Coloracao
Coloracao
Coloracao
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Ana Claudia Bailer acadêmica do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade
do Vale do Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina.
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Luana Dognini acadêmica do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do
Vale do Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina.
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RESUMO
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1 INTRODUÇÃO
Uma forte tendência mundial em produtos para cuidados dos cabelos é a utilização cada
vez mais freqüente de produtos colorantes, que tem direcionado ao avanço da tecnologia
cosmética aplicada a diferentes sistemas de tinturas para os cabelos. O consumidor tem
ao seu alcance uma grande variedade de produtos no mercado tais como: tinturas
permanentes, semi-permanentes ou sistemas temporários.
Este artigo tem por objetivo fazer uma revisão bibliográfica do tipo descritiva
exploratória, tendo como principal objetivo esclarecer ao leitor os conceitos relativos a
estas colorações capilares existentes no mercado conforme sua classificação: ação
química, durabilidade e aplicabilidade. O foco da pesquisa será as colorações capilares
sintéticas tendo já sua classificação definida em: temporária, semi-permanente e
oxidativa ou permanente.
Embora existam muitos artigos publicados em revistas, sites digitais sobre o assunto,
muito pouco encontramos com referencial técnico e científico. Nesta área da
Cosmetologia, a Colorimetria (estudo das cores e suas aplicações na área capilar) ainda
é pouco explorada e tem-se um número insignificante de publicação de artigos
científicos sobre o assunto, tornando este estudo relevante para o universo acadêmico
principalmente dentro da área de Cosmetologia.
Tinturas de cabelos representam o principal cosmético para esse fim usado tanto por
homens quanto por mulheres. Estima-se que 40% das mulheres tingem regularmente os
cabelos para matizar tons brancos,cinzas, colorir cabelos brancos, adicionar reflexos
coloridos. Um grande número de diferentes cosméticos de tintura tem sido desenvolvido
para preencher todas as necessidades: gradual, temporária, semipermanente e
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permanente. Aproximadamente 65% do mercado de colorações capilares são para as
colorações permanentes ou oxidativas, 20% para colorações semi-permanentes, e 15%
para tipos remanescentes (GOMES, 1999).
Coloração de cabelos é uma transição antiga que era comum entre os persas, hebreus,
gregos e romanos.. Os egípcios misturavam a planta Lawsonia inermis Linné (henna)
com água quente e colocavam o material na cabeça para produzir uma cor de cabelo
laranja-avermelhado (VITA, 2008).
3 COLORAÇÃO CAPILAR
Atualmente estima-se que 40 a 45% das mulheres dos países industrializados consumam
produtos colorantes. E as principais razões são:
• Tendência da moda: A cor dos cabelos tem importante impacto nas interações
sociais e podem despertar fortes respostas emocionais. Muitas vezes, reflete
nosso relógio biológico.
• Mascarar as alterações Fisio-Cronológicas: O cabelo loiro e castanho
freqüentemente é mais claro na infância, escurecendo durante a adolescência até
a idade adulta. Algumas formas de cabelo grisalho têm relação com fatores
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nutricionais e podem ser prontamente revertidas pela mudança dietética; mas, a
canície natural que ocorre com a idade, parece estar de alguma forma
relacionada com a exaustão irreversível da enzima formadora de melanina, a
tirosinase. Embora algumas pessoas comecem a ficar com o cabelo grisalho já
aos 20 anos, na maior parte dos casos isso acontece mais tarde. A época de
ocorrência desse processo é determinada geneticamente. A conseqüente perda da
cor dos cabelos preocupa muitas pessoas quase quanto à calvície. À vontade de
mascarar as mudanças de cor que acompanham o envelhecimento é uma das
razões pelas quais as pessoas de todas as idades mudam a cor dos cabelos.
(PINHEIRO, 2008)
Para um melhor entendimento de como e onde as colorações capilares irão agir e reagir
se faz necessário a revisão dos conceitos e definições sobre a haste capilar, sua
fisiologia e morfologia.
3.1 O Cabelo
3.2 A Cutícula
Já para Gomes (1999) a cutícula que reveste o fio compõe a parte mais externa e se
constitui fundamentalmente de queratina, a proteína responsável pela elasticidade e
flexibilidade. A função principal da cutícula é proteger os cabelos contra os danos e
agressões externas. Mas a cutícula também é a grande responsável pelas características
sensoriais dos cabelos como maciez, brilho e desembaraço.
3.3 O Córtex
O córtex é formado por células mortas alongadas ele é responsável pela elasticidade e
resistência dos fios, nele ficam os pigmentos (grânulos) de melanina, (GOMES, 1999)
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Para Kede; Sabatovich (2004) o córtex é a maior parte da fibra do cabelo, seu feixe é
constituído com cerca de 400 a 500 lâminas de proteínas e ceratinas as quais são ricas
de enxofre e cisteína, através de uma espécie de cola biológica elas são unidas entre si.
3.4 A medula
Os cabelos são coloridos por pigmentos encontrados no córtex. A cor dos cabelos é
determinada pela presença de pigmentos naturais, as melaninas, caracterizadas por
eumelaninas, feomelaninas e oximelaninas. As eumelaninas são pigmentos naturais
responsáveis pelas colorações mais escuras como os pretos e os castanhos.
Quimicamente, são polímeros consistindo principalmente de 5,6-di-hidroxiidol (DHI) e,
em menor quantidade, de 5,6-di-hidroxiindol-2-ácido carboxílico (DHICA), ligados por
meio de ligações carbono-carbono. Outras unidades, presentes em proporções menores,
incluem 5, -di-hidroxi-indol semiquinona e pirrol carboxilado. Esses elementos
menores, segundo especialistas, provavelmente decorrem da fissão parcial de indóis
pelo peróxido de hidrogênio formado durante a melanogênese. (KEDE;
SABATOVICH, 2004)
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surgidas da clivagem peroxidante parcial de unidades de 5,6-dihidroxi-indol. (GOMES,
1999)
4 - O PROCESSO DE COLORAÇÃO
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Conforme Gomes (1999) as colorações podem ser classificadas em: Coloração sintética
temporária, coloração sintética semi-permanente e coloração sintética oxidativa ou
permanente.
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Segundo Gomes (1999) os corantes utilizados são moléculas de dimensão reduzida, cuja
estrutura possui uma boa afinidade com a fibra capilar. Essas moléculas penetram até a
periferia do córtex e são eliminados gradativamente, pela lavagem.
Porém para Pinheiro (2008) nas colorações semi-permanentes são utilizadas moléculas
de tamanho intermediário. Um número relativamente pequeno de materiais apresenta
tamanho molecular suficientemente pequeno para penetrar no cabelo, embora ainda
sejam grandes para serem usadas como tinturas.
Uma peculiaridade que pode ser observada neste sistema de coloração: que se para cada
cor há dois corantes que podem ser utilizados, um de peso molecular relativamente
baixo e outro significativamente maior. Isto, como será aplicado, não será uma simples
coincidência. Deve-se entender que estes corantes realmente penetram na cutícula do
cabelo e são depositados no córtex. Eles não são removidos com uma simples lavagem
com água e não sofrem o efeito fricção. Contudo, como estes corantes são bem
pequenos para se difundir através da cutícula para o córtex, é provável que eles
retornem novamente para fora, e a utilização de xampus os remova gradualmente. Em
geral, eles saem do cabelo com cinco ou seis aplicações de xampus, o brilho acaba e o
cabelo cinza começa a aparecer, sendo necessário reaplicar o produto. Como estes
corantes não são verdadeiramente permanentes, nem são completamente removidos com
uma ou duas lavagens com xampu, eles são denominados semi-permanentes.
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4.1.3 Coloração sintética permanente e/ou Coloração por Oxidação
Para Gomes (1999) a coloração por oxidação é a sobreposição de duas cores, a cor do
cabelo (natural ou artificial) que será a base a ser colorida, mais os pigmentos trazidos
pela tinta. A coloração por oxidação ou permanente cobre cabelos brancos e muda a cor
dos cabelos. Neste tipo de coloração o tempo de pausa é fundamental, o período de
oxidação em uma coloração é de 30 a 50 minutos.
4.1.3.1Funções e aplicabilidade:
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mais agressivo aos fios de cabelo, porém é o que tem maior durabilidade
aproximadamente 25 lavagens.
5 - METODOLOGIA
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Mas para que isto tudo possa ser aplicado com segurança e chegar-se a resultados
excelentes é necessário o conhecimento mais aprofundado de como o sistema de
coloração capilar sintética funciona.
Para cada necessidade existe uma coloração adequada, o que falta são
esclarecimentos e informações precisas e atualizadas destes sistemas de coloração.
Através desta revisão na bibliografia, conseguimos constatar que alguns conceitos
existentes mais antigos como por exemplo Gomes (1999) já estão bem mais atualizados
e esclarecedores Pinheiro, (2008) .
Acreditamos que o referido artigo irá contribuir para futuros estudos desta área e
que ajude a estimular o profissional cabeleireiro a pesquisar sobre as colorações, porque
o mesmo sempre se encontra do lado técnico e empírico, porém a ciência e a técnica
têm que estar juntas para a realização de excelentes resultados na química capilar.
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REFERENCIAS
MANSUR, Cristina; GAMONAL, Aloísio. Cabelo normal. In: KEDE, Maria Paulina
Villarejo; SABATOVICH, Oleg. Dermatologia estética. São Paulo: Atheneu, 2004.
p.151-163.
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