TCC AnaliseEnsaioFator
TCC AnaliseEnsaioFator
TCC AnaliseEnsaioFator
TUCURUÍ - PA
JANEIRO – 2015
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE TUCURUÍ
FACULDADE DE ENGENHARIA ELÉTRICA
TRABALHO SUBMETIDO AO
COLEGIADO DO CURSO DE
GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA
ELÉTRICA PARA OBTENÇÃO DO
GRAU DE ENGENHEIRO
ELETRICISTA.
TUCURUÍ - PA
JANEIRO – 2015
CLEITON MARINHO NASCIMENTO
conceito_____ ______________.
BANCA EXAMINADORA
_____________________________________________________
Professor Dr. Ivaldo Ohana
1º MEMBRO – (ORIENTADOR - UFPA)
_____________________________________________________
Eng. Janílson Leão de Souza
2º MEMBRO
_____________________________________________________
Eng. Paulo ítalo Moreira da Silva
3º MEMBRO
TUCURUÍ – PARÁ
JANEIRO – 2015
Agradecimentos
Agradeço sobre tudo ao Deus triúno a quem me elegeu desde a eternidade para
glorifica-lo, que eu mesmo sendo um misero pecador, ele deu seu único filho para
morrer numa cruz por mim e por todos os seus, que se fosse por minhas próprias forças
eu não poderia realizar esse sonho de me tornar um profissional na área de engenharia
elétrica, a ele toda honra toda glória e todo o louvor pelos séculos dos séculos.
A minha família que sempre meu deu muito apoio nessa caminhada, agradeço ao
meu pai Aristeu Rodrigues e minha mãe Maria Floracy Marinho que nunca mediram
esforços para que eu pudesse seguir sempre firme, e as minhas irmãs Carla Daniele e
Tamires e meu sobrinho Henzo que sempre acreditaram em mim e me deram forças.
Agradeço meus amigos-irmãos da igreja presbiteriana do Brasil que sempre
estiveram comigo compartilhando tristezas e felicidades, vocês são essenciais na minha
vida, e aos meus amigos de infância da cidade de Novo repartimento que sempre me
deram apoio e desde inicio falaram que eu podia alcançar e almejar esse sonho.
Ao meu orientador, Prof. Dr. Ivaldo Ohana, pelos conselhos, orientações, amizade
e empenho para com toda turma de Eng. Elétrica 2010.
Ao meu amigo Otacílio Filho pela ajuda no projeto e por sua dedicação em me
ajudar a concluir esse projeto.
A dúvida é o principio da sabedoria.
Aristóteles.
Sumário
CAPÍTULO 1- INTRODUÇÃO................................................................................................. 1
1.1. Introdução .................................................................................................................... 1
1.2. Objetivo geral .............................................................................................................. 2
1.3. Estrutura do trabalho ................................................................................................. 2
CAPÍTULO 2 - TRANSFORMADORES DE CORRENTE ................................................... 4
2.1. Introdução .................................................................................................................... 4
2.2. Especificações .............................................................................................................. 5
2.2.1. Corrente e relação nominal. ............................................................................... 6
2.2.2. Carga Nominal..................................................................................................... 7
2.2.3. Fator térmico. ...................................................................................................... 8
2.2.4. Tensão secundária nominal ................................................................................ 9
2.2.5. Impedância secundária na proteção ................................................................ 10
2.2.6. Serviços de proteção e medição ........................................................................ 10
2.3. A saturação em transformadores de corrente ........................................................ 11
2.4 Correntes de magnetização ...................................................................................... 13
2.5. Classificação............................................................................................................... 16
2.5.1. Transformadores de corrente para serviço de medição ................................ 16
2.5.1.1. Classe de exatidão.......................................................................................... 16
2.5.2. Transformadores de corrente destinados à proteção ..................................... 18
CAPÍTULO 3 - DIAGNÓSTICO E MANUNTENÇÃO PREVENTIVA EM
TRANSFORMADORES DE CORRENTE. ........................................................................... 20
3.1 Introdução .................................................................................................................. 20
3.2 Análise do óleo isolante ............................................................................................. 21
3.3.1 Análise de gases dissolvidos .............................................................................. 21
3.3.2 Análise físico química........................................................................................ 27
3.3.3 Contagem de Partículas .................................................................................... 30
3.3.4 Teor de Furfuraldeído ...................................................................................... 33
3.3 Temperatura do óleo e enrolamentos ...................................................................... 35
CAPÍTULO 4 - DETERMINAÇÃO DO FATOR DE DISSIPAÇÃO OU FATOR DE
POTÊNCIA, PERDAS DIELÉTRICAS. ................................................................................ 36
4.1 Introdução.................................................................................................................. 36
4.2 Circuitos equivalentes ............................................................................................... 36
4.2.1 Circuito em paralelo.......................................................................................... 38
4.3 Ponte de Schering ...................................................................................................... 39
4.4 Fator de potência (cos 𝝋) .......................................................................................... 41
4.5 Fator de dissipação – Fator de perda (tan 𝜹) .......................................................... 42
CAPÍTULO 5 - ENSAIOS USANDO CPC-100 EM TRANSFORMADORES DE
CORRENTE .............................................................................................................................. 44
5.1 Introdução .................................................................................................................. 44
5.2 Medições usando o dispositivo Doble (método antigo)........................................... 45
5.2.1 Cálculo do fator de potência ............................................................................. 46
5.2.2 Interpretação do ensaio usando o Doble ......................................................... 47
5.3 CPC-100 ..................................................................................................................... 47
5.3.1 Painel frontal CPC-100 ..................................................................................... 50
5.3.2 Saídas de alta corrente e alta tensão ................................................................ 51
5.4 Medições do fator de potência usando o CPC-100 (tandelta)................................ 51
5.4.1 Configuração do teste........................................................................................ 55
5.5 Realização do teste .................................................................................................... 58
5.5.1. Local do teste ..................................................................................................... 58
5.5.2. Limpeza dos transformadores de corrente ..................................................... 58
5.5.3. Isolamento dos terminais do transformador de corrente .............................. 58
5.5.4. Aterramento....................................................................................................... 59
5.5.5. Ligação dos cabos e verificação para o teste ................................................... 59
5.5.6. Calibração do CPC-100 .................................................................................... 61
5.6 Resultado e análise .................................................................................................... 62
5.7. Teste de Rigidez Dielétrica ....................................................................................... 65
CAPÍTULO 6 - CONCLUSÃO ................................................................................................ 68
6.1 Considerações Finais ................................................................................................. 68
6.2 Trabalhos futuros ...................................................................................................... 69
Referências Bibliográficas ........................................................................................................ 70
Listas de Figuras
Figura 2.2 - I2 = f(I2) – Corrente limite a partir da qual o TC entra em saturação. Na medição
curva (1) e na proteção curva (2). ............................................................................................... 11
Figura 3.1 - Concentração típica dos gases resultantes de descargas parciais ............................ 23
Figura 3.4 - referência para correlação entre o teor de Furfuraldeído e o grau de polimerização34
Figura 5.1 - Falha em transformador causado por falta de manutenção preditiva ...................... 45
Figura 5. 5 - Saídas de alta corrente e alta tensão (lado esquerdo CPC 100) .............................. 51
Figura 5.12 – Cabo utilizado para coleta de dados ligado do transformador ao CPC-100 ......... 61
Figura 5.14 - Código para o cálculo de fator de potência usando matlab ................................... 64
Figura 5.15 – Cuba para medição da rigidez dielétrica do óleo isolante. .................................... 66
Tabela 2.1 - Corrente e relações nominais simples para TC segundo a ABNT ............................ 7
Tabela 3.1 - Referências para avaliação de riscos em transformadores a partir das quantidades
de gases combustíveis, expressas em ppm. ................................................................................. 24
Tabela 3.2 - Fatores para esclarecimento dos parâmetros de correlação de gases ...................... 26
Tabela 3.6 - Tabela com referências de diagnósticos para interpretação dos dados do gráfico dos
níveis de contaminação do óleo isolante. .................................................................................... 32
Tabela 3.7 - Referências de diagnósticos para interpretação dos dados do gráfico dos níveis de
contaminação do óleo isolante. ................................................................................................... 32
Tabela 4.1 - Valores das funções trigonométricas em função dos valores dos ângulos. ............. 42
Tabela 5.1 – Dados da medição Transformador de corrente em bom estado de uso .................. 63
Tabela 5.3 – Dados da medição do Transformador de corrente em mal estado de uso .............. 64
This work brings an analysis of isolation potency factors tests on high tension current
transformers with a variance of frequency spectrum, considering that on high tension
systems the electromagnetic influences could impact directly the results. The
methodology here shown a propose solution to minimize, or even suppress these
electromagnetic influences. This propose consist in a variation of the frequency during
the test, avoiding influences on the fundamental frequency 60Hz and its harmonics. It
was used the test instrument CPC-100 for this work on the frequency variation test.
Measures were taken on two current transformers to demonstrate the efficiency of the
procedure. One transformer was in good condition. The other was in bad condition, and
out of service.
CAPÍTULO 1- INTRODUÇÃO
1.1. Introdução
CAPÍTULO 2 - TRANSFORMADORES DE
CORRENTE
2.1. Introdução
2.2. Especificações
Tabela 2.1 - Corrente e relações nominais simples para TC segundo a ABNT [4]
Essa característica é definida pelo fator térmico. Ele é fixado pelo fabricante
segundo os limites de elevação de temperatura. Sua determinação leva em consideração
os diferentes tipos de materiais isolantes que podem ser utilizados na fabricação.
O fator térmico é definido como o número que deve ser multiplicado pela
corrente primária nominal para obter a corrente máxima que o TC pode suportar em
regime permanente. Adicionalmente é considerado o TC operando com carga e
frequências nominais, sem exceder os limites de elevação de temperatura
correspondentes a sua classe de isolamento, e sem sair de sua classe de exatidão (Tabela
2.3).
O núcleo dos TC para proteção é feito de material magnético que não tem a
mesma permeabilidade magnética que o TC para medição. Seu núcleo entra em
saturação pra valores muito elevados do fluxo (indução magnética elevada).
Isso corresponde em termos práticos a uma corrente primária de cerca de 20
vezes o seu valor nominal (figura 2.2). Nos instrumentos de medição essa corrente
poderia danificá-los. Porém os relés podem perfeitamente suportá-la desde que sejam
especificados para essa condição.
Um TC para proteção deve saturar em altos níveis de corrente para permitir a
medição de correntes de falta. Para isso tem seu limite de funcionamento muito elevado,
como também, devem ser os relés, disjuntores e contatores ligados ao circuito, capazes
de suportar altas correntes.
Deve-se conhecer a resposta do TC em regime de saturação para assegurar o
bom funcionamento da proteção, necessária para quando a corrente primária ultrapassa
a intensidade nominal. Serve em particular para situações de curto-circuito quando
surgem valores de corrente muito elevados.
O TC para proteção deve retratar com fidelidade as correntes de falta sem sofrer
os efeitos da saturação. Na sua especificação deve-se considerar a tensão secundária
máxima a partir da qual o TC passa a sofrer os efeitos da saturação.
Nesse momento ele começa a não atender mais os requisitos de sua classe de
exatidão.
A suscetibilidade dos transformadores de corrente entrar em saturação mediante
correntes de curto-circuito tem implicação direta no desempenho dos sistemas de
proteção dos equipamentos e linhas de transmissão.
O transformador de núcleo toroidal é amplamente usado em toda indústria de
energia de potência. Suas vantagens incluem: baixo custo, isolação galvânica,
confiabilidade e fácil aplicação. Porém suas desvantagens são a facilidade de saturação
e o fluxo remanescente.
Um método de evitar a saturação em TC é aumentar o tamanho do núcleo.
Outro método é utilizar um material no núcleo que suporte grandes densidades
de fluxo. Ambas as opções podem afetar no custo e na facilidade de aplicação do
transformador.
13
2.5. Classificação
A classe de precisão 3,0 não tem limitação de erro de ângulo de fase e o seu
fator de correção de relação percentual (FCRp) deve situar-se entre 103 e 97% para que
possa ser considerado dentro de sua classe de exatidão. Como o erro de um
transformador de corrente depende da corrente primária para ser determinada a sua
classe de exatidão, a NBR 6856/81 especifica que sejam realizados dois ensaios que
correspondem, respectivamente, aos valores de 10% e 100% da corrente nominal
primária.
Como também o erro é função da carga secundária do transformador de corrente,
os ensaios devem realizados, tomando-se como base os valores padronizados destas
cargas que podem ser obtidos na já mostrada. O transformador de corrente só é
considerado dentro de sua classe de exatidão se os resultados dos ensaios levados para
os gráficos das figuras do paralelogramo.
Uma análise dos paralelogramos de exatidão indica que, quanto maior for a rente
primária, menor será o erro de relação permitido para o transformador de corrente.
Contrariante, quanto menor for a corrente primária, maior será o erro de relação
permitido. Isto se deve à influência da corrente de magnetização. Outra maneira de
testar esta afirmação é observar o gráfico da Figura 2.6.
18
PREVENTIVA EM TRANSFORMADORES DE
CORRENTE.
3.1 Introdução
Figura 3.1 - Concentração típica dos gases resultantes de descargas parciais [7]
Ainda de acordo com a norma IEEE Guide for the Interpretation of Gases
Generated in Oil-Immersed Transformers, quando não se dispõe do histórico de gases
dissolvidos no óleo isolante, é possível estabelecer um critério para avaliação de riscos a
partir dos parâmetros de referência indicados na Tabela 3.1.
No caso das condições 1, 2 e 3, caso haja indícios de que algum dos gases
apresente valor razoavelmente superior àqueles indicados na tabela, deve-se proceder a
uma investigação adicional para identificação de sua origem, bem como estabelecer um
plano periódico de análise no sentido de se estabelecer qual a tendência de evolução dos
gases.
Cumpre observar que as referências da Tabela 3.1 assumem que há histórico de
análises de gases anteriores de um determinado transformador. Caso haja algum
registro, o critério deve ser reavaliado para determinar se a condição operacional do
equipamento é estável ou instável.
Além dos parâmetros de referência apresentados, existem diversos critérios de
análise que se baseiam na correlação entre gases combustíveis para diagnostico de
falhas e defeitos em transformadores, tais como o método de Rogers, Doernemburg,
Laborelec e o da norma brasileira ABNT NBR 7274.
Especificamente para este estudo, é descrito o procedimento prescrito na norma
NBR 7274 que, a partir de três correlações entre gases dissolvidos no óleo isolante,
permite nove tipos de diagnóstico.
Cada diagnóstico é associado a um exemplo de falha típica, de forma a orientar
na pesquisa da origem de eventuais problemas com o transformador.
Para obtenção dos resultados é feita a correlação das taxas de acetileno (C2H2)
com etileno (C2H4), metano (CH4) com hidrogênio (H2) e etileno (C2H4) com etano
(C2H6), conforme indicado na Tabela 3.2.
26
Tabela 3.2 - Fatores para esclarecimento dos parâmetros de correlação de gases [2]
Relação de gases
Fator R C2H2 CH4 C2H4
C2H4 H2 C2H6
0,1 > R 0 1 0
0,1 > R < 1 1 0 0
1>R<3 1 2 1
3<R 2 2 2
A partir do resultado das razões entre gases deve ser feita a correção de valores
com base no fato R, conforme exemplificado abaixo:
a) Se C2H2/ C2H4 For menor que 0,1, o valor a ser considerado é 0;
b) Se C2H2/ C2H4 estiver entre 0,1 e 3, valor a ser considerado é 1;
c) Se C2H2/ C2H4 for maior que 3, o valor a ser considerado é 2.
Esse mesmo procedimento deve ser observado para correção das razões de
CH4/H2 e C2H4/C2H6, conforme parâmetros indicadores na Tabela 3.2.
A partir dos resultados corrigidos é feita a análise de valores com base na Tabela
3.3.
27
Classe de tensão
CARACTERÍSTICAS Método de Ensaio
≤72,5 kV >72,5≤242 kV >242 kV
A 90º C 15 15 12
Fator de potência, %,
máximo
A 25º C ABNT NBR 12133 0,5 0,5 -
A 100º C 20 20 15
Índice de neutralização
mg, KOH/g máximo ABNT NBR 14248 0,15 0,15 0,15
Inibidor (DBPC) ABNT NBR 12134 Reinibir quando o valor atingir 0,09%
30
Tabela 3.6 - Tabela com referências de diagnósticos para interpretação dos dados
do gráfico dos níveis de contaminação do óleo isolante. [7]
Quantidade por 100 ml Nível de
Classe ISSO 5µm 15µm contaminação Ocorrência típica
Requisito de limpeza IEC
Até 5/8 250 32 Nula para recipientes de coleta
de amostras
Excelente nível de limpeza
encontrado em óleo
durante processo de
6/9 a 7/10 1000 130 Baixa aceitação e
comissionamento de um
transformador
Nível típico de
contaminação para
8/11 a 12/15 32000 4000 Normal transformadores em
serviço
Nível de contaminação
encontrado em número
13/16 e 14/17 130000 16000 Marginal significativo de
transformadores em
serviço
Nível de contaminação que
indica condições anormais
15/18 e acima - - Alta de funcionamento do
transformador
Nível de Rigidez
contaminação dielétrica Recomendações
Boa Nenhuma ação a ser tomada
Normal Ruim Identificar o tipo de partículas
Boa Possivelmente celulose suja ou seca. Repetir o teste
Marginal de rigidez dielétrica com procedimento adequado
para partículas.
Marginal Identificar o tipo de partículas e teor de umidade.
Considerar a possibilidade de filtrar o óleo
Identificar a contagem de partículas e a rigidez
Boa dielétrica com procedimento adequado para
33
4.1 Introdução
Figura 4.1 -– Diagrama fasorial de um dielétrico submetido a uma tensão CA. [11]
𝐼𝑅 𝑈/𝑅𝑃 (4.1)
𝑡𝑔𝛿 = =
𝐼𝐶 𝑈 ∙ 𝜔 ∙ 𝐶𝑃
𝐼𝑅 𝑈/𝑅𝑃 1 (4.2)
𝑐𝑜𝑠𝜑 = = =
𝐼 √(𝑈/𝑅𝑃 )² + (𝑈 ∙ 𝜔 ∙ 𝐶𝑃 )² √1 + (𝜔 ∙ 𝑅𝑃 ∙ 𝐶𝑃 )²
1 (4.3)
𝑡𝑔𝛿 = 𝑐𝑜𝑠𝜑 =
𝜔 ∙ 𝑅𝑃 ∙ 𝐶𝑃
39
𝑍1 𝑍2 (4.4)
=
𝑍3 𝑍4
1 (4.5)
𝑍1 = 𝑅𝑥 +
𝑗 ∙ 𝜔 ∙ 𝐶𝑥
1 (4.6)
𝑍2 =
𝑗 ∙ 𝜔 ∙ 𝐶𝑁
𝑍3 = 𝑅3 (4.7)
𝑅4 (4.8)
𝑍2 =
1 + 𝑗 ∙ 𝜔 ∙ 𝑅4 ∙ 𝐶4
𝑅3 ∙ 𝐶4 (4.9)
𝑅𝑥 =
𝐶𝑁
𝑅4 ∙ 𝐶𝑁 (4.10)
𝐶𝑥 =
𝑅3
Como foi utilizado o circuito equivalente série para Cx, o fator de dissipação é
dado por:
𝑡𝑔𝛿 = 𝜔 ∙ 𝑅4 ∙ 𝐶4 (4.10)
41
Recebe esse nome, pois corresponde a relação entre as potencias ativa e a potência
aparente de um circuito elétrico como pode observar no triângulo das potências
(Figura 4.4).
S = VI (Potência aparente).
P = VI cos 𝜑 (Potência ativa).
Q=- VI sen 𝜑 (Potência reativa).
Tabela 4.1 - Valores das funções trigonométricas em função dos valores dos
ângulos. [10]
Ângulo
Função
1 2 3 4 5 6 7 8
TRANSFORMADORES DE CORRENTE
5.1 Introdução
Serão abordados nesse trabalho dois modelos básicos dos medidores de fator de
potência e perdas dielétricas de fabricação “DOBLE ENGINEERING COMPANY”
usado para ensaios de recepção e manutenção vários tipos de equipamentos elétricos
usado nas primeiras medições no campo de estudo do trabalho que é a subestação da
usina hidroelétrica de Tucuruí.
Os modelos utilizados são o “MEU-2500” e o “MH”. O modelo MH é uma
evolução do MEU-2500.
Pode-se destacar que a principal diferença entre os dois é que o tipo MH pode-se
aplicar uma tensão até 10 KV e possui filtro para eliminação de indução.
Estes medidores possuem os seguintes cabos para conexão ao equipamento sob
teste:
Cabo de alta tensão – HV (High Voltage)
Cabo de baixa tensão – LV (Low Voltage)
(No caso do MH, poderá haver dois cabos LV)
Além desses cabos, estes instrumentos possuem uma chave comutadora com três
posições: GROUND e UST, que nos possibilita a medição dos vários isolamentos de
um equipamento.
46
Apesar do fator está descrito no capitulo anterior dar-se destaque neste item.
𝑃 𝑊
FP% = cos 𝜑 = 𝑁 × 100 = 𝑉𝐼 × 100
W = Watts
V = Volts
I = Ampére
𝑚𝑊
FP% = × 100
𝑚𝑉𝐴
𝑊×100 𝑊
FP% = ∴ FP = ∙ 104 (leitura em A)
10∙103 ∙10−6 𝐼 𝐼
𝑊×100 𝑊
FP% = ∴ FP = ∙ 10 (leitura em mA)
104 ∙10−3 𝐼 𝐼
47
5.3 CPC-100
Figura 5. 5 - Saídas de alta corrente e alta tensão (lado esquerdo CPC 100)
[14]
conjunto do CPC 100 com o módulo CP TD1. O CP TD1 é um sistema de teste de alta
precisão opcionalmente disponível para testes de isolamento de sistemas de alta tensão.
Realiza as medições do fator de dissipação/fator de potência para investigar a condição
do isolamento geral do transformador.
O CPC 100 é usado para controlar o teste, isto é, inserir os valores de frequência
e tensão, iniciar e parar o teste, supervisionar o progresso da medição, resultados
intermediários e armazenar os resultados. O CP TD1 inclui um transformador elevador
de alta tensão e a unidade para medir e comparar correntes em amplitude e fase. Altas
perdas podem passar sem serem notadas em um teste apenas com a frequência nominal,
deixando aquele que realiza o teste alheio ao isolamento em perigo. Realizar as
medições em diversas frequências geram informações mais completas de diagnósticos.
Tabela 5.1 - Valores para o Fator de Correção K ABNT NBR 5356-1:2007 [4]
55
**) Modo de medição: O modo de medição está ligado ao arranjo resultante da matriz
interna de comutação do CP TD1. Essa matriz de comutação determina os recursos que
serão medidos.
****) Definição dos parâmetros a serem medidos: Nesta opção tem-se a possibilidade
de definir quais parâmetros o usuário deseja analisar. Dentre esses estão:
CP TD1 vem com uma calibração de fábrica, no entanto se você precisar mudar
um componente para outro substituto será necessário que o usuário re-calibre o CP
TD1. Para calibrar, deve-se acionar a pagina de configurações (EDIT CALIB – Figura
5.9) do cartão de teste Tandelta que permite ajustar opções adicionais de medição.
57
*) Limites de avaliação: nesta opção define-se a tolerância dos valores nominais inicial
para avaliação. Para a capacitância, é introduzido uma tolerância percentual, para o
factor de dissipação é um multiplicador.
**) Calibração personalizada: nesta opção são inseridos os novos valores para re-
calibrar o CP TD1. Os valores de entrada são:
Cx = fator de correção de Cmedida (multiplicador)
DF / PF + = valor de correção do fator de dissipação ou de energia (pode ser +
ou -)
O usuário ainda deve digitar seu nome e pressione ATUALIZAÇÃO CALIB, para
completar a re-calibração.
58
5.5.4. Aterramento
Assim também como cabo para coleta de dados que indicara os valores da
medição (Figura 5.12), logo após conectar os cabos faz-se uma vistoria para se
averiguar se tudo está bem conectado e com segurança para possa ser feita a ativação
para o inicio do teste.
61
V Frequência DF PF Cp Rp Avaliação
medido
10002,0 V 50 Hz 0,63282 0,63281 4,31473412668695E-9 F 116577333,92142 Ω OK
% %
10006,0 V 57 Hz 0,59246 0,59245 4,31575758947461E-9 F 109202347,065421 Ω OK
% %
10017,0 V 59 Hz 0,58651 0,5865% 4,315956670493E-9 F 106564689,870998 Ω OK
%
10028,0 V 60 Hz 0,5825% 0,58249 4,31585206691872E-9 F 105513181,835876 Ω OK
%
10013,0 V 61 Hz 0,57742 0,57741 4,31610892959333E-9 F 109202347,065421 Ω OK
% %
10006,0 V 63 Hz 0,56899 0,56898 4,31619020291635E-9 F 102867035,012306 Ω OK
% %
10001,0 V 80 Hz 0,52689 0,52688 4,31612308081688E-9 F 87481446,8653659 Ω OK
% %
10002,0 V 100 Hz 0,50074 0,50073 4,31522488028492E-9 F 73655990,2103736 Ω OK
% %
Foram destacadas essas grandezas a fim de comparar com equação 4.3 que está
representada abaixo, para que se pudesse fazer uma comparação do resultado medido
com a do calculo empírico.
Equação 4.3:
1
𝑡𝑔𝛿 = 𝑐𝑜𝑠𝜑 =
𝜔 ∙ 𝑅𝑃 ∙ 𝐶𝑃
Para realizar esses cálculos com todas as casas decimais e para ser mais preciso
utilizou-se o software matlab como mostrado na figura 5.14.
V Frequência DF PF Cp Rp Avaliação
medido
10002,0 V 50 Hz 11,5670 11,5671 4,31473412668695E-9 F 1.5679E-007 Ω FALHA
% %
10006,0 V 57 Hz 11,1636 11,1635 4,31575758947461E-9 F 1.7255E-007 Ω FALHA
% %
10017,0 V 59 Hz 11,1571 11,1575 4,315956670493E-9 F 1.7852E-007 Ω FALHA
% %
10028,0 V 60 Hz 11,1532 11,1534 4,31585206691872E-9 F 1.8147E-007 Ω FALHA
% %
10013,0 V 61 Hz 11,1483 11,1483 4,31610892959333E-9 F 1.8442E-007 Ω FALHA
% %
10006,0 V 63 Hz 11,1397 11,1398 4,31619020291635E-9 F 1.9033E-007 Ω FALHA
% %
10001,0 V 80 Hz 11,0976 11,0977 4,31612308081688E-9 F 2.4077E-007 Ω FALHA
% %
10002,0 V 100 Hz 11,0714 11,0715 4,31522488028492E-9 F 3.0019E-007 Ω FALHA
% %
Assim como feito com o transformador em bom estado de uso faz agora com
ruim a comparação com a equação 4.3, tais resultados estão expressos na tabela 5.4.
65
Com esses resultados mostra que o experimento realmente é eficaz, pois quando
medindo o fator de potencia do transformado bom observa-se que o valor do mesmo
deu bem abaixo de 5%, mostrando que o isolamento está em perfeito estado, assim
como no ruim que deu bem acima do 5% toleráveis mostrando que nesse caso o
isolamento está totalmente comprometido, para melhor confiança dos resultados foi
feita uma comparação com a equação que representa empiricamente o fator de potência
mostrando assim que os resultados são totalmente confiáveis.
pequena chapa de ferro para não haja contato entre os eletrodos para não haver um
curto-circuito como mostrado na figura 5.16.
CAPÍTULO 6 - CONCLUSÃO
Para mostrar a eficiência da medição foi feito o teste com dois transformadores
de corrente um em bom estado de uso e outro em um mal estado já em desuso, feito
comparações com cálculos empíricos e também com outros testes como o de rigidez
dielétrica e que comprovaram que o que procedimento é o que tem de melhor no
mercado com resultados rápidos e precisos quanto a medição preditiva de dispositivos
elétricos.
69
Referências Bibliográficas
[6] IEEE Guide for interpretation of gases generated in oil- immersed transformers.
IEEE Std C57.104-1991. P-19