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Suno Fundos – 01 de Julho de 2019

L
Análise
\ do BTG Pactual Tesouro IPCA Curto FIRF, do Icatu
Vanguarda FIC FI Inflação Longa RF e do Sul América Inflatie
FI RF LP.

Resumo
Fundos de investimento referenciados à inflação são uma excelente
forma para investidores garantirem retornos reais, protegendo-se do
aumento de preços da economia. Esses fundos são, geralmente,
atrelados a títulos de maior prazo, viabilizando maiores retornos,
porém trazendo maiores oscilações no curto prazo, principalmente
se comparados com outros investimentos em renda fixa atrelados
ao DI.

No relatório de hoje, abordaremos três fundos referenciados ao


IPCA, sendo eles o BTG Pactual Tesouro IPCA Curto FIRF, o Icatu
Vanguarda FIC FI Inflação Longa Renda Fixa e o Sul América
Inflatie FI RF LP. Três opções de fundos para investir com o
objetivo de acompanhar retornos semelhantes aos dos títulos
públicos federais indexados à inflação (as NTN-Bs), sendo cada
uma das opções apresentadas neste relatório com alguns focos
diferentes na questão de estratégia.

Um conceito que será introduzido ao longo desse relatório é o


índice IMA-B, o qual é utilizado como benchmark pelos fundos
analisados.

Suno Fundos de Investimento 1


BTG Pactual Tesouro IPCA Curto FIRF
Gestor: BTG Pactual Asset Management S.A. DTVM.
Taxa de administração: 0,20% ao ano.
Taxa de performance: não há.
Aplicação mínima: R$ 3.000,00
Benchmark: IMA-B 5
Liquidez: D+1
Patrimônio: R$ 413,5 mi
Número de cotistas: 15,9 mil

Iniciado em 14 de dezembro de 2015, o BTG Pactual Tesouro IPCA


Curto FIRF é um fundo de investimento de renda fixa composto,
basicamente, por títulos públicos federais indexados à inflação,
tendo por objetivo proporcionar rentabilidade que acompanhe a
variação do IPCA (indicador oficial da inflação do país), e buscando
retornos superiores ao do IMA-B 5, um indicador que mede os
retornos médios dos títulos públicos indexados ao IPCA com prazos
de até 5 anos (NTN-Bs com vencimento em até 5 anos). Desta
forma, sendo um produto voltado para quem busca se proteger da
inflação e garantir ganhos reais.

O fundo é muito atrativo para quem quer investimentos em renda


fixa, mas com possíveis ganhos maiores que aqueles indexados ao
CDI. Ele também é um fundo que visa investir em títulos indexados
ao IPCA que possuam prazos menores (o que leva à nomenclatura
curto), minimizando os riscos de títulos públicos de longo prazo.

Aplicações, custos e liquidez


Para aplicar no BTG Pactual Tesouro IPCA Curto FIRF, é
necessário um aporte inicial de R$ 3.000,00 e movimentações
mínimas de R$ 1.000,00. Esse é um valor que pode ser
considerado aparentemente alto se considerarmos que é possível
investir diretamente no Tesouro Direto e adquirir títulos públicos
indexados à inflação com um investimento mínimo de
aproximadamente R$ 40,00.

Essa característica, em conjunto com a taxa de administração


existente, mesmo que de apenas 0,20% ao ano, podem levar
alguns investidores a descartar fundos desse perfil como opções de

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investimento. Entretanto, é importante destacar que, por ser um
fundo de investimento, ele tem acesso a mais opções de títulos do
que as que estão disponíveis ao investidor comum, além de facilitar
resgates antecipadamente.

Estratégia e gestão

O fundo é gerido pelo BTG Pactual asset, gestora de recursos do


grupo BTG Pactual, o qual conta com banco de investimentos,
gestora e corretora. A asset do BTG é uma das maiores gestoras de
recursos da América Latina, possuindo escritórios em diversos
locais do mundo, como em São Paulo, Rio de Janeiro, Santiago,
Bogotá, Cidade do México, Londres e Nova York. Ela também
disponibiliza diversos produtos de investimento além de renda fixa,
como fundos de ações e hedge.

O objetivo do fundo visa superar o IMA-B5, e, para isso, é


necessária uma equipe qualificada em análise macroeconômica,
tanto de escala nacional como global. Esse quesito é preenchido
pelo BTG, que devido à sua presença internacional, garante à sua
equipe um forte apoio nos processos de tomada de decisão.

A estratégia da gestão é baseada em uma abordagem


fundamentalista, realizando compras e vendas dos títulos quando
verificadas oportunidades. Essas oportunidades vão ao encontro de
estudos macroeconômicos traçados pela equipe de economistas e
estrategistas. O foco da gestão é a de identificar diferenças entre a
realidade do mercado e os cenários econômicos desenvolvidos por
ela, sendo a escolha de ativos baseada nos preços dos ativos e
seus respectivos riscos de mercado e crédito.

A escolha da estratégia está adequada em vista da busca por


retornos mais expressivos. O fundo, por ser de renda fixa
referenciado, deve atender a algumas características, como possuir,
no mínimo, 80% do seu patrimônio em títulos do Tesouro Nacional
e possuir, no mínimo, 95% do seu patrimônio em ativos que
acompanhem o IMA-B5. Essas características viabilizam uma maior
segurança, porém podem comprometer a rentabilidade de longo
prazo do fundo caso ele não seja bem gerido.

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Portfólio, desempenho e riscos

Por ser um fundo referenciado à inflação, o BTG Pactual Tesouro


IPCA Curto FIRF apresenta retornos acumulados muito superiores
ao CDI. Títulos indexados à inflação, nos quais o fundo investe,
possuem maior prêmio de risco que os simplesmente atrelados ao
DI. Esse prêmio de risco pode ser observado pela maior volatilidade
do fundo em relação ao próprio CDI.

Ele também superou o próprio Ibovespa no período, crescendo


quase 200%. Esse fator não é algo normalmente esperado, pois,
em economias saudáveis, investimentos com maiores riscos
tenderão a gerar maiores retornos no longo prazo. Entretanto, o
período apresentado foi marcado não apenas pela crise financeira
de 2008, mas por um período de grande recessão no Brasil. Esses
fatores levaram a bolsa de valores brasileira a uma retração que,
em conjunto com a alta da inflação no período, proporcionaram
esse descolamento de retornos entre renda fixa e renda variável no
acumulado de mais de 10 anos.

Por ser considerado um fundo de renda fixa referenciado, o qual


possui, na sua política de investimento, a aplicação majoritária em
títulos públicos atrelados à inflação, os riscos do fundo são,
basicamente, os existentes nessa classe de ativos, sendo eles risco
de mercado, risco de crédito e risco de liquidez.

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Destacamos que, para proteger-se dos fatores de risco, o fundo
pode utilizar derivativos. Esse não é um fator com o qual o
investidor deva se preocupar, pois esses ativos possuem apenas a
função de proteger a carteira e não agregam risco ao investimento.

O fundo gerencia o risco através do cálculo do Value at Risk (VaR),


com simulação histórica para cada um dos ativos que compõem sua
carteira. O VaR é um modelo que busca quantificar qual seria a
maior perda financeira que o fundo poderá sofrer segundo um
determinado nível de probabilidade.

Essa é uma das formas mais comuns do gerenciamento de risco


feitas no mercado. Na nossa visão, poderiam ser realizados outros
testes complementares para garantir maior robustez. Entretanto, por
ser um fundo de renda fixa, é viável utilizar modelos mais simples
em prol de mais flexibilidade ao gestor.

A denominação “curto” no nome do fundo refere-se aos períodos de


vencimento dos títulos em que aplica. Sendo eles com vencimento
de, no máximo, até 2023. Os títulos são todos NTN-B, aqueles
conhecidos como Tesouro IPCA+ com juros semestrais na
plataforma do Tesouro Direto.

Essa característica de curto prazo nos títulos é uma questão da


estratégia do fundo. Não sendo necessário que os objetivos dos
investidores que optem por esse fundo devam ser de curto prazo. O
fundo irá buscar sempre alocar o seu patrimônio em títulos com
curto prazo. Assim, os valores de títulos que estiverem vencendo
serão alocados em novos, com prazos curtos, menores que 5 anos
para o vencimento.

A opção de investir em um fundo atrelado a títulos de curto prazo é


ideal para o investidor que quer se proteger da inflação, deseja
obter ganhos reais, mas, ao mesmo tempo, não quer se expor ao
risco de títulos públicos de maiores prazos, como aqueles com
vencimento para daqui a 30 anos.

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Resumo do fundo
Fundo: BTG Pactual tesouro IPCA curto fundo de investimento de renda fixa
referenciado
CNPJ: 07.539.298/0001-51
Gestor: BTG Pactual asset management S/A DTVM
Website: https://atendimento.btgpactualdigital.com/hc/pt-br
Administrador: BTG Pactual serviços financeiros S/A DTVM
Custódia: Banco BTG Pactual S.A.
Auditor: Ernst & Young Auditores Independentes S/A
Classe: Fundo de Renda Fixa
Data inicial: 14/12/2005
Taxa de Administração: 0,20% ao ano do patrimônio líquido do fundo.
Taxa de Performance: Não há.
Aplicação inicial: R$ 3.000,00
Saldo Mínimo: R$ 1.000,00
Movimentação mínima: R$ 1.000,00
Liquidez: D+1
Patrimônio do fundo: R$ 413,5 mi
Número de cotistas: 15,9 mil
Onde investir: XP, Rico.

*Informações do dia 26 de junho de 2019.

Icatu Vanguarda FIC FI Inflação Longa RF


Gestor: Icatu Vanguarda Gestão de Recursos LTDA.
Taxa de administração: 0,5% ao ano.
Taxa de performance: não há.
Aplicação mínima: R$ 5.000,00
Benchmark: IMA-B 5+
Liquidez: D+1
Patrimônio: R$ 405,6 mi
Número de cotistas: 10,1 mil

O fundo Icatu Vanguarda FIC FI Inflação Longa Renda Fixa possui


como objetivo investir em outros fundos que invistam em títulos
públicos indexados à inflação com prazos de vencimento superiores
a 5 anos, visando obter retornos acima do índice IMA-B 5+,
indicador que busca acompanhar a rentabilidade de títulos públicos
da classe NTN-B com vencimentos superiores a 5 anos.

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Suas operações se iniciaram em primeiro de julho de 2005,
garantindo um histórico de mais de 10 anos. Por ser um fundo
atrelado a títulos de inflação de longo prazo, um histórico longo é
necessário para verificar a constância da gestão.

Por ser um FIC, fundo de investimento em cotas de fundos de


investimento, ele deve investir, no mínimo, 95% do seu patrimônio
em outros fundos de investimentos. Como o fundo analisado
investe apenas no Icatu Vanguarda Inflação Longa FIRF, o qual não
está disponível ao investidor individual, iremos considerar a carteira
deste como sendo a do Icatu Vanguarda FIC FI Inflação Longa
Renda Fixa.

Aplicações, custos e liquidez

O investimento inicial no fundo é de R$ 5.000,00. Entretanto, ele


solicita investimentos adicionais de apenas R$ 200,00. O
investimento inicial pode ser significativo ao investidor iniciante,
porém as aplicações de duzentos reais viabilizam uma ótima opção
para investimentos regulares.

Destacamos também que o fundo não cobra taxas de performance,


apenas a taxa de administração de 0,50% ao ano. A sua liquidez é
em D+1, como a dos outros dois fundos analisados neste relatório.

Estratégia e gestão

A gestora do fundo é a Icatu Vanguarda, empresa do Grupo Icatu


dedicada à gestão de ativos. Ela possui sede no Rio de Janeiro e
realiza a gestão de diversos tipos de produtos, como fundos de
investimentos, family offices e fundos de pensão.

A análise de investimentos realizada pela Icatu é baseada na


análise fundamentalista dos ativos em conjunto com análises de
riscos e cenários macroeconômicos. Ambos os fatores são
necessários tendo em vista que o portfólio do fundo visa apenas
títulos da dívida pública brasileira de longo prazo.

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Portfólio, desempenho e riscos

O Icatu Vanguarda FIC FI Inflação Longa Renda Fixa apresenta um


histórico de desempenho muito bom em comparação ao CDI,
principal indicador comparativo em renda fixa. Entretanto, em
comparação com o seu benchmarck, o IMA-B 5+, o fundo
desempenha de forma mais moderada, apresentando retornos
muito próximos ao índice.

Mesmo com a rentabilidade acumulada estando ligeiramente abaixo


do seu benchmark, os retornos gerados pelo fundo são muito bons
em comparação com outros indicadores e também com outros
produtos de investimento desse segmento. No momento, o Tesouro
Direto disponibiliza esses títulos com vencimentos para 2024, 2035
e 2045, e a carteira do fundo é composta por títulos com prazos de
2024, 2026, 2028, 2030, 2035, 2040, 2045, 2050 e 2055, assim
garantindo mais diversificação, o que viabiliza maior possibilidade
de retornos com menores riscos.

Um ponto negativo sobre esse produto é que ele é um fundo de


fundos. Fundos de fundos acabam acarretando em dupla cobrança
de taxa de administração, a do próprio fundo e mais as dos fundos
em que investem. Mesmo essas taxas não sendo tão expressivas,
são custos adicionais ao cotista. Por outro lado, temos que,
normalmente, os FIC investem em fundos que não são disponíveis
aos investidores de forma geral, o que é o caso deste produto
analisado.

Os riscos do investimento no Icatu Vanguarda FIC FI Inflação longa


RF são, basicamente, os mesmos dos investimentos em títulos
públicos. Oscilações nos valores dos títulos vão impactar
diretamente na cota do fundo, sendo essas variações decorrentes
dos cenários econômicos do país. Devido ao fundo investir em
NTN-Bs de prazos mais longos, esses ativos podem sofrer muito
em termos de variação ao longo do tempo, porém essas variações

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não são riscos reais, apenas reflexos de mudanças de perspectivas
do mercado.

Os riscos do investimento não são expressivos se analisados em


um horizonte de longo prazo. Porém à curto e médio prazos, podem
ser muito representativos, não sendo recomendado investimento no
fundo caso esse seja o objetivo.

Resumo do fundo
Fundo: Icatu Vanguarda fundo de investimento em cotas de fundos de
investimento inflação longa renda fixa
CNPJ: 007.400.556/0001-14
Gestor: Icatu Vanguarda Gestão de Recursos LTDA
Website: http://www.icatuvanguarda.com.br/pt
Administrador: BEM DTVM.
Custódia: Banco Bradesco S.A.
Auditor: PwC Auditores Independentes
Classe: Fundo de Renda Fixa
Data inicial: 01/07/2005
Taxa de Administração: 0,50% ao ano do patrimônio líquido do fundo.
Taxa de Performance: Não há.
Aplicação inicial: R$ 5.000,00
Saldo Mínimo: R$ 1.000,00
Movimentação mínima: R$ 200,00
Liquidez: D+ 1
Patrimônio do fundo: R$ 405,6 mi
Número de cotistas: 10,1 mil
Onde investir: XP

*Informações do dia 26 de junho de 2019.

Sul América Inflatie FI RF LP


Gestor: Sul América Investimentos Gestora de Recursos S.A.
Taxa de administração: 0,4% ao ano.
Taxa de performance: 20% sobre o que exceder 100% do IMA-B
Aplicação mínima: R$ 5.000,00
Benchmark: IMA-B
Liquidez: D+1

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Patrimônio: R$ 1,4 bi
Número de cotistas: 24,5 mil

O Sul América Inflatie FI RF LP é um fundo de investimentos de


renda fixa que busca superar, a médio e longo prazos, o IMA-B. Em
vista desse objetivo, o fundo investe em ativos relacionados, direta
ou indiretamente, às variações das taxas de juros e/ou índices de
preços.

O IMA-B é um indicador que replica, através de uma carteira


teórica, o que seria a média de retornos dos títulos indexados pelo
IPCA. Existem as variações deste indicador para restringir os
prazos, como o IMA-B 1 (títulos com vencimento em até um ano); o
IMA-B 1+ (títulos com vencimento acima de um ano); o IMA-B 5
(títulos com vencimento em até cinco anos); e o IMA-B 5+ (títulos
com vencimento acima de cinco anos).

Com patrimônio superior a R$1,3 bilhões, quase 23 mil cotistas e


mais de 10 anos de operações, o fundo demonstra consolidação na
sua estrutura e apresenta um retorno acumulado de 336,04% desde
a sua fundação.

Aplicações, custos e liquidez


A aplicação inicial no Sul América Inflatie FI RF LP é de R$
5.000,00 e tem investimentos adicionais com, no mínimo, R$
2.500,00. Como já citado anteriormente, o montante requisitado
para investir no fundo pode ser alto comparado com outras
alternativas, principalmente caso o investidor deseje investir todo
mês.

A taxa de administração do fundo é de 0,40% ao ano sobre o seu


patrimônio líquido, um percentual razoável para a classe de ativo.
Entretanto, o fundo aplica taxa de performance de 20% sobre o que
exceder o IMA-B, algo que não é utilizado em muitos produtos
semelhantes. A taxa de performance representa um custo adicional
sim, porém, ela não é de todo ruim, pois apenas é cobrada se a
gestão realmente entregar retornos superiores, o que é
extremamente positivo ao cotista.

Ao investidor que deseja aplicar no fundo, ele possui liquidez em


D+1. Essa liquidez facilita que o investidor resgate o seu

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investimento quando necessitar, porém, pode dificultar a obtenção
de melhores rentabilidades, isso pois títulos de longo prazo como
aqueles em que o fundo investe variam muito no curto prazo. Dessa
forma, o melhor prazo para se investir neste fundo é mirando no
longo prazo.

Estratégia e gestão

A gestão do fundo é feita pela Sul América Investimentos, a qual foi


fundada em 1996 a partir da aquisição da Brasilpar Administração
de Recursos pelo Banco SulAmérica. Hoje a empresa é uma das
que mais captam recursos no mercado, isso muito impulsionado
pelos seus produtos de previdência.

A gestão de recursos possui uma estratégia direcionada ao perfil do


fundo em questão. No quesito de renda fixa com foco em títulos
públicos atrelados à inflação, é necessária uma estratégia que
esteja alinhada com análise fundamentalista e econômica, para
conseguir monitorar as mudanças nas expectativas de taxas de
juros e inflação.

Devido ao fato da Sul América ser uma empresa amplamente


consolidada, trabalhando com produtos de previdência e fundos de
pensão, em conjunto com o histórico passado, entendemos como
um fator comprovado a capacidade técnica da equipe para realizar
a gestão do fundo.

Portfólio, desempenho e riscos


O desempenho do fundo, desde o seu início, foi muito superior ao
CDI e ao IBOV, com retorno acumulado de mais de 330% contra os
valores aproximados de 110% e 90% para o CDI e o IBOVESPA,
respectivamente. Entretanto, quando comparado com o seu
benchmark, o IMA-B, o fundo apresentou um desempenho
praticamente igual ao do índice, performando quase que como se
fosse indexado.

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A carteira do índice possui uma diversificação bem expressiva, em
termos de títulos públicos. Sendo ela composta por alguns títulos
prefixados com vencimento para 2021 (5,6% da carteira), algumas
poucas operações em DI futuro e NTN-Bs com vencimentos em
2019, 2022, 2023, 2024, 2026, 2028, 2030, 2035, 2040, 2045, 2050
e 2055.

Conforme citado, o fundo se assemelha muito a uma posição


indexada ao IMA-B. Essa não é uma característica ruim, pois, no
momento, a única opção de indexação ao IMA-B é pela ETF
IMAB11, a qual foi recentemente criada. Pelas rentabilidades de
ambos se assemelharem e também terem taxas próximas, o fundo
Sul América Inflatie FI RF LP é sim uma opção para investidores
que buscam a proteção contra a inflação.

A existência da taxa de performance pode acrescentar uma


característica mais ativa à gestão do fundo, que talvez, futuramente,
possa vir a buscar algumas mudanças na sua posição para tentar
obter retornos acima do seu benchmark.

A gestão de risco de mercado do fundo é realizada, principalmente,


pelo cálculo do Value-at-Risk (VaR), medida que estima a máxima
perda esperada, dado um determinado nível de confiança para um
horizonte definido de tempo, considerando condições de
normalidade no mercado financeiro; testes de estresse, que são
estimativas de perda considerando cenários de adversidade dos
preços dos ativos e das taxas praticadas no mercado financeiro; e

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pelo Tracking Error, que é uma estimativa de descolamento médio
dos retornos do fundo em relação a um benchmark.

O modelo de gestão de risco do Sul América Inflatie FI RF Longo


Prazo segue em linha com os realizados por fundos semelhantes,
estando em conformidade com o padrão encontrado.

Resumo do fundo
Fundo: Sul América Inflatie fundo de investimento de renda fixa longo prazo
CNPJ: 09.326.708/0001-01
Gestor: Sul América Investimentos Gestora de Recursos LTDA.
Website: http://www.sulamericainvestimentos.com.br
Administrador: BEM DTVM.
Custódia: Banco Bradesco S.A.
Auditor: Deloitte Auditores Independentes
Classe: Fundo de Renda Fixa
Data inicial: 10/07/2008
Taxa de Administração: 0,40% ao ano do patrimônio líquido do fundo.
Taxa de Performance: 20% sobre o que exceder 100% do IMA-B
Aplicação inicial: R$ 5.000,00
Saldo Mínimo: R$ 2.500,00
Movimentação mínima: R$ 2.500,00
Liquidez: D+1
Patrimônio do fundo: R$ 1,4 bi
Número de cotistas: 24,5 mil
Onde investir: XP, Rico, Órama.

*Informações do dia 26 de junho de 2019.

Conclusão
Neste relatório, trouxemos três opções de investimentos de renda
fixa que viabilizam maiores expectativas de ganho, em conjunto
com maiores riscos. A avaliação de riscos dos investimentos é
muito importante ao investidor individual, em vista que, se ela não
estiver alinhada com os seus objetivos, pode acarretar em perdas.
Fundos atrelados à inflação são considerados renda fixa, porém
eles possuem retornos que oscilam conforme expectativas do
mercado, diferente de investimentos atrelados ao DI. O investidor
conservador deve prestar atenção a esses tipos de investimentos,
pois eles poderão apresentar grandes oscilações e retornos
negativos em certos períodos.

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Os fundos aqui apresentados são excelentes para a diversificação
da carteira de qualquer investidor, mesmo para aqueles mais
arrojados e que optam por investir diretamente em ações. Isso
deve-se ao fato de o histórico econômico brasileiro ser muito incerto
em conjunto com bons desempenhos dessa classe de ativos.

A escolha de investimento vai depender majoritariamente da


posição que o investidor quer assumir, sendo ela mais relacionada
a títulos de curto prazo com vencimento em até 5 anos (IMA-B 5),
de longo prazo com vencimento superior a cinco anos(IMA-B 5+),
ou uma mescla de ambos (IMA-B).

Suno Fundos de Investimento 14


DISCLOSURE
As informações constantes deste material podem auxiliar o investidor em suas decisões
de investimento, porém o investidor será responsável, de forma exclusiva, pela
verificação da conveniência e oportunidade da movimentação de sua carteira de
investimentos e pela tomada de decisão quanto à efetivação de operações de compra e/ou
venda de títulos e/ou valores mobiliários.

Este material apresenta informações para diversos perfis de investimento e o investidor


deverá verificar e atentar para as informações próprias ao seu perfil de investimento, uma
vez que as informações constantes deste material não são adequadas para todos os
investidores. Quaisquer projeções de risco ou retorno potenciais são meramente
ilustrativas e não são e não devem ser interpretadas pelo investidor como previsão de
eventos futuros e/ou garantia de resultados.

Além disso, não garantimos a exatidão das informações aqui contidas e recomendamos
ao investidor que não utilize este relatório como única fonte para embasar suas decisões
de investimento. Os investimentos realizados pelo investidor para sua carteira estão
sujeitos a diversos riscos inerentes aos mercados e aos ativos integrantes da carteira,
incluindo, sem limitação, risco de mercado, risco de crédito, risco de liquidez, risco
cambial, risco de concentração, risco de perda do capital investido e de disponibilização
de recursos adicionais, entre outros.

Os analistas responsáveis pela elaboração deste relatório declaram, nos termos da


Instrução CVM nº 598/18, que as recomendações do relatório de análise refletem única e
exclusivamente as suas opiniões pessoais e foram elaboradas de forma independente.

Esse material destina-se única e exclusivamente aos assinantes da Suno Research, sua
cópia ou distribuição integral ou parcial sem a expressa autorização acarretará multa
de até 2000 vezes o valor deste relatório, apreensão das cópias ilegais, além de
responsabilização em processo civil.

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