Recorrendo de Multas
Recorrendo de Multas
Recorrendo de Multas
Para você ter uma ideia, olhe estes números que retirei do site de
DETRAN aqui do Rio Grande do Sul a respeito da quantidade de
multas aplicadas a cada ano:
FONTE:
file:///C:/Users/Windows/Downloads/201511181445384_infracoes_
no_rs. Pdf
Longe disso!
Vou mostrar pra você que existem várias teses que poderão ser usados
para tentar anular uma multa por excesso de velocidade!
Vou ensinar pra você como identificar estes erros e apontar na sua
defesa ou recursos, e ainda como prová-los se não estiverem visíveis
na notificação da multa ou nas rodovias e estradas onde ocorrem as
autuações.
Vejamos:
Com a nova redação deste artigo, dada pela Lei 11.334/06, houve a
inclusão da multa de categoria média por excesso de velocidade em
até 20%.
Já a multa por exceder a velocidade de 20% á 50% ficou como sendo
Grave.
Você precisa ficar atento quando receber uma multa por excesso de
velocidade gravíssima, pois, somente esta infração já pode suspender
a sua CNH!
Há 2 erros aqui.
Primeiro é que não é possível a suspensão imediata do direito de
dirigir, uma vez que antes disso é necessário que o suposto infrator se
defenda contra a multa a ele aplicada através da defesa de
autuação (ou defesa prévia), e de Recurso em 1ª e 2ª
instância administrativa, garantindo assim seu direito a
ampla defesa.
Aqui é importante ressaltar que o CTB não prevê neste Art. 218, a
MEDIDA ADMINISTRATIVA de recolhimento da CNH no ato do
cometimento da infração, assim como em outras infrações como, por
exemplo, de dirigir sob a influência de álcool do Art. 165.
Tão somente diz apreensão do documento.
No entanto, assim como você já pode ter observado, que hoje em dia
isso é praticamente impossível de ocorrer!
E aqui encontramos mais erros (veja que uma coisa puxa a outra)
(Dizem que a lei não contém palavras inúteis, mas me parece que
neste caso não se aplica esta “máxima”).
Se for, por exemplo, numa rodovia em que você tenha sido autuado e
por onde você não retornará por um bom tempo, dificilmente se
conseguirá provar que não há sinalização naquela rodovia.
ARGUMENTO 3: A OBRIGATORIEDADE DA
PRESENÇA DO AGENTE DE TRÂNSITO NO LOCAL
DA AUTUAÇÃO
O Art. 280 do CTB diz que a infração deverá ser comprovada por
declaração da autoridade ou do agente da autoridade de trânsito, e
que o agente da autoridade de trânsito competente para lavrar o auto
de infração poderá ser servidor civil, estatutário ou celetista ou, ainda,
policial militar designado pela autoridade de trânsito com jurisdição
sobre a via no âmbito de sua competência (§§ 2 e 4).
Existem algumas teorias no meio jurídico que afirmam que as multas
de aparelho eletrônico como as por excesso de velocidade seriam
ilegais, uma vez que não são realizadas por um agente de trânsito ou
policial.
Se este estudo não foi realizado pelo órgão autuador, então a multa é
nula de pleno direito, uma vez que deixou de obedecer as normas do
CONTRAN, o que torna inviável a aplicação da multa.
Perceba que no Art. 7 que lemos acima, prevê que a fiscalização onde
não houver sinalização por meio de placa, os medidores de velocidade
serão os do tipo móvel, estático ou portátil, não mencionando o tipo
fixo, justamente por este quando instalado em rodovia ou estradas,
presume-se pelo Art. 4º que a placa deve estar instalada.
a) nas rodovias:
Claro que a norma diz nos casos onde não houver placa R-19.
Contudo, frente ao princípio da publicidade dos atos públicos,
este preceito vale em qualquer situação, tendo ou não placa de
sinalização informando o limite de velocidade.
Como disse na introdução deste estudo, não sou contra multar mesmo
porque muitos motoristas abusam da velocidade e podem causar
graves acidentes. No entanto, isso não significa que os órgãos de
trânsito através de seus agentes, possam descumprir as normas legais
como é nos casos dos vídeos acima.
CONTRALLLLLLLLL
É o voto.
Com o Relator
Com o Relator
DECISÃO
Código de Verificação:
Código de Verificação:
QPI5.2009.424Z.IY5J.IANW.DYI4QPI5.2009.424Z.IY5J.IANW.DYI4
T
J
ACÓRDÃO
-
S
Vistos, relatados e discutidos estes autos do Apelação nº 0023674-
P
28.2012.8.26.0053, da Comarca de São Paulo, em que é apelante
- CARLOS PEREIRA FURTADO, é apelado FAZENDA DO
JOAO
A
ESTADO DE SÃO PAULO.
p
ACORDAM, em 6ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça
e
de São Paulo, proferir a seguinte decisão: "Julgaram prejudicado o
l
a
ç
ã
recurso. V. U.", de conformidade com o voto do Relator, que integra
este acórdão.
SILVIA MEIRELLES
RELATORA
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
PODER JUDICIÁRIO
São Paulo
Apelação: 0023674-28.2012.8.26.0053
Comarca: CAPITAL
PODER JUDICIÁRIO
São Paulo
CNH. Houve a condenação do vencido ao pagamento das custas e
despesas processuais e dos honorários advocatícios fixados em 10%
(dez por cento) do valor atribuído à causa, observada a Lei
nº. 1.060/50.
É o relatório.
PODER JUDICIÁRIO
São Paulo
PODER JUDICIÁRIO
São Paulo
PODER JUDICIÁRIO
São Paulo
veículo.
§ 2º. As situações dispostas no parágrafo anterior
serão analisadas , por força de atribuição conferida peloCódigo de
Trânsito Brasileiro, pelo órgão ou entidade de
trânsito competente pela autuação e aplicação da multa de
trânsito , assim como a recepção tempestiva da indicação realizada
pelo proprietário do veículo.”
Da análise conjugada dos dispositivos supra transcritos, extrai-se que
a Fazenda do Estado, ora apelada, não detém a competência para
responder às alegações do apelante quanto à inexistência de
notificações, uma vez que os requisitos de consistência e de validade
das autuações de trânsito, bem como das penalidades aplicadas
devem ser discutidas perante o órgão competente pela autuação, às
quais a apelada não tem acesso no momento de julgar a penalidade de
suspensão/cassação.
PODER JUDICIÁRIO
São Paulo
Ante o exposto, pelo meu voto, julgo extinto o feito, sem resolução de
mérito, reconhecendo a ilegitimidade passiva ad causam
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
PODER JUDICIÁRIO
São Paulo
SILVIA MEIRELLES
Relatora
ELATÓRIO
“[...].
É o relatório.
VOTOS
É o voto.
Com o Relator
O Senhor Desembargador JAIR SOARES - Vogal
Com o Relator.
DECISÃO
Assinatura Eletrônica
2
PODER JUDICIÁRIO
segurança.
Subiram os autos.
Relatei.
Fundamento e voto.
PODER JUDICIÁRIO
Quando a lei alude a direito líquido e certo, exige que esse direito se
apresente com todos os requisitos para seu conhecimento e exercício
no momento da impetração. Em última análise, direito líquido e certo
é direito comprovado de plano. Se depender de comprovação
posterior, não é líquido nem certo, para fins de segurança ( Hely
Lopes Meirelles. Mandado de Segurança. 30 ª edição,
atualizada por Arnold Wald e Gilmar Ferreira Mendes.
São Paulo: Malheiros, p. 38 ).
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
PODER JUDICIÁRIO
“[...].
É o relatório.
VOTOS
É o voto.
Com o Relator
Com o Relator.
DECISÃO
1. RELATÓRIO
Em síntese, é o relatório.
2. VOTO
Ademais, esta não está nos autos para exercer sua defesa, vez que a
transferência dos pontos, em realidade, seria imposição de
penalidade, sendo contrário aos princípios da ampla defesa e
contraditório que isto ocorra sem participação da cônjuge na lide,
mesmo frente a declaração acostada a inicial.
Nestas condições, voto pelo parcial provimento do recurso, para fins
de cancelar os efeitos do processo administrativo de cassação n.º
5574021/2012, determinado o desbloqueio do prontuário do
recorrente, permitindo-lhe inclusive renovar sua CNH.
Logrando êxito parcial seu recurso, condeno a recorrente o
pagamento de metade das custas processuais, bem como honorários
advocatícios à razão de 10% (dez por cento) sobre o valor da causa,
com fulcro artigo 55 da Lei nº. 9.099/95, observada a suspensão na
cobrança pela Lei 1.060/1950, sendo este o caso dos autos.
3. DISPOSITIVO
Diante do exposto, decidem os Juízes Integrantes da 1ª Turma
Recursal Juizados Especiais do Estado do Paraná, por unanimidade
de votos, CONHECER DO RECURSO E DAR PROVIMENTO ,
nos exatos termos do voto.