMS, bem como as mensurações morfológicas de altura de
cernelha, garupa e perímetro torácico, assim como escore de condição corporal (ECC) não
foram afetados com a suplementação de levedura (Tabela 2.). Os valores de ECC encontrados
foram de 3,8 e 3,7 para adição de levedura e tratamento controle respectivamente, considerando
que os animais estavam em boa condição corporal.

Madella-Oliveira (2006), que ao acompanhar a evolução corporal de búfalas mestiças


das raças Mediterrânea e Murrah, encontraram valores de altura de cernelha de 115 cm para
búfalas de 18 meses e 139 cm para búfalas de 36 meses. Ramalho et al., (2013) ao avaliarem
medidas corporais e características de carcaça de 10 bubalinos da raça Mediterrâneo, com idade
entre 24 e 30 meses, castrados e inteiros, reportaram altura de cernelha de 127,80 cm para
machos castrados e 126, 60 para machos inteiros. Restle et al. (1994), atribuíram a menor altura
de garupa dos animais inteiros ao fato de que eles interrompem mais cedo seu crescimento, se
tornando mais baixos que os castrados, devido à calcificação mais rápida dos ossos longos.
Os valores de perímetro torácico perímetro torácico encontrados neste trabalho (Tabela
2.), tanto com a suplementação com levedura como no tratamento controle foram maiores do
Dissertação – Maiara dos Santos Ferreira 36

que os valores reportados na literatura. Ramalho et al., (2013) reportaram valores de perímetro
torácico de 194,90 cm em búfalos Mediterrâneo castrados e 190,10 inteiros. Carneiro (2008)
encontrou estimativa de média de perímetro torácico de 188,4 cm em búfalos Mediterrâneo com
maturidade fisiológica de primeira dentição.

Tabela 2. Consumo de matéria seca (CMS), eficiência alimentar, Nitrogênio uréico no


plasma (NUP), glicose plasmática, concentração de derivados purínicos, relação alantoína
creatinina e morfometria de búfalos suplementados ou não (controle) com leveduras vivas (S.
cerevisiae).
Levedura Controle EPM1 Tempo Levedura Tempo*Levedura
CMS, kg/dia 2 6.8 7.0 0.12 <0.01 0.18 0.20
CMS, % PV 2.59 2.65 0.080 <0.01 0.61 0.41
Eficiência, kg 0.115 0.128 0.0126 <0.01 0.49 0.19
ganho/Kg CMS
NUP, mg/dl 17.1 17.0 0.82 <0.01 0.94 0.37
Glicose, mg/dl 87.4 90.5 2.37 <0.01 0.38 0.97
Alantoína, g/dia 2.5 2.8 0.43 0.63
Creatinina, g/dia 2.7 2.9 0.57 0.81
Alantoína: 1.21 1.16 0.215 0.86
Creatinina
Tórax, cm 287 283 3,8 <0.01 0,47 0,72
Garupa, cm 121 122 0.3 <0.01 0.02 0.28
Cernelha, cm 116 115 0.3 <0.01 0.25 0.27
ECC, 1 a 5 3.8 3.7 0.12 <0.01 0.52 0.96
1
EPM = Erro padrão da média. 2 CMS = Consumo de Matéria Seca. CMS, %PV = Consumo
de Matéria Seca em porcentagem de Peso vivo. ECC= Escore de condição corporal.

Não foi observada resposta da suplementação sobre as concentrações de nitrogênio


uréico no plasma (NUP) (Tabela 2 e Figura 2). O valor médio para NUP, avaliado ao longo do
dia foi entre 4,5 e 19,0 mg/dL. É possível observar que os maiores valores de NUP foram
encontrados até 3 horas após as refeições da manhã e da tarde. A avaliação do NUP é uma
forma de monitorar a eficiência do uso de proteína na dieta, resultando em indicadores do
equilíbrio ruminal entre nitrogênio e energia. A não resposta de suplementação da levedura
quanto ao teor de NUP pode ser justificada com a falta de efeito da levedura sobre a
digestibilidade da matéria orgânica da dieta (Tabela 3). Resultado semelhante foi relatado por
Dissertação – Maiara dos Santos Ferreira 37

El-Ashry et al., (2003), onde a concentração de ureia não foi significativamente afetada com
suplementação de levedura. De acordo com Guia (2000), a concentração de NUP, normalmente
situa-se entre 6 a 27 mg/ dL para ruminantes.

9,0
8,5
8,0
7,5
CMS, Kg/dia

7,0
6,5
6,0
5,5
5,0
4,5
4,0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38
Dias

Figura 1. Consumo de Matéria seca (CMS) em quilogramas por dia ao logo do período de
comparação de búfalos suplementados (-•-) ou não (-▪-) com leveduras vivas

Níveis de NUP entre 11 e 15 mg/dL foram relacionados às altas taxas de ganho para
bovinos em fase de recria, segundo Byers e Moxon (1980), citado por Hammond (1997). De
acordo com os mesmos autores, concentrações inferiores a 7 mg/dL indicaria uma deficiência
da proteína dietética em relação ao consumo de energia digestível. Oliveira et al. (2001)
consideraram que concentrações de NUP de 19 a 20mg/dL seriam indicativos de que os animais
não utilizam boa parte do nitrogênio consumido.
Normalmente, médias altas de NUP estão associadas a dietas com elevados níveis de
proteína degradável no rúmen, juntamente com a falta de quantidades de matéria orgânica
fermentável no rúmen. Todavia, quantidades mais elevadas de (Proteína não degradável no
rúmen) PNDR, assim como de (Proteína degradável no rúmen) PDR, podem gerar a mesma
condição, pois excessos de nitrogênio, tanto de origem ruminal como pós-ruminal, são
eliminados do organismo pelo mesmo processo de síntese hepática de ureia (ROSELER et al.,
1993).
Dissertação – Maiara dos Santos Ferreira 38

Os búfalos, quando comparados com bovinos, em níveis idênticos de ingestão de


proteína e energia, apresentam uma maior retenção de nitrogênio no rúmen, proporcionando
maior teor de NUP (PEREIRA et al., 2007; PAUL; LAL, 2010). Por apresentarem maior
reciclagem do nitrogênio (GANDRA et al., 2011), os búfalos demandam menores quantidades
de proteína dietética (PAUL; LAL, 2010; PAENGKOUM et al., 2013).
Os derivados de purinas (alantoína e creatinina) não foram afetados pela
suplementação de levedura. Resultado semelhante foi encontrado por Raj Kiran et al., (2013)
ao suplementar bezerros búfalos com S. cerevisiae. A excreção de derivados de purina em
búfalos é menor que em outras espécies de ruminantes (LIANG et al., 1999; MOSCARDINI et
al., 1999; MAKKAR, 2004; SOEJONO et al., 2004). Viet-Nan, Thanh & Orskov, (2006),
sugeriram que a taxa de filtração glomerular pode ser menor em búfalos, permanecendo os
metabólitos maior tempo no sangue e, portanto, mais tempo para reciclagem ao rúmen e
metabolizados. Dipu et al. (2006) observaram que a excreção de derivados de purina na urina
foi positivamente correlacionada com os níveis de ingestão de alimentos em búfalos Murrah e
concluíram que se trata de um bom indicador para se determinar o nitrogênio microbiano
mesmo entre animais com grande variação na ingestão alimentar.
A síntese de proteína microbiana estimada pela relação entre os teores de alantoína e
creatinina na urina não responderam à suplementação com levedura viva.

20
19
18
17
NUP, mg/dl

16
15
14
13
12
11
10
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
Horas após a primeira alimentação

Figura 2. Nitrogênio uréico no plasma de búfalos confinados suplementados (-•-) ou não (-▪-)
com leveduras vivas.
Dissertação – Maiara dos Santos Ferreira 39

Os níveis de glicose não apresentaram diferença significativa entre os dados


avaliados (Tabela 2.). Katthab et al., (2010) e Singh et al., (2012) relataram aumentos nos níveis
de glicose plasmática em búfalas suplementadas com levedura. Os níveis de glicose plasmática
foram maiores até nove horas após a primeira alimentação (Figura 3.), podendo estar
relacionado com maior fermentação ruminal nesse tempo e, consequentemente, maior aporte
de propionato para a síntese de glicose no fígado.

105
100
95
90
Glicose, mg/dl

85
80
75
70
65
60
55
50
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
Horas após a primeira alimentação

Figura 3. Glicose plasmática de búfalos confinados suplementados (-•-) ou não (-▪-) com
leveduras vivas

A digestibilidade da matéria seca (DMS) e digestibilidade matéria orgânica (DMO)


foram menores (P<0,05) com a adição de levedura (Tabela 3.). Enquanto que a digestibilidade
da fibra em detergente neutro (DFDN) e digestibilidade da matéria orgânica não-FDN
(DMOnFDN) não foram afetadas com a suplementação de leveduras vivas. Dessa forma, a
suplementação com leveduras vivas, neste trabalho, não foi capaz de causar alterações benéficas
a digestão da fibra, uma vez que evidências sugerem que a digestibilidade da matéria orgânica
pode ser mais eficiente quando ocorre um aumento na proporção de fibra em detergente neutro
(FDN) na dieta (DESNOYERS et al., 2009). Vários trabalhos com bovinos têm mostrado que
o tipo de cepa, a dieta e a dosagem de levedura podem afetar o efeito da suplementação de
levedura sobre o desempenho e digestibilidade dos nutrientes nos animais. Segundo Calabro et
al. (2004), os búfalos têm maior capacidade de digerir dietas com maiores teores de fibras.
Sendo assim, a melhora na digestibilidade de fibra pode não ter sido alcançada, ao suplementar
os animais com levedura, haja vista que os búfalos já possuem essa melhor eficiência. El-
Dissertação – Maiara dos Santos Ferreira 40

Ashry et al., (2001b) e Reddy, (2014) não encontraram efeitos da suplementação de cinco
gramas de levedura sobre a digestibilidade de nutrientes – MS, MO, FDN, FDA- em búfalos.
No entanto, El- Ashry et al., (2001a) suplementando búfalas em lactação com cinco gramas de
levedura observaram melhora no coeficiente de digestibilidade de fibra bruta, matéria orgânica,
proteína bruta, extrato etéreo. A mesma tendência foi registrada para proteína bruta digestível.

Tabela 3. Digestibilidade aparente dos nutrientes no trato digestivo total de búfalos confinados
e suplementados ou não (controle) com leveduras vivas.
Levedura Controle EPM1 P
2
MS 54.3 58.3 1.29 0.05
MO 53.6 58.0 1.38 0.05
FDN 18.6 22.5 1.06 0.52
MOnFDN 35.08 35.5 3.30 0.93
EE 84.9 81.9 4.14 0.62
1
EPM= Erro Padrão da Média. 2 MS= Matéria seca. MO= matéria orgânica. FDN= Fibra em detergente neutro.
MOnFDN= Matéria orgânica não –FDN. EE-Extrato etéreo.

Srinivas Kumar et al. (2010) ao conduzirem um ensaio com 12 vitelos búfalos Murrah
suplementado com S. cerevisiae – cepa CNCM I - 1077 - 0,25 g/animal/dia, reportaram maior
digestibilidade da MS, EE e FDN (P<0,05), MO, PB, FB, FDA e FDN (P<0,05) que
aumentaram significativamente com a suplementação de levedura quando comparado com a
dieta controle. Em outro estudo, com 12 bubalinos Murrah, para estudar o efeito da
suplementação com cultura de levedura – S. cerevisiae (0,5 g/animal/dia - 1,5 x 108 UFC)
Srinivas Kumar et al., (2011), reportaram que a ingestão de matéria seca (kg/100 kg de peso
corporal), digestibilidade de PB, NDT, digestibilidade de nutrientes e frações de fibra bruta não
foram afetados pela suplementação de leveduras em comparação com a dieta controle. A
digestibilidade é afetada pela composição dos alimentos e da ração, preparo dos alimentos,
fatores dependentes dos animais, nível nutricional (MCDONAL et al., 1993, citado por
DUTRA et al., 1997) e fatores ambientais como estresse pelo calor, os quais limitam o consumo
voluntário para diminuição de calor endógeno.
Resultados encontrados na literatura reportam que a adição de 0,25 a 5g/animal/dia
promove melhorias na performance de bezerros búfalos (ZEOULA et al., 2008; SRINIVAS
KUMAR et al., 2010; ZEOULA et al., 2011; ZEOULA et al., 2014), levando a crer que a adição
de 10g/animal/dia (2x1010 UFC) de levedura (S. cerevisiae) pode ter sido elevada, o que pode
limitar o consumo, reduzir a digestibilidade de nutrientes e, consequentemente afetar o ganho
Dissertação – Maiara dos Santos Ferreira 41

de peso diário. Segundo, Zeoula et al. (2008), o uso de leveduras na alimentação de ruminantes
tem sido cogitado em pequenas quantidades como aditivo.
O desempenho dos búfalos suplementados ou não com leveduras vivas estão
apresentados na tabela 4. Não houve diferença no peso vivo inicial (PVI), mostrando que os
animais foram adequadamente blocados. O peso vivo final (PVF), rendimento de carcaça (%)
e peso de carcaça (kg) apresentaram aumentos numéricos, mas não estatisticamente
significativos.
O ganho de peso total dos búfalos não respondeu ao tratamento com a levedura. No
entanto, o ganho de peso diário apresentou uma tendência de redução (P=0.07) com a adição
de levedura em relação ao tratamento controle. Essa tendência de menor ganho de peso, pode
ser explicada devido à redução da digestibilidade da matéria orgânica (Tabela 3.). Respostas
relacionadas ao crescimento com a suplementação de levedura se apresentaram de forma
variada, desde nenhum efeito significativo no ganho médio diário até aumentos de mais de 20%
(HABEEB, SALEH, EL-TARABANY, 2017). Uma explicação plausível estaria na dose de
levedura fornecida, superior a maiorias dos trabalhos citados, a cepa utilizada, a dieta animal,
manejo alimentar e características fisiológicas dos animais (NEWBOLD et al.; 1996;
CHAUCHEYRAS-DURAND et al.; 1997) e, até mesmo estresse térmico, os quais podem ter
contribuído para a redução numérica do CMS, afetando o ganho diário de peso.

Tabela 4. Desempenho de búfalos confinados suplementados ou não (controle) com leveduras


vivas.
Levedura Controle EPM1 P
2
PVI 250,1 245.8 3.51 0.42
PVF 282.3 284.7 3.86 0.68
Peso Carcaça, Kg 125.5 124.3 3.64 0.76
Rendimento Carcaça, % 44.5 43.5 0.776 0.29
Ganho total, Kg 32.1 38.9 3.28 0.19
GPD, Kg/dia 0.879 1.089 0.1132 0.07
1
EPM = Erro padrão da média
2
PVI = Peso vivo inicial. PVF – Peso vivo final. GPD = Ganho de peso diário calculado
semanalmente

Panda et al., (1995) verificaram que o ganho médio diário de bezerros búfalos machos
que receberam uma dose 10g diária de levedura (S. cerevisiae) foi maior do que o controle
(478±40 vs 339±28 g). Malik e Bandla, (2010), ao suplementarem bezerros búfalos com S.
cerevisiae (3×109 UFC/ kg MS), obtiveram ganhos de peso corpóreo final de 4% e 12% em
Dissertação – Maiara dos Santos Ferreira 42

relação ao tratamento controle. EL Ashry et al. (2001b) verificaram que a adição de cultura de
levedura na dieta de bezerros búfalos aumentou, numericamente, de 678,4 a 744,6 g o ganho
diário de peso em um experimento, que se estendeu por 9 meses. Vale ressaltar que diferenças
em ganho de peso, embora pequenas, podem representar muito em grandes empreendimentos
de confinamento. Animais com maior ganho de peso são terminados mais rapidamente e
diminuem os custos com alimentação.
O rendimento de carcaça (%) e peso de carcaça (kg) dos búfalos (Tabela 4.)
apresentaram aumentos numéricos quando suplementados com levedura em relação ao
tratamento controle, muito embora não haja valor estatístico significativo para sustentá-los. De
acordo com Oliveira (2000), os búfalos são animais capazes de transformar grandes quantidades
de alimentos fibrosos em carne, apresentando um grande potencial para ganho de peso, boa
relação músculo: ossos e proporção adequada de gordura corporal e rendimento de carcaça. É
importante ressaltar que rendimento de carcaça de animais de diferentes raças bubalinas sofre
influência direta dos pesos da cabeça, couro e trato gastrointestinal (JORGE et al.,1997), o que
significa que os mais baixos rendimentos de carcaça verificados neste estudo, e de modo geral
nos bubalinos, é uma consequência, principalmente, dos maiores pesos de couro e cabeça,
apresentados por esses animais (JORGE, 1993).
O rendimento de carcaça de bubalinos apresenta variação de 49,2% a 54,3%, que é
considerado bom (JORGE et al., 1997c; MATTOS et al., 1997; MACEDO et al., 2000;
FRANZOLIN; SILVA, 2001; JORGE et al., 2002; JORGE et al., 2003; RODRIGUES et al.,
2003; VAZ et al., 2003; CALIXTO, 2004; JORGE et al., 2005) sendo que essa variação ocorre
devido às influências citadas anteriormente sobre o rendimento de carcaça. Jorge et al. (2003)
estudando diferentes raças de bubalinos, constataram diferenças de rendimento de carcaça entre
as raças, sendo que para a raça Murrah o rendimento foi de 53,1%, para a Jafarabadi de 54,4%
e para a Mediterrâneo 54,3%. Macedo et al. (2000) observaram rendimento de carcaça quente
de 50,81% para bubalinos Mediterrâneo não castrados e de 51,5% para bubalinos castrados
terminados em confinamento, enquanto que para animais em regime de pastagem os
rendimentos foram de 48,9% e 49,2% para não castrados e castrados, respectivamente.
Os rendimentos de carcaça encontrados nesse experimento foram de 44,5% e 43,5%
para levedura e tratamento controle respectivamente (Tabela 4.), evidenciando que o uso de
levedura não afetou os rendimentos de carcaça. No entanto, esses valores se apresentam
menores aos reportados em maior parte na literatura. Para Jorge; Andrighetto, (2005), ao se
abater animais de grupos genéticos que diferem quanto ao peso à maturidade, a um peso
Dissertação – Maiara dos Santos Ferreira 43

constante, os animais dos grupos genéticos de menor porte estarão com maior grau de
acabamento e este é um fator que afeta o rendimento de carcaça. Em outros casos, ocorre grande
variação entre pesos de animais e o efeito de raça confunde-se com o efeito que peso corporal
tem sobre o rendimento de carcaça (JORGE, 1999). O menor rendimento de carcaça de nosso
experimento pode ser explicado pela menor idade dos animais, em torno de 14 meses ao abate.
A suplementação com levedura aumentou numericamente o tempo gasto com
ruminação, porém apresentou uma redução no tempo gasto com ingestão (Tabela 5.), não
evidenciando efeito significativo na atividade mastigatória.

Tabela 5. Atividade mastigatória de búfalos confinados e suplementados ou não (controle) com


levedura vivas em 24 horas.

Levedura Controle EPM1 P


Ruminando, min 576 571 17.8 0.84
Ingerindo, min 180 187 14.3 0.74
Mastigação total, min2 756 757 22.1 0.96
Tempo Primeira Ingestão, min 19 19 1.4 0.84
1
EPM = Erro padrão da média
2
Mastigação = Ruminação +Ingestão

O tempo de primeira ingestão em minutos não foi afetado com a suplementação de


levedura. Isso pode estar correlacionado com a digestibilidade da FDN que também não sofreu
alteração com a suplementação de leveduras vivas. A maior ou menor digestibilidade da FDN
poderia causar um aumento ou redução no tempo de primeira ingestão, respectivamente. A
maior digestão da FDN causaria menor limitação física de consumo (ALLEN, 2000), que
levaria a maior tempo de primeira ingestão. Bach, Iglesias e Devant (2007) e Devries e
Chevaux (2014) não relataram efeito da levedura sobre o tempo gasto com ingestão. No entanto,
Devries e Chevaux (2014), utilizando levedura como suplementação, relataram um maior
número de refeições ocorridas, embora em tamanhos menores, sugerindo um efeito secundário
das leveduras vivas.
Dissertação – Maiara dos Santos Ferreira 44

5. CONCLUSÕES

A suplementação de búfalos, com 10 gramas (2x1010 UFC de células viáveis) de


Saccharomyces cerevisiae - cepa KA500, não apresentou efeito significativo sobre o consumo,
ganho de peso e eficiência alimentar.
Houve uma tendência de redução no ganho de peso diário, que pode ser explicada
devido à redução da digestibilidade da matéria orgânica.
A dose utilizada de leveduras vivas em rações para búfalos pareceu ser elevada, diante
das doses utilizadas na literatura.
Todavia, as culturas de leveduras não agem de modo similar quando adicionadas em
qualquer dieta. Tal fato evidencia que o modo de ação de leveduras é dependente da cepa e
dosagem utilizada, da dieta, manejo alimentar, características fisiológicas e sanidade do animal.
Dissertação – Maiara dos Santos Ferreira 45

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