Cajueiro - Cap. 1 - Clima, Solo, Nutricao Mineral e Adubação PDF

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Parte 2

Onde, o que plantar e como conduzir


pomares de cajueiros

Foto: Cláudio de Norões Rocha


Capítulo Clima, solo, nutrição mineral
1 e adubação para o
cajueiro-anão-precoce
Lindbergue Araújo Crisóstomo

Resumo: O cajueiro é uma planta perene com distribuição geográfica limitada situada na faixa de 27°N
e 28°S. A necessidade hídrica da cultura é satisfeita com precipitação pluvial anual entre 800 mm e
1.500 mm, distribuída em 5 a 7 meses e período seco de 5 a 6 meses, coincidindo com as fases de
floração e frutificação. No Brasil, em qualquer sistema de produção, são utilizados principalmente
os Neossolos Quartzarênicos (Areias Quartzosas), os Latossolos e Argissolos (Podzólicos) distróficos
ou eutróficos. Independentemente do tipo de solo, recomendam-se aqueles com profundidade
superior a 150 cm sem camadas endurecidas nem pedregosidade. Em cultivo organizado, a avaliação
da fertilidade do solo se faz necessária, sendo realizada após a amostragem segundo os padrões
utilizados para outras plantas perenes. Para correção da acidez, é recomenda a aplicação de calcário
para elevar a saturação por bases a 60%. Para a aplicação de fertilizantes, são utilizadas tabelas de
adubação, cujos quantitativos a serem aplicados no pomar serão em função dos resultados da análise
química do solo, da produtividade esperada e do tipo de cultivo – sequeiro ou irrigado.

Clima: temperatura, altitude, umidade relativa do ar,


vento e precipitação pluviométrica
O cajueiro é uma planta sempre verde, podendo, no entanto, ocorrer
renovação parcial da folhagem. Dada a sua sensibilidade à baixa temperatura,
sua distribuição geográfica está confinada na faixa de latitude 27°N e 28°S (FROTA;
PARENTE, 1995). Por sua origem tropical, o cajueiro desenvolve-se bem em
temperaturas variando de 22 °C a 40 °C; porém, Parente et al. (1972) citam 27 °C
como temperatura média ideal para desenvolvimento e frutificação normais. Dada
a influência da altitude sobre a temperatura, nas proximidades do equador, são
encontrados plantios de cajueiros em altitudes de até 1.000 metros. Em latitudes
mais elevadas com altitude superior a 170 metros, o rendimento da cultura, segundo
Aguiar e Costa (2002), tem sido negativamente afetada.
Quanto à umidade relativa do ar, o cajueiro desenvolve-se bem entre os
limites de 70% a 85%; contudo, tem-se observado pleno desenvolvimento da planta
44 Parte 2 Onde, o que plantar e como conduzir pomares de cajueiro

em regiões onde a umidade relativa do ar, por longo período de tempo, é de 50%.
Para isso, é necessário que o solo apresente boa reserva hídrica, sendo submetido
à irrigação. Em regiões onde a umidade relativa do ar é superior a 85%, observa-se
maior incidência de doenças fúngicas nas folhas, flores e frutos.
O vento exerce pouca influência sobre a cultura do cajueiro. Contudo, em
velocidade de 7 m s-1 ou superior, relata-se elevada queda de flores e frutos, além de
tombamento de plantas, principalmente (AGUIAR; COSTA, 2002).
Segundo Aguiar e Costa (2002), o cultivo do cajueiro é realizado com sucesso,
quando a precipitação pluvial anual situa-se nos limites entre 800 mm e 1.500 mm,
distribuída em 5 a 7 meses e período seco de 5 a 6 meses, coincidindo com as fases
de floração e frutificação. A esse respeito, Frota et al. (1985), citados por Aguiar e
Costa (2002), relataram cultivos bem sucedidos em regiões de precipitação pluvial
de até 4.000 mm, porém com estação seca de 4 a 7 meses, nem sempre bem
distribuída.

Solo
Os dois sistemas de produção de cajueiro, principalmente no Nordeste, são:
pequenos aglomerados, onde se pratica o consórcio com plantas alimentícias, e
grandes plantios puros e ordenados. Para o plantio de cajueiros em qualquer sistema
de produção, são utilizados principalmente os Neossolos Quartzarênicos (Areias
Quartzosas), os Latossolos e Argissolos (Podzólicos) distróficos ou eutróficos. A
maioria desses solos é profunda, bem drenada, sem pedregosidade e sem camadas
endurecidas, porém de baixa fertilidade química (CRISÓSTOMO, 1991).
As Areias Quartzosas ocorrem ao longo da faixa litorânea dos estados do
Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, ora isoladamente, ora em associação com outras
classes, principalmente os Latossolos e Argissolos. No interior dos estados do Piauí e
Ceará, podem ser encontradas nas regiões do Planalto da Ibiapaba e do Sertão (no
Piauí) e Sertão do Baixo Jaguaribe e do Sudoeste (no Ceará).
Os Latossolos são constituídos de sesquióxidos de ferro e de alumínio,
minerais de argila do grupo 1:1, quartzo e outros minerais altamente resistentes
ao intemperismo. Tais solos têm como características: baixa capacidade de troca de
cátions e saturação em bases, ausência ou traços de argila natural, solum (horizonte
A + horizonte B) profundo, alta porosidade e permeabilidade, teor de alumínio
trocável por vezes elevada. Vencidas as limitações de ordem química, os Latossolos
apresentam ótimas condições físicas para o crescimento do sistema radicular.
Sobre os Argissolos, estão assentados grandes plantios comerciais de cajueiros,
principalmente no litoral norte do Estado do Ceará. Segundo Thorp e Smith (1949),
os Argissolos, principalmente os Vermelho-Amarelo, são solos bem desenvolvidos,
Capítulo 1 Clima, solo, nutrição mineral e adubação para o cajueiro-anão-precoce
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bem drenados e ligeiramente ácidos. O uso agrícola dos solos dessa classe é limitado
pela baixa fertilidade natural e, por vezes, pela elevada saturação em alumínio
trocável. Tendo em vista a textura e o relevo (plano ou suavemente ondulado), esses
solos oferecem excelentes condições para a mecanização agrícola.
No Centro-Oeste, há a predominância dos Latossolos, que são solos
profundos, em geral de fertilidade natural muito baixa, com textura variável, elevada
permeabilidade e baixa saturação por bases. O cultivo desses solos é viável desde
que sejam corrigidos a acidez e o alumínio trocável.
Não são recomendados para o cultivo do cajueiro solos muito argilosos,
como os aluviões (Neossolos Flúvicos) e Vertissolos, embora apresentem elevada
fertilidade, principalmente aqueles com lençol freático elevado, por vezes sujeitos a
encharcamento.
Na Índia, relatos têm informado que o cajueiro é cultivado em solos de baixa
fertilidade, lixiviados, ácidos, por vezes com conteúdos elevados de alumínio trocável
(FALADE, 1984; GUNN; COKS, 1971; HANAMASSHETTI et al., 1985). Badrinath et
al. (1997) e Menon e Sulladmath (1982) relataram a existência de comunidades
de cajueiros medrando, satisfatoriamente, em solos vulcânicos, ferralíticos,
ferruginosos, lateríticos.
Falade (1984) concluiu que as características físicas e químicas do solo
influenciavam tanto a copa (altura das plantas e diâmetro da copa) como
a morfologia do sistema radicular. Concluiu ainda que são mais adequados
para o cultivo do cajueiro os solos de textura leve, profundos, bem drenados,
moderadamente ácidos, conteúdo de base satisfatório e saturação por bases
mediana, livres de pedregosidade e sem camada ou horizonte endurecido nos
100 cm superficiais.

Análise do solo
A análise química do solo é o método que permite determinar o nível de
suficiência ou deficiência de nutrientes utilizados pelas plantas e, ainda, o grau
de acidez e de salinidade do solo. Apesar das imperfeições, é rápido e de baixo
custo, podendo ser utilizado em qualquer época do ano. Uma das limitantes
dessa metodologia é a amostragem do solo, pois nem sempre são seguidas as
recomendações técnicas.
A amostragem do solo é a primeira etapa do sucesso de um programa de
adubação e calagem. Quando realizada de modo inadequado, a amostragem
compromete a análise química, além de propiciar ao produtor algum prejuízo
financeiro. Recomenda-se que os seguintes aspectos, descritos e apresentados nas
Figuras 1, 2 e 3, sejam observados:
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• A propriedade deve ser dividida em áreas menores de até 20 ha e uniformes


quanto à coloração e textura da camada superficial, à drenagem do terreno,
declividade, profundidade, adubações e correções anteriormente realizadas,
bem como a culturas anteriores, principalmente.
• Cada área selecionada do terreno deve ser percorrida em zigue-zague,
retirando uma amostra de solo (em pelo menos 20 pontos diferentes) na
profundidade de 0 cm a 20 cm, tendo o cuidado de remover folhas e galhos,
sem perturbar o solo. As 20 subamostras serão misturadas e irão compor
uma amostra que deverá ser convenientemente identificada.
• A amostragem do solo de camadas mais profundas, por exemplo, 20 cm a
40 cm, e até mesmo mais profunda, como 40 cm a 60 cm ou mais, embora
com menor frequência, também é recomendável, pois, com isso, podem ser
detectadas camadas endurecidas e, ainda, camadas com toxidez de alumínio
e/ou deficiência de cálcio.

TRADO DE TRADO TRADO PÁ-DE-CORTE


ROSCA CALADO HOLANDÊS

ESPÁTULA
Figura 1. Áreas de amostragem
conforme as diferenças do terreno.
Fonte: Brasil (2002) FACA

EXCLUIR
EXCLUIR
FATIAS DE SOLO
SOLO ADERIDO
À ROSCA CILINDRO DE
SOLO

LABORATÓRIO

Figura 2. Amostragem do solo em Figura 3. Procedimentos e equipamentos de


culturas perenes. amostragem de solo.
Fonte: Brasil (2002). Fonte: Brasil (2002).
Capítulo 1 Clima, solo, nutrição mineral e adubação para o cajueiro-anão-precoce
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A análise química do solo, como guia para recomendação de corretivos e de


fertilizantes, deve ser realizada com certa antecedência do transplante da muda.
Em pomares já estabelecidos, as análises do solo e de folha fornecem
subsídios ao técnico para recomendação de fertilizantes e corretivos necessários. Os
procedimentos para amostragem são similares aos utilizados para pomares novos,
porém os furos devem ser realizados na área da projeção da copa. Na Tabela 1, são
apresentados os níveis das variáveis físico-químicas empregadas na avaliação da
fertilidade do solo.

Tabela 1. Níveis dos atributos físico-químicos e químicos sugeridos


para interpretação da análise de solo.
Atributo Nível Classe
pH (1:2,5)(1) 5,5 – 6,0 Satisfatório
Condutividade Elétrica < 0,15 Boa
(dS m-1) > 0,30 Elevada
< 12 Baixo
P resina
13 – 30 Adequado
(mg dm-3)
> 30 Elevado
< 1,5 Baixo
Potássio (mmolc dm-3) 1,6 – 3,0 Adequado
> 3,0 Elevado
<3 Baixo
Cálcio
4–7 Adequado
(mmolc dm-3)
>8 Elevado
<4 Baixo
Magnésio
4–7 Adequado
(mmolc dm-3)
>8 Elevado
< 0,2 Baixo
Cobre (DTPA)
0,3 – 0,8 Adequado
(mg dm-3)
> 0,8 Elevado
< 0,5 Baixo
Zinco (DTPA)
0,6 – 1,2 Adequado
(mg dm-3)
> 1,2 Elevado
(1)
CaCl2 0,01 mol L-1.
Fonte: Crisóstomo et al. (2003); Kernot (1998); Raij et al. (1997).

Preparo do terreno
Para novos plantios, o terreno deve ser desmatado, destocado e livre de raízes,
principalmente, na área ao redor do local onde vai ser aberta a cova, assegurando,
dessa maneira, a não concorrência com outras plantas. No preparo do solo, é
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recomendável minimizar a utilização de máquinas pesadas, com a finalidade de


diminuir os riscos de compactação do solo.

Correção da acidez – calagem


A interpretação dos resultados da análise de solo tem como base a Tabela 1,
sugerida por Crisóstomo et al. (2009). A correção do solo com calcário, quando ne-
cessária, deve ser realizada em duas etapas, a primeira antes da aração, e a segunda,
por ocasião da gradagem e em quantidades suficientes para elevar a saturação por
bases a 70% e os teores de cálcio e magnésio trocáveis para o mínimo de 6 mmolc
dm-3 e 3 mmolc dm-3, respectivamente (CRISÓSTOMO et al., 2003). Para o cálculo da
quantidade de calcário a ser aplicada, utiliza-se a fórmula (RAIJ et al., 1997):
NC = CTC (V2 – V1)/10 X PRNT
Em que:
NC = necessidade de calcário (t ha-1)
CTC = capacidade de troca de cátions (mmolc dm-3)
V1 = saturação por bases calculada (%)
V2 = saturação por bases desejada (%)
PRNT = Poder relativo de neutralização total do corretivo.
O gesso agrícola somente deve ser aplicado em solo em camada subsuperficial
(20 cm a 40 cm) com menos de 3 mmolc dm-3 de Ca2+ e/ou com mais de 5 mmolc
dm-3 de Al3+ e/ou saturação por alumínio maior que 40% (LOPES, 1986). Se for esse
o caso, a dose de gesso deve ser calculada em função do teor de argila do solo,
sendo recomendado aplicar 500 kg ha-1 em solo arenoso, 1.000 kg ha-1 em solo de
textura média, 1.500 kg ha-1 em solo argiloso e 2.000 kg ha-1 em solo muito argiloso.
Outro critério de recomendação é substituir 25% do calcário a ser aplicado por gesso
agrícola.

Marcação do terreno para plantio


Para o transplante das plântulas (mudas), é recomendável a utilização de covas
de 40 cm x 40 cm x 40 cm para solos arenosos e de 50 cm x 50 cm x 50 cm para
os de textura média. O espaçamento varia em função do material a ser cultivado,
de 7 m x 7 m a 8 m x 6 m.
Seja irrigado ou sob sequeiro, a abertura da cova poderá ser realizada
manualmente ou pela utilização de equipamentos tracionados por trator. Quando
a abertura é manual, recomenda-se que o material da camada de solo superior –
aproximadamente 20 cm – seja colocado de um lado, e o restante, do outro lado da
Capítulo 1 Clima, solo, nutrição mineral e adubação para o cajueiro-anão-precoce
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cova, para facilitar a operação de enchimento. Na operação mecanizada, o furo deve


atender as dimensões e cuidados já descritos para a operação manual.
No fundo da cova, aplicar calcário dolomítico em quantidade equivalente
à recomendada na calagem para um metro quadrado de solo. Pelo menos 30 dias
antes do transplante, a cova deverá ser preenchida com uma mistura de terra
superficial, juntamente com a adubação orgânica e mineral composta por 10 L  de
esterco bovino curtido + fósforo de acordo com a análise do solo + 100 g de FTE
BR 12. Os estercos (bovino, caprino ou ovino), cama de aviário e os compostos
orgânicos de um modo geral tendem a elevar substancialmente a temperatura
do solo, causando danos, por vezes irreversíveis às plântulas. O esterco bovino,
principalmente de gado estabulado, poderá elevar a condutividade elétrica do solo
na cova.
Em ensaios de campo, sob sequeiro, no Campo Experimental de Pacajus,
com o clone ‘CCP 76’, observou-se que, no espaçamento d e 7 x 7 , ocorreu
pequeno entrelaçamento das copas a partir do oitavo ano de idade, dificultando,
sobremaneira, os tratos culturais mecanizados  (Figura 4).  Por sua vez, em
cultivo irrigado, no Campo Experimental do Curu, o entrelaçamento de copas
foi observado no fim do quarto ano. Para os clones ‘BRS 226’ e ‘BRS 89’, na condição
de sequeiro, recomenda-se o espaçamento 8 x 6.

Foto: Lindbergue Araújo Crisóstomo

Figura 4. Pomar de cajueiro, Clone ‘CCP 76’, sob sequeiro, Pacajus.


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Nutrição mineral e deficiências nutricionais do cajueiro


Latis e Chibiliti (1988) afirmaram que o cajueiro requer menos nutrientes do
que outras culturas, razão por que muitos cultivos são encontrados em solos de
fertilidade marginal. No entanto, pesquisas têm revelado respostas satisfatórias à
adubação mineral, como as realizadas por Crisóstomo et al. (2004), Falade (1978),
Grundon (1999), Hanamasshetti et al. (1985) e Sawke et al. (1985).
Segundo Ximenes (1995), a demanda de nutrientes após a germinação é
suprida pelos cotilédones e, aproximadamente aos 45 dias, ocorre a exaustão com
consequente indução do desenvolvimento do sistema radicular.
Em cada ciclo de crescimento, os nutrientes são removidos do solo para suprir
as partes vegetativas das plantas (folhas, ramos, caule e raízes) e para exportação
quando da colheita dos frutos e pseudofrutos. O crescimento das plantas e colheitas
satisfatórias somente serão possíveis, no mínimo, pela reposição dos nutrientes
exportados pelas partes colhidas. Na Tabela 2, são visualizados alguns valores dos
nutrientes exportados pelo cajueiro, quando em produção.

Tabela 2. Exportação de nutrientes pela castanha e pedúnculo de caju.


Fonte Castanha
N P K Ca Mg S
g kg-1
Haag et al. (1975) 6,76 0,70 3,28 0,24 0,67 0,27
Kernot (1998) 13,80 2,00 6,50 1,00 1,60 0,70
Fragoso (1996) ‘CCP 76’ 11,79 1,28 6,16 0,38 2,23 0,60
Fragoso (1996) ‘CCP 09’ 11,35 1,47 7,25 0,27 2,19 0,66
Mohapatra et al. (1973) 31,36 4,15 6,30 - - -
Fonte Pedúnculo
N P K Ca Mg S
g kg-1
Haag et al. (1975)(1) 7,14 0,66 2,93 0,14 0,64 0,26
Kernot (1998)(2) 8,50 1,30 8,50 0,90 0,90 0,80
Fragoso (1996) ‘CCP 76’ (1)
0,90 0,10 1,16 0,01 0,13 0,04
Fragoso (1996) ‘CCP 09’ (1)
0,81 0,11 1,32 0,01 0,12 0,06
Mohapatra et al. (1973)(2) 6,16 0,85 3,90 - - -
(1)
base peso fresco; (2) base peso seco.

Funções e importância dos nutrientes


Nitrogênio (N): O nitrogênio é um elemento indispensável na composição de
inúmeros compostos orgânicos necessários ao crescimento e desenvolvimento das
plantas cultivadas ou não. No tocante ao cajueiro, aumentos expressivos na produção
Capítulo 1 Clima, solo, nutrição mineral e adubação para o cajueiro-anão-precoce
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de castanha pelo incremento do nitrogênio aplicado foram relatados por Ghosh e


Bose (1986) e Reddy et al. (1981). Posteriormente, Ghosh (1989) constatou que o
aumento na dose de nitrogênio aplicada influenciava, significativamente, a duração
do período de floração, o número e peso das castanhas. Sobre a produção de
castanhas, Crisóstomo et al. (2004) relataram aumento no rendimento de castanha
com o acréscimo na dose de nitrogênio aplicada.
Os sintomas de deficiência de nitrogênio manifestam-se, inicialmente, nas
folhas mais velhas, caracterizando-se por clorose na região apical do limbo e, dada
a sua mobilidade e redistribuição, as folhas jovens mantêm-se verdes (Figura 5). De
modo geral, plantas deficientes em nitrogênio apresentam: a) porte baixo, poucos
ramos e menor número de folhas; b) folhas com coloração pálida pela diminuição do
teor de clorofila; c) em caso de deficiência severa, pode ocorrer queda das folhas e
morte dos ramos.
A análise química das folhas tem sido utilizada para avaliação do estado
nutricional do pomar e, juntamente com a análise do solo, para formulação da
recomendação de fertilizantes. Haag et al. (1975) consideraram 13,8 g kg-1 de N de
matéria seca como insuficiente, concordando, portanto, com a sugestão de Kernot
(1998). Para os dois autores, os níveis de N adequados situam-se de 24,0 g kg -1 a
25,8 g kg-1 e de 14,0 g kg-1 a 18,0 g kg-1 de matéria seca, respectivamente. Por sua vez,
Crisóstomo et al. (2004) constataram que o conteúdo foliar de N foi pouco afetado
pelos incrementos de nitrogênio aplicado, com variação de 15,5 g kg-1 a 16,3 g kg-1. Tais
diferenças podem ser atribuídas aos materiais genéticos pesquisados pelo autores.
Foto: Luis Avilan Rovira

Figura 5. Folha à esquerda normal. Folhas à direita


com deficiência de nitrogênio.
52 Parte 2 Onde, o que plantar e como conduzir pomares de cajueiro

Sintomas visuais de deficiências minerais


Fósforo (P): O fósforo é absorvido do meio de crescimento (solução do solo
ou solução nutritiva) pela maioria das plantas, inclusive o cajueiro, em quantidades
inferiores às de N e K. O fósforo, de acordo com Fredeen et al. (1989), exerce
papel de relevante importância no metabolismo das plantas como respiração e
fotossíntese. Na Tabela 3, são observadas as quantidades de P exportadas pelo
fruto (castanha) que variaram de 0,7 g kg-1 a 4,15 g kg-1 e pseudofruto com variação
de 0,11 g kg-1 a 1,30 g kg-1. Tais diferenças são devidas à forma de expressão dos
resultados, peso fresco e peso seco.
Os sintomas visuais de deficiência de P caracterizam-se, inicialmente,
pela coloração verde-escura da folha e, nos estágios mais avançados, tornam-
-se verdes opacas e caem prematuramente. De modo geral, plantas deficientes
em P apresentam folhas menores do que as das plantas bem nutridas. Dada a
redistribuição do nutriente, os sintomas visuais são observados nas folhas do terço
inferior das plantas.
Potássio (K): O cajueiro, para a produção de 1.000 kg de castanha e 10.000 kg
de pedúnculo fresco, exporta cerca de 15,4 kg de K (FRAGOSO, 1996). Os sintomas
de deficiência de K, à semelhança do N e P, iniciam-se nas folhas mais velhas, que
apresentam uma leve clorose nas bordas (Figura 6). Nos estágios mais avançados,
a clorose avança para o centro do limbo foliar, permanecendo verde apenas a
base, dando a aparência de um “V” invertido. Tendo em vista que os sintomas
visuais somente se mostram evidentes quando a carência já está em um estágio
avançado, a análise química permite diagnóstico precoce. Kernot (1998) considera
como adequado o teor de K na folha entre 7,2 g kg -1 e 11,0 g kg-1. Tais valores
assemelham-se aos encontrados por Crisóstomo et al. (2004).
Foto: Ireni Kernot

Figura 6. Folhas deficientes em potássio, sendo a inferior


com deficiência severa.
Capítulo 1 Clima, solo, nutrição mineral e adubação para o cajueiro-anão-precoce
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Cálcio (Ca): O sintoma inicial da carência de Ca, de acordo com Avilán


(1971), manifesta-se como ondulações das folhas novas (Figura 7). Por ser o cálcio
um elemento de baixa mobilidade na planta, seu fornecimento frequente se faz
necessário.
Magnésio (Mg): As quantidades de magnésio absorvidas pelas plantas são,
comumente, menores do que as de Ca e K. De modo geral, deficiência de magnésio
é devida à competitividade com outros íons como Ca2+, K+ e NH4+ (MENGEL; KIRKBY,
1987). A função mais conhecida do Mg na planta está relacionada com a molécula
de clorofila. No metabolismo dos carboidratos, muitas das enzimas requerem o Mg
como ativador, principalmente as que fazem a transferência dos radicais fosfatados ricos
em energia, e também como ativador das enzimas envolvidas na síntese dos ácidos
nucleicos. O sintoma característico da deficiência de Mg (Figura 8) é o amarelecimento
internervural, que começa na nervura principal e evolui para as margens, com
manifestação nas folhas inferiores, dada a sua facilidade de translocação para as regiões
novas de crescimento ativo.
Foto: Luis Avilan Rovira

Foto: Luis Avilan Rovira

Figura 7. Folha à esquerda deficiente em Figura 8. Folha à esquerda normal, à direita


cálcio. Folha à direita normal. deficiente de Mg.

Enxofre (S): Os sintomas de deficiência de enxofre são observados logo no


início do desenvolvimento das plantas. As folhas mais velhas tornam-se cloróticas
(Figura 9) e, ao mesmo tempo, adquirem consistência rígida, surgindo, no ápice,
necroses acompanhadas de enrolamento das pontas afetadas e bordas rompidas.
Dada a facilidade de translocação do sulfato, as folhas mais velhas são as primeiras a
apresentar os sintomas característicos de deficiência.
54 Parte 2 Onde, o que plantar e como conduzir pomares de cajueiro

Foto: Luis Avilan Rovira

Figura 9. Folha à esquerda normal. Folhas à


direita deficientes de enxofre.

Boro (B), Cobre (Cu), Manganês (Mn), Molibdênio (Mo) e Zinco (Zn): Tais
nutrientes, à semelhança de outras plantas, são também importantes para o
crescimento, o desenvolvimento e a produção do cajueiro; contudo, a literatura
sobre eles é muito diminuta.

Resultados de pesquisa com adubação do cajueiro


Ghosh e Bose (1986) avaliaram o efeito da adubação com nitrogênio, fósforo
e potássio, isoladamente ou em combinações binárias e terciárias, relatando que os
maiores rendimentos de castanha foram obtidos com a combinação N, P2O5 e K2O
equivalente a 200 g, 75 g e 100 g planta-1 ano-1, respectivamente. Posteriormente,
Ghosh (1989), trabalhando com plantas de 7 anos de idade, por 3 anos sucessivos,
concluiu que o maior rendimento de castanha foi obtido com a combinação N, P2O5 e
K2O (500 g, 200 g e 200 g planta-1 ano-1).
Resultados semelhantes foram relatados por Mahanthesh e Melanta (1994);
contudo, a dose de fósforo foi somente a metade daquela observada pelo autor
anterior. Quando da avaliação de doses crescentes de nitrogênio (0 g, 200 g, 400 g
e 600 g planta-1 ano-1) na presença de P2O5 e K2O nas doses de 200 g e 400 g planta-1
ano-1, respectivamente, Ghosh (1990) constatou que os caracteres peso de castanha,
número de castanha, altura e envergadura de plantas foram crescentes e atingiu o
Capítulo 1 Clima, solo, nutrição mineral e adubação para o cajueiro-anão-precoce
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ponto máximo com 600 g planta-1 ano-1 de N. Grundon (1999), trabalhando por
3 anos sucessivos, com plantas de 4 anos de idade, relatou aumentos substanciais
sobre a produção de castanha, com aplicação de fósforo até 288 g planta-1 ano-1 e
enxofre até 176 g planta-1 ano-1; porém, nenhuma reposta foi observada com
aplicação de K2O, até 3.000 g planta-1 ano-1. Estudando a localização da aplicação
de fertilizantes, ­ Subramanian et al. (1995) observaram que o maior rendimento de
castanha em plantas com 15 anos de idade foi obtido com 250 g, 125 g e 125 g planta-1
ano-1 de N, P2O5 e K2O, respectivamente, quando aplicados em uma faixa circular de
1,5 m de largura e raios de 1,5 m e 3,0 m de distância do tronco.
Vishnuvardhana et al. (2002) observaram que os maiores rendimentos de
castanha foram obtidos com a combinação N, P e K (1.000 g, 250 g e 250 g planta-1
ano-1, respectivamente). Contudo, do ponto de vista econômico, a formulação N,
P, K, com 500 g, 250 g, 250 g planta-1 ano-1 foi o tratamento que produziu melhor
resultado. Geralmente, pouca ou nenhuma ênfase tem sido dada à avaliação
econômica da aplicação de fertilizantes sobre o rendimento de castanha. Na Índia,
Vidyachandra e Hanamashetti (1984), em experimento de campo com aplicação de
N, P2O5 e K2O nas doses de 127 g, 181 g e 108 g planta-1 ano-1, isoladamente ou em
combinações binárias e terciárias, durante 6 anos, relataram lucro líquido de
R$ 19,10 (US$ 0,42 planta-1), com a combinação terciária.
Na Austrália, segundo Grundon (1999), a adubação normalmente é restrita à
cobertura com nitrogênio e potássio, com custo variando de US$ 0,16 a US$ 0,32
planta-1 ano-1, tendo relatado, ainda, que aplicações de fertilizantes em maiores
doses, quando comparadas às tradicionalmente utilizadas, propiciaram receita
variando de US$ 169 a US$ 468 ha-1 ano-1. Crisóstomo et al. (2004) relataram que
o rendimento máximo de castanha (1.536 kg ha-1), no sexto ano de cultivo sob
sequeiro, foi obtido com 700 g e 45 g planta-1 ano-1 de N e K2O, respectivamente. Do
ponto de vista econômico, as doses de N e K2O recomendadas foram de 107 g e 41 g
planta-1 ano-1, com retorno econômico de US$ 355,36 ha-1 ano-1.

Recomendação de adubação para o cajueiro-anão-precoce


Cultivo sob sequeiro
Adubação de pós-plantio (primeiro ano): Os fertilizantes N e K deverão ser
aplicados no período das chuvas em três ou mais parcelas iguais, em sulco circular,
com 10 cm a 15 cm de profundidade e 10 cm a 15 cm de largura, com distância entre
20 cm e 30 cm do caule da planta e cobertos com terra, para diminuir as perdas da
amônia por volatilização.
Adubação de formação e produção: As adubações nitrogenadas e potássicas
recomendadas a partir do segundo ano (Tabela 3) deverão seguir o mesmo esquema
da utilizada no pós-plantio; contudo, o fertilizante fosfatado será aplicado em uma
56 Parte 2 Onde, o que plantar e como conduzir pomares de cajueiro

única parcela. Profundidade e largura do sulco de adubação são as mesmas adotadas


para o pós-plantio, porém a distância do caule deverá ser aumentada de modo a
situar-se no terço externo da projeção da copa (CRISÓSTOMO et al., 2003).

Cultivo irrigado
No cultivo irrigado, os fertilizantes nitrogenados e potássicos solúveis, sólidos
ou líquidos são injetados na água de irrigação, possibilitando, dessa maneira, melhor
distribuição e aproveitamento pelo sistema radicular. Por sua vez, os fosfatados
também podem ser aplicados via água de irrigação, mas devem-se observar os
cuidados necessários para evitar o entupimento dos emissores (microaspersores ou
gotejadores). As dosagens recomendadas às diversas fases de crescimento da planta
são apresentadas na Tabela 3. Os valores entre parênteses referem-se à cultura sob
sequeiro.
Os critérios para interpretação dos resultados de análises de solo, visando
recomendar adubação para o cajueiro (Tabela 3), permitem separar áreas com alta
probabilidade de resposta de um determinado nutriente, daquelas de média e baixa
resposta. Além disso, também são considerados a produtividade esperada, a idade
das plantas e o sistema de plantio, se irrigado ou de sequeiro.

Tabela 3. Recomendação de adubação para o cajueiro-anão-precoce sob irrigação e sequeiro.


P resina (mg dm-3) K solo (mmolc dm-3)
N
Adubação 0 a 12 13 a 30 > 30 0 a 1,5 1,6 a 3,0 >3
(g planta-1)
(P2O5 g planta-1) (K2O g planta-1)
Plantio 0 200 (180) 150 (140) 100 (90) 0 0 0
Formação
0-1 ano 60 (45) 0 0 0 60 (50) 40 (30) 20 (20)
1-2 anos 80 (70) 200 (160) 150 (140) 100 (90) 100 (90) 60 (50) 40 (30)
2-3 anos 150 (120) 250 (220) 200 (180) 120 (110) 140 (120) 100 (90) 60 (50)
3-4 anos 200 (150) 300 (290) 250 (230) 150 (140) 180 (170) 140 (130) 80 (70)
4-5 anos 300 (220) 300 (290) 250 (230) 150 (140) 180 (170) 140 (130) 80 (70)
Produtividade
esperada (kg ha-1)
< 1.200 400 (300) 200 (160) 100 (80) 100 (80) 150 (120) 100 (80) 80 (80)
1.200-3.000 700 (520) 300 (240) 200 (160) 150 (120) 300 (240) 200 (160) 150 (120)
> 3.000 1000 400 (300) 200 450 300 200
Fonte: Crisóstomo et al. (2002, 2003, 2009).
Capítulo 1 Clima, solo, nutrição mineral e adubação para o cajueiro-anão-precoce
57

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